Disjuntores de Potncia
e
Transdutores de Proteo
I) Disjuntores de potncia
1. Funcionalidade
Um disjuntor um dispositivo eletromecnico, que funciona como
um interruptor automtico destinado a proteger uma determinada instalao
eltrica contra possveis danos causados por curto-circuitos e sobrecargas eltrica,
detectando picos de corrente que ultrapassem o valor adequado para o circuito,
interrompendo-a no menor tempo possvel, causando pouco distrbio no sistema com
segurana pessoal e patrimonial. Os disjuntores so uns dos componentes mais caros
e crticos de um sistema eltrico devendo possuir elevada confiabilidade operacional,
baixos custos de aquisio, reposio de peas e manuteno.
Uma das principais caractersticas dos disjuntores a sua capacidade em
poderem ser rearmados manualmente, depois de interromperem a corrente em virtude
da ocorrncia de uma falha. Alm de dispositivos de proteo, os disjuntores servem
tambm de dispositivos de manobra, funcionando como interruptores normais que
permitem interromper manualmente a passagem de corrente eltrica. So constitudos
basicamente por:
-Unidade de controle, comando e superviso: um componente dedicado a casa tipo
de disjuntor que variam de acordo com cada fabricante, de um modo geral
constitudo por um painel instalado ao tempo abrigado junto com o sistema de
acionamento.
-Sistema de acionamento ou mecanismo de operao: o mecanismo responsvel
pela ao de movimento dos contatos do disjuntor, necessitando ser robusto e
confivel, fornecendo ao disjuntor o armazenamento de energia responsvel pela
abertura dos contatos do mesmo.
-Unidades interruptoras: controlam circuitos ao receberem sinais de mudana na
presso ou temperatura.
2. Principio de operao
O disjuntor tem a mesma finalidade e princpio de funcionamento do fusvel, ou
seja, atuar quando h uma elevao no nvel da corrente, certamente conseqncia
de uma falta ou aumento de carga na rede, mas apresenta uma grande vantagem que
a de no ser descartvel aps atuar devida uma sobrecorrente. Os disjuntores mais
utilizados em baixa tenso so os termomagnticos, sendo eles sensveis ao
aquecimento gerado pelo efeito Joule e pelo aumento do campo magntico em
decorrncia da maior intensidade da corrente eltrica, indicando certamente uma
sobrecorrente que por sua vez indica uma falha no circuito, desta forma, o disjuntor
atua desarmando-se e desligando o circuito garantindo assim uma proteo
simultnea contra correntes de sobrecargas e contra correntes de curto-circuito. Aps
o reparo da falha eltrica o mesmo possa ser reativado bastando colocar a alavanca
na posio de ligado, que o circuito volta a funcionar. A diferena entre os disjuntores
a substncia usada por eles para a extino do arco voltaico, seja leo, ar
comprimido, vcuo ou o hexafluoreto de enxofre capazes de isolar as partes
responsveis pela propagao dos arcos voltaicos.
No processo de desligamento de um circuito em funcionamento, aparecem
fenmenos eltricos que podem causar danos irreparveis ao dispositivo atuador, um
deles a formao de arco voltaico entre os contatos.
Figura 1.1 Contatos conectados
No processo da abertura dos contatos, alguns desses contatos micromtricos
se abriro primeiro que os outros, tendo em vista s suas diferenas de comprimento e
altura, ficando a corrente passando nos demais micro-contatos restantes. Durante
esse processo a resistncia hmica entre os contatos aumenta, e por conseqncia,
h um aumento da temperatura entre eles, devido ao efeito Joule.
Figura 1.2 Contatos em processo de abertura
Com essa ionizao, as molculas comeam a ser um bom meio condutor e
passam a conduzir a corrente eltrica.
Figura 1.3 Arco voltico estabelecido entre contatos
Com o aumento de temperatura, o efeito termoinico aparece. E forma-se, no
entorno do contato uma maior facilidade dos eltrons dos tomos do material, que
compe os contatos, a se transferirem para as molculas de gases e materiais
particulados presentes no ambiente, tornando-as ionizadas.
