TRABALHANDO A NUTRIÇÃO COM ADOLESCENTES: UMA
PROPOSTA PEDAGÓGICA Sonia Regina Carrasco Oliveira1
Helaine Maruska Vieira Silva 2
RESUMO
O estudo baseia-se no desenvolvimento de uma proposta pedagógica que instigue o escolar a conhecer os alimentos que fazem parte de sua dieta nutricional. O presente estudo foi desenvolvido no primeiro semestre de 2013 com os alunos da 1ª série do Ensino Médio de um Colégio Estadual do município de Iguatu-Pr. A partir da análise do questionário de frequência alimentar foi observado o cardápio e hábito alimentar dos alunos e familiares. Além dessa ferramenta, QFA, outras ações foram desenvolvidas no intuito de provocar questionamentos sobre a importância de uma alimentação que possua os nutrientes necessários ao bom desenvolvimento fisiológico do adolescente.
PALAVRAS-CHAVES: Nutrição. Escolar. Questionário de frequência alimentar.
1 INTRODUÇÃO
Uma dieta balanceada pode garantir a quantidade exata de nutrientes para as
reposições diárias de uma pessoa, que deve variar com seu crescimento, sexo e
atividades físicas que pratica. Uma dieta saudável é entendida como aquela que faz
bem, promove a saúde e deve ser orientada e incentivada desde a infância até a
idade adulta (PHILIPPI, 2008). Durante o estirão de crescimento na pré-
adolescência e adolescência a quantidade vitamínica e iônica está num período de
maior necessidade, pois o organismo possui um grande consumo metabólico
(SAITO, 2003).
As necessidades vitamínicas e de sais minerais na adolescência estão muito
além das estimadas para o adulto, em função disso, a alimentação do escolar deve
apresentar uma dieta balanceada que forneça os nutrientes necessários, evitando o
surgimento de doenças no decorrer de sua vida.
A adolescência se caracteriza, entre outros, pela rebeldia e contestação de
autoridades e, na busca pela sua identidade, pode manifestar-se pela quebra de
padrões. Como exemplo a não-aceitação do hábito alimentar mais saudável, isso
1 Professora PDE, do Colégio Estadual do Campo Carlos Gomes, Iguatu/PR.
2 Professora orientadora PDE, Curso de Enfermagem, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde –
campus de Cascavel/PR
pode implicar no surgimento de carências nutricionais que podem desencadear
“problemas de saúde” como anemia, dificuldade de aprendizagem, deficiência em
massa muscular, baixa imunidade e deficiência visual, além de estar propensos ao
ganho de peso o que pode aumentar os riscos de doenças crônicas, tais como as
cardiovasculares, hipertensão, diabetes, e outras (RIBEIRO, 2005).
Com a modernidade, os avanços em todos os setores têm gerado grande
atropelo na rotina diária das famílias em um contexto mundial. Com isso surgem as
implicações na qualidade de vida do ser humano e mais necessariamente entre as
crianças e adolescentes. Vemos também que a popularidade da fast-food cresceu
de modo impressionante e isso é simples: nosso ritmo de vida a torna quase
obrigatória. Para Colbert (2006, p. 12), as pessoas acham que estão muito ocupadas
para preparar refeições tradicionais e vêem o fast-food como uma alternativa para
poupar tempo. Além disso, muitas vezes fica mais caro preparar uma refeição
tradicional por pessoa do que comprar. Essa praticidade facilita a rotina familiar para
a carga de trabalho que se encontram, no entanto tem tornado os membros
familiares distantes e geram hábitos alimentares que sacrificam a alimentação de
qualidade. Diante desta constatação a escola deve estar assumindo seu papel de
formadora e estar desenvolvendo projetos e atividades voltados a educação
alimentar, não só com os adolescentes mais com a comunidade em geral,
profissionais da área da educação, alunos e pais, pois somente através de um
trabalho em conjunto é que será possível obter resultados significativos contribuindo
com a saúde e o bem estar.
O presente estudo tem como objetivo desenvolver ações que possibilite o
conhecimento dos principais alimentos consumidos pelos adolescentes do Colégio
Estadual Carlos Gomes, bem como, informar sobre a importância dos principais
nutrientes vitamínicos e minerais para o desenvolvimento e funcionamento do corpo
humano aos adolescentes e familiares.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Já na antiguidade o homem percebeu e comprovou a importância dos
alimentos para evitar e curar doenças. As vitaminas nem sempre foram conhecidas e
ainda hoje se tem muitas informações e estudos a serem realizados sobre estes
nutrientes e suas implicações à saúde humana.
No século XVIII, frotas navais utilizavam doses diárias de suco de limão e
laranja-lima na prevenção e cura do escorbuto causado pela carência da vitamina C.
