Tiacutetulo Livro de Resumos IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
II Seminaacuterio Ibeacuterico de Gerontologia Social e Comunitaacuteria - Envelhecer na
Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
Autores Maria Cristina Faria amp Maria Inecircs Faria
Instituiccedilatildeo Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
Rua Pedro Soares sn
Apartado 6155
7800-295 Beja
Telefone +351 284 314 400
Fax +351 284 326 824
E-mail odeaipbejapt
httpwwwipbejapt
ISBN 978-989-8008-38-1
Coordenaccedilatildeo Editorial IPBeja Editorial
Capa Sara Valente
ldquoTo the Marketrdquo-Pintura a oacuteleo de Adre Kohn pintor contemporacircneo de figuras cujo estilo eacute
descrito como impressionista figurativo Considera uma convergecircncia precisa de trecircs forccedilas
dinacircmicas - cultura ambiente e talento
Paginaccedilatildeo Inecircs Correia ndashMestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteriandash IPBeja
Impressatildeo e Acabamento Inecircs Correia ndashMestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteriandash
IPBeja
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
Comissatildeo Cientiacutefica
Maria Cristina Faria (ESE-IPBeja) Joseacute Pereirinha Ramalho (ESE-IPBeja) Ana Isabel Fernandes (ESE-IPBeja) Ana Clara Nunes (ESS-IPBeja) Ana Sobral Canhestro (ESS-IPBeja) Maria Teresa Santos (ESE-IPBeja) Sandra Isabel Sauacutede (ESE-IPBeja) Ana Felisbela Piedade (ESE-IPBeja) Maria Inecircs Faria (ESE-IPBeja) Vacircnia Brandatildeo Loureiro (ESE-IPBeja) Joseacute Baiatildeo (ESE-IPBeja) Patriacutecia Santos (ESS-IPBeja) Hugo Lanccedila (ESTIG-IPBeja) Henrique Oliveira (ESTIG-IPBeja)
Maria Joatildeo Ramos (ESE-IPBeja) Vito Carioca (ESE-IPBeja) Joseacute Antoacutenio Orta (ESE-IPBeja) Inecircs Camacho (ESE-IPBeja) Miguel Bento (ESE-IPBeja) Adelaide E Santo (ESE-IPBeja) Helena Sardica (ESE-IPBeja) Rogeacuterio Ferrinho (ESS-IPBeja) Armindo Mendes (ESS-IPBeja) Margarida Goes (ESS-IPBeja) Raquel Santana (ESS-IPBeja) Cristina Galvatildeo (ULSBA) Catarina Pazes (ULSBA) Patriacutecia Paquete (CESNOVA)
Antoacutenio Fonseca (UCP ndash Porto) Manuel Lopes (UEacutevora) Luisa Graacutecio (UEacutevora) Joseacute Sarasola Serrano (UPablo de Olavide) Laura Muntildeoz Bermejo (UEX) Salvador Postigo Mota (UEX) Sonia Garciacutea-Segura (UCoacuterdoba) Carmen Gil-del-Pino (UCoacuterdoba) Estefania Castillo Viera (UHuelva) Salvador Postigo Mota (UHuelva) Jesuacutes Saacuteez Padilla (UHuelva) Isabel Mendoza Sierra (UHuelva) Emiacutelia Moreno Saacutenchez (UHuelva) Estefania Castillo Viera (UHuelva) David Chirosa Lara (UHuelva)
Comissatildeo Organizadora
Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja
Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo (ODEA-IPBeja)
Instituto Politeacutecnico de Beja
Cacircmara Municipal de Beja
Secretariado
Sandra Lorenzo ndash Aluna do 2ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e ComunitaacuteriaBolseira e Investigadora no ODEA-IPBeja
Mariana Gonccedilalves ndash Aluna do 1ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria| ESE|ODEA-IPBeja
Florbela Calado ndash Serviccedilo de Secretariado da ESE|ODEA-IPBeja
Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo ndash ODEA-IPBeja
Instituto Politeacutecnico de Beja Rua Pedro Soares SN ndash Campus do IPBeja
Apartado 6155 ndash 7800-295 Beja
E-mail odeaipbejapt Tel +351 284 314 400 extensatildeo 02030
Serviccedilo de Secretariado da ESE-IPBeja
Telf +351 284 315 001
e-mail do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia ixseminariopsicogerontologiagmailcom
Colaboraccedilatildeo
Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (CTeSPP) da ESE-IPBeja
Licenciatura em Serviccedilo Social da ESE-IPBeja
Mestrado em Desenvolvimento Comunitaacuterio e Empreendedorismo da ESE-IPBeja
Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede Escolar da ESE-IPBeja
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
Iacutendice
Nota de Abertura 1
Objectivos e Temas 2
Programa 5
Resumos 9
Conferecircncia 1 10
Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia Vito Carioca
11
Painel 1 ndash Cuidados Continuados Integrados 13
Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio Eunice Santos e Pedro Costa
14
Tuacutenel 16
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados Armindo Mendes
17
Conferecircncia 2 18
Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal Antoacutenio Fonseca
19
Apresentaccedilatildeo do WEBSITE ODEA ndash IPBeja de Proximidade com a Comunidade 20
Conferecircncia 3 ndash Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
24
Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados Manuel Lopes
25
Painel 2 ndash Cultura Florescimento e Apoio ao Envelhecimento na Comunidade 26
Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria Maria Joatildeo Ramos
27
Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos Maria Cristina Faria
28
Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba Sonia Garciacutea-Segura e Carmen Gil-del-Pino
30
Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
31
Tuacutenel -- Envelhecer na Comunidade ndash Sauacutede Direitos e Cuidados 32
Painel 3 ndash Direitos e Vivecircncias no Envelhecimento 33
O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica Hugo Lanccedila
34
Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expectativas e Necessidades Luiacutesa Graacutecio e Adriana Bugalho
35
Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo de institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial Joseacute Manuel Baiatildeo
36
Painel 4 ndash Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
38
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Catarina Pazes
38
Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos Cristina Galvatildeo
40
Painel 5 ndash Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento 41
O envolvimento ocupacional no envelhecimento Patriacutecia Santos
42
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Saudaacutevel Ana Canhestro
43
Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade 44
Conferecircncia 4 ndash Bancos del tiempo para el envejecimiento activo 45
Bancos del tiempo para el envejecimiento activo Josegrave Luis Sarasola Sancheacutez-Serrano
46
Conferecircncia 5 ndash A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
47
A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia Patriacutecia Paquete
48
Painel 5 ndash Exerciacutecio Fiacutesico e o Envelhecimento Saudaacutevel uma perspetiva biopsicossocial
49
ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de Sauacutede Vacircnia Loureiro Margarida Gomes Caacutetia Freitas Carlos Paixatildeo e Estefania Castillo Vieira
50
Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica Carlos Paixatildeo Estefania Castillo Vieira e Vacircnia Loureiro
52
Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDrsquos Caacutetia Freitas Margarida Gomes e Vacircnia Loureiro
53
Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda o efeito protetor e preventivo do Exeacutercito Fiacutesico Margarida Gomes Caacutetia Freitas e Vacircnia Loureiro
54
Painel 6 ndash Intervenccedilatildeo em Psicogerontologia e Sauacutede na Comunidade 55
Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
56
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados Margarida Ameixal Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
57
Poacutester 58
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
1
Nota de Abertura
As evidecircncias projetam que as pessoas com 65 anos ou mais dupliquem ateacute 2050 e que o
nuacutemero de pessoas com 85 anos ou mais aumente de 14 milhotildees para 19 milhotildees ateacute 2020 e para 40
milhotildees ateacute 2050 Ateacute que ponto a sociedade estaacute organizada para responder a este fenoacutemeno de viver
mais tempo do que os nossos antepassados Temos de preparar o envelhecimento e criar condiccedilotildees
para envelhecer bem e com suporte especializado na aacuterea das necessidades de cada indiviacuteduo Para
atender aos desejos aos empreendimentos aos direitos e agraves carecircncias dessa populaccedilatildeo surgem
iniciativas e serviccedilos diversificados de forma a permitir a inclusatildeo social e proteger a sauacutede e o bem-
estar ateacute ao uacuteltimo acontecimento de vida Nos uacuteltimos tempos assistimos ao proliferamente do
desenvolvimento de estudos cientiacuteficos e de formaccedilatildeo teacutecnica especializada e superior na aacuterea da
gerontologia para que os profissionais que se encontram a trabalhar com os mais velhos da nossa
sociedade estejam preparados e atualizados para realizar a sua missatildeo com competecircncia
A Escola Superior de Educaccedilatildeo do Instituto Politeacutecnico de Beja atenta agraves necessidades da
comunidade aceitou o desafio de investir na formaccedilatildeo de profissionais na investigaccedilatildeo e nos projetos
nacionais e internacionais na aacuterea do envelhecimento na mira de contribuir para o florescimento e o
apoio agraves pessoas mais velhas da comunidade Assim jaacute contabiliza dez anos de formaccedilatildeo teacutecnica
especializada em Psicogerontologia e de formaccedilatildeo superior de 2ordm ciclo mestrado em Psicogerontologia
Comunitaacuteria e Gerontologia Social e Comunitaacuteria Esta tarefa soacute foi possiacutevel mediante o trabalho
desenvolvido com a Escola Superior de Sauacutede e do interesse e colaboraccedilatildeo da comunidade das
instituiccedilotildees e dos agentes poliacuteticos Este ano o ODEA-IPBeja disponibilizou um website de
proximidade com a comunidade sobre formaccedilatildeo investigaccedilatildeo apoio e informaccedilatildeo sobre o
envelhecimento a niacutevel local e global (httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja)
Hoje envelhecer eacute uma oportunidade para viver e florescer agrave qual temos de prestar atenccedilatildeo
para que possa ocorrer com sauacutede e bem-estar e de preferecircncia em casa e na comunidade Neste
sentido no IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia II Seminaacuterio Ibeacuterico de Gerontologia Social e
Comunitaacuteria subordinado ao tema ldquoEnvelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidadosrdquo
apresentamos um conjunto de trabalhos projetos boas praacuteticas e experiecircncias em forma de
comunicaccedilatildeo oral ou de poster
Aguardamos a vossa presenccedila
Maria Cristina Campos de Sousa Faria
Coordenadora do Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria
Coordenadora do Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia
Coordenadora do Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo
Do Instituto Politeacutecnico de Beja
Beja 16 de Maio de 2019
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
2
OBJECTIVOS E TEMAS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
3
OBJETIVOS
Organizado pelos alunos do Mestrado em Gerontologia Gerontologia e Comunitaacuteria o IX
Seminaacuterio Ibeacuterico II de Gerontologia Social e Comunitaacuteria subordinado ao tema ldquoEnvelhecer
na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados eacute um espaccedilo aberto de encontro e de debate
entre os participantes tendo como principais objetivos
Promover o intercacircmbio entre investigadores e profissionais ligados ao envelhecimento nos domiacutenios
da sauacutede da psicologia do social da educaccedilatildeo da gerontotecnologia do desenvolvimento
comunitaacuterio da seguranccedila e da decisatildeo poliacutetica
Divulgar iniciativas promotoras do florescimento e capacitaccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel feliz e
seguro na comunidade
Mostrar e debater os resultados de projetos de investigaccedilatildeo e de intervenccedilatildeo na aacuterea da
psicogerontologia da gerontologia social e comunitaacuteria da gerontotecnologia dos direitos e cuidados
de sauacutede da pessoa mais velha da seguranccedila da intervenccedilatildeo comunitaacuteria da capacitaccedilatildeo da inclusatildeo
social do envolvimento ocupacional da sustentabilidade e da mudanccedila social
Aprofundar a multidisciplinaridade nas problemaacuteticas da intervenccedilatildeo comunitaacuteria ao niacutevel das
estruturas multidisciplinares de apoio efetivo ao acompanhamento do envelhecimento na comunidade
Contribuir para a melhoria da formaccedilatildeo e a capacitaccedilatildeo dos diferentes agentes e suas organizaccedilotildees
para viabilizar o envelhecimento saudaacutevel na comunidade ateacute ao uacuteltimo acontecimento de vida
Promover o estabelecimento de parcerias de promoccedilatildeo da sauacutede social econoacutemica e de
sustentabilidade para viabilizar o envelhecimento na comunidade
Promover o envolvimento dos cidadatildeos na melhoria da sua comunidade envelhecida de forma a que a
sua participaccedilatildeo organizada e as suas ocupaccedilotildees contribuam para o florescimento das pessoas e da
comunidade
Divulgar as iniciativas e boas praacuteticas do Envelhecimento na Comunidade evidenciando os seus
impactos no florescimento do cidadatildeo(atilde) e da comunidade
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
4
TEMAS
Os temas propostos no domiacutenio do envelhecimento na comunidade circunscrevem-se agraves
seguintes aacutereas
bull Boas Praacuteticas de Envelhecimento na Comunidade
bull Promoccedilatildeo de um Envelhecimento Saudaacutevel
bull Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento
bull Proteccedilatildeo da Sauacutede Mental no Envelhecimento
bull Doenccedilas Croacutenicas no Envelhecimento
bull Cuidados de Sauacutede na Famiacutelia
bull Cuidados Continuados Integrados
bull Cidadania Seacutenior e Inclusatildeo Social
bull Poliacuteticas Puacuteblicas e Sustentabilidade Social
bull Os Direitos das Pessoas Mais Velhas
bull Respostas Sociais para o Envelhecimento
bull Seguranccedila na Comunidade Envelhecida
bull Reforma
bull Envolvimento Ocupacional no Envelhecimento
bull Psicogerontologia Comunitaacuteria
bull Gerontotecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
5
PROGRAMA
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia II Seminaacuterio Ibeacuterico de Gerontologia Social e Comunitaacuteria ldquoEnvelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidadosrdquo 16 e 17 de Maio 2019 | Auditoacuterio da Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja
PROGRAMA Dia 13 de Maio Abertura da Exposiccedilatildeo de Fotografia sobre o tema ldquoEnvelhecer na Comunidade ontem e hojerdquo na Galeria Ao Lado do IPBeja Manuela Pereira |Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior Francisco Pardal |Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Dia 16 de Maio 900 Receccedilatildeo dos participantes
915 Abertura da Exposiccedilatildeo da Mostra dos Estaacutegios do CTeSP em Psicogerontologia nas ERPI
930 Sessatildeo de Abertura do Seminaacuterio Joatildeo Paulo Trindade (Presidente do IPBeja) Paulo Arseacutenio (Presidente da Cacircmara de Beja) Joseacute Pedro Fernandes (Diretor da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja) Ana Canhestro (Diretora da Escola Superior de Sauacutede do IPBeja) Maria Cristina Faria (Coordenadora do Mestrado GSC e do Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento do Alentejo- IPBeja)
1000 CONFEREcircNCIA 1 ndash Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia
Moderador Joseacute Pereirinha Ramalho I ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Vito Carioca| ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1030 PAINEL 1 ndash Cuidados Continuados Integrados
Moderadora Inecircs Camacho| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Desafios e Constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio (RNCCI)| Eunice Santos amp Pedro Costa |UCC Beja Intervenccedilatildeo do Terapeuta Ocupacional numa Unidade de Convalescenccedila |Seacutergio Charuto | Unidade de Convalescenccedila da Unidade Local de Sauacutede Litoral Alentejano Intervenccedilatildeo do Terapeuta Ocupacional numa Unidade de Longa Duraccedilatildeo e Manutenccedilatildeo| Laura Cebola |Unidade de Longa Duraccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Cruz Vermelha Portuguesa ndash Delegaccedilatildeo de Elvas|ECSCP Beja+ ULSBA
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 2 ndash Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Moderadora Maria Cristina Faria | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Antoacutenio Fonseca | Faculdade de Educaccedilatildeo e Psicologia da Universidade Catoacutelica Portuguesa ndash Porto
1200 Apresentaccedilatildeo do WEBSITE ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade| Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano|ESEODEA-IPBeja
1300 Pausa de Almoccedilo
1400 Sessatildeo de Posters- Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
Moderadora | Helena Sardica| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1430 CONFEREcircNCIA 3- Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Moderador Rogeacuterio Ferrinho| ESS- Instituto Politeacutecnico de Beja Manuel Lopes| Escola Superior de Enfermagem de S Joatildeo de DeusUniversidade de Eacutevora
1530 PAINEL 2 ndash Cultura Florescimento e Apoio ao Envelhecimento na Comunidade
Moderadora Ana Isabel FernandesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria|Maria Joatildeo Ramos ESE-IPBeja Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos |Maria Cristina Faria |ESEODEA-IPBeja Aprendizaje y compromiso con la comunidad Hacia una nueva concepcioacuten de la vejez en los estudiantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba| Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino| Universidad de Coacuterdoba Espantildea Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento|Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
7
1630 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1630 Coffee break
1700 PAINEL 3 ndash Direitos e Vivecircncias no Envelhecimento
Moderadora Maria Inecircs Faria| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica| Hugo Lanccedila | ESTIG -- IPBeja Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expectativas e Necessidades| Luiacutesa Graacutecio1 amp Adriana Bugalho2 |1Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP| 2CIEP Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo de institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial|Joseacute Manuel Baiatildeo|Santa Casa da Misericoacuterdia de Cuba| Instituto Politeacutecnico de Beja
2000 Jantar Conviacutevio
Dia 17 de Maio
930 PAINEL 4 ndash Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Moderadora Catarina Pazes| ECSCP Beja+| ULSBA Cuidados Paliativos na Comunidade Que Respostas para os mais velhos |Cristina Galvatildeo| ECSCP Beja+| ULSBA Desafios e Constrangimentos dos Cuidados paliativos numa ERPI |Ana Caetano Silva |ERPI- Centro Social e Paroquial do Salvador de Beja Especificidade dos Cuidados Paliativos em Geriatria|Laura Muntildeoz Bermejo| Universidad de Extremadura (UEX)
1030 PAINEL 5- Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento
Moderadora Ana Clara Nunes|ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Empoderamiento en la vejez|Salvador Postigo Mota| Universidad de Extremadura (UEX) Envolvimento ocupacional no envelhecimento| Patriacutecia Santos amp Raquel Santana|ESSODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Promoccedilatildeo de um envelhecimento saudaacutevel|Ana Canhestro|ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecimento na Comunidade ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 4 ndash Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Moderadora Sandra Lozano|ODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
1300 Pausa de Almoccedilo
1430 CONFEREcircNCIA 5 ndash A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Moderadora Ana Piedade|ESE- Instituto Politeacutecnico de Beja Patriacutecia Paquete|HumanaMente|CESNOVA ndash Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
1530 PAINEL 5 ndash Exerciacutecio Fiacutesico e o Envelhecimento Saudaacutevel uma perspetiva biopsicossocial
Moderadora Vacircnia Brandatildeo ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de Sauacutede| Vacircnia Loureiro12 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania Castillo Viera3 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica |Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha 3 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes| Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro2| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda o efeito protetor e preventivo do Exerciacutecio Fiacutesico|Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 amp Vacircnia Loureiro12| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Abordaje biopsicosocial de las caiacutedas de las personas mayores atraveacutes de um programa de artes orientales | Emiacutelia Moreno Saacutenchez1 Jesuacutes Saacuteez Padilla1 Isabel Mendoza Sierra1 amp David Chirosa Lara1| 1 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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1700 PAINEL 6 ndashIntervenccedilatildeo em Psicogerontologia e Sauacutede na Comunidade
Moderador Armindo MendesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Voluntariado e satisfaccedilatildeo com a vida na reforma| Ana Rita Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados|Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira|ESS e ESTIGODEA-IPBeja Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados| Margarida Ameixal Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira|Instituto Politeacutecnico de Beja A Qualidade de Vida em Gerontes Institucionalizados Portadores de Doenccedila de Alzheimer| Vanessa Isabel Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja A importacircncia do desenvolvimento pessoal para a qualidade de vida de idosos institucionalizados o contributo das atividades
de animaccedilatildeo sociocultural|Patriacutecia Isabel Parreira amp Joseacute Pereirinha Ramalho |ESE-IPBeja
1800 Sessatildeo de Encerramento
Comissatildeo Organizadora
Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo (ODEA-IPBeja)
Instituto Politeacutecnico de Beja Cacircmara Municipal de Beja
Colaboraccedilatildeo
Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (CTeSPP) da ESE-IPBeja Licenciatura em Serviccedilo Social da ESE-IPBeja Mestrado em Desenvolvimento Comunitaacuterio e Empreendedorismo da ESE-IPBeja Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede da ESE-IPBeja
Comissatildeo Cientiacutefica
Maria Cristina Faria (ESE-IPBeja) Joseacute Pereirinha Ramalho (ESE-IPBeja) Ana Isabel Fernandes (ESE-IPBeja) Ana Clara Nunes (ESS-IPBeja) Ana Sobral Canhestro (ESS-IPBeja) Maria Teresa Santos (ESE-IPBeja) Sandra Isabel Sauacutede (ESE-IPBeja) Ana Felisbela Piedade (ESE-IPBeja) Maria Inecircs Faria (ESE-IPBeja) Vacircnia Brandatildeo Loureiro (ESE-IPBeja) Joseacute Baiatildeo (ESE-IPBeja) Patriacutecia Santos (ESS-IPBeja) Hugo Lanccedila (ESTIG-IPBeja) Henrique Oliveira (ESTIG-IPBeja)
Maria Joatildeo Ramos (ESE-IPBeja) Vito Carioca (ESE-IPBeja) Joseacute Antoacutenio Orta (ESE-IPBeja) Inecircs Camacho (ESE-IPBeja) Miguel Bento (ESE-IPBeja) Adelaide E Santo (ESE-IPBeja) Helena Sardica (ESE-IPBeja) Rogeacuterio Ferrinho (ESS-IPBeja) Armindo Mendes (ESS-IPBeja) Margarida Goes (ESS-IPBeja) Raquel Santana (ESS-IPBeja) Cristina Galvatildeo (ULSBA) Catarina Pazes (ULSBA) Patriacutecia Paquete (CESNOVA)
Antoacutenio Fonseca (UCP ndash Porto) Manuel Lopes (UEacutevora) Luisa Graacutecio (UEacutevora) Joseacute Sarasola Serrano (UPablo de Olavide) Laura Muntildeoz Bermejo (UEX) Salvador Postigo Mota (UEX) Sonia Garciacutea-Segura (UCoacuterdoba) Carmen Gil-del-Pino (UCoacuterdoba) Estefania Castillo Viera (UHuelva) Salvador Postigo Mota (UHuelva) Jesuacutes Saacuteez Padilla (UHuelva) Isabel Mendoza Sierra (UHuelva) Emiacutelia Moreno Saacutenchez (UHuelva) Estefania Castillo Viera (UHuelva) David Chirosa Lara (UHuelva)
SecretariadoContacto
Sandra Lorenzo ndash aluna do 2ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e ComunitaacuteriaBolseira e Investigadora no ODEA-IPBeja Mariana Gonccedilalves ndash aluna do 1ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria | ESE|ODEA-IPBeja Florbela Calado ndash Serviccedilo de Secretariado da ESE|ODEA-IPBeja
Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo ndash ODEA-IPBeja Instituto Politeacutecnico de Beja Rua Pedro Soares SN ndash Campus do IPBeja Apartado 6155 ndash 7800-295 Beja E-mail odeaipbejapt Tel +351 284 314 400 extensatildeo 02030 Serviccedilo de Secretariado da ESE-IPBeja Telf +351 284 315 001 e-mail do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia ixseminariopsicogerontologiagmailcom
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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RESUMOS
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 1
TEMPOS DO PRESENTE E DO FUTURO TEMPOS DE
EMERGENTES DESAFIOS NO DIAacuteLOGO IDOSO-TECNOLOGIA
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no
diaacutelogo idoso-tecnologia
Vito Carioca
Instituto Politeacutecnico de Beja
vcariocaipbejapt
Resumo
A conferecircncia procura refletir a emergecircncia dos paradigmas associados agrave sociedade do digital
e da Quarta Revoluccedilatildeo Industrial (Schwab e Davis 2019) e as suas influecircncias nos processos
de envelhecimento e no diaacutelogo idoso-tecnologia
Satildeo tempos de Inteligecircncia Artificial tempos de presente e de futuro No limiar dardquonova
revoluccedilatildeo industrialrdquo que se sucede agraves do Neoliacutetico da Revoluccedilatildeo Industrial do seacuteculo XVIII
dos computadores da era espacial da ciberneacutetica nas uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo XX segue-se
agora na opiniatildeo de De Lacy (2019) ldquoos primeiros passos na convergecircncia das tecnologias
digitais fiacutesicas e bioloacutegicas cujo derradeiro fim seraacute a automatizaccedilatildeo total e independente da
produccedilatildeo humanardquop28)
Tempos em que em nossa opiniatildeo e em referecircncia a Melly (1997)
ldquo(hellip) aconteceraacute uma verdadeira revoluccedilatildeo implicando na maneira como as pessoas iratildeo ser
laquoeducadas a aprenderraquoAs pessoas vatildeo ser obrigadas a aprender constantemente em funccedilatildeo
da velocidade tecnoloacutegica e da mudanccedila que ela impotildee ndash eacute o que se chama de just in time
learning (vocecirc tem de buscar a informaccedilatildeo na hora em que precisa) e continuous education
(estar sempre se actualizando) (p66)
Eacute a emergecircncia de um admiraacutevel mundo novo que nos toca e que atravessa ateacute os nossos
sentidos Estamos jaacute para aleacutem das experiecircncias que envolvem a visatildeo e o som e
mergulhamos em tecnologias inovadoras e que iratildeo influenciar profundamente os humanos O
desenvolvimento de interfaces e experiecircncias com as quais eacute possiacutevel interagir com o toque
penetram aacutereas fundamentais do conhecimento como a medicina em experiecircncias em
mundos virtuais no entretenimento entre outros abrindo caminhos para um futuro
inimaginaacutevel
Na sociedade do presente e do futuro novos satildeo os desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia O
idoso assume-se uma consciecircncia reflexiva que propicia para a adaptaccedilatildeo e desempenho de
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novos papeacuteis e a (re) definiccedilatildeo da sua atitude na loacutegica da compreensatildeo dos mecanismos que
lhe permitiratildeo assegurar ldquouma caminhadardquo mais saudaacutevel e feliz
A reflexatildeo destes contextos e dos seus contornos mais relevantes eacute o objecto da conferecircncia a
qual a partir de problemaacuteticas centradas no binoacutemio tecnologia e necessidades do idoso na
loacutegica de um envelhecimento ativo e positivo (ageing in place) procura refletir cenaacuterios e os
desafios que no futuro se iratildeo continuamente colocar ao idoso e agrave proacutepria essecircncia humana
Palavras chave Idoso Inteligecircncia Artificial Gerontotecnologia Diaacutelogo idoso-tecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 1
CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio
Eunice Santos amp Pedro Costa
Unidade de Cuidados na Comunidade de Beja
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade mundial e o Alentejo natildeo eacute exceccedilatildeo
Por todo o mundo tal como em Portugal verifica-se um aumento gradual de idosos
resultante dos avanccedilos da medicina e da melhoria das condiccedilotildees socioeconoacutemicas bem como
consequecircncia da diminuiccedilatildeo progressiva da natalidade A preocupaccedilatildeo com este fenoacutemeno
tem suscitado a procura de respostas quer para manter quer para prolongar a qualidade de
vida durante o envelhecimento
A Unidade de Cuidados na Comunidade Beja eacute uma unidade elementar de
prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede apoio psicoloacutegico e social de acircmbito domiciliaacuterio e
comunitaacuterio especialmente agraves pessoas e grupos mais vulneraacuteveis em situaccedilatildeo de maior risco
ou dependecircncia fiacutesica funcional ou de doenccedila que requeira acompanhamento proacuteximo
Pretende contribuir para a melhoria do estado de sauacutede da populaccedilatildeo da sua aacuterea
geograacutefica de intervenccedilatildeo visando a obtenccedilatildeo de ganhos em sauacutede e concorrendo de um
modo direto para o cumprimento da missatildeo do Agrupamento de Centros de Sauacutede (ACES) do
Baixo Alentejo em que se integra (artigo 3ordm do Despacho nordm 101432009 de 16 de Abril)
(Ministeacuterio da Sauacutede 2009)
Uma das grandes fatias do bolo da nossa intervenccedilatildeo eacute dedicada aos cuidados
domiciliaacuterios que satildeo prestados por uma equipa multiprofissional maioritariamente
composta por enfermeiros
A intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio natildeo eacute de todo uma novidade poreacutem a forma
de intervenccedilatildeo eacute recente e desafiante Os nossos utentes satildeo-nos confiados pela sua equipa de
sauacutede quando a sua vulnerabilidade os torna incapazes de receber os cuidados de que
necessitam no centro de sauacutede eou a dependecircncia os impossibilita de sair de casa
Este eacute um desafio Os desafios exigem esforccedilos que todos temos dificuldades em
acompanhar (cada vez maior numero de idosos adequaccedilatildeo de recursos criaccedilatildeo de
ferramentas e protocolos cronicidade da doenccedila transiccedilatildeo digital transculturalidade
formaccedilatildeo cuidadores)
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Os desafios que se prendem com esta forma de intervenccedilatildeo domiciliaacuteria conduzem
frequentemente a constrangimentos falta de recursos humanos falta de materiais
equipamentos obsoletos falta de transportes falta de autonomia na gestatildeo objetivos
especiacuteficos por serviccedilos e individuais e falta de cuidadores que desempenhem o seu papel da
forma adequada
A nossa intervenccedilatildeo no contexto domiciliaacuterio enquanto profissionais de uma equipa
multidisciplinar junto dos cuidadores informais eacute um pilar importante para o lsquorsquosucessorsquorsquo
concretizaccedilatildeo dos objetivos satisfaccedilatildeo de necessidades e cuidados de qualidade junto do
utente dependente Eacute de todo essencial junto do cuidador promover o aumento de
conhecimentos acerca do processo sauacutededoenccedila treino e aquisiccedilatildeo de competecircncias
reproduzindo benefiacutecios relativos agrave consciencializaccedilatildeo dos cuidados e com impactos na
qualidade de vida dos utentes dependentes Esta intervenccedilatildeo impulsionadora de
empowerment adopta como objetivo capacitar o cuidador informal para assumir o controlo
da gestatildeo terapecircutica promover a sauacutede desenvolver relaccedilotildees de parceria com a comunidade
de forma a obter efeitos positivos na sua sauacutede e do idoso dependente atraveacutes do incentivo e
motivaccedilatildeo potenciando a capacidade e auto-controlo de emoccedilotildees de modo a atingir um bem-
estar fiacutesico mental e social
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TUacuteNEL ndash ENVELHECER NA COMUNIDADE
(Dinacircmica de Grupo- Dramatizaccedilatildeo)
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Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
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onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
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sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
53
Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
54
Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
Comissatildeo Cientiacutefica
Maria Cristina Faria (ESE-IPBeja) Joseacute Pereirinha Ramalho (ESE-IPBeja) Ana Isabel Fernandes (ESE-IPBeja) Ana Clara Nunes (ESS-IPBeja) Ana Sobral Canhestro (ESS-IPBeja) Maria Teresa Santos (ESE-IPBeja) Sandra Isabel Sauacutede (ESE-IPBeja) Ana Felisbela Piedade (ESE-IPBeja) Maria Inecircs Faria (ESE-IPBeja) Vacircnia Brandatildeo Loureiro (ESE-IPBeja) Joseacute Baiatildeo (ESE-IPBeja) Patriacutecia Santos (ESS-IPBeja) Hugo Lanccedila (ESTIG-IPBeja) Henrique Oliveira (ESTIG-IPBeja)
Maria Joatildeo Ramos (ESE-IPBeja) Vito Carioca (ESE-IPBeja) Joseacute Antoacutenio Orta (ESE-IPBeja) Inecircs Camacho (ESE-IPBeja) Miguel Bento (ESE-IPBeja) Adelaide E Santo (ESE-IPBeja) Helena Sardica (ESE-IPBeja) Rogeacuterio Ferrinho (ESS-IPBeja) Armindo Mendes (ESS-IPBeja) Margarida Goes (ESS-IPBeja) Raquel Santana (ESS-IPBeja) Cristina Galvatildeo (ULSBA) Catarina Pazes (ULSBA) Patriacutecia Paquete (CESNOVA)
Antoacutenio Fonseca (UCP ndash Porto) Manuel Lopes (UEacutevora) Luisa Graacutecio (UEacutevora) Joseacute Sarasola Serrano (UPablo de Olavide) Laura Muntildeoz Bermejo (UEX) Salvador Postigo Mota (UEX) Sonia Garciacutea-Segura (UCoacuterdoba) Carmen Gil-del-Pino (UCoacuterdoba) Estefania Castillo Viera (UHuelva) Salvador Postigo Mota (UHuelva) Jesuacutes Saacuteez Padilla (UHuelva) Isabel Mendoza Sierra (UHuelva) Emiacutelia Moreno Saacutenchez (UHuelva) Estefania Castillo Viera (UHuelva) David Chirosa Lara (UHuelva)
Comissatildeo Organizadora
Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja
Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo (ODEA-IPBeja)
Instituto Politeacutecnico de Beja
Cacircmara Municipal de Beja
Secretariado
Sandra Lorenzo ndash Aluna do 2ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e ComunitaacuteriaBolseira e Investigadora no ODEA-IPBeja
Mariana Gonccedilalves ndash Aluna do 1ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria| ESE|ODEA-IPBeja
Florbela Calado ndash Serviccedilo de Secretariado da ESE|ODEA-IPBeja
Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo ndash ODEA-IPBeja
Instituto Politeacutecnico de Beja Rua Pedro Soares SN ndash Campus do IPBeja
Apartado 6155 ndash 7800-295 Beja
E-mail odeaipbejapt Tel +351 284 314 400 extensatildeo 02030
Serviccedilo de Secretariado da ESE-IPBeja
Telf +351 284 315 001
e-mail do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia ixseminariopsicogerontologiagmailcom
Colaboraccedilatildeo
Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (CTeSPP) da ESE-IPBeja
Licenciatura em Serviccedilo Social da ESE-IPBeja
Mestrado em Desenvolvimento Comunitaacuterio e Empreendedorismo da ESE-IPBeja
Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede Escolar da ESE-IPBeja
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
Iacutendice
Nota de Abertura 1
Objectivos e Temas 2
Programa 5
Resumos 9
Conferecircncia 1 10
Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia Vito Carioca
11
Painel 1 ndash Cuidados Continuados Integrados 13
Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio Eunice Santos e Pedro Costa
14
Tuacutenel 16
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados Armindo Mendes
17
Conferecircncia 2 18
Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal Antoacutenio Fonseca
19
Apresentaccedilatildeo do WEBSITE ODEA ndash IPBeja de Proximidade com a Comunidade 20
Conferecircncia 3 ndash Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
24
Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados Manuel Lopes
25
Painel 2 ndash Cultura Florescimento e Apoio ao Envelhecimento na Comunidade 26
Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria Maria Joatildeo Ramos
27
Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos Maria Cristina Faria
28
Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba Sonia Garciacutea-Segura e Carmen Gil-del-Pino
30
Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
31
Tuacutenel -- Envelhecer na Comunidade ndash Sauacutede Direitos e Cuidados 32
Painel 3 ndash Direitos e Vivecircncias no Envelhecimento 33
O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica Hugo Lanccedila
34
Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expectativas e Necessidades Luiacutesa Graacutecio e Adriana Bugalho
35
Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo de institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial Joseacute Manuel Baiatildeo
36
Painel 4 ndash Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
38
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Catarina Pazes
38
Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos Cristina Galvatildeo
40
Painel 5 ndash Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento 41
O envolvimento ocupacional no envelhecimento Patriacutecia Santos
42
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Saudaacutevel Ana Canhestro
43
Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade 44
Conferecircncia 4 ndash Bancos del tiempo para el envejecimiento activo 45
Bancos del tiempo para el envejecimiento activo Josegrave Luis Sarasola Sancheacutez-Serrano
46
Conferecircncia 5 ndash A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
47
A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia Patriacutecia Paquete
48
Painel 5 ndash Exerciacutecio Fiacutesico e o Envelhecimento Saudaacutevel uma perspetiva biopsicossocial
49
ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de Sauacutede Vacircnia Loureiro Margarida Gomes Caacutetia Freitas Carlos Paixatildeo e Estefania Castillo Vieira
50
Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica Carlos Paixatildeo Estefania Castillo Vieira e Vacircnia Loureiro
52
Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDrsquos Caacutetia Freitas Margarida Gomes e Vacircnia Loureiro
53
Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda o efeito protetor e preventivo do Exeacutercito Fiacutesico Margarida Gomes Caacutetia Freitas e Vacircnia Loureiro
54
Painel 6 ndash Intervenccedilatildeo em Psicogerontologia e Sauacutede na Comunidade 55
Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
56
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados Margarida Ameixal Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
57
Poacutester 58
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
1
Nota de Abertura
As evidecircncias projetam que as pessoas com 65 anos ou mais dupliquem ateacute 2050 e que o
nuacutemero de pessoas com 85 anos ou mais aumente de 14 milhotildees para 19 milhotildees ateacute 2020 e para 40
milhotildees ateacute 2050 Ateacute que ponto a sociedade estaacute organizada para responder a este fenoacutemeno de viver
mais tempo do que os nossos antepassados Temos de preparar o envelhecimento e criar condiccedilotildees
para envelhecer bem e com suporte especializado na aacuterea das necessidades de cada indiviacuteduo Para
atender aos desejos aos empreendimentos aos direitos e agraves carecircncias dessa populaccedilatildeo surgem
iniciativas e serviccedilos diversificados de forma a permitir a inclusatildeo social e proteger a sauacutede e o bem-
estar ateacute ao uacuteltimo acontecimento de vida Nos uacuteltimos tempos assistimos ao proliferamente do
desenvolvimento de estudos cientiacuteficos e de formaccedilatildeo teacutecnica especializada e superior na aacuterea da
gerontologia para que os profissionais que se encontram a trabalhar com os mais velhos da nossa
sociedade estejam preparados e atualizados para realizar a sua missatildeo com competecircncia
A Escola Superior de Educaccedilatildeo do Instituto Politeacutecnico de Beja atenta agraves necessidades da
comunidade aceitou o desafio de investir na formaccedilatildeo de profissionais na investigaccedilatildeo e nos projetos
nacionais e internacionais na aacuterea do envelhecimento na mira de contribuir para o florescimento e o
apoio agraves pessoas mais velhas da comunidade Assim jaacute contabiliza dez anos de formaccedilatildeo teacutecnica
especializada em Psicogerontologia e de formaccedilatildeo superior de 2ordm ciclo mestrado em Psicogerontologia
Comunitaacuteria e Gerontologia Social e Comunitaacuteria Esta tarefa soacute foi possiacutevel mediante o trabalho
desenvolvido com a Escola Superior de Sauacutede e do interesse e colaboraccedilatildeo da comunidade das
instituiccedilotildees e dos agentes poliacuteticos Este ano o ODEA-IPBeja disponibilizou um website de
proximidade com a comunidade sobre formaccedilatildeo investigaccedilatildeo apoio e informaccedilatildeo sobre o
envelhecimento a niacutevel local e global (httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja)
Hoje envelhecer eacute uma oportunidade para viver e florescer agrave qual temos de prestar atenccedilatildeo
para que possa ocorrer com sauacutede e bem-estar e de preferecircncia em casa e na comunidade Neste
sentido no IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia II Seminaacuterio Ibeacuterico de Gerontologia Social e
Comunitaacuteria subordinado ao tema ldquoEnvelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidadosrdquo
apresentamos um conjunto de trabalhos projetos boas praacuteticas e experiecircncias em forma de
comunicaccedilatildeo oral ou de poster
Aguardamos a vossa presenccedila
Maria Cristina Campos de Sousa Faria
Coordenadora do Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria
Coordenadora do Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia
Coordenadora do Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo
Do Instituto Politeacutecnico de Beja
Beja 16 de Maio de 2019
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
2
OBJECTIVOS E TEMAS
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
3
OBJETIVOS
Organizado pelos alunos do Mestrado em Gerontologia Gerontologia e Comunitaacuteria o IX
Seminaacuterio Ibeacuterico II de Gerontologia Social e Comunitaacuteria subordinado ao tema ldquoEnvelhecer
na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados eacute um espaccedilo aberto de encontro e de debate
entre os participantes tendo como principais objetivos
Promover o intercacircmbio entre investigadores e profissionais ligados ao envelhecimento nos domiacutenios
da sauacutede da psicologia do social da educaccedilatildeo da gerontotecnologia do desenvolvimento
comunitaacuterio da seguranccedila e da decisatildeo poliacutetica
Divulgar iniciativas promotoras do florescimento e capacitaccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel feliz e
seguro na comunidade
Mostrar e debater os resultados de projetos de investigaccedilatildeo e de intervenccedilatildeo na aacuterea da
psicogerontologia da gerontologia social e comunitaacuteria da gerontotecnologia dos direitos e cuidados
de sauacutede da pessoa mais velha da seguranccedila da intervenccedilatildeo comunitaacuteria da capacitaccedilatildeo da inclusatildeo
social do envolvimento ocupacional da sustentabilidade e da mudanccedila social
Aprofundar a multidisciplinaridade nas problemaacuteticas da intervenccedilatildeo comunitaacuteria ao niacutevel das
estruturas multidisciplinares de apoio efetivo ao acompanhamento do envelhecimento na comunidade
Contribuir para a melhoria da formaccedilatildeo e a capacitaccedilatildeo dos diferentes agentes e suas organizaccedilotildees
para viabilizar o envelhecimento saudaacutevel na comunidade ateacute ao uacuteltimo acontecimento de vida
Promover o estabelecimento de parcerias de promoccedilatildeo da sauacutede social econoacutemica e de
sustentabilidade para viabilizar o envelhecimento na comunidade
Promover o envolvimento dos cidadatildeos na melhoria da sua comunidade envelhecida de forma a que a
sua participaccedilatildeo organizada e as suas ocupaccedilotildees contribuam para o florescimento das pessoas e da
comunidade
Divulgar as iniciativas e boas praacuteticas do Envelhecimento na Comunidade evidenciando os seus
impactos no florescimento do cidadatildeo(atilde) e da comunidade
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TEMAS
Os temas propostos no domiacutenio do envelhecimento na comunidade circunscrevem-se agraves
seguintes aacutereas
bull Boas Praacuteticas de Envelhecimento na Comunidade
bull Promoccedilatildeo de um Envelhecimento Saudaacutevel
bull Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento
bull Proteccedilatildeo da Sauacutede Mental no Envelhecimento
bull Doenccedilas Croacutenicas no Envelhecimento
bull Cuidados de Sauacutede na Famiacutelia
bull Cuidados Continuados Integrados
bull Cidadania Seacutenior e Inclusatildeo Social
bull Poliacuteticas Puacuteblicas e Sustentabilidade Social
bull Os Direitos das Pessoas Mais Velhas
bull Respostas Sociais para o Envelhecimento
bull Seguranccedila na Comunidade Envelhecida
bull Reforma
bull Envolvimento Ocupacional no Envelhecimento
bull Psicogerontologia Comunitaacuteria
bull Gerontotecnologia
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PROGRAMA
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia II Seminaacuterio Ibeacuterico de Gerontologia Social e Comunitaacuteria ldquoEnvelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidadosrdquo 16 e 17 de Maio 2019 | Auditoacuterio da Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja
PROGRAMA Dia 13 de Maio Abertura da Exposiccedilatildeo de Fotografia sobre o tema ldquoEnvelhecer na Comunidade ontem e hojerdquo na Galeria Ao Lado do IPBeja Manuela Pereira |Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior Francisco Pardal |Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Dia 16 de Maio 900 Receccedilatildeo dos participantes
915 Abertura da Exposiccedilatildeo da Mostra dos Estaacutegios do CTeSP em Psicogerontologia nas ERPI
930 Sessatildeo de Abertura do Seminaacuterio Joatildeo Paulo Trindade (Presidente do IPBeja) Paulo Arseacutenio (Presidente da Cacircmara de Beja) Joseacute Pedro Fernandes (Diretor da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja) Ana Canhestro (Diretora da Escola Superior de Sauacutede do IPBeja) Maria Cristina Faria (Coordenadora do Mestrado GSC e do Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento do Alentejo- IPBeja)
1000 CONFEREcircNCIA 1 ndash Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia
Moderador Joseacute Pereirinha Ramalho I ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Vito Carioca| ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1030 PAINEL 1 ndash Cuidados Continuados Integrados
Moderadora Inecircs Camacho| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Desafios e Constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio (RNCCI)| Eunice Santos amp Pedro Costa |UCC Beja Intervenccedilatildeo do Terapeuta Ocupacional numa Unidade de Convalescenccedila |Seacutergio Charuto | Unidade de Convalescenccedila da Unidade Local de Sauacutede Litoral Alentejano Intervenccedilatildeo do Terapeuta Ocupacional numa Unidade de Longa Duraccedilatildeo e Manutenccedilatildeo| Laura Cebola |Unidade de Longa Duraccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Cruz Vermelha Portuguesa ndash Delegaccedilatildeo de Elvas|ECSCP Beja+ ULSBA
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 2 ndash Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Moderadora Maria Cristina Faria | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Antoacutenio Fonseca | Faculdade de Educaccedilatildeo e Psicologia da Universidade Catoacutelica Portuguesa ndash Porto
1200 Apresentaccedilatildeo do WEBSITE ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade| Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano|ESEODEA-IPBeja
1300 Pausa de Almoccedilo
1400 Sessatildeo de Posters- Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
Moderadora | Helena Sardica| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1430 CONFEREcircNCIA 3- Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Moderador Rogeacuterio Ferrinho| ESS- Instituto Politeacutecnico de Beja Manuel Lopes| Escola Superior de Enfermagem de S Joatildeo de DeusUniversidade de Eacutevora
1530 PAINEL 2 ndash Cultura Florescimento e Apoio ao Envelhecimento na Comunidade
Moderadora Ana Isabel FernandesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria|Maria Joatildeo Ramos ESE-IPBeja Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos |Maria Cristina Faria |ESEODEA-IPBeja Aprendizaje y compromiso con la comunidad Hacia una nueva concepcioacuten de la vejez en los estudiantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba| Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino| Universidad de Coacuterdoba Espantildea Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento|Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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1630 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1630 Coffee break