Figura 1.4 Deslocamento do arco com o ar quente
A extino do arco se faz por meio da desionizao do gs condutor por onde a
corrente atravessa e o resfriamento dos elementos dos contatos. O gs desionizado
isolante e o arco extinto na passagem da corrente pelo zero, no caso de corrente
alternada. A forma mais eficaz de desionizar a zona do arco injetando, atravs de
um sopro, quantidades de gs desionizado ou outro material que tenha caracterstica
isolante, como certos leos. Alm de o gs ter caractersticas isolantes, o sopro reduz
a temperatura do gs ionizado, resfriando-o e contribuindo para a desionizao do
mesmo. Outras caractersticas do disjuntor que podem contribuir para a extino do
arco so:
Sua capacidade de transferir o calor do arco para zonas externas atravs do
contacto com as mltiplas paredes da cmara com o meio externo, diminuindo assim a
temperatura da zona do arco.
A presso do local onde ocorre o arco, pois quanto maior a presso, maior a
rigidez dieltrica do gs, ou seja, mais difcil torna-se sua ionizao.
Aumento do comprimento do arco, porque quanto maior for a distncia entre o
contatos maior a rigidez dieltrica dificultando a ionizao do gs.
3. Principais tipos de disjuntores e fotos ilustrativas de cada tipo.
Disjuntores Trmicos: Os trmicos utilizam a deformidade das placas
bimetlicas causadas pelo aquecimento. Quando uma sobrecarga de corrente
atravessa a placa bimetlica ou por uma bobina prxima desta placa, por efeito de
Joule esta placa ou bobina se deformam em funo do aquecimento gerado. Esta
deformao desencadeia uma interrupo mecnica entre os contatos abrindo o
circuito eltrico. Contudo este dispositivo possui uma resposta muito lenta, que
representa um risco para equipamento e componentes ligados a rede eltrica. As
reas de aplicao para esse tipo de disjuntor so sensores e atuadores em
instalaes, incluindo motores, elementos de aquecimento e ventiladores,
equipamentos com uma corrente de partida elevada.
Figura 2.1 Disjuntores Trmicos
Disjuntores Magnticos: A forte variao de intensidade da corrente que
atravessa as espiras de uma bobina produz, de acordo com as leis do
eletromagnetismo, uma forte variao do campo magntico. Desta forma o campo
criado desencadeia o deslocamento de um ncleo de ferro que vai abrir
mecanicamente o circuito protegendo a fonte e uma parte da instalao eltrica. A
interrupo instantnea no caso de uma bobina rpida ou controlada por um fluido
no caso de uma bobina que permite disparos controlados. Geralmente, est associado
a um interruptor de alta qualidade projetado para efetuar inmeras manobras. A
proteo magntica tem como objetivo proteger os equipamentos contra as
irregularidades como as sobrecargas, os curto-circuitos e outras danos. Normalmente,
escolhida para os casos onde existe a preocupao de proteger o equipamento com
muita preciso.
Figura 2.2 Disjuntores Magnticos
Disjuntores Termomagnticos: Este tipo de disjuntor dispara tanto trmica
quanto magneticamente. Ambos os mecanismos, uma tira bimetlica e uma bobina
magntica, trabalham independente um do outro. Isso significa que disjuntores de
proteo termomagnticos disparam mais rpido que disjuntores de proteo trmicos,
em caso de curto-circuitos.
Pode ser manobrado entre aberto e fechado, usado para proteger os condutores
contra curto-circuito a partir da atuao da solenide e contra a sobrecarga atravs do
atuador bimetlico sensvel ao calor. Esse tipo de disjuntores so ideais para a
proteo de controladores lgicos programveis, vlvulas, motores e inversores de
frequncia.
