Tratamento das Águas Residuais dos Dejetos de Suínos
com Aguapé, um Estudo de Caso no Campus Nilo
Peçanha- Pinheiral – RJ
Claudia Maria Baronto Pereira Jorge
(LATEC/UFF)
Resumo: O trabalho vem demonstrar e avaliar um processo de tratamento de águas residuais
provenientes dos resíduos sólidos de suínos através da Fitorremediação.
Esta técnica foi implementada no Campus Nilo Peçanha no Município de Pinheiral – RJ, desde
2004, e utiliza uma lagoa de Aguapé, planta que possui características importantes e que atua
como filtro biológico de efluentes.
Análises mostram sua eficiência no complemento do tratamento de dejetos de suínos para
atender a legislação vigente.
Palavras-chaves: Resíduos Sólidos de Suínos – Fitorremediação – Aguapé
ISSN 1984-9354
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1. Introdução
1.1- Situação Problema
A poluição ambiental provocada pelos resíduos sólidos de suínos tem sido considerada e estudada
cada vez mais intensamente tanto quanto mais exigentes tem se mostrado os órgãos ambientais e a
questão ambiental de gerenciamento de recursos hídricos, já que os dejetos comumente são
despejados nas fontes hídricas como mananciais e bacias de vários rios de importância no
abastecimento da população.
O efeito poluidor se traduz no desequilíbrio ecológico e na redução dos níveis de oxigênio
dissolvido na água, disseminação de microrganismos patogênicos e contaminação das águas
potáveis com amônia, nitratos e outros elementos tóxicos.
Os principais elementos constituintes dos dejetos de suínos que afetam as águas superficiais são:
matéria orgânica, nutrientes, sedimentos e bactérias fecais. Quanto as águas subterrâneas são
afetadas por bactéria e nitratos.
Segundo o Veterinário e o Colaborador do Projeto do Campus Nilo Peçanha, Dr. Jorge Luis
Pereira Jorge, uma solução prática que auxilia e complementa o tratamento das águas residuais
dos dejetos da suinocultura é a fitorremediação que é a capacidade de absorção das raízes das
plantas que, além de absorver águas e nutrientes que as fazem crescer, algumas espécies são
capazes de absorver do ambiente elementos poluentes, funcionando como filtros biológicos, assim
como a Aguapé.
1.2 – Justificativa
As suinoculturas têm elevados sistemas de tratamento dos dejetos de suínos, mas o produto final é
uma água residual que não atinge os padrões aceitáveis na legislação de reutilização ou descarte.
Embora o sistema de tratamento das suinoculturas seja eficiente e promova uma redução de
aproximadamente 95% da matéria orgânica nos sistemas de lagoas em série e em estações
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compactadas, alguns trabalhos de avaliação do tratamento de resíduos da suinocultura
demonstraram que o resíduo final da última lagoa não pode ser lançado em cursos d’água, pois
seus valores estão acima do permitido pela legislação ambiental vigente (Oliveira et al.,1995).
Isto leva a uma necessidade de se tratar esta água residual e de reutilizá-la em áreas disponíveis na
propriedade e que tenham capacidade de absorvê-lo de maneira a não sofrer o impacto poluidor.
Águas residuárias domésticas de concentração forte possuem demanda bioquímica de oxigênio
(DBO5) próximo a 300 mg L-1, enquanto dejetos de suínos manejados em fossa de retenção, em
unidades de crescimento e de terminação, chegam a apresentar DBO5 de 50.000 mg L-1 (Oliveira,
1993)
Nas lagoas de aguapés, as plantas aquáticas vasculares funcionam como substrato vivo para
atividade microbiológica, que promove a redução da matéria orgânica, N e P, além de metais
pesados (Pescod, 1992).
Portanto, a Fitorremediação torna-se uma tecnologia que vem complementar o tratamento das
águas residuais com o objetivo de minimizar poluentes do meio ambiente., uma vez que as plantas
removem estes contaminantes, e, principalmente, devolvendo a água em condições de ser
reintegradas.
