As jóias de Cleópatra
The jewels of Cleópatra
Renata Ribeiro de Quadros ¹ Carlos Eduardo de Borba ²
Resumo
Cleópatra, deusa egípcia conhecida por ser um símbolo romântico da mulher fatal, deusa do sexo, benfeitora publica, entre diversos adjetivos que poderia dar a essa mulher que mostrou ter um grande poder que a levou ao trono do Antigo Egito. Cleópatra foi uma das mulheres mais poderosas, determinadas e complexas da história, tinha uma grande preocupação com o luxo da corte e com a vaidade. Costumava enfeitar-se com jóias de ouro e pedras preciosas que encomendava de artesãos ou ganhava de pessoas próximas e familiares. É resgatando esses valores da personalidade da Cleópatra, juntamente com essas jóias conhecidas até hoje é transformar esse conceito de luxo em algo contemporâneo, sem perder o mistério e deixando a mulher cada vez mais poderosa com uma jóia que pode transparecer o poder que existe em cada uma.
Palavras Chave: Deusa egípcia; Egito; jóia e moderno.
Abstract
Cleopatra, Egyptian goddess known as a symbol of the romantic vampire, sex goddess, patroness publishes, among many adjectives that could give this woman who has shown a great power that led to the throne of Ancient Egypt. Cleopatra was one of the most powerful women, individual and complex history, had a great concern with the luxury of cutting and the vanity. I used to adorn themselves with jewelry of gold and precious stones that have ordered or received from artisans and family of people coming. And redeem the values of Cleopatra's personality, along with these gems known until today to turn the concept of luxury in this something more modern, without losing the mystery and leaving the increasingly powerful woman with a jewel that can clear the power that exists each. Keywords: Egyptian Goddess, Egyptian, and modern jewelry
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1 Graduanda em Design de Moda. - UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí. Email: [email protected]
2 Esp. Professor Orientador - UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí. E-mail: [email protected]
1 INTRODUÇÃO
O mercado joalheiro atual está ampliando seu público-alvo. Empresas que antes
ofereciam jóias para encantar apenas os ricos, agora também tentam atingir outras
classes dispostas a adquirir peças cujo papel principal é a vaidade e o desejo de
atrair atenção.
“O homem sempre gostou de ser decorado com jóias. Isto contribuiu para o desenvolvimento da jóia como uma indústria. A jóia é um ornamento, para a o uso pessoal.” (Sedycias, 2008).
O projeto de jóia terá como temática Cleópatra, pois além de ser umas das grandes
mulheres da história do Antigo Egito, conhecida pela sua coragem, audácia,
sedução e pelos seus adornos como jóias que até hoje servem como inspirações
não só por estilistas, pintores e joalheiros. O foco será um estudo sobre a vida e
costumes de Cleópatra e o Antigo Egito, para poder unir esses conceitos da
joalheria egípcia com um ar contemporâneo, sem perder a elegância, luxo,
sofisticação e mistério.
Finalidade do projeto é resgatar o estilo das jóias da época, adequando a moda e a
vida contemporânea, desenvolvendo uma coleção de colares e pulseiras
inovadoras, funcional, valorizando as peças e agregando valor a própria roupa,
proporcionando a usuária uma jóia exclusiva.
O público-alvo desta coleção serão mulheres destemidas, audaciosas que buscam a
inovação da joalheria com um toque de mistério, luxo e sedução em peças
modernas.
“Os adornos tornaram-se jóias através da incorporação de valores estéticos e simbólicos, do uso de materiais nobres e do desenvolvimento tecnológico.” (Braga, 2008).
1.1 Objetivo Geral
Desenvolver uma coleção de jóias sofisticada e luxuosas, inspiradas na cultura
egípcia e na rainha Cleópatra para mulheres ousadas.
1.2 Objetivos Específicos
- Criar colares, pulseiras e brincos, dentro de uma nova perspectiva estética da
tendência do mercado da joalheria;
- Estudar os costumes da cultura Egípcia e a vida de Cleópatra para extrair
referências estéticas formais a ser utilizado na coleção, visando propor a joalheria
um ar mais contemporâneo.
- Pesquisar o mercado do novo luxo, buscando informações para melhor conceituar
o estilo do público-alvo.
1.3 Justificativa
Atualmente vários artistas, conhecidos ou não, vêm se utilizando dos materiais de
joalheria para produzir criações originais e belas. São expectativas, novidades e
desafios em trabalhar com essa linguagem que se utiliza de metais, em diferentes
texturas, formas, modulações, com pedras preciosas em inusitadas lapidações,
entre outros materiais opcionais como madeira, contas, cerâmica, vidro, esmalte,
conchas, rochas e o que a originalidade permitir.
No mercado atual a diferenciação se faz necessária devido à grande quantidade de
oferta pelas quais o cliente pode optar.
Na grande maioria dos setores, os clientes contam com inúmeras opções. Os
mercados atuais estão em constante mudança, juntamente com a globalização e
pelas inovações tecnológicas que rapidamente apresentam novas formas de
produção e comercio.
