Download - TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Transcript
Page 1: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

RELATÓRIOANUAL2011

TAP, SGPS, S.A.

Apartado 50194, 1704-801 LisboaTel. +351 218 415 000Fax +351 218 415 774

www.flytap.com

Aberdeen

AccraAlicanteAlmeria

AmsterdãoAncaraAntália

ArgelAstúrias

AtenasAtlanta

BamakoBanguecoque

BarcelonaBariBelémBelfastBelgrado

Belo HorizonteBerlim

BilbauBillundBirmingham

BissauBoa Vista

BolonhaBordéusBoston

BrasíliaBratislavaBremen

BruxelasBucareste

BudapesteBuenos AiresCalgaryCampo Grande

CaracasCasablancaCharlotteChicagoCidade do CaboColónia

CopenhagaCuiabaCuritiba

DakarDallasDenverDetroitDresdenDublin

DubrovnikDurban

DusseldorfEast LondonEdimburgo

EstocolmoEstrasburgoEstugarda

FaroFlorençaFlorianopolis

FortalezaForte Ventura

FrankfurtFunchal

Gdansk

GenebraGlasgowGoianiaGotemburgoGranadaGraz

HamburgoHanover

HelsínquiaHeraklionHong Kong

HortaHoustonIbizaIlhéusImperatrizIstambulIzmirJoão PessoaKievKlagenfurt

La CorunhaLanzaroteLarnacaLas PalmasLas VegasLeipzigLeopolisLinz

LisboaLondresLondrinaLos Angeles

LuandaLuxemburgoLuxor

LyonMacapaMaceió

MadridMálagaManaus

ManchesterMaputoMaraba

MarraquexeMarselhaMenorca

MiamiMiconos

MilãoMinneapolisMontreal

MoscovoMostarMunster

MuniqueNápoles

NatalNiceNova IorqueNova OrleãesNurembergaOrlando

OsloOttawa

PalermoPalma de MaiorcaPalmas

PamplonaParisPequim

PicoPisa

Ponta DelgadaPort Elizabeth

PortoPorto AlegrePorto SantoPorto SeguroPorto VelhoPoznan

PragaPraiaPristina

RecifeRhodesRigaRio Branco

Rio de JaneiroRomaRzeszow

SalSalvadorSalzburgoSan DiegoSan FranciscoSanta MariaSantarémSantiago de CompostelaSão Luiz

São PauloSão ToméSão VicenteSeattle

SevilhaSharm El SheikhSimferopolSingapuraSofiaTallimTenerife

TerceiraTeresinaThessalonikiTimisoaraToronto

ToulouseTriesteTurim

ValênciaVancouver

VarsóviaVenezaVerona

VienaVigoVitoriaWashington DC

ZagrebZuriqueXangai

Page 2: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente
Page 3: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

05 GRUPO TAP 06 Mensagem do Presidente do Conselho Geral e de Supervisão

08 Entrevista com o Presidente do Conselho de Administração Executivo

10 Estrutura Acionista do Grupo TAP

12 Governo da Sociedade

12 > Modelo de Governo Societário

12 > Órgãos Sociais

29 RELATÓRIO DE GESTÃO TAP, SGPS, S.A. 30 Perfil

32 Indicadores

34 Desenvolvimento Sustentável do Grupo TAP

36 Factos Marcantes

38 Lisboa como porta da Europa

40 Síntese do Desempenho

43 Principais Indicadores do Grupo TAP

44 Análise da Conjuntura

47 Estratégia

50 Desempenho das Empresas do Grupo TAP

50 TAP, S.A.

52 > Unidade Negócio Transporte Aéreo

68 > Unidade Negócio TAP Serviços

78 > Unidade Negócio Manutenção e Engenharia

86 Sistemas de Informação e Desenvolvimento Tecnológico

88 Recursos Humanos

90 Outras Atividades do Grupo TAP

104 Gestão do Risco

110 Desempenho Económico-Financeiro do Grupo TAP

114 Perspetivas para 2012

118 História da TAP

123 RELATÓRIO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS TAP, SGPS, S.A. 124 Demonstrações Financeiras Consolidadas

190 Relatório de Auditoria

192 Proposta de Aplicação de Resultados

194 Demonstrações Financeiras Individuais

219 RELATÓRIO DO CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO 2011 TAP, SGPS

222 ABREVIATURAS E GLOSSÁRIO

Índice

Page 4: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

4 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Page 5: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 5 Relatório Anual 2011

Grupo TAP

01

Page 6: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

6 Grupo TAP Relatório Anual 2011

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO

Após a recuperação de 2010, a aviação comercial foi de novo con-frontada em 2011 com fatores de instabilidade, que se refletiram numa pronunciada quebra da rentabilidade global do setor.

A atividade económica global abrandou consideravelmente e inten-sificou-se a tendência altista do combustível iniciada em 2009, desta vez impulsionada mais pela instabilidade da conjuntura polí-tica global do que por pressão da procura. Esta escalada elevou o preço do jet fuel a níveis preocupantemente mais próximos do pico de 2008.

A sustentabilidade de muitas companhias aéreas ficou assim de novo seriamente ameaçada, quer por via do impacto direto no aumento dos custos de exploração quer, no caso das companhias tradicionais, também indiretamente, pelo acirramento da concorrên-cia das Low Cost Carriers (LCCs), induzido pela maior vulnerabili-dade da estrutura de custos destas companhias de baixo custo às variações daquele preço.

Foi pois, num contexto adverso de estagnação económica, forte pressão do custo do combustível e acentuada transformação estru-tural da Indústria, que se desenvolveu a atividade da TAP em 2011. O resultado positivo alcançado neste ano pela TAP, S.A., negócio fulcral do Grupo, compara favoravelmente com a média das congé-neres europeias merecendo por isso devido destaque.

Para esse resultado, concorreram principalmente, do lado da pro-cura, os aumentos da taxa de ocupação e do yield, e do lado dos custos, ganhos de eficiência apreciáveis, decorrentes da implemen-tação do plano de redução de custos, ganhos que possibilitaram uma compensação, ainda que parcial, do brutal aumento da fatura do combustível.

Por outro lado, a nível do Grupo TAP intensificaram-se em 2011 os processos, em curso, de restruturação das duas empresas asso-ciadas ainda deficitárias, SPdH e TAP–Manutenção e Engenharia Brasil. Deram-se passos significativos no plano da recuperação operacional de ambas, e no caso do handling encontra-se já em vias de finalização uma solução estrutural. Mas não foi ainda pos-sível, neste exercício, alcançar o equilíbrio das respetivas contas, facto que veio a penalizar o resultado consolidado do Grupo.

A TAP levou a cabo, ao longo da última década, uma expansão con-siderável da sua frota, rede de operações e nível de atividade. Além disso – como o atestam os vários indicadores relevantes –, ope-rou uma profunda transformação da sua estrutura e organização interna, com reflexos positivos na eficiência, qualidade e diversidade do serviço que presta aos clientes. As suas práticas de governo societário experimentaram também significativos aperfeiçoamentos nesse período.

Daí resultou, nos dias de hoje, uma empresa bem mais eficiente e competitiva, que já demonstrou, pelo seu desempenho efetivo durante esses anos, estar preparada em termos operacionais para enfrentar com sucesso os imensos desafios do mercado global.

No entanto, para assegurar a futura sustentabilidade económica e financeira da TAP, importa, além das referidas condições já hoje pre-sentes, dotar também a Empresa de uma base de capital próprio suficientemente robusta, de que não dispõe atualmente.

A anunciada privatização da TAP abre assim a perspetiva de, por essa via, se vir a realizar a urgente recapitalização da Empresa, indispensável para reduzir o risco financeiro e viabilizar a sua expan-são futura.

Como grande desígnio estratégico nacional, afigura-se tam-bém essencial assegurar nesse processo, através do máximo ali-nhamento possível do interesse dos futuros acionistas da TAP, a manutenção e desenvolvimento do hub de Lisboa como grande plataforma das ligações aéreas do País e Europa com os países de língua portuguesa.

Em vésperas do início de um novo ciclo na história da TAP é, pois, em atitude expectante, mas também de confiança no futuro da Empresa, que, em nome do Conselho Geral e de Supervisão saúdo a Administração, Trabalhadores e Colaboradores da TAP, expri-mindo o nosso agradecimento pelo notável contributo que, mui-tas vezes com enorme sacrifício pessoal, têm dado em prol da Empresa.

Manuel Pinto BarbosaPresidente do Conselho Geral e de Supervisão

Page 7: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 7 Relatório Anual 2011

Page 8: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

8 Grupo TAP Relatório Anual 2011

A TAP SA obteve em 2011 um resultado líquido positivo de 3,1 milhões de euros. Na demonstra-ção de resultados, apesar de todos os outros indi-cadores terem sido positivos, nota-se o peso dos custos com combustível, que aumentaram 37,1% face ao ano anterior. É este o fator a destacar?

Sem dúvida, a fatura do combustível foi um fator negativo importante. Nós conseguimos um bom crescimento da operação, aumentámos em 5,7% as horas voadas, tivemos um crescimento pro-porcional de 5,9% na oferta (PKO), mas a procura (PKU) cresceu ainda mais, na ordem dos 8,5%, o que nos trouxe, em termos de eficiência, resulta-dos bastante positivos.

É importante sublinhar que todos esses fatores de crescimento se devem principalmente ao lan-çamento de 10 novas rotas em 2011: na Europa, Dusseldorf, Bordéus, Manchester, Viena, e Atenas; em África, Bamako, Accra e S. Vicente e, nas Américas, Miami e Porto Alegre. Apesar de se tra-tar de novas rotas, conseguiu-se obter algo que não é muito comum na Indústria, uma boa taxa de ocupação logo nos primeiros tempos de ope-ração, o que, por sua vez, nos permitiu atingir uma boa taxa média de ocupação em toda a rede, de 76,3%.

Infelizmente, em contraponto, a fatura do com-bustível cresceu 37%, o que implicou custos adi-cionais de perto de 200 milhões de euros. Isso praticamente neutralizou todos os outros indicado-res positivos. Os ganhos de eficiência que tivemos não foram suficientes para contrabalançar os cus-tos com combustível.

A TAP lançou 10 novas rotas, teve uma ligeira redução do Pessoal de Terra e um ligeiro cresci-mento do Pessoal Navegante… Como é possível uma companhia que já tem níveis de eficiência

acima da média e uma taxa muito elevada de uti-lização das aeronaves, sem comprar mais aviões, lançar 10 novas rotas num ano, sem praticamente reduzir a oferta nas rotas que já operava?

Isso é muito importante e demonstra a criativi-dade do pessoal da TAP e porque é que a TAP vem tendo ganhos de eficiência constantes nos últimos anos. Praticamente com a mesma base de pes-soal e de aviões, na verdade, a Empresa consegue inaugurar 10 novos destinos que, e isso é de subli-nhar, começam logo a apresentar sucesso, com ótimo aproveitamento dos lugares oferecidos.

Parece quase um passe de magia…

É verdade. Estamos bastante acima da média das companhias europeias em nível de eficiência, de utilização de aeronaves, de custo na operação, estamos sempre entre as três ou quatro compa-nhias mais eficientes da Europa, e isso é notável. Na verdade, 2011 é mais um ano importante, em que conseguimos ultrapassar grandes adversida-des, como o preço do combustível. O facto de ter-mos conseguido um resultado positivo – ainda que reduzido, mas positivo – é uma exceção dentro da Indústria a nível europeu e uma grande vitória, que tem merecido destaque no setor.

Num ano em que a competição se intensificou, com Portugal a ser procurado por cada vez mais companhias, a TAP obtém estes resultados… A TAP está a vencer o desafio da concorrência de que é alvo?

Eu diria que as Low Cost Carriers (LCC) “desco-briram” Portugal e reforçam cada vez mais a sua oferta, que tem registado um crescimento muito forte, mas a TAP tem conseguido ser criativa tam-bém nisso e até tem conseguido aumentar as ven-das em determinadas ligações onde entram as

LCC, porque acaba por participar também nesse novo mercado que aparece com elas. Por ter um número de frequências elevado, graças à ope-ração do hub, a TAP oferece maior flexibilidade e opção de horários para muitos destinos. Além disso, através de um revenue management efi-caz, conseguimos oferecer passagens com pre-ços muito competitivos, diria que também a baixo custo, mas com níveis de serviço TAP.

Um ponto muito interessante é que devido a este tipo de práticas, conseguimos maior ocupação dos lugares oferecidos e um aumento da receita por lugar/km, o que demonstra que não houve uma diluição do valor da passagem. Isto não é uma tendência da Indústria. A TAP conseguiu um leve crescimento da receita média e a multiplica-ção dos dois, receita média por ocupação, dá um valor muito expressivo. Isto é o que todas as com-panhias procuram, ganho da eficiência por lugar/km oferecido.

E isso não implica a degradação da qualidade do serviço da TAP?

Não, pelo contrário, nós temos sempre procu-rado ser mais eficientes na prestação do serviço a bordo sem perda de qualidade. Temos conseguido

“Praticamente com a mesma base de pessoal e de aviões, na verdade, a Empresa consegue inaugurar 10 novos destinos que, e isso é de sublinhar, começam logo a apresentar sucesso, com ótimo aproveitamento dos luga-res oferecidos.”

ENTREVISTA COM FERNANDO PINTOPresidente do Conselho de Administração Executivo

Page 9: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 9 Relatório Anual 2011

algumas reduções de custo, mas através de mudanças no serviço de bordo que nos trazem, ainda assim, melhoria da qualidade. Há alguns casos em que as mudanças podem não ter cor-respondido às preferências dos passageiros, e são analisadas e reestruturadas até que se atinja o nível que é esperado pelos clientes da TAP, que é bas-tante elevado. A qualidade do serviço faz parte do código genético da TAP.

Em 2011, o projeto do novo aeroporto de Lisboa foi “congelado”. A TAP foi ouvida nessa decisão, tem alguma posição sobre o assunto?

Não se coloca a questão de a TAP ser ouvida ou não, o arranque da construção do novo aeroporto neste momento é uma impossibilidade. O que nos dá alguma esperança é o facto de a ANA também estar, em paralelo com a TAP, em processo de pri-vatização. Temos a informação de que ainda é possível fazer alguns investimentos no atual aero-porto, que permitirão ainda algum crescimento da nossa operação, mas um novo aeroporto será sempre necessário no futuro. Por enquanto, temos de conviver com a impossibilidade de avançar com o projeto do novo aeroporto e adaptar-nos ao que se pode fazer na Portela.

O ano passado, a economia portuguesa come-çou a sentir de forma mais premente sérias difi-culdades de financiamento. A TAP também tem necessidade de se financiar no mercado, sentiu as dificuldades que afetam a generalidade da economia?

A TAP tem conseguido, em termos médios e ano após ano, reduzir o seu endividamento. Quando comparada com outras companhias europeias, a TAP tem um rácio de endividamento em linha com a média. Ora, se a TAP tem esse rácio dentro da média, se tem demostrado capacidade de pagar e até reduzir a sua dívida, estes fatores ajudam bas-tante à obtenção de refinanciamento. Temos uma equipa excecional nas nossas Finanças, que tem tido a capacidade de fazer boas negociações e que tem conseguido juros a níveis muito razoáveis dentro do mercado. Isso tem a ver com a estraté-gia da Empresa, que é conservadora neste capí-tulo, temos um histórico sólido de cumprimento e demonstramos capacidade de crescimento assinalável.

A M&E Brasil continua a penalizar os resultados do Grupo TAP…

Sim, não é uma novidade, tal como não é novi-dade que continuamos a considerá-la um investi-mento estratégico que vai demorar algum tempo a ter retorno. Hoje, é previsto que atinja o equilíbrio em 2015, mas a verdade é que estamos prestando serviços de manutenção num dos mercados que mais cresce no mundo e somos a única empresa independente a fazê-lo, e estou a falar da América Latina como um todo, não só do Brasil. Temos tido sucesso na reestruturação total da empresa em termos da sua estrutura de custos e no aumento da eficiência e crescimento da receita. Diria que a maioria das ações tomadas em 2011 vai começar a produzir resultados já este ano. Em 2011, aliás, a M&E Brasil já teve um crescimento do volume de negócios de 23% em relação ao ano anterior, de 51 para 63 milhões de euros. A perspetiva é

de crescimentos ainda maiores. A qualidade de serviço é hoje de nível internacional e reconhecida também graças a todo o apoio da Manutenção e Engenharia de Portugal, que se empenhou no desenvolvimento de novos processos, na venda integrada de serviços entre Portugal e Brasil… Hoje, a qualidade e dimensão das duas organiza-ções de manutenção juntas torna-as uma referên-cia a nível internacional.

Na TAP M&E de Portugal, contudo, houve uma redução de resultados.

A M&E em Portugal vinha registando bons cresci-mentos em anos sucessivos, mas em 2011 houve de facto uma descontinuidade nesse crescimento. Isso prende-se com o aspeto da manutenção de motores de terceiros, que teve uma redução, também com novas aeronaves no mercado que ainda não necessitam de grandes intervenções de manutenção e com alguns clientes terceiros que têm problemas financeiros. Mas é um qua-dro comum a todas as empresas de manutenção, que demonstram dificuldades de crescimento. De qualquer modo, para 2012, prevemos que a M&E em Portugal retome o seu crescimento.

Sobre o desempenho da PGA em 2011, mantém--se o balanço positivo?

A PGA tem sido um fator importante de contri-buição positiva para os resultados da TAP, pelo volume de passageiros que traz para alimentar, principalmente, os voos de longo curso. Isso não se alterou em 2011.

Há quem refira a necessidade de renovar a frota da PGA. Concorda?

A frota da PGA não é pouco eficiente nem antiga, os Embraer 145 são praticamente iguais aos que hoje estão a sair da fábrica e, com a manutenção de excelência da PGA, têm operado como novos, com níveis de fiabilidade de despacho altíssimos. O Fokker ainda é um avião muito utilizado, mesmo por companhias low cost, ainda é bastante efi-ciente, tem uma aviónica moderna e que graças à manutenção da PGA, tem mantido uma boa performance.

Como é que o principal ativo de qualquer empresa, o Cliente, tem avaliado o crescimento e evolução da TAP?

A resposta que posso dar é referir o extraordinário reconhecimento que a TAP tem obtido nos gran-des galardões internacionais. Em 2011, nos World Travel Awards, a TAP voltou a ganhar os “óscares” do turismo, sendo considerada pelo terceiro ano

consecutivo a melhor companhia do mundo para a América do Sul e, pela primeira vez, também para África. Este reconhecimento foi uma enorme vitó-ria, sobretudo tendo em conta o número de com-panhias europeias que operam para o continente africano.

Como perspetiva a TAP em 2012?

A TAP foi, em 2011, e face à forte crise internacio-nal, uma empresa vencedora. A nossa preocupa-ção para 2012 é o preço do petróleo e, sobretudo, a estabilidade social dentro da Empresa. Essa questão preocupa-nos, porque os conflitos labo-rais destroem o ambiente de negócios, além de afetarem fortemente o setor do turismo. O próprio país pode perder a posição que já conquistou no mercado. Em termos de combustível, mantemos a possibilidade de fazer hedging, a nossa intenção é termos um volume maior de combustível com o preço de compra protegido. Vamos prosseguir a política de crescimento continuado, com melhor utilização dos equipamentos, sem qualquer inves-timento em novas aeronaves, mas melhorando a frota – destacando, nesta matéria, a renova-ção total dos interiores de cabina dos A340, que já estavam a ficar desajustados e passarão a ofe-recer conforto e qualidade de nível superior –, de forma a ultrapassar esta tempestade. O problema económico e financeiro na Europa afeta direta-mente as vendas de passagens de uma compa-nhia aérea, mas a TAP tem conseguido ultrapassar a turbulência e vai continuar a fazê-lo.

Este será mesmo o ano da privatização da TAP? Esta questão tem-se repetido nos últimos anos e a privatização não tem avançado.

Há um dado novo nesse capítulo, que é um com-promisso formal do Estado português para que a privatização se concretize. Isso está, portanto, a ser encarado de forma diferente, o que, somado ao interesse que temos visto de outras empresas, exatamente pelo posicionamento estratégico da TAP e por tudo o que tem sido alcançado ao longo dos últimos anos, permite acreditar que a priva-tização será feita. Há vontade de privatizar e há interessados em participar nesse processo, estão portanto reunidas todas as condições.

Além de um novo acionista, o que será diferente numa TAP privada?

A grande diferença é que teremos capital para continuar o processo de crescimento, não depen-dendo de capital de terceiros. Com isso, a TAP passará a ter resultados muito melhores. Não tenho dúvidas de que o processo será concluído com inegáveis vantagens para a TAP.

“A TAP tem conseguido, em ter-mos médios e ano após ano, redu-zir o seu endividamento. Quando comparada com outras compa-nhias europeias, a TAP tem um rácio de endividamento em linha com a média.“

“O problema económico e finan-ceiro na Europa afeta direta-mente as vendas de passagens de uma companhia aérea, mas a TAP tem conseguido ultrapas-sar a turbulência e vai continuar a fazê-lo.”

Page 10: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

10 Grupo TAP Relatório Anual 2011

ESTRUTURA ACIONISTA DO GRUPO TAP

a 31 dezembro 2011

No final de 2011, o Grupo das empresas que se encontravam no perímetro de consolida-ção da holding TAP era constituído pela TAP−Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. e subsidiárias, de acordo com a organização representada no esquema.

* Controlo detido por entidade independente, de acordo com determinação da Autoridade da Concorrência.

TAP, SGPS, S.A.100% Parpública

TAP, S.A.

SPdH, S.A.TAP–Transporte

AéreoTAP Serviços

TAP–Manutençãoe Engenharia

100%

100%

6% 43,9% 50,1%

51%

51%

100%

100%

1%99%

51% 47,64%

AEROPAR

TAP–Manutençãoe Engenharia Brasil, S.A.

Portugália, S.A.

CATERINGPOR

L.F.P.

MEGASIS

U.C.S.

TAPGER, S.A.

100%

*

Page 11: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 11 Relatório Anual 2011

Page 12: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

12 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Órgãos Sociais

TAP–Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. TAP, S.A.

Por deliberação em Assembleia Geral de 2 de Junho de 2009, para o triénio 2009–2011.

Mesa da Assembleia Geral

Presidente Dr. Paulo Manuel Marques Fernandes Vice-Presidente Dr. António Lorena de SèvesSecretário Dr.ª Orlanda do Céu S. Sampaio Pimenta d’ Aguiar

Estrutura dos Conselhos de Administração Executivos, dos Conselhos Gerais e de Supervisão e das Comissões Especializadas

Conselho de Administração Executivo

(1) Presidente Eng.º Fernando Abs da Cruz Souza Pinto (2) Vogal Eng.º Fernando Jorge Alves Sobral (3) Vogal Dr. Luís Manuel da Silva Rodrigues (4) Vogal Eng.º Luiz da Gama Mór( 5) Vogal Eng.º Manoel José Fontes Torres( 6) Vogal Dr. Michael Anthony Conolly

Conselho Geral e de Supervisão

(7) Presidente Professor Doutor Manuel Soares Pinto Barbosa (8) Vogal Dr. Carlos Alberto Veiga Anjos (9) Vogal Professor Doutor João Luís Traça Borges de Assunção (10) Vogal Dr. Luís Manuel dos Santos Silva Patrão (11) Vogal Dr.ª Maria do Rosário Miranda Andrade Ribeiro Vítor (12) Vogal Dr. Rui Manuel Azevedo Pereira da Silva (13) Vogal Dr. Vítor José Cabrita Neto

Por deliberação do Conselho Geral e de Supervisão, em reunião de 26 de Junho de 2009.

Comissão Especializada de Auditoria

Professor Doutor Manuel Soares Pinto BarbosaProfessor Doutor João Luís Traça Borges de AssunçãoDr. Rui Manuel Azevedo Pereira da Silva

GOVERNO DA SOCIEDADE

Modelo de Governo Societário

No ano de 2011 completa-se o triénio 2009--2011 do mandato dos Órgãos Sociais da TAP, SGPS e da TAP, S.A.. A gestão pros-seguida no quadro do modelo dualista de governo societário em vigor, confirmou a importância da estreita cooperação entre o órgão executivo e o órgão de supervi-são, num ano que se caracterizou por difi-culdades conjunturais muito significativas. A partilha de experiências e de visões na defi-nição e desenvolvimento dos objetivos do Grupo, nomeadamente na tomada de deci-sões mais críticas, ganhou sustentação na colaboração e apoio mútuos, no aprofunda-mento das melhores soluções ou das solu-ções possíveis, que se colocaram à gestão executiva neste período de turbulência e incerteza, que envolve a Europa e que se reflete na vida das Empresas.

A informação sobre regulamentos, Estatutos e atividade dos Órgãos Sociais da Empresa pode ser obtida através da consulta do website do Grupo TAP www.flytap.com.

Page 13: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 13 Relatório Anual 2011

Comissão Especializada de Sustentabilidade e Governo Societário

Professor Doutor Manuel Soares Pinto BarbosaDr. Carlos Alberto Veiga AnjosProfessor Doutor João Luís Traça Borges de AssunçãoDr. Luís Manuel dos Santos Silva PatrãoDr.ª Maria do Rosário Miranda Andrade Ribeiro VítorDr. Rui Manuel Azevedo Pereira da SilvaDr. Vítor José Cabrita Neto

Secretário da Sociedade

Por deliberação do Conselho de Administração Executivo, em reunião de 23 de Junho de 2009.

Secretário da Sociedade Dr.ª Orlanda do Céu S. Sampaio Pimenta d’ AguiarSecretário da Sociedade Suplente Dr.ª Alda Maria dos Santos Pato

Reuniões dos Conselhos de Administração

Durante o ano de 2011, foram realizadas 18 reuniões pelo Conselho de Administração Executivo da TAP, SGPS, S.A. e 26 reuniões pelo Conselho de Administração Executivo da TAP, S.A..

Principais Deliberações dos Conselhos de Administração Executivos em 2011

TAP, SGPS, S.A. Estratégia de desenvolvimento económico-financeiro da TAP−Manutenção e Engenharia Brasil

Código de Ética do Grupo TAP: inserção de novo capítulo relativo à atividade na internet dos trabalhadores

Venda da participação maioritária (50,1%) do capital da TAP na SPdH

Cisão da AERO–LB e incorporação na TAP−Manutenção e Engenharia Brasil, e criação da nova holding AEROPAR

TAP, S.A. Abertura de novas rotas: Manchester, Bordéus, Düsseldorf, Viena, Dubrovnik, Atenas, Miami, Porto Alegre, São Vicente, Bamako e Accra

Aquisição de novo simulador de voo A320

Implementação e desenvolvimento do Programa de Redução de Custos 2010-2012

Fiscalização da Sociedade

Revisor Oficial de Contas Por deliberação em Assembleia Geral de 2 de Junho de 2009, para o triénio 2009–2011.

Efetivo Oliveira, Reis & Associados representada pelo Dr. José Vieira dos ReisSuplente Dr. Fernando Marques Oliveira

Page 14: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

14 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Despesas telefónicas: Utilização de telemóvel de serviço (em cumpri-mento do disposto nos artigos 32º e 33º do DL nº 71/2007 de 27 de Março, o limite máximo anual para gastos com utilização de telefone móvel foi fixado em EUR 9.000).

Cartão de crédito da Empresa: Exclusivamente para fazer face a despe-sas documentadas inerentes ao exercício das respetivas funções ao serviço da Empresa.

VogaisCompensação Fixa

Remuneração Fixa: Remuneração mensal ilíquida de EUR 20.000, paga em 14 meses por ano.

Subsídio de Refeição: Aplicação do Acordo de Empresa para trabalha-dores no ativo do quadro permanente.

Compensação Variável

Compensação Variável de Curto Prazo: Atribuição de componente variável da remuneração de acordo com o cumprimento de objetivos men-suráveis anualmente, tendo como limite máximo anual 75% do valor total da Compensação Fixa Anual.

Compensação Variável de Longo Prazo: Atribuição de componente variável da remuneração de acordo com o cumprimento de objetivos men-suráveis plurianuais (mandato) tendo como limite máximo 75% do valor total da Compensação Fixa acumulada do mandato.

Benefícios

Seguros de vida, saúde e acidentes pessoais: Em vigor na Empresa, seguindo o modelo aplicável a todos os trabalhadores.

Política automóvel: Atribuição de uma viatura de serviço até ao limite de renda de EUR 865, incluindo despesas de seguro automóvel e manutenção, pelo período de 3 anos, abrangendo a utilização de via verde, parqueamento e combustível (em cumprimento do dis-posto nos artigos 32º e 33º do DL nº 71/2007 de 27 de Março, o limite máximo anual para gastos com combustível foi fixado em EUR 4.000).

Remunerações fixadas para o triénio 2006/2008 (in Ata nº 1/2007 da Comissão de Vencimentos da TAP, S.A.)

Cf. Deliberação Social Unânime por Escrito de 29 de Julho de 2009, “(…) para o triénio 2009-2011 não haverá alteração do estatuto remuneratório (…)”.

Conselho de Administração Executivo

PresidenteCompensação Fixa

Remuneração Fixa: Remuneração mensal ilíquida de EUR 30.000, paga em 14 meses por ano.

Subsídio de Refeição: Aplicação do Acordo de Empresa para trabalha-dores no ativo do quadro permanente.

Compensação Variável

Compensação Variável de Curto Prazo: Atribuição de componente variável da remuneração de acordo com o cumprimento de objetivos men-suráveis anualmente, tendo como limite máximo anual 75% do valor total da Compensação Fixa Anual.

Compensação Variável de Longo Prazo: Atribuição de componente variável da remuneração de acordo com o cumprimento de objetivos men-suráveis plurianuais (mandato) tendo como limite máximo 75% do valor total da Compensação Fixa acumulada do mandato.

Benefícios

Seguros de vida, saúde e acidentes pessoais: Em vigor na Empresa, seguindo o modelo aplicável a todos os trabalhadores.

Política automóvel: Atribuição de uma viatura de serviço até ao limite de renda de EUR 1.260, incluindo despesas de seguro automóvel e manutenção, pelo período de 3 anos, abrangendo a utilização de via verde, parqueamento e combustível (em cumprimento do dis-posto nos artigos 32º e 33º do DL nº 71/2007 de 27 de Março, o limite máximo anual para gastos com combustível foi fixado em EUR 4.000).

Estatuto Remuneratório dos Órgãos Sociais

+ As remunerações dos Órgãos Sociais da TAP são fixadas pela Assembleia Geral (cf. Artigo 11º dos Estatutos da TAP, SGPS).

+ Os membros do Conselho de Admi nistração Executivo e do Conselho Geral e de Supervisão são remunerados, exclusivamente, pelas fun-ções exercidas na TAP, S.A., não auferindo qualquer remuneração pelas funções exercidas, na TAP, SGPS ou em qualquer outra empresa do Grupo TAP.

Page 15: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 15 Relatório Anual 2011

Mesa da Assembleia Geral

PresidenteSenha de presença, no valor ilíquido de EUR 640.

Vice-PresidenteSenha de presença, no valor ilíquido de EUR 400.

SecretárioSenha de presença, no valor ilíquido de EUR 330.

Revisor Oficial de Contas

A remuneração regula-se pelos valores apontados no referen-cial indicativo recomendado pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (Artigo 60º do DL nº 487/99 de 16 de Novembro).

Despesas telefónicas: Utilização de telemóvel de serviço (em cumpri-mento do disposto nos artigos 32º e 33º do DL nº 71/2007 de 27 de Março, o limite máximo anual para gastos com utilização de telefone móvel foi fixado em EUR 9.000).

Cartão de crédito da Empresa: Exclusivamente para fazer face a despe-sas documentadas inerentes ao exercício das respetivas funções ao serviço da Empresa.

Por Deliberações Sociais Unânimes por Escrito de 14 de Maio de 2009 e de 29 de Julho de 2009, os administradores originariamente não residentes em Portugal gozam do direito a ser abonados por despesas de alojamento por equiparação ao definido no Estatuto do Pessoal Deslocado conferido aos trabalhadores da TAP, S.A..

Conselho Geral e de Supervisão

PresidenteRemuneração mensal ilíquida de EUR 6.000, paga em 14 meses por ano.

VogaisRemuneração mensal ilíquida de EUR 4.000, paga em 14 meses por ano.

Aos membros do Conselho Geral e de Supervisão que têm par-ticipação efetiva nas Comissões Especializadas de Auditoria e de Sustentabilidade e Governo Societário, é-lhes atribuída uma remu-neração mensal complementar de EUR 3.000.

Page 16: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

16 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Conselho Geral e de Supervisão

Manuel Pinto Barbosa(Presidente)

João Borges de Assunção

(Vogal)

Carlos Veiga Anjos

(Vogal)

Luís Patrão(Vogal)

Maria do Rosário Vítor

(Vogal)

Rui Azevedo Silva

(Vogal)

Vítor Cabrita Neto

(Vogal)

1. Remuneração1.1. Remuneração base Anual/Fixa (€) 126.000,00 98.000,00 98.000,00 9.614,62 (*) 98.000,00 98.000,00 98.000,001.2. Redução decorrente da Lei 12-A/2010 (€) 6.300,00 4.900,00 4.900,00 480,73 4.900,00 4.900,00 4.900,001.3. Redução decorrente da Lei 55-A/2010 (€) 11.970,00 9.310,00 9.310,00 689,67 9.310,00 9.310,00 9.310,001.4. Remuneração Anual Efetiva (1.1.- 1.2.-1.3.) (€) (**) 107.730,00 83.790,00 83.790,00 8.444,22 83.790,00 83.790,00 83.790,001.5. Senha de presença (€) – – – – – – –1.6. Acumulação de funções de gestão (€) – – – – – – –1.7. Remuneração variável (€) – – – – – – –1.8. IHT (isenção de horário de trabalho) (€) – – – – – – –1.9. Outras (identificar detalhadamente) (€) – – – – – – –

2. Outras Regalias e Compensações2.1. Plafond Anual em comunicações móveis (€) – – – – – – –2.2. Gastos na utilização de comunicações móveis (€) – – – – – – –2.3. Subsídio de deslocação (€) – – – – – – –2.4. Subsídio de refeição (€) – – – – – – –2.5. Outras (identificar detalhadamente) (€) – – – – – – –

3. Encargos com Benefícios Sociais3.1. Regime de Proteção Social (€) 14.297,08 14.297,08 14.297,08 1.551,99 – 14.297,08 14.297,083.2. Seguros de saúde (€) – – – – – – –3.3. Seguros de vida (€) – – – – – – –3.4. Seguro de Acidentes Pessoais (€) – – – – – – –3.5. Outros (identificar detalhadamente) (€) – – – – – – –

4. Parque Automóvel4.1. Marca – – – – – – –4.2. Modelo – – – – – – –4.3. Matrícula – – – – – – –4.4. Modalidade de Utilização (Aquisição/ALD/Renting/Leasing) – – – – – – –4.5. Valor de referência da viatura nova (€) – – – – – – –4.6. Ano Início – – – – – – –4.7. Ano Termo – – – – – – –4.8. Nº Prestações (se aplicável) – – – – – – –4.9. Valor Residual (€) – – – – – – –4.10. Valor de renda/prestação anual da viatura de serviço (€) – – – – – – –4.11. Combustível gasto com a viatura (€) – – – – – – –4.12. Plafond Anual Combustível atribuído (€) – – – – – – –4.13. Outros (identificar detalhadamente) (€) – – – – – – –

5. Informações Adicionais5.1. Opção pela remuneração do lugar de origem (s/n) Não Não Não Não Não Não Não5.2. Remuneração Ilíquida Anual pelo lugar de origem (€) – – – – – – –5.3. Regime de Proteção Social5.3.1. Segurança Social (s/n) Sim Sim Sim Sim Não Sim Sim5.3.2. Outro (indicar) – – – – "Caixa Previdência

Advogados e Solicitadores”

– –

5.4. Exercício funções remuneradas fora grupo (s/n) Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim5.5. Outras (identificar detalhadamente) – – – – – – –

(*) Por opção do próprio, não auferiu remuneração até 22.Nov.2011(**) Os valores indicados não refletem a regularização efetuada relativa às remunerações de 2010, decorrente da redução prevista na Lei 12-A/2010.

Remunerações auferidas em 2011

Page 17: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 17 Relatório Anual 2011

Conselho de Administração Executivo

Fernando Pinto

(Presidente)

MichaelConolly(Vogal)

ManoelTorres(Vogal)

Luiz Mór(Vogal)

Fernando JorgeSobral(Vogal)

Luís SilvaRodrigues

(Vogal)

1. Remuneração 1.1. Remuneração base Anual/Fixa (€) 420.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,001.2. Redução decorrente da Lei 12-A/2010 (€) 21.000,00 14.000,00 14.000,00 14.000,00 14.000,00 14.000,001.3. Redução decorrente da Lei 55-A/2010 (€) 39.900,00 26.600,00 26.600,00 26.600,00 26.600,00 26.600,001.4. Remuneração Anual Efetiva (1.1.- 1.2.-1.3.) (€) (*) 359.100,00 239.400,00 239.400,00 239.400,00 239.400,00 239.400,001.5. Senha de presença (€) – – – – – –1.6. Acumulação de funções de gestão (€) – – – – – –1.7. Remuneração variável (€) – – – – – –1.8. IHT (isenção de horário de trabalho) (€) – – – – – –1.9. Outras (identificar detalhadamente) (€) – – – – – –

2. Outras Regalias e Compensações2.1. Plafond Anual em comunicações móveis (€) 9.000,00 9.000,00 9.000,00 9.000,00 9.000,00 9.000,002.2. Gastos na utilização de comunicações móveis (€) 9.515,13 (**) 2.406,47 2.156,97 5.136,17 1.451,24 3.860,042.3. Subsídio de deslocação (€) – – – – – –2.4. Subsídio de refeição (€) 1.057,68 996,84 1.113,84 1.057,68 1.062,36 1.109,162.5. Outras (Pagamento de despesas de alojamento em Portugal – valor ilíquido) (€)

85.205,76 85.205,76 85.205,76 85.205,76 – –

3. Encargos com Benefícios Sociais3.1. Regime de Proteção Social (€) 14.297,08 77.093,87 77.093,87 77.093,87 56.857,50 14.297,083.2. Seguros de saúde (€) 981,00 981,00 981,00 981,00 981,00 981,003.3. Seguros de vida (€) 14.052,00 25.583,00 23.319,00 10.606,00 14.052,00 2.379,003.4. Seguro de Acidentes Pessoais (€) 976,00 976,00 976,00 976,00 976,00 976,003.5. Outros (identificar detalhadamente) (€) – – – – – –

4. Parque Automóvel (vd. Nota 1)4.1. Marca4.2. Modelo4.3. Matrícula4.4. Modalidade de Utilização (Aquisição/ALD/Renting/Leasing)4.5. Valor de referência da viatura nova (€)4.6. Ano Início4.7. Ano Termo4.8. Nº Prestações (se aplicável)4.9. Valor Residual (€)4.10. Valor de renda/prestação anual viatura de serviço (€) 4.11. Combustível gasto com a viatura (€)4.12. Plafond Anual Combustível atribuído (€) 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,004.13. Outros (identificar detalhadamente) (€) – – – – – –

5. Informações Adicionais5.1. Opção pela remuneração do lugar de origem (s/n) Não Não Não Não Não Não5.2. Remuneração Ilíquida Anual pelo lugar de origem (€) – – – – – –5.3. Regime de Proteção Social5.3.1. Segurança Social (s/n) Sim Sim Sim Sim Sim Sim5.3.2. Outro (indicar) – – – – – –5.4. Exercício funções remuneradas fora grupo (s/n) Não Não Não Não Não Não5.5. Outras (identificar detalhadamente) – – – – – –

(*) Os valores indicados não refletem a regularização efetuada relativa às remunerações de 2010, decorrente da redução prevista na Lei 12-A/2010. (**) Inclui custos de roaming, em deslocações ao serviço da Empresa. O valor excedente é suportado pelo próprio.

Nota 1A TAP dispõe de uma frota de 7 viaturas que pode ser utilizada por qualquer dos membros do Conselho de Administração Executivo e pelos serviços gerais de apoio aos Órgãos Sociais. Indicam-se a seguir os elementos informativos acerca desta frota automóvel:

+ Cinco viaturas Audi A6 e duas viaturas Mercedes E-220, em regime de renting ou ALD.

+ Valor de aquisição à data de celebração do contrato: 3 Audi c/ contrato de 2007 – 54.269,19 €; 1 Audi c/ contrato de 2008 – 51.837,59 €; 1 Audi c/ contrato de 2009 –

51.027,65 €; 2 Mercedes c/ contrato de 2007 – 61.675 €.

+ Valor da renda anual (IVA incluído) em 2011 das viaturas: Audi – 9.525,11 €, 9.559,18 €, 8.932,15 €, 10.114,11 €, 11.673,12 €; Mercedes – 13.143 € e 16.564,13 €.

+ Valor anual gasto com combustível das viaturas: Audi – 2.290 €, 3.024 €, 2.426 €, 1.445 €, 3.338 €; Mercedes – 3.853 € e 3.949 €.

+ Todos os contratos têm data de cessação em 2012.

VD. NOTA 1

Page 18: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

18 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Missão, Objetivos e Políticas

Missão A TAP assume como missão ter como foco o serviço de Transporte Aéreo e atividades afins, aspirando a ser sempre a melhor opção para quem utilizar os seus serviços e uma de entre as melhores empresas para se trabalhar, atuando consciente do seu compro-misso para com a sociedade e com o meio ambiente.

Visão A TAP tem por objetivo, constante, proporcionar o retorno para os seus investidores e promover a satisfação das expectativas dos Clientes, mantendo uma postura ativa na promoção de contributos para o desenvolvimento económico e social, a nível global e local:

+ Sendo reconhecida como a companhia aérea que, através do posicionamento geográfico do seu hub operacional, Lisboa, pro-porcionando uma plataforma de acesso privilegiado, liga, atu-almente, a Europa a África e às Américas do Norte, Central e do Sul;

+ Perseguindo, no desenvolvimento da sua rede, uma estratégia de segmentação, conectando a Europa a um número crescente de destinos localizados em África e no Atlântico Sul desta-cando- se, nesta última região, como a transportadora europeia líder para o Brasil;

+ Procurando proporcionar, continuamente, aos Clientes um pro-duto de qualidade, através da disponibilização das melhores e mais fáceis soluções para as suas viagens e agregando cada vez mais valor ao produto que lhes oferece;

+ Sendo percebida pelo acionista como empresa geradora de valor, atingindo resultados de forma sustentada;

+ Sendo identificada com princípios de transparência e de compro-misso para com a sociedade e com o ambiente;

+ Proporcionando desenvolvimento profissional, níveis de remune-ração e condições de trabalho compatíveis com as expectativas laborais legítimas e com as exigências do mercado.

Regulamentos Internos a que a Empresa está sujeita

A gestão de risco, enquanto pilar da cultura empresarial do Grupo TAP, é inerente a todos os processos de gestão e é assumida como uma preocupação constante de todos os gestores, bem como dos Colaboradores do Grupo, através da identificação, gestão e con-trolo das incertezas e das ameaças que podem afetar os diver-sos negócios, numa perspetiva de continuidade das operações e de aproveitamento de oportunidades de negócio. Entretanto, a Empresa tem vindo a desenvolver e a implementar um conjunto de Regulamentos Internos, que consubstanciam Códigos de Conduta e Boas Práticas, dos quais se destacam, pela sua importância:

+ O Código de Ética – Enquanto declaração de princípios, ideá-rio e carta de intenções, o Código de Ética é um documento em que a Empresa estabelece objetivos de carácter ético e com-portamental no negócio com os seus stakeholders, isto é, com os fornecedores, trabalhadores e/ou com clientes, instituições financeiras, comunidade local, economia nacional, entre outros. Contém uma declaração de objetivos – a missão da Empresa –, os princípios éticos fundamentais e a concretização daquela mis-são e destes objetivos em áreas específicas de particular inte-resse, procurando salvaguardar os princípios da transparência e da independência nos negócios por parte dos diferentes interve-nientes nos mesmos;

+ As Diretivas e Competências de Compras e Vendas – Às áreas de compras, enquanto serviços responsáveis pelo processo de aprovisionamento, compete zelar pelo cumprimento da legis-lação aplicável, bem como das diretivas em vigor na TAP, nos seus respetivos domínios de intervenção. O regulamento prevê as delegações de competência, de modo a dar execução às dife-rentes responsabilidades na vertente de aquisição no seio da Empresa;

+ As Diretivas Financeiras (Sede e Representações) – Com o obje-tivo de garantir um eficaz controlo interno, no âmbito das atua-ções da função financeira, tem a Empresa vertido, também em regulamento interno, a atuação e delegação de competências nesta vertente;

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Presidente Vice-Presidente Secretário

Senhas de Presença TAP, SGPS, S.A.(€ ) 640,00 400,00 330,00

Senhas de Presença TAP, S.A.(€ ) 640,00 400,00 330,00

REVISOR OFICIAL DE CONTAS 2010 2011

Remuneração anual auferida TAP, SGPS, S.A.(€ ) 13.800,00 13.800,00

Remuneração anual auferida TAP, S.A.(€ ) 32.100,00 32.100,00

AUDITOR ExTERNO (*) 2010 2011

Remuneração anual auferida TAP, SGPS, S.A.(€ ) 12.000,00 11.000,00

Remuneração anual auferida TAP, S.A.(€ ) 70.050,00 69.050,00

(*) PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda.

Page 19: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 19 Relatório Anual 2011

+ O Regulamento de Contratualização – Através do estabele-cimento de Acordos de Permuta, a Empresa constituiu um Regulamento para o estabelecimento de contratos pelos quais as partes se obrigam a trocar serviços entre si. São suscetíveis de troca todos os serviços que puderem ser transacionados, ava-liando com critério as situações de bens diferentes em utilidade e/ou valor.

A Auditoria Interna, enquanto atividade sujeita aos normativos inter-nacionais, que regem a profissão, cumpre com os standards do IIA (Institute of Internal Auditors), no que respeita às Normas de Atributo obrigatório:

+ Norma 1000 – Propósito, Autoridade e Responsabilidade

+ Norma 1100 – Independência e Objetividade

+ Norma 1200 – Proficiência e Zelo Profissional

+ Norma 1300 – Garantia de Qualidade e Programas de Melhoria

De igual modo, em articulação com o IPAI (Instituto Português de Auditores Internos), promove o benchmarking das melhores práti-cas da profissão e estimula a formação dos seus profissionais.

Código de Ética

A Empresa definiu como um dos fatores críticos de sucesso, o cum-primento do seu Código de Ética e a assunção de uma cultura dos valores que o mesmo preceitua. Sendo este um processo dinâ-mico, adequou-se, em 2011, o texto do Código de Ética do Grupo TAP a uma realidade muito relevante, no relacionamento interno e externo, que é a utilização da internet e redes sociais pelos tra-balhadores do Grupo. Foi, assim, incluído no Código de Ética um novo capítulo (Capítulo IV), que define os princípios gerais para uma correta utilização destes meios, responsabilizando e, simultanea-mente, estimulando o potencial de crescimento dos mesmos, mas de forma responsável e rigorosa. Também, no cumprimento dos princípios preceituados pelo Código de Ética, destaca-se o apoio e estímulo da Empresa, junto dos trabalhadores e da Comunidade em geral, dos valores socio-ambientais, da conciliação família/tra-balho, da transparência e respeito pelas regras que pautam as boas práticas comerciais, bem como nas de relação com shareholders e stakeholders.

O Código de Ética está disponível para consulta no site oficial da TAP (www.flytap.com).

Regulamentação Externa

Na perspetiva da regulamentação externa, a atividade da Empresa desenvolve-se mediante um enquadramento definido por entida-des reguladoras as quais dispõem dos poderes para fazer cum-prir normas, sancionar práticas anti-concorrenciais e infrações e para corrigir determinados comportamentos. As suas funções são desempenhadas por entidades independentes dos Governos ou, pelo menos, com algum grau de liberdade em relação à administra-ção de que direta ou indiretamente depende. De referir:

Entidades que regulam os Mercados e as Relações Comerciais no Setor da Aviação Civil Comercial

+ Autoridade da ConcorrênciaTem como missão principal velar pelo cumprimento da legisla-ção de defesa da concorrência, fomentar a adoção de práticas que promovam a concorrência e contribuir para a disseminação de uma cultura e de uma política de concorrência (Ministério da Economia e Inovação);

+ Comissão EuropeiaA Comissão Europeia, instituição executiva por excelência no quadro da UE, dispõe do direito de propor legislação e assegura que as políticas da UE sejam adequadamente aplicadas;

+ EASA – European Aviation Safety AgencyA sua missão consiste em promover as mais elevadas normas comuns de segurança e proteção ambiental no setor da avia-ção civil;

+ ECAC – European Civil Aviation ConferenceÉ uma Organização intergovernamental, cujo objetivo é promo-ver o desenvolvimento sustentado, seguro e eficiente do sistema de transporte aéreo europeu. Funciona em estreita ligação com a ICAO e em ativa cooperação com as outras instituições da União Europeia;

+ ICAO – International Civil Aviation OrganizationÉ uma Instituição especializada das Nações Unidas e tem por objetivo promover a cooperação internacional na aviação civil;

+ INAC – Instituto Nacional de Aviação Civil, I. P.Tem por missão regular e fiscalizar o setor da aviação civil e super-visionar e regulamentar as atividades nesta área desenvolvidas (Ministério das Obras Públicas, Transportes e Telecomunicações);

+ Outras Autoridades Nacionais de Aviação Civil (comunitárias e de países terceiros)Têm por missão, à semelhança da autoridade aeronáutica portuguesa, efetuar a regulação e fiscalização do setor da avia-ção civil.

Page 20: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

20 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Princípios de Bom Governo

RecomendaçõesGrau de

CumprimentoReferência

no Relatório

Missão, Objetivos e Princípios Gerais de Atuação

Obrigação de cumprimento, respeito e divulgação, da missão, objetivos e políticas, para si e para as participadas que controla, fixados de forma económica, financeira, social e ambientalmente eficiente;

CumpridoRelatório do Governo Societário

e de Sustentabilidade

Elaboração de orçamentos adequados aos recursos e fontes de financiamento disponíveis, tendo em conta a sua missão e aos objetivos fixados;

Cumprido Relatório Anual

Adoção de planos de igualdade, de modo a alcançar uma efetiva igualdade de tratamento e de oportunidades entre homens e mulheres, eliminando a discriminação em razão de sexo e permitindo a conciliação da vida pessoal, familiar e profissional;

CumpridoRelatório do Governo Societário

e de Sustentabilidade;Código de Ética

Reporte de informação anual à tutela e ao público em geral, de como foi prosseguida a missão, grau de cumprimento dos objetivos, forma de cumprimento da política de responsabilidade social e de desenvolvimento sustentável e forma de salvaguarda da sua competitividade;

CumpridoRelatório do Governo Societário

e de Sustentabilidade

Cumprimento de legislação e regulamentação, aplicável aos três eixos de sustentabilidade, económico, ambiental e social;

CumpridoRelatório do Governo Societário

e de Sustentabilidade

Obrigação de tratamento com respeito e integridade de todos os trabalhadores e contribuir para a sua valorização pessoal; Cumprido

Relatório do Governo Societário e de Sustentabilidade;

Código de Ética

Obrigação de tratamento com equidade de clientes, fornecedores e demais titulares de direitos legítimos. Cumprido

Relatório do Governo Societário e de Sustentabilidade;

Código de Ética

Estruturas de Administração e Fiscalização

O modelo de governo deve assegurar a efetiva segregação de funções de administração e fiscalização;

Cumprido

Relatório Anual;Relatório do Governo Societário e de Sustentabilidade (existência do Modelo Dualista de Gestão)

Empresas de maior dimensão e complexidade devem ter as contas auditadas por entidades independentes com padrões idênticos aos praticados para empresas admitidas à negociação em mercados regulamentados, devendo os membros do órgão de fiscalização ser os responsáveis pela seleção, confirmação e contratação de auditores, pela aprovação de eventuais serviços alheios à função de auditoria e ser os interlocutores empresa/auditores.

CumpridoConforme relatório de atividades

do Conselho Geral e de Supervisão

Remuneração e Outros Direitos

Divulgação anual das remunerações totais (fixas e variáveis) auferidas por cada membro do órgão de administração;

CumpridoWebsite da TAP;Relatório Anual

Divulgação anual das remunerações auferidas por cada membro do órgão de fiscalização;

CumpridoWebsite da TAP;Relatório Anual

Divulgação anual dos demais benefícios e regalias (seguros de saúde, utilização de viatura e outros benefícios concedidos pela Empresa).

CumpridoWebsite da TAP;Relatório Anual

Prevenção de conflitos de interesses

Obrigação dos membros dos órgãos sociais de se absterem de intervir em decisões que envolvam o seu próprio interesse;

CumpridoCódigo de Ética;

Estatutos

Obrigação dos membros dos órgãos sociais de declararem quaisquer participações patrimoniais importantes que detenham na Empresa; Cumprido

No cumprimento de obrigações legais, comunicação ao Tribunal de Contas, ao Tribunal Constitucional e outros

Obrigação dos membros dos órgãos sociais de declararem relações relevantes que mantenham com fornecedores, clientes, IC’s ou outros, suscetíveis de gerar conflito de interesses.

CumpridoCódigo de Ética;

Estatutos

Divulgação de informação relevante

Comunicar, de imediato, todas as informações de que tenham conhecimento, suscetíveis de afetar de modo relevante a situação económica, financeira e patrimonial da Empresa;

Cumprido Código de Ética

Disponibilizar para divulgação no sítio das empresas do Estado, de forma clara, relevante e atualizada, toda a informação antes enunciada, a informação financeira histórica e atual da Empresa e a identidade e os elementos curriculares de todos os membros dos seus órgãos sociais;

CumpridoLigação do Website da TAP com o site da Parpública

Incluir no Relatório de Gestão ponto relativo ao governo da sociedade (regulamentos internos e externos a que está sujeita, informações sobre transações relevantes com entidades relacionadas, remunerações dos membros dos órgãos, análise de sustentabilidade e avaliação do grau de cumprimento dos PBG).

Cumprido Relatório Anual

Nota – O Código de Ética e os Estatutos encontram-se disponíveis no Website da TAP

Princípios de Bom Governo

Avaliação do grau de cumprimento dos princípios de Bom Governo a que a TAP se encontra obrigada de acordo com a Resolução do Conselho de Ministros Nº 49/2007.

Page 21: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 21 Relatório Anual 2011

Funções exercidas por membros dos Órgãos Sociais em outras Sociedades

Eng.º Fernando Abs da Cruz Souza PintoPresidente do Conselho de Administração da TAP, S.A.Presidente do Conselho de Administração da Portugália–Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A. (PGA)Presidente do Conselho de Administração da TAPGER–Sociedade de Gestão e Serviços, S.A.

Eng.º Fernando Jorge Alves SobralAdministrador Executivo da TAP, S.A.Administrador Não Executivo da Portugália–Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A. (PGA)

Dr. Luís Manuel da Silva RodriguesAdministrador Executivo da TAP, S.A.Presidente do Conselho de Administração da TAP–Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. (ex-VEM)Administrador Não Executivo da SPdH–Serviços Portugueses de Handling, S.A.

Eng.º Luiz da Gama MórAdministrador Executivo da TAP, S.A.Presidente do Conselho de Administração da CATERINGPOR–Catering de Portugal, S.A.Presidente do Conselho de Administração da L.F.P.–Lojas Francas de Portugal, S.A.

Eng.º Manoel José Fontes TorresAdministrador Executivo da TAP, S.A.Administrador Não Executivo da Portugália–Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A. (PGA)

Dr. Michael Anthony ConollyAdministrador Executivo da TAP, S.A.Administrador Não Executivo da Portugália–Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A. (PGA)Administrador Não Executivo da TAPGER–Sociedade de Gestão e Serviços, S.A. Presidente do Conselho de Administração da U.C.S.–Cuidados Integrados de Saúde, S.A.Presidente do Conselho de Administração da MEGASIS–Sociedade de Serviços e Engenharia Informática, S.A.

Fornecedor EUR milhões %Petrogal – Petróleos de Portugal 287,946 17Eurocontrol – UE 108,021 6Petrobras Distribuidora, S.A. 94,470 6ANA – Aeroportos de Portugal, S.A. 91,513 5SPdH, S.A. 81,495 5

Lista dos fornecedores que representam mais de 5% do total dos fornecimentos e serviços externos da Empresa TAP, S.A.

Page 22: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

22 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Principais elementos curriculares e atividades profissionais exercidas pelos Membros do Órgão de Governação do Conselho Geral e de Supervisão

Manuel Pinto BarbosaNacionalidade: Portuguesa | Data de nascimento: Maio 1944

Nomeado Presidente do Conselho de Administração da TAP, S.A. e da TAP, SGPS, S.A. (entre Setembro 2004 e Dezembro 2006) e Presidente do Conselho Geral e de Supervisão da TAP, S.A. e da TAP, SGPS, S.A., Presidente das Comissões Especializadas de Auditoria e de Sustentabilidade e Governo Societário (desde Dezembro 2006).

Atividade Profissional: Presidente do Conselho de Administração, Nova Forum (2005) | Administrador Não Executivo, PTII (2002-06) | Membro do Comité de Assessores, Barclays Bank (1996-99) | Administrador Não Executivo, Portucel Industrial (1995-98) | Membro, Conselho Diretivo da Fundação Luso-Americana (1994-2006) | Vice-Presidente, Conselho Económico e Social (1992-93) | Membro, Comissão de Peritos do programa ACE (CEE) (1990) | Membro, Comissão de Peritos da Fundação Tinker (1989) | Membro, Comissão de Peritos do programa SPES (CEE) (1989) | Membro, Comissão encarregada da negociação do Acordo de Defesa Portugal-EUA (1981-84) | Sócio fundador, Associação para o Estudo das Relações Internacionais (1978-83) | Consultor, Associação Industrial Portuguesa (1970-72) | Oficial da Reserva Naval, Armada Portuguesa (1967-69).

Cargos Universitários: Membro da Comissão Instaladora, Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (FEUNL) | Diretor em exer-cício, FEUNL | Professor Catedrático, FEUNL | Vice-Reitor, Universidade Nova de Lisboa (UNL) | Reitor, UNL | Vice-Presidente, UNICA, rede de universidades das capitais da Europa | Membro, Comissão Instaladora da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa | Pró-Reitor de Assuntos Internacionais, Universidade Gama Filho (Brasil).

Outras Atividades: Docência e investigação científica – Regente de cursos e seminários, de graduação e pós-graduação (nas áreas de Macroeconomia, Teoria e Política Monetária, Comércio e Finanças Internacionais) na UNL e noutras universidades | Coordenador de pro-jetos de investigação aplicada, nos domínios de Relações Externas de Portugal, Mercado de Ativos e Sistemas Financeiros, Estabilização Macroeconómica.

+ É licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF), Universidade Técnica de Lisboa | Mestrado, Yale University | Doutoramento, Yale University | Agregação, UNL.

Carlos Alberto Veiga AnjosNacionalidade: Portuguesa | Data de nascimento: Setembro 1942

Nomeado Membro do Conselho Geral e de Supervisão da TAP, S.A. e da TAP, SGPS, S.A., Membro da Comissão de Sustentabilidade e Governo Societário (desde Dezembro 2006), Membro da Comissão Especializada de Auditoria da TAP, SGPS, S.A. (Dezembro 2006-Junho 09).

Atividade Profissional: Presidente do Conselho de Administração, Hidroelétrica de Cahora Bassa, S.A. (1999-2003) | Presidente do Conselho de Administração e Administrador, Siderurgia Nacional, SGPS e Empresas do grupo (1994-99) | Por inerências de funções, representante de Portugal no Comité Consultivo da CECA–Comunidade Europeia do Carvão e do Aço e no IISI–International Iron and Steel Institute | Administrador-Delegado, SOPONATA–Sociedade Portuguesa de Navios Tanques, S.A.; Administrador, CIVE–Companhia Industrial de Vidros de Embalagem, S.A., em representação do IPE (1992-93) | Administrador-Delegado, Companhia de Celulose do Caima, S.A.; Presidente, ACEL–Associação Portuguesa dos Produtores de Celulose; representante de Portugal no board da CEPI–Confederation of European Paper Industry (1988-91) | Administrador, EDM–Empresa de Desenvolvimento Mineiro, S.A., com forte envolvimento no processo de criação da SOMINCOR (1985-88) | Administrador, Ferrominas, E.P. (1977-85) | Administrador, Diretor Financeiro e Chefe de Serviços, Lusalite–Sociedade Produtora de Fibrocimento, S.A. (1968-77).

+ É licenciado em Finanças pelo ISCEF, Universidade Técnica de Lisboa.

João Borges de Assunção Nacionalidade: Portuguesa | Data de nascimento: Julho 1962

Nomeado Membro do Conselho de Administração da TAP, S.A. e da TAP, SGPS, S.A. (entre Setembro 2004 e Dezembro 2006) e Membro do Conselho Geral e de Supervisão da TAP, S.A. e da TAP, SGPS, S.A., Membro das Comissões Especializadas de Auditoria e de Sustentabilidade e Governo Societário (desde Dezembro 2006).

Page 23: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 23 Relatório Anual 2011

Atividade Profissional: Consultor Económico do Presidente da República, Casa Civil do Presidente da República (desde 2006) | Membro, Conselho Económico e Social (2003-04) | Assessor Económico do Primeiro-Ministro de Portugal, Gabinete do Primeiro-Ministro de Portugal (2002-04) | CEO, Fundação Telecel Vodafone (2001-02) | Chairman, Supervisory Board do Eurocash Sp. z.o.o., Polónia | Coordenador, Núcleo de Estudos de Conjuntura da Economia Portuguesa, CEA da FCEE da UCP | Advisor, Group on Societal Policy Analysis (GSPA), BEPA, Presidência da Comissão Europeia.

Outras Atividades: Experiência pedagógica – Membro, Conselho de Orientação Estratégica da Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais (FCEE) da Universidade Católica Portuguesa (desde 2005) | Professor Associado, Universidade Católica Portuguesa (desde 1998) | Membro, Conselho Científico do Instituto de Formação Bancária (1993-2004) | Diretor, FCEE (1996-2001) | Professor Auxiliar, Columbia University (1990-94) | Assistente de Investigação e doutorando, UCLA (1986-90) | Atividade de Investigação, docência e interesses profissio-nais – Modelos de Gestão de Marketing, Estratégia de Marca, Pricing, Promoções, Estratégia, Negócio Internacional, Indústrias de Serviços, Modelos de Otimização Dinâmica, Tomada de Decisão Individual, Teoria de Jogos, Política Económica, Regulação, Desenvolvimento e Crescimento Económico.

+ É licenciado em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa | MBA em Gestão pela UNL | Ph.D. (Doutoramento) em Gestão pela Anderson Graduate School of Management, UCLA.

Vítor José Cabrita NetoNacionalidade: Portuguesa | Data de nascimento: Julho 1943

Nomeado Membro do Conselho Geral e de Supervisão da TAP, S.A. e da TAP, SGPS, S.A., Membro da Comissão Especializada de Sustentabilidade e Governo Societário (desde Dezembro 2006).

Atividade Profissional: Presidente, Conselho de Administração do grupo TEÓFILO FONTAINHAS NETO (Algarve) – setores agro-indus-trial, distribuição, imobiliária e turismo | Administrador, Globalgarve, Agência de Desenvolvimento do Algarve | Membro, Comissão Diretiva do Programa Operacional do Algarve | Presidente, Associação Empresarial do Algarve (NERA) | Vice-Presidente, Associação Industrial Portuguesa–Confederação Empresarial | Membro, Direção da União Europeia do Artesanato e das Pequenas e Médias Empresas | Secretário de Estado do Turismo nos XIII e XIV governos constitucionais (1997 e 2002) | Deputado à Assembleia da República.