1700 PAINEL 3 ndash Direitos e Vivecircncias no Envelhecimento
Moderadora Maria Inecircs Faria| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica| Hugo Lanccedila | ESTIG -- IPBeja Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expectativas e Necessidades| Luiacutesa Graacutecio1 amp Adriana Bugalho2 |1Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP| 2CIEP Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo de institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial|Joseacute Manuel Baiatildeo|Santa Casa da Misericoacuterdia de Cuba| Instituto Politeacutecnico de Beja
2000 Jantar Conviacutevio
Dia 17 de Maio
930 PAINEL 4 ndash Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Moderadora Catarina Pazes| ECSCP Beja+| ULSBA Cuidados Paliativos na Comunidade Que Respostas para os mais velhos |Cristina Galvatildeo| ECSCP Beja+| ULSBA Desafios e Constrangimentos dos Cuidados paliativos numa ERPI |Ana Caetano Silva |ERPI- Centro Social e Paroquial do Salvador de Beja Especificidade dos Cuidados Paliativos em Geriatria|Laura Muntildeoz Bermejo| Universidad de Extremadura (UEX)
1030 PAINEL 5- Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento
Moderadora Ana Clara Nunes|ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Empoderamiento en la vejez|Salvador Postigo Mota| Universidad de Extremadura (UEX) Envolvimento ocupacional no envelhecimento| Patriacutecia Santos amp Raquel Santana|ESSODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Promoccedilatildeo de um envelhecimento saudaacutevel|Ana Canhestro|ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecimento na Comunidade ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 4 ndash Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Moderadora Sandra Lozano|ODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
1300 Pausa de Almoccedilo
1430 CONFEREcircNCIA 5 ndash A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Moderadora Ana Piedade|ESE- Instituto Politeacutecnico de Beja Patriacutecia Paquete|HumanaMente|CESNOVA ndash Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
1530 PAINEL 5 ndash Exerciacutecio Fiacutesico e o Envelhecimento Saudaacutevel uma perspetiva biopsicossocial
Moderadora Vacircnia Brandatildeo ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de Sauacutede| Vacircnia Loureiro12 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania Castillo Viera3 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica |Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha 3 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes| Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro2| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda o efeito protetor e preventivo do Exerciacutecio Fiacutesico|Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 amp Vacircnia Loureiro12| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Abordaje biopsicosocial de las caiacutedas de las personas mayores atraveacutes de um programa de artes orientales | Emiacutelia Moreno Saacutenchez1 Jesuacutes Saacuteez Padilla1 Isabel Mendoza Sierra1 amp David Chirosa Lara1| 1 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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1700 PAINEL 6 ndashIntervenccedilatildeo em Psicogerontologia e Sauacutede na Comunidade
Moderador Armindo MendesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Voluntariado e satisfaccedilatildeo com a vida na reforma| Ana Rita Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados|Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira|ESS e ESTIGODEA-IPBeja Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados| Margarida Ameixal Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira|Instituto Politeacutecnico de Beja A Qualidade de Vida em Gerontes Institucionalizados Portadores de Doenccedila de Alzheimer| Vanessa Isabel Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja A importacircncia do desenvolvimento pessoal para a qualidade de vida de idosos institucionalizados o contributo das atividades
de animaccedilatildeo sociocultural|Patriacutecia Isabel Parreira amp Joseacute Pereirinha Ramalho |ESE-IPBeja
1800 Sessatildeo de Encerramento
Comissatildeo Organizadora
Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo (ODEA-IPBeja)
Instituto Politeacutecnico de Beja Cacircmara Municipal de Beja
Colaboraccedilatildeo
Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (CTeSPP) da ESE-IPBeja Licenciatura em Serviccedilo Social da ESE-IPBeja Mestrado em Desenvolvimento Comunitaacuterio e Empreendedorismo da ESE-IPBeja Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede da ESE-IPBeja
Comissatildeo Cientiacutefica
Maria Cristina Faria (ESE-IPBeja) Joseacute Pereirinha Ramalho (ESE-IPBeja) Ana Isabel Fernandes (ESE-IPBeja) Ana Clara Nunes (ESS-IPBeja) Ana Sobral Canhestro (ESS-IPBeja) Maria Teresa Santos (ESE-IPBeja) Sandra Isabel Sauacutede (ESE-IPBeja) Ana Felisbela Piedade (ESE-IPBeja) Maria Inecircs Faria (ESE-IPBeja) Vacircnia Brandatildeo Loureiro (ESE-IPBeja) Joseacute Baiatildeo (ESE-IPBeja) Patriacutecia Santos (ESS-IPBeja) Hugo Lanccedila (ESTIG-IPBeja) Henrique Oliveira (ESTIG-IPBeja)
Maria Joatildeo Ramos (ESE-IPBeja) Vito Carioca (ESE-IPBeja) Joseacute Antoacutenio Orta (ESE-IPBeja) Inecircs Camacho (ESE-IPBeja) Miguel Bento (ESE-IPBeja) Adelaide E Santo (ESE-IPBeja) Helena Sardica (ESE-IPBeja) Rogeacuterio Ferrinho (ESS-IPBeja) Armindo Mendes (ESS-IPBeja) Margarida Goes (ESS-IPBeja) Raquel Santana (ESS-IPBeja) Cristina Galvatildeo (ULSBA) Catarina Pazes (ULSBA) Patriacutecia Paquete (CESNOVA)
Antoacutenio Fonseca (UCP ndash Porto) Manuel Lopes (UEacutevora) Luisa Graacutecio (UEacutevora) Joseacute Sarasola Serrano (UPablo de Olavide) Laura Muntildeoz Bermejo (UEX) Salvador Postigo Mota (UEX) Sonia Garciacutea-Segura (UCoacuterdoba) Carmen Gil-del-Pino (UCoacuterdoba) Estefania Castillo Viera (UHuelva) Salvador Postigo Mota (UHuelva) Jesuacutes Saacuteez Padilla (UHuelva) Isabel Mendoza Sierra (UHuelva) Emiacutelia Moreno Saacutenchez (UHuelva) Estefania Castillo Viera (UHuelva) David Chirosa Lara (UHuelva)
SecretariadoContacto
Sandra Lorenzo ndash aluna do 2ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e ComunitaacuteriaBolseira e Investigadora no ODEA-IPBeja Mariana Gonccedilalves ndash aluna do 1ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria | ESE|ODEA-IPBeja Florbela Calado ndash Serviccedilo de Secretariado da ESE|ODEA-IPBeja
Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo ndash ODEA-IPBeja Instituto Politeacutecnico de Beja Rua Pedro Soares SN ndash Campus do IPBeja Apartado 6155 ndash 7800-295 Beja E-mail odeaipbejapt Tel +351 284 314 400 extensatildeo 02030 Serviccedilo de Secretariado da ESE-IPBeja Telf +351 284 315 001 e-mail do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia ixseminariopsicogerontologiagmailcom
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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RESUMOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 1
TEMPOS DO PRESENTE E DO FUTURO TEMPOS DE
EMERGENTES DESAFIOS NO DIAacuteLOGO IDOSO-TECNOLOGIA
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no
diaacutelogo idoso-tecnologia
Vito Carioca
Instituto Politeacutecnico de Beja
vcariocaipbejapt
Resumo
A conferecircncia procura refletir a emergecircncia dos paradigmas associados agrave sociedade do digital
e da Quarta Revoluccedilatildeo Industrial (Schwab e Davis 2019) e as suas influecircncias nos processos
de envelhecimento e no diaacutelogo idoso-tecnologia
Satildeo tempos de Inteligecircncia Artificial tempos de presente e de futuro No limiar dardquonova
revoluccedilatildeo industrialrdquo que se sucede agraves do Neoliacutetico da Revoluccedilatildeo Industrial do seacuteculo XVIII
dos computadores da era espacial da ciberneacutetica nas uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo XX segue-se
agora na opiniatildeo de De Lacy (2019) ldquoos primeiros passos na convergecircncia das tecnologias
digitais fiacutesicas e bioloacutegicas cujo derradeiro fim seraacute a automatizaccedilatildeo total e independente da
produccedilatildeo humanardquop28)
Tempos em que em nossa opiniatildeo e em referecircncia a Melly (1997)
ldquo(hellip) aconteceraacute uma verdadeira revoluccedilatildeo implicando na maneira como as pessoas iratildeo ser
laquoeducadas a aprenderraquoAs pessoas vatildeo ser obrigadas a aprender constantemente em funccedilatildeo
da velocidade tecnoloacutegica e da mudanccedila que ela impotildee ndash eacute o que se chama de just in time
learning (vocecirc tem de buscar a informaccedilatildeo na hora em que precisa) e continuous education
(estar sempre se actualizando) (p66)
Eacute a emergecircncia de um admiraacutevel mundo novo que nos toca e que atravessa ateacute os nossos
sentidos Estamos jaacute para aleacutem das experiecircncias que envolvem a visatildeo e o som e
mergulhamos em tecnologias inovadoras e que iratildeo influenciar profundamente os humanos O
desenvolvimento de interfaces e experiecircncias com as quais eacute possiacutevel interagir com o toque
penetram aacutereas fundamentais do conhecimento como a medicina em experiecircncias em
mundos virtuais no entretenimento entre outros abrindo caminhos para um futuro
inimaginaacutevel
Na sociedade do presente e do futuro novos satildeo os desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia O
idoso assume-se uma consciecircncia reflexiva que propicia para a adaptaccedilatildeo e desempenho de
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
12
novos papeacuteis e a (re) definiccedilatildeo da sua atitude na loacutegica da compreensatildeo dos mecanismos que
lhe permitiratildeo assegurar ldquouma caminhadardquo mais saudaacutevel e feliz
A reflexatildeo destes contextos e dos seus contornos mais relevantes eacute o objecto da conferecircncia a
qual a partir de problemaacuteticas centradas no binoacutemio tecnologia e necessidades do idoso na
loacutegica de um envelhecimento ativo e positivo (ageing in place) procura refletir cenaacuterios e os
desafios que no futuro se iratildeo continuamente colocar ao idoso e agrave proacutepria essecircncia humana
Palavras chave Idoso Inteligecircncia Artificial Gerontotecnologia Diaacutelogo idoso-tecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 1
CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio
Eunice Santos amp Pedro Costa
Unidade de Cuidados na Comunidade de Beja
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade mundial e o Alentejo natildeo eacute exceccedilatildeo
Por todo o mundo tal como em Portugal verifica-se um aumento gradual de idosos
resultante dos avanccedilos da medicina e da melhoria das condiccedilotildees socioeconoacutemicas bem como
consequecircncia da diminuiccedilatildeo progressiva da natalidade A preocupaccedilatildeo com este fenoacutemeno
tem suscitado a procura de respostas quer para manter quer para prolongar a qualidade de
vida durante o envelhecimento
A Unidade de Cuidados na Comunidade Beja eacute uma unidade elementar de
prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede apoio psicoloacutegico e social de acircmbito domiciliaacuterio e
comunitaacuterio especialmente agraves pessoas e grupos mais vulneraacuteveis em situaccedilatildeo de maior risco
ou dependecircncia fiacutesica funcional ou de doenccedila que requeira acompanhamento proacuteximo
Pretende contribuir para a melhoria do estado de sauacutede da populaccedilatildeo da sua aacuterea
geograacutefica de intervenccedilatildeo visando a obtenccedilatildeo de ganhos em sauacutede e concorrendo de um
modo direto para o cumprimento da missatildeo do Agrupamento de Centros de Sauacutede (ACES) do
Baixo Alentejo em que se integra (artigo 3ordm do Despacho nordm 101432009 de 16 de Abril)
(Ministeacuterio da Sauacutede 2009)
Uma das grandes fatias do bolo da nossa intervenccedilatildeo eacute dedicada aos cuidados
domiciliaacuterios que satildeo prestados por uma equipa multiprofissional maioritariamente
composta por enfermeiros
A intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio natildeo eacute de todo uma novidade poreacutem a forma
de intervenccedilatildeo eacute recente e desafiante Os nossos utentes satildeo-nos confiados pela sua equipa de
sauacutede quando a sua vulnerabilidade os torna incapazes de receber os cuidados de que
necessitam no centro de sauacutede eou a dependecircncia os impossibilita de sair de casa
Este eacute um desafio Os desafios exigem esforccedilos que todos temos dificuldades em
acompanhar (cada vez maior numero de idosos adequaccedilatildeo de recursos criaccedilatildeo de
ferramentas e protocolos cronicidade da doenccedila transiccedilatildeo digital transculturalidade
formaccedilatildeo cuidadores)
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Os desafios que se prendem com esta forma de intervenccedilatildeo domiciliaacuteria conduzem
frequentemente a constrangimentos falta de recursos humanos falta de materiais
equipamentos obsoletos falta de transportes falta de autonomia na gestatildeo objetivos
especiacuteficos por serviccedilos e individuais e falta de cuidadores que desempenhem o seu papel da
forma adequada
A nossa intervenccedilatildeo no contexto domiciliaacuterio enquanto profissionais de uma equipa
multidisciplinar junto dos cuidadores informais eacute um pilar importante para o lsquorsquosucessorsquorsquo
concretizaccedilatildeo dos objetivos satisfaccedilatildeo de necessidades e cuidados de qualidade junto do
utente dependente Eacute de todo essencial junto do cuidador promover o aumento de
conhecimentos acerca do processo sauacutededoenccedila treino e aquisiccedilatildeo de competecircncias
reproduzindo benefiacutecios relativos agrave consciencializaccedilatildeo dos cuidados e com impactos na
qualidade de vida dos utentes dependentes Esta intervenccedilatildeo impulsionadora de
empowerment adopta como objetivo capacitar o cuidador informal para assumir o controlo
da gestatildeo terapecircutica promover a sauacutede desenvolver relaccedilotildees de parceria com a comunidade
de forma a obter efeitos positivos na sua sauacutede e do idoso dependente atraveacutes do incentivo e
motivaccedilatildeo potenciando a capacidade e auto-controlo de emoccedilotildees de modo a atingir um bem-
estar fiacutesico mental e social
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL ndash ENVELHECER NA COMUNIDADE
(Dinacircmica de Grupo- Dramatizaccedilatildeo)
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
38
Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
41
PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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47
CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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POSTER
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
Iacutendice
Nota de Abertura 1
Objectivos e Temas 2
Programa 5
Resumos 9
Conferecircncia 1 10
Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia Vito Carioca
11
Painel 1 ndash Cuidados Continuados Integrados 13
Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio Eunice Santos e Pedro Costa
14
Tuacutenel 16
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados Armindo Mendes
17
Conferecircncia 2 18
Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal Antoacutenio Fonseca
19
Apresentaccedilatildeo do WEBSITE ODEA ndash IPBeja de Proximidade com a Comunidade 20
Conferecircncia 3 ndash Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
24
Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados Manuel Lopes
25
Painel 2 ndash Cultura Florescimento e Apoio ao Envelhecimento na Comunidade 26
Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria Maria Joatildeo Ramos
27
Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos Maria Cristina Faria
28
Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba Sonia Garciacutea-Segura e Carmen Gil-del-Pino
30
Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
31
Tuacutenel -- Envelhecer na Comunidade ndash Sauacutede Direitos e Cuidados 32
Painel 3 ndash Direitos e Vivecircncias no Envelhecimento 33
O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica Hugo Lanccedila
34
Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expectativas e Necessidades Luiacutesa Graacutecio e Adriana Bugalho
35
Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo de institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial Joseacute Manuel Baiatildeo
36
Painel 4 ndash Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
38
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Catarina Pazes
38
Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos Cristina Galvatildeo
40
Painel 5 ndash Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento 41
O envolvimento ocupacional no envelhecimento Patriacutecia Santos
42
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Saudaacutevel Ana Canhestro
43
Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade 44
Conferecircncia 4 ndash Bancos del tiempo para el envejecimiento activo 45
Bancos del tiempo para el envejecimiento activo Josegrave Luis Sarasola Sancheacutez-Serrano
46
Conferecircncia 5 ndash A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
47
A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia Patriacutecia Paquete
48
Painel 5 ndash Exerciacutecio Fiacutesico e o Envelhecimento Saudaacutevel uma perspetiva biopsicossocial
49
ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de Sauacutede Vacircnia Loureiro Margarida Gomes Caacutetia Freitas Carlos Paixatildeo e Estefania Castillo Vieira
50
Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica Carlos Paixatildeo Estefania Castillo Vieira e Vacircnia Loureiro
52
Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDrsquos Caacutetia Freitas Margarida Gomes e Vacircnia Loureiro
53
Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda o efeito protetor e preventivo do Exeacutercito Fiacutesico Margarida Gomes Caacutetia Freitas e Vacircnia Loureiro
54
Painel 6 ndash Intervenccedilatildeo em Psicogerontologia e Sauacutede na Comunidade 55
Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
56
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados Margarida Ameixal Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
57
Poacutester 58
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Nota de Abertura
As evidecircncias projetam que as pessoas com 65 anos ou mais dupliquem ateacute 2050 e que o
nuacutemero de pessoas com 85 anos ou mais aumente de 14 milhotildees para 19 milhotildees ateacute 2020 e para 40
milhotildees ateacute 2050 Ateacute que ponto a sociedade estaacute organizada para responder a este fenoacutemeno de viver
mais tempo do que os nossos antepassados Temos de preparar o envelhecimento e criar condiccedilotildees
para envelhecer bem e com suporte especializado na aacuterea das necessidades de cada indiviacuteduo Para
atender aos desejos aos empreendimentos aos direitos e agraves carecircncias dessa populaccedilatildeo surgem
iniciativas e serviccedilos diversificados de forma a permitir a inclusatildeo social e proteger a sauacutede e o bem-
estar ateacute ao uacuteltimo acontecimento de vida Nos uacuteltimos tempos assistimos ao proliferamente do
desenvolvimento de estudos cientiacuteficos e de formaccedilatildeo teacutecnica especializada e superior na aacuterea da
gerontologia para que os profissionais que se encontram a trabalhar com os mais velhos da nossa
sociedade estejam preparados e atualizados para realizar a sua missatildeo com competecircncia
A Escola Superior de Educaccedilatildeo do Instituto Politeacutecnico de Beja atenta agraves necessidades da
comunidade aceitou o desafio de investir na formaccedilatildeo de profissionais na investigaccedilatildeo e nos projetos
nacionais e internacionais na aacuterea do envelhecimento na mira de contribuir para o florescimento e o
apoio agraves pessoas mais velhas da comunidade Assim jaacute contabiliza dez anos de formaccedilatildeo teacutecnica
especializada em Psicogerontologia e de formaccedilatildeo superior de 2ordm ciclo mestrado em Psicogerontologia
Comunitaacuteria e Gerontologia Social e Comunitaacuteria Esta tarefa soacute foi possiacutevel mediante o trabalho
desenvolvido com a Escola Superior de Sauacutede e do interesse e colaboraccedilatildeo da comunidade das
instituiccedilotildees e dos agentes poliacuteticos Este ano o ODEA-IPBeja disponibilizou um website de
proximidade com a comunidade sobre formaccedilatildeo investigaccedilatildeo apoio e informaccedilatildeo sobre o
envelhecimento a niacutevel local e global (httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja)
Hoje envelhecer eacute uma oportunidade para viver e florescer agrave qual temos de prestar atenccedilatildeo
para que possa ocorrer com sauacutede e bem-estar e de preferecircncia em casa e na comunidade Neste
sentido no IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia II Seminaacuterio Ibeacuterico de Gerontologia Social e
Comunitaacuteria subordinado ao tema ldquoEnvelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidadosrdquo
apresentamos um conjunto de trabalhos projetos boas praacuteticas e experiecircncias em forma de
comunicaccedilatildeo oral ou de poster
Aguardamos a vossa presenccedila
Maria Cristina Campos de Sousa Faria
Coordenadora do Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria
Coordenadora do Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia
Coordenadora do Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo
Do Instituto Politeacutecnico de Beja
Beja 16 de Maio de 2019
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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OBJECTIVOS E TEMAS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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OBJETIVOS
Organizado pelos alunos do Mestrado em Gerontologia Gerontologia e Comunitaacuteria o IX
Seminaacuterio Ibeacuterico II de Gerontologia Social e Comunitaacuteria subordinado ao tema ldquoEnvelhecer
na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados eacute um espaccedilo aberto de encontro e de debate
entre os participantes tendo como principais objetivos
Promover o intercacircmbio entre investigadores e profissionais ligados ao envelhecimento nos domiacutenios
da sauacutede da psicologia do social da educaccedilatildeo da gerontotecnologia do desenvolvimento
comunitaacuterio da seguranccedila e da decisatildeo poliacutetica
Divulgar iniciativas promotoras do florescimento e capacitaccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel feliz e
seguro na comunidade
Mostrar e debater os resultados de projetos de investigaccedilatildeo e de intervenccedilatildeo na aacuterea da
psicogerontologia da gerontologia social e comunitaacuteria da gerontotecnologia dos direitos e cuidados
de sauacutede da pessoa mais velha da seguranccedila da intervenccedilatildeo comunitaacuteria da capacitaccedilatildeo da inclusatildeo
social do envolvimento ocupacional da sustentabilidade e da mudanccedila social
Aprofundar a multidisciplinaridade nas problemaacuteticas da intervenccedilatildeo comunitaacuteria ao niacutevel das
estruturas multidisciplinares de apoio efetivo ao acompanhamento do envelhecimento na comunidade
Contribuir para a melhoria da formaccedilatildeo e a capacitaccedilatildeo dos diferentes agentes e suas organizaccedilotildees
para viabilizar o envelhecimento saudaacutevel na comunidade ateacute ao uacuteltimo acontecimento de vida
Promover o estabelecimento de parcerias de promoccedilatildeo da sauacutede social econoacutemica e de
sustentabilidade para viabilizar o envelhecimento na comunidade
Promover o envolvimento dos cidadatildeos na melhoria da sua comunidade envelhecida de forma a que a
sua participaccedilatildeo organizada e as suas ocupaccedilotildees contribuam para o florescimento das pessoas e da
comunidade
Divulgar as iniciativas e boas praacuteticas do Envelhecimento na Comunidade evidenciando os seus
impactos no florescimento do cidadatildeo(atilde) e da comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TEMAS
Os temas propostos no domiacutenio do envelhecimento na comunidade circunscrevem-se agraves
seguintes aacutereas
bull Boas Praacuteticas de Envelhecimento na Comunidade
bull Promoccedilatildeo de um Envelhecimento Saudaacutevel
bull Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento
bull Proteccedilatildeo da Sauacutede Mental no Envelhecimento
bull Doenccedilas Croacutenicas no Envelhecimento
bull Cuidados de Sauacutede na Famiacutelia
bull Cuidados Continuados Integrados
bull Cidadania Seacutenior e Inclusatildeo Social
bull Poliacuteticas Puacuteblicas e Sustentabilidade Social
bull Os Direitos das Pessoas Mais Velhas
bull Respostas Sociais para o Envelhecimento
bull Seguranccedila na Comunidade Envelhecida
bull Reforma
bull Envolvimento Ocupacional no Envelhecimento
bull Psicogerontologia Comunitaacuteria
bull Gerontotecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PROGRAMA
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia II Seminaacuterio Ibeacuterico de Gerontologia Social e Comunitaacuteria ldquoEnvelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidadosrdquo 16 e 17 de Maio 2019 | Auditoacuterio da Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja
PROGRAMA Dia 13 de Maio Abertura da Exposiccedilatildeo de Fotografia sobre o tema ldquoEnvelhecer na Comunidade ontem e hojerdquo na Galeria Ao Lado do IPBeja Manuela Pereira |Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior Francisco Pardal |Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Dia 16 de Maio 900 Receccedilatildeo dos participantes
915 Abertura da Exposiccedilatildeo da Mostra dos Estaacutegios do CTeSP em Psicogerontologia nas ERPI
930 Sessatildeo de Abertura do Seminaacuterio Joatildeo Paulo Trindade (Presidente do IPBeja) Paulo Arseacutenio (Presidente da Cacircmara de Beja) Joseacute Pedro Fernandes (Diretor da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja) Ana Canhestro (Diretora da Escola Superior de Sauacutede do IPBeja) Maria Cristina Faria (Coordenadora do Mestrado GSC e do Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento do Alentejo- IPBeja)
1000 CONFEREcircNCIA 1 ndash Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia
Moderador Joseacute Pereirinha Ramalho I ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Vito Carioca| ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1030 PAINEL 1 ndash Cuidados Continuados Integrados
Moderadora Inecircs Camacho| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Desafios e Constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio (RNCCI)| Eunice Santos amp Pedro Costa |UCC Beja Intervenccedilatildeo do Terapeuta Ocupacional numa Unidade de Convalescenccedila |Seacutergio Charuto | Unidade de Convalescenccedila da Unidade Local de Sauacutede Litoral Alentejano Intervenccedilatildeo do Terapeuta Ocupacional numa Unidade de Longa Duraccedilatildeo e Manutenccedilatildeo| Laura Cebola |Unidade de Longa Duraccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Cruz Vermelha Portuguesa ndash Delegaccedilatildeo de Elvas|ECSCP Beja+ ULSBA
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 2 ndash Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Moderadora Maria Cristina Faria | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Antoacutenio Fonseca | Faculdade de Educaccedilatildeo e Psicologia da Universidade Catoacutelica Portuguesa ndash Porto
1200 Apresentaccedilatildeo do WEBSITE ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade| Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano|ESEODEA-IPBeja
1300 Pausa de Almoccedilo
1400 Sessatildeo de Posters- Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
Moderadora | Helena Sardica| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1430 CONFEREcircNCIA 3- Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Moderador Rogeacuterio Ferrinho| ESS- Instituto Politeacutecnico de Beja Manuel Lopes| Escola Superior de Enfermagem de S Joatildeo de DeusUniversidade de Eacutevora
1530 PAINEL 2 ndash Cultura Florescimento e Apoio ao Envelhecimento na Comunidade
Moderadora Ana Isabel FernandesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria|Maria Joatildeo Ramos ESE-IPBeja Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos |Maria Cristina Faria |ESEODEA-IPBeja Aprendizaje y compromiso con la comunidad Hacia una nueva concepcioacuten de la vejez en los estudiantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba| Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino| Universidad de Coacuterdoba Espantildea Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento|Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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1630 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1630 Coffee break
1700 PAINEL 3 ndash Direitos e Vivecircncias no Envelhecimento
Moderadora Maria Inecircs Faria| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica| Hugo Lanccedila | ESTIG -- IPBeja Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expectativas e Necessidades| Luiacutesa Graacutecio1 amp Adriana Bugalho2 |1Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP| 2CIEP Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo de institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial|Joseacute Manuel Baiatildeo|Santa Casa da Misericoacuterdia de Cuba| Instituto Politeacutecnico de Beja
2000 Jantar Conviacutevio
Dia 17 de Maio
930 PAINEL 4 ndash Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Moderadora Catarina Pazes| ECSCP Beja+| ULSBA Cuidados Paliativos na Comunidade Que Respostas para os mais velhos |Cristina Galvatildeo| ECSCP Beja+| ULSBA Desafios e Constrangimentos dos Cuidados paliativos numa ERPI |Ana Caetano Silva |ERPI- Centro Social e Paroquial do Salvador de Beja Especificidade dos Cuidados Paliativos em Geriatria|Laura Muntildeoz Bermejo| Universidad de Extremadura (UEX)
1030 PAINEL 5- Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento
Moderadora Ana Clara Nunes|ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Empoderamiento en la vejez|Salvador Postigo Mota| Universidad de Extremadura (UEX) Envolvimento ocupacional no envelhecimento| Patriacutecia Santos amp Raquel Santana|ESSODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Promoccedilatildeo de um envelhecimento saudaacutevel|Ana Canhestro|ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecimento na Comunidade ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 4 ndash Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Moderadora Sandra Lozano|ODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
1300 Pausa de Almoccedilo
1430 CONFEREcircNCIA 5 ndash A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Moderadora Ana Piedade|ESE- Instituto Politeacutecnico de Beja Patriacutecia Paquete|HumanaMente|CESNOVA ndash Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
1530 PAINEL 5 ndash Exerciacutecio Fiacutesico e o Envelhecimento Saudaacutevel uma perspetiva biopsicossocial
Moderadora Vacircnia Brandatildeo ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de Sauacutede| Vacircnia Loureiro12 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania Castillo Viera3 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica |Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha 3 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes| Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro2| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda o efeito protetor e preventivo do Exerciacutecio Fiacutesico|Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 amp Vacircnia Loureiro12| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Abordaje biopsicosocial de las caiacutedas de las personas mayores atraveacutes de um programa de artes orientales | Emiacutelia Moreno Saacutenchez1 Jesuacutes Saacuteez Padilla1 Isabel Mendoza Sierra1 amp David Chirosa Lara1| 1 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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1700 PAINEL 6 ndashIntervenccedilatildeo em Psicogerontologia e Sauacutede na Comunidade
Moderador Armindo MendesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Voluntariado e satisfaccedilatildeo com a vida na reforma| Ana Rita Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados|Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira|ESS e ESTIGODEA-IPBeja Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados| Margarida Ameixal Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira|Instituto Politeacutecnico de Beja A Qualidade de Vida em Gerontes Institucionalizados Portadores de Doenccedila de Alzheimer| Vanessa Isabel Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja A importacircncia do desenvolvimento pessoal para a qualidade de vida de idosos institucionalizados o contributo das atividades
de animaccedilatildeo sociocultural|Patriacutecia Isabel Parreira amp Joseacute Pereirinha Ramalho |ESE-IPBeja
1800 Sessatildeo de Encerramento
Comissatildeo Organizadora
Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo (ODEA-IPBeja)
Instituto Politeacutecnico de Beja Cacircmara Municipal de Beja
Colaboraccedilatildeo
Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (CTeSPP) da ESE-IPBeja Licenciatura em Serviccedilo Social da ESE-IPBeja Mestrado em Desenvolvimento Comunitaacuterio e Empreendedorismo da ESE-IPBeja Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede da ESE-IPBeja
Comissatildeo Cientiacutefica
Maria Cristina Faria (ESE-IPBeja) Joseacute Pereirinha Ramalho (ESE-IPBeja) Ana Isabel Fernandes (ESE-IPBeja) Ana Clara Nunes (ESS-IPBeja) Ana Sobral Canhestro (ESS-IPBeja) Maria Teresa Santos (ESE-IPBeja) Sandra Isabel Sauacutede (ESE-IPBeja) Ana Felisbela Piedade (ESE-IPBeja) Maria Inecircs Faria (ESE-IPBeja) Vacircnia Brandatildeo Loureiro (ESE-IPBeja) Joseacute Baiatildeo (ESE-IPBeja) Patriacutecia Santos (ESS-IPBeja) Hugo Lanccedila (ESTIG-IPBeja) Henrique Oliveira (ESTIG-IPBeja)
Maria Joatildeo Ramos (ESE-IPBeja) Vito Carioca (ESE-IPBeja) Joseacute Antoacutenio Orta (ESE-IPBeja) Inecircs Camacho (ESE-IPBeja) Miguel Bento (ESE-IPBeja) Adelaide E Santo (ESE-IPBeja) Helena Sardica (ESE-IPBeja) Rogeacuterio Ferrinho (ESS-IPBeja) Armindo Mendes (ESS-IPBeja) Margarida Goes (ESS-IPBeja) Raquel Santana (ESS-IPBeja) Cristina Galvatildeo (ULSBA) Catarina Pazes (ULSBA) Patriacutecia Paquete (CESNOVA)
Antoacutenio Fonseca (UCP ndash Porto) Manuel Lopes (UEacutevora) Luisa Graacutecio (UEacutevora) Joseacute Sarasola Serrano (UPablo de Olavide) Laura Muntildeoz Bermejo (UEX) Salvador Postigo Mota (UEX) Sonia Garciacutea-Segura (UCoacuterdoba) Carmen Gil-del-Pino (UCoacuterdoba) Estefania Castillo Viera (UHuelva) Salvador Postigo Mota (UHuelva) Jesuacutes Saacuteez Padilla (UHuelva) Isabel Mendoza Sierra (UHuelva) Emiacutelia Moreno Saacutenchez (UHuelva) Estefania Castillo Viera (UHuelva) David Chirosa Lara (UHuelva)
SecretariadoContacto
Sandra Lorenzo ndash aluna do 2ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e ComunitaacuteriaBolseira e Investigadora no ODEA-IPBeja Mariana Gonccedilalves ndash aluna do 1ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria | ESE|ODEA-IPBeja Florbela Calado ndash Serviccedilo de Secretariado da ESE|ODEA-IPBeja
Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo ndash ODEA-IPBeja Instituto Politeacutecnico de Beja Rua Pedro Soares SN ndash Campus do IPBeja Apartado 6155 ndash 7800-295 Beja E-mail odeaipbejapt Tel +351 284 314 400 extensatildeo 02030 Serviccedilo de Secretariado da ESE-IPBeja Telf +351 284 315 001 e-mail do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia ixseminariopsicogerontologiagmailcom
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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RESUMOS
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 1
TEMPOS DO PRESENTE E DO FUTURO TEMPOS DE
EMERGENTES DESAFIOS NO DIAacuteLOGO IDOSO-TECNOLOGIA
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no
diaacutelogo idoso-tecnologia
Vito Carioca
Instituto Politeacutecnico de Beja
vcariocaipbejapt
Resumo
A conferecircncia procura refletir a emergecircncia dos paradigmas associados agrave sociedade do digital
e da Quarta Revoluccedilatildeo Industrial (Schwab e Davis 2019) e as suas influecircncias nos processos
de envelhecimento e no diaacutelogo idoso-tecnologia
Satildeo tempos de Inteligecircncia Artificial tempos de presente e de futuro No limiar dardquonova
revoluccedilatildeo industrialrdquo que se sucede agraves do Neoliacutetico da Revoluccedilatildeo Industrial do seacuteculo XVIII
dos computadores da era espacial da ciberneacutetica nas uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo XX segue-se
agora na opiniatildeo de De Lacy (2019) ldquoos primeiros passos na convergecircncia das tecnologias
digitais fiacutesicas e bioloacutegicas cujo derradeiro fim seraacute a automatizaccedilatildeo total e independente da
produccedilatildeo humanardquop28)
Tempos em que em nossa opiniatildeo e em referecircncia a Melly (1997)
ldquo(hellip) aconteceraacute uma verdadeira revoluccedilatildeo implicando na maneira como as pessoas iratildeo ser
laquoeducadas a aprenderraquoAs pessoas vatildeo ser obrigadas a aprender constantemente em funccedilatildeo
da velocidade tecnoloacutegica e da mudanccedila que ela impotildee ndash eacute o que se chama de just in time
learning (vocecirc tem de buscar a informaccedilatildeo na hora em que precisa) e continuous education
(estar sempre se actualizando) (p66)
Eacute a emergecircncia de um admiraacutevel mundo novo que nos toca e que atravessa ateacute os nossos
sentidos Estamos jaacute para aleacutem das experiecircncias que envolvem a visatildeo e o som e
mergulhamos em tecnologias inovadoras e que iratildeo influenciar profundamente os humanos O
desenvolvimento de interfaces e experiecircncias com as quais eacute possiacutevel interagir com o toque
penetram aacutereas fundamentais do conhecimento como a medicina em experiecircncias em
mundos virtuais no entretenimento entre outros abrindo caminhos para um futuro
inimaginaacutevel
Na sociedade do presente e do futuro novos satildeo os desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia O
idoso assume-se uma consciecircncia reflexiva que propicia para a adaptaccedilatildeo e desempenho de
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
12
novos papeacuteis e a (re) definiccedilatildeo da sua atitude na loacutegica da compreensatildeo dos mecanismos que
lhe permitiratildeo assegurar ldquouma caminhadardquo mais saudaacutevel e feliz
A reflexatildeo destes contextos e dos seus contornos mais relevantes eacute o objecto da conferecircncia a
qual a partir de problemaacuteticas centradas no binoacutemio tecnologia e necessidades do idoso na
loacutegica de um envelhecimento ativo e positivo (ageing in place) procura refletir cenaacuterios e os
desafios que no futuro se iratildeo continuamente colocar ao idoso e agrave proacutepria essecircncia humana
Palavras chave Idoso Inteligecircncia Artificial Gerontotecnologia Diaacutelogo idoso-tecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 1
CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio
Eunice Santos amp Pedro Costa
Unidade de Cuidados na Comunidade de Beja
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade mundial e o Alentejo natildeo eacute exceccedilatildeo
Por todo o mundo tal como em Portugal verifica-se um aumento gradual de idosos
resultante dos avanccedilos da medicina e da melhoria das condiccedilotildees socioeconoacutemicas bem como
consequecircncia da diminuiccedilatildeo progressiva da natalidade A preocupaccedilatildeo com este fenoacutemeno
tem suscitado a procura de respostas quer para manter quer para prolongar a qualidade de
vida durante o envelhecimento
A Unidade de Cuidados na Comunidade Beja eacute uma unidade elementar de
prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede apoio psicoloacutegico e social de acircmbito domiciliaacuterio e
comunitaacuterio especialmente agraves pessoas e grupos mais vulneraacuteveis em situaccedilatildeo de maior risco
ou dependecircncia fiacutesica funcional ou de doenccedila que requeira acompanhamento proacuteximo
Pretende contribuir para a melhoria do estado de sauacutede da populaccedilatildeo da sua aacuterea
geograacutefica de intervenccedilatildeo visando a obtenccedilatildeo de ganhos em sauacutede e concorrendo de um
modo direto para o cumprimento da missatildeo do Agrupamento de Centros de Sauacutede (ACES) do
Baixo Alentejo em que se integra (artigo 3ordm do Despacho nordm 101432009 de 16 de Abril)
(Ministeacuterio da Sauacutede 2009)
Uma das grandes fatias do bolo da nossa intervenccedilatildeo eacute dedicada aos cuidados
domiciliaacuterios que satildeo prestados por uma equipa multiprofissional maioritariamente
composta por enfermeiros
A intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio natildeo eacute de todo uma novidade poreacutem a forma
de intervenccedilatildeo eacute recente e desafiante Os nossos utentes satildeo-nos confiados pela sua equipa de
sauacutede quando a sua vulnerabilidade os torna incapazes de receber os cuidados de que
necessitam no centro de sauacutede eou a dependecircncia os impossibilita de sair de casa
Este eacute um desafio Os desafios exigem esforccedilos que todos temos dificuldades em
acompanhar (cada vez maior numero de idosos adequaccedilatildeo de recursos criaccedilatildeo de
ferramentas e protocolos cronicidade da doenccedila transiccedilatildeo digital transculturalidade
formaccedilatildeo cuidadores)
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Os desafios que se prendem com esta forma de intervenccedilatildeo domiciliaacuteria conduzem
frequentemente a constrangimentos falta de recursos humanos falta de materiais
equipamentos obsoletos falta de transportes falta de autonomia na gestatildeo objetivos
especiacuteficos por serviccedilos e individuais e falta de cuidadores que desempenhem o seu papel da
forma adequada
A nossa intervenccedilatildeo no contexto domiciliaacuterio enquanto profissionais de uma equipa
multidisciplinar junto dos cuidadores informais eacute um pilar importante para o lsquorsquosucessorsquorsquo
concretizaccedilatildeo dos objetivos satisfaccedilatildeo de necessidades e cuidados de qualidade junto do
utente dependente Eacute de todo essencial junto do cuidador promover o aumento de
conhecimentos acerca do processo sauacutededoenccedila treino e aquisiccedilatildeo de competecircncias
reproduzindo benefiacutecios relativos agrave consciencializaccedilatildeo dos cuidados e com impactos na
qualidade de vida dos utentes dependentes Esta intervenccedilatildeo impulsionadora de
empowerment adopta como objetivo capacitar o cuidador informal para assumir o controlo
da gestatildeo terapecircutica promover a sauacutede desenvolver relaccedilotildees de parceria com a comunidade
de forma a obter efeitos positivos na sua sauacutede e do idoso dependente atraveacutes do incentivo e
motivaccedilatildeo potenciando a capacidade e auto-controlo de emoccedilotildees de modo a atingir um bem-
estar fiacutesico mental e social
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TUacuteNEL ndash ENVELHECER NA COMUNIDADE
(Dinacircmica de Grupo- Dramatizaccedilatildeo)
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Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
33
PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
56
Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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POSTER
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Catarina Pazes
38
Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos Cristina Galvatildeo
40
Painel 5 ndash Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento 41
O envolvimento ocupacional no envelhecimento Patriacutecia Santos
42
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Saudaacutevel Ana Canhestro
43
Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade 44
Conferecircncia 4 ndash Bancos del tiempo para el envejecimiento activo 45
Bancos del tiempo para el envejecimiento activo Josegrave Luis Sarasola Sancheacutez-Serrano
46
Conferecircncia 5 ndash A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
47
A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia Patriacutecia Paquete
48
Painel 5 ndash Exerciacutecio Fiacutesico e o Envelhecimento Saudaacutevel uma perspetiva biopsicossocial
49
ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de Sauacutede Vacircnia Loureiro Margarida Gomes Caacutetia Freitas Carlos Paixatildeo e Estefania Castillo Vieira
50
Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica Carlos Paixatildeo Estefania Castillo Vieira e Vacircnia Loureiro
52
Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDrsquos Caacutetia Freitas Margarida Gomes e Vacircnia Loureiro
53
Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda o efeito protetor e preventivo do Exeacutercito Fiacutesico Margarida Gomes Caacutetia Freitas e Vacircnia Loureiro
54
Painel 6 ndash Intervenccedilatildeo em Psicogerontologia e Sauacutede na Comunidade 55
Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
56
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados Margarida Ameixal Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
57
Poacutester 58
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
1
Nota de Abertura
As evidecircncias projetam que as pessoas com 65 anos ou mais dupliquem ateacute 2050 e que o
nuacutemero de pessoas com 85 anos ou mais aumente de 14 milhotildees para 19 milhotildees ateacute 2020 e para 40
milhotildees ateacute 2050 Ateacute que ponto a sociedade estaacute organizada para responder a este fenoacutemeno de viver
mais tempo do que os nossos antepassados Temos de preparar o envelhecimento e criar condiccedilotildees
para envelhecer bem e com suporte especializado na aacuterea das necessidades de cada indiviacuteduo Para
atender aos desejos aos empreendimentos aos direitos e agraves carecircncias dessa populaccedilatildeo surgem
iniciativas e serviccedilos diversificados de forma a permitir a inclusatildeo social e proteger a sauacutede e o bem-
estar ateacute ao uacuteltimo acontecimento de vida Nos uacuteltimos tempos assistimos ao proliferamente do
desenvolvimento de estudos cientiacuteficos e de formaccedilatildeo teacutecnica especializada e superior na aacuterea da
gerontologia para que os profissionais que se encontram a trabalhar com os mais velhos da nossa
sociedade estejam preparados e atualizados para realizar a sua missatildeo com competecircncia
A Escola Superior de Educaccedilatildeo do Instituto Politeacutecnico de Beja atenta agraves necessidades da
comunidade aceitou o desafio de investir na formaccedilatildeo de profissionais na investigaccedilatildeo e nos projetos
nacionais e internacionais na aacuterea do envelhecimento na mira de contribuir para o florescimento e o
apoio agraves pessoas mais velhas da comunidade Assim jaacute contabiliza dez anos de formaccedilatildeo teacutecnica
especializada em Psicogerontologia e de formaccedilatildeo superior de 2ordm ciclo mestrado em Psicogerontologia
Comunitaacuteria e Gerontologia Social e Comunitaacuteria Esta tarefa soacute foi possiacutevel mediante o trabalho
desenvolvido com a Escola Superior de Sauacutede e do interesse e colaboraccedilatildeo da comunidade das
instituiccedilotildees e dos agentes poliacuteticos Este ano o ODEA-IPBeja disponibilizou um website de
proximidade com a comunidade sobre formaccedilatildeo investigaccedilatildeo apoio e informaccedilatildeo sobre o
envelhecimento a niacutevel local e global (httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja)
Hoje envelhecer eacute uma oportunidade para viver e florescer agrave qual temos de prestar atenccedilatildeo
para que possa ocorrer com sauacutede e bem-estar e de preferecircncia em casa e na comunidade Neste
sentido no IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia II Seminaacuterio Ibeacuterico de Gerontologia Social e
Comunitaacuteria subordinado ao tema ldquoEnvelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidadosrdquo
apresentamos um conjunto de trabalhos projetos boas praacuteticas e experiecircncias em forma de
comunicaccedilatildeo oral ou de poster
Aguardamos a vossa presenccedila
Maria Cristina Campos de Sousa Faria
Coordenadora do Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria
Coordenadora do Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia
Coordenadora do Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo
Do Instituto Politeacutecnico de Beja
Beja 16 de Maio de 2019
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
2
OBJECTIVOS E TEMAS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
3
OBJETIVOS
Organizado pelos alunos do Mestrado em Gerontologia Gerontologia e Comunitaacuteria o IX
Seminaacuterio Ibeacuterico II de Gerontologia Social e Comunitaacuteria subordinado ao tema ldquoEnvelhecer
na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados eacute um espaccedilo aberto de encontro e de debate