2 METODOLOGIA DO PROJETO
Não existe a melhor metodologia projetual ou uma ferramenta milagrosa que irá
garantir que o produto seja bem sucedido. Afinal, só podemos ter certeza absoluta
do sucesso de um produto quando o mesmo é exposto à realidade do mercado
(SANTOS, 2005).
De acordo com Baxter (1998) o que os métodos e técnicas permitem é uma
considerável redução das incertezas.
O método utilizado neste projeto foi o MD3E- Método de Desdobramento em 3
Etapas modificado, de Santos(2005), o qual consiste em três etapas básicas: Pré-
concepção, Concepção e Pós-concepção.
Figura1: Fluxograma metodologia de projeto. Fonte: Adaptado pelo autor (2009). 2.1 Ferramentas e técnicas
2.1.1 Conexões Forçadas Morfologicamente:
A ferramenta consiste em listar as alternativas e escolher ao acaso uma alternativa
de cada coluna, e no final juntar todas as combinações.
2.1.1.1. Brainstorming ou ‘’tempestade de idéias’’:
Pré- Concepção 1. Definição do Tema; 2. Definição do público-alvo. 3. Definição da metodologia de pesquisa e de projeto. 4. Pesquisa sobre o segmento de mercado, tendências 2010, estado de Design. 5. Conceituação: Painéis semânticos.
Concepção 1. Técnicas de criatividade: Conexão Forçada Morfologicamente e Brainstorming. 2. Gerações de alternativas. 3. Escolha da cartela de cores. 4. Escolhas das melhores alternativas para compor linhas de colares e pulseiras. 5. Escolha da melhor alternativa.
Pós – Concepção 1. Estudo dos materiais. 2. Construção do modelo volumétrico. 3. Apresentação do modelo volumétrico. 4. Discussão sobre modelo volumétrico. 5. Viabilidade para produção. 6. Produção dos colares e pulseiras. 7. Combinações com os looks e produção fotográfica. 8. Marketing da marca ( venda e pós – venda).
Brainstorming é uma ferramenta para geração de novas idéias, conceitos e soluções
para qualquer assunto ou tópico num ambiente livre de críticas e de restrições à
imaginação.
Na fase que antecede a geração de alternativas serão utilizadas algumas técnicas
de criatividade como: Conexões forçadas morfologicamente e Brainstorming, com o
intuito de explorar a capacidade criativa, provocando a mente e libertando-a dos
bloqueios mentais que obstruem a imaginação, o que irá facilitar o processo criativo.
3 Pesquisa Bibliográfica
Ruiz (1996) diz que bibliografia é a reunião das produções escritas por autores,
conhecidos ou não, para esclarecer as fontes, ou seja, textos ou documentos
originais. Sendo assim, a pesquisa bibliográfica ou de fontes secundárias consiste
na avaliação de todo material já escrito sobre determinado assunto em publicações
como livros, jornais, revistas e teses ou em meios de comunicação oral e visual
(como rádio e televisão), para fins de conhecimento e formação de novos olhares a
respeito do tema.
3.1 Mercado joalheiro
Há alguns anos a joalheria vem se deparando com uma nova realidade e, quem
sabe, uma revalorização de seu estatuto enquanto objeto simbólico. Depois de viver
um longo período como investimento, a jóia redescobriu e resgatou seus outros
papéis, abrindo-se para performances cada vez mais diversificadas. Objeto de
design, objeto de arte ou objeto de consumo, a jóia passou a trajar, como a moda,
um vestuário repleto de variáveis, capazes de assegurar o seu aspecto como objeto
único e precioso e manter o seu caráter de legítima representante do seu tempo.
O mundo contemporâneo, povoado por uma infinidade de bens de consumo
similares e comandado por um alto grau de competitividade, favorece a busca pela
diferenciação e personalização dos produtos. É nessa instância que as estratégias
de marketing focalizam sua atenção para construir o encantamento necessário à
sedução do consumidor.
Segundo definição de Jean Baudrillard, o consumo seria uma “atividade de
manipulação sistemática de signos”.
Como foi dito anteriormente sobre uma nova realidade da joalheria, que em tempos
passados as jóias eram relacionadas a status. Grandes símbolos do poder faziam
questão de mostrar suas riquezas através de magníficas jóias que mais parecia ser
coisa de sonho. A arte da joalheria é uma das mais antigas artes de decoração, as
jóias de metais preciosos e as gemas sempre vieram ao encontro dos mais
profundos sentimentos humanos que a atração por materiais raros e belos e o
desejo pelo do embelezamento do corpo, o status e a superstição representada por
determinadas gemas.
De acordo com o site Cursodejoalheira, que conta a história da joalheria no processo
da civilização humana compreendeu o trabalho, a criatividade e ao talento de
sucessivas gerações de artesãos, desafiando transformar materiais preciosos em
ornamentos pessoais de elevado valor artísticos.
Mas, esse rico e diversificado panorama começou na antiguidade, quando as
técnicas básicas dos ourives tornaram-se sofisticadas. Alguns sociólogos chegam
afirmar que as peças de adornos precedeu até a vestimenta, que, na verdade os
trajes derivam desses ornamentos. As primeiras jóias foram produzidas com
materiais belos, fascinantes ou até mesmo raros. Essa origem de imagem e riqueza
que se funde à própria imagem da jóia em si. Uma jóia era usada normalmente
como fonte de deleite e beleza e também com forte ligação mística.