Outras Atividades: Cônsul Honorário de Itália no Algarve | Presidente, Comissão Organizadora da Feira Internacional de Turismo de Lisboa (BTL) | Colunista, Diário Económico | Conferencista na área de Turismo.

+ Formação Superior em Gestão.

Luís Manuel dos Santos Silva PatrãoNacionalidade: Portuguesa | Data de nascimento: Dezembro 1954

Nomeado Membro do Conselho Geral e de Supervisão da TAP, S.A. e da TAP, SGPS, S.A., Membro da Comissão Especializada de Sustentabilidade e Governo Societário (desde Dezembro 2006).

Atividade Profissional: Presidente, Conselho Diretivo do Turismo Portugal, I.P. (desde 2006) | Vogal, Conselho de Administração da ENATUR–Empresa Nacional de Turismo, S.A. (desde 2006) | Chefe de Gabinete do Primeiro Ministro do XVII Governo (2005-06) | Assessor Principal, Chefe de Divisão, Diretor de Serviços, Coordenador da Equipa de Projeto POSI/IC e Gestor dos Projetos Rede Telemática de Informação ao Consumidor e Portal dos Consumidores, Instituto do Consumidor (1986/89 – 2001/04) | Presidente e Administrador Não Executivo, Conselho de Administração da SÍTIOS, Serviços de Informação Turística (2001-04) | Secretário de Estado da Administração Interna do XIV Governo (1999-2000) | Chefe de Gabinete do Primeiro Ministro do XIII Governo (1995-99) | Vice-Presidente e Presidente da Comissão Executiva da DECO–Associação Portuguesa de Defesa do Consumidor (1989-95) | Presidente da Comissão Executiva das Pousadas de Juventude (1984--87) | Diretor de Serviços do Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis (1978/80 – 1983/86).

Outras Atividades: Juiz Árbitro, Centro de Arbitragem do Setor Automóvel (2004) | Chefe de Gabinete e Assessor, Grupo Parlamentar do Partido Socialista (1989/95 – 2004/05) | Deputado à Assembleia da República pelo Círculo Eleitoral de Faro (1999-2001) e pelo Círculo de Lisboa (1981-83) | Membro, Comissões Parlamentares de Defesa Nacional, de Educação e Ciência, de Juventude e de Trabalho.

+ É licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra.

Page 24: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

24 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Rui Manuel Azevedo Pereira da SilvaNacionalidade: Portuguesa | Data de nascimento: Junho 1956

Nomeado Membro do Conselho Geral e de Supervisão da TAP, S.A. e da TAP, SGPS, S.A., Membro da Comissão Especializada de Sustentabilidade e Governo Societário (desde Dezembro 2006) e da Comissão Especializada de Auditoria (desde Junho 2009).

Atividade Profissional: Consultor, Conferência das Regiões Periféricas Marítimas da Europa; Consultor, Comissão de Coordenação da Região do Norte (desde 2007) | Coordenador, Secretaria de Estado Adjunta e da Administração Local (2001-08) | Diretor, Célula de Prospetiva da Conferência das Regiões Periféricas Marítimas da Europa (1999-2007) | Sócio fundador (1990), Diretor Geral (1991-93); Administrador--Delegado (1994-95); Presidente do Conselho de Administração (1996-99), Quaternaire Portugal, S.A. | Vice-Presidente, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (1989-91) | Técnico Superior, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (1981-89).

Outras Atividades: Experiência pedagógica – Professor Auxiliar Convidado na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (desde 1996).

+ É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto | Curso de Técnico em Desenvolvimento Cooperativo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento do Instituto António Sérgio do Setor Cooperativo | Curso Geral de Gestão pelo Instituto Superior de Estudos Empresariais da Universidade do Porto | Idiomas: Inglês, Francês e Espanhol.

Maria do Rosário Mattos Nacionalidade: Portuguesa | Data de nascimento: Outubro 1960

Nomeada Membro do Conselho Geral e de Supervisão da TAP, S.A. e da TAP, SGPS, S.A., Membro da Comissão Especializada de Sustentabilidade e Governo Societário (desde Dezembro 2006), Membro da Comissão Especializada de Auditoria da TAP, SGPS, S.A. (Dezembro 2006-Junho 09).

Atividade Profissional: Exercício da Advocacia (1985-2009) | Membro, Conselhos de Administração de diversas empresas, designadamente do setor turístico (2002-09) | Administradora, RTP–Radiotelevisão Portuguesa, S.A.; Presidente, Conselho de Administração, EBS 2004; Membro, Conselho Diretivo dos Emmy Awards; Membro, Conselho Diretivo da OTI–Organización de las Televisiones Ibero-Americanas, RTP –Radiotelevisão Portuguesa, S.A. (1998-2002) | Vice-Presidente, Mesa da Assembleia Geral da Auto-Leasing (1994-99) | Administradora, SMP–Semicondutores de Portugal, S.A.; Administradora, Tronitec–Componentes Elétricos, S.A., Companhia Portuguesa Rádio Marconi (1992-95) | Administradora-Delegada e, posteriormente, Presidente do Conselho de Administração, IRENA, Investimentos e Participações em Recursos Naturais, SGPS, S.A.; Administradora, Argitécnica, S.A.; Gerente, Empresa Águas de S. Lourenço, Lda.; Gerente, Empresa Fonte das Avencas, Lda.; Gerente, Ortes–Ornamental Resources, Lda., Grupo Amorim (1991-97) | Consultora Jurídica de uma grande empresa do setor da construção civil e obras públicas, nas áreas do Direito Comercial e das Sociedades (1991-94) | Assessora Jurídica do Governador de Macau; Membro, Conselho Fiscal, CAM–Companhia do Aeroporto Internacional de Macau, S.A.R.L.; Consultora Jurídica, TDM–Televisão de Macau, E.P., Macau (1987-91) | Membro, Conselho de Administração de várias empresas, nomeadamente, Expandindústria, S.A., Comismar Norte, Lda. e Ecassos, Lda. (1985-87) | Estágio de Advocacia, vocacionado essencialmente para o Direito Comercial, Direito do Trabalho, Direito Civil e Direito Administrativo.

+ É licenciada em Direito (área de Ciências Jurídicas) pela Universidade Católica Portuguesa (UCP) | Pós-Graduação em Gestão de Empresas pela UCP | Pós-Graduação em Recuperação de Empresas e Falência, pela UCP | Pós-Graduação em Direito Comercial pela UCP | Curso sobre Feitura de Leis | Curso sobre Delegação de Competências | Idiomas: Inglês, Francês e Espanhol.

Page 25: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 25 Relatório Anual 2011

Principais elementos curriculares e atividades profissionais exercidas pelos Membros do Órgão de Administração do Conselho de Administração Executivo

Fernando Abs da Cruz Souza PintoNacionalidade: Portuguesa e Brasileira | Data de nascimento: Junho 1949

Nomeado Presidente Executivo/CEO, na TAP (Outubro 2000-Dezembro 2006); Presidente do Conselho de Administração Executivo da TAP, S.A. e da TAP, SGPS, S.A. (Dezembro 2006).

Atividade Profissional: Presidente do Conselho da IATA (Junho 2007-Junho 2008) | Presidente da AEA–Associação de Companhias Aéreas Europeias (2005) | Diretor Presidente da VARIG, S.A. (Viação Aérea Rio-Grandense) (1996-2000) | Diretor Presidente (1992-96) e Diretor Técnico (1988-92) da RIO-SUL, Serviços Aéreos Regionais | Chefe do Sub-Departamento de Oficinas e Manutenção (1982-88); Engenheiro residente na Airbus Industries (Toulouse-França) (1981-82); Chefe da Divisão de Motores (1976-81); Engenheiro coordenador do Projeto Banco de Provas de Motores, tendo a responsabilidade de coordenar as diversas fases de projeto e construção de um sistema de ensaio de turbinas na área industrial do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (1973-76); Estagiário de Engenharia (Oficina de Rodas e Freios) (1972--73) na VARIG, S.A. (Viação Aérea Rio-Grandense).

Outras Atividades: Piloto Privado | Piloto de Planadores | Piloto Desportivo de Ultraleves.

+ É licenciado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Como projeto de formatura apresentou um protótipo do primeiro hovercraft construído no Brasil, com tecnologia absorvida de Inglaterra, após diversos estágios em fábricas inglesas (Ilha de Wight) | Curso Técnico de Máquinas e Motores (Escola Técnica Federal do Rio de Janeiro) | Curso de Extensão em Administração de Empresas (Fundação Getúlio Vargas – Rio de Janeiro) | Diversos Cursos Técnicos na área de Aeronáutica | Idiomas: Inglês e Francês.

Fernando Jorge Alves SobralNacionalidade: Portuguesa | Data de nascimento: Abril 1949

Nomeado Vogal do Conselho de Administração Executivo da TAP, S.A. e da TAP, SGPS, S.A. (Dezembro 2006).

Competências de Gestão das seguintes áreas: Unidade de Negócio Manutenção e Engenharia da TAP; PGA.

Atividade Profissional: Presidente do Conselho de Administração na VEM (VARIG Engenharia e Manutenção) (2006) | Vogal do Conselho de Administração, em acumulação com as funções de Vice-Presidente Executivo da Manutenção e Engenharia da TAP–Air Portugal na TAP, S.A. (2003) | Vice-Presidente Executivo da Manutenção e Engenharia na TAP–Air Portugal (2001) | Diretor Geral da Manutenção e Engenharia (1996--2001); Diretor Geral Adjunto da Manutenção e Engenharia (1996); Responsável da equipa Manutenção–Processos, integrando um projeto de reestruturação global da Empresa – TAP 2000 (1995-96); Chefe do Serviço de Componentes da Direção Geral de Manutenção e Engenharia (1990-96); Chefe da Divisão de Engenharia de Produção do Serviço de Instrumentos, Eletricidade e Rádio, da Direção Geral de Manutenção e Engenharia (1987-90); Engenheiro Eletrotécnico exercendo funções no Serviço de Engenharia da Direção Geral de Manutenção e Engenharia (1979-87) na TAP | Direção Geral da Aeronáutica Civil como Engenheiro Eletrotécnico (1973-79).

Outras Atividades: Chairman da European Aircraft Engineering & Maintenance Conference (2005) | Chairman, 4th Managing Aircraft Maintenance Costs Conference (2003) | Vice-Chairman, Airlines International Electronics Meeting (1995) | Representante técnico da TAP junto da Airbus, em Toulouse, para a receção da frota A340 da TAP (1995) | Representante da TAP, Airline International Electronics Meetings e Avionics Maintenance Conferences (1987-95) | Experiência pedagógica – Professor Auxiliar, Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (1989--97) | Assistente, Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (1976-89) | Assistente, Instituto Superior Técnico (1972-75) | Monitor, Instituto Superior Técnico (1970-72).

+ É licenciado em Engenharia Eletrotécnica, ramo de Eletrónica e Telecomunicações pelo Instituto Superior Técnico.

Page 26: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

26 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Luís Manuel da Silva RodriguesNacionalidade: Portuguesa | Data de nascimento: Janeiro 1965

Nomeado Vogal do Conselho de Administração Executivo da TAP, S.A. e da TAP, SGPS, S.A. (Junho 2009).

Competências de Gestão das seguintes áreas: Unidade de Negócio Transporte Aéreo: Serviço ao Cliente, Fale Connosco; SPdH; TAP–Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. (ex-VEM).

Atividade Profissional: Presidente, Fischer Portugal (Julho 2008-Maio 2009) | Consultor, Confronto d’Ideias, Sociedade Unipessoal (Janeiro 2008-Maio 2009) | Diretor de Marketing Rede Fixa (2006-07); Diretor de Marketing, Negócio Empresarial (2003-07), PT Comunicações | Administrador Executivo, Marketing, Comercial e Conteúdos, Media Capital Multimédia; Administrador Executivo, Unidivisa, Sociedade Gestora de Cartões de Crédito, Grupo Media Capital (2000-03) | Diretor Coordenador Marketing, Relações Públicas, Novas Tecnologias, TVI, Televisão Independente, Grupo Media Capital (1999-2000) | European Marketing Manager New Initiatives, Procter & Gamble Europe (1996-97) | Marketing Manager (1994-96); Brand Manager (1993-94); Assistant Brand Manager (1990-93), Procter & Gamble Portugal.

Outras Atividades: Membro efetivo da Comissão de Análise e Estudo de Meios da Associação Portuguesa de Anunciantes (1999-2000) | Membro eleito da Direção da Associação Portuguesa de Agências de Publicidade | Eleito Personalidade de Marketing do Ano 2007 pela Associação Portuguesa de Profissionais de Marketing | Secretário Geral da Harvard Business School (AMP 164 2003) | Formador de Qualidade Total (1995-96) Procter & Gamble Portugal.

+ É licenciado em Economia pela UNL | MBA pela UNL | Advanced Management Program (AMP 164, 2003) pela Harvard Business School, EUA | Air Transport Management Seminar (2011) pela Cranfield University.

Luiz da Gama MórNacionalidade: Portuguesa e Brasileira | Data de nascimento: Abril 1952

Nomeado Vice-Presidente Executivo do Transporte Aéreo da TAP Portugal, na TAP, S.A. (Outubro 2000-Dezembro 2006); Vogal do Conselho de Administração Executivo da TAP, S.A. e da TAP, SGPS, S.A. (Dezembro 2006).

Competências de Gestão das seguintes áreas: Unidade de Negócio Transporte Aéreo: Marketing, Comunicação e Relações Públicas, Vendas, Carga e Correio; Cateringpor; Lojas Francas de Portugal.

Atividade Profissional: Presidente do Conselho de Administração, Cateringpor (Empresa de catering de aviação) | Presidente do Conselho de Administração, LFP (empresa de lojas de vendas, em aeroportos e a bordo) | Membro do Conselho de Administração, Groundforce (empresa de handling de passageiros e carga) | Vice-Presidente de Vendas e Marketing; Diretor Comercial; Diretor de Logística Operacional; Gerente Comercial do RGS; Gerente EVAER–Escola VARIG de Aeronáutica na VARIG, S.A. (Março 1990-Junho 2000) | Diretor de Marketing; Gerente Administrativo e Comercial; Gerente de Manutenção, AEROMOT, S.A. (Setembro 1977-Fevereiro 1990).

Outras Atividades: Experiência pedagógica – Professor de O Piloto e o Mercado na Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUC/RS (1995) | Professor de Estudo dos Problemas do Turismo no Brasil na Faculdade de Turismo da PUC/RS (1994) | Professor de Marketing na Escola de Administração da ULBRA/RS (1989) | Professor de Organização e Métodos na Escola de Administração da ULBRA/RS (1984) | Membro da Comissão que desenvolveu o Curso de Ciências Aeronáuticas PUC/RS | Diretor (Conselheiro) da empresa Pluna Linhas Aéreas Uruguaias, S.A. | Membro do Conselho Diretor da empresa Amadeus Brasil.

+ É licenciado em Engenharia Mecânica pela UFRGS | Pós-graduação em Administração (PPGA/UFGRS) | Frequência dos seguintes cursos de especialização, entre outros: Airline Business (London Business School); PGA–Programa de Gestão Avançada (INSEAD– França).

Qualificações: Executivo com 30 anos de experiência nas áreas Operacionais, Vendas, Marketing e Administração Superior de Empresas de médio e grande porte de aviação e correlacionadas | Capacidade de diagnóstico de mercado, construção de visão de futuro e estabele-cimento de estratégia competitiva em ambiente altamente competitivo | Experiência em turnaround de empresas trabalhando em ambiente de muita pressão, inclusive pública | Experiência em gestão de grandes equipas com atuação internacional. Habilidade na coordenação de mudança cultural, em programas motivacionais e de reconhecimento buscando alinhamento com a estratégia | Experiência em rebran-ding, desenvolvimento de produto e fidelização de Clientes | Coordenação de projetos corporativos com empresas de consultoria visando o aumento de eficiência, redução de custos e aumento de receitas.

Page 27: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 27 Relatório Anual 2011

Manoel José Fontes TorresNacionalidade: Portuguesa e Brasileira | Data de nascimento: Junho 1947

Nomeado Vice-Presidente Executivo do Transporte Aéreo da TAP Portugal, na TAP, S.A. (Outubro 2000-Dezembro 2006); Vogal do Conselho de Administração Executivo da TAP, S.A. e da TAP, SGPS, S.A. (Dezembro 2006).

Competências de Gestão das seguintes áreas: Unidade de Negócio Transporte Aéreo: Operações de Voo, Planeamento de Frota, Rede e Planeamento, Controlo Operacional, Relações Internacionais e Alianças, Tecnologias de Informação, Planeamento de Emergência; PGA.

Atividade Profissional: Presidente do Conselho de Administração na White Airways, S.A. | Vice-Presidente Executivo–Planeamento Corporativo e Rede de Linhas, VARIG, S.A. (Viação Aérea Rio-Grandense) | Membro do Conselho de Administração, PLUNA, S.A. (Uruguai) | Diretor Geral, ITAP–Indústria Técnica de Artefactos Plásticos (embalagens rígidas) | Gerente da Divisão de Produção, TOGA–Indústria de Papéis | Consultor, PLANASA (nas áreas de Planeamento e Sistemas).

Outras Atividades: Membro do Management Board da STAR Alliance | Membro do Industry Affairs Committee da IATA.

+ É licenciado em Engenharia Mecânica pela Universidade de São Paulo | Pós-graduação em Administração de Empresas (Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas) | Frequência dos seguintes cursos de especialização, entre outros: Administração de Empresas (INSEAD–França); Aircraft Fleet Planning–Cranfield College of Aeronautics (Inglaterra); Aircraft System and Performance (The Boeing Commercial Airplane Company – EUA).

Michael Anthony ConollyNacionalidade: Portuguesa e Brasileira | Data de nascimento: Dezembro 1949

Nomeado Vice-Presidente Executivo na TAP, S.A. (Outubro 2000-Dezembro 2006); Vogal do Conselho de Administração Executivo da TAP, S.A. e da TAP, SGPS, S.A. (Dezembro 2006).

Competências de Gestão das seguintes áreas: Unidade de Negócio TAP Serviços; Responsabilidades ao nível do Grupo TAP: Finanças, Recursos Humanos, Logística, Serviços Jurídicos, Administração e Gestão de Recursos Físicos, Planeamento/Portfolio de Negócios e Performance, Tecnologias de Informação, Auditoria; Megasis; UCS; TAPGER; PGA.

Atividade Profissional: Vice-Presidente Executivo de Finanças, VARIG, S.A. (Viação Aérea Rio-Grandense) | Controller Mundial, Bunge Internacional (grupo agro-industrial com atividades na América do Sul, Central e do Norte, Europa, Oceânia e Ásia) | Presidente, MCS Trading (Empresa brasileira de importação e exportação e de comércio varejista com atividades principais no Brasil, Estados Unidos da América, Europa e Ásia) | Controller para a América Latina, Alcoa (Aluminium Co. Of América, maior produtora mundial de alumínio).

+ É licenciado em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas | Contabilidade (Escola Técnica de Comércio da Fundação Getúlio Vargas) | Diversos cursos de especialização no Brasil e no exterior | Idiomas: Português, Inglês, Espanhol e Francês.

Qualificações: 30 anos de atividade profissional nas áreas Financeira, Planeamento Estratégico, Produção e Presidência, nos setores de Serviço, Industrial, Agro-Industrial, Trading, e Aviação Comercial.

Page 28: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente
Page 29: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Relatório de GestãoTAP, SGPS, S.A.

02

Page 30: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

30 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Porto

Lisboa

5%2%

2%1%

42%

16%

5%16%

36%

59%

10%6%

Proveitosde Passagens

3,3%

Tráfego em Transferênciahub Lisboa

4%

224

11

926

71

4189

137

5

Proveitosde Passagens

2,3%

Tráfego em Transferênciahub Lisboa

2%

Proveitosde Passagens

23,0%

Tráfego em Transferênciahub Lisboa

53%Proveitosde Passagens

6,5%

Tráfego em Transferênciahub Lisboa

16%

Proveitos de PassagensOutros + Resto do Mundo

0,6%

Tráfego em Transferênciahub Lisboa

0,1%

Proveitosde Passagens

27,9%

Tráfego em Transferênciahub Lisboa

25%

Proveitosde Passagens

36,4%

Operação TAP

Operação por Companhia Parceira

PKUs

Passageiros

TAP, SGPS, S.A.Perfil

A TAP terá como foco o serviço de Transporte Aéreo e atividades afins, visando constantemente o retorno para os seus investidores, e a lide-rança no nicho de mercado em que atuar. Oferecerá aos seus Clientes um produto de qualidade, sendo sempre a melhor opção para quem utilizar os seus serviços, e uma de entre as melho-res Empresas para se trabalhar.

Atuará consciente do seu compro-misso com a sociedade e com o meio ambiente.

A TAP, SGPS, S.A. é uma Empresa que tem por objeto a gestão de participações sociais em outras sociedades. Contribuem para os resultados do Grupo:

+ A empresa TAP–Transportes Aéreos Portugueses, S.A. (TAP Portugal), cuja principal atividade consiste no transporte aéreo de passageiros e carga, desenvol-vendo, também, atividade de serviço a terceiros, com a intervenção no negócio de Manutenção, em Portugal e no Brasil;

+ Um conjunto de empresas que desen-volvem a sua atividade em áreas liga-das aos negócios principais do Grupo – o Transporte Aéreo e a Manutenção e Engenharia –, com vista ao controlo da cadeia de serviço.

Prosseguindo a sua linha de orienta-ção estratégica, a prioridade da TAP con-siste na satisfação das expectativas dos Clientes, promovendo a sua fidelidade e mantendo uma forte ligação a Portugal, ati-tude que corresponde ao segmento de mer-cado onde a sua posição competitiva é mais sustentada.

A TAP Portugal é uma companhia aérea internacional, que opera a partir da sua base operacional em Lisboa, cidade que, devido ao posicionamento geográfico, constitui uma plataforma de acesso privi-legiado a mercados localizados em outros Continentes, mantendo, ainda, uma opera-ção no aeroporto do Porto, numa lógica de 2º hub operacional.

Vendas e prestações de serviços

Mercado Externo

Taxa de crescimento composta anual 2003-2011

+13,6%EUR milhões

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

2003 2010 2011

Outros mercados Mercado externo

518744

533

1.783

375

2.064

1.262

2.316

2.439

CRESCIMENTO FORTEMENTE ACENTUADO em particular no mercado externo

Vendas e prestações de serviçosEUR milhões 2011 2010 var. (%)Mercado externo * 2.063,5 1.782,8 15,7Outros mercados 375,4 532,8 (29,5)

* Empresas do Grupo TAP declarantes diretos do Banco de Portugal

REFORÇO DAS VENDAS NO ExTERIOR

Em 2011, o Grupo TAP viu reforçado o posicionamento do seu contributo para o volume das exportações nacionais, com uma contribuição global de EUR 2.063,5 milhões, em vendas e prestações de serviços no mercado externo, mais 15,7% que em 2010.

Page 31: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 31 Relatório Anual 2011

Porto

Lisboa

5%2%

2%1%

42%

16%

5%16%

36%

59%

10%6%

Proveitosde Passagens

3,3%

Tráfego em Transferênciahub Lisboa

4%

224

11

926

71

4189

137

5

Proveitosde Passagens

2,3%

Tráfego em Transferênciahub Lisboa

2%

Proveitosde Passagens

23,0%

Tráfego em Transferênciahub Lisboa

53%Proveitosde Passagens

6,5%

Tráfego em Transferênciahub Lisboa

16%

Proveitos de PassagensOutros + Resto do Mundo

0,6%

Tráfego em Transferênciahub Lisboa

0,1%

Proveitosde Passagens

27,9%

Tráfego em Transferênciahub Lisboa

25%

Proveitosde Passagens

36,4%

Operação TAP

Operação por Companhia Parceira

PKUs

Passageiros

No desenvolvimento da sua rede, a Empresa persegue uma estratégia de segmentação, conectando a Europa a um número cres-cente de destinos localizados em África, na América do Norte, Central e do Sul, des-tacando-se, nesta última região, como a transportadora Europeia líder para o Brasil.

O Grupo TAP finalizou 2011 com um resul-tado líquido no valor de EUR -76,8 milhões, menos EUR 19,7 milhões que os EUR -57,1 milhões registados no exercício do ano anterior.

Ao nível operacional, antes de gastos de financiamento e impostos, a Empresa regis-tou EUR -18,1 milhões, refletindo um agra-vamento de EUR 17,6 milhões, face ao ano de 2010.

De assinalar que a TAP tinha, no final de 2011, uma dimensão acima do dobro da verificada em 2000, já que a sua oferta cres-ceu, neste período, cerca de 150%.

No desenvolvimento da sua atividade, a TAP Portugal, conjuntamente com os seus par-ceiros, disponibilizava, a 31 de Dezembro, aos seus passageiros e clientes de carga, o acesso a 215 cidades, 75 em avião próprio, das quais 120 se localizam na Europa, 61 nas Américas, 19 em África, 9 em Portugal e 6 no Médio Oriente/Ásia. No final de 2011, a Empresa transportou 9,75 milhões de pas-sageiros e 89,5 milhares de toneladas de carga e correio.

Na operação, foi utilizada uma frota recente, que no final do ano era composta por 55 aviões, unicamente Airbus, sendo 16 aptos

para operações de longo curso. Com a aqui-sição da Companhia Portugália, que ocorreu durante o ano de 2007, a Companhia adqui-riu a possibilidade de captar tráfego regional para a sua rede de operação, criando siner-gias e reforçando a sua posição competitiva a nível internacional para o que contou com uma disponibilidade adicional de 16 apa-relhos, vocacionados para a operação de rotas regionais.

Complementarmente, a Unidade de Negócio TAP–Manutenção e Engenharia prestou ser-viços a cerca de 52 Clientes Terceiros, dos quais 32 foram companhias aéreas.

Ao longo do exercício, o Grupo TAP (TAP, S.A. e restantes empresas subsidiárias) con-tou com um quadro médio de pessoal de 12.671 elementos, tendo finalizado o ano com 12.395 trabalhadores.

Volume de negóciosEUR milhões 2011 2010 var. (%)

Transporte Aéreo 2.131,5 1.995,3 6,8

Manutenção – Assistência a Terceiros – Portugal 91,4 126,5 (27,8)

Manutenção – Assistência a Terceiros – Brasil 63,4 51,3 23,6

Lojas Francas 142,8 134,1 6,5

Catering 5,6 6,7 (16,7)

Outras Actividades TAP, SGPS, S.A. 7,4 6,1 20,2

TOTAL 2.442,1 2.320,1 5,3

Page 32: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

32 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Recursos HumanosTAP, S.A. + PGA, S.A.

7.561Colaboradores

Face ao crescimento registado, desde 2000, no negócio, a evolução do Quadro de Pessoal da TAP, S.A. + PGA S.A. re�ete o incremento dos níveis de produ-tividade veri�cado, generalizadamente, na Empresa.

3,7%

2000 2010 2011

7.683

-1,6%

Total Pessoal de Terra

Rendimentose GanhosOperacionais

2000 2010 2011

1.235

2.3512.479

100,8%

5,4%

2.479EUR milhões

Os rendimentos e ganhos operacionais do conjunto das empresas do Grupo re�etiram o efeito do incremento regis-tado no nível da procura.

Nota: Valores de 2010 e 2011 de acordo com as IFRS (International Financial Reporting Standards).

Combustíveis

2000 2010 2011

156.007

522.933

716.867

359,5%

37,1%

716.867EUR milhares

Em trajetória de novo, ascendente, o comportamento do preço do petróleo re�etiu-se no encargo da TAP, S.A. com combustíveis.

295 USDp/ton.

724 USDp/ton.

1.015 USDp/ton.

Venda de Passagens

Portugal27,9%

Europa36,4%

África6,5%

AtlânticoNorte3,3%

AtlânticoMédio2,3%

AtlânticoSul23,0%

Restodo Mundo0,2%

Outros0,4%

Portugal30,8%

Europa35,8%

África6,6%

AtlânticoNorte3,1%

AtlânticoMédio2,1%

AtlânticoSul21,0%

Restodo Mundo0,2%

Outros0,4%

2011

2010

Resultado Líquido

-76.807EUR milhares

O agravamento da fatura de combustíveis por efeito preço, na ordem dos EUR 166 milhões, re�etiu-se na quebra do resul-tado, esbatendo o impacto do acréscimo de e�ciência adquirida ao longo dos últi-mos anos.

Resultado Operacional

-18.067EUR milhares

Embora na presença de melhoria do desempenho de algumas subsidiárias, o impacto do custo com combustível re�etiu-se no resultado operacional do Grupo.

158.237EUR milhares

Os meios libertos de exploração para fazer face a encargos �nanceiros e de investimentos regis-taram, no conjunto das empresas do Grupo TAP, uma redução de EUR 34,2 milhares.

Dívida

1.231EUR milhões

O total da dívida re�ete o esforço contí-nuo colocado na redução do endivida-mento da Empresa.

EBITDAR

2000 2010 2011

78.856

100,7%

-17,8%

192.412

158.237

2000 2010 2011

70,7%

-4.191,4%

2000 2010 2011

-122.082

37,1%

-34,5%

-57.103

-76.807

2000 2010 2011

Dívida Total Dívida Líquida

7.5617.290

4.9574.200 4.089

-61.730

-421

-18.067

948

902

1.277 1.231

1.054 1.064

Horas Voadas Equipamento próprio

2000 2010 2011

124.073

229.703242.866

95,7%

5,7%

242.866horas

O número de horas voadas pela frota da TAP totalizou cerca de 243 milhares, mais 5,7% que em 2010.

Proveitos de Manutenção

2000 2010 2011

85.730

126.541

92.566

8,0%

-26,8%

92.566EUR milhares

O total de Vendas e Prestação de Serviços da TAP –Manutenção e Engenharia Portugal registou uma quebra de 26,8%, re�etindo o impacto da envolvente recessiva que se continua a veri�car, a nível internacional.

Proveitos de Carga

2000 2010 2011

78.471

124.871 130.235

66,0%

4,3%

130.235EUR milhares

Em 2011, a carga aérea transportada manteve um compor-tamento positivo, tendo os proveitos registado um cresci-mento de 4,3%.

Proveitos de Passagens

1.8431.974

2000 2010 2011

840

135,0%

7,1%

1.974EUR milhões

Os proveitos de passagens registaram um incremento de 7,1%, re�etindo o aumento veri�cado na procura, designa-damente, para as rotas das regiões Atlântico Sul e África.

Número de Frequências

Europa

2000 2010 2011

157,1%

3,8%

África

2000 2010 2011

1.419

5.485 5.619

296,0%

2,4%

E.U.A.

2000 2010 2011

1.333

8221.058

-20,6%

28,7%

Venezuela

2000 2010 2011

346432 410

18,5%

-5,1%

Brasil

2000 2010 2011

1.676

6.4796.969

315,8%

7,6%

149,6%

Capacidade – PKOs Tráfego – PKUs

34.049milhões de PKOs

25.970milhões de PKUs

A capacidade da operação registou um acréscimo de 5,9%, tendo a procura correspondido, com um incremento expres-sivo, da ordem dos 8,5%.

5,9%

162,1%

2000 2010 2011

8,5%

13.643

32.13834.049

23.94425.970

9.909

27.359

67.742 70.344

Nota: Valores de 2010 e 2011 de acordo com as IFRS (International Financial Reporting Standards).

Nota: Valores de 2010 e 2011 de acordo com as IFRS (International Financial Reporting Standards).

Nota: Valores de 2010 e 2011 de acordo com as IFRS (International Financial Reporting Standards).

106

106

103

106103103103103 106103

INDICADORES

Page 33: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 33 Relatório Anual 2011

Recursos HumanosTAP, S.A. + PGA, S.A.

7.561Colaboradores

Face ao crescimento registado, desde 2000, no negócio, a evolução do Quadro de Pessoal da TAP, S.A. + PGA S.A. re�ete o incremento dos níveis de produ-tividade veri�cado, generalizadamente, na Empresa.

3,7%

2000 2010 2011

7.683

-1,6%

Total Pessoal de Terra

Rendimentose GanhosOperacionais

2000 2010 2011

1.235

2.3512.479

100,8%

5,4%

2.479EUR milhões

Os rendimentos e ganhos operacionais do conjunto das empresas do Grupo re�etiram o efeito do incremento regis-tado no nível da procura.

Nota: Valores de 2010 e 2011 de acordo com as IFRS (International Financial Reporting Standards).

Combustíveis

2000 2010 2011

156.007

522.933

716.867

359,5%

37,1%

716.867EUR milhares

Em trajetória de novo, ascendente, o comportamento do preço do petróleo re�etiu-se no encargo da TAP, S.A. com combustíveis.

295 USDp/ton.

724 USDp/ton.

1.015 USDp/ton.

Venda de Passagens

Portugal27,9%

Europa36,4%

África6,5%

AtlânticoNorte3,3%

AtlânticoMédio2,3%

AtlânticoSul23,0%

Restodo Mundo0,2%

Outros0,4%

Portugal30,8%

Europa35,8%

África6,6%

AtlânticoNorte3,1%

AtlânticoMédio2,1%

AtlânticoSul21,0%

Restodo Mundo0,2%

Outros0,4%

2011

2010

Resultado Líquido

-76.807EUR milhares

O agravamento da fatura de combustíveis por efeito preço, na ordem dos EUR 166 milhões, re�etiu-se na quebra do resul-tado, esbatendo o impacto do acréscimo de e�ciência adquirida ao longo dos últi-mos anos.

Resultado Operacional

-18.067EUR milhares

Embora na presença de melhoria do desempenho de algumas subsidiárias, o impacto do custo com combustível re�etiu-se no resultado operacional do Grupo.

158.237EUR milhares

Os meios libertos de exploração para fazer face a encargos �nanceiros e de investimentos regis-taram, no conjunto das empresas do Grupo TAP, uma redução de EUR 34,2 milhares.

Dívida

1.231EUR milhões

O total da dívida re�ete o esforço contí-nuo colocado na redução do endivida-mento da Empresa.

EBITDAR

2000 2010 2011

78.856

100,7%

-17,8%

192.412

158.237

2000 2010 2011

70,7%

-4.191,4%

2000 2010 2011

-122.082

37,1%

-34,5%

-57.103

-76.807

2000 2010 2011

Dívida Total Dívida Líquida

7.5617.290

4.9574.200 4.089

-61.730

-421

-18.067

948

902

1.277 1.231

1.054 1.064

Horas Voadas Equipamento próprio

2000 2010 2011

124.073

229.703242.866

95,7%

5,7%

242.866horas

O número de horas voadas pela frota da TAP totalizou cerca de 243 milhares, mais 5,7% que em 2010.

Proveitos de Manutenção

2000 2010 2011

85.730

126.541

92.566

8,0%

-26,8%

92.566EUR milhares

O total de Vendas e Prestação de Serviços da TAP –Manutenção e Engenharia Portugal registou uma quebra de 26,8%, re�etindo o impacto da envolvente recessiva que se continua a veri�car, a nível internacional.

Proveitos de Carga

2000 2010 2011

78.471

124.871 130.235

66,0%

4,3%

130.235EUR milhares

Em 2011, a carga aérea transportada manteve um compor-tamento positivo, tendo os proveitos registado um cresci-mento de 4,3%.

Proveitos de Passagens

1.8431.974

2000 2010 2011

840

135,0%

7,1%

1.974EUR milhões

Os proveitos de passagens registaram um incremento de 7,1%, re�etindo o aumento veri�cado na procura, designa-damente, para as rotas das regiões Atlântico Sul e África.

Número de Frequências

Europa

2000 2010 2011

157,1%

3,8%

África

2000 2010 2011

1.419

5.485 5.619

296,0%

2,4%

E.U.A.

2000 2010 2011

1.333

8221.058

-20,6%

28,7%

Venezuela

2000 2010 2011

346432 410

18,5%

-5,1%

Brasil

2000 2010 2011

1.676

6.4796.969

315,8%

7,6%

149,6%

Capacidade – PKOs Tráfego – PKUs

34.049milhões de PKOs

25.970milhões de PKUs

A capacidade da operação registou um acréscimo de 5,9%, tendo a procura correspondido, com um incremento expres-sivo, da ordem dos 8,5%.

5,9%

162,1%

2000 2010 2011

8,5%

13.643

32.13834.049

23.94425.970

9.909

27.359

67.742 70.344

Nota: Valores de 2010 e 2011 de acordo com as IFRS (International Financial Reporting Standards).

Nota: Valores de 2010 e 2011 de acordo com as IFRS (International Financial Reporting Standards).

Nota: Valores de 2010 e 2011 de acordo com as IFRS (International Financial Reporting Standards).

106

106

103

106103103103103 106103

Page 34: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

34 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Por outro lado, o Grupo TAP, a par de outras iniciativas, dinamiza a bolsa de voluntariado empresarial, como são os Voluntários com Asas, o Assistence Team e o Care Team. O primeiro visa minimizar dificuldades dos mais carenciados, através de inúmeras ações de apoio à Comunidade, enquanto o segundo presta ajuda no Aeroporto, em situ-ações de pico operacional e irregularidade extrema, estando o Care Team vocacionado para situações de eventual emergência.

Esta é, assim, a personalidade TAP que a credita como uma referência, no domínio da responsabilidade social.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO GRUPO TAP

Responsabilidade social

O sucesso face aos Clientes decorre, em larga medida, do facto de os Trabalhadores se reverem nos valores e atitudes da Empresa, inserindo-se na sua cultura, valo-rizando-se e motivando-se, garantindo, desta forma, vínculos de compromisso com a excelência empresarial perseguida, e demonstrando vontade de fazer mais e melhor.

Os Trabalhadores da TAP, ao desenvolve-rem a sua atividade, de forma dedicada e eficiente, contribuem, de modo decisivo, para a afirmação da cultura da Empresa. Este é um facto que se apresenta, hoje, como determinante na diferenciação posi-tiva da Organização, que inserida num mer-cado altamente competitivo, como o da aviação comercial, exige recursos huma-nos capazes, disponíveis, eficazes na ação que desenvolvem e com forte potencial para inovação.

No âmbito da sua visão estratégica, ao assu-mir-se como a melhor Empresa para traba-lhar, a TAP procura potenciar o impacto da ação de todos os seus Colaboradores e, deste modo, assentar o seu desenvolvi-mento sustentável num modelo de gestão participativa e de reconhecimento social, através de um melhor desempenho e maior contribuição daqueles, para a competitivi-dade e para os resultados.

A criação da área de Gestão de Talento, em Recursos Humanos, vem ao encontro da postura do Grupo TAP em apostar no seu capital humano, com sistemas integra-dos e mais personalizados. A fim de res-ponder às necessidades atuais e futuras do negócio, a identificação e retenção de high performers e high potentials torna-se indis-pensável, bem como assegurar, em con-tinuidade, a aquisição de competências chave. Igualmente, a considerar como fator estratégico o fomento do fit cultural, e propi-ciar a criatividade, adaptabilidade, agilidade e resiliência dos Trabalhadores. A equipa de Gestão de Talento integra, ainda, o serviço social que tem por missão apoiar e aconse-lhar os Trabalhadores no ativo e na reforma, nas diversas situações com que se depa-ram, nos âmbitos pessoal e das suas ativi-dades, procurando, desta forma, garantir uma adequada inserção social.

Tendo em atenção a motivação pessoal, segurança e equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal dos seus Trabalhadores, a Empresa concede, ainda, um leque de benefícios sociais relevantes, tais como o seguro de saúde e de vida, a clínica médica interna, o infantário 24H por dia, o refeitó-rio e facilidades de passagens aéreas, entre outros.

No âmbito das ações externas, a TAP tem vindo a apoiar a ação solidária e cívica dos Trabalhadores junto da Comunidade, gerando um sentimento de pertença junto daqueles que partilham os valores da Empresa. Desta forma, e mais uma vez, a Empresa pretende ser um espaço de reali-zação profissional e pessoal.

Page 35: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 35 Relatório Anual 2011

Responsabilidade ambiental

Em 2011, a TAP continuou empenhada na formação dos seus Colaboradores, tendo sido realizadas 25 edições da ação de for-mação Agir Eco, em que participaram 340 trabalhadores das várias Unidades de Negócio/Empresas do Grupo TAP. Desde o arranque do curso, em abril de 2010, 650 trabalhadores do Grupo receberam esta ação de formação. O Programa de Compensação de Emissões de CO2 da TAP, em parceria com a IATA e através do qual os passageiros podem, de forma voluntária, compensar as emissões de CO2 associadas às suas viagens na TAP, teve continuidade em 2011. Neste ano, o objetivo de com-pensação de emissões estabelecido foi, de novo, ultrapassado, em 13%, tendo sido compensadas 4.515 toneladas de CO2.

No domínio da sensibilização ambiental, a Empresa assinalou o ano de 2011 – Ano Internacional das Florestas –, com uma ati-vidade de proteção do património flores-tal, no controlo e limpeza de infestantes na Serra da Boa Viagem, na Figueira da Foz. Esta ação sócio ambiental, que teve lugar em maio de 2011, foi organizada pela Área de Ambiente, em parceria com a Fundação Floresta Unida, e contou com a colabora-ção do grupo de Voluntários com Asas da TAP. Em 2011, foi também organizado o programa Minuto Verde – rúbrica da ONG Quercus, transmitida no Programa Bom dia Portugal na RTP, numa iniciativa con-junta da área de Ambiente e da Direção de Comunicação da Empresa. Os progra-mas, filmados na TAP, explicam como várias medidas em curso na Empresa contribuem para a redução do consumo de combustível e emissões de CO2, e destacam iniciativas implementadas no Campus TAP, como a recolha seletiva de resíduos em áreas admi-nistrativas e oficinais, e a redução de consu-mos de eletricidade e de água.

No domínio regulatório, a inclusão da TAP no Comércio Europeu de Licenças de Emissão, a partir de janeiro de 2012, tem represen-tado uma das prioridades no domínio do Ambiente, envolvendo as áreas de Ambiente e de Finanças da Unidade de Negócio TAP Serviços, e a área de Gestão de Frota da Unidade de Negócio do Transporte Aéreo.

Para mais informações sobre as atividades da TAP relativamente ao Ambiente, con-sultar capítulo “Perspetiva Ambiental” do Relatório de Sustentabilidade da TAP.

Melhoria do desempenho ambiental de cada Trabalhador da atividade de Manutenção

Com o objetivo de melhorar o desempe-nho ambiental de cada trabalhador e, con-sequentemente, da Unidade de Negócio em questão, foi criado em 2011, na TAP–Manutenção e Engenharia, no âmbito da Comunicação, um novo canal para difu-são de informações de cariz ambiental, a Newsletter ambiente me, uma publicação bimensal, que vem abordar temas práticos do dia-a-dia profissional.

Por outro lado, foi mantido e desenvol-vido o Programa de Proteção Ambiental, tentando reduzir os impactes ambientais negativos decorrentes da atividade desta Unidade de Negócio. Foram, assim, man-tidos os processos de gestão de resíduos, os processos de tratamento de efluentes, as monitorizações das emissões para a atmosfera e para a água, tendo sido efetu-ados investimentos, de modo a minimizar alguns dos impactes ambientais. Foi, ainda, reiniciada a implementação do Sistema de Gestão Ambiental da Unidade de Negócio, tendo sido elaborado o sistema documental do processo: Manual de Gestão Ambiental, Procedimentos, Instruções de Serviço e Registos. Ao nível da Oficina de Motores, realizaram-se, igualmente, diversos inves-timentos que resultaram na melhoria do desempenho ambiental desta atividade, merecendo destaque a adequação do pro-cesso de limpeza de rolamentos aos pro-cedimentos previstos pelo manual do fabricante CFM. No setor de Soldadura, foi adquirido um novo equipamento de afiação de elétrodos de tungsténio, com conten-ção total das partículas geradas no pro-cesso. No âmbito da Oficina de Tratamentos Eletrolíticos, foi realizado um estudo com vista a dotar esta área das melhores práti-cas e das melhores tecnologias disponíveis para a sua atividade, tendo sido identifica-dos alguns produtos alternativos, que entra-rão, brevemente, em regular utilização. Na componente de Gestão de Resíduos, man-teve-se o procedimento, sendo o seu enca-minhamento para o exterior coordenado pela TAP Serviços, que contrata a gestão externa dos resíduos de todo o reduto TAP.

Pondo em prática a política dos 3 R’s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), os trabalha-dores têm sido sensibilizados, através de

Programa de Compensação de Emissões de CO2

Carbon Offset

Disponível no site, toda a informação relativa ao valor de dióxido de carbono (CO2) emitido por passageiro em cada voo, bem como o custo correspondente à compensação dessa emissão e, ainda, informação sobre o projeto apoiado e no qual será investido o dinheiro resultante de cada contribuição.

Devido à singularidade deste programa, transversal à Indústria da aviação, a TAP foi distinguida pela UNESCO com o Prémio Planeta Terra 2010.

ações de formação no sentido de, sempre que possível, efetuar a contentorização dos resíduos produzidos, reutilizando recipientes provenientes dos materiais usados nas ope-rações de manutenção, bem como voltar a reutilizar alguns dos resíduos que saem para reciclagem, após a sua regeneração. O tra-tamento dos efluentes industriais provenien-tes da Oficina de Tratamentos Eletrolíticos e da Oficina de Motores, efetuado na ETAR da Unidade de Negócio, atingiu um total de 2.006 m3 de efluentes, sendo o controlo de qualidade do efluente final aferido através de monitorizações trimestrais, de acordo com a Licença Ambiental em vigor. Igualmente, no âmbito desta licença, foram efetuadas duas campanhas de monitorização das emissões das fontes fixas, com periodicidade semes-tral, conforme previsto.

Page 36: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

36 Grupo TAP Relatório Anual 2011

FACTOS MARCANTES

Acontecimentos Estruturantes

No decorrer de 2011, a Empresa pros-seguiu os esforços no sentido de man-ter um posicionamento competitivo no mercado global, tendo-se registado a ocorrência de acontecimentos de natu-reza estruturante.

Cronologia dos principais acontecimentos

Em abril de 2009, o Grupo TAP desenvolveu um concurso para a seleção de uma institui-ção bancária de investimentos com a mis-são de promover a venda, nos mercados nacional e internacional, da maioria (50,1%) do capital da empresa SPdH.

A aquisição da referida parcela de capital ocorreu em março de 2008, por parte de um consórcio de três instituições financeiras (Banco de Investimento Global (BIG), Banco de Investimento, S.A. (BANIF) e Banco Invest, S.A.).

Esta operação, dinamizada pela TAP, teve por objetivo criar condições aos respon-sáveis pela gestão da SPdH no sentido de promover as mudanças necessárias à reso-lução das suas dificuldades operacionais e, desta forma, proporcionar a melhoria signi-ficativa dos padrões de serviço oferecidos, tanto à própria TAP, como aos restantes clientes daquela empresa de handling.

Assim, em março de 2009, e de acordo com condições previstas com os referidos bancos, foi transferida para a TAP aquela participação no capital da SPdH, tendo a operação sido celebrada por montante igual ao da aquisição.

Em novembro de 2009, a Autoridade da Concorrência (AdC) emitiu decisão, proi-bindo a operação de concentração da TAP com a SPdH, por considerar suscetível de criar ou reforçar uma posição dominante da empresa de handling na assistência em escala nos aeroportos nacionais em que aquela opera, devendo a TAP concretizar a alienação da maioria do capital social da operadora de handling, bem como nomear um mandatário de gestão com a missão de agir no interesse da AdC, gerindo a empresa SPdH de forma independente da TAP. Nesse sentido, a gestão da SPdH tem sido

assegurada pela Europartners, entidade independente da TAP, e acompanhada pela Autoridade da Concorrência.

Em cumprimento destas disposições, a TAP tem vindo a prosseguir no esforço de alie-nação da posição que foi obrigada a read-quirir, a maioria do capital da SPdH. Assim, e por deliberação da Assembleia Geral de acionistas de 27 de janeiro de 2010, foram designados três representantes da Europartners para ter assento no Conselho de Administração da SPdH, neles se incluindo o administrador-delegado, na qua-lidade de gestor operacional independente.

Para cumprimento dos desígnios justifi-cados em imperativos legais que regem o setor de atividade de assistência em escala, e conseguir obter condições favoráveis à alienação da maioria do respetivo capital social, a SPdH iniciou, em 2010, um pro-cesso de reestruturação profunda, no sen-tido de serem repostos os capitais próprios e, assim, restabelecer os rácios de solvabi-lidade e de autonomia financeira, segundo padrões habitualmente aceitáveis, e suscetí-veis de lhe conferir aptidão para se apresen-tar ao Concurso Publico Internacional para licença de operador de handling nos aero-portos nacionais, promovido pelo INAC no final de 2011.

Na sequência das diligências efetuadas, foi firmado, no final de 2011, um acordo de princípio com um grupo nacional, para a aquisição, por parte deste, de 50,1% do capital da SPdH. A efetiva concretiza-ção do negócio, prevê-se que ocorra já em 2012, estando sujeita, ainda, à avaliação do Governo, bem como ao parecer favorável da Autoridade da Concorrência, neste último caso, um requisito já confirmado no decor-rer de janeiro de 2012.

janeiroPublicação da Política de Segurança Operacional (Safety Policy) na TAP–Manutenção e Engenharia, numa rea-firmação do compromisso com a segu-rança operacional, assumido pelo administrador executivo desta Unidade de Negócio como primeira prioridade. A implementação de um Sistema de Gestão da Segurança Operacional representa uma evolução dos con-ceitos de gestão da Segurança e da Qualidade.

fevereiroLançamento da nova campanha e assi-natura da Empresa De Braços Abertos, durante a participação da TAP na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL).

A TAP–Manutenção e Engenharia parti-cipa na 3ª edição da conferência orga-nizada pela Aviation Week no Dubai, da Maintenance Repair & Overhaul Middle East 2011, a maior exposição de Manutenção e Reparação no Médio Oriente.

marçoInauguração de operações diretas para Dusseldorf, totalizando, com as três cidades já servidas neste país – Frankfurt, Hamburgo e Munique –, 55 frequências semanais.

Presença da TAP no Fórum Panrotas 2011, em São Paulo, o principal evento de tendências e debates do Turismo Brasileiro.

PRINCIPAIS EVENTOS

Page 37: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 37 Relatório Anual 2011

abrilInício das operações diretas para Bordéus, perfazendo, no conjunto das seis cidades operadas em França, 149 frequências semanais.

Presença da TAP Cargo na 17ª edição da Intermodal South America, a maior e mais importante feira da América do Sul, nos setores de logística, transportes e comércio internacional.

Presença da TAP–Manutenção e Engenharia, unidades de Portugal e do Brasil, na Maintenance, Repair & Overhaul Américas 2011, com forte aflu-ência de visitantes profissionais de avia-ção civil e militar.

maioInauguração de operações diretas para Viena, integrada na estratégia de articu-lação das políticas de transporte aéreo com os objetivos do Turismo.

junhoInauguração de voos diretos para Atenas e Manchester, consolidando o posicionamento da Companhia no con-tinente Europeu.

Num esforço de reforço da importân-cia estratégica do hub de Lisboa, lan-çamento das rotas para Miami (EUA), para Bamako (Mali) e para Porto Alegre (Brasil), totalizando, este caso, o 10º destino no País.

Participação da TAP–Manutenção e Engenharia, Portugal e Brasil, no Paris Air Show, o maior salão mundial do setor.

julhoA traduzir a opção pela expansão da rede em todos os espaços continen-tais onde a Empresa opera, início da operação em África, para S. Vicente, a 2ª ilha mais populosa de Cabo Verde e inauguração de operações diretas para Accra, capital do Gana, perfa-zendo uma rede de 13 destinos neste continente.

Início de operações para Dubrovnik, totalizando seis novos destinos na Europa.

agostoCut-over do novo sistema de reser-vas de carga – Cargospot, que subs-titui a anterior plataforma Cargomatic, perspetivando-se a sua ampliação, no futuro, com os módulos de pricing, faturação e contabilização.

setembroPresença da TAP–Manutenção e Engenharia Portugal e da TAP–Manutenção Engenharia Brasil, na Maintenance Repair & Overhaul Europe 2011, exposição das principais organi-zações de manutenção.

outubroAdjudicação do contrato para o upgrade de interiores de cabina da frota de longo curso A340-312, à empresa britânica Marshall Aerospace, para a atualização e melhoria dos sistemas de entretenimento a bordo e cadei-

PRINCIPAIS EVENTOS

World Travel Awards 2011World’s Leading Airline to South AmericaWorld’s Leading Airline to Africa

ras de avião, visando proporcionar aos Clientes da TAP um nível superior de conforto e qualidade a bordo.

Presença da TAP–Manutenção e Engenharia Portugal na Wings of Russia International Aviation Forum, o maior evento do transporte aéreo da Europa de Leste.

novembroPresença da TAP–Manutenção e Engenharia Portugal no Dubai Airshow, o principal evento aeroespacial do Médio Oriente.

dezembroOrganização, pela TAP–Manutenção e Engenharia Portugal, da iniciativa Encontro Redes de Fornecedores Nacionais, dedicada ao setor Aero-náutico e dinamizada pela AICEP, pers-petivando identificar empresas nacio-nais passíveis de posicionamento como fornecedoras da TAP.

Page 38: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

38 Grupo TAP Relatório Anual 2011

“LISBOA COMO PORTA DA EUROPA…”

A estratégia de hub implementada no Aeroporto de Lisboa, tirando partido da posição de Portugal, como plataforma privilegiada para a ligação entre a Europa, e o Brasil e África, permitiu a geração das economias de escala indispensáveis para o continuado crescimento, verificado no número de passageiros transportados.

E…, desta forma, para a crescente notoriedade da marca “TAP”, contribuindo assim, decisivamente, para que a Empresa e o País pudes-sem ser reconhecidos, internacionalmente, de uma forma diferente, bem testemunhada pelos destaques recebidos na sequência da sua atuação, em diversos âmbitos…

…NA DIVULGAÇÃO DA CULTURA, DOS VALORES E DOS PRODUTOS NACIONAIS

A Revista UP tem duas das melhores capas do mundo em 2011

Seleção do site norte-americano Cover Junkie de duas capas da revista de bordo da TAP, dedica-das a dois destinos turísticos portugueses, Estoril e Costa Oeste.

Capa do Dia

Destaque efetuado à edição de janeiro da UP, revista de bordo da TAP, no site da Society of Publications Designers (SPD), organização dedicada à promo-ção e divulgação do design editorial de excelência.

Vinhos Portugueses servidos a bordo dos aviões da TAP considerados os melhores vinhos do mundo

Destaque efetuado, no âmbito do concurso Wines on the wing 2011, da revista Global Traveler USA, relativamente aos vinhos servidos pelas companhias aéreas, constituindo-se a TAP como um parceiro essencial dos produtores vitivinícolas nacionais.

…PELO IMPACTO NA ECONOMIA, RECONHECIDO EM DIVERSAS REGIõES DO MUNDO

Personalidade Turística do Ano

Distinção efetuada a Luiz Mór, administrador exe-cutivo da TAP, pela Associação dos Jornalistas Portugueses de Turismo (AJOPT), destacando a sua ação em favor do Turismo português.

Melhor Empresa de Comércio a Retalho

Reconhecimento efetuado à LFP–Lojas Francas de Portugal, pela Revista Exame, no âmbito da Edição de 2010 das 500 Maiores e Melhores Empresas, constituindo objetivo quantificar a performance e o dinamismo da empresa e o seu contributo para a economia nacional.

Europa

Companhia com Maior Crescimento

Distinção atribuída, pelo Aeroporto de Genebra, pelo quarto ano consecutivo.

Terceira Melhor Companhia Aérea de Médio Curso 2011

Distinção efetuada na Bélgica, no âmbito da 14ª edição dos Travel Awards, organizado pela publica-ção Travel Magazine.

Melhor Companhia Aérea

Prémio atribuído pela revista espanhola QTRAVEL, no âmbito dos leitores da revista, confirmando o reforço do prestígio da TAP como companhia de referência no mercado espanhol.

Prémio Marketeer – Melhor Transportadora

Posicionamento atribuído no âmbito da 3ª edição dos Prémios Marketeer, na categoria Transportes e Logística, perspetivando destacar os melhores desempenhos na área do marketing, publicidade e comunicação em Portugal.

TAP Cargo, Melhor Companhia Aérea de Carga em três categorias (Melhor Companhia Aérea de carga para a Europa, para as Américas e para África)

Destaques atribuídos pelo periódico Transportes & Negócios.

Gold Award

Distinção, na categoria Best Ethically/Sustainable Amenity KiT, atribuída às novas bolsas de toilette ecológicas da TAP, pela publicação online Travel Plus, dedicada a passageiros frequentes.

Terceiro lugar na categoria Melhor Companhia Aérea de Médio Curso 2011

Distinção efetuada no âmbito do evento Travel Awards, dinamizado pela mais importante publica-ção belga de viagens. Um reconhecimento a con-tribuir para a consolidação crescente da imagem de qualidade da TAP Portugal nos mercados inter-nacionais mais competitivos, com destaque para a sua rede europeia.

Estados Unidos

Melhor Companhia Aérea na Europa

Prémio atribuído no âmbito da 8ª gala da revista norte-americana Global Traveler Magazine, resul-tante da consulta a Passageiros Frequentes e Passageiros Executivos.

Prémio Silver (Air Transport World – ATW)

Galardão atribuído à campanha publicitária da TAP –Manutenção e Engenharia, no âmbito da Airline Industry Achievements Awards–AdAwards, uma iniciativa dinamizada pela revista ATW.

África

Companhia Aérea Líder Mundial para África

Destaque efetuado no âmbito da 18ª edição dos WTA (World Travel Awards), o mais prestigiado pré-mio da indústria de Turismo & Viagens.

Brasil

Melhor Companhia Aérea Internacional no Brasil

Distinção efetuada no âmbito da 34ª edição da Feira de Turismo do Estado de São Paulo, pela Associação das Agências de Viagens Independentes do Interior do Estado de São Paulo (AVIESP), destacando o prestígio da Companhia neste mercado.

Medalha de Mérito Turístico

Prémio atribuído no âmbito do Dia Mundial do Turismo, distinguindo o papel da TAP e em particu-lar da Representação do Brasil, como uma parceria estratégica do Turismo de Portugal no mercado do Brasil e que resultou num forte impulso à economia nacional.

Companhia Aérea Líder Mundial para a América do Sul

Destaque efetuado, pela 3ª vez consecutiva, no âmbito da 18ª edição dos World Travel Awards.

Melhor Empresa de Manutenção Aeronáutica (MRO) do Brasil

Prémio atribuído à TAP–Manutenção e Engenharia Brasil, pelo segundo ano consecutivo, pela princi-pal revista brasileira especializada em aviação Avião Revue, destacando a imagem da empresa no mer-cado e a história de satisfação dos Clientes.

Page 39: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 39 Relatório Anual 2011

A conjugação dos tráfegos de ligação e de ponto a ponto, subjacente ao conceito de hub, possibilitou promover, no desenvolvimento da operação, o incremento da utilização dos aviões, viabilizando a operação de novos desti-nos e o aumento de frequências para aeroportos já operados.

Registou-se, em consequência, um aumento sustentado do tráfego, acom-panhado por uma dimensão crescente do volume de passageiros em trans-ferência. Desta forma, a TAP reforçou, com uma visibilidade crescente, as ações de promoção de Portugal no mundo, desenvolvendo:

O crescimento da TAP, em número de passageiros trans-portados, da ordem de 107%, propi-ciou ao Aeroporto de Lisboa um incre-mento de cerca de 57%, no período 2000-2011.

+ O número de destinos servidos diretamente pela TAP no hub Lisboa

+ O número de voos

+ Assumindo-se como um dos principais ins-trumentos nacionais de lusofonia

+ E contribuindo, de forma muito significativa, para a divulgação dos produtos nacionais

+ Para além do destacado posicionamento do contributo das suas Vendas no Exterior para o volume das exportações nacionais.

40 74

66.512 102.328

744 2.064

2000 2003 2011

EUR milhões

Passageiros em transferência no hub Lisboa

Passageiros transportados – hub Lisboamilhões

O acentuado crescimento verificado nos passageiros em transferência pelo hub Lisboa, no período 2000-2011, foi, principalmente, dinamizado pelos eixos Europa-África e Europa-Atlântico Sul, tendo representado este último fluxo de passageiros, 53% do total, em 2011.

Passageirostransportadospela TAP– hub Lisboa

Volume globalde passageiros– hub Lisboa

0123456789

0123456789

101112131415

+107,2%

+56,5%

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2011 vs 2000 2011

473%

197%

9%

-18%

32%

53%

Europa Europa-Atlântico Médio

Europa-África

Europa-Atlântico Norte

Europa-Atlântico Sul

2%

4%

25%16%

LISBOA

Page 40: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

40 Grupo TAP Relatório Anual 2011

SÍNTESE DO DESEMPENHO

Após o acentuado crescimento económico global ocorrido em 2010, de +5,2%, supor-tado em fundamentos não sustentados, assistiu-se, ao longo de 2011, a um pro-gressivo e significativo abrandamento do crescimento da atividade económica, que acabaria por situar-se em +3,8%. Embora, em parte atribuída a fatores temporários, outros desenvolvimentos acabariam por estar na génese de uma desaceleração mais profunda e prolongada, apesar do desenvol-vimento favorável nas economias de mer-cado emergentes. De referir, o impacto na economia mundial e, em particular, nas eco-nomias avançadas, da elevada turbulência verificada nos mercados financeiros inter-nacionais, relacionada, entre outros, com o agravamento da crise da dívida soberana na área do euro. Embora numa conjuntura de abrandamento económico, os preços do petróleo mantiveram, no entanto, um nível elevado, comportamento que se acentuou, nos últimos meses do ano, na sequência de receios de perturbações do lado da oferta, associados ao aumento das tensões geo-políticas no Médio Oriente. Em Portugal, o efeito conjugado de um défice público ele-vado e do crescimento das dívidas pública e privada conduziram à intervenção do Fundo Monetário Internacional, do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia, e ao desenho de um Programa de Assistência Financeira e Económica (PAEF), no qual o Governo da República se comprometeu a adotar medidas de carater estrutural e de ajustamento dos desequilíbrios macroeco-nómicos verificados. Estas medidas visam assegurar as condições indispensáveis a um padrão de crescimento sustentável da economia portuguesa, tendo, no entanto, como contrapartida um incontornável efeito contracionista, no curto prazo.

Para a Indústria do Transporte Aéreo, con-siderando a difícil conjuntura que as eco-nomias ocidentais enfrentam, poderá afirmar-se que o mercado de transporte aéreo se comportou, em 2011, de uma forma moderadamente positiva, embora caracterizado por acentuados contrastes. Assim, verificou-se, ao longo do ano, um relativo crescimento do mercado de trans-porte de passageiros, embora com tendên-cia de abrandamento, a partir do início do 2º semestre, evidenciando o impacto do progressivo enfraquecimento da confiança dos consumidores. Contrariamente, o mer-cado de transporte de carga, após meses consecutivos de contração, indiciou uma subida, já no final do ano 2011. Entretanto, os preços de combustível, com níveis sig-nificativamente elevados ao longo do ano, continuaram a comprometer a rentabilidade da Indústria, tendo representado para a TAP um aumento na rubrica de combustíveis, devido ao efeito preço, de 32%, equivalendo esta evolução a EUR 166 milhões. Ainda, de destacar a região Europeia, onde uma política restritiva para o setor da aviação se apresentou como determinante para que as margens da Indústria se tenham mantido em níveis frágeis, fortemente condiciona-das pela permanência de desafios estrutu-rais para o setor.

