PROF. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS
1º MÓDULO
Pós doutorado, Doutor e Mestre em Cognição e Linguagem- UENFPsicólogo e Administrador de Empresas
Professor de Graduação, Pós graduação.Formação em Psicanálise, Psicologia Analítica,
TCC, Gestão de RH e NeuropsicologiaProfessor de Pós graduação em Terapia Cognitivo Comportamental e Hipnose Clínica
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JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
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DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Objetivos:
• Conceituar a Psicologia Cognitiva.
• Entender como ciência Psicológica contribuiu para o surgimento da Psicologia Cognitiva.
• Relacionar os estudos dos Filósofos com as propostas da Psicologia Cognitiva.
1.1 Distinção entre Psicologia Cognitiva, Cognitivismo e Ciências Cognitivas
•COGNITIVISMO:
Movimento doutrinário da Psicologia, que tem com principais características :
- o conceito de regra para explicar o processamento cognitivo;
- construtivismo;
- e concepção do ser humano como ser orientado a metas, ativo e consciente.
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• PSICOLOGIA COGNITIVA:
• Estudo de como as pessoas percebem, aprendem, lembram-se e pensamsobre a informação.
• CIÊNCIAS COGNITIVAS:
Esforço multidisciplinar com fundamentação empírica para responderquestões acerca da aquisição, armazenamento e utilização doconhecimento humano.
Um Psicólogo Cognitivo poderá estudar como as pessoas percebem váriasformas, porque se lembram de alguns fatos e se esquecem de outros, oumesmo porque aprendem uma língua.
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1.1 Distinção entre Psicologia Cognitiva, Cognitivismo e Ciências Cognitivas
CIÊNCIAS COGNITIVAS
Neurociência
InteligênciaArtificial
Linguística
Antropologia
Filosofiada Mente
PsicologiaCognitiva
CiênciaCognitiva
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ALGUNS CONCEITOS FUNDAMENTAIS
EPISTEMOLOGIA - Discurso racional da ciência,ou teoria do conhecimento (seguro). Sepreocupa com os métodos empregados nainvestigação, sua aplicação, limites, organização,critérios, funcionamento e desenvolvimento.
ONTOLOGIA – Na filosofia trata da natureza doser, a existência dos entes; em ciência refere-seao objeto de investigação, suas características,descrição dos conceitos, enfim, a própriaconceituação do objeto.
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Metafísica: o que está para além dafísica. O que não é passível de serestudado pela ciência em seu métodoclássico das ciências naturais. Objeto deestudo da filosofia, os conceitos etentativas de descrever os fundamentos,as condições, as leis, a estrutura básica,as causas ou princípios primeiros, bemcomo o sentido e a finalidade da realidade
ALGUNS CONCEITOS FUNDAMENTAIS
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Antecedentes do Cognitivismo
1.1. Empirismo, Racionalismo e Construtivismo.
1.2. O conceito de Epistemologia Genética de Jean Piaget e de uma Psicologia do conhecimento
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A ciência Psicológica e o surgimento da Psicologia Cognitiva.
• Estruturalismo - Wilhelm Wundt (1832-1920)Edward Titchener (1867-1927)
• Funcionalismo - William James (1842-1910)• Pragmatismo - John Dewey (1859-1952)
• Associacionismo - Hermann Ebbinghaus (1850-1909)Edward Lee Thorndike (1874-1949)
ANTECEDENTES PSICOLÓGICOS
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Filósofos empiristas
Aristóteles
Thomas de Aquino
Francis Bacon
David Hume
Stuart Mill
Thomas Hobbes
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EmpirismoPara os empiristas as idéias são formadas exclusiva ou principalmente
das experiências. Eles discordam da noção de idéias inatas.
O empirismo é normalmente utilizado quando
falamos no método científico tradicional
(originado do empirismo filosófico), que
defende que as teorias científicas devem ser
baseadas na observação do mundo, e não na
intuição ou fé.Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Foi definido explicitamente pela primeira vez pelo
filósofo inglês John Locke no século XVII: a mente
seria, originalmente, um "quadro em branco" (tábula
rasa), sobre o qual é gravado o conhecimento, cuja
base é a sensação. Ou seja, ao nascermos não
sabemos absolutamente nada, não temos
impressões, nenhum conhecimento. Os processos de
conhecer, saber e agir são aprendidos pela
experiência, pela tentativa e erro.
John Locke
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O empirismo se opõe ao racionalismo. Para osracionalistas nós nascemos com certas idéiasinatas, que "afloram" à consciência e constituemas verdades acerca do Universo, permitindo-nosentender os fenômenos particulares apresentadospelos sentidos. O conhecimento da verdadeindepende dos sentidos.
Embora o empirismo seja mais relacionado com ateoria do conhecimento, ele influenciou a lógica, afilosofia da linguagem, a filosofia política, ateologia, a ética, e a psicologia.
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O Empirismo na AntiguidadeO primeiro filósofo a priorizar o papel da experiência foi Protágoras: O homem é a medida de todas as coisas.Essa máxima mostra que o mundo é conhecido de forma particular e pessoal por cada indivíduo, sendo aexperiência, certamente, fator importante para esse conhecimento.
Sócrates e Platão discordam, para eles os sentidos são incapazes de apreender a realidade como ela éverdadeiramente, eles buscaram captar os conceitos absolutos de cada coisa.
Aristóteles retoma o empirismo, ao considerar a observação do mundo como base para a indução; ou seja, apartir da obtenção de dados particulares, podemos tirar conclusões (ou conhecimentos) de verdades maisabsolutas (observação empírica).
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O Empirismo na Idade Moderna
Francis Bacon (1561 – 1626) elaborou um método desistematização das impressões dos sentidos, e oempirismo começa a se delimitar tal como o conhecemoshoje.
