Download - Trilhas Urbanas

Transcript
Page 1: Trilhas Urbanas

ParqueIndependência

Av. D

om P

edro

Av. Rica

rdo Ja

fet

Padre Marchetti

Xavi

er d

e A

lmei

da

Rua dos Patriotas

Rua dos Sorocabanos

Rua

Bom

Pas

tor

Av. N

azar

é

Avenida Nazaré, s/n° - IpirangaFone/Fax: (11) 2273-7250

Segunda a Domingo - 5h às 20hHorário de Verão: 5h às 21h

O Ipiranga

As primeiras referências ao bairro do Ipiranga dizem respeito à construção de uma capela dedi-cada a Nossa Senhora da Luz, erguida por Domin-gos Luis, o carvoeiro, e sua mulher Ana Camacho, quando a região era ainda denominada Ireripi-ranga. Relatos históricos indicam que, em 1603, a capela foi transferida para os campos do Guare-pe, dando origem ao bairro da Luz.O bairro do Ipiranga está situado no sudeste do município, na vertente esquerda da bacia do rio Tamanduateí, contendo em seu território os córregos do Ipiranga e dos Meninos. Até meados do século XIX fazia parte da zona rural. Havia apenas chácaras, sítios, casas pequenas e vendas para abastecer os tropeiros que viajavam até a Serra do Mar. Com o desenvolvimento urbano e o aumento do mercado de café, a cidade se expan-diu ao longo do antigo caminho do mar. Em 1867, a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, vem facilitar esse percurso dando início ao desenvolvimento urbano da região. O desenvolvimento valorizou o bairro, atraindo cada vez mais imigrantes. Muitos vieram do Oriente Médio como a família Jafet, que construiu palacetes que ainda podem ser vistos na região. O Ipiranga recebeu também muitos italianos que vieram trabalhar nas fábri-cas que se instalaram no local. A região tinha características industriais tão marcadas que os bondes e ônibus que para lá se dirigiam tinham no letreiro o título Fábrica.Entre os anos 20 e 40, era considerado elegante residir na Rua Bom Pastor e nas Avenidas D. Pedro I e Nazaré. Em 1947, a inauguração da primeira pista da Via Anchieta aumentou o tráfego em direção a Santos, transformando o bairro, trazen-do novas atividades e residências para diferentes classes sociais. Com uma extensão de cerca de 30 Km², hoje o Ipiranga é composto por 80 vilas, que abrigam uma população de cerca de 556.000 habitantes (Censo, 2000) de constituição hetero-gênea, já que o bairro, além de ter recebido muitos imigrantes, continua a receber migrantes.Berço da Independência do Brasil e referência histórica nacional, o Ipiranga possui um estoque arquitetônico muito característico e diversifica-do, que inclui instituições de ensino, museus, obras de arte, prédios tombados como patrimô-nio histórico e parques.Parque Independência, Museu Paulista e Museu de Zoologia: meio ambiente, história e ciência. Trilhar é preciso!

Um dos raros exemplares de pau-a-pique da cidade de São Paulo, a Casa do Grito, diferente-mente do que o seu nome indica, tem relação apenas simbólica com o "brado do Ipiranga". Foi construída por volta da década de 1880, e portanto, cerca de 60 anos depois da Proclama-ção da Independência.Com as comemorações do 4º centenário da cidade, em 1954, foi realizada uma reestrutura-ção patrocinada pelo governo do Estado que tentou deixá-la parecida com a casa representa-da pelo pintor Pedro Américo no quadro

Inaugurado oficialmente em 1895 e conhecido como Museu do Ipiranga, é o mais antigo museu público de São Paulo. O edifício onde está instala-do foi construído entre 1885 e 1890 e projetado pelo arquiteto Tommaso Gaudenzio Bezzi para celebrar a Proclamação da Independência. A sua construção, além de assinalar o local onde teria ocorrido o "grito da independência", também tinha a intenção de associar a data de sete de setembro ao regime monárquico e à construção da nação brasileira, sendo ainda uma demonstra-ção do poder econômico de fazendeiros e empre-sários paulistas, que nesse momento ocupavam uma posição de prestígio junto ao governo central.O estilo arquitetônico adotado para a sua constru-ção - eclético de linhas neoclássicas - era muito utilizado na Europa na época, e viria marcar, a partir do final do século XIX, a transformação arquitetônica de São Paulo. A técnica empregada foi basicamente a da alvenaria de tijolos cerâmi-cos, uma novidade para a época (a cidade ainda estava acostumada a construir com taipa de pilão). Cinco anos depois de sua inauguração passou a abrigar o Museu Paulista, criado como panteão da independência e Museu de História Natural.O Museu Paulista é um museu de História, vincula-do à Universidade de São Paulo desde 1963. Apre-senta exposições relacionadas à formação das sociedades paulista e brasileira. Seu acervo é muito rico e diversificado, abrangendo coleções de objetos, iconografia e documentação impressa e manuscrita.

a partir de um concurso público. A obra, que foi inaugurada em 1922 para a comemoração do centenário da independência, é composta por cerca de 131 peças de bronze, sendo que as escultu-ras da parte superior simbolizam a força, a justiça e a sabedoria. No subsolo encontra-se a Cripta Impe-rial com os restos mortais da família de D.Pedro.

O Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, também conhecido como Museu dos Bichos, teve sua origem na década de 1890, quando uma coleção de animais fez parte do acervo inicial do Museu Paulista. Em 1941, referi-da coleção zoológica foi transferida para o atual edifício do Museu de Zoologia, nos limites do Parque Independência, formando um Departa-mento de Zoologia do governo paulista. Em 1969, a instituição passou a fazer parte da Universidade de São Paulo e recebeu seu nome atual.O prédio foi projetado pelo arquiteto Christiano Stockler das Neves especialmente para guarda de coleções, laboratórios e exposições. Representa-ções de animais aparecem nas fachadas, no vão central e nos vitrais do prédio, convidando para a visita às exposições e aos serviços do museu.O Museu de Zoologia faz estudos sobre a fauna da América do Sul e Central. As pesquisas estão principalmente nas áreas de taxonomia, sistemá-tica, evolução e biogeografia, utilizando as cole-ções de animais que o Museu abriga. Atualmente há cerca de 8 milhões de exemplares conservados em meio líquido ou a seco. Mantém ainda uma biblioteca especializada, publicações, exposições e atividades educativas, realizando pesquisas também nas áreas de museologia, comunicação e educação. No ensino, atua em pós-graduação, oferece disciplinas para graduação, cursos de extensão e estágios de aperfeiçoamento e de iniciação científica.Em 2001 foi implantado o programa de comuni-cação museológica e, consequentemente, em 2002 a abertura da nova exposição de longa dura-ção, que passou a apresentar uma nova progra-mação de atividades aos visitantes do Museu.

Independência ou Morte (exposto no Museu Paulista). Foi nessa ocasião que o imóvel recebeu o nome "Casa do Grito".Em 1981, a Prefeitura de São Paulo fez nova restau-ração, que devolveu ao imóvel o seu visual original. Faz parte do conjunto comemorativo da Indepen-dência do Brasil.

O bosque do Parque Independência foi concebido inicialmente como Horto Botânico do Museu Paulista. Criado em 1905 por Hermann Von Ihering, primeiro diretor deste museu, tinha finalidade científica e instrutiva, "destinado a estudar e mos-trar as árvores de nossas matas e, por este motivo, não se planta neste parque outras mudas a não ser as da nossa rica flora indígena", nos dizeres de seu criador. O Horto Botânico representava a diversida-de da flora brasileira. Na década de 1920 ele estava organizado de forma a apresentar os biomas brasi-leiros, distribuídos entre matas e campos. Em 1939 o Horto Botânico do Museu Paulista deixou de existir legalmente e perdeu seu objetivo científico e didá-tico. A partir daquele momento ele começou a se reorganizar como um bosque de lazer e práti-cas esportivas.Este bosque atualmente abriga belos exemplares de espécies nativas, como pau-ferro, imbiruçu, cedro, jatobá, marinheiro e embaúba, além de frutíferas com pitangueira, jambeiro e goiabeira, e algumas espécies exóticas como o pau-incenso e a falsa-seringueira. A presença de árvores frutíferas propicia alimentação e abrigo para a avifauna local, que inclui periquito-verde, bem-te-vi, sabiá-laranjeira, sanhaço, tico-tico, pardal (introduzido), quero-quero, cambacica, rolinha, anu-branco, joão-de-barro, e corruíra. Esta área verde ocupa aproxi-madamente 32.000 m² e tem grande importância na manutenção da diversidade da fauna e na melhoria das condições ambientais.

Com tamanho aproximando de 19 cm e uma dieta à base de minhocas, moluscos, artrópodes e algu-mas sementes, o Funarius rufus, popularmente conhecido como João-de-barro, recebe esse nome por construir seu ninho com restos vegetais, esterco e barro úmido. A sua casa, que geralmente leva de cinco a seis dias para ficar pronta, contém dois compartimentos, um menor que fica na entrada com abertura para o exterior, e outro separado por uma parede de barro, onde a fêmea põe os ovos (3 ou 4). Pouco menor que um sabiá, o João-de-barro, é marrom, vive em casais e tem o hábito de cantar em dueto próximo ao ninho.