3.2 Joalheria Egípcia
A joalheria e egípcia é conhecida pelos seus símbolos que representavam alguns
significados, de amuletos e magia. Os significados mágicos eram transmitidos não
por apenas em aspectos formais, os aspectos cromáticos também eram de muita
importância.
Segundo Biane Mattos, as cores também representavam alguns significados, o azul,
por exemplo, representava o céu noite, o verde o renascimento, enquanto o
vermelho o sangue e a vida. Para tal representação eram utilizadas gemas, além
delas outras formas encontradas para introduzir cores às jóias a descoberta de um
esmalte vitrificado que podia chegar ao tom bem próximo do azul sagrado.
Essas gemas também eram atribuídas a poderes curativos. A joalheria Egípcia, era
muito decorativa, era mágico, com um cunho religioso, amuleto, uma forma de pedir
proteção a todos os deuses. As jóias usadas em vida eram levadas junto com a
pessoa no túmulo como forma de auxiliar e proteger no caminho de passagem era a
vida da pós-morte.
Segundo o site Cursodejoalheria, os povos egípcios foram os que deixaram as
peças elaboradas, em formas de escorpiões, escaravelhos, serpentes, repletas de
simbolismos místicos. Deve-se a eles a aplicação das cores às jóias, tendo
dominado as técnicas de engaste de pedras e a descoberta de um novo material
produzido pelas mãos do homem, o vidro colorido.
O trabalho dos ourives egípcios era dominado pelo uso de amuletos. Apesar do
repertório limitado de motivos decorativos, a criatividade, o domínio de técnicas de
ourivesaria, o uso de cores fortes e a repetição de formas e desenhos, que
confeccionavam jóias contendo mais do que um simples efeito decorativo: os
motivos possuíam significados religiosos ou mágicos.
Os colares podiam ter duas formas distintas principais. Uma era chamada menat, era exclusivamente atributo da divindade e só podia ser usada por faraós. O menat é um colar composto de vários fios de contas em diferentes tamanhos e cores, com um pendente e um fecho decorado, usado atrás dos ombros. A outra forma era o usekh, mais freqüentemente usado por todo o período do Antigo Egito, e também com vários fios, mas de formato semi-circular. (Pedrosa, 2007)
Os elementos individuais eram criados com apenas um material, como o ouro ou a
ametista, adornada com decorações chanfradas ou entalhadas. Esses componentes
eram então montados em finas peças de joalheria, com a adição de uma variedade
de contas, feitas com pedras semipreciosas.
O conhecimento de como essas jóias foi composto e usadas foi entendido a partir de
pinturas, relevos e esculturas que retratam as mulheres, reais ou súditas, adornadas
com uma variedade de ornamentos.
As gargantilhas largas eram ornamentos populares durante toda a história do Antigo
Egito. Com um pingente detalhado e grande, também chamado de ornamento
peitoral. As pulseiras eram usadas durante todo o período, com contas finas, feitas
de pedras semipreciosas e separadas por espaçadores, que são barras de ouro
Partindo do princípio da joalheria egípcia, que é conhecido pela sua riqueza,
grandiosidade e alto grau excelência dos ourives foram escolhidos uma
representante daquela época, Cleópatra.
3.3 Cleópatra
Tudo começou no ano de 69 a.C, na de cidade da Macedônia de Alexandria, nasceu
à filha mais velha de Ptolomeu XIII, Cleópatra, que viria a ser a rainha mais famosa
e intrigante do Egito. Quando tinha 18 anos seu pai vinha a falecer, com isso ela
herdou o trono junto com seu irmão de 10 anos, Ptolomeu XIV. Esta rainha herdou
as heranças gregas e persas que se instituíram na região nordeste da África pela
ação do imperador macedônico Alexandre, o Grande. Mas, para ela herdar o trono
foi preciso se casar com seu irmão, para se tornar rainha. A tradição egípcia
concedia esse tipo de matrimonio, com isso as heranças permaneciam na família.
Segundo o historiador Plutarco, Cleópatra não detinha atributos físicos, mas se valia
de outros artifícios para alcançar seus objetivos. Além de conhecer bem a história, a
literatura e as filosofias gregas, era uma negociadora astuta e ao parecer, uma
estrategista militar de primeira ordem.
“Ela é uma princesa cuja coragem é a prova de sua nobreza; ela é uma estrangeira indigna de confiança cuja lascívia e astucia são típicas de sua raça. Ela é benfeitora publica que construiu aquedutos e faraós.” (Lucy Hughes – Hallet, 1951)
Mesmo com todos esses atributos não bastava para que Cleópatra fosse à busca de
apoios estrangeiros para não perder seu trono, mas só encontrou em Roma. Depois
da morte do seu irmão, era preciso ir à busca de novos aliados para obter sucesso
na conquista do reinado. O seu alvo era Julio César, líder militar, político romano.