Figura 2.3 Disjuntores Termomagnticos
Disjuntores de Alta Tenso: Usados para circuitos que tem altas correntes,
ou seja, circuitos altamente indutivos so necessrios para a interrupo do arco
voltaico (eltrico), resultante de abertura dos polos. So aplicados em situaes a
corrrente alcana valores de 100 kA. Logo aps a interrupo o disjuntor deve ser
capaz de isolar e resistir novas s tenses do sistema, devendo atuar sempre que
solicitado (havendo um elevado grau de confiabilidade).
Figura 2.4 Disjuntores de Alta Tenso
Alguns tipos de disjuntores de Alta Potencia:
Disjuntores a grande volume de leo (GVO): so utilizados em tenses de
at 230kV, possuindo grande capacidade de interrupo de correntes de curto circuito.
Esse tipo de disjuntores esto caindo em desuso (so tecnicamente ultrapassados)
porm continuam sendo usados devido a custos baixos. No caso do GVO, de pequena
capacidade, as fases ficam imersas em um nico recipiente contendo leo, que
usado tanto para a interrupo das correntes quanto para prover o isolamento. Nos
disjuntores de maior capacidade, o encapsulamento monofsico.
Figura 2.5 Disjuntores a GVO
Disjuntores a pequeno volume de leo (PVO): so utilizados para at 63kA
em mdias tenses, para 138kV possuem capacidade mxima de 20kA. Foi projetada
uma cmara de extino com fluxo forado sobre o arco, aumentando a eficincia do
processo de interrupo da corrente, diminuindo drasticamente o volume de leo no
disjuntor. A maior vantagem dos disjuntores de grande volume de leo sobre os de
pequeno volume de leo a grande capacidade de ruptura em curto-circuito em
tenses de 138 kV.
Figura 2.6 Disjuntores a PVO
Disjuntores a ar comprimido: um principio de interrupo antigo, entretanto
ainda muito utilizado. O ar comprimido usado em duas funes distintas, o
acionamento e a extino do arco. No caso da extino o ar comprimido jateado
sobre o arco no momento da interrupo repondo no meio matria no ionizada e
resfriando o arco. usado em tenses elevadas (sobretudo 230kV) e devido a
produo de muito rudo sua instalao em centros urbanos fica invivel, alm de
possui um elevado custo.
Figura 2.7 Disjuntores a Ar Comprimido
Disjuntores a vcuo: o desenvolvimento dos disjuntores a vcuo para altas
tenses ainda dependem de avanos tecnolgicos e apenas um fabricante vem
oferecendo esse tipo de disjuntores e no excedem 145kV. J os disjuntores a vcuo
para mdias e baixas tenses vem sendo considerado tendncia mundial devido a
segurana de operao, por exigir pouca manuteno, vida til longa, operao
silenciosa, com a relao ruptura/volume elevada o torna apropriado para o uso em
cubculos. Nesse tipo de disjuntores o arco se forma entre os contatos mantido por
ons de material vaporizado proveniente do catodo. A intensidade da formao desses
vapores metlicos diretamente proporcional intensidade da corrente, o plasma
diminui quando esta decresce e se aproxima do zero. Atingindo o zero de corrente, o
intervalo entre os contatos rapidamente desionizado pela condensao dos vapores
metlicos sobre os eletrodos. A ausncia de ons aps a interrupo d aos
disjuntores a vcuo caractersticas quase ideais de permeabilidade dieltrica, ou seja,
uma boa capacidade de isolao.
Figura 2.8 Disjuntores a Vcuo
Disjuntores a hexafluoreto de enxofre (SF6): so utilizados principalmente
em altas e extra altas tenses. Para o chaveamento das altas tenses com linhas a
vazio necessita de resistores de pr-insero. Esse tipo de disjuntores so de simples
construo e operao. O gs se decompe no momento do arco em S e6F,o que
revertido quando a temperatura diminui. A reao inversa no totalmente executada
devido a combinao com metais vaporizados. Pode existir a formao de fluoretos de
cobre ou tungstnio, e compostos secundrios de enxofre, no condutores. Quando
existe a presena de umidade no interior da cmara, existe a formao de cido
fluordrico altamente corrosivo a materiais e tambm txico.