Não se conhecia a substância ainda, contudo, era atribuído aos alimentos o teor
medicinal. Foi no século XX que alguns cientistas, realizando experimentos de
bioquímica e nutrição experimental, passam a determinar o poder curativo dos
alimentos às substâncias químicas presentes em alguns e em outros não. Segundo
CAMEP (Centro Avançado de Medicina Preventiva), o termo vitamina foi proposto:
(...) no princípio do século por Casimir Funk, um Bioquímico polonês, que
achava que este nutriente era uma "amina da vida". As aminas são
compostos formados pela substituição de um ou mais átomos de hidrogênio
na molécula da amônia (NH³) por radicais orgânicos. A palavra inglesa
original "Vitamine" foi posteriormente modificada para "Vitamin", quando se
reconheceu que nem todas as vitaminas eram aminas. Em português não
houve modificação semelhante. (Em:
http://www.camep.com.br/vitaminas.htm. Acesso em: 05/05/2012).
Os estudos existentes mostram que estas substâncias orgânicas são encontradas
em quase todos os alimentos e em pequenas quantidades, entretanto são
essenciais ao funcionamento do organismo, para Lima (2008),
Cumprem papel importante ao metabolismo celular e ao crescimento, elas regulam e favorecem as reações químicas que ocorrem nas células, permitindo a assimilação dos alimentos (LIMA, Dra. Michele Oliveira de. A importância das vitaminas na alimentação. Em: <http://www.senado.gov.br/portaldoservidor/jornal/jornal94/nutricao_vitaminas.aspx>. Acesso em: 05 maio 2012).
Para Lima (2008) os requerimentos nutricionais desses micronutrientes
aumentam durante os períodos de crescimento [...], em função disso, a alimentação
do escolar deve apresentar uma dieta balanceada que forneça os nutrientes
necessários, evitando o surgimento de doenças. Segundo Neumann (2007) a
ingestão dietética inadequada expõe risco à saúde do adolescente de imediato ou
futura, ou seja, na fase adulta. Para Neumann,
[...] práticas alimentares inadequadas representam riscos imediatos para a saúde do adolescente, tais como, anemia por deficiência de ferro, distúrbios alimentares como bulimia e anorexia, subnutrição, sobrepeso e obesidade, baixa densidade óssea e cáries dentárias. [...] Aproximadamente 50% dos adolescentes obesos tornam-se adultos obesos. Alterações metabólicas, como o diabetes, são também consequências de dietas inadequadas mantidas na adolescência; a alta ingestão de gorduras potencializa o risco para enfermidades cardíacas; a baixa ingestão de cálcio e minerais em geral na adolescência, associa-se com baixa densidade óssea e aumenta o risco para a osteoporose na vida adulta [...] (NEUMANN, 2007, p. 9)
As necessidades vitamínicas e de sais minerais nessa fase da vida estão
muito além das estimadas para o adulto, mas no geral, os valores indicados na
adolescência estão aumentados no período de crescimento. As diferentes
quantidades recomendadas em diversas tabelas nutricionais ocorrem pelo pouco
conhecimento direcionado especificamente ao adolescente [...] (SAITO, 2003,
p.676). Entre os minerais mais intimamente ligados ao desenvolvimento biológico
citam-se o cálcio, o ferro e o zinco e entre o grupo vitamíco: a vitamina A, vitaminas
complexo B, vitamina C e vitamina D.
O cálcio está relacionado com o aumento da massa óssea, participa da
contração muscular, da coagulação do sangue e é responsável pela rigidez dos
ossos e dentes (BRITO E FAVARETTO, 1997, p 64). A necessidade desse mineral
está presente em toda vida do ser humano, todavia, na adolescência sua quantidade
sofre modificações. Saito (2003) afirma que,
[...] há um aumento do esqueleto associado ao crescimento, principalmente durante a fase de aceleração, e a retenção do cálcio é cerca de 200mg no sexo feminino e 300mg no sexo masculino, exercendo impacto significante sobre as necessidades de cálcio, que serão usadas para a manutenção do tecido.A necessidade diária é estimada, na adolescente, em 0,5-0,7g/dia, devendo ser sempre lembradas as inter-relações entre o cálcio e os vários componentes da dieta, principalmente a vitamina D e o fósforo (SAITO,2003, p. 675).
As fontes de alimentos ricos em cálcio são encontradas no leite e derivados,
couve, feijão, feijão-soja, mostarda, folhas de nabo, ovos, carnes.
O micronutriente ferro está presente nas carnes e vísceras bovinas, na gema
de ovo e em leguminosas, como o feijão (BRITO E FAVARETTO, 1997, p.65). Em
acordo com o citado acima, Cozzolino (2009) fornece informações das fontes mais
importantes desse micronutriente presente na refeição dos brasileiros,
Fontes mais importantes de ferro para população brasileira: feijão (32%) e carnes (20%). Potencial de absorção em dietas é da ordem de 1 a 7%. Fonte de ingestão animal ( 30%). (COZZOLINO, 2009).