Os empiristas anteriores recolhiam dados da experiência,mas as informações eram "capturadas" ao acaso, sem umametodologia rigorosa e sem constituir um todo coerente.
A partir das sensações, a inteligência, através da indução,elaboraria o conhecimento científico. Dessa maneira, serelacionaria o conhecimento sensível, que forneceriamaterial para a inteligência, e a racionalidade, quemanipularia e daria sentido aos dados dos sentidos. Suaobra mais famosa, Novum Organum, publicada em 1620.
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Thomas Hobbes, outro filósofo inglês, aplicou as idéias de Bacon ao estudo dasociedade e da política.
John Locke é considerado o fundador do empirismo britânico, em oposição aoracionalismo que predominava na maior parte da Europa continental.
Em Ensaio Sobre o Entendimento Humano, Locke descreve a mente humanacomo uma tábula rasa, onde as idéias são gravadas por meio da experiência. Apartir dessa análise empirista da epistemologia, Locke diferencia dois tipos deidéias: as idéias simples, sobre as quais não se poderia estabelecer distinções,como a de amarelo, duro, etc., e as idéias complexas, que seriam associaçõesde idéias simples (por exemplo ouro — que é uma substância dura e de coramarelada), o que levaria à formação de um conceito abstrato da substânciamaterial.
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No séc. XVIII, George Berkeley desenvolve asidéias de Locke, mas não admite que osconhecimentos obtidos pela experiência eram abase para o conceito abstrato de substânciamaterial. Ele afirma que uma substânciamaterial não pode ser conhecida em si mesma,o que se conhece são apenas as qualidadesreveladas pela percepção. Assim, o que existerealmente nada mais é que um feixe desensações. Daí sua famosa frase: ser é serpercebido.
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George Berkeley
Mas para fugir do subjetivismoindividualista (pois tudo que existe somenteexistiria para a mente individual de cadaobservador), Berkeley postula a existênciade uma mente cósmica, universal e superiorà mente dos indivíduos. O mundo seriaimpossível de ser conhecidoverdadeiramente pelo homem. Ao propor oempirismo radical, Berkeley cria a correnteconhecida como idealismo subjetivo.
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George Berkeley
David Hume desenvolve as idéias de Berkeley, afirmando que sópodemos conhecer aquilo que percebemos imediatamente. Eleidentifica dois tipos de conhecimento:
matérias de fato: se relaciona com a percepção imediata e seria aúnica forma verdadeira de conhecimento.
relação de idéias: se refere a coisas que não podem serpercebidas, que não têm correspondência na realidade e são puraimaginação.
Assim, os próprios conceitos abstratos da Ciência que analisam osdados dos sentidos não seriam verdadeiros.
Hume refuta a noção de causa e efeito, fundamental para a ciência.O fato de um fenômeno ser sempre seguido de outro faz com queeles se relacionem entre si, de modo que um é encarado como causado outro.
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David Hume
A noção de causalidade seria, portanto, uma "criação" humana, uma acumulação dehábitos desenvolvida em resposta às sensações. Mas essas "verdades" supostamenteinabaláveis, que dão ao mundo a aparência de estabilidade, seriam ilusões. Logo, muitasverdades científicas seriam relações de idéias que não existiriam na realidade, e seriamimpossíveis de se confirmar.
Embora muitos cientistas e filósofos considerem o empirismo de David Hume exagerado,por negar verdades racionais obtidas a partir da observação, seu pensamento é um alertaàs pretensões de uma ciência puramente empírica.
No século XIX, várias escolas filosóficas foram influenciadas pelo empirismo, destacando-seprincipalmente as positivistas e fenomenológicas.
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David Hume
Racionalismo
Corrente filosófica que define o raciocínio como uma operaçãomental, discursiva e lógica, capaz de usar uma ou mais proposiçõespara extrair conclusões se uma ou outra proposição é verdadeira,falsa ou provável.
Segundo René Descartes:
"O racionalismo (...) considera a razão como essência do real, tantonatural quanto histórico. Sustenta a primazia da razão, dacapacidade de pensar, de raciocinar, em relação ao sentimento e àvontade, pressupondo uma hierarquia de valores entre asfaculdades psíquicas; (...) somente a análise lógica ou a razão podepropiciar o desenvolvimento da análise científica, do métodomatemático, que passa a ser considerado como instrumentopuramente teórico e dedutivo, que prescinde de dados empíricos.”
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O conjunto de aptidões que permitem que os indivíduos adquiram novasinformações mais rapidamente e se revelem mais eficientes no manejo eaproveitamento adequado de conhecimentos já armazenados pelo aprendizadoanterior e empírico, são decorrentes da análise lógica que descobre processos ousistemas mais rapidamente pelo método lógico e matemático.
Enquanto o empirismo leva em conta a tentativa e erro, o método lógico e aanálise crítica levam às respostas necessárias minimizando a necessidade doexperimentalismo prático. Esta visão chamada de cartesiana alterou e acelerou asdescobertas científicas. O racionalismo dominou e domina até os dias de hoje ométodo científico de análise lógica.
O racionalismo cartesiano designa-se por inatista pois considera que o indivíduonasce com idéias inatas que ele designa como sementes de verdade.
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Racionalismo
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Recapitulando e Comparando: Racionalismo e Empirismo
1. Quanto à produção de Conhecimento Científico
O Racionalismo argumenta que a obtenção do conhecimento científico se dá pelas ideiasinatas, que seriam pensamentos existentes no homem desde sua origem que o tornariamcapazes de intuir (deduzir) as demais coisas do mundo. Tais idéias inatas seriam ofundamento da Ciência.