entre os participantes tendo como principais objetivos
Promover o intercacircmbio entre investigadores e profissionais ligados ao envelhecimento nos domiacutenios
da sauacutede da psicologia do social da educaccedilatildeo da gerontotecnologia do desenvolvimento
comunitaacuterio da seguranccedila e da decisatildeo poliacutetica
Divulgar iniciativas promotoras do florescimento e capacitaccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel feliz e
seguro na comunidade
Mostrar e debater os resultados de projetos de investigaccedilatildeo e de intervenccedilatildeo na aacuterea da
psicogerontologia da gerontologia social e comunitaacuteria da gerontotecnologia dos direitos e cuidados
de sauacutede da pessoa mais velha da seguranccedila da intervenccedilatildeo comunitaacuteria da capacitaccedilatildeo da inclusatildeo
social do envolvimento ocupacional da sustentabilidade e da mudanccedila social
Aprofundar a multidisciplinaridade nas problemaacuteticas da intervenccedilatildeo comunitaacuteria ao niacutevel das
estruturas multidisciplinares de apoio efetivo ao acompanhamento do envelhecimento na comunidade
Contribuir para a melhoria da formaccedilatildeo e a capacitaccedilatildeo dos diferentes agentes e suas organizaccedilotildees
para viabilizar o envelhecimento saudaacutevel na comunidade ateacute ao uacuteltimo acontecimento de vida
Promover o estabelecimento de parcerias de promoccedilatildeo da sauacutede social econoacutemica e de
sustentabilidade para viabilizar o envelhecimento na comunidade
Promover o envolvimento dos cidadatildeos na melhoria da sua comunidade envelhecida de forma a que a
sua participaccedilatildeo organizada e as suas ocupaccedilotildees contribuam para o florescimento das pessoas e da
comunidade
Divulgar as iniciativas e boas praacuteticas do Envelhecimento na Comunidade evidenciando os seus
impactos no florescimento do cidadatildeo(atilde) e da comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
4
TEMAS
Os temas propostos no domiacutenio do envelhecimento na comunidade circunscrevem-se agraves
seguintes aacutereas
bull Boas Praacuteticas de Envelhecimento na Comunidade
bull Promoccedilatildeo de um Envelhecimento Saudaacutevel
bull Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento
bull Proteccedilatildeo da Sauacutede Mental no Envelhecimento
bull Doenccedilas Croacutenicas no Envelhecimento
bull Cuidados de Sauacutede na Famiacutelia
bull Cuidados Continuados Integrados
bull Cidadania Seacutenior e Inclusatildeo Social
bull Poliacuteticas Puacuteblicas e Sustentabilidade Social
bull Os Direitos das Pessoas Mais Velhas
bull Respostas Sociais para o Envelhecimento
bull Seguranccedila na Comunidade Envelhecida
bull Reforma
bull Envolvimento Ocupacional no Envelhecimento
bull Psicogerontologia Comunitaacuteria
bull Gerontotecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
5
PROGRAMA
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia II Seminaacuterio Ibeacuterico de Gerontologia Social e Comunitaacuteria ldquoEnvelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidadosrdquo 16 e 17 de Maio 2019 | Auditoacuterio da Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja
PROGRAMA Dia 13 de Maio Abertura da Exposiccedilatildeo de Fotografia sobre o tema ldquoEnvelhecer na Comunidade ontem e hojerdquo na Galeria Ao Lado do IPBeja Manuela Pereira |Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior Francisco Pardal |Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Dia 16 de Maio 900 Receccedilatildeo dos participantes
915 Abertura da Exposiccedilatildeo da Mostra dos Estaacutegios do CTeSP em Psicogerontologia nas ERPI
930 Sessatildeo de Abertura do Seminaacuterio Joatildeo Paulo Trindade (Presidente do IPBeja) Paulo Arseacutenio (Presidente da Cacircmara de Beja) Joseacute Pedro Fernandes (Diretor da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja) Ana Canhestro (Diretora da Escola Superior de Sauacutede do IPBeja) Maria Cristina Faria (Coordenadora do Mestrado GSC e do Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento do Alentejo- IPBeja)
1000 CONFEREcircNCIA 1 ndash Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia
Moderador Joseacute Pereirinha Ramalho I ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Vito Carioca| ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1030 PAINEL 1 ndash Cuidados Continuados Integrados
Moderadora Inecircs Camacho| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Desafios e Constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio (RNCCI)| Eunice Santos amp Pedro Costa |UCC Beja Intervenccedilatildeo do Terapeuta Ocupacional numa Unidade de Convalescenccedila |Seacutergio Charuto | Unidade de Convalescenccedila da Unidade Local de Sauacutede Litoral Alentejano Intervenccedilatildeo do Terapeuta Ocupacional numa Unidade de Longa Duraccedilatildeo e Manutenccedilatildeo| Laura Cebola |Unidade de Longa Duraccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Cruz Vermelha Portuguesa ndash Delegaccedilatildeo de Elvas|ECSCP Beja+ ULSBA
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 2 ndash Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Moderadora Maria Cristina Faria | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Antoacutenio Fonseca | Faculdade de Educaccedilatildeo e Psicologia da Universidade Catoacutelica Portuguesa ndash Porto
1200 Apresentaccedilatildeo do WEBSITE ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade| Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano|ESEODEA-IPBeja
1300 Pausa de Almoccedilo
1400 Sessatildeo de Posters- Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
Moderadora | Helena Sardica| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1430 CONFEREcircNCIA 3- Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Moderador Rogeacuterio Ferrinho| ESS- Instituto Politeacutecnico de Beja Manuel Lopes| Escola Superior de Enfermagem de S Joatildeo de DeusUniversidade de Eacutevora
1530 PAINEL 2 ndash Cultura Florescimento e Apoio ao Envelhecimento na Comunidade
Moderadora Ana Isabel FernandesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria|Maria Joatildeo Ramos ESE-IPBeja Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos |Maria Cristina Faria |ESEODEA-IPBeja Aprendizaje y compromiso con la comunidad Hacia una nueva concepcioacuten de la vejez en los estudiantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba| Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino| Universidad de Coacuterdoba Espantildea Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento|Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
7
1630 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1630 Coffee break
1700 PAINEL 3 ndash Direitos e Vivecircncias no Envelhecimento
Moderadora Maria Inecircs Faria| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica| Hugo Lanccedila | ESTIG -- IPBeja Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expectativas e Necessidades| Luiacutesa Graacutecio1 amp Adriana Bugalho2 |1Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP| 2CIEP Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo de institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial|Joseacute Manuel Baiatildeo|Santa Casa da Misericoacuterdia de Cuba| Instituto Politeacutecnico de Beja
2000 Jantar Conviacutevio
Dia 17 de Maio
930 PAINEL 4 ndash Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Moderadora Catarina Pazes| ECSCP Beja+| ULSBA Cuidados Paliativos na Comunidade Que Respostas para os mais velhos |Cristina Galvatildeo| ECSCP Beja+| ULSBA Desafios e Constrangimentos dos Cuidados paliativos numa ERPI |Ana Caetano Silva |ERPI- Centro Social e Paroquial do Salvador de Beja Especificidade dos Cuidados Paliativos em Geriatria|Laura Muntildeoz Bermejo| Universidad de Extremadura (UEX)
1030 PAINEL 5- Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento
Moderadora Ana Clara Nunes|ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Empoderamiento en la vejez|Salvador Postigo Mota| Universidad de Extremadura (UEX) Envolvimento ocupacional no envelhecimento| Patriacutecia Santos amp Raquel Santana|ESSODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Promoccedilatildeo de um envelhecimento saudaacutevel|Ana Canhestro|ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecimento na Comunidade ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 4 ndash Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Moderadora Sandra Lozano|ODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
1300 Pausa de Almoccedilo
1430 CONFEREcircNCIA 5 ndash A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Moderadora Ana Piedade|ESE- Instituto Politeacutecnico de Beja Patriacutecia Paquete|HumanaMente|CESNOVA ndash Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
1530 PAINEL 5 ndash Exerciacutecio Fiacutesico e o Envelhecimento Saudaacutevel uma perspetiva biopsicossocial
Moderadora Vacircnia Brandatildeo ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de Sauacutede| Vacircnia Loureiro12 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania Castillo Viera3 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica |Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha 3 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes| Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro2| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda o efeito protetor e preventivo do Exerciacutecio Fiacutesico|Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 amp Vacircnia Loureiro12| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Abordaje biopsicosocial de las caiacutedas de las personas mayores atraveacutes de um programa de artes orientales | Emiacutelia Moreno Saacutenchez1 Jesuacutes Saacuteez Padilla1 Isabel Mendoza Sierra1 amp David Chirosa Lara1| 1 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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1700 PAINEL 6 ndashIntervenccedilatildeo em Psicogerontologia e Sauacutede na Comunidade
Moderador Armindo MendesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Voluntariado e satisfaccedilatildeo com a vida na reforma| Ana Rita Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados|Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira|ESS e ESTIGODEA-IPBeja Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados| Margarida Ameixal Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira|Instituto Politeacutecnico de Beja A Qualidade de Vida em Gerontes Institucionalizados Portadores de Doenccedila de Alzheimer| Vanessa Isabel Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja A importacircncia do desenvolvimento pessoal para a qualidade de vida de idosos institucionalizados o contributo das atividades
de animaccedilatildeo sociocultural|Patriacutecia Isabel Parreira amp Joseacute Pereirinha Ramalho |ESE-IPBeja
1800 Sessatildeo de Encerramento
Comissatildeo Organizadora
Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo (ODEA-IPBeja)
Instituto Politeacutecnico de Beja Cacircmara Municipal de Beja
Colaboraccedilatildeo
Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (CTeSPP) da ESE-IPBeja Licenciatura em Serviccedilo Social da ESE-IPBeja Mestrado em Desenvolvimento Comunitaacuterio e Empreendedorismo da ESE-IPBeja Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede da ESE-IPBeja
Comissatildeo Cientiacutefica
Maria Cristina Faria (ESE-IPBeja) Joseacute Pereirinha Ramalho (ESE-IPBeja) Ana Isabel Fernandes (ESE-IPBeja) Ana Clara Nunes (ESS-IPBeja) Ana Sobral Canhestro (ESS-IPBeja) Maria Teresa Santos (ESE-IPBeja) Sandra Isabel Sauacutede (ESE-IPBeja) Ana Felisbela Piedade (ESE-IPBeja) Maria Inecircs Faria (ESE-IPBeja) Vacircnia Brandatildeo Loureiro (ESE-IPBeja) Joseacute Baiatildeo (ESE-IPBeja) Patriacutecia Santos (ESS-IPBeja) Hugo Lanccedila (ESTIG-IPBeja) Henrique Oliveira (ESTIG-IPBeja)
Maria Joatildeo Ramos (ESE-IPBeja) Vito Carioca (ESE-IPBeja) Joseacute Antoacutenio Orta (ESE-IPBeja) Inecircs Camacho (ESE-IPBeja) Miguel Bento (ESE-IPBeja) Adelaide E Santo (ESE-IPBeja) Helena Sardica (ESE-IPBeja) Rogeacuterio Ferrinho (ESS-IPBeja) Armindo Mendes (ESS-IPBeja) Margarida Goes (ESS-IPBeja) Raquel Santana (ESS-IPBeja) Cristina Galvatildeo (ULSBA) Catarina Pazes (ULSBA) Patriacutecia Paquete (CESNOVA)
Antoacutenio Fonseca (UCP ndash Porto) Manuel Lopes (UEacutevora) Luisa Graacutecio (UEacutevora) Joseacute Sarasola Serrano (UPablo de Olavide) Laura Muntildeoz Bermejo (UEX) Salvador Postigo Mota (UEX) Sonia Garciacutea-Segura (UCoacuterdoba) Carmen Gil-del-Pino (UCoacuterdoba) Estefania Castillo Viera (UHuelva) Salvador Postigo Mota (UHuelva) Jesuacutes Saacuteez Padilla (UHuelva) Isabel Mendoza Sierra (UHuelva) Emiacutelia Moreno Saacutenchez (UHuelva) Estefania Castillo Viera (UHuelva) David Chirosa Lara (UHuelva)
SecretariadoContacto
Sandra Lorenzo ndash aluna do 2ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e ComunitaacuteriaBolseira e Investigadora no ODEA-IPBeja Mariana Gonccedilalves ndash aluna do 1ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria | ESE|ODEA-IPBeja Florbela Calado ndash Serviccedilo de Secretariado da ESE|ODEA-IPBeja
Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo ndash ODEA-IPBeja Instituto Politeacutecnico de Beja Rua Pedro Soares SN ndash Campus do IPBeja Apartado 6155 ndash 7800-295 Beja E-mail odeaipbejapt Tel +351 284 314 400 extensatildeo 02030 Serviccedilo de Secretariado da ESE-IPBeja Telf +351 284 315 001 e-mail do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia ixseminariopsicogerontologiagmailcom
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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RESUMOS
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 1
TEMPOS DO PRESENTE E DO FUTURO TEMPOS DE
EMERGENTES DESAFIOS NO DIAacuteLOGO IDOSO-TECNOLOGIA
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no
diaacutelogo idoso-tecnologia
Vito Carioca
Instituto Politeacutecnico de Beja
vcariocaipbejapt
Resumo
A conferecircncia procura refletir a emergecircncia dos paradigmas associados agrave sociedade do digital
e da Quarta Revoluccedilatildeo Industrial (Schwab e Davis 2019) e as suas influecircncias nos processos
de envelhecimento e no diaacutelogo idoso-tecnologia
Satildeo tempos de Inteligecircncia Artificial tempos de presente e de futuro No limiar dardquonova
revoluccedilatildeo industrialrdquo que se sucede agraves do Neoliacutetico da Revoluccedilatildeo Industrial do seacuteculo XVIII
dos computadores da era espacial da ciberneacutetica nas uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo XX segue-se
agora na opiniatildeo de De Lacy (2019) ldquoos primeiros passos na convergecircncia das tecnologias
digitais fiacutesicas e bioloacutegicas cujo derradeiro fim seraacute a automatizaccedilatildeo total e independente da
produccedilatildeo humanardquop28)
Tempos em que em nossa opiniatildeo e em referecircncia a Melly (1997)
ldquo(hellip) aconteceraacute uma verdadeira revoluccedilatildeo implicando na maneira como as pessoas iratildeo ser
laquoeducadas a aprenderraquoAs pessoas vatildeo ser obrigadas a aprender constantemente em funccedilatildeo
da velocidade tecnoloacutegica e da mudanccedila que ela impotildee ndash eacute o que se chama de just in time
learning (vocecirc tem de buscar a informaccedilatildeo na hora em que precisa) e continuous education
(estar sempre se actualizando) (p66)
Eacute a emergecircncia de um admiraacutevel mundo novo que nos toca e que atravessa ateacute os nossos
sentidos Estamos jaacute para aleacutem das experiecircncias que envolvem a visatildeo e o som e
mergulhamos em tecnologias inovadoras e que iratildeo influenciar profundamente os humanos O
desenvolvimento de interfaces e experiecircncias com as quais eacute possiacutevel interagir com o toque
penetram aacutereas fundamentais do conhecimento como a medicina em experiecircncias em
mundos virtuais no entretenimento entre outros abrindo caminhos para um futuro
inimaginaacutevel
Na sociedade do presente e do futuro novos satildeo os desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia O
idoso assume-se uma consciecircncia reflexiva que propicia para a adaptaccedilatildeo e desempenho de
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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novos papeacuteis e a (re) definiccedilatildeo da sua atitude na loacutegica da compreensatildeo dos mecanismos que
lhe permitiratildeo assegurar ldquouma caminhadardquo mais saudaacutevel e feliz
A reflexatildeo destes contextos e dos seus contornos mais relevantes eacute o objecto da conferecircncia a
qual a partir de problemaacuteticas centradas no binoacutemio tecnologia e necessidades do idoso na
loacutegica de um envelhecimento ativo e positivo (ageing in place) procura refletir cenaacuterios e os
desafios que no futuro se iratildeo continuamente colocar ao idoso e agrave proacutepria essecircncia humana
Palavras chave Idoso Inteligecircncia Artificial Gerontotecnologia Diaacutelogo idoso-tecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 1
CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio
Eunice Santos amp Pedro Costa
Unidade de Cuidados na Comunidade de Beja
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade mundial e o Alentejo natildeo eacute exceccedilatildeo
Por todo o mundo tal como em Portugal verifica-se um aumento gradual de idosos
resultante dos avanccedilos da medicina e da melhoria das condiccedilotildees socioeconoacutemicas bem como
consequecircncia da diminuiccedilatildeo progressiva da natalidade A preocupaccedilatildeo com este fenoacutemeno
tem suscitado a procura de respostas quer para manter quer para prolongar a qualidade de
vida durante o envelhecimento
A Unidade de Cuidados na Comunidade Beja eacute uma unidade elementar de
prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede apoio psicoloacutegico e social de acircmbito domiciliaacuterio e
comunitaacuterio especialmente agraves pessoas e grupos mais vulneraacuteveis em situaccedilatildeo de maior risco
ou dependecircncia fiacutesica funcional ou de doenccedila que requeira acompanhamento proacuteximo
Pretende contribuir para a melhoria do estado de sauacutede da populaccedilatildeo da sua aacuterea
geograacutefica de intervenccedilatildeo visando a obtenccedilatildeo de ganhos em sauacutede e concorrendo de um
modo direto para o cumprimento da missatildeo do Agrupamento de Centros de Sauacutede (ACES) do
Baixo Alentejo em que se integra (artigo 3ordm do Despacho nordm 101432009 de 16 de Abril)
(Ministeacuterio da Sauacutede 2009)
Uma das grandes fatias do bolo da nossa intervenccedilatildeo eacute dedicada aos cuidados
domiciliaacuterios que satildeo prestados por uma equipa multiprofissional maioritariamente
composta por enfermeiros
A intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio natildeo eacute de todo uma novidade poreacutem a forma
de intervenccedilatildeo eacute recente e desafiante Os nossos utentes satildeo-nos confiados pela sua equipa de
sauacutede quando a sua vulnerabilidade os torna incapazes de receber os cuidados de que
necessitam no centro de sauacutede eou a dependecircncia os impossibilita de sair de casa
Este eacute um desafio Os desafios exigem esforccedilos que todos temos dificuldades em
acompanhar (cada vez maior numero de idosos adequaccedilatildeo de recursos criaccedilatildeo de
ferramentas e protocolos cronicidade da doenccedila transiccedilatildeo digital transculturalidade
formaccedilatildeo cuidadores)
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Os desafios que se prendem com esta forma de intervenccedilatildeo domiciliaacuteria conduzem
frequentemente a constrangimentos falta de recursos humanos falta de materiais
equipamentos obsoletos falta de transportes falta de autonomia na gestatildeo objetivos
especiacuteficos por serviccedilos e individuais e falta de cuidadores que desempenhem o seu papel da
forma adequada
A nossa intervenccedilatildeo no contexto domiciliaacuterio enquanto profissionais de uma equipa
multidisciplinar junto dos cuidadores informais eacute um pilar importante para o lsquorsquosucessorsquorsquo
concretizaccedilatildeo dos objetivos satisfaccedilatildeo de necessidades e cuidados de qualidade junto do
utente dependente Eacute de todo essencial junto do cuidador promover o aumento de
conhecimentos acerca do processo sauacutededoenccedila treino e aquisiccedilatildeo de competecircncias
reproduzindo benefiacutecios relativos agrave consciencializaccedilatildeo dos cuidados e com impactos na
qualidade de vida dos utentes dependentes Esta intervenccedilatildeo impulsionadora de
empowerment adopta como objetivo capacitar o cuidador informal para assumir o controlo
da gestatildeo terapecircutica promover a sauacutede desenvolver relaccedilotildees de parceria com a comunidade
de forma a obter efeitos positivos na sua sauacutede e do idoso dependente atraveacutes do incentivo e
motivaccedilatildeo potenciando a capacidade e auto-controlo de emoccedilotildees de modo a atingir um bem-
estar fiacutesico mental e social
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TUacuteNEL ndash ENVELHECER NA COMUNIDADE
(Dinacircmica de Grupo- Dramatizaccedilatildeo)
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Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
51
indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
52
Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
1
Nota de Abertura
As evidecircncias projetam que as pessoas com 65 anos ou mais dupliquem ateacute 2050 e que o
nuacutemero de pessoas com 85 anos ou mais aumente de 14 milhotildees para 19 milhotildees ateacute 2020 e para 40
milhotildees ateacute 2050 Ateacute que ponto a sociedade estaacute organizada para responder a este fenoacutemeno de viver
mais tempo do que os nossos antepassados Temos de preparar o envelhecimento e criar condiccedilotildees
para envelhecer bem e com suporte especializado na aacuterea das necessidades de cada indiviacuteduo Para
atender aos desejos aos empreendimentos aos direitos e agraves carecircncias dessa populaccedilatildeo surgem
iniciativas e serviccedilos diversificados de forma a permitir a inclusatildeo social e proteger a sauacutede e o bem-
estar ateacute ao uacuteltimo acontecimento de vida Nos uacuteltimos tempos assistimos ao proliferamente do
desenvolvimento de estudos cientiacuteficos e de formaccedilatildeo teacutecnica especializada e superior na aacuterea da
gerontologia para que os profissionais que se encontram a trabalhar com os mais velhos da nossa
sociedade estejam preparados e atualizados para realizar a sua missatildeo com competecircncia
A Escola Superior de Educaccedilatildeo do Instituto Politeacutecnico de Beja atenta agraves necessidades da
comunidade aceitou o desafio de investir na formaccedilatildeo de profissionais na investigaccedilatildeo e nos projetos
nacionais e internacionais na aacuterea do envelhecimento na mira de contribuir para o florescimento e o
apoio agraves pessoas mais velhas da comunidade Assim jaacute contabiliza dez anos de formaccedilatildeo teacutecnica
especializada em Psicogerontologia e de formaccedilatildeo superior de 2ordm ciclo mestrado em Psicogerontologia
Comunitaacuteria e Gerontologia Social e Comunitaacuteria Esta tarefa soacute foi possiacutevel mediante o trabalho
desenvolvido com a Escola Superior de Sauacutede e do interesse e colaboraccedilatildeo da comunidade das
instituiccedilotildees e dos agentes poliacuteticos Este ano o ODEA-IPBeja disponibilizou um website de
proximidade com a comunidade sobre formaccedilatildeo investigaccedilatildeo apoio e informaccedilatildeo sobre o
envelhecimento a niacutevel local e global (httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja)
Hoje envelhecer eacute uma oportunidade para viver e florescer agrave qual temos de prestar atenccedilatildeo
para que possa ocorrer com sauacutede e bem-estar e de preferecircncia em casa e na comunidade Neste
sentido no IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia II Seminaacuterio Ibeacuterico de Gerontologia Social e
Comunitaacuteria subordinado ao tema ldquoEnvelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidadosrdquo
apresentamos um conjunto de trabalhos projetos boas praacuteticas e experiecircncias em forma de
comunicaccedilatildeo oral ou de poster
Aguardamos a vossa presenccedila
Maria Cristina Campos de Sousa Faria
Coordenadora do Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria
Coordenadora do Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia
Coordenadora do Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo
Do Instituto Politeacutecnico de Beja
Beja 16 de Maio de 2019
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
2
OBJECTIVOS E TEMAS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
3
OBJETIVOS
Organizado pelos alunos do Mestrado em Gerontologia Gerontologia e Comunitaacuteria o IX
Seminaacuterio Ibeacuterico II de Gerontologia Social e Comunitaacuteria subordinado ao tema ldquoEnvelhecer
na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados eacute um espaccedilo aberto de encontro e de debate
entre os participantes tendo como principais objetivos
Promover o intercacircmbio entre investigadores e profissionais ligados ao envelhecimento nos domiacutenios
da sauacutede da psicologia do social da educaccedilatildeo da gerontotecnologia do desenvolvimento
comunitaacuterio da seguranccedila e da decisatildeo poliacutetica
Divulgar iniciativas promotoras do florescimento e capacitaccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel feliz e
seguro na comunidade
Mostrar e debater os resultados de projetos de investigaccedilatildeo e de intervenccedilatildeo na aacuterea da
psicogerontologia da gerontologia social e comunitaacuteria da gerontotecnologia dos direitos e cuidados
de sauacutede da pessoa mais velha da seguranccedila da intervenccedilatildeo comunitaacuteria da capacitaccedilatildeo da inclusatildeo
social do envolvimento ocupacional da sustentabilidade e da mudanccedila social
Aprofundar a multidisciplinaridade nas problemaacuteticas da intervenccedilatildeo comunitaacuteria ao niacutevel das
estruturas multidisciplinares de apoio efetivo ao acompanhamento do envelhecimento na comunidade
Contribuir para a melhoria da formaccedilatildeo e a capacitaccedilatildeo dos diferentes agentes e suas organizaccedilotildees
para viabilizar o envelhecimento saudaacutevel na comunidade ateacute ao uacuteltimo acontecimento de vida
Promover o estabelecimento de parcerias de promoccedilatildeo da sauacutede social econoacutemica e de
sustentabilidade para viabilizar o envelhecimento na comunidade
Promover o envolvimento dos cidadatildeos na melhoria da sua comunidade envelhecida de forma a que a
sua participaccedilatildeo organizada e as suas ocupaccedilotildees contribuam para o florescimento das pessoas e da
comunidade
Divulgar as iniciativas e boas praacuteticas do Envelhecimento na Comunidade evidenciando os seus
impactos no florescimento do cidadatildeo(atilde) e da comunidade
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
4
TEMAS
Os temas propostos no domiacutenio do envelhecimento na comunidade circunscrevem-se agraves
seguintes aacutereas
bull Boas Praacuteticas de Envelhecimento na Comunidade
bull Promoccedilatildeo de um Envelhecimento Saudaacutevel
bull Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento
bull Proteccedilatildeo da Sauacutede Mental no Envelhecimento
bull Doenccedilas Croacutenicas no Envelhecimento
bull Cuidados de Sauacutede na Famiacutelia
bull Cuidados Continuados Integrados
bull Cidadania Seacutenior e Inclusatildeo Social
bull Poliacuteticas Puacuteblicas e Sustentabilidade Social
bull Os Direitos das Pessoas Mais Velhas
bull Respostas Sociais para o Envelhecimento
bull Seguranccedila na Comunidade Envelhecida
bull Reforma
bull Envolvimento Ocupacional no Envelhecimento
bull Psicogerontologia Comunitaacuteria
bull Gerontotecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PROGRAMA
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
6
IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia II Seminaacuterio Ibeacuterico de Gerontologia Social e Comunitaacuteria ldquoEnvelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidadosrdquo 16 e 17 de Maio 2019 | Auditoacuterio da Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja
PROGRAMA Dia 13 de Maio Abertura da Exposiccedilatildeo de Fotografia sobre o tema ldquoEnvelhecer na Comunidade ontem e hojerdquo na Galeria Ao Lado do IPBeja Manuela Pereira |Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior Francisco Pardal |Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Dia 16 de Maio 900 Receccedilatildeo dos participantes
915 Abertura da Exposiccedilatildeo da Mostra dos Estaacutegios do CTeSP em Psicogerontologia nas ERPI
930 Sessatildeo de Abertura do Seminaacuterio Joatildeo Paulo Trindade (Presidente do IPBeja) Paulo Arseacutenio (Presidente da Cacircmara de Beja) Joseacute Pedro Fernandes (Diretor da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja) Ana Canhestro (Diretora da Escola Superior de Sauacutede do IPBeja) Maria Cristina Faria (Coordenadora do Mestrado GSC e do Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento do Alentejo- IPBeja)
1000 CONFEREcircNCIA 1 ndash Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia
Moderador Joseacute Pereirinha Ramalho I ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Vito Carioca| ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1030 PAINEL 1 ndash Cuidados Continuados Integrados
Moderadora Inecircs Camacho| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Desafios e Constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio (RNCCI)| Eunice Santos amp Pedro Costa |UCC Beja Intervenccedilatildeo do Terapeuta Ocupacional numa Unidade de Convalescenccedila |Seacutergio Charuto | Unidade de Convalescenccedila da Unidade Local de Sauacutede Litoral Alentejano Intervenccedilatildeo do Terapeuta Ocupacional numa Unidade de Longa Duraccedilatildeo e Manutenccedilatildeo| Laura Cebola |Unidade de Longa Duraccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Cruz Vermelha Portuguesa ndash Delegaccedilatildeo de Elvas|ECSCP Beja+ ULSBA
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 2 ndash Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Moderadora Maria Cristina Faria | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Antoacutenio Fonseca | Faculdade de Educaccedilatildeo e Psicologia da Universidade Catoacutelica Portuguesa ndash Porto
1200 Apresentaccedilatildeo do WEBSITE ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade| Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano|ESEODEA-IPBeja
1300 Pausa de Almoccedilo
1400 Sessatildeo de Posters- Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
Moderadora | Helena Sardica| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1430 CONFEREcircNCIA 3- Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Moderador Rogeacuterio Ferrinho| ESS- Instituto Politeacutecnico de Beja Manuel Lopes| Escola Superior de Enfermagem de S Joatildeo de DeusUniversidade de Eacutevora
1530 PAINEL 2 ndash Cultura Florescimento e Apoio ao Envelhecimento na Comunidade
Moderadora Ana Isabel FernandesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria|Maria Joatildeo Ramos ESE-IPBeja Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos |Maria Cristina Faria |ESEODEA-IPBeja Aprendizaje y compromiso con la comunidad Hacia una nueva concepcioacuten de la vejez en los estudiantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba| Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino| Universidad de Coacuterdoba Espantildea Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento|Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
7
1630 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1630 Coffee break
1700 PAINEL 3 ndash Direitos e Vivecircncias no Envelhecimento
Moderadora Maria Inecircs Faria| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica| Hugo Lanccedila | ESTIG -- IPBeja Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expectativas e Necessidades| Luiacutesa Graacutecio1 amp Adriana Bugalho2 |1Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP| 2CIEP Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo de institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial|Joseacute Manuel Baiatildeo|Santa Casa da Misericoacuterdia de Cuba| Instituto Politeacutecnico de Beja
2000 Jantar Conviacutevio
Dia 17 de Maio
930 PAINEL 4 ndash Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Moderadora Catarina Pazes| ECSCP Beja+| ULSBA Cuidados Paliativos na Comunidade Que Respostas para os mais velhos |Cristina Galvatildeo| ECSCP Beja+| ULSBA Desafios e Constrangimentos dos Cuidados paliativos numa ERPI |Ana Caetano Silva |ERPI- Centro Social e Paroquial do Salvador de Beja Especificidade dos Cuidados Paliativos em Geriatria|Laura Muntildeoz Bermejo| Universidad de Extremadura (UEX)
1030 PAINEL 5- Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento
Moderadora Ana Clara Nunes|ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Empoderamiento en la vejez|Salvador Postigo Mota| Universidad de Extremadura (UEX) Envolvimento ocupacional no envelhecimento| Patriacutecia Santos amp Raquel Santana|ESSODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Promoccedilatildeo de um envelhecimento saudaacutevel|Ana Canhestro|ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecimento na Comunidade ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 4 ndash Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Moderadora Sandra Lozano|ODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
1300 Pausa de Almoccedilo
1430 CONFEREcircNCIA 5 ndash A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Moderadora Ana Piedade|ESE- Instituto Politeacutecnico de Beja Patriacutecia Paquete|HumanaMente|CESNOVA ndash Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
1530 PAINEL 5 ndash Exerciacutecio Fiacutesico e o Envelhecimento Saudaacutevel uma perspetiva biopsicossocial
Moderadora Vacircnia Brandatildeo ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de Sauacutede| Vacircnia Loureiro12 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania Castillo Viera3 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica |Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha 3 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes| Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro2| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda o efeito protetor e preventivo do Exerciacutecio Fiacutesico|Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 amp Vacircnia Loureiro12| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Abordaje biopsicosocial de las caiacutedas de las personas mayores atraveacutes de um programa de artes orientales | Emiacutelia Moreno Saacutenchez1 Jesuacutes Saacuteez Padilla1 Isabel Mendoza Sierra1 amp David Chirosa Lara1| 1 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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1700 PAINEL 6 ndashIntervenccedilatildeo em Psicogerontologia e Sauacutede na Comunidade
Moderador Armindo MendesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Voluntariado e satisfaccedilatildeo com a vida na reforma| Ana Rita Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados|Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira|ESS e ESTIGODEA-IPBeja Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados| Margarida Ameixal Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira|Instituto Politeacutecnico de Beja A Qualidade de Vida em Gerontes Institucionalizados Portadores de Doenccedila de Alzheimer| Vanessa Isabel Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja A importacircncia do desenvolvimento pessoal para a qualidade de vida de idosos institucionalizados o contributo das atividades
de animaccedilatildeo sociocultural|Patriacutecia Isabel Parreira amp Joseacute Pereirinha Ramalho |ESE-IPBeja
1800 Sessatildeo de Encerramento
Comissatildeo Organizadora
Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo (ODEA-IPBeja)
Instituto Politeacutecnico de Beja Cacircmara Municipal de Beja
Colaboraccedilatildeo
Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (CTeSPP) da ESE-IPBeja Licenciatura em Serviccedilo Social da ESE-IPBeja Mestrado em Desenvolvimento Comunitaacuterio e Empreendedorismo da ESE-IPBeja Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede da ESE-IPBeja
Comissatildeo Cientiacutefica
Maria Cristina Faria (ESE-IPBeja) Joseacute Pereirinha Ramalho (ESE-IPBeja) Ana Isabel Fernandes (ESE-IPBeja) Ana Clara Nunes (ESS-IPBeja) Ana Sobral Canhestro (ESS-IPBeja) Maria Teresa Santos (ESE-IPBeja) Sandra Isabel Sauacutede (ESE-IPBeja) Ana Felisbela Piedade (ESE-IPBeja) Maria Inecircs Faria (ESE-IPBeja) Vacircnia Brandatildeo Loureiro (ESE-IPBeja) Joseacute Baiatildeo (ESE-IPBeja) Patriacutecia Santos (ESS-IPBeja) Hugo Lanccedila (ESTIG-IPBeja) Henrique Oliveira (ESTIG-IPBeja)
Maria Joatildeo Ramos (ESE-IPBeja) Vito Carioca (ESE-IPBeja) Joseacute Antoacutenio Orta (ESE-IPBeja) Inecircs Camacho (ESE-IPBeja) Miguel Bento (ESE-IPBeja) Adelaide E Santo (ESE-IPBeja) Helena Sardica (ESE-IPBeja) Rogeacuterio Ferrinho (ESS-IPBeja) Armindo Mendes (ESS-IPBeja) Margarida Goes (ESS-IPBeja) Raquel Santana (ESS-IPBeja) Cristina Galvatildeo (ULSBA) Catarina Pazes (ULSBA) Patriacutecia Paquete (CESNOVA)
Antoacutenio Fonseca (UCP ndash Porto) Manuel Lopes (UEacutevora) Luisa Graacutecio (UEacutevora) Joseacute Sarasola Serrano (UPablo de Olavide) Laura Muntildeoz Bermejo (UEX) Salvador Postigo Mota (UEX) Sonia Garciacutea-Segura (UCoacuterdoba) Carmen Gil-del-Pino (UCoacuterdoba) Estefania Castillo Viera (UHuelva) Salvador Postigo Mota (UHuelva) Jesuacutes Saacuteez Padilla (UHuelva) Isabel Mendoza Sierra (UHuelva) Emiacutelia Moreno Saacutenchez (UHuelva) Estefania Castillo Viera (UHuelva) David Chirosa Lara (UHuelva)
SecretariadoContacto
Sandra Lorenzo ndash aluna do 2ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e ComunitaacuteriaBolseira e Investigadora no ODEA-IPBeja Mariana Gonccedilalves ndash aluna do 1ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria | ESE|ODEA-IPBeja Florbela Calado ndash Serviccedilo de Secretariado da ESE|ODEA-IPBeja
Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo ndash ODEA-IPBeja Instituto Politeacutecnico de Beja Rua Pedro Soares SN ndash Campus do IPBeja Apartado 6155 ndash 7800-295 Beja E-mail odeaipbejapt Tel +351 284 314 400 extensatildeo 02030 Serviccedilo de Secretariado da ESE-IPBeja Telf +351 284 315 001 e-mail do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia ixseminariopsicogerontologiagmailcom
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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RESUMOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 1
TEMPOS DO PRESENTE E DO FUTURO TEMPOS DE
EMERGENTES DESAFIOS NO DIAacuteLOGO IDOSO-TECNOLOGIA
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no
diaacutelogo idoso-tecnologia
Vito Carioca
Instituto Politeacutecnico de Beja
vcariocaipbejapt
Resumo
A conferecircncia procura refletir a emergecircncia dos paradigmas associados agrave sociedade do digital
e da Quarta Revoluccedilatildeo Industrial (Schwab e Davis 2019) e as suas influecircncias nos processos
de envelhecimento e no diaacutelogo idoso-tecnologia
Satildeo tempos de Inteligecircncia Artificial tempos de presente e de futuro No limiar dardquonova
revoluccedilatildeo industrialrdquo que se sucede agraves do Neoliacutetico da Revoluccedilatildeo Industrial do seacuteculo XVIII
dos computadores da era espacial da ciberneacutetica nas uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo XX segue-se
agora na opiniatildeo de De Lacy (2019) ldquoos primeiros passos na convergecircncia das tecnologias
digitais fiacutesicas e bioloacutegicas cujo derradeiro fim seraacute a automatizaccedilatildeo total e independente da
produccedilatildeo humanardquop28)
Tempos em que em nossa opiniatildeo e em referecircncia a Melly (1997)
ldquo(hellip) aconteceraacute uma verdadeira revoluccedilatildeo implicando na maneira como as pessoas iratildeo ser
laquoeducadas a aprenderraquoAs pessoas vatildeo ser obrigadas a aprender constantemente em funccedilatildeo
da velocidade tecnoloacutegica e da mudanccedila que ela impotildee ndash eacute o que se chama de just in time
learning (vocecirc tem de buscar a informaccedilatildeo na hora em que precisa) e continuous education
(estar sempre se actualizando) (p66)
Eacute a emergecircncia de um admiraacutevel mundo novo que nos toca e que atravessa ateacute os nossos
sentidos Estamos jaacute para aleacutem das experiecircncias que envolvem a visatildeo e o som e
mergulhamos em tecnologias inovadoras e que iratildeo influenciar profundamente os humanos O
desenvolvimento de interfaces e experiecircncias com as quais eacute possiacutevel interagir com o toque
penetram aacutereas fundamentais do conhecimento como a medicina em experiecircncias em
mundos virtuais no entretenimento entre outros abrindo caminhos para um futuro
inimaginaacutevel
Na sociedade do presente e do futuro novos satildeo os desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia O
idoso assume-se uma consciecircncia reflexiva que propicia para a adaptaccedilatildeo e desempenho de
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
12
novos papeacuteis e a (re) definiccedilatildeo da sua atitude na loacutegica da compreensatildeo dos mecanismos que
lhe permitiratildeo assegurar ldquouma caminhadardquo mais saudaacutevel e feliz
A reflexatildeo destes contextos e dos seus contornos mais relevantes eacute o objecto da conferecircncia a
qual a partir de problemaacuteticas centradas no binoacutemio tecnologia e necessidades do idoso na
loacutegica de um envelhecimento ativo e positivo (ageing in place) procura refletir cenaacuterios e os
desafios que no futuro se iratildeo continuamente colocar ao idoso e agrave proacutepria essecircncia humana
Palavras chave Idoso Inteligecircncia Artificial Gerontotecnologia Diaacutelogo idoso-tecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 1
CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio
Eunice Santos amp Pedro Costa
Unidade de Cuidados na Comunidade de Beja
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade mundial e o Alentejo natildeo eacute exceccedilatildeo
Por todo o mundo tal como em Portugal verifica-se um aumento gradual de idosos
resultante dos avanccedilos da medicina e da melhoria das condiccedilotildees socioeconoacutemicas bem como
consequecircncia da diminuiccedilatildeo progressiva da natalidade A preocupaccedilatildeo com este fenoacutemeno
tem suscitado a procura de respostas quer para manter quer para prolongar a qualidade de
vida durante o envelhecimento
A Unidade de Cuidados na Comunidade Beja eacute uma unidade elementar de
prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede apoio psicoloacutegico e social de acircmbito domiciliaacuterio e
comunitaacuterio especialmente agraves pessoas e grupos mais vulneraacuteveis em situaccedilatildeo de maior risco
ou dependecircncia fiacutesica funcional ou de doenccedila que requeira acompanhamento proacuteximo
Pretende contribuir para a melhoria do estado de sauacutede da populaccedilatildeo da sua aacuterea
geograacutefica de intervenccedilatildeo visando a obtenccedilatildeo de ganhos em sauacutede e concorrendo de um
modo direto para o cumprimento da missatildeo do Agrupamento de Centros de Sauacutede (ACES) do
Baixo Alentejo em que se integra (artigo 3ordm do Despacho nordm 101432009 de 16 de Abril)
(Ministeacuterio da Sauacutede 2009)
Uma das grandes fatias do bolo da nossa intervenccedilatildeo eacute dedicada aos cuidados
domiciliaacuterios que satildeo prestados por uma equipa multiprofissional maioritariamente
composta por enfermeiros
A intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio natildeo eacute de todo uma novidade poreacutem a forma
de intervenccedilatildeo eacute recente e desafiante Os nossos utentes satildeo-nos confiados pela sua equipa de
sauacutede quando a sua vulnerabilidade os torna incapazes de receber os cuidados de que
necessitam no centro de sauacutede eou a dependecircncia os impossibilita de sair de casa
Este eacute um desafio Os desafios exigem esforccedilos que todos temos dificuldades em
acompanhar (cada vez maior numero de idosos adequaccedilatildeo de recursos criaccedilatildeo de
ferramentas e protocolos cronicidade da doenccedila transiccedilatildeo digital transculturalidade
formaccedilatildeo cuidadores)
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Os desafios que se prendem com esta forma de intervenccedilatildeo domiciliaacuteria conduzem
frequentemente a constrangimentos falta de recursos humanos falta de materiais
equipamentos obsoletos falta de transportes falta de autonomia na gestatildeo objetivos
especiacuteficos por serviccedilos e individuais e falta de cuidadores que desempenhem o seu papel da
forma adequada
A nossa intervenccedilatildeo no contexto domiciliaacuterio enquanto profissionais de uma equipa
multidisciplinar junto dos cuidadores informais eacute um pilar importante para o lsquorsquosucessorsquorsquo
concretizaccedilatildeo dos objetivos satisfaccedilatildeo de necessidades e cuidados de qualidade junto do
utente dependente Eacute de todo essencial junto do cuidador promover o aumento de
conhecimentos acerca do processo sauacutededoenccedila treino e aquisiccedilatildeo de competecircncias
reproduzindo benefiacutecios relativos agrave consciencializaccedilatildeo dos cuidados e com impactos na
qualidade de vida dos utentes dependentes Esta intervenccedilatildeo impulsionadora de
empowerment adopta como objetivo capacitar o cuidador informal para assumir o controlo
da gestatildeo terapecircutica promover a sauacutede desenvolver relaccedilotildees de parceria com a comunidade
de forma a obter efeitos positivos na sua sauacutede e do idoso dependente atraveacutes do incentivo e
motivaccedilatildeo potenciando a capacidade e auto-controlo de emoccedilotildees de modo a atingir um bem-
estar fiacutesico mental e social
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TUacuteNEL ndash ENVELHECER NA COMUNIDADE
(Dinacircmica de Grupo- Dramatizaccedilatildeo)
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
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sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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OBJECTIVOS E TEMAS
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OBJETIVOS
Organizado pelos alunos do Mestrado em Gerontologia Gerontologia e Comunitaacuteria o IX
Seminaacuterio Ibeacuterico II de Gerontologia Social e Comunitaacuteria subordinado ao tema ldquoEnvelhecer
na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados eacute um espaccedilo aberto de encontro e de debate
entre os participantes tendo como principais objetivos
Promover o intercacircmbio entre investigadores e profissionais ligados ao envelhecimento nos domiacutenios
da sauacutede da psicologia do social da educaccedilatildeo da gerontotecnologia do desenvolvimento
comunitaacuterio da seguranccedila e da decisatildeo poliacutetica
Divulgar iniciativas promotoras do florescimento e capacitaccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel feliz e
seguro na comunidade
Mostrar e debater os resultados de projetos de investigaccedilatildeo e de intervenccedilatildeo na aacuterea da
psicogerontologia da gerontologia social e comunitaacuteria da gerontotecnologia dos direitos e cuidados
de sauacutede da pessoa mais velha da seguranccedila da intervenccedilatildeo comunitaacuteria da capacitaccedilatildeo da inclusatildeo
social do envolvimento ocupacional da sustentabilidade e da mudanccedila social
Aprofundar a multidisciplinaridade nas problemaacuteticas da intervenccedilatildeo comunitaacuteria ao niacutevel das
estruturas multidisciplinares de apoio efetivo ao acompanhamento do envelhecimento na comunidade
Contribuir para a melhoria da formaccedilatildeo e a capacitaccedilatildeo dos diferentes agentes e suas organizaccedilotildees
para viabilizar o envelhecimento saudaacutevel na comunidade ateacute ao uacuteltimo acontecimento de vida
Promover o estabelecimento de parcerias de promoccedilatildeo da sauacutede social econoacutemica e de
sustentabilidade para viabilizar o envelhecimento na comunidade
Promover o envolvimento dos cidadatildeos na melhoria da sua comunidade envelhecida de forma a que a
sua participaccedilatildeo organizada e as suas ocupaccedilotildees contribuam para o florescimento das pessoas e da
comunidade
Divulgar as iniciativas e boas praacuteticas do Envelhecimento na Comunidade evidenciando os seus
impactos no florescimento do cidadatildeo(atilde) e da comunidade
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TEMAS
Os temas propostos no domiacutenio do envelhecimento na comunidade circunscrevem-se agraves
seguintes aacutereas
bull Boas Praacuteticas de Envelhecimento na Comunidade
bull Promoccedilatildeo de um Envelhecimento Saudaacutevel
bull Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento
bull Proteccedilatildeo da Sauacutede Mental no Envelhecimento
bull Doenccedilas Croacutenicas no Envelhecimento
bull Cuidados de Sauacutede na Famiacutelia
bull Cuidados Continuados Integrados
bull Cidadania Seacutenior e Inclusatildeo Social
bull Poliacuteticas Puacuteblicas e Sustentabilidade Social
bull Os Direitos das Pessoas Mais Velhas
bull Respostas Sociais para o Envelhecimento
bull Seguranccedila na Comunidade Envelhecida
bull Reforma
bull Envolvimento Ocupacional no Envelhecimento
bull Psicogerontologia Comunitaacuteria
bull Gerontotecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PROGRAMA
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia II Seminaacuterio Ibeacuterico de Gerontologia Social e Comunitaacuteria ldquoEnvelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidadosrdquo 16 e 17 de Maio 2019 | Auditoacuterio da Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja
PROGRAMA Dia 13 de Maio Abertura da Exposiccedilatildeo de Fotografia sobre o tema ldquoEnvelhecer na Comunidade ontem e hojerdquo na Galeria Ao Lado do IPBeja Manuela Pereira |Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior Francisco Pardal |Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Dia 16 de Maio 900 Receccedilatildeo dos participantes
915 Abertura da Exposiccedilatildeo da Mostra dos Estaacutegios do CTeSP em Psicogerontologia nas ERPI
930 Sessatildeo de Abertura do Seminaacuterio Joatildeo Paulo Trindade (Presidente do IPBeja) Paulo Arseacutenio (Presidente da Cacircmara de Beja) Joseacute Pedro Fernandes (Diretor da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja) Ana Canhestro (Diretora da Escola Superior de Sauacutede do IPBeja) Maria Cristina Faria (Coordenadora do Mestrado GSC e do Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento do Alentejo- IPBeja)
1000 CONFEREcircNCIA 1 ndash Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia
Moderador Joseacute Pereirinha Ramalho I ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Vito Carioca| ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1030 PAINEL 1 ndash Cuidados Continuados Integrados
Moderadora Inecircs Camacho| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Desafios e Constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio (RNCCI)| Eunice Santos amp Pedro Costa |UCC Beja Intervenccedilatildeo do Terapeuta Ocupacional numa Unidade de Convalescenccedila |Seacutergio Charuto | Unidade de Convalescenccedila da Unidade Local de Sauacutede Litoral Alentejano Intervenccedilatildeo do Terapeuta Ocupacional numa Unidade de Longa Duraccedilatildeo e Manutenccedilatildeo| Laura Cebola |Unidade de Longa Duraccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Cruz Vermelha Portuguesa ndash Delegaccedilatildeo de Elvas|ECSCP Beja+ ULSBA
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 2 ndash Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Moderadora Maria Cristina Faria | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Antoacutenio Fonseca | Faculdade de Educaccedilatildeo e Psicologia da Universidade Catoacutelica Portuguesa ndash Porto
1200 Apresentaccedilatildeo do WEBSITE ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade| Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano|ESEODEA-IPBeja
1300 Pausa de Almoccedilo
1400 Sessatildeo de Posters- Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
Moderadora | Helena Sardica| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1430 CONFEREcircNCIA 3- Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Moderador Rogeacuterio Ferrinho| ESS- Instituto Politeacutecnico de Beja Manuel Lopes| Escola Superior de Enfermagem de S Joatildeo de DeusUniversidade de Eacutevora
1530 PAINEL 2 ndash Cultura Florescimento e Apoio ao Envelhecimento na Comunidade
Moderadora Ana Isabel FernandesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria|Maria Joatildeo Ramos ESE-IPBeja Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos |Maria Cristina Faria |ESEODEA-IPBeja Aprendizaje y compromiso con la comunidad Hacia una nueva concepcioacuten de la vejez en los estudiantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba| Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino| Universidad de Coacuterdoba Espantildea Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento|Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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1630 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1630 Coffee break
1700 PAINEL 3 ndash Direitos e Vivecircncias no Envelhecimento
Moderadora Maria Inecircs Faria| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica| Hugo Lanccedila | ESTIG -- IPBeja Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expectativas e Necessidades| Luiacutesa Graacutecio1 amp Adriana Bugalho2 |1Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP| 2CIEP Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo de institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial|Joseacute Manuel Baiatildeo|Santa Casa da Misericoacuterdia de Cuba| Instituto Politeacutecnico de Beja
2000 Jantar Conviacutevio
Dia 17 de Maio
930 PAINEL 4 ndash Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Moderadora Catarina Pazes| ECSCP Beja+| ULSBA Cuidados Paliativos na Comunidade Que Respostas para os mais velhos |Cristina Galvatildeo| ECSCP Beja+| ULSBA Desafios e Constrangimentos dos Cuidados paliativos numa ERPI |Ana Caetano Silva |ERPI- Centro Social e Paroquial do Salvador de Beja Especificidade dos Cuidados Paliativos em Geriatria|Laura Muntildeoz Bermejo| Universidad de Extremadura (UEX)
1030 PAINEL 5- Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento
Moderadora Ana Clara Nunes|ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Empoderamiento en la vejez|Salvador Postigo Mota| Universidad de Extremadura (UEX) Envolvimento ocupacional no envelhecimento| Patriacutecia Santos amp Raquel Santana|ESSODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Promoccedilatildeo de um envelhecimento saudaacutevel|Ana Canhestro|ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecimento na Comunidade ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 4 ndash Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Moderadora Sandra Lozano|ODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
1300 Pausa de Almoccedilo
1430 CONFEREcircNCIA 5 ndash A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Moderadora Ana Piedade|ESE- Instituto Politeacutecnico de Beja Patriacutecia Paquete|HumanaMente|CESNOVA ndash Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
1530 PAINEL 5 ndash Exerciacutecio Fiacutesico e o Envelhecimento Saudaacutevel uma perspetiva biopsicossocial
Moderadora Vacircnia Brandatildeo ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de Sauacutede| Vacircnia Loureiro12 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania Castillo Viera3 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica |Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha 3 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes| Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro2| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda o efeito protetor e preventivo do Exerciacutecio Fiacutesico|Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 amp Vacircnia Loureiro12| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Abordaje biopsicosocial de las caiacutedas de las personas mayores atraveacutes de um programa de artes orientales | Emiacutelia Moreno Saacutenchez1 Jesuacutes Saacuteez Padilla1 Isabel Mendoza Sierra1 amp David Chirosa Lara1| 1 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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1700 PAINEL 6 ndashIntervenccedilatildeo em Psicogerontologia e Sauacutede na Comunidade
Moderador Armindo MendesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Voluntariado e satisfaccedilatildeo com a vida na reforma| Ana Rita Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados|Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira|ESS e ESTIGODEA-IPBeja Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados| Margarida Ameixal Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira|Instituto Politeacutecnico de Beja A Qualidade de Vida em Gerontes Institucionalizados Portadores de Doenccedila de Alzheimer| Vanessa Isabel Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja A importacircncia do desenvolvimento pessoal para a qualidade de vida de idosos institucionalizados o contributo das atividades
de animaccedilatildeo sociocultural|Patriacutecia Isabel Parreira amp Joseacute Pereirinha Ramalho |ESE-IPBeja
1800 Sessatildeo de Encerramento
Comissatildeo Organizadora
Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo (ODEA-IPBeja)
Instituto Politeacutecnico de Beja Cacircmara Municipal de Beja
Colaboraccedilatildeo
Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (CTeSPP) da ESE-IPBeja Licenciatura em Serviccedilo Social da ESE-IPBeja Mestrado em Desenvolvimento Comunitaacuterio e Empreendedorismo da ESE-IPBeja Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede da ESE-IPBeja
Comissatildeo Cientiacutefica
Maria Cristina Faria (ESE-IPBeja) Joseacute Pereirinha Ramalho (ESE-IPBeja) Ana Isabel Fernandes (ESE-IPBeja) Ana Clara Nunes (ESS-IPBeja) Ana Sobral Canhestro (ESS-IPBeja) Maria Teresa Santos (ESE-IPBeja) Sandra Isabel Sauacutede (ESE-IPBeja) Ana Felisbela Piedade (ESE-IPBeja) Maria Inecircs Faria (ESE-IPBeja) Vacircnia Brandatildeo Loureiro (ESE-IPBeja) Joseacute Baiatildeo (ESE-IPBeja) Patriacutecia Santos (ESS-IPBeja) Hugo Lanccedila (ESTIG-IPBeja) Henrique Oliveira (ESTIG-IPBeja)
Maria Joatildeo Ramos (ESE-IPBeja) Vito Carioca (ESE-IPBeja) Joseacute Antoacutenio Orta (ESE-IPBeja) Inecircs Camacho (ESE-IPBeja) Miguel Bento (ESE-IPBeja) Adelaide E Santo (ESE-IPBeja) Helena Sardica (ESE-IPBeja) Rogeacuterio Ferrinho (ESS-IPBeja) Armindo Mendes (ESS-IPBeja) Margarida Goes (ESS-IPBeja) Raquel Santana (ESS-IPBeja) Cristina Galvatildeo (ULSBA) Catarina Pazes (ULSBA) Patriacutecia Paquete (CESNOVA)
Antoacutenio Fonseca (UCP ndash Porto) Manuel Lopes (UEacutevora) Luisa Graacutecio (UEacutevora) Joseacute Sarasola Serrano (UPablo de Olavide) Laura Muntildeoz Bermejo (UEX) Salvador Postigo Mota (UEX) Sonia Garciacutea-Segura (UCoacuterdoba) Carmen Gil-del-Pino (UCoacuterdoba) Estefania Castillo Viera (UHuelva) Salvador Postigo Mota (UHuelva) Jesuacutes Saacuteez Padilla (UHuelva) Isabel Mendoza Sierra (UHuelva) Emiacutelia Moreno Saacutenchez (UHuelva) Estefania Castillo Viera (UHuelva) David Chirosa Lara (UHuelva)
SecretariadoContacto
Sandra Lorenzo ndash aluna do 2ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e ComunitaacuteriaBolseira e Investigadora no ODEA-IPBeja Mariana Gonccedilalves ndash aluna do 1ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria | ESE|ODEA-IPBeja Florbela Calado ndash Serviccedilo de Secretariado da ESE|ODEA-IPBeja
Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo ndash ODEA-IPBeja Instituto Politeacutecnico de Beja Rua Pedro Soares SN ndash Campus do IPBeja Apartado 6155 ndash 7800-295 Beja E-mail odeaipbejapt Tel +351 284 314 400 extensatildeo 02030 Serviccedilo de Secretariado da ESE-IPBeja Telf +351 284 315 001 e-mail do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia ixseminariopsicogerontologiagmailcom
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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RESUMOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 1
TEMPOS DO PRESENTE E DO FUTURO TEMPOS DE
EMERGENTES DESAFIOS NO DIAacuteLOGO IDOSO-TECNOLOGIA
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no
diaacutelogo idoso-tecnologia
Vito Carioca
Instituto Politeacutecnico de Beja
vcariocaipbejapt
Resumo
A conferecircncia procura refletir a emergecircncia dos paradigmas associados agrave sociedade do digital
e da Quarta Revoluccedilatildeo Industrial (Schwab e Davis 2019) e as suas influecircncias nos processos
de envelhecimento e no diaacutelogo idoso-tecnologia
Satildeo tempos de Inteligecircncia Artificial tempos de presente e de futuro No limiar dardquonova
revoluccedilatildeo industrialrdquo que se sucede agraves do Neoliacutetico da Revoluccedilatildeo Industrial do seacuteculo XVIII
dos computadores da era espacial da ciberneacutetica nas uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo XX segue-se
agora na opiniatildeo de De Lacy (2019) ldquoos primeiros passos na convergecircncia das tecnologias
digitais fiacutesicas e bioloacutegicas cujo derradeiro fim seraacute a automatizaccedilatildeo total e independente da
produccedilatildeo humanardquop28)
Tempos em que em nossa opiniatildeo e em referecircncia a Melly (1997)
ldquo(hellip) aconteceraacute uma verdadeira revoluccedilatildeo implicando na maneira como as pessoas iratildeo ser
laquoeducadas a aprenderraquoAs pessoas vatildeo ser obrigadas a aprender constantemente em funccedilatildeo
da velocidade tecnoloacutegica e da mudanccedila que ela impotildee ndash eacute o que se chama de just in time
learning (vocecirc tem de buscar a informaccedilatildeo na hora em que precisa) e continuous education
(estar sempre se actualizando) (p66)
Eacute a emergecircncia de um admiraacutevel mundo novo que nos toca e que atravessa ateacute os nossos
sentidos Estamos jaacute para aleacutem das experiecircncias que envolvem a visatildeo e o som e
mergulhamos em tecnologias inovadoras e que iratildeo influenciar profundamente os humanos O
desenvolvimento de interfaces e experiecircncias com as quais eacute possiacutevel interagir com o toque
penetram aacutereas fundamentais do conhecimento como a medicina em experiecircncias em
mundos virtuais no entretenimento entre outros abrindo caminhos para um futuro
inimaginaacutevel
Na sociedade do presente e do futuro novos satildeo os desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia O
idoso assume-se uma consciecircncia reflexiva que propicia para a adaptaccedilatildeo e desempenho de
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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novos papeacuteis e a (re) definiccedilatildeo da sua atitude na loacutegica da compreensatildeo dos mecanismos que
lhe permitiratildeo assegurar ldquouma caminhadardquo mais saudaacutevel e feliz
A reflexatildeo destes contextos e dos seus contornos mais relevantes eacute o objecto da conferecircncia a
qual a partir de problemaacuteticas centradas no binoacutemio tecnologia e necessidades do idoso na
loacutegica de um envelhecimento ativo e positivo (ageing in place) procura refletir cenaacuterios e os
desafios que no futuro se iratildeo continuamente colocar ao idoso e agrave proacutepria essecircncia humana
Palavras chave Idoso Inteligecircncia Artificial Gerontotecnologia Diaacutelogo idoso-tecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 1
CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio
Eunice Santos amp Pedro Costa
Unidade de Cuidados na Comunidade de Beja
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade mundial e o Alentejo natildeo eacute exceccedilatildeo
Por todo o mundo tal como em Portugal verifica-se um aumento gradual de idosos
resultante dos avanccedilos da medicina e da melhoria das condiccedilotildees socioeconoacutemicas bem como
consequecircncia da diminuiccedilatildeo progressiva da natalidade A preocupaccedilatildeo com este fenoacutemeno
tem suscitado a procura de respostas quer para manter quer para prolongar a qualidade de
vida durante o envelhecimento
A Unidade de Cuidados na Comunidade Beja eacute uma unidade elementar de
prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede apoio psicoloacutegico e social de acircmbito domiciliaacuterio e
comunitaacuterio especialmente agraves pessoas e grupos mais vulneraacuteveis em situaccedilatildeo de maior risco
ou dependecircncia fiacutesica funcional ou de doenccedila que requeira acompanhamento proacuteximo
Pretende contribuir para a melhoria do estado de sauacutede da populaccedilatildeo da sua aacuterea
geograacutefica de intervenccedilatildeo visando a obtenccedilatildeo de ganhos em sauacutede e concorrendo de um
modo direto para o cumprimento da missatildeo do Agrupamento de Centros de Sauacutede (ACES) do
Baixo Alentejo em que se integra (artigo 3ordm do Despacho nordm 101432009 de 16 de Abril)
(Ministeacuterio da Sauacutede 2009)
Uma das grandes fatias do bolo da nossa intervenccedilatildeo eacute dedicada aos cuidados
domiciliaacuterios que satildeo prestados por uma equipa multiprofissional maioritariamente
composta por enfermeiros
A intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio natildeo eacute de todo uma novidade poreacutem a forma
de intervenccedilatildeo eacute recente e desafiante Os nossos utentes satildeo-nos confiados pela sua equipa de
sauacutede quando a sua vulnerabilidade os torna incapazes de receber os cuidados de que
necessitam no centro de sauacutede eou a dependecircncia os impossibilita de sair de casa
Este eacute um desafio Os desafios exigem esforccedilos que todos temos dificuldades em
acompanhar (cada vez maior numero de idosos adequaccedilatildeo de recursos criaccedilatildeo de
ferramentas e protocolos cronicidade da doenccedila transiccedilatildeo digital transculturalidade
formaccedilatildeo cuidadores)
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Os desafios que se prendem com esta forma de intervenccedilatildeo domiciliaacuteria conduzem
frequentemente a constrangimentos falta de recursos humanos falta de materiais
equipamentos obsoletos falta de transportes falta de autonomia na gestatildeo objetivos
especiacuteficos por serviccedilos e individuais e falta de cuidadores que desempenhem o seu papel da
forma adequada
A nossa intervenccedilatildeo no contexto domiciliaacuterio enquanto profissionais de uma equipa
multidisciplinar junto dos cuidadores informais eacute um pilar importante para o lsquorsquosucessorsquorsquo
concretizaccedilatildeo dos objetivos satisfaccedilatildeo de necessidades e cuidados de qualidade junto do
utente dependente Eacute de todo essencial junto do cuidador promover o aumento de
conhecimentos acerca do processo sauacutededoenccedila treino e aquisiccedilatildeo de competecircncias
reproduzindo benefiacutecios relativos agrave consciencializaccedilatildeo dos cuidados e com impactos na
qualidade de vida dos utentes dependentes Esta intervenccedilatildeo impulsionadora de
empowerment adopta como objetivo capacitar o cuidador informal para assumir o controlo
da gestatildeo terapecircutica promover a sauacutede desenvolver relaccedilotildees de parceria com a comunidade
de forma a obter efeitos positivos na sua sauacutede e do idoso dependente atraveacutes do incentivo e
motivaccedilatildeo potenciando a capacidade e auto-controlo de emoccedilotildees de modo a atingir um bem-
estar fiacutesico mental e social
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TUacuteNEL ndash ENVELHECER NA COMUNIDADE
(Dinacircmica de Grupo- Dramatizaccedilatildeo)
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Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
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sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
49
PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
51
indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
3
OBJETIVOS
Organizado pelos alunos do Mestrado em Gerontologia Gerontologia e Comunitaacuteria o IX
Seminaacuterio Ibeacuterico II de Gerontologia Social e Comunitaacuteria subordinado ao tema ldquoEnvelhecer
na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados eacute um espaccedilo aberto de encontro e de debate
entre os participantes tendo como principais objetivos
Promover o intercacircmbio entre investigadores e profissionais ligados ao envelhecimento nos domiacutenios
da sauacutede da psicologia do social da educaccedilatildeo da gerontotecnologia do desenvolvimento
comunitaacuterio da seguranccedila e da decisatildeo poliacutetica
Divulgar iniciativas promotoras do florescimento e capacitaccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel feliz e
seguro na comunidade
Mostrar e debater os resultados de projetos de investigaccedilatildeo e de intervenccedilatildeo na aacuterea da
psicogerontologia da gerontologia social e comunitaacuteria da gerontotecnologia dos direitos e cuidados
de sauacutede da pessoa mais velha da seguranccedila da intervenccedilatildeo comunitaacuteria da capacitaccedilatildeo da inclusatildeo
social do envolvimento ocupacional da sustentabilidade e da mudanccedila social
Aprofundar a multidisciplinaridade nas problemaacuteticas da intervenccedilatildeo comunitaacuteria ao niacutevel das
estruturas multidisciplinares de apoio efetivo ao acompanhamento do envelhecimento na comunidade
Contribuir para a melhoria da formaccedilatildeo e a capacitaccedilatildeo dos diferentes agentes e suas organizaccedilotildees
para viabilizar o envelhecimento saudaacutevel na comunidade ateacute ao uacuteltimo acontecimento de vida
Promover o estabelecimento de parcerias de promoccedilatildeo da sauacutede social econoacutemica e de
sustentabilidade para viabilizar o envelhecimento na comunidade
Promover o envolvimento dos cidadatildeos na melhoria da sua comunidade envelhecida de forma a que a
sua participaccedilatildeo organizada e as suas ocupaccedilotildees contribuam para o florescimento das pessoas e da
comunidade
Divulgar as iniciativas e boas praacuteticas do Envelhecimento na Comunidade evidenciando os seus
impactos no florescimento do cidadatildeo(atilde) e da comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
4
TEMAS
Os temas propostos no domiacutenio do envelhecimento na comunidade circunscrevem-se agraves
seguintes aacutereas
bull Boas Praacuteticas de Envelhecimento na Comunidade
bull Promoccedilatildeo de um Envelhecimento Saudaacutevel
bull Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento
bull Proteccedilatildeo da Sauacutede Mental no Envelhecimento
bull Doenccedilas Croacutenicas no Envelhecimento
bull Cuidados de Sauacutede na Famiacutelia
bull Cuidados Continuados Integrados
bull Cidadania Seacutenior e Inclusatildeo Social
bull Poliacuteticas Puacuteblicas e Sustentabilidade Social
bull Os Direitos das Pessoas Mais Velhas
bull Respostas Sociais para o Envelhecimento
bull Seguranccedila na Comunidade Envelhecida
bull Reforma
bull Envolvimento Ocupacional no Envelhecimento
bull Psicogerontologia Comunitaacuteria
bull Gerontotecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
5
PROGRAMA
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
6
IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia II Seminaacuterio Ibeacuterico de Gerontologia Social e Comunitaacuteria ldquoEnvelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidadosrdquo 16 e 17 de Maio 2019 | Auditoacuterio da Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja
PROGRAMA Dia 13 de Maio Abertura da Exposiccedilatildeo de Fotografia sobre o tema ldquoEnvelhecer na Comunidade ontem e hojerdquo na Galeria Ao Lado do IPBeja Manuela Pereira |Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior Francisco Pardal |Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Dia 16 de Maio 900 Receccedilatildeo dos participantes
915 Abertura da Exposiccedilatildeo da Mostra dos Estaacutegios do CTeSP em Psicogerontologia nas ERPI
930 Sessatildeo de Abertura do Seminaacuterio Joatildeo Paulo Trindade (Presidente do IPBeja) Paulo Arseacutenio (Presidente da Cacircmara de Beja) Joseacute Pedro Fernandes (Diretor da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja) Ana Canhestro (Diretora da Escola Superior de Sauacutede do IPBeja) Maria Cristina Faria (Coordenadora do Mestrado GSC e do Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento do Alentejo- IPBeja)
1000 CONFEREcircNCIA 1 ndash Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia
Moderador Joseacute Pereirinha Ramalho I ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Vito Carioca| ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1030 PAINEL 1 ndash Cuidados Continuados Integrados
Moderadora Inecircs Camacho| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Desafios e Constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio (RNCCI)| Eunice Santos amp Pedro Costa |UCC Beja Intervenccedilatildeo do Terapeuta Ocupacional numa Unidade de Convalescenccedila |Seacutergio Charuto | Unidade de Convalescenccedila da Unidade Local de Sauacutede Litoral Alentejano Intervenccedilatildeo do Terapeuta Ocupacional numa Unidade de Longa Duraccedilatildeo e Manutenccedilatildeo| Laura Cebola |Unidade de Longa Duraccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Cruz Vermelha Portuguesa ndash Delegaccedilatildeo de Elvas|ECSCP Beja+ ULSBA
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 2 ndash Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Moderadora Maria Cristina Faria | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Antoacutenio Fonseca | Faculdade de Educaccedilatildeo e Psicologia da Universidade Catoacutelica Portuguesa ndash Porto
1200 Apresentaccedilatildeo do WEBSITE ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade| Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano|ESEODEA-IPBeja
1300 Pausa de Almoccedilo
1400 Sessatildeo de Posters- Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
Moderadora | Helena Sardica| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1430 CONFEREcircNCIA 3- Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Moderador Rogeacuterio Ferrinho| ESS- Instituto Politeacutecnico de Beja Manuel Lopes| Escola Superior de Enfermagem de S Joatildeo de DeusUniversidade de Eacutevora
1530 PAINEL 2 ndash Cultura Florescimento e Apoio ao Envelhecimento na Comunidade
Moderadora Ana Isabel FernandesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria|Maria Joatildeo Ramos ESE-IPBeja Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos |Maria Cristina Faria |ESEODEA-IPBeja Aprendizaje y compromiso con la comunidad Hacia una nueva concepcioacuten de la vejez en los estudiantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba| Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino| Universidad de Coacuterdoba Espantildea Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento|Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
7
1630 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1630 Coffee break
1700 PAINEL 3 ndash Direitos e Vivecircncias no Envelhecimento
Moderadora Maria Inecircs Faria| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica| Hugo Lanccedila | ESTIG -- IPBeja Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expectativas e Necessidades| Luiacutesa Graacutecio1 amp Adriana Bugalho2 |1Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP| 2CIEP Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo de institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial|Joseacute Manuel Baiatildeo|Santa Casa da Misericoacuterdia de Cuba| Instituto Politeacutecnico de Beja
2000 Jantar Conviacutevio
Dia 17 de Maio
930 PAINEL 4 ndash Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Moderadora Catarina Pazes| ECSCP Beja+| ULSBA Cuidados Paliativos na Comunidade Que Respostas para os mais velhos |Cristina Galvatildeo| ECSCP Beja+| ULSBA Desafios e Constrangimentos dos Cuidados paliativos numa ERPI |Ana Caetano Silva |ERPI- Centro Social e Paroquial do Salvador de Beja Especificidade dos Cuidados Paliativos em Geriatria|Laura Muntildeoz Bermejo| Universidad de Extremadura (UEX)
1030 PAINEL 5- Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento
Moderadora Ana Clara Nunes|ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Empoderamiento en la vejez|Salvador Postigo Mota| Universidad de Extremadura (UEX) Envolvimento ocupacional no envelhecimento| Patriacutecia Santos amp Raquel Santana|ESSODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Promoccedilatildeo de um envelhecimento saudaacutevel|Ana Canhestro|ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecimento na Comunidade ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 4 ndash Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Moderadora Sandra Lozano|ODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
1300 Pausa de Almoccedilo
1430 CONFEREcircNCIA 5 ndash A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Moderadora Ana Piedade|ESE- Instituto Politeacutecnico de Beja Patriacutecia Paquete|HumanaMente|CESNOVA ndash Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
1530 PAINEL 5 ndash Exerciacutecio Fiacutesico e o Envelhecimento Saudaacutevel uma perspetiva biopsicossocial
Moderadora Vacircnia Brandatildeo ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de Sauacutede| Vacircnia Loureiro12 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania Castillo Viera3 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica |Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha 3 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes| Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro2| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda o efeito protetor e preventivo do Exerciacutecio Fiacutesico|Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 amp Vacircnia Loureiro12| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Abordaje biopsicosocial de las caiacutedas de las personas mayores atraveacutes de um programa de artes orientales | Emiacutelia Moreno Saacutenchez1 Jesuacutes Saacuteez Padilla1 Isabel Mendoza Sierra1 amp David Chirosa Lara1| 1 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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1700 PAINEL 6 ndashIntervenccedilatildeo em Psicogerontologia e Sauacutede na Comunidade
Moderador Armindo MendesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Voluntariado e satisfaccedilatildeo com a vida na reforma| Ana Rita Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados|Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira|ESS e ESTIGODEA-IPBeja Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados| Margarida Ameixal Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira|Instituto Politeacutecnico de Beja A Qualidade de Vida em Gerontes Institucionalizados Portadores de Doenccedila de Alzheimer| Vanessa Isabel Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja A importacircncia do desenvolvimento pessoal para a qualidade de vida de idosos institucionalizados o contributo das atividades
de animaccedilatildeo sociocultural|Patriacutecia Isabel Parreira amp Joseacute Pereirinha Ramalho |ESE-IPBeja
1800 Sessatildeo de Encerramento
Comissatildeo Organizadora
Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo (ODEA-IPBeja)
Instituto Politeacutecnico de Beja Cacircmara Municipal de Beja
Colaboraccedilatildeo
Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (CTeSPP) da ESE-IPBeja Licenciatura em Serviccedilo Social da ESE-IPBeja Mestrado em Desenvolvimento Comunitaacuterio e Empreendedorismo da ESE-IPBeja Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede da ESE-IPBeja
Comissatildeo Cientiacutefica
Maria Cristina Faria (ESE-IPBeja) Joseacute Pereirinha Ramalho (ESE-IPBeja) Ana Isabel Fernandes (ESE-IPBeja) Ana Clara Nunes (ESS-IPBeja) Ana Sobral Canhestro (ESS-IPBeja) Maria Teresa Santos (ESE-IPBeja) Sandra Isabel Sauacutede (ESE-IPBeja) Ana Felisbela Piedade (ESE-IPBeja) Maria Inecircs Faria (ESE-IPBeja) Vacircnia Brandatildeo Loureiro (ESE-IPBeja) Joseacute Baiatildeo (ESE-IPBeja) Patriacutecia Santos (ESS-IPBeja) Hugo Lanccedila (ESTIG-IPBeja) Henrique Oliveira (ESTIG-IPBeja)
Maria Joatildeo Ramos (ESE-IPBeja) Vito Carioca (ESE-IPBeja) Joseacute Antoacutenio Orta (ESE-IPBeja) Inecircs Camacho (ESE-IPBeja) Miguel Bento (ESE-IPBeja) Adelaide E Santo (ESE-IPBeja) Helena Sardica (ESE-IPBeja) Rogeacuterio Ferrinho (ESS-IPBeja) Armindo Mendes (ESS-IPBeja) Margarida Goes (ESS-IPBeja) Raquel Santana (ESS-IPBeja) Cristina Galvatildeo (ULSBA) Catarina Pazes (ULSBA) Patriacutecia Paquete (CESNOVA)
Antoacutenio Fonseca (UCP ndash Porto) Manuel Lopes (UEacutevora) Luisa Graacutecio (UEacutevora) Joseacute Sarasola Serrano (UPablo de Olavide) Laura Muntildeoz Bermejo (UEX) Salvador Postigo Mota (UEX) Sonia Garciacutea-Segura (UCoacuterdoba) Carmen Gil-del-Pino (UCoacuterdoba) Estefania Castillo Viera (UHuelva) Salvador Postigo Mota (UHuelva) Jesuacutes Saacuteez Padilla (UHuelva) Isabel Mendoza Sierra (UHuelva) Emiacutelia Moreno Saacutenchez (UHuelva) Estefania Castillo Viera (UHuelva) David Chirosa Lara (UHuelva)
SecretariadoContacto
Sandra Lorenzo ndash aluna do 2ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e ComunitaacuteriaBolseira e Investigadora no ODEA-IPBeja Mariana Gonccedilalves ndash aluna do 1ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria | ESE|ODEA-IPBeja Florbela Calado ndash Serviccedilo de Secretariado da ESE|ODEA-IPBeja
Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo ndash ODEA-IPBeja Instituto Politeacutecnico de Beja Rua Pedro Soares SN ndash Campus do IPBeja Apartado 6155 ndash 7800-295 Beja E-mail odeaipbejapt Tel +351 284 314 400 extensatildeo 02030 Serviccedilo de Secretariado da ESE-IPBeja Telf +351 284 315 001 e-mail do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia ixseminariopsicogerontologiagmailcom
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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RESUMOS
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 1
TEMPOS DO PRESENTE E DO FUTURO TEMPOS DE
EMERGENTES DESAFIOS NO DIAacuteLOGO IDOSO-TECNOLOGIA
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no
diaacutelogo idoso-tecnologia
Vito Carioca
Instituto Politeacutecnico de Beja
vcariocaipbejapt
Resumo
A conferecircncia procura refletir a emergecircncia dos paradigmas associados agrave sociedade do digital
e da Quarta Revoluccedilatildeo Industrial (Schwab e Davis 2019) e as suas influecircncias nos processos
de envelhecimento e no diaacutelogo idoso-tecnologia
Satildeo tempos de Inteligecircncia Artificial tempos de presente e de futuro No limiar dardquonova
revoluccedilatildeo industrialrdquo que se sucede agraves do Neoliacutetico da Revoluccedilatildeo Industrial do seacuteculo XVIII
dos computadores da era espacial da ciberneacutetica nas uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo XX segue-se
agora na opiniatildeo de De Lacy (2019) ldquoos primeiros passos na convergecircncia das tecnologias
digitais fiacutesicas e bioloacutegicas cujo derradeiro fim seraacute a automatizaccedilatildeo total e independente da
produccedilatildeo humanardquop28)
Tempos em que em nossa opiniatildeo e em referecircncia a Melly (1997)
ldquo(hellip) aconteceraacute uma verdadeira revoluccedilatildeo implicando na maneira como as pessoas iratildeo ser
laquoeducadas a aprenderraquoAs pessoas vatildeo ser obrigadas a aprender constantemente em funccedilatildeo
da velocidade tecnoloacutegica e da mudanccedila que ela impotildee ndash eacute o que se chama de just in time
learning (vocecirc tem de buscar a informaccedilatildeo na hora em que precisa) e continuous education
(estar sempre se actualizando) (p66)
Eacute a emergecircncia de um admiraacutevel mundo novo que nos toca e que atravessa ateacute os nossos
sentidos Estamos jaacute para aleacutem das experiecircncias que envolvem a visatildeo e o som e
mergulhamos em tecnologias inovadoras e que iratildeo influenciar profundamente os humanos O
desenvolvimento de interfaces e experiecircncias com as quais eacute possiacutevel interagir com o toque
penetram aacutereas fundamentais do conhecimento como a medicina em experiecircncias em
mundos virtuais no entretenimento entre outros abrindo caminhos para um futuro
inimaginaacutevel
Na sociedade do presente e do futuro novos satildeo os desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia O
idoso assume-se uma consciecircncia reflexiva que propicia para a adaptaccedilatildeo e desempenho de
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
12
novos papeacuteis e a (re) definiccedilatildeo da sua atitude na loacutegica da compreensatildeo dos mecanismos que
lhe permitiratildeo assegurar ldquouma caminhadardquo mais saudaacutevel e feliz
A reflexatildeo destes contextos e dos seus contornos mais relevantes eacute o objecto da conferecircncia a
qual a partir de problemaacuteticas centradas no binoacutemio tecnologia e necessidades do idoso na
loacutegica de um envelhecimento ativo e positivo (ageing in place) procura refletir cenaacuterios e os
desafios que no futuro se iratildeo continuamente colocar ao idoso e agrave proacutepria essecircncia humana
Palavras chave Idoso Inteligecircncia Artificial Gerontotecnologia Diaacutelogo idoso-tecnologia
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 1
CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio
Eunice Santos amp Pedro Costa
Unidade de Cuidados na Comunidade de Beja
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade mundial e o Alentejo natildeo eacute exceccedilatildeo
Por todo o mundo tal como em Portugal verifica-se um aumento gradual de idosos
resultante dos avanccedilos da medicina e da melhoria das condiccedilotildees socioeconoacutemicas bem como
consequecircncia da diminuiccedilatildeo progressiva da natalidade A preocupaccedilatildeo com este fenoacutemeno
tem suscitado a procura de respostas quer para manter quer para prolongar a qualidade de
vida durante o envelhecimento
A Unidade de Cuidados na Comunidade Beja eacute uma unidade elementar de
prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede apoio psicoloacutegico e social de acircmbito domiciliaacuterio e
comunitaacuterio especialmente agraves pessoas e grupos mais vulneraacuteveis em situaccedilatildeo de maior risco
ou dependecircncia fiacutesica funcional ou de doenccedila que requeira acompanhamento proacuteximo
Pretende contribuir para a melhoria do estado de sauacutede da populaccedilatildeo da sua aacuterea
geograacutefica de intervenccedilatildeo visando a obtenccedilatildeo de ganhos em sauacutede e concorrendo de um
modo direto para o cumprimento da missatildeo do Agrupamento de Centros de Sauacutede (ACES) do
Baixo Alentejo em que se integra (artigo 3ordm do Despacho nordm 101432009 de 16 de Abril)
(Ministeacuterio da Sauacutede 2009)
Uma das grandes fatias do bolo da nossa intervenccedilatildeo eacute dedicada aos cuidados
domiciliaacuterios que satildeo prestados por uma equipa multiprofissional maioritariamente
composta por enfermeiros
A intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio natildeo eacute de todo uma novidade poreacutem a forma
de intervenccedilatildeo eacute recente e desafiante Os nossos utentes satildeo-nos confiados pela sua equipa de
sauacutede quando a sua vulnerabilidade os torna incapazes de receber os cuidados de que
necessitam no centro de sauacutede eou a dependecircncia os impossibilita de sair de casa
Este eacute um desafio Os desafios exigem esforccedilos que todos temos dificuldades em
acompanhar (cada vez maior numero de idosos adequaccedilatildeo de recursos criaccedilatildeo de
ferramentas e protocolos cronicidade da doenccedila transiccedilatildeo digital transculturalidade
formaccedilatildeo cuidadores)
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Os desafios que se prendem com esta forma de intervenccedilatildeo domiciliaacuteria conduzem
frequentemente a constrangimentos falta de recursos humanos falta de materiais
equipamentos obsoletos falta de transportes falta de autonomia na gestatildeo objetivos
especiacuteficos por serviccedilos e individuais e falta de cuidadores que desempenhem o seu papel da
forma adequada
A nossa intervenccedilatildeo no contexto domiciliaacuterio enquanto profissionais de uma equipa
multidisciplinar junto dos cuidadores informais eacute um pilar importante para o lsquorsquosucessorsquorsquo
concretizaccedilatildeo dos objetivos satisfaccedilatildeo de necessidades e cuidados de qualidade junto do
utente dependente Eacute de todo essencial junto do cuidador promover o aumento de
conhecimentos acerca do processo sauacutededoenccedila treino e aquisiccedilatildeo de competecircncias
reproduzindo benefiacutecios relativos agrave consciencializaccedilatildeo dos cuidados e com impactos na
qualidade de vida dos utentes dependentes Esta intervenccedilatildeo impulsionadora de
empowerment adopta como objetivo capacitar o cuidador informal para assumir o controlo
da gestatildeo terapecircutica promover a sauacutede desenvolver relaccedilotildees de parceria com a comunidade
de forma a obter efeitos positivos na sua sauacutede e do idoso dependente atraveacutes do incentivo e
motivaccedilatildeo potenciando a capacidade e auto-controlo de emoccedilotildees de modo a atingir um bem-
estar fiacutesico mental e social
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL ndash ENVELHECER NA COMUNIDADE
(Dinacircmica de Grupo- Dramatizaccedilatildeo)
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
22
onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
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sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
45
CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
47
CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
48
A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
51
indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
4
TEMAS
Os temas propostos no domiacutenio do envelhecimento na comunidade circunscrevem-se agraves
seguintes aacutereas
bull Boas Praacuteticas de Envelhecimento na Comunidade
bull Promoccedilatildeo de um Envelhecimento Saudaacutevel
bull Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento
bull Proteccedilatildeo da Sauacutede Mental no Envelhecimento
bull Doenccedilas Croacutenicas no Envelhecimento
bull Cuidados de Sauacutede na Famiacutelia
bull Cuidados Continuados Integrados
bull Cidadania Seacutenior e Inclusatildeo Social
bull Poliacuteticas Puacuteblicas e Sustentabilidade Social
bull Os Direitos das Pessoas Mais Velhas
bull Respostas Sociais para o Envelhecimento
bull Seguranccedila na Comunidade Envelhecida
bull Reforma
bull Envolvimento Ocupacional no Envelhecimento
bull Psicogerontologia Comunitaacuteria
bull Gerontotecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PROGRAMA
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
6
IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia II Seminaacuterio Ibeacuterico de Gerontologia Social e Comunitaacuteria ldquoEnvelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidadosrdquo 16 e 17 de Maio 2019 | Auditoacuterio da Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja
PROGRAMA Dia 13 de Maio Abertura da Exposiccedilatildeo de Fotografia sobre o tema ldquoEnvelhecer na Comunidade ontem e hojerdquo na Galeria Ao Lado do IPBeja Manuela Pereira |Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior Francisco Pardal |Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Dia 16 de Maio 900 Receccedilatildeo dos participantes
915 Abertura da Exposiccedilatildeo da Mostra dos Estaacutegios do CTeSP em Psicogerontologia nas ERPI
930 Sessatildeo de Abertura do Seminaacuterio Joatildeo Paulo Trindade (Presidente do IPBeja) Paulo Arseacutenio (Presidente da Cacircmara de Beja) Joseacute Pedro Fernandes (Diretor da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja) Ana Canhestro (Diretora da Escola Superior de Sauacutede do IPBeja) Maria Cristina Faria (Coordenadora do Mestrado GSC e do Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento do Alentejo- IPBeja)
1000 CONFEREcircNCIA 1 ndash Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia
Moderador Joseacute Pereirinha Ramalho I ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Vito Carioca| ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1030 PAINEL 1 ndash Cuidados Continuados Integrados
Moderadora Inecircs Camacho| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Desafios e Constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio (RNCCI)| Eunice Santos amp Pedro Costa |UCC Beja Intervenccedilatildeo do Terapeuta Ocupacional numa Unidade de Convalescenccedila |Seacutergio Charuto | Unidade de Convalescenccedila da Unidade Local de Sauacutede Litoral Alentejano Intervenccedilatildeo do Terapeuta Ocupacional numa Unidade de Longa Duraccedilatildeo e Manutenccedilatildeo| Laura Cebola |Unidade de Longa Duraccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Cruz Vermelha Portuguesa ndash Delegaccedilatildeo de Elvas|ECSCP Beja+ ULSBA
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 2 ndash Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Moderadora Maria Cristina Faria | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Antoacutenio Fonseca | Faculdade de Educaccedilatildeo e Psicologia da Universidade Catoacutelica Portuguesa ndash Porto
1200 Apresentaccedilatildeo do WEBSITE ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade| Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano|ESEODEA-IPBeja
1300 Pausa de Almoccedilo
1400 Sessatildeo de Posters- Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
Moderadora | Helena Sardica| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1430 CONFEREcircNCIA 3- Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Moderador Rogeacuterio Ferrinho| ESS- Instituto Politeacutecnico de Beja Manuel Lopes| Escola Superior de Enfermagem de S Joatildeo de DeusUniversidade de Eacutevora
1530 PAINEL 2 ndash Cultura Florescimento e Apoio ao Envelhecimento na Comunidade
Moderadora Ana Isabel FernandesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria|Maria Joatildeo Ramos ESE-IPBeja Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos |Maria Cristina Faria |ESEODEA-IPBeja Aprendizaje y compromiso con la comunidad Hacia una nueva concepcioacuten de la vejez en los estudiantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba| Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino| Universidad de Coacuterdoba Espantildea Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento|Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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1630 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1630 Coffee break
1700 PAINEL 3 ndash Direitos e Vivecircncias no Envelhecimento
Moderadora Maria Inecircs Faria| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica| Hugo Lanccedila | ESTIG -- IPBeja Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expectativas e Necessidades| Luiacutesa Graacutecio1 amp Adriana Bugalho2 |1Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP| 2CIEP Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo de institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial|Joseacute Manuel Baiatildeo|Santa Casa da Misericoacuterdia de Cuba| Instituto Politeacutecnico de Beja
2000 Jantar Conviacutevio
Dia 17 de Maio
930 PAINEL 4 ndash Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Moderadora Catarina Pazes| ECSCP Beja+| ULSBA Cuidados Paliativos na Comunidade Que Respostas para os mais velhos |Cristina Galvatildeo| ECSCP Beja+| ULSBA Desafios e Constrangimentos dos Cuidados paliativos numa ERPI |Ana Caetano Silva |ERPI- Centro Social e Paroquial do Salvador de Beja Especificidade dos Cuidados Paliativos em Geriatria|Laura Muntildeoz Bermejo| Universidad de Extremadura (UEX)
1030 PAINEL 5- Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento
Moderadora Ana Clara Nunes|ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Empoderamiento en la vejez|Salvador Postigo Mota| Universidad de Extremadura (UEX) Envolvimento ocupacional no envelhecimento| Patriacutecia Santos amp Raquel Santana|ESSODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Promoccedilatildeo de um envelhecimento saudaacutevel|Ana Canhestro|ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecimento na Comunidade ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 4 ndash Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Moderadora Sandra Lozano|ODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
1300 Pausa de Almoccedilo
1430 CONFEREcircNCIA 5 ndash A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Moderadora Ana Piedade|ESE- Instituto Politeacutecnico de Beja Patriacutecia Paquete|HumanaMente|CESNOVA ndash Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
1530 PAINEL 5 ndash Exerciacutecio Fiacutesico e o Envelhecimento Saudaacutevel uma perspetiva biopsicossocial
Moderadora Vacircnia Brandatildeo ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de Sauacutede| Vacircnia Loureiro12 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania Castillo Viera3 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica |Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha 3 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes| Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro2| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda o efeito protetor e preventivo do Exerciacutecio Fiacutesico|Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 amp Vacircnia Loureiro12| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Abordaje biopsicosocial de las caiacutedas de las personas mayores atraveacutes de um programa de artes orientales | Emiacutelia Moreno Saacutenchez1 Jesuacutes Saacuteez Padilla1 Isabel Mendoza Sierra1 amp David Chirosa Lara1| 1 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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1700 PAINEL 6 ndashIntervenccedilatildeo em Psicogerontologia e Sauacutede na Comunidade