Figura 2.9 Disjuntor a SF6
II) Transdutores de Proteo
4. Funcionalidade
Transformadores de proteo ou para instrumentos so dispositivos utilizados
de modo a tornar compatveis as faixas (escalas) de atuao dos instrumentos de
medio, controle e fornecer a devida proteo dos mesmos. Uma funo importante
dos transformadores a isolao, permitindo a atuao com nvel de tenso diferente
do circuito com o dispositivo.
5. Transformadores de Potencial (TPs)
O transformador de potencial (TP) um transformador para instrumento cujo
enrolamento primrio ligado em derivao a um circuito eltrico e cujo enrolamento
secundrio se destina a alimentar bobinas de potencial de instrumentos eltricos de
medio e proteo ou controle. Os transformadores de potencial so desenvolvidos
para operar com os terminais do secundrio com cargas de elevadas impedncias.
5.1. Fotos relativas a Transformadores de Potencial (TPs)
5.2. Funcionamento
A Figura abaixo apresenta o esquema bsico de ligao de um TP.
Esquema bsico de ligao de um TP.
O TP construdo com .
De acordo com a ABNT, os TPs classificam-se em trs grupos:
Grupo 1: TP projetado para ligao entre fases;
Grupo 2: TP projetado para ligao entre fase e neutro de sistemas
diretamente aterrados;
Grupo 3: TP projetado para ligao entre fase e neutro de sistema onde no se
garanta a eficcia do aterramento.
Defini-se um sistema trifsico com neutro efetivamente aterrado como sendo um
sistema caracterizado por um fator de aterramento que no exceda 80%.
Esta condio obtida quando:
5.3. Tipos mais Utilizados
Transformadores de Potencial Eletromagnticos: possuem funcionamento
bem abaixo do limite trmico.
- Limite de Tenso:
Vpn 138 kV
Em geral: Vpn 15 kV
- Forma de Ligao: a ligao usual em TPs a ligao estrela aterrada - estrela
aterrada.
- Circuito Equivalente (referido ao secundrio)
Transformadores de Potencial Capacitivos:
- Circuito Bsico:
Observaes:
- Capacitores C1 e C2 funcionam como divisores de tenso, circuito de acoplamento
para sistema Carrier;
- Tenso no ponto T ajustada prxima de 15 kV (na tenso nominal do TP);
- Reator varivel L utilizado para sintonizar com os capacitores de maneira que a
corrente de carga no afete a tenso de sada Vs;
- Circuito equivalente do TPC (referido ao primrio):
5.4. Especificao
Os transformadores de potencial so especificados conforme os seguintes
dados de especificao:
Destinao: medio, proteo ou automao;
Uso: interior, exterior, conjunto de manobra;
Carga instalada: especificao dos instrumentos e dispositivos (potncia
nominal);
No empregar como fonte de carga auxiliar;
Classe de exatido: finalidade;
Classe de tenso: nvel de isolamento;
Nmero de enrolamentos secundrios ou derivaes;
Relao de transformao;
Valor nominal das correntes e tenses (primrias e secundrias);
Grupo de ligao (TP);
Fator trmico;
Tenso aplicada: suportveis e impulso;
Tipo de encapsulamento: epxi, imerso, seco.
5.5. Erros
- TPs de Medio:
Faixa de operao: ( 0 1,1 ) Vn
- TPs de Proteo:
Faixa de operao: ( 0,05 1,9 ) Vn
TPs de proteo possuem maiores erros normalizados e maiores faixas de operao
que os TPs de medio.
5.6. Transformador de Potencial Capacitivo
Os transformadores capacitivos basicamente utilizam-se de dois conjuntos de
capacitores que servem para fornecer um divisor de tenso e permitir a comunicao
atravs do sistema carrier. So construdos normalmente para tenses iguais ou
superiores a 138 kV.