Para as empresas do Grupo TAP, na pre-sença do quadro económico descrito, onde, para além do comportamento do preço do petróleo, em níveis permanentemente ele-vados, se deverá também destacar a sua exposição a uma envolvente macroeco-nómica menos favorável, em particular na Europa, foi prosseguida uma estratégia no sentido de promover o aumento da renta-bilidade das atividades da respetiva esfera de intervenção. A suportar este objetivo, foi continuada uma ação incisiva sobre a glo-balidade dos custos acionáveis, verificando--se a continuidade da implementação de um

adequado programa de redução de custos e de otimização de receitas, integrando um conjunto diversificado de medidas, de efeito transversal a todo o grupo de empresas do universo TAP, a vigorar até 2012.

No mesmo sentido, de desta-car a elevada capacidade da Empresa, no desenvolvimento da sua atividade, ao responder com a flexibilidade adequada, no âmbito da oferta de servi-ços e no nível de custos, às múl-tiplas alterações verificadas no mercado, realidade confirmada pelo nível de performance que a Empresa vem conseguindo deter, face às suas congéne-res, refletida no posicionamento relativo da respetiva margem EBITDAR.

Deste modo, a TAP, procurando explorar todas as oportunidades de negócio, prosse-guiu a sua estratégia de consolidação das ligações com o Atlântico Sul, e de reforço do crescimento para África, efetuando o lan-çamento de 11 novos destinos, 6 no médio curso e 5 no longo curso, continuando, assim, o esforço centrado no crescimento e melhoria do hub Lisboa. Ainda, o aumento constante da produtividade e da eficiência, a adoção das melhores práticas, a simpli-ficação de processos e a intensificação de políticas comerciais agressivas constituí-ram-se como vetores determinantes na polí-tica da Empresa, a par do desenvolvimento continuado de uma política de inovação, com vista a responder às necessidades dos Clientes, e a incrementar a qualidade dos serviços prestados.

Preço do FuelUSD / ton.

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1.000

1.100

1.200

1.300

1.400

1998

-Dez

1999

-Mar

1999

-Jun

1999

-Set

1999

-Dez

2000

-Mar

2000

-Jun

2000

-Set

2000

-Dez

2001

-Mar

2001

-Jun

2001

-Set

2001

-Dez

2002

-Mar

2002

-Jun

2002

-Set

2002

-Dez

2003

-Mar

2003

-Jun

2003

-Set

2003

-Dez

2004

-Mar

2004

-Jun

2004

-Set

2004

-Dez

2005

-Mar

2005

-Jun

2005

-Set

2005

-Dez

2006

-Mar

2006

-Jun

2006

-Set

2006

-Dez

2007

-Mar

2007

-Jun

2007

-Set

2007

-Dez

2008

-Mar

2008

-Jun

2008

-Set

2008

-Dez

2009

-Mar

2009

-Jun

2009

-Set

2009

-Dez

2010

-Mar

2010

-Jun

2010

-Set

2010

-Dez

2011

-Mar

2011

-Jun

2011

-Set

2011

-Dez

109,9

1.356,7

1.116,6

986,5

Page 41: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 41 Relatório Anual 2011

social da operadora de handling, bem como nomear um mandatário de gestão com a missão de agir no interesse da AdC, gerindo a empresa SPdH de forma independente da TAP. Nesse sentido, a gestão da SPdH tem sido assegurada pela Europartners, enti-dade independente da TAP, e acompanhada pela AdC.

Em cumprimento destas disposições, a TAP tem vindo a prosseguir no esforço de alie-nação da posição que foi obrigada a read-quirir, a maioria do capital da SPdH. Assim, e por deliberação da Assembleia Geral de acionistas de 27 de janeiro de 2010, foram designados três representantes da Europartners para ter assento no Conselho de Administração da SPdH, neles se incluindo o administrador-delegado, na qua-lidade de gestor operacional independente.

Escala da TAP, S.A., a TAP, SGPS, S.A. é detentora de um conjunto de ações repre-sentativas de 49,9% do respetivo capital social, valor que Inclui uma participação de 6% detida pela PORTUGÁLIA–Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A.. A empresa Groundforce Portugal que ado-tou, a partir de 1 de novembro de 2005, um período especial de tributação de 1 de novembro a 31 de outubro, tendo retomado, em 2010, o anterior período de tributação, registou um resultado líquido de EUR -11,1 milhões.

Em março de 2009, um consórcio de três bancos (BIG, BANIF e Banco Invest) trans-feriu para a TAP S.A. a participação detida na SPDH (50,1%). Em abril, o Grupo TAP desenvolveu um concurso para a seleção de uma instituição bancária de investimen-tos com a missão de promover a venda, nos mercados nacional e internacional, da maio-ria (50,1%) do capital da empresa SPdH. A aquisição da referida parcela de capital, em março de 2008, dinamizada pela TAP, teve por objetivo criar condições aos responsá-veis pela gestão da SPdH, no sentido de promover as mudanças necessárias à reso-lução das suas dificuldades operacionais e, desta forma, proporcionar uma melhoria significativa dos padrões de serviço ofereci-dos, quer à TAP, quer aos restantes clientes daquela empresa de handling. Assim, em março de 2009, e de acordo com as condi-ções previstas com os referidos bancos, foi transferida para a TAP aquela participação no capital da SPdH, tendo a operação sido celebrada por montante igual ao da aquisi-ção. Em novembro de 2009, a AdC emitiu decisão, proibindo a operação de concen-tração da TAP com a SPdH, por considerar suscetível de criar ou reforçar uma posi-ção dominante da empresa de handling na assistência em escala nos aeroportos nacio-nais em que aquela opera, devendo a TAP concretizar a alienação da maioria do capital

Desempenho agregado do Grupo TAP

Salientam-se, seguidamente, os aspetos mais relevantes do desempenho agregado do Grupo TAP e das empresas que cons-tituem o seu núcleo empresarial, em 2011:

+ Na presença do quadro económico des-crito, as empresas do Grupo TAP regis-taram um resultado líquido consolidado com os interesses não controlados do exercício, no valor de EUR -76,8 milhões, menos EUR 19,7 milhões, que em 2010.

+ O resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos), situou-se em EUR -18,1 milhões, menos EUR 17,6 milhões, que em 2010.

Concorreram para a obtenção deste resultado:

A TAP, S.A. e um conjunto de companhias que desenvolvem a sua atividade em áreas ligadas aos negócios principais do Grupo, e em que a TAP, SGPS, S.A. detém participa-ção no respetivo capital social.

Relativamente à TAP, S.A., a empresa regis-tou um lucro de EUR 3,1 milhões. Este resul-tado, inferior em EUR 59,2 milhões aos EUR 62,3 milhões registados em 2010 (valor de acordo com as IFRS), decorreu na sequên-cia de uma redução do resultado operacio-nal, face ao ano anterior, que atingiu EUR 41,1 milhões, menos EUR 62,1 milhões, que em 2010, fortemente influenciado pelo efeito do nível de preço do combustível de avião, permanentemente elevado, ao longo do ano.

No que respeita à SPdH–Serviços Portugueses de Handling, S.A. (Groundforce Portugal), constituída em 2003 por cisão da Unidade de Negócio de Assistência em

Contínua evolução dos hubs operacionais da rede de linhas da TAP

Decorridos onze anos, após a implementação da estratégia de criação do hub Lisboa, o número de passageiros em transferência no aeroporto traduziu, em 2011, uma evolução da ordem dos 130% em relação ao valor inicial, tendo-se verificado, igualmente, um crescimento assinalável, face ao ano anterior.

Este comportamento, suportado, maioritariamente, pelos passageiros com destino ao Atlântico Sul e a África, evidencia a atratividade do posicionamento geográfico da plataforma, consolidando o seu carater como hub intercontinental, suporte da rede operacional de linhas da TAP.

Verificou-se, por outro lado, a continuação da operação no Porto, como 2º hub operacional da Companhia, uma atividade iniciada no decorrer de 2006.

Tráfego em transferência pelo hub LisboaCrescimento sobre 2000

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

0%20%40%60%80%

100%120%140%

Page 42: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

42 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Relativamente à empresa TAP–Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. (ex-VEM), prosse-guiu, em 2011, por parte da TAP, um esforço significativo no sentido da sua recuperação, tendo os objetivos fixados para a quase totalidade dos principais indicadores sido atingidos e, tendo-se verificado, do ponto de vista comercial, a consolidação da carteira de clientes, mesmo num contexto de mercado desfavorável. De referir, que o investimento efetuado nesta empresa configura, essencialmente, uma perspetiva estratégica, permitindo o crescimento da atividade de manutenção em novos mercados. Assim, no final de 2011, foi, já, possível assistir-se a uma certa recuperação do resultado da empresa, que se situou em EUR -62,7 milhões, valor que representa uma melhoria de EUR 10,4 milhões, face ao ano anterior.

Do ponto de vista operacional

+ A TAP, S.A. registou um resultado operacional que se cifrou em EUR 41,1 milhões, menos 60,2% que em 2010. Os Rendimentos e Ganhos Operacionais totalizaram EUR 2.272,6 milhões, um valor superior em EUR 91,9 milhões, ou seja mais 4,2% que o montante apu-rado em 2010. O total de Gastos e Perdas Operacionais, excluindo combustível, ascen-deu a EUR 1.403,2 milhões, menos EUR 27,3 milhões que em 2010, ou seja menos 1,9%, tendo-se verificado um incremento na operação que se situou na ordem dos 5,9%.

+ No que refere ao desempenho dos negócios da TAP, S.A., o segmento Clientes Terceiros da Manutenção e Engenharia contribuiu com EUR 92,6 milhões, valor inferior em EUR 34 milhões ao montante realizado em 2010, refletindo a envolvente recessiva que se continua a verificar, a nível internacional.

+ A atividade de Transporte Aéreo gerou, em vendas e prestações de serviços, um total de EUR 2.123,7 milhões, mais 6,9% do que em 2010. Este resultado foi significativamente influenciado pelo comportamento dos proveitos de passagens, os quais totalizaram EUR 1.974,3 milhões, mais 7,1% que o valor registado no ano anterior, em consequência de um incremento na procura, da ordem dos 8,5%, expressa em PKU’s, bem como de uma certa melhoria do yield. Igualmente, a contribuir para aquele resultado, refira-se a Carga Aérea, atividade em que a TAP registou um incremento de 4,3%, face ao ano anterior.

+ Quanto ao desempenho operacional, e mediante a adoção de uma estratégia de ajus-tada flexibilidade às alterações do mercado, visando, sempre, promover uma adequa-ção racional da capacidade e o efetivo controlo de custos, o nível de oferta da operação regular registou um acréscimo da ordem de 5,9%, tendo a procura verificado um incre-mento superior, da ordem de 8,5%. O coeficiente global de ocupação situou-se, assim, em 76,3%, mais 1,8 p.p. que em 2010. No seguimento da aplicação da estratégia delineada, prosseguiu a opção no sentido de consolidar Lisboa como hub da Empresa, conectando a Europa a um número crescente de destinos localizados em África e no Atlântico Sul, des-tacando-se, nesta região, como a companhia aérea Europeia com maior penetração no mercado brasileiro.

Para cumprimento dos desígnios justifi-cados em imperativos legais que regem o setor de atividade de assistência em escala, e conseguir obter condições favoráveis à alienação da maioria do respetivo capital social, a SPdH iniciou, em 2010, um pro-cesso de reestruturação profunda, no sen-tido de serem repostos os capitais próprios e, assim, restabelecer os rácios de solvabi-lidade e de autonomia financeira, segundo padrões habitualmente aceitáveis, e suscetí-veis de lhe conferir aptidão para se apresen-tar ao Concurso Publico Internacional para licença de operador de handling nos aero-portos nacionais, promovido pelo INAC no final de 2011.

Na sequência das diligências efetuadas, foi firmado, no final de 2011, um acordo de princípio com um grupo nacional, para a aquisição, por parte deste, de 50,1% do capital da SPdH. A efetiva concretiza-ção do negócio, prevê-se que ocorra já em 2012, estando sujeita, ainda, à avaliação do Governo, bem como ao parecer favorável da Autoridade da Concorrência, neste último caso, um requisito já confirmado no decor-rer de janeiro de 2012.

Volume de Negócios do Grupo

87,3% Transporte Aéreo

3,7% Manutenção – Assist. a Terceiros – Portugal

2,6% Manutenção – Assist. a Terceiros – Brasil

5,9% Lojas Francas (LFP, S.A.)

0,2% Catering (CATERINGPOR, S.A.)

0,3% Outras Actividades da TAP, SGPS, S.A.

Page 43: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 43 Relatório Anual 2011

PRINCIPAIS INDICADORES DO GRUPO TAP

Metodologia de consolidação

Conforme determinação legal, as empresas em que a TAP detém, direta ou indiretamente, a maioria dos direitos de voto, situação que ocorre na maior parte dos casos, foram inclu-ídas na consolidação pelo método integral. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas, correspondentes à participação de terceiros nas mesmas, são apresentados nas rubricas de interesses não controlados, respetivamente, no balanço consolidado em linha própria no capital próprio e na demonstração de resultados consolidada. Os investimentos em empresas associadas (representando entre 20% a 50% dos direitos de voto) são regis-tadas pelo método de equivalência patrimonial. Refira-se, nesta situação, a empresa SPdH –Serviços Portugueses de Handling, S.A..

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo anexas foram preparadas em confor-midade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro adotadas pela União Europeia (IFRS – anteriormente designadas Normas Internacionais de Contabilidade – IAS) emiti-das pelo International Accounting Standards Board (IASB) e Interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (SIC), em vigor à data da preparação das referidas demonstrações financeiras.

TAP, SGPS, S.A. (Consolidação)

2011EUR milhões

2010EUR milhões

var.

Resultado Operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (18,1) (0,4) -4.191,4%

Resultado antes de impostos (64,5) (44,4) -45,2%

Resultado Líquido dos detentores do capital da empresa-mãe (76,8) (57,1) -34,5%

Resultado Liquido da TAP, S.A. 3,1 62,3 -95,0%

Resultado Liquido da SPdH–Serviços Portugueses de Handling, S.A. (11,1) (43,6) 74,5%

Resultado Liquido da AeroLB – (71,8) –

Resultado Liquido da Aeropar Participações, S.A. (Brasil) (2,9) – –

Resultado Liquido da TAP–Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. (62,7) (73,1) 14,3%

Ativo 1.982,0 2.086,8 -5,0%

Capital Próprio (após interesses não controlados) (343,2) (264,8) -29,6%

Quadro do Pessoal Ativo do Grupo (31 dezembro) 12.395 13.113 -718

TAP, S.A. (excluindo empresas subsidiárias)* 6.934 7.055 -121

Transporte Aéreo 4.543 4.582 -39

Manutenção e Engenharia 1.917 1.942 -25

TAP Serviços 441 496 -55

Outros 33 35 -2

SPdH–Serviços Portugueses de Handling, S.A.** 1.908 2.382 -474

Restantes Empresas 3.553 3.676 -123

(*) Não inclui pessoal sem colocação e não ativo(**) Empresa Associada

Page 44: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

44 Grupo TAP Relatório Anual 2011

ANÁLISE DA CONJUNTURA

Conjuntura Internacional

Após o acentuado crescimento económico global, ocorrido em 2010, de +5,2%, supor-tado em fundamentos não sustentados, assistiu-se, ao longo de 2011, a um pro-gressivo e significativo abrandamento do crescimento da atividade económica, que acabaria por situar-se em +3,8%. Embora, em parte atribuída a fatores temporários, nomeadamente, o impacto negativo do desastre natural no Japão, bem como ao efeito desfasado do forte aumento dos pre-ços das matérias-primas, outros desenvol-vimentos acabariam por estar na génese de uma desaceleração mais profunda e prolon-gada, apesar do desenvolvimento favorável nas economias de mercado emergentes.

De referir, o impacto na economia mundial e, em particular, nas economias avançadas, da elevada turbulência verificada nos merca-dos financeiros internacionais, relacionada, entre outros, com o agravamento da crise da dívida soberana na área do euro.

Nesta região, ao longo de 2011, após os pedidos de assistência financeira externa da Grécia, da Irlanda e de Portugal, as preo-cupações dos participantes nos mercados, relativamente à situação das finanças públi-cas e da respetiva repercussão nos sistemas

bancários, generalizaram-se a outros países da área, reforçando a sua natureza sisté-mica. Neste período, as perturbações deixa-ram de assumir uma dimensão significativa apenas nos países sujeitos ao Programa de Assistência Económica Financeira (PAEF) (Grécia, Irlanda e Portugal), passando a afe-tar outros países, onde também existem receios quanto à sustentabilidade das res-petivas finanças públicas (Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, França e Itália). Neste contexto, assistiu-se a um forte aumento dos prémios de risco soberano na Itália e em Espanha, entre outros países e, em menor escala, na Bélgica e em França, assistindo-se, também, a uma pronunciada deterioração das condições de acesso ao financiamento nos mercados de dívida por grosso, por parte de alguns bancos nes-tes países.

Os receios das consequências económicas de uma crise de dívida nestes países provo-caram fortes quedas nos mercados bolsis-tas e um aumento generalizado da aversão ao risco, que se repercutiu em maiores cus-tos de financiamento por parte dos países mais afetados e em dificuldades de liqui-dez nos mercados monetários. Os investi-dores internacionais passaram a diversificar

a sua avaliação do risco soberano den-tro da área euro, facto que levou à cessa-ção abrupta do financiamento externo das economias a cuja dívida atribuíram um risco elevado. Neste contexto, os indicadores de confiança das empresas e das famílias, em níveis já relativamente fracos, desde o início do ano, registaram uma queda significativa na generalidade dos países. Assim, para a área do euro, o impacto, na procura interna, da deterioração da confiança dos agentes económicos e das condições financeiras resultantes da incerteza significativa asso-ciada à crise de dívida soberana, bem como uma evolução menos favorável da procura externa, contribuíram para um crescimento económico débil, que deverá diminuir para 1,6%, de 1,9% em 2010.

Embora numa conjuntura de abrandamento económico, os preços do petróleo, manti-veram, no entanto, um nível elevado, com-portamento que se acentuou, nos últimos meses do ano, na sequência de receios de perturbações do lado da oferta, associados ao aumento das tensões geopolíticas no Médio Oriente.

EconomiaCrescimento do PIB

-5%-4%-3%-2%-1%0%1%2%3%4%5%6%

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

Mundial Estados Unidos União Europeia

Abrandamento da economia mundial e forte deterioração das perspetivas de cres-cimento económico a nível global, num qua-dro de crescente incerteza

Page 45: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 45 Relatório Anual 2011

Conjuntura Nacional

Após um crescimento de 1,4%, em 2010, a projeção para a atividade económica em Portugal, em 2011, aponta para uma con-tração acentuada, da ordem dos 1,6%. Esta evolução caraterizou-se por uma queda generalizada das componentes da procura interna, bem como pelo abrandamento do crescimento das exportações, em linha com a evolução da procura externa, permitindo induzir um ajustamento nos desequilíbrios da economia portuguesa.

Assim, não obstante o aumento das expor-tações, a redução da procura interna tradu-ziu-se numa queda da procura agregada, induzindo uma significativa redução das importações de bens e serviços, em particu-lar devido ao elevado conteúdo importado das componentes da procura que regista-ram quedas mais expressivas.

De referir, ao nível da procura interna, uma acentuada contração, quer do consumo privado, quer do investimento residencial, associado ao impacto das medidas de con-solidação orçamental sobre as perspetivas de rendimento das famílias. De destacar, ainda, a expressão da redução do consumo público, após anos consecutivos de um expressivo aumento.

No quadro da crise da dívida soberana na área do euro, a economia portuguesa inten-sificou, em 2011, o inadiável processo de ajustamento dos desequilíbrios macroe-conómicos acumulados ao longo dos últi-mos anos. Estes desequilíbrios tinham-se traduzido em necessidades de financia-mento externo persistentes e elevadas e, consequentemente, numa trajetória insus-tentável da posição de investimento inter-nacional. Num contexto de fortes tensões nos mercados financeiros internacionais, estes desequilíbrios constituem uma vul-nerabilidade da economia portuguesa, que contribuiu para a perda de acesso do setor público e, também, do setor bancário, a financiamento de mercado em condições regulares, obrigando o Estado português a solicitar assistência financeira, junto do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia. Este pedido deu lugar à forma-lização de um Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), no qual o Governo da República se comprometeu a adotar medidas de caráter estrutural e de ajustamento dos desequilíbrios macro-económicos verificados. Estas medidas visam assegurar as condições indispen-sáveis ao aumento do potencial de cresci-mento da economia portuguesa e permitir, deste modo, um padrão de crescimento sustentável, face ao novo quadro de

funcionamento dos mercados financeiros internacionais, tendo, no entanto, como contrapartida um incontornável efeito con-tracionista, no curto prazo.

Transporte Aéreo

Considerando a difícil conjuntura que as economias ocidentais enfrentam, poderá afirmar-se que o mercado de transporte aéreo se comportou, em 2011, de uma forma moderadamente positiva, embora caracterizado por acentuados contrastes. Assim, verificou-se, ao longo do ano, um relativo crescimento do mercado de trans-porte de passageiros, embora com tendên-cia de abrandamento, a partir do início do 2º semestre, evidenciando o impacto do progressivo enfraquecimento da confiança dos consumidores. Contrariamente, o mer-cado de transporte de carga, após meses consecutivos de contração, indiciou uma subida, já no final do ano 2011. Entretanto, os custos de combustível, ao longo do ano com níveis significativamente elevados, continuaram a comprometer a rentabili-dade da Indústria. Em síntese, embora com

resultados positivos no global da Indústria, na Europa, uma política restritiva para o setor da aviação apresentou-se como deter-minante para que as margens da Indústria se tenham mantido em níveis frágeis, forte-mente condicionadas pela permanência de desafios estruturais para o setor.

Em particular, as companhias aéreas euro-peias transportaram cerca de 363 milhões de passageiros, mais 7,1% que em 2010, representando este incremento mais de 19 milhões de passageiros transportados. Em termos da unidade de medida convencio-nal da Indústria (passageiro-quilómetro), o acréscimo foi de 8,0%, de acordo com a AEA (Association of European Airlines). Registaram-se evoluções positivas quase na globalidade das regiões, com aumen-tos no número de passageiro-quilómetros, que se situaram na Europa em 8,2%, no Atlântico Norte em 8,3%, no Atlântico Médio em 8,0% e no Atlântico Sul em 14,1%. Igualmente, nas ligações da Europa com a África Subsariana e com o Extremo Oriente verificaram-se acréscimos no tráfego de passageiros, na ordem dos 6,1% e 8,7%, respetivamente. As ligações entre a Europa

Page 46: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

46 Grupo TAP Relatório Anual 2011

segmentos, traduzindo reduções de 0,3 p.p. e de 7,9 p.p., respetiva-mente.Subjacente a esta evolução, de referir os crescimentos de trá-fego de passageiros nas três maiores regiões – Ásia-Pacífico, Europa e América do Norte – respetivamente, de 5,4%, 9,1% e 2,2%. Nas regiões da América Latina e do Médio Oriente continuaram a verifi-car-se fortes crescimentos de tráfego, na ordem dos 11,3% e 8,6%. Estas evoluções foram suportadas, na primeira situação, por condi-ções económicas robustas e uma continuada atividade comercial, enquanto no segundo caso, preços competitivos e hubs geografi-camente bem posicionados permitem às companhias desta região continuar a melhorar a respetiva quota de mercado de longo curso. Em África, a região de mais fraco desempenho, a procura registou um incremento na ordem dos 0,5%, em parte devido à agitação civil ocorrida em vários países do Norte deste Continente.

e o Norte de África apresentaram crescimento negativo, situando--se o nível do tráfego, em 2011, 23,6% abaixo do valor registado em 2010. O coeficiente de ocupação global acabou por situar-se nos 77,3%, menos 0,6 p.p. que o valor registado em 2010. Este com-portamento não foi, no entanto, extensivo às diversas regiões, apre-sentando-se como exceções a Europa, o Atlântico Sul e as ligações entre a Europa e a África Subsariana, onde foi evidente uma maior eficiência na gestão da capacidade.

Ao nível mundial, assistiu-se a uma subida da procura de passagei-ros, em termos dos totais de passageiro-quilómetro, da ordem dos 5,9%, um valor em linha com as tendências de crescimento de médio/longo prazo da Indústria. Os mercados de carga aérea, em contraste, registaram uma contração, que atingiu os 0,7%. Face aos acrésci-mos de capacidade verificados, na ordem dos 6,3% e 4,1%, no trans-porte de passageiros e no transporte de carga, os coeficientes de ocupação situaram-se em 78,1% e 45,9%, para cada um daqueles

Relativamente ao desempenho financeiro da Indústria, apesar de numa envolvente de acentuada deterioração da confiança das empresas na maioria das economias avançadas, e de crescente subida dos preços do combustível de avião, estima-se, a nível glo-bal, um resultado positivo, na ordem dos USD 6,9 mil milhões. Constituíram-se como fatores determinantes para a manutenção deste desempenho relativamente estável no presente contexto macroeconómico, a capacidade das companhias aéreas de utiliza-ção dos recursos em níveis permanentemente elevados, casos do load factor e utilização das frotas aéreas, a melhoria dos yields, bem como o progressivo corte nos custos unitários não-fuel.

Page 47: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 47 Relatório Anual 2011

ESTRATÉGIA

No decorrer dos últimos dez anos, o desempenho da TAP prosseguiu, enquadrado em três fases distintas: entre 2000 e 2005, com envolvi-mento num esforço significativo de turnaround da sua performance; entre 2005 e 2008 com acentuado crescimento, orgânico e inorgânico, conduzindo a resultados únicos; e, mais recentemente, a exposição a um período de forte crise da Indústria, com a implementação, em larga escala, de todas as iniciativas que tinham sido estabelecidas no Plano Estratégico 2009-2012 e tendo a TAP conseguido sustentar uma boa performance, face às suas congéneres, em particular no seu negócio core, realidade evidenciada pelo posicionamento que a respetiva mar-gem EBITDAR mantém.

Este plano, com o objetivo de reforçar as condições de rentabilidade da Companhia, assenta na consolidação da sua estratégia e num cená-rio de crescimento limitado, bem como na otimização e flexibilização da sua estrutura organizativa e de custos, criando as bases para a sus-tentabilidade futura da Companhia.

+ Desenvolvimento de opera-ção hub and spoke

+ Adesão à STAR Alliance

+ Esforço agressivo de redu-ção de custos

+ Alienação de negócios não core e encerramento de rotas não rentáveis

+ Esforço de comunicação interna e externa

+ Desenvolvimento de opera-ção regional (aquisição da Portugália)

+ Crescimento agressivo da capacidade, em particular no Brasil (descontinuação da frota A310, aquisição da frota A330)

+ Expansão do negócio de Manutenção (aquisição da VEM)

+ Processo de transforma-ção comercial (nova ima-gem, novos mecanismos comerciais)

+ Manutenção de estratégia de Rede, com ajuste de capacidade para fazer face à crise

+ Reforço de performance comercial (consolidação)

+ Otimização da estrutura de custos (lançamento de um vasto programa)

+ Implementação de pla-nos de turnaround da performance das partici-padas (Groundforce, TAP –Manutenção e Engenharia Brasil)

+ Redução sustentada da dívida do Grupo

2000 2005 2008 2012Esforço deTurnaround

AcentuadoCrescimento

Exposição a umperíodo de forte crise

Implementação do planode iniciativas para

restabelecimento dascondições de rentabilidade

Principais compromissos da Empresa para o triénio 2009-2012

Estratégia de Rede i) Manter a lógica e a estratégia de Rede, reduzindo, taticamente, a capacidade e procurando novos nichos de mercado nas geografias prioritárias;

Reforço da performance comercial

ii) Lançar um esforço agressivo de estímulo à procura, promovendo tráfego de ligação a partir dos mercados estrangeiros, reforçando as vendas na Internet e promovendo a fidelização dos seus clientes;

Esforço sistemático de redução de custos

iii) Atuar de forma agressiva sobre a totalidade dos custos acionáveis, promovendo ganhos de efi-ciência claros num contexto de crescimento limitado e mantendo o atual entorno de regulação laboral;

Redefinição das participadas

iv) Concretizar o processo de redefinição da estrutura de participações, concluindo a alienação da Groundforce, e mantendo o esforço de venda/parceria da TAP–Manutenção e Engenharia Brasil;

Transformação organizacional

v) Relançar o programa de transformação organizacional, desenvolvendo a organização e os seus recursos, de forma a assegurar a sustentabilidade futura da Companhia;

Estrutura de capitais e gestão do risco

vi) Preparar a Companhia para enfrentar as incertezas de negócio, aumentando a sua posição de caixa e intensificando um programa hedging dos principais riscos;

vii) Manter a estratégia de redução da dívida, em particular neste período de baixo crescimento da operação.

Page 48: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

48 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Embora apresentando, presentemente, um perfil competitivo, a Empresa enfrenta, ainda, alguns desafios, perspetivando-se um contexto externo, futuro, com algumas incertezas. Em particular, a persistente permanência, em níveis elevados e crescente volatilidade, do preço do combustível, o nível de intensidade do relançamento da oferta no conjunto da Indústria, após a saída da crise, bem como o desconhecimento sobre a evolução dos preços (yield) representam incertezas com impacto no desempenho da TAP, a que acrescem alguns desenvolvimentos menos favoráveis, como o lançamento de taxas de carbono pela UE e o impacto das medidas de austeridade em Portugal.

Assim, com vista a identificar os meios necessários à consolidação do desempenho do Grupo, neste contexto, o plano da Empresa para o período 2011-2015 fundamenta-se nos seis seguintes eixos estratégicos.

Principais desenvolvimentos em 2011

A lógica de operação da Rede foi mantida, obedecendo a uma estratégia de expansão em todos os espaços continentais onde a Companhia opera, com particular incidência na consolidação das ligações entre a Europa e o Atlântico Sul e África. No desenvolvimento desta linha, e em resul-tado de uma avaliação sistemática das oportunidades de lançamento de novas rotas, registou-se o alargamento da Rede a um total de onze novos pontos. Verificou-se, assim, o início de opera-ções regulares para Accra, Bamako e S. Vicente, perfazendo 65 ligações semanais, no conjunto das 13 ligações diretas entre Portugal e África. Na Europa, a rede foi reforçada com as rotas para Bordéus, Dusseldorf, Atenas, Manchester, Viena e Dubrovinik. No Atlântico Norte, a operação abrange agora, também, Miami e no Atlântico Sul, Porto Alegre passou a integrar a lista de pontos operados no Brasil, perfazendo a operação um total de dez cidades.

A operação da Rede, suportada num conceito de hub, foi acompanhada por um esforço agres-sivo no estímulo à procura, sendo de referir, em particular, o incremento, na ordem dos 14,2%, face ao ano anterior, verificado no tráfego de ligação, tendo a receita de transporte aéreo, origi-nada nos mercados estrangeiros representado, em 2011, 85% do volume total, num reforço da posição da TAP como grande exportador nacional. Igualmente, na Internet, na sequência de um incremento que atingiu os 33,3%, na atividade das reservas através do site, assistiu-se ao reforço das vendas, que representam, já, cerca de 11% do valor global. Ainda, o esforço desenvolvido no âmbito da política de fidelização conduziu a um acréscimo significativo, em cerca de 17%, no número de membros do programa Victoria.

Com vista a manter uma posição competitiva no mercado, prosseguiu, em 2011, a aplicação de uma estratégia de crescimento contínuo, em número de destinos e no volume de serviços, assente nas estruturas existentes, o que permitiu a obtenção de ganhos de eficiência assinaláveis e a diluição de custos fixos. Por outro lado, foi prosseguida uma atuação incisiva sobre a globali-dade dos custos acionáveis, verificando-se o cumprimento de um adequado programa de redu-ção de custos, integrando um conjunto diversificado de medidas, a vigorar até 2012. No âmbito deste programa, desenvolvido em exclusivo com recursos da Empresa, com forte incidência na melhoria do desempenho, e de efeito transversal a todo o grupo de empresas do universo TAP, estavam em implementação, em 2011, mais de 130 projetos.

Ainda, neste âmbito, na sequência da Lei de Orçamento do Estado para 2011 (Lei nº 55-A/2010, de 31 de dezembro) e da Resolução do Conselho de Ministros nº1/2011, de 4 de janeiro, relativa-mente à criação de condições que permitam ultrapassar a situação de desequilíbrio das contas públicas, de referir a integral aplicação, por parte da Empresa, das referidas disposições, envol-vendo a obtenção de redução de despesas operacionais, num valor mínimo de 15%, sendo de 5% a redução efetiva nos custos globais com as remunerações totais ilíquidas. De igual modo, refira-se, ainda, o cumprimento integral das disposições consignadas na Lei do Orçamento do Estado para 2012 (Lei nº 64-A/2011, de 30 de dezembro), promulgada com idêntico propósito.

Continuação do crescimento

da Rede e consolidação

dos atuais mercados

Reforço dos processos de hub-and-spokee so�sticação de gestão do cliente

Desenvolvimento do negócio de manutenção do Grupo

Manter umagestão ativa das

restantes participadas

Captura deoportunidades de

redução de custos,garantindo

posicionamentobest-in-class

Contribuir paraa reestruturaçãoda Groundforce

EixosEstratégicos

Estratégia de Rede

Reforço da perfomance comercial

Esforço sistemático de redução de custos

Page 49: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 49 Relatório Anual 2011

Na perspetiva da estrutura de participações, para a TAP–Manutenção e Engenharia Brasil, o desempenho no ano de 2011 marcou, pela primeira vez desde sua aquisição, uma inversão nas anteriores tendências negativas registadas anteriormente. Os objetivos fixados para a quase totalidade dos principais indicadores foram atingidos e, do ponto de vista comercial, o desenvol-vimento de programas para o ano de 2012 acompanhou o esforço despendido na consolida-ção da carteira de clientes, mesmo num contexto de mercado desfavorável. De referir que esta empresa, enquanto investimento estratégico, se tem caracterizado como uma assinalável com-ponente negativa no balanço do Grupo, tendo ocorrido um processo de profunda transforma-ção, envolvendo investimento e reorganização em termos humanos, empresariais e no mercado onde a empresa se insere. Um mercado que sendo, atualmente, uma das regiões do globo com maiores taxas de crescimento, reconheceu, já, as competências da empresa, com a atribuição do Prémio Melhor Empresa de Manutenção Aeronáutica (MRO) do Brasil.

Relativamente à Groundforce, em cumprimento das disposições da Autoridade da Concorrência, a TAP prosseguiu, em 2011, o esforço de alienação do controlo de capital da SPdH, posição que tinha sido obrigada a readquirir, permanecendo as correspondentes ações na posse de uma enti-dade independente, a Europartners, com um papel ativo na concretização das decisões da AdC, gerindo a empresa SPdH, de forma independente da TAP. As ações desencadeadas conduziram à realização de um acordo de princípio com um grupo nacional de qualidade reconhecida, para a aquisição, por parte deste, de 50,1% do capital da Groundforce, aguardando-se, agora, para a concretização do negócio, a avaliação do Governo.

Em 2011, a TAP decidiu dar início a um programa de formação, orientado para o desenvolvi-mento das suas lideranças. O enquadramento pedagógico deste programa de formação das lideranças da TAP está alicerçado no planeamento estratégico da Empresa, procurando reforçar o link permanente entre os dois papéis críticos do público alvo: Gestores e Líderes de Pessoas. Entendeu-se, também, que este processo de desenvolvimento deve partir de uma ampliação de conhecimentos, debatendo sobre cenários atuais e futuros da sociedade em geral, e do setor da aviação em particular, ponderando sobre a existência e origem das pressões para o crescimento. Em síntese, este programa de desenvolvimento de lideranças propõe-se, a partir dos skills analíti-cos, relacionais e decisórios, fortalecer as competências de liderança da TAP.

Ainda, na perspetiva da transformação organizacional, registou-se, na vertente do modelo orga-nizativo, o desenvolvimento do Programa de Mobilidade, iniciado com um projeto-piloto, com origem em Portugal e nas Representações de França, E.U.A. e Itália. A envolver projetos de mobi-lidade de curta e longa duração, o programa, para além de proporcionar um intercâmbio de valên-cias e um aumento de motivação, tem também por objetivo permitir identificar Colaboradores com potencial para o desempenho de funções de maior nível de complexidade.

No domínio da implementação dos compromissos de sustentabilidade corporativa, prosse-guiu, em 2011, o desenvolvimento de ações, com vista ao alargamento progressivo do respetivo âmbito à totalidade das empresas do Grupo, consignando o Relatório do Governo Societário e de Sustentabilidade de 2011, a informação relativa à globalidade deste universo, com a exceção da TAP–Manutenção e Engenharia Brasil.

Relativamente à gestão do risco, a perspetiva do risco financeiro da TAP SGPS, como Empresa responsável pela coordenação estratégica do Grupo TAP, assume dimensões e implicações mais vastas que a gestão financeira aplicada a uma empresa cuja atividade se limita a uma área de atividade específica. Na sua qualidade estatutária de Parent Company do Grupo, a TAP SGPS avalia, equaciona e decide sobre as grandes linhas de orientação das suas participadas e toma decisões de longo prazo relativas a investimento e desinvestimento em participações, em função da sua relevância estruturante para o funcionamento do conjunto.

A trajetória de amortização de dívida manteve o seu curso normal, tendo sido levadas a efeito operações normais de refinanciamento, de forma a manter o adequado nível de financiamento da atividade do Grupo e níveis equilibrados de tesouraria do Grupo, no seu conjunto.

Redefinição das participadas

Transformação organizacional

Estrutura de capitaise gestão do risco

Page 50: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

50 Grupo TAP Relatório Anual 2011

DESEMPENHO DAS EMPRESAS DO GRUPO TAP

TAP, S.A.

Progressiva deterioração da con-fiança dos consumidores e perma-nência de níveis elevados no preço do combustível de avião a comprometer a rentabilidade da Indústria

Para a Indústria do Transporte Aéreo, con-siderando a difícil conjuntura que as eco-nomias ocidentais enfrentam, poderá afirmar-se que o respetivo mercado se com-portou, em 2011, de uma forma moderada-mente positiva, embora caracterizado por acentuados contrastes. Assim, verificou-se, ao longo do ano, um relativo crescimento do mercado de transporte de passageiros, embora com tendência de abrandamento, a partir do início do 2º semestre, eviden-ciando o impacto do progressivo enfraque-cimento da confiança dos consumidores. Contrariamente, o mercado de transporte de carga, após meses consecutivos de con-tração, indiciou uma inversão desta ten-dência, embora já no final do ano 2011. Entretanto, os custos de combustível, ao longo do ano com níveis significativamente elevados, continuaram a comprometer a rentabilidade da Indústria, sendo de desta-car a região Europeia, onde uma política res-tritiva para o setor da aviação se apresentou como determinante para que as margens da Indústria se tenham mantido em níveis frá-geis, fortemente condicionadas pela perma-nência de desafios estruturais para o setor.

Igualmente condicionada pelo quadro eco-nómico descrito, a TAP, S.A. terminou o exercício de 2011 registando um resultado líquido com o valor de EUR 3,1 milhões, infe-rior, em EUR 59,2 milhões, ao valor regis-tado em 2010. Este resultado decorreu na sequência de uma redução do resultado operacional, face ao ano anterior, que atin-giu EUR 41,1 milhões, menos EUR 62,1 milhões que em 2010, tendo o encargo com combustíveis aumentado 37,1%, equiva-lendo esta evolução a EUR 193,9 milhões, sendo que EUR 166,4 milhões são atribuí-veis ao efeito preço.

A atividade de Transporte Aéreo gerou um total de EUR 2.123,7 milhões, mais EUR 137,4 milhões que em 2010, um resultado significativamente influenciado pelo com-portamento dos proveitos de passagens, os quais totalizaram EUR 1.974,3 milhões, mais 7,1% que o valor registado no ano anterior,

em consequência de um incremento na pro-cura, da ordem dos 8,5%, expressa em PKU’s. Contribuindo no mesmo sentido, os proveitos associados ao volume de Carga e Correio transportados totalizaram EUR 130,2 milhões, mais 4,3% que em 2010.

Por sua vez, a atividade de manuten-ção aeronáutica da TAP–Manutenção e Engenharia Portugal, no segmento Clientes Terceiros, registou um total de EUR 92,6 milhões, menos 26,8% que em 2010, refle-tindo o impacto da envolvente recessiva que se continua a verificar, a nível internacional.

De referir que, na presença de um cenário de preço do combustível, em níveis continu-adamente elevados, estes resultados ape-nas foram possíveis devido aos significativos ganhos de eficiência decorrentes da pro-gressiva melhoria de produtividade alcan-çada nos últimos anos, pela adoção das melhores práticas e simplificação de proces-sos, numa atuação conjugada com a inten-sificação de políticas comerciais agressivas. De referir, ainda, o impacto de um acentuado rigor na gestão dos custos, verificando-se a implementação de um adequado programa de redução de custos e de otimização de receitas, integrando um conjunto diversifi-cado de medidas, a vigorar até 2012.

Crescente importância do hub Lisboa, ampliando a conexão da Europa a um número crescente de destinos locali-zados em África e no Atlântico Sul

Na perspetiva do negócio de Transporte Aéreo, de destacar a crescente importân-cia do papel do hub Lisboa, sendo de refe-rir, neste âmbito, o impacto da participação da TAP no sistema de multi-hub global da aliança STAR Alliance, permitindo beneficiar do tráfego de alimentação, proporcionado pelas operações dos restantes membros. De assinalar que, decorridos seis anos, após a integração naquela Aliança global, numa participação considerada como um reforço para a própria Aliança, a Empresa tem prosseguido na execução da sua estra-tégia de nicho, conectando, através de um número crescente de ligações, a Europa a África e ao Atlântico Sul, região onde se des-taca como a transportadora Europeia líder para o Brasil.

€ 2.224,4milhõesVendas e Prestações de Serviços

91,0%do Volume de Negócios do Grupo

€ 3,1milhões Resultado Líquido da TAP, S.A.

Page 51: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 51 Relatório Anual 2011

No final do exercício, a frota conjunta TAP + PGA integrava um total de 71 aeronaves, garantindo à Companhia a concretização da sua estratégia, no sentido de responder mais e melhor às expectativas dos Clientes, otimizando todas as oportunidades de negócio disponíveis. O total de passageiros transportados atingiu 9.752 milhares, mais 663 milhares que em 2010, tendo-se regis-tado incrementos na generalidade dos seto-res de rede, com exceção do Continente.

A contribuir para este resultado, de refe-rir o lançamento de onze novas rotas, na sequência de um contínuo procedimento de análise aos potenciais de mercado e da rentabilidade das linhas, permitindo à Empresa ampliar a sua cobertura geográ-fica e aumentar os fluxos de tráfego de pas-sageiros e de carga. As novas rotas, para além de potenciar a importância estratégica do hub de Lisboa, contribuem para a pro-moção do crescimento do setor nacional do Turismo, sendo de destacar as ligações a novos destinos na Alemanha, em Inglaterra e em França, três dos principais mercados emissores para Portugal. Assim, foi iniciada a operação para seis novos destinos euro-peus (Atenas, Viena, Bordéus, Dusseldorf, Manchester e Dubrovnik), sendo os restan-tes, três pontos em África (Bamako, Accra e S. Vicente), um ponto nos EUA (Miami) e um no Atlântico Sul, a cidade de Porto Alegre, representando o 10º destino ope-rado pela Companhia, no Brasil. De referir, neste caso, com um impacto determinante para a obtenção dos resultados verifica-dos, a operação para o Brasil, onde, assis-tindo- se a um acréscimo da ordem dos 8,7% (em PKU’s), a operação representa, agora, 42,3% do total da rede.

No final do ano, foi efetuado o anúncio da ampliação da rede de operação, em 2012, com a abertura de dois novos destinos na Europa (Berlim e Turim), incrementando o número de operações semanais entre Portugal e a Alemanha e Portugal e Itália.

Inovação e qualidade do serviço

Em 2011, a TAP continuou a promover as alterações que considerou necessárias, face às exigências do seu posicionamento estratégico, em linha com as solicitações do mercado, prosseguindo, com uma atitude de pioneirismo, na utilização e dinamiza-ção de novas tecnologias. No desenvolvi-mento desta orientação, diversos produtos e serviços foram lançados, quer como forma de diferenciação, quer como via de garan-tir, de forma permanente, uma simplificação de processos quer, ainda, com vista a obter uma crescente satisfação do Cliente.

Principais Indicadores da TAP, S.A.

2011EUR milhões

2010EUR milhões

var.

Rendimentos e Ganhos Operacionais 2.272,6 2.180,7 4,2%Gastos e Perdas Operacionais 2.120,1 1.953,4 8,5%Resultado Operacional 41,1 103,3 -60,2%Resultado Líquido 3,1 62,3 -95,0%

Ativo 1.880,4 1.876,0 0,2%Capital Próprio 55,5 52,7 5,5%

Quadro do Pessoal Ativo (31 Dezembro)* 6.934 7.055 -121Transporte Aéreo 4.543 4.582 -39Manutenção e Engenharia 1.917 1.942 -25TAP Serviços 441 496 -55Outros 33 35 -2

Composição da frota da TAP (média) 55,0 55,4 -0,6%Horas de Voo (Oper. reg. em equip. próprio) 242.866 229.703 5,7%Pontualidade na partida até 15' (%) 75,8 71,2 4,6 p.p.Regularidade (%) 99,2 98,0 1,2 p.p.

(*) Não inclui pessoal sem colocação e não ativo

Igualmente, visando proporcionar a cada Cliente aquilo que este mais valoriza na sua viagem, de destacar, entre outras iniciati-vas, a continuidade da disponibilização do conceito Branded Products – cinco novos produtos: tap | executive, tap | plus, tap | classic, tap | basic, tap | discount, possibi-litando dar ao passageiro a opção de esco-lher entre cinco formas de viajar e cinco classes de serviço.

A qualidade do serviço prestado, bem como a preservação da eficiência, permaneceram como um enfoque particular da Empresa, realidade confirmada pela contínua evolu-ção dos seus indicadores de pontualidade e de regularidade.

Contributos para as exportações nacionais e para o Turismo do País

A crescente capacidade da Empresa na captação de volumes de tráfego de progres-sivo significado, ampliando, ainda mais, o desenvolvimento que se tem verificado nos últimos anos, no sentido de um forte cres-cimento das suas vendas nos mercados internacionais, contribuiu para acentuar a vocação da Empresa ao serviço da econo-mia nacional, e afirmar o seu crescente con-tributo para o setor do Turismo.

Neste sentido, a Empresa viu reforçado o posicionamento da sua contribuição para o volume das exportações nacionais, sendo de assinalar que no ano de 2011, a TAP atin-giu, em vendas e prestações de serviços, no mercado externo, um total de EUR 2.063,5 milhões, mais EUR 280,7 milhões, ou seja, mais 15,7% que o valor verificado em 2010.

Igualmente, de referir, o contributo para o turismo nacional, através da significativa expressão do tráfego para Portugal, de toda a sua rede de operação, bem como da atu-ação da Empresa, como entidade relevante na divulgação de produtos nacionais.

A importância da TAP, no contexto da econo-mia portuguesa, continuou a consolidar- se, com reflexo em diversas vertentes

+ O posicionamento como uma das maiores empresas geradoras de emprego no País;

+ O significativo contributo para o volume das exportações nacionais, mantendo-se o Grupo TAP, na posição de maior exportador nacional;

+ O impacto no Turismo nacional, através da sig-nificativa expressão do tráfego para Portugal, de toda a sua rede de operação;

+ A atuação, como entidade relevante, na divulga-ção de produtos nacionais.

Page 52: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

€ 2.123,7milhõesProveitos do Transporte Aéreo

87,3%do Volume de Negócios do Grupo

4.543Quadro do Pessoal do Transporte Aéreo

(31 de dezembro)

TRANSPORTE AÉREO

Crescimento na atividade

Na TAP, o crescimento da procura mostrou-se ligeiramente superior à média identificada para o setor, situ-ando-se na ordem de 8,5%, expresso em passageiro-quilómetro (PKU).

A continuação de uma política comer-cial agressiva possibilitou à TAP atin-gir, no final de 2011, em vendas e prestações de serviços, um total de EUR 2.123,7 milhões, na atividade de Transporte Aéreo, mais 6,9% que no ano anterior.

O negócio do transporte aéreo, a principal atividade do Grupo TAP, representou, em 2010, 87,3% do total do volume de negócios da Empresa.

O Transporte Aéreo da TAP tem por missão desenvolver atividade como Companhia Aérea Internacional, cons-tituindo-se como a melhor opção para quem utilizar os seus serviços de transporte de passageiros e carga, sendo uma de entre as melhores Empresas para se trabalhar, e conferindo aos seus inves-tidores adequados níveis de rentabilidade.

Proveitos do Transporte AéreoVendas e Prestações de ServiçosEUR milhões

2010 2011

+6,9%

2.1241.986

Page 53: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 53 Relatório Anual 2011

Ao nível da Indústria, embora na pre-sença de condições económicas débeis e de acentuada perturbação financeira, o mercado de transporte de passagei-ros registou um crescimento em linha com a tendência de longo prazo, situ-ando-se, para as operadoras regula-res europeias da AEA (Association of European Airlines), na ordem dos 8,0%.

Assistiu-se, no entanto, em alguns mer-cados, designadamente na Europa, a alterações na estrutura ao nível do seg-mento tráfego de negócios, o qual pas-sou dos lugares premium para lugares de classe económica.

Principais vetores da política comercial

Em 2011, manteve-se a orientação da TAP no sentido de uma procura continuada do reforço da qualidade dos seus produtos e serviços, bem como das mais adequadas soluções para as viagens dos seus passa-geiros, visando uma crescente satisfação do Cliente e uma constante diferenciação, em relação às empresas concorrentes.

A Companhia prosseguiu no desenvolvimento da sua estratégia, mantendo como objetivo central efetuar uma gestão rigorosa e eficaz de equipamentos e de recursos, privilegiando as seguintes vertentes:

Exploração de novos mercados – Reforço das ligação entre a Europa e África e o Brasil

A TAP prosseguiu o esforço centrado no crescimento e na melhoria do hub Lisboa, garantindo o serviço ao tráfego de ligação. Complementarmente, a operação no aeroporto do Porto, como 2º hub operacional, foi mantida, no sentido de corresponder aos volumes de tráfego originados à partida do norte do País.

A operação decorreu com a manutenção de dois períodos no verão, diferenciados a nível ope-racional, justificada pelo menor volume de procura existente no início deste período: até final de maio, a continuação do produto oferecido no inverno, com menor número de voos em night-stop e Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília em operação noturna; de junho até final do período de verão, uma operação mais alargada, com todos os voos night-stop e os voos para Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília em operação diurna.

A lógica de operação foi continuada, tendo-se focalizado na consolidação das ligações entre a Europa e o Brasil e África.

Numa perspetiva de aproveitamento de oportunidades de negócio, verificou-se o lançamento de 11 novos destinos, sendo 6 de médio curso e 5 de longo curso.

Novos destinos 2011

março abril maio junho julho agosto

EuropaDusseldorf Bordéus Viena Atenas

DubrovnikManchester

ÁfricaBamako Accra

São VicenteAtlântico Norte MiamiAtlântico Sul Porto Alegre

Crescimento do tráfego (PKU’s) TAP e média das companhias da AEA – Evolução em relação a 2000

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

-50%

0%

50%

100%

150%

200%

TAPAEA

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

-30%

0%

30%

60%

90%

120%

150%

Europa

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

-50%

0%

50%

100%

150%

200%

250%

300%

350%

400%

Atlântico Sul

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

-20%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

África

Page 54: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

54 Grupo TAP Relatório Anual 2011

+ Disponível em 47 mercados e 11 idiomas (objetivo: 21 idiomas em 2012)

+ Separação de conteúdos institucionais e comerciais

+ Online check-in

+ Simulador de bagagem (peso; dimensão; custo do excesso de bagagem)

+ Horários de partidas e chegadas

+ Flight status

+ Desde o lançamento: cerca de 6 milhões de visitantes, gerando 23,7 milhões de páginas vistas; Média diária: mais de 53 milhares de visitas; 99 mil páginas vistas.

Comunicação com os Clientes

Nova assinatura Desde 2008, a TAP assumiu, como posicionamento, ser uma companhia que trabalhava o seu produto de forma segmentada, dando a cada cliente aquilo que ele mais valorizava para a sua viagem, por motivos de negó-cio ou lazer.

Neste sentido, com os Branded Products – campanha lançada em 2008 –, a TAP apresentou-se, junto dos seus Clientes, como uma companhia compe-titiva quanto ao preço, mas, simultaneamente, como uma das melho-res em qualidade do serviço prestado.

A este posicionamento, perfeitamente consolidado decorridos três anos, associou-se, nos mercados, uma imagem de companhia muito mais emocio-nal, na sequência dos eventos flashmob, em dezembro 2009, no Aeroporto de Lisboa, e do lançamento e posicionamento da Empresa nas redes sociais, nomeadamente no Facebook, onde regista, atualmente, cerca de 200 mil fãs nos perfis Portugal www.facebook.com/TAPPortugal e Brasil www.facebook.com/tapbrasil, e no canal youtube www.youtube.com/tap.

Deste modo, a própria marca teve de ser reequacionada, visando um ajus-tamento da comunicação, com o cliente final, ao tom emocional com que a TAP estava já conotada, em termos de consumo. Acresce, que do ponto de vista da segmentação, a marca estava perfeitamente consolidada, apre-sentando-se 2011 como o momento adequado para um tom mais arrojado de comunicação.

Aproveitando o posicionamento estratégico do seu hub, em Lisboa, surge, assim, em 2011, uma assinatura que reflete uma companhia que une, atra-vés deste, a Europa aos Continentes Americano e Africano.

A TAP trabalhou, ainda, o novo posicionamento, num envolvimento do público interno, através do lançamento de um desafio aos seus trabalhado-res – dar a cara pelas campanhas de publicidade da Companhia, com uma iniciativa denominada TAP Cast.

Novo website flytap.comAinda, de referir o lançamento do novo portal www.flytap.com, que surgindo da necessidade de alargar a presença online da TAP a novos mercados emergentes, foi idealizado para permitir uma navegação simples e estru-turada, possibilitando uma rápida identificação dos conteúdos principais.

Continuando a assumir um papel de inovação nos canais online, antes do lançamento, efetuado em 26 de abril 2011, a TAP convidou os seus fãs no facebook (cerca de 100 mil, na altura) a navegarem no novo portal da Companhia, num acesso exclusivo e em primeira mão, comentando e apresentando sugestões de conteúdos e funcionalidades, sendo todos os comentários lidos e tidos em consideração, com vista a melhorar o portal, e ir ao encontro das expectativas dos Clientes.

Branded Products – campanha lançada em 2008

TAP Portugal de Braços Abertos. Só há uma maneira de viajar.

Política de preçosEm 2011, foi intensificada a política de captação de tráfego a longa distância, utilizando parâmetros mais agressivos na captação deste tráfego e um controlo apertado dos preços praticados pela concorrência, como forma mais eficaz de fazer face às companhias de baixo custo, em termos de preço, visibilidade e disponibilidade de oferta.

Redução das despesas de comercializaçãoEm 2011, seguindo a tendência geral nos mercados nacional e internacional, a TAP prosseguiu com a política de redução das despesas de comercialização.

www.flytap.com

Page 55: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 55 Relatório Anual 2011

SegmentaçãoVerificou-se o envio de propostas de valor, cross selling, a Clientes com reservas ativas, antecipando as necessidades dos membros Victoria, em termos de alojamento, rent-a-car e seguro de viagem.

Paralelamente, foram desenvolvidos esforços incidindo na promoção da melhoria nos dados de contacto dos membros Victoria, visando maior retorno nas campanhas, nomeadamente, na taxa de sucesso de envio e feedback e, em consequência, maior qualidade e confiança nas análises e estudos de mercado realizados. Foi desenvolvida informação de apoio à gestão de topo, envolvendo os temas Loyalty, Memberbase e Flight do Programa Victoria.

A realização de campanhas, segmentadas por clusters, com utilização do canal mobile e email, foi acompanhada da respetiva monitorização, avaliando retornos e taxa de sucesso.

Por sua vez, a integração de novas fontes de informação permitiu passar a efetuar o acompanhamento da atividade web dos membros Victoria no site Victoria.

+ Vinhos servidos a Bordo da TAP, premiados no concurso anual Wines on the Wing 2011, promovido pela revista Global Traveler, para avaliar os vinhos servidos pelas companhias aéreas.

+ A TAP foi eleita, pelos passageiros frequentes, como a melhor Companhia Aérea da Europa, tendo para esta distinção contribuído, também, a qualidade das refeições servidas a bordo.

Política de fidelizaçãoRelativamente aos programas de fidelização, TAP Victoria e TAP Corporate, verificou-se a expansão geográfica, quer das plataformas de fidelização, quer do motor de reservas online B2C, para o mercado online espanhol.

Estes desenvolvimentos, que tiveram por objetivo promover uma ação mais próxima no relacionamento com os Clientes, decorreram, tam-bém, de uma estratégia de expansão da presença de ambos os progra-mas, em mercados considerados estratégicos e com forte potencial de crescimento.

Por seu turno, o lançamento do serviço Convert Miles tornou possível converter as Milhas Bónus acumuladas em companhias aéreas parceiras da TAP, em Milhas Status, que serão contabilizadas para efeito de obten-ção do estatuto Victoria Silver Winner ou Victoria Gold Winner, uma fun-cionalidade que foi disponibilizada na Loja de Milhas.

Loyalty

+ Membros: 1,3 milhões (Dez. 2011)

+ TOP Countries: Portugal; Brasil; França; Reino Unido; Espanha;

+ Taxa de retenção: 71%

Desenvolvimentos – 2011

+ Plano de comunicação

+ Linha de atendimento dedicada (Call Centre PTContact);

+ Tap|corporate fly no mercado Espanha

+ Em versão staging no mercado Italiano

ServiçoServiço Plusgrade – Lançamento do serviço Plusgrade, como um serviço ino-vador, que facilita a experiência de voar em tap | executive. Ao comprar o bilhete no site da TAP, nas classes tap | plus ou tap | classic, num voo de médio curso, nas rotas elegíveis, o cliente pode licitar um valor para viajar em tap | executive. No caso da licitação ser aceite, verificar-se-á o envio ao cliente de um novo bilhete, sendo-lhe debitado o respetivo valor.

Cozinha Gourmet – Entre novembro 2011 e outubro de 2012, foram intro-duzidas novas criações gastronómicas de seis dos mais reputados chefes de Portugal, apresentando ao mundo o caráter único da cozinha portuguesa.

Clusters Clientes TAP Serviço a Bordo

Inovação – produtos e serviços através das novas tecnologias

Mobile TAP (tablets / smartphones)Dando continuidade a uma aposta da Companhia na inovação, foram lan-çadas novas aplicações gratuitas para smartphones e para tablets, com as quais todos os Clientes podem obter, de forma simples e rápida, informações sobre os horários de voos e as partidas e chegadas, através de pesquisa por rota, aeroporto e voo e ainda campanhas de preço em vigor (tablets). Os Clientes Victoria têm, igualmente, disponível uma área de acesso reser-vado, permitindo consulta da sua conta pessoal, de informações sobre reser-vas, acesso ao formulário de reclamação de milhas e ao respetivo extrato. Disponível, ainda, a inscrição no programa Victoria para potenciais e futu-ros clientes.

Mobile Check-inPara além destes serviços, nas aplicações para smartphones e para tablets, a TAP disponibiliza, também, o serviço de Mobile Check-in, que pode ser uti-lizado, igualmente, através dos telemóveis com acesso a Internet, no Portal TAP Mobile (mobile.flytap.com). Este serviço abrange já viagens à partida de todos os aeroportos portugueses e grande parte dos aeroportos europeus, para passageiros que viajem com e sem bagagem.

Principais serviços

+ Partidas e chegadas em tempo real

+ Horários de Voos / Aeroportos + Programa Victoria – Extrato

milhas/Conta online + Informação de Destino/Tempo/

Campanhas + Mobile Check-In

Estratégia Mobile

Page 56: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

56 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Rede de Linhas

Na operação da Rede de Linhas da Companhia, a TAP prosseguiu, em 2011, a sua estratégia no sentido de disponibilizar uma oferta de ser-viços de qualidade e ajustada às necessidades dos seus Clientes, por forma a corresponder às suas expectativas.

No total de rede, o nível de oferta da operação regular registou um aumento da ordem de 5,9%, para um acréscimo na procura de 8,5%. O coeficiente de ocupação incrementou, em conse-quência, 1,8 p.p. para 76,3%. O total de passageiros transpor-tados atingiu cerca de 9,8 milhões (+7,3%), tendo os proveitos de passagens totalizado EUR 1.974,3 milhõ, mais 7,1% que em 2010.

Na operação foram realizados mais de 102 mil serviços. Refira-se, adi-cionalmente, a presença em mais de 167 mil voos operados por outras companhias, ao abrigo de acordos de código repartido, representando um incremento de 56%, face a 2010. A Companhia voou cerca de 243 mil horas com equipamento próprio, e mais de 52 mil horas com equi-pamento da Portugália, perfazendo, no total, mais 5,2% que em 2010. O número de quilómetros percorridos correspondeu, respetivamente a 174,3 e a 28,8 milhões.

Rede médio curso

O tráfego do médio curso representou, em 2011, 40,7%, do total da Rede de Linhas, quando expresso em passageiro-quilómetros (PKU’s), mais 0,3 p.p. que em 2010.

+ Nas Regiões Autónomas, a análise rigorosa à operação, perspeti-vando uma melhor adequação entre oferta e procura na rota Lisboa--Funchal, motivou a suspensão de voos, efetivada de forma dirigida a operações com menor índice de ocupação.

+ Assim, a oferta para este setor de Rede diminuiu 7,0%, tendo a pro-cura registado um ligeiro aumento, na ordem de 1,2%, aumentando o coeficiente de ocupação em 5,7 p.p., para 70,4%.

As Regiões Autónomas registaram um peso de 4,3%, menos 0,3 p.p. que em 2010.

+ Na Europa, correspondendo a 35,8% da procura total, a região constitui-se como o 2º setor mais importante na rede da TAP. No entanto, considerando, também, a procura do Continente e das Regiões Autónomas, constata-se que a região Europeia representou 40,7% do total da procura da Companhia, em 2011.

O aumento de oferta neste setor de rede, da ordem dos 5,8%, foi inteiramente compensado pelo crescimento da procura, que aca-bou por se situar em 10,7%. O coeficiente de ocupação registou, como consequência, um acréscimo de 3,1 p.p., posicionando-se em 71,2%.

+ No Continente, registou-se a prossecução das diretivas da Autoridade da Concorrência, colocando voos entre Lisboa e Porto com intervalos inferiores a 3 horas, entre as 6H00 e as 22H00.

Face à redução da oferta atribuída ao setor da rede, da ordem dos 7,6%, e tendo a procura registado uma quebra acentuadamente inferior, de 2,5%, verificou-se um acréscimo do coeficiente de ocu-pação de cerca de 3 p.p.. A representatividade deste setor de rede manteve-se sensivelmente no mesmo nível, na ordem dos 0,5%.

Passageiros TransportadosOperação Regular

85,1%

5,3 5,4 5,3 5,66,2 6,4

6,97,8

8,7 8,49,1

9,8

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

Milh

ões d

e pa

ssag

eiro

s

Oferta, Procura e Load Factor de PassageirosPassageiro-Km e %

+3,7 p.p.

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

0

5

10

15

20

25

30

35

60%

65%

70%

75%

80%

Mil m

ilhõe

s

PKU’sPKO’s Load Factor

Tráfego (PKU’s) por Setor de Rede LinhasVoos regulares

0,5% Continente

4,3% Regiões Autónomas

35,8% Europa

10,1% África

4,7% Atlântico Norte

2,2% Atlântico Médio

42,3% Atlântico Sul

Page 57: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 57 Relatório Anual 2011

+ No Atlântico Médio, a procura registou um crescimento positivo, na ordem dos 8,7%, permitindo a redução da oferta, de 4,9%, elevar o coeficiente de ocupação, cerca de 9,8 p.p., para 78,6%. A representatividade, no total da rede, manteve o nível de 2010 situando-se nos 2,2%.