A necessidade diária do ferro aumenta em ambos os sexos durante a
adolescência. Além do crescimento e do aumento da massa óssea é importante
para o volume sanguíneo e das enzimas respiratórias. Vitolo (2008) salienta que
para as meninas em especial há um aumento adicional com o evento da menarca,
por causa da perda do ferro durante a menstruação.
Estudos realizados mostram que o sexo masculino possui necessidade
maior no período de rápido crescimento, estando associado ao aumento do volume
sanguíneo, devido ao crescimento da massa magra. Esse ganho acontece muito
mais rápido que no sexo feminino, a produção de eritrócitos (glóbulos vermelhos)
está ativo na puberdade masculina, chegando a aumentar de 2 a 3 vezes em
relação aos níveis basais (VITOLO, 2008, p.280).
A absorção do mineral ferro pelo organismo pode ser influenciada pela
interação da variedade alimentar consumida pelo adolescente e a relação entre o
ferro heme e o ferro não heme da dieta (SAITO, 2003, p.675). Alguns nutrientes
podem agir positivamente, contribuindo na sua absorção como é o caso da vitamina
C (ácido ascórbico) e A, ou dificultando como o tanino, fitatos e excesso de cálcio.
Cazzolino (2012) indica a quantidade ideal de ferro segundo as recomendações do
DRIs (Recomendações de ingestão dietética) para os meninos e para as meninas,
como mostra a tabela:
Fase da Vida EAR (mg) RDA (mg) UL (mg)
9 –13 anos 5,9 8,0 40
14 –18 anos (H) 7,7 11,0 45
14 –18 anos (M) 7,9 15,0 45
Fonte: HENRIQUES e COZZOLINO, (2012, p. 663).
EAR – Estimativa do Requerimento Médio. RDA – Ingestão Diária Recomendada. UL – Ingestão Máxima Tolerada.
A deficiência do ferro na dieta alimentar do adolescente é um grande
problema em nosso meio (VITOLO, 2008, p. 281). A carência do mineral pode
desenvolver fadiga muscular, baixo rendimento escolar e em caso de anemia a
função imunológica é prejudicada.
O mineral zinco participa de processos importantíssimos no organismo
humano. Age como antioxidante, estando presente em quase todos os tecidos e por
isso com ações benéficas (GORZONI, 2007). Os íons desse mineral são
encontrados no corpo humano, em grande concentração no olho (coróide), em
razoável porção nos dentes e ossos, no cabelo, unhas e pele, e em menores
concentrações nos tecidos sanguíneas (Marques e Marreiro, 2006). A carência de
zinco acarreta sintomas como atraso no crescimento celular, atraso na maturidade
sexual, pouco apetite e deficiência do sistema auto-imune.
Além da importância dos nutrientes minerais, as vitaminas não podem ser ignoradas, pelo contrário, algumas devem ser mais indicadas durante a puberdade e a adolescência. Para Krause e Mahan (1991) grandes quantidades de timina, riboflavina e niacina são recomendadas pelas altas necessidades energéticas. Com aumento do aporte energético, a ingestão de vitamina do complexo B aumentará e será adequada. Vitaminas do complexo B que estão associadas com maiores necessidades nesta fase de desenvolvimento é a B6 (piridoxina), B12 (Ácido fólico) além das já citadas anteriormente.
Vitollo (2007) cita em seus estudos que o instituto de Medicina dos EUA
estabeleceu recomendação dietética de folato na prevenção de doenças
cardiovasculares durante a adolescência. Segundo Saito (2003) o ácido fólico tem
papel importante na síntese de DNA (ácido desoxirribonucléico) no período de
replicação celular, na hemapoiese (produção de elementos celulares e figurados do
tecido sanguíneo) e outras replicações celulares em todas as idades. São fontes
dessas vitaminas os vegetais como vagem, grãos como feijão, carne de frango,
carne bovina, fígado, peixe, gema de ovo.
A vitamina A pré-formada – retinol e a pró-vitamina – caroteno estão
intimamente ligados à diferenciação e proliferação celulares, reprodução e
integridade do sistema imunológico (VITOLO, 2008, p.283). Sua carência pode
ocasionar mudanças epiteliais, ocorrendo queratinização de tecidos, alterações nos
olhos (epitélio conjuntival ou corneal) tendo como consequência a xeralftomia
“cegueira noturna” (ANGELIS, TIRAPEGUI, 2007, p.128). Segundo Vitollo (2008) a
deficiência nesta vitamina aumenta o estoque hepático de ferro limitando a
disponibilidade para a formação de hemoglobina podendo estar associado a
processos anêmicos e infecciosos. São fontes dessa vitamina as frutas e os
vegetais (verde-escuros e amarelos) e os de origem animal – fígado, gema de ovo,
manteiga, queijo, nata, óleo de fígado de bacalhau como complemento – (NEVES,
1995, p.66).