No esquema bsico do TPC, mostrado na figura abaixo, pode-se notar que o
primrio constitudo por um conjunto C1 e C2 de elementos capacitivos em srie.
ligado entre fase e terra, havendo uma derivao intermediria B, correspondente a
uma tenso V1 da ordem de 5 kV a 15 kV, para alimentar o enrolamento primrio de
um TPC tipo induo intermedirio, o qual fornecer a tenso V2 aos instrumentos de
medio e de proteo ali instalados.
6. Transformadores de Corrente (TCs)
O transformador de corrente (TC) um transformador para instrumento cujo
enrolamento primrio ligado em srie a um circuito eltrico e cujo enrolamento
secundrio se destina a alimentar bobinas de correntes de instrumentos eltricos de
medio e proteo ou controle. Os transformadores de corrente so destinados a
operar com seus secundrios sobre cargas com impedncia reduzida.
6.1. Fotos relativas a Transformadores de Corrente (TCs)
6.2. Funcionamento
A Figura mostra o esquema bsico de um TC.
O enrolamento primrio dos TCs , normalmente, constitudo de poucas
espiras (2 ou 3 espiras, por exemplo) feitas de condutores de cobre de grande seo.
6.3. Tipos utilizados
Os transformadores de corrente, classificados de acordo com a sua construo
mecnica, so os seguintes:
Tipo Primrio Enrolado
TC cujo enrolamento primrio constiudo de uma ou mais espiras envolve
mecanicamente o ncleo do transformador. O TC tipo primrio enrolado mais
utilizado para servios de medio, mas pode ser usado para servios de proteo
onde pequenas relaes so requeridas. A figura abaixo mostra este tipo de TC.
Tipo Barra
TC cujo primrio constitudo por uma barra, montada permanentemente
atravs do ncleo do transformador. Este TC adequada para resistir aos esforos de
grandes sobrecorrentes. A figura abaixo mostra o esquema bsico de um TC tipo
barra.
Tipo Janela
aquele que no possui primrio prprio e constitudo de uma abertura
atravs do ncleo, por onde passa o condutor do circuito primrio. A figura abaixo
mostra este tipo de TC.
Tipo Bucha
Tipo especial de TC tipo janela, construdo e projetado para ser instalado
sobre uma bucha de um equipamento eltrico, fazendo parte integrante do
fornecimento deste. Pelo seu tipo de construo e instalao, o circuito magntico dos
TCs tipo bucha maior que nos outros TCs , sendo mais precisos para corrente altas,
pois possuem menor saturao. Em baixas correntes so menos precisos em virtude
da maior corrente de excitao, razo pela qual no so usados para medio. A
figura abaixo mostra este tipo de TC.
Tipo Ncleo Dividido
Este tipo possui o enrolamento secundrio completamente isolado e
permanentemente montado no ncleo, mas no possui enrolamento primrio. Parte do
ncleo separvel ou articulada para permitir o enlaamento do condutor primrio.
Destina-se ao uso em circuito constitudo de condutor completamente isolado ou um
condutor nu. Um tipo muito difundido de TC com ncleo dividido o ampermetro
alicate. A figura abaixo mostra o esquema bsico de um TC de ncleo dividido.
6.4. Especificao
As principais caractersticas dos TCs so:
- Corrente Secundria Nominal: Padronizada em 5 A;
- Corrente Primria Nominal: Caracteriza o valor nominal suportado em regime normal
de operao pelo TC. Sua especificao deve considerar a corrente mxima do
circuito em que o TC est inserido e os valores de curto-circuito;
- Classe de Exatido: Valor mximo do erro do TC, expresso em percentagem, que
poder ser causado pelo TC aos instrumentos a ele conectados. A tabela abaixo da
mostra as classes padronizadas;
TC para medio TC para proteo
ABNT 0,3 ; 0,6 ; 1,2 ; 3,0 5 ; 10
ANSI 0,3 ; 0,6 ; 1,2 10
- Classe de exatido do TC para medio com finalidade de faturamento a
consumidor: 0,3;
- Carga Nominal: Carga na qual se baseiam os requisitos de exatido do TC;
- Fator Trmico: Fator pelo qual deve-se multiplicar a corrente primria nominal para
se obter a corrente primria mxima que o TC capaz de conduzir em regime
permanente, sob freqncia nominal, sem exceder os limites de elevao de
temperatura especificados e sem sai de sua classe de exatido;
- Nvel de Isolamento: Define a especificao do TC quanto s condies que deve
satisfazer a sua isolao em termos de tenso suportvel;
- Corrente Trmica Nominal: Maior corrente primria que um TC capaz de suportar
durante 1 segundo, com o enrolamento secundrio curto-circuitado, sem exceder, em
qualquer enrolamento, a temperatura mxima especificada para sua classe de
isolamento.