Em 1922, para a comemoração do Centenário da Independência, esses jardins ganharam mais 1.500 m² e chegaram até a Avenida D. Pedro I, onde fica o Monumento à Independência. Na década de 1930, foram feitas novas intervenções nos jardins, como as obras de rebaixamento da área em frente à fachada principal do Museu Paulista, evidencian-do ainda mais a colina do Ipiranga.

Entre 1906 e 1909, o paisagista belga Arsênius Puttemans fez o projeto dos jardins ao redor do edifício do Museu Paulista, reproduzindo concep-ções paisagísticas inspiradas nos jardins barrocos franceses como o do Palácio de Versailles. Pode-mos observar que o modo como as plantas são podadas nos transmite um sentimento de domí-nio da natureza por parte do homem.

O Jatobá é encontrado desde o Piauí até o norte do Paraná, nas florestas semidecíduas, podendo medir de 15 a 20 metros de altura. Possui um fruto comestível que contém uma farinha muito nutritiva que é consumida pelo homem e pelos animais. É uma árvore de fácil multiplicação para reflorestamentos heterogênios (diversidade de árvores), parques e arborização de grandes jardins. Não exige solo muito fértil e úmido, geral-mente ocorrendo em terrenos bem drenados. O existente no bosque do Parque Independên-cia tem uma forma muito peculiar - de cotovelo - pois apresenta um fenômeno natural chamado fototropismo positivo, que é o crescimento das plantas em busca de uma maior incidência de luz solar.

em 1972, o governo do Brasil trouxe os restos mortais de D. Pedro I que estavam em Lisboa (Portugal). Em 1982, chegaram ao local os despojos de Dona Amélia, segunda esposa do Imperador.

Também denominada "Capela", foi construída em 1952, no espaço sob o Monumento da Indepen-dência, para abrigar os restos mortais de D. Pedro I. Em 1954, como parte das comemorações do 4º Centenário, os restos mortais de Dona Leopoldina, esposa de D. Pedro I, foram transferidos do Rio de Janeiro para o local. Para as comemorações do Sesquicentenário (150 anos) da Independência

Ypiranga, Hipiragua, Piranga ou Poranga são as denominações que teve o rio que passa no bairro, das quais os significados mais aceitos são " águas vermelhas" e "águas barrentas", certamente origi-nário do tupi-guarani. Porém alguns dicionaristas garantem que a palavra é derivada de i-pi-rá-ã-anga, que significa leito desigual.Durante séculos foi ponto de parada para tropeiros e viajantes que percorriam o Caminho do Mar, entre São Paulo e Santos. Por isso, foi neste local que Dom Pedro parou para descansar com sua comitiva quando vinha de Santos no início de setembro de 1822. Ali, recebeu notícias de Portu-gal, que o contrariaram e o levaram a gritar pela independência do Brasil. O episódio está registrado nos versos do hino nacional: "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas (...) o brado retumbante."

Paisagens doIpiranga

créditos

coordenação do programa Trilhas UrbanasVirginia T. V. Tristãopesquisa e textosVirginia T. V. Tristão/Marina Engels/João G. Rapaelli/Ricardo Bogus/Daniel Varela/Mauricio C. da Silva/Margarida Andreatta/Heloisa Barbuy/Maria Julia E. Chelini/Graça M. P. Ferreira/Denise Peixoto/Elisabeth Zolcsakrevisão de textosMônica Ribeirorevisão de textos 2° ediçãoMarina Engels/Guilherme M. Cunha/Julia Luchesi/Leandro Rodrigues GonçalvesfotoPedro Paulo Duarte/Fabio Lopes/Silvia Glueck/André C. Dias/Marcos Kawall/Jefferson Pancieri/Ângela Garcia/Andrea Grosse.projeto gráficoPedro Paulo Duarte/Natan de Aquino Giulianocoordenação de arteSílvia Glueck

MUSEU PAULISTA &

MUSEU DE ZOOLOGIA

IndependênciaPARQUE

GCasa do Grito

Foi construído com a intenção de representar o grito de D. Pedro I, em 7 de setembro de 1822, às margens do riacho do Ipiranga. É verdade que nem todos os historiadores confirmam a veraci-dade deste fato, todavia, o belíssimo conjunto arquitetônico está lá para retratar a cena.Iniciada em 1919, a obra teve como escultor Ettore Ximenes, cujo projeto foi escolhido

Museu de Zoologia H

Parque Independência

Marco histórico nacional, o Parque Independên-cia está localizado na colina do Ipiranga. Sua área de cerca de 161.300 m², tornada parque público em 1989, abriga importante patrimônio histórico, cultural e ambiental, como o Museu Paulista, o riacho do Ipiranga, a Casa do Grito, o Monu- mento à Independência, seus jardins e chafarizes e o bosque.