De acordo com Rosane Volpatto, foram esses vários atributos que Cleópatra
conquistasse César com uma estratégia de tomar o poder. Tinha também uma
grande habilidade para cercar-se de uma atmosfera teatral. Quando intimada por
César a deixar suas tropas e a comparecer ao palácio que ele conquistara em
Alexandria, Cleópatra introduziu-se na cidade ao escurecer, fez-se amarrar num rolo
de roupas de cama, e assim escondida foi carregada nas costas de um servo
através dos portões e até aos aposentos de César.
Essa estratégia destinou impressionar César, o fato é que a sua entrada na cidade
foi uma das mais sensacionais de todos os tempos. A coragem de Cleópatra e o seu
encanto convenceram César de que ela seria de boa política restituir-lhe o trono.
Segundo Rainer Sousa, Cleópatra era longe de ser apenas uma mulher fútil,
poderosa e entregue aos prazeres da vida, Cleópatra ansiava dar fim às dominações
estrangeiras que tomavam seu reino. Além disso, era conhecida como hábil
debatedora e dominava várias línguas como aramaico, persa, somali, etíope, egípcio
e árabe.
De acordo com Rainer Sousa essa aliança entre César e Cleópatra a transformou
em rainha do Egito. Mesmo assim não satisfeita com o objetivo alcançado, resolveu
apoiar César em novas conquistas que pudessem transformá-lo em um conquistador
de muitas fronteiras.
Segundo Arnaldo Poesia, ninguém sabe se Cleópatra foi tomada de desespero. Ao
cabo de um mês, voltou para o Egito com sua família. Nenhum dado foi achado que
dispõem sobre os três anos seguintes de seu reinado. Só se sabe que, assumiu o
poder no rastro de uma guerra, mas o seu reinado foi um período de paz.
Marco Antônio, que depois da morte de Júlio César ganhou uma porção oriental do
império romano, exigiu a presença da rainha do Egito em seus domínios. Já
consagrado como grande comandante militar e político hábil, ele tinha um plano:
ressuscitar o projeto de Julio César de atacar o Império Pártia. Mas como bancar
uma campanha desse tamanho? Essa resposta estava nas riquezas do Egito.
Apesar do tom nada amistoso da convocação, a rainha não se intimidou.
De acordo com Regina Valadares, Cleópatra organizou uma comitiva suntuosa e
adornada com vários elementos que faziam menção à mitologia grega, Cleópatra
não teve grandes dificuldades para conquistar o general. Subiu o rio Cidno em uma
barcaça adornada com ouro, prata, tecidos purpúreos, envolta em nuvens
perfumadas e acompanhada de belas moças e moços seminus. Vestida de Vênus,
estava deitada sob uma espécie de tenda, com meninos fantasiados de cupido aos
seus pés.
Essa união entre Cleópatra e Marco deu origem a três filhos e somente colocava em
dúvida o compromisso que o general romano teria com sua pátria original. Como se
não bastasse toda essa situação, os filhos do casal foram transformados em reis da
Armênia da Siria e da Ásia Menor.
Figura 2: Imagens de Cleópatra. Fontes: do autor.
Todos os atos de seu governo e seu comportamento pessoal indicam que Cleópatra
desde sempre acalentou a possibilidade de reinar sobre um vasto domínio, além-
fronteiras. É imperioso abandonar o clichê da Cleópatra voluptuosa, ocupada
apenas com paixões e prazeres. Ou, ao menos, é preciso reconhecer que, se essa
Cleópatra realmente existiu, ela não era sua única face. Seu caráter e seu
temperamento afastam qualquer tentativa de delimitação. A obstinação de definir de
modo tão apequenado uma personalidade de prodigiosa complexidade não resiste
diante das afirmações dos melhores historiadores da dinastia ptolomaica, que
reconhecem todos nessa mulher as qualidades e as ambições de um grande rei.
O painel com as imagens da Cleópatra foi extraído alguns elementos para a
elaboração da coleção, texturas, repetições de formas e a cromática de cores
utilizadas nas alternativas e o exagero dos tamanhos da joalheria.
4 PUBLICO-ALVO
O projeto de jóias tem as mulheres como protagonistas na compra de suas próprias
jóias não mais dependendo da prática até então usual de recebê-las de presentes,
principalmente do publico masculino. Cada vez mais atuantes e independentes, as
mulheres influenciaram a mudança no design das jóias que, embora usando o
mesmo luxo dos materiais, ficando mais atuais, despojadas, práticas.
É destinado ao público que também tem evoluído e tem-se tornado cada vez mais
exigentes. As jóias, na visão desse público, servem para adornar, apara demonstrar
status, para simbolizar uma celebração ou alguma ocasião especial. Busca a
qualidade que garanta o investimento.
Com a globalização, impulsiona o público consumidor a dar prioridade em artigos
que reafirmem a sua identidade. Não basta ter qualidade e preço justo, hoje em dia
a oferta tem que ser excitante e até mesmo revolucionária, para conquistar a
preferência do consumidor que esta cada vez mais exigente.
Com o novo conceito na joalheria no mercado, o luxo não se restringe mais à função
única de diferenciação social. O que antes estava associado ao poder e à exibição,
agora apresenta características individualistas. O luxo está se tornando intimista e
reservado.
O luxo sempre foi usado e feito para a nobreza e para os mais ricos, que sempre
quiseram e buscaram exclusividade e diferenciação em relação aos pobres mortais.