Para se determinar a qualidade de um efluente e mensurar a sua capacidade poluente devemos
levar em consideração determinados parâmetros que sejam confiáveis e significativos. Com
relação aos dejetos de suínos os principais parâmetros usados são os seguintes:
a. Demanda química de oxigênio (DQO – mg/l): corresponde a quantidade necessária de
oxigênio capaz de oxidar quimicamente a matéria orgânica e inorgânica oxidável da água
sem a intervenção de microorganismos dada em miligramas por litro;
b. Demanda bioquímica de oxigênio (DBO – mg/l): corresponde a quantidade de oxigênio
necessária para que os microorganismos depuradores possam digerir a carga poluidora na
água. Representa uma das principais unidades de medida de poluição dos efluentes;
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c. Sólidos totais (ST – mg/l): refere-se ao conteúdo de sólidos totais e corresponde a matéria
sólida contida nos dejetos, que permanece após o processo de retirada da umidade;
d. Sólidos voláteis (SV – mg/l): caracterizam a fração de matéria orgânica, assim como o teor
de sólidos fixos indicam o teor de sólidos minerais;
e. Nutrientes, Nitrogênio total, Fósforo total e Potássio total (mg/l): a sua incidência fica
relacionada aos parâmetros exigidos na legislação para a sua emissão em efluentes.
1.3-OBJETIVO
O objetivo deste artigo é avaliar as vantagens e demonstrar o processo do uso da técnica de
Fitorremediação como complemento no tratamento de águas residuais provenientes da
suinocultura que atenda a legislação vigente de descarte e reuso.
2-Fundamentação Teórica
2.1 –Resíduos Sólidos de Dejetos de Suínos
Os dejetos dos suínos são constituídos principalmente por fezes, água de limpeza, ou higienização,
lâminas d’água para refrigeração dos animais, assim como também água desperdiçada nos
bebedouros, urina, pelos resíduos de ração e outros materiais usados na criação (Konzen, 1993).
Há uma enorme variação na produção de dejetos no que diz respeito ao volume dos mesmos,
porém esta variação se dá de acordo com o manejo e quantidade de água, temos como exemplo a
tabela nº1 que traz em termos médios esta produção de acordo com a fase produtiva do animal.
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Tabela nº 1 Produção média de dejetos nas diferentes fases produtivas dos suínos
Categoria Esterco (kg/dia) Esterco + urina
(KG/dia)
Dejetos líquidos
(litros/dia)
Suínos 25 a 100Kg 2,30 4,90 7,00
Porcas gestação 3,60 11,00 16,00
Porcas lactação +leitões 6,40 18,00 27,00
Cachaço 3,00 6,00 9,00
Leitões na creche 0,35 0,95 1,40
Média 2,35 5,80 8,60
Fonte: Oliveira et al 1993
Os dejetos podem apresentar grande variabilidade em seus componentes dependendo da
quantidade de água de sua composição
O dejeto líquido dos suínos contém matéria orgânica, nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, sódio,
magnésio, manganês, ferro, zinco, cobre e outros elementos incluídos nas dietas dos animais.
A legislação do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), Resolução 430/2011 dá os
parâmetros e padrões de lançamentos de efluentes em águas superficiais trazendo a noção de
efeitos toxicológicos a organismos aquáticos, e estabelece que: “Demanda Bioquímica de
Oxigênio (DBO 5 dias a 20°C): remoção mínima de 60%”, e a Resolução 357/2005, “efluentes de
qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta ou indiretamente, nos corpos de
água, após o devido tratamento e desde que obedeçam às condições, padrões e exigências
dispostos nesta Resolução e em outras normas aplicáveis”.
2.2- A Fitorremediação
A Fitorremediação é uma técnica que utiliza plantas para auxiliar no tratamento de águas
poluídas, de solos e em alguns casos até mesmo do ar.
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As plantas absorvem, através das suas raízes, água e os nutrientes que as fazem se desenvolver, e
determinadas espécies tem a capacidade de extrair do ambiente elementos poluentes, atuando,
portanto, como filtro biológico.