Para o Empirismo, a experiência é a base do conhecimento científico, ou seja, adquire-sea sabedoria pela percepção do mundo externo, ou então do exame da atividade da nossamente, que abstrai a realidade que nos é exterior e as modifica internamente. (indução) oque lhe dá um caráter mais individualista.
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2. Origem das Idéias
Para o Racionalismo podem existir 3 tipos de Idéias:
a) As do mundo exterior formadas pela captação da realidadeexterna por nós mesmos internamente;
b) As inventadas pela Imaginação, fruto do processo criativo danossa mente;
c) As idéias inatas, aquelas que já nascem com o sujeito,dádivas Divinas, que são a base da Razão.
Com estas idéias podemos conhecer as leis da Natureza,também Divinas. Parte da certeza do pensamento para afirmarqualquer outra realidade.
Para o Empirismo as Idéias surgem do processo de abstração,que se inicia com a percepção das coisas. Não há preocupaçãocom a coisa em si, é objetivista; não valoriza a idéia quefazemos da coisa atribuída pela Razão, não se ocupa do modocom que as coisas chegam até nós através dos sentidos.
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Recapitulando e Comparando: Racionalismo e Empirismo
3. Relação de causa e efeito
O Racionalismo percebe causa e efeito como postulado pelo Mecanicismo: As relações que o homem observa são inerentes aos objetos em si e à Mecânica da Natureza, como engrenagens que obedecem a uma ordem preestabelecida.
Para o Empirismo a relação de causa e efeito nada mais é do que resultado de nossa formahabitual de perceber fenômenos e relacioná-los como causa e consequência através de umarepetição constante. Ou seja, as leis da Natureza só seriam leis porque observaram-serepetidamente pelos homens.
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Recapitulando e Comparando: Racionalismo e Empirismo
4. Autonomia do sujeito
O Racionalismo postula a liberdade de consciência do indivíduo esua finalidade: a justa apreciação dos bens. Também afirma aexistência de uma identidade permanente da consciênciaindividual.
O Empirismo nega a identidade permanente, uma vez que oconteúdo da consciência varia de um momento para outro. Comoa consciência é vista como um conjunto de representações, eledepende das impressões que temos das coisas, as quais sãosujeitas a variações.
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Recapitulando e Comparando: Racionalismo e Empirismo
5. Concepção de Razão
O Racionalismo vê a Razão como acapacidade de bem julgar e de discernir overdadeiro do falso. Ela independe daexperiência sensível.
O Empirismo não chega a se contrapor, masdiz que a Razão é dependente da experiênciasensível, não admitindo a dualidade entreespírito e matéria(como no Racionalismo), demodo que ambos são extremidades de ummesmo objeto.
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Recapitulando e Comparando: Racionalismo e Empirismo
6. Matemática como linguagem
O Racionalismo tem seu método deconhecimento inspirado no rigor matemático(método dedutivo - parte do geral para oparticular, primeiro as suposições e depois sãofeitas as comprovações).
O Empirismo não aceita o método matemático. Aexperiência é o ponto de partida doconhecimento, não há necessidade de fazerhipóteses (método indutivo, parte do particular –experiências - para a elaboração de princípiosgerais).
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Recapitulando e Comparando: Racionalismo e Empirismo
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Racionalistas x Empiristas
No século XVIII,O filósofo Alemão Immanuel Kant (1724-1804)
Francês René Descartes (1596-1650) Inglês John Locke (1632-1704)
O Método Introspectivo e Reflexivo é superior aos Métodos Empíricos para se encontrar a verdade.
Os seres humanos nascem sem qualquerconhecimento e precisam buscá-lo por meio daobservação empírica.- Tabula rasa (que em latim significa "folha de
papel em branco").- A vida e a experiência "escrevem" o
conhecimento no indivíduo.
Não existiam de forma alguma ideias inatas.
Sintetizou dialeticamente as ideias de Descartes e Locke argumentando que tanto o Racionalismocomo o Empirismo têm seu lugar e que ambos devem trabalhar juntos na busca pela verdade.
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ESTRUTURALISMO Estudo das experiências sensoriais por meio da
Introspecção
FUNCIONALISMO Uma alternativa ao Estruturalismo ênfase nos
processos do pensamento
A primeira grande escola de pensamento na Psicologia, quebusca entender a estrutura (configuração dos elementos)da mente e suas percepções pela análise dessas percepçõesem seus componentes constitutivos.Queriam saber quais eram os conteúdos elementares(estruturas) da mente humana.
Busca entender o que as pessoas fazem e por que o fazem. A chave para o entendimento da mente humana e dos comportamentos era o estudo dos processos de como e por que a mente funciona como funciona,
ASSOCIACIONISMOUma forma de pensar influente - eventos e as ideias
podem se associar na mente propiciando a aprendizagem
PRAGMATISMO Decorrência natural do Funcionalismo
As associações podem resultar da contiguidade (associarinformações que tendem a ocorrer juntas ou quase aomesmo tempo), da similaridade (associar assuntos comtraços ou propriedades semelhantes) ou do contraste(associar assuntos que parecem apresentar polaridades,como quente/frio, claro/escuro, dia/noite).
Acreditam que o conhecimento só pode ser validado por sua utilidade: o que se pode fazer com isto? Estão interessados não apenas em saber o que as pessoas fazem, mas também querem descobrir o que podemos fazer com o nosso conhecimento sobre o que as pessoas fazem.
Charles Darwin (1809 – 1882)
Teoria da Evolução
EIXOS PRINCIPAIS:
•Mudança
•Evolução - continuidade
•Correlação
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BEHAVIORISMO – PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS
• Teoria é o conjunto de princípios fundamentais de uma arte ou deuma ciência. Teoria é uma opinião sintetizada, é uma noção geral.Do grego theoria que no contexto histórico significava observar ouexaminar. Com sua evolução o termo passou a designar o conjuntode ideias, base de um determinado tema, que procura transmitiruma noção geral de alguns aspectos da realidade.