A efetividade de todo processo metabólico do organismo é medida pelas
quantidades de ácido ascórbico disponível (SAITO, 2003, p. 676). A vitamina C
reduz as reações de hidroxilação no organismo e participa da síntese de sais biliares
e colágeno intracelular que dá sustentação ao músculo, formação e reparação de
tecidos auxiliando nos processos de cicatrização, saúde de dentes e gengivas,
auxiliam na absorção do ferro a partir da dieta. Segundo Angelis e Tirapegui (2007)
sua função antioxidante é muito divulgada na literatura por destruir radicais livres.
Angelis e Tirapegui (2007) mencionam que, num estudo feito com homens que
realizavam exercícios musculares após receberem em conjunto vitamina A e E
durante 30 dias, a ação antioxidante de ambas exerceu efeito protetor aos músculos.
Esse estudo demonstra que tal vitamina tem ação formadora e não de produção de
células de defesa. Entre as fontes estão as frutas cítricas e vegetais verdes. As
recomendações indicadas por Vitollo (2008) são de 45mg para meninos e meninas
de 9 a 13 anos e 75mg e 65mg, respectivamente para meninos e meninas de 14 a
18 anos.
Em relação ao desenvolvimento ósseo da criança e do adolescente é
fundamental a presença da vitamina D (calciferol) disponível na natureza sob duas
formas o ergocalciferol (vitamina D2) e o colecalciferol. Sua principal função biológica
está relacionada com o equilíbrio do cálcio (Ca) e do fósforo(P), regulando a
absorção destes íons pelo intestino. Assim, percebe-se a necessidade desta
vitamina para a formação de ossos e dentes na fase de crescimento, evitando as
carências, pois a baixa ingestão pode ocasionar algumas deficiências, como salienta
Angelis e Tirapegui (2007) os ossos tornam-se fracos, proporcionando pouca
sustentação, e como consequência, curvatura da espinha e das pernas. Essas são
as características do raquitismo. São fontes da vitamina D, óleo de fígado de peixes,
derivados do leite, ovos, margarinas enriquecidas e principalmente a síntese pela
pele através da radiação de raios ultravioletas- radiação B (UV-B).
No que se refere às necessidades mínimas da vitamina D na dieta diária,
segundo Saito (2003) não existe uma quantidade exata indicada particularmente
nesta fase da adolescência. Devido à velocidade do crescimento, os adolescentes
podem precisar comer com maior frequência e em grandes quantidades geralmente
são alimentos ricos em energia, Krause e Mahan (1991) salienta que eles precisam
ser mais cuidadosos quando o crescimento ficar mais lento, pois um desequilíbrio no
consumo nem sempre causa um problema de imediato, mas com o passar dos anos
seus efeitos podem surgir. Com a mudança de hábitos que o adolescente passa
adotar uma dieta alimentar carente ou alimentos ricos em substâncias com ação
negativa em relação à absorção dos nutrientes necessários ao seu corpo. A
ingestão, por exemplo, de refrigerante que contém cafeína aumentam a excreção do
cálcio pela urina, assim prejudicando a mineralização óssea, sem dizer que muitos
adolescentes têm substituído o leite fonte cálcio pelo refrigerante.
A formação de hábitos alimentares se inicia na infância sendo influenciado
principalmente pela família, a qual inicia o estabelecimento de horários das refeições
e cardápio alimentar. Uma criança que da mais tenra idade tem uma alimentação
saudável e bem balanceada certamente levará esses benefícios para o resto de sua
vida (Jachinoski, 2007). E para ter uma alimentação saudável é preciso uma dieta
construída contendo cardápio variado, pois ingerindo pequenas porções de uma
variedade de alimentos dificilmente haverá deficiência de algum componente
essencial. Procurando desenvolver uma maneira correta e ideal de se alimentar
foram desenvolvidos guias alimentares como a pirâmide que é uma forma ilustrativa
de transmitir as orientações originadas de trabalhos científicos para poder compor
uma dieta alimentar de forma mais saudável possível (Angelis, 2008).
Segundo Jachinoski, (2007) a pirâmide alimentar foi desenvolvida para ser
utilizada por uma população que visa uma forma de vida saudável, com a finalidade
de ensinar conceitos de variedade, moderação, além da inclusão de tipos de
alimentos em porções adequadas na dieta total. Devendo ser modificada para
diferentes idades e grupos étnicos, sendo assim, adequada a diferentes realidades e
costumes.