Sempre foi assim, desde a idade média e os primórdios da moda.
Certamente o luxo é tudo isso, mas além se ser uma coisa palpável o luxo mexe
com o imaginário e com os sentimentos das pessoas. Quando se compra um
produto de luxo, muito mais do que um "produto" é comprado. As pessoas compram
pelo estilo, pelo marketing que a marca vende. Junto com o produto são esperadas
sensações.
O individualismo extremo, algumas modificações elitistas permanecem, mas o luxo
emocional é mais direcionado para si do que com vista à estima do outro. Para
Lipovetsky ( 2007), é exatamente neste ponto que começa a surgir uma sociedade
de hiperconsumo, quando as mulheres compram objetos para viver melhor, mais
que para exibir, quando os objetos ao invés de funcionarem necessariamente como
símbolos de status, funcionam mais como um serviço à pessoa. As satisfações
sociais, naturalmente diferenciam a permanência, mas são uma das grandes
motivações dentre outras, em conjunto agora é denominada pela busca da felicidade
privada.
Em geral este público pressa uma vida saudável, sempre em busca de produtos que
satisfaçam os prazeres íntimos e os seus desejos que tenham um componente
emocional que cultivem a cultura e a razão. Na figura 03, representa o painel que
demonstra as características desse publico alvo, que representa mulheres que
gostam de acessórios grandes, com cores vibrantes, investem em vários acessórios
que estejam de acordo com as principais tendências do mercado. Roupas
transparentes fazem parte do seu guarda roupa, demonstrando uma mulher mais
ousada. Essa vestimenta além de ter algumas transparências, uma produção mais
moderna, com misturas de tecidos e formas. Uma mulher bem feminina,
representada com uma imagem que mostra bem as formas da face de uma mulher,
sendo que, está sendo escondida de certa forma, mostrando um ar de mistério. E
por fim, um rosto de uma mulher coberta de pedras, demonstrando uma mulher que
investe na joalheria.
Figura 3: Publico – alvo da coleção. Fonte: Adaptador pelo autor (2009) Acima painel com algumas imagens que representam o público- alvo a ser atingido.
5 ESTADO DE DESIGN
Com o avanço da tecnologia e a facilitação na produção do ouro rosa - vermelho, as
joalherias se dividem entre as cores do metal precioso, o que, muitas vezes gera
dúvidas em relação a que cor apostar: o tradicional e muito em alta é o amarelo,
clássico e eterno parceiro dos diamantes, o branco ou o revival do rosa- vermelho.
Enquanto a maioria dos joalheiros se concentra nestas cores, outros, muito ousados,
brincam com as mais diversas tonalidades de ouro. Algumas “receitas” das ligas de
ouro colorido existem há muito tempo, mas a sua produção, principalmente em
escala industrial, não é tão simples, o que deixava as peças coloridas restritas às
jóias de pequenos ateliers.
Segundo Adriana Costa (site Jóia BR) em 2007, empresa Aspial com o apoio do
World Gold Council e em parceria com um metalúrgico da universidade politécnica
de Cingapura, desenvolveu uma liga de ouro púrpura. As joalherias Aspial, LeeHwa
e Goldheart desenvolveram coleções usando a novidade. Chamam a atenção tanto
pela beleza como pela intensidade. Os diamantes ganham um destaque inusitado
pela coloração. Esta nova cor abriu novas possibilidades para a joalheria, mas sua
liga foi patenteada e de distribuição exclusiva da Aspial Corporation.
Figura 4: Liga comercial na cor púrpura. Fonte: Jóia BR ( 2007). Adeline Moniez, criadora da marca francesa Marella, escolheu a Índia como
inspiração na criação de uma espécie de tatuagens removíveis. A índia conhecia
pelos seus mistérios, sendo que a criadora da coleção é apaixonada por tatuagens
de henna, sensuais e removíveis, a diretora da criação, resolveu dar asas a sua
imaginação e adaptar esse conceito ao gosto das francesas.
“Le Body jewel” como são chamadas essas tattos removíveis, pois esses adesivos
podem ser usados por diversas vezes e em lugares diferentes como na roupa e no
cabelo só dependendo do look no nosso dia-a-dia.
De acordo com Heloisa Pereira as “Le body jewel” (jóias de corpo) são cortadas a
laser e graças a isso é preciosos em detalhes. Além do corte a laser as tatuagens
são hipoalergênicas, ou seja, não causam nenhuma irritação e vermelhidão na pele
e ainda são feitas de materiais de luxo como renda Calais, cristais Swarovski, pó de
ouro e pedras de cores.
Figura 5: Jóias para o corpo em forma de laço com strass. Fonte: http://msn.bolsademulher.com/corpo/materia/joias_em_tatuagens/88351/1 Essas novas tattos são bem criativas, reflexo do universo mágico das artes em que
sempre viveu Adeline, que é filha de uma pintora junto com um pianista. Os adesivos
são ricos em detalhes, cada peça é única e exclusiva, sendo confeccionada pela
própria Adeline em seu ateliê parisiense da Marbella. Cada coleção é divida,
incluindo a linha infantil e de casamento.