• Uma teoria científica é a parte especulativa de uma ciência, poroposição à prática. É um sistema consistente formado porobservações, ideias e axiomas ou postulados, constituindo no seutodo um conjunto que tenta explicar determinados fenômenos.
• São exemplos de teorias científicas: Teoria do Caos, Teoria daComunicação, Teoria do Conhecimento, Teoria da Evolução, Teoriados Jogos, Teoria dos Quanta, Teoria da Relatividade, entre outras.
• Em filosofia, teoria é o conjunto de conhecimentos queapresentam graus diversos de sistematização e credibilidade, eque se propõem a elucidar, interpretar ou explicar um fenômenoou acontecimento que se oferecem à atividade prática.
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O que é Teoria:
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A Origem das Espécies por meio da Seleção Natural (1859), é um dos mais importantes livros da história da civilização ocidental.
O Zeitgeist da época dizia respeito à mudança.
As influências de Charles Darwin
A teoria da evolução
• Libertou os cientistas de tradições e superstições até então inibidoras
• Lançou-os na era da maturidade e da respeitabilidade das ciências da vida.
• Forneceu tantos dados bem organizados que a idéia de evolução não pôde mais ser ignorada
Uma das coisas mais notáveis sobre “A Origem dasEspécies” de Charles Darwin é que ele articulou suateoria sem saber o mecanismo exato pelo qual avariação genética ocorria. Só na década de 1950que Watson e Crick descobriram o DNA, e osbiólogos evolucionistas finalmente tiveram aresposta.
O advento da genética é a coisa mais importanteque aconteceu no estudo da biologia evolutivadesde a teoria de Darwin (não podemos deixar demencionar Gregor Mendel, que abriu um excelentecaminho com sua descoberta das leis fundamentaisda herança).
Como o DNA é universal a toda vida, sua presençasugere fortemente que todas as criaturas da Terraevoluíram de um ancestral comum. Ele tambémexplica como a proliferação de mutações genéticas(essencialmente erros de cópia), combinada com osprocessos de seleção natural, permitem a evolução.Em última análise, o DNA é o motor que impulsionaa mudança.
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Teoria da Evolução - DNA
Evolução - AdaptaçãoEnquanto a evolução pode demorar milhares deanos para ocorrer, é um mito que ela exige prazosmuito longos para ser observada por humanos. Emcertos casos, mudanças ambientais acontecem tãode repente que certas espécies são forçadas aadaptar-se rapidamente às novas condições.
Um exemplo clássico é a mariposa Biston betularia,um organismo que evoluiu para predominar umavariação de cor como consequência da RevoluçãoIndustrial. Antes deste período, essas mariposasapareciam tanto nas cores brancas como pretas.Devido à poluição por fuligem das fábricas, asbrancas começaram a ter dificuldade em semisturar à paisagem e eram alvos mais fáceis depredadores. O resultado foi um aumento nasmariposas pretas e uma diminuição dramática dasbrancas.
O geneticista Sewall Wright, da Universidade deWisconsin, nos EUA, se referiu a esse fenômenocomo “o caso mais claro em que foi realmenteobservado um processo evolutivo visível”.
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A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais – 1872:Fez um abrangente estudo das expressões emocionais noshomens e nos animais, sugerindo que as mudanças de gestose posturas que caracterizam as principais emoções podiamser interpretadas em termos evolutivos - as expressõesemocionais são remanescentes de movimentos que um diaserviram a alguma função prática.
• Esboço Biográfico de um Bebê - 1877:Um diário sobre o seu filho bebê, registrando o seudesenvolvimento, publicado como artigo, é considerado umadas primeiras fontes da moderna psicologia infantil.
OBS: Devido ao papel atribuído à consciência na teoria
evolutiva, a psicologia foi levada a aceitar o ponto de vista da
evolução.
Obras de Darwin para a Psicologia
Fez surgir a estimulante possibilidade de uma continuidadeno funcionamento mental entre os homens e os animaisinferiores - sugeriam com vigor haver continuidades nodesenvolvimento do comportamento e dos processosmentais.• Se a mente humana tinha evoluído a partir de mentes mais
primitivas, existiriam semelhanças no funcionamento mental doshomens e dos animais - o estudo do comportamento animal podiaagora ser considerado vital para uma compreensão docomportamento humano.
Provocou uma mudança no objeto de estudo e no objetivo dapsicologia. Era mais importante levar em conta as possíveisfunções da consciência que a determinação dos elementos daconsciência.
Influenciou a psicologia ao ampliar a metodologia que a novaciência podia legitimamente usar - geologia, a arqueologia, ademografia, observações dos animais selvagens e domésticos,e pesquisas sobre a criação de animais.
Produziu foco mais insistente nas diferença individuais, sendoque variação era um importante pilar da teoria evolutiva.
Influências na Psicologia
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Psicologia evolutiva, ou simplesmente PE.
Todos os seres humanos possuem áreas inatas em seuscérebro que possuem conhecimentos específicos que osauxiliam a adaptar-se aos ambientes locais.
Essas áreas são altamente especializadas e são ativadassomente quando se necessita alguma informação
Propõe explicar características mentais e psicológicas - taiscomo memória, percepção, ou linguagem - como adaptações,e portanto, a mente pode ser melhor entendido à luzda evolução humana.
Assim a mente é resultado da seleção natural e seleçãosexual.