Moderador Armindo MendesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Voluntariado e satisfaccedilatildeo com a vida na reforma| Ana Rita Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados|Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira|ESS e ESTIGODEA-IPBeja Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados| Margarida Ameixal Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira|Instituto Politeacutecnico de Beja A Qualidade de Vida em Gerontes Institucionalizados Portadores de Doenccedila de Alzheimer| Vanessa Isabel Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja A importacircncia do desenvolvimento pessoal para a qualidade de vida de idosos institucionalizados o contributo das atividades
de animaccedilatildeo sociocultural|Patriacutecia Isabel Parreira amp Joseacute Pereirinha Ramalho |ESE-IPBeja
1800 Sessatildeo de Encerramento
Comissatildeo Organizadora
Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo (ODEA-IPBeja)
Instituto Politeacutecnico de Beja Cacircmara Municipal de Beja
Colaboraccedilatildeo
Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (CTeSPP) da ESE-IPBeja Licenciatura em Serviccedilo Social da ESE-IPBeja Mestrado em Desenvolvimento Comunitaacuterio e Empreendedorismo da ESE-IPBeja Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede da ESE-IPBeja
Comissatildeo Cientiacutefica
Maria Cristina Faria (ESE-IPBeja) Joseacute Pereirinha Ramalho (ESE-IPBeja) Ana Isabel Fernandes (ESE-IPBeja) Ana Clara Nunes (ESS-IPBeja) Ana Sobral Canhestro (ESS-IPBeja) Maria Teresa Santos (ESE-IPBeja) Sandra Isabel Sauacutede (ESE-IPBeja) Ana Felisbela Piedade (ESE-IPBeja) Maria Inecircs Faria (ESE-IPBeja) Vacircnia Brandatildeo Loureiro (ESE-IPBeja) Joseacute Baiatildeo (ESE-IPBeja) Patriacutecia Santos (ESS-IPBeja) Hugo Lanccedila (ESTIG-IPBeja) Henrique Oliveira (ESTIG-IPBeja)
Maria Joatildeo Ramos (ESE-IPBeja) Vito Carioca (ESE-IPBeja) Joseacute Antoacutenio Orta (ESE-IPBeja) Inecircs Camacho (ESE-IPBeja) Miguel Bento (ESE-IPBeja) Adelaide E Santo (ESE-IPBeja) Helena Sardica (ESE-IPBeja) Rogeacuterio Ferrinho (ESS-IPBeja) Armindo Mendes (ESS-IPBeja) Margarida Goes (ESS-IPBeja) Raquel Santana (ESS-IPBeja) Cristina Galvatildeo (ULSBA) Catarina Pazes (ULSBA) Patriacutecia Paquete (CESNOVA)
Antoacutenio Fonseca (UCP ndash Porto) Manuel Lopes (UEacutevora) Luisa Graacutecio (UEacutevora) Joseacute Sarasola Serrano (UPablo de Olavide) Laura Muntildeoz Bermejo (UEX) Salvador Postigo Mota (UEX) Sonia Garciacutea-Segura (UCoacuterdoba) Carmen Gil-del-Pino (UCoacuterdoba) Estefania Castillo Viera (UHuelva) Salvador Postigo Mota (UHuelva) Jesuacutes Saacuteez Padilla (UHuelva) Isabel Mendoza Sierra (UHuelva) Emiacutelia Moreno Saacutenchez (UHuelva) Estefania Castillo Viera (UHuelva) David Chirosa Lara (UHuelva)
SecretariadoContacto
Sandra Lorenzo ndash aluna do 2ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e ComunitaacuteriaBolseira e Investigadora no ODEA-IPBeja Mariana Gonccedilalves ndash aluna do 1ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria | ESE|ODEA-IPBeja Florbela Calado ndash Serviccedilo de Secretariado da ESE|ODEA-IPBeja
Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo ndash ODEA-IPBeja Instituto Politeacutecnico de Beja Rua Pedro Soares SN ndash Campus do IPBeja Apartado 6155 ndash 7800-295 Beja E-mail odeaipbejapt Tel +351 284 314 400 extensatildeo 02030 Serviccedilo de Secretariado da ESE-IPBeja Telf +351 284 315 001 e-mail do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia ixseminariopsicogerontologiagmailcom
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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RESUMOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 1
TEMPOS DO PRESENTE E DO FUTURO TEMPOS DE
EMERGENTES DESAFIOS NO DIAacuteLOGO IDOSO-TECNOLOGIA
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no
diaacutelogo idoso-tecnologia
Vito Carioca
Instituto Politeacutecnico de Beja
vcariocaipbejapt
Resumo
A conferecircncia procura refletir a emergecircncia dos paradigmas associados agrave sociedade do digital
e da Quarta Revoluccedilatildeo Industrial (Schwab e Davis 2019) e as suas influecircncias nos processos
de envelhecimento e no diaacutelogo idoso-tecnologia
Satildeo tempos de Inteligecircncia Artificial tempos de presente e de futuro No limiar dardquonova
revoluccedilatildeo industrialrdquo que se sucede agraves do Neoliacutetico da Revoluccedilatildeo Industrial do seacuteculo XVIII
dos computadores da era espacial da ciberneacutetica nas uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo XX segue-se
agora na opiniatildeo de De Lacy (2019) ldquoos primeiros passos na convergecircncia das tecnologias
digitais fiacutesicas e bioloacutegicas cujo derradeiro fim seraacute a automatizaccedilatildeo total e independente da
produccedilatildeo humanardquop28)
Tempos em que em nossa opiniatildeo e em referecircncia a Melly (1997)
ldquo(hellip) aconteceraacute uma verdadeira revoluccedilatildeo implicando na maneira como as pessoas iratildeo ser
laquoeducadas a aprenderraquoAs pessoas vatildeo ser obrigadas a aprender constantemente em funccedilatildeo
da velocidade tecnoloacutegica e da mudanccedila que ela impotildee ndash eacute o que se chama de just in time
learning (vocecirc tem de buscar a informaccedilatildeo na hora em que precisa) e continuous education
(estar sempre se actualizando) (p66)
Eacute a emergecircncia de um admiraacutevel mundo novo que nos toca e que atravessa ateacute os nossos
sentidos Estamos jaacute para aleacutem das experiecircncias que envolvem a visatildeo e o som e
mergulhamos em tecnologias inovadoras e que iratildeo influenciar profundamente os humanos O
desenvolvimento de interfaces e experiecircncias com as quais eacute possiacutevel interagir com o toque
penetram aacutereas fundamentais do conhecimento como a medicina em experiecircncias em
mundos virtuais no entretenimento entre outros abrindo caminhos para um futuro
inimaginaacutevel
Na sociedade do presente e do futuro novos satildeo os desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia O
idoso assume-se uma consciecircncia reflexiva que propicia para a adaptaccedilatildeo e desempenho de
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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novos papeacuteis e a (re) definiccedilatildeo da sua atitude na loacutegica da compreensatildeo dos mecanismos que
lhe permitiratildeo assegurar ldquouma caminhadardquo mais saudaacutevel e feliz
A reflexatildeo destes contextos e dos seus contornos mais relevantes eacute o objecto da conferecircncia a
qual a partir de problemaacuteticas centradas no binoacutemio tecnologia e necessidades do idoso na
loacutegica de um envelhecimento ativo e positivo (ageing in place) procura refletir cenaacuterios e os
desafios que no futuro se iratildeo continuamente colocar ao idoso e agrave proacutepria essecircncia humana
Palavras chave Idoso Inteligecircncia Artificial Gerontotecnologia Diaacutelogo idoso-tecnologia
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 1
CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio
Eunice Santos amp Pedro Costa
Unidade de Cuidados na Comunidade de Beja
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade mundial e o Alentejo natildeo eacute exceccedilatildeo
Por todo o mundo tal como em Portugal verifica-se um aumento gradual de idosos
resultante dos avanccedilos da medicina e da melhoria das condiccedilotildees socioeconoacutemicas bem como
consequecircncia da diminuiccedilatildeo progressiva da natalidade A preocupaccedilatildeo com este fenoacutemeno
tem suscitado a procura de respostas quer para manter quer para prolongar a qualidade de
vida durante o envelhecimento
A Unidade de Cuidados na Comunidade Beja eacute uma unidade elementar de
prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede apoio psicoloacutegico e social de acircmbito domiciliaacuterio e
comunitaacuterio especialmente agraves pessoas e grupos mais vulneraacuteveis em situaccedilatildeo de maior risco
ou dependecircncia fiacutesica funcional ou de doenccedila que requeira acompanhamento proacuteximo
Pretende contribuir para a melhoria do estado de sauacutede da populaccedilatildeo da sua aacuterea
geograacutefica de intervenccedilatildeo visando a obtenccedilatildeo de ganhos em sauacutede e concorrendo de um
modo direto para o cumprimento da missatildeo do Agrupamento de Centros de Sauacutede (ACES) do
Baixo Alentejo em que se integra (artigo 3ordm do Despacho nordm 101432009 de 16 de Abril)
(Ministeacuterio da Sauacutede 2009)
Uma das grandes fatias do bolo da nossa intervenccedilatildeo eacute dedicada aos cuidados
domiciliaacuterios que satildeo prestados por uma equipa multiprofissional maioritariamente
composta por enfermeiros
A intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio natildeo eacute de todo uma novidade poreacutem a forma
de intervenccedilatildeo eacute recente e desafiante Os nossos utentes satildeo-nos confiados pela sua equipa de
sauacutede quando a sua vulnerabilidade os torna incapazes de receber os cuidados de que
necessitam no centro de sauacutede eou a dependecircncia os impossibilita de sair de casa
Este eacute um desafio Os desafios exigem esforccedilos que todos temos dificuldades em
acompanhar (cada vez maior numero de idosos adequaccedilatildeo de recursos criaccedilatildeo de
ferramentas e protocolos cronicidade da doenccedila transiccedilatildeo digital transculturalidade
formaccedilatildeo cuidadores)
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Os desafios que se prendem com esta forma de intervenccedilatildeo domiciliaacuteria conduzem
frequentemente a constrangimentos falta de recursos humanos falta de materiais
equipamentos obsoletos falta de transportes falta de autonomia na gestatildeo objetivos
especiacuteficos por serviccedilos e individuais e falta de cuidadores que desempenhem o seu papel da
forma adequada
A nossa intervenccedilatildeo no contexto domiciliaacuterio enquanto profissionais de uma equipa
multidisciplinar junto dos cuidadores informais eacute um pilar importante para o lsquorsquosucessorsquorsquo
concretizaccedilatildeo dos objetivos satisfaccedilatildeo de necessidades e cuidados de qualidade junto do
utente dependente Eacute de todo essencial junto do cuidador promover o aumento de
conhecimentos acerca do processo sauacutededoenccedila treino e aquisiccedilatildeo de competecircncias
reproduzindo benefiacutecios relativos agrave consciencializaccedilatildeo dos cuidados e com impactos na
qualidade de vida dos utentes dependentes Esta intervenccedilatildeo impulsionadora de
empowerment adopta como objetivo capacitar o cuidador informal para assumir o controlo
da gestatildeo terapecircutica promover a sauacutede desenvolver relaccedilotildees de parceria com a comunidade
de forma a obter efeitos positivos na sua sauacutede e do idoso dependente atraveacutes do incentivo e
motivaccedilatildeo potenciando a capacidade e auto-controlo de emoccedilotildees de modo a atingir um bem-
estar fiacutesico mental e social
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL ndash ENVELHECER NA COMUNIDADE
(Dinacircmica de Grupo- Dramatizaccedilatildeo)
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
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sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
45
CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PROGRAMA
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia II Seminaacuterio Ibeacuterico de Gerontologia Social e Comunitaacuteria ldquoEnvelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidadosrdquo 16 e 17 de Maio 2019 | Auditoacuterio da Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja
PROGRAMA Dia 13 de Maio Abertura da Exposiccedilatildeo de Fotografia sobre o tema ldquoEnvelhecer na Comunidade ontem e hojerdquo na Galeria Ao Lado do IPBeja Manuela Pereira |Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior Francisco Pardal |Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Dia 16 de Maio 900 Receccedilatildeo dos participantes
915 Abertura da Exposiccedilatildeo da Mostra dos Estaacutegios do CTeSP em Psicogerontologia nas ERPI
930 Sessatildeo de Abertura do Seminaacuterio Joatildeo Paulo Trindade (Presidente do IPBeja) Paulo Arseacutenio (Presidente da Cacircmara de Beja) Joseacute Pedro Fernandes (Diretor da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja) Ana Canhestro (Diretora da Escola Superior de Sauacutede do IPBeja) Maria Cristina Faria (Coordenadora do Mestrado GSC e do Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento do Alentejo- IPBeja)
1000 CONFEREcircNCIA 1 ndash Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia
Moderador Joseacute Pereirinha Ramalho I ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Vito Carioca| ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1030 PAINEL 1 ndash Cuidados Continuados Integrados
Moderadora Inecircs Camacho| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Desafios e Constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio (RNCCI)| Eunice Santos amp Pedro Costa |UCC Beja Intervenccedilatildeo do Terapeuta Ocupacional numa Unidade de Convalescenccedila |Seacutergio Charuto | Unidade de Convalescenccedila da Unidade Local de Sauacutede Litoral Alentejano Intervenccedilatildeo do Terapeuta Ocupacional numa Unidade de Longa Duraccedilatildeo e Manutenccedilatildeo| Laura Cebola |Unidade de Longa Duraccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Cruz Vermelha Portuguesa ndash Delegaccedilatildeo de Elvas|ECSCP Beja+ ULSBA
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 2 ndash Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Moderadora Maria Cristina Faria | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Antoacutenio Fonseca | Faculdade de Educaccedilatildeo e Psicologia da Universidade Catoacutelica Portuguesa ndash Porto
1200 Apresentaccedilatildeo do WEBSITE ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade| Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano|ESEODEA-IPBeja
1300 Pausa de Almoccedilo
1400 Sessatildeo de Posters- Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
Moderadora | Helena Sardica| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1430 CONFEREcircNCIA 3- Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Moderador Rogeacuterio Ferrinho| ESS- Instituto Politeacutecnico de Beja Manuel Lopes| Escola Superior de Enfermagem de S Joatildeo de DeusUniversidade de Eacutevora
1530 PAINEL 2 ndash Cultura Florescimento e Apoio ao Envelhecimento na Comunidade
Moderadora Ana Isabel FernandesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria|Maria Joatildeo Ramos ESE-IPBeja Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos |Maria Cristina Faria |ESEODEA-IPBeja Aprendizaje y compromiso con la comunidad Hacia una nueva concepcioacuten de la vejez en los estudiantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba| Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino| Universidad de Coacuterdoba Espantildea Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento|Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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1630 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1630 Coffee break
1700 PAINEL 3 ndash Direitos e Vivecircncias no Envelhecimento
Moderadora Maria Inecircs Faria| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica| Hugo Lanccedila | ESTIG -- IPBeja Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expectativas e Necessidades| Luiacutesa Graacutecio1 amp Adriana Bugalho2 |1Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP| 2CIEP Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo de institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial|Joseacute Manuel Baiatildeo|Santa Casa da Misericoacuterdia de Cuba| Instituto Politeacutecnico de Beja
2000 Jantar Conviacutevio
Dia 17 de Maio
930 PAINEL 4 ndash Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Moderadora Catarina Pazes| ECSCP Beja+| ULSBA Cuidados Paliativos na Comunidade Que Respostas para os mais velhos |Cristina Galvatildeo| ECSCP Beja+| ULSBA Desafios e Constrangimentos dos Cuidados paliativos numa ERPI |Ana Caetano Silva |ERPI- Centro Social e Paroquial do Salvador de Beja Especificidade dos Cuidados Paliativos em Geriatria|Laura Muntildeoz Bermejo| Universidad de Extremadura (UEX)
1030 PAINEL 5- Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento
Moderadora Ana Clara Nunes|ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Empoderamiento en la vejez|Salvador Postigo Mota| Universidad de Extremadura (UEX) Envolvimento ocupacional no envelhecimento| Patriacutecia Santos amp Raquel Santana|ESSODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Promoccedilatildeo de um envelhecimento saudaacutevel|Ana Canhestro|ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecimento na Comunidade ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 4 ndash Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Moderadora Sandra Lozano|ODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
1300 Pausa de Almoccedilo
1430 CONFEREcircNCIA 5 ndash A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Moderadora Ana Piedade|ESE- Instituto Politeacutecnico de Beja Patriacutecia Paquete|HumanaMente|CESNOVA ndash Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
1530 PAINEL 5 ndash Exerciacutecio Fiacutesico e o Envelhecimento Saudaacutevel uma perspetiva biopsicossocial
Moderadora Vacircnia Brandatildeo ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de Sauacutede| Vacircnia Loureiro12 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania Castillo Viera3 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica |Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha 3 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes| Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro2| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda o efeito protetor e preventivo do Exerciacutecio Fiacutesico|Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 amp Vacircnia Loureiro12| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Abordaje biopsicosocial de las caiacutedas de las personas mayores atraveacutes de um programa de artes orientales | Emiacutelia Moreno Saacutenchez1 Jesuacutes Saacuteez Padilla1 Isabel Mendoza Sierra1 amp David Chirosa Lara1| 1 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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1700 PAINEL 6 ndashIntervenccedilatildeo em Psicogerontologia e Sauacutede na Comunidade
Moderador Armindo MendesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Voluntariado e satisfaccedilatildeo com a vida na reforma| Ana Rita Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados|Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira|ESS e ESTIGODEA-IPBeja Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados| Margarida Ameixal Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira|Instituto Politeacutecnico de Beja A Qualidade de Vida em Gerontes Institucionalizados Portadores de Doenccedila de Alzheimer| Vanessa Isabel Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja A importacircncia do desenvolvimento pessoal para a qualidade de vida de idosos institucionalizados o contributo das atividades
de animaccedilatildeo sociocultural|Patriacutecia Isabel Parreira amp Joseacute Pereirinha Ramalho |ESE-IPBeja
1800 Sessatildeo de Encerramento
Comissatildeo Organizadora
Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo (ODEA-IPBeja)
Instituto Politeacutecnico de Beja Cacircmara Municipal de Beja
Colaboraccedilatildeo
Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (CTeSPP) da ESE-IPBeja Licenciatura em Serviccedilo Social da ESE-IPBeja Mestrado em Desenvolvimento Comunitaacuterio e Empreendedorismo da ESE-IPBeja Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede da ESE-IPBeja
Comissatildeo Cientiacutefica
Maria Cristina Faria (ESE-IPBeja) Joseacute Pereirinha Ramalho (ESE-IPBeja) Ana Isabel Fernandes (ESE-IPBeja) Ana Clara Nunes (ESS-IPBeja) Ana Sobral Canhestro (ESS-IPBeja) Maria Teresa Santos (ESE-IPBeja) Sandra Isabel Sauacutede (ESE-IPBeja) Ana Felisbela Piedade (ESE-IPBeja) Maria Inecircs Faria (ESE-IPBeja) Vacircnia Brandatildeo Loureiro (ESE-IPBeja) Joseacute Baiatildeo (ESE-IPBeja) Patriacutecia Santos (ESS-IPBeja) Hugo Lanccedila (ESTIG-IPBeja) Henrique Oliveira (ESTIG-IPBeja)
Maria Joatildeo Ramos (ESE-IPBeja) Vito Carioca (ESE-IPBeja) Joseacute Antoacutenio Orta (ESE-IPBeja) Inecircs Camacho (ESE-IPBeja) Miguel Bento (ESE-IPBeja) Adelaide E Santo (ESE-IPBeja) Helena Sardica (ESE-IPBeja) Rogeacuterio Ferrinho (ESS-IPBeja) Armindo Mendes (ESS-IPBeja) Margarida Goes (ESS-IPBeja) Raquel Santana (ESS-IPBeja) Cristina Galvatildeo (ULSBA) Catarina Pazes (ULSBA) Patriacutecia Paquete (CESNOVA)
Antoacutenio Fonseca (UCP ndash Porto) Manuel Lopes (UEacutevora) Luisa Graacutecio (UEacutevora) Joseacute Sarasola Serrano (UPablo de Olavide) Laura Muntildeoz Bermejo (UEX) Salvador Postigo Mota (UEX) Sonia Garciacutea-Segura (UCoacuterdoba) Carmen Gil-del-Pino (UCoacuterdoba) Estefania Castillo Viera (UHuelva) Salvador Postigo Mota (UHuelva) Jesuacutes Saacuteez Padilla (UHuelva) Isabel Mendoza Sierra (UHuelva) Emiacutelia Moreno Saacutenchez (UHuelva) Estefania Castillo Viera (UHuelva) David Chirosa Lara (UHuelva)
SecretariadoContacto
Sandra Lorenzo ndash aluna do 2ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e ComunitaacuteriaBolseira e Investigadora no ODEA-IPBeja Mariana Gonccedilalves ndash aluna do 1ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria | ESE|ODEA-IPBeja Florbela Calado ndash Serviccedilo de Secretariado da ESE|ODEA-IPBeja
Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo ndash ODEA-IPBeja Instituto Politeacutecnico de Beja Rua Pedro Soares SN ndash Campus do IPBeja Apartado 6155 ndash 7800-295 Beja E-mail odeaipbejapt Tel +351 284 314 400 extensatildeo 02030 Serviccedilo de Secretariado da ESE-IPBeja Telf +351 284 315 001 e-mail do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia ixseminariopsicogerontologiagmailcom
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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RESUMOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 1
TEMPOS DO PRESENTE E DO FUTURO TEMPOS DE
EMERGENTES DESAFIOS NO DIAacuteLOGO IDOSO-TECNOLOGIA
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no
diaacutelogo idoso-tecnologia
Vito Carioca
Instituto Politeacutecnico de Beja
vcariocaipbejapt
Resumo
A conferecircncia procura refletir a emergecircncia dos paradigmas associados agrave sociedade do digital
e da Quarta Revoluccedilatildeo Industrial (Schwab e Davis 2019) e as suas influecircncias nos processos
de envelhecimento e no diaacutelogo idoso-tecnologia
Satildeo tempos de Inteligecircncia Artificial tempos de presente e de futuro No limiar dardquonova
revoluccedilatildeo industrialrdquo que se sucede agraves do Neoliacutetico da Revoluccedilatildeo Industrial do seacuteculo XVIII
dos computadores da era espacial da ciberneacutetica nas uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo XX segue-se
agora na opiniatildeo de De Lacy (2019) ldquoos primeiros passos na convergecircncia das tecnologias
digitais fiacutesicas e bioloacutegicas cujo derradeiro fim seraacute a automatizaccedilatildeo total e independente da
produccedilatildeo humanardquop28)
Tempos em que em nossa opiniatildeo e em referecircncia a Melly (1997)
ldquo(hellip) aconteceraacute uma verdadeira revoluccedilatildeo implicando na maneira como as pessoas iratildeo ser
laquoeducadas a aprenderraquoAs pessoas vatildeo ser obrigadas a aprender constantemente em funccedilatildeo
da velocidade tecnoloacutegica e da mudanccedila que ela impotildee ndash eacute o que se chama de just in time
learning (vocecirc tem de buscar a informaccedilatildeo na hora em que precisa) e continuous education
(estar sempre se actualizando) (p66)
Eacute a emergecircncia de um admiraacutevel mundo novo que nos toca e que atravessa ateacute os nossos
sentidos Estamos jaacute para aleacutem das experiecircncias que envolvem a visatildeo e o som e
mergulhamos em tecnologias inovadoras e que iratildeo influenciar profundamente os humanos O
desenvolvimento de interfaces e experiecircncias com as quais eacute possiacutevel interagir com o toque
penetram aacutereas fundamentais do conhecimento como a medicina em experiecircncias em
mundos virtuais no entretenimento entre outros abrindo caminhos para um futuro
inimaginaacutevel
Na sociedade do presente e do futuro novos satildeo os desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia O
idoso assume-se uma consciecircncia reflexiva que propicia para a adaptaccedilatildeo e desempenho de
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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novos papeacuteis e a (re) definiccedilatildeo da sua atitude na loacutegica da compreensatildeo dos mecanismos que
lhe permitiratildeo assegurar ldquouma caminhadardquo mais saudaacutevel e feliz
A reflexatildeo destes contextos e dos seus contornos mais relevantes eacute o objecto da conferecircncia a
qual a partir de problemaacuteticas centradas no binoacutemio tecnologia e necessidades do idoso na
loacutegica de um envelhecimento ativo e positivo (ageing in place) procura refletir cenaacuterios e os
desafios que no futuro se iratildeo continuamente colocar ao idoso e agrave proacutepria essecircncia humana
Palavras chave Idoso Inteligecircncia Artificial Gerontotecnologia Diaacutelogo idoso-tecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 1
CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio
Eunice Santos amp Pedro Costa
Unidade de Cuidados na Comunidade de Beja
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade mundial e o Alentejo natildeo eacute exceccedilatildeo
Por todo o mundo tal como em Portugal verifica-se um aumento gradual de idosos
resultante dos avanccedilos da medicina e da melhoria das condiccedilotildees socioeconoacutemicas bem como
consequecircncia da diminuiccedilatildeo progressiva da natalidade A preocupaccedilatildeo com este fenoacutemeno
tem suscitado a procura de respostas quer para manter quer para prolongar a qualidade de
vida durante o envelhecimento
A Unidade de Cuidados na Comunidade Beja eacute uma unidade elementar de
prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede apoio psicoloacutegico e social de acircmbito domiciliaacuterio e
comunitaacuterio especialmente agraves pessoas e grupos mais vulneraacuteveis em situaccedilatildeo de maior risco
ou dependecircncia fiacutesica funcional ou de doenccedila que requeira acompanhamento proacuteximo
Pretende contribuir para a melhoria do estado de sauacutede da populaccedilatildeo da sua aacuterea
geograacutefica de intervenccedilatildeo visando a obtenccedilatildeo de ganhos em sauacutede e concorrendo de um
modo direto para o cumprimento da missatildeo do Agrupamento de Centros de Sauacutede (ACES) do
Baixo Alentejo em que se integra (artigo 3ordm do Despacho nordm 101432009 de 16 de Abril)
(Ministeacuterio da Sauacutede 2009)
Uma das grandes fatias do bolo da nossa intervenccedilatildeo eacute dedicada aos cuidados
domiciliaacuterios que satildeo prestados por uma equipa multiprofissional maioritariamente
composta por enfermeiros
A intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio natildeo eacute de todo uma novidade poreacutem a forma
de intervenccedilatildeo eacute recente e desafiante Os nossos utentes satildeo-nos confiados pela sua equipa de
sauacutede quando a sua vulnerabilidade os torna incapazes de receber os cuidados de que
necessitam no centro de sauacutede eou a dependecircncia os impossibilita de sair de casa
Este eacute um desafio Os desafios exigem esforccedilos que todos temos dificuldades em
acompanhar (cada vez maior numero de idosos adequaccedilatildeo de recursos criaccedilatildeo de
ferramentas e protocolos cronicidade da doenccedila transiccedilatildeo digital transculturalidade
formaccedilatildeo cuidadores)
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Os desafios que se prendem com esta forma de intervenccedilatildeo domiciliaacuteria conduzem
frequentemente a constrangimentos falta de recursos humanos falta de materiais
equipamentos obsoletos falta de transportes falta de autonomia na gestatildeo objetivos
especiacuteficos por serviccedilos e individuais e falta de cuidadores que desempenhem o seu papel da
forma adequada
A nossa intervenccedilatildeo no contexto domiciliaacuterio enquanto profissionais de uma equipa
multidisciplinar junto dos cuidadores informais eacute um pilar importante para o lsquorsquosucessorsquorsquo
concretizaccedilatildeo dos objetivos satisfaccedilatildeo de necessidades e cuidados de qualidade junto do
utente dependente Eacute de todo essencial junto do cuidador promover o aumento de
conhecimentos acerca do processo sauacutededoenccedila treino e aquisiccedilatildeo de competecircncias
reproduzindo benefiacutecios relativos agrave consciencializaccedilatildeo dos cuidados e com impactos na
qualidade de vida dos utentes dependentes Esta intervenccedilatildeo impulsionadora de
empowerment adopta como objetivo capacitar o cuidador informal para assumir o controlo
da gestatildeo terapecircutica promover a sauacutede desenvolver relaccedilotildees de parceria com a comunidade
de forma a obter efeitos positivos na sua sauacutede e do idoso dependente atraveacutes do incentivo e
motivaccedilatildeo potenciando a capacidade e auto-controlo de emoccedilotildees de modo a atingir um bem-
estar fiacutesico mental e social
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TUacuteNEL ndash ENVELHECER NA COMUNIDADE
(Dinacircmica de Grupo- Dramatizaccedilatildeo)
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Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
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sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
51
indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
6
IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia II Seminaacuterio Ibeacuterico de Gerontologia Social e Comunitaacuteria ldquoEnvelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidadosrdquo 16 e 17 de Maio 2019 | Auditoacuterio da Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja
PROGRAMA Dia 13 de Maio Abertura da Exposiccedilatildeo de Fotografia sobre o tema ldquoEnvelhecer na Comunidade ontem e hojerdquo na Galeria Ao Lado do IPBeja Manuela Pereira |Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior Francisco Pardal |Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Dia 16 de Maio 900 Receccedilatildeo dos participantes
915 Abertura da Exposiccedilatildeo da Mostra dos Estaacutegios do CTeSP em Psicogerontologia nas ERPI
930 Sessatildeo de Abertura do Seminaacuterio Joatildeo Paulo Trindade (Presidente do IPBeja) Paulo Arseacutenio (Presidente da Cacircmara de Beja) Joseacute Pedro Fernandes (Diretor da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja) Ana Canhestro (Diretora da Escola Superior de Sauacutede do IPBeja) Maria Cristina Faria (Coordenadora do Mestrado GSC e do Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento do Alentejo- IPBeja)
1000 CONFEREcircNCIA 1 ndash Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia
Moderador Joseacute Pereirinha Ramalho I ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Vito Carioca| ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1030 PAINEL 1 ndash Cuidados Continuados Integrados
Moderadora Inecircs Camacho| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Desafios e Constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio (RNCCI)| Eunice Santos amp Pedro Costa |UCC Beja Intervenccedilatildeo do Terapeuta Ocupacional numa Unidade de Convalescenccedila |Seacutergio Charuto | Unidade de Convalescenccedila da Unidade Local de Sauacutede Litoral Alentejano Intervenccedilatildeo do Terapeuta Ocupacional numa Unidade de Longa Duraccedilatildeo e Manutenccedilatildeo| Laura Cebola |Unidade de Longa Duraccedilatildeo e Manutenccedilatildeo da Cruz Vermelha Portuguesa ndash Delegaccedilatildeo de Elvas|ECSCP Beja+ ULSBA
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 2 ndash Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Moderadora Maria Cristina Faria | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Antoacutenio Fonseca | Faculdade de Educaccedilatildeo e Psicologia da Universidade Catoacutelica Portuguesa ndash Porto
1200 Apresentaccedilatildeo do WEBSITE ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade| Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano|ESEODEA-IPBeja
1300 Pausa de Almoccedilo
1400 Sessatildeo de Posters- Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
Moderadora | Helena Sardica| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1430 CONFEREcircNCIA 3- Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Moderador Rogeacuterio Ferrinho| ESS- Instituto Politeacutecnico de Beja Manuel Lopes| Escola Superior de Enfermagem de S Joatildeo de DeusUniversidade de Eacutevora
1530 PAINEL 2 ndash Cultura Florescimento e Apoio ao Envelhecimento na Comunidade
Moderadora Ana Isabel FernandesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria|Maria Joatildeo Ramos ESE-IPBeja Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos |Maria Cristina Faria |ESEODEA-IPBeja Aprendizaje y compromiso con la comunidad Hacia una nueva concepcioacuten de la vejez en los estudiantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba| Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino| Universidad de Coacuterdoba Espantildea Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento|Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
7
1630 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1630 Coffee break
1700 PAINEL 3 ndash Direitos e Vivecircncias no Envelhecimento
Moderadora Maria Inecircs Faria| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica| Hugo Lanccedila | ESTIG -- IPBeja Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expectativas e Necessidades| Luiacutesa Graacutecio1 amp Adriana Bugalho2 |1Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP| 2CIEP Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo de institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial|Joseacute Manuel Baiatildeo|Santa Casa da Misericoacuterdia de Cuba| Instituto Politeacutecnico de Beja
2000 Jantar Conviacutevio
Dia 17 de Maio
930 PAINEL 4 ndash Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Moderadora Catarina Pazes| ECSCP Beja+| ULSBA Cuidados Paliativos na Comunidade Que Respostas para os mais velhos |Cristina Galvatildeo| ECSCP Beja+| ULSBA Desafios e Constrangimentos dos Cuidados paliativos numa ERPI |Ana Caetano Silva |ERPI- Centro Social e Paroquial do Salvador de Beja Especificidade dos Cuidados Paliativos em Geriatria|Laura Muntildeoz Bermejo| Universidad de Extremadura (UEX)
1030 PAINEL 5- Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento
Moderadora Ana Clara Nunes|ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Empoderamiento en la vejez|Salvador Postigo Mota| Universidad de Extremadura (UEX) Envolvimento ocupacional no envelhecimento| Patriacutecia Santos amp Raquel Santana|ESSODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Promoccedilatildeo de um envelhecimento saudaacutevel|Ana Canhestro|ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecimento na Comunidade ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 4 ndash Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Moderadora Sandra Lozano|ODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
1300 Pausa de Almoccedilo
1430 CONFEREcircNCIA 5 ndash A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Moderadora Ana Piedade|ESE- Instituto Politeacutecnico de Beja Patriacutecia Paquete|HumanaMente|CESNOVA ndash Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
1530 PAINEL 5 ndash Exerciacutecio Fiacutesico e o Envelhecimento Saudaacutevel uma perspetiva biopsicossocial
Moderadora Vacircnia Brandatildeo ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de Sauacutede| Vacircnia Loureiro12 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania Castillo Viera3 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica |Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha 3 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes| Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro2| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda o efeito protetor e preventivo do Exerciacutecio Fiacutesico|Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 amp Vacircnia Loureiro12| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Abordaje biopsicosocial de las caiacutedas de las personas mayores atraveacutes de um programa de artes orientales | Emiacutelia Moreno Saacutenchez1 Jesuacutes Saacuteez Padilla1 Isabel Mendoza Sierra1 amp David Chirosa Lara1| 1 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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1700 PAINEL 6 ndashIntervenccedilatildeo em Psicogerontologia e Sauacutede na Comunidade
Moderador Armindo MendesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Voluntariado e satisfaccedilatildeo com a vida na reforma| Ana Rita Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados|Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira|ESS e ESTIGODEA-IPBeja Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados| Margarida Ameixal Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira|Instituto Politeacutecnico de Beja A Qualidade de Vida em Gerontes Institucionalizados Portadores de Doenccedila de Alzheimer| Vanessa Isabel Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja A importacircncia do desenvolvimento pessoal para a qualidade de vida de idosos institucionalizados o contributo das atividades
de animaccedilatildeo sociocultural|Patriacutecia Isabel Parreira amp Joseacute Pereirinha Ramalho |ESE-IPBeja
1800 Sessatildeo de Encerramento
Comissatildeo Organizadora
Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo (ODEA-IPBeja)
Instituto Politeacutecnico de Beja Cacircmara Municipal de Beja
Colaboraccedilatildeo
Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (CTeSPP) da ESE-IPBeja Licenciatura em Serviccedilo Social da ESE-IPBeja Mestrado em Desenvolvimento Comunitaacuterio e Empreendedorismo da ESE-IPBeja Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede da ESE-IPBeja
Comissatildeo Cientiacutefica
Maria Cristina Faria (ESE-IPBeja) Joseacute Pereirinha Ramalho (ESE-IPBeja) Ana Isabel Fernandes (ESE-IPBeja) Ana Clara Nunes (ESS-IPBeja) Ana Sobral Canhestro (ESS-IPBeja) Maria Teresa Santos (ESE-IPBeja) Sandra Isabel Sauacutede (ESE-IPBeja) Ana Felisbela Piedade (ESE-IPBeja) Maria Inecircs Faria (ESE-IPBeja) Vacircnia Brandatildeo Loureiro (ESE-IPBeja) Joseacute Baiatildeo (ESE-IPBeja) Patriacutecia Santos (ESS-IPBeja) Hugo Lanccedila (ESTIG-IPBeja) Henrique Oliveira (ESTIG-IPBeja)
Maria Joatildeo Ramos (ESE-IPBeja) Vito Carioca (ESE-IPBeja) Joseacute Antoacutenio Orta (ESE-IPBeja) Inecircs Camacho (ESE-IPBeja) Miguel Bento (ESE-IPBeja) Adelaide E Santo (ESE-IPBeja) Helena Sardica (ESE-IPBeja) Rogeacuterio Ferrinho (ESS-IPBeja) Armindo Mendes (ESS-IPBeja) Margarida Goes (ESS-IPBeja) Raquel Santana (ESS-IPBeja) Cristina Galvatildeo (ULSBA) Catarina Pazes (ULSBA) Patriacutecia Paquete (CESNOVA)
Antoacutenio Fonseca (UCP ndash Porto) Manuel Lopes (UEacutevora) Luisa Graacutecio (UEacutevora) Joseacute Sarasola Serrano (UPablo de Olavide) Laura Muntildeoz Bermejo (UEX) Salvador Postigo Mota (UEX) Sonia Garciacutea-Segura (UCoacuterdoba) Carmen Gil-del-Pino (UCoacuterdoba) Estefania Castillo Viera (UHuelva) Salvador Postigo Mota (UHuelva) Jesuacutes Saacuteez Padilla (UHuelva) Isabel Mendoza Sierra (UHuelva) Emiacutelia Moreno Saacutenchez (UHuelva) Estefania Castillo Viera (UHuelva) David Chirosa Lara (UHuelva)
SecretariadoContacto
Sandra Lorenzo ndash aluna do 2ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e ComunitaacuteriaBolseira e Investigadora no ODEA-IPBeja Mariana Gonccedilalves ndash aluna do 1ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria | ESE|ODEA-IPBeja Florbela Calado ndash Serviccedilo de Secretariado da ESE|ODEA-IPBeja
Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo ndash ODEA-IPBeja Instituto Politeacutecnico de Beja Rua Pedro Soares SN ndash Campus do IPBeja Apartado 6155 ndash 7800-295 Beja E-mail odeaipbejapt Tel +351 284 314 400 extensatildeo 02030 Serviccedilo de Secretariado da ESE-IPBeja Telf +351 284 315 001 e-mail do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia ixseminariopsicogerontologiagmailcom
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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RESUMOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 1
TEMPOS DO PRESENTE E DO FUTURO TEMPOS DE
EMERGENTES DESAFIOS NO DIAacuteLOGO IDOSO-TECNOLOGIA
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no
diaacutelogo idoso-tecnologia
Vito Carioca
Instituto Politeacutecnico de Beja
vcariocaipbejapt
Resumo
A conferecircncia procura refletir a emergecircncia dos paradigmas associados agrave sociedade do digital
e da Quarta Revoluccedilatildeo Industrial (Schwab e Davis 2019) e as suas influecircncias nos processos
de envelhecimento e no diaacutelogo idoso-tecnologia
Satildeo tempos de Inteligecircncia Artificial tempos de presente e de futuro No limiar dardquonova
revoluccedilatildeo industrialrdquo que se sucede agraves do Neoliacutetico da Revoluccedilatildeo Industrial do seacuteculo XVIII
dos computadores da era espacial da ciberneacutetica nas uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo XX segue-se
agora na opiniatildeo de De Lacy (2019) ldquoos primeiros passos na convergecircncia das tecnologias
digitais fiacutesicas e bioloacutegicas cujo derradeiro fim seraacute a automatizaccedilatildeo total e independente da
produccedilatildeo humanardquop28)
Tempos em que em nossa opiniatildeo e em referecircncia a Melly (1997)
ldquo(hellip) aconteceraacute uma verdadeira revoluccedilatildeo implicando na maneira como as pessoas iratildeo ser
laquoeducadas a aprenderraquoAs pessoas vatildeo ser obrigadas a aprender constantemente em funccedilatildeo
da velocidade tecnoloacutegica e da mudanccedila que ela impotildee ndash eacute o que se chama de just in time
learning (vocecirc tem de buscar a informaccedilatildeo na hora em que precisa) e continuous education
(estar sempre se actualizando) (p66)
Eacute a emergecircncia de um admiraacutevel mundo novo que nos toca e que atravessa ateacute os nossos
sentidos Estamos jaacute para aleacutem das experiecircncias que envolvem a visatildeo e o som e
mergulhamos em tecnologias inovadoras e que iratildeo influenciar profundamente os humanos O
desenvolvimento de interfaces e experiecircncias com as quais eacute possiacutevel interagir com o toque
penetram aacutereas fundamentais do conhecimento como a medicina em experiecircncias em
mundos virtuais no entretenimento entre outros abrindo caminhos para um futuro
inimaginaacutevel
Na sociedade do presente e do futuro novos satildeo os desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia O
idoso assume-se uma consciecircncia reflexiva que propicia para a adaptaccedilatildeo e desempenho de
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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novos papeacuteis e a (re) definiccedilatildeo da sua atitude na loacutegica da compreensatildeo dos mecanismos que
lhe permitiratildeo assegurar ldquouma caminhadardquo mais saudaacutevel e feliz
A reflexatildeo destes contextos e dos seus contornos mais relevantes eacute o objecto da conferecircncia a
qual a partir de problemaacuteticas centradas no binoacutemio tecnologia e necessidades do idoso na
loacutegica de um envelhecimento ativo e positivo (ageing in place) procura refletir cenaacuterios e os
desafios que no futuro se iratildeo continuamente colocar ao idoso e agrave proacutepria essecircncia humana
Palavras chave Idoso Inteligecircncia Artificial Gerontotecnologia Diaacutelogo idoso-tecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 1
CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio
Eunice Santos amp Pedro Costa
Unidade de Cuidados na Comunidade de Beja
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade mundial e o Alentejo natildeo eacute exceccedilatildeo
Por todo o mundo tal como em Portugal verifica-se um aumento gradual de idosos
resultante dos avanccedilos da medicina e da melhoria das condiccedilotildees socioeconoacutemicas bem como
consequecircncia da diminuiccedilatildeo progressiva da natalidade A preocupaccedilatildeo com este fenoacutemeno
tem suscitado a procura de respostas quer para manter quer para prolongar a qualidade de
vida durante o envelhecimento
A Unidade de Cuidados na Comunidade Beja eacute uma unidade elementar de
prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede apoio psicoloacutegico e social de acircmbito domiciliaacuterio e
comunitaacuterio especialmente agraves pessoas e grupos mais vulneraacuteveis em situaccedilatildeo de maior risco
ou dependecircncia fiacutesica funcional ou de doenccedila que requeira acompanhamento proacuteximo
Pretende contribuir para a melhoria do estado de sauacutede da populaccedilatildeo da sua aacuterea
geograacutefica de intervenccedilatildeo visando a obtenccedilatildeo de ganhos em sauacutede e concorrendo de um
modo direto para o cumprimento da missatildeo do Agrupamento de Centros de Sauacutede (ACES) do
Baixo Alentejo em que se integra (artigo 3ordm do Despacho nordm 101432009 de 16 de Abril)
(Ministeacuterio da Sauacutede 2009)
Uma das grandes fatias do bolo da nossa intervenccedilatildeo eacute dedicada aos cuidados
domiciliaacuterios que satildeo prestados por uma equipa multiprofissional maioritariamente
composta por enfermeiros
A intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio natildeo eacute de todo uma novidade poreacutem a forma
de intervenccedilatildeo eacute recente e desafiante Os nossos utentes satildeo-nos confiados pela sua equipa de
sauacutede quando a sua vulnerabilidade os torna incapazes de receber os cuidados de que
necessitam no centro de sauacutede eou a dependecircncia os impossibilita de sair de casa
Este eacute um desafio Os desafios exigem esforccedilos que todos temos dificuldades em
acompanhar (cada vez maior numero de idosos adequaccedilatildeo de recursos criaccedilatildeo de
ferramentas e protocolos cronicidade da doenccedila transiccedilatildeo digital transculturalidade
formaccedilatildeo cuidadores)
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Os desafios que se prendem com esta forma de intervenccedilatildeo domiciliaacuteria conduzem
frequentemente a constrangimentos falta de recursos humanos falta de materiais
equipamentos obsoletos falta de transportes falta de autonomia na gestatildeo objetivos
especiacuteficos por serviccedilos e individuais e falta de cuidadores que desempenhem o seu papel da
forma adequada
A nossa intervenccedilatildeo no contexto domiciliaacuterio enquanto profissionais de uma equipa
multidisciplinar junto dos cuidadores informais eacute um pilar importante para o lsquorsquosucessorsquorsquo
concretizaccedilatildeo dos objetivos satisfaccedilatildeo de necessidades e cuidados de qualidade junto do
utente dependente Eacute de todo essencial junto do cuidador promover o aumento de
conhecimentos acerca do processo sauacutededoenccedila treino e aquisiccedilatildeo de competecircncias
reproduzindo benefiacutecios relativos agrave consciencializaccedilatildeo dos cuidados e com impactos na
qualidade de vida dos utentes dependentes Esta intervenccedilatildeo impulsionadora de
empowerment adopta como objetivo capacitar o cuidador informal para assumir o controlo
da gestatildeo terapecircutica promover a sauacutede desenvolver relaccedilotildees de parceria com a comunidade
de forma a obter efeitos positivos na sua sauacutede e do idoso dependente atraveacutes do incentivo e
motivaccedilatildeo potenciando a capacidade e auto-controlo de emoccedilotildees de modo a atingir um bem-
estar fiacutesico mental e social
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TUacuteNEL ndash ENVELHECER NA COMUNIDADE
(Dinacircmica de Grupo- Dramatizaccedilatildeo)
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Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
7
1630 Tuacutenel - Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1630 Coffee break
1700 PAINEL 3 ndash Direitos e Vivecircncias no Envelhecimento
Moderadora Maria Inecircs Faria| ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica| Hugo Lanccedila | ESTIG -- IPBeja Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expectativas e Necessidades| Luiacutesa Graacutecio1 amp Adriana Bugalho2 |1Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP| 2CIEP Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo de institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial|Joseacute Manuel Baiatildeo|Santa Casa da Misericoacuterdia de Cuba| Instituto Politeacutecnico de Beja
