Revista De Historia da Arte
• Aluno Tarcio Raian
Turma : 101
ARTE PRÉ-HISTÓRICA
Um dos períodos mais fascinantes da história humana é a Pré-História. Esse período não foi registrado por nenhum documento escrito, pois é exatamente a época anterior à escrita. Tudo o que sabemos dos homens que viveram nesse tempo é o resultado da
pesquisa de antropólogos, historiadores e dos estudos da moderna ciência arqueológica, que reconstituíram a cultura do homem.
Divisão da Pré-História:
Paleolítico - a principal característica dos desenhos da Idade da Pedra Lascada é o naturalismo. O artista pintava os seres, um animal, por exemplo, do modo como o via de uma determinada perspectiva, reproduzindo a natureza tal qual sua vista captava. Atualmente, a explicação mais aceita é que essa arte era realizada por caçadores, e
que fazia parte do processo de magia por meio do qual procurava-se interferir na captura de animais, ou seja, o pintor-caçador do Paleolítico supunha ter poder sobre o
animal desde que possuísse a sua imagem. Acreditava que poderia matar o animal verdadeiro desde que o representasse ferido mortalmente num desenho. Utilizavam as pinturas rupestres, isto é, feitas em rochedos e paredes de cavernas. O homem deste
período era nômade. Os artistas do Paleolítico Superior realizaram também trabalhos em escultura. Mas,
tanto na pintura quanto na escultura, nota-se a ausência de figuras masculinas. Predominam figuras femininas, com a cabeça surgindo como prolongamento do
pescoço, seios volumosos, ventre saltado e grandes nádegas. Destaca-se: Vênus de Willendorf.
PALEOLÍTICO INFERIOR aproximadamente 5.000.000 a 25.000 a.C.;
primeiros hominídios; caça e coleta;
controle do fogo; e instrumentos de pedra e pedra lascada, madeira e ossos: facas, machados.
PALEOLÍTICO SUPERIOR instrumentos de marfim, ossos, madeira e pedra: machado, arco e flecha, lançador de dardos, anzol e linha; e
desenvolvimento da pintura e da escultura.
Neolítico - a fixação do homem da Idade da Pedra Polida, garantida pelo cultivo da terra e pela manutenção de manadas, ocasionou um aumento rápido da população e o desenvolvimento das primeiras instituições, como
família e a divisão do trabalho. Assim, o homem do Neolítico desenvolveu a técnica de tecer panos, de fabricar cerâmicas e construiu as primeiras moradias, constituindo-se os primeiros arquitetos do mundo. Conseguiu
ainda, produzir o fogo através do atrito e deu início ao trabalho com metais. Todas essas conquistas técnicas tiveram um forte reflexo na arte. O homem, que se tornara um camponês, não precisava mais ter os sentidos apurados do caçador do Paleolítico, e o seu poder de observação foi substituído
pela abstração e racionalização. Como conseqüência surge um estilo simplificador e geometrizante, sinais e figuras mais que sugerem do que reproduzem os seres. Os próprios temas da arte mudaram: começaram as
representações da vida coletiva. Além de desenhos e pinturas, o artista do Neolítico produziu uma cerâmica que revela sua preocupação com a
beleza e não apenas com a utilidade do objeto, também esculturas de metal. Desse período temos as construções denominadas dolmens. Consistem em duas ou mais pedras grandes
fincadas verticalmente no chão, como se fossem paredes, e uma grande pedra era colocada horizontalmente sobre elas, parecendo um teto. E o menir que era monumento megalítico que consiste num único bloco de pedra
fincado no solo em sentido vertical.O Santuário de Stonehenge, no sul da Inglaterra, pode ser considerado uma das primeiras obras da arquitetura
que a História registra. Ele apresenta um enorme círculo de pedras erguidas a intervalos regulares, que sustentam traves horizontais rodeando outros dois círculos interiores. No centro do último está um bloco
semelhante a um altar. O conjunto está orientado para o ponto do horizonte onde nasce o Sol no dia do solstício de verão, indício de que se destinava às práticas rituais de um culto solar. Lembrando que as pedras eram
colocadas umassobre as outras sem a união de nenhuma argamassa.
NEOLÍTICO aproximadamente 10.000 a 5.000 a.C.
instrumentos de pedra polida, enxada e tear; início do cultivo dos campos;
artesanato: cerâmica e tecidos; construção de pedra; e
primeiros arquitetos do mundo. IDADE DOS METAIS
aproximadamente 5.000 a 3.500 a.C. aparecimento de metalurgia; aparecimento das cidades;
invenção da roda; invenção da escrita; e
arado de bois. As Cavernas
Antes de pintar as paredes da caverna, o homem fazia ornamentos corporais, como colares, e, depois magníficas estatuetas, como as famosas “Vênus”.
Existem várias cavernas pelo mundo, que demonstram a pintura rupestre, algumas delas são: Caverna de ALTAMIRA, Espanha, quase uma centena de desenhos feitos a 14.000 anos, foram os primeiros
desenhos descobertos, em 1868. Sua autenticidade, porém, só foi reconhecida em 1902. Caverna de LASCAUX, França, suas pinturas foram achadas em 1942, têm 17.000 anos. A cor preta, por
exemplo, contém carvão moído e dióxido de manganês. Caverna de CHAUVET, França, há ursos, panteras, cavalos, mamutes, hienas, dezenas de rinocerontes
peludos e animais diversos, descoberta em 1994. Gruta de RODÉSIA, África, com mais de 40.000 anos.
Parque Nacional Serra da Capivara - Sudeste do Estado do Piauí, ocupando áreas dos municípios de São Raimundo Nonato, João Costa, Brejo do Piauí e Coronel José Dias. Nessa região encontra-se uma densa
concentração de sítios arqueológicos, a maioria com pinturas e gravuras rupestres. Para saber mais visite: http://www.fumdham.org.br/parque.asp
Arte da MesopotâmiaA arte da Mesopotâmia desenvolveu-se ao longo de muitos séculos, perpassando por diferentes civilizações, não sendo, portanto, muito coesa em suas manifestações. Os povos mesopotâmicos são as civilizações que se desenvolveram na área das terras férteis localizadas entre os rios Tigre e Eufrates. Entre eles estão os sumérios, os
assírios e os babilônios.Manifestações
ArquiteturaA arquitetura, a mais desenvolvida das artes, não era porém tão notável quanto a
egípcia. Caracterizou-se pelo exibicionismo e pelo luxo. Construíram templos e palácios, que eram considerados cópias dos existentes nos céus, de tijolos, por ser escassa a
pedra na região. O zigurate, torre de vários andares, foi a construção característica das cidades-estados sumérias. Nas construções, empregavam argila, ladrilhos e tijolos.
EsculturaMuitas obras de escultura mesopotâmica se perderam por terem sido executadas em
argila. Estátuas de pedra ou outros materiais mais resistentes são raras, e representam sempre a realeza ou altos dignitários.
PinturaNa pintura os artistas se utilizavam de cores claras e reproduziam caçadas, batalhas e
cenas da vida dos reis e dos deuses.Cerâmica e ourivesaria
A produção de objetos de cerâmica alcançou notável desenvolvimento entre os persas, que utilizavam também tijolos esmaltados. Além disso, na Mesopotâmia a ourivesaria
era uma das atividades artísticas mais importantes. Estatuetas de cobre, colares e braceletes, assim como utensílios trabalhados em ouro e prata com incrustações de pedras eram muito comuns, e com estilos variados dada a diversidade de povos que
ocuparam a região.
ARTE EGÍPCIA
Uma das principais civilizações da Antigüidade foi a que se desenvolveu no Egito. Era uma civilização já bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais.
A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e, conseqüentemente, orientando toda a produção artística desse povo.
Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente.
O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos.
ARQUITETURA
As pirâmides do deserto de Gizé são as obras arquitetônicas mais famosas e, foram construídas por importantes reis do Antigo Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. Junto a essas três pirâmides está a esfinge mais conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren, mas a ação erosiva do vento e das areias do deserto deram-lhe, ao longo dos séculos, um aspecto enigmático e
misterioso.
As características gerais da arquitetura egípcia são: * solidez e durabilidade;
* sentimento de eternidade; e * aspecto misterioso e impenetrável.
As pirâmides tinham base quandrangular eram feitas com pedras que pesavam cerca de vinte toneladas e mediam dez metros de largura, além de serem admiravelmente lapidadas. A porta da frente da pirâmide voltava-se para a estrela polar, a fim de que seu influxo se concentrasse sobre a múmia. O interior era um verdadeiro labirinto que ia dar na câmara funerária, local onde estava a
múmia do faraó e seus pertences.