De acordo com os princípios de uma alimentação saudável, todos os grupos
de alimentos devem compor a dieta diária. A alimentação saudável deve fornecer
água, carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, fibras e minerais, os quais são
insubstituíveis e indispensáveis ao bom funcionamento do organismo. A diversidade
dietética que fundamenta o conceito de alimentação saudável pressupõe que
nenhum alimento específico ou grupo deles isoladamente, é suficiente para fornecer
todos os nutrientes necessários a uma boa nutrição e conseqüente manutenção da
saúde (BRASIL, 2006).
A pirâmide alimentar adaptada por Philippi, S. T, na versão 2005 usada como base para a formatação do Questionário de Frequência Alimentar (QFA) dos escolares.
Foram organizados oito grupos de alimentos adaptados para os hábitos
alimentares brasileiros e para o estabelecimento do número de porções dos
diferentes grupos, os alimentos foram organizados em medidas usuais para a
população brasileira e o respectivo peso em gramas. Cada medida usual também
foi estimada segundo o valor energético de cada porção do grupo alimentar. A
medida usual de consumo (fatia, copo de requeijão, unidade) foi à terminologia
adotada em complementação ou substituição às medidas caseiras (colher de
sopa, xícara). Adoção de medida usual permite um melhor entendimento da
quantidade do alimento, uma vez que está presente na prática alimentar diária do
individuo e na cultura do país. : Philippi, S. T. (2008)
De acordo com a distribuição das porções apresentadas nos oito níveis da
pirâmide alimentar observada através figura 1, foi possível obter uma visão das
porcentagens que cada nível oferece entre o mínimo e máximo de porções ofertadas
em uma dieta diária apresentada pela figura2.
Figura 1. Pirâmde Proposta por PHILIPPI,S.T. 2005.
Figura 2. Porcentagens representam o número máximo de porção de cada grupo alimentar em
uma dieta diária de acordo com os estudos propostos por Philippi, compondo o Guia
Alimentar Brasileiro.
As pesquisas já realizadas em relação à nutrição do adolescente, o que
percebe é que existe pouca ingestão de frutas e verduras em seus cardápios diários,
e quando está presente não se observa variedades, mas, a presença de muito
refrigerante, salgadinhos, lanches, alimentos ricos em lipídios e carboidratos,
tornando as dietas deficientes em nutrientes necessários ao desenvolvimento normal
do adolescente.
Pensando no bem estar do escolar tem se buscado desenvolver estratégias
direcionadas a sua saúde nutricional, como a melhor qualidade no cardápio
oferecido pela merenda escolar, mas ainda são muito poucos os estudos realizados
no Brasil neste sentido, pois segundo Neumann (2007),
[...] o desenvolvimento de estratégias efetivas requer um pleno entendimento dos padrões de consumo, do comportamento alimentar e dos múltiplos e interativos fatores que influenciam estes comportamentos na adolescência (NEUMANN, 2007, p. 11)
3 A INTERVENÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA
A nutrição é um tema que tem sido objeto de estudo para muitos
pesquisadores, diante da preocupação com a saúde e a qualidade de vida do ser
humano. Com esta inquietação o presente estudo desenvolveu algumas ações
pedagógicas, no intuito de instigar o escolar a analisar e pesquisar os alimentos que
tem consumido na sua dieta alimentar, partindo da análise da dieta alimentar familiar
como base para desenvolver as ações que conduzam à observação da importância
de uma alimentação equilibrada. As ações foram realizadas no Colégio Estadual
Carlos Gomes, do município de Iguatu durante o primeiro semestre de 2013, com 27
alunos com alunos da 1ª série do ensino médio e seus familiares.
Como forma de divulgação, na semana Pedagogia de fevereiro de 2013, a
direção dispôs de um espaço para a apresentação e socialização do projeto de
intervenção. Com apoio da equipe pedagógica o projeto foi apresentado aos alunos.
No primeiro encontro foi entregue as informações registradas a respeito das
atividades que estariam sendo desenvolvidas com os adolescentes e as
autorizações para que os mesmos pudessem estar participando em contra turno,
das visitas e atividades que aconteceriam.
No primeiro encontro foi repassada uma paródia sobre alimentos/nutrientes e
problemas ligados a alimentação na versão da música Band Romance - Lady Gaga.
Ao término do vídeo, em grupo, os alunos realizaram análise do conteúdo e fizeram
uma listagem dos temas citados e após, exposição das conclusões ao grande grupo.
Durante esta atividade foi realizada uma sondagem do conhecimento prévio dos
adolescentes e a percepção dos mesmos em relação aos conteúdos expostos.
