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URI - UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES
CAMPUS DE FREDERICO WESTPHALEN DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICASDISCIPLINA GENÉTICA MOLECULAR
PROFESSORA TITULAR: KELLY C. S. R. CORRÊA
CRIAÇÃO E USO DE ANIMAIS TRANSGÊNICOS
FELIPE ANDRÉ PAVANJORDANA GRIEBLER LUFT
RODRIGO CERATO BORTOLUZZI
FREDERICO WESTPHALEN, JUNHO DE 2014
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INTRODUÇÃO
Animais transgênicos ou geneticamente modificados, são poderosas ferramentas de pesquisa para a descoberta e o desenvolvimento de novos tratamentos para várias doenças humanas.
Animais geneticamente manipulados têm fornecido novos modelos de estudos da regulação gênica, da ação de oncogenes e das interações celulares envolvidas no sistema imune.
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DEFINIÇÃO
Contém moléculas de DNA exógeno, introduzidas por intervenção humana intencional, objetivando a expressão de novas características (WALL, 1996).
Animal transgênico: aquele animal que expressa o transgene e que quando acasalado com animais normais, produz progênies que herdarão este gene de forma mendeliana, devido a incorporação do transgene nas células germinativas (GORDON & RUDDLE, 1981).
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HISTÓRICO
1974
Início dos anos 90
Década de 80
Primeiro experimento com transgenese animal
Células da linhagem germinativa de camundongos
Coelhos, ovelhas e porcos transgênicos
Bovinos e caprinos
1909Associação Médica Americana lança sua
primeira publicação sobre o tema.
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LEGISLAÇÃO
1876
1959
Primeira lei a regulamentar o uso de animais em pesquisa. Proposta no Reino
Unido.
William Russel e Rex Burch estabeleceram o princípio dos três “Rs” (Refine, Reduce,
Replace,) para a pesquisa em animais.
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3RS
“Qualquer técnica que refine um método existente para diminuir a dor e o desconforto dos animais, que reduza seu número em um trabalho particular ou que substitua o uso de uma espécie animal por outra, de categoria inferior na escala zoológica, ou
por métodos computadorizados ou in vitro, deve ser considerada como método alternativo”.
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LEGISLAÇÃO
1978UNESCO estabelece a Declaração
Universal dos Direitos dosAnimais, em Bruxelas – Bélgica.
2005
Aprovada Lei da Biossegurança (Lei 11.105/05) que permite a pesquisa e produção
de alimentos geneticamente modificados simultaneamente ao estudo da célula-tronco.
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LEGISLAÇÃO
Lei-6638/79
Lei-9605/98
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LEGISLAÇÃO
1995
Brasil aprova lei nº 8.974 que estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização para o uso das técnicas de
engenharia genética na construção, cultivo, manipulação, transporte e liberação no meio
ambiente de OGMs.
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TÉCNICAS
Várias técnicas têm sido utilizadas para a introdução de
genes em células germinativas e em células somáticas, de várias espécies animais.
Para a produção de animais domésticos transgênicos as técnicas mais utilizadas são:
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TÉCNICAS
Microinjeção de DNA em pronúcleo
Pronúcleo: O núcleo do gameta masculino e o do feminino, durante o intervalo entre a penetração do espermatozoide no óvulo e a fusão de ambos, para formarem o núcleo germinal.
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TÉCNICAS
Infecção por retrovírus
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TÉCNICAS
Espermatozoides como vetores
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TÉCNICAS
Biobalística
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TÉCNICAS
Células embrionárias indiferenciadas (“embryonic stem cells”)
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Dependendo da técnica utilizada, o animal produzido pode constituir-se somente de células que carregam o transgene (são os denominados animais transgênicos), ou de conjuntos de células com ou sem o transgene (animais quiméricos ou mosaicos).
Os animais quiméricos são constituídos de células de origens distintas, enquanto que, os mosaicos são constituídos de células derivadas de um único blastocisto original.
As técnicas que envolvem a introdução de células transformadas em um embrião receptor darão origem a animais quiméricos. Por outro lado, técnicas que transfectam diretamente as células do animal a ser transformado, produzirão animais mosaicos.
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UTILIZAÇÃO
Estudo da regulação e expressão gênica;
Utilização de animais transgênicos como biorreatores;
Geração de modelos animais para estudos biomédicos;
Introdução de novas características genéticas importantes economicamente.