Os templos mais significativos são: Carnac e Luxor, ambos dedicados ao deus Amon.Os monumentos mais expressivos da arte egípcia são os túmulos e os templos. Divididos em três categorias:
Pirâmide - túmulo real, destinado ao faraó; Mastaba - túmulo para a nobreza; e
Hipogeu - túmulo destinado à gente do povo.
Os tipos de colunas dos templos egípcios são divididas conforme seu capitel: Palmiforme - flores de palmeira; Papiriforme - flores de papiro; e
Lotiforme - flor de lótus.
ESCULTURA
Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma emoção. Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade. Com esse objetivo ainda, exageravam freqüentemente as proporções do corpo humano, dando às figuras representadas
uma impressão de força e de majestade.Os Usciabtis eram figuras funerárias em miniatura, geralmente esmaltadas de azul e verde, destinadas a
substituir o faraó morto nos trabalhos mais ingratos no além, muitas vezes coberto de inscrições.Os baixos-relevos egípcios, que eram quase sempre pintados, foram também expressão da qualidade superior
atingida pelos artistas em seu trabalho. Recobriam colunas e paredes, dando um encanto todo especial às construções. Os próprios hieróglifos eram transcritos, muitas vezes, em baixo-relevo.
PINTURA
A decoração colorida era um poderoso elemento de complementação das atitudes religiosas.
Suas características gerais são: * ausência de três dimensões;* ignorância da profundidade;
* colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo; e * Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto
sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil.
Quanto a hierarquia na pintura: eram representadas maiores as pessoas com maior importância no reino, ou seja, nesta ordem de grandeza: o rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo. As figuras femininas
eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas pintadas de vermelho.
Os egípcios escreviam usando desenhos, não utilizavam letras como nós. Desenvolveram três formas de escrita:
Hieróglifos - considerados a escrita sagrada; Hierática - uma escrita mais simples, utilizada pela nobreza e pelos sacerdotes; e
Demótica - a escrita popular.
Livro dos Mortos, ou seja um rolo de papiro com rituais funerários que era posto no sarcófago do faraó morto, era ilustrado com cenas muito vivas, que acompanham o texto com singular eficácia. Formado de tramas de
fibras do tronco de papiro, as quais eram batidas e prensadas transformando-se em folhas.
Para seu conhecimentoHieróglifos: foi decifrada por Champolion, que descobriu o seu significado em
1822, ela se deu na Pedra de Rosetta que foi encontrada na cidade do mesmo nome no Delta do Nilo.
Mumificação: a) eram retirados o cérebro, os intestinos e outros órgãos vitais, e colocados num vaso de pedra chamado Canopo. b) nas cavidades do corpo
eram colocadas resinas aromáticas e perfumes. c) as incisões eram costuradas e o corpo mergulhado num tanque com Nitrato de Potássio. d) Após 70 dias o corpo era lavado e enrolado numa bandagem de algodão,
embebida em betume, que servia como impermeabilização.
Quando a Grande Barragem de Assuã foi concluída, em 1970, dezenas de construções antigas do sul do país foram, literalmente, por água abaixo,
engolidas pelo Lago Nasser. Entre as raras exceções desse drama do deserto, estão os templos erguidos pelo faraó Ramsés II, em Abu Simbel. Em 1964, uma faraônica operação coordenada pela Unesco com recursos de vários países - um total de 40 milhões de dólares - removeu pedra por pedra e transferiu templos e estátuas para um local 61 metros acima da posição original, longe da margem do lago. O maior deles é o Grande Templo de
Ramsés II, encravado na montanha de pedra com suas estátuas do faraó de 20 metros de altura. Além de salvar este valioso patrimônio, a obra prestou
uma homenagem ao mais famoso e empreendedor de todos os faraós. Queóps é a maior das três pirâmides, tinha originalmente 146 metros de altura,
um prédio de 48 andares. Nove metros já se foram, graças principalmente à ação corrosiva da poluição vinda do Cairo. Para erguê-la, foram precisos cerca
de 2 milhões de blocos de pedras e o trabalho de cem mil homens, durante vinte anos.
ARTE ROMÂNICA
Em 476, com a tomada de Roma pelos povos bárbaros, tem início o período histórico conhecido por Idade
Média. Na Idade Média a arte tem suas raízes na época conhecida como Paleocristã, trazendo modificações no comportamento humano, com o Cristianismo a arte se
voltou para a valorização do espírito. Os valores da religião cristã vão impregnar todos os aspectos da vida medieval. A concepção de mundo dominada pela figura
de Deus proposto pelo cristianismo é chamada de teocentrismo (teos = Deus). Deus é o centro do universo
e a medida de todas as coisas. A igreja como representante de Deus na Terra, tinha poderes
ilimitados.
ARQUITETURA No final dos séculos XI e XII, na Europa, surge a arte românica cuja a estrutura
era semelhante às construções dos antigos romanos. As características mais significativas da arquitetura românica são:
* abóbadas em substituição ao telhado das basílicas; * pilares maciços que sustentavam e das paredes espessas;
* aberturas raras e estreitas usadas como janelas; * torres, que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada; e
* arcos que são formados por 180 graus. A primeira coisa que chama a atenção nas igrejas românicas é o seu tamanho. Elas são sempre grandes e sólidas. Daí serem chamadas: fortalezas de Deus.
A explicação mais aceita para as formas volumosas, estilizadas e duras dessas igrejas é o fato da arte românica não ser fruto do gosto refinado da nobreza nem das idéias desenvolvidas nos centros urbanos, é um estilo
essencialmente clerical. A arte desse período passa, assim a ser encarada como uma extensão do serviço divino e uma oferenda à divindade.
A mais famosa é a Catedral de Pisa sendo o edifício mais conhecido do seu conjunto o campanário que começou a ser construído em 1.174. Trata-se da
Torre de Pisa que se inclinou porque, com o passar do tempo, o terreno cedeu. Na Itália, diferente do resto da Europa, não apresenta formas pesadas, duras e
primitivas.
PINTURA E ESCULTURA Numa época em que poucas pessoas sabiam ler, a Igreja recorria à pintura e à
escultura para narrar histórias bíblicas ou comunicar valores religiosos aos fiéis. Não podemos estudá-las desassociadas da arquitetura.
A pintura românica desenvolveu-se sobretudo nas grandes decorações murais, através da técnica do afresco, que originalmente era uma técnica de
pintar sobre a parede úmida. Os motivos usados pelos pintores eram de natureza religiosa. As
características essenciais da pintura românica foram a deformação e o colorismo. A deformação, na verdade, traduz os sentimentos religiosos e a interpretação mística que os artistas faziam da realidade. A figura de Cristo, por exemplo, é sempre maior do que as outras que o cercam. O colorismo
realizou-se no emprego de cores chapadas, sem preocupação com meios tons ou jogos de luz e sombra, pois não havia a menor intenção de
imitar a natureza. Na porta, a área mais ocupada pelas esculturas era o tímpano, nome que
recebe a parede semicircular que fica logo abaixo dos arcos que arrematam o vão superior da porta. Imitação de formas rudes, curtas ou alongadas,
ausência de movimentos naturais.MOSAICO
A técnica da decoração com mosaico, isto é, pequeninas pedras, de vários formatos e cores, que colocadas lado a lado vão formando o desenho,
conheceu seu auge na época do românico. Usado desde a Antigüidade, é originária do Oriente onde a técnica bizantina utilizava o azul e dourado, para
representar o próprio céu.
ARTE GREGA
Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se à inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se dedicavam ao bem-estar do povo. A arte grega volta-se
para o gozo da vida presente. Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte, exprimir suas manifestações. Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração
intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio, a harmonia ideal. Eles tem como características: o racionalismo; amor pela beleza; interesse pelo homem, essa pequena criatura que é “a medida de todas as
coisas”; e a democracia.
ARQUITETURA As edificações que despertaram maior interesse são os templos. A característica mais evidente dos templos
gregos é a simetria entre o pórtico de entrada e o dos fundos. O templo era construído sobre uma base de três degraus. O degrau mais elevado chamava-se estilóbata e sobre ele eram erguidas as colunas. As colunas
sustentavam um entablamento horizontal formado por três partes: a arquitrave, o friso e a cornija. As colunas e entablamento eram construídos segundo os modelos da ordem dórica, jônica e coríntia.