+ Na região do Atlântico Sul, procedeu-se ao lançamento, em junho, da operação de 4 voos semanais entre Lisboa e Porto Alegre, cidade que representa o 10º destino da TAP no Brasil.

O acréscimo da procura para esta região, da ordem dos 8,7%, foi semelhante ao incremento da oferta. O coeficiente de ocupa-ção não apresentou, assim, alteração significativa, situando-se nos 83,1%.

Reforço da posição de liderança no Brasil

O Atlântico Sul constituiu o setor de maior representatividade na rede de linhas, atingindo 42,3%, mais 0,1 p.p. que em 2010, conti-nuando a exceder a dimensão do setor de rede Europa.

Rede longo curso

O tráfego do longo curso representou, em 2011, 59,3% do total da Rede de Linhas, menos 0,3 p.p., que no ano anterior.

+ Em África, perspetivando-se o reforço competitivo do hub de Lisboa, oferecendo boa conectividade de e para outros desti-nos intra-europeus servidos pela Companhia, foi efetuado o lan-çamento, em junho, de 3 voos semanais Lisboa-Bamako e, em julho, de 4 voos semanais Lisboa-Accra.

Ocorreu, igualmente, em julho, o início da operação Lisboa- -S. Vicente (Cabo Verde), com uma frequência de 2 voos sema-nais, como forma de diversificar a operação, que atingiu, no final de 2011, um total de 13 ligações diretas entre Portugal e África.

Na sequência do cancelamento da rota a Joanesburgo, a procura registou um ligeiro decréscimo, de 3,2%, tendo-se verificado na operação uma redução de 4,4%, possibilitando um incremento do coeficiente de ocupação de 0,9 p.p.. A representatividade da região, no total da rede, situou-se em 10,1%, menos 1,2 p.p. que o verificado em 2010.

+ No Atlântico Norte verificou-se, em junho, a realização do voo inaugural Lisboa-Miami, numa operação de 4 voos semanais, que seria reforçada com um 5º voo. A procura dirigida a este setor de rede registou um forte acréscimo, da ordem dos 29,5%, tendo-se verificado um crescimento na oferta de 36,1%. Em con-sequência, o índice de ocupação reduziu, na ordem dos 3,9 p.p., para 76,4%. O peso do tráfego no total da rede aumentou, ligeira-mente, face a 2010, situando-se em 4,7%.

Page 58: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

58 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Colaboração com companhias parceiras

Prosseguiu a intensificação do relacionamento com as com-panhias-membro da STAR Alliance, merecendo referência o aumento do número de destinos servidos em code-share com a parceira TURKISH AIRLINES, bem como o alargamento do code-share com a AEGEAN AIRLINES, AUSTRIAN AIRLINES, CROATIA AIRLINES, SOUTH AFRICAN AIRWAYS fruto do aumento de destinos oferecidos pela TAP em equipamento próprio em 2011, permitindo, assim, mais encaminhamentos e diversificação da oferta através do crescimento do número de destinos de código partilhado entre as empresas. Destaque também para o aumento das ligações com a congénere egíp-cia EGYPTAIR, entre Portugal e diversas cidades no Egipto, via pontos na Europa.

Negociações e processo técnico em curso para implementação de code-share com as congéneres marroquina RAM e israelita, EL AL.

Por fim, destaque-se, igualmente, o novo acordo de code-share com a ETIHAD, permitindo-se, assim, oferecer, pela primeira vez, voos com o código TAP para Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos). Destaque, ainda, para o contínuo aprofundamento da cooperação com a parceira nacional, SATA INTERNATIONAL, por via da sua continuada expansão de rotas entre as Regiões Autónomas e a Europa.

Variação sobre o ano anterior

RegiãoVolume de Tráfego

(Milhares de Passageiros)Capacidade

(PKOs)Tráfego

(PKUs)Coeficiente

de Ocupação

Continente 576 -7,6% -2,5% 57,8%Regiões Autónomas 959 -7,0% 1,2% 70,4%Europa 5.765 5,8% 10,7% 71,2%África 617 -4,4% -3,2% 72,8%

Atlântico Norte 216 36,1% 29,5% 76,4%Atlântico Médio 87 -4,9% 8,7% 78,6%Atlântico Sul 1.533 9,2% 8,7% 83,1%TOTAL 9.752 5,9% 8,5% 76,3%

Page 59: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 59 Relatório Anual 2011

Acordos de Cooperação e Parcerias* 2011

PORTUGAL

Continente Brussels Airlines, Continental Airlines, Egyptair, Lufthansa, Sata International, Swiss, TACV (até outubro), Turkish Airlines, Ukraine International, US Airways (de março a outubro)

Regiões Autónomas Austrian Airlines, Sata International

EUROPA

Alemanha Aegean Airlines, Air China, Austrian Airlines, Brussels Airlines, Croatia Airlines, Etihad Airways (desde março), LOT – Polish Airlines, Lufthansa, Sata International, Thai Airways, Turkish Airlines (desde março),United Airlines, US Airways

Áustria Austrian Airlines, Brussels Airlines, Ukraine International (desde março)Bélgica Austrian Airlines, Brussels Airlines, Etihad Airways (desde março), LOT – Polish Airlines, Ukraine International, United AirlinesBulgária Austrian Airlines, LufthansaChipre Aegean AirlinesCroácia Croatia Airlines, LufthansaDinamarca Lufthansa, Sata InternationalEspanha Aegean Airlines, Air Canada, Air China, Austrian Airlines, Croatia Airlines (de março a outubro), Egyptair (desde outubro), Sata International, Spanair, Thai Airways, Turkish

Airlines (desde março)Estónia LOT – Polish Airlines (até outubro)Eslováquia Austrian Airlines, LOT – Polish Airlines (até outubro)França Brussels Airlines, Sata InternationalFinlândia LufthansaGrécia Aegean Airlines, Lufthansa, SwissHolanda LOT – Polish Airlines, Sata International (de março a outubro), United AirlinesHungria LufthansaIrlanda British Midland, Sata InternationalItália Aegean Airlines, Air China, Alitalia, Austrian Airlines, Croatia Airlines, Egyptair, Etihad Airways (desde março), LOT – Polish AirlinesLatvia LOT – Polish Airlines (até outubro)Lituania LOT – Polish Airlines (até outubro)Noruega Lufthansa, Sata International (de março a outubro)Polónia LOT – Polish AirlinesReino Unido Aegean Airlines, Air Canada, British Midland, Brussels Airlines, Etihad Airways (desde março), Lufthansa, Sata International (de março a outubro) , United Airlines, South

African Airways (desde outubro)República Checa LufthansaRoménia Austrian Airlines, LufthansaSérvia Austrian Airlines, SpanairSuécia Brussels Airlines, Lufthansa, Sata InternationalSuiça Austrian Airlines, Croatia Airlines, Etihad Airways (desde março), LOT – Polish Airlines, Lufthansa, Sata International (de março a outubro), Swiss, Thai Airways, Ukraine

International, United AirlinesTurquia Turkish AirlinesUcrânia Ukraine International

MÉDIO ORIENTE

Emirados Arabes Unidos Etihad Airways (desde março)

ÁFRICA

África do Sul South African AirwaysCabo Verde TACV (até outubro)Egipto EgyptairGhana South African Airways (até outubro)

ATLâNTICO NORTE

Canada Air Canada, Sata InternationalE. U. A. Air Canada, Continental Airlines, Sata International, United Airlines, US Airways

ATLâNTICO CENTRAL

México Continental Airlines (de março a outubro)

ATLâNTICO SUL

Brasil TAM

ORIENTE

China Air ChinaHong Kong LufthansaSingapura LufthansaTailândia Thai Airways

* Operação por companhia parceira

Page 60: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

60 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Ainda, durante 2011, foi instalado um novo sistema de reservas de carga, denominado Cargospot, substituindo a anterior plataforma informática, constituindo-se como um marco de significativa impor-tância na modernização e na qualidade de serviço prestado aos seus Clientes. Prosseguiu-se, também, o reforço e melhoria do atendi-mento a Clientes, nomeadamente, no Call Centre, em Lisboa, bem como o tratamento de reclamações de carga, garantindo maior rapi-dez e eficácia a este serviço.

Por sua vez, assistiu-se à melhoria da qualidade do serviço charter de cargueiros, para transporte de cargas de elevado peso e volume-tria, através da execução de voos exclusivamente dedicados a esse fim, em linha com os requisitos logísticos dos Clientes.

Investindo sempre na qualidade da sua moderna frota e respetivos porões, tecnicamente apetrechados, a TAP continua a garantir, com qualidade, o transporte de perecíveis e, também, o de animais vivos, de acordo com requisitos de passageiros e de instituições dedica-das à vida animal e de proteção ambiental.

A Companhia prosseguiu, ainda, a manutenção de um estreito con-tacto com a IATA, cujas recomendações segue, com rigor, partici-pando no projeto e-freight.

Atualmente, a TAP–Cargo participa em novos importantes proje-tos informáticos, designadamente no âmbito de novos requisitos alfandegários, como o ICS–Import Customs System, o ECS–Export Customs System e o SDS–Summary Declarations System.

CARGA

Atingido máximo histó-rico de receita de carga e correio transportado

No ano de 2011, a TAP con-solidou a recuperação do negócio da carga aérea, prosseguindo no cresci-mento da respetiva receita, a qual atingiu o seu máximo histórico anual.

Para este facto, foi determi-nante a sustentabilidade da

qualidade da sua oferta logística de produtos e serviços de carga aérea no triângulo Europa-África-América Latina, através de uma efi-ciente plataforma giratória situada na base principal da Companhia, em Lisboa. Os 5 principais mercados de vendas que contribuíram para este resultado foram, para além de Portugal, a Alemanha, o Brasil, a Itália e a França. Salienta-se, também, em termos de cres-cimento, a Suíça, a Áustria e os mercados escandinavos, com maior destaque para a Noruega e para a Suécia. O mercado de carga da América do Norte teve, ainda, um meritório desempenho, atendendo ao novo desafio, lançado este ano, com a criação da rota da TAP para Miami. Estes factos, decorrentes de uma estratégia bem con-certada pela Empresa, permitiram à TAP–Cargo melhorar os seus resultados, apesar das características recessivas no tráfego mun-dial da carga aérea, ao longo de todo o ano e, em particular, no 2º semestre.

Na procura da satisfação do Cliente e de novas oportunidades de negócio, foi continuado o desenvolvimento da atividade no domí-nio do transporte aéreo de frio, a temperaturas constantes. Vacinas e medicamentos muito sensíveis, transportados nos denominados Cool Containers foram os mais frequentes nesta especializada linha de serviço. A TAP integrou, este ano, o grupo das companhias mun-diais que mais cresceram neste importante nicho de negócio, de ele-vado yield. Este serviço, de embarque prioritário, classificado como Must Go Cool, amplia a diversificada gama de serviços já existen-tes: Must Go Turbo, Must Go Petroleum, Must Go Wearing, Must Go Fish, Must Go Meat, Must Go News e Must Go Production Line.

Novos projetos

+ Cargospot – Novo sistema de Reservas e Gestão de Receita

+ ICS, ECS e SDS – Novos sistemas de informação para a Alfândega

Tráfego de Carga e CorreioTKU’s milhões

2009 2010 2011

Variação

100

150

200

250

300

350

400

306

376 368

22,9%

-2,2%

Proveitos Totais de Cargae CorreioEUR milhões

2009 2010 2011

Variação

98

125 130

0

30

60

90

120

150

27,2%

4,3%

A Missão da TAP–Cargo consiste em prestar um serviço de confiança na recolha, transporte e entrega de mercadorias e encomendas nos avi-ões da TAP e parceiros, em tempo útil, e ade-quado às necessidades dos Clientes e a preços competitivos.

Toneladas TransportadasPor Setor de Rede Linhas

4% Continente

5% Regiões Autónomas

31% Europa

13% África

8% Atlântico Norte

2% Atlântico Médio

37% Atlântico Sul

Page 61: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 61 Relatório Anual 2011

consolidar uma estra-tégia cada vez mais efi-caz, interativa e assente na disponibilização de informações objeto de elevada procura foi, igualmente, lançada, no flytap.com, uma aplicação que permite, a qualquer utilizador, obter informação sobre a bagagem permitida em voos TAP, de uma forma direta, instantâ-nea e personalizada. Através desta nova apli-cação – o Simulador de Bagagens –, pas-sou a ser possível não apenas consultar a quantidade de baga-gem permitida a bordo dos voos, como também calcular, através da Calculadora de Excesso de Bagagem, os montantes a pagar por excesso de bagagem, sendo, também, possível adquirir bagagem extra online, já em 2012.

Numa outra perspetiva, e na sequência da aposta na automatização de processos e na procura de maiores níveis de eficácia e perfor-mance na disponibilização de conteúdos, de resto já bem paten-tes na reestruturação e na superior facilidade de navegação levadas a cabo no novo portal flytap.com, a implementação do serviço AKAMAI permitiu assegurar assinaláveis ganhos ao nível da perfor-mance, da redução de custos e da segurança na transmissão de dados no flytap.com.

E_COMMERCE

Presença do portal flytap.com em 47 mercados, em 11 idiomas, com o motor de reservas em 22 idiomas

A atividade online da TAP traduziu-se, no final do ano, num volume de receita vendida na ordem dos EUR 260 milhões, valor que repre-senta um aumento de 33,3%, relativamente a 2010, e corresponde a um total de 925 milhares de passageiros. Os resultados apresen-tados por este canal de distribuição, responsável já por 10,5% da receita global dos mercados, refletem bem a crescente disponibi-lização de um leque variado de opções, a envolver reserva, paga-mento e emissão de bilhetes, bem como a diversificação das fontes de receita, sendo que os Programas de Afiliação foram já responsá-veis por 4,5% do total das vendas online. Em termos de volume de vendas, de referir, em particular, o mercado Portugal, com um cres-cimento de 28% na receita voada, e o mercado Brasil, onde a TAP protagonizou o assinalável crescimento de 130%. Os mercados EUA e França registaram, igualmente, acréscimos bastante apreciáveis, com valores da ordem de 63% e de 50%, respetivamente.

De considerar que o ano de 2011 marcou o lançamento do novo por-tal flytap.com, o qual veio acrescentar 20 novos mercados aos 27 já existentes, criando, desta forma, um universo total de 47 mercados e de 11 idiomas. Foi, igualmente, o ano em que o motor de reservas da TAP passou a estar disponível em 22 idiomas, na sequência da intro-dução do Croata, do Romeno, do Sérvio, do Turco, do Ucraniano e do Chinês. No caso deste último, a TAP procedeu, igualmente, ao lançamento de uma nova forma de pagamento, exclusiva para aquele mercado, a Alipay, numa demonstração inequívoca de uma aposta progressiva da Empresa na diversificação das opções de pagamento ao dispor dos seus Clientes, enquadradas, sempre, numa estratégia direcionada para cada um dos seus mercados.

Outras iniciativas merecem, igualmente, destaque, do ponto de vista comercial, designadamente, a introdução do ATM Real Time no mer-cado português, passando, deste modo, a ser possível reservar e pagar através de ATM, com uma antecedência mínima de 6 horas (no caso do flytap), ou de 24 horas (no caso do TAP Victoria e do TAP Corporate). Por seu turno, a implementação do mecanismo First Available passou a tornar possível a pesquisa personalizada de tari-fas promocionais específicas, conferindo às campanhas da Empresa um caráter mais dinâmico. Complementarmente, e no sentido de

Lançamento do novo portal flytap.com

Novas funcionalidades disponíveis:

+ Reserva e pagamento através de ATM com uma antecedência mínima de 6 horas

+ Pesquisa personalizada de tari-fas promocionais

+ Simulador de Bagagens

Reservas online

73.955

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

131.696164.594

25,0%

83,4%

42,0% 28,4% 10,1%

78,1% 301.888

428.645

550.575

606.400

Variação

Receita online

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Variação

82,2%

23,6%

56,5% 39,5%

31.665

57.68071.268

111.539

155.622

195.720

260.824

25,8%

33,3%

EUR milhares

Page 62: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

62 Grupo TAP Relatório Anual 2011

SERVIÇO AO CLIENTE

Principais funções

+ Gerir a operação no aeroporto de Lisboa, tendo em vista a melhoria da pontualidade e da regu-laridade da operação;

+ Gerir a assistência aos passageiros em Lisboa em todas as vertentes (check-in, transferências e bagagem, entre outras);

+ Garantir a prestação de um serviço de reconhecida qualidade aos passageiros, nos aeroportos da rede TAP, assegurando, por antecipação, a resolução de eventuais irregularidades;

+ Coordenar a implementação dos níveis de serviço, práticas e orientações para os diferentes serviços de assistência em escala;

+ Promover a iniciativa, o desenvolvimento e a implementação de melhorias de qualidade de ser-viço que sejam reconhecidas pelos Clientes.

Principais Prioridades da Direção do Serviço ao Cliente em 2011

Projeto CITP (Common IT Platform) – Amadeus Altea Durante o ano 2011, a Direção do Serviço ao Cliente (DSC) concentrou os seus esforços num dos maiores projetos do Grupo TAP, coordenando o processo de migração, para DCS Amadeus Altea, de 50 Escalas TAP. Este projeto conduziu à redefinição de alguns processos operacionais em sede de assistência em escala, o que levou à alteração da correspondente regulamentação, bem como à formação de Chefes de Escala e Supervisores, de Handling Agents e, ainda, de alguns departamentos da Sede.

Abertura de 11 novas escalas TAPO ano foi, ainda, marcado pelo alargamento da rede a 11 novos destinos, sendo seis na Europa, três em África, um nos EUA e outro no Brasil. A DSC coordenou a abertura destas 11 novas esca-las, definindo e implementando os respetivos serviços de assistência em terra, bem como proce-dendo ao recrutamento de Chefes de Escala e Supervisores.

Reestruturação da Direção do Serviço ao ClienteO crescimento do número de passageiros, em particular do volume de passageiros em transfe-rência por Lisboa, associado ao incremento no número das escalas operadas pela TAP, condu-ziu à necessidade de reajustar a estrutura da Direção do Serviço ao Cliente a esta nova realidade, tendo sempre como foco a excelência na passenger experience.

Visando a melhoria da qualidade no Hub de Lisboa, ponto fulcral de rotação do tráfego da TAP, foi criada, na dependência do Hub, uma nova área designada por Coordenação de Passageiros, a qual passou a centralizar todos os processos relativos ao serviço prestado aos Clientes no Aeroporto de Lisboa, bem como a coordenar o tratamento das transferências em toda a rede TAP.

O Hub Control Centre, também na dependência do Hub, manteve inalteradas as respetivas designações e missão.

A Direção do Serviço ao Cliente tem como missão assegurar a prestação de serviços de assistência em escala, em todos os aero-portos da rede TAP, com padrões de elevada qua-lidade comercial e opera-cional, a fim de garantir a satisfação dos Clientes

Regulamentação

Melhoria Contínua Qualidade

Hub de Lisboa

Coordenação de Passageiros Europa América e África

Gestão de Escalas

Hub Control Center

Direção do Serviço ao Cliente

Administração

Page 63: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 63 Relatório Anual 2011

A fim de garantir maior proximidade com todas as escalas, fator essencial a um maior dinamismo na gestão, verificou-se a divisão das responsabilidades da Área de Gestão de Escalas, em duas subáreas: Europa, África e Américas.

Foi, ainda, criada a Área de Melhoria Contínua com a responsa-bilidade do redesenho dos processos operacionais, de forma transversal e integrada, com recurso às novas tecnologias, e funda-mentando-se nas melhores práticas da Indústria.

Por razões de simplificação, a Área de Regulamentação, Formação e Processos passou a designar-se como Área de Regulamentação, mantendo, no entanto, as suas atribuições.

Projetos externos

+ Programa AIMS – Manteve-se a coliderança com a ANA, do grupo de trabalho de melhoria de performance do aeroporto de Lisboa (AIMS).

O ano 2011 ficou marcado pela reestruturação funcional deste Programa, com estabelecimento de apenas três subgrupos de trabalho, organizados por temas (Melhoria da Operação Interna, Bagagem e Comunicação) promovendo, deste modo, uma maior orientação para o serviço ao passageiro.

+ Participação ativa no Fast Travel Programme da IATA (STB), grupo de trabalho que visa a redução de custos das Companhias Aéreas, a par da melhoria da experiência do passageiro, ofere-cendo um leque de opções de self-service ao longo da respetiva viagem.

Como business owners dos canais de self check-in, a DSC acom-panhou a ativação do check-in online nas escalas que migra-ram para o Amadeus Altea CM, e promoveu a implementação do mobile check-in, iniciativa que, no final de 2011, tinha já sido concluída, com sucesso, em todas as escalas nacionais e de Espanha, na situação online.

Evolução anual do Indicador de Irregularidades de BagagemNo valor acumulado a dezembro de 2011, foi registado um incre-mento de 0,2 bag/1.000 passageiros, representando um ligeiro agravamento da performance, relativamente a irregularidades de bagagem na Rede, quando comparado com o ano anterior. No entanto, os valores alcançados no Hub de Lisboa são os melhores desde 2005, sendo este resultado decorrente da reestruturação e revisão de processos efetuados no Hub, com efeitos visíveis ao nível da operação.

Evolução anual do Indicador de Pontualidade à partida 15’ No mesmo período, a TAP apresentou um aumento de, aproximada-mente, 5 p.p., ou seja, uma melhoria de 6% na performance da pon-tualidade à partida 15’, quando comparado com o ano anterior. De referir que este desempenho foi resultante da melhoria efetuada nos processos no Hub de Lisboa, decorrendo a operação no contexto das limitações existentes, como resultado das obras de expansão em curso da Infraestrutura do Aeroporto de Lisboa.

Mishandled bags / 1.000 passageiros

Fonte: RB5/AEA

Rede Hub Lisboa

14,7

21,0

27,8

19,9

15,2 15,2 15,4

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

26,9

39,4

54,1

36,0

27,0 25,524,9

Pontualidade à Partida (até 15’)

60%

76% 80%71% 76%

52%

73% 76%68% 73%

2007 2008 2009 2010 2011 2007 2008 2009 2010 2011

Rede Hub Lisboa

Fonte: RB11/AEA

Proporcionar um conjunto de opções de self-serviceFAST TRAVEL – um projeto da IATA

Page 64: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

64 Grupo TAP Relatório Anual 2011

FROTA

Depois do ano de 2009, significativamente marcado pela diminuição da procura, seguido de 2010 com uma recuperação das taxas de ocupação, o ano de 2011, apesar do contexto económico adverso, foi mar-cado por um crescimento significativo da operação (+5,9% face a 2010).

Os custos com combustíveis, potenciados pelo efeito preço, atingiram valores bas-tante elevados, sendo um fator de impacto determinante na expressão do resultado operacional.

A frota do Grupo TAP, que compreende as aeronaves da TAP e da PGA, manteve-se inalterada em relação a 2010, utilizando na sua rede 71 unidades a 31 de dezem-bro de 2011. A frota da TAP é composta por 55 aeronaves (39 de médio curso e 16 de longo curso) e apresentava, no final de 2011, uma idade média de 10,5 anos. A frota PGA, num total de 16 aeronaves (2 avi-ões em ACMI da OMNI), não sofreu, igual-mente, qualquer alteração.

Previsão para 2012

Na presença de um clima económico e social adverso, não se preveem alterações estrutu-rais nas frotas da TAP e da PGA, para o ano de 2012. Ao longo deste ano, e aplicando uma política de continuidade, serão desen-volvidas iniciativas no âmbito da cabina dos aviões, que visam melhorar o serviço pres-tado ao Cliente. Entre essas iniciativas, de destacar a instalação de um sistema de IFE, de última geração, e de novas cadeiras de classe económica, na frota A340.

Como consequência do contrato assinado, em 2007, entre a TAP e a Airbus para a aqui-sição dos novos Airbus A350XWB, estava prevista, para 2011, o início da especifica-ção desses novos aviões de longo-curso; no entanto, o atraso sofrido pelo projeto obri-gou a adiar, para 2012, o arranque dos refe-ridos procedimentos.

No total das 55 aeronaves que integravam a frota da TAP, em operação, a 31 de dezembro de 2011, 37 aparelhos eram proprie-dade da Empresa e 18 operavam em regime de leasing operacional.

+ Propriedade da Companhia15 A319; 5 A320; 2 A321; 11 A330 e 4 A340;

+ Leasing operacional4 A319; 12 A320; 1 A321 e 1 A330.

Utilização Média DiáriaBlock Hours/Dia

2006 2007 2008 2009 2010 2011

Médio CursoA319 10,62 10,39 10,90 10,40 10,18 10,76A320 10,55 11,08 11,51 10,45 10,65 11,20A321 11,79 12,38 12,04 10,85 10,88 11,56

Longo CursoA340 15,74 13,87 12,90 10,97 13,40 14,37A330 16,00 15,24 15,16 13,56 13,83 14,66A310 13,90 13,48 6,78 – – –

Idade Média da Frota

0

2

4

6

8

10

12

14

2006 2007 2008 2009 2010 2011

Frota Médio CursoFrota Longo Curso

Frota Total

Financiamento da Frota31 de dezembro 2011

Propriedade da Companhia

Leasing Operacional

33%

67%

ComposiçãoAviões em operação em 31 de dezembro

Unidades IdadeMédia

Titularidade Aluguer 2012

dez-10 dez-11 Adições Opções

Médio CursoA319 19 19 12,6 15 4 – – A320 17 17 7,9 5 12 – – A321 3 3 10,5 2 1 – –

Longo CursoA340 4 4 16,7 4 0 – – A330 12 12 8,9 11 1 – –

TOTAL 55 55 10,5 – – – –

Page 65: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 65 Relatório Anual 2011

POUPANÇA DE COMBUSTÍVEL

Frota da TAP Portugal

O ano de 2011 fica assinalado como o ano de recuperação das taxas de ocupação, em que a Companhia atingiu um valor recorde de transporte de passageiros. Durante este ano, a frota da TAP realizou 74.000 voos e consumiu um total de 830.000 toneladas de Jet A1. A melhoria da eficiência energé-tica e a redução das emissões de dióxido de carbono são, desde há alguns anos, pre-ocupações crescentes no setor da avia-ção comercial, especificamente, na TAP. O Projeto Fuel Conservation, em vigor desde 2005, tem contribuído, de forma decisiva, ao longo dos anos, para o aumento da efici-ência energética, contabilizando uma redu-ção total de emissão de dióxido de carbono de 297.000 toneladas. Após o ano de 2010 menos positivo, relativamente aos indicado-res de eficiência, no ano de 2011 foi pos-sível reduzir o consumo de combustível por tonelada-quilómetro para um valor mínimo, desde 2008, ano em que a TAP conseguiu atingir um máximo de poupança de com-bustível. Este aumento de eficiência permitiu uma redução anual do consumo de com-bustível em, aproximadamente, 3.260 tone-ladas, face ao ano de 2010.

As diversas iniciativas iniciadas, em anos anteriores, viram a sua adesão reforçada durante o ano de 2011, facto que contribuiu para uma melhoria da eficiência, relativamente ao ano de 2010. No serviço de bordo, a introdução de suportes às refeições em materiais mais leves e ecológicos marcaram as grandes mudanças de 2011. Foi, igualmente, promo-vido um programa de racionalização de cargas que contribuiu, em larga escala, para esta redução de peso a bordo. A disponibilização de dados e a comunicação interna e externa foram, entretanto, reforçadas, verificando-se o envolvimento de diversos Departamentos da Companhia na gravação de programas Minuto Verde e, deste modo, na divulgação das boas práticas ambientais e de melhoria da eficiência energética.

Frota da Portugália

Não obstante os custos da rúbrica de combustível serem da responsabilidade do Cliente, a PGA gere, internamente, o seu projeto de Fuel Conservation, através do trabalho coor-denado entre as Direções de Operações de Voo e de Manutenção e Engenharia. Neste âmbito, foi criada a fuel policy, que se caracteriza por um conjunto de medidas de otimi-zação de consumo de combustível, que têm vindo a ser incrementadas, ano após ano. O compromisso e envolvimento global face a estas medidas têm sido progressivamente maiores, refletindo-se, já, na redução verificada de consumos, os respetivos reflexos posi-tivos. Neste sentido, continuaram a ser seguidas, em 2011, as medidas já implementadas em 2010:

+ Práticas eficientes na operação das aeronaves;

+ Programa de lavagens periódicas das aeronaves;

+ Redução de peso (novas pinturas, substituição de alcatifas, elementos ligação win-dshield – titânio vs aço inox);

+ Concordância de painéis e polimento das pás da fan dos reatores;

As metodologias e ferramentas de controlo desenvolvidas permitem a monitorização da adesão às políticas, bem como um acompanhamento da evolução do nível de Key perfor-mance indicators. Neste âmbito, de salientar a base de dados criada pelo departamento EAT (Engenharia de Apoio Técnico), um suporte que reúne informação relativa a dados ope-racionais (planos de voo facultados pela Direção de Operações de Voo) e gera valores de consumo de combustível por hora de bloco e de voo, numa gama temporal definida pelo usuário. São tidos em consideração diversos fatores, visando afastar a dispersão dos resul-tados externos à performance da aeronave (exemplo rota, altitude, MTOW entre outros). A Portugália está, em conjunto com a TAP, a construir uma base comum de dados, com vista à uniformização das análises de performance das frotas.

Em 2012, prevê-se que a implementação de novas medidas, bem como o refinamento das medidas transitadas do ano anterior, venham a representar uma economia de custos de, aproximadamente, 0,4%, face ao valor previsto para 2012, e consequentemente, uma redução de emissões de CO2, na ordem de 841 toneladas.

Fuel (ton) CO2 (ton)

A319 6.172 19.442A320 4.545 14.318A321 1.312 4.133A330 3.651 11.502A340 2.305 7.262TOTAL 17.986 56.657

Emissões anuais de CO2 reduzidas

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

(ton)

380

390

400

410

420

430

440

450

25,5

26,0

26,5

27,0

27,5

28,0

28,5

Fuel

Burn

ed p

er T

K (k

g/to

nne.

1000

km)

Fuel

Burn

ed p

er A

SK (k

g/se

at.1

000k

m)

Fuel Burned per 1000TK

Fuel Burned per 1000 ASK

3,3 kg per 100 PKU

2011 Passenger Fuel Efficiency

Page 66: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

de Melhor Aliança de Companhias Aéreas, no âmbito dos prestigiados prémios Skytrax World Airline. De referir, que este Prémio, atribuído, já, em 2005, quando a categoria foi, pela primeira vez, instituída, tornando--se a STAR Alliance na sua primeira deten-tora, foi renovado nas edições seguintes do evento, em 2007 e 2009. Os Prémios World Airline da Skytrax, considerados como a principal ferramenta de benchmarking dos níveis de Satisfação dos Passageiros das companhias aéreas, em todo o mundo, compreendem um formato de pesquisa único, baseado na análise dos passageiros de negócios e lazer, em todas as classes de cabina (Primeira, Executiva, Económica Premium e Económica). Igualmente, em 2011, a Business Traveler, reconhecendo o melhor desempenho no setor das viagens de negócios, elegeu a Aliança, pela sexta vez consecutiva, como a Melhor Aliança de Companhias Aéreas.

Futuros membros e desenvolvimento estratégico

Dando seguimento à política de expan-são da sua rede para novos e competitivos mercados, e tendo como um dos principais objetivos oferecer ao Cliente uma dimensão global com ligações mais rápidas, a STAR Alliance aprovou por unanimidade, em 2011, o pedido de adesão da Shenzhen Airlines (5º maior operadora). Considerado um passo decisivo, na implementação da estratégia desenhada para o mercado da China, no âmbito de uma região que representa, atu-almente, para o mercado de aviação, o mais elevado índice de crescimento, esta com-panhia transforma-se, assim, na segunda operadora da Aliança, naquele mercado, juntando-se à Air China. Deste modo, a STAR Alliance passará a contar com um total de 32 transportadoras (28 membros mais 4 futuros membros), permitindo ofere-cer mais de 23 mil voos diários para 1.315 destinos, repartidos por 190 países.

STAR ALLIANCE

STAR Alliance: a primeira aliança global

A STAR Alliance assume-se, atualmente, como a primeira, a maior e a mais premiada aliança de companhias aéreas verdadeira-mente global, com capacidade para ofere-cer aos seus Clientes o acesso a uma Rede Global, com as melhores ligações possíveis.

Fundada por um grupo de cinco compa-nhias aéreas de renome internacional, sim-bolizadas no seu logótipo, a STAR Alliance cresceu, consideravelmente, desde o seu início, em 1997. Atualmente, Integram a Aliança 28 companhias aéreas, consti-tuindo-se como requisito determinante para aceitação como companhia-membro, o cumprimento com os mais altos padrões de excelência no serviço ao Cliente, na segu-rança e na adequada infraestrutura técnica. A rede disponibilizada pelo conjunto das transportadoras aéreas abrangia, no final de 2011, 1.290 aeroportos, nos 189 países em que a aliança atua, proporcionando mais de 21 milhares de partidas diárias.

Dois conceitos base se identificam no qua-dro de benefícios para os seus Clientes: o conceito de parceria, em que um Cliente de qualquer companhia-membro da Aliança é considerado como Cliente de todas as com-panhias-membro, permitindo que a partilha de valores comuns proporcione experiên-cias idênticas na prestação do serviço, por parte de qualquer companhia associada; o sistema de operação em hub and spoke, constituído por um modelo que possibilita a ligação entre destinos com menor fluxo de tráfego entre si, através de um aeroporto agregador de procura (hub), sempre que não seja possível um serviço direto.

Com uma quota no mercado global na ordem dos 28%, expressa com base no número de passageiros multiplicado pelo número de quilómetros voados (PKU), a qualidade dos serviços prestados pela Aliança, continua-damente reconhecida, foi, de novo, reafir-mada com a atribuição, em 2011, do título

Mais de

21milharesde partidas diárias

1.290destinos

189países

Page 67: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Entretanto, a STAR Alliance selecionou a B/E Aerospace como seu parceiro de desenvolvimento para o programa de aquisição conjunta de cadeiras de longa distância da classe económica, ainda em fase de conceção. Esta iniciativa de aqui-sição conjunta visa permitir aos membros da Aliança a oportunidade de propor-cionar, aos seus clientes, conforto ergo-nómico de classe económica superior, com um design moderno e tecnologia best-in-class. Com esta iniciativa, a STAR Alliance volta a inovar e a definir uma ten-dência da Indústria, tornando-se na pri-meira aliança a estabelecer uma parceria desta natureza. Para além do acesso a um produto inovador, é, também, possibi-litado aos membros da Aliança continuar a oferecer produtos diferenciados, bem como a melhoria da experiência do passa-geiro, ao mesmo tempo que, trabalhando em conjunto, se garantem sinergias pro-porcionando redução de custos.

Em linha com a crescente utilização de equipamentos de comunicações móveis, na qual a TAP tem mantido uma expres-siva atividade, participando em múltiplas iniciativas, e após o lançamento recente e bem sucedido do seu aplicativo para iPhone Navigator, a rede da STAR Alliance torna-se na primeira aliança aérea a intro-duzir o FareFinder, um aplicativo móvel que permite o acesso às tarifas das ope-radoras membros, colocando a Aliança numa posição de liderança no forneci-mento de informações essenciais aos seus Clientes. Com este aplicativo, os Clientes podem pesquisar tarifas de per-cursos, entre aeroportos da rede STAR Alliance. O aplicativo permite, ainda, crité-rios de seleção adicionais, como número de passageiros, chegada ou partida, classe de serviço, número de paragens, aeroportos transferência, ponto de venda e disponibilidade de lugares.

REGIõES PRINCIPAIS AEROPORTOS hub

Europa Adria Airways Ljubljana

Aegean Airlines Atenas, Thessaloniki, Heraklion, Rodes, LarnacaAustrian Viena

Blue1 Helsinquiabmi Londres (Heathrow)

Brussels Airlines Bruxelas Croatia Airlines Zagrebe

LOT Polish Airlines Varsóvia Lufthansa Frankfurt, Munique

Scandinavian Airlines Copenhaga, Oslo, Estocolmo Spanair Barcelona

Swiss Zurique, Genéve, Basileia TAP Portugal Lisboa, Porto

Turkish Airlines Istambul, Ankara

África EGYPTAIR Cairo

Ethiopian Airlines Addis Ababa, LomeSouth African Airways Joanesburgo

América do Norte Air Canada Toronto, Montreal, Vancouver, Calgary

Continental (**) Chicago, Cleveland, Denver, Guam, Houston, Los Angeles, Nova Iorque (Newark), São Francisco, Toquio (Narita), Washington (Dulles)

United Airlines (**) Chicago, Cleveland, Denver, Guam, Houston,Los Angeles, Nova Iorque (Newark), São Francisco, Toquio (Narita), Washington (Dulles)

US Airways Charlotte, Filadelfia, Washington, D.C., Phoenix

América CentralAvianca–TACA (*) Bogota, San Salvador, San José, Guatemala City,

LimaCopa Airlines (*) Panama City

América do Sul TAM São Paulo, Rio de Janeiro, Brasilia

Ásia Air China Pequim, Chengdu, Xangai

All Nippon Airways Toquio, Haneda, OsakaAsiana Airlines Seoul Incheon, Seoul Gimpo

Shenzhen Airlines (*) ShenzhenSingapore Airlines Singapura Changi

Thai Airways Intl Bangkok, Chiang Mai, Phuket, Hat Yai

Sudoeste da Ásia / AustráliaAir New Zealand Auckland, Los Angeles, Hong Kong

(*) a integrar brevemente(**) representa a United Continental Holding Company

Page 68: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

68 Grupo TAP Relatório Anual 2011

A TAP Serviços tem por missão desenvolver atividade na presta-ção de serviços de suporte e ges-tão, contribuindo para a melhoria da rentabilidade dos seus Clientes, através de um posicionamento con- correncial, pelos padrões elevados de qualidade e eficácia, e tendo como objetivos a melhoria contí-nua e a excelência funcional.

TAP SERVIÇOS

Page 69: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 69 Relatório Anual 2011

Page 70: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

70 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Finanças

Missão – Definir um modelo de ges-tão financeira e contabilística, e adotar procedimentos que garantam a integri-dade e disponibilidade da informação a toda a organização, bem como o cum-primento das obrigações legais.

Recursos Humanos

Missão – Assegurar uma gestão efi-caz dos Recursos Humanos do Grupo, fomentando o desenvolvimento de competências técnicas e sociais de todos os trabalhadores, e definir polí-ticas comuns e instrumentos que per-mitam controlar a implementação dos processos de recursos humanos.

Relações Laborais

Missão – Assegurar as relações ins-titucionais do Grupo TAP na Área Laboral, particularmente junto dos Órgãos da Administração do Trabalho, Sindicatos e Comissões de Trabalhadores. Assegurar a assesso-ria jurídico-laboral às Áreas e Empresas do Grupo TAP. Assegurar a represen-tação das empresas do Grupo TAP junto dos Tribunais do Trabalho e da ACT, bem como a instrução, incluindo o patrocínio judiciário, de todos os pro-cessos, judiciais ou contraordenacio-nais, em que as empresas do Grupo sejam parte. Assegurar o cumprimento das normas legais e convencionais em matéria laboral, elaborando e difun-dindo regulamentos e diretivas sobre a mesma.

Assegurar a instrução dos processos de inquérito e disciplinares.

Logística

Missão – Conduzir o processo de aprovisionamento, disponibilizando bens e serviços a todo o Grupo TAP, com a melhor relação custo-qualidade.

TAP Serviços, um modelo organizacional de serviços partilhados

A envolver uma estrutura com prestação de serviços financeiros, de recursos humanos, compras e armazéns, administrativos, auditoria e jurídicos, para além de outras atividades de suporte, a TAP Serviços disponibiliza às restantes Unidades de Negócio e empresas do Grupo TAP uma plataforma de crescimento sustentado, pro-porcionando um conjunto amplo de benefícios, donde se destacam:

+ Permitir às Unidades de Negócio e empresas do Grupo focalizarem-se na sua atividade core;

+ Diminuição significativa de custos, através da obtenção de economias de escala, e redução de duplicações;

+ Melhoria da eficiência dos processos, por via da utiliza-ção das melhores práticas;

+ Desenvolvimento de competências especializadas na TAP Serviços;

+ Melhoria considerável no apoio ao processo de decisão dos clientes, através de uma maior eficiência operacional dos sistemas de gestão;

+ Melhoria dos níveis de serviços disponibilizados, por via da normalização dos processos e do incremento da qua-lidade das funções de suporte;

+ Melhor gestão estratégica, através da concentração de recursos qualificados, de um processo de decisão mais célere e fundamentado, de uma gestão efetiva dos recur-sos disponíveis, da partilha e troca de conhecimento, e de um melhor alinhamento dos recursos com a missão da Empresa.

Esforço de reestruturação interna da Unidade de Negócio, no sentido da moder-nização e melhoria dos seus serviços, desenvolvendo processos ao nível das melho-res práticas do mercado, com reflexo num incre-mento significativo de eficiência, a par de uma contínua redução de custos.

Capacidade de suportar as constantes alterações e necessidades nos negó-cios dos seus Clientes, a desenvolverem atividades em mercados acentuadamente competitivos.

Processos estruturados de gestão de performance e da relação com os seus Clientes, a contribuir para uma constante monitorização e para a melhoria da qualidade dos serviços prestados.

Presta serviços7 Unidades Negócio/empresas do Grupo TAP

Efetua +1.338.000 processamentos/mês

Digitaliza+143.000 documentos/mês

Gere+189.000 m2

Eficiência TAP Serviços20

00

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

1.000

1.100

1.200

1.300

1.400

1.500

1.600

1.700

1.800

1.900

2.000

2.100

2.200

2.300

2.400

2.500

Prov

eito

s Op

erac

iona

is d

o Gr

upo

TAP

(EUR

milh

ões)

RH (T

AP S

ervi

ços)

440460480500520540560580600620640660680700720740760780800

RH (TAP Serviços) Proveitos Operacionais do Grupo TAP

Processamentos/FTE

27.963

2006 2007 2008 2009 2010 2011

34.34936.59435.487

37.98543.615

+56%

RH TAP Serviços

795

200620052004 2007 200820012000 2002 2003 2009 2010 2011

737 748 741 717649

-41%622

485 527 529 522466

Page 71: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Administração e Gestão de Recursos Físicos

Missão – Definir e garantir, a presta-ção de serviços de apoio aos órgãos sociais, assegurar a gestão eficaz das instalações e equipamentos, segu-rança (security e safety), ambiente, seguros, documentação e serviços de apoio geral, necessários à atividade do Grupo, garantindo a sua rentabilização em conformidade com os requisitos legais e do negócio.

Gabinete Jurídico

Missão – Assegurar o estudo, o acompanhamento e o patrocínio de questões jurídicas, alinhado com o enquadramento legal e com os princí-pios orientadores da Organização.

Auditoria

Missão – Zelar pelo negócio do Grupo através de uma abordagem de auditoria sistemática e disciplinada, procedendo ao planeamento, desen-volvimento e execução de atividades que garantam o bom funcionamento dos sistemas de controlo interno e que promovam a conformidade da gestão e governação do Grupo.

Planeamento Estratégico e Performance

Missão – Dar suporte na definição da estratégia e orientação de negócio para o Grupo, participando na elabo-ração do Planeamento Estratégico. Suportar a TAP Serviços, gerindo o relacionamento com os seus Clientes, desenvolvendo o sistema de medição de Performance e o Modelo/Sistema de Custeio, Pricing e Faturação e cola-borando, na análise funcional, em pro-jetos de mudança de processos e sistemas.

Atividade dos Clientes da TAP Serviços (2011 vs 2000)

Na TAP Serviços, Unidade de Negócio criada em 2004, antecedendo um período de acentuado crescimento para a TAP, a atividade refletiu o desenvolvimento verificado nas Unidades de Negócio e empre-sas do Grupo suas Clientes.

Processamentos

11.522

2006 2007 2008 2009 2010 2011

12.99914.09413.655

14.78016.068

+40%

(103)

5,3

2000 2004 2006 2011

6,26,9

9,8

+85%

Passageirostransportados(milhões)

PKO’s

14,3

2000 2004 2006 2011

19,0

22,9

34,0

+138%

(109)

+54%PNC

+66%PNT

ColaboradoresTransporteAéreo

3.193

2000 2004 2006 2011

3.2153.614

4.571

1.494 1.4211.755

2.300

+43%

(nº médio)

Total

490 555 651 813

Aviões

34

2000 2004 2006 2011

40

48

71

+109%

(31 dezembro)

ClientesTerceiros– Manutençãoe Engenharia46

2000 2004 2006 2011

39

54

72

+57%

MovimentosSPdH

73

2000 2004 2006 2011

98 100

82

+12%(103)

MEGASISUtilizadoresdos serviçosda TAPNet

2000 2004 2006 2011

5,28,0

15,2

+661%

(103)2,0

121,0

2000 2004 2006 2011

135,5 135,0 134,2

+11%

UCSExamescomplementaresde diagnóstico(103)

Page 72: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

72 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Finanças

No ano de 2011 a área financeira da TAP Serviços deu continuidade à sua estratégia de melhoria contínua, no âmbito das funções que desempenha, enquanto órgão de decisão corporativo, quer relativa-mente à gestão económico-financeira das necessidades do Grupo TAP, quer enquanto prestadora de serviços de natureza financeira às empresas e Unidades de Negócio do mesmo Grupo. Essa estra-tégia, materializada na identificação e prossecução de cerca de 180 iniciativas que envolveram a totalidade das áreas pertencen-tes a esta Direção, das quais estão em curso cerca de metade, e se deram como concluídas, no final de 2011, cerca de 25%, foi assente, fundamentalmente, em 4 pilares:

+ Procura de maior eficiência, materializada por redução de efeti-vos, a par do aumento de atividade, tendo-se registado no ano em curso uma melhoria genérica dos rácios de eficiência, na ordem dos 21%;

+ Redução dos prazos de resposta na função de reporting, tendo--se verificado, ao longo do período em apreço, uma redução deste indicador de 7 dias úteis, em média, acentuando-se esta redução no 2º semestre do ano (média 10 dias úteis);

+ Contenção dos custos incorridos com o desenvolvimento da ati-vidade da área. Não se verificou, no ano de 2011, qualquer acrés-cimo de custos da área financeira, pese embora o aumento da atividade verificada, de 9%, expressa em número de documentos processados;

+ Manutenção (ou melhoria) do grau de satisfação dos clientes, no que se refere à qualidade e oportunidade dos serviços prestados, bem como à capacidade de atender a novas solicitações, tendo continuado a registar-se uma apreciação genérica positiva, por parte destes, no âmbito dos inquéritos à satisfação, que periodi-camente são conduzidos.

De salientar, ainda, algumas ações desenvolvidas no âmbito das Finanças Corporativas:

+ Relativamente a operações financeiras envolvendo a frota aérea, de referir a contratação de leasings financeiros para 9 aeronaves, a renegociação do financiamento de outras 3 e a extensão do prazo do leasing operacional de várias outras aeronaves, do equi-

pamento de médio curso, bem como a renegociação dos termos e condições do contrato de compra assinado com a Airbus, res-peitante à frota de longo curso A350XWB;

+ Sobre operações financeiras genéricas, de destacar a contrata-ção de um financiamento estruturado de curto prazo, a negocia-ção de várias Linhas de Crédito e de condições para aplicação de excedentes de liquidez, a renegociação de condições contra-tuais com instituições associadas à aceitação de cartões de cré-dito e a contratação da atribuição de um cartão Visa pré-pago aos Clientes para pagamento de indemnizações devido a irregularida-des operacionais;

+ Em relação a operações de cobertura de risco, releva-se a con-tratação de algumas operações de hedging de combustíveis, relativamente ao ano de 2012 e o acompanhamento dos desen-volvimentos legais e regulamentares da aplicação do mecanismo de comércio de licenças de emissão de CO2 e da sua aplicação prática no futuro.

Recursos Humanos

Criação da área de Gestão de TalentoA criação da área de Gestão de Talento insere-se no âmbito da polí-tica integrada de Recursos Humanos, centrando particular atenção naqueles que mais contribuem para a diferenciação da Empresa e da sua competitividade. A capacidade de alinhar a Gestão de Talento com a estratégia, partilhando objetivos comuns, representa uma vantagem competitiva determinante, sendo de importância progressiva potenciar o talento, identificar e reter high performers e high potentials, incrementando a adaptabilidade e agilidade dos recursos humanos, com percursos profissionais à medida e assen-tes na confiança entre a Empresa e as pessoas.

Gestão do DesempenhoOs trabalhadores da TAP são alvo de uma apreciação anual do tra-balho realizado no exercício de determinada função, tendo por obje-tivo detetar necessidades de desenvolvimento e pontos fortes, e criar oportunidades. É, desta forma, propiciado o aproveitamento máximo do seu potencial, bem como a otimização da sua perform-ance. Em 2011, foi dado início à realização deste processo, com

Estratégia de melhoria contínua materia-lizada na identificação de 180 iniciativas que envolveram a totalidade das áreas pertencentes à área de Finanças.

Portfolio de Iniciativas – Finanças

50% Em curso 25% Por iniciar 25% Concluídas

Page 73: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 73 Relatório Anual 2011

suporte em plataforma informática, tendo sido lançado o processo de avaliação, quer de competências, quer do cumprimento de objeti-vos, previamente estabelecidos e acordados com os trabalhadores.

Relançamento do Programa ReconhecerFoi, igualmente, dado continuidade e vigor ao Programa Reconhecer – reconhecimento de ações excecionais de trabalhadores do Grupo TAP. Constitui objetivo estratégico organizacional deste Programa contribuir para a criação da personalidade TAP, através dos seus trabalhadores, que personificam e comunicam, pela sua voz e ima-gem, os valores da Empresa, gerando um efeito multiplicador, rela-tivamente ao que diferencia, positivamente, a organização e a torna mais eficiente, mais presente para o Cliente, e mais competitiva num mercado de acentuada concorrência.

Ciclo de Conferências de Recursos Humanos (RH)Iniciado em abril, o Ciclo de Conferências de RH, criou um espaço de reflexão e discussão interna para temáticas relacionadas com a gestão das pessoas. Gerando um interesse e adesão crescentes, a iniciativa contou com a participação de oradores convidados e com a presença de trabalhadores de recursos humanos e das diversas áreas do Grupo TAP.

Implementação do Fly StaffEm março, passou a estar disponível uma ferramenta (1ª fase) para os trabalhadores do Grupo TAP que, ao abrigo do regulamento de facilidades de passagens, procuram viagens de lazer na TAP e/ou nas companhias com que a Empresa tem acordos.

Esta aplicação, no âmbito do esforço de simplificação administra-tiva em curso, visa simplificar processos e procedimentos e ir ao encontro das necessidades dos trabalhadores, propiciando mais informação e autonomia. Em qualquer parte – dentro ou fora das instalações TAP e com ponto de acesso à Internet –, o cliente pode aceder nos endereços flystaff.tap.pt.

Implementação da home Page do Grupo TAPAinda, para o cliente interno, passou a estar disponível, por acesso interno e externo, a intranet institucional do Grupo TAP. Com um grafismo moderno, novos conteúdos, funcionalidades e navegação em linha com a renovação de que foi objeto a Home Page TAP, esta aplicação representa mais um passo no esforço de desburocrati-zação e modernização administrativa que a Empresa tem vindo a prosseguir. Visando potenciar uma maior consolidação da cultura organizacional e propiciar à organização a acessibilidade informa-tiva e documental, a aplicação permite, entre outras funcionalida-des: Preenchimento e envio de formulários e impressos eletrónicos; Acesso aos organogramas organizacionais; Pesquisa de documen-tos e de contactos dos trabalhadores; Eventos e Projetos em Curso.

Desenvolvimento do Portal de ComunicaçãoDesenvolvido internamente, esta aplicação passou a ser, em 2011, uma ferramenta proporcionando, a todos os trabalhadores, diaria-mente, a possibilidade de consulta das principais notícias sobre a TAP, na Comunicação Social, nacional e estrangeira – TV, Rádio e Imprensa –, conteúdos como os Flash Informação, Jornal TAP ou as Newsletters da Star Alliance, da PGA e AIMS, entre outras.

Desenvolvimento do Portal de RecrutamentoAtravés de www.recrutamento.tap.pt, ficou, também, mais facilitado o contacto exterior com a TAP, com o serviço online de receção de candidaturas, espontâneas ou em resposta a concursos específi-cos, publicitados, igualmente, por esta via. Representando um veí-culo privilegiado para o anúncio de oportunidades de ingresso na organização, bem como para captar perfis de competências neces-sárias, este meio propicia, naturalmente, resultados mais rápidos.

e-ConhecimentoReforço do projeto de formação e-Conhecimento com a intensifica-ção da oferta de ações de formação e-Learning, sendo a Formação concebida por Formadores internos, acompanhados por uma equipa técnica e pedagógica, para apoio à conceção.

Relações Laborais

Na Área de Relações Laborais, foi dominante a especificação e o acompanhamento da aplicação das medidas de redução remune-ratória e de proibição ou condicionamento de valorizações remune-ratórias, consagradas na Lei do Orçamento de Estado para 2011.

Nesse quadro e na sequência de conversações anteriormente havi-das com o Sindicato representativo, foi determinada a redução dos elementos componentes (Comissários e Assistentes de Bordo) das tripulações de cabina; após negociação desenvolvida com o Sindicato, essa redução foi consensualmente assumida e consa-grada em acordo formal.

Relativamente ao contencioso laboral, registaram-se mais uma vez muito bons resultados.

Para este resultado contribuiu seguramente, entre outros fatores, a continuidade da ação desenvolvida junto das Unidades de Negócio da Empresa e das restantes empresas do Grupo TAP, no sentido de prevenir e enquadrar, adequadamente, situações potencialmente geradoras de processos contraordenacionais ou judiciais.

O total dos encargos emergentes dos processos judiciais findos (incluindo condenações e acordos judiciais) representou apenas cerca de 3,1% do valor do risco total inerente a essas ações, mantendo-se um nível elevado da taxa de sucesso (96,9%), em linha com o registado nos últimos anos.

Contenciosos Laboral – Risco e Encargo

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

Encargo totalRisco total

EUR milhares

1.285

119

3.033

285

1.905

95868

52

503.515

706

3.833

641

2.352

439

8.589

157

164.124

1.1131.369

7.521

46 233

Page 74: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

74 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Logística

Com a finalidade de desempenhar o seu correto papel estratégico, com vista ao sucesso e competitividade da TAP, a área de Logística continua a passar por um processo de melhoria contínua, no sen-tido de atingir o objetivo de oferecer um serviço de excelência ao seu cliente interno.

Neste sentido, mantiveram-se as práticas de sustentabili-dade de compras, priorizando-se a correta gestão e seleção de Fornecedores, baseada em critérios de rigor, com o fim de asse-gurar uma relação comercial forte, transparente e de confiança, nunca perdendo o objetivo de aumentar a eficiência do processo de aquisição/negociação.

Face ao contexto do negócio da TAP e aos mercados diversificados em que opera, a área de Logística opta, com a finalidade de contri-buir para a sustentação da economia nacional, preferencialmente, por fornecedores portugueses, desde que se mantenham circuns-tâncias de igualdade e de condições apresentadas (relação preço/qualidade) com os seus congéneres internacionais.

No quadro abaixo, demonstra-se a relação Fornecedores Nacionais versus Fornecedores Estrangeiros, em valor de compras anuais, referente a 2011.

Avaliação de Riscos Devido à crescente complexidade da área de Procurement, não só devido à concorrência/oferta global, bem como à incerteza e falta de transparência dos mercados, o risco na avaliação financeira dos seus fornecedores aumenta, pelo que, a muito curto prazo, irá ser reformulada a análise de risco de avaliação de fornecedores, utili-zando uma abordagem mais objetiva com base em ferramentas de Business Information Scoring.

DesafiosA área de Logística, em parceria com a área de IT, tem mantido uma ação muito ativa com a finalidade de desenhar soluções informáticas que apoiem a gestão de cadeia de abastecimento, nomeadamente, na parametrização e carregamento dos contratos acordados. Estas soluções implicarão, nas áreas a montante e jusante, melhorias e sincronizações significativas, esperando-se a conclusão destes pro-jetos no final de 2012.

Área de ArmazénsTem sido dado um enfoque na correta gestão de stocks, gestão de espaço de armazém, custo de oportunidade de capital e custo de obsolescência, sem prejuízo do nível de serviços, com a finalidade de minimizar custos e impactos financeiros. Igualmente, durante 2012, será implementada uma área de Controlo de Qualidade no Armazém Central, com a finalidade de aferir, no ato de entrega, se o produto está de acordo com o negociado/contratualizado.

Gabinete de AduaneiroEste setor mantem a sua atividade de prestador de apoio de ser-viços aduaneiros junto das unidades de negócio e empresas do Grupo TAP. Iniciaram-se auditorias de contagens físicas de bens, junto dos prestadores de serviço no Aeroporto de Lisboa que pos-suem extensão de armazém TAP nas suas instalações, e cuja res-ponsabilidade, perante as autoridades alfandegárias e fiscais pertence à TAP.

Administração e Gestão de Recursos Físicos

O Plano de Atividades de 2011, da Administração e Gestão de Recursos Físicos alinhou-se pelos principais desafios que a TAP colocou neste ano, para a sua atividade, designadamente:

1. Promoção de práticas de redução e racionalização de cus-tos e de melhoria da eficácia e da eficiência, com vista ao aumento da competitividade;

2. Inovação e criatividade na alavancagem do processo inte-grado da TAP Serviços.

No 1º desafio, de salientar, na área de Facility Management, os projetos no âmbito da redução de custos energéticos, transver-sais a toda a Empresa que resultaram numa poupança compro-vada de 7% no consumo anual de energia elétrica. Também, de salientar, na área de Gestão de Seguros, a estratégia prosse-guida de negociação conjunta dos Seguros do Ramo Aviação, no âmbito do Grupo de Transportadoras Aéreas que a TAP integra para este efeito, em que, apesar da alteração da sua composição (de 4 para 2 companhias principais), foi possível obter uma redução de 21% no prémio, correspondendo, para a TAP, a USD 1,5 milhões. Apostou-se, ainda, na melhoria do sistema de controlo

Tipificação do valor gasto com Fornecedores por categoria de compra

Valor consumo fornecedores nacionais

Valor consumo fornecedores estrangeiros

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Jetfu

el

Hand

ling

Cate

ring

Hoté

is

In-�

ight

Irreg

. (Ho

téis+

Pva)

Med

ia

Fard

amen

tos

Info

rmát

ica

Econ

omat

o

Viat

uras

Mob

iliário

Glob

al

Page 75: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 75 Relatório Anual 2011

e monitorização dos segmentos operacionais de gestão de sinis-tros. Na área de Segurança Operacional, e em consequência do aumento do número de destinos operados (+14%), foram desenvol-vidas ações inspetivas às Escalas no exterior, tendo-se constatado a redução, em cerca de 10%, das não conformidades detetadas. Nas áreas de gestão documental, prosseguiu-se com a melhoria dos níveis de serviço oferecidos, mantendo-se os custos em cerca de 60% abaixo dos praticados no mercado. Verificou-se, ainda, o aumento de capacidade instalada, procurando responder à pro-cura, e permitindo uma oferta diversificada de soluções.

No âmbito da inovação e criatividade – desafio 2, é de relevar a gestão integrada de alguns Programas de Seguros das empresas do Grupo TAP, permitindo um tratamento de sinistros centralizado e uma gestão mais eficiente dos riscos, reduzindo redundâncias, e garantindo uma posição firme e estruturada da Empresa perante os seguradores.

A área de Prevenção de Riscos apostou na implementação de uma importante ferramenta de controlo dos riscos associados à uti-lização de produtos perigosos, considerando a diversidade e risco dos mesmos (800 produtos químicos, diariamente, utilizados na Manutenção e Engenharia, em especial na área de Manutenção de Aeronaves e Motores). Em 2011, foram realizados exercícios de simulacro de emergência em áreas industriais, administrativas e sociais (caso do Infantário TAP), em que participaram mais 50% de trabalhadores que em 2010. A realização dos simulacros tem con-firmado que, graças à formação teórica e prática, os trabalhadores abrangidos (mais de 700) se sentem mais preparados para as situa-ções de risco. Relativamente ao Ambiente, procurou-se, para além da atividade corrente, promover a cultura ambiental da TAP, assu-mindo-a como valor acrescentado da empresa. Assim, a área orga-nizou e coordenou as filmagens de diversos programas transmitidos pela RTP, no âmbito do Minuto Verde – rubrica da ONG Quercus, transmitida no Programa Bom Dia Portugal, em que se explica como várias medidas, em curso na Empresa, contribuem para a redução do consumo de combustível e das emissões de CO2. Também, o Programa de Compensação de Emissões de CO2 da TAP, em parce-ria com a IATA, lançado em 2010, viu ultrapassado, em 13%, o obje-tivo fixado para 2011, tendo sido compensadas 4.515 toneladas de CO2 e sendo, neste momento, considerado o programa de com-pensação com mais sucesso no mercado de aviação. A atividade socio/ambiental da TAP ficou marcada, em 2011 (maio), pela reali-zação, em parceria com a Fundação Floresta Unida, e em colabo-ração com o grupo de Voluntários com Asas da TAP, no âmbito do Ano Internacional das Florestas, de uma ação de proteção do patri-mónio florestal e de controlo e limpeza de infestantes na Serra da Boa Viagem, na Figueira da Foz. Na área de Gestão de Contratos, desenvolveram-se ações de colaboração transversal com as Unidades de Negócio e empresas do Grupo, salientando-se a sen-sibilização da população TAP para hábitos alimentares mais saudá-veis e nutricionalmente equilibrados (Projetos Saúde + e Acerte no Saúde +). Também se respondeu às necessidades do aumento da procura de serviços do infantário, com a oferta de mais duas salas. Foi assim possível, num ano difícil para muitas famílias trabalhado-ras, incrementar aquela capacidade em 23%, face ao ano de 2010, e apoiar, no ano letivo 2011-2012, a totalidade das candidaturas das diversas empresas do Grupo TAP. Também, com esta ação, a TAP confirma a sua cultura de preocupação com o equilíbrio trabalho/família. Na vertente de gestão documental, releva-se a implemen-tação de novas aplicações de gestão documental, desenvolvidas no âmbito das tecnologias de informação, que permitiram a integração da documentação de diversas áreas, como da área Fale Connosco, e da Contabilidade das Representações, aumentando, em mais de

30%, o volume de documentos digitalizados e melhorando o nível de serviço oferecido. Esta melhoria tem contribuído para a rapidez no acesso à informação, redução do tempo de consulta, bem como do número de FTE’s a afetar a estes processos.

Auditoria Interna

Prosseguiu o trabalho e reforço da Atividade Preventiva, tendo-se verificado o incremento das ações conduzidas nas diferentes ver-tentes, com especial ênfase no controlo dos processos de contratu-alização que, no âmbito global, se traduziu num acréscimo de 4,9%, face à atividade realizada em 2010.

A cobertura de todas as atividades desenvolvidas nas Empresas do Grupo foi efetuada, tendo por base uma análise de risco, foca-lizando-se, preferencialmente, nas atividades/empresas com maior contributo para o Grupo e, simultaneamente, nas áreas onde as ati-vidades desenvolvidas podem, potencialmente, incorrer, em ter-mos de probabilidade e impacto, num nível de risco que obrigue um acompanhamento mais próximo.