"A planta tem um papel fundamental de se estabelecer nesses locais, absorver os poluentes e
incorporá-los à sua biomassa. Esse é um processo natural de fitorremediação. A gente pode
aumentar esse poder das plantas, colocando espécies mais específicas, que aturem melhor a
bioacumulação desses poluentes. Muitas plantas que o produtor rural já cultiva em sua
propriedade podem ser usadas na fitorremediação. Para a descontaminação da água, temos o
junco, o aguapé, o lírio-do-campo, entre outras " (Silvio Tavares, 2010)
2.3 - A Aguapé e suas Propriedades
A aguapé (Eichornia crassipes) também chamado de Baronesa, Gigoga, Jacinto D’Água, etc. é
uma planta aquática, flutuante, nativa da América do Sul que se distribui de forma bastante ampla
nas regiões dos trópicos. Tem uma enorme capacidade de se proliferar, durante todo o ano,
produzindo grande quantidade de biomassa numa velocidade espantosa de uma tonelada por
hectare por dia. Para garantir a sua sobrevivência é capaz de extrair os nutrientes dissolvidos nos
cursos d’água filtrando através de sua raízes fibrosas o material particulado dispersos, absorve
também metais pesados como prata, chumbo, cádmio, mercúrio entre outros. Esta planta também
promove a oxigenação da água, tanto pelas suas partes aéreas, quanto pela ação bioquímica das
bactérias que formam um complexo ecossistema na sua rede radicular, segundo a pesquisadora
Carmem Lucia Roquete Pinto do Instituto Nacional de Tecnologia (INT).
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Foto nº1 Aguapé na lagoa de fitorremediação com destaque para sua rede radicular.
No entanto, até a década de 1940, a Aguapé era considerada uma praga, suas propriedades só
foram descobertas através de um estudo feito pela NASA (National Aeronautics and Space
Administration) quando houve a necessidade de se fazer a limpeza de uns canais fluviais nos
Estados Unidos que estavam tomados pela planta, quando pesquisadores desta instituição
começaram a estudar a planta, que até então era considerada apenas uma praga. A partir destes
estudos começou a se descobrir e a entender melhor suas propriedades.
Devido a sua enorme capacidade de proliferar e produzir biomassa, passou a ser considerado a
necessidade de se manejar as plantas, não sendo recomendado o seu uso em grandes lagoas,
apenas em tanques onde se possa retirar o excesso de plantas, de forma mais fácil, de tempos em
tempos, para que não ultrapasse mais de 70 plantas por m2. Que é a concentração ideal de plantas
para que não atrapalhe a oxigenação da água com a cobertura do espelho d’água, segundo relato
da pesquisadora e os estudos da NASA.
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Pescod (1992) informa que uma das alternativas ecológicas mais usadas em vários países do
mundo emprega o aguapé como agente fitodepurador. Para Manfrinato (1989) isto se deve às
características desejáveis apresentadas por esta planta, podendo-se citar: 1) grande velocidade de
desenvolvimento, em águas poluídas; 2) alta capacidade de absorver metais pesados; 3) grande
eficiência na redução da DBO de águas poluídas, e 4) alta demanda por nutrientes, como o
nitrogênio e o fósforo.
Nas lagoas de aguapés, as plantas aquáticas vasculares funcionam como substrato vivo para
atividade microbiológica, que promove a redução da matéria orgânica, N e P, além de metais
pesados (Pescod, 1992).
3- Um Estudo de Caso no Campus Nilo Peçanha (CANP)
3.1 -A suinocultura no Campus Nilo Peçanha (CANP) do IFRJ
A Suinocultura do CANP funciona como unidade de ensino e produção (UEP) tendo como
objetivo servir de laboratório para aulas práticas e também como área de demonstração de
tecnologias de produção para atender a produtores da região. Conta no momento com 25 matrizes,
num plantel de 200 animais em média e pretende se estabilizar com 60 matrizes e uma produção
quinzenal de 50 leitões em média.