- Ordem Dórica - era simples e maciça. O fuste da coluna era monolítico e grosso. O capitel era uma almofada de pedra. Nascida do sentir do povo grego, nela se expressa o pensamento. Sendo a mais antiga das ordens
arquitetônicas gregas, a ordem dórica, por sua simplicidade e severidade, empresta uma idéia de solidez e imponência
- Ordem Jônica - representava a graça e o feminino. A coluna apresentava fuste mais delgado e não se firmava diretamente sobre o estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel era formado por duas espirais unidas
por duas curvas. A ordem dórica traduz a forma do homem e a ordem jônica traduz a forma da mulher. - Ordem Coríntia - o capitel era formado com folhas de acanto e quatro espirais simétricas, muito usado no lugar
do capitel jônico, de um modo a variar e enriquecer aquela ordem. Sugere luxo e ostentação. Os principais monumentos da arquitetura grega:
a) Templos, dos quais o mais importante é o Partenon de Atenas. Na Acrópole, também, se encontram as Cariátides homenageavam as mulheres de Cária.
b) Teatros, que eram construídos em lugares abertos (encosta) e que compunham de três partes: a skene ou cena, para os atores; a konistra ou orquestra, para o coro; o koilon ou arquibancada, para os espectadores. Um
exemplo típico é o Teatro de Epidauro, construído, no séc. IV a.C., ao ar livre, composto por 55 degraus divididos em duas ordens e calculados de acordo com uma inclinação perfeita. Chegava a acomodar cerca de
14.000 espectadores e tornou-se famoso por sua acústica perfeita. c) Ginásios, edifícios destinados à cultura física.
d) Praça - Ágora onde os gregos se reuniam para discutir os mais variados assuntos, entre eles; filosofia.
PINTURA A pintura grega encontra-se na arte cerâmica. Os vasos gregos são também conhecidos não só pelo equilíbrio de sua forma, mas também pela harmonia
entre o desenho, as cores e o espaço utilizado para a ornamentação. Além de servir para rituais religiosos, esses vasos eram usados para armazenar, entre
outras coisas, água, vinho, azeite e mantimentos. Por isso, a sua forma correspondia à função para que eram destinados:
- Ânfora - vasilha em forma de coração, com o gargalo largo ornado com duas asas;
- Hidra - (derivado de ydor, água) tinha três asas, uma vertical para segurar enquanto corria a água e duas para levantar;
- Cratera - tinha a boca muito larga, com o corpo em forma de um sino invertido, servia para misturar água com o vinho (os gregos nunca bebiam
vinho puro), etc. As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades diárias e
cenas da mitologia grega. O maior pintor de figuras negras foi Exéquias. A pintura grega se divide em três grupos: 1) figuras negras sobre o fundo vermelho 2) figuras vermelhas sobre o fundo negro 3) figuras vermelhas sobre o fundo branco
ESCULTURA A estatuária grega representa os mais altos padrões já atingidos pelo homem. Na escultura, o antropomorfismo -
esculturas de formas humanas - foi insuperável. As estátuas adquiriram, além do equilíbrio e perfeição das formas, o movimento.
No Período Arcaico os gregos começaram a esculpir, em mármores, grandes figuras de homens. Primeiramente aparecem esculturas simétricas, em rigorosa posição frontal, com o peso do corpo igualmente distribuído sobre
as duas pernas. Esse tipo de estátua é chamado Kouros (palavra grega: homem jovem). No Período Clássico passou-se a procurar movimento nas estátuas, para isto, se começou a usar o bronze que era mais resistente do que o mármore, podendo fixar o movimento sem se quebrar. Surge o nu feminino, pois no
período arcaico, as figuras de mulher eram esculpidas sempre vestidas. Período Helenístico podemos observar o crescente naturalismo: os seres humanos não eram representados
apenas de acordo com a idade e a personalidade, mas também segundo as emoções e o estado de espírito de um momento. O grande desafio e a grande conquista da escultura do período helenístico foi a representação não de uma figura apenas, mas de grupos de figuras que mantivessem a sugestão de mobilidade e fossem
bonitos de todos os ângulos que pudessem ser observados. Os principais mestres da escultura clássica grega são:
- Praxíteles, celebrado pela graça das suas esculturas, pela lânguida pose em “S” (Hermes com Dionísio menino), foi o primeiro artista que esculpiu o nu feminino.
- Policleto, autor de Doríforo - condutor da lança, criou padrões de beleza e equilíbrio através do tamanho das estátuas que deveriam ter sete vezes e meia o tamanho da cabeça.
- Fídias, talvez o mais famoso de todos, autor de Zeus Olímpico, sua obra-prima, e Atenéia. Realizou toda a decoração em baixos-relevos do templo Partenon: as esculturas dos frontões, métopas e frisos.
- Lisipo, representava os homens “tal como se vêem” e “não como são” (verdadeiros retratos). Foi Lisipo que introduziu a proporção ideal do corpo humano com a medida de oito vezes a cabeças.
- Miron, autor do Discóbolo - homem arremessando o disco. Para seu conhecimento:
Mitologia: Zeus: senhor dos céus; Atenéia: deusa da guerra; Afrodite: deusa do amor; Apolo: deus das artes e da beleza;
Posseidon: deus das águas; entre outros. Olimpíadas: Realizavam-se em Olímpia, cada 4 anos, em honra a Zeus. Os primeiros jogos começaram em 776
a.C. As festas olímpicas serviam de base para marcar o tempo. Teatro: Foi criada a comédia e a tragédia. Entre as mais famosas: Édipo Rei de Sófocles.
Música: Significa a arte das musas, entre os gregos a lira era o instrumento nacional.
ARTE BÁRBARA
INTRODUÇÃO À ARTE BÁRBARA
Depois da queda do império romano, mongóis, vândalos, alanos, francos, germânicos e suecos, entre outros povos conhecidos genericamente como bárbaros, avançaram definitivamente sobre a Europa. Estava em curso
o século V. Esses grupos, essencialmente nômades, não demoraram a assimilar a cultura e a religião (cristianismo) dos povos conquistados, ao mesmo tempo em que lhes transmitiam seus próprios traços culturais,
o que deu origem a uma arte completamente diferente, que assentaria as bases para a arte européia dos séculos VIII e IX.
O fato de não possuírem um hábitat fixo influenciou grandemente os costumes e expressões artísticas dos bárbaros. Era notável sua destreza naquelas disciplinas que permitiam a fabricação de objetos facilmente
transportáveis, fossem eles de luxo ou utilitários. Assim, não é de admirar que tenham sobressaído na ourivesaria, na fundição e moldagem de metais, tanto para a fabricação de armas quanto de jóias, e nas
técnicas de decoração correspondentes, como a tauxia ou damasquinagem, a esmaltação, a entalhadura e a filigrana.
Todos esses povos tiveram uma origem comum na civilização celta, que desde o século V a.C. até a dominação romana se estabeleceu na Europa de norte a sul e de leste a oeste. Em suas crônicas, os romanos os
descrevem como temíveis guerreiros e hábeis fundidores de metais. Uma vez dominados, uma boa parte da população foi assimilada pelo império e outra fugiu para o norte. Somente quando o império começou a ruir foi
que conseguiram penetrar em suas fronteiras e estabelecer numerosos reinos, dos quais se originaram, em parte, as nacionalidades européias.
A Europa entrou assim num dos períodos históricos mais obscuros, a meio caminho entre a religiosidade, agora em parte aceita, dos primeiros cristãos e a beligerância selvagem dos novos senhores. Mais tarde sofreria
também o açoite dos vikings dinamarqueses vindos do norte, em perpétua luta contra os francos e os eslavos ocidentais. Por seu lado, a Igreja ia ganhando posições com a proliferação de mosteiros exatamente onde os
mais temíveis exércitos não conseguiam vencer as batalhas: as ilhas britânicas e o leste da Europa.
ARQUITETURA
Toda vez que um povo culturalmente bem desenvolvido conquistou um outro que lhe era superior nesse campo, o vencedor assimilou a arte e a língua do vencido. Os
bárbaros não foram exceção. Quase completamente desprovidos de arquitetura, logo se apropriaram das formas da antiguidade tardia e de Bizâncio, às quais acrescentaram
alguns elementos próprios. Nas Gálias (França), os francos adotaram em suas construções as salas retangulares de três naves e abside semicircular, com silharia de
madeira para as igrejas e cúpula para os batistérios.
Algumas plantas enriqueceram a distribuição espacial com o acréscimo de uma galeria. Os ostrogodos, na Itália, levantaram edifícios mais representativos e ricamente decorados com mosaicos, nos quais combinaram as formas bizantinas com as
romanas. Na Espanha, procedeu-se a recuperação de edifícios romanos nos centros de cada cidade, aos quais se juntava uma igreja cristã, geralmente de planta em forma de
cruz latina, com naves de alturas diferentes e decoradas com relevos e frisos.
Os celtas e vikings resistiram mais às formas mediterrâneas. No entanto, graças à presença dos numerosos mosteiros, a arquitetura e as artes acabaram sendo
favorecidas. Misturando pedra com madeira, construíram igrejas com telhados de pedra de duas águas, ladeados por torres cilíndricas, também de pedra, que lembram seus
monumentos funerários. Com respeito à arquitetura profana, os bárbaros do norte preferiram continuar construindo suas fortalezas de madeira e barro, circundadas por
paredes circulares e fosso.