Na ótica de uma Auditoria Contínua, em conformidade com a evolu-ção e aproximação recomendada pelo Institute of Internal Auditors, potencia-se, deste modo, a oportunidade para adicionar valor, per-mitindo substituir controlo por risco, no vocabulário e nas ações com a Gestão, e centrar-se, alternativamente, nos riscos materiais para a organização. Desta forma, minimiza-se o risco residual, dado

Page 76: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

76 Grupo TAP Relatório Anual 2011

que se trabalha com o universo, em vez da amostra, permitindo, em simultâneo, intervir com maior significância estatística e, assim, garantir um efetivo alinhamento no interior da Organização.

Neste sentido, tem-se vindo a potenciar a utilização de sistemas de informação de auditoria (Audit Comand Language), com vista a pro-porcionar uma adequada monitorização à distância, reforçando-se todo o processo de acompanhamento e análise dos processos de compras e de contratualização por áreas.

Incrementou-se, igualmente, a articulação ao IPAI, chapter em Portugal do IIA, permitindo efetuar formação dirigida e específica para as metodologias de Auditoria, bem como a participação em eventos formativos, Seminários, Workshops e Conferências, tendo como objetivo a partilha das melhores práticas seguidas no mer-cado. Desenvolveu-se, assim, um processo que permitiu evoluir de um conceito de Auditoria baseada no controlo, para a Auditoria focada no risco.

Deste modo, a auditoria, enquanto processo contínuo, permite inserir a gestão sustentável na estratégia das organizações, afir-mando-se como o fator crítico para o levantamento de uma cul-tura e de procedimentos, de acordo com normas e condutas éti-cas essenciais a uma utilização eficaz dos recursos disponíveis, em cada momento.

Gabinete Jurídico

O Gabinete Jurídico desenvolveu a sua atividade de apoio às princi-pais unidades de negócio da TAP, empresas participadas e órgãos sociais das empresas do Grupo.

Em 2011, assumiram particular importância as negociações para a venda da participação da TAP, S.A. no capital da SPdH, com uma empresa estrangeira. Apesar do intenso esforço negocial, as expetativas do negócio foram goradas. Entrou-se num novo pro-cesso negocial, desta vez com um grupo nacional. Tendo-se che-gado a um acordo, foi necessário viabilizar junto da Autoridade da Concorrência a aprovação da identidade do comprador e dos ins-trumentos contratuais, o que foi conseguido, por Decisão de 24 de Janeiro de 2012.

O Gabinete, também, acompanhou e apoiou o processo de reestru-turação social das empresas direta e indiretamente detidas no Brasil – Aero LB e TAP–Manutenção e Engenharia Brasil.

Destaca-se, ainda, a intensa atividade desenvolvida na área do direito da concorrência, tanto no tratamento de questões levantadas com os Acordos feitos no âmbito da Star Alliance, como num pro-cesso de investigação que corre os seus termos na Direção Geral da Concorrência, da Comissão Europeia.

Na área de apoio a operações financeiras, foi feita a assessoria jurí-dica a diversas operações de financiamento, designadamente, de aeronaves.

Refere-se, por último, dado o seu volume, a análise e parecer sobre mais de uma centena de contratos de Manutenção de aeronaves, e ou seus componentes.

Evolução do número de Auditorias realizadas

2011

2010

Tran

spor

teAé

reo

TAP

M&E

Portu

gal

SPdH

TAP

Serv

iços

MEG

ASIS

UCS

LFP

CATE

RING

POR

PGA

TAP

M&E

Bra

sil

OUTR

AS

TOTA

L

0

50

100

150

200

250

6686

15 7 12 5

5756

4 5 3 5 3 1 4 4 6 61 1

33 38

204214

Page 77: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 77 Relatório Anual 2011

Planeamento Estratégico e Performance

No contexto do modelo de negócio da TAP Serviços, visando a consolidação de uma cultura orientada para o cumprimento de objetivos, a área de Planeamento Estratégico e Performance deu continuidade aos diversos procedimentos em prática, estruturados por forma a dar suporte à estratégia da Empresa.

Neste sentido, constituindo-se como um objetivo da TAP Serviços a obtenção contínua de ganhos de eficiência e de produtividade dos seus Clientes, em todos os processos da sua gestão nas áreas de suporte aos negócios, prosseguiu a aferição do seu desempenho, com o processo de medição sistemática da performance. Este pro-cedimento, que constitui um dos fatores que caracteriza a prática da Unidade de Negócio, envolve a distribuição de um conjunto de rela-tórios, dirigidos a cada nível de gestão, sobre o cumprimento dos objetivos definidos e sobre o desempenho operacional de cada área (eficiência, custo, eficácia, tempos e qualidade). Numa atitude de transparência da gestão, prosseguiu a divulgação de um conjunto de indicadores de desempenho chave, de forma dirigida a cada Cliente, bem como através da publicação mensal, em placards afi-xados nas instalações e através do Portal de Satisfação de Clientes.

De referir, no mesmo âmbito, a consolidação do modelo de cus-teio, bem como o processo de reaferição contínua, efetuada aos modelos de pricing e de faturação. Por seu turno, no âmbito do rela-cionamento com os Clientes, reconhecendo a importância da sua opinião na formulação das estratégias e na melhoria dos proces-sos do negócio, decorreu o desenvolvimento de contactos regula-res, bem como a avaliação indireta, efetuada através da análise de comentários e de inquéritos de avaliação de satisfação.

Ainda, durante o exercício, prosseguiu o acompanhamento do cum-primento dos Service Level Agreements (SLA) com os diversos Clientes – Unidades de Negócio/empresas do Grupo –, adequando--os às eventuais especificidades. Estes acordos, consignando a definição dos serviços disponibilizados e protocolos de procedi-mentos e partilha de responsabilidades no decorrer dos diversos processos, estabelecem os níveis de serviço e desempenho (per-formance), de qualidade e eficiência, bem como o respetivo pricing.

Para além destas iniciativas, a área prosseguiu no desenvolvimento da sua missão, no sentido de prestar assessoria ao Conselho de Administração, sempre que solicitado e de forma proactiva, inte-grando o know-how das Unidades de Negócio da TAP, elaborando estudos, análises e emitindo pareceres de natureza qualitativa e quantitativa. No mesmo sentido, prosseguiu a elaboração de estu-dos e análises de benchmarking, relativamente ao negócio de transporte aéreo, acompanhando as ações conduzidas pela con-corrência e atuando em termos de competitive intelligence.

Evolução da eficiência da TAP Serviços em presençado crescimento da actividade dos seus Clientes

108,8%

87,5%

150,1%

+115,5%

-41,4%

entre 2000-2011

Número de Aviões

Número de Escalas

Passageiro-Km

Número de Recursos

Humanos da TAP Serviços

Em 2011, continuou a verificar-se a melhoria de eficiência operacional da TAP Serviços, tendo a Unidade de Negócio correspondido ao nível de atividade dos seus Clientes, superior ao dobro da verificada em 2000, com menos 41% de Recursos Humanos.

Conhecer e acompanhar a evolução da perceção que os seus Clientes – o Cliente Interno da Empresa –, têm dos serviços oferecidos representa, para a TAP Serviços, um contributo importante para a melhoria dos processos.

4 – Muito Satisfeito3 – Satisfeito2 – Insatisfeito1 – Muito Insatisfeito

Satisfação Global dos Clientes

1

2

3

4

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Page 78: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

MANUTENÇÃO E ENGENHARIA

Processos de reorganização interna para atingir a melhoria da produtividade no futuro

O ano de 2011 voltou a registar uma quebra, quer ao nível da atividade para o cliente interno TAP, como para clientes terceiros, facto que teve consequências em termos dos proveitos gerados com esse segmento, que atingiram EUR 92,6 milhões, 26,8% inferior ao realizado no ano anterior.

No que respeita à manutenção da frota da TAP, os seus custos evidenciaram uma redução, quer face ao esperado, quer relativamente ao ano anterior, decorrente da implementação de processos mais eficientes e redutores de cus-tos, nomeadamente, o aumento do intervalo de horas entre pequenas inspeções “A”, ação que havia sido iniciada em meados de 2010 e que ficou completamente ajustada durante o ano 2011.

Os serviços oferecidos pela TAP–Manutenção e Engenharia ao mercado de manutenção aeronáutica centraram-se, fundamentalmente, na manutenção de motores e manutenção de aviões (célula), tendo sido estabelecidos novos contratos referentes à família de motor CFM56, dos quais resultaram grandes intervenções ofi-cinais. Ao nível da manutenção de aviões, de realçar a reativação do relacionamento com a Air France, com a realização de inspeções à sua frota de Wide-Bodies, bem como o incre-mento do relacionamento com lessors, mate-rializado nas inspeções a três Wide-Bodies. Em termos de manutenção integrada, foi rene-gociado, por mais três anos, o contrato de suporte total às frotas A320 e A310 da SATA.

É, ainda, de salientar a adjudicação de dois pro-jetos para a TAP–Manutenção e Engenharia, em regime de exclusividade, resultantes de concursos internacionais, cuja implementa-ção, a nível das áreas de produção, ocorrerá em 2012, nomeadamente, a manutenção dos motores CFM56-3/-5 da TAROM e a manuten-ção de avião da frota A320 da FINNAIR.

€ 92,6milhõesProveitos com Vendas e Prestação de Serviços de Manutenção a Terceiros

3,7%do Volume de Negócios do Grupo

1.917Quadro do Pessoalda Manutenção e Engenharia

(31 de dezembro)

A Manutenção e Engenharia da TAP tem por missão prestar serviços de manu-tenção e engenharia de aviões, reatores e compo-nentes, à Empresa e a clien-tes externos, garantindo um nível superior de quali-dade e contribuindo ativa-mente para a manutenção dos elevados requisitos de segurança exigidos pela Indústria Aeronáutica, para a salvaguarda das condições de segurança de pessoas e bens e para a proteção do ambiente.

Page 79: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 79 Relatório Anual 2011

A atividade de manutenção da TAP não tem sido imune à envolvente recessiva que se continua a verificar a nível internacional. A agravar esta tendência, o ano de 2011 apresentou-se, ainda, mais negativo, pelo facto de se ter acentuado, abertamente, a forte e concertada concorrência dos fabricantes de motores, componentes e aviões à atividade de manutenção. Esta realidade caracterizou-se, inicialmente, pelo pro-gressivo impedimento ao acesso de informação técnica, essencial a esta atividade, e acentuou-se, posteriormente, com o lock-in dos seus clientes, através da oferta suporte total, envolvendo a venda e manutenção em conjunto, numa tentativa de compensar no pós-venda os menores lucros do seu negócio base, a fabricação.

Neste contexto, a TAP–Manutenção e Engenharia tem procurado, juntamente com outras empresas, a definição de posições comuns, por forma a responder à competi-ção direta desencadeada pelos fabricantes.

Numa perspetiva estratégica, a garantia da Segurança assume-se como um fator diferenciador no mercado, cada vez mais competitivo, da manutenção aeronáu-tica. Este tem sido um dos pilares da atuação da TAP–Manutenção e Engenharia, tendo, em janeiro de 2011, publicado a sua política de Segurança Operacional – Safety Policy – definida e assumida, pelo Administrador Executivo desta Unidade de Negócio, como prioridade número 1. Nesta sentido, durante o ano de 2011, foi dado desenvolvimento ao projeto de implementação do SMS (Safety Management System) da TAP–Manutenção e Engenharia, lançado em 2010. Por sua vez, iniciaram-se as ações de formação em Safety Training, tendo sido ministrados cursos especialmente preparados, a mais de 1.100 formandos da TAP–Manutenção e Engenharia, bem como a convidados externos. No âmbito das iniciativas da Safety Promotion, foi lan-çada a campanha iGO Safety, que engloba variados meios de divulgação, tais como logótipo e imagem exclusiva, posters sobre segurança, e outros meios de comunica-ção específicos.

Em 2012, encontra-se prevista a publicação da versão inicial do Manual SMS, sendo, igualmente, publicado, pela primeira vez, o Annual Safety Report da TAP–Manutenção e Engenharia, a que se seguirá a primeira reunião do SRB–Safety Review Board, onde serão definidos os objetivos, indicadores e metas de Safety para 2012.

Tem, ainda, sido objetivo da TAP–Manutenção e Engenharia a preparação da entrada na manutenção do A350, de forma a garantir a participação num mercado de um novo produto, que exige elevados níveis de investimento, quer em unidades e mate-riais, quer em tecnologia de reparação. De salientar, que a TAP foi um dos cinco ope-radores, a nível mundial, convidados a designar um engenheiro da sua Unidade de Manutenção para integrar a equipa de projeto deste novo avião.

Sob o ponto de vista da organização, a área de Transformação Organizacional tem continuado a assegurar a aplicação dos processos de Melhoria Contínua, tendo con-cluído cinco projetos-piloto, que envolvem as áreas de Motores, Componentes e Aviões, no sentido de obter melhores resultados operacionais em fatores chave ine-rentes à atividade de manutenção aeronáutica, nomeadamente, ao nível da melhoria dos TAT (Turn Around Time) das unidades.

Numa tentativa de redução de custos e maior contribuição para o Produto Interno Bruto do País, a Unidade de Negócio iniciou uma abordagem estruturada ao mer-cado nacional, tendo dinamizado, em conjunto com a AICEP, um encontro nas suas instalações, que contou com a participação de 35 empresas portuguesas com capa-cidade na área da manutenção aeronáutica, Com essas empresas, é possível colabo-rar no sentido de, por um lado, ajudar à sua internacionalização e, por outro permitir uma menor dependência da manutenção da TAP do mercado externo, na aquisição de materiais, produtos e serviços. Esta aposta na parceria com empresas nacionais está, já, a evidenciar alguns resultados positivos, existindo contactos com cerca de 21 empresas, para a compra e venda de serviços.

2006 2007 2008 2009 2010 2011

1.399 1.407 1.459 1.518 1.4971.398

Mão-de-Obra de Manutenção(000) Horas-Homem

Terceiros Outros trabalhosTAP

Segurança Operacional na TAP–Manutenção e Engenharia como prioridade número 1

A quebra verificada na atividade permitiu a disponibilidade para avançar para projetos de reorganização interna dos espaços ofici-nais, com vista à simplificação do ambiente de trabalho e à melhoria da produtividade. Para este efeito, foi utilizada a metodologia 5S, assente nos conceitos Separar, Arrumar, Limpar, Sistematizar e Respeitar. O arranque deu-se nos Hangares 4 e 5, tendo as equi-pas constituídas envolvido, quer pessoal das respetivas áreas, quer pessoal da área de Transformação Organizacional, na com-ponente da Melhoria Contínua.

Proveitos com Vendase Prestação de Serviçosde Manutenção a TerceirosEUR milhões

2010 2011

127

93

-26,8%

Nota: Valores de acordo com as IFRS (International Financial Reporting Standards).

Page 80: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

80 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Ainda, integrado nos processos de Melhoria Contínua, foram con-cluídos os cinco projetos-piloto seguintes, envolvendo as áreas de Motores, Componentes e Aviões:

+ VIA TAT – Criação de um canal prioritário para peças cujo TAT (Turn Around Time) de reparação se encontra perto do limite da janela de reparação do motor;

+ ANTECIPAR MATERIAL – Alteração do processo de reparação do componente, por forma a antecipar a fase de inspeção do mesmo, permitindo identificar, com maior antecedência, o mate-rial necessário à reparação;

+ MATERIAIS EM CLOSED LOOP – Formalização e controlo do processo de reparação de peças de avião, que são removi-das durante a A-Check, por forma a garantir a sua reparação a tempo de serem reinstaladas nessa mesma aeronave;

+ PLANEAMENTO DE PRIORIDADES – Criação de um processo que permita definir prioridades na reparação de componentes, com base em fatores críticos, como o TAT médio, a Fiabilidade do componente e a data da última requisição;

+ CIRCUITO DE ACESSÓRIOS – Diminuição da variabilidade das diferentes fases do processo de intervenção nos acessórios, per-mitindo um acompanhamento e controlo mais eficaz das variá-veis que podem condicionar o cumprimento do TAT acordado para um reator.

No âmbito dos projetos de cooperação, coordenados pela área de Projetos Especiais da TAP–Manutenção e Engenharia, foi con-tinuada a prestação de serviços de consultoria à TAAG, com vista

ao desenvolvimento da sua área de manutenção em termos tec-nológicos, operacionais e de segurança. A TAP–Manutenção e Engenharia constitui um parceiro privilegiado neste relaciona-mento, uma vez que, para além do seu reconhecido know-how, neste âmbito, tem a lusofonia e a proximidade cultural como vanta-gens competitivas. Presentemente, na sequência da reorganização dos armazéns de logística da TAAG, pessoal da TAP–Manutenção e Engenharia encontra-se deslocado em Luanda, em permanência.

Safety Management System – Desenvolver a cultura de segurança é um objetivo da TAP–Manutenção e Engenharia

Em 2004, a TAP assu-miu a sua declaração de compromisso com a segurança operacional, que foi assinada pelo Presidente Executivo, Fernando Pinto, com base na qual as unida-des de negócio da TAP têm vindo a desenvol-ver as componentes do que virá a ser um SMS –Safety Management System integrado. Um SMS só funciona, se existir uma verdadeira Cultura de Segurança na Empresa, devendo,

Page 81: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 81 Relatório Anual 2011

por esta razão, o compromisso com a segurança operacional ter início no topo. Continuando as ações iniciadas em 2010, foi, em janeiro de 2011, publicada a política de Segurança Operacional – Safety Policy – da TAP–Manutenção e Engenharia, definida e assu-mida pelo Administrador Executivo desta Unidade de Negócio, Jorge Sobral, como prioridade número 1. A Implementação de um Sistema de Gestão da Segurança Operacional representa uma evolução dos conceitos de gestão da Segurança e da Qualidade, relativamente ao que é praticado num tradicional QMS (Quality Management System), possibilitando não só o diagnóstico e a aná-lise de situações de risco, como também o prognóstico de poten-ciais perigos e a respetiva mitigação e controlo. Assim, no ano de 2011, foi dado suporte ao desenvolvimento sustentado do projeto de implementação do SMS (Safety Management System) da TAP–Manutenção e Engenharia, iniciado em 2010.

Na continuidade do trabalho realizado no ano anterior, a empresa Baines Simmons, de elevado reconhecimento internacional, neste âmbito, realizou, no início do ano, o estudo SMD®–Safety Management Diagnostic (Diagnóstico da Gestão da Segurança). Este estudo, realizado em ambiente de trabalho nas instalações da TAP–Manutenção e Engenharia, em Lisboa, teve como objetivo avaliar, no terreno, relativamente a esta Unidade de Negócio:

+ As capacidades organizacionais na gestão da segurança;

+ As capacidades na gestão do erro;

+ O grau de adequação da estrutura e dos processos, para a pre-venção de incidentes e acidentes.

O SMD® permitiu, também, avaliar como a cultura da Empresa e os processos utilizados na TAP–Manutenção e Engenharia podem ter impacto ou contribuir para aumentar o potencial de erro, redu-zir a eficácia dos trabalhos de manutenção e aumentar o risco nas operações de manutenção aeronáutica. Os resultados do estudo SMD® vieram complementar os resultados do inquérito SCORE®, realizado em 2010, e permitiram dar a conhecer à Direção como a estrutura organizacional e os processos utilizados nesta Unidade de Negócio se comparam com as melhores práticas utilizadas em outros países, relativamente à Segurança Aeronáutica.

Ainda, tiveram início as ações de formação em Safety Training e as iniciativas de Safety Promotion, para o que foram especial-mente preparados novos conteúdos para divulgação, quer em ambiente de formação, quer nos locais de trabalho. No âmbito do Safety Training, foi concluída, em abril de 2011, a primeira fase da formação específica, a qual esteve a cargo da empresa Baines Simmons, e cujo objetivo incidiu nos processos de Investigação de Ocorrências e de Gestão do Risco. O universo dos formandos visado incidiu sobre as áreas que irão lidar de perto com a investi-gação de ocorrências. Em maio, foi dado início ao segundo plano de formação, desenvolvido, apenas, com os recursos internos da TAP–Manutenção e Engenharia, pretendendo-se mobilizar todos os trabalhadores desta Unidade de Negócio, num objetivo comum de desenvolvimento da Cultura da Segurança. A formação pres-tada neste segundo plano apresenta uma amplitude e conteúdo variáveis, de acordo com o universo das pessoas a que se dirige, e em função da especificidade das responsabilidades que assu-mem dentro da Empresa. No total, ao longo do ano, receberam formação 1.134 funcionários, tendo sido excedido o objetivo pre-visto, que era da ordem das 1.000 pessoas. Ainda, os membros do SMS Core Team receberam formação nas normas ISO 31000 (Risk Management) e ISO 31010 (Risk Assessment), o que lhes permitirá desenvolver os respetivos processos para incluir no Manual SMS e para cumprir com os requisitos da IOSA e da EN 9110.

Em termos da Safety Promotion foi lançada a campanha de comu-nicação iGo Safety, para a qual foi criada um imagem específica, que expressa a Cultura da Segurança que se pretende desenvolver e estimular, de forma contínua na mente das pessoas, integrando-a no seu dia-a-dia. Esta campanha engloba diversos meios de divul-gação, sendo de destacar o logótipo, representando duas mãos a abraçar o núcleo: iGo Safety – Eu vou com segurança, eu adoto a segurança –, evidenciando que a segurança se encontra nas mãos de cada trabalhador. A campanha é, ainda, suportada por dois posters sobre segurança, um dirigido aos trabalhadores e outro aos clientes, por uma newsletter (MSB–Maintenance Safety Bulletin), por uma página permanente no Jornal da TAP, pela assi-natura em email, por cartazes pontuais com mensagens de Safety e por autocolantes com o logótipo da campanha. Um dos princi-pais fatores de sucesso de um SMS é garantir a motivação dos trabalhadores para o relato dos erros que possam acontecer, com vista a criar uma base de dados relevante que permita identificar os perigos e efetuar a análise dos riscos associados com o obje-tivo de conseguir atingir um nível de segurança elevado. Nesta perspetiva, o incentivo ao Reporte Voluntário foi um dos pontos--chave das ações de formação, estando na sua base o espírito de Cultura Justa de Reporte – Just Culture –, pelo que foi assumido, pela Direção desta Unidade de Negócio, que nunca seriam toma-das medidas punitivas contra qualquer colaborador, que comuni-que uma preocupação, sugestão, ocorrência, erro ou incidente que possa afetar a segurança.

Page 82: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

82 Grupo TAP Relatório Anual 2011

a compensar, na vertente pós-venda, a diminuição dos lucros do seu negócio base, a fabricação. Não obstante, foi, ainda, possível estabelecer novos contratos de reparação de motores da família CFM56, alguns dos quais com novos clientes. Neste contexto redu-tor, a oficina utilizou a disponibilidade verificada ao longo do ano, no sentido de continuar o esforço da redução dos custos, da melhoria da eficiência, da produtividade e da organização, tendo recorrido a projetos de melhoria continua. Neste âmbito, são de destacar os projetos-piloto VIA TAT e CIRCUITO DE COMPONENTES, ambos com enfoque na redução sustentada do TAT (Turn Around Time). Foram, igualmente, introduzidas novas peças no processo de repa-ração interno, facto que contribuiu para a diminuição dos encargos com a subcontratação de reparações no exterior.

Alguns dos tipos de motor que têm constituído um nicho de mer-cado para esta oficina estão a ser rapidamente desativadas, nome-adamente o JT8 e o RB211, para os quais é, cada vez mais difícil, obter material que permita a sua reparação. Também, o CFM–3 está a ser abatido a ritmo acelerado, verificando-se, assim, a necessidade de investir em novos produtos, uma vez que os moto-res no ativo, o CFM56-5B e o CFM56-7B, não são suficientes para manter a atividade da oficina. Dos projetos de introdução de novos produtos, cujo estudo se iniciou no ano anterior, foi possível chegar a acordo com a General Electric e obter autorização para a manu-tenção dos motores CF6-80C2. A introdução deste novo produto encontra-se em fase de implementação, esperando-se a sua con-clusão antes do fim do primeiro semestre de 2012.

É de destacar a iniciativa da oficina de Motores, na realização de um seminário sobre os reatores CFM56-7B, no qual estiveram presen-tes convidados de oito companhias aéreas, os quais se mostraram bem impressionados com a capacidade de reparação e know-how da oficina da TAP. Este evento representou, igualmente, uma opor-tunidade importante na divulgação, junto de atuais e potenciais

Na sequência destas ações, foram desenvolvidos canais de comu-nicação privilegiados para facilitar os reportes de segurança, colocando à disposição dos trabalhadores, para além do nor-mal suporte em papel, a possibilidade de reporte on-line ou por email, através da intranet da TAP–Manutenção e Engenharia ou do Campus Manutenção e Engenharia, sendo sempre garantida a absoluta confidencialidade do reporte, qualquer que seja a opção escolhida, tal como determina a regulamentação aplicável.

Desde o início das ações de formação interna em SMS, o número de reportes voluntários de segurança aumentou oito vezes, exce-dendo as expectativas mais otimistas, o que mostra o envolvimento dos trabalhares e a sua motivação em contribuir para a Segurança da TAP–Manutenção e Engenharia.

Em consequência, este crescimento teve um efeito direto nas Investigações de Ocorrências, as quais constituem uma ferramenta essencial para o apuramento das causas de raiz, que estiveram na origem de um evento de Safety. A investigação permite avan-çar com recomendações que, desejavelmente, permitirão evitar a repetição das causas de raiz, ou, mesmo, eliminá-las. Este pro-cesso é efetuado por elementos pertencentes ao MIP (Maintenance Investigators Pool), um grupo de 18 pessoas selecionadas de todas as áreas da TAP–Manutenção e Engenharia, treinadas e qualificadas originariamente pela Baines Simmons, que atua sob a coordenação do Safety Office da TAP–Manutenção e Engenharia. O resultado das investigações e o respetivo relatório RIO–Relatório de Investigação de Ocorrências são apresentados ao ERG–Event Review Group, composto por órgãos de gestão, técnicos relevan-tes para a matéria em apreço, e presidido pela Direção da TAP–Manutenção e Engenharia. Este grupo decide, por acordo colegial, quais as recomendações a implementar, define as pessoas respon-sáveis e os prazos relacionados. O facto de ser a Direção da TAP–Manutenção e Engenharia a presidir ao ERG constitui uma prova do seu empenhamento na criação da Safety Culture, e atesta o seu comprometimento na aplicação de uma política justa na aná-lise dos eventos.

A terceira fase do SMS, a iniciar em 2012, corresponde ao avanço para os processos proativos e preditivos, e é crucial, na medida em que a proatividade é colocada ao serviço da Segurança Operacional. Esta fase tem como objetivo estabelecer um conjunto de procedimentos que possam suportar a contínua identificação de riscos e a sua adequada gestão, permitindo, cada vez mais, trans-formar diagnósticos em prognósticos.

Motores – Melhoria da eficiência, produtividade e organização

Em 2011, embora existindo já sinais de recuperação do mercado, a oficina de Motores não conseguiu alterar a tendência de redu-ção da atividade para clientes terceiros, facto que induziu a con-sequente diminuição dos proveitos e das respetivas margens. Esta redução foi, em grande parte, devida à forte concorrência desen-volvida por parte dos fabricantes de Motores, através da constitui-ção de contratos de manutenção com os seus clientes, com vista

Page 83: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 83 Relatório Anual 2011

clientes, de um produto que assume, já, um peso preponderante na atividade desta oficina. No campo da inovação, é de referen-ciar a aplicação, na oficina de Motores, da tecnologia RFID (Radio Frequency Identification), a qual permite, de forma mais rápida e com menos falhas, identificar as peças e acompanhar o seu per-curso nas diversas fases do processo de reparação em oficina, aumentando a eficiência desta área. Esta tecnologia, que é já bas-tante utilizada em outros tipos de atividade, nunca havia sido apli-cada nos processos de reparação de uma oficina de motores.

Componentes– Desenvolvimento da capacidade de reparação de componentes in-house

Dando continuidade ao desenvolvimento da capacidade de repara-ção de componentes in-house, foram implementadas novas solu-ções de cobertura oficinal (novos bancos de ensaio e ferramentas) para vários equipamentos das frotas A320 e A330, permitindo, assim, menores custos de reparação, e alargando a capacidade técnica para suporte às frotas da TAP e de clientes terceiros.

O conjunto de equipamentos, objeto de análise e desenvolvimento, foi muito diversificado, sendo de destacar a implementação da capacidade de teste e reparação dos HMU’s (Hydro Mechanical Unit) dos motores PW e CF6. Para os IDG’s (Integrated Drive Generator) da frota A330 foram finalizadas as condições para viabi-lizar a reparação geral in-house. Deu-se sequência ao arranque do banco de ensaio de sondas de vibração e à remodelação do banco de Beverage Makers. No grupo de Instrumentos, foi desenvolvida a necessária capacidade para as unidades Command Sensor Unit e Trim Position Display, bem como foram introduzidas novas capa-cidades para equipamentos de rádio e navegação, tendo sido,

ainda, instalada uma estação de soldadura por infravermelhos, para reparação de cartas multicamada com componentes de monta-gem superficial.

Por outro lado, foi obtida a certificação para a realização de Ensaios Hidrostáticos em Cilindros sob Pressão, emitida pelo DOT (U.S. Department Of Transportation) dos EUA, Office of Hazardous Materials Approvals and Permits. Esta certificação potencia a obtenção de trabalhos de terceiros, permitindo, adicionalmente, em muitas situações, evitar o envio de componentes ao estrangeiro para teste e reparação.

O ano de 2011 foi, ainda, o ano de desenvolvimento de alguns Projetos de Melhoria Contínua na Manutenção de Componentes. Finalizaram-se, com sucesso, dois projetos-piloto – Antecipar Material e Planeamento de Prioridades – cujo principal objetivo con-siste na adoção das melhores práticas da indústria e na utilização de ferramentas de gestão visual para controlo dos trabalhos em produção. Ambos os projetos permitiram alcançar significativas melhorias, ao nível da produtividade e a consequente redução dos prazos de entrega das unidades. Com os mesmos objetivos, foram iniciados mais dois projetos: Planeamento de Mangas (de salva-mento) e a Melhoria da Oficina de Rodas.

Foi, também, iniciado o processo para alteração das instalações da oficina de pintura, com o objetivo de dotar a mesma de maior capa-cidade e, simultaneamente, de satisfazer os convenientes requisi-tos ambientais.

Aviões– Aumento da eficiência da frota da TAP e preparação para os futuros aviões

A área de Manutenção de Aviões assegurou a manutenção total da frota da TAP, realizando um total de 315 inspeções, denotando um valor ligeiramente inferior à atividade do ano anterior (-3,4%). Esta diminuição verificada, essencialmente, ao nível das peque-nas inspeções, resulta, fundamentalmente, do aumento do número de horas de voo entre inspeções, iniciado em meados de 2010, e completamente ajustado durante o ano 2011. Por limitações de capacidade física dos hangares, foram deslocadas duas grandes inspeções de A340 da frota da TAP, para a TAP–Manutenção e Engenharia Brasil.

Relativamente à fiabilidade técnica de Despacho Operacional, o valor global das frotas situou-se em 98,88%, sendo de realçar a melhoria significativa ao nível da frota A330, a partir de outubro de 2010, tendo passado de 97,16% para 97,59%, data em que foram iniciadas ações de reorganização de processos e procedimentos da área de Manutenção Operacional, com o objetivo fundamen-tal de elevar o nível do serviço prestado ao operador TAP Portugal.

Em termos de grandes inspeções, a quota de clientes tercei-ros situa-se atualmente em torno dos 28%, tendo-se garantido a manutenção a aviões de operadores como a SATA, a XL, a AF, a Orbest, bem como de vários Lessors, nomeadamente a ILFC,

Page 84: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

84 Grupo TAP Relatório Anual 2011

a Velling e a Bavaria. A manutenção dos dois A340 da FAF (Força Aérea Francesa) continuou a ser assegurada na sua totalidade, com uma fiabilidade de despacho de 99,66%, tendo sido, mais uma vez, alvo de manifestos elogios por parte do Cliente.

Sendo um dos objetivos estratégicos da TAP–Manutenção e Engenharia manter-se como uma opção de manutenção atrativa para o seu cliente interno, o operador TAP, foram desenvolvidos diversos projetos, sendo de destacar:

+ Limpeza exterior das aeronaves, tendo-se alterado a periodi-cidade e os produtos de limpeza utilizados, com o objetivo de melhorar, não só o aspeto exterior dos aviões, como também a sua performance, em termos de peso e resistência aerodinâmica;

+ Recuperação das capas em pele das cadeiras de passageiros, por uma empresa especialista, evitando-se a sua substituição a custos muito elevados;

+ Criação de uma Equipa de Melhoria da Cabina, com um grande enfoque no controlo da limpeza efetuada em operação à frota Wide Body (WB), bem como o controlo da correção de anoma-lias de cabina da frota WB, e a melhoria e controlo do IFE (Inflight Enternainment) destas frotas;

+ Reforço na dotação da Área de Trouble Shooting e utilização sis-temática do sistema AIRMAN, o qual permite monitorizar e iden-tificar, durante o voo, eventuais irregularidades verificadas no avião, que necessitem de pronta atuação em terra. Esta ferra-menta funciona em 30 unidades da frota TAP, permitindo, assim, um suporte técnico mais eficiente e célere.

No âmbito dos projetos de cooperação e de restruturação, man-teve-se deslocado, em permanência, na TAP–Manutenção e Engenharia Brasil, um elemento da Manutenção de Aviões. Verificou-se, igualmente, a deslocação de uma equipa de Técnicos de Manutenção para suporte aos aviões Airbus da frota da TAP, que foram sujeitos a respetiva inspeção, realizada na unidade do Brasil.

Ao abrigo do acordo de assistência à TAAG, iniciado em 2009, foram prestados, em Luanda, serviços de consultoria na área do Planeamento e Controlo do Programa de Manutenção da frota deste operador, tendo-se mantido, igualmente, a assistência de manutenção de linha nas estações de Lisboa, Rio de Janeiro e S. Paulo.

Finalmente, com o objetivo de preparação para a manutenção à futura frota A350, encontra-se um elemento da Engenharia da Manutenção de Aviões, integrado no Airline Office da Airbus, a tra-balhar com a equipa deste fabricante, no desenvolvimento desta aeronave.

Recursos Humanos– Orientação da formação no sentido de SAFETY

No ano de 2011, foram concretizadas 773 ações de formação, num volume total de 75.775 horas, em sala de aula e em contexto real de trabalho, abrangendo 8.919 formandos, valor que correspon-deu a um grau de oportunidade de 94%. Este programa de forma-ção registou, face ao ano anterior, um acréscimo de 158 ações de formação (+25,7%) e um aumento de 214 formandos envolvidos.

Pela importância que o SMS, atualmente, assume na TAP –Manutenção e Engenharia, são de destacar as ações de formação em Safety, as quais excederam os objetivos traçados para 2011, tendo envolvido um universo de 1.134 formandos (sendo o objetivo 1.000), durante 84 ações de formação (sendo o objetivo 75), num total de 322 horas de formação.

O quadro médio de pessoal em 2011 foi de 1.933 trabalhadores, cerca de 1,6% inferior ao nível do ano anterior, tendo, em 31 de dezembro de 2011, alcançado o valor de 1.917, correspondendo a uma diminuição de 25 trabalhadores, face ao valor verificado em final de 2010. Durante 2011, saíram 66 trabalhadores, e foram admitidos 44, registando-se, também, a integração, no quadro per-manente, de 94 trabalhadores (este valor não inclui entradas diretas do exterior para o quadro permanente).

Page 85: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 85 Relatório Anual 2011

Certificações de qualidade

A TAP–Manutenção e Engenharia recebeu diversas auditorias de acompanhamento de entidades acreditadoras, como a auditoria do Bureau Veritas (referenciais ISO 9001 e EN 9110) e a audito-ria do IPAC (Instituto Português de Acreditação) ao Laboratório de Calibrações, no âmbito de certificação da Norma NP EN ISO / IEC 17025:2005.

Em novembro, decorreu a habitual auditoria da qualidade anual do FAA (Federal Aviation Administration). Esta auditoria é essen-cial para a renovação anual do certificado de aprovação como FAA Repair Station, que a Unidade de Negócio detém, já, desde 7 de julho de 1983. Além de ser condição prévia para a realização de trabalhos de manutenção para operadores americanos, esta certifi-cação é, também, um fator de prestígio para a TAP–Manutenção e Engenharia, no mercado de MRO.

Durante o ano de 2011, foram recebidas outras auditorias da qua-lidade por parte das autoridades aeronáuticas e dos operadores seus clientes, essenciais para a manutenção das várias aprova-ções, no âmbito da atividade.

Em 2012, serão alterados os manuais, regulamentos e procedi-mentos da TAP–Manutenção e Engenharia referentes à certificação do FAA, em consequência da entrada em vigor do acordo bila-teral EU/US. Também, devido à implementação da nova Air Ops Implementing Rule da EASA, a TAP–Manutenção e Engenharia fará a necessária alteração aos procedimentos, com reflexos, principal-mente, sobre a Parte M.

Irá, ainda, efetivar-se a transição das normas atuais ISO 9001 e AS 9110 para os novos referenciais, com a respetiva atualização de procedimentos e manuais, em antecipação da auditoria de reno-vação do Bureau Veritas. Durante 2012, serão, também, revistos e atualizados os procedimentos da TAP–Manutenção e Engenharia, de modo a adequarem-se à revisão 5 dos ISARP da IOSA.

Certificações nacionais e internacionais

Portugal IPAC (Instituto Português de Acreditação): NP EN ISO / IEC 17025:2005

Portugal / UE INAC / EASA: EASA Parte–145

INAC / EASA: EASA Parte–M Subparte G (CAMO) e Subparte I

INAC / EASA: EASA Parte–147

França Força Aérea Francesa / DGA: AQAP 2120 / ISO 9001:2008

UE EASA: EASA Parte–21 Subparte J (DOA)

EUA FAA: 14 CFR Part 145

Internacional IOSA: IATA Bureau Veritas: NP EN ISO 9001:2008 / EN 9110:2005

Page 86: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

86 Grupo TAP Relatório Anual 2011

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

As tecnologias de informação procuraram, em 2011, apoiar a TAP na procura e deteção de oportu-nidades que permitam à Empresa diferenciar-se da concorrência, mantendo intactos, no entanto, todos os objetivos de eficiência que continuadamente persegue.

As inovações, que as tecnologias de informação (TI) permitem introduzir nos produtos, serviços, processos, competências e estruturas organizacionais ou relacionamento com o Cliente, prefiguram-se como contributos importantes para assegurar a adaptabilidade da TAP e a sua sobrevivência no mercado. Iniciativas de TI são, desta forma, reconhecidas como passos fundamentais para garantir a manutenção da sua competitividade, e 2011 foi mais um ano em que ficou evidenciada, de uma forma assinalável, a cultura inovadora da Empresa. Integradas nesta estratégia de inovação, destacam-se diversas iniciativas, visando acompanhar as mudanças de hábitos dos passageiros, nomeadamente na adoção da Internet, como canal preferencial para o relaciona-mento com a Empresa, e na crescente tendência para a utilização de dispositivos móveis que, durante o perí-odo de 2013 a 2015, se espera venham a ultrapassar a utilização de dispositivos fixos.

A TAP privilegiou, em 2011, o desenvolvimento de aplicações de acesso para as plataformas IOS dos tablets e smartphones. A solução resultante permitiu disponibilizar um novo canal aos clientes, o qual apresenta, de uma forma integrada e inovadora, o conjunto de serviços mais utilizados no relacionamento com a Empresa. Ainda, neste contexto, foi lançado o novo portal FlyTAP que, através do aumento do conteúdo funcional e da maior facilidade de utilização permitida aos passageiros, muito contribuiu para o aumento do volume de ven-das ocorrido através da Internet.

Em 2011, ocorreram, também, inúmeras e importantes transformações nas operações da Empresa, impulsio-nadas pela adoção de tecnologias de informação. De destacar, a importância do estabelecimento de uma nova filosofia de operações de voo, com o sistema EFB – Electronic Flight Bag, uma iniciativa que permitirá à tripu-lação desenvolver as atividades de gestão de um voo de uma forma bastante mais fácil e eficiente. O nome do sistema decorre da designação atribuída à pasta com documentação – Flight Bag – transportada pelos pilo-tos para o cockpit do avião. O EFB visa a substituição desta documentação em papel por documentação em formato digital, instalada em computadores pessoais certificados, onde são ainda disponibilizadas aplicações para a realização de diversos cálculos necessários às operações de voo. Os benefícios mais evidentes, para além do aumento da eficácia operacional, passam pela redução dos custos associados ao processo, e pela eliminação dos diversos problemas provenientes do transporte das respetivas malas (18 Kg). Decorrente deste âmbito, a TAP foi convidada a integrar o IATA IEF Working Group, em conjunto com a British Airways, Qantas e Singapore, com o objetivo de criar um manual de best practices relacionadas com o EFB.

Ainda, no contexto do desempenho operacional da Empresa, a Unidade de Manutenção e Engenharia, com a colaboração da Airbus, introduziu tecnologia de ponta nas operações diárias da oficina de reparação de moto-res, através da aplicação da tecnologia de RFID – Radio Frequency IDentification. A inovadora utilização desta tecnologia sem fios permite rastrear as ferramentas e os componentes dos motores, durante o processo de manutenção, desde a sua desmontagem até à remontagem, criando eficiências operacionais, aumentando a fiabilidade e melhorando a qualidade global do processo.

O ano de 2011 ficou, também, marcado pela utilização de novas tecnologias na melhoria do relacionamento da Empresa com os seus Colaboradores. Assim, atenta às respetivas necessidades de evolução e formação, a TAP tem realizado uma forte aposta no e-Learning. A iniciativa tem obtido um significativo sucesso junto dos Colaboradores, de parceiros e outras entidades externas, as quais consideram a TAP, neste âmbito, uma empresa de best practice na utilização de novas tecnologias na inovação do processo de formação. Neste contexto, a Empresa recebeu o Prémio de Excelência em e-Learning, atribuído pela PT Inovação, tendo, tam-bém, sido convidada a participar, como vogal efetiva, na Comissão Técnica de criação da Norma Portuguesa (NP) de e-Learning, por convite do Instituto Português da Qualidade. Esta iniciativa do IPQ integra-se no Projeto Europeu de Transferência de Inovação Q-Cert-VET, um projeto financiado pela Comissão Europeia, no âmbito do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida.

Ainda de referir, o início do projeto de desenvolvimento do portal do empregado. O primeiro passo foi dado com a implementação da segunda fase do Flystaff, aplicação que permitiu a automatização do processo de reserva e emissão de bilhetes de avião, proporcionando maior autonomia, flexibilidade e liberdade de acesso a facilida-des de passagens, por parte de todos os Colaboradores da Empresa.

Page 87: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 87 Relatório Anual 2011

Transporte Aéreo

+ Common IT Platform (CITP) – Conclusão do projeto, com a migração para o sistema Departure Control System de todas as escalas operadas anterior-mente no sistema TAPMATIC;

+ PROS (Revenue Management) – Análise à versão PROS por lógica de O&D (Origem Destino); elaboração do Business Case e aprovação do projeto, prevendo-se a conclusão da migração no final do 1º semestre de 2012;

+ Novo sistema de Loyalty – Processo de seleção do fornecedor da nova plataforma e início do projeto de implementação, cuja conclusão se prevê em Janeiro 2012;

+ ATHOS – Projecto Business Inteligence – Continuação da criação de modelos sobre diversos clusters de informação para as diversas áreas do Transporte Aéreo;

+ CARGOSPOT – Implementação progressiva do novo sistema de Carga, Correio e Revenue Accounting, que deverá concluir-se, em 2012, com o processo de faturação;

+ Electronic Flight Bag (EFB) – Plataforma de computação de uso geral, que pretende reduzir ou substituir informação em papel, utilizada pelas tri-pulações nos voos, tendo-se verificado a entrada em produção nos voos de longo curso, no final de 2011, prevendo-se a sua total operacionalidade nos voos de médio curso, no final do 1º semestre de 2012.

Desenvolvimentos mais representativos, em curso na Empresa

TAP–Manutenção e Engenharia

Desenvolvimentos no âmbito da plataforma integrada de sistemas de informação – COSMOS

+ DRACO (Directive Airworthiness Control System) – Implementação da Fase III (final);

+ GENESIS V2 (General Engine Shop Information System) – Em fase final, com produção em Junho de 2012;

+ DENEB (Document Network based Management Application) – Implementação dos seguintes módulos de gestão :

› Contratos (venda de serviços) › EO’s (Engineering Orders) › SB’s (sub-módulo avião e sub-módulo vendor) › Manuais de Componentes › Interface com sistema SPACE

+ ARIES (Aircraft Information and Engineering System) – Módulo de carrega-mento automático do MDM;

+ Desenvolvimento da solução RFID para a Área de Motores, sistema MEERA (Mobile Enabled Engine Repair Application). Entrada em produção formal, a 26 de Janeiro 2012;

+ Desenvolvimentos diversos na plataforma associada ao CAMPUS TAP–Manutenção e Engenharia, nomeadamente, Recursos Humanos, Manutenção Aviões, Qualidade e Transformação Organizacional, entre outros;

+ Desenvolvimento do módulo para Controlo de Certificação de TMA’s, e emissão automática de Certificação;

+ Início da PoC (Prova de Conceito) do projeto de Mobilidade na Manutenção de Linha (acesso a informação técnica e de gestão pelos TMA’s, via plata-forma ANDROID).

Outros desenvolvimentos

+ ADP 2011 – Avaliação de Desempenho e Potencial em plataforma online para a TAP;

+ ADP TAP–Manutenção e Engenharia Brasil – Avaliação de Desempenho e Potencial para a TAP–Manutenção e Engenharia Brasil;

+ ADP PGA – Avaliação de Desempenho e Potencial em plataforma online para a PGA.

TAP Serviços

+ Flystaff – Conclusão da 2ªfase do projeto, permitindo o acesso à consulta do perfil e dados mestre de facilidades de passagens do colaborador, simu-lação de percursos e tarifas, reserva e emissão de bilhetes, no sistema GDS Amadeus, para staff em percursos TAP, de forma automatizada;

+ Portal do Empregado – Início da 1ª fase de implementação, que facilitará o acesso a funcionalidades self-service, relativamente à atualização e consulta de dados do colaborador, nomeadamente, nas áreas de Administração de Pessoal e Vencimentos;

+ Reformulação do portal de Recrutamento TAP – Nova imagem TAP, inclusão e automatização de novas funcionalidades visíveis pelo candidato, criação de um ambiente de backoffice para otimização da gestão de conte-údos, e produção de informação de gestão do processo de Recrutamento;

+ Quiosques Multimédia RH – Instalação dos equipamentos no reduto TAP, em locais chave, permitindo ao Colaborador do Grupo TAP aceder a infor-mação cooperativa, e realizar tarefas que, normalmente, apenas estão dis-poníveis nos centros de atendimento;

+ SIS – Simplified Interline Settlement – Reformulação dos processos do clearing house, regulados pela IATA. Transversal ao Grupo TAP, o projeto tem impacto nos processos e sistemas de faturação interline, tendo sido o foco no form P (passagens), com reflexo nos processos de faturação das receitas de tráfego;

+ Integração das Receitas de Tráfego das Representações na sede TAP/LIS – Integração dos processos e respetivas regras de negócio apli-cadas às delegações do Brasil, da Venezuela e de Itália, no sistema de Revenue Accounting – ARAMIS;

+ Reembolsos online via FlyTAP (2ªfase) – Disponibilização do pedido de reembolso no FLYTAP, para alguns mercados;

+ Plataforma de Reporting Business Inteligence para Receitas de Tráfego – Passagens – Reporting permitindo análise da receita nas verten-tes rota, voo, mercado e agente, entre outras;

+ SAF–T PT (Standard Audit File for Tax Purposes – Portuguese version) e Certificação de sistemas Faturação – Implementação que permitiu satisfazer os requisitos de obtenção de informação dos serviços de inspeção (DGI), e a emissão de Certificação por parte da DGCI.

+ e-FT – Formulário de Tráfego Eletrónico (FTE) – Implementação, em Lisboa, do sistema e–FT, com vista a otimizar o processo de preenchimento do Formulário de Tráfego, minimizando as ocorrências relacionadas com o seu preenchimento incorreto e o impacto negativo daí resultante. O novo sistema produz um FTE, com base na informação contida nas mensagens tráfego operacionais, o qual é posteriormente enviado para os sistemas da ANA–Aeroportos.

+ Netline/Crew – Regras de gestão de tripulações – Implementação dos processos automáticos de gestão e manutenção das regras aplicáveis às tripulações;

+ Amos – Desenvolvimento do Business Case para análise da viabilidade do projeto de substituição da atual plataforma informática de suporte aos pro-cessos de Manutenção de Aeronaves, daí resultando a decisão da respetiva implementação, que foi iniciada após a escolha da solução mais adequada.

TAP, S.A.

SPdH–Serviços Portugueses Handling, S.A. PORTUGÁLIA–Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A.

Page 88: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

88 Grupo TAP Relatório Anual 2011

trabalhadores, cujo objetivo estratégico organizacional é contribuir para a cria-ção da personalidade TAP, gerando efeito multiplicador, relativamente ao que dife-rencia, positivamente, a organização e a torna mais eficiente, mais presente para o cliente e mais competitiva num mercado altamente concorrencial.

Quadro de Colaboradores do Grupo TAP

Em 31 de dezembro de 2011, o Grupo TAP (TAP, S.A. e outras empresas partici-padas) integrava nos seus quadros 12.395 trabalhadores, menos 718, que em 31 de dezembro de 2010. Este facto decorreu, essencialmente, de reduções registadas no quadro da empresa TAP, S.A., no quadro do conjunto das restantes empresas parti-cipadas e, também, no quadro da empresa associada SPdH–Serviços Portugueses de Handling. Como alterações mais significa-tivas na TAP, S.A., de referir as variações verificadas nos quadros das Unidades de Negócio, TAP Serviços, de Transporte Aéreo e de Manutenção e Engenharia, com redu-ções de 55, 39 e 25 trabalhadores, respe-tivamente. No quadro de pessoal da TAP, S.A. (6.934 trabalhadores) verificaram-se reduções no quadro do Pessoal Navegante Comercial (-42 Assistentes e Comissários de Bordo) e no quadro do Pessoal de Terra (-17 Colaboradores), tendo-se veri-ficado apenas um incremento nos qua-dros do Pessoal Navegante Técnico (+20 pilotos). No quadro de pessoal das res-tantes empresas (3.553 trabalhadores) registou-se a redução de 123 elemen-tos, em grande parte devido à diminuição de 144 Colaboradores na empresa TAP –Manutenção e Engenharia Brasil. Embora

RECURSOS HUMANOS

Em 2011, prosseguiu o esforço interno de otimização de recursos, de inovação e de utilização de sinergias de escala na Gestão de Recursos Humanos (RH), alinhando as políticas de RH com a estratégia da orga-nização e consolidando o papel de RH como parceiro de negócio, acompanhando o caráter dinâmico da organização e possi-bilitando vantagens competitivas que viabi-lizam o cumprimento de objetivos globais. De destacar, a relevância de aspetos de carácter transversal, a nível de criação de cultura da Empresa e implementação de fer-ramentas com o recurso a Tecnologias de Informação (RH). Nesta última vertente, o forte investimento realizado, visando a oti-mização da gestão, bem como a redução do custo de serviço das tarefas administrati-vas por empregado, perspetiva, igualmente, promover uma diminuição na relação de dependência entre os serviços de Recursos Humanos e o empregado, através de um maior grau de autonomia deste último, tor-nando-o, assim, responsável pelo uso e benefício proporcionados pelos sistemas.

Destacam-se:

+ A implementação do Portal de Comuni-cação do Grupo TAP: desenvolvido por recursos internos do Grupo TAP, passou a ser uma ferramenta que permitiu a todos os trabalhadores um acesso fácil às infor-mações mais relevantes sobre o Grupo TAP. Nele podem ser consultadas, dia-riamente, as principais notícias sobre a TAP na Comunicação Social, nacional e estrangeira – TV, Rádio e Imprensa –, con-teúdos como os Flash Informação, Jornal TAP ou as Newsletters da STAR Alliance, PGA e AIMS, entre outras.

+ A implementação da 1ª fase do Fly Staff: em março de 2011, passou a estar dis-ponível uma nova ferramenta para os tra-balhadores do Grupo TAP que, ao abrigo do regulamento de facilidades de passa-gens, procuram viagens de lazer na TAP e/ou nas companhias com quem esta tem acordos. Esta aplicação, no âmbito do esforço de simplificação e desburocrati-zação administrativa que TAP tem vindo a desenvolver, visa simplificar processos e procedimentos, ir ao encontro das neces-sidades dos trabalhadores, propiciando--lhes mais informação e autonomia. Em qualquer parte em que o cliente interno se encontre – dentro ou fora das instalações TAP e com ponto de acesso à Internet –, pode aceder no endereço flystaff.tap.pt.

+ A implementação da Homepage do Grupo TAP: a pensar no cliente interno, passou a estar disponível a intranet ins-titucional do Grupo TAP, podendo ser acedida, interna e externamente. Esta, apresentando um grafismo moderno, novos conteúdos, funcionalidades e navegação em linha com a renova-ção de que foi objeto a Homepage TAP, representa mais um passo no âmbito do esforço de simplificação e desburocra-tização administrativa que Empresa tem vindo a desenvolver. Este esforço de reestruturação e integração visa poten-ciar uma maior consolidação da cultura organizacional, propiciar à organização a acessibilidade informativa e documen-tal, bem como fortalecer a modernização administrativa da Empresa.

Permite, entre outras funcionalidades: a) Preenchimento e envio de formulários e impressos eletrónicos; b) Acesso aos organogramas com fotografia dos res-ponsáveis organizacionais; c) Pesquisa de documentos; d) Pesquisa de contac-tos dos trabalhadores; e) Navegabilidade em harmonia com os portais do grupo TAP; f) Eventos e Projetos em Curso, por Área da TAP Serviços.

+ O reforço do projeto de formação e-Conhecimento, com intensificação de oferta de ações de formação e-Lear-ning, sendo a Formação concebida por Formadores internos, devidamente acompanhados por uma equipa técnica e pedagógica, para apoio à conceção.

+ Programa Reconhecer: foi dado conti-nuidade ao programa interno de reco-nhecimento de ações excecionais de

Colaboradores a 31 dezembrodas empresas do Grupo TAP (%)

55,9% TAP, S.A.

36,7% Transporte Aéreo 6,6% Pessoal Navegante Técnico

18,4% Pessoal Navegante Comercial

11,6% Pessoal de Terra

15,5% Manutenção e Engenharia 3,6% TAP Serviços 0,3% Outro Pessoal da TAP, S.A.

15,4% SPdH, S.A. 28,7% Restantes Empresas

Page 89: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 89 Relatório Anual 2011

Formação

A TAP detém um Centro de Formação Profissional, localizado em edifício próprio, composto por Salas de Formação adequadamente equipadas, Oficinas, Laboratórios, Salas para outra Formação Técnica, Sala para Formação à Distância (e-Learning), Mock-ups e Simuladores de Voo. Pela especificidade da realidade empresarial, a Empresa privilegia a utilização de Formadores internos.

A Formação na TAP pode processar-se em duas vertentes:

+ Formação Inicial: com o objetivo de preparar os novos Colaboradores para a integração na Empresa e no local de trabalho, visando um correto e adequado desempenho da função;

+ Formação Contínua: com o objetivo de manter a proficiência dos seus Colaboradores, visando a qualidade e a segurança do serviço prestado, no desempenho da função.

O processo de Formação na TAP incorpora Formação Técnica Específica (inicial e contínua) e Formação Transversal. A primeira vertente é dirigida ao desempenho de funções em cada Área da Empresa, correspondendo, quer a necessidades detetadas, quer ao cumprimento do normativo nacional ou internacional para a Aviação Comercial; na segunda vertente, as ações são, criteriosamente, escolhidas por forma a representar, também, uma mais-valia, quer para o Colaborador, quer para a Empresa.

com menor expressão, registaram-se, igual-mente, reduções nas empresas LFP, UCS e Megasis, de 2, 5 e 7 elementos, respeti-vamente. Verificaram-se, ainda, acrésci-mos nas empresas Cateringpor (+22) e PGA +13). Por sua vez, no quadro de pessoal da empresa SPdH–Serviços Portugueses de Handling verificou- se uma redução de 474 trabalhadores.

No final do exercício, a TAP, S.A. incorporava 55,9% da totalidade dos trabalhadores do Grupo, a SPdH–Serviços Portugueses de Handling empregava 15,4% e as Restantes Empresas 28,7%. O quadro médio de pes-soal ativo da TAP, S.A. totalizava 7.010 tra-balhadores, dos quais 565 localizados no estrangeiro, sendo aquele valor inferior ao registado em 2010, em 8 trabalhadores.

Quadro de Pessoal Ativo em 31 de dezembroNúmero de colaboradores da TAP, S.A.

2007 2008 2009 2010 2011

0

2.000

4.000

6.000

8.000

Pessoal Terra, Portugal

Pessoal Navegante

Pessoal Terra, Estrangeiro

Total – Quadro 31 dez

Total – Quadro Médio

Quadro de Pessoal do Grupo TAPSituação a 31 de dezembro 2011

Colaboradores % Total Variação

Pessoal Terra, Portugal 924 7,5% 0,7% 6Pessoal Terra, Estrangeiro 520 4,2% -4,2% -23

Total P. Terra Transporte Aéreo 1.444 11,6% -1,2% -17Pessoal Navegante Comercial 2.277 18,4% -1,8% -42Pessoal Navegante Técnico 822 6,6% 2,5% 20

Total P. Navegante Transporte Aéreo 3.099 25,0% -0,7% -22

Pessoal Transporte Aéreo 4.543 36,7% -0,9% -39Pessoal Manutenção e Engenharia Portugal* 1.917 15,5% -1,3% -25Pessoal TAP Serviços 441 3,6% -11,1% -55Restante Pessoal da TAP, S.A. 33 0,3% -5,7% -2

Total TAP, S.A.** 6.934 55,9% -1,7% -121Total SPdH, S.A.*** 1.908 15,4% -19,9% -474Restantes Empresas 3.553 28,7% -3,3% -123

Total TAP, SGPS, S.A. 12.395 100,0% -5,5% -718

* Inclui pessoal no Estrangeiro, sendo um total de 26 e de 25 trabalhadores, em 2011 e 2010** Não inclui pessoal sem colocação e não ativo*** Empresa Associada

Volume de Formação no Grupo TAP

TAP, S.A. Grupo TAP

2010 2011 Var. 2010 2011 Var.

Nº Ações 2.492 2.825 13,4% 5.009 5.236 4,5%Nº Formandos 17.672 18.078 2,3% 32.944 35.848 8,8%Formação 000 H 303,7 297,6 -2,0% 669,7 800,3 19,5%

Page 90: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

90 Grupo TAP Relatório Anual 2011

OUTRAS ATIVIDADES DO GRUPO TAP

À semelhança da tendência na Indústria, os investimentos financeiros da TAP incidem nas áreas de: Catering, Sistemas de Informação, Lojas de Vendas em Aeroportos e a Bordo, Serviços de Saúde, Assistência em Escala, Manutenção e Engenharia.

Page 91: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 91 Relatório Anual 2011

Relativamente às restantes participações detidas pela TAP, SGPS, S.A., refira-se o desenvolvi-mento de atividade em áreas ligadas aos negócios principais do Grupo – o Transporte Aéreo e a Manutenção e Engenharia –, concorrendo para os mesmos, através dos seus serviços, de forma a possibilitar um melhor controlo da cadeia de serviço, bem como o acréscimo de vantagens competitivas promovido por efeito sinérgico. O critério seguido para a seleção daqueles inves-timentos assentou no pressuposto de que o desenvolvimento das respetivas atividades contri-bui para o fortalecimento dos negócios principais do Grupo, através da rentabilização do capital investido, detido pela TAP, direta ou indiretamente, na totalidade ou, apenas, como parte do capi-tal social daquele núcleo de empresas.

Com o objetivo fundamental de efetuar, de forma direta e participada, o acompanhamento da gestão de algumas destas suas subsidiárias desenvolvendo atividades complementares ou cola-terais aos seus negócios principais de transporte aéreo e manutenção, a TAP detém, ainda, uma empresa que funciona como holding, a TAPGER–Sociedade de Gestão e Serviços, S.A..

À semelhança da tendência na Indústria, a TAP detém os seus investimentos financeiros nas áreas de: Catering, Sistemas de Informação, Lojas de Vendas em Aeroportos e a Bordo, Serviços de Saúde e Assistência em Escala.

No decorrer do ano 2011, verificou-se, ao nível das participações detidas pelo Grupo TAP, no Brasil, uma reestruturação empresarial. Esta operação envolveu a incorporação da empresa Aero–LB na TAP–Manutenção e Engenharia Brasil, após a respetiva cisão, operação que deu ori-gem à empresa holding Aeropar, para a qual foi transferida 47,64% da participação que aquela sociedade detinha na TAP–Manutenção e Engenharia Brasil.

Outras Participações do Grupo TAP em 31 de dezembro 2011 EUR milhares

Participação da TAP (%)

Montante do Capital Social

da TAPResultado

Líquido

Portugália, S.A. 100 15.000 (1.932)

Aeropar Participações, S.A. (Brasil) 100 13.303 (2.860)

Manutenção de Aeronaves TAP–Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. 98,64 207.913 (62.656)

TAPGER–Sociedade de Gestão e Serviços, S.A. 100 2.500 4.539

Catering Cateringpor–Catering de Portugal, S.A. 51 1.785 917

Lojas de Vendas em Aeroportos e a Bordo LFP–Lojas Francas de Portugal, S.A. 51 281 8.478

Sistemas de Informação MEGASIS–Soc. de Serv. e Eng. Inf., S.A. 100 500 105

Serviços de Saúde UCS–Cuidados Integrados de Saúde, S.A. 100 500 n/d

Page 92: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

92 Grupo TAP Relatório Anual 2011

PORTUGÁLIA–Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A.

Em 2011, foi dado um significativo enfoque no que respeita à atividade do transporte aéreo, tendo o projeto de privatização do Grupo TAP, em que a Portugália (PGA) hoje se integra, merecido o respetivo destaque. Nesse âmbito, a PGA não se pode alhear da estratégia governamental, enquanto parte do Grupo TAP, sendo fundamentais para um bom posicionamento da companhia no cenário da privatização, os atuais padrões de produtividade, assertividade, eficiência e eficácia.

No verão de 2011 a companhia foi chamada a responder a uma operação muito intensa, em que as inúmeras dificuldades vividas (grande parte, intrínsecas ao próprio planea-mento, outras, potenciadas pela elevada utilização diária, por problemas de manutenção e pela idade da frota, entre outros fatores) se traduziram numa matriz de difícil gestão, que só com o esforço de todos se conseguiu mitigar.

Entretanto, prosseguiu a consolidação do modelo de negócio resultante da reestrutura-ção ocorrida em julho de 2007: flight capacity provider do Grupo TAP, ao abrigo de um contrato de Wet Lease com a empresa Transportes Aéreos Portugueses, S.A.. Em 2007, a companhia foi integrada no Grupo TAP, orientando-se para um novo core business, continuando, em 2011, a valorização das sinergias de Grupo e das matrizes de funciona-mento entretanto identificadas. A empresa manteve a operação com a mesma frota – 6 Fokker 100 e 8 Embraer 145 –, com capacidades de 97 e de 49 passageiros, respetiva-mente. A média de Flight Hours per day manteve-se superior à registada pelas compa-nhias congéneres europeias, a operar o mesmo tipo de equipamento, uma performance apenas possível com uma melhoria da produtividade, sempre aliada à segurança da ope-ração. A auditoria pela IATA (auditoria IOSA–IATA Operational Safety Audit), com bons resultados, possibilitou à companhia renovar o respetivo certificado, por mais 2 anos, sendo o programa IOSA condição necessária para assegurar o registo na IATA.