2000 Jantar Conviacutevio
Dia 17 de Maio
930 PAINEL 4 ndash Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Moderadora Catarina Pazes| ECSCP Beja+| ULSBA Cuidados Paliativos na Comunidade Que Respostas para os mais velhos |Cristina Galvatildeo| ECSCP Beja+| ULSBA Desafios e Constrangimentos dos Cuidados paliativos numa ERPI |Ana Caetano Silva |ERPI- Centro Social e Paroquial do Salvador de Beja Especificidade dos Cuidados Paliativos em Geriatria|Laura Muntildeoz Bermejo| Universidad de Extremadura (UEX)
1030 PAINEL 5- Capacitaccedilatildeo no Envelhecimento
Moderadora Ana Clara Nunes|ESE ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Empoderamiento en la vejez|Salvador Postigo Mota| Universidad de Extremadura (UEX) Envolvimento ocupacional no envelhecimento| Patriacutecia Santos amp Raquel Santana|ESSODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja Promoccedilatildeo de um envelhecimento saudaacutevel|Ana Canhestro|ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1100 Coffee break
1100 Tuacutenel - Envelhecimento na Comunidade ndash Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (ESE-IPBeja) Armindo Mendes | ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
1130 CONFEREcircNCIA 4 ndash Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Moderadora Sandra Lozano|ODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano | Universidad Pablo de Olavide Espantildeha
1300 Pausa de Almoccedilo
1430 CONFEREcircNCIA 5 ndash A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Moderadora Ana Piedade|ESE- Instituto Politeacutecnico de Beja Patriacutecia Paquete|HumanaMente|CESNOVA ndash Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
1530 PAINEL 5 ndash Exerciacutecio Fiacutesico e o Envelhecimento Saudaacutevel uma perspetiva biopsicossocial
Moderadora Vacircnia Brandatildeo ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de Sauacutede| Vacircnia Loureiro12 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania Castillo Viera3 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica |Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 | 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal 2 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha 3 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes| Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro2| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda o efeito protetor e preventivo do Exerciacutecio Fiacutesico|Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 amp Vacircnia Loureiro12| 1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja Portugal 2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal Abordaje biopsicosocial de las caiacutedas de las personas mayores atraveacutes de um programa de artes orientales | Emiacutelia Moreno Saacutenchez1 Jesuacutes Saacuteez Padilla1 Isabel Mendoza Sierra1 amp David Chirosa Lara1| 1 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva Espanha
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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1700 PAINEL 6 ndashIntervenccedilatildeo em Psicogerontologia e Sauacutede na Comunidade
Moderador Armindo MendesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Voluntariado e satisfaccedilatildeo com a vida na reforma| Ana Rita Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados|Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira|ESS e ESTIGODEA-IPBeja Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados| Margarida Ameixal Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira|Instituto Politeacutecnico de Beja A Qualidade de Vida em Gerontes Institucionalizados Portadores de Doenccedila de Alzheimer| Vanessa Isabel Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja A importacircncia do desenvolvimento pessoal para a qualidade de vida de idosos institucionalizados o contributo das atividades
de animaccedilatildeo sociocultural|Patriacutecia Isabel Parreira amp Joseacute Pereirinha Ramalho |ESE-IPBeja
1800 Sessatildeo de Encerramento
Comissatildeo Organizadora
Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo (ODEA-IPBeja)
Instituto Politeacutecnico de Beja Cacircmara Municipal de Beja
Colaboraccedilatildeo
Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (CTeSPP) da ESE-IPBeja Licenciatura em Serviccedilo Social da ESE-IPBeja Mestrado em Desenvolvimento Comunitaacuterio e Empreendedorismo da ESE-IPBeja Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede da ESE-IPBeja
Comissatildeo Cientiacutefica
Maria Cristina Faria (ESE-IPBeja) Joseacute Pereirinha Ramalho (ESE-IPBeja) Ana Isabel Fernandes (ESE-IPBeja) Ana Clara Nunes (ESS-IPBeja) Ana Sobral Canhestro (ESS-IPBeja) Maria Teresa Santos (ESE-IPBeja) Sandra Isabel Sauacutede (ESE-IPBeja) Ana Felisbela Piedade (ESE-IPBeja) Maria Inecircs Faria (ESE-IPBeja) Vacircnia Brandatildeo Loureiro (ESE-IPBeja) Joseacute Baiatildeo (ESE-IPBeja) Patriacutecia Santos (ESS-IPBeja) Hugo Lanccedila (ESTIG-IPBeja) Henrique Oliveira (ESTIG-IPBeja)
Maria Joatildeo Ramos (ESE-IPBeja) Vito Carioca (ESE-IPBeja) Joseacute Antoacutenio Orta (ESE-IPBeja) Inecircs Camacho (ESE-IPBeja) Miguel Bento (ESE-IPBeja) Adelaide E Santo (ESE-IPBeja) Helena Sardica (ESE-IPBeja) Rogeacuterio Ferrinho (ESS-IPBeja) Armindo Mendes (ESS-IPBeja) Margarida Goes (ESS-IPBeja) Raquel Santana (ESS-IPBeja) Cristina Galvatildeo (ULSBA) Catarina Pazes (ULSBA) Patriacutecia Paquete (CESNOVA)
Antoacutenio Fonseca (UCP ndash Porto) Manuel Lopes (UEacutevora) Luisa Graacutecio (UEacutevora) Joseacute Sarasola Serrano (UPablo de Olavide) Laura Muntildeoz Bermejo (UEX) Salvador Postigo Mota (UEX) Sonia Garciacutea-Segura (UCoacuterdoba) Carmen Gil-del-Pino (UCoacuterdoba) Estefania Castillo Viera (UHuelva) Salvador Postigo Mota (UHuelva) Jesuacutes Saacuteez Padilla (UHuelva) Isabel Mendoza Sierra (UHuelva) Emiacutelia Moreno Saacutenchez (UHuelva) Estefania Castillo Viera (UHuelva) David Chirosa Lara (UHuelva)
SecretariadoContacto
Sandra Lorenzo ndash aluna do 2ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e ComunitaacuteriaBolseira e Investigadora no ODEA-IPBeja Mariana Gonccedilalves ndash aluna do 1ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria | ESE|ODEA-IPBeja Florbela Calado ndash Serviccedilo de Secretariado da ESE|ODEA-IPBeja
Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo ndash ODEA-IPBeja Instituto Politeacutecnico de Beja Rua Pedro Soares SN ndash Campus do IPBeja Apartado 6155 ndash 7800-295 Beja E-mail odeaipbejapt Tel +351 284 314 400 extensatildeo 02030 Serviccedilo de Secretariado da ESE-IPBeja Telf +351 284 315 001 e-mail do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia ixseminariopsicogerontologiagmailcom
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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RESUMOS
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 1
TEMPOS DO PRESENTE E DO FUTURO TEMPOS DE
EMERGENTES DESAFIOS NO DIAacuteLOGO IDOSO-TECNOLOGIA
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no
diaacutelogo idoso-tecnologia
Vito Carioca
Instituto Politeacutecnico de Beja
vcariocaipbejapt
Resumo
A conferecircncia procura refletir a emergecircncia dos paradigmas associados agrave sociedade do digital
e da Quarta Revoluccedilatildeo Industrial (Schwab e Davis 2019) e as suas influecircncias nos processos
de envelhecimento e no diaacutelogo idoso-tecnologia
Satildeo tempos de Inteligecircncia Artificial tempos de presente e de futuro No limiar dardquonova
revoluccedilatildeo industrialrdquo que se sucede agraves do Neoliacutetico da Revoluccedilatildeo Industrial do seacuteculo XVIII
dos computadores da era espacial da ciberneacutetica nas uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo XX segue-se
agora na opiniatildeo de De Lacy (2019) ldquoos primeiros passos na convergecircncia das tecnologias
digitais fiacutesicas e bioloacutegicas cujo derradeiro fim seraacute a automatizaccedilatildeo total e independente da
produccedilatildeo humanardquop28)
Tempos em que em nossa opiniatildeo e em referecircncia a Melly (1997)
ldquo(hellip) aconteceraacute uma verdadeira revoluccedilatildeo implicando na maneira como as pessoas iratildeo ser
laquoeducadas a aprenderraquoAs pessoas vatildeo ser obrigadas a aprender constantemente em funccedilatildeo
da velocidade tecnoloacutegica e da mudanccedila que ela impotildee ndash eacute o que se chama de just in time
learning (vocecirc tem de buscar a informaccedilatildeo na hora em que precisa) e continuous education
(estar sempre se actualizando) (p66)
Eacute a emergecircncia de um admiraacutevel mundo novo que nos toca e que atravessa ateacute os nossos
sentidos Estamos jaacute para aleacutem das experiecircncias que envolvem a visatildeo e o som e
mergulhamos em tecnologias inovadoras e que iratildeo influenciar profundamente os humanos O
desenvolvimento de interfaces e experiecircncias com as quais eacute possiacutevel interagir com o toque
penetram aacutereas fundamentais do conhecimento como a medicina em experiecircncias em
mundos virtuais no entretenimento entre outros abrindo caminhos para um futuro
inimaginaacutevel
Na sociedade do presente e do futuro novos satildeo os desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia O
idoso assume-se uma consciecircncia reflexiva que propicia para a adaptaccedilatildeo e desempenho de
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novos papeacuteis e a (re) definiccedilatildeo da sua atitude na loacutegica da compreensatildeo dos mecanismos que
lhe permitiratildeo assegurar ldquouma caminhadardquo mais saudaacutevel e feliz
A reflexatildeo destes contextos e dos seus contornos mais relevantes eacute o objecto da conferecircncia a
qual a partir de problemaacuteticas centradas no binoacutemio tecnologia e necessidades do idoso na
loacutegica de um envelhecimento ativo e positivo (ageing in place) procura refletir cenaacuterios e os
desafios que no futuro se iratildeo continuamente colocar ao idoso e agrave proacutepria essecircncia humana
Palavras chave Idoso Inteligecircncia Artificial Gerontotecnologia Diaacutelogo idoso-tecnologia
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PAINEL 1
CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio
Eunice Santos amp Pedro Costa
Unidade de Cuidados na Comunidade de Beja
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade mundial e o Alentejo natildeo eacute exceccedilatildeo
Por todo o mundo tal como em Portugal verifica-se um aumento gradual de idosos
resultante dos avanccedilos da medicina e da melhoria das condiccedilotildees socioeconoacutemicas bem como
consequecircncia da diminuiccedilatildeo progressiva da natalidade A preocupaccedilatildeo com este fenoacutemeno
tem suscitado a procura de respostas quer para manter quer para prolongar a qualidade de
vida durante o envelhecimento
A Unidade de Cuidados na Comunidade Beja eacute uma unidade elementar de
prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede apoio psicoloacutegico e social de acircmbito domiciliaacuterio e
comunitaacuterio especialmente agraves pessoas e grupos mais vulneraacuteveis em situaccedilatildeo de maior risco
ou dependecircncia fiacutesica funcional ou de doenccedila que requeira acompanhamento proacuteximo
Pretende contribuir para a melhoria do estado de sauacutede da populaccedilatildeo da sua aacuterea
geograacutefica de intervenccedilatildeo visando a obtenccedilatildeo de ganhos em sauacutede e concorrendo de um
modo direto para o cumprimento da missatildeo do Agrupamento de Centros de Sauacutede (ACES) do
Baixo Alentejo em que se integra (artigo 3ordm do Despacho nordm 101432009 de 16 de Abril)
(Ministeacuterio da Sauacutede 2009)
Uma das grandes fatias do bolo da nossa intervenccedilatildeo eacute dedicada aos cuidados
domiciliaacuterios que satildeo prestados por uma equipa multiprofissional maioritariamente
composta por enfermeiros
A intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio natildeo eacute de todo uma novidade poreacutem a forma
de intervenccedilatildeo eacute recente e desafiante Os nossos utentes satildeo-nos confiados pela sua equipa de
sauacutede quando a sua vulnerabilidade os torna incapazes de receber os cuidados de que
necessitam no centro de sauacutede eou a dependecircncia os impossibilita de sair de casa
Este eacute um desafio Os desafios exigem esforccedilos que todos temos dificuldades em
acompanhar (cada vez maior numero de idosos adequaccedilatildeo de recursos criaccedilatildeo de
ferramentas e protocolos cronicidade da doenccedila transiccedilatildeo digital transculturalidade
formaccedilatildeo cuidadores)
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Os desafios que se prendem com esta forma de intervenccedilatildeo domiciliaacuteria conduzem
frequentemente a constrangimentos falta de recursos humanos falta de materiais
equipamentos obsoletos falta de transportes falta de autonomia na gestatildeo objetivos
especiacuteficos por serviccedilos e individuais e falta de cuidadores que desempenhem o seu papel da
forma adequada
A nossa intervenccedilatildeo no contexto domiciliaacuterio enquanto profissionais de uma equipa
multidisciplinar junto dos cuidadores informais eacute um pilar importante para o lsquorsquosucessorsquorsquo
concretizaccedilatildeo dos objetivos satisfaccedilatildeo de necessidades e cuidados de qualidade junto do
utente dependente Eacute de todo essencial junto do cuidador promover o aumento de
conhecimentos acerca do processo sauacutededoenccedila treino e aquisiccedilatildeo de competecircncias
reproduzindo benefiacutecios relativos agrave consciencializaccedilatildeo dos cuidados e com impactos na
qualidade de vida dos utentes dependentes Esta intervenccedilatildeo impulsionadora de
empowerment adopta como objetivo capacitar o cuidador informal para assumir o controlo
da gestatildeo terapecircutica promover a sauacutede desenvolver relaccedilotildees de parceria com a comunidade
de forma a obter efeitos positivos na sua sauacutede e do idoso dependente atraveacutes do incentivo e
motivaccedilatildeo potenciando a capacidade e auto-controlo de emoccedilotildees de modo a atingir um bem-
estar fiacutesico mental e social
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TUacuteNEL ndash ENVELHECER NA COMUNIDADE
(Dinacircmica de Grupo- Dramatizaccedilatildeo)
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Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
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onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
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sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
51
indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
53
Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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1700 PAINEL 6 ndashIntervenccedilatildeo em Psicogerontologia e Sauacutede na Comunidade
Moderador Armindo MendesI ESEODEA- Instituto Politeacutecnico de Beja Voluntariado e satisfaccedilatildeo com a vida na reforma| Ana Rita Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados|Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira|ESS e ESTIGODEA-IPBeja Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados| Margarida Ameixal Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira|Instituto Politeacutecnico de Beja A Qualidade de Vida em Gerontes Institucionalizados Portadores de Doenccedila de Alzheimer| Vanessa Isabel Gonccedilalves amp Maria Cristina Faria |ESE-IPBeja A importacircncia do desenvolvimento pessoal para a qualidade de vida de idosos institucionalizados o contributo das atividades
de animaccedilatildeo sociocultural|Patriacutecia Isabel Parreira amp Joseacute Pereirinha Ramalho |ESE-IPBeja
1800 Sessatildeo de Encerramento
Comissatildeo Organizadora
Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria da Escola Superior de Educaccedilatildeo do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo (ODEA-IPBeja)
Instituto Politeacutecnico de Beja Cacircmara Municipal de Beja
Colaboraccedilatildeo
Curso Teacutecnico Superior Profissional em Psicogerontologia (CTeSPP) da ESE-IPBeja Licenciatura em Serviccedilo Social da ESE-IPBeja Mestrado em Desenvolvimento Comunitaacuterio e Empreendedorismo da ESE-IPBeja Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede da ESE-IPBeja
Comissatildeo Cientiacutefica
Maria Cristina Faria (ESE-IPBeja) Joseacute Pereirinha Ramalho (ESE-IPBeja) Ana Isabel Fernandes (ESE-IPBeja) Ana Clara Nunes (ESS-IPBeja) Ana Sobral Canhestro (ESS-IPBeja) Maria Teresa Santos (ESE-IPBeja) Sandra Isabel Sauacutede (ESE-IPBeja) Ana Felisbela Piedade (ESE-IPBeja) Maria Inecircs Faria (ESE-IPBeja) Vacircnia Brandatildeo Loureiro (ESE-IPBeja) Joseacute Baiatildeo (ESE-IPBeja) Patriacutecia Santos (ESS-IPBeja) Hugo Lanccedila (ESTIG-IPBeja) Henrique Oliveira (ESTIG-IPBeja)
Maria Joatildeo Ramos (ESE-IPBeja) Vito Carioca (ESE-IPBeja) Joseacute Antoacutenio Orta (ESE-IPBeja) Inecircs Camacho (ESE-IPBeja) Miguel Bento (ESE-IPBeja) Adelaide E Santo (ESE-IPBeja) Helena Sardica (ESE-IPBeja) Rogeacuterio Ferrinho (ESS-IPBeja) Armindo Mendes (ESS-IPBeja) Margarida Goes (ESS-IPBeja) Raquel Santana (ESS-IPBeja) Cristina Galvatildeo (ULSBA) Catarina Pazes (ULSBA) Patriacutecia Paquete (CESNOVA)
Antoacutenio Fonseca (UCP ndash Porto) Manuel Lopes (UEacutevora) Luisa Graacutecio (UEacutevora) Joseacute Sarasola Serrano (UPablo de Olavide) Laura Muntildeoz Bermejo (UEX) Salvador Postigo Mota (UEX) Sonia Garciacutea-Segura (UCoacuterdoba) Carmen Gil-del-Pino (UCoacuterdoba) Estefania Castillo Viera (UHuelva) Salvador Postigo Mota (UHuelva) Jesuacutes Saacuteez Padilla (UHuelva) Isabel Mendoza Sierra (UHuelva) Emiacutelia Moreno Saacutenchez (UHuelva) Estefania Castillo Viera (UHuelva) David Chirosa Lara (UHuelva)
SecretariadoContacto
Sandra Lorenzo ndash aluna do 2ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e ComunitaacuteriaBolseira e Investigadora no ODEA-IPBeja Mariana Gonccedilalves ndash aluna do 1ordm ano do Mestrado em Gerontologia Social e Comunitaacuteria | ESE|ODEA-IPBeja Florbela Calado ndash Serviccedilo de Secretariado da ESE|ODEA-IPBeja
Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo ndash ODEA-IPBeja Instituto Politeacutecnico de Beja Rua Pedro Soares SN ndash Campus do IPBeja Apartado 6155 ndash 7800-295 Beja E-mail odeaipbejapt Tel +351 284 314 400 extensatildeo 02030 Serviccedilo de Secretariado da ESE-IPBeja Telf +351 284 315 001 e-mail do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia ixseminariopsicogerontologiagmailcom
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9
RESUMOS
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CONFEREcircNCIA 1
TEMPOS DO PRESENTE E DO FUTURO TEMPOS DE
EMERGENTES DESAFIOS NO DIAacuteLOGO IDOSO-TECNOLOGIA
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
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11
Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no
diaacutelogo idoso-tecnologia
Vito Carioca
Instituto Politeacutecnico de Beja
vcariocaipbejapt
Resumo
A conferecircncia procura refletir a emergecircncia dos paradigmas associados agrave sociedade do digital
e da Quarta Revoluccedilatildeo Industrial (Schwab e Davis 2019) e as suas influecircncias nos processos
de envelhecimento e no diaacutelogo idoso-tecnologia
Satildeo tempos de Inteligecircncia Artificial tempos de presente e de futuro No limiar dardquonova
revoluccedilatildeo industrialrdquo que se sucede agraves do Neoliacutetico da Revoluccedilatildeo Industrial do seacuteculo XVIII
dos computadores da era espacial da ciberneacutetica nas uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo XX segue-se
agora na opiniatildeo de De Lacy (2019) ldquoos primeiros passos na convergecircncia das tecnologias
digitais fiacutesicas e bioloacutegicas cujo derradeiro fim seraacute a automatizaccedilatildeo total e independente da
produccedilatildeo humanardquop28)
Tempos em que em nossa opiniatildeo e em referecircncia a Melly (1997)
ldquo(hellip) aconteceraacute uma verdadeira revoluccedilatildeo implicando na maneira como as pessoas iratildeo ser
laquoeducadas a aprenderraquoAs pessoas vatildeo ser obrigadas a aprender constantemente em funccedilatildeo
da velocidade tecnoloacutegica e da mudanccedila que ela impotildee ndash eacute o que se chama de just in time
learning (vocecirc tem de buscar a informaccedilatildeo na hora em que precisa) e continuous education
(estar sempre se actualizando) (p66)
Eacute a emergecircncia de um admiraacutevel mundo novo que nos toca e que atravessa ateacute os nossos
sentidos Estamos jaacute para aleacutem das experiecircncias que envolvem a visatildeo e o som e
mergulhamos em tecnologias inovadoras e que iratildeo influenciar profundamente os humanos O
desenvolvimento de interfaces e experiecircncias com as quais eacute possiacutevel interagir com o toque
penetram aacutereas fundamentais do conhecimento como a medicina em experiecircncias em
mundos virtuais no entretenimento entre outros abrindo caminhos para um futuro
inimaginaacutevel
Na sociedade do presente e do futuro novos satildeo os desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia O
idoso assume-se uma consciecircncia reflexiva que propicia para a adaptaccedilatildeo e desempenho de
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
12
novos papeacuteis e a (re) definiccedilatildeo da sua atitude na loacutegica da compreensatildeo dos mecanismos que
lhe permitiratildeo assegurar ldquouma caminhadardquo mais saudaacutevel e feliz
A reflexatildeo destes contextos e dos seus contornos mais relevantes eacute o objecto da conferecircncia a
qual a partir de problemaacuteticas centradas no binoacutemio tecnologia e necessidades do idoso na
loacutegica de um envelhecimento ativo e positivo (ageing in place) procura refletir cenaacuterios e os
desafios que no futuro se iratildeo continuamente colocar ao idoso e agrave proacutepria essecircncia humana
Palavras chave Idoso Inteligecircncia Artificial Gerontotecnologia Diaacutelogo idoso-tecnologia
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PAINEL 1
CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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14
Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio
Eunice Santos amp Pedro Costa
Unidade de Cuidados na Comunidade de Beja
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade mundial e o Alentejo natildeo eacute exceccedilatildeo
Por todo o mundo tal como em Portugal verifica-se um aumento gradual de idosos
resultante dos avanccedilos da medicina e da melhoria das condiccedilotildees socioeconoacutemicas bem como
consequecircncia da diminuiccedilatildeo progressiva da natalidade A preocupaccedilatildeo com este fenoacutemeno
tem suscitado a procura de respostas quer para manter quer para prolongar a qualidade de
vida durante o envelhecimento
A Unidade de Cuidados na Comunidade Beja eacute uma unidade elementar de
prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede apoio psicoloacutegico e social de acircmbito domiciliaacuterio e
comunitaacuterio especialmente agraves pessoas e grupos mais vulneraacuteveis em situaccedilatildeo de maior risco
ou dependecircncia fiacutesica funcional ou de doenccedila que requeira acompanhamento proacuteximo
Pretende contribuir para a melhoria do estado de sauacutede da populaccedilatildeo da sua aacuterea
geograacutefica de intervenccedilatildeo visando a obtenccedilatildeo de ganhos em sauacutede e concorrendo de um
modo direto para o cumprimento da missatildeo do Agrupamento de Centros de Sauacutede (ACES) do
Baixo Alentejo em que se integra (artigo 3ordm do Despacho nordm 101432009 de 16 de Abril)
(Ministeacuterio da Sauacutede 2009)
Uma das grandes fatias do bolo da nossa intervenccedilatildeo eacute dedicada aos cuidados
domiciliaacuterios que satildeo prestados por uma equipa multiprofissional maioritariamente
composta por enfermeiros
A intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio natildeo eacute de todo uma novidade poreacutem a forma
de intervenccedilatildeo eacute recente e desafiante Os nossos utentes satildeo-nos confiados pela sua equipa de
sauacutede quando a sua vulnerabilidade os torna incapazes de receber os cuidados de que
necessitam no centro de sauacutede eou a dependecircncia os impossibilita de sair de casa
Este eacute um desafio Os desafios exigem esforccedilos que todos temos dificuldades em
acompanhar (cada vez maior numero de idosos adequaccedilatildeo de recursos criaccedilatildeo de
ferramentas e protocolos cronicidade da doenccedila transiccedilatildeo digital transculturalidade
formaccedilatildeo cuidadores)
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
15
Os desafios que se prendem com esta forma de intervenccedilatildeo domiciliaacuteria conduzem
frequentemente a constrangimentos falta de recursos humanos falta de materiais
equipamentos obsoletos falta de transportes falta de autonomia na gestatildeo objetivos
especiacuteficos por serviccedilos e individuais e falta de cuidadores que desempenhem o seu papel da
forma adequada
A nossa intervenccedilatildeo no contexto domiciliaacuterio enquanto profissionais de uma equipa
multidisciplinar junto dos cuidadores informais eacute um pilar importante para o lsquorsquosucessorsquorsquo
concretizaccedilatildeo dos objetivos satisfaccedilatildeo de necessidades e cuidados de qualidade junto do
utente dependente Eacute de todo essencial junto do cuidador promover o aumento de
conhecimentos acerca do processo sauacutededoenccedila treino e aquisiccedilatildeo de competecircncias
reproduzindo benefiacutecios relativos agrave consciencializaccedilatildeo dos cuidados e com impactos na
qualidade de vida dos utentes dependentes Esta intervenccedilatildeo impulsionadora de
empowerment adopta como objetivo capacitar o cuidador informal para assumir o controlo
da gestatildeo terapecircutica promover a sauacutede desenvolver relaccedilotildees de parceria com a comunidade
de forma a obter efeitos positivos na sua sauacutede e do idoso dependente atraveacutes do incentivo e
motivaccedilatildeo potenciando a capacidade e auto-controlo de emoccedilotildees de modo a atingir um bem-
estar fiacutesico mental e social
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
16
TUacuteNEL ndash ENVELHECER NA COMUNIDADE
(Dinacircmica de Grupo- Dramatizaccedilatildeo)
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
17
Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
36
Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
39
As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
57
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
58
POSTER
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
9
RESUMOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 1
TEMPOS DO PRESENTE E DO FUTURO TEMPOS DE
EMERGENTES DESAFIOS NO DIAacuteLOGO IDOSO-TECNOLOGIA
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
11
Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no
diaacutelogo idoso-tecnologia
Vito Carioca
Instituto Politeacutecnico de Beja
vcariocaipbejapt
Resumo
A conferecircncia procura refletir a emergecircncia dos paradigmas associados agrave sociedade do digital
e da Quarta Revoluccedilatildeo Industrial (Schwab e Davis 2019) e as suas influecircncias nos processos
de envelhecimento e no diaacutelogo idoso-tecnologia
Satildeo tempos de Inteligecircncia Artificial tempos de presente e de futuro No limiar dardquonova
revoluccedilatildeo industrialrdquo que se sucede agraves do Neoliacutetico da Revoluccedilatildeo Industrial do seacuteculo XVIII
dos computadores da era espacial da ciberneacutetica nas uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo XX segue-se
agora na opiniatildeo de De Lacy (2019) ldquoos primeiros passos na convergecircncia das tecnologias
digitais fiacutesicas e bioloacutegicas cujo derradeiro fim seraacute a automatizaccedilatildeo total e independente da
produccedilatildeo humanardquop28)
Tempos em que em nossa opiniatildeo e em referecircncia a Melly (1997)
ldquo(hellip) aconteceraacute uma verdadeira revoluccedilatildeo implicando na maneira como as pessoas iratildeo ser
laquoeducadas a aprenderraquoAs pessoas vatildeo ser obrigadas a aprender constantemente em funccedilatildeo
da velocidade tecnoloacutegica e da mudanccedila que ela impotildee ndash eacute o que se chama de just in time
learning (vocecirc tem de buscar a informaccedilatildeo na hora em que precisa) e continuous education
(estar sempre se actualizando) (p66)
Eacute a emergecircncia de um admiraacutevel mundo novo que nos toca e que atravessa ateacute os nossos
sentidos Estamos jaacute para aleacutem das experiecircncias que envolvem a visatildeo e o som e
mergulhamos em tecnologias inovadoras e que iratildeo influenciar profundamente os humanos O
desenvolvimento de interfaces e experiecircncias com as quais eacute possiacutevel interagir com o toque
penetram aacutereas fundamentais do conhecimento como a medicina em experiecircncias em
mundos virtuais no entretenimento entre outros abrindo caminhos para um futuro
inimaginaacutevel
Na sociedade do presente e do futuro novos satildeo os desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia O
idoso assume-se uma consciecircncia reflexiva que propicia para a adaptaccedilatildeo e desempenho de
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
12
novos papeacuteis e a (re) definiccedilatildeo da sua atitude na loacutegica da compreensatildeo dos mecanismos que
lhe permitiratildeo assegurar ldquouma caminhadardquo mais saudaacutevel e feliz
A reflexatildeo destes contextos e dos seus contornos mais relevantes eacute o objecto da conferecircncia a
qual a partir de problemaacuteticas centradas no binoacutemio tecnologia e necessidades do idoso na
loacutegica de um envelhecimento ativo e positivo (ageing in place) procura refletir cenaacuterios e os
desafios que no futuro se iratildeo continuamente colocar ao idoso e agrave proacutepria essecircncia humana
Palavras chave Idoso Inteligecircncia Artificial Gerontotecnologia Diaacutelogo idoso-tecnologia
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PAINEL 1
CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio
Eunice Santos amp Pedro Costa
Unidade de Cuidados na Comunidade de Beja
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade mundial e o Alentejo natildeo eacute exceccedilatildeo
Por todo o mundo tal como em Portugal verifica-se um aumento gradual de idosos
resultante dos avanccedilos da medicina e da melhoria das condiccedilotildees socioeconoacutemicas bem como
consequecircncia da diminuiccedilatildeo progressiva da natalidade A preocupaccedilatildeo com este fenoacutemeno
tem suscitado a procura de respostas quer para manter quer para prolongar a qualidade de
vida durante o envelhecimento
A Unidade de Cuidados na Comunidade Beja eacute uma unidade elementar de
prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede apoio psicoloacutegico e social de acircmbito domiciliaacuterio e
comunitaacuterio especialmente agraves pessoas e grupos mais vulneraacuteveis em situaccedilatildeo de maior risco
ou dependecircncia fiacutesica funcional ou de doenccedila que requeira acompanhamento proacuteximo
Pretende contribuir para a melhoria do estado de sauacutede da populaccedilatildeo da sua aacuterea
geograacutefica de intervenccedilatildeo visando a obtenccedilatildeo de ganhos em sauacutede e concorrendo de um
modo direto para o cumprimento da missatildeo do Agrupamento de Centros de Sauacutede (ACES) do
Baixo Alentejo em que se integra (artigo 3ordm do Despacho nordm 101432009 de 16 de Abril)
(Ministeacuterio da Sauacutede 2009)
Uma das grandes fatias do bolo da nossa intervenccedilatildeo eacute dedicada aos cuidados
domiciliaacuterios que satildeo prestados por uma equipa multiprofissional maioritariamente
composta por enfermeiros
A intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio natildeo eacute de todo uma novidade poreacutem a forma
de intervenccedilatildeo eacute recente e desafiante Os nossos utentes satildeo-nos confiados pela sua equipa de
sauacutede quando a sua vulnerabilidade os torna incapazes de receber os cuidados de que
necessitam no centro de sauacutede eou a dependecircncia os impossibilita de sair de casa
Este eacute um desafio Os desafios exigem esforccedilos que todos temos dificuldades em
acompanhar (cada vez maior numero de idosos adequaccedilatildeo de recursos criaccedilatildeo de
ferramentas e protocolos cronicidade da doenccedila transiccedilatildeo digital transculturalidade
formaccedilatildeo cuidadores)
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
15
Os desafios que se prendem com esta forma de intervenccedilatildeo domiciliaacuteria conduzem
frequentemente a constrangimentos falta de recursos humanos falta de materiais
equipamentos obsoletos falta de transportes falta de autonomia na gestatildeo objetivos
especiacuteficos por serviccedilos e individuais e falta de cuidadores que desempenhem o seu papel da
forma adequada
A nossa intervenccedilatildeo no contexto domiciliaacuterio enquanto profissionais de uma equipa
multidisciplinar junto dos cuidadores informais eacute um pilar importante para o lsquorsquosucessorsquorsquo
concretizaccedilatildeo dos objetivos satisfaccedilatildeo de necessidades e cuidados de qualidade junto do
utente dependente Eacute de todo essencial junto do cuidador promover o aumento de
conhecimentos acerca do processo sauacutededoenccedila treino e aquisiccedilatildeo de competecircncias
reproduzindo benefiacutecios relativos agrave consciencializaccedilatildeo dos cuidados e com impactos na
qualidade de vida dos utentes dependentes Esta intervenccedilatildeo impulsionadora de
empowerment adopta como objetivo capacitar o cuidador informal para assumir o controlo
da gestatildeo terapecircutica promover a sauacutede desenvolver relaccedilotildees de parceria com a comunidade
de forma a obter efeitos positivos na sua sauacutede e do idoso dependente atraveacutes do incentivo e
motivaccedilatildeo potenciando a capacidade e auto-controlo de emoccedilotildees de modo a atingir um bem-
estar fiacutesico mental e social
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL ndash ENVELHECER NA COMUNIDADE
(Dinacircmica de Grupo- Dramatizaccedilatildeo)
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
29
sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
30
Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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CONFEREcircNCIA 1
TEMPOS DO PRESENTE E DO FUTURO TEMPOS DE
EMERGENTES DESAFIOS NO DIAacuteLOGO IDOSO-TECNOLOGIA
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Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no
diaacutelogo idoso-tecnologia
Vito Carioca
Instituto Politeacutecnico de Beja
vcariocaipbejapt
Resumo
A conferecircncia procura refletir a emergecircncia dos paradigmas associados agrave sociedade do digital
e da Quarta Revoluccedilatildeo Industrial (Schwab e Davis 2019) e as suas influecircncias nos processos
de envelhecimento e no diaacutelogo idoso-tecnologia
Satildeo tempos de Inteligecircncia Artificial tempos de presente e de futuro No limiar dardquonova
revoluccedilatildeo industrialrdquo que se sucede agraves do Neoliacutetico da Revoluccedilatildeo Industrial do seacuteculo XVIII
dos computadores da era espacial da ciberneacutetica nas uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo XX segue-se
agora na opiniatildeo de De Lacy (2019) ldquoos primeiros passos na convergecircncia das tecnologias
digitais fiacutesicas e bioloacutegicas cujo derradeiro fim seraacute a automatizaccedilatildeo total e independente da
produccedilatildeo humanardquop28)
Tempos em que em nossa opiniatildeo e em referecircncia a Melly (1997)
ldquo(hellip) aconteceraacute uma verdadeira revoluccedilatildeo implicando na maneira como as pessoas iratildeo ser
laquoeducadas a aprenderraquoAs pessoas vatildeo ser obrigadas a aprender constantemente em funccedilatildeo
da velocidade tecnoloacutegica e da mudanccedila que ela impotildee ndash eacute o que se chama de just in time
learning (vocecirc tem de buscar a informaccedilatildeo na hora em que precisa) e continuous education
(estar sempre se actualizando) (p66)
Eacute a emergecircncia de um admiraacutevel mundo novo que nos toca e que atravessa ateacute os nossos
sentidos Estamos jaacute para aleacutem das experiecircncias que envolvem a visatildeo e o som e
mergulhamos em tecnologias inovadoras e que iratildeo influenciar profundamente os humanos O
desenvolvimento de interfaces e experiecircncias com as quais eacute possiacutevel interagir com o toque
penetram aacutereas fundamentais do conhecimento como a medicina em experiecircncias em
mundos virtuais no entretenimento entre outros abrindo caminhos para um futuro
inimaginaacutevel
Na sociedade do presente e do futuro novos satildeo os desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia O
idoso assume-se uma consciecircncia reflexiva que propicia para a adaptaccedilatildeo e desempenho de
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
12
novos papeacuteis e a (re) definiccedilatildeo da sua atitude na loacutegica da compreensatildeo dos mecanismos que
lhe permitiratildeo assegurar ldquouma caminhadardquo mais saudaacutevel e feliz
A reflexatildeo destes contextos e dos seus contornos mais relevantes eacute o objecto da conferecircncia a
qual a partir de problemaacuteticas centradas no binoacutemio tecnologia e necessidades do idoso na
loacutegica de um envelhecimento ativo e positivo (ageing in place) procura refletir cenaacuterios e os
desafios que no futuro se iratildeo continuamente colocar ao idoso e agrave proacutepria essecircncia humana
Palavras chave Idoso Inteligecircncia Artificial Gerontotecnologia Diaacutelogo idoso-tecnologia
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13
PAINEL 1
CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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14
Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio
Eunice Santos amp Pedro Costa
Unidade de Cuidados na Comunidade de Beja
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade mundial e o Alentejo natildeo eacute exceccedilatildeo
Por todo o mundo tal como em Portugal verifica-se um aumento gradual de idosos
resultante dos avanccedilos da medicina e da melhoria das condiccedilotildees socioeconoacutemicas bem como
consequecircncia da diminuiccedilatildeo progressiva da natalidade A preocupaccedilatildeo com este fenoacutemeno
tem suscitado a procura de respostas quer para manter quer para prolongar a qualidade de
vida durante o envelhecimento
A Unidade de Cuidados na Comunidade Beja eacute uma unidade elementar de
prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede apoio psicoloacutegico e social de acircmbito domiciliaacuterio e
comunitaacuterio especialmente agraves pessoas e grupos mais vulneraacuteveis em situaccedilatildeo de maior risco
ou dependecircncia fiacutesica funcional ou de doenccedila que requeira acompanhamento proacuteximo
Pretende contribuir para a melhoria do estado de sauacutede da populaccedilatildeo da sua aacuterea
geograacutefica de intervenccedilatildeo visando a obtenccedilatildeo de ganhos em sauacutede e concorrendo de um
modo direto para o cumprimento da missatildeo do Agrupamento de Centros de Sauacutede (ACES) do
Baixo Alentejo em que se integra (artigo 3ordm do Despacho nordm 101432009 de 16 de Abril)
(Ministeacuterio da Sauacutede 2009)
Uma das grandes fatias do bolo da nossa intervenccedilatildeo eacute dedicada aos cuidados
domiciliaacuterios que satildeo prestados por uma equipa multiprofissional maioritariamente
composta por enfermeiros
A intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio natildeo eacute de todo uma novidade poreacutem a forma
de intervenccedilatildeo eacute recente e desafiante Os nossos utentes satildeo-nos confiados pela sua equipa de
sauacutede quando a sua vulnerabilidade os torna incapazes de receber os cuidados de que
necessitam no centro de sauacutede eou a dependecircncia os impossibilita de sair de casa
Este eacute um desafio Os desafios exigem esforccedilos que todos temos dificuldades em
acompanhar (cada vez maior numero de idosos adequaccedilatildeo de recursos criaccedilatildeo de
ferramentas e protocolos cronicidade da doenccedila transiccedilatildeo digital transculturalidade
formaccedilatildeo cuidadores)
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
15
Os desafios que se prendem com esta forma de intervenccedilatildeo domiciliaacuteria conduzem
frequentemente a constrangimentos falta de recursos humanos falta de materiais
equipamentos obsoletos falta de transportes falta de autonomia na gestatildeo objetivos
especiacuteficos por serviccedilos e individuais e falta de cuidadores que desempenhem o seu papel da
forma adequada
A nossa intervenccedilatildeo no contexto domiciliaacuterio enquanto profissionais de uma equipa
multidisciplinar junto dos cuidadores informais eacute um pilar importante para o lsquorsquosucessorsquorsquo
concretizaccedilatildeo dos objetivos satisfaccedilatildeo de necessidades e cuidados de qualidade junto do
utente dependente Eacute de todo essencial junto do cuidador promover o aumento de
conhecimentos acerca do processo sauacutededoenccedila treino e aquisiccedilatildeo de competecircncias
reproduzindo benefiacutecios relativos agrave consciencializaccedilatildeo dos cuidados e com impactos na
qualidade de vida dos utentes dependentes Esta intervenccedilatildeo impulsionadora de
empowerment adopta como objetivo capacitar o cuidador informal para assumir o controlo
da gestatildeo terapecircutica promover a sauacutede desenvolver relaccedilotildees de parceria com a comunidade
de forma a obter efeitos positivos na sua sauacutede e do idoso dependente atraveacutes do incentivo e
motivaccedilatildeo potenciando a capacidade e auto-controlo de emoccedilotildees de modo a atingir um bem-
estar fiacutesico mental e social
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TUacuteNEL ndash ENVELHECER NA COMUNIDADE
(Dinacircmica de Grupo- Dramatizaccedilatildeo)
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Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
41
PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
43
Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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POSTER
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Tempos do presente e do futuro tempos de emergentes desafios no
diaacutelogo idoso-tecnologia
Vito Carioca
Instituto Politeacutecnico de Beja
vcariocaipbejapt
Resumo
A conferecircncia procura refletir a emergecircncia dos paradigmas associados agrave sociedade do digital
e da Quarta Revoluccedilatildeo Industrial (Schwab e Davis 2019) e as suas influecircncias nos processos
de envelhecimento e no diaacutelogo idoso-tecnologia
Satildeo tempos de Inteligecircncia Artificial tempos de presente e de futuro No limiar dardquonova
revoluccedilatildeo industrialrdquo que se sucede agraves do Neoliacutetico da Revoluccedilatildeo Industrial do seacuteculo XVIII
dos computadores da era espacial da ciberneacutetica nas uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo XX segue-se
agora na opiniatildeo de De Lacy (2019) ldquoos primeiros passos na convergecircncia das tecnologias
digitais fiacutesicas e bioloacutegicas cujo derradeiro fim seraacute a automatizaccedilatildeo total e independente da
produccedilatildeo humanardquop28)
Tempos em que em nossa opiniatildeo e em referecircncia a Melly (1997)
ldquo(hellip) aconteceraacute uma verdadeira revoluccedilatildeo implicando na maneira como as pessoas iratildeo ser
laquoeducadas a aprenderraquoAs pessoas vatildeo ser obrigadas a aprender constantemente em funccedilatildeo
da velocidade tecnoloacutegica e da mudanccedila que ela impotildee ndash eacute o que se chama de just in time
learning (vocecirc tem de buscar a informaccedilatildeo na hora em que precisa) e continuous education
(estar sempre se actualizando) (p66)
Eacute a emergecircncia de um admiraacutevel mundo novo que nos toca e que atravessa ateacute os nossos
sentidos Estamos jaacute para aleacutem das experiecircncias que envolvem a visatildeo e o som e
mergulhamos em tecnologias inovadoras e que iratildeo influenciar profundamente os humanos O
desenvolvimento de interfaces e experiecircncias com as quais eacute possiacutevel interagir com o toque
penetram aacutereas fundamentais do conhecimento como a medicina em experiecircncias em
mundos virtuais no entretenimento entre outros abrindo caminhos para um futuro
inimaginaacutevel
Na sociedade do presente e do futuro novos satildeo os desafios no diaacutelogo idoso-tecnologia O
idoso assume-se uma consciecircncia reflexiva que propicia para a adaptaccedilatildeo e desempenho de
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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novos papeacuteis e a (re) definiccedilatildeo da sua atitude na loacutegica da compreensatildeo dos mecanismos que
lhe permitiratildeo assegurar ldquouma caminhadardquo mais saudaacutevel e feliz
A reflexatildeo destes contextos e dos seus contornos mais relevantes eacute o objecto da conferecircncia a
qual a partir de problemaacuteticas centradas no binoacutemio tecnologia e necessidades do idoso na
loacutegica de um envelhecimento ativo e positivo (ageing in place) procura refletir cenaacuterios e os
desafios que no futuro se iratildeo continuamente colocar ao idoso e agrave proacutepria essecircncia humana
Palavras chave Idoso Inteligecircncia Artificial Gerontotecnologia Diaacutelogo idoso-tecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 1
CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio
Eunice Santos amp Pedro Costa
Unidade de Cuidados na Comunidade de Beja
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade mundial e o Alentejo natildeo eacute exceccedilatildeo
Por todo o mundo tal como em Portugal verifica-se um aumento gradual de idosos
resultante dos avanccedilos da medicina e da melhoria das condiccedilotildees socioeconoacutemicas bem como
consequecircncia da diminuiccedilatildeo progressiva da natalidade A preocupaccedilatildeo com este fenoacutemeno
tem suscitado a procura de respostas quer para manter quer para prolongar a qualidade de
vida durante o envelhecimento
A Unidade de Cuidados na Comunidade Beja eacute uma unidade elementar de
prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede apoio psicoloacutegico e social de acircmbito domiciliaacuterio e
comunitaacuterio especialmente agraves pessoas e grupos mais vulneraacuteveis em situaccedilatildeo de maior risco
ou dependecircncia fiacutesica funcional ou de doenccedila que requeira acompanhamento proacuteximo
Pretende contribuir para a melhoria do estado de sauacutede da populaccedilatildeo da sua aacuterea
geograacutefica de intervenccedilatildeo visando a obtenccedilatildeo de ganhos em sauacutede e concorrendo de um
modo direto para o cumprimento da missatildeo do Agrupamento de Centros de Sauacutede (ACES) do
Baixo Alentejo em que se integra (artigo 3ordm do Despacho nordm 101432009 de 16 de Abril)
(Ministeacuterio da Sauacutede 2009)
Uma das grandes fatias do bolo da nossa intervenccedilatildeo eacute dedicada aos cuidados
domiciliaacuterios que satildeo prestados por uma equipa multiprofissional maioritariamente
composta por enfermeiros
A intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio natildeo eacute de todo uma novidade poreacutem a forma
de intervenccedilatildeo eacute recente e desafiante Os nossos utentes satildeo-nos confiados pela sua equipa de
sauacutede quando a sua vulnerabilidade os torna incapazes de receber os cuidados de que
necessitam no centro de sauacutede eou a dependecircncia os impossibilita de sair de casa
Este eacute um desafio Os desafios exigem esforccedilos que todos temos dificuldades em
acompanhar (cada vez maior numero de idosos adequaccedilatildeo de recursos criaccedilatildeo de
ferramentas e protocolos cronicidade da doenccedila transiccedilatildeo digital transculturalidade
formaccedilatildeo cuidadores)
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Os desafios que se prendem com esta forma de intervenccedilatildeo domiciliaacuteria conduzem
frequentemente a constrangimentos falta de recursos humanos falta de materiais
equipamentos obsoletos falta de transportes falta de autonomia na gestatildeo objetivos
especiacuteficos por serviccedilos e individuais e falta de cuidadores que desempenhem o seu papel da
forma adequada
A nossa intervenccedilatildeo no contexto domiciliaacuterio enquanto profissionais de uma equipa
multidisciplinar junto dos cuidadores informais eacute um pilar importante para o lsquorsquosucessorsquorsquo
concretizaccedilatildeo dos objetivos satisfaccedilatildeo de necessidades e cuidados de qualidade junto do
utente dependente Eacute de todo essencial junto do cuidador promover o aumento de
conhecimentos acerca do processo sauacutededoenccedila treino e aquisiccedilatildeo de competecircncias
reproduzindo benefiacutecios relativos agrave consciencializaccedilatildeo dos cuidados e com impactos na