ESCULTURA
A escultura em pedra foi destinada à decoração de igrejas e batistérios, na forma de relevos planos, capitéis e sarcófagos, seguindo o estilo do império romano. A entalhadura do marfim não foi menos importante. Continuou-se com a tradição dos
dípticos consulares de Bizâncio, cujas formas foram adotadas na confecção de capas de livros evangélicos e Bíblias. Sabe-se que
as oficinas dos artesãos que trabalhavam com marfim eram numerosas tanto nas Gálias quanto na península itálica, devido à
grande demanda de exemplares.
A experiência de celtas e escitas como ourives inegavelmente estava ligada à sua experiência como entalhadores. As pedras
com entalhes de runas e ídolos nórdicos entre os vikings, saxões e os próprios celtas mostram sua passagem pelos diferentes
assentamentos e lugares conquistados. Na península ibérica, a fusão de culturas, como entre fenícios, celtas, visigodos e
ibéricos, além de gregos e romanos, deixou importantes amostras de escultura, como os Touros de Guisando ou a Dama de Elche.
OURIVESARIA
Um dos traços comuns a todos os povos bárbaros foi o excelente trabalho com metais tanto na confecção de jóias quanto de
objetos de uso doméstico ou armas. Atestam isso os tesouros encontrados nas tumbas de príncipes e reis da época, como Sutton Hoo, na Inglaterra, o de Guarrazar, em Toledo, e o de
Gummersark, em Copenhague. As peças mais características são as chamadas brácteas ou moedas cunhadas apenas de um lado, assim como as presilhas e fivelas esmaltadas com a técnica do Cloisonné. O fato de os povos bárbaros conhecerem tão bem as técnicas da fundição de metal - a tauxia, ou damasquinagem, e a filigrana - se deve ao seu contato com povos do Oriente Próximo e Extremo Oriente, assim como a suas próprias necessidades. É preciso não esquecer que além de objetos de luxo, esses povos fabricavam armas, que eram suas ferramentas mais valorizadas no árduo trabalho da guerra. Além disso, a ourivesaria era uma
das poucas atividades que podiam exercer os artesãos, que estavam mudando de hábitat.
ARTE GÓTICA
No século XII, entre os anos 1150 e 1500, tem início uma economia fundamentada no comércio. Isso faz com que o centro da vida social se desloque do campo para a cidade
e apareça a burguesia urbana. No começo do século XII, a arquitetura predominante ainda é a românica, mas já começaram a aparecer as primeiras mudanças que conduziram a uma revolução
profunda na arte de projetar e construir grandes edifícios.
ARQUITETURA A primeira diferença que notamos entre a igreja gótica e a românica é a fachada.
Enquanto, de modo geral, a igreja românica apresenta um único portal, a igreja gótica tem três portais que dão acesso à três naves do interior da igreja: a nave central e as
duas naves laterais. A arquitetura expressa a grandiosidade, a crença na existência de um Deus que vive
num plano superior; tudo se volta para o alto, projetando-se na direção do céu, como se vê nas pontas agulhadas das torres de algumas igrejas góticas.
A rosácea é um elemento arquitetônico muito característico do estilo gótico e está presente em quase todas as igrejas construídas entre os séculos XII e XIV.
Outros elementos característicos da arquitetura gótica são os arcos góticos ou ogivais e os vitrais coloridíssimos que filtram a luminosidade para o interior da igreja.
As catedrais góticas mais conhecidas são: Catedral de Notre Dame de Paris e a Catedral de Notre Dame de Chartres.
ESCULTURA As esculturas estão ligadas à arquitetura e se alongam para o alto, demonstrando
verticalidade, alongamento exagerado das formas, e as feições são caracterizadas de formas a que o fiel possa reconhecer facilmente a personagem representada,
exercendo a função de ilustrar os ensinamentos propostos pela igreja..
ILUMINURA Iluminura é a ilustração sobre o pergaminho de livros manuscritos (a gravura não fora
ainda inventada, ou então é um privilégio da quase mítica China). O desenvolvimento de tal genero está ligado à difusão dos livros ilustrados patrimônio quase exclusivo dos mosteiros: no clima de fervor cultural que caracteriza a arte gótica, os manuscritos
também eram encomendados por particulares, aristocratas e burgueses. É precisamente por esta razão que os grandes livros litúrgicos (a Bíblia e os Evangelhos)
eram ilustrados pelos iluministas góticos em formatos manejáveis. Durante o século XII e até o século XV, a arte ganhou forma de expressão também nos
objetos preciosos e nos ricos manuscritos ilustrados. Os copistas dedicavam-se à transcrição dos textos sobre as páginas. Ao realizar essa tarefa, deixavam espaços para que os artistas fizessem as ilustrações, os cabeçalhos, os títulos ou as letras
maiúsculas com que se iniciava um texto.. Da observação dos manuscritos ilustrados podemos tirar duas conclusões: a primeira é
a compreensão do caráter individualista que a arte da ilustração ganhava, pois destinava-se aos poucos possuidores das obras copiadas, a segunda é que os artistas ilustradores do período gótico tornaram-se tão habilidosos na representação do espaço tridimensional e na compreensão analítica de uma cena, que seus trabalhos acabaram
influenciando outros pintores.
PINTURA
A pintura gótica desenvolveu-se nos séculos XII, XIV e no início do século XV, quando começou a ganhar novas características que prenunciam o
Renascimento. Sua principal particularidade foi a procura o realismo na representação dos seres que compunham as obras pintadas, quase sempre
tratando de temas religiosos, apresentava personagens de corpos pouco volumosos, cobertos por muita roupa, com o olhar voltado para cima, em
direção ao plano celeste.Os principais artistas na pintura gótica são os verdadeiros precursores da
pintura do Renascimento (Duocento):* Giotto - a característica principal do seu trabalho foi a identificação da figura
dos santos com seres humanos de aparência bem comum. E esses santos com ar de homem comum eram o ser mais importante das cenas que pintava, ocupando sempre posição de destaque na pintura. Assim, a pintura de Giotto
vem ao encontro de uma visão humanista do mundo, que vai cada vez mais se firmando até ganhar plenitude no Renascimento.
Obras destacadas: Afrescos da Igreja de São Francisco de Assis (Itália) e Retiro de São Joaquim entre os Pastores.
* Jan Van Eyck - procurava registrar nas suas pinturas os aspectos da vida urbana e da sociedade de sua época. Nota-se em suas pinturas um cuidado
com a perspectiva, procurando mostrar os detalhes e as paisagens. Obras destacadas: O Casal Arnolfini e Nossa Senhora do Chanceler Rolin.
ARTE ISLÂMICA
No ano de 622, o profeta Maomé se exilou (hégira) na cidade de Yatrib e para aquela que desde então se conhece como Medina (Madinat al-Nabi, cidade do profeta). De lá, sob a orientação dos califas, sucessores do profeta, começou a rápida expansão do Islã até a Palestina, Síria, Pérsia, Índia, Ásia Menor, Norte da África e Espanha. De origem nômade, os muçulmanos demoraram
certo tempo para estabelecer-se definitivamente e assentar as bases de uma estética própria com a qual se identificassem.
Ao fazer isso, inevitavelmente devem ter absorvido traços estilísticos dos povos conquistados, que no entanto souberam adaptar muito bem ao seu modo de pensar e sentir, transformando-os em
seus próprios sinais de identidade. Foi assim que as cúpulas bizantinas coroaram suas mesquitas, e os esplêndidos tapetes persas, combinados com os coloridos mosaicos, as decoraram.
Aparentemente sensual, a arte islâmica foi na realidade, desde seu início, conceitual e religiosa.
No âmbito sagrado evitou-se a arte figurativa, concentrando-se no geométrico e abstrato, mais simbólico do que transcendental. A representação figurativa era considerada uma má imitação de
uma realidade fugaz e fictícia. Daí o emprego de formas como os arabescos, resultado da combinação de traços ornamentais com caligrafia, que desempenham duas funções: lembrar o
verbo divino e alegrar a vista. As letras lavradas na parede lembram o neófito, que contempla uma obra feita para deus.
Na complexidade de sua análise, a arte islâmica se mostra, no início, como exclusividade das classes altas e dos príncipes mecenas, que eram os únicos economicamente capazes de construir mesquitas, mausoléus e mosteiros. No entanto, na função de governantes e guardiães do povo e
conscientes da importância da religião como base para a organização política e social, eles realizavam suas obras para a comunidade de acordo com os preceitos muçulmanos: oração,
esmola, jejum e peregrinação.
