Trinta e quatro áreas de alta biodiversidade que são prioridade mundial de conservação. Originalmente, elas correspondiam a 15,7% da superfície terrestre do planeta. Hoje cobrem apenas 2,3%. Juntas, ainda abrigam 50% das espécies de plantas e 75% dos animais ameaçados de extinção.
HOTSPOTS
Norman Myers
ONU declarou 2011 é o Ano Internacional das Florestas
As florestas cobrem 31% de toda a área terrestre do planeta e
têm responsabilidade direta na garantia da sobrevivência de 1,6 bilhões de pessoas e
de 80% da biodiversidade terrestre.
Suas planícies aluviais são ameaçadas pelo cultivo de arroz, os mangues foram convertidos em reservatórios de aquicultura de camarão e a pesca excessiva e o uso de técnicas de pesca destrutiva.
Além disso, alguns rios foram represados para gerar eletricidade, o que causou o alagamento de bancos de areia e outros hábitats que normalmente seriam expostos durante a estação seca, importantes para os ninhos de aves e tartarugas.
Os rios e pântanos são importantes para a conservação de peixes de água doce.
O Lago Tonle Sap e o Rio Mekong são hábitats para a lampreia gigante e a carpa dourada de Jullien.
Apenas 5% do habitat original ainda está lá.
Terra de paisagens variadas e com grandes índices de espécies endêmicas, incluindo o kiwi, seu representante mais famoso.
Neste arquipélago montanhoso dominado pelas florestas temperadas, nenhum dos mamíferos, anfíbios ou répteis é encontrado em outro lugar do mundo.
Foram levadas ao arquipélago 34 espécies exóticas de mamíferos (como gambás, coelhos, gatos, cabras e furões) e centenas de espécies de ervas daninhas.
A drenagem de pântanos também é um problema.
Há apenas 5% do remanescente original.
Esse hotspot cobre a metade ocidental do arquipélago Indo-Maláio, um arco de cerca de 17 mil ilhas equatoriais, dominado pelas duas maiores ilhas do mundo: Boréo e Sumatra.
Populações endêmicas de orangotangos estão em dramático declínio.
Outros fatores que levam à degradação são a produção de borracha, óleo de dendê e celulose.
Só 7% da extensão original da floresta.
É considerado um dos países mais ricos em biodiversidade do mundo.
Diversas espécies endêmicas estão confinadas a fragmentos de florestas que cobrem apenas 7% da extensão original do hotspot, que abrange mais de 7.100 ilhas.
Ocorrem só lá cerca de seis mil espécies de plantas endêmicas e diversas espécies de aves, como a águia das Filipinas (Pithecophaga jefferyi), a segunda maior águia do mundo.
Outro exemplo é o sapo voador pantera (Rhacophorus pardalis), que passou por diversas adaptações para planar, como as abas extras na pele e as membranas entre os dedos.
O sustento de cerca de 80 milhões de pessoas depende principalmente de recursos naturais provenientes das florestas.
O bioma 20 mil espécies de plantas, sendo 40% delas endêmicas.
Se estende por toda a costa atlântica brasileira, partes do Paraguai, Argentina e Uruguai, incluindo também ilhas oceânicas e o arquipélago de Fernando de Noronha.
Mais de duas dúzias de espécies de vertebrados, como os leões-marinhos e seis espécies de aves de uma pequena faixa no Nordeste, estão ameaçados de extinção, listadas como “criticamente em perigo”.
A região é desmatada há centenas de anos, por causa do ciclo da cana-de-açúcar, das plantações de café, e, mais recentemente, por conta da crescente urbanização e industrialização do Rio de Janeiro e de São Paulo.
O suprimento de água doce desse remanescente florestal abastece mais de 100 milhões de pessoas, a indústria têxtil, agricultura, fazendas de gado e atividade madeireira da região.
Sobrou apenas 10% da floresta
Elas abrigam uma ampla gama de hábitats incluindo a flora temperada com a maior taxa de endemismo no mundo. O ameaçado panda gigante (Ailuropoda melanoleuca), quase totalmente restrito a essas pequenas florestas, é a bandeira da conservação da região.
Essas montanhas também alimentam a maioria dos sistemas hídricos da Ásia, incluindo diversas ramificações do rio Yang-tze.
As atividades ilegais de caça, coleta de lenha e pastagem são algumas das principais ameaças à biodiversidade da região.
*A Hidroelétrica de Três Gargantas é a central hidroeléctrica com a maior barragem e represa do mundo, construída no Rio Yang-tsé, o maior da China, e a segunda maior usina hidrelétrica em energia gerada.
*A obra foi concluída em 20 de maio de 2006, seis meses antes do prazo previsto, deslocando milhões de habitantes de suas casas e soterrando importantes sítios arqueológicos.
*Apesar disso, a construção de barragens está sendo planejada em todos os rios principais da floresta, o que deve afetar os ecossistemas e a subsistência de milhões de pessoas.
*Apenas cerca de 8% da extensão original do hotspot permanece inalterado.
É uma zona de clima mediterrâneo com altos índices de plantas endêmicas.
É o lar da sequoia gigante (Sequoiadendron gigantea), o maior organismo vivo do planeta, e alguns dos últimos condores da Califórnia, a maior ave da América do Norte.