Iterm INI do disjuntor
- Corrente Dinmica Nominal: Valor de crista da corrente primria que um TC capaz
de suportar durante o primeiro meio ciclo com o enrolamento secundrio curto-
circuitado, sem danos devido s foras eletromagnticas resultantes. igual a 2,5
vezes o valor da corrente trmica nominal;
- Polaridade: Normalmente utilizada a polaridade subtrativa.
6.5. Erros
- Relao de Transformao Nominal (kn):
, onde: a corrente primria
nominal e a corrente secundria nominal.
- Relao de Transformao Real (k):
- Fator de Correo de Relao (FCR):
- Erro de Relao ou de Corrente ( :
- Erro de ngulo de Fase :
7. Novos tipos de Transdutores
Um transdutor sente uma quantidade fsica como vibrao, temperatura, ou
presso, e a converte em um sinal eltrico proporcional a essa varivel. Um transdutor
de vibrao, por exemplo, mede movimento mecnico e converte o movimento em uma sada
eltrica correspondente. frequentemente chamado de sensor. Um transdutor o
primeiro vnculo vital em uma cadeia de medio. Alguns exemplos de transdutores: transdutor
resistivo (potencimetro), transdutor de medida de temperatura (termopar), transdutor de medida de
deslocamento, transdutor piezoeltrico.
7.1. Transdutores Piezoeltricos para Medidas de Alta Tenso
O transdutor piezoeltrico, que produz um sinal eltrico de sada quando
excitado mecanicamente. Alm disso, estes transdutores so recprocos, o que
significa que se for aplicada ao transdutor uma certa tenso eltrica eles so capazes
de produzir uma vibrao mecnica. Devido a esta caracterstica, tais transdutores so
muito utilizados na rea biomdica como por exemplo em: microfones especficos para
transduo de sons cardacos; acelermetros para medio de tremores; sensores
ultra-snicos para medio de fluxo sanguneo; sensores ultra-snicos para
imageamento; dispositivos ultra-snicos para cirurgia.
Existe uma aplicao interessante que a de gerar altas tenses. Por exemplo,
se a uma cermica de titanato de brio acoplarmos um sistema que lhe d uma boa
pancada quando acionarmos um gatilho, poderemos gerar fascas que alcanam os 4
000 volts ou mais.
A piezoeletricidade um fenmeno associado a gerao de cargas eltricas na
superfcie de um material quando a ele aplicada uma certa tenso mecnica capaz
de deform-lo; ou a correspondente mudana da forma do material quando uma certa
tenso eltrica aplicada em algumas de suas superfcies. A piezoeletricidade ento
uma maneira de converter-se energia mecnica em energia eltrica, ou vice-versa.
Para uma boa parte dos componentes eletrnicos tradicionais existe a
possibilidade de se obter um equivalente integrado numa pastilha de silcio. o caso
de capacitores, resistores, diodos, etc. O transformador e os indutores, entretanto, por
um bom tempo estiveram fora dessa possibilidade. Uma alternativa muito interessante
para o que podemos considerar um transformador "de estado slido" o
transformador piezoeltrico.