ARQUITETURA
As mesquitas (locais de oração) foram construídas entre os séculos VI e VIII, seguindo o modelo da casa de Maomé em Medina: uma planta quadrangular, com um pátio voltado para o sul e duas galerias com teto de
palha e colunas de tronco de palmeira. A área de oração era coberta, enquanto no pátio estavam as fontes para as abluções. A casa de Maomé era local de reuniões para oração, centro político, hospital e refúgio para os mais
pobres. Essas funções foram herdadas por mesquitas e alguns edifícios públicos.
No entanto, a arquitetura sagrada não manteve a simplicidade e a rusticidade dos materiais da casa do profeta, sendo exemplo disso as obras dos primeiros califas: Basora e Kufa, no Iraque, a Cúpula da Roca, em
Jerusalém, e a Grande Mesquita de Damasco. Contudo, persistiu a preocupação com a preservação de certas formas geométricas, como o quadrado e o cubo. O geômetra era tão importante quanto o arquiteto. Na realidade, era ele quem realmente projetava o edifício, enquanto o segundo controlava sua realização.
A cúpula de pendentes, que permite cobrir o quadrado com um círculo, foi um dos sistemas mais utilizados na construção de mesquitas, embora não tenha existido um modelo comum. As numerosas variações locais
mantiveram a distribuição dos ambientes, mas nem sempre conservaram sua forma. As mesquitas transferiram depois parte de suas funções aos edifícios públicos: por exemplo, as escolas de teologia, semelhantes àquelas
na forma. A construção de palácios, castelos e demais edifícios públicos merece um capítulo à parte.
As residências dos emires constituíram uma arquitetura de segunda classe em relação às mesquitas. Seus palácios eram planejados num estilo semelhante, pensados como um microcosmo e constituíam o hábitat privativo do governante. Exemplo disso é o Alhambra, em Granada. De planta quadrangular e cercado de
muralhas sólidas, o palácio tinha aspecto de fortaleza, embora se comunicasse com a mesquita por meio de pátios e jardins. O
aposento mais importante era o diwan ou sala do trono.
Outra das construções mais originais e representativas do Islã foi o minarete, uma espécie de torre cilíndrica ou octogonal situada no exterior da mesquita a uma altura significativa, para que a voz do almuadem ou muezim pudesse chegar até todos os fiéis, convidando-os à oração. A Giralda, em Sevilha, era o antigo minarete da
cidade. Outras construções representativas foram os mausoléus ou monumentos funerários, semelhantes às mesquitas na forma e destinados a santos e mártires.
TAPETES
Os tapetes e tecidos desde sempre tiveram um papel muito importante na cultura e na religião islâmicas. Para começar, como
povo nômade, esses eram os únicos materiais utilizados para decorar o interior das tendas. À medida que foram se tornando sedentários, as sedas, brocados e tapetes passaram a decorar
palácios e castelos, além de cumprir uma função fundamental nas mesquitas, já que o muçulmano, ao rezar, não deve ficar em
contato com a terra.
Diferentemente da tecedura dos tecidos, a do tapete constitui uma unidade em si mesma. Os fabricados antes do século XVI chamam-se arcaicos e possuem uma trama de 80 000 nós por
metro quadrado. Os mais valiosos são de origem persa e têm 40 000 nós por decímetro quadrado. As oficinas mais importantes foram as de Shiraz, Tabriz e Isfahan, no Oriente, e Palermo, no
Ocidente. Entre os desenhos mais clássicos estão os de utensílios, de motivos florais, de caça, com animais e plantas, e
os geométricos, de decoração.
PINTURA E GRÁFICA
As obras de pintura islâmica são representadas por afrescos e miniaturas. Das primeiras, muito poucas chegaram até nossos dias em bom estado de conservação. Elas eram geralmente usadas
para decorar paredes de palácios ou de edifícios públicos e representavam cenas de caça e da vida cotidiana da corte. Seu estilo era semelhante ao da pintura helênica, embora, segundo o
lugar, sofresse uma grande influência indiana, bizantina e inclusive chinesa.
A miniatura não foi usada, como no cristianismo, para ilustrar livros religiosos, mas sim nas publicações de divulgação científica, para tornar mais claro o texto, e nas literárias, para
acompanhar a narração. O estilo era um tanto estático, esquematizado, muito parecido com o das miniaturas bizantinas, com fundo dourado e ausência de perspectiva. O Corão era decorado com
figuras geométricas muito precisas, a fim de marcar a organização do texto, por exemplo, separando um capítulo de outro.
Estreitamente ligada à pintura, encontra-se a arte dos mosaicistas. Ela foi herdada de Bizâncio e da Pérsia antiga, tornando-se uma das disciplinas mais importantes na decoração de mesquitas e
palácios, junto com a cerâmica. No início, as representações eram completamente figurativas, semelhantes às antigas, mas paulatinamente foram se abstraindo, até se transformarem em folhas
e flores misturadas com letras desenhadas artisticamente, o que é conhecido como arabesco.
Assim, complexos desenhos multicoloridos, calculados com base na simbologia numérica islâmica, cobriam as paredes internas e externas dos edifícios, combinando com a decoração de gesso das
cúpulas. Caligrafias de incrível preciosidade e formas geométricas multiplicadas até o infinito criaram superfícies de verdadeiro
horror ao espaço vazio. A mesma função desempenhava a cerâmica, mais utilizada a partir do século XII e que atingiu o esplendor na Espanha, onde foram criadas peças de uso cotidiano.
Arte BizantinaA arte Bizantina teve seu centro de difusão a partir da cidade de
Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, e desenvolveu-se a princípio incorporando características provenientes de regiões orientais, como
a Ásia Menor e a Síria.
A aceitação do cristianismo a partir do reinado de Constantino e sua oficilização por Teodósio procuraram fazer com que a religião tivesse um
importante papel como difusor didático da fé ao mesmo tempo que serviria para demonstrar a grandeza do Imperador que mantinha seu caráter sagrado e
governava em nome de Deus.
A tentativa de preservar o caráter universal do Império fez com que o cristianismo no oriente destacasse aspectos de outras religiões, isso explica o
desenvolvimento de rituais, cânticos e basílicas.
O apogeu da cultura bizantina ocorreu durante o reinado de Justiniano ( 526-565 d.C. ), considerada como a Idade de Ouro do império.
Arquitetura
O grande destaque da arquitetura foi a construção de Igrejas, facilmente compreendido dado o caráter
teocrático do Império Bizantino. A necessidade de construir Igrejas espaçosas e monumentais, determinou a utilização de cúpulas sustentadas por colunas, onde
haviam os capitéis, trabalhados e decorados com revestimento de ouro, destacando-se a influência grega.
A Igreja de Santa Sofia é o mais grandioso exemplo dessa arquitetura, onde trabalharam mais de dez mil
homens durante quase seis anos. Por fora o templo era muito simples, porém internamente apresentava grande
suntuosidade, utilizando-se de mosaicos com formas geométricas, de cenas do Evangelho.
Pintura e Escultura
A pintura bizantina não teve grande desenvolvimento, pois assim como a escultura sofreram forte obstáculo devido ao movimento iconoclasta . Encontramos três elementos distintos: os ícones,
pinturas em painéis portáteis, com a imagem da Virgem Maria, de cristo ou de santos; as miniaturas, pinturas usadas nas
ilustrações dos livros, portanto vinculadas com a temática da obra; e os afrescos, técnica de pintura mural onde a tinta era
aplicada no revestimento das paredes, ainda úmidos, garantindo sua fixação.
Destaca-se na escultura o trabalho com o marfim, principalmente os dípticos, obra em baixo relevo, formada por dois pequenos
painéis que se fecham, ou trípticos, obras semelhantes às anteriores, porém com uma parte central e duas partes laterais
que se fecham.
Mosaicos
O Mosaico foi uma forma de expressão artística importante no Império Bizantino, principalmente durante seu apogeu, no reinado de justiniano, consistindo na formação de uma figura com
pequenos pedaços de pedras colocadas sobre o cimento fresco de uma parede. A arte do
mosaico serviu para retratar o Imperador ou a imperatriz, destacando-se ainda a figura dos
profetas.
A Arte RenascentistaINTRODUÇÃO
Na medida em que o Renascimento resgata a cultura clássica, greco-romana, as construções foram influenciadas por características antigas, adaptadas à
nova realidade moderna, ou seja, a construção de igrejas cristãs adotando-se os padrões clássicos e a construção de palácios e mosteiros seguindo as
mesmas bases.