De acordo com a Heloisa Pareira, o nome Marbella não foi escolhido por acaso,
esse nome representa um local na Espanha onde lembra muito sua infância, sendo
que o significado representa o sol e a feminilidade.
Depois de tanto sucesso com os adesivos, foi este ano ela resolveu se lançar
internacionalmente. Caso encontre um parceiro comercial, pretende lançar uma
coleção no Brasil. Enquanto ela não vem para o nosso país, ela pode ser encontrada
na internet.
Em relação ao projeto, essas novas inovações que estão no mercado, dão ênfase
no uso de materiais alternativos e nas novas formas de usar essa jóia. Também
deixando de lado as questões que antes era relacionado como padrão, como o ouro
que aparecia somente na cor ouro amarelo e atualmente estão com novos papéis,
novas tonalidades, representada na figura 04, sendo que um maxi colar, com uma
nova tonalidade de ouro.
6 TENDÊNCIAS
Em 2010, compreende a moda como o resultado de uma série de amplas mudanças
no pensamento das épocas e não acredita em imposições e sim na imaginação.
Viajamos nas asas da imaginação, visitamos naturezas de mundos irreais e
cultivamos memórias inventadas. Essa imaginação gera o surrealismo que tempera
os novos lançamentos da joalheria no outono inverno 2010. Vivemos na fuga
constante da banalização, buscamos a criação da novidade num ambiente repleto
de velhos símbolos.
Segundo Danusa Ppricigo Pasqual (site portal da moda) as jóias possuem um ritmo
de mudança próprio, são objetos criados para a contemplação, são produtos
extraordinários. Cada vez mais familiarizada com a arte, a joalheria não dialoga com
a banalidade, não valoriza as soluções domesticadas e quer sempre mais.
Portanto, fica destacado que é necessário manter um olho bem vivo nas vitrinas, um
faro apurado para a intuição e um espírito muito aberto às novas misturas na hora
da produção dos looks pessoais.
No Inverno 2010 eles diferem nos modelos entre acessórios casuais e formais e
entram em contrastes nas cores e materiais. Cores exóticas misturam-se com
materiais inovadores. Penas e pedrarias ganham força total no inverno 2010.
Seguindo uma das tendências das bolsas, as jóias e bijuterias para o inverno
ganham inspirações lúdicas e teatrais. Além disso, o estilo vintage prevalece nas
bijuterias e jóias.
Segundo Grazielle Cruz Abu Absi (Site portal da moda) as bijuterias, grande parte
feitos em contas de madeira com cores quentes relembram as inspirações nas
etnias, para as bijuterias informais. Os colares, decorados com turquesa, têm
inspirações na cultura do Tibete e no Budismo. Outros, em versões mais curtas,
recebem inúmeros detalhes em pedras penduradas, ótima aposta para serem
combinados com blusas simples.
Figura 6 : Jóias grandes e ousadas marcam a temporada Fonte: Portal da Moda ( 2009 ). As pulseiras também aparecem decoradas com algumas gemas preciosas com
detalhes em amarrações. Os braceletes em modelos grossos que pegam o pulso
inteiro feitos com metais brilhantes. Os anéis continuam com a mesma identidade
das demais jóias, entram com tamanhos grandes com tons prateados ou dourados
que misturam as cores vivas, que servem para uma proposta de um look mais
informal.
Esse maximalismo de jóias já começa aparecer desde o verão de 2010, com o mix
de materiais e formas. Mas é na temporada do frio que elas ganham força, com
brincos que chegam até os ombros, com a mistura de cores que vão deixar a
estação colorida e divertida.
De acordo com Grazielle Cruz Abu Absi (site portal da moda) os formatos dos
acessórios de inverno 2010 brincam com as cores e materiais ousados. O inverno
2010 traz para os acessórios uma mistura de contrastes entre as tonalidades
exóticas e entre os materiais.
A grife americana Tiffany & Co, especialista em jóias de luxo, traz para a temporada
de outono/inverno 2010 jóias que parecem abrir o coração de muita gente e que
contém o segredo de portas e cadeados de muitos lugares. A grife inspirou-se em
diversas chaves rústicas que transpõe idéias passadas e grosseiras para suas jóias,
transformando-as em acessórios caros e cheios de glamour. Esses mimos podem
ser encontrados em diversos materiais como ouro, ouro branco, prata e diamante,
elas realmente parecem com as chaves usadas em portas de palácios e ornamentos
utilizados em catedrais.
Segundo Fernanda Sartori Fernandes (site portal da moda) o diferencial da marca,
está presente na grandiosidade dos detalhes e na perfeição dos desenhos. As
chaves apresentam formas de flores, corações e argolas de vários tipos e tamanhos.
As rosáceas também são um dos elementos mais usados nas chaves transmitindo a
volta de um período gótico e contactando-se com a espiritualidade de tudo que é
sagrado.
Figura 7: Chaves ricas em detalhes parecem ser de verdade. Fonte: Portal da moda (2009). Algumas peças são mais grossas e feitas em ouro branco e prata podendo ser
usadas em qualquer ocasião do dia. Já outras mais refinadas e delicadas combinam
perfeitamente com a luz do dia. O azul bebê e a prata são os tons mais usados
nessa nova coleção de pingentes e o ouro é utilizado em apenas detalhes ou peças
menores.
