Tetania da
Lactação e das
Pastagens
Tetania da Lactação e das
Pastagens
Hipomagnesemia
Conjunto de fatores:
Desequilíbrio da ingestão e excreção de Mg
Estresse - esteróides endógenos
Cátions com ação neuromuscular (Ca e K)
Hipocalcemia (75%)
Sintomas Clínicos: inquietude, tremores musculares,
excitação, salivação, nistágmo, espasmos musculares tônico-
clônicos, convulsão e opistótono.
Distribuição do magnésio
no organismo
0,05% do organismo animal é composto de Mg
60% está nos ossos
25-28% está nos músculos
7-8% está nos outros tecidos
1-2% está no líquido extracelular
Distribuição do magnésio
no organismo
Mg dos ossos 30-60% pode ser mobilizado nos animais jovens.
É indisponível nos animais adultos
Mg dos tecidos moles intracelular 36 mg/dl
líquido intersticial: 2,4 mg/dl
É difícil estimar o conteúdo de Mg em um animal pois o
plasma, onde normalmente ele é medido, contém apenas
1% do Mg do organismo.
Funções do Magnésio
Intracelular
Suas ações estendem-se sobre os principais processos
metabólicos e catabólicos.
Contração muscular, metabolismo das gorduras, carboidratos
e proteínas, fosforilação oxidativa, metabolismo dos ácidos
nucléicos, divisão celular, resposta imune, funcionamento e
estabilização das membranas, etc.
Extracelular
Formação óssea normal
Confere resistência a hidroxiapatita dentes
ossos
2) Produção e decomposição da ACETILCOLINA
Funções do Magnésio
1)
liberação da acetilcolina
na fenda sináptica
destruição da acetilcolina
pela acetilcolinesterase
aumentada diminuida retardada
Mg++
Ca++
Mg++
Ca++
Mg++
Ca++
Absorção e Excreção
Baixa no ruminante:
Absorvidocomo ion livre por difusão
por transporte ativo (Na, K, ATP)
25-30% feno
16-20% gramíneas à pasto
50-55% concentrados (fontes inorgânicas)
Absorção
Diminuem a absorção de Mg
excesso de gordura
cálcio
sulfatos
fosfatos
excesso NH4 ruminal
Ácido fítico
Ácido oxálico
Potássio
K
Relação: > 22
(Ca+ Mg)
Absorção e Excreção
Absorção
Excreção
Trato digestivo fezes (principal via no ruminante)
Rins
1 - Reabsorção de Mg funciona sempre próximo ao nível
máximo. O que é filtrado acima desta capacidade é excretado via
urina.
2 - Não existe um “pool” de reserva de Mg no organismo do
animal adulto.
3 - Níveis séricos e urinários de Mg de um mesmo animal não
estão correlacionados.
Glândulas mamárias
leite contém 0,12 g Mg/L
30 litros = 3,6 g Mg/dia
A regulação dos níveis séricos de Mg é diretamente
dependente da quantidade de sua ingestão diária.
Absorção intestinal excreção renal
Magnésio Sérico - Regulação
Não existe regulação hormonal primária
Sintomas Clínicos
Tetania da lactação
Aguda
vacas tornam-se anoréticas e isoladas, alertas e hiperexcitáveis;
orelhas bem eretas, bastante móveis;
fasciculação muscular, incoordenação;
episódios violentos de convulsões tônico-clônicas e opistótono;
nistagmo, mastigação exagerada e salivação;
hipertermia leve, de 40 a 40,5C;
morte por insuficiência pulmonar aguda de 30 a 60 minutos;
boa resposta ao tratamento.
Sub-aguda
curso da doença de 3 a 4 dias;
inapetência, com defecação freqüente e tremores musculares;
tetania de posteriores e cauda; ataxia e convulsões;
pode haver recuperação espontânea, ou progressão para decúbito
crônica
muitos animais afetados
baixo nível de Mg sérico
sem sinais clìnicos
declínio da produção leiteira.
Sintomas Clínicos
Tetania da lactação
Sintomas Clínicos
Tetania dos transportes
Sintomas usualmente 24horas após o estresse (3 a 4 dias)
O estresse mais comum é o transporte. Pode ocorrer por vacinação,
mudança de alimentação, clima adverso, etc.
A sintomatologia é semelhante à tetania da lactação na fase aguda
Diagnóstico Diferencial
raiva
encefalites virais e bacterianas
acetonemia nervosa
coccidiose nervosa
hipocalcemia
intoxicação por chumbo ou arsênico
tétano
intoxicação por estricnina
Patologia Clínica
O Mg sérico normal é de 1,7 a 3 mg/dl. A tetania só ocorre em
nível abaixo de 1,2 mg/dl. Os casos clínicos apresentam média de
0,5 mg/dl.
As manifestações clínicas estão relacionadas mais diretamente aos
níveis de Mg do líquido cefaloraquidiano. Quando menor que 1,25
mg/dl, tem-se tetania e convulsão.
Pode-se encontrar hipocalcemia concomitante (5 a 8 mg/dl),
ocorrendo em 50 a 75 % dos casos.
Baixos níveis de Mg urinário, menos que 2,5 mg/100 ml.
Necessidade de tratamento rápido diagnóstico sintomático e histórico
Epidemiologia
vacas estabuladas que voltam ao pasto
pasto de primavera em fase inicial de crescimento
morbidade altamente variável, até 12 %
doença do rebanho
influência climática no aparecimento da doença
alta mortalidade
pastos adubados com N e K
pastos com menos de 0,2 % de Mg na matéria seca
mais comum até 2 meses após o parto
24 a 48h após transporte, até 3 dias após.
ANDREASI & PRADA (1967)
Estudando 17 municípios do Estado de SP, nas épocas
das águas e das secas e com coleta de mais de 900
amostra, encontraram:
% Mg na matéria seca
Colonião 0,31- 0,36
Jaguará 0,34 - 0,39
Gordura 0,28 - 0,36
Epidemiologia
Tratamento
1- solução mista Ca: 25 % borogluconato de Ca
Mg: 5% hipofosfito de Mg(500ml I.V.)
2- Mais solução de sulfato de Mg a 20% subcutânea - 200 a 300 ml
evitar soluções contendo K
hidrato de cloral - 50 mg/kg intravenoso
monitorar a função cardíaca durante a aplicação
expectativa de melhora em 3 a 5 horas
não elevar o nível sérico de Mg acima de 5 mg/dl
recidivas são freqüentes, até 6 horas após;
é imprescindível a suplementação oral.
60 g de óxido de Mg
por 5 a 6 dias.
Tratamento
Prevenção e controle
não existe estoque orgânico de Mg;
suplementação diária para animais sob risco ou correção das pastagens;
durante o período de risco moderado administrar 30g de óxido Mg/dia;
Sob risco severo, até 60 g de óxido Mg/dia;
adubação das pastagens com Mg
evitar excesso de Mg reduz a disponibilidade do P;
Prevenção e controle
reduzir adubação com K. Manter K/(Ca+Mg) < 22;
abrigar os animais nos locais de clima frio;
sal mineral com boa quantidade de Mg
Uso racional do pasto, fazer pastejo de rebrota com animais de menor risco.
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