Iniciando um novo ciclo, foram lançadas as bases para reforçar o desenvolvimento das competências do Capital Humano, tendo os processos administrativos atingido a maturi-dade. Assim, foi iniciada a reorganização dos processos de gestão de R.H., reforçando as competências técnicas e implementando metodologias ao nível das melhores práticas, por forma a garantir um melhor conhecimento da performance e capacidades das pes-soas, bem como a gestão desta informação, de forma automatizada, disponibilizando-a em tempo real. Ainda, por forma a proporcionar, à PGA, o acesso aos desenvolvimentos disponíveis para o Grupo, destacando-se, a título exemplificativo, o Staff Travel, foram lan-çadas as bases da migração para o sistema informático central. De igual modo, o acesso ao módulo de Desenvolvimento permitirá gerir, integradamente, a informação crítica ao desenvolvimento individual, nomeadamente: o modelo de competências, o descritivo de funções, a seleção e recrutamento, a formação e a avaliação de desempenho. Foi, ainda, avaliada a possibilidade de vir a adotar-se o sistema de avaliação de desempenho do Grupo, permitindo uma maior adequação ao negócio da empresa, bem como a incorpo-ração da gestão por objetivos, possibilitando a cada um dos Colaboradores assumir-se como agente ativo na gestão da sua performance. Foi, desta forma, melhorada a comuni-cação e reforçada a credibilidade no processo, com reflexos no reforço de produtividade e de qualidade. Com o objetivo de introduzir mais tecnicidade nos processos de gestão de pessoas, foi realizada uma primeira abordagem à metodologia HAY, a prosseguir em 2012, e que permite, de forma internacionalmente reconhecida, efetuar uma avaliação da função, nomeadamente, no âmbito das respetivas responsabilidades, competências e exigências, bem como a sua comparação com outras funções da companhia, Grupo e Setor. Acresce, ainda, a possibilidade de poder dispor de uma análise de benchmark-ing, permitindo identificar o posicionamento da empresa, face ao mercado, em termos remuneratórios. Ainda, de destacar: a) O reforço de métricas nos Recursos Humanos, ini-ciando com a apresentação dos novos indicadores de gestão; b) O reconhecimento do desempenho de excelência dos Colaboradores, incentivado e promovido pela PGA que, pelo 2º ano, participou nos programas Simpatia e Reconhecer da TAP; c) A promoção da Saúde dos Colaboradores, dando continuidade ao Programa Saúde+ promovido pela UCS. O total de Colaboradores da PGA, a 31 de dezembro de 2011, era de 547, sendo. 68% da DOV (28% Pessoal Navegante Técnico e 40% Pessoal Navegante de Cabina) e 32% do Pessoal de Terra. No total, 42% são do sexo feminino e 58% são do sexo mas-culino. Ainda, de referir que 38% dos Colaboradores têm idade inferior a 35 anos, e 48% tem antiguidade superior a 10 anos, sendo a idade média de 38 anos.

Mesa da Assembleia GeralPresidente Dr.ª Alda Maria dos Santos PatoSecretário Dr. José Carlos Magalhães Ferreira

Conselho de AdministraçãoPresidente Eng.º Fernando Abs da Cruz Souza PintoAdministrador-Delegado Eng.° Luiz Filipe Plácido LapaVogal Eng.º Manoel José Fontes TorresVogal Dr. Michael Anthony ConollyVogal Eng.º Fernando Jorge Alves Sobral

Conselho FiscalPresidente Prof. Dr. Luís Miguel Tavares de Almeida CostaVogal Dr.ª Maria de Fátima Castanheira Cortês Damásio GeadaVogal Dr.ª Maria Paula Rodrigues da Costa

Revisor oficial de contasPricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda.

Sede SocialAeroporto de LisboaRua C – Edifício 701749-078 LisboaTel. +351 218 425 500Fax +351 218 425 625Email [email protected] www.portugalia-airlines.pt

Capital Social EUR 15,000,000

N.° de Contribuinte 502 030 879

Atividade PrincipalTransporte Aéreo.

Page 93: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 93 Relatório Anual 2011

Desempenho operacionalVerificou-se um aumento nas block-hours voadas de 4%, face a 2010, relacionado maioritariamente com o facto de, em 2010, a operação ter sido penalizada com cancelamentos de operações, nomeadamente, devido à nuvem de cinzas vulcânicas (vulcão Islandês, Eyjafjallajökull), e uma diminuição de 8%, face ao orça-mento, essencialmente relacionada com o ajustamento efetuado pelo Cliente, para responder às alterações do mercado.

Manutenção e EngenhariaEm 2011, foi cumprida a totalidade das inspeções C às frotas Fokker e Embraer, tendo recorrido a terceiros para as inspeções D dos Fokker TPB e TPC, para as quais for selecionado o prestador ATB (Austrian Technik Bratislava). O ciclo de inspeções D (cada 6 anos), enquadradas na manutenção de base, iniciou-se com o TPA ainda em 2010, devendo terminar em 2012. Rondando o custo em EUR 1 milhão por aeronave, a inspeção implica uma paragem de 5 a 6 semanas. O programa de renovação de cabinas, em função des-tas paragens, foi articulado com a empresa holandesa Aeroworks, e envolveu a renovação completa dos painéis laterais e do teto da cabina, bagageiras e PSU, bem como a uniformização da ilumina-ção, estando a substituição das cadeiras dos passageiros para a frota F100 em avaliação para 2013. Em 2011, a companhia vol-tou a trabalhar com a TAP–Manutenção e Engenharia Brasil que, sendo um Centro de Serviço autorizado para a frota Embraer 145, supriu as necessidades da PGA, de suporte de técnicos para traba-lho estrutural. Este apoio, que existirá, também, em 2012, prevê-se que ronde os EUR 125 milhares. No final de 2012, irá ser nego-ciada a revisão geral dos trens nas oficinas da mesma empresa em Porto Alegre, com uma expectativa de volume de negócios de EUR 220 milhares. Para além destes projetos, assume-se a existência de potencial para um aprofundamento das relações comerciais, nou-tros âmbitos, e para a geração de maiores sinergias de negócio. No que respeita aos componentes, do impacto das renegociações efe-tuadas em 2011 resultou numa redução dos custos com os contra-tos Pool Embraer e Abacus Fokker.

Na escala do Porto verificou-se existir a capacidade instalada (mão de obra) necessária e suficiente para abarcar um novo pro-jeto, estando, assim, em fase de instalação uma oficina de aces-sórios elétricos (fornos, headsets) e de enchimento de garrafas de O2, o que representará uma poupança anual de cerca de EUR 180 milhares.

Na sequência da redução de técnicos de manutenção de aero-naves que saíram da empresa em 2007, a PGA desenvolveu, em conjunto com a formação da TAP, um programa de qualificação

de técnicos. Este programa fortalecerá a equipa interna da PGA e permitir-lhe-á continuar a incrementar as competências e valên-cias internas, condição imprescindível para o desenvolvimento pro-jetado do trabalho de manutenção.

QualidadeSegurança: Um elevado nível de segurança operacional é uma preocupação constante da gestão, sendo os indicadores positivos. A introdução da monitorização dos parâmetros de voo veio propor-cionar uma nova ferramenta para o respetivo acompanhamento, enquanto o reporte eletrónico adicionado ao reporte escrito com-pleta, em grande parte, o ciclo de vigilância continuada. A forma-ção e treino dos elementos envolvidos tem sido e, prosseguirá, por forma a possibilitar enfrentar com sucesso, as exigências internas e externas, que se apresentem.

Serviço de Bordo: 2011 foi um ano repleto de novidades e mudan-ças no serviço de bordo. Estas mudanças contemplaram preocu-pações ao nível ecológico e de qualidade do catering oferecido a bordo.

Politica Ambiental: No âmbito da inclusão da aviação no regime CELE (Comércio Europeu de Licenças de Emissão), a PGA proce-deu, em 2010, à monitorização das emissões (CO2) das aeronaves, com vista a preparar a auditoria/verificação das Emissões anuais de CO2 e Tonelada–Km, em fevereiro de 2011, tendo sido declarada a existência da respetiva conformidade. Em setembro, a Comissão Europeia publicou o benchmark de atribuição das licenças de emis-são de CO2 para os dois períodos de comércio (2012 e 2013-2020). O valor tornado público indica que cada companhia recebe, para o ano de 2012, 0,6797 licenças por cada 1.000 ton-km reporta-das no ano de 2010, sendo, no período de 2013-2020 este valor reduzido para 0,6422. Estes valores e indicadores permitem esti-mar a quantidade final de licenças gratuitas que serão atribuídas ao Grupo TAP (aproximadamente 1,13% do total). O processo de monitorização é gerido, autonomamente pela PGA, cabendo à TAP o reporte à APA (Agência Portuguesa do Ambiente), pelo conjunto das duas companhias aéreas do Grupo, sendo que o próximo ano representa o arranque do ETS EU para a aviação, perspetivando--se o respetivo impacto financeiro. Em 2011, a Câmara Municipal de Lisboa e a Valorsul voltaram a reconhecer a consciência ambien-tal da PGA através da atribuição de um certificado de distinção e mérito, no âmbito da participação, no programa + valor, que con-siste no encaminhamento dos resíduos orgânicos provenientes do refeitório da empresa para a Estação de Tratamento e Valorização Orgânica da Valorsul.

Page 94: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

94 Grupo TAP Relatório Anual 2011

SPdH–Serviços Portugueses de Handling, S.A.

A estratégia – assegurar a sustentabilidade da empresaAo longo do ano, foram criadas as condições para assegurar a sustentabilidade da empresa e para inverter um longo ciclo de resultados negativos. Em simultâneo, pros-seguiu-se o esforço de consolidação e melhoria do processo de incremento de quali-dade de serviço, da eficiência operacional e de rigoroso controlo de custos. A medição da performance – KPI’s e SLA’s, a fixação de objetivos operacionais ambiciosos, em con-sistência com os melhores padrões internacionais, bem como a melhoria contínua dos processos assumiram-se como preocupações centrais da gestão, top-down e transver-salmente na empresa.

Qualidade – elemento diferenciador da organizaçãoA Groundforce encara a Qualidade como um dos fatores estratégicos do seu desenvol-vimento, considerando o cliente, externo e interno, como o ponto de convergência de todos os esforços. Com este compromisso, a empresa segue e defende uma Política de Gestão Integrada da Qualidade cumprindo, fazendo cumprir e dinamizando o Sistema de Gestão Integrada, nas vertentes Qualidade, Safety e Security, Saúde e Segurança no Trabalho e potenciando os comportamentos éticos e a responsabilidade social. Enquadradas nesta política, as Certificações ISO 9001:2008, ISO 14001:2004, OHSAS 18001:2007, ISAGO/IATA e Cargo 2000 (C2K), entretanto obtidas, continuaram o seu percurso de melhoria contínua.

Em relação ao Modelo de Excelência EFQM, através de uma avaliação conduzida pela Associação Portuguesa para a Qualidade, foi obtido, em março de 2011, o reconheci-mento de empresa Recognised for excellence – 3 stars. A atribuição deste prémio vem possibilitar solidificar e integrar, de forma coerente, todas as certificações detidas e em vias de o serem e que, a médio prazo, irão, seguramente, permitir alcançar a globalidade das boas práticas essenciais à excelência da organização.

A Groundforce orgulha-se, ainda, de integrar o primeiro grupo de handlers europeus a receber, em todas as Escalas onde opera, a certificação ISAGO/IATA, de grande referên-cia no setor, e que garante o cumprimento de todos os requisitos de safety e security.

Complementarmente, convicta de que a dimensão do sucesso das empresas se apre-senta cada vez mais com suporte nos interesses das várias partes interessadas, a Groundforce iniciou o processo de certificação em Responsabilidade Social – SA 8000. Com a integração da Responsabilidade Social nas suas Práticas de Gestão, a empresa estabelece, assim, o equilíbrio entre os desempenhos económico, ambiental e social. Através deste conjunto de certificações, a empresa pretende dotar-se das melhores prá-ticas e procedimentos, já testados e reconhecidos pelo mercado, considerados como elementos diferenciadores e importantes aliados no aperfeiçoamento organizacional.

O Negócio – posicionamento e atitude comercial como fatores de diferenciaçãoRelativamente à atividade da área de Vendas, foram renovados vinte e três contratos e conquistados sete novos clientes, através de uma atitude comercial clara e ajustada, que diferencia a empresa e lhe permite proporcionar a preferência dos seus Clientes. No processo de Vendas – conceção e desenvolvimento –, são estabelecidos os interfaces técnicos e organizacionais inerentes à atividade comercial, procedendo-se à avaliação e definição dos recursos adequados aos níveis acordados no Service Level Agreement.

A atividade da Groundforce é exercida num mercado cada vez mais competitivo e exi-gente, tornando-se de extrema importância o conhecimento detalhado dos requisitos dos Clientes, estabelecendo com estes uma relação de confiança, potenciadora de ganhos sustentados para ambas as partes. Mediar as necessidades das companhias e a resposta das áreas operacionais, bem como remeter os inquéritos de satisfação periódicos, assegurando a sua resposta e monitorizando os resultados obtidos, assu-mem-se igualmente, como competências da Área Comercial. Adicionalmente, a gestão cuidada e atenta de todos os serviços complementares à atividade central, frequente-mente concebidos à medida dos requisitos específicos de cada Cliente, contribui para a sua satisfação. Serviços já consolidados como o Blue Lounge, a Groundcare, a Entrega de Bagagem e as Assistências Personalizadas permitem proporcionar uma oferta inte-grada e progressivamente mais completa, junto da carteira de Clientes potenciando,

Mesa da Assembleia GeralPresidente Dr.ª Alda Maria dos Santos Pato Vice-Presidente Dr. Carlos Pedro Silva Secretário Dr. Carlos Pedro Silva

Conselho de AdministraçãoPresidente Eng.º Luís Manuel Miguel Correia da SilvaAdministrador-Delegado Dr. Carlos Gomes NogueiraVogal Dr. José Manuel Fragoso de Sousa Vogal Dr. Luís Manuel da Silva RodriguesVogal Dr.ª Maria da Conceição dos Santos Varejão

Fiscal ÚnicoEfetivo PricewaterhouseCoopers & Associados SROC, Lda.

Sede SocialAeroporto de LisboaEdifício 25-6°1700-008 LisboaTel. +351 218 918 700Fax +351 218 918 701Email [email protected] www.groundforce.pt

Capital Social EUR 500.000

N.° de Contribuinte 506 651 649

Atividade PrincipalPrestação de serviços de assistência em escala ao transporte aéreo, bem como formação profissional conexa com a prestação destes serviços.

Page 95: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 95 Relatório Anual 2011

também, a angariação de novos Clientes e Parceiros. Na vertente do incremento da receita, foi dada continuidade ao Programa de Maximização da Faturação, aliando mais-valias para as compa-nhias Clientes, através da inclusão, sempre que possível, de pro-dutos específicos passíveis de acrescer valor à sua oferta, num verdadeiro trabalho de parceria. No contexto atual, as compa-nhias aéreas apresentam-se, de uma forma crescente, mais foca-das na cobrança de itens adicionais ao preço da tarifa base, como forma de aumentar as suas receitas, assumindo-se a Groundforce, enquanto agente de handling e representante das mesmas, como o principal dinamizador desta política, cumprindo estritamente as práticas de tolerância zero dos Clientes.

A Organização e os Recursos Humanos – o capital humano como fator de diferenciação da Groundforce A gestão de recursos humanos das organizações assume uma importância capital, num ambiente fortemente globalizado e com-petitivo, situando-se o maior fator de diferenciação no seu capital humano. A Groundforce tem vindo a consolidar um conjunto de boas práticas de gestão de recursos humanos, visando assegurar o princípio estratégico de que Pessoas motivadas, formadas e pro-dutivas dão qualidade de serviço, que por sua vez se transforma em satisfação do cliente, e por consequência traz desenvolvimento sustentado para a empresa, que irá gerar valor para os acionistas e para as pessoas.

No capítulo da Comunicação, de destacar a Newsletter Investors in People (divulgação das boas práticas de gestão das pessoas da Groundforce) e o Quick Reference sobre as Competências dos Líderes (documento que reúne, de forma sucinta, o conjunto de competências e respetivos comportamentos aplicáveis aos líde-res da Groundforce). Quanto ao Portfólio de Competências, foi revisto de forma a ajustar as competências à realidade atual da empresa, tendo o processo de Avaliação de Desempenho, por competências e por objetivos, beneficiado de uma reestrutu-ração em consonância. Para a estrutura de liderança intermédia e de topo, a implementação da Avaliação a 360º possibilitou aos Líderes da Groundforce serem avaliados por um grupo de pessoas (chefia, pares e colaboradores diretos, para além do próprio), rela-tivamente às competências e aos comportamentos de Liderança

demonstrados em contexto real de trabalho. À semelhança dos anos anteriores, foi promovido um Inquérito de Avaliação da Satisfação dos Colaboradores, em parceria com o ONRH, con-siderada uma ferramenta fundamental para a elaboração de planos de ação de melhoria na empresa, com base na perceção das suas Pessoas. Ainda, no âmbito da 4ª auditoria Investors in People (IIP), a realização de entrevistas a um universo representativo de Colaboradores de todas as escalas da Groundforce permitiu ana-lisar a evolução da empresa face aos Standards IIP. Na perspetiva da Formação, de destacar as ações em Liderança (reforço das competências dos Líderes) e Serviço ao Cliente (melhoria das competências de atendimento ao Cliente), bem como a realização do primeiro Encontro Anual de Formadores destinado à partilha de experiências entre formadores das diversas áreas, bem como à identificação de pontos de melhoria no ciclo formativo da empresa e respetivo plano de ação.

O quadro de FTE (Full Time Equivalent) verificou um decréscimo de 3,5%, (2.041 FTE em 2010, sem escala de Faro, para 1.977 FTE em 2011) face à média do ano anterior.

O desempenho operacional Em 2011, a Groundforce assistiu 81.944 movimentos, 14,4 milhões de passageiros e 107 mil toneladas de carga.

No âmbito da qualidade de serviço, a Groundforce tem vindo a melhorar a sua performance operacional. O número de bagagens left behind decresceu de 23 em 2010, para 21 em 2011 e o tempo de entrega de bagagens atingiu, em 2011, um valor médio de 19 minutos, na entrega da primeira bagagem (janeiro a dezembro). De referir, ainda, uma ligeira melhoria do índice de pontualidade da Groundforce, de 98,8% em 2010, para 99,3% em 2011 (janeiro a dezembro).

O desempenho económico O volume de negócios situou-se em 106,3 EUR milhões, menos 2,6% que em 2010 (excluindo Faro), refletindo o comportamento geral do mercado, caracterizado por redução da atividade de alguns clientes e por utilização de aviões de menor porte, com impacto significativo na receita.

Nota prévia:Considerando que o exercício fiscal de 2010 compreendeu 14 meses, os valo-res para efeitos de análise compara-tiva estão ajustados para 12 meses e excluem a escala de Faro.

Total de movimentos ponderadosassistidos em Lisboamilhares

51,1 52,6 52,4

2009 2010 2011

TAP Terceiros Variação

2,9%-0,4%

Passageiros assistidos em Lisboamilhões

9,710,4 10,5

2009 2010 2011

TAP Terceiros

Page 96: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

96 Grupo TAP Relatório Anual 2011

TAP–Manutenção e Engenharia Brasil, S.A.

No desenvolvimento da sua atividade de revisão de Aeronaves e Componentes, a TAP–Manutenção e Engenharia Brasil dispõe de dois Centros de Manutenção, com loca-lização na cidade do Rio de Janeiro (GIG) e em Porto Alegre (POA), abrangendo, no conjunto, uma área superior a 370.000 m2.

A empresa possui uma capacidade produtiva superior a 1.600.000 HH ano, tendo sido certificada pelos principais órgãos certificadores internacionais (EASA; FAA; TCCA; ANAC), para efetuar a revisão geral em todos os modelos de aeronaves das frotas Airbus, Boeing e Embraer (Authorized Service Center), que operam na América do Sul, para além de mais de 17.000 P/Ns de Componentes aeronáuticos (Motores; Trens de Aterragem; Acessórios e Avionica).

A TAP–Manutenção e Engenharia Brasil foi eleita, pelo 2º ano consecutivo, pela Imprensa Especializada, como a Melhor MRO do Brasil.

Em 2011, a TAP–Manutenção e Engenharia Brasil deu continuidade ao processo de desenvolvimento de ações, visando a melhoria de seu desempenho operacional. Assim, pela primeira vez, desde que incluída no universo TAP, conseguiu-se inverter a perfor-mance económica e operacional da empresa. O esforço tem dado resultados, tanto do lado das Receitas, como dos Custos, e mostra sinais claros de sustentabilidade da ten-dência. Nas Receitas, verificou-se uma ampliação e diversificação da carteira de clientes, que originaram um aumento de receita de R$ 125,6 milhões para R$ 144,2 milhões, equi-valente a uma variação de +15%.

Entretanto, verificou-se, em 2011, novamente, uma queda significativa nas despesas financeiras, decorrente, principalmente, da consolidação do REFIS, com o respetivo impacto na redução das multas sobre o passivo tributário. O resultado financeiro nega-tivo líquido melhorou, de R$ -42,8 milhões, em 2010, para R$ -32,9 milhões, em 2011.

Em dezembro de 2010, foi constituída uma provisão para reestruturação do quadro de pessoal, no valor R$ 5 milhões, referente aos custos de indemnizações. O conjunto das situações cobertas por esta provisão gerou uma redução do custo de pessoal da ordem de R$ 7 milhões, em 2011, sem perda da capacidade produtiva. Adicionalmente, a com-panhia procedeu à criação de um novo programa de redução de despesas, compre-endendo medidas de redução de desperdícios, renegociação de contratos, trocas de fornecedores, mudança do administrador do fundo de pensão dos empregados, e diver-sas ações, gerando uma economia de, aproximadamente, R$ 25 milhões.

Para 2012, a companhia mantem a sua estratégia de redução de custos, existindo já um novo programa em vigor, com uma meta de R$ 20 milhões.

Mesa da Assembleia GeralPresidente Dr. Luis Manuel da Silva RodriguesSecretário Dr. Bernardo Accioly Molin

Conselho de AdministraçãoPresidente Dr. Luis Manuel da Silva RodriguesVogal Eng.º Nestor Mauro KochVogal Dr.ª Maria Teresa da Silva Lopes

Sede SocialEstrada das Canárias, 186221941-480 Rio de Janeiro / RJBrasilTel. +55 21 3383 2782Fax +55 21 3383 2047Email [email protected]

Capital Social R$ 568.022.848

Atividade PrincipalManutenção de Aeronaves.

Page 97: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 97 Relatório Anual 2011

Desempenho OperacionalEm 2011, em função da maior ocupação no nível de atividade, veri-ficou-se uma redução das despesas com a não ocupação de pes-soal, para um valor de R$ 82,4 milhões, quando em 2010 aquele valor se situou em R$ 92,2 milhões. A estratégia de vendas para 2012 procura, entre outros objetivos, a redução da não ocupação de pessoal desta unidade, que apresenta, em geral, os contratos com as melhores margens e, também, aumento da eficiência. No plano de produção para 2012, a empresa está a prever reduzir a não ocupação de pessoal, no último trimestre de 2012, a 30% da capa-cidade disponível, fechando o ano com um valor médio de 20%.

Igualmente, na área de logística, prosseguem os esforços com vista a proceder à venda dos materiais em stock, cujo saldo, em dezem-bro de 2011, se situou em R$ 203,8 milhões, valor que compara com R$ 227,8 milhões, no ano anterior. Neste sentido, são man-tidos contactos constantes com potenciais clientes, sendo, com a mesma finalidade, realizadas negociações de lotes significativos, com preços mais atrativos, para os atuais clientes.

O controlo dos resultados gerados por cada unidade de negócio da empresa tem sido aperfeiçoado, visando acelerar o processo de melhoria na rentabilidade dos respetivos contratos. Em 2011, foi efetuada uma revisão dos critérios de rateios de custos, bem como a atualização dos custos de administração relevantes na formação do preço de venda, além de uma melhor identificação da não ocu-pação de pessoal em cada projeto.

ResultadosA companhia apresentou, em 2011, perdas de R$ 146,5 milhões, a primeira evolução positiva desde a integração no universo TAP.

A consolidação dos débitos do REFIS, prevista para o próximo ano, gerou uma redução efetiva do passivo tributário de R$ 124,1 milhões. Esse evento irá proporcionar uma redução das despesas financeiras anuais futuras, no montante de R$ 14 milhões.

Page 98: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

98 Grupo TAP Relatório Anual 2011

TAPGER–Sociedade de Gestão e Serviços, S.A.

A TAPGER tem por objeto o acompanhamento da gestão das suas empresas partici-padas, com incidência na respetiva performance económica e financeira, bem como a prestação de assistência e apoio às empresas Lojas Francas de Portugal, S.A. e Cateringpor–Catering de Portugal, S.A., em determinadas áreas, no âmbito do Joint Venture Agreement e do Technical Service Agreement, respetivamente.

Durante o exercício de 2011, a TAPGER, nas respetivas Assembleias Gerais de aprova-ção de contas de 2010 e, em conformidade com as orientações do acionista TAP, SGPS, S.A., procedeu à nomeação dos membros dos órgãos sociais que terminaram man-dato a 31 de dezembro de 2011, tendo estes sido reeleitos quase na totalidade, com as seguintes exceções:

+ Na Cateringpor–Catering de Portugal, S.A., para o triénio 2011/2013, na Comissão de Vencimentos, o Dr. Vítor Paulo do Vale Vieira substitui o Dr. Mário Marmelo Castanheira Guilherme;

+ Na MEGASIS–Sociedade de Serviços e Engenharia Informática, S.A., para o triénio 2011/2013, a PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda. substitui o Fiscal Único Deloitte e Associados, SROC, S.A.;

+ Na UCS–Cuidados Integrados de Saúde, S.A., para o quadriénio 2011/2014, a PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda. substitui o Fiscal Único Deloitte e Associados, SROC, S.A.;

+ Na LFP–Lojas Francas de Portugal, S.A., foi ratificada a cooptação de um dos mem-bros do Conselho de Administração.

Os resultados do exercício, à semelhança do que já sucedeu no ano anterior, são apre-sentados com base no novo normativo contabilístico (IFRS). Nesta metodologia, são considerados como proveitos os dividendos recebidos no exercício em vez dos resulta-dos do exercício das empresas que integram o grupo da holding TAPGER, os quais são geralmente superiores aos dividendos recebidos. Apesar disso, o resultado líquido da TAPGER, em 2011, ainda apresenta um crescimento de cerca de 12%, relativamente ao resultado do ano de 2010, atingindo um valor da ordem de EUR 4,5 milhões.

Mesa da Assembleia GeralPresidente Dr.ª Alda Maria dos Santos PatoSecretário Dr. José Carlos Magalhães Ferreira

Conselho de AdministraçãoPresidente Eng.º Fernando Abs da Cruz Souza PintoVogal Dr. Mário Marmelo Castanheira GuilhermeVogal Dr. Michael Anthony Conolly

Fiscal Único Efetivo PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda

Sede SocialAeroporto de LisboaCampus TAP, Edifício 25 – 8°1704–801 LisboaTel. +351 218 415 978Fax +351 218 416 666

Capital Social EUR 2.500.000

N.° de Contribuinte 503 986 798

Atividade PrincipalPrestação de serviços de consultoria e de gestão de ordem comercial, estudos e preparação de contratos e apoio a ope-rações de comércio internacional.

Page 99: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 99 Relatório Anual 2011

LFP–Lojas Francas de Portugal, S.A.

O ano 2011 foi, novamente, de sucesso para a LFP que viu, assim, fortemente refor-çada a sua posição como ator principal no panorama do retalho aeroportuário nacional. Apesar da situação macroeconómica extremamente difícil, que o país e a Europa em geral atravessam, a empresa conseguiu alcançar níveis record, quer de receita quer de resultados. Esse crescimento decorre de uma estratégia baseada na expansão da ativi-dade, no aumento das vendas numa perspetiva like for like, bem como na introdução de práticas de gestão, visando a permanente melhoria dos rácios de rentabilidade.

Neste contexto global, a empresa obteve um crescimento de vendas totais de 6,5%, para um valor de EUR 143 milhões. Para este desempenho contribui, fortemente, a expansão da atividade ao aeroporto do Funchal, bem como o crescimento das ven-das like for like, na ordem dos 2,2%. A conjugação deste crescimento de vendas com a constante melhoria de práticas de gestão, garantiu a obtenção de um Resultado Líquido de cerca de EUR 8,5 milhões, representando um crescimento de 15,3%, em relação a 2010. Conseguiu-se, igualmente, uma melhoria substancial nos diversos rácios opera-cionais e financeiros, com destaque para o crescimento da margem de EBITDA, de 8,1% para 8,8%, situando-se, agora, este valor nos EUR 12,5 milhões. Contribuíram para este excelente resultado as medidas de otimização e racionalização da gestão iniciadas em anos anteriores, nomeadamente, o aumento das margens operacionais, das receitas adicionais e, principalmente, um rigoroso controlo de custos.

Apesar do acentuado decréscimo de vendas em alguns aeroportos, no segundo semes-tre de 2011, foi possível a obtenção do resultado, que agora se evidencia. Esta resiliência que a empresa apresenta advém do facto de se encontrar bem preparada para enfren-tar variações no nível de atividade, tendo para esta eventualidade vindo a adotar diversas medidas de contenção de custos, e implementado um programa de acentuada melhoria de proveitos comerciais. Acresce, ainda, o facto de a empresa apresentar uma situação económico-financeira equilibrada, financiando a concretização do seu plano de investi-mentos com recurso a capitais próprios e sem necessidade de passivo bancário. Esta estrutura sólida permite à LFP enfrentar o futuro com otimismo, mesmo quando as pers-petivas de crescimento económico e, especificamente, do tráfego aéreo, se apresentam relativamente conservadoras.

Prosseguiu, ainda, a preparação do futuro, através da concretização de parte de um sólido plano de investimentos acordado com a ANA Aeroportos, tendo decorrido a reconstrução total da loja principal do aeroporto de Lisboa, bem como a construção de novos espaços comerciais em zonas do aeroporto, a inaugurar em 2012. Estas obras complexas tiveram, infelizmente, um impacto negativo na oferta comercial durante esse período, com reflexo numa acentuada quebra de vendas nesse aeroporto. O resultado do investimento é, no entanto, muito positivo do ponto de vista comercial, tendo-se lan-çado conceitos novos de retalho, e esperando-se, agora, que no futuro próximo se venha a confirmar a forte aposta feita na reconversão das lojas.

Ainda, de salientar que, na presença de forte contração da economia, a LFP se consti-tui como criador líquido de emprego tendo em média, ao longo do ano, laborado com 374 colaboradores contra 349, em 2010, criando deste modo 25 postos de trabalho. A empresa tem, consistentemente, ao longo dos últimos anos reforçado os seus qua-dros de pessoal contribuindo, assim, ativamente para o aumento do emprego no País, e gerando valor e riqueza, não só para os seus acionistas mas, também, para os seus cola-boradores e para a sociedade, em geral.

Como prova do seu bom desempenho, de referir a distinção atribuída, pela 2ª vez, pela prestigiada revista EXAME, como a Melhor Empresa no Setor de Retalho a operar em Portugal, em 2010, precedendo diversas multinacionais de elevado prestígio e notorie-dade. Esta distinção veio juntar-se a outras, já anteriormente obtidas, como a empresa com o Maior volume de vendas por metro quadrado e o Maior volume de vendas por tra-balhador, entre todas as empresas de distribuição moderna em Portugal, segundo os dados da APED–Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição.

Mesa da Assembleia GeralPresidente Sr. Peter Christopher WoodSecretário Dr.ª Anabela Gomes Lopes

Conselho de AdministraçãoPresidente Eng.° Luiz da Gama MórAdministrador-Delegado Dr. Nuno Filipe Martins do AmaralVogal Sr. Alex Anson Vogal Sr. Andrea BelardiniVogal Dr. Luís António Domingos Fernandes Silvério Monteiro

Conselho FiscalPresidente Dr. José Vieira dos ReisVogal Sr. Benjamin HarmstorfVogal Dr.ª Maria de Fátima Castanheira Cortês Damásio Geada

Revisor Oficial de ContasPricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda.

Sede SocialAeroporto de LisboaRua C, Edifício 10, Piso 01700–008 LisboaTel. +351 218 415 685Fax +351 218 415 373Email [email protected] www.lfp.pt

Capital Social EUR 550.000

N.° de Contribuinte 503 346 128

Atividade PrincipalExploração de Lojas de Vendas em Aeroportos e de Vendas a Bordo.

Vendas de MercadoriasEUR milhões

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

0

30

60

90

120

150

Page 100: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

100 Grupo TAP Relatório Anual 2011

MEGASIS–Sociedade de Serviços e Engenharia Informática, S.A.

Apesar da instabilidade política e económica, do preço do combustível e dos desastres naturais, a indústria da aviação comercial mostrou a sua capacidade de adaptação e resi-liência, prosseguindo, em 2011, a recuperação iniciada em 2010. A TAP não constituiu exceção, tendo ultrapassado, pelo segundo ano consecutivo, o maior volume de passa-geiros da sua história. A Empresa manteve, contudo, a total observância das políticas de redução de custos que têm orientado a sua atuação, não esquecendo, no entanto, os seus compromissos e obrigações no âmbito da segurança, ambiente, responsabilidade social e qualidade do serviço prestado aos seus Clientes.

A atividade da Megasis não podia deixar de ser influenciada pelos objetivos e decisões do seu acionista e principal cliente. A atenção da Megasis manteve-se, como sempre, concentrada no apoio prestado às empresas do Grupo, privilegiando, na sua atuação, a prestação de serviços de tecnologias de informação com a qualidade necessária à pros-secução dos objetivos estratégicos do Grupo.

A inovação, reconhecida como um fator determinante para garantir a manutenção da competitividade da TAP, teve, em 2011, um ano em que ficou evidenciada, de uma forma bastante assinalável, a cultura empreendedora e inovadora da Empresa. Durante 2011, foram prosseguidos, desta forma, diversos projetos em áreas consideradas fundamen-tais para a inovação dos processos de negócio das empresas do Grupo. Citam-se, como principais exemplos:

+ A introdução da tecnologia de RFID – Radio Frequency IDentification – na oficina de reparação de motores. A utilização inovadora desta tecnologia permite rastrear as fer-ramentas e os componentes dos motores, durante o processo de manutenção, desde a sua desmontagem até à remontagem, criando eficiências operacionais, aumentando a fiabilidade e melhorando a qualidade global do processo;

+ O início do desenvolvimento do portal do empregado, com o objetivo de facilitar e melhorar o relacionamento dos colaboradores com a Empresa, através da utilização de novas tecnologias;

+ O desenvolvimento de aplicações de acesso para as plataformas IOS de smartphones e tablets. A solução resultante permitiu apresentar aos Clientes um novo canal, o qual apresenta, de uma forma integrada e inovadora, o conjunto de serviços mais utilizados no relacionamento do Cliente com a TAP.

+ A aposta no e-Learning, com assinalável sucesso junto dos colaboradores e dos par-ceiros externos, os quais consideram a TAP, nesta matéria, como empresa de best practice na utilização das novas tecnologias na inovação do processo de formação. A TAP recebeu, neste contexto, o Prémio de Excelência em e-Learning atribuído pela PT Inovação.

Tendo em vista o aumento do nível de satisfação das empresas do Grupo com o suporte tecnológico providenciado, a Megasis manteve a sua concentração, em 2011, na imple-mentação da arquitetura orientada a serviços, e na estruturação do relacionamento com as empresas do Grupo, em centros de negócio com competências e conhecimentos capazes de contribuírem, de forma muito mais notória e proativa, para a melhoria dos processos de negócio e da qualidade do serviço final prestado aos clientes.

Para finalizar, não pode deixar de referir-se que a Megasis cumpriu os compromissos assumidos com o acionista, aumentando a produtividade, com base no aumento da qualidade e na quantidade dos serviços prestados e mantendo, concomitantemente, os níveis de competitividade da Empresa.

Mesa da Assembleia GeralPresidente Dr.ª Alda Maria dos Santos PatoSecretário Dr. José Carlos Magalhães Ferreira

Conselho de AdministraçãoPresidente Dr. Michael Anthony ConollyAdministrador-Delegado Eng.° Eduardo Jorge Dias RodriguesVogal Dr.ª Maria dos Prazeres Nunes Ramalho Monteiro

Fiscal ÚnicoEfetivo PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda.

Sede SocialAeroporto de LisboaCampus TAP, Edifício 191704–801 LisboaTel. +351 218 416 888Fax +351 218 416 344Email [email protected] www.megasis.pt

Capital Social EUR 500.000

N.° de Contribuinte 502 199 210

Atividade PrincipalPrestação de serviços no domínio do desenvolvimento e manutenção de software informático.

Utilizadores dos serviçosda TAPNet

2.7503.250

3.9505.150

7.0008.000

850010.100

12.70014.381

15.213

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

Utilizadores Totais

e>activity (search)milhares

39.352

2009 2010 2011

52.361

75.752

Page 101: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 101 Relatório Anual 2011

CATERINGPOR–Catering de Portugal, S.A.

A operação da empresa manteve um perfil de forte correlação com a evolução do tráfego aéreo no aeroporto de Lisboa, nomeadamente com o comportamento e opções de pro-duto do seu Cliente de referência, assim como com o dos outros transportadores que aí operam. Merece, ainda destaque a indiferença da atividade, perante o crescimento das operadoras low cost, cujas opções de serviço ao passageiro não se têm refletido em abastecimentos na escala de Lisboa.

O acréscimo da competitividade fez-se sentir, com intensidade, na renegociação, em 2011, de novos contratos com dois dos mais importantes Clientes, cuja renovação foi garantida. Foi, ainda, possível ampliar a carteira da empresa com a angariação de um novo operador no aeroporto de Lisboa. O crescimento da atividade foi da ordem dos 3,1% no número de refeições, para sensivelmente o mesmo número de voos do ano anterior (+0,7%), crescimento esse suportado pelo aumento das atividades da TAP, TAAG e Air France, negativamente compensadas pela redução de voos, passageiros transportados e nalguns casos, pelo produto das restantes transportadoras.

Prosseguiu, igualmente, a consolidação da implementação dos projetos de moderniza-ção de comunicações, melhoria de controlo e simplificação de processos, bem como a respetiva disponibilização e integração com os Clientes, contribuindo, deste modo, para uma efetiva melhoria de eficiência da cadeia de valor em que a empresa, enquanto for-necedor, se integra.

Mesa da Assembleia GeralPresidente Dr.ª Alda Maria dos Santos PatoSecretário Dr. José Carlos Magalhães Ferreira

Conselho de AdministraçãoPresidente Eng.° Luiz da Gama MórAdministrador-Delegado Dr. Mário José Santos de MatosVogal Sr. Sílvio Canettoly

Conselho FiscalPresidente Dr.ª Maria de Fátima Castanheira Cortês Damásio GeadaVogal Dr. Miguel de Azeredo PerdigãoVogal PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda

Sede SocialAeroporto de LisboaRua C, Edifício 591749–036 LisboaTel. +351 21 854 7100Fax +351 21 854 7199Email [email protected] www.cateringpor.pt

Capital Social EUR 3.500.000

N.° de Contribuinte 502 822 112

Atividade PrincipalConfeção e comercialização de refeições e, também, a prestação de serviços e apoio logístico a aeronaves.

Nº de refeições 2011 2010 var. (%) var. abs.

TAP 8.238.533 7.741.374 6,4% 497.159Outras companhias 1.348.631 1.559.110 -13,5% -210.479Total 9.587.164 9.300.484 3,1% 286.680

Nº de voos servidos

TAP 43.017 41.870 2,7% 1.147Outras companhias 8.138 8.913 -8,7% -775Total 51.155 50.783 0,7% 372

Número de Refeiçõesmilhares

TAP Outras companhias

5.6586.178

7.337 7.0557.741

8.2391.2501.406

1.274 1.3711.559

1.349

6.9097.585

8.611 8.4269.300 9.587

2006 2007 2008 2009 2010 2011

Número de Voos Servidosmilhares

TAP Outras companhias

29,8 31,9

42,3 40,5 41,9 43,07,7

8,1

7,7 8,2 8,9 8,1

37,540,0

50,0 48,7 50,8 51,2

2006 2007 2008 2009 2010 2011

Page 102: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

102 Grupo TAP Relatório Anual 2011

UCS–Cuidados Integrados de Saúde, S.A.

Durante 2011 a UCS continuou a aprofundar a sua atividade no âmbito da prevenção e promoção da saúde, bem como de consultoria permanente ao Grupo TAP.

O Programa Saúde Mais encontra-se no terreno desde 2010 e, articulando-se sempre com as intervenções de âmbito estritamente ocupacional, tem-se estendido às famílias e a âmbitos tão diversificados como ações nas áreas da nutrição saudável, da prevenção do cancro da pele, ou até da preparação para o parto.

A consultoria permanente ao Grupo TAP traduz-se num apoio específico que, em tempo útil, suporta todo o tipo de decisões e questões operacionais com envolvência de saúde. Este apoio decorre de uma diferenciação aeronáutica altamente especializada que, em cada instante, procura harmonizar requisitos técnicos, bem como requisitos e constran-gimentos regulamentares nacionais e internacionais, com as necessidades próprias do Grupo. Assumem particular relevância os ganhos daí recorrentes, de índole operacional, de imagem e eficácia junto do passageiro e, ainda, em termos de prevenção de obstácu-los organizacionais e operacionais.

O progressivo conhecimento da operação e da dinâmica do negócio do Grupo, permite à UCS desenvolver a sensibilidade e acuidade necessárias para a problemática e espe-cificidade do mesmo, que tornam os seus aportes de consultoria, neste âmbito, únicos no mercado.

A prestação direta de serviços de saúde constitui a outra grande vertente da atividade da UCS. Desde 2010, tem acompanhado a tendência de não crescimento, que se observa nos serviços de saúde não estatais, em geral. Esta vertente inclui atos clínicos multifa-cetados, nomeadamente, as consultas médicas e outras, os exames auxiliares de diag-nóstico e os atos terapêuticos. Estes serviços, além do aporte especializado em áreas sensíveis para a operação, proporcionam, também, uma acessibilidade significativa para a resolução de problemas urgentes, com mais-valias de proximidade e de tempo.

Outra atividade, com grande relevância para o cumprimento de obrigações regulamen-tares e desenvolvimento do potencial humano do Grupo, relaciona-se com a formação em áreas da saúde e segurança. Cada vez mais, tais atividades são reguladas e audita-das, pelo que as intervenções, neste domínio, aumentam em criticidade. A UCS, neste âmbito, tem feito evoluir a sua prestação, no sentido da adaptação constante às novas realidades, com objetivos de eficácia e obtenção de elevados níveis de qualidade.

Também, o cumprimento legal da vigilância de saúde dos trabalhadores e as ações de Segurança do Trabalho foram assegurados, desenvolvendo-se, igualmente, vários pro-jetos, e levando-se a cabo auditorias e uma monitorização constante das condições de trabalho.

Com acuidade crescente, a UCS procurou, em 2011, potenciar as vantagens de localiza-ção e de sensibilidade única para a operação do Grupo. Estas mais-valias deverão con-tinuar a ser otimizadas e desenvolvidas em articulação íntima com as diferentes áreas do cliente TAP, na prossecução de ganhos de saúde para os trabalhadores, bem como de acréscimos funcionais para as organizações que integram o Grupo.

Mesa da Assembleia GeralPresidente Dr.ª Alda Maria dos Santos PatoSecretário Dr. José Carlos de Azevedo Magalhães Ferreira

Conselho de AdministraçãoPresidente Dr. Michael Anthony ConollyAdministrador-Delegado Dr.ª Maria Helena Arrobas do Carmo Paiva PeixotoVogal Dr.ª Orlanda do Céu Silva Sampaio Pimenta d’ Aguiar

Fiscal ÚnicoEfetivo PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda.

Sede SocialAeroporto de LisboaEdifício 35Apartado 84261804–001 LisboaTel. +351 218 436 300Fax +351 218 436 310Email [email protected] www.ucs.pt

Capital Social EUR 500.000

N.° de Contribuinte 503 486 647

Atividade PrincipalPrestação de cuidados clínicos ambulató-rios (consultas, exames complementares de diagnóstico e tratamentos); exercício da atividade de segurança, higiene e saúde no trabalho; certificação médica de pilotos e controladores de tráfego aéreo; consultoria em organização e gestão de serviços de prestação de cuidados de saúde.

Atividade ClínicaAtos Clínicos

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

160.000

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

Exames Complementares de Diagnóstico

Atos Terapêuticos

Consultas

Page 103: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 103 Relatório Anual 2011

Page 104: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

104 Grupo TAP Relatório Anual 2011

GESTÃO DO RISCO

O processo de gestão do risco

O Modelo de risco que tem vindo a ser desenvolvido e imple-mentado na Empresa, procura, cada vez mais, fazer apelo a uma visão transversal da gestão de risco, tendo por base a abordagem COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission), sendo complementada por uma abordagem focada no risco operacional, cujos owners da gestão de risco são os pró-prios responsáveis das áreas.

Modelo COSO(Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission)

Internal Environment

Objective Setting

Event Identification

Risk Assessment

Risk Response

Control Activities

Information & Communication

Monitoring

SUBSID

IAR

YBU

SINESS U

NIT

DIVISIO

NEN

TITY-LEVEL

High

HighPROBABILITYLow

IMPACT

Medium risk

Share

Accept

Mitigate & Control

Control

High risk

Low risk Medium risk

Impact vs. Probability

A Empresa tem mantido, igualmente, uma atuação proativa nas vertentes de monitorização, através de processos de follow up efe-tivos das Auditorias desenvolvidas e respetivas recomendações, bem como na vertente de comunicação dos findings de auditoria e respetivo acompanhamento, em concordância total com as melho-res práticas referenciadas pelo Institute of Internal Auditors e que fazem parte integrante do Modelo COSO.

O Processo de Risk Assessment no seio do Grupo engloba um con-junto de práticas de identificação, análise, avaliação, tratamento e reporte dos principais riscos. Constitui-se como parte integrante do estilo de gestão requerido pelo Grupo aos seus Colaboradores, em linha com as boas práticas internacionais de governance do risco e em conformidade com os requisitos legais e regulatórios, tendo em consideração as diversas exigências regulatórias operacionais, nacionais e internacionais e, ainda, correspondendo às expectati-vas e exigências dos stakeholders internos e externos do Grupo.

Com um enfoque, cada vez maior, numa análise com a ver-tente quantitativa devidamente suportada, tendo por base a probabilidade de ocorrência do evento e o impacto daí decorrente, em termos de consequência para a área e para a organização.

Fatores de risco e a sua gestão

+ Risco operacional (Segurança | Safety)Segurança – Modelo de atuação pelo qual a possibilidade de dano, para pessoas e bens é minimizada ou eliminada, através de um processo contínuo de identificação de situações com perigosidade potencial e da gestão do respetivo risco associado.

+ Risco de natureza económica e financeiraSistemas de monitorização e controlo dos riscos, e consequen-tes impactos, decorrentes do comportamento dos mercados financeiros e da economia.

+ Risco de tecnologias de informaçãoProcesso que identifica as vulnerabilidades e ameaças aos siste-mas de informação utilizados pelas organizações para processar o seu negócio, e decide quais as medidas a adotar para reduzir o risco associado, levando em consideração a respetiva relação custo/benefício.

+ Risco de incêndio–prevençãoSistema de gestão de Risco de Incêndio, explosão e derrames de produtos químicos. Integra os Planos de Segurança Internos, a Formação contínua dos Colaboradores, os manuais de prote-ção contra atmosferas explosivas (Manuais ATEX), os Exercícios de simulacro baseados em cenários de risco e um plano de Auditorias internas.

Page 105: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 105 Relatório Anual 2011

+ Risco de Manutenção e EngenhariaA Gestão de Risco na TAP–Manutenção e Engenharia é inerente e está integrada nas responsabilidades definidas no âmbito das certificações aeronáuticas e acreditações detidas(1) que são obri-gatórias para a garantia da continuidade da sua atividade.

(1) EASA Parte 145 (Organizações de Manutenção); EASA Parte M (Aeronavegabilidade Continuada); NP EN ISO 9001:2008 (Sistemas de Gestão da Qualidade), entre outras.

+ Risco de saúde e segurança do trabalhoSistema de gestão de riscos ligados à atividade profissional, que tem por base um programa sistematizado de identificação e ava-liação dos riscos para a saúde e a segurança do trabalho, a res-petiva valoração, e implementação de medidas de controlo, por forma a assegurar e melhorar a saúde e a segurança do trabalho na Empresa.

Gestão do risco financeiro

Aspetos geraisA gestão de risco financeiro foi em 2011, mais ainda do que em anos anteriores, uma das pedras angulares da gestão do Grupo, dado o contexto de crescentes dificuldades da economia e com-portamento adverso dos mercados financeiros. Num clima geral em que as empresas foram sendo crescentemente pressionadas entre a quebra da atividade económica e a subida dos custos de exploração, e num contexto financeiro de forte restrição de crédito por parte da banca nacional e internacional, o Grupo tentou encon-trar as soluções mais adequadas para manter a estabilidade finan-ceira indispensável ao prosseguimento da sua atividade.

Risco de preçoOs riscos associados ao comportamento da procura incremen-taram consideravelmente durante o ano, na sequência do clima de forte instabilidade vivido pela economia europeia, com a pro-gressiva desaceleração do PIB europeu ao longo do ano e com a ameaça de impactos negativos dessa situação para o conjunto da economia mundial. O comportamento da economia europeia foi sobremaneira determinado pelo alastrar da crise das dívidas públi-cas, com subidas constantes de juros nos leilões de obrigações soberanas, e nos mercados secundários, quer nos países inter-vencionados como Grécia e Portugal, quer em Espanha, Itália e Bélgica. As principais variáveis económicas, desde o consumo ao investimento e desde o emprego aos salários e impostos, refletiram de forma violenta as políticas de correção estrutural do endivida-mento dos países mais endividados, e continuaram ainda con-dicionadas pelas dificuldades de financiamento extremas que se verificaram. A economia portuguesa em particular esteve por diver-sas ocasiões, ao longo do ano, sob pressão dos mercados finan-ceiros, tendo sido intervencionada pelo FMI/BCE/UE em maio. As medidas orçamentais, fiscais e salariais postas em prática tiveram como corolário lógico uma significativa contração do PIB, de inten-sidade próxima do verificado em 2009. A todo este cenário de difi-culdades juntou- se o choque energético, com uma média do preço do petróleo para o conjunto do ano idêntica à registada em 2008. Em resumo, verificou-se num mesmo ano a conjugação de uma significativa retração da atividade, a segunda em 3 anos, com um novo choque petrolífero, o segundo em 4 anos.

A par destes desenvolvimentos, os mercados emergentes conse-guiram manter uma dinâmica que contrastou com a dos mercados desenvolvidos. Não obstante, de 2010 para 2011, a economia bra-sileira, o mercado externo mais importante da TAP, registou uma desaceleração do crescimento do PIB, ainda assim com um cres-cimento salutar do consumo interno. Também os mercados africa-nos, em particular Angola, que representa grande parte das vendas de África, se mantiveram dinâmicos.

As vendas de passagens no mercado nacional representam um pouco mais da quarta parte do total de vendas, e os restantes mer-cados europeus cerca de 37% do total, representando a Europa em conjunto pouco menos de 2/3 do total de receita voada. O Brasil disputa com o mercado português a liderança em termos de vendas, também próximo de 25% do total. África representa receita um pouco superior a 6% do total de vendas. O mercado dos EUA tem um peso acima de 3% e o da Venezuela acima dos 2%. Esta distribuição das vendas refere-se a valores efetivamente voa-dos pela TAP, expurgados portanto de vendas que não resultaram em transporte por parte da TAP. Por exemplo algum tráfego das rotas brasileiras com origem em diversos pontos não servidos pela TAP é vendido por esta, mas só o troço intercontinental de ligação a Portugal se materializa em receita efetiva. As vendas no mercado brasileiro são desse modo, por norma, mais elevadas que os valo-res voados, existindo ganhos comerciais para além dos proveitos de passagens.

Apesar dos diferentes ritmos das economias das múltiplas áreas geográficas onde a TAP opera, o crescimento da atividade de transporte aéreo, a nível global e em cada mercado, está também muito dependente da política comercial e da política de preços pra-ticada, bem como da oferta programada para cada um dos merca-dos em cada época IATA, o que condiciona load factors e yields. Refira-se a este nível, e em termos globais, que o tráfego premium, por exemplo, apresentou crescimento acima da média em receita efetiva no ano (embora com redução do número de bilhetes vendi-dos), tal como as tarifas mais baixas, tendo-se reduzido significa-tivamente as tarifas da classe intermédia. Do efeito conjugado da oferta programada, com os respetivos ajustamentos ao longo do ano, das diversas tarifas praticadas, e da intensidade da procura registada em cada mercado resultam os principais valores e indica-dores da atividade de transporte aéreo. Globalmente, a tarifa média registou uma subida, de 2010 a 2011, tendo o load factor global crescido para um nível médio acima de 75%. A atividade global medida pelo número de passageiros-quilómetros utilizados, subiu, no ano, aproximadamente 10%, tendo a receita efetiva subido em percentagem equivalente. A nível da Europa, registaram-se cres-cimentos de atividade e receita elevados, à exceção de Portugal, mercado onde a desaceleração da atividade e da receita se fizeram sentir com mais intensidade. No mercado brasileiro, o crescimento da receita foi robusto, a dois dígitos, tendo a receita subido mais do que a atividade (medida por passageiro-quilómetro utilizado) e do que o número de passageiros. Os mercados africanos apre-sentaram um crescimento de receita bastante diverso de mercado para mercado, com o crescimento de Angola a ser, em parte, con-trariado pela redução de receita de Moçambique e África do Sul, tendo esta última linha sido mesmo encerrada. EUA e Venezuela, por seu turno, cresceram significativamente.

Page 106: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

106 Grupo TAP Relatório Anual 2011

uma baixa posterior para 2,25 em final do ano. Em qualquer caso, as volatilidades nos mercados cambiais foram menores do que as verificadas nos anos anteriores.

Mais de metade das vendas de passagens aéreas da TAP são reali-zadas na área do euro, divididos de forma equilibrada entre Portugal e restantes países da zona euro e ainda incluindo mercados africa-nos com divisas em paridade fixa com o euro. Para além das ven-das em euros, as vendas em outras divisas europeias, libras, franco suíço, divisas nórdicas e do leste europeu representam aproxima-damente 10% do total da receita de passagens. Na generalidade, e à exceção do franco suíço, as várias divisas europeias deprecia-ram-se face ao euro em meados do ano, tendo-se revalorizado em final do ano, quando o euro voltou a cair.

As vendas no mercado brasileiro têm subjacente um cálculo tarifá-rio em dólares, e em conjunto com o mercado norte-americano e com Angola implicam uma exposição, direta e indireta, ao dólar, no montante de aproximadamente 1/3 do total.

Existe ainda exposição da receita, embora marginal, a outras divi-sas, como o bolívar, o metical, entre outras.

Do lado dos custos, a principal fonte de exposição a risco cambial advém da fatura com combustíveis que, neste ano, tal como no anterior, sofreu um aumento muito significativo, com níveis médios de preços muito elevados. Ao contrário dos preços, sempre altos ao longo de todo o ano, a volatilidade foi menor do que em anos anteriores. A fatura com combustíveis aproximou-se de mil milhões de dólares e superou o valor record de 2008, acima dos EUR 700 milhões, representando uma proporção muito significativa do total de custos do Grupo. A exposição ao dólar decorrente dos custos com combustíveis, adicionada de outras rúbricas menos importan-tes com encargos denominados em dólares, como leasings ope-racionais, de custos com manutenção, compra de equipamentos sobresselentes, ou de formação como simulador de voo, taxas de navegação e aeroportuárias, e seguros, gerou no ano uma expo-sição líquida global ao dólar. No que se refere à dívida, também o montante denominado em dólares subiu, em final de ano, face ao ano anterior, pela contração de uma nova operação de leasing financeiro em dólares, representando agora o peso total do dólar no passivo remunerado cerca de 13% face, aos 3% de 2010.

Risco de taxa de juroNum cenário de desaceleração generalizada das economias dos países desenvolvidos, as taxas de juro diretoras dos principais ban-cos centrais mantiveram-se baixas, ou mesmo próximas de zero, como nos Estados Unidos. Na zona euro, as taxas oficiais subiram em meados do ano de 1% para 1,5% mas voltaram ao nível de 1% em final de ano. As taxas de mercado replicaram muito de perto este movimento, em particular a euribor a 3 meses. A despeito destas políticas de estímulo monetário, o seu alcance constituiu

Refira-se ainda que, a nível de receitas de carga, por contraponto à receita de passagens, a distribuição das vendas por mercados tem um peso relativo menor no Brasil, enquanto nos EUA o peso da carga é muito superior ao das passagens. A Europa, incluindo Portugal, pesa quase 80% a nível da carga e África (contabilizada como mercado emissor, ou seja no sentido África-Portugal) tem ainda uma expressão diminuta nestas vendas. Em termos gerais, a atividade da carga cresceu, registando um comportamento posi-tivo face ao ano anterior, a nível de receita, incluindo nesta a receita de sobretaxas de combustível, embora o volume transportado tenha sido inferior, fruto da crise económica.

No cômputo global, tendo presente o complexo clima económico vivido, os resultados da atividade e proveitos do Grupo resultan-tes da sua atividade principal foram claramente positivos, podendo referir-se que a internacionalização e a diversificação de mercados continuam a ser uma arma importante no combate aos riscos de mercado do Grupo.

Risco cambialA despeito de toda a instabilidade registada nos mercados finan-ceiros e dos níveis elevados do preço das matérias-primas, o com-portamento do eurodólar acabou por não apresentar excessiva volatilidade ao longo do ano. Em início e fim do ano, que correspon-deram às fases de maior tensão na crise da dívida europeia, o euro enfraqueceu e situou-se em torno de 1,30, tendo registado uma subida a 1,40–1,45 em meados do ano, numa fase de maior acal-mia dos mercados. Também face ao real brasileiro se verificou uma subida do euro na ordem de 10% a meio do ano, para 2,50, com

Page 107: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 107 Relatório Anual 2011

6 anos, de 2012 a 2017, excetuando-se o ano de 2015, com a liqui-dação bullet de uma operação contraída em 2010, no montante de EUR 52 milhões. A dívida existente continua a ter um prazo máximo até 2020.

Risco de preço de combustível Ao contrário do ano de 2010, em que uma proporção muito signifi-cativa do consumo de combustível foi objeto de hedging, em 2011 tal não sucedeu, em parte devido à subida intempestiva de pre-ços registada em final de 2010, e sobretudo em início do ano, apa-rentemente despoletada pelas revoltas nos vários países do norte de África e Médio-Oriente. Mesmo depois de passada a fase mais crítica da primavera árabe e da guerra na Líbia, outros fatores de instabilidade continuaram a afetar os mercados petrolíferos, com destaque, em final de ano, para a tensão militar crescente entre Irão e Estados Unidos, o que contribuiu para manter um elevado spread de risco geopolítico no preço do petróleo.

A agravar a fatura de combustível do Grupo estiveram presentes, também, outros fatores como o aumento de consumo devido ao incremento da operação, em cerca de 5%, e o comportamento do euro que, ao contrário de ocasiões anteriores de subida do preço do petróleo, registou uma subida mais limitada, tendo atingido picos muito inferiores aos registados em 2008, por exemplo. A subida média do preço do jet fuel em dólares, medida pelo referencial de mercado da Platts, foi de 40% face ao ano anterior, depois de já em 2010 se ter registado uma subida média de 30% do preço médio face a 2009. O preço médio do combustível de avião no ano foi de 1.015 usd/tonelada, ligeiramente acima do valor médio registado em 2008, aquando do último choque petrolífero. Muito embora os máximos de 2011 tenham ficado aquém dos níveis extremos ocor-ridos em meados de 2008, próximos de 1.500 usd/tonelada, já os valores mínimos do ano (cerca de 850 usd/ton), se situaram muito acima dos mínimos de 2008 (nos 450 usd/ton), conduzindo a um resultado médio muito semelhante para o conjunto do ano.

A sensibilidade da exploração do Grupo a esta componente da estrutura de custos continua muito elevada, mantendo-se os níveis estimados de repercussão de aumentos de preço nas contas do Grupo com o impacto seguinte: para um consumo padrão de 900 mil toneladas por ano, uma subida do custo da tonelada de jet fuel provoca, por cada 100 usd, um agravamento de custos de USD 90 milhões, equivalente a um agravamento de EUR 70 milhões na exploração, considerando um câmbio de 1,30 no eurodólar.

De referir que, além das atuações em mercado decorrentes das oportunidades que as oscilações de mercado possam propor-cionar, existem ainda defesas endógenas do Grupo face ao risco de preço, embora de impacto limitado, que consistem na modu-lação das sobretaxas de combustível. Estas sobretaxas represen-tam presentemente um valor com alguma expressão na receita, mas claramente insuficiente para mitigar o efeito da alta de preços,

apenas uma pequena ajuda num mar alteroso de dificuldades nos mercados financeiros. Por um lado, os mercados obrigacionistas europeus sofreram um período verdadeiramente tumultuoso, com as taxas de juro de diversos países a sofrerem enormes subidas, no caso português, de 7% em início do ano para 14% em final do ano nas taxas da dívida pública a 10 anos. Por outro lado, e como resul-tado das enormes tensões vividas nos mercados obrigacionistas e consequentes dificuldades de refinanciamento dos Estados e dos bancos, verificou-se uma contração brusca do crédito disponível, em particular nos países intervencionados, ou com déficits públi-cos elevados, provocando fortes subidas de margens no crédito a empresas ainda com acesso a financiamentos, e para a grande maioria, em especial PMEs, a quase impossibilidade de acesso ao crédito.

Neste quadro de adversidade, também no Grupo se registaram subidas de spreads nas linhas de curto prazo existentes. O facto de as linhas de curto prazo representarem apenas cerca de 6% do passivo remunerado do Grupo permitiu, de novo, neste ano, minimizar o impacto negativo das revisões de margens praticadas pelos bancos. Por outro lado, o facto de se terem concretizado diversas operações financeiras de médio e longo prazo ao longo do ano de 2010 permitiu, igualmente, limitar a necessidade de recurso a novos empréstimos. Somente em final do ano se tornou aconse-lhável concretizar uma operação de financiamento que se tornou necessária, dado o consumo de recursos financeiros adicionais provocados pela alta, muito pronunciada e prolongada, do preço dos combustíveis. Consistiu esta operação num conjunto de lea-sings financeiros internacionais a médio prazo, em dólares, envol-vendo 9 aviões de médio e longo curso, propriedade da TAP após o terminus de diversos leasings de longo prazo.