ARQUITETURA
Os arquitetos renascentistas perceberam que a origem de construção clássica estava na geometria euclidiana, que usava como base de suas obras o
quadrado, aplicando-se a perspectiva, com o intuito de se obter uma construção harmônica. Apesar de racional e antropocêntrica, a arte
renascentista continuou cristã, porém as novas igrejas adotaram um novo estilo, caracterizado pela funcionalidade e portanto pela racionalidade,
representada pelo plano centralizado, ou a cruz grega. Os palácios também foram construídos de forma plana tendo como base o quadrado, um corpo
sólido e normalmente com um pátio central, quadrangular, que tem a função de fazer chegar a luz às janelas internas
ESCULTURA
Pode-se dizer que a escultura é a forma de expressão artística que melhor representa o renascimento, no sentido humanista.
Utilizando-se da perspectiva e da proporção geométrica, destacam-se as figuras humanas, que até então estavam
relegadas a segundo plano, acopladas às paredes ou capitéis. No renascimento a escultura ganha independência e a obra,
colocada acima de uma base, pode ser apreciada de todos os ângulos.
Dois elementos se destacam: a expressão corporal que garante o equilíbrio, revelando uma figura humana de músculos levemente
torneados e de proporções perfeitas; e as expressões das figuras, refletindo seus sentimentos. Mesmo contrariando a moral cristã
da época, o nu volta a ser utilizado refletindo o naturalismo. Encontramos várias obras retratando elementos mitológicos,
como o Baco, de Michelangelo, assim como o busto ou as tumbas de mecenas, reis e papas.
PINTURA
Duas grandes novidades marcam a pintura renascentista: a utilização da perspectiva, através da qual os artistas conseguem reproduzir em suas obras,
espaços reais sobre uma superfície plana, dando a noção de profundidade e de volume, ajudados pelo jogo de cores que permitem destacar na obra os elementos
mais importantes e obscurecer os elementos secundários, a variação de cores frias e quentes e o
manejo da luz permitem criar distâncias e volumes que parecem ser copiados da realidade; e a utilização da tinta à óleo, que possibilitará a pintura sobre tela com
uma qualidade maior, dando maior ênfase à realidade e maior durabilidade às obras.
O BarrocoINTRODUÇÃO
No final do século XVI surgiu na Itália uma nova expressão artística, que se contrapunha ao
maneirismo e as características remanescentes do Renascimento. O Barroco (palavra cujo
significado tanto pode ser pérola irregular quanto mau gosto) pode ser considerado como uma
forma de arte emocional e sensual, ao mesmo tempo em que se caracteriza pela
monumentalidade das dimensões, opulência das formas e excesso de ornamentação.
ESCULTURA BARROCA
Aura barroca teve um importante papel no complemento da arquitetura, tanto na decoração interior como exterior, reforçando a emotividade e
a grandiosidade das igrejas. Destaca-se principalmente as obras de Bernini, arquiteto e
escultor que dedicou sua obra exclusivamente a projeção da Igreja Católica, na Itália. A principal característica de suas obras é o realismo, tendo-
se a impressão de que estão vivas e que poderiam se movimentar
ARQUITETURA BARROCA
Na arquitetura barroca, a expressão típica são as Igrejas, construídas em grande quantidade durante o
movimento de Contra-Reforma. Rejeitando a simetria do renascimento, destacam o dinamismo e a imponência,
reforçados pela emotividade conseguida através de meandros, elementos contorcidos e espirais, produzindo diferentes efeitos visuais, tanto nas fachadas quanto no
desenho dos interiores. Quanto à arquitetura sacra, compõe-se de variados elementos que pretendem dar o efeito de intensa
emoção e grandeza. O teto elevado e elaborado com elementos de escultura dão uma dimensão do infinito; as janelas permitem a penetração da luz de modo a
destacar as principais esculturas; as colunas transmitem uma impressão de poder e de movimento.
PINTURA BARROCA
As obras pictóricas barrocas tornaram-se instrumentos da Igreja, como meio de propaganda e ação. Isto não significa uma pintura apenas de santos e
anjos, mas de um conjunto de elementos que definem a grandeza de Deus e de suas criações. Os temas favoritos devem ser procurados na Bíblia ou na
mitologia greco-romana.
"Baco adolescente", Caravaggio
É a época do hedonismo de Rubens, com seus quadros alegóricos de mulheres rechonchudas, lutando entre robustos guerreiros nus e expressivas
feras. Também é a época dos sublimes retratos de Velázquez, do realismo de
Murillo, do naturalismo de Caravaggio, da apoteose de Tiepolo, da dramaticidade de Rembrandt. Em suma, o barroco produziu grandes mestres
que, embora trabalhando de acordo com fórmulas diferentes e buscando efeitos diferentes, tinham um ponto em comum: libertar-se da
simetria e das composições geométricas, em favor da expressividade e do movimento.
NeoclássicoNEOCLASSICISMO
Introdução
O neoclassicismo é um movimento artístico que, a partir do final do século XVIII, reagiu ao barroco e ao rococó, e reviveu os princípios estéticos da antigüidade clássica, atingindo sua máxima expressão por volta de 1830.
Não foi apenas um movimento artístico, mas cultural, refletindo as mudanças que ocorrem no período, marcada pela ascensão da burguesia. Essas mudanças estão relacionadas ao racionalismo de origem iluminista, a
formação de uma cultura cosmopolita e profana;A pregação da tolerância; a reação contra a aristocracia e a Revolução Industrial inglesa.
Entre as mudanças filosóficas, ocorridas com o iluminismo, e as sociais, com a revolução francesa, a arte deveria tornar-se eco dos novos ideais da época: subjetivismo, liberalismo, ateísmo e democracia. Esses foram
os elementos utilizados para reelaborar a cultura da antigüidade clássica, greco-romana.No século XVIII, as rápidas e constantes mudanças acabaram por dificultar o surgimento de um novo estilo
artístico. O melhor seria recorrer ao que estivesse mais à mão: a equilibrada e democrática antigüidade clássica. E foi assim que, com a ajuda da arqueologia (Pompéia tinha sido descoberta em 1748), arquitetos, pintores e
escultores logo encontraram um modelo a seguir.Surgiram os primeiros edifícios em forma de templos gregos, as estátuas alegóricas e as pinturas de temas
históricos. As encomendas já não vinham do clero e da nobreza, mas da alta burguesia, mecenas incondicionais da nova estética. A imagem das cidades mudou completamente. Derrubaram-se edifícios e largas avenidas foram traçadas de acordo com as formas monumentais da arquitetura renovada, ainda existente nas mais
importantes capitais da Europa.
Arquitetura
Na arquitetura percebe-se melhor os novos ideais que se desenvolvem na Europa. De uma forma geral foi marcada pela simplicidade, sendo que em alguns casos percebe-se maior influência romana, com obras
marcadas pela severidade e monumentalidade; e em outros casos se sobressaem as características gregas, com maior graça e pureza.
Escultura
Os escultores neoclássicos foram marcados pelo rigor e pela passividade e sua produção academicista é
considerada fria.Estátuas de heróis uniformizados, mulheres envoltas em
túnicas de Afrodite, ou crianças conversando com filósofos, foram os protagonistas da fase inicial da
escultura neoclássica. Mais tarde, na época de Napoleão, essa disciplina artística se restringiria às
estátuas eqüestres e bustos focalizados na pessoa do imperador. A referência estética foi encontrada na
estatuária da antigüidade clássica, por isso as obras possuíam um naturalismo equilibrado.
Pintura
Foi a expressão menos desenvolvida do neoclacissismo. De uma forma geral caracterizou-se
pela exaltação de elementos mitológicos ou pela celebração de Napoleão. As figuras pareciam fazer parte de uma encenação teatral e eram desenhadas
numa posição fixa, como que interrompidas no meio de uma solene representação. Na pureza das linhas e na simplificação da composição, buscava-se uma beleza
deliberadamente estatuária. Os contornos eram claros e bem delineados, as cores, puras e realistas, e a
iluminação, límpida.
Pouco depois surgiria o romantismo, carregado de paixão e liberdade. Alguns artistas
neoclássicos trilharam caminhos próximos à temática romântica, como Ingeres, ou finalmente
aderiram ao novo movimento, como fez Gericault. Em certos momentos, quando
compartilham o gosto pelos temas exóticos e patrióticos, se não fosse a linha limpa de uma contra o traço carregado de tensão da outra,
seria difícil estabelecer um limite claro entre os discursos das duas correntes artísticas.