Tem suas bases nas ciências naturais: na teoria evolutiva deDarwin e na genética mendeliana - o neodarwinismo - quelhes fornece uma rigorosa base científica
Psicologia Evolucionista
Behaviorismo
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Influências AnterioresNa segunda década do século XX, nos EUA, ofuncionalismo estava amadurecendo e oestruturalismo ainda ocupava posição forte.
Comportamentalismo: movimento deflagrado em1913 por John B. Watson contra o funcionalismo e oestruturalismo: uma psicologia objetiva, uma ciênciado comportamento que só lidasse com atoscomportamentais observáveis, passíveis de descriçãoobjetiva em termos de estímulo e resposta
Os interesses de Watson lançaram luz sobre aquiloque ele queria descartar: todos os conceitos e termosmentalistas.
Características positivistas e mecanicistas, mesmoque comprovassem em ato o que negavam compalavras.
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A psicologia animalO antecedente mais direto docomportamentalismo foi a psicologia animal –teoria evolutiva.
Tentativas de demonstrar a existência damente em organismos inferiores e acontinuidade entre as mentes animal ehumana.
Loeb – teoria do comportamento animalbaseada no tropismo (movimento forçadoinvoluntário): a resposta do animal é uma funçãodireta de um estímulo ou reação a ele.
• Hans – o cavalo inteligente:Demonstrou a necessidade de uma abordagemexperimental para o estudo do comportamento animal,gerando ceticismo sobre a inteligência animal – revelouno entanto que os animais são capazes de aprender.
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Edward Lee Thorndike (1874-1949)CONEXIONISMO ou ASSOCIACIONISMO
Aprender é estabelecer conexões. A mente é o sistema deconexões do homem.
Situação S resposta A satisfação fortalecimento S-A
Situação S resposta B desconforto enfraquecimento S-A
O estudo do comportamento implica em decompô-lo ou reduzi-loaos seus elementos mais simples: as unidades estímulo resposta.
Partilhava com os estruturalistas um ponto de vista analítico eatomista. Essas unidades são os elementos do comportamento (enão da consciência), os blocos de construção a partir dos quais secompõem comportamentos mais complexos.
Tendências de resposta malsucedidas são obliteradas depois dealgumas tentativas. Tendências de resposta que levam ao êxito sãoincorporadas nas mesmas circunstâncias. Esse tipo de aprendizagemtem sido chamado de aprendizagem por tentativa e erro.
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ThorndikeLEIS DE THORNDIKE:
LEI DO EXERCÍCIO OU FREQUÊNCIA: Quanto mais vezes se repetia a conexãoEstímulo – Resposta, melhor era aprendido.
LEI DO EFEITO: A conexão entre o Estímulo e a Resposta pode ser reforçada ouenfraquecida.
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Ivan Petrovich PavlovNasceu a 14 de Setembro de 1849 e morreu a 27 deFevereiro de 1936.Era um fisiólogo russo que ganhou o Prémio Nobel deFisiologia ou Medicina de 1904, pelas suas descobertas sobreos processos digestivos dos animais.Mas foram os seus estudos sobre o papel do condicionamento na Psicologia do comportamento que o tornaram conhecido.Pavlov, ao estudar as secreções gástricas, descobre que sempre que era apresentado um estímulo eram produzidassecreções, facto que acontecia de um modo semelhante emtodos os elementos de uma espécieanimal: são chamados reflexos inatos. (ex. num cão verifica-se a produção de saliva quando é apresentado um alimento,facto que serve para ajudar a ingestão do alimento.)Para além destes reflexos descobre que se podemdesenvolver reflexos aprendidos podendo assim proceder-sea uma alteração dos comportamentos.
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Condicionamento clássico
Associar um estímulo neutro a um estímulo que provoca umareaçãoAprender – desaprender.
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Experiência de PavlovCarne Salivação
Estimulo não condicionado Resposta não condicionada
Carne + Campainha Salivação
E. não condicionado + E. neutro Resposta não condicionada
Campainha Salivação
E. Condicionado Resposta Condicionada
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO
RNC – Resposta não condicionada. A salivação do alimento naboca não era aprendidaENC – Estímulo não condicionado. O alimento na boca dispara
automaticamente o reflexo salivar do cãoRC – Resposta condicionada. A salivação do cão em resposta ao
sinal sonoro estava condicionada à aprendizagem da associaçãoentre sinal sonoro e alimentoEC – Estímulo condicionado. O estímulo sonoro previamente
irrelevante que agora dispara a salivação condicionada
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Aquisição.
Aprendizagem inicial da relação estímulo-resposta.
O tempo entre a apresentação do estímulo neutro e oestímulo não condicionado deve ser inferior a 30 segundos.
Extinção e Recuperação Espontânea
Extinção – diminuição da resposta que ocorre quando o EC(sinal sonoro) não sinaliza mais um ENC (alimento) iminente
Recuperação espontânea – o reaparecimento de um(enfraquecida) RC depois de uma pausa para descanso.
Generalização
Tendência para responder a estímulos semelhantes ao EC.
Discriminação
Habilidade aprendida para distinguir entre um estímulocondicionado (que prediz o ENC) e outro estímuloirrelevante.
Condicionamento Clássico
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John Watson (1878-1958)Nasceu numa fazenda perto de Greenville, Carolina do Sul.Sua educação elementar ocorreu numa escola de uma únicasala.Sua mãe era extremamente religiosa; o pai bebia bastante, eradado à violência tendo várias ralações extraconjugais.Possuía uma ambivalência diante do sucesso e Trabalhou emvárias profissões antes de doutorar-se.Tinha ataques agudos de ansiedade.Doutorou-se em 1903. Em 1908 assume em Johns Hopkins.Demite-se em 1922 devido a um escândalo amoroso.Ingressou na agência J. Walter Thompson em 1921.Em 1936 assume outra agência e se aposenta como vice-presidente em 1945.Em 1957 recusa a presença numa homenagem da APA.Falece em 1958, queimando todas suas notas e manuscritos.