3.2 Metodologia do Tratamento das Águas Residuais dos Dejetos de Suínos
Segundo o Veterinário e Colaborador do Projeto, Dr. Jorge Luis, o tratamento do efluente líquido
é feito por decantação, primeiramente de forma anaeróbica no fundo das lagoas facultativas e
posteriormente de forma aeróbica na superfície das mesmas quando em contato com o oxigênio.
Seguindo o fluxo o efluente será conduzido às lagoas rasas contendo aguapé para que possa ser
feita a fitorremediação.
Quadro nº1 esquema gráfico do sistema de tratamento de dejetos da UEP de suinocultura do
CANP – IFRJ
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No quadro nº1 podemos observar um esquema do sistema de tratamento, onde vemos a disposição
dos tanques de retenção de sólidos e os demais tanques de decantação e tratamento anaeróbico, as
lagoas facultativa aeróbicas onde o efluente é tratado até fluir para o último tanque , quando este é
submetido a fitorremediação através de plantas aquáticas da espécie Eichornia crassipes – Aguapé.
Foto nº2 vista da lagoa de fitorremediação
A Aguapé irá promover, além da retenção dos sólidos em suspensão, como também a retirada de
metais pesados que possam estar dissolvidos na água, como é capaz de promover a retirada de
fosfatos e nitratos também dissolvidos no efluente. Através do sistema radicular que tem a forma
de cabeleira faz a filtragem mecânica dos sólidos em suspensão. No final do sistema de tanques
está localizado um filtro biológico construído em alvenaria, que possui dois fundos, onde um está
suspenso cerca de 10 cm do outro e possui orifícios que permitem a passagem da água o segundo é
impermeável. Este filtro de concreto promoverá uma filtragem ascendente. O fundo suspenso tem
a função de impedir que as pedras e areia filtrante impeçam o fluxo de água e também promove
um espaço para que os microrganismos se desenvolvam e façam também o tratamento biológico
da água. Após a filtragem a água ficará armazenada em um tanque onde poderá ser bombeada para
outra caixa de água para ser reusada nas lâminas d’água da suinocultura.
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O efluente após passar pelos tanques com aguapé é conduzido por um tubo vaso comunicante para
o filtro biológico ascendente. Este tubo desce até o fundo do filtro que contendo pedra brita grossa
nº 4( com 5 cm de diâmetro) brita fina nº 0, areia e carvão, promoverá além da filtragem
mecânica, também uma filtragem biológica através de microrganismos localizados no fundo do
mesmo. O Filtro é constituído por dois fundos onde um é perfurado permitindo a passagem do
efluente de forma homogênea e colocado acima do outro cerca de 10cm. O outro é vedado não
permitindo a saída do efluente, armazenando os microrganismos que proliferam neste espaço e
promovem a filtragem biológica. A água após este processo percorre um caminho ascendente
passando pelas camadas de pedra, areia e carvão até sair por outro tubo para armazenamento em
outro tanque, onde fica estocada a espera de ser bombeada para uma caixa localizada próxima do
galpão de engorda, para ser reutilizada nas lâminas d’água. Os detalhes deste filtro biológico pode
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ser visto na figura nº
abaixo:
Figura nº1 esquema gráfico do filtro anaeróbico
Após este processo, poderá ser feito uma análise da vazão do efluente nos tanques através do
método direto, onde se pode ser medido através de um recipiente com volume conhecido.
O método volumétrico direto para determinação de vazão consiste em determinar o tempo que a
água levará para encher um recipiente de volume conhecido. sendo a vazão então determinada
pela equação: Q = V / T. Onde Q representa a vazão dada em litros por segundo (l/s), V o volume
do recipiente em litro (l) e T o tempo necessário para encher o recipiente e dado em segundos.