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ALGUNS ANIMAIS TRANSGÊNICOS
Ovelha Dolly (1996). A ovelha Dolly herdou da ovelha
branca o DNA contido nos cromossomos do núcleo da célula mamária e da ovelha escura o DNA contido nas mitocôndrias.
Dolly foi sacrificada aos 6 anos de idade, depois de uma vida marcada por envelhecimento precoce e doenças.
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ALGUNS ANIMAIS TRANSGÊNICOS
Ovelha Polly (1997).
Possuía gene humano inato que codificava para o fator de coagulação IX.
Hemofilia B: Doença causada pela deficiência do fator de coagulação IX.
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ALGUNS ANIMAIS TRANSGÊNICOS
Vaca Rosie (1997). Produzia leite enriquecido com a proteína humana
lactoalbumina. Esse leite transgênico é mais nutritivo para humanos que o leite natural, e poderia ser introduzido na alimentação de crianças com carência de nutrientes específicos.
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ALGUNS ANIMAIS TRANSGÊNICOS
Belgium Blue Estes animais atingem tamanhos desproporcionais devido à
ausência da proteína miostatina, que limita naturalmente o crescimento dos tecidos musculares.
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ALGUNS ANIMAIS TRANSGÊNICOS
Inúmeras variedades de vacas e cabras transgênicas foram criadas no intuito de produzir leite com vários proteínas ou genes diferenciadas, entre elas:
1. Genes que codificam para a produção de mielina (Esclerose múltipla);
2. Leite sem β-lactoglobulina (Alérgicos ao leite);
3. Produção do fator IX do coagulação de sangue humano (Hemofílicos);
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PRÓS
Criação de animais de grande porte com características comercialmente
interessantesNa pecuária
Mais leite Mais carne Mais lã
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PRÓS
Aplicações médicas
Xenotransplante
Insulina, hormônios de crescimento e fatores de
coagulação
Leite de vacas, cabras ou ovelhas transgênicas.
Porcos
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PRÓS
Aplicação na indústriaAnimais de grande porte produzindo proteínas de
interesse comercial
Cabra que produz proteína da teia de aranhas em seu leite
Coletes, uniformes a prova de bala, fios de sutura.
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O que você imagina...
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Como realmente é...
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CONTRAS
As principais objeções morais que a manipulação genética enfrenta são devido aos fatos que ela:
1. Altera deliberadamente as sequências genéticas do hospedeiro;
2. Utiliza procedimentos invasivos para recuperar e transferir embriões;
3. Ocasiona um grande desperdício (morte) de animais;
4. Pode induzir significante sofrimento aos animais;
5. Pode levar à manipulação genética de humanos.
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CONTRAS
Em humanos
A curto prazo, são desconhecidos problemas causados por consumo de alimentos vindos de animais
transgênicos.
Não existem estudos sobre consequências do consumo
a longo prazo.
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IDENTIFICAÇÃO
Em 2003, foi publicado o decreto de rotulagem (4680/2003), que obrigou empresas da área da alimentação, produtores, e quem mais trabalha com venda de alimentos, a identificarem, com um “T” preto, sobre um triangulo amarelo, o alimento com mais de 1% de matéria-prima transgênica.
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REFERÊNCIAS
GODARD, A. L. B.; MANUAL DE BIOSSEGURANÇA, PARTE IV – MANIPULAÇÃO DE ANIMAIS
PEREIRA, L. V., ANIMAIS TRANSGÊNICOS – NOVA FRONTEIRA DO SABER - Experimentação animal/artigos– USP, 2008;
REZENDE, A. H.; PELUZIO, M. C. G.; SABARENSE, C. M.; EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL: ÉTICA E LEGISLAÇÃO BRASILEIRA, Rev. Nutr., Campinas, 21(2):237-242, Mar./Abr., 2008.
SILVA, D. A. O.; ÉTICA EM PESQUISA NA ÁREA BIOMÉDICA: PESQUISA EM ANIMAIS, Capítulo de livro.
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REFERÊNCIAS
http://dbiotec.blogspot.com.br/2011/07/cachorro-que-brilha-no-escuro-pode.html. Acessado em 07/06/2014.
http://hotsites.editorasaraiva.com.br/livrodigital/arquivos_biologia/195.pdf. Acessado em 07/06/2014.
http://www.dbec.unina.it/clonazione/terapeutica.htm. Acessado em 07/06/2014.
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OBRIGADO.
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