O endividamento global do Grupo tem-se mantido em torno de EUR 1,2 mil milhões, desde o ano transato, embora com flutua-ções decorrentes dos timings de amortização e renegociação de dívida, bem como resultantes da utilização de novos financiamen-tos. A exposição a taxa fixa e flutuante alterou-se, no ano, face ao ano anterior, passando a parcela a taxa variável de 46%, em 2010, para 42%, no ano, subindo a proporção a taxa fixa para 58% em final de ano, alteração essa que se deveu sobretudo à contração dos novos leasings. A margem média da dívida continua a man-ter-se em níveis moderados, embora tenha subido por força das novas operações e das significativas revisões em alta de spread em linhas de curto prazo. O prazo médio ponderado da dívida em final de ano era de 3 anos, assumindo nessa estimativa o reembolso das linhas de crédito em vigor durante o decurso de 2012. Caso isso não suceda e as linhas de curto prazo mantenham alguma permanência, a duração média dos financiamentos será superior. Excluídas as linhas de crédito, com um peso pouco significativo no quadro da dívida total, os montantes programados de reem-bolso dos empréstimos e leasings financeiros de médio e longo prazo estão distribuídos de forma equilibrada durante os próximos

Page 108: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

108 Grupo TAP Relatório Anual 2011

exigiu da gestão de tesouraria uma redobrada prudência e aten-ção, bem como a aceitação de custos marginais de financiamento mais elevados do que seria aceitável em condições de estabilidade dos mercados.

Embora registando sazonalidade e descontinuidades, resultantes da atividade e da calendarização das amortizações de dívida, e resultantes ainda da contração das novas operações, a liquidez do Grupo permitiu manter o normal funcionamento de toda a atividade e ainda alimentar o esforço de expansão do transporte aéreo, além de acomodar a realização de investimentos indispensáveis, alguns dos quais imprevistos, a nível de reatores de reserva, por exemplo. Manteve-se ainda o esforço de tesouraria necessário ao financia-mento das atividades do Grupo que se têm revelado deficitárias nos últimos anos. No que se refere à aplicação dos montantes disponíveis como excedentes de liquidez do Grupo, verificou-se ao longo do ano uma saudável diversificação na sua colocação entre os diversos contrapartes, tirando partido ainda da significa-tiva competição registada entre entidades bancárias nesta maté-ria, procurando-se ainda mitigar o efeito adverso das descidas de rating verificadas na banca nacional em geral.

No que se refere ainda à gestão das operações de financiamento no longo e no curto prazo, esta teve ainda, entre outras, a pre-ocupação de manter uma razoável diversificação das entidades financiadoras, nacionais e estrangeiras, tendo-se verificado alguma recomposição no portfolio de contrapartes bancários, em função das dificuldades próprias de algumas entidades nacionais. Por exemplo, a nível de recebíveis ligados às vendas em Portugal, utili-zados como colateral de linha de curto prazo em vigor, foram estes afetos a nova operação negociada em meados do ano com nova instituição financeira do mercado português.

Além da gestão financeira no curto e longo prazo e da gestão de tesouraria, também no âmbito da gestão do ativo circulante foi sendo dado um acompanhamento rigoroso à monitorização das posições de clientes e à repercussão dos efeitos da crise econó-mica na qualidade creditícia destes, tendo sido possível limitar o agravamento, por exemplo, das provisões a um valor pouco signifi-cativo para a dimensão da atividade.

como se pode constatar com o seu aumento de 2010 para 2011, aproximadamente EUR 50 milhões, muito inferior ao aumento de custo registado.

Para o ano de 2012 foram levadas a cabo, em final de ano, diversas operações de cobertura de preço que deverão mitigar o impacto de novas subidas das cotações nos primeiros meses de 2012. Os contrapartes nestas operações apresentavam no ano ratings da S&P entre BB e A+.

A exposição ao preço do combustível é, ao nível dos custos, o fator mais importante gerador de exposição cambial do Grupo (especial-mente quando as cotações do combustível estão elevadas) dado que o mercado de jet fuel é denominado em dólares e o combustí-vel é a principal rúbrica de custos variáveis. Uma baixa considerável no preço do combustível, por seu turno, reduz significativamente a exposição líquida do Grupo ao Dólar

Risco de crédito e de liquidezPossivelmente, nunca o risco associado a níveis de liquidez bai-xos foi tão grande para as empresas portuguesas como no ano de 2011. As dificuldades de financiamento da economia portu-guesa e europeia bem como as exigências de desalavancagem das instituições bancárias nacionais por força da implementação do memorando assinado pelo governo português com o FMI/BCE/CE determinaram restrições drásticas ao crédito disponível às empre-sas nacionais. A crise das dívidas soberanas esteve presente como pano de fundo dos mercados de capitais ao longo de todo o ano, repercutindo-se em elevadíssimas taxas de juro de longo prazo e em indicadores de risco de incumprimento a níveis record, tal como os Credit Default Swap da República Portuguesa, que subiram de 500 pontos base em início do ano para 1.000 pontos base no final do ano. Outros mercados, como o de ações, foram também pena-lizados em Portugal, em boa parte desvalorizados pelos títulos da banca, setor muito atingido pela própria crise de dívida soberana.

Além das dificuldades de financiamento verificadas no ano, que se somaram às dificuldades crescentes de obtenção de financia-mento já registadas em anos anteriores, a tesouraria das empresas foi ainda claramente pressionada em resultado do duplo choque da retração económica e da alta de preços de combustível, o que

Page 109: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 109 Relatório Anual 2011

Page 110: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

110 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Subsidiárias são todas as entidades sobre as quais o Grupo tem o poder de decisão em relação às políticas financeiras e opera-cionais, geralmente representado por mais de metade dos direi-tos de voto. A existência e o efeito dos direitos de voto potenciais que sejam correntemente exercíveis ou convertíveis são conside-rados quando se avalia se o Grupo detém o controlo sobre outra entidade. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas, correspondentes à participação de terceiros nas mesmas, são apresentados nas rúbricas de interesses não controlados, respe-tivamente, na posição financeira consolidada em linha própria no capital próprio e na demonstração consolidada dos resultados.

Em 2011, o Grupo procedeu a uma reestruturação das empresas brasileiras, tendo sido efetuada a cisão da Aero–LB, Participações, S.A. que, parcialmente foi incorporada na TAP–Manutenção e Engenharia Brasil. O remanescente deu origem à Aeropar, detida a 99% pela TAP, SGPS, S.A. e a 1% pela Portugália. A TAP, SGPS, S.A. passou a deter uma participação direta de 51% na TAP–Manutenção e Engenharia Brasil, sendo que a Aeropar passou a deter 47,64% daquela subsidiária.

É utilizado o método de compra para contabilizar a aquisição de subsidiárias. O custo de uma aquisição é mensurado pelo justo valor dos bens entregues, dos instrumentos de capital emitidos e dos passivos incorridos, ou assumidos na data de aquisição, adi-cionados dos custos diretamente atribuíveis à aquisição. Os ati-vos identificáveis adquiridos e os passivos e passivos contingentes assumidos numa concentração empresarial são mensurados, ini-cialmente, ao justo valor na data de aquisição, independentemente da existência de interesses não controlados. O excesso do custo de aquisição, relativamente ao justo valor da parcela do Grupo

dos ativos e passivos identificáveis adquiridos, é registado como Goodwill. As subsidiárias são consolidadas, pelo método integral, a partir da data em que o controlo é transferido para o Grupo. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida (Goodwill negativo), a diferença é reco-nhecida diretamente na Demonstração dos Resultados, na rubrica Outros Rendimentos e Ganhos. As transações internas, saldos, ganhos não realizados em transações e dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados. As perdas não realiza-das são também eliminadas, exceto se a transação revelar evidên-cia de imparidade de um ativo transferido.

Foram consideradas Associadas todas as entidades sobre as quais o Grupo exerce influência significativa, mas não possui con-trolo, geralmente com investimentos representando entre 20% a 50% dos direitos de voto.

Foi qualificada como associada a seguinte entidade:

+ SPdH–Serviços Portugueses de Handling, S.A. (SPdH)

A SPdH encontra-se classificada com associada, dado que a AdC impôs, até à venda, que a gestão da empresa seja efetuada por um mandatário de gestão, que age em nome da Autoridade da Concorrência, gerindo a SPdH de forma independente do Grupo TAP.

Os investimentos em empresas associadas são contabiliza-dos pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o método de equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor

DESEMPENHO ECONÓMICO-FINANCEIRO DO GRUPO TAP

Alterações na estrutura do Grupo

Em 31 de dezembro de 2011, foram incluídas nas demonstrações financeiras as seguintes empresas subsidiárias:

+ TAP–Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A.

+ Transportes Aéreos Portugueses S.A. (TAP, S.A.)

+ TAPGER–Sociedade de Gestão e Serviços, S.A. e empresas subsidiárias:

CATERINGPOR–Catering de Portugal, S.A.

L.F.P.–Lojas Francas de Portugal, S.A.

U.C.S.–Cuidados Integrados de Saúde, S.A.

MEGASIS–Sociedade de Serviços e Engenharia Informática, S.A.

+ PORTUGÁLIA–Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A. (PORTUGÁLIA)

+ AERO–LB, Participações, S.A. (AERO–LB)

+ AEROPAR, Participações, S.A. (AEROPAR) e empresa subsidiária:

TAP–Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. (ex-VEM)

Page 111: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 111 Relatório Anual 2011

contração, indiciou uma subida, já no final do ano 2011. Entretanto, embora numa conjuntura de abrandamento económico, o elevado nível dos preços do petróleo continuou a comprometer a rentabili-dade da Indústria, um comportamento que se acentuou, nos últi-mos meses do ano, na sequência de receios de perturbações do lado da oferta, associados ao aumento das tensões geopolíticas no Médio Oriente.

No âmbito das empresas da holding TAP, regendo-se pela sua linha de orientação estratégica, prosseguiu-se no sentido de promover o aumento da rentabilidade das atividades da respetiva esfera de intervenção, suportando este objetivo na permanente melhoria da qualidade associada às diversas vertentes do serviço prestado, na diferenciação do produto oferecido, na adoção das melhores prá-ticas e no reforço da simplificação de processos, bem como no aumento persistente dos níveis de produtividade. Por outro lado, foi prosseguida uma atuação incisiva sobre a globalidade dos cus-tos acionáveis, verificando-se a continuidade da implementação de um adequado programa de redução de custos e de otimização de receitas, integrando um conjunto diversificado de medidas, de efeito transversal a todo o grupo de empresas do universo TAP, a vigorar até 2012.

O desempenho consolidado ao nível da globalidade das empre-sas do Grupo, no entanto, revelou-se negativo, tendo a TAP SGPS finalizado 2011 com um resultado líquido dos detentores do capital da empresa-mãe no valor de EUR -76,8 milhões, menos EUR 19,7 milhões que os EUR -57,1 milhões registados em 2010.

Contribuíram para aquele desempenho os resultados apura-dos para as empresas Groundforce, com EUR -11,1 milhões, e AEROPAR – empresa detentora de 47,64% do capital da TAP –Manutenção e Engenharia Brasil, com EUR -2,9 milhões, tendo a empresa TAP, S.A. registado um resultado positivo, no valor de EUR 3,1 milhões. O resultado antes de impostos totalizou EUR -64,5 milhões, valor que representa uma variação de EUR -20,1 milhões, face aos EUR -44,4 milhões verificados em 2010.

correspondente à participação do Grupo nas variações dos capi-tais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas, e pelos dividendos recebidos. As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos ativos, passivos e passivos contingentes identifi-cáveis da associada na data de aquisição, se positivas, são reco-nhecidas como Goodwill e mantidas na respetiva rúbrica. Se essas diferenças forem negativas, são registadas como proveito do perí-odo na rubrica Ganhos e Perdas em empresas associadas. É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o ativo possa estar em imparidade, sendo regis-tadas como custo as perdas por imparidade que se demonstrem existir, também, naquela rúbrica. Quando as perdas por impari-dade reconhecidas em exercícios anteriores deixam de existir, são objeto de reversão, à exceção do Goodwill. Quando a participa-ção do Grupo nas perdas da associada iguala ou ultrapassa o seu investimento nestas sociedades, o Grupo deixa de reconhecer per-das adicionais, exceto se tiver incorrido em responsabilidades ou efetuado pagamentos em nome destas. Os ganhos não realizados em transações com as associadas são eliminados na extensão da participação do Grupo nas mesmas. As perdas não realizadas são, também, eliminadas, exceto se a transação revelar evidência de imparidade de um bem transferido.

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo anexas foram preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro adotadas pela União Europeia (IFRS – ante-riormente designadas Normas Internacionais de Contabilidade – IAS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e Interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC), ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (SIC), em vigor à data da pre-paração das referidas demonstrações financeiras.

Situação Económica

Resultados consolidados do Grupo TAPPara a Indústria do Transporte Aéreo, considerando a difícil con-juntura que as economias ocidentais enfrentam, poderá afirmar- se que o mercado de transporte aéreo se comportou, em 2011, de uma forma moderadamente positiva, embora caracterizado por acentuados contrastes. Assim, verificou-se, ao longo do ano, um relativo crescimento do mercado de transporte de passagei-ros, embora com tendência de abrandamento, a partir do início do 2º semestre, evidenciando o impacto do progressivo enfra-quecimento da confiança dos consumidores. Contrariamente, o mercado de transporte de carga, após meses consecutivos de

Resultados consolidados do Grupo TAPEUR milhões

2011 2010

Rendimentos e Ganhos Operacionais 2.478,6 2.351,1 Resultado antes de Impostos (64,5) (44,4)Resultado Líquido dos detentores do capital da empresa-mãe (76,8) (57,1)Resultado Líquido dos interesses não controlados 4,6 4,2

Page 112: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

112 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Resultados OperacionaisAo nível operacional (antes de gastos de financiamento e impos-tos), a Empresa registou EUR -18,1 milhões, um valor inferior, em EUR 17,6 milhões ao montante verificado em 2010.

De referir, com impacto relevante na expressão do resultado, o com-portamento dos pre-ços do combustível, mantendo-se em ní- veis elevados, de forma permanente, ao longo de todo

o ano. De salientar, que o encargo com Combustíveis, oscilando, no período entre 2001 e 2003, num intervalo compreendido entre EUR 140 milhões e EUR 150 milhões, representou, em 2011, um valor na ordem dos EUR 716,9 milhões para a empresa TAP, S.A., mais 37,1% que em 2010, equivalendo esta evolução a EUR 193,9 milhões, sendo EUR 166,4 milhões (ou seja, mais 31,8%, que em 2010), atribuíveis ao efeito preço.

O total de gastos e perdas operacionais, não incluindo deprecia-ções, amortizações e leasings de avião e sobressalentes, cifrou-se em EUR 2.320,7 milhões, mais EUR 165,5 milhões, ou seja, mais 7,7% do que em 2010. Excluído o encargo com o Combustível, aquela variação situou-se em -1,7%.

O total de rendimentos e ganhos operacionais atingiu EUR 2.478,6 milhões, montante que compara com EUR 2.351,1 milhões do ano anterior, ou seja mais 5,4%. No total de vendas e serviços presta-dos, verificou-se um acréscimo de EUR 123,4 milhões, mais 5,3% que o valor atingido no ano transato. Este resultado deveu- se, principalmente, ao comportamento dos proveitos gerados pelo Transporte Aéreo que registaram um incremento de EUR 137,6 milhões (+6,9%). Nos proveitos de Manutenção e Engenharia veri-ficou-se uma redução de EUR 23,0 milhões (-13,0%), tendo as outras prestações de serviços, decorrentes de atividades comple-mentares ao core business da Empresa, apresentado, igualmente, um desempenho positivo, com um incremento de EUR 8,8 milhões (+6,0%).

Encargo com Combustíveis TAP, S.A.EUR milhões

2011 2010var.

(abs.)

Total 716,9 522,9 193,9

Efeito Preço – – 166,4Efeito Quantidade – – 28,7

Resultado Operacional consolidado do Grupo TAPEUR milhões

2011 2010

Rendimentos e Ganhos Operacionais 2.478,6 2.351,1

Vendas e serviços prestados 2.438,9 2.315,5 Transporte Aéreo 2.128,3 1.990,7Manutenção e Engenharia 154,8 177,9Outras vendas e serviços prestados 155,8 146,9

Subsídios à exploração 3,3 4,6Ganhos e perdas em associadas (11,1) (44,1)Outros rendimentos e ganhos 47,6 75,1

Gastos e Perdas Operacionais (2.372,2) (2.212,5)Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (188,3) (175,8)Fornecimento e serviços externos exceto combustível (930,2) (922,0)Combustível (716,9) (522,9)Gastos com pessoal (524,0) (559,7)Outros 19,1 13,0 Outros gastos e perdas (31,9) (45,0)

Gastos/reversões de depreciação e de amortização (122,2) (138,6)Imparidade de ativos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) (2,4) (0,4)

Resultado Operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (18,1) (0,4)

O total registado em ganhos e perdas em empresas associa-das situou-se em EUR -11,1 milhões, um valor que corresponde, essencialmente, ao prejuízo do exercício da empresa SPdH.

Na perspetiva dos custos, as rúbricas relacionadas com a aqui-sição de materiais e serviços consumidos, excluindo combus-tível, registou um incremento de EUR 20,6 milhões, mais 1,9% que em 2010. O total de gastos com pessoal atingiu EUR 524,0 milhões, ou seja, menos EUR 35,8 milhões que no ano anterior, como reflexo das variações verificadas na globalidade das respeti-vas rúbricas, designadamente, em remunerações do pessoal e em outros gastos com o pessoal.

Rendimentos e Ganhos Operacionais

85,9% Vend. e Prest. Serv. Transporte Aéreo

6,2% Vend. e Prest. Serv. Manutenção e Engenharia

6,3% Vend. e Prest. Serv. Outros

1,5% Outros

0,1% Subsídios à Exploração

2011

Gastos e Perdas Operacionais

47,1% Custo das merc. vend. e serv. cons. e Form. e serv. externos exceto combustível

30,2% Combustível

22,1% Custos com o Pessoal

0,6% Outros

2011

Page 113: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 113 Relatório Anual 2011

Resultados FinanceirosA despesa financeira líquida cifrou-se em EUR 46,4 milhões, refle-tindo um agravamento na ordem dos EUR 2,4 milhões, relativa-mente ao resultado de 2010. O comportamento registado na função financeira foi, principalmente, influenciado pelo incremento verificado em juros suportados.

EBITDAROs meios libertos de exploração para fazer face a encargos finan-ceiros e de investimentos, medidos pelo EBITDAR (Resultados antes de Juros, Impostos, Amortizações e Rendas de leasings de frota), atingiram EUR 158,2 milhões, menos EUR 34,2 milhões que em 2010.

Situação Financeira

O total do Ativo consolidado da TAP, SGPS, S.A. ascendeu a EUR 1.982 milhões, enquanto o grau de utilização dos Ativos, expresso pelo rácio entre o Volume de Negócios e o total do Ativo da Empresa, atingiu 1,23.

Em 2011, no âmbito do Grupo TAP, o total da Formação Bruta de Capital Fixo atingiu EUR 10,1 milhões. Este valor reflete, essencial-mente, os investimentos com a aquisição de material de reserva, rotáveis e equipamento de reator para as frotas aéreas, bem como na aquisição de equipamentos de placa, catering, manutenção, e informáticos, hardware e software. De destacar, ainda, naquele montante, o investimento referente à empresa TAP–Manutenção e Engenharia Brasil, relativo a reformas nos prédios em Porto Alegre e, também, no Rio de Janeiro.

A análise dos indicadores económico-financeiros evidencia uma Situação Líquida da Empresa na ordem dos EUR -343,2 milhões, traduzindo um agravamento, face a 2010, de EUR 78,4 milhões. Refira-se, ainda, a existência de interesses não controlados no valor de EUR 7,8 milhões, relativos às empresas LFP–Lojas Francas de Portugal e Cateringpor.

O capital da TAP, SGPS, S.A. é composto por 1.500.000 ações nominativas, com o valor de EUR 10 cada, e é detido, integral-mente, pela Parpública–Participações Públicas, SGPS, S.A., empresa detida a 100% pelo Estado Português.

O total do Passivo da TAP, SGPS, S.A. situou-se em EUR 2.325,2 milhões, sendo de EUR 1.333,1 milhões o valor relativo ao Passivo Não Corrente, e de EUR 992,1 milhões o valor referente ao Passivo Corrente, que representa, atualmente, 42,7% do total do Passivo, menos 2,0 p.p. que em 2010.

No que refere à estrutura do endividamento, empréstimos ban-cários e locação financeira, no final de 2011, o total atingiu EUR 1.230,9 milhões. Os compromissos relativos a dívida remune-rada corrente, com o valor de EUR 245,2 milhões, representavam 19,9% do total, mais 0,4 p.p. que em 2010.

Formação Bruta de Capital FixoEUR milhões

0

100

200

300

400

300,9

2007 2008 2009 2010 2011

316,3

32,3 17,2 10,1

58,2% Equip. Básico (Aviões+Rot. React. Reserva+Máq. e Apar. Diversa)

12,2% Edifícios e Out. Construções

1,0% Equip. de Transporte

15,2% Equip. Administrativo

13,4% Outros (Out.+Activos Intangíveis+Imob. em Curso+Ferram. e Utens.)

2011

Page 114: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

114 Grupo TAP Relatório Anual 2011

PERSPETIVAS PARA 2012

Ao longo dos últimos meses de 2011, as tensões subjacentes à crise da dívida sobe-rana na área do euro passaram a envolver um conjunto cada vez mais alargado de paí-ses, reforçando a sua natureza sistémica, ao mesmo tempo que se assistiu a uma desa-celeração da atividade económica, a nível global. Na presença da deterioração das condições financeiras e de um incremento do grau de incerteza, as perspetivas de crescimento atenuaram-se, situando-se as previsões para a evolução da economia glo-bal, em 2012, na ordem dos +3,3%, após um crescimento de 3,8% em 2011.

Esta deterioração do enquadramento macroeconómico centra-se, essencial-mente, nas economias avançadas, onde se espera que o crescimento caia para 1,2%, de 1,6% em 2011, num quadro em que os receios sobre a sustentabilidade da dívida soberana na área do euro se têm tor-nado mais abrangentes, e em que a taxa de desemprego em muitas economias da OCDE permanece significativamente ele-vada. Nas economias de mercado emer-gentes, também afetadas negativamente, espera-se, no entanto, que o crescimento económico, embora mais moderado, se mantenha com valores robustos, da ordem dos 5,4%, sob o efeito da compensação do impacto negativo da contração da procura externa, pela tendência de expansão da procura interna.

O crescimento económico nas principais economias avançadas deverá, contudo, apresentar-se com um comportamento dife-renciado. Assim, é esperada uma acelera-ção da atividade económica no Japão para 1,7%, de -0,9% em 2011, enquanto nos EUA se deverá manter nos 1,8%; por sua vez, no Reino Unido perspetiva-se uma nova diminuição do ritmo de crescimento do PIB, para um valor da ordem dos 0,6%.

Relativamente aos Estados Unidos, a pro-cura interna continua a evidenciar uma recuperação bastante moderada, tendo a probabilidade de recessão aumentado ligeiramente. No entanto, a implementação de medidas orçamentais expansionistas poderá revelar-se positiva no curto prazo, exigindo, contudo, um plano de consolida-ção orçamental, que garanta a sustentabi-lidade da dívida pública norte-americana, a médio e longo prazos.

Na área do euro, é expectável que a econo-mia entre em recessão, embora moderada, em 2012, como resultado do incremento verificado nas taxas de juro soberanas, dos efeitos de desalavancagem do setor ban-cário na economia real, bem como, ainda, do impacto da consolidação fiscal adicio-nal, anunciada pelos governos dos países da zona euro.

Relativamente a Portugal, as projeções apontam para a manutenção do quadro recessivo que caracterizou a economia por-tuguesa ao longo de 2011, no contexto do ajustamento dos desequilíbrios macroe-conómicos, que a marcaram ao longo da última década. Assim, perspetiva-se uma redução do PIB, em 2012, da ordem dos 3,4%, uma evolução sem precedente na economia portuguesa que, traduzindo uma expressiva contração da procura interna, tanto pública como privada, se apresenta fortemente condicionada pela adoção de medidas de consolidação orçamental, no âmbito do Orçamento de Estado para 2012 (OE2012). A forte contração da procura interna é acompanhada por um crescimento significativo das exportações, o qual não é, no entanto, suficiente para compensar o impacto do ajustamento dos níveis de pro-cura por parte dos agentes residentes, num quadro de desalavancagem do setor pri-vado e de consolidação orçamental.

Esta evolução da atividade económica em Portugal determinará um afastamento do produto per capita, face à média da área do euro. Contudo, a redução continuada da procura interna, tanto pública como privada, e o crescimento das exportações, impli-cando uma redução do peso da procura interna no PIB, apresentar-se-á determi-nante para um padrão de despesa agregada fundamental para assegurar as condições

Page 115: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 115 Relatório Anual 2011

de solvabilidade da dívida externa, um dos requisitos necessários para o regresso da posição de investimento internacional a uma trajetória sustentável.

Refira-se, no entanto, que estas projeções estão rodeadas de grande incerteza asso-ciada, nomeadamente, à evolução futura das tensões financeiras à escala global e, em particular, à resposta institucional à crise da dívida soberana na área do euro. Adicionalmente, as vulnerabilidades obser-vadas em algumas economias de mercado emergentes, a volatilidade nos mercados financeiros e nos preços de matérias-primas e algumas tensões geopolíticas, poderão, também, comprometer a evolução da ativi-dade económica a nível mundial.

Relativamente ao Setor do Transporte Aéreo, o maior risco para a rentabilidade das companhias de aviação durante o ano de 2012 é, sem dúvida, a crise económica que resultaria da incapacidade dos gover-nos para resolver a crise da dívida sobe-rana da zona euro. Segundo a IATA, perante o clima de crescentes tensões no contexto macro económico, mesmo que tomadas todas as medidas adequadas por parte das entidades responsáveis – BCE, FMI e os governos dos países –, não seria pos-sível evitar uma recessão de curta dura-ção na Europa, a que acresce a tendência de subida no nível de preço esperado do

fuel, contribuindo para que a expetativa de lucros da Indústria, em 2012, se situe na ordem dos USD 3 mil milhões. Esta previsão para 2012 tem subjacente uma divergência acentuada do desempenho financeiro entre as diversas regiões. Assim, as companhias europeias tenderão a ser as mais atingidas pela recessão dos seus mercados internos, sendo expectável um cenário de perdas na região. Entretanto, desempenhos contras-tantes são esperados por parte das com-panhias aéreas norte-americanas, onde cortes à capacidade oferecida permitem proporcionar alguma proteção à respetiva rentabilidade. Na Ásia, esperam-se lucros expressivos, suportados por elevados coefi-cientes de ocupação decorrentes da expan-são do mercado doméstico Chinês.

Prefigura-se, no entanto, como um risco muito significativo, a entrada da crise da dívida soberana na zona do euro numa espi-ral incontrolável, gerando uma crise no setor financeiro e um mais generalizado enfraque-cimento económico. Estimativas produzidas com base num relatório publicado recente-mente, pela OCDE, sobre a avaliação deste risco, apontam para que as perdas globais da Indústria possam atingir os USD 8,3 mil milhões. O continente Europeu seria o mais afetado, restando dúvidas se, neste cenário, qualquer região seja capaz de evitar perdas.

Por outro lado, na vertente dos custos, perspetiva-se a existência de uma conti-nuada pressão sobre a rentabilidade das companhias aéreas, sendo expectável, em particular, a manutenção, em níveis ele-vados, do preço de combustível de avião, uma rubrica que, em 2011, representou, já, para a TAP, S.A., 33,8% do total de Gastos Operacionais da empresa, mais 7,0 p.p. que em 2010.

Ainda, de referir em 2012, a entrada num período caracterizado pelo incremento do número de taxas, que irão incidir sobre os passagei-ros, com a aplicação à aviação das medidas contidas no Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE), destinado a abranger a totalidade dos voos com partida ou chegada à União Europeia.

As companhias aéreas transportam cerca de 3 mil milhões de pessoas por ano, e mais de um terço do valor dos bens que são comercializados internacionalmente é trans-portado por via aérea. Fazer chegar pessoas e bens aos seus destinos da forma mais efi-ciente melhora a competitividade, sendo determinante que os países adotem uma visão estratégica da indústria do transporte aéreo, que reconheça o seu valor como

Page 116: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

116 Grupo TAP Relatório Anual 2011

paralelamente, a utilização eficiente e efi-caz dos meios existentes. Na mesma linha, mantém-se o empenhamento da Empresa em continuar a persecução de esforços, no sentido da melhoria do seu posicionamento, quer na vertente da pontualidade, quer no que refere a irregularidades de bagagem. Ainda, num reforço do papel da TAP como montra mundial da essência portuguesa, em vertentes como a cultura, a gastrono-mia ou a enologia, continuarão em 2012 no serviço a bordo dos aviões, as criações gastronómicas de seis dos mais reputados chefes de cozinha de Portugal, apresen-tando ao mundo o caracter único da cozi-nha portuguesa.

No âmbito da constituição das frotas, na sequência de um clima económico e social adverso, não se encontram previstas quais-quer alterações estruturais, tanto na frota da TAP, como na da PGA, para o ano de 2012. Ao longo deste ano, e aplicando uma polí-tica de continuidade, serão desenvolvidas iniciativas, relativamente à cabina dos avi-ões, visando melhorar o serviço prestado ao Cliente. De destacar, neste âmbito, a instalação de um sistema de IFE, de última geração, e de novas cadeiras de classe eco-nómica, na frota A340. Decorrente da assi-natura do contrato, em 2007, entre a TAP e a Airbus, para a aquisição dos novos Airbus A350XWB, prevê-se, em 2012, o início da especificação destes novos aviões de longo curso, procedimento inicialmente progra-mado para 2011, e que sofreu adiamento na sequência do atraso sofrido pelo projeto.

Relativamente ao negócio de Manutenção e Engenharia em Portugal, prevê-se, em 2012, a transição das normas atuais ISO 9001 e AS 9110 para os novos referenciais, com a respetiva atualização de procedimen-tos e manuais, em antecipação da auditoria de renovação do Bureau Veritas. De real-çar, que os novos referenciais contemplam

Assim, perspetiva-se, como necessário, prosseguir na consolidação da estraté-gia seguida pela Empresa, num cenário de crescimento limitado e promovendo a otimi-zação e flexibilização da sua estrutura orga-nizativa e de custos. Neste sentido, a TAP propõe-se continuar uma atuação incisiva sobre a globalidade dos custos acionáveis, por forma a verificar-se a continuação da implementação do programa de redução de custos e de otimização de receitas, a vigorar até 2012, fundamentado numa visão focada no Cliente e numa organização interna base-ada nas melhores práticas. Prevê-se, ainda, continuar a perseguir a melhoria comercial, privilegiando uma estratégia de consoli-dação do crescimento efetuado em anos recentes, e prosseguindo o esforço na esti-mulação do load factor, com intensificada agressividade comercial.

Por outro lado, representando a exploração de novos mercados uma ferramenta fun-damental para a consolidação da Empresa a nível internacional, de referir, como obje-tivo para 2012, a criação de novas ligações. De destacar, neste âmbito, o início da ope-ração para novos destinos de médio curso com elevado potencial, diversificando a rede europeia e alargando a visibilidade da TAP, enquanto companhia de tráfego de ligação entre a Europa e Brasil e África. Perspetiva-se, assim, em junho, o início das operações para Berlim e para Turim, pos-sibilitando estas novas rotas incrementar o número de ligações semanais entre Portugal e a Alemanha, e Portugal e Itália, num esforço centrado na exploração de nichos específicos de mercado.

Ainda, considerando-se como indissociável do futuro da Companhia a qualidade do ser-viço prestado aos seus passageiros, cons-titui-se como objetivo da TAP, para 2012, prosseguir a respetiva melhoria com suporte em inovação tecnológica, promovendo,

um catalisador para o crescimento econó-mico. Investimentos em infraestruturas que possibilitem às aeronaves operações com mínimo de atraso, utilizações mais eficien-tes de combustível e menores emissões de carbono, através de melhores rotas, repre-sentam contributos importantes a permi-tir alcançar, de forma integral, os benefícios económicos da aviação e, desta forma, pro-mover um crescimento sustentado da eco-nomia, a nível global.

Para a TAP, na perspetiva de um cenário de conjuntura caracterizada por aumento de desemprego, adensamento de pressões sociais e diminuição do poder de compra, a que acrescem as tendências de subida das taxas de juro e dos preços do combus-tível, a Empresa propõe-se, em 2012, con-tinuar a assumir como principal objetivo o crescimento sustentado dos resultados do Grupo TAP, enfrentando os desafios e não abdicando de uma visão de longo prazo na construção do seu futuro. Neste sen-tido, constitui-se como seu primeiro desíg-nio alcançar a maximização da rentabilidade dos seus diferentes negócios, com vista a possibilitar, de forma sustentada, a sua traje-tória de consolidação de resultados líquidos positivos e de criação de valor.

Com níveis superiores de concor-rência, a que acresce a adoção de estratégias que possibilitem ajusta-mentos rápidos a mudanças súbi-tas nos mercados, como sejam uma crescente sofisticação no plano comercial, a diversificação das receitas, o desenvolvimento de segmentos robustos ou um pro-gressivo esforço de escala, o ano de 2012 prefigura-se como mais um ano de exigentes desafios.

Page 117: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 117 Relatório Anual 2011

novos processos como Configuration Management e Risk Management. No âmbito do Acordo Bilateral EU-US, serão revistos e adaptados os procedimentos da Qualidade e da Segurança, com vista à alte-ração dos requisitos da certificação como FAA Repair Station. Serão, também, sujei-tos a revisão e atualização, os procedi-mentos da TAP–Manutenção e Engenharia, de forma a adequarem-se à revisão 5 dos ISARP da IOSA.

Estando neste momento em fase avançada de preparação, 2012 será o ano de publi-cação da versão inicial do Manual SMS, encontrando-se igualmente prevista a publi-cação, pela primeira vez, do Annual Safety Report da TAP–Manutenção e Engenharia, a que se seguirá a primeira reunião do SRB–Safety Review Board desta Unidade de Negócio, onde serão definidos os objetivos, indicadores e metas de Safety para 2012. Serão, também, criadas e definidas as res-ponsabilidades, bem como estabelecidas as interações para as estruturas organiza-cionais de suporte ao SMS, que ainda não foram designadas, nomeadamente: Safety Office Manutenção e Engenharia; SAG (Safety Action Group); SRB (Safety Review Board). Será, ainda, dado início à criação, desenvolvimento e implementação dos pro-cessos preditivos e proativos do SMS da TAP–Manutenção e Engenharia. Os proce-dimentos de ERP (Emergency Response Plan) da Manutenção e Engenharia, serão objeto de atualização, em articulação com o respetivo plano da TAP, e serão desenvolvi-dos procedimentos específicos para aplica-ção em situações de emergência típicas das atividades de manutenção.

A introdução do novo produto CF6-80C2 na Capability List da área de Motores encon-tra-se em fase de implementação, espe-rando- se que a conclusão do processo ocorra antes do final do primeiro semestre de 2012.

Além da capacidade já instalada para várias unidades do sistema de entretenimento eX2, a área de Componentes prevê, para 2012, novos investimentos para unidades do A340 pós-retrofit e sistema 2000e (A330 antigo). Pretende-se, igualmente, modificar o banco de oxigénio, de forma a permitir o ensaio de reguladores, e dotar a oficina de apoio mecânico com diversos equipamentos (fresa vertical, fresadora semi-CNC), possibi-litando trabalhos em peças e ferramentas de grande dimensão e/ou geometria complexa. Igualmente, de crucial importância, em 2012, a tomada de decisões, no que con-cerne à manutenção de componentes, relati-vas ao modo de suporte da nova frota A350.

No negócio de Manutenção e Engenharia no Brasil, no ano de 2012 deverá prosse-guir a inversão da difícil situação económica da empresa, como resultado da conjugação de três fatores: i) Uma nova dinâmica comer-cial, abrindo novos mercados geográficos e de competências, alicerçada numa rees-truturação significativa da operação de pro-dução nos últimos anos; ii) A determinação da gestão em questionar e combater todos os custos não decisivos para a qualidade da produção; iii) O início de recuperação de mercado, no seguimento da recupera-ção do setor da aviação, na região. Neste contexto, a empresa tem sido alvo de aten-ção por parte de outras MRO interessadas em aumentar a sua capacidade na região, sendo expectáveis, nesse sentido, desen-volvimentos durante o ano.

Para a empresa de prestação de serviços de assistência em escala SPdH, o ano de 2012 será, estruturalmente, determinante. Cumprindo o determinado por decisão da Autoridade da Concorrência, o Grupo TAP deverá consumar a alienação do controlo da empresa e, consequentemente, transfe-rir o controlo de gestão para o novo acio-nista maioritário, que resulte do processo

de venda. Operacionalmente, apesar de um processo de transição inevitável, espera- se que o novo operador continue o esforço de melhoria contínua em que a SPdH tem estado empenhada nos 3 últimos anos. Como condicionamento adicional, deverá considerar-se o processo do concurso público internacional para a atribuição de novas licenças de handling nos aeroportos de Portugal, lançado no final de 2011 pelo regulador, INAC. O período da licença será novamente por 7 anos. Todo o processo será seguramente exigente, mas para o qual a empresa se tem preparado.

Ainda, de referir, o continuado empenho da Empresa no cumprimento do seus com-promissos de Responsabilidade Social, e de contributo para a Preservação do meio Ambiente, através do desenvolvimento de uma multiplicidade de iniciativas nestas vertentes.

Igualmente, numa perspetiva estratégica, de referir o papel da TAP, continuadamente eleito pela Gestão da Empresa, como fator determinante na dinamização do turismo nacional, atuando no sentido da promo-ção da imagem do País e do consequente desenvolvimento económico. Neste sen-tido, de realçar, que mais de dois terços das receitas geradas pela TAP são obtidos no exterior, realidade de destacada impor-tância, com impacto direto na geração de emprego e criação de riqueza para o País.

Visa-se, em resumo, continuar o processo de transformação da TAP numa Empresa sólida no espaço Europeu, apta a explorar, com opor-tunidade, todas as potencialida-des do nicho de mercado em que opera, e a diferenciar-se pela sua eficiência operacional e pelo valor agregado dos serviços que presta.

Page 118: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

A transformação em empresa privada

1953, 1 de junho

Os Transportes Aéreos Portugueses adquirem o estatuto de Empresa privada (S.A.R.L.) com capitais mistos, de maioria estatal.

1955

A rede da Companhia integra já um total de 8 destinos e o primeiro avião quadrimotor, o Lockheed L-1049G Super Constellation, entra em serviço, passando a operar na linha de África com a redução substancial do tempo de voo.

1960

É efetuada a viagem inaugural Lisboa--Goa que dura perto de 19 horas e tem iní-cio o Voo da Amizade entre Lisboa e Rio de Janeiro.

1962

Em julho, a TAP recebe o primeiro dos três Caravelle VI-R, entrando na era do jato.

A primeira companhia europeia a operar exclusivamente com jatos

1967

O primeiro B727 chega à Empresa, sendo retirado o último Super-Constellation. A TAP torna-se, assim, a primeira compa-nhia Europeia a operar exclusivamente com jatos.

1968

A Manutenção e Engenharia vê ampliadas as suas infra-estruturas, sendo inaugurado o Centro de Revisão e Ensaio de Motores de Avião, dotado do mais moderno apetrecha-mento tecnológico da época.

1971

Os serviços da empresa transferem-se para novas instalações no aeroporto de Lisboa, e são inauguradas novas infra-estruturas ofici-nais, incluindo o Hangar 6.

1972

Os dois primeiros de quatro Boeing 747-200 passam a integrar a frota da Empresa.

A TAP participa em 50% do capital da empresa Açoreana SATA, assumindo a pre-sidência do Conselho de Administração.

1974

A rede da TAP inclui mais de 40 destinos localizados em quatro continentes, opera-dos por uma frota de 32 aviões tecnologica-mente avançados.

É iniciado o serviço computorizado de Reservas, de load-control e de check-in, com o Sistema TAPMATIC.

A TAP torna-se na primeira companhia Europeia a executar as grandes revisões completas dos reatores JT9-D dos B747.

HISTÓRIA DA TAP

A criação dos Transportes Aéreos Portugueses (TAP)

1945, 14 de março

Os Transportes Aéreos Portugueses são ins-tituídos como uma secção do Secretariado da Aeronáutica Civil. Inicia-se o recruta-mento de quadros técnicos nas Escolas Aeronáuticas Militar e Naval, tendo sido efe-tuada a especialização de um grupo de 11 pilotos na BOAC (British Overseas Airways Corporation).

São adquiridos os primeiros dois aviões DC-3 Dakota, de 21 passageiros.

1946

É realizado o primeiro Curso Geral de Pilotos em Portugal e abre, em 19 de Setembro, a primeira linha comercial, Lisboa-Madrid.

A 31 de dezembro, é inaugurada a rota Lisboa-Luanda-Lourenço Marques, a Linha Aérea Imperial. Com 12 escalas e 15 dias de operação (ida e volta), é a mais extensa linha mundial, operada com DC-3.

1948

Os TAP tornam-se membros efetivos da IATA. Têm início as linhas de Paris e de Sevilha.

É adotada uma nova imagem e a primeira loja de vendas é aberta.

1950

A Manutenção e Engenharia dá início à prestação de assistência técnica, nos aero-portos de Lisboa e Porto, a aviões de com-panhias estrangeiras sem disponibilidade de meios próprios para efetuar a manutenção das suas aeronaves.

Page 119: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 119 Relatório Anual 2011

A nacionalização da TAP

1975, 16 de abril

A TAP transforma-se em empresa pública pelo Decreto-Lei n° 205-E/75.

1978

A Manutenção e Engenharia é distinguida pela revista internacional Air Transport World, com o prémio Technical Management Award.

1979

É implementado o programa de moderniza-ção da Empresa, que altera, também, a sua designação para TAP–Air Portugal.

Tem início o serviço computorizado de reser-vas de espaço para Carga (CARGOMATIC).

O reforço da frota da TAP

1983

Chegam à Empresa os primeiros aviões Boeing 737-200 para o médio curso e o Lockheed 1011-500 Tristar para o longo curso.

É atribuído à Manutenção e Engenharia, pela primeira vez, pela Federal Aviation Administration dos EUA (FAA), o certificado de Repair Station, com o mais amplo licen-ciamento para reparação de aviões e seus componentes. A TAP ganha o concurso internacional para as grandes inspeções de 35 aviões B727-100 da Federal Express Corporation (FEC).

1987

A Manutenção e Engenharia procede a um extenso programa de modificações estrutu-rais em aviões Douglas DC10 da FEC, facto que ocorre, pela primeira vez, em todo o mundo.

1988

Inicia a operação o primeiro A310-300.

1989

A TAP é a primeira companhia aérea a esta-belecer ligações terra-ar via satélite e ocorre o primeiro curso de pilotos inteiramente rea-lizado em Portugal.

1991, 17 de agosto

A TAP adquire o estatuto de Sociedade Anónima (TAP, S.A.) de capitais maioritaria-mente públicos, pelo Decreto-Lei n° 312/91.

A TAP entra na era Airbus

1992

São recebidos os primeiros A320, equipa-dos com a mais avançada tecnologia, con-trolos fly-by-wire.

1994

Integram a frota da TAP os dois primei-ros A340-300, e é efetuado o lançamento do Plano Estratégico de Saneamento Económico-Financeiro (PESEF).

1996

A TAP abre o seu próprio website, e é tomada a decisão de renovação da frota de médio curso.

É atribuído, pela Airbus, o Award for Operational Excellence, relativo ao melhor desempenho operacional, a nível mundial, da frota A340.

1997

Os dois primeiros aviões A319 integram a frota da TAP e é introduzida, nos voos domésticos, a tecnologia de ponta do Electronic Ticketing (ET).

É assinado o acordo de aliança estratégica com o SAirGroup.

1998

A TAP torna-se membro fundador do Qualiflyer Group.

A Federal Aviation Administration dos EUA (FAA) renova a certificação da Unidade de Negócio de Manutenção e Engenharia como Repair Station.

1999

É estabelecido o 1° acordo de cooperação com a empresa Oficinas Gerais de Material Aeronáutica (OGMA).

Page 120: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

120 Grupo TAP Relatório Anual 2011

2006

É iniciada a renovação da frota de longo curso, composta por equipamentos A310 e A340, com a receção do primeiro Airbus 330-200 para operação das rotas do Brasil, EUA e África.

A TAP–Manutenção e Engenharia e a Air France Industries celebram 10 anos de coo-peração técnica e renovam contrato.

O Grupo TAP e o Grupo OMNI assinam um contrato para a venda da totalidade das ações da White–Airways, S.A..

2007

A TAP–Manutenção e Engenharia obtém a certificação como Organização de Projeto (DOA–Design Organisation Approval) da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA–European Aviation Safety Agency).

Após a emissão do parecer da Autoridade da Concorrência, de não oposição à opera-ção, foi efetuada a aquisição, pela TAP, da totalidade do capital social da Portugália–Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A., tendo sido intermediária a empresa Gertiserv–Sociedade de Gestão e Serviços, S.A., constituída para o efeito.

A IATA, Associação Internacional do Transporte Aéreo, anuncia, que Fernando Pinto, CEO da TAP, inicia o mandato de um ano como Presidente do Conselho de Governação da Associação, elegendo o meio ambiente e a segurança operacional como prioridades.

A TAP assina com a Airbus o contrato para a aquisição de 12 aviões A350 XWB, com opção para mais 3 unidades e, também, uma carta de intenções para mais 8 apare-lhos da família A320.

2003, 26 de abril

É criado o Grupo TAP, com a constituição de uma sociedade gestora de participa-ções sociais, a TAP, SGPS, na sequência de um processo de reestruturação empre-sarial, que envolveu, também, a criação da empresa SPdH–Serviços Portugueses de Handling, S.A. pelo Decreto-Lei n° 87/2003.

A TAP é distinguida, pela Airbus, recebendo o Award for Operational Excellence, devido ao melhor desempenho operacional, a nível mundial, relativamente à frota A310, que recebe também o Highest Daily Utilization Award.

APCER e IQNet certificam o Sistema da Qualidade da Manutenção e Engenharia em conformidade com a Norma ISO 9001:2000.

2004

A estratégia adotada pela TAP é conside-rada como um case-study, no âmbito aca-démico, por Harvard.

A TAP–Manutenção e Engenharia e a FEC celebram 20 anos de cooperação técnica.

2005

É apresentada a nova imagem institucional da Empresa (TAP Portugal).

A TAP integra, como companhia-membro a STAR Alliance, a maior aliança global de companhias aéreas.

A TAP–Manutenção e Engenharia integra a Rede de Organizações de Manutenção Airbus (Airbus MRO Network).

A TAP–Manutenção e Engenharia ganha concurso para manutenção integral de dois Airbus A340 da Força Aérea Francesa.

A Airbus atribui à TAP o Award for Operational Excellence, relativo ao melhor desempenho operacional, a nível mundial, da frota A310.

A recuperação da TAP

2000

É criado o QTC–Quick Transfer Center, sis-tema de ligações rápidas para passageiros em trânsito no aeroporto de Lisboa.

É atribuído, pela Airbus, o Award for Operational Excellence, pelo melhor desem-penho operacional, a nível mundial, relativa-mente à frota A319.

O sistema da Qualidade da Manutenção e Engenharia obtém a 1ª certificação atri-buída pela APCER em conformidade com a Norma NP EN ISO 9002, com o âmbito de empresa de Manutenção de Aviões, Motores e Componentes.

2001

É adotada uma estratégia de hub, com o aeroporto de Lisboa como centro das operações.

O SAirGroup, tendo por base problemas internos, é forçado a desistir da intenção de participação em 34% do capital da TAP.

É assinado o Contrato de Consórcio para a cooperação na área de grande manutenção de aviões Airbus, da família A320, nas insta-lações da empresa OGMA.

Page 121: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 121 Relatório Anual 2011

2010

A empresa Lojas Francas de Portugal efe-tua a abertura de um novo espaço comer-cial integrado no novo conceito Just for Travellers, no aeroporto de Lisboa.

A TAP é a primeira empresa portuguesa, no setor do Turismo, a criar um canal oficial no YouTube.

É concretizada a migração do sistema de reservas e inventário para a plataforma Amadeus Altéa e é dado início ao processo de migração do sistema de Controlo de Partidas.

A empresa TAP–Manutenção e Engenharia Brasil recebe a qualificação, atribuída pelo fabricante Embraer, como centro de serviços autorizado no Brasil (Embraer Authorized Service Center – EASC).

A TAP realiza o voo de regresso a Roma de Sua Santidade o Papa Bento XVI, por oca-sião da Sua Viagem Apostólica a Portugal.

Início das operações para Argel, para Marraquexe e para o Aeroporto de Viracopos, em Campinas (estado de São Paulo).

2009

É recebido o primeiro de seis novos aviões Airbus A320-214.

A atividade de Manutenção de Motores da TAP recebe a licença ambiental rela-tiva à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (Diploma PCIP).

A TAP é a primeira companhia aérea, a nível mundial, a lançar o Programa de Compensação de Emissões de CO2.

Alargamento da Rede na Europa, a Moscovo, Varsóvia, Helsínquia e Valência.

A TAP prossegue no esforço de alienação da posição que foi obrigada a readquirir, a maioria do capital da SPdH, tendo as ações correspondentes sido entregues a uma enti-dade independente, a EUROPARTNERS, que detém um papel ativo na concretização das decisões da AdC.

2008

É realizado o voo inaugural para Belo Horizonte, totalizando oito destinos entre a Europa e o Brasil.

A frota da TAP é reforçada com o novo apa-relho de médio curso A319.

Emissão de bilhetes TAP, 100% em formato eletrónico.

A TAP imprime uma significativa mudança no seu modelo comercial, com o lança-mento da Campanha Liberdade de Escolha. 1 Voo, 5 Formas de Viajar.

No Aeroporto de Lisboa, a TAP inaugura o novo Espaço Premium (Premium Customer Center) e efetua a abertura do novo lounge.

É integrado na frota o 9º avião A330-200, recebido diretamente da Airbus.

É inaugurada a operação entre Lisboa e Casablanca.

A posição da Globália na SPdH (50,1%) é adquirida por três instituições financei-ras, o Banco de Investimento Global – BIG (19,94%), o Banco de Investimento, S.A. – BANIF (15,1%) e o Banco Invest, S.A. (15,1%).

É efetuada a extinção da empresa GERTISERV, S.A., por fusão entre esta e a empresa Portugália.

Page 122: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente
Page 123: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Relatório de Prestaçãode ContasTAP, SGPS, S.A.

03

Page 124: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

DemonsTRAções FinAnCeiRAs ConsoliDADAs 31 de dezembro de 2011

126 POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA 127 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS 128 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RENDIMENTO INTEGRAL 128 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO 129 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA

130 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 130 1. Atividade económica do Grupo TAP 2. Políticas contabilísticas e critérios valorimétricos 2.1. Bases de preparação 2.2. Comparabilidade 2.3. Bases de consolidação 2.3.1. Subsidiárias 131 2.3.2. Associadas 132 2.4. Relato por segmentos 2.5. Conversão cambial 2.5.1. Moeda funcional e de relato 2.5.2. Saldos e transações expressos em moeda estrangeira 133 2.5.3. Empresas do Grupo 2.6. Ativos intangíveis 2.7. Goodwill 134 2.8. Ativos fixos tangíveis 2.9. Propriedades de investimento 135 2.10. Imparidade de ativos não correntes 2.11. Investimentos financeiros 136 2.12. Instrumentos financeiros derivados 2.13. Imposto sobre o rendimento 137 2.14. Inventários 2.15. Valores a receber correntes 2.16. Caixa e seus equivalentes 2.17. Capital social e ações próprias 2.18. Financiamentos obtidos / passivos remunerados 138 2.19. Encargos financeiros com empréstimos 2.20. Provisões 2.21. Benefícios pós-emprego 2.22. Valores a pagar correntes 2.23. Subsídios 139 2.24. Locações 2.25. Distribuição de dividendos 2.26. Rédito e especialização dos exercícios 140 2.27. Ativos e passivos contingentes 2.28. Eventos subsequentes 2.29. Novas normas, alterações e interpretações a normas existentes 141 2.30. Estimativas e julgamentos contabilísticos relevantes 142 3. Políticas de gestão do risco financeiro 148 4. Trabalhadores ao serviço 5. Ativos fixos tangíveis 150 6. Propriedades de investimento

Índice

Page 125: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 125 Relatório Anual 2011

151 7. Goodwill 152 8. Ativos intangíveis 10. Participações financeiras – método da equivalência patrimonial 153 11. Participações financeiras – outros métodos 13. Outros ativos financeiros 15. Ativos e passivos por impostos diferidos 155 16. Adiantamentos a fornecedores 156 17. Estado e outros entes públicos 157 18. Outras contas a receber 158 19. Diferimentos 159 20. Inventários 160 21. Clientes 22. Caixa e depósitos bancários 161 24. Instrumentos de capital próprio 162 25. Interesses não controlados – demonstração da posição financeira 26. Provisões 164 27. Financiamentos obtidos 168 28. Responsabilidades com benefícios pós-emprego 173 29. Adiantamentos de clientes 30. Fornecedores 174 31. Outras contas a pagar 175 32. Documentos pendentes de voo 176 35. Vendas e serviços prestados 36. Subsídios à exploração 37. Ganhos e perdas em associadas 177 38. Variação da produção 39. Trabalhos para a própria entidade 40. Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 178 41. Fornecimentos e serviços externos 42. Gastos com o pessoal 179 43. Ajustamentos de inventários (perdas / reversões) 44. Imparidade de dívidas a receber (perdas / reversões) 45. Provisões (aumentos / reduções) 180 46. Imparidade de ativos 47. Aumentos / reduções de justo valor 48. Outros rendimentos e ganhos 181 49. Outros gastos e perdas 50. Gastos / reversões de depreciação e de amortização 51. Juros e rendimentos e gastos similares obtidos / suportados 52. Imposto sobre o rendimento do exercício 182 53. Interesses não controlados – resultado líquido 55. Relato por segmentos 184 56. Entidades relacionadas 185 57. Ativos e passivos contingentes 187 58. Detalhe dos ativos e passivos financeiros 188 60. Compromissos 61. Eventos subsequentes

Page 126: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

126 Grupo TAP Relatório Anual 2011

ATiVo nota 2011 2010Ativo não corrente

Ativos fixos tangíveis 5 952.332 1.066.344

Propriedades de investimento 6 2.862 2.607

Goodwill 7 206.395 211.015

Outros ativos intangíveis 8 1.424 1.447

Outros ativos financeiros 13 3.258 2.966

Ativos por impostos diferidos 15 23.758 24.459

Outras contas a receber 18 34.398 27.231 1.224.427 1.336.069

Ativo correnteInventários 20 142.429 148.590

Clientes 21 250.482 223.212

Adiantamentos a fornecedores 16 11.221 3.465

Estado e outros entes públicos 17 18.620 15.833

Outras contas a receber 18 156.615 124.669

Diferimentos 19 10.805 12.308

Caixa e depósitos bancários 22 167.365 222.677 757.537 750.754

ToTAl Do ATiVo 1.981.964 2.086.823

CAPiTAl PRÓPRio e PAssiVoCapital próprio

Capital 24 15.000 15.000

Reservas legais 24 3.000 3.000

Reservas de conversão cambial 24 (6.867) (5.024)

Reservas de justo valor 24 (1.236) (1.006)

Ajustamentos em partes de capital (2.260) (2.260)

Resultados transitados 24 (281.876) (224.773)

Resultado líquido do exercício 24 (76.807) (57.103)ToTAl Do CAPiTAl PRÓPRio Do GRUPo (351.046) (272.166)

Interesses não controlados 25 7.801 7.355 ToTAl Do CAPiTAl PRÓPRio (343.245) (264.811)

Passivo não correnteProvisões 26 158.086 159.575

Financiamentos obtidos 27 985.709 1.028.060

Responsabilidades com benefícios pós-emprego 28 78.540 88.393

Passivos por impostos diferidos 15 23.933 24.683

Estado e outros entes públicos 17 84.868 –

Outras contas a pagar 31 1.958 1.032 1.333.094 1.301.743

Passivo correnteFornecedores 30 165.081 142.619

Adiantamentos de clientes 29 1.202 3.574

Estado e outros entes públicos 17 29.087 147.062

Financiamentos obtidos 27 245.209 248.995

Outras contas a pagar 31 222.633 215.787

Documentos pendentes de voo 32 263.510 239.237

Diferimentos 19 65.393 52.617 992.115 1.049.891

ToTAl Do PAssiVo 2.325.209 2.351.634

ToTAl Do CAPiTAl PRÓPRio e Do PAssiVo 1.981.964 2.086.823

Posição FinAnCeiRA ConsoliDADA31 DE DEzEmbRO DE 2011 E 2010VAlOREs Em mIlhAREs DE EuROs

Page 127: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 127 Relatório Anual 2011

DemonsTRAção ConsoliDADA Dos ResUlTADos31 DE DEzEmbRO DE 2011 E 2010VAlOREs Em mIlhAREs DE EuROs

nota 2011 2010

Vendas e serviços prestados 35 2.438.880 2.315.521

subsídios à exploração 36 3.253 4.565

Ganhos e perdas em associadas 37 (11.124) (44.066)

Variação da produção 38 10.512 (838)

Trabalhos para a própria entidade 39 950 2.406

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 40 (188.272) (175.829)

Fornecimentos e serviços externos 41 (1.647.060) (1.444.939)

Gastos com o pessoal 42 (523.970) (559.721)

Ajustamentos de inventários (perdas/reversões) 43 (2.448) 3.966

Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 44 588 4.307

Provisões (aumentos/reduções) 45 12.603 3.701

Imparidade de ativos não depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) 46 (3.400) (500)

Aumentos/reduções de justo valor 47 255 –

Outros rendimentos e ganhos 48 47.638 75.108

Outros gastos e perdas 49 (31.932) (45.040)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 106.473 138.641

Gastos/reversões de depreciação e de amortização 50 (122.190) (138.622)

Imparidade de activos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) 46 (2.350) (440)

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (18.067) (421)

Juros e rendimentos similares obtidos 51 8.596 6.896

Juros e gastos similares suportados 51 (55.032) (50.893)

Resultado antes de impostos (64.503) (44.418)

Imposto sobre o rendimento do exercício 52 (7.700) (8.497)

Resultado líquido do exercício (72.203) (52.915)

Resultado líquido dos detentores do capital da empresa-mãe (76.807) (57.103)

Resultado líquido dos interesses não controlados 53 4.604 4.188

Resultado básico e diluído por acção (euros) 24 (51) (38)

Page 128: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

128 Grupo TAP Relatório Anual 2011

DemonsTRAção ConsoliDADA Do RenDimenTo inTeGRAl31 DE DEzEmbRO DE 2011 E 2010VAlOREs Em mIlhAREs DE EuROs

2011 2010Resultado líquido (72.203) (52.915)

Outro rendimento integral

Ganhos e perdas com conversão cambial (1.843) 2.399

Ganhos e perdas em instrumentos de cobertura de fluxos de caixa (230) (5.354)

Outros ganhos e perdas – (777)

Rendimento reconhecido diretamente no capital próprio (2.073) (3.732)

Rendimento integral (74.276) (56.647)

Atribuível a:

Acionistas da TAP (78.880) (60.835)

Interesses não controlados 4.604 4.188

ToTAl Dos RenDimenTos e GAsTos ReConheCiDos no exeRCÍCio (74.276) (56.647)

DemonsTRAção ConsoliDADA DAs AlTeRAções no CAPiTAl PRÓPRio31 DE DEzEmbRO DE 2011 E 2010VAlOREs Em mIlhAREs DE EuROs

CapitalReservas

legais

Reservas de conversão

cambial

Reservas de justo

valor

Ajustamentos de partes de capital

Resultados transitados

Resultado líquido do exercício

subtotal (antes de

interesses nãocontrolados)

interesses não

controlados TotalPosição FinAnCeiRA em 01-JAn-2010 15.000 3.000 (7.423) 4.348 (2.260)

(220.454) (3.542) (211.331) 6.705 (204.626)

Transacções com proprietários de capital em 2010 – – – – – (3.542) 3.542 – (3.538) (3.538)

Aplicação de resultados e distribuição de lucros e reservas – – – – – (3.542) 3.542 – – –

Distribuição de dividendos aos interesses não controlados – – – – – – – – (3.538) (3.538)

Rendimento integral em 2010 – – 2.399 (5.354) – (777) (57.103) (60.835) 4.188 (56.647)

Resultado líquido do exercício – – – – – – (57.103) (57.103) 4.188 (52.915)

Outro rendimento integral – – 2.399 (5.354) – (777) – (3.732) – (3.732)

Posição FinAnCeiRA em 31-Dez-2010 15.000 3.000 (5.024) (1.006) (2.260) (224.773) (57.103) (272.166) 7.355 (264.811)

Transacções com proprietários de capital em 2011 – – – – – (57.103) 57.103 – (4.158) (4.158)

Aplicação de resultados e distribuição de lucros e reservas – – – – – (57.103) 57.103 – – –

Distribuição de dividendos aos interesses não controlados – – – – – – – – (4.158) (4.158)

Rendimento integral em 2011 – – (1.843) (230) – – (76.807) (78.880) 4.604 (74.276)

Resultado líquido do exercício – – – – – – (76.807) (76.807) 4.604 (72.203)

Outro rendimento integral – – (1.843) (230) – – – (2.073) – (2.073)

Posição FinAnCeiRA em 31-Dez-2011 15.000 3.000 (6.867) (1.236) (2.260) (281.876) (76.807) (351.046) 7.801 (343.245)

Page 129: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 129 Relatório Anual 2011

DemonsTRAção ConsoliDADA Dos FlUxos De CAixA31 DE DEzEmbRO DE 2011 E 2010VAlOREs Em mIlhAREs DE EuROs

nota 2011 2010

Atividades operacionais:

Recebimentos de clientes 2.564.215 2.468.901

Pagamentos a fornecedores (1.861.259) (1.776.895)

Pagamentos ao pessoal (425.419) (434.626)

Pagamento / recebimento de imposto sobre o rendimento (13.042) (5.350)

Outros recebimentos / pagamentos relativos à atividade operacional (166.341) (58.587)

FlUxos De CAixA DAs ATiViDADes oPeRACionAis 98.154 193.443

Atividades de investimento:

Recebimentos provenientes de:

Outros activos fixos tangíveis 217 738

Investimentos financeiros 157 319

Juros e rendimentos similares 8.531 5.827

Empréstimos concedidos 77.000 37.398

Dividendos – 30

85.905 44.312

Pagamentos respeitantes a:

Outros activos fixos tangíveis (16.685) (9.957)

Empréstimos concedidos (118.660) (73.000)

(135.345) (82.957)

FlUxos De CAixA DAs ATiViDADes De inVesTimenTo (49.440) (38.645)

Atividades de financiamento:

Recebimentos provenientes de:

Financiamentos obtidos 143.210 179.697

143.210 179.697

Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos (125.520) (82.209)

Contratos de locação financeira (106.720) (124.900)

Juros e gastos similares (44.366) (44.885)

Dividendos (4.160) (3.464)

(280.766) (255.458)

FlUxos De CAixA DAs ACTiViDADes De FinAnCiAmenTo (137.556) (75.761)

Variações de caixa e seus equivalentes (88.842) 79.037

Efeito das diferenças de câmbio 6.103 12.580

Caixa e seus equivalentes no início do período 207.754 116.137

Caixa e seus equivalentes no fim do período 22 125.015 207.754

Page 130: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

130 Grupo TAP Relatório Anual 2011

noTAs Às DemonsTRAções FinAnCeiRAs

1. Atividade económica do Grupo TAP

O Grupo TAP, constituído pela TAP – Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. (TAP SGPS) e suas subsidiárias (o Grupo TAP ou o Grupo) tem a sua sede no Aeroporto de Lisboa e dedica-se à exploração do setor de transporte aéreo de passageiros, carga e correio, execução de trabalhos de manutenção e engenharia, prestação de serviços de assistência em escala ao transporte aéreo, exploração de espaços comer-ciais em aeroportos (free shops) e catering para aviação.A TAP – Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. foi constituída em 25 de junho de 2003 no âmbito do Decreto-Lei n.º 87/2003, de 26 de abril, cujo capital foi integralmente realizado em espécie pela Parpública – Participações Públicas, SGPS, S.A. (“Parpública”), por entrada das ações representativas da totalidade do capital social da sociedade Transportes Aéreos Portugueses, S.A. (TAP, S.A.).