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O que era ou deveria ser a psicologia
Deveria ser a ciência do comportamento - e não o estudointrospectivo da consciência - e um ramo experimental puramenteobjetivo das ciências naturais.Dever-se-iam pesquisar tanto o comportamento animal como o
humano. A nova psicologia descartaria todos os conceitosmentalistas e só usaria conceitos comportamentais como estimuloe resposta.
• Prever e controlar o comportamentoFinalidade ou objetivos da
psicologia
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O objeto de estudo
Itens do comportamento:
movimentos musculares ou
secreções glandulares.
Atos passíveis de descrição
objetiva em termos de estímulo e resposta,
formação de hábitos.
Watson declara explicitamente que os MÉTODOS a serem usados seriam:
•A observação, com e sem o uso de instrumentos;
•Os métodos de teste;
•O método de relato verbal;
•O método do reflexo condicionado.
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Métodos
Instinto Todos os aspectos do comportamento humano que parecem instintivos são, na realidade, respostas socialmente condicionadas
Aprendizagem Watson nunca desenvolveu uma teoria satisfatória da aprendizagem e suas concepções estavam mais relacionadas com Thorndike
Emoção Eram tão somente respostas corporais a estímulos específicos
Pensamento Assim como os outros aspectos do funcionamento humano, tem de ser um comportamento sensório-motor de alguma espécie: movimentos implícitos da fala
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B. F. Skinner (1904-1990)
Graduou-se em letras, aspirava à carreira deescritor, mas, em busca de nova direção,entrou para o curso de pós-graduação empsicologia.Seu trabalho foi elaborado a partir da lei doefeito (Edward L. Thorndike / 1874-1949): Éprovável que o comportamentorecompensado se repita.Desenvolveu uma "tecnologiacomportamental" que revelou princípios decontrole do comportamento.Esses princípios lhe possibilitaram ensinar apombos comportamentos não típicos dessesanimais como andar sobre a figura de um 8(oito), jogar pingue-pongue e manter o cursode um míssil, bicando sobre um alvo na tela.
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Condicionamento OperanteNa perspectiva do reflexo condicionado, aaprendizagem poderia ser concebida comoum processo de desenvolvimento de reflexoscondicionados que se obteriam substituindoos estímulos não condicionados por estímuloscondicionados.Condicionamento operante:
Aprender é resolver um problema que tem umasolução esperada.
O condicionamento operante é o processo deaprendizagem através do qual uma respostase torna mais provável ou mais frequente.A partir do condicionamento operante, atônica é posta na resposta e nas suasconsequências, pela teoria desenvolvida porThorndike.
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CONCEPÇÃO AMBIENTALISTAProcesso de aprendizado = mudança docomportamento através do condicionamentooperante.
Conceito-chave: condicionamento operante –resposta mais provável ou mais frequente.Modelagem de um novo comportamento peloreforço: consequência de uma ação quandopercebida por quem a pratica.• Reforço positivo – recompensa• Reforço Negativo - ação que evita uma
consequência indesejada.• Punição - consequência desagradável ou nociva
após determinada resposta.
Modelagemum procedimento no qual reforços, como comida, orientam gradualmente as ações dos animais em direção ao comportamento desejado.
Aproximações Sucessivasrecompensar as respostas que são mais próximas do comportamento final desejado e ignorar todas as outras.
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Reforço
• Qualquer evento que aumente a frequência de uma resposta anterior. - O que é um reforço para uma pessoa pode não ser para outra
REFORÇO POSITIVO
• fortalece uma resposta ao apresentar um estímulo tipicamente agradável depois de uma resposta.
REFORÇO NEGATIVO
• fortalece a resposta ao reduzir ou remover um estímulo adverso. Ao contrário do pen-samento popular, o reforço negativo remove o evento adverso.)
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REFORÇO PRIMÁRIO E REFORÇO CONDICIONADO
Primário
• obter alimento quando faminto ou ser liberado de choque elétrico - é uma satisfação inata.
Condicionado
• também denominado reforço secundário, é aprendido. Ele obtém seu poder pela associação com o reforço primário
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• Reforço contínuo• A resposta desejada é reforçada toda vez que ela ocorre. Sob tais
condições, a aprendizagem ocorre rapidamente
• Reforço parcial – intermitente• Nos quais as respostas às vezes são reforçadas, às vezes não. A
aprendizagem inicial é tipicamente mais lenta com o reforço intermitente, o que toma o reforço contínuo preferível até que um comportamento seja conquistado
• Produz maior persistência - maior resistência contra a extinção -do que a adquirida com o reforço contínuo
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•Aquisição• É o fortalecimento, de uma resposta reforçada.
•A extinção• Ocorre quando a resposta não é mais reforçada.
•A generalização e a discriminação• Ocorrem à medida que os organismos respondem a vários
estímulos e experienciam as consequências
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PROGRAMAS DE REFORÇAMENTO
• O programa de razão fixa reforça o comportamento depois de um número determinado de respostas.
• O programa de razão variável opera com reforço depois de um número de respostas imprevisíveis.
• O programa de intervalo fixo proporciona reforço para a primeira resposta que ocorre após um intervalo fixo de tempo
• O programa de intervalo variável proporciona reforço à pri-meira resposta após intervalos de tempo variados
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PUNIÇÃO
• Seu efeito é oposto ao do reforço.
• O reforço aumenta um comportamento; a punição odiminui.