Visando o desenvolver de um texto para dramatização foi utilizado como fonte
informativa vídeos sobre obesidade, bulimia e anorexia, sendo proposto ao término
dos vídeos trabalhos em grupo para a identificação dos distúrbios relacionados aos
hábitos alimentares e exposição dos trabalhos sobre distúrbios alimentares, usando
a dramatização e a exibição de slides, organizados pelos grupos.
Posteriormente, ocorreu a orientação no preenchimento Questionário De
Frequênca Alimentar QFA, onde os alunos levaram para suas casas dois formulários
para serem preenchidos por eles e seus responsáveis. Foram enviados 21 pares de
formulários (escolar e responsável) e retornaram 16 formulários de escolares e 12
dos responsáveis.
Para realizar a pesquisa qualitativa foi utilizado o Questionário de
Frequência Alimentar (QFA) propondo cinco refeições diárias: Café da manhã,
almoço, lanche da tarde, jantar e lanche da noite. O lanche da manhã não foi
acrescentado pelo motivo que estes escolares estudavam no período diurno,
portanto foi contabilizado o café e o lanche como uma única dieta, pois foi observado
que ambas as refeições são substituídas pela merenda escolar.
A figura 3 apresenta os principais grupos alimentares ingeridos diariamente
pelos escolares.
Figura 3- Distribuição percentual de grupos alimentares referentes a dieta de 12 escolares
observada no decorrer de 8 dias .
Através dos resultados verificou-se que existe ingestão de frutas e hortaliças bem abaixo do recomendado (17%), onde se concentra grande parte dos nutrientes construtores e funcionais do organismo humano. As frutas e hortaliças representam os nutrientes reguladores devendo juntos fornecer 34% da dieta diária de uma pessoa.
Os nutrientes reguladores são compostos pelas vitaminas e sais minerais,
atuando no crescimento corporal, na estruturação e manutenção dos ossos,
transporte do oxigênio no sangue e defesa do organismo. Estão presente
nas frutas e hortaliças. (Krause e Mahan, 1991).
Na oferta de alimentos aos escolares, observou-se que os muitos alunos não
aceitam a fruta que é ofertada na merenda da escolar. O consumo de frutas e
hortaliças reflete uma questão socioeconômica da população deste município que
vem perdendo suas raízes. Antigamente na região se tinha o bom hábito de cultivar
frutas, os chamados pomares e produção de hortas domésticas, hábito este que
vem se perdendo sob a influência da forma de agricultura adotada pelos agricultores
nos últimos anos. A monocultura praticada pela maioria dos agricultores tem
roubado tempo e gosto em desenvolver tais cultivos. No cenário atual uma pequena
parcela dos agricultores se enquadra como médios e grandes produtores que em
sua maioria produzem somente cereais, enquanto que os pequenos agricultores se
dividem na produção de milho e fumo e/ou na agricultura familiar.
O leite e seus derivados devem ser consumidos em média 10% das porções
diárias, por ser rico em cálcio e proteínas entre outros nutrientes. Verificou-se que a
média consumida por esses escolares atinge somente 5% dos laticínios (Fig. 3).
Muitos adolescentes evitam o leite porque remete à infância, ou ainda por serem
intolerantes à lactose, assim, para adquirir cálcio por outras fontes que não o leite e
seus derivados devem ser ofertados outros alimentos como a sardinha, bebidas a
base de soja, saladas como alfafa, acelga, agrião e também através do feijão
rosinha (FOLLI, 2013). Dentre as fontes alternativas de cálcio está a classe das
leguminosas. Apesar das leguminosas estarem 8% a mais do máximo aconselhado
pela pirâmide, não foi apresentada nenhuma variação na oferta desta classe, sendo
o feijão a única leguminosa ingerida pelos escolares. Podemos constatar que os
escolares apresentaram maior consumo de feijão da variedade carioquinha, e em
menor proporção o feijão preto e porção mais reduzida a variedade rosinha. O feijão
utilizado na alimentação deve ser variado pois não são todas as qualidades de feijão
que apresentam uma boa fonte de cálcio. Dentre as variedades consumidas, o feijão
rosinha é o mais indicado para auxiliar na reposição de cálcio.
Outra fonte de cálcio são as saladas, contudo, a salada presente na dieta da maioria dos alunos é composta por alface que apresenta uma pequena porcentagem de cálcio. E em menor proporção os alunos relataram ingestão de tomate e repolho que possuem maior teor do mineral cálcio. De acordo com Santos et al, (2007):
A ingestão diminuída de cálcio torna-se preocupante, considerando a sua
importância na adolescência. A menor ingestão desse mineral pelos
adolescentes pré-púberes merece ainda maior destaque, tendo em vista a
maior necessidade de cálcio nessa fase, para garantir o crescimento
adequado. A reduzida ingestão desse mineral nesta fase resulta em menor
mineralização óssea, quando comparada a indivíduos da mesma faixa
etária que tiveram ingestão adequada de cálcio.