qualidade de vida dos utentes dependentes Esta intervenccedilatildeo impulsionadora de
empowerment adopta como objetivo capacitar o cuidador informal para assumir o controlo
da gestatildeo terapecircutica promover a sauacutede desenvolver relaccedilotildees de parceria com a comunidade
de forma a obter efeitos positivos na sua sauacutede e do idoso dependente atraveacutes do incentivo e
motivaccedilatildeo potenciando a capacidade e auto-controlo de emoccedilotildees de modo a atingir um bem-
estar fiacutesico mental e social
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TUacuteNEL ndash ENVELHECER NA COMUNIDADE
(Dinacircmica de Grupo- Dramatizaccedilatildeo)
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Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
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onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
29
sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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30
Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
31
Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
51
indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
12
novos papeacuteis e a (re) definiccedilatildeo da sua atitude na loacutegica da compreensatildeo dos mecanismos que
lhe permitiratildeo assegurar ldquouma caminhadardquo mais saudaacutevel e feliz
A reflexatildeo destes contextos e dos seus contornos mais relevantes eacute o objecto da conferecircncia a
qual a partir de problemaacuteticas centradas no binoacutemio tecnologia e necessidades do idoso na
loacutegica de um envelhecimento ativo e positivo (ageing in place) procura refletir cenaacuterios e os
desafios que no futuro se iratildeo continuamente colocar ao idoso e agrave proacutepria essecircncia humana
Palavras chave Idoso Inteligecircncia Artificial Gerontotecnologia Diaacutelogo idoso-tecnologia
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PAINEL 1
CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio
Eunice Santos amp Pedro Costa
Unidade de Cuidados na Comunidade de Beja
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade mundial e o Alentejo natildeo eacute exceccedilatildeo
Por todo o mundo tal como em Portugal verifica-se um aumento gradual de idosos
resultante dos avanccedilos da medicina e da melhoria das condiccedilotildees socioeconoacutemicas bem como
consequecircncia da diminuiccedilatildeo progressiva da natalidade A preocupaccedilatildeo com este fenoacutemeno
tem suscitado a procura de respostas quer para manter quer para prolongar a qualidade de
vida durante o envelhecimento
A Unidade de Cuidados na Comunidade Beja eacute uma unidade elementar de
prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede apoio psicoloacutegico e social de acircmbito domiciliaacuterio e
comunitaacuterio especialmente agraves pessoas e grupos mais vulneraacuteveis em situaccedilatildeo de maior risco
ou dependecircncia fiacutesica funcional ou de doenccedila que requeira acompanhamento proacuteximo
Pretende contribuir para a melhoria do estado de sauacutede da populaccedilatildeo da sua aacuterea
geograacutefica de intervenccedilatildeo visando a obtenccedilatildeo de ganhos em sauacutede e concorrendo de um
modo direto para o cumprimento da missatildeo do Agrupamento de Centros de Sauacutede (ACES) do
Baixo Alentejo em que se integra (artigo 3ordm do Despacho nordm 101432009 de 16 de Abril)
(Ministeacuterio da Sauacutede 2009)
Uma das grandes fatias do bolo da nossa intervenccedilatildeo eacute dedicada aos cuidados
domiciliaacuterios que satildeo prestados por uma equipa multiprofissional maioritariamente
composta por enfermeiros
A intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio natildeo eacute de todo uma novidade poreacutem a forma
de intervenccedilatildeo eacute recente e desafiante Os nossos utentes satildeo-nos confiados pela sua equipa de
sauacutede quando a sua vulnerabilidade os torna incapazes de receber os cuidados de que
necessitam no centro de sauacutede eou a dependecircncia os impossibilita de sair de casa
Este eacute um desafio Os desafios exigem esforccedilos que todos temos dificuldades em
acompanhar (cada vez maior numero de idosos adequaccedilatildeo de recursos criaccedilatildeo de
ferramentas e protocolos cronicidade da doenccedila transiccedilatildeo digital transculturalidade
formaccedilatildeo cuidadores)
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Os desafios que se prendem com esta forma de intervenccedilatildeo domiciliaacuteria conduzem
frequentemente a constrangimentos falta de recursos humanos falta de materiais
equipamentos obsoletos falta de transportes falta de autonomia na gestatildeo objetivos
especiacuteficos por serviccedilos e individuais e falta de cuidadores que desempenhem o seu papel da
forma adequada
A nossa intervenccedilatildeo no contexto domiciliaacuterio enquanto profissionais de uma equipa
multidisciplinar junto dos cuidadores informais eacute um pilar importante para o lsquorsquosucessorsquorsquo
concretizaccedilatildeo dos objetivos satisfaccedilatildeo de necessidades e cuidados de qualidade junto do
utente dependente Eacute de todo essencial junto do cuidador promover o aumento de
conhecimentos acerca do processo sauacutededoenccedila treino e aquisiccedilatildeo de competecircncias
reproduzindo benefiacutecios relativos agrave consciencializaccedilatildeo dos cuidados e com impactos na
qualidade de vida dos utentes dependentes Esta intervenccedilatildeo impulsionadora de
empowerment adopta como objetivo capacitar o cuidador informal para assumir o controlo
da gestatildeo terapecircutica promover a sauacutede desenvolver relaccedilotildees de parceria com a comunidade
de forma a obter efeitos positivos na sua sauacutede e do idoso dependente atraveacutes do incentivo e
motivaccedilatildeo potenciando a capacidade e auto-controlo de emoccedilotildees de modo a atingir um bem-
estar fiacutesico mental e social
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TUacuteNEL ndash ENVELHECER NA COMUNIDADE
(Dinacircmica de Grupo- Dramatizaccedilatildeo)
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Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
22
onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
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sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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PAINEL 1
CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio
Eunice Santos amp Pedro Costa
Unidade de Cuidados na Comunidade de Beja
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade mundial e o Alentejo natildeo eacute exceccedilatildeo
Por todo o mundo tal como em Portugal verifica-se um aumento gradual de idosos
resultante dos avanccedilos da medicina e da melhoria das condiccedilotildees socioeconoacutemicas bem como
consequecircncia da diminuiccedilatildeo progressiva da natalidade A preocupaccedilatildeo com este fenoacutemeno
tem suscitado a procura de respostas quer para manter quer para prolongar a qualidade de
vida durante o envelhecimento
A Unidade de Cuidados na Comunidade Beja eacute uma unidade elementar de
prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede apoio psicoloacutegico e social de acircmbito domiciliaacuterio e
comunitaacuterio especialmente agraves pessoas e grupos mais vulneraacuteveis em situaccedilatildeo de maior risco
ou dependecircncia fiacutesica funcional ou de doenccedila que requeira acompanhamento proacuteximo
Pretende contribuir para a melhoria do estado de sauacutede da populaccedilatildeo da sua aacuterea
geograacutefica de intervenccedilatildeo visando a obtenccedilatildeo de ganhos em sauacutede e concorrendo de um
modo direto para o cumprimento da missatildeo do Agrupamento de Centros de Sauacutede (ACES) do
Baixo Alentejo em que se integra (artigo 3ordm do Despacho nordm 101432009 de 16 de Abril)
(Ministeacuterio da Sauacutede 2009)
Uma das grandes fatias do bolo da nossa intervenccedilatildeo eacute dedicada aos cuidados
domiciliaacuterios que satildeo prestados por uma equipa multiprofissional maioritariamente
composta por enfermeiros
A intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio natildeo eacute de todo uma novidade poreacutem a forma
de intervenccedilatildeo eacute recente e desafiante Os nossos utentes satildeo-nos confiados pela sua equipa de
sauacutede quando a sua vulnerabilidade os torna incapazes de receber os cuidados de que
necessitam no centro de sauacutede eou a dependecircncia os impossibilita de sair de casa
Este eacute um desafio Os desafios exigem esforccedilos que todos temos dificuldades em
acompanhar (cada vez maior numero de idosos adequaccedilatildeo de recursos criaccedilatildeo de
ferramentas e protocolos cronicidade da doenccedila transiccedilatildeo digital transculturalidade
formaccedilatildeo cuidadores)
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Os desafios que se prendem com esta forma de intervenccedilatildeo domiciliaacuteria conduzem
frequentemente a constrangimentos falta de recursos humanos falta de materiais
equipamentos obsoletos falta de transportes falta de autonomia na gestatildeo objetivos
especiacuteficos por serviccedilos e individuais e falta de cuidadores que desempenhem o seu papel da
forma adequada
A nossa intervenccedilatildeo no contexto domiciliaacuterio enquanto profissionais de uma equipa
multidisciplinar junto dos cuidadores informais eacute um pilar importante para o lsquorsquosucessorsquorsquo
concretizaccedilatildeo dos objetivos satisfaccedilatildeo de necessidades e cuidados de qualidade junto do
utente dependente Eacute de todo essencial junto do cuidador promover o aumento de
conhecimentos acerca do processo sauacutededoenccedila treino e aquisiccedilatildeo de competecircncias
reproduzindo benefiacutecios relativos agrave consciencializaccedilatildeo dos cuidados e com impactos na
qualidade de vida dos utentes dependentes Esta intervenccedilatildeo impulsionadora de
empowerment adopta como objetivo capacitar o cuidador informal para assumir o controlo
da gestatildeo terapecircutica promover a sauacutede desenvolver relaccedilotildees de parceria com a comunidade
de forma a obter efeitos positivos na sua sauacutede e do idoso dependente atraveacutes do incentivo e
motivaccedilatildeo potenciando a capacidade e auto-controlo de emoccedilotildees de modo a atingir um bem-
estar fiacutesico mental e social
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL ndash ENVELHECER NA COMUNIDADE
(Dinacircmica de Grupo- Dramatizaccedilatildeo)
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
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onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
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sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
57
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
58
POSTER
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
14
Desafios e constrangimentos na intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio
Eunice Santos amp Pedro Costa
Unidade de Cuidados na Comunidade de Beja
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade mundial e o Alentejo natildeo eacute exceccedilatildeo
Por todo o mundo tal como em Portugal verifica-se um aumento gradual de idosos
resultante dos avanccedilos da medicina e da melhoria das condiccedilotildees socioeconoacutemicas bem como
consequecircncia da diminuiccedilatildeo progressiva da natalidade A preocupaccedilatildeo com este fenoacutemeno
tem suscitado a procura de respostas quer para manter quer para prolongar a qualidade de
vida durante o envelhecimento
A Unidade de Cuidados na Comunidade Beja eacute uma unidade elementar de
prestaccedilatildeo de cuidados de sauacutede apoio psicoloacutegico e social de acircmbito domiciliaacuterio e
comunitaacuterio especialmente agraves pessoas e grupos mais vulneraacuteveis em situaccedilatildeo de maior risco
ou dependecircncia fiacutesica funcional ou de doenccedila que requeira acompanhamento proacuteximo
Pretende contribuir para a melhoria do estado de sauacutede da populaccedilatildeo da sua aacuterea
geograacutefica de intervenccedilatildeo visando a obtenccedilatildeo de ganhos em sauacutede e concorrendo de um
modo direto para o cumprimento da missatildeo do Agrupamento de Centros de Sauacutede (ACES) do
Baixo Alentejo em que se integra (artigo 3ordm do Despacho nordm 101432009 de 16 de Abril)
(Ministeacuterio da Sauacutede 2009)
Uma das grandes fatias do bolo da nossa intervenccedilatildeo eacute dedicada aos cuidados
domiciliaacuterios que satildeo prestados por uma equipa multiprofissional maioritariamente
composta por enfermeiros
A intervenccedilatildeo em contexto domiciliaacuterio natildeo eacute de todo uma novidade poreacutem a forma
de intervenccedilatildeo eacute recente e desafiante Os nossos utentes satildeo-nos confiados pela sua equipa de
sauacutede quando a sua vulnerabilidade os torna incapazes de receber os cuidados de que
necessitam no centro de sauacutede eou a dependecircncia os impossibilita de sair de casa
Este eacute um desafio Os desafios exigem esforccedilos que todos temos dificuldades em
acompanhar (cada vez maior numero de idosos adequaccedilatildeo de recursos criaccedilatildeo de
ferramentas e protocolos cronicidade da doenccedila transiccedilatildeo digital transculturalidade
formaccedilatildeo cuidadores)
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
15
Os desafios que se prendem com esta forma de intervenccedilatildeo domiciliaacuteria conduzem
frequentemente a constrangimentos falta de recursos humanos falta de materiais
equipamentos obsoletos falta de transportes falta de autonomia na gestatildeo objetivos
especiacuteficos por serviccedilos e individuais e falta de cuidadores que desempenhem o seu papel da
forma adequada
A nossa intervenccedilatildeo no contexto domiciliaacuterio enquanto profissionais de uma equipa
multidisciplinar junto dos cuidadores informais eacute um pilar importante para o lsquorsquosucessorsquorsquo
concretizaccedilatildeo dos objetivos satisfaccedilatildeo de necessidades e cuidados de qualidade junto do
utente dependente Eacute de todo essencial junto do cuidador promover o aumento de
conhecimentos acerca do processo sauacutededoenccedila treino e aquisiccedilatildeo de competecircncias
reproduzindo benefiacutecios relativos agrave consciencializaccedilatildeo dos cuidados e com impactos na
qualidade de vida dos utentes dependentes Esta intervenccedilatildeo impulsionadora de
empowerment adopta como objetivo capacitar o cuidador informal para assumir o controlo
da gestatildeo terapecircutica promover a sauacutede desenvolver relaccedilotildees de parceria com a comunidade
de forma a obter efeitos positivos na sua sauacutede e do idoso dependente atraveacutes do incentivo e
motivaccedilatildeo potenciando a capacidade e auto-controlo de emoccedilotildees de modo a atingir um bem-
estar fiacutesico mental e social
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TUacuteNEL ndash ENVELHECER NA COMUNIDADE
(Dinacircmica de Grupo- Dramatizaccedilatildeo)
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
29
sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
31
Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
51
indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Os desafios que se prendem com esta forma de intervenccedilatildeo domiciliaacuteria conduzem
frequentemente a constrangimentos falta de recursos humanos falta de materiais
equipamentos obsoletos falta de transportes falta de autonomia na gestatildeo objetivos
especiacuteficos por serviccedilos e individuais e falta de cuidadores que desempenhem o seu papel da
forma adequada
A nossa intervenccedilatildeo no contexto domiciliaacuterio enquanto profissionais de uma equipa
multidisciplinar junto dos cuidadores informais eacute um pilar importante para o lsquorsquosucessorsquorsquo
concretizaccedilatildeo dos objetivos satisfaccedilatildeo de necessidades e cuidados de qualidade junto do
utente dependente Eacute de todo essencial junto do cuidador promover o aumento de
conhecimentos acerca do processo sauacutededoenccedila treino e aquisiccedilatildeo de competecircncias
reproduzindo benefiacutecios relativos agrave consciencializaccedilatildeo dos cuidados e com impactos na
qualidade de vida dos utentes dependentes Esta intervenccedilatildeo impulsionadora de
empowerment adopta como objetivo capacitar o cuidador informal para assumir o controlo
da gestatildeo terapecircutica promover a sauacutede desenvolver relaccedilotildees de parceria com a comunidade
de forma a obter efeitos positivos na sua sauacutede e do idoso dependente atraveacutes do incentivo e
motivaccedilatildeo potenciando a capacidade e auto-controlo de emoccedilotildees de modo a atingir um bem-
estar fiacutesico mental e social
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TUacuteNEL ndash ENVELHECER NA COMUNIDADE
(Dinacircmica de Grupo- Dramatizaccedilatildeo)
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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25
Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
28
Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
29
sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
30
Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
31
Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
32
TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
36
Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
40
Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
41
PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
43
Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
45
CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
47
CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
48
A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
50
ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
51
indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
52
Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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TUacuteNEL ndash ENVELHECER NA COMUNIDADE
(Dinacircmica de Grupo- Dramatizaccedilatildeo)
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Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
20
APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
22
onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
23
Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
24
CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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25
Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
28
Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
32
TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
36
Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
39
As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
41
PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Tuacutenel ndash Envelhecimento na Comunidade
Armindo Mendes
ESEODEA ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
O envelhecimento eacute um processo universal progressivo e gradual que acompanha o
indiviacuteduo ao longo de toda a sua vida Assim o envelhecimento diz respeito a todos e deve
ser enquadrado na perspetiva do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida (Baltes 1987)
Neste contexto o incremento das capacidades e competecircncias dos indiviacuteduos para
lidar com o envelhecimento de forma competente e resiliente deve tambeacutem iniciar-se cedo
comeccedilando desde logo pela adoccedilatildeo de haacutebitos de vida saudaacuteveis que previnam e retardem as
doenccedilas e limitaccedilotildees associadas agrave velhice e o desenvolvimento de recursos pessoais e sociais
para evitar enfrentar as adversidades da vida
Na realidade as pessoas conseguem enfrentar melhor as mudanccedilas e os
acontecimentos de vida negativos quando desenvolvem relaccedilotildees interpessoais positivas e
conseguem tecer uma rede de suporte social formal e informal que possa ser ativada em
situaccedilotildees difiacuteceis Estas competecircncias individuais satildeo importantes para que as pessoas
fortaleccedilam a sua rede social e se sintam mais integradas no contexto comunitaacuterio reduzindo a
probabilidade de ficarem em situaccedilatildeo de isolamento social (Pauacutel 2005 Cabral amp Ferreira
2013)
Neste trabalho de dramatizaccedilatildeo a turma do 1ordm ano do Curso Teacutecnico Superior
Profissional de Psicogerontologia explora algumas pistas no sentido da capacitaccedilatildeo para um
envelhecimento de qualidade ativo com especial enfase no contexto comunitaacuterio Satildeo
abordados temas como a atividade fiacutesica a estimulaccedilatildeo cognitiva a sexualidade as relaccedilotildees
interpessoais a alimentaccedilatildeo saudaacutevel a seguranccedila e a intergeracionalidade
Palavras-chave Envelhecimento Bem-estar Relaccedilotildees interpessoais Atividade fiacutesica
Sexualidade
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
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onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
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sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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POSTER
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 2
AGEING IN PLACE E CUIDADOS DE SAUacuteDE BOAS
PRAacuteTICAS EM PORTUGAL
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Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
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onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
36
Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
58
POSTER
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
19
Ageing in Place e Cuidados de Sauacutede Boas Praacuteticas em Portugal
Antoacutenio M Fonseca
Universidade Catoacutelica Portuguesa
Centro de Investigaccedilatildeo para o Desenvolvimento Humano (CEDH)
afonsecaportoucppt
Resumo
Pretende-se com esta comunicaccedilatildeo caracterizar e valorizar o que eacute habitualmente
designado por ageing in place (ldquoenvelhecer em casa e na comunidaderdquo em traduccedilatildeo livre)
designadamente no que respeita agrave promoccedilatildeo de cuidados de sauacutede junto dos cidadatildeos mais
velhos nas respetivas comunidades Apoacutes uma contextualizaccedilatildeo teoacuterica do conceito de ageing
in place procederemos agrave apresentaccedilatildeo de um estudo realizado em 2017-2018 -
httpsgulbenkianptpublicationboas-praticas-de-ageing-in-place-divulgar-para-valorizar -
no acircmbito do qual se efetuou um levantamento de experiecircncias inovadoras atraveacutes da recolha
e sistematizaccedilatildeo de 80 boas praacuteticas atualmente implementadas em Portugal neste domiacutenio
Daremos particular ecircnfase a um conjunto de boas praacuteticas de intervenccedilatildeo no acircmbito dos
cuidados de sauacutede efetuadas por diferentes entidades (puacuteblicas e associativas) em diversos
pontos do paiacutes Ao apresentar e enquadrar teoricamente estas boas praacuteticas estamos
simultaneamente a divulgaacute-las e a reforccedilar o papel que elas poderatildeo ter no cumprimento do
objetivo defendido pela Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede quando se refere ao ageing in place
como ter apoio necessaacuterio para viver com seguranccedila e de forma independente em casa e na
comunidade agrave medida que se envelhece
Palavras-chave ageing in place cuidados de sauacutede pessoas idosas Portugal
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
29
sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
30
Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
32
TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
33
PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
36
Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
55
PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
56
Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
57
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
58
POSTER
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
59
EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
20
APRESENTACcedilAtildeO DO WEBSITE ODEA-IPBEJA DE
PROXIMIDADE COM A COMUNIDADE
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21
Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
22
onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
23
Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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24
CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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25
Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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26
PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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27
Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
28
Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
29
sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
30
Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
31
Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
32
TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
33
PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
34
O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
35
Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
36
Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
55
PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
56
Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
57
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
58
POSTER
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
59
EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
21
Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade
Maria Cristina Faria Maria Inecircs Faria amp Sandra Lozano
Instituto Politeacutecnico de Beja
Observatoacuterio Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico de Beja
odeaipbejapt
Resumo
O Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento no Alentejo do Instituto Politeacutecnico
de Beja designado de ODEA-IPBEJA surge no acircmbito do funcionamento do IPBeja como
Comunidade Aberta Solidaacuteria e Participativa e do entendimento da relevacircncia da sua
Dimensatildeo Social O ODEA- IPBeja tem como principal objetivo a investigaccedilatildeo
desenvolvimento e intervenccedilatildeo no domiacutenio do envelhecimento em particular no Baixo
Alentejo e Alentejo Litoral Rege-se por princiacutepios assentes na solidariedade humana
cidadania e promoccedilatildeo de um envelhecimento bem-sucedido na comunidade com sauacutede bem-
estar qualidade de vida e dignidade Esta estrutura conta com uma Equipa ODEA-IPBeja
dinacircmica com docentes do IPBeja doutorados e especialistas nas aacutereas da Psicologia
Enfermagem Ciecircncias da Educaccedilatildeo Sociologia Serviccedilo Social e Sauacutede e ainda
colaboradores nas aacutereas da Gerontologia Atividade Fiacutesica e Terapia Ocupacional
O ODEA- IPBEJA integra na sua orgacircnica o Centro de Investigaccedilatildeo e Apoio ao
Envelhecimento Ativo designado de CAEA ndash IPBEJA (CIAEA-IPBeja) que parte de um
olhar interdisciplinar sobre o envelhecimento e a longevidade e centra a sua principal
preocupaccedilatildeo na produccedilatildeo cientiacutefica para a melhoria da vida das pessoas mais velhas da
sociedade Esta estrutura cientiacutefica afirma-se pela integraccedilatildeo das vaacuterias visotildees cientiacuteficas
teacutecnicas e poliacuteticas sobre o envelhecimento na comunidade em prol do desenvolvimento das
pessoas mais velhas Apresenta como principais objetivos
Promover a investigaccedilatildeo e desenvolvimento na aacuterea do envelhecimento ativo no
Alentejo
Diligenciar a proteccedilatildeo a sauacutede a educaccedilatildeo o apoio psicoloacutegico e a formaccedilatildeo dos mais
velhos enquanto agentes de cidadania na sociedade contemporacircnea
Facilitar a disseminaccedilatildeo e a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o envelhecimento
Desenvolver atividades e eventos cientiacuteficos e culturais que divulguem a investigaccedilatildeo
e sejam espaccedilos e tempos de partilha de vivecircncias e preocupaccedilotildees intergeracionais
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
22
onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
23
Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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24
CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
25
Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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27
Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
28
Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
29
sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
30
Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
31
Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
32
TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
33
PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
34
O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
35
Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
55
PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
56
Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
57
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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58
POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
22
onde eacute dado a oportunidade agraves instituiccedilotildees da comunidade que investem na proteccedilatildeo e
desenvolvimento dos mais velhos de apresentarem as suas experiecircncias os seus
projetos e de criar sinergias de sustentabilidade
Estabelecer protocolos parcerias e plataformas de cooperaccedilatildeo com a comunidade
E como Principais Vertentes
InvestigaccedilatildeoServiccedilo possibilitada pelo ldquoCentro de Investigaccedilatildeo e Apoio sobre o
Envelhecimento Ativo ndash CIAEA-IPBejardquo
Organizaccedilatildeo de dados sobre o Envelhecimento no Alentejo
Divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo sobre o Envelhecimento a niacutevel Local e Global
Intervenccedilatildeo ao niacutevel da Promoccedilatildeo do Envelhecimento na Comunidade
Consultadoria e apoio a projetos na aacuterea do envelhecimento
Promoccedilatildeo da formaccedilatildeo ao longo da vida dos mais velhos e dos profissionais que
trabalham com a geraccedilatildeo a partir dos 65 anos
Promoccedilatildeo do Envelhecimento Ativo a vaacuterios niacuteveis (individual familiar social
institucional laboral ocupacional e de sauacutede)
Apoio sisteacutemico ao envelhecimento ativo e com bem-estar na comunidade integrando
vaacuterias perspetivas (psicoloacutegica social de sauacutede e atividade fiacutesica)
Organizaccedilatildeo de eventos cientiacuteficos e de iniciativas com a comunidade na aacuterea do
envelhecimento
O Website do ODEA-IPBeja de Proximidade com a Comunidade apresenta-se como
Plataforma que reuacutene informaccedilatildeo estudos e investigaccedilatildeo na aacuterea do Envelhecimento a
niacutevel local e global
Divulgaccedilatildeo e partilha de iniciativas atividades e projetos sobre o envelhecimento a
niacutevel local regional nacional e internacional
Mobilizaccedilatildeo e articulaccedilatildeo dos atores locais e regionais afetos a esta temaacutetica por via
da partilha de informaccedilatildeo e do conhecimento
Ferramenta que disponibiliza a produccedilatildeo cientiacutefica dos docentes do IPBeja das
dissertaccedilotildees e projetos dos mestrados do IPBeja em particular do Mestrado em
Gerontologia Social e Comunitaacuteria e Desenvolvimento Comunitaacuterio e
Empreendedorismo e das atividades e dinacircmicas do CTeSP em Psicogerontologia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
23
Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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24
CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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25
Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
28
Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
29
sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
30
Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
31
Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
32
TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
33
PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
34
O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
35
Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
36
Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
37
PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
38
Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
55
PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
56
Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
57
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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58
POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
23
Link para o Website do ODEA-IPBeja de proximidade com a Comunidade encontra-
se na paacutegina do IPBeja ou em httpsodeaipbejawixsitecomodeaipbeja
Palavras chave Pessoas mais velhas Comunidade Sauacutede Psicogerontologia Gerontologia
Social e Comunitaacuteria Gerontot ecnologia
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24
CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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25
Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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26
PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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27
Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
28
Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
29
sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
30
Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
31
Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
32
TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
33
PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
34
O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
35
Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
36
Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
37
PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
39
As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
40
Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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58
POSTER
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
59
EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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24
CONFEREcircNCIA 3
CUIDADOS DE SAUacuteDE NO ENVELHECIMENTOCUIDADORES
E CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
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25
Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
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28
Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
32
TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
35
Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
36
Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
41
PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
43
Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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47
CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Cuidados de Sauacutede no Envelhecimento Cuidadores e Cuidados Continuados Integrados
Manuel Lopes
Universidade de Eacutevora
Investigador do Comprehensive Health Research Centre
mjluevorapt
Resumo
De acordo com a Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa ldquoTodos tecircm direito agrave proteccedilatildeo da
sauacutede e o dever de a defender e promoverrdquo (Artordm 64ordm nordm 1) Tal afirmaccedilatildeo divide a
responsabilidade entre o coletivo e o individual Neste enquadramento como podemos
equacionar a responsabilidade individual e familiar no processo de cuidados agrave pessoa idosa
A primeira proposta eacute atraveacutes da centralizaccedilatildeo do cuidado na pessoa e na promoccedilatildeo do
autocuidado
A segunda proposta eacute atraveacutes do enquadramento de todos os cuidadores no processo de
cuidados Deste modo o doente e a sua famiacutelia deixam de ser recetores passivos de cuidados
e passam a ser coprodutores
A terceira proposta eacute atraveacutes da reorganizaccedilatildeo do processo de cuidados com base em 3
conceitos chave integraccedilatildeo continuidade de cuidados e produccedilatildeo de valor
Palavras-chave Envelhecimento Autocuidado Processo de cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
28
Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
29
sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
30
Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
31
Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
32
TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
34
O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
36
Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
37
PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
39
As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
40
Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
41
PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
43
Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
45
CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
47
CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
48
A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 2
CULTURA FLORESCIMENTO E APOIO AO
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
29
sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
30
Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
53
Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Visotildees do Envelhecimento ao Longo da Histoacuteria
Maria Joatildeo Ramos
ESE - Instituto Politeacutecnico de Beja
Resumo
O envelhecimento eacute um processo simultaneamente universal e particular por um lado a sua
inexorabilidade torna-o uma caracteriacutestica intriacutenseca a todos os indiviacuteduos e a todas as
sociedades por outro lado enquanto construccedilatildeo social e cultural o envelhecimento tem sido
perspetivado de formas distintas e variaacuteveis ao longo dos tempos e em diferentes geografias
Neste contexto a presente comunicaccedilatildeo tem como principal objetivo abordar de forma
necessariamente sucinta a atenccedilatildeo que tem sido dada nas uacuteltimas deacutecadas agrave temaacutetica do
envelhecimento por parte das Humanidades particularmente no acircmbito da Histoacuteria e da
Literatura tendo por base estudos acadeacutemicos realizados nas uacuteltimas deacutecadas no espaccedilo
anglo-saxoacutenico Muitos destes estudos tecircm abordado questionado eou desconstruiacutedo os
estereoacutetipos negativos histoacuterica e culturalmente dominantes associados ao envelhecimento
salientando o cariz complexo da senescecircncia bem como as suas potencialidades e dimensotildees
positivas A partir da histografia recente seratildeo feitos alguns apontamentos sobre a situaccedilatildeo
dos mais velhos em vaacuterios contextos histoacuterico-geograacuteficos Da mesma forma seratildeo dados
alguns exemplos do tratamento e da perspetivaccedilatildeo do envelhecimento na anaacutelise e criacutetica
literaacuteria recentes produzidas no espaccedilo angloacutefono
Palavras-chave envelhecimento histoacuteria literatura contexto anglo-saxoacutenico
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
28
Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
29
sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
30
Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
35
Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
36
Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
55
PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
56
Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
57
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
58
POSTER
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
59
EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
28
Florescimento e Proteccedilatildeo do Bem-estar a partir dos 65 anos
Maria Cristina Faria
Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja Beja Portugal
mcfariaipbejapt
Resumo
A perspetiva desenvolvimental do processo de envelhecimento compreende os mais
velhos da nossa sociedade como ldquopessoas a desenvolver e a capacitarrdquo possibilitando a
compreensatildeo dos humanos deste periacuteodo de vida e a identificaccedilatildeo do conjunto de
ajustamentos individuais necessaacuterios face agraves mudanccedilas ocorridas no self (alteraccedilotildees corporais
cognitivas e emocionais expectativas sociais relaccedilotildees interpessoais alteraccedilotildees familiares
profissionais na rede de relaccedilotildees e no proacuteprio contexto de residecircncia)
A adopccedilatildeo consciente de estilos de vida saudaacuteveis ao longo da vida contribui para uma
vida mais saudaacutevel na velhice e proporciona um benefiacutecio potencial para a preservaccedilatildeo da
sauacutede e da autonomia viabilizando um envelhecimento gratificante Os estudos tecircm mostrado
como a qualidade de vida o bem-estar a manutenccedilatildeo das qualidades mentais fiacutesicas e sociais
estatildeo diretamente relacionados com o desempenho de ocupaccedilotildees significativas e gratificantes
Assim para aleacutem da preservaccedilatildeo da sauacutede fisica eacute preciso conservar a sauacutede psicologica e
social por isso eacute convenientwe saber como tornar os cidadatildeos seniores mais participativos na
sociedade enquanto atores do seu proacuteprio desenvolvimento
Seligman (2012) no seu livro ldquoFlourishrdquo traduzido para portuguecircs ldquoA vida que
florescerdquo surge com uma nova compreensatildeo da felicidade e do bem-estar e apresenta-nos
como objetivo da psicologia positiva aumentar a quantidade de florescimento na vida dos
humanos e do planeta Propotildee que o toacutepico da Psicologia Positiva seja o bem-estar que o
padratildeo de excelecircncia para o avaliar seja o florescimento (emoccedilatildeo positiva envolvimento
significado relaccedilotildees positivas e realizaccedilatildeo pessoal) e que o objetivo da Psicologia Positiva
seja aumentar o florescimento Por conseguinte dar mais vida a cada ano a partir dos 65 anos
implica criar estruturas de apoio e empoderamento aos mais velhos da sociedade e preparar os
mais novos e os teacutecnicos para saberem lidar de forma assertiva com o envelhecimento da sua
comunidade Estamos na linha de Seligman (2012) o objectivo de gerar riqueza soacute tem
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
29
sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
30
Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
31
Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
32
TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
33
PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
34
O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
35
Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
36
Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
37
PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
38
Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
39
As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
40
Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
41
PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
42
O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
43
Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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47
CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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48
A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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POSTER
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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sentido se gerar florescimento humano e felicidade para todos Eacute esta a problemaacutetica que se
pretende esclarecer e apresentar neste trabalho no sentido de criar sinergias e estrateacutegias de
florescimento psicoloacutegico e social a partir dos 65 anos de forma a proteger o seu bem-estar
Palavras-chave pessoas mais velhas envelhecimento saudaacutevel capacitaccedilatildeo florescimento
bem-estar
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Aprendizaje y compromisso com la comunidade Hacia una nueva concepcioacuten de la
vejez en los estudantes de educacioacuten social de la Universidad de Coacuterdoba
Sonia Garciacutea-Segura amp Carmen Gil-del-Pino
Universidad de Coacuterdoba Espantildea
Resumo
La imagen de la vejez que hemos heredado es una imagen asistencial dimanada de un
razonamiento simplista y sin fundamento cientiacutefico Ciertamente esta etapa de la vida se ha
tentildeido de tonos negros y se ha asociado a la soledad a la quietud a la pobreza al
conservadurismo a la muerte Asiacute las personas de edad avanzada son vistas como desvalidas
y necesitadas Este es el estereotipo de vejez que auacuten manejan quienes se dedican a la
proteccioacuten y a la asistencia de las personas mayores No es extrantildeo esperar cataacutestrofes si se
constata un importante crecimiento de este grupo de poblacioacuten El tono asistencial protector
compasivohellip continuacutea siendo la norma en las instancias oficiales y en las organizaciones
humanitarias y educativas
Ahora bien el perfil social de la vejez ha cambiado Numerosos estudios demograacuteficos han
revelado que las caracteriacutesticas que hasta ahora se han atribuido a esta etapa ya no pueden
sostenerse Actualmente los mayores no encarnan el patroacuten elaborado por las instancias
asistenciales Tienen una gran independencia econoacutemica y domiciliar han mejorado en
bienestar y salud y se han convertido en dispensadores de atenciones y recursos en las
solidaridades intergeneracionales que operan en el seno de las familias
Las expectativas que los nuevos planteamientos abren a la Educacioacuten Social son muchas Esta
va a tener ahora un campo creciente en el que ejercitarse Los estudiantes del Grado de la
Universidad de Coacuterdoba (Espantildea) se preparan con afaacuten para adentrarse en eacutel Dentro de las
asignaturas anuales Historia de la Educacioacuten Contemporaacutenea y Social (1ordm Curso) y Disentildeo
Desarrollo e Innovacioacuten en Proyectos Socioeducativos (2ordm Curso) revisan sus certezas sobre
las personas mayores y empiezan a adoptar una visioacuten positiva de las mismas aproximaacutendose
a ellas con proyectos de Aprendizaje-Servicio en los que no solo aprenden y forman actitudes
y compromisos personales sino que ademaacutes intervienen en sus necesidades y problemas
reales
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Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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36
Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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37
PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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39
As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
55
PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
56
Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
31
Gerototecnologiacutea ligada a la roboacutetica de apoyo en el envejecimiento
Joseacute Luiacutes Sarasola Saacutenchez-Serrano
Julio Piedra Cristobal
Elena Aizpurua Martiacuten
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Desde principios del siglo XXI se vienen produciendo cambios tecnoloacutegicos que
entre otras cosas han dado lugar al surgimiento de novedosas herramientas las cuales
mediante un uso adecuado pueden contribuir a la generacioacuten de beneficios econoacutemicos
sociales y cientiacuteficos Con el fin de facilitar el conocimiento y estrategias necesarias para
hacer este fin el Trabajo Social y la Gerontologiacutea deben constituirse como agentes
intermediarios entre la comunidad cientiacutefica Estado sector empresarial y ciudadaniacutea De ahiacute
la idoneidad por desarrollar esta liacutenea de investigacioacuten propia de ldquoPersonas Mayoresrdquo
El intereacutes de esta investigacioacuten se centra en conocer el impacto de implementar
procesos de domotizacioacuten en el funcionamiento ordinario de Centros Gerontoloacutegicos Maacutes
especiacuteficamente se investigaraacute los resultados del uso del Proyecto ID61153 (TERESA
Telepresence Reinforcement-Learning Social Agent) un robot de telepresencia socialmente
inteligente en Centros residenciales para Personas Mayores
Esta propuesta se pretende consolidar como una investigacioacuten que genere
conocimiento cientiacutefico de calidad el cual a su vez concadene la posibilidad de producir
beneficios sociales y econoacutemicos Asiacute se espera contribuir al aumento de la excelencia la
efectividad y la eficiencia de los servicios residenciales para la atencioacuten del bienestar de las
personas mayores y por ende a la contribucioacuten de la promocioacuten de un envejecimiento
saludable
Palabras claves Persona Mayor Centro Gerontologico Robotizacioacuten cambio tecnologico
investigacion
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
36
Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
38
Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
39