O ROMANTISMO
ROMANTISMO
INTRODUÇÃO
O romantismo foi um movimento artístico ocorrido na Europa por volta de 1800, que representa as mudanças no plano individual, destacando a personalidade, sensibilidade, emoção e os valores
interiores.Atingiu primeiro a literatura e a filosofia, para depois se expressar através das artes plásticas. A literatura romântica , abarcando a
épica e a lírica, do teatro ao romance, foi um movimento de vaguarda e que teve grande repercussão na formação da sociedade da época, ao contrário das artes plásticas, que
desempenharam um papel menos vanguardista.A arte romântica se opôs ao racionalismo da época da Revoluçao Francesa e de seus ideais, propondo a elevação dos sentimentos acima do pensamento. Curiosamente, não se pode falar de uma estética tipicamente romântica, visto que nenhum dos artistas se
afastou completamente do academicismo, mas sim de uma homogeneidade conceitual pela temática das obras
PINTURA
A pintura foi o ramo das artes plásticas mais significativo, foi ela o veículo que consolidaria
definitivamente o ideal de uma época, utilizando-se de temas dramitico-sentimentais inspirados pela literatura e pela História. Procura-se no conteúdo, mais do que os
valores de arte, os efeitos emotivos, destacando principalmente a pintura histórica e em menos grau a
pintura sagrada.Novamente a revolução Francesa e seus
desdobramentos servem de inspiração; agora para uma arte dramática como pode ser percebida em Delacroix e Goya. Podemos dizer que este último, manifestou uma tendência mais politizada do romântismo, exceção para
a época e que tornou-se valorizada no século XX
ARQUITETURA
A arquitetura do romantismo foi marcada por elementos contraditórios, fazendo dessa forma
de expressão algo menos expressivo. O final do século XVIII e inicio do XIX forma marcados por um conjunto de transformações, envolvendo a industrilaização, valorizando e rearranjando a
vida urbana. A arquitetura da época reflete essas mudanças; novos materiais foram utilizados
como o ferro e depois o aço
ESCULTURA
A escultura romântica não brilhou exatamente pela sua originalidade, nem tampouco pela maestria de seus artistas. Talvez se possa
pensar nesse período como um momento de calma necessário antes da batalha que depois
viriam a travar o impressionismo e as vanguardas modernas. Do ponto de vista funcional, a escultura romântica não se afastou dos
monumentos funerários, da estátua eqüestre e da decoração arquitetônica, num estilo indefinido a meio caminho entre o classicismo e o barroco
Impressionismo
Impressionismo foi um movimento artístico que surgiu na pintura européia do século XIX. O nome do movimento é derivado da
obra Impressão, nascer do sol (1872), de Claude Monet,um dos maiores pintores que já usou o impressionismo.
Os autores impressionistas não mais se preocupavam com os preceitos do Realismo ou da academia. A busca pelos elementos
fundamentais de cada arte levou os pintores impressionistas a pesquisar a produção pictórica não mais interessados em
temáticas nobres ou no retrato fiel da realidade, mas em ver o quadro como obra em si mesma. A luz e o movimento utilizando
pinceladas soltas tornam-se o principal elemento da pintura, sendo que geralmente as telas eram pintadas ao ar livre para que
o pintor pudesse capturar melhor as variações de cores da natureza.
A emergente arte visual do impressionismo foi logo seguida por movimentos análogos em outros meios quais ficaram conhecidos
como, música impressionista e literatura impressionista.
Orientações Gerais que caracterizam a pintura impressionista:A pintura deve mostrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz
do sol num determinado momento, pois as cores da natureza mudam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.
É também com isto uma pintura instantânea(captar o momento), recorrendo, inclusivamente à fotografia.
As figuras não devem ter contornos nítidos pois o desenho deixa de ser o principal meio estrutural do quadro passando a ser a mancha/cor.
As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam. O preto jamais é usado em uma obra impressionista plena.
Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim um amarelo próximo a um violeta produz um
efeito mais real do que um claro-escuro muito utilizado pelos academicistas no passado. Essa orientação viria dar mais tarde origem ao pontilhismo
As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário,devem ser puras e dissociadas no quadro em
pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser
técnica para se tornar óptica. Preferência pelos pintores em representar uma natureza morta do que um
objetoEntre os principais expoentes do Impressionismo estão Claude Monet,
Edouard Manet, Edgar Degas e Auguste Renoir . Poderemos dizer ainda que Claude Monet foi um dos maiores artistas da pintura impressionista da época.
Orientações Gerais que caracterizam o impressionista:Rompe completamente com o passado.
Inicia pesquisas sobre a óptica / efeitos (ilusões) ópticas. É contra a cultura tradicional.
Pertence a um grupo individualizado. Falam de arte, sociedade, etc: não concordam com as mesmas
coisas porém discordam do mesmo. Vão pintar para o exterior, algo bastante mais fácil com a
evolução da indústria, nomeadamente, telas com mais formatos, tubos com as tintas, entre outras coisas.
Os efeitos ópticos descobertos pela pesquisa fotográfica, sobre a composição de cores e a formação de imagens na retina do
observador, influenciaram profundamente as técnicas de pintura dos impressionistas.
Eles não mais misturavam as tintas na tela, a fim de obter diferentes cores, mas utilizavam pinceladas de cores puras que colocadas uma ao lado da outra, são misturadas pelos olhos do
observador, durante o processo de formação da imagem.
A arte de vanguardaA arte de vanguarda originou-se reacionária.
Pretensa nobreza e artistas reacionários não se conformavam com o acesso do povo à cultura .Não viam com bons olhos a
democratização da sociedade com a revolução industrial e ascensão da burguesia.Queriam diferenciar-se da “multidão vulgar” em meio a qual se
sentiam anônimos, despersonalizados. Trabalhadores melhoraram de vida, tinham descanso em férias, sábados, domingos , e até faziam
excursões . Com tempo livre participavam de esportes, de jogos organizados. Havia conglomerações em toda parte. A partir de l.87O,
surgiam associações, clubes, sindicatos, torneios. O fortalecimento dos estados nacionais dependia da educação nas escolas, o povo sabia ler e escrever, publicavam-se livros, jornais e revistas, modernizavam-se os meios de produção e de comunicação. Acabavam-se os privilégios das “classes altas”.Com os novos ricos e políticos profissionais acima da
nobreza decaída, plebeus tornavam-se cidadãos com direitos e freqüentavam os mesmos lugares que elas. Tudo isto explicava o ódio à
burguesia e seus novos valores, direitos humanos, liberdade e progresso, tanto quanto à sua arte popularizada, em síntese: o
romantismo. Artistas também ciosos de suposta superioridade não podiam perder a identidade, confundidos com a “ralé”.Queriam afirmar a sua ascendência. Homens e mulheres de sensibilidade teriam de admirar apenas o excepcional. Então o uso de drogas, a homossexualidade, tudo
seria válido para dela diferencia-los. E para afirmar a superioridade falavam em purificar a nação, pregando o anti-semitismo.
“É tudo vaidade e aflição de espírito, diz Eclesiastes na Bíblia. Queriam, pois, sobressair-se, o que é comum em nossos dias:“o que foi é o que há
de ser”. Então criaram a arte dos indiciados, divorciada do público. No princípio a música sem melodia, os versos sem métrica, rimas e poesia, o
romance sem enredo. Experimentos formais enigmáticos, vazios de conteúdo. Uma arte para os “superdotados”, vedada às classes pobres
tal como ocorria nos tempos de reis e nobres. Representara reação retrógrada de desprezo à democratização e ao humanismo, enquanto não
se evidenciavam as contradições próprias no processo cultural. Já se estendiam ao campo das artes e da literatura, como na História, bem ou mal interpretadas as concepções darwinianas, freudianas e marxistas. Contribuíam para a substituição da crença em Deus pela crença em
super-homens acima do bem e do mal, como de artistas, eles sim destacados das massas, capazes de criar novas realidades. A tal caráter
negativo que influiu na arte de vanguarda acrescente-se a idéia das novas doutrinas de supremacia racial e nacional , de legitimidade das ditaduras. As conseqüências vieram com o nazismo, o fascismo e o
comunismo de Lênin e Stalin. Apesar disso, logo considerada por Sartre a filosofia insuperável do tempo, o marxismo devido à luta de classes e
ascensão do proletariado era uma contradição no processo cultural, uma resistência ao caráter negativo. Realçando como qualidade essencial nas artes o realismo, defendia ao inverso uma arte contrária ao domínio sobre
o proletariado, a qual repercutiu positivamente em todo o mundo, ainda que se tornasse facciosa, política.
Procuramos num pensamento brasileiro fundamentar um novo realismo com
princípios e valores humanos perpétuos. Achamos que, com o modernismo, sem os
preconceitos da decadente nobreza e artistas reacionários do século XIX, que desprezavam
o povo, há sim uma arte de vanguarda. Os autores voltam-se para a vida, para o social, para o real e o humano, expressando-se em
suas obras. Não são iniciados em artes ocultas para se diferenciarem julgando-se superiores. Amam e valorizam o próximo, dando substância à arte de vanguarda.