A IBGM lançou Preview Design de Joiás 2010, que serviu como referência para as
indústrias brasileiras de jóias da Feninjer criarem as novas coleções que foram
apresentadas na 49º feira. Essa publicação divulgou os novos conceitos e linhas de
inspirações para o design de jóias brasileiro para 2010.
Segundo o presidente do IBGM Hécliton Santini Henriques que falou a respeito
sobre o assunto no site “Infojoia”, contou que neste ano resolveram trabalhar de
forma integrada com os setores brasileiros de moda e beleza. Com um comitê para
pensar a moda brasileira envolvendo os diversos segmentos. O resultado final
resultou um caderno de tendências que servirá como guia para a cadeia produtiva
brasileira alinhando com a indústria internacional.
Nesse caderno encontramos as linhas pop modernistas, orgânico, azul mar – verde
botânico e étnico. Essa ultima linha onde apresenta a mistura de materiais e as
texturas diferenciadas que vai ser utilizada como referência para esse projeto.
Figura 8 : Algumas linhas de inspirações.
Fonte: http://www.infojoia.com.br/news_portal/noticia_5885
Na linha Étnica, é o encontro das culturas, transformando a joalheria em um mix de
idéias vindas de todas as partes do globo de uma maneira nova e excitante. Um luxo
experimental. A nova tendência da moda “fusion” justapõe os neutros tons de terra a
brilhantes referências étnicas.
Figura 9: Linha Étnica. Fonte: http://www.infojoia.com.br/hotsite/f49/]
Segundo o site Infojoia, é a mistura da ascensão chinesa, alma brasileira, padrões
africanos, Oriente Médio, padrões asiáticos e ícones religiosos da cultura Indiana.
São os quatros cantos do mundo resultando uma variedade de texturas e desenhos.
Em relação às novas tendências que estão aparecendo no mercado joalheiro, estão
de acordo com as propostas iniciais do projeto, uso de materiais alternativos, formas
exageradas e uso de maxi jóias como brincos grandes, juntamente com colares
grandes também. As cores fortes, vibrantes também fazem parte da proposta da
coleção.
7 CONCORRENTES
A concorrência é o principal elemento gerador de desempenho e inovação. Ela
beneficia a todos ao permitir que escolhamos dentre diversos produtos excelentes. A
concorrência estimula a adoção das inovações à medida que as empresas evoluem
e oferecem novas idéias, com o objetivo de crescerem no mercado.
A perspectiva de crescimento para jóias refinadas e luxuosas é promissora, com a
volta da necessidade que o consumidor tem de se sentir bem, que é tão fundamental
para as vendas. Sendo assim, o mercado do novo luxo vem crescendo de tal forma
que o mercado joalheiro está cada vez mais em busca de novos padrões estéticos
inovadores agregando um valor simbólico atribuídos pela sociedade, que algumas
vezes são molas propulsoras de engrenagens socioeconômicas, pois tais valores
são amplamente difundidos por diversas mídias, com o auxilio do marketing que as
empresas investem.
Segundo Kathia Castilho e Nizia Villaça a atualidade está processando novos
códigos de percepção do luxo. O luxo perde a obviedade do material nobre e ganha
em capital cultural, no design, na sofisticação tecnológica, na hipermobilidade.
Fatores estes que são codificados de maneira que apenas os privilegiados tenham
acesso e possam prontamente identificar.
Com cada vez mais concorrência entre as grifes de luxo para conquistar sua fatia de
mercado. Acreditamos que o design será um fator fundamental de diferenciação.
7.1 Hory Gomes
Hory Gomes Jóias Egípcias é uma griffe que está no mercado joalheiro. Que é a
pioneira, no tema Egípcio e são exclusivas, criada pelo designer HORY GOMES,
que criou técnicas especiais no desenvolvimento das Jóias HG. O artista artesão,
trás no seu trabalho a impressionante riqueza, de detalhes nas suas Jóias. O design
trabalha á sete anos com a temática do Antigo Egito, usando algumas deusas
egípcias como inspirações para suas jóias e outros objetos decorativos.
Figura10: Pioneiro em trabalhar com a temática egípcia. Fonte: http://www.hgjoiasegipcias.blogpost.com
7.2 Valéria Sá
A 12 anos, do ateliê de jóias de Valéria Sá, nasce coleções personalizadas e
exclusivas, assim como reforma de jóias antigas, executadas desde o desenho,
escultura em cera, fundição, até o acabamento final, passando por uma criteriosa
avaliação de qualidade.
Figura11: Jóias exclusivas com um design diferenciado. Fonte: http://www.valeriasa.com.br/ 7.3 Stile Metais
Marca que sempre está em busca de tecnologia para suas peças. Um design
diferenciado em suas coleções possibilitando aos clientes uma satisfação na
exclusividade em cada peça.
Figura 12: Mistura de matérias, tornando um diferencial da marca.