A forma mais comum de se aumentar ou reduzir tenses sem o uso de
transformadores tradicionais formados por bobinas e ncleos pesados atravs de
conversores de estado slido, multiplicadores de tenso e outras configuraes que,
alm de complexas, nem sempre podem eliminar a necessidade de um indutor ou
outro componente do mesmo tipo.
Uma sada para a alimentao de cargas de muito baixo consumo, como
circuitos integrados CMOS e outros que exigem correntes da ordem de microampres
atravs do uso de um transformador piezoeltrico. Podendo ser considerado um
transformador "de estado slido", ele no faz uso de bobinas ou materiais ferrosos,
podendo facilmente converter tenses sob regimes de baixas correntes. Trata-se,
portanto de uma soluo interessante para alimentar circuitos de baixa potncia.
7.2. Transformadores de Instrumentos ticos
Os transformadores para instrumentos ticos so considerados passivos
porque nenhum tipo de componente ativo empregado na construo de seu sensor
primrio.
- Transformadores de corrente ticos: so baseados no efeito Faraday. Para que se
manifste o efeito Faraday, primeiramente, necessrio que o sensor, constitudo por
um material magneto-tico, esteja submetido a um campo magntico. Quando um
feixe de luz linearmente polarizado se propaga atravs desse sensor numa direo
paralela do campo, ocorre uma rotao do plano de polarizao da luz proporcional
intensidade do campo magntico aplicado.
- Transformadores de potencial ticos: esto fundamentados no efeito Pockels, que,
por sua vez, baseado no fenmeno da birefringncia. Se um feixe de luz linearmente
polarizado, passa por um material birefringente com direo de polarizao
intermediria s dos eixos lento e rpido, suas componentes sofrem atrasos de fases
distintos e ele emerge do material com uma polarizao elptica.
7.3 Transdutores de Efeito Hall
O efeito Hall se caracteriza basicamente pelo aparecimento de um campo
eltrico transversal em um condutor percorrido por uma corrente eltrica, quando o
mesmo se encontra mergulhado em um campo magntico.
A tenso Hall um sinal bastante dbil, da ordem de 20 a 30 microvolts, em
um campo magntico de 1 gauss. Um sinal desta magnitude requer um amplificador
com caractersticas de alta impedncia de entrada, baixo rudo e ganho considervel.
Transdutores de corrente por efeito Hall so capazes de "enxergar" correntes
dc, ac e formas de onda complexas. Uma caracterstica importante sua capacidade
de realizar isto tudo estando isolado galvanicamente do circuito principal. As principais
vantagens so o baixo consumo, pequeno tamanho e peso. Perdas por insero so
praticamente nulas e sobrecorrentes no chegam a causar danos ao circuito de
medida.
8. Referncias
http://www.phoenixcontact.com.br/proteccoes-contra-sobretensoes/76330.htm.
Acesso: 16 de novembro de 2013;
http://imoveis.culturamix.com/dicas/tudo-sobre-disjuntores-eletricos. Acesso: 16 de
novembro de 2013;
http://kk.convdocs.org/docs/index-6665.html?page=7. Acesso: 16 de novembro de
2013;
http://pt.wikipedia.org/wiki/Disjuntor. Acesso: 16 de novembro de 2013;
http://www.osetoreletrico.com.br/web/documentos/fasciculos/Ed48_janeiro_protecao_s
eletividade_capI.pdf. Acesso: 18 de Novembro de 2013;
http://www.pee.ufrj.br/teses/textocompleto/2008092901.pdf. Acesso: 18 de Novembro
de 2013;
http:// www . industry . siemens . com . br / automation / br / pt / dispositivos baixa
tensao / transformadores / transformadores de corrente / pages / transformador
de corrente . aspx . Acesso: 17 de Novembro de 2013;
FONSECA, C. S; Subestaes: Tipos, Equipamentos e Proteo; Centro Federal de
Educao Tecnolgica; 1999;
FILHO, C. R. S; Transformadores para Instrumentos;
NEIS, P; Transdutores de Corrente por Efeito Hall; 2000.
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