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De acordo com Bernardo, Soares e Mantovani (2009), o método volumétrico direto é um método
simples e adequado para medições de vazões até 1 litro por segundo, o qual fornece boa precisão
quando o tempo medido for de pelo menos 20 segundos e se emprega a ao menos três repetições
por medição. Com estes dados pode-se fazer o monitoramento deste efluente através de cinco
pontos diferentes no seu fluxo. São coletadas águas nestes pontos onde fazem a análise da
demanda química de oxigênio, sólidos totais, pH e temperatura do efluente.
Após estes processos de tratamento de águas residuais, amostras deverão ser coletadas e
analisadas a fim de serem comparadas com o que diz a legislação na resolução do CONAMA
357/2005 e 430/2011, quanto a emissão de efluentes.
4-Resultado
Através de uma avaliação do Tratamento de Efluentes da Suinocultura do IFRJ – Campus Nilo
Peçanha, amostras foram coletadas desde o início do tratamento dos dejetos de suínos, ou seja,
em diferentes estágios de tratamento.
No quadro abaixo, o resultado é comparativo da primeira lâmina com a última, após o
tratamento com o Aguapé.
R
E
S
U
L
T
A
D
O
pH Turbidez
(NTU)
Nitrogênio
Amoniacal
(mg/L)
DQO
(mg
O2/L)
5DBO20
(mg/L)
Sólidos
Sedimentáveis
(mL/L)
Amostra
Lâmina
D’agua
7
2715
1.960
2.329,13
603
220
Amostra
Após
Lagoa de
6
109
19,6
35,28
211,5
Não detectado
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Aguapé
Eficiência
95%
99%
98,49%
64,90%
100%
De acordo com o resultado das amostras o tratamento mostra-se eficiente quanto à remoção de
materiais biodegradáveis e não biodegradáveis, nitrogênio amoniacal e turbidez.
Apresentou também que atende a Resolução CONAMA 430/2011, referente a remoção da DBO,
com eficiência acima da recomendação, 60%, lançamento de Nitrogênio amoniacal com limite de
20mg/L e Sólidos sedimentáveis com limite de 1mL/L.
5-Conclusão
O tratamento de águas residuais com Aguapé só será eficiente, cumprindo todas as etapas de
tratamento do efluente líquido nos tanques e lagoas de tratamento aeróbico e anaeróbico,
conforme nos foi demonstrado pelo Dr. Jorge Luis.
Após todo este processo, a utilização da Fitorremediação com Aguapé no tratamento de águas
residuais da suinocultura mostrou-se eficiente, atendendo a legislação vigente.
A água retida no tanque de fitorremediação poderá ser usada também para fértil irrigação nas áreas
adjacentes aos tanques usadas como capineiras e pasto para os animais, antes mesmo de passar
pelo filtro de pedregulho, areia e carvão.
6- Referências:
BERNARDO, S.; SOARES, A. A.; MANTOVANI, E. C. Manual de irrigação. 8. ed. Viçosa:
Ed. UFV, 2009. 625 p.
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DIAS, Carlos. Fitorremediação: uso de plantas para descontaminação ambiental. Disponível em:
<http://hotsites.sct.embrapa.br/prosarural/programacao/2010/fitorremediacao-o-uso-de-plantas-
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KONZEN, E. A. Manejo e utilização de dejetos suínos. Concórdia: EMBRAPA; CNPSA,1983.
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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução n. 430,
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<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=646>. Acesso em: 3 mar. 2013.
OLIVEIRA, P. A. V. de (Coord.). Manual de manejo e utilização de dejetos de suínos.
Concórdia: EMBRAPA; CNPSA, 1993. 188 p. (Documentos, 27).
PESCOD, M. B. Wastewater treatment and use in agriculture. FAO irrigation and drainage
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http://www.fao.org/docrep/T0551E/T0551E00.htm>. Acesso em: 8 mar. 2013.
______; HIGARASHI, Martha Mayumi. Unidade de compostagem para o tratamento dos
dejetos de suínos. Concórdia:
EMBRAPA Suínos e Aves, 2006. Projeto de controle da degradação ambiental decorrente
da suinocultura em Santa Catarina.
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