Fonte: http://www.infojoia.com.br/hotsite/f49
8 CONCEITUAÇÃO
Seguindo o tema Cleópatra que foi uma das mulheres mais poderosas da história,
cujo principal conceito da coleção é luxo emocional. Acessível a um número maior
de consumidores, o luxo emocional atual busca uma nova identidade e um novo
sentido. Suas características essenciais, no entanto, continuam intocadas e
despertam desejos imaginários e contemplação.
Segundo Gilles Lipovetsky, os produtos de luxo não são mais destinados à “clientela
de elite”, mas à parte elitista que existe em cada um de nos. O consumo do luxo está
mais voltado para experimentação de emoções estéticas ou sensitivas. O império é
do luxo emocional, experimental, subjetivo, psicologizado, em suma, um luxo para si.
Os produtos têm em seu valor algo subjetivo e intangível. Pode ser história,
tradição, suntuosidade, elegância, raridade, prestigio, exclusividade e tantos outros
atributos quando puder valorizar. Esse novo luxo nasce de um encontro entre o
objetivo e a intimidade profunda daquela que a reconhece.
Feggiani (2006, p. 02), pesquisadora dos bens de luxo, estudou os aspectos
ecológicos e a percepção do consumo pela jóia moderna e verificou que:
Hoje os conceitos e características do novo luxo, é conseqüentemente da joalheria, se ampliaram a tal ponto, que a fronteira entre jóia e bijuteria é muito tênue. Atualmente outros materiais que antes eram pertencentes à classe da bijuteria, são acrescentados à joalheria, como a madeira, o plástico, vidro, resina e até peças feitas com papel, borracha, micro chip. Hoje, o que especifica uma jóia não é mais o conjunto de materiais intrínsecos, mas a capacidade criativa do seu autor na concepção e resolução de uma idéia, enfatizando outros valores além do monetário. Os anos noventa destruíram a idéia de luxo como conceito ligado somente á riqueza. Agora se entende o luxo como um prazer para a alma, então temos novos valores a decifrar.
De acordo com Jean Castarède, é necessário vender desejos em vez de
necessidades e atuar tanto nos planos material quanto no mental. Para o autor, o
luxo está relacionado aos cinco sentidos e, como não existe hierarquia entre eles,
todas as formas de luxo são igualmente importantes.
O conceito principal do projeto é despertar o imaginário e ressuscitar “artes de viver”.
As formas, curvas orgânicas resgatando alguns conceitos da rainha Cleópatra, se
entrelaçam ao tempo e a feminilidade, integrando-se no cotidiano e adaptando-se ao
ritmo acelerado do mundo moderno. Despertar emoções, criar desejos e transformar
sonhos em realidade. Uma mulher que busca a exclusividade e personificação da
joalheria egípcia com novas reformulações deixando mais modernas sem perder o
alguns elementos da história da Cleópatra. Os códigos bem definidos e sem
excessos, estarão presentes na coleção, colares e pulseiras que transmitirão o
conceito de modernidade e um novo luxo.
É o mistério do feminino e sua poderosa força simbólica traduzidos com muito luxo.
Figura 13: Conceito da Coleção. Fonte: do autor.
Na figura 13 apresenta figuras que representam o conceito da coleção: desejo,
diferente, moderno, sensual, misterioso, ousado, feminino, luxo, riqueza.
Figura 14: Coleções de Jóias inspiradas em Cleópatra Fonte: Adaptado pelo autor (2009) Para ilustrar melhor o conceito, acima as alternativas que compõem a coleção de
jóias. Sendo que a primeira alternativa foi escolhida para execução do projeto.
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho verificou as etapas do desenvolvimento de coleção de jóias, tendo
como tema e referencia visual a vida da rainha Cleópatra. Diante uma pesquisa
mercadológica, os dados apontam que a ênfase tem sido dada ao mercado joalheiro
para um novo conceito, novo luxo que busca novos materiais alternativos,
quebrando alguns tabus nesse ramo onde a jóia era representada como status e
poder.
O objetivo básico deste artigo foi demonstrar em termos teóricos as principais
características da personalidade da Cleópatra, para assim extrair para montar um
conceito da coleção e direcionar para o publico alvo que deve ser atingido.
Outra pesquisa feira para ter como melhor referencia são a joalheria egípcia, que
serve para dar foco nos detalhe e tipos de texturas e cores a serem trabalhadas. O
desejo de se adornar nos acompanha há séculos. A evolução da idéia é constante e
chega á atualidade com o aprimoramento do olhar.
Ao final desta pesquisa foram verificados que as tendências seguem exatamente
com a proposta inicial do projeto, jóias grandes com misturas de materiais,
conseqüentemente tornando novo nicho de mercado cada vez mais exigente,
buscando exclusividade nas peças.
Um aspecto importante para se levar em consideração que um mero aumento das
jóias vem aparecendo no mercado, tendo como mega tendência as maxi jóias.
O projeto buscou aliar design, moda e jóia, adequando sofisticação, estilo próprio,
para alcançar o público – alvo na qual buscam produtos inovadores, exclusivos,
design diferenciado e ousado.
Conclui-se, portanto, que de forma séria, obtiveram resultados satisfatórios,
alcançando todos os objetivos pré - determinados com a coleção, agradando o
público desejado.
10 REFERÊNCIAS BICLIOGRAFICAS
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