Arte Pós 2° GuerraArte Moderna é o termo genérico usado para
editar a maior parte da produção artística do fim do século XIX até meados dos anos 1970
(embora não haja consenso sobre essas datas e alguns de seus traços distintivos[1]), enquanto
que a produção mais recente da arte é chamada frequentemente de arte contemporânea (alguns
preferem chamar de arte pós-moderna).A arte moderna se refere a uma nova abordagem
da arte em um momento no qual não mais era importante que ela representasse literalmente um
assunto ou objeto (através da pintura e da escultura) -- o advento da fotografia fez com que
houvesse uma diminuição drástica.
HistóricoDurante as primeiras décadas, a arte moderna foi um fenômeno
exclusivamente europeu. As primeiras sementes de ideias modernas vieram dos artistas do estilo romântico, como Charles Baudelaire, e dos realistas. Em
seguida, representantes do impressionismo e pós-impressionismo experimentaram começando com as maneiras novas de representar a luz e o
espaço através da cor e da pintura. Nos anos pré-I Guerra Mundial do século XX, uma explosão criativa ocorreu com fauvismo, cubismo,
expressionismo e futurismo.I Guerra Mundial trouxe um fim a esta fase, mas indicou o começo de um
número de movimentos anti-arte, como dada e o trabalho de Marcel Duchamp, e do surrealismo. Também, os grupos de artistas como de Stijl e Bauhaus
eram seminal no desenvolvimento de idéias novas sobre o inter-relação das artes, da arquitetura, do projeto e da instrução da arte. Arte moderna foi
introduzida na América durante a I Guerra Mundial quando um número de artistas de Montmartre e Montparnasse bairros de Paris, França fugiram da
guerra. Francis Picabia (1879–1954), foi o responsável de trazer a Arte Moderna para a cidade de Nova York. Foi somente após a II Guerra Mundial,
no entanto, que os EUA se transformaram no ponto focal de novos movimentos artísticos. As décadas de 1950 e 1960 viram emergir o
expressionismo, Surrealismo, concretismo, cubismo, fauvismo, futurismo, Arte cinética, realismo social, abstracionismo,Primitivismo(Arte Ingênua)]], pop
art, op art e arte mínima. Entre 1960 e 1970, a arte da terra, a arte do desempenho, a arte conceitual e Fotorealismo emergiram.
Em torno desse período, um número de artistas e de arquitetos começaram a rejeitar a ideia de "o moderno" e criou tipicamente trabalhos pós-modernos.
Partindo do período pós-guerra, poucos artistas usaram pintura como seu meio preliminar.
Toda a produção do surgimento das personalidades artísticas do século vinte precisa ser condensada e reavaliada paradigmaticamente para o século vinte e um pois surge gradativamente um novo ramo de potencialização da expressão artística humana que deverá ser classificado oficialmente em breve tendo seus
defensores iniciais reconhecidos.Características da Arte Neo-Moderna ou Neo-Pós-Moderna:
Valorização dos elementos da cultura locais e regionais. Compreensão da instância da liberdade civil humano-adâmica proporcionada pela cultura.
Independência do homem em relação à ignorância. Entendimento da profundidade da aplicação da justiça e da sua intuitiva necessidade.
Paradigma multi-racial. Pacifismo político e na originalidade valorização de todas as instâncias originais promotoras da harmonia pacífica em nome da
tradicionalidade. Identificação da expressão universal na intrinsecidade significativa da obra artística individual. Consciencialidade sobre a origem
científica do homem no Universo. Expressão da esotericidade e da religiosidade dentro de um mesmo paradigma multissignificativo e
multiadaptável em harmonia.
Arte nos anos 2000
CinemaA literatura sendo trazida para as telonas com enorme frequência como as
continuações de Harry Potter, A Saga Crepúsculo (que popularizou a volta dos vampiros em 2009), Marley & Eu, O menino do pijama listrado, O Senhor dos Anéis, que se tornou um dos maiores sucessos
cinematográficos da história, acumulando bilhões de dólares em todo o mundo e críticas positivas, sendo a prova os 17 Óscar ganhos em apenas três filmes
lançados, etc,além do desfecho da saga Star Wars A Disney traz de volta os musicais com High School Musical (1, 2 e 3)
lançando novos astros como Zac Efron, Vanessa Hudgens e Ashley Tisdale e acumulando milhões em produtos e com fãs em todo o mundo.
O filme Transformers baseado na série de desenho e brinquedos Transformers. O sucesso levou à continuação Transformers: Revenge of the Fallen em
2009. O cinema em 3D fica mais popular e acessível.
O filme Avatar é lançado e se torna um recorde de bilheteria. É considerado um filme revolucionário, principalmente pelos efeitos especiais.
] Música Ver artigo principal: Música da década de 2000
No dia 25 de Junho de 2009 morre o cantor Michael Jackson
TelevisãoPopularizam-se os reality shows, como A Fazenda,Casa dos Artistas e, principalmente, Big Brother Brasil.
Sob a influência da Internet, voltam a receber popularidade programas humorísticos como Chaves e Chapolim por parte do público na faixa dos 18 a trinta anos.
Repopularização de desenhos clássicos, como o Pica-Pau, Tom & Jerry e Os Simpsons; Popularização dos desenhos como Bob Esponja e Os Padrinhos Mágicos. Em 28 de setembro de 2003 estreia o programa humorístico Pânico na TV.
Surgimento de séries americanas de grande sucesso como Lost, CSI, Grey's Anatomy, Ugly Betty, Heroes, Prison Break , 24 Horas , Sobrenatural e Todo Mundo Odeia o Chris.
No Brasil, popularizam-se os seriados A Grande Família, Os Normais, A Diarista e Toma Lá, Dá Cá. Aumento da popularização da TV por assinatura.
Crescimento na Rede Record e crise no SBT. A TV digital é implantada no Brasil, apesar de ser facultativa até 2016.
A escocesa Susan Boyle torna-se célebre no mundo todo após ter participado de um Reality Show inglês "Britain's Got Talent", batendo um recorde de visualizações de seus vídeos na internet.
Com Da Cor do Pecado, a Rede Globo apresenta a primeira novela com uma protagonista negra, interpretada por Taís Araújo. A novela se tornou um sucesso, com a maior audiência da década no horário.
A Rede Globo continua fazendo novelas de sucesso, apesar de sofrer uma ligeira queda de audiência. Laços de Família, Mulheres Apaixonadas e Páginas da Vida emocionam o público. O Clone mostra a vida no Marrocos e torna a cultura desde país popular no Brasil. O Cravo e a Rosa e
Chocolate Com Pimenta dão a Walcyr Carrasco o título de especialista em humor às 18h. Senhora do Destino bate recorde de audiência com a trama popular que conta a história de Maria do Carmo e da vilã Nazaré. Alma Gêmea fala da reencarnação e, com características comuns de novelas mexicanas, se torna
um dos maiores sucessos das 18h. Celebridade para o Brasil com o mistério quem matou Lineu Vasconcellos? e Belíssima com o "quem é o filho de Bia Falcão". Paraíso Tropical conquista o público com dois vilões que conquistaram o país: Bebel e Olavo. A Favorita estreia com inovação na dramaturgia brasileira: sem uma mocinha e uma vilã predefinidas, surpreende os telespectadores com uma história cheia de surpresas e engana o público com Flora e
Donatela. Caminho das Índias e Cama de Gato são premiadas com importantes prêmios no exterior. O Jornal Nacional vai para dentro da redação em 2000. Em 2009, completa quarenta anos de existência e inova o cenário.
No dia 17 de Março de 2008 estreia pela Rede Bandeirantes o CQC.Diversão eletrônica
PlayStation 3 na E³ 2006A indústria dos jogos eletrônicos desbanca Hollywood, assumindo em alguns momentos o posto de industria do entretenimento mais cara, sofisticada e
lucrativa. Os jogos eletrónicos começam a ser encarados como um tipo de arte, com alguns como Bioshock ganhando premios em revistas e publicações de diferentes
ramos artísticos. Nascimento dos jogos que envolvem a união familiar e exercícios físicos, através do console de mesa Wii e do acessório Wiifit da Nintendo.
Com o avanço da internet, os MMORPG (Massive Multiplayer Online Role-Playing Game) se tornam uma febre. Lançados os consoles de Sexta Geração: Playstation 2 da Sony em 2000, Xbox da Microsoft e Game Cube da Nintendo em 2001.
Lançados os consoles de Sétima Geração: Xbox 360 da Microsoft. Wii da Nintendo e PlayStation 3 da Sony no ano de 2007. Ascensão dos portáteis como plataforma popular de jogos.