Os nutrientes energéticos são os que podem ser ingeridos em maior
proporção, por estarem fornecendo energia ao corpo para realizar todas as funções
orgânicas. São representados pelos carboidratos e pelos lipídios que devem
fornecer respectivamente 38% e 7% em média nas refeições diárias, totalizando
juntos 45%, porém proteínas podem também gerar energia quando ingerida em
excesso. Portanto, os 53% apresentados, que somam os carboidratos e lipídios da
dieta realizada pelos escolares é possível estimar que seja maior, por consumirem
em média 8% a mais do indicado para o consumo de carnes, principalmente
vermelha. O excesso de consumo de lipídeos e carboidratos causam o aumento
das reservas de gordura no organismo(Laurence, 2005), desempenhando
importante papel no aumento do peso corporal, contribuindo gravemente em
problemas de saúde, como a hipertensão, o diabetes e as doenças cardiovasculares
( Silva Junior, Sezar e Caldini Junior, 2010).
A análise sobre a quantidade de refeições no decorrer de oito dias, bem
como a qualidade do alimento ingerido em cada refeição demonstrou que a maioria
dos adolescentes não consumia o café da manhã, realizando o desjejum apenas
quando o lanche era servido na escola. Dentre os alunos que o café da manhã faz
parte de sua dieta, foi constatado que esta refeição era rica em carboidratos (pão)
quando realizada em casa, e para aqueles que apresentaram o hábito de realizar a
refeição na padaria foi observado o consumo de salgados (frituras).
Durante o almoço, o escolar apresentou ingestão de alimentos variados, que
permite atender o equilíbrio nutricional. Em relação ao lanche da tarde a maioria dos
escolares realizava a refeição, embora nem sempre o cardápio consistia de um
alimento natural, suco ou fruta, mas salgadinhos, bolachas, pão; observou-se que
muitas mães não realizam esta refeição.
Ao se analisar o jantar verificou-se que poucos escolares e responsáveis
deixam de realizar esta refeição, sendo composta principalmente de arroz, feijão, um
tipo de carne e um de salada, aparecendo em um dia ou dois da semana itens como
macarronada e lanches. Geralmente é uma refeição realizada ao avançar da noite,
tornando-se a última refeição do dia, portanto, a maioria dos participantes não
realiza o lanche da noite. A presença da dupla, arroz e feijão, estava presente na
maioria das refeições sendo observado no cardápio de algumas famílias a presença
de legumes e hortaliças bastante nutritivos como: jiló, couves, abóbora, cenoura e
chuchu. No entanto, de modo geral, os carboidratos são acentuados.
O trabalho de análise do cardápio foi realizado de forma individual para que o
escolar percebesse os dias onde a dieta apresentava-se mais equilibrada ou
deficiente em um ou mais nutrientes, realizando uma autoavaliação da qualidade de
sua alimentação.
A dinâmica do trabalho permitiu aos alunos entenderem a importância de
análise nutricional dos alimentos; compreenderam que as quantidades nutricionais
nos alimentos são pequenas e por isso devem ser ofertadas com frequência e
também com diversificação, pois esses nutrientes não estão presentes em todos os
alimentos.
Para trabalhar a importância dos cuidados do cultivo e manuseio dos
alimentos para garantir melhores qualidades nutricionais foram realizadas visitas a
propriedades agrícolas que praticam a policultura e visitas a propriedades agrícolas
que praticam a monocultura. A 1ª visita ocorreu em uma pequena propriedade, onde
os escolares puderam observar a policultura. O grupo havia se encontrado no dia
anterior para selecionar alguns questionamentos para nortear a entrevista ao
agricultor. Os escolares obtiveram muitas informações sobre a qualidade dos
alimentos produzidos de forma orgânica sem nenhum tipo de agrotóxico, seleção de
sementes pelo próprio agricultor, além da aula de aproveitamento de alimentos e
produtos orgânicos retornáveis ao solo fazendo o processo de nutrição. Os
agricultores apresentaram-lhes a produção de alimentos para o consumo da família
e para vendas de onde obtém a renda mensal. O objetivo desta visita foi de
conscientizar os adolescentes de que podemos e devemos optar por uma
alimentação mais saudável e cada um pode cultivar algumas hortaliças em suas
casas, promovendo qualidade de vida.