As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
40
Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
41
PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
42
O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
43
Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
47
CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
48
A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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TUacuteNEL
ENVELHECER NA COMUNIDADE
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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39
As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
55
PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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58
POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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PAINEL 3
DIREITOS E VIVEcircNCIAS NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
40
Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
41
PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
43
Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
47
CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
48
A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
49
PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
51
indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O novo regime juriacutedico do maior acompanhado anaacutelise criacutetica e epistemoloacutegica
Hugo Lanccedila
ESTIG ndash Instituto Politeacutecnico de Beja
hdlancaipbejapt
Resumo
Nesta exposiccedilatildeo pretende-se interpretar o novo regime juriacutedico do maior acompanhado em
diaacutelogo com o regime deposto avaliando criticamente as soluccedilotildees apresentadas trazendo luz
para uma temaacutetica quase sempre tecida com os tons obscuros do barroco Dessarte importa
indagar sobre quem reuacutene os requisitos subjetivos para beneficiar de medidas de
acompanhamento e aquilatar quais as limitaccedilotildees legiacutetimas agrave capacidade de agir do maior
acompanhado Porque a legislaccedilatildeo eacute recente e introduz uma mudanccedila de paradigma as
duacutevidas subjugam as duacutevidas pelo que urge suscitar para meditar sobre um conjunto de
questotildees mormente a autorizaccedilatildeo para internamento a alienaccedilatildeo de patrimoacutenio a escolha do
acompanhante o exerciacutecio dos direitos pessoais do beneficiaacuterio inter alia
Palavras-chave maior acompanhado dignidade acompanhante capacidade juriacutedica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
36
Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
37
PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
39
As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
57
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
58
POSTER
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
35
Vivecircncia em Estruturas Residenciais de Idosos (Des)continuidades Expetativas e
Necessidades
Luiacutesa Graacutecio amp Adriana Bugalho
Departamento de Psicologia da Universidade de EacutevoraCIEP
mlguevorapt
bugalhoadrianagmailcom
Resumo
O cuidado aos idosos tradicionalmente atribuiacutedo agraves famiacutelias tem vindo a ser transferido para
um grupo profissional de cuidadores formais pertencentes a entidades puacuteblicas ou privadas
As estruturas residenciais de idosos embora contestadas enquanto as melhores respostas satildeo
uma das modalidades muito procuradas pelos idosos em Portugal sendo importante conhecer
a realidade experienciada neste contexto Sob a perspetiva de que cada sujeito tem uma
histoacuteria iacutempar que se constroacutei durante todo o percurso de vida envelhecer reveste-se de
expectativas necessidades e significados diferentes A parte do estudo aqui apresentada
pretendeu conhecer a realidade de idosos que vivem em estruturas residenciais em termos das
suas vivecircncias anteriores motivos e expectativas face agrave institucionalizaccedilatildeo bem como de
necessidades e aspiraccedilotildees neste contexto Foram realizadas 20 entrevistas semiestruturas com
idosos entre os 80 e 91 anos tendo sido transcritas e analisadas na iacutentegra atraveacutes de anaacutelise
de conteuacutedo A vida anterior agrave institucionalizaccedilatildeo eacute sobretudo marcada por atividades de
trabalhovida diaacuteria evidenciando-se como um pilar organizador que confere sentido aos dias
A decisatildeo de entrada para a instituiccedilatildeo foi sobretudo tomada pelos proacuteprios idosos devido a
vulnerabilidades existentes ou perspetivadas Ainda que os idosos tenham tido sobretudo
expectativas de ganhos relativamente agrave institucionalizaccedilatildeo as perdas e ganhos referidos como
tendo ocorrido efetivamente apresentam um peso semelhante As perdas mais significativas
que os idosos natildeo equacionaram antes da entrada na instituiccedilatildeo referem-se sobretudo agrave quebra
de laccedilos familiares e de relacionamentos marcados por carinho e respeito Apesar do contexto
institucional ideal ser caracterizado por diferentes aspetos surgem em nuacutemero consideraacutevel
verbalizaccedilotildees que indicam a descrenccedila num contexto melhor Satildeo equacionadas implicaccedilotildees
para a melhoria das estruturas residenciais e para o aumento da qualidade de vida dos idosos
Palavras-chave Idosos Estruturas residenciais Expectativas Necessidades Qualidade de
Vida
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
36
Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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45
CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
47
CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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48
A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
51
indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Uma abordagem Global dos direitos das pessoas Idosas e o processo da
institucionalizaccedilatildeo em Estrutura Residencial
Joseacute Manuel Baiatildeo
Santa Casa da Misericoacuterdia de CubaInstituto Politeacutecnico de Beja
josebaiaoipbejapt
Resumo
A presente comunicaccedilatildeo visa estimular a reflexatildeo sobre as vulnerabilidades que caracterizam
este grupo populacional natildeo apenas relacionadas com aspetos da sua fisionomia ou condiccedilatildeo
cognitiva mas essencialmente aquelas consideraccedilotildees que satildeo de natureza social e que
determinam a qualidade da sua vivecircncia
Alguns aspetos sociais determinam a forma de vida destas pessoas nomeadamente a solidatildeo
o isolamento a marginalizaccedilatildeo o abandono os maus-tratos entre outras consideraccedilotildees ou
patologias sociais
As suas vulnerabilidades e dependecircncias natildeo lhes permitem exercer os seus direitos
fundamentais e especiacuteficos para que a sua vivecircncia se torne digna e preenchida com um
projeto vida repleto de interaccedilatildeo motivaccedilatildeo atividade alegria e liberdade
Esta reflexatildeo contempla a apresentaccedilatildeo destes direitos quer num contexto social e familiar
quer num panorama de integraccedilatildeo em Estrutura Residencial
Toda esta loacutegica seraacute apresentada com recurso de uma metodologia exposiccedilatildeo de discussatildeo e
interaccedilatildeo com o puacuteblico
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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41
PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
43
Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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PAINEL 4
CONTEXTOS DE INTERVENCcedilAtildeO NA COMUNIDADE NA
PESSOA EM SITUACcedilAtildeO DE VULNERABILIDADE
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Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
57
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
58
POSTER
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
38
Contextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade
Catarina Pazes
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
Envelhecemos vivemos muito e temos cada vez mais opccedilotildees nos cuidados que estatildeo agrave
disposiccedilatildeo da comunidade Gastamos muito dinheiro nos cuidados de sauacutede Temos
consequecircncias positivas para o enorme desenvolvimento das ciecircncias da sauacutede
Vivemos muito mais tempo E parece que a longevidade vai continuar a aumentar Desejamos
muito a cura das doenccedilas e formas de as controlar para que a morte surja cada vez mais tarde
Mas a preocupaccedilatildeo com a forma como se vive no fim da vida a evidecircncia cientiacutefica a
constataccedilatildeo do dia a dia mostram que se vive mal a uacuteltima etapa da vida
Na situaccedilatildeo de dependecircncia e de doenccedila (doenccedilas) avanccedilada o foco manteacutem-se na
parte quando precisa de ser (eacute essencial que seja) o todo ou seja deixa-se de controlar a
doenccedila para viver mas vive-se para controlar valores laboratoriais para manter uma
alimentaccedilatildeo considerada adequada etc
Desafio muitas vezes as famiacutelias a perguntarem quantas vezes sorriu hoje o meu
familiar a par de perguntarem se comeu a sopa toda
O que quero dizer eacute que o risco de recebermos cuidados desadequados no fim da vida e
enorme A gastar muito dinheiro estamos a ser pouco rigorosos nas respostas que estamos a
garantir enquanto sociedade E este eacute mesmo um problema de todos noacutes da sauacutede do social
da comunidade em geral
A fragilidade eacute uma condiccedilatildeo inevitaacutevel em algum momento (se natildeo houver um
evento suacutebito que antecipe a morte de forma abrupta) Mesmo quando envelhecemos bem
mesmo quando tomamos as melhores decisotildees para um envelhecimento saudaacutevel Existiraacute um
momento na vida em que surgiraacute uma condiccedilatildeo de maior vulnerabilidade em que seraacute preciso
ser mais capaz de participar ativamente nas tomadas de decisatildeo sobre a vida e sobre a morte
Literar para a sauacutede tambeacutem tem de implicar este tema se queremos garantir cuidados
adequados
Nesta fase da vida torna-se essencial um cuidado extremo em todas as escolhas todas
as tomadas de decisatildeo
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
39
As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
51
indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
53
Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
54
Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
56
Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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58
POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
39
As respostas sociais e de sauacutede a quem se encontra numa situaccedilatildeo fraacutegil precisam de
ser altamente especializadas e humanizadas Sauacutedo a organizaccedilatildeo deste seminaacuterio a comissatildeo
cientiacutefica que deu importacircncia a este tema
O painel ldquoContextos de Intervenccedilatildeo na Comunidade na Pessoa em Situaccedilatildeo de
Vulnerabilidaderdquo junta acadeacutemicos com pessoas que estatildeo na praacutetica cliacutenica Soacute assim faz
sentido trabalhar juntos na praacutetica na investigaccedilatildeo e no ensino Soacute assim se constroacutei
mudanccedila sustentada Quem estaacute na academia e na investigaccedilatildeo tem conhecimentos
importantiacutessimos e tem a sensibilidade para as questotildees essenciais da comunidade Mas quem
estaacute na praacutetica clinica que tambeacutem pode ser investigador e acadeacutemico tem o conhecimento
do terreno do dia a dia Quando trabalhos juntos num mesmo projeto criamos a
oportunidade de dar um contributo incomparavelmente maior para a comunidade onde nos
inserimos
Palavras chave Pessoa em Situaccedilatildeo de Vulnerabilidade Geriatria Cuidados Paliativos
Comunidade
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40
Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
42
O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
43
Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
48
A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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51
indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Cuidados Paliativos na comunidade que respostas para os mais velhos
Cristina Galvatildeo
ECSCP Beja+| ULSBA
Resumo
O envelhecimento populacional eacute uma realidade atual que conduz agrave necessidade de
adaptaccedilatildeo de cuidados a uma populaccedilatildeo muitas vezes fraacutegil e em final de vida A abordagem
paliativa visa dar resposta agraves pessoas e famiacutelias em situaccedilatildeo de doenccedila croacutenica avanccedilada e
progressiva e ao sofrimento por esta causado Na comunidade os cuidados paliativos devem
ser prestados por equipas com competecircncia especiacutefica permitindo ao doente viver no seu
domiciacutelio a fase final da sua vida A niacutevel nacional as respostas comunitaacuterias satildeo ainda
escassas pouco diferenciadas e tecircm manifestado dificuldade em dar resposta agraves crescentes
necessidades de uma populaccedilatildeo envelhecida A Equipa Comunitaacuteria de Suporte em Cuidados
Paliativos Beja + desenvolve a sua accedilatildeo desde haacute mais de dez anos em dez dos treze
concelhos (Beja Ferreira do Alentejo Aljustrel Ourique Castro Verde Almodocircvar Serpa
Vidigueira Cuba e Alvito) da Unidade Local de Sauacutede do Baixo Alentejo Os cuidados satildeo
prestados no domiciacutelio unidades de cuidados da RNCCI na sua zona de influecircncia e em lares
de idosos a doentes com as mais diversas patologias (demecircncia cancro doenccedilas
neurodegenerativas insuficiecircncia de oacutergatildeo etc)
Palavras Chave Mais velhos Cuidados Paliativos Comunidade
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
51
indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 5
CAPACITACcedilAtildeO NO ENVELHECIMENTO
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
43
Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
45
CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
46
Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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48
A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
42
O envolvimento ocupacional no envelhecimento
Patriacutecia Santos Susana Pestana Maria Raquel Santana amp Ana Isabel Ferreira
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo ODEA-IPBeja
Resumo
O envolvimento ocupacional eacute um dos conceitos base da praacutetica da Terapia
Ocupacional sendo fundamentado pela disciplina que estuda a ocupaccedilatildeo nomeadamente a
ciecircncia ocupacional Este conceito assenta numa dinacircmica de fatores que ao interagirem entre
si influenciam o envolvimento da pessoa nas suas ocupaccedilotildees participaccedilatildeo e sauacutede Estes
fatores sustentam a promoccedilatildeo da sauacutede e a participaccedilatildeo ao longo da vida assumindo igual
importacircncia no envolvimento em ocupaccedilotildees Desta forma consistem especificamente nas
aacutereas de ocupaccedilatildeo contexto e ambiente exigecircncia da atividade competecircncias de
desempenho fatores inerentes ao cliente e padrotildees de desempenho O envelhecimento
constitui um processo muitas vezes associado a multimorbilidades que influenciam os
aspectos inerentes agrave proacutepria pessoa e agraves suas competecircncias de desempenho bem como agraves
mudanccedilas no contexto e ambiente (integraccedilatildeo em instituiccedilotildees de apoio a idosos) e a alteraccedilotildees
dos padrotildees de desempenho (como a perda de alguns dos seus papeis e as alteraccedilotildees nos seus
haacutebitos e rotinas) Torna-se assim fundamental que nos centremos no impacto destas
alteraccedilotildees no envolvimento ocupacional de forma a potenciar o desenvolvimento de
estrateacutegias e poliacuteticas que contribuam para que todos possam ter um envelhecimento mais
saudaacutevel e pleno de vivecircncias significativas
Palavras chave Envolvimento Ocupacional Envelhecimento Reabilitaccedilatildeo Terapia
Ocupacional Idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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45
CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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46
Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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47
CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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48
A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
51
indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
54
Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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POSTER
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Promoccedilatildeo do envelhecimento saudaacutevel
Ana Sobral Canhestro
Escola Superior de Sauacutede do IPBeja Observatoacuterio das Dinacircmicas do Envelhecimento
do Alentejo - Instituto Politeacutecnico de Beja
anacanhestroipbejapt
Resumo
Do ponto de vista demograacutefico e epidemioloacutegico vivemos uma eacutepoca sem precedentes na
Histoacuteria da humanidade A possibilidade que cada indiviacuteduo tem de viver mais tempo tendo
em conta que a melhoria das condiccedilotildees de vida e dos cuidados de sauacutede acrescentou anos agrave
vida e que atingimos hoje valores relativamente agrave esperanccedila meacutedia de vida que seriam
impensaacuteveis no iniacutecio do seacuteculo XX traduz-se num envelhecimento demograacutefico que afeta
todos os paiacuteses desenvolvidos e no crescente aumento das doenccedilas croacutenicas que atingem
sobretudo os adultos a partir da meia-idade e satildeo geradoras de incapacidades na uacuteltima etapa
da vida 1048753 a velhice
Neste contexto Portugal eacute um paiacutes demograficamente envelhecido sendo o Alentejo regiatildeo
mais envelhecida de todo o territoacuterio nacional e o Baixo Alentejo apresenta simultaneamente
um elevado iacutendice de envelhecimento e a menor esperanccedila de vida ao nascer e aos 65 anos de
todo o territoacuterio nacional continental como consequecircncia da elevada prevalecircncia de doenccedilas
croacutenicas Uma populaccedilatildeo envelhecida e com muacuteltiplas doenccedilas croacutenicas cujas causas ainda
natildeo se encontra controladas traduz-se em inuacutemeros desafios para os sistemas de sauacutede e social
e tambeacutem para as pessoas famiacutelias e comunidades
Face aos desafios colocados pelas alteraccedilotildees demograacuteficas e epidemioloacutegicas a promoccedilatildeo da
sauacutede ao longo da vida eacute uma das principais estrateacutegias a adotar na atualidade Esta estrateacutegia
remete-nos para a capacitaccedilatildeo dos indiviacuteduos para que possam individual e coletivamente
responsabilizar-se pela melhoria da sauacutede individual familiar e comunitaacuteria A idade adulta
surge como uma etapa de vida crucial para a adoccedilatildeo ou manutenccedilatildeo de um estilo de vida
promotor da sauacutede que permita que se envelheccedila mantendo a sauacutede
Conhecer mais profundamente o estilo de vida as pessoas de meia-idade tendo particular
atenccedilatildeo para os comportamentos de promoccedilatildeo da sauacutede e os fatores que os influenciam satildeo
fundamentais para que se possa intervir atraveacutes de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede mas
tambeacutem de mudanccedila comportamental sendo fundamental a adoccedilatildeo de metodologias que
favoreccedilam a participaccedilatildeo ativa e a adesatildeo das pessoas em idade ativa agraves intervenccedilotildees e
capacitando-as para que sejam os gestores dos seus processos de sauacutede-doenccedila
Palavras-chave Promoccedilatildeo da Sauacutede Envelhecimento saudaacutevel Capacitaccedilatildeo
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44
TUacuteNEL
ENVELHECIMENTO NA COMUNIDADE
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
ACTIVO
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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CONFEREcircNCIA 4
BANCOS DEL TIEMPO PARA EL ENVEJECIMIENTO
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Evaristo Barrera Algarin
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jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
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Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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51
indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Bancos del tiempo para el envejecimiento activo
Joseacute Luis Sarasola Saacutenchez-Serrano
Alberto Sarasola Fernandez
Evaristo Barrera Algarin
Departamento de Trabajo Social y Servicios Sociales
Universidad Pablo de Olavide
jlsarsanupoes
Resumo
Un banco de tiempo es un sistema de intercambio de servicios por tiempo En eacutel la
unidad de intercambio no es el dinero sino una medida de tiempo por ejemplo el trabajo por
hora Es un sistema de intercambio de servicios por servicios o favores por favores que
fomenta las relaciones sociales y la igualdad entre distintos estratos econoacutemicos Actualmente
estos proyectos pueden ser potenciados con el soporte de la tecnologiacutea de la informacioacuten
Se plantea el uso de este tipo de economiacutea para solucionar diversos problemas presentes en la
economiacutea de mercado a modo de economiacuteas complementarias o mercados alternativos
Los creacuteditos de tiempo son depositados en un banco del tiempo Pueden ser sacados en
cualquier momento y gastado en un gran rango de servicios y oportunidades ofrecidas por los
demaacutes usuarios (tambieacuten el propio banco del tiempo actuacutea como un usuario ofreciendo y
demandando servicios de otros usuarios) Estos planes se denominan actualmente bancos de
tiempo bancos de horas y se promueven como una herramienta de regeneracioacuten de la
comunidad
Palabras claves Persona Mayor banco del tiempo economiacutea colaborativa problemas
econoacutemicos participacioacuten activa
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CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
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Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
51
indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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53
Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
56
Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
47
CONFEREcircNCIA 5
A IMPORTAcircNCIA DO CONTEXTO NO ENVOLVIMENTO
OCUPACIONAL DA PESSOA COM DEMEcircNCIA
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
48
A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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49
PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
51
indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
53
Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
54
Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
55
PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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56
Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
57
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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58
POSTER
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59
EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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48
A importacircncia do contexto no envolvimento ocupacional da pessoa com demecircncia
Patriacutecia Paquete
HumanaMente
Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa
Resumo
O contexto pode ser definido como um conjunto de circunstacircncias (como o local e o tempo)
que ajudam a compreender a mensagem Assim o contexto onde vivem as pessoas com
demecircncia eacute fundamental para colmatar os deacutefices cognitivos que apresentam O ambiente
fiacutesico e relacional que se proporciona agraves pessoas com demecircncia depende da forma como as
vemos Para que este ambiente seja promotor de bem-estar o enquadramento teoacuterico que o
sustenta deveraacute basear-se na Abordagem Centrada na Pessoa com demecircncia Esta abordagem
privilegia o bem-estar e a dignidade ao longo de todo o processo demencial Atraveacutes desta
abordagem compreendemos igualmente que o envolvimento em ocupaccedilotildees eacute uma
necessidade humana independentemente da sua idade capacidades ou deacutefices No entanto
em Portugal os ambientes desenhados para as pessoas mais velhas satildeo promotores da apatia
natildeo soacute pela sua configuraccedilatildeo fiacutesica mas tambeacutem pela sua organizaccedilatildeo Tudo gira agrave volta da
tarefa que tem que ser realizada o mais rapidamente e eficientemente possiacutevel retirando toda
e qualquer possibilidade agrave pessoa de decidir planear executar desfrutar E a passividade
instala-se Diferentes estudos sugerem que o ambiente que daacute oportunidade para em vez de
ldquoprescreverrdquo eacute um ambiente onde o envolvimento ocupacional pode surgir com maior
facilidade Envolver-se em ocupaccedilotildees significativas abre oportunidades para mais interaccedilatildeo
social desenvolvimento de competecircncias bem-estar e sentimento de pertenccedila construir
ambientes fiacutesicos e relacionais que deem oportunidade para que tudo isto aconteccedila eacute o
desafio
Palavras-chave ndash Contexto ndash envolvimento ocupacional-pessoa com demecircncia-abordagem
centrada na pessoa com demecircncia
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
49
PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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50
ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
51
indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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52
Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
53
Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
55
PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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56
Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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57
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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58
POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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PAINEL 5
EXERCIacuteCIO FIacuteSICO E O ENVELHECIMENTO
SAUDAacuteVEL UMA PERSPETIVA BIOPSICOSSOCIAL
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
51
indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
54
Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
55
PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
57
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo Projeto de desenvolvimento de
ambientes promotores de Sauacutede
Vacircnia Loureiro124 Margarida Gomes2 Caacutetia Freitas2 Carlos Paixatildeo1 amp Estefania
Castillo Viera34 1 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
2 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal) 3 Faculdade de Educaccedilatildeo Psicologia e Ciecircncias do Desporto Universidade de Huelva (Espanha)
4 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
vloureiroipbejapt catiagfreitashotmailcom
gomesmargarida0gmailcom carlospaixaoipbejapt
estefaniacastillodempcuhues
Resumo
Introduccedilatildeo A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (2012) para a populaccedilatildeo idosa na estrateacutegia e
plano de accedilatildeo para o Envelhecimento Saudaacutevel na Europa 2010-2020 indica como
intervenccedilatildeo prioritaacuteria 1 a promoccedilatildeo da atividade fiacutesica e como intervenccedilatildeo prioritaacuteria 2 a
prevenccedilatildeo de quedas O mesmo se passa no com as recomendaccedilotildees para Portugal (Silva et al
2016) A maioria das orientaccedilotildees internacionais (Chodzko-Zajko et al 2009) determinam
orientam e recomendam a praacutetica do desporto exerciacutecio fiacutesico enquanto instrumento de
educaccedilatildeo formaccedilatildeo desenvolvimento e promoccedilatildeo da sauacutede A praacutetica desportiva regular
relevante para o desenvolvimento integral do indiviacuteduo promovendo a sauacutede e estilos de vida
saudaacuteveis entre todos os segmentos da populaccedilatildeo tornou-se uma prioridade puacuteblica agrave escala
global Objetivo Apresentar o projeto de desenvolvimento de ambientes promotores de
Sauacutede especificamente o eixo ldquoExerciacutecio Fiacutesico e Prevenccedilatildeo de Quedas em Idososrdquo
Meacutetodos O projeto surge como resposta ao desafio societal do envelhecimento ativo e a um
importante especiacutefico e desafiante mercado de trabalho fundamental para os futuros
profissionais do exerciacutecio fiacutesico O Ensino Superior (ES) em particular o Politeacutecnico assume
um papel muito relevante particularmente nas suas zonas geograacuteficas de influecircncia As
instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) tecircm vindo a representar um papel relevante na formaccedilatildeo
e na conceccedilatildeo de aacutereas alargadas de influecircncia a partir sua intervenccedilatildeo direta no exerciacutecio da
atividade profissional da transferecircncia de tecnologia e prestaccedilatildeo de serviccedilos e dos efeitos do
desenvolvimento de accedilotildees de formaccedilatildeo orientadas para puacuteblicos especiacuteficos e para a
comunidade A articulaccedilatildeo indissociaacutevel do ensino e da investigaccedilatildeo eacute emanada em
programas de natureza educativa cultural e cientiacutefica e eacute o core da accedilatildeo do ES politeacutecnico A
presenccedila dos idosos nas instituiccedilotildees do ES politeacutecnico integrados em programas destinados agrave
comunidade representa por um lado a possibilidade de descoberta dos diversos aspetos
imprescindiacuteveis para um envelhecimento ativo e por outro uma oportunidade formativa dos
futuros teacutecnicos tambeacutem eles futuros agentes promotores do Desporto Sauacutede e Bem-Estar
Resultados O projeto estruturado em 3 fases tem uma duraccedilatildeo prevista de 4 anos e destina-
se a idosos do interior do paiacutes de uma zona de baixa densidade populacional Os objetivos
consistem em a) proporcionar uma praacutetica desportiva regular vocacionada para a promoccedilatildeo
da sauacutede com foco na prevenccedilatildeo da queda e manutenccedilatildeo de estilos de vida saudaacuteveis b)
aumentar o conhecimento sobre os benefiacutecios do exerciacutecio fiacutesico na sauacutede e na prevenccedilatildeo de
quedas c) monitorizar avaliar e divulgar de forma puacuteblica a informaccedilatildeo sobre os principais
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51
indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
57
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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indicadores de progresso na promoccedilatildeo da atividade fiacutesica d) fortalecer a relaccedilatildeo social do
Instituto Politeacutecnico ndash Comunidade e) dotar os futuros profissionais de exerciacutecio fiacutesico com
competecircncias e conhecimentos para a especificidade da praacutetica do exerciacutecio fiacutesico
manutenccedilatildeo da autonomia melhoria da sauacutede promoccedilatildeo do bem-estar e da qualidade de vida
na populaccedilatildeo idosa Conclusatildeo O projeto proposto eacute desenvolvido numa perspetiva
biopsicossocial tendo por base as linhas orientadoras da Estrateacutegia Nacional para a Promoccedilatildeo
da Atividade Fiacutesica destina-se agrave Populaccedilatildeo Seacutenior e objetivando quatro eixos de
operacionalizaccedilatildeo i) Praacutetica desportiva Eventos ii) Publicaccedilotildees Investigaccedilatildeo iii)
Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e iv) Campanhas Comunicaccedilatildeo e Sensibilizaccedilatildeo A operacionalizaccedilatildeo
do projeto decorre no contexto ldquoEstabelecimento de Ensinordquo em parceria e articulaccedilatildeo com as
autarquias e associaccedilotildees e organizaccedilotildees desportivas
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
53
Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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54
Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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POSTER
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Programas de Exerciacutecio Fiacutesico e Equiliacutebrio nas pessoas idosas revisatildeo sistemaacutetica
Carlos Paixatildeo1 Estefania Castillo Viera2 amp Vacircnia Loureiro13 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
carlospaixaoipbejapt estefaniacastillodempcuhues vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo O equiliacutebrio desempenha um papel essencial nas tarefas desempenhadas em
muitas atividades da vida diaacuteria na manutenccedilatildeo da independecircncia bem como na reaccedilatildeo a
perturbaccedilotildees externas do equiliacutebrio (Treacy et al 2015) Alguns programas de exerciacutecio
especificos de equiliacutebrio mostraram reduzir o nuacutemero e o risco de quedas bem como o medo
de cair (Gillespie et al 2009 Schoene et al 2014 Sherrington et al 2011 Taylor 2015)
embora natildeo esteja claro qual a metodologia necessaacuteria para alcanccedilar este resultado (Howe et
al 2007) Objetivos O objetivo desta revisatildeo sistemaacutetica eacute apresentar evidecircncias da eficaacutecia
de programas de exerciacutecio destinadas a melhorar o equiliacutebrio em idosos saudaacuteveis Meacutetodos
Esta revisatildeo sistemaacutetica foi realizada de acordo com a declaraccedilatildeo PRISMA (Moher Liberati
Tetzlaff amp Altman 2009) Foi realizada uma pesquisa exaustiva em 4 bases de dados
(PubMed Web of Science Cochrane and SportDiscus) entre janeiro de 2011 e janeiro de
2019 usando os seguintes termos (exercise OR physical exercise OR exercise program OR
physical activity) AND (balance OR balance training OR balance exercise OR standing
balance OR dynamic balance) AND (older adults OR older people OR elderly) Resultados
14 artigos foram incluiacutedos na revisatildeo Efeitos estatisticamente significativos foram reportados
para o equiliacutebrio estaacutetico e dinacircmico traduzido em vaacuterias melhorias nas habilidades de
equiliacutebrio O tipo de exerciacutecio mais utilizado foi a marcha equiliacutebrio e treino funcional
seguido do treino 3D Existe falta de consenso em relaccedilatildeo agrave metodologia dos programas de
equiliacutebrio Conclusatildeo O exerciacutecio parece ter efeitos beneacuteficos na capacidade de equiliacutebrio
avaliada atraveacutes de uma variedade de testes Os estudos devem incluir as especificaccedilotildees dos
programas de intervenccedilatildeo quanto aos exerciacutecios utilizados controlo de intensidade e a
progressatildeo e variaccedilatildeo do exerciacutecio durante o treino Essas informaccedilotildees ajudaratildeo os teacutecnicos
de exerciacutecio fiacutesico a prescrever exerciacutecios especiacuteficos validados
Palavras-chave Equiliacutebrio programas de exerciacutecio fiacutesico revisatildeo sistemaacutetica
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Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
57
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
58
POSTER
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
59
EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
53
Aptidatildeo Fiacutesica e Medo de Cair compromisso protetor das AVDacutes
Caacutetia Freitas1 Margarida Gomes1 amp Vacircnia Loureiro1 2
1 Laboratoacuterio de Atividade Fiacutesica e Sauacutede Mestrado em Atividade Fiacutesica e Sauacutede IPBeja (Portugal)
2 Escola Superior de Educaccedilatildeo Instituto Politeacutecnico de Beja (Portugal)
catiagfreitashotmailcom gomesmargarida0gmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas eacute uma caracteriacutestica do envelhecimento sendo descrita
como um dos principais problemas geriaacutetricos representando um motivo de preocupaccedilatildeo
mundial (WHO 2007) Com o avanccedilar da idade verifica-se um decliacutenio ao niacutevel da condiccedilatildeo
fiacutesica e consequentemente um aumento de risco de queda (Rubenstein amp Josephson 2002)
As trecircs principais causas comportamentais das quedas referenciados na literatura satildeo o medo
de cair reduccedilatildeo da atividade fiacutesica (AF) e restriccedilatildeo das atividades da vida diaacuteria (AVDrsquos)
(Terroso et al 2014) A prevenccedilatildeo das quedas por meio da AF reduz o iacutendice de quedas e
consequecircncias relacionadas com a mesma uma vez que idosos fisicamente ativos apresentam
maiores niacuteveis de forccedila equiliacutebrio e mobilidade e portanto menos propensos a quedas
(Barros Souza amp Uchocirca 2012) Objetivos Caracterizar a relaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
condiccedilatildeo fiacutesica e o medo de cair (FOF) em idosos inseridos em programas de exerciacutecio fiacutesico
comunitaacuterio Metodologia Estudo transversal A caracterizaccedilatildeo do histoacuterico de quedas
consistiu na determinaccedilatildeo da ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano o medo de cair foi
determinado atraveacutes do FES-I (Marques-Vieira Sousa Severino Sousa amp Caldeira 2016) e
a avaliaccedilatildeo da condiccedilatildeo fiacutesica atraveacutes da bateria Funcional Fitness Test For Older People
(Rikli amp Jones 2013) Participaram 62 idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos
O programa estatiacutestico utilizado na anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo
240 Resultados Verificamos que 323 (n=20) caiu no uacuteltimo ano e 194 (n=12) refere
ter medo de cair Natildeo foram verificadas associaccedilotildees significativas entre o medo de cair a
ocorrecircncia de queda no uacuteltimo ano e as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica Conclusatildeo Tanto as
quedas como o medo de cair podem reduzir substancialmente a qualidade de vida e a
independecircncia Importa continuar a estudar a problemaacutetica das quedas numa perspetiva
biopsicossocial determinando o efeito do exerciacutecio fiacutesico enquanto agente protetor das
AVDacutes
Palavras-chave Idosos Equilibrio Exercicio
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
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PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
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Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Aptidatildeo Fiacutesica e Risco de Queda em Idosos Efeito protetor e preventivo do exerciacutecio
fiacutesico
Margarida Gomes1 Caacutetia Freitas1 Vacircnia Loureiro1 2 1 Instituto Politeacutecnico de Beja ndash Escola Superior de Educaccedilatildeo (Portugal)
2 Grupo de Investigaccedilatildeo Atividade Fiacutesica Promoccedilatildeo de Valores e Educaccedilatildeo (HUM-954) Universidade de
Huelva (Espanha)
gomesmargarida0gmailcom catiagfreitashotmailcom vloureiroipbejapt
Resumo
Introduccedilatildeo A ocorrecircncia de quedas tem sido considerada um problema de sauacutede puacuteblica
devido sua alta incidecircncia as consequentes complicaccedilotildees para a sauacutede e os custos
assistenciais que provoca (WHO 2007) A ocorrecircncia de quedas apresenta uma etiologia
multifatorial dependente de fatores intriacutensecos (aspetos fisioloacutegicos muacutesculo-esqueleacuteticos e
psicossociais relacionados ao envelhecimento) e extriacutensecos (relacionados com o
ambiente)(Martin 2011) O desenvolvimento ou a manutenccedilatildeo de competecircncias que
permitam ao idoso um bom desempenho motor satildeo fundamentais para a manutenccedilatildeo da sua
qualidade de vida e independecircncia (Blain et al 2010 Kodama et al 2009) Como eixo
promotor a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico estruturado melhora a aptidatildeo fiacutesica associada a uma
diminuiccedilatildeo do iacutendice de quedas em 23 (Gillespie et al 2012 Rose 2015) risco de queda
(Goodwin et al 2014) e manutenccedilatildeo do niacutevel de independecircncia por maiores periacuteodos de
tempo (Barreto Rolland Vellas amp Maltais 2019 De Labra Guimaraes-Pinheiro Maseda
Lorenzo amp Millaacuten-Calenti 2015) Objetivo O presente estudo tem como objetivo verificar a
relaccedilatildeo entre o niacutevel de condiccedilatildeo fiacutesica niacutevel de AF e o risco de queda em idosos praticantes
Meacutetodos Estudo quantitativo e transversal A avaliaccedilatildeo consistiu na determinaccedilatildeo da
condiccedilatildeo fiacutesica (Rikli amp Jones 1999) niacutevel de atividade fiacutesica atraveacutes do IPAQ ndash E (Hurtig-
Wennlf Hagstrmer amp Olsson 2010) e risco de quedas atraveacutes da Bateria Fullerton Advance
Balance Scale (FAB) (Rose Lucchese amp Wiersma 2006) O FAB com uma pontuaccedilatildeo
inferior a 25 pontos predizia o risco de queda (Hernandez amp Rose 2008) Participaram 62
idosos (geacutenero feminino 774) com 7327plusmn55 anos O programa estatiacutestico utilizado na
anaacutelise dos dados foi o software IBM SPSS versatildeo 240 O niacutevel de significacircncia foi de
95 (siglt005) Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis e ANOVA Resultados Natildeo existiram
diferenccedilas significativas entre o niacutevel de AF e o risco de queda (p=08) Foram verificadas
diferenccedilas significatvas entre niacuteveis de AF baixos e moderados relativamente agrave condiccedilatildeo de
forccedila dos membros inferiores (p=009) e equiliacutebrio dinacircmico (p=002) Conclusatildeo Verifica-
se que indiviacuteduos com baixos niacuteveis de AF apresentam menores niacuteveis de forccedila dos membros
inferiores e equiliacutebrio dinacircmico face a indiviacuteduos com niacuteveis moderados de AF Natildeo
verificamos associaccedilatildeo entre o niacutevel de AF e o risco de queda Eacute fundamental analisar a
relaccedilatildeo entre as variaacuteveis de condiccedilatildeo fiacutesica e o risco de queda de modo a contribuir para a
determinaccedilatildeo da dose miacutenima de exerciacutecio fiacutesico na promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo desta
problemaacutetica
Palavras-chave Multifactorial condiccedilatildeo fiacutesica atividade fiacutesica risco queda idosos
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
55
PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
56
Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
57
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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59
EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
55
PAINEL 6
INTERVENCcedilAtildeO EM PSICOGERONTOLOGIA
E SAUacuteDE NA COMUNIDADE
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Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
56
Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
57
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
58
POSTER
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
59
EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
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56
Qualidade de Vida das pessoas com 65 e mais anos de idade num contexto rural extenso
de muito baixa densidade populacional ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Goes Henrique Oliveira Rogeacuterio Ferreira Joatildeo Vieira
Instituto Politeacutecnico de Beja Portugal
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
ferrinhoferreiraipbejapt joatildeovieiraipbejapt
Resumo
As estimativas levadas a cabo por vaacuterias organizaccedilotildees nacionais internacionais tecircm mostrado
um aumento do envelhecimento da populaccedilatildeo que influencia invariavelmente o
desenvolvimento da sociedade e o planeamento de respostas em sauacutede A niacutevel demograacutefico
Portugal apresenta um dos mais elevados iacutendices de envelhecimento da populaccedilatildeo residente
entre os paiacuteses da Uniatildeo Europeia (1532 idosos por 100 jovens)1 e as estimativas nacionais
indicam que esta taxa iraacute mais do que duplicar ateacute 2080 (317 idosos por 100 jovens)2 Nos
uacuteltimos anos a literatura cientiacutefica sobre a avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida (QdV) da
populaccedilatildeo idosa e muito idosa residente nas aacutereas rurais tem sofrido um seacuterio incremento
em virtude do registo de um maior niacutevel de envelhecimento em virtude de uma maior
prevalecircncia de doenccedilas croacutenicas multimorbidades e alteraccedilotildees funcionais de ordem variada
comparativamente agraves aacutereas urbanas3 que em geral culminam em necessidades de sauacutede cada
vez mais complexas e consequentemente numa maior procura dos serviccedilos de sauacutede pelos
idosos cuja utilizaccedilatildeo depende da disponibilidade e acessibilidade a estes recursos4 Estudos
internacionais5 6 permitiram aferir que a procura dos Serviccedilos de Urgecircncia pelos idosos
apresentou-se a maioria das vezes tanto inevitaacutevel como uacutenica e viaacutevel quando ocorre um
episoacutedio agudo de sauacutede porque o familiar cuidador natildeo soube dar resposta no domiciacutelio
(dependecircncia funcional conjuntamente com a falta de apoio no autocuidado) sobretudo
porque as complexas necessidades de sauacutede dos idosos natildeo foram anteriormente satisfeitas
atraveacutes de uma adequada continuidade dos cuidados culminando assim numa crise de sauacutede
Assiste-se assim a uma necessidade de coordenaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de cuidados integrados em
continuidade e proximidade pelo que se torna imperioso a criaccedilatildeo de novos modelos
sistematizados de intervenccedilatildeo e de suporte de modo a hierarquizar as prioridades
interventivas na comunidade optando sempre pelo contexto onde as pessoas vivem (no seu
domicilio) e permitindo que os idosos envelheccedilam com a qualidade (de)vida
Palavras-chave Envelhecimento Multimorbidade Qualidade de Vida Zona Rural
Cuidados Continuados Integrados
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57
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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57
Hospital em Casa ndash Proposta de Cuidados Continuados Integrados
Margarida Ameixa Lara Romatildeo Diana Lopes Margarida Goes Henrique Oliveira
Instituto Politeacutecnico de Beja
margaridameixagmailcom lararomaolivecompt dianafrescolopeshotmailcom
margaridagoesipbejapt henriqueoliveiraipbejapt
Resumo
Um envelhecimento saudaacutevel requer um bom niacutevel de funcionalidade Um alto niacutevel de
atividade fiacutesica mobilidade e cogniccedilatildeo estatildeo entre os fatores necessaacuterios para a independecircncia
na vida diaacuteria para uma melhor qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudaacutevel
(Dirik et al Garatachea et al Takata et al citados por Ozturc et al 2010)
O hospital em casa pode ser propiacutecio para promover um funcionamento mais saudaacutevel pois
daacute a capacidade dos enfermeiros interagirem com os utentes por um longo periacuteodo de tempo e
fazer os ensinos necessaacuterios para ajudaacute-los a alcanccedilar um niacutevel de independecircncia que lhes
permita gerir a sua doenccedila e a si mesmos (Marton B 2012)
A hospitalizaccedilatildeo domiciliaacuteria eacute uma alternativa promissora nomeadamente em utentes idosos
cujas condiccedilotildees podem se deteriorar drasticamente no hospital por causa da maior
vulnerabilidade a infeccedilotildees quedas deliacuterios e ateacute a solidatildeo Aleacutem de libertar as camas
hospitalares a hospitalizaccedilatildeo em casa tambeacutem mostrou reduzir os custos e acelerar as
recuperaccedilotildees (Nursing Executive Watch 2006) Fornece ainda cuidados hospitalares
promotores de conforto a partir de casa sendo estes centrados no utente Para tal utiliza
meacutedicos e enfermeiros altamente qualificados apoiados por uma tecnologia avanccedilada (Leff
et al 2012)
Assim o hospital em casa procura diminuir os custos e o desperdiacutecio melhorando a qualidade
do atendimento e a satisfaccedilatildeo do utente e da famiacutelia sendo importante analisar a situaccedilatildeo do
utente e avaliar a relaccedilatildeo risco-benefiacutecio de ser internado no hospital (Galiana 2016)
Este modelo exige visitas diaacuterias de enfermagem e meacutedicas permitindo a realizaccedilatildeo de
determinados exames de diagnoacutestico bem como tratamentos na casa do utente (Leff et al
2005)
Deste modo o atendimento hospitalar no domiciacutelio foi associado a uma maior satisfaccedilatildeo do
que o internamento hospitalar agudo Aleacutem disso o modelo do Hospital em Casa estaacute
associado a uma menor sobrecarga do cuidador (Leff et al 2006)
Palavras-chave Envelhecimento Idosos Enfermagem Hospital em casa
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Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
LIVRO DE RESUMOS do IX Seminaacuterio Ibeacuterico de Psicogerontologia
Envelhecer na Comunidade Sauacutede Direitos e Cuidados
59
EXPOSICcedilAtildeO DE FOTOGRAFIA
Envelhecer na Comunidade Ontem e Hoje
Galeria ldquoAo Ladordquo do Instituto Politeacutecnico de Beja
13 a 17 de maio de 2019
Manuela Pereira Aluna de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
Francisco Pardal Professor de Fotografia
Associaccedilatildeo Saberes e Aprendizagens Beja Seacutenior
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