Os Jardins B Cripta Imperial C EMonumento à Independência

O Bosque A João-de-Barro (Furnaris rufus)

Riacho do Ipiranga D

Jatobá (Hymenaea courbaril) FMuseu Paulista

2° edição Revisada

Page 2: Trilhas Urbanas

FA

H

C

EB

D

G

IndependênciaPARQUE

MUSEU PAULISTA & MUSEU DE ZOOLOGIA

Lege

nda

faun

a Alma-de-gato Piaya cayana

Galo-da-campina Paroaria dominicana

Tico-tico Zonotrichia capensis

Urubu-de-cabeça-preta Coragyps atratus

Suiriri Tyrannus melancholicus

Curruíra Troglodytes musculus

Chopim Molothrus bonariensis

Sagui de tufo branco Callithrix jacchus

João-de-barro Furnarius rufus

Bem-te-vi Pitangus sulphuratus

Sabiá-laranjeira Turdus rufiventris

Sanhaço-do-coqueiro Thraupis palmarum

Pardal Passer domesticus

Coruja-orelhuda Rhinoptynsc clamator

Quero-quero Vanellus chilensis

Rolinha Columbina talpacoti

Encontrada na região sul e no estado de São Paulo, é muito popular por seus frutos saborosos e de produção abun-dante. É utilizada para auxiliar na recom-posição de áreas degradadas, proporcio-nando alimento à avifauna.

Pitanga (Eugenia uniflora)

Embaúba (Cecropia glazioui)

É uma árvore pioneira - árvore de clareira e de rápido crescimento ao sol muito recomendada para paisagismo, na composição de reflorestamentos e recuperação da vegetação de áreas degradadas. Atinge seu porte adulto máximo em menos de 10 anos, com altura que varia de 8 a 16 metros. Suas folhas ásperas servem como lixa de madeira, sendo que as folhas novas são o principal alimento do bicho-preguiça. Seus frutos são comestíveis e muito procurado por animais.

Guapuruvu (Schizolobium parahyba)

Seu nome de origem indígena significa árvore onde moram os urubus, mas é também conhecida como rei da floresta, por sua altura de 20 a 30 metros. As flores amarelas, desta árvore nativa, são muito vistosas, e a folhagem tipo samambaia oferece uma sombra leve e agradável, o que a torna particularmente apropriada para o uso em parques.

N árvoresPau-Brasil

Caesalinia echinata

Café

Coffea arabica

Jerivá

Syagrus romanzoffiana

Tipuana

Tipuana tipu

Figueira-benjamim

Ficus microcarpa

Imbiruçu

Eriotheca pentaphylla

Seringueira-da-Índia

Ficus elastica

Jatobá

Hymenaea courbaril

Embaúba

Cecropia glazioui

Guapuruvu

Schizolobium parahyba

Goiaba

Psidium guajava

Uva-japonesa

Hovenia dulcis

Tapiá-mirim

Alchornea triplinervia

Marinheiro

Guarea macrophylla

Camboatá

Cupania oblongifolia

Canela-branca

Cryptocarya mandioc cana

Grumixama

Eugenia brasilienses

Pitanga

Eugenia uniflora

Riacho

Chafariz

Mamíferos (sagui)

Aves

Cooper/Caminhada/Trilhas

Aparelhos de Ginástica

Playground

Sanitário

Pau Brasil (Caesalpinia echinata)

Com seu tronco espinhoso e sua madeira avermelhada, o Pau Brasil é originário da Mata Atlântica. É uma espécie muito próxima da Sibipiruna (C. peltophoroides) e do Pau Ferro (C. ferrea), as três perten-cendo ao mesmo gênero (Caesalpinia). No período colonial, foi responsável pelo batismo do nosso país devido à sua abundância. Nessa época, foi altamente explorado, devido ao então raro corante vermelho extraído de sua madeira.

Educ

ação

Am

bien

talOs parques situados em áreas urbanas são considera-

dos patrimônios ambientais, históricos e culturais, proporcionando ao seu público usuário um espaço geográfico propício para convivência social, lazer, prática de esportes, contemplação, educação ambi-ental e a possibilidade de coexistência do ambiente natural com o ambiente construído. Potencializando o aspecto pedagógico dos Parques Municipais, o Programa Trilhas Urbanas vem desen-volvendo nestes espaços trilhas monitoradas como estratégia em educação ambiental, proporcionando aos participantes a oportunidade de uma melhor compreensão acerca do processo de antropismo (ação humana sobre o ambiente) e suas conexões espaço-tempo que resultaram nas transformações socioambientais contemporâneas As trilhas interpretativas em Educação Ambiental desenvolvidas pela equipe do Programa visam estimular a capacidade de observação e reflexão, viabilizando, assim, a informação biológica, social, cultural, geográfica e histórica, a sensibilização e a conscientização socioambiental, propiciando ao cidadão, a partir de uma nova leitura da realidade, repensar e rever sua relação com o meio ambiente como um todo.