Também é o local de maior reprodução de aves dos Estados Unidos.
Diversas espécies de grandes mamíferos da região estão extintas, incluindo o urso cinzento (Ursus arctos), que aparece na bandeira da Califórnia e é símbolo do estado há mais de 150 anos.
O hotspot também corre risco com a expansão de áreas urbanas, poluição e construção de estradas, fatores que tornaram a Califórnia um dos quatro estados mais degradados do país.
Hoje resta cerca de 10% da vegetação original.
Lá são encontrados cerca de 200 mamíferos, sendo 11 endêmicos, entre eles o musaranho-elefante (Rhynchocyon chrysopygus).
Os primatas são espécies-símbolo desse hotspot, incluindo três espécies de macacos endêmicos, duas delas encontradas ao longo do rio Tana, que corta o Quênia Central.
Além disso, as 40 mil variedades cultivadas da violeta africana, que movimenta US$100 milhões anualmente no comércio global de folhagens, são derivadas de um punhado de espécies encontradas nas florestas costeiras da Tanzânia e do Quênia.
O risco de extinção das Florestas Costeiras da África Oriental ocorre por causa da expansão agrícola e das fazendas comerciais, que consomem os recursos naturais da região.
Resta 10% das florestas originais.
Trata-se de um hotspot de exemplo da evolução de espécies em isolamento.
Apesar de estarem próximas da África, as ilhas não compartilham qualquer grupo de animais do continente e contêm uma exuberante coleção única de espécies.
O hotspot possui oito famílias de plantas, quatro de aves e cinco de primatas que não existem em nenhum outro lugar.
As mais de 50 espécies de lêmures de Madagascar são os símbolos para a conservação da ilha, apesar de diversas delas já estarem em extinção.
É uma das áreas mais prejudicadas economicamente no mundo, com um rápido crescimento populacional que pressiona o ambiente natural.
Metade da população não tem acesso adequado à água doce.
Ameaças crescentes são a agricultura, a caça, a mineração e a extração não sustentável de madeira.
A preservação dos 10% de hábitat original restantes é importante.
Se concentra nas montanhas distribuídas ao longo da extremidade oriental da África, desde a Arábia Saudita ao norte até o Zimbábue ao sul.
Apesar de geograficamente dispersas, as montanhas têm flora extraordinariamente similar. O gênero de árvore mais frequente é o Podocarpus.
O Vale do Rift abriga mais mamíferos, aves e anfíbios endêmicos do que qualquer outra região da África.
Devido aos grandes lagos da região, há 617 espécies endêmicas peixes de água doce.
A principal ameaça a essas florestas é a expansão da agricultura, especialmente com grandes plantações de banana, feijão e chá.
O crescente mercado de carne, que coincide com o aumento da população, também põe em risco a região.
com apenas 10% de seu hábitat original.
AMÉRICA DO NORTE (2):- Província Florística da Califórnia- Floresta de Pinho – Encino de Sierra Madre (México e EUA)
AMÉRICA CENTRAL (2):- Mesoamércia (Costa Rica, Nicarágua, Honduras, El Salvador, Guatemala, Belize e México).- Ilhas do Caribe
AMÉRICA DO SUL (5):- Tumbes – Choco – Magdalena (Panamá, Colômbia, Equador e Peru).- Florestas Valdívias (Chile Central).- Andes Tropicais- Cerrado- Mata Atlântica (Brasil, Paraguai e Argentina).
ÁFRICA (8):- Floresta da Guiné (África Ocidental).- Chifre da África- Floresta de Afromontante (África Oriental).- Montanhas do Arco Oriental- Madagascar e Ilhas do Oceano Índico- Maputaland – Pondoland – Albany (África do Sul, Swazilândia e Moçambique).- Província Florística do Cabo (África do Sul).- Karoo de Plantas Suculentas (África do Sul e Namíbia).
ÁFRICA E EUROPA (1):- Bacia do Mediterrâneo
EUROPA (2):- Cáucaso- Região Irano – Anatólica
ÁSIA (6):- Montanhas da Ásia Central- Himalaias- Ghats Ocidentais (Índia e Sri Lanka). - Montanha do Centro Sul da China- Japão- Regiões da Indo – Birmânia
ÁSIA E OCEANIA (1):- Sunda ( Indonésia, Malásia e Brunei).
OCEANIA (7):- Filipinas- Wallacea (Indonésia)- Sudoeste da Austrália- Ilhas da Polinésia e Micronésia (incluindo Hawai).- Ilhas da Melanésia Oriental- Nova Caledônia- Nova Zelândia
http://scienceblogs.com.br/discutindoecologia/2009/07/sobre_hotspots_de_biodiversida_1.php
Referências
http://www.conservation.org.br/como/index.php?id=8
http://www.biodiversityhotspots.org/xp/hotspots/Pages/default.aspx
http://scienceblogs.com.br/discutindoecologia/2009/07/sobre_hotspots_de_biodiversida_1.php
http://www.aliancamataatlantica.org.br/MA_hotspot_mundial.htm
http://www.agencia.fapesp.br/materia/9737/entrevistas/diversidade-de-interacao.htm
http://www.soscerrado.com.br/index.php
http://ambiente.hsw.uol.com.br/mata-atlantica3.htm
http://www.sosmatatlantica.org.br/index.php
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