A 2ª visita a uma propriedade de monocultura, foi realizada nos mesmos
passos da primeira. Esta teve como objetivo mostrar uma outra realidade, onde o
principal produto produzido é a cultura do fumo e do milho. A propriedade conta com
dois alqueires, sendo plantado um alqueire e meio. A família era constituída pelo
casal e por dois filhos pequenos. O grupo de alunos foi muito bem recebido pela
família, que respondeu a todos os questionamentos levantados por eles,
cordialmente apresentaram a propriedade cultivada; eles demonstraram as etapas
de plantio do fumo, sua principal fonte de renda. Constatou-se que a cultura exige
bastante do casal, não sobrando muito tempo para o cultivo de hortaliças e cuidados
com animais domésticos para oferta de uma dieta alimentar de melhor qualidade,
existe o contato diário com agrotóxicos. Os agricultores afirmaram aos alunos que
estão felizes na agricultura, pois é dela que tiram sua renda, que estão prosperando
e incentivam seus filhos a estudarem para que tenham melhores conhecimentos e
permanecerem na agricultura. O grupo compreendeu que a família precisa de mais
orientações sobre a agricultura familiar para ter condições e passar se dedicar mais
ao desenvolvimento da policultura, principalmente para ofertarem alimentos mais
saudáveis.
Desenvolveu-se também a culinária em família: receitas rápidas e nutritivas,
com a produção das receitas. Foi realizada a confecção do livreto de receitas das
mães ou outro integrante da família do escolar. Este encontro aconteceu a partir das
17h00 e parte da noite (período escolar) e contou com a participação de mães e
escolares, merendeiras e professoras. Foram confeccionadas diferentes receitas,
privilegiando os produtos produzidos na região, além do uso das cascas e sementes
de certos alimentos. Algumas das receitas foram trazidas pelos escolares, comuns
em suas casas, outras pesquisaram em sites de alimentos. Durante o preparo das
receitas foram trabalhadas as formas adequadas de manipulação e higiene que
deve se ter com os alimentos. Das 18 receitas contempladas contou-se com sucos,
doces, bolos, tortas, panquecas integrais, farofas, saladas, vitaminas, arroz com
legumes e macarrão com legumes; em algumas das receitas utilizou-se ervas
(temperos), mostrando que o uso de algumas delas podem substituir o sal. Ao
término, os produtos foram expostos, juntamente com uma maquete – previamente
confeccionada – e houve apresentação de alguns dos alimentos mais comuns na
dieta do escolar (dado coletado anteriormente) informando-lhes a presença dos
principais nutrientes na dieta. Uma nutricionista participou do evento, fazendo a
exposição dos grupos nutricionais, que foi finalizado com a apreciação dos pratos
produzidos, com a participação do colegiado.
O encontro da nutricionista com as mães e/ou responsáveis e os
adolescentes ocorreu no mesmo dia do encontro da culinária. Sua palestra foi
objetiva associando o evento e as receitas produzidas. Proporcionou aos
participantes informações nutricionais e sobre as vitaminas e minerais essenciais ao
desenvolvimento dos adolescentes. Os cuidados com a alimentação equilibrada
voltada à prevenção de doenças como obesidade e diabetes.
O envolvimento da família é fundamental para que as mudanças de hábitos
alimentares aconteçam, nesse sentido é importante o desenvolvimento de atividades
em que os responsáveis participem com o adolescente como o encontro da culinária
onde participam da produção de receitas rápidas e nutritivas, que venham ofertar
nos cardápios do dia a dia, como também palestras com nutricionista visando a
informação, conhecimento e conscientização a fim de adotar dietas equilibradas que
contemplam todos os grupos nutricionais provendo melhores qualidades de vida.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A proposta de trabalho teve como foco a análise de hábitos alimentares de
adolescentes e familiares auxiliando os participantes no entendimento da
pesquisa do cardápio alimentar para conhecer os nutrientes presentes em
sua dieta, informando-os sobre os benefícios de uma dieta equilibrada e
balanceada, a qual é fundamental para o bom desenvolvimento físico, psicológico
e social da criança, do adolescente, enfim, do ser humano.
As atividades propostas levam o adolescente a conhecer e compreender a
importância de ter uma dieta alimentar equilibrada para que tenha uma vida
saudável, longe de doenças como obesidade, diabetes, distúrbios alimentares e
outros problemas relacionados com uma má alimentação, assim a realização do
cardápio de refeições e a construção da pirâmide alimentar, são ferramentas que
permitirão conhecer sua realidade.
Conclui-se que o conjunto de ações, como o incentivo a uma merenda
escolar, a partir de um cardápio que contemple os grupos nutricionais e
alimentos de qualidade, a realização do trabalho investigativo e a oferta de
receitas nutritivas, foram estratégias provocativas para o estudante e sua família
desenvolver opções alimentares mais saudáveis a médio e longo prazo. Para
tanto, é preciso que o projeto seja implantado de forma interdisciplinar, promovendo
parcerias entre os diversos atores que compõem a comunidade escolar.
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