• Um evento punitivo é qualquer fato que diminui a frequênciade um comportamento precedente, em geral provocandouma consequência indesejável ou retirando uma desejável
• O comportamento punido não é esquecido; ele é suprimido.
• A punição física pode aumentar a agressividade ao demons-trar que a agressão é um meio de enfrentar os problemas
• A punição pode criar medo; a pessoa que recebe a puniçãopode associai 'o medo‘ não só ao comportamento indesejávelmas também à pessoa que administra a punição ou àsituação na qual ela ocorreu
• A punição diz a você o que não fazer; o reforço diz a você oque fazer
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GESTALT
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•GESTALT• Termo alemão de difícil tradução. O termo próximo em
português seria forma ou configuração.
•Não confundir Psicologia da Gestalt com Gestalt-terapia•A Gestalt-terapia é uma escola humanista de psicoterapia
que surge posterior à Psicologia da Gestalt, sob sua influência, mas também e principalmente de diversas outras linhas de pensamento
A Palavra Gestalt
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Principais - Representantes
•Max Wertheimer (1880-1943)
•Wolfgang Köhler (1887-1967)
•Kurt Koffka (1886-1941)
•Kurt Lewin (1890-1947)
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Max Wertheimer (1880-1943)
• O fenômeno Phi como um exemplo de nativismo na percepção(1912)
• Ilusão perceptiva em que duas luzes estáticas, masintermitentes, parecem ser uma única luz que se movimentade um lugar para outro
• Sujeitos dessa pesquisa: K. Koffka e W. Köhler
“Há todos, cujo comportamento não é determinado poraquele dos seus elementos individuais, mas onde os processosparciais são eles mesmos determinados pelo valor intrínsecodo todo. O objetivo da teoria da Gestalt é determinar anatureza desses todos.”
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Wolfgang Köhler (1887-1967)
Mentality of Apes (Inteligência dos antropóides - 1925)Aprendizagem por “insight”: Percepção de relações que levam a uma
solução de um determinado problema de forma súbita ou repentinaAnimais podem desenvolver uma representação interna da estrutura do
problema (Aprendizagem gradual por repetição)
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Kurt Koffka (1886-1941)
• Princípios de Psicologia da Gestalt (1935)
• Interesses empíricos: percepção de movimento e de ritmo.
Assume-se que uma linha de 2 cm parece mais longa que uma linha de 1 cm
porque ela é mais longa. A despeito da veracidade da percepção, o pesquisador
deve sempre perguntar “por que as coisas se parecem como tais?"
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A Escola da Gestalt
ObjetivosDeterminar os princípios que determinam e organizam anossa percepção, ou seja o modo como estruturamos arealidade
ObjetoNa visão dos gestaltistas, o comportamento deve serestudado em seus aspectos mais globais, levando emconsideração as condições que alteram a percepção doestímulo.
TemasPercepção, aprendizagem
Os Princípios Gestaltistasda organização da percepção
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Princípios Gestaltistas
Os gestaltistas iniciaram seus estudos pelapercepção e sensação do movimento.Estavam preocupados em compreender os
processos psicológicos envolvidos na ilusãode ótica, quando o estímulo físico épercebido pelo sujeito como uma formadiferente da que ele tem na realidade.
O todo é diferente da soma das partes e,além disso, os processos parciais sãodeterminados pela natureza intrínseca dotodo (ex: sistema solar)
A forma (fraca ou forte), se impõe sobre aspartes
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Sensação e Percepção
Sensação: se refere ao reconhecimento dosestímulos presentes num ambiente, feito peloaparato sensorial humano (órgãos dossentidos).
Percepção: diz respeito ao processo deorganização das informações obtidas por meioda sensação.
Vemos três colunas e não três linhas na figura.
Proximidade
• Partes que estão próximas no tempo ou no espaço parecem formar umaunidade e tendem a ser percebidas juntas
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Continuidade
• Há uma tendência da nossa percepção de seguir uma direção, de vincular oselementos de uma maneira que os faça parecer contínuos ou fluindo numadireção particular
Vemos três linhas e não quatro colunas.
Semelhança
• Partes semelhantes tendem a ser vistas juntas como se formassem umgrupo
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Vemos um triângulo e não quatro traços.
Fechamento / Complementação
• Ocorre uma tendência de completar os elementosfaltantes da figura para garantir sua compreensão.
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De aorcdo com uma peqsiusa de umauinrvesriddae ignlsea, não ipomtra emqaul odrem as lteras de uma plravaaetãso, a úncia csioa iprotmatne é quea piremria e útmlia lteras etejasm nolgaur crteo. O rseto pdoe ser umabçguana ttaol, que vcoê anida pdoeler sem pobrlmea. Itso é poqrue nósnão lmeos cdaa ltera isladoa, mas aplravaa cmoo um tdoo.
Fechamento / Complementação
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• Tendemos a ver uma figura tão boa quanto possível sob as condições de estímulo.
• A percepção do estímulo é mediatizada pela forma como interpretamos o conteúdopercebido.
• Se nos elementos percebidos não há equilíbrio, simetria, estabilidade, não alcançaremos aboa forma.
• No processo perceptivo, tendemos a emprestar a melhor forma possível ao conteúdopercebido.
Boa Forma ou Pregnância
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Relação figura-fundo
Tendemos a organizar percepções no
objeto observado (a figura) e o
segundo plano contra o qual ela se
destaca. A figura parece ser mais
substancial e destacar-se do fundo.
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KURT LEWIN
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Teoria de Campo
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Introdução
Kurt Lewin (1890-1947) trabalhou durante dez anoscom Wertheimer, Koffka e Kohler na universidade deBerlim, dessa colaboração com os pioneiros daGestalt nasceu sua Teoria de campo. Entretanto nãopodemos considerar Lewin como um gestaltista, jáque ele acaba seguindo um outro rumo. Lewin parteda teoria da Gestalt para construir umconhecimento novo e genuíno.
O principal conceito de Lewin é o do espaço vital,que ele define como sendo a totalidade dos fatosque determina o comportamento do indivíduonum certo momento. Kurt Lewin modificouprofundamente o curso da Psicologia e pode serapontado como um dos maiores psicólogoscontemporâneos. Sua importância não émeramente histórica. O estudo de sua obra nosoferece um excelente meio de romper com aresistência oferecida pela psicologia em aceitar umaabordagem estruturalista de seus problemas.
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Teoria de Campo Lewin
Para Kurt Lewin "O comportamento é produto de um campo dedeterminantes interdependentes (conhecidos como "espaço de vida" ou "campo social" ). As características estruturais desse campo sãorepresentadas por conceitos extraídos da topologia e da teoria de conjuntose as características dinâmicas são representadas através de conceitos deforças psicológicas e sociais"
A teoria de campo que se baseia em duas suposições fundamentais:O comportamento é derivado da totalidade de fatos coexistentes ao seuredor e esses fatos tem um caráter de um campo dinâmico, no qual cadaparte do campo depende de uma inter-relação com as demais outras partes.
O comportamento humano não depende somente do passado ou do futuro,mas do campo dinâmico atual e presente. Esse campo dinâmico é o "espaçode vida que contém a pessoa e seu ambiente psicológico".
Teoria do Campo
Mundo não PsicológicoFatores físicos e sociais
NecessidadesVetor
Força Motriz
Espaço de Vital
Barreira
Vetor de restrição
Objetivos
Ambiente Psicológico
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Contribuições
• Espaço vital• articulação entre os partes que
compõem uma única realidade – apessoa e o meio fenomênico (físico,social e conceitual).
• Ênfase nos vetores entre os elementos –topologia das relações.
• O comportamento do sujeito éinfluenciado pelo instante (meio) e pelasituação de vida (histórico).
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Campo psicológico
É um campo de força que nos leva a procurar a boa-forma. Tem umatendência que garante a busca da melhor forma possível em situações quenão estão muito estruturadas.
Princípios
Proximidade
Semelhança
Fechamento
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Meio• É o conjunto de estímulos determinantes do
comportamento.
Meio Geográfico• É o meio físico em termos objetivos.
Meio comportamental• É o meio resultante da interação do indivíduo com o
meio físico e implica a interpretação desse meioatravés da percepção. Trata-se de uma realidadesubjetiva, particular, criada pela nossa mente.
Campo psicológico
A teoria de campo é um"método de análise das relações causais e deelaboração dos construtos científicos. Está intimamente ligada à teoriada Gestalt, sobre tudo no que se refere à interdependência dasdiferentes relações causais entre o parcial e o global na experiência docomportamento.
Entre os conceitos de base da teoria de campo figuram:
espaço de vida: todos os fatos que existem para o indivíduo ou
grupo num dado momento;
a tensão a energia, a necessidade, a valência e o vetor, que
constituem conceitos dinâmicos essenciais para analisar o
comportamento;
processos como a percepção, a ação e a recordação, meios pelos
quais as tensões de um sistema se igualam;
a aprendizagem que provoca mudanças várias, por exemplo da
motivação (adquirir novos gostos ou aversões), ou a mudança do
grau de pertença ao grupo, por exemplo assimilar uma nova
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Teoria de Campo
Lewin propõe a seguinte equação para explicar o comportamento humano: C = f (P,M)
Onde: ( C) é função ( F) ou resultado da interação entrea pessoa ( P) e o meio ambiente ( M) que a rodeia.
Ambiente Psicológico: (ou ambiente comportamental)é tal como é percebido e interpretado pela pessoa. Ërelacionado com as atuais necessidades do indivíduo.Alguns objetos, pessoas ou situações, podem adquirirvalência no ambiente psicológico, determinando umcampo dinâmico de forcas psicológicas.
Os objetos , pessoas ou situações adquirem para o indivíduo uma valência positiva(quando podem ou prometem satisfazer necessidades presentes do indivíduo) ou valêncianegativa (quando podem ou prometem ocasionar algum prejuízo) Os objetos, pessoas ousituações de valência positiva atraem o indivíduo e os de valência negativa o repelem. Aatração é a força ou vetor dirigido para o objeto, pessoa ou situação; a repulsa é a força ouvetor que o leva a se afastar do objeto, pessoa ou situação, tentando escapar.
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Um vetor tende sempre a produzir movimento em uma certa direção. Quando dois ou mais vetoresatuam sobre uma mesma pessoa ao mesmo tempo, a locomoção é um espécie de resultante deforças. Algumas vezes, a locomoção produzida pelos vetores pode ser impedida ou completamentebloqueada por uma barreira, que é algum impedimento ou de fuga ou repulsa em relação a umobjeto, pessoa ou situação. A barreira não têm valência por si mesma e não exerce nenhuma força,ela oferece resistência sempre que alguma força é exercida sobre ela. Quando a barreira é rígida, elaexige do indivíduo tentativas de exploração de ultrapassá-la e, quando inultrapassável, adquirevalência negativa.
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Teoria de Campo
Para Lewin, toda a necessidade cria umestado de tensão no indivíduo, umapredisposição à ação sem nenhuma direçãoespecífica. Lewin utilizou uma combinaçãode análise topológica (mapear o espaço vital)e vetorial ( para indicar a força dos motivosno comportamento) e desenvolveu umasérie de experimentos sobre a motivação,satisfação e a frustração, os efeitos daliderança autocrática e democrática emgrupos de trabalho, etc.
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Teoria de Campo
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