+ Sede Social – Aeroporto de Lisboa, Edifício 25 + Capital Social – Euros 15.000.000 + N.I.P.C. – 506 623 602

As demonstrações financeiras consolidadas, ora reportadas, foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração de 23 de março de 2012.

Os membros do Conselho de Administração que assinam o presente relatório, declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informa-ção nele constante foi elaborada em conformidade com as Normas Contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados das empresas incluídas no perímetro de consolidação do Grupo.

2. Políticas contabilísticas e critérios valorimétricos

As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração destas demonstrações financeiras consolidadas estão descritas abaixo.

2.1. Bases de preparação

As presentes demonstrações financeiras consolidadas do Grupo foram preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro adotadas pela União Europeia (IFRS – anteriormente designadas Normas Internacionais de Contabilidade – IAS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e com as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (“IFRIC”) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (“SIC”), em vigor à data da preparação das referidas demonstrações financeiras. As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Nota 2.3.1), e tomando por base o custo histórico, exceto os instrumentos financeiros derivados, ativos disponíveis para venda, propriedades de investimento e os programas de fidelização de clientes, que se encon-tram registados ao justo valor.A preparação das demonstrações financeiras exige a utilização de estimativas e julgamentos relevantes na aplicação das políticas contabilísti-cas do Grupo. As principais asserções que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade, ou os pressupostos e estimativas mais significativas para a preparação das referidas demonstrações financeiras, estão divulgados na Nota 2.30.

2.2. Comparabilidade

Os valores constantes das demonstrações financeiras consolidadas do exercício findo em 31 de dezembro de 2010 são comparáveis em todos os aspetos significativos com os valores do exercício de 2011.

2.3. Bases de consolidação

2.3.1. Subsidiárias

Subsidiárias são todas as entidades sobre as quais o Grupo tem o poder de decisão sobre as políticas financeiras e operacionais, geralmente representado por mais de metade dos direitos de voto. A existência e o efeito dos direitos de voto potenciais que sejam correntemente exer-cíveis ou convertíveis são considerados quando se avalia se o Grupo detém o controlo sobre outra entidade.

Page 131: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 131 Relatório Anual 2011

O capital próprio e o resultado líquido destas empresas, correspondentes à participação de terceiros nas mesmas, são apresentados nas rubricas de interesses não controlados, respetivamente, na posição financeira consolidada em linha própria no capital próprio e na demons-tração consolidada dos resultados. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas encontram-se detalhadas abaixo:

Firmasede social Atividade Principal

Detentores de Capital

% do capitaldetido 2011

% do capitaldetido 2010

TAP–Transportes Aéreos Portugueses, sGPs, s.A. lisboa

Gestão e administração de participações sociais Parpública 100,00% 100,00%

Transportes Aéreos Portugueses, s.A. lisboa Atividades aeronáuticas TAP sGPs 100,00% 100,00%

TAPGER–sociedade de Gestão e serviços, s.A. (“TAPGER”) lisboa Prestação de serviços de gestão TAP sGPs 100,00% 100,00%

PORTuGÁlIA – Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, s.A. (“Portugália”) lisboa Actividades aeronáuticas TAP sGPs 100,00% 100,00%

CATERINGPOR–Catering de Portugal, s.A. (“Cateringpor”) lisboa Catering TAPGER 51,00% 51,00%

l.F.P.–lojas Francas de Portugal, s.A. (“lFP”) lisboa Exploração de free shop TAPGER 51,00% 51,00%

mEGAsIs–soc. de serviços e Engenharia Informática, s.A. lisboaEngenharia e prestação de serviços

informáticos TAPGER 100,00% 100,00%

u.C.s.–Cuidados Integrados de saúde, s.A. (“uCs”) lisboa Prestação de cuidados de saúde TAPGER 100,00% 100,00%

Aero–lb, Participações, s.A. (“Aero–lb”) brasilGestão e administração de participações

sociaisTAP sGPs Portugália

n/an/a

99,00%1,00%

Aeropar, Participações, s.A. (“Aeropar”) brasilGestão e administração de participações

sociaisTAP sGPs Portugália

99,00%1,00%

n/an/a

TAP – manutenção e Engenharia brasil, s.A. (ex-VEm) (“TAP mE brasil”) brasil manutenção e engenharia

Aeropar TAP sGPs

47,64%51,00%

n/an/a

Em 2011 o Grupo procedeu a uma reestruturação das empresas brasileiras, tendo sido efetuada a cisão da Aero–LB que, parcialmente, foi incorporada na TAP ME Brasil. O remanescente deu origem à Aeropar, detida a 99% pela TAP SGPS e a 1% pela Portugália. A TAP SGPS pas-sou a deter uma participação direta de 51% na TAP ME Brasil, sendo que a Aeropar passou a deter 47,64% daquela subsidiária.

É utilizado o método de compra para contabilizar a aquisição de subsidiárias. O custo de uma aquisição é mensurado pelo justo valor dos bens entregues, dos instrumentos de capital emitidos e dos passivos incorridos, ou assumidos na data de aquisição, adicionados dos custos diretamente atribuíveis à aquisição.

Os ativos identificáveis adquiridos e os passivos e passivos contingentes assumidos numa concentração empresarial são mensurados inicial-mente ao justo valor na data de aquisição, independentemente da existência de interesses não controlados. O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da parcela do Grupo dos ativos e passivos identificáveis adquiridos é registado como goodwill que se encontra detalhado na Nota 7.

As subsidiárias são consolidadas, pelo método integral, a partir da data em que o controlo é transferido para o Grupo.

Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida (goodwill negativo), a diferença é reconhecida diretamente na demonstração dos resultados na rubrica “Outros rendimentos e ganhos”.As transações internas, saldos, ganhos não realizados em transações e dividendos distribuídos entre empresas do grupo são eliminados. As perdas não realizadas são também eliminadas, exceto se a transação revelar evidência de imparidade de um ativo transferido.

As políticas contabilísticas das subsidiárias foram alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas ado-tadas pelo Grupo.

2.3.2. Associadas

Associadas são todas as entidades sobre as quais o Grupo exerce influência significativa mas não possui controlo, geralmente com investi-mentos representando entre 20% a 50% dos direitos de voto. Os investimentos em associadas são contabilizados pelo método de equiva-lência patrimonial.

De acordo com o método de equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas, e pelos divi-dendos recebidos.

Page 132: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

132 Grupo TAP Relatório Anual 2011

As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis da associada na data de aquisição, se positivas, são reconhecidas como goodwill e mantidas na respetiva rubrica. Se essas diferenças forem negativas são registadas como ganho do exercício na rubrica “Ganhos e perdas em associadas”.

É feita uma avaliação dos investimentos em associadas, quando existem indícios de que o ativo possa estar em imparidade, sendo registadas como gasto as perdas por imparidade que se demonstrem existir também naquela rubrica. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores deixam de existir são objeto de reversão à exceção do goodwill.

Quando a participação do Grupo nas perdas da associada iguala ou ultrapassa o seu investimento nestas sociedades, o Grupo deixa de reco-nhecer perdas adicionais, exceto se tiver incorrido em responsabilidades ou efetuado pagamentos em nome destas. Os ganhos não realizados em transações com as associadas são eliminados na extensão da participação do Grupo nas mesmas. As perdas não realizadas são também eliminadas, exceto se a transação revelar evidência de imparidade de um bem transferido.

As políticas contabilísticas de associadas são alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adotadas pelo Grupo.

A entidade que se qualifica como associada é a seguinte:

Firma sede socialActividade principal

Detentores de capital

% do capital detido2011 2010

sPdh – serviços Portugueses de handling, s.A. (“sPdh”) lisboa handling TAP sGPs 43,90% 43,90%PORTuGÁlIA 6,00% 6,00%

TAP, s.A. 50,10% 50,10%

A SPdH encontra-se classificada como associada na medida em que a Autoridade da Concorrência (“AdC”) impôs, até à venda, que a gestão desta empresa seja efetuada por um mandatário de gestão, que age em nome da AdC, gerindo a SPdH de forma independente do Grupo TAP.

Os investimentos em associadas encontram-se detalhados nas Notas 10 e 26.

2.4. Relato por segmentos

O Grupo apresenta os segmentos operacionais baseados na informação de gestão produzida internamente. De facto, os segmentos ope-racionais são reportados de forma consistente com o modelo interno de informação de gestão, providenciado ao principal responsável pela tomada de decisões operacionais da entidade, o qual é responsável pela alocação de recursos ao segmento e pela avaliação do seu desem-penho, assim como pela tomada de decisões estratégicas.

Segmento de negócio é um grupo de ativos e operações do Grupo que estão sujeitos a riscos e retornos diferentes dos de outros segmen-tos de negócio.

Foram identificados cinco segmentos de negócio: transporte aéreo, manutenção e engenharia, free shop, catering e outros.

Segmento geográfico é uma área individualizada comprometida em fornecer produtos ou serviços num ambiente económico particular e que está sujeito a riscos e benefícios diferentes daqueles segmentos que operam em outros ambientes económicos. O segmento geográfico é definido com base no país destino dos bens e serviços vendidos pelo Grupo, o qual no caso do transporte aéreo e free shop se entende como o país de destino do voo.

As políticas contabilísticas do relato por segmentos são utilizadas de forma consistente no Grupo. Todos os réditos inter-segmentais são a preços de mercado e eliminados na consolidação. A informação relativa aos segmentos identificados encontra-se apresentada na Nota 55.

2.5. Conversão cambial

2.5.1. Moeda funcional e de relato

Os elementos incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das entidades do Grupo são mensurados utilizando a moeda do ambiente económico em que a entidade opera (moeda funcional). As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em milhares de Euros, sendo esta a moeda funcional e de relato do Grupo.

2.5.2. Saldos e transações expressos em moeda estrangeira

Todos os ativos e passivos do Grupo, expressos em moeda estrangeira, foram convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio vigentes na data da posição financeira.

Page 133: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 133 Relatório Anual 2011

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data da posição financeira, foram registadas como rendimentos e gastos na demons-tração consolidada dos resultados do exercício.

2.5.3. Empresas do Grupo

Os resultados e a posição financeira de todas as entidades do Grupo, que possuam uma moeda funcional diferente da sua moeda de relato, são convertidos para a moeda de relato como segue:

+ (i) Os ativos e passivos de cada posição financeira são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data das demonstrações financeiras con-solidadas. As diferenças de câmbio, resultantes desta conversão, são reconhecidas como componente separada no capital próprio, na rubrica “Reservas de conversão cambial”.

+ (ii)Os rendimentos e os gastos de cada demonstração dos resultados são convertidos pela taxa de câmbio média do exercício de reporte, a não ser que a taxa média não seja uma aproximação razoável do efeito cumulativo das taxas em vigor nas datas das transações. Neste caso, os rendimentos e os gastos são convertidos pelas taxas de câmbio em vigor nas datas das transações.

As diferenças de câmbio resultantes de um item monetário, que faça parte do investimento líquido numa unidade operacional estrangeira, são reconhecidas numa componente separada do capital próprio e, aquando da alienação do investimento líquido ou liquidação desses montan-tes, são reconhecidas nos resultados.

As cotações de moeda estrangeira utilizadas para conversão das demonstrações financeiras expressas em moeda diferente do Euro ou para a atualização de saldos expressos em moeda estrangeira, foram como segue:

moeda 2011 2010bRl 2,4159 2,2177

usD 1,2939 1,3362

Relativamente às subsidiárias brasileiras, os resultados mensais foram convertidos à taxa do último dia de cada mês, conforme segue:

mês 2011 2010janeiro 2,2962 2,6006fevereiro 2,2932 2,4719março 2,3058 2,4043abril 2,3464 2,2959maio 2,2758 2,2343junho 2,2601 2,2082

julho 2,2431 2,2924agosto 2,3135 2,2347setembro 2,5067 2,3201outubro 2,3647 2,3638novembro 2,4341 2,2373dezembro 2,4159 2,2177

2.6. Ativos intangíveis

Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição deduzido de amortizações e perdas por imparidade, pelo método das quotas constantes, durante um período que varia entre 3 e 10 anos.

2.7. Goodwill

O goodwill representa o excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis nas sub-sidiárias na data de aquisição.

O goodwill não é amortizado e encontra-se sujeito a testes de imparidade, numa base mínima anual. As perdas por imparidade relativas a goodwill não podem ser revertidas. Ganhos ou perdas decorrentes da venda do controlo de uma entidade incluem o valor do goodwill correspondente.

Page 134: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

134 Grupo TAP Relatório Anual 2011

2.8. Ativos fixos tangíveis

Os ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2004 (data de transição para IFRS), encontram-se registados ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das depreciações e das perdas por imparidade acumuladas.

Adicionalmente, à data da transição, a subsidiária TAP, S.A. aplicou a exceção prevista na IFRS 1 – Primeira Aplicação das Normas Internacionais de Relato Financeiro, pela qual se poderá considerar como custo considerado (deemed cost) o justo valor de algumas categorias de bens, reportado à data de transição (1 de janeiro de 2004).

Assim, com efeitos a 1 de janeiro de 2004, os bens pertencentes à categoria de edifícios da referida subsidiária, foram revalorizados para o correspondente justo valor a essa data. O justo valor desses itens, do ativo fixo tangível, foi determinado por um estudo de avaliação patrimo-nial efetuado por uma entidade especializada independente (Colliers P&I), a qual procedeu igualmente à determinação do período de vida útil remanescente desses bens, à data de transição.

Os ativos fixos tangíveis, adquiridos posteriormente à data de transição, são apresentados ao custo de aquisição deduzido de depreciações e perdas por imparidade. O custo de aquisição inclui todos os dispêndios diretamente atribuíveis à aquisição dos bens.

Os custos subsequentes são incluídos no custo de aquisição do bem ou reconhecidos como ativos separados, conforme apropriado, somente quando é provável que benefícios económicos futuros fluirão para a empresa e o respetivo custo possa ser mensurado com fiabilidade. Os demais dispêndios com reparações e manutenção são reconhecidos como um gasto no exercício em que são incorridos.

As depreciações são calculadas sobre o custo de aquisição, sendo utilizado o método das quotas constantes por duodécimos, utilizando-se as taxas que melhor refletem a sua vida útil estimada, como segue:

Anos de vida útil Valor residual

Edifícios e outras construções 20 – 50 –

Equipamento básico:

Equipamento de voo:

Frota aérea 16 10%

Frota aérea em regime de locação financeira 16 10%

Reatores de reserva e sobressalentes 16 10%

Reatores de reserva em regime de locação financeira 16 10%

Outro equipamento básico 7 – 16 0 – 10%

Equipamento de transporte 4 – 10 –

Ferramentas e utensílios 8 – 16 0 – 10%

Equipamento administrativo 5 – 16 –

Outros ativos fixos tangíveis 10 –

Os valores residuais dos ativos e as respetivas vidas úteis são revistos e ajustados, se necessário, na data de relato. Se a quantia escriturada é superior ao valor recuperável do ativo, procede-se ao seu reajustamento para o valor recuperável estimado mediante o registo de perdas por imparidade (Nota 2.10).

Os ganhos ou perdas, provenientes do abate ou alienação, são determinados pela diferença entre os recebimentos das alienações deduzi-dos dos custos de transação e a quantia escriturada dos ativos, e são reconhecidos na demonstração dos resultados, como rendimentos e ganhos ou gastos e perdas operacionais.

2.9. Propriedades de investimento

As propriedades de investimento são imóveis (terrenos, edifícios ou partes de edifícios) detidos com o objetivo de valorização do capital, obten-ção de rendas, ou ambas. As propriedades de investimento foram valorizadas ao justo valor na data da transição para as IFRS, sendo valo-rizadas subsequentemente de acordo com o modelo do justo valor, o qual é aplicado a todos os ativos classificados como propriedades de investimento.

O justo valor das propriedades de investimento é determinado com base em avaliações efetuadas por avaliadores externos tendo em consi-deração as condições da sua utilização ou o melhor uso, consoante se encontre arrendado ou não.

Page 135: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 135 Relatório Anual 2011

2.10. imparidade de ativos não correntes

Os ativos não correntes, que não têm uma vida útil definida, não estão sujeitos a amortização, mas são objeto de testes de imparidade anuais. Os ativos sujeitos a amortização/depreciação são revistos quanto à imparidade sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indica-rem que o valor pelo qual se encontram escriturados possa não ser recuperável.

Uma perda por imparidade é reconhecida pelo montante do excesso da quantia escriturada do ativo face ao seu valor recuperável. A quantia recuperável é a mais alta de entre o justo valor de um ativo, deduzido dos gastos para venda, e o seu valor de uso.

Para a realização de testes de imparidade, os ativos são agrupados ao mais baixo nível no qual se possam identificar separadamente fluxos de caixa (unidades geradoras de fluxos de caixa a que pertence o ativo), quando não seja possível fazê-lo individualmente, para cada ativo.

A reversão de perdas por imparidade, reconhecidas em exercícios anteriores, é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram (com exceção das perdas por imparidade do goodwill – ver Nota 2.7).

A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados nas rubricas “Imparidade de ativos não depreciáveis / amortizáveis” e “Imparidade de ativos depreciáveis / amortizáveis”, a não ser que o ativo tenha sido reavaliado, situação em que a reversão corresponderá a um acréscimo da reavaliação. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada, até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação), caso a perda por imparidade não tivesse sido registada em períodos anteriores.

2.11. investimentos financeiros

O Grupo classifica os seus investimentos nas seguintes categorias: empréstimos concedidos e contas a receber, ativos financeiros ao justo valor através de resultados, investimentos detidos até à maturidade e ativos financeiros disponíveis para venda. A classificação depende do objetivo de aquisição do investimento. A classificação é determinada, no momento do reconhecimento inicial dos investimentos, e reavaliada em cada data de relato.Todas as aquisições e alienações destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respetivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.

Os investimentos são, inicialmente registados, pelo seu valor de aquisição, sendo o justo valor equivalente ao preço pago e a pagar, incluindo despesas de transação. A mensuração subsequente depende da categoria em que o investimento se insere, como segue:

empréstimos concedidos e contas a receber

Os empréstimos concedidos e contas a receber são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis e que não são cotados num mercado ativo. São originados quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou serviços diretamente a um devedor, sem intenção de negociar a dívida.

São incluídos nos ativos correntes, exceto quando se tratam de ativos com maturidades superiores a 12 meses após a data da posição finan-ceira, sendo nesse caso classificados como ativos não correntes.

Os empréstimos concedidos e contas a receber são mensurados inicialmente ao justo valor e posteriormente ao custo amortizado.

Os empréstimos concedidos e contas a receber são incluídos na demonstração da posição financeira na rubrica “Outras contas a receber correntes”.

Ativos financeiros ao justo valor através de resultados

Um ativo financeiro é classificado nesta categoria se adquirido principalmente com o objetivo de venda a curto prazo ou se assim designado pelos gestores. Os ativos desta categoria são classificados como correntes se forem detidos para negociação ou sejam realizáveis no período até 12 meses da data de relato. Estes investimentos são mensurados ao justo valor através da demonstração dos resultados.

investimentos detidos até à maturidade

Os investimentos detidos até à maturidade são ativos financeiros não derivados, com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades fixas, que o Grupo tem intenção e capacidade para manter até à maturidade. Esta categoria de investimento está registada ao custo amortizado pelo método da taxa de juro efetiva.

Page 136: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

136 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Ativos financeiros disponíveis para venda

Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que são designados nesta categoria ou que não são classi-ficados em nenhuma das outras categorias. São incluídos em ativos não correntes, exceto se os gestores entenderem alienar o investimento num prazo até 12 meses após a data de relato. Estes investimentos financeiros são contabilizados ao valor de mercado, entendido como o respetivo valor de cotação, à data da posição financeira.Se não existir mercado ativo, o Grupo determina o justo valor através da aplicação de técnicas de avaliação, que incluem o uso de transações comerciais recentes, a referência a outros instrumentos com características semelhantes, a análise de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções modificados para incorporar as características específicas do emitente.

As mais e menos valias potenciais resultantes são registadas diretamente na reserva de justo valor, exceto no caso de existência de impari-dade, até que o investimento financeiro seja vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, momento em que o ganho ou perda acumu-lado, anteriormente reconhecido na reserva de justo valor é incluído no resultado líquido do exercício.

Caso não exista um valor de mercado ou não o seja possível determinar, os investimentos em causa são mantidos ao custo de aquisição. São reconhecidas perdas por imparidade para a redução de valor nos casos que se justifiquem.

O Grupo avalia, em cada data de relato, se há uma evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros sofreram uma perda por imparidade. Se existir uma diminuição no justo valor por um período prolongado dos ativos disponíveis para venda, a perda cumulativa – calculada pela diferença entre o custo de aquisição e o justo valor corrente, deduzida de qualquer perda por imparidade nesse ativo financeiro, que já tenha sido reconhecida em resultados – é anulada através do capital próprio e reconhecida no resultado do exercício.

Uma perda por imparidade reconhecida, relativamente a ativos financeiros disponíveis para venda, é revertida se a perda tiver sido causada por eventos externos específicos de natureza excecional que não se espera que se repitam, mas que acontecimentos externos posteriores tenham feito reverter, sendo que nestas circunstâncias a reversão não afeta a demonstração dos resultados, registando-se a subsequente flu-tuação positiva do ativo na reserva de justo valor.

2.12. instrumentos financeiros derivados

O Grupo utiliza derivados com o objetivo de gerir os riscos financeiros e operacionais a que se encontra sujeito. Sempre que as expectativas de evolução de taxas de juro e do preço do jet fuel o justifiquem, o Grupo procura contratar operações de proteção contra movimentos adver-sos, através de instrumentos financeiros derivados, tais como interest rate swaps (“IRS”), swaps e opções.

Na seleção de instrumentos financeiros derivados são, essencialmente, valorizados os aspetos económicos dos mesmos. Os instrumentos financeiros derivados são registados na demonstração da posição financeira pelo seu justo valor.

Na medida em que sejam consideradas coberturas eficazes (cobertura de fluxos de caixa), as variações no justo valor são inicialmente regista-das por contrapartida de capitais próprios e posteriormente em resultados do exercício operacionais, para os instrumentos de jet fuel, e resul-tados financeiros líquidos para os instrumentos de taxa de juro, na sua data de liquidação.

Desta forma, e em termos líquidos, os gastos associados aos financiamentos cobertos são periodizados à taxa inerente à operação de cober-tura contratada. Os ganhos ou perdas decorrentes de rescisão antecipada deste tipo de instrumento, são reconhecidos em resultados, quando a operação coberta também afetar resultados.

Sempre que possível, o justo valor dos derivados é estimado com base em instrumentos cotados. Na ausência de preços de mercado, o justo valor dos derivados é estimado através do método de fluxos de caixa descontados e modelos de valorização de opções, de acordo com pres-supostos geralmente utilizados no mercado. O justo valor dos instrumentos financeiros derivados encontra-se incluído, essencialmente, nas rubricas de outras contas a receber correntes e de outras contas a pagar correntes e não correntes.

2.13. imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento inclui imposto corrente e imposto diferido. O imposto corrente sobre o rendimento é determinado com base nos resultados líquidos, ajustados em conformidade com a legislação fiscal vigente à data de relato.

O imposto diferido é calculado com base na responsabilidade de balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a respetiva base de tributação. Para a determinação do imposto diferido é utilizada a taxa fiscal que se espera estar em vigor no período em que as diferenças temporárias serão revertidas.

São reconhecidos impostos diferidos ativos sempre que exista razoável segurança de que serão gerados lucros futuros contra os quais pode-rão ser utilizados. Os impostos diferidos ativos são revistos periodicamente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos possam ser utilizados.

Page 137: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 137 Relatório Anual 2011

Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimento do exercício, exceto se resultarem de valores registados diretamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

2.14. inventários

Os inventários encontram-se valorizados de acordo com os seguintes critérios:

mercadorias e matérias-primas

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao mais baixo de entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido. O custo de aquisição inclui as despesas incorridas até ao armazenamento, utilizando-se o custo médio ponderado como método de custeio.

O material recuperado internamente encontra-se valorizado ao custo.

Produtos e trabalhos em curso

Os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao mais baixo de entre o custo de produção (que inclui o custo das matérias-pri-mas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, tomando por base o nível normal de produção) e o valor realizável líquido.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda estimado deduzido dos custos estimados de acabamento e de comercialização. As diferenças entre o custo e o valor realizável líquido, se inferior, são registadas na rubrica “Ajustamentos de inventários”.

2.15. Valores a receber correntes

Os saldos de clientes e outros valores a receber correntes são, inicialmente, contabilizados ao justo valor sendo subsequentemente mensura-dos ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade, necessárias para os colocar ao seu valor realizável líquido esperado (Nota 18).

As perdas por imparidade são registadas quando existe uma evidência objetiva de que o Grupo não receberá os referidos montantes em dívida conforme as condições originais das contas a receber.

2.16. Caixa e seus equivalentes

A rubrica de caixa e equivalentes de caixa inclui caixa, depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo com maturidade inicial até 3 meses, que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de flutuações de valor. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, esta rubrica inclui também os descobertos bancários, os quais são apresentados na demonstração da posição financeira, no passivo corrente, na rubrica “Financiamentos obtidos”.

2.17. Capital social e ações próprias

As ações ordinárias são classificadas no capital próprio (Nota 24).

Os gastos diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou outros instrumentos de capital próprio são apresentados como uma dedução, líquida de impostos, ao valor recebido resultante da emissão.

Os gastos diretamente imputáveis à emissão de novas ações ou opções, para a aquisição de um negócio, são incluídos no custo de aquisi-ção, como parte do valor da compra.

As ações próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição, como uma redução do capital próprio, na rubrica “Ações próprias” sendo os ganhos ou perdas inerentes à sua alienação registados em outras reservas. Em conformidade com a legislação comercial aplicável, enquanto as ações próprias se mantiverem na posse da sociedade, é indisponível uma reserva de montante igual ao seu custo de aquisição.

2.18. Financiamentos obtidos / passivos remunerados

Os passivos remunerados são, inicialmente, reconhecidos ao justo valor, líquidos dos custos de transação incorridos sendo, subsequente-mente apresentados ao custo amortizado. Qualquer diferença entre os recebimentos (líquidos dos custos de transação) e o valor de reembolso é reconhecida na demonstração dos resultados ao longo do período da dívida, utilizando o método da taxa de juro efetiva.

Page 138: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

138 Grupo TAP Relatório Anual 2011

A dívida remunerada é classificada no passivo corrente, exceto se o Grupo possuir um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data da posição financeira (Nota 27).

2.19. encargos financeiros com empréstimos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos são, geralmente, reconhecidos como gastos financeiros, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Os encargos financeiros de empréstimos diretamente relacionados com a aquisição, construção (caso o período de construção ou desenvol-vimento exceda um ano) ou produção de ativos fixos são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e é interrom-pida após o início de utilização ou quando a execução do projeto em causa se encontre suspensa ou substancialmente concluída.

Qualquer ganho diretamente relacionado com um investimento específico é deduzido ao custo do referido ativo.

2.20. Provisões

São reconhecidas provisões sempre que o Grupo tenha uma obrigação legal ou construtiva, como resultado de acontecimentos passados, seja provável que uma saída de fluxos e/ou de recursos se torne necessária para liquidar a obrigação e possa ser efetuada uma estimativa fiá-vel do montante da obrigação.

Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras. As provisões são revistas na data de relato e ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data (Nota 26).

2.21. Benefícios pós-emprego

Algumas subsidiárias do Grupo assumiram o compromisso de pagar aos seus empregados prestações pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma, cuidados de saúde e prémios de jubilação.

Conforme referido na Nota 28, o Grupo constituiu fundos de pensões autónomos como forma de financiar uma parte das suas responsabili-dades por aqueles pagamentos. De acordo com o IAS 19, as empresas que atribuem benefícios pós-emprego reconhecem os custos com a atribuição destes benefícios à medida que os serviços são prestados pelos empregados beneficiários. Deste modo a responsabilidade total do Grupo é estimada anualmente para cada plano separadamente, por uma entidade especializada e independente de acordo com o método das unidades de crédito projetadas.

Os custos por responsabilidades passadas, que resultem da implementação de um novo plano ou acréscimos dos benefícios atribuídos, são reconhecidos imediatamente nos resultados do Grupo. A responsabilidade assim determinada é apresentada na demonstração da posição financeira, deduzida do valor de mercado dos fundos constituídos, na rubrica “Responsabilidades com benefícios pós-emprego”, no passivo não corrente.

Os desvios atuariais, resultantes das diferenças entre os pressupostos utilizados para efeito de apuramento de responsabilidades e o que efe-tivamente ocorreu (bem como de alterações efetuadas aos mesmos e do diferencial entre o valor esperado da rentabilidade dos ativos dos fundos e a rentabilidade real) são reconhecidos nos resultados do exercício. Os ganhos e perdas gerados por um corte ou uma liquidação de um plano de pensões de benefícios definidos são reconhecidos em resulta-dos do exercício quando o corte ou a liquidação ocorrer. Um corte ocorre quando se verifica uma redução material no número de empregados ou o plano é alterado de forma a que os benefícios atribuídos sejam reduzidos, com efeito material.

2.22. Valores a pagar correntes

Os saldos de fornecedores e valores a pagar correntes são inicialmente registados ao justo valor sendo subsequentemente mensurados ao custo amortizado (Nota 30 e 31).

2.23. subsídios

Os subsídios estatais só são reconhecidos após existir segurança de que o Grupo cumprirá as condições inerentes aos mesmos e que os subsídios serão recebidos.

Os subsídios à exploração, recebidos com o objetivo de compensar o Grupo por gastos incorridos, são registados na demonstração dos resul-tados de forma sistemática durante os períodos em que são reconhecidos os gastos que aqueles subsídios visam compensar.

Page 139: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 139 Relatório Anual 2011

Os subsídios ao investimento recebidos com o objetivo de compensar o Grupo por investimentos efetuados em ativos imobilizados são inclu-ídos na rubrica “Outras contas a pagar correntes” e são reconhecidos em resultados, durante a vida útil estimada do respetivo ativo subsi-diado, por dedução ao valor das amortizações.

2.24. locações

Os ativos fixos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes responsabilidades são contabi-lizados pelo método financeiro.

De acordo com este método o custo do ativo é registado no ativo fixo tangível, a correspondente responsabilidade é registada no passivo na rubrica de financiamentos obtidos, os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do ativo, calculada conforme descrito na Nota 2.8, são registados como gastos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.

As locações, em que uma parte significativa dos riscos e benefícios da propriedade é assumida pelo locador, sendo o Grupo, o locatário, são classificadas como locações operacionais. Os pagamentos efetuados nas locações operacionais, líquidos de quaisquer incentivos recebidos do locador, são registados na demonstração dos resultados durante o período da locação.

2.25. Distribuição de dividendos

A distribuição de dividendos aos detentores do capital é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras do Grupo no exercício em que os dividendos são aprovados pelo acionista e até ao momento da sua liquidação.

2.26. Rédito e especialização dos exercícios

Os rendimentos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração dos resultados consolidada quando os riscos e benefícios ineren-tes à posse dos ativos são transferidos para o comprador e o montante dos rendimentos possa ser razoavelmente quantificado.

O valor da venda do transporte de passageiros e carga é, no momento da venda, registado como um passivo na rubrica “Documentos pen-dentes de voo”. Quando o transporte é efetuado ou a venda é cancelada, o valor da venda é transferido desta rubrica para rendimentos do exercício ou para uma conta a pagar consoante o transporte tenha sido: i) efetuado pelo Grupo ou a venda cancelada sem direito a reembolso, ii) efetuado por outra transportadora aérea ou a venda cancelada com direito a reembolso, respetivamente, por um montante geralmente dife-rente do registado no momento da venda. São efetuadas análises periódicas do saldo da rubrica “Documentos pendentes de voo”, de forma a corrigir os saldos dos bilhetes vendidos a fim de verificar os que já foram voados ou cujos cupões perderam a validade, não podendo, por-tanto, ser voados ou reembolsados. As comissões, atribuídas pelo Grupo na venda de bilhetes, são diferidas e registadas como gastos do exercício, de acordo com a periodiza-ção entre exercícios das respetivas receitas de transporte.

No programa passageiro frequente “TAP Victoria”, o Grupo segue o procedimento de, em condições definidas e com base nos voos efetua-dos, atribuir milhas aos clientes aderentes ao referido programa de fidelização, as quais podem, posteriormente, ser utilizadas na realização de voos com condições preferenciais, nomeadamente tarifas reduzidas. Com base no número de milhas atribuídas e não utilizadas nem caduca-das no final de cada exercício, e na valorização unitária atribuída, ao justo valor, o Grupo procede ao diferimento da receita correspondente à estimativa do valor percecionado pelo cliente na atribuição das milhas.

Para o reconhecimento dos rendimentos dos contratos de manutenção, foi adotado o método da obra completa. De acordo com este método, os rendimentos diretamente relacionados com as obras em curso, são reconhecidos na demonstração dos resultados, até ao ponto em que seja provável a recuperação dos gastos incorridos do contrato.

Os custos do contrato são reconhecidos como um gasto no exercício em que ocorrem. Quando for provável que os custos totais do contrato excedam o rédito total do contrato, a perda esperada é reconhecida como um gasto.

A faturação provisória de trabalhos de manutenção para terceiros, que ainda se encontram em curso à data de 31 de dezembro de 2011, encontra-se contabilizada nas rubricas de diferimentos.

As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os juros recebidos são reconhecidos pelo princípio da especialização do exercício, tendo em consideração o montante em dívida e a taxa de juro efetiva durante o período até à maturidade.

As empresas do Grupo registam os seus rendimentos e gastos, à medida em que são gerados, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos.

Page 140: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

140 Grupo TAP Relatório Anual 2011

As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes rendimentos e gastos são registadas nas rubricas de diferimentos, contas a receber correntes e contas a pagar correntes (Notas 19, 18 e 31, respetivamente).

2.27. Ativos e passivos contingentes

Os passivos contingentes, em que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja apenas possível, não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo divulgados nas notas, a menos que a possibilidade de se concretizar a saída de fundos, afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objeto de divulgação.

São reconhecidas provisões para passivos que satisfaçam as condições previstas na Nota 2.20.

Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas são divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.28. eventos subsequentes

Os eventos, após a data de relato, que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam naquela data, são refletidos nas demonstrações financeiras consolidadas.

Os eventos, após a data de relato, que proporcionem informação sobre condições que ocorram após aquela data, são divulgados, se mate-riais, no anexo às demonstrações financeiras consolidadas.

2.29. novas normas, alterações e interpretações a normas existentes

Novas normas e interpretações de aplicação mandatória em 31 de dezembro de 2011:

As interpretações e alterações a normas existentes identificadas abaixo, são de aplicação obrigatória pelo IASB, para os exercícios que se ini-ciem em 1 de janeiro de 2011:

novas normas em vigor Data de aplicação *

IAs 32 (alteração) – Instrumentos financeiros: Apresentação 1 de Janeiro de 2011

IFRs 1 (alteração) – Adoção pela primeira vez das IFRs 1 de Janeiro de 2011

IAs 24 (alteração) – Partes relacionadas 1 de Janeiro de 2011

IFRIC 14 (alteração) – IAs 19: limitação aos ativos decorrentes de planos de benefícios definidos e a sua interação com requisitos de contribuições mínimas 1 de Janeiro de 2011

IFRIC 19 – Regularização de passivos financeiros com instrumentos de capital 1 de Janeiro de 2011

* Exercícios iniciados em ou após

melhoria anual das normas em 2010 (a aplicar para os exercícios que se iniciem após 1 de janeiro de 2011) Data de aplicação *

IFRs 1 – Adoção pela primeira vez das IFRs 1 de Janeiro de 2011

IFRs 3 – Concentrações de atividades empresariais 1 de Janeiro de 2011

IFRs 7 – Instrumentos financeiros: divulgações 1 de Janeiro de 2011

IAs 1 – Apresentação das demonstrações financeiras 1 de Janeiro de 2011

IAs 27 – Demonstrações financeiras separadas e consolidadas 1 de Janeiro de 2011

IAs 34 – Relato financeiro intercalar 1 de Janeiro de 2011

IFRIC 13 – Programas de fidelização de clientes 1 de Janeiro de 2011

* Exercícios iniciados em ou após

Adicionalmente, como parte do processo de revisão da consistência da aplicação prática das IAS/IFRS, o IASB decidiu fazer melhorias às nor-mas com o objetivo de clarificar algumas das inconsistências identificadas.

A introdução destas interpretações e a alteração das normas referidas anteriormente não tiveram impactos relevantes nas demonstrações financeiras do Grupo.

Novas normas e interpretações de aplicação não mandatória em 31 de dezembro de 2011:

Page 141: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 141 Relatório Anual 2011

Existem novas normas, alterações e interpretações efetuadas a normas existentes, que apesar de já estarem publicadas, a sua aplicação apenas é obrigatória para exercícios anuais, que se iniciem em ou após 1 de julho de 2011, que o Grupo decidiu não adotar antecipadamente neste exercício, como segue:

novas normas aprovadas pela Comissão europeia Data de aplicação *IRFS 7 (alteração) – Instrumentos financeiros: Divulgações 1 de julho de 2011* Exercícios iniciados em ou após

novas normas não aprovadas pela Comissão europeia Data de aplicação *IFRs 1 (alteração) – Adoção pela primeira vez das IFRs 1 de julho de 2011IAs 12 (alteração) – Impostos sobre o rendimento 1 de janeiro de 2012IAs 1 (alteração) – Apresentação de demonstrações financeiras 1 de janeiro de 2012IFRs 9 (novo) – Instrumentos financeiros – classificação e mensuração 1 de janeiro de 2013IFRs 10 (novo) – Demonstrações financeiras consolidadas 1 de janeiro de 2013IFRs 11 (novo) – Acordos conjuntos 1 de janeiro de 2013IFRs 12 (novo) – Divulgação de interesses em outras entidades 1 de janeiro de 2013IFRs 13 (novo) – Justo valor: mensuração e divulgação 1 de janeiro de 2013IAs 27 (revisão 2011) – Demonstrações financeiras separadas 1 de janeiro de 2013IAs 28 (revisão 2011) – Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos 1 de janeiro de 2013IAs 19 (revisão 2011) – benefícios aos empregados 1 de janeiro de 2013IFRs 7 (alteração) – Divulgações – compensação de ativos e passivos financeiros 1 de janeiro de 2013IAs 32 (alteração) – Compensação de ativos e passivos financeiros 1 de janeiro de 2014IFRIC 20 (nova) – Custos de remoção na fase de produção de uma mina de superfície 1 de janeiro de 2013

* Exercícios iniciados em ou após

O Grupo não concluiu ainda o apuramento de todos os impactos decorrentes da aplicação das normas supra pelo que optou pela sua não adoção antecipada. Contudo, não espera que estas venham a produzir efeitos materialmente relevantes sobre a sua posição patrimonial e resultados.

2.30. estimativas e julgamentos contabilísticos relevantes

A preparação das demonstrações financeiras consolidadas exige que a gestão do Grupo efetue julgamentos e estimativas que afetam os mon-tantes de rendimentos, gastos, ativos, passivos e divulgações à data de relato.

Estas estimativas são determinadas pelos julgamentos da gestão do Grupo, baseados: (i) na melhor informação e conhecimento de eventos presentes e em alguns casos em relatos de peritos independentes e (ii) nas ações que o Grupo considera poder vir a desenvolver no futuro. Todavia, na data de concretização das operações, os seus resultados poderão ser diferentes destas estimativas.

As estimativas e as premissas que apresentam um risco significativo de originar um ajustamento material no valor contabilístico dos ativos e passivos no exercício seguinte são apresentadas abaixo:

imparidade do goodwill

O Grupo testa anualmente, para efeitos de análise de imparidade, o goodwill que regista na demonstração da posição financeira, de acordo com a política contabilística indicada na Nota 2.7. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa são determinados com base no cálculo de valores de uso. Esses cálculos exigem o uso de estimativas.

imposto sobre o rendimento

O Grupo reconhece passivos para liquidações adicionais de impostos que possam resultar de revisões pelas autoridades fiscais. Quando o resultado final destas situações é diferente dos valores inicialmente registados, as diferenças terão impacto no imposto sobre o rendimento e nas provisões para impostos, no exercício em que tais diferenças se constatam.

Pressupostos atuariais

As responsabilidades, referentes a planos de benefícios a empregados com benefícios definidos, são calculadas com base em determinados pressupostos atuariais. Alterações nestes pressupostos podem ter um impacto relevante naquelas responsabilidades.

Page 142: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

142 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Reconhecimento de provisões e ajustamentos

O Grupo tem diversos processos judiciais em curso para os quais, com base na opinião dos seus advogados, efetua um julgamento para determinar se deve ser registada uma provisão para essas contingências.

Os ajustamentos de contas a receber são calculados, essencialmente, com base na antiguidade das contas a receber, o perfil de risco dos clientes e a situação financeira dos mesmos.

Os ajustamentos de existências são calculados com base em critérios que atendem à natureza, finalidade de utilização, antiguidade e rota-ção de materiais.

Programa de fidelização de clientes

O Grupo procede ao diferimento de receita, no âmbito do programa de fidelização de clientes “TAP Victoria”, com base no valor unitário da milha, ao justo valor percecionado pelo cliente. Alterações nos pressupostos utilizados pelo Grupo, no cálculo desta estimativa, podem ter um impacto significativo.

3. Políticas de gestão do risco financeiro

A gestão de risco financeiro foi, também em 2011, uma das pedras angulares da gestão do Grupo, dado o contexto de crescentes dificulda-des da economia e o comportamento adverso dos mercados financeiros. Num clima geral, em que as empresas foram sendo crescentemente pressionadas entre a quebra da atividade económica e a subida dos custos de exploração, e num contexto financeiro de forte restrição de cré-dito por parte da banca nacional e internacional, o Grupo tentou encontrar as soluções mais adequadas para manter a estabilidade financeira indispensável ao prosseguimento da sua atividade.

Risco de preço

Os riscos, associados ao comportamento da procura, aumentaram consideravelmente durante o ano, na sequência do clima de forte instabi-lidade vivido pela economia europeia, com a progressiva desaceleração do PIB europeu ao longo do ano, e com a ameaça de impactos nega-tivos dessa situação para o conjunto da economia mundial.

O comportamento da economia europeia foi, sobremaneira, determinado pelo alastrar da crise das dívidas públicas, com subidas constantes de juros nos leilões de obrigações soberanas, e nos mercados secundários, quer nos países intervencionados como Grécia e Portugal, quer, nomeadamente, em Espanha, Itália e Bélgica. As principais variáveis económicas, desde o consumo ao investimento e do emprego aos salá-rios e impostos, refletiram de forma violenta as políticas de correção estrutural dos países mais endividados, e continuaram ainda condiciona-das pelas dificuldades de financiamento extremas que se verificaram.

A economia portuguesa, em particular, esteve por diversas ocasiões, ao longo do ano, sob pressão dos mercados financeiros, tendo sido intervencionada pelo FMI/BCE/CE em maio. As medidas orçamentais, fiscais e salariais postas em prática, tiveram como corolário lógico uma significativa contração do PIB, próxima da verificada em 2009. A todo este cenário de dificuldades, juntou-se o choque energético, com uma média do preço do petróleo, para o conjunto do ano, idêntica à registada em 2008. Em resumo, verificou-se num mesmo ano a conjugação de uma significativa retração da atividade, a segunda em 3 anos, com um novo choque petrolífero, o segundo em 4 anos.

A par destes desenvolvimentos, os mercados emergentes conseguiram manter uma dinâmica que contrastou com a dos mercados desen-volvidos. Não obstante, de 2010 para 2011, a economia brasileira, o mercado externo mais importante do Grupo TAP, registou uma desa-celeração do crescimento do PIB, ainda assim com um crescimento do consumo interno. Os mercados africanos, em particular Angola, que representa grande parte das vendas de África, se mantiveram dinâmicos.

As vendas de passagens, no mercado nacional, representam um pouco mais da quarta parte do total de vendas, os restantes mercados euro-peus cerca de 37% do total, representando a Europa, no seu conjunto, pouco menos de 2/3 do total de receita efetiva. O Brasil disputa com o mercado português a liderança em termos de vendas, também próximo de 25% do total. África representa receita um pouco superior a 6% do total. O mercado dos EUA tem um peso acima de 3% e o da Venezuela acima dos 2%. Esta distribuição das vendas, refere-se a valores efetivamente voados pelo Grupo, expurgados, portanto, de vendas que não resultaram em transporte. Por exemplo, algum tráfego das rotas brasileiras, com origem em diversos pontos não servidos pela Grupo, é vendido por este, mas só o troço intercontinental de ligação a Portugal se materializa em receita efetiva. As vendas no mercado brasileiro são, desse modo, por norma, mais elevadas que os valores voados, exis-tindo ganhos comerciais para além dos rendimentos de passagens.

Apesar dos diferentes ritmos das economias das múltiplas áreas geográficas onde o Grupo opera, o crescimento da atividade de transporte aéreo, a nível global e em cada mercado, está também muito dependente da política comercial e da política de preços praticada, bem como da oferta programada para cada um dos mercados em cada época IATA, o que condiciona load factors e yields. Refira-se a este nível, e em termos globais, que o tráfego premium, por exemplo, apresentou crescimento acima da média em receita efetiva no ano (embora com redu-ção do número de bilhetes vendidos), tal como as tarifas mais baixas, tendo-se reduzido significativamente as tarifas da classe intermédia.

Page 143: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 143 Relatório Anual 2011

Do efeito conjugado da oferta programada, com os respetivos ajustamentos ao longo do ano, das diversas tarifas praticadas, e da intensidade da procura registada em cada mercado resultam os principais valores e indicadores da atividade de transporte aéreo.

Globalmente, a tarifa média registou uma subida, de 2010 a 2011, tendo o load factor global crescido para um nível médio acima de 75%. A atividade global, medida pelo número de passageiros por quilómetros utilizados (“PKU”), subiu, no ano, quase 10%, tendo a receita efetiva subido em percentagem equivalente.

A nível da Europa, registaram-se crescimentos de atividade e receita elevados, à exceção de Portugal, mercado onde a desaceleração, da ati-vidade e da receita, se fez sentir com mais intensidade.

No mercado brasileiro, o crescimento da receita foi expressivo, a dois dígitos, tendo a receita subido mais do que a atividade (medida por PKU) e do que o número de passageiros.

Os mercados africanos apresentaram um crescimento de receita bastante diverso de mercado para mercado, com o crescimento de Angola a ser em parte contrariado pela redução de receita de Moçambique e África do Sul, tendo esta última linha sido mesmo encerrada. EUA e Venezuela, por seu turno, cresceram significativamente.

Refira-se, ainda, que, a nível de receitas de carga, por contraponto à receita de passagens, a distribuição das vendas por mercados tem um peso relativo menor no Brasil, enquanto que, nos EUA o peso da carga é muito superior ao das passagens. A Europa, incluindo Portugal, pesa quase 80% a nível da carga e África (contabilizada como mercado emissor, ou seja no sentido África-Portugal) tem ainda uma expressão dimi-nuta nestas vendas. Em termos gerais, a atividade da carga cresceu, registando um comportamento positivo face ao ano anterior, a nível de receita, incluindo nesta a receita de sobretaxas de combustível, embora o volume transportado tenha sido inferior, fruto da crise económica.

No cômputo global, tendo presente o complexo clima económico vivido, os resultados da atividade e rendimentos do Grupo, resultantes da sua atividade principal, foram claramente positivos, podendo referir-se que a internacionalização e a diversificação de mercados, continuam a ser um meio importante no combate aos riscos de mercado do Grupo.

Risco de preço de combustível

Ao contrário do ano de 2010, em que uma proporção muito significativa do consumo de combustível foi objeto de hedging, em 2011 tal não sucedeu, em parte devido à subida “intempestiva” de preços registada no final de 2010, e sobretudo no início do ano, aparentemente cau-sada pelas revoltas nos vários países do norte de África e Médio-Oriente. Mesmo depois de passada a fase mais crítica da primavera árabe e da guerra na Líbia, outros fatores de instabilidade continuaram a afetar os mercados petrolíferos, com destaque, em final de ano, para a ten-são militar crescente entre Irão e Estados Unidos, o que contribuiu para manter um elevado prémio de risco geopolítico no preço do petróleo.

A agravar a fatura de combustível do Grupo estiveram também presentes, outros fatores, como o aumento de consumo devido ao aumento da operação, em cerca de 5%, e o comportamento do Euro face ao Dólar, que, ao contrário de ocasiões anteriores de subida do preço do petróleo, registou uma valorização mais limitada, tendo atingido picos muito inferiores aos registados em 2008, por exemplo. A subida média do preço do jet fuel em Dólares, medida pelo referencial de mercado da Platts, foi de 40% face ao ano anterior, depois de já em 2010 se ter registado uma subida média de 30% do preço médio face a 2009. O preço médio do combustível de avião, no ano, foi de 1.015 USD/tone-lada, ligeiramente acima do valor médio registado em 2008, aquando do último choque petrolífero. Muito embora os máximos de 2011 tenham ficado aquém dos níveis extremos ocorridos em meados de 2008, próximos de 1.500 USD/tonelada, já os valores mínimos do ano, cerca de 850 USD/tonelada, se situaram muito acima dos mínimos de 2008 (450 USD/tonelada), conduzindo a um resultado médio muito semelhante para o conjunto do ano.

A sensibilidade da exploração do Grupo a esta componente da estrutura de gastos continua muito elevada, com impactos significativos nas contas do Grupo. Para um consumo padrão de 900 mil toneladas por ano, uma variação de 100 USD no preço da tonelada de jet fuel, provoca uma variação nos custos de 90 milhões de USD, equivalente a cerca de 70 milhões de Euros, considerando um câmbio de 1,30 no Eurodólar.

De referir que, além das atuações em mercado, decorrentes das oportunidades que as oscilações de preço possam proporcionar, existem ainda defesas endógenas do Grupo face ao risco de preço, embora de impacto limitado, que consistem na modulação das sobretaxas de combustível. Estas sobretaxas representam, presentemente, um valor com alguma expressão na receita, mas claramente insuficiente para mitigar o efeito da alta de preços, como se pode constatar com o seu aumento de 2010 para 2011, aproximadamente, 50 milhões de Euros, muito inferior ao aumento de gasto registado.

Para o ano de 2012 foram levadas a cabo, no final do ano de 2011, diversas operações de cobertura de preço que deverão mitigar o impacto de novas subidas das cotações nos primeiros meses de 2012. As contrapartes nestas operações apresentavam, no ano, ratings da Standard & Poor’s entre BB e A+.

A exposição ao preço do combustível é, ao nível dos custos, o fator mais importante gerador de exposição cambial do Grupo (especialmente quando as cotações do combustível estão elevadas) dado que o mercado de jet fuel é denominado em Dólares e o combustível é a principal rubrica de gastos variáveis. Uma baixa considerável no preço do combustível, por seu turno, reduz significativamente a exposição líquida do Grupo face ao Dólar.

Page 144: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

144 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Risco cambial

Apesar de toda a instabilidade registada nos mercados financeiros e dos níveis elevados do preço das matérias-primas, o comportamento do Euro face ao Dólar acabou por não apresentar excessiva volatilidade ao longo do ano. No início e no fim do ano, que corresponderam às fases de maior tensão na crise da dívida europeia, o Euro enfraqueceu e situou-se em torno de 1,30, tendo registado uma subida a 1,40-1,45 em meados do ano, numa fase de maior acalmia dos mercados. Também face ao Real brasileiro se verificou uma subida do Euro, durante o ano. Em qualquer caso, as volatilidades nos mercados cambiais foram menores do que as verificadas nos anos anteriores.

Mais de metade das vendas de passagens aéreas do Grupo, são realizadas na área do Euro, divididas de forma equilibrada entre Portugal e restantes países da zona Euro e ainda incluindo mercados africanos com moedas em paridade fixa com a divisa europeia. Para além das ven-das em Euros, as vendas em outras divisas europeias, libra, franco suíço, divisas nórdicas e do leste europeu, representam aproximadamente 10% do total da receita de passagens. Na generalidade, e à exceção do franco suíço, as várias divisas europeias depreciaram-se face ao Euro em meados do ano, tendo-se revalorizado no final do ano.

As vendas no mercado brasileiro têm, subjacente, um cálculo tarifário em Dólares, e em conjunto com o mercado norte-americano e com Angola implicam uma exposição, direta e indireta, ao Dólar, no montante de aproximadamente 1/3 do total. Existe ainda exposição da receita, embora marginal, a outras divisas, como o bolívar e o metical.

Do lado dos custos, a principal fonte de exposição ao risco cambial advém da fatura com combustíveis que, neste ano, tal como no anterior, sofreu um aumento muito significativo, com níveis médios de preços muito elevados. Ao contrário dos preços, sempre altos ao longo de todo o ano, a volatilidade foi menor do que em anos anteriores. A fatura com combustíveis aproximou-se de mil milhões de Dólares e superou o valor record de 2008, acima dos 700 milhões de Euros, representando uma proporção muito significativa do total de gastos do Grupo. De refe-rir outras rubricas de menor expressão, de encargos denominados em Dólares, tais como: leasings operacionais, gastos com manutenção, compra de equipamentos sobressalentes, formação com simulador de voo, taxas de navegação e aeroportuárias e seguros.

No que se refere à dívida, também o montante denominado em Dólares subiu, no final de ano, face ao ano anterior, pela contração de novas operações de leasing financeiro, representando agora o peso total do Dólar, no passivo remunerado, cerca de 13% face aos 3% de 2010.

A exposição do Grupo ao risco de taxa de câmbio, a 31 de dezembro de 2011 e 2010, com base nos valores da posição financeira, dos ati-vos e passivos financeiros do Grupo, em divisas, convertidos para Euros aos câmbios em vigor à data de relato, apresenta-se como segue:

2011 UsD BRl outras TotalATIVOSCaixa e equivalentes de caixa 11.435 6.741 31.548 49.724

Contas a receber – clientes 54.782 89.468 14.864 159.114 Contas a receber – outros 24.010 24.032 2.825 50.867

90.227 120.241 49.237 259.705

PASSIVOS Passivos remunerados 155.083 – – 155.083 Contas a pagar – fornecedores 24.040 15.602 5.147 44.789 Contas a pagar – outros 8.451 4.043 725 13.219

187.574 19.645 5.872 213.091

2010 UsD BRl outras TotalATIVOSCaixa e equivalentes de caixa 18.449 12.610 20.973 52.032 Contas a receber – clientes 29.912 97.523 24.969 152.404 Contas a receber – outros 22.042 17.892 4.135 44.069

70.403 128.025 50.077 248.505

PASSIVOS Passivos remunerados 38.792 – – 38.792 Contas a pagar – fornecedores 15.865 13.967 3.994 33.826 Contas a pagar – outros 159 4.697 268 5.124

54.816 18.664 4.262 77.742

Em 31 de dezembro de 2011, uma variação (positiva ou negativa) de 10%, de todas as taxas de câmbio com referência ao Euro, resultaria num impacto nos resultados do exercício de, aproximadamente, 4.661 milhares de Euros.

Page 145: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 145 Relatório Anual 2011

Risco de taxa de juro

Num cenário de desaceleração generalizada das economias dos países desenvolvidos, as taxas de juro diretoras dos principais bancos cen-trais, mantiveram-se baixas, ou mesmo próximas de zero, como nos Estados Unidos. Na zona Euro, as taxas oficiais subiram em meados do ano de 1% para 1,5% mas voltaram ao nível de 1% no final do ano. As taxas de mercado replicaram muito de perto este movimento, em par-ticular a Euribor a 3 meses.

Por um lado, os mercados obrigacionistas europeus sofreram um ano verdadeiramente tumultuoso, com as taxas de juro de diversos paí-ses a sofrerem enormes subidas, no caso português nas taxas da dívida pública a 10 anos, de 7% no início do ano para 14% no final do ano.

Por outro lado, e como resultado das enormes tensões vividas nos mercados obrigacionistas e consequentes dificuldades de refinanciamento dos Estados e dos bancos, verificou-se uma contração brusca do crédito disponível, em particular nos países intervencionados, ou com defi-cits públicos elevados, provocando fortes subidas de margens no crédito a empresas ainda com acesso a financiamentos e, para a grande maioria, em especial pequenas e médias empresas, a quase impossibilidade de acesso a crédito.

Neste quadro de adversidade, também no Grupo, se registaram subidas de spreads nas linhas de curto prazo existentes. O facto de as linhas de curto prazo, representarem apenas cerca de 6% do passivo remunerado do Grupo permitiu, de novo, neste ano, minimizar o impacto negativo das revisões de margens praticadas pelos bancos. Por outro lado, o facto de se terem concretizado diversas operações financeiras de médio e longo prazo, ao longo do ano de 2010, permitiu, igualmente, limitar a necessidade de recurso a novos empréstimos. Somente, no final do ano, se tornou aconselhável concretizar uma operação de financiamento, necessária, dado o consumo de recursos financeiros adicio-nais provocados pela alta, muito pronunciada e prolongada, do preço dos combustíveis. Consistiu esta operação num conjunto de leasings financeiros internacionais, a médio prazo, em Dólares, envolvendo 9 aviões de médio e longo curso, propriedade do Grupo, na sequência do terminus de diversos leasings de longo prazo.

O endividamento global do Grupo tem-se mantido em torno de 1,2 mil milhões de Euros, desde o ano transato, embora com flutuações decor-rentes dos timings de amortização e renegociação de dívida, bem como resultantes da utilização de novos financiamentos. A exposição a taxa fixa e flutuante alterou-se, face ao ano anterior, passando a parcela a taxa variável de 46% em 2010 para 42% no ano, subindo a proporção a taxa fixa para 58% no final do ano, alteração essa que se deveu, sobretudo, à contratação dos novos leasings.

A margem média da dívida continua a manter-se em níveis moderados, embora tenha subido por força das novas operações e das significati-vas revisões em alta de spread em linhas de curto prazo. O prazo médio ponderado da dívida no final do ano era de 3 anos, assumindo nessa estimativa o reembolso das linhas de crédito de curto prazo durante o decurso de 2012. Caso isso não suceda e as linhas de curto prazo man-tenham alguma permanência, a duração média dos financiamentos será ligeiramente superior. Excluídas as linhas de crédito, com um peso pouco significativo no quadro da dívida total, os montantes programados de reembolso dos empréstimos e leasings financeiros de médio e longo prazo estão distribuídos de forma equilibrada durante os próximos 6 anos, de 2012 a 2017, excetuando-se o ano de 2015, com a liquidação bullet de uma operação contraída em 2010, no montante de 52 milhões de Euros. A dívida existente continua a ter um prazo máximo até 2020.

No quadro do passivo remunerado abaixo, englobando capital e juros, assumiram-se os pressupostos relativos a taxas de juro de mercado e câmbio do Eurodólar, como segue: 3% para a Euribor, 1,75% para a Libor do Dólar e 1,2939 no Eurodólar. Os valores de passivo expressam os valores a pagar nos prazos indicados, incluindo a estimativa de todos os fluxos de caixa contratuais com amortização e juros, não des-contados, até ao final da vida dos empréstimos. Considerou-se um pressuposto simplificador de ritmo de amortização intra-anual linear para efeito de cálculo dos juros futuros:

2011 < 1 ano 1-2 anos 3-5 anos 6-10 anos TotalEmpréstimos 151.328 96.471 310.254 50.204 608.257 locações financeiras 137.371 133.065 324.397 189.238 784.071 ToTAl 288.699 229.536 634.651 239.442 1.392.328

Empréstimos taxa fixa 51.747 51.648 203.143 49.047 355.585 locações financeiras taxa fixa 67.168 67.212 193.499 137.717 465.596 ToTAl TAxA FixA 118.915 118.860 396.642 186.764 821.181

2010 < 1 ano 1-2 anos 3-5 anos 6-10 anos TotalEmpréstimos 160.565 85.607 310.878 135.671 692.721 locações financeiras 131.747 119.340 321.236 190.979 763.302 ToTAl 292.312 204.947 632.114 326.650 1.456.023

Empréstimos taxa fixa 51.747 51.748 205.703 98.134 407.332 locações financeiras taxa fixa 72.906 49.609 158.039 106.791 387.345 ToTAl TAxA FixA 124.653 101.357 363.742 204.925 794.677

O Grupo TAP utiliza a técnica da análise de sensibilidade que mede as alterações estimadas nos resultados, de um aumento ou diminuição imediato das taxas de juros de mercado, com todas as outras variáveis constantes. Esta análise é apenas para fins ilustrativos, já que na prá-tica as taxas de mercado raramente se alteram isoladamente.

Page 146: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

146 Grupo TAP Relatório Anual 2011

A análise de sensibilidade é baseada nos seguintes pressupostos:

+ Alterações nas taxas de juro de mercado afetam os rendimentos ou despesas de juros de instrumentos financeiros variáveis; + Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afetam os rendimentos ou despesas de juros, em relação a instrumentos financeiros com taxas de juro fixas, se estes estiverem reconhecidos ao justo valor.

Sob estes pressupostos, um aumento ou diminuição de 0,5% em taxas de juro de mercado, para todas as moedas em que o Grupo tem empréstimos, a 31 de dezembro de 2011, resultaria numa diminuição ou aumento do lucro antes de imposto de, aproximadamente, 6.441 milhares de Euros.

Na Nota 27 encontra-se apresentado o detalhe da dívida bancária remunerada com a indicação da entidade financiadora e respetivo indexante.

Risco de crédito e de liquidez

Possivelmente, nunca o risco associado a níveis de liquidez baixos foi tão grande, para as empresas portuguesas, como no ano de 2011. As dificuldades de financiamento da economia portuguesa e europeia, bem como as exigências de desalavancagem das instituições bancárias nacionais, por força da implementação do memorando assinado pelo governo português com o FMI/BCE/CE, determinaram restrições drás-ticas ao crédito disponível às empresas nacionais.

A crise das dívidas soberanas esteve presente como pano de fundo dos mercados de capitais ao longo de todo o ano, repercutindo-se em elevadíssimas taxas de juro de longo prazo e em indicadores de risco de incumprimento a níveis record, tal como os Credit Default Swap da República Portuguesa, que subiram de 500 pontos base em início do ano para 1.000 pontos base no final do ano. Outros mercados, como o de ações, foram também penalizados em Portugal, em boa parte desvalorizados pelos títulos da banca, setor muito atingido pela própria crise de dívida soberana.

Além do agravamento das dificuldades de financiamento verificadas no ano, que se somaram às dificuldades crescentes de obtenção de financiamento já registadas em anos anteriores, a tesouraria das empresas foi, ainda, claramente pressionada em resultado do duplo choque da retração económica e da alta de preços de combustível, o que exigiu da gestão de tesouraria uma redobrada prudência e atenção, bem como a aceitação de custos marginais de financiamento mais elevados do que seria razoável em condições de estabilidade dos mercados.

Embora registando sazonalidade e descontinuidades, resultantes da atividade e da calendarização das amortizações de dívida, e resultantes ainda da contração das novas operações, a liquidez do Grupo permitiu manter o normal funcionamento de toda a atividade e ainda alimentar o esforço de expansão do transporte aéreo, além de acomodar a realização de investimentos indispensáveis, alguns dos quais imprevistos, a nível de reatores de reserva, por exemplo.

Manteve-se, ainda, o esforço de tesouraria necessário ao financiamento das atividades do Grupo que se têm revelado deficitárias nos últimos anos. No que se refere à aplicação dos montantes disponíveis de excedentes de liquidez do Grupo, verificou-se, ao longo do ano, uma saudá-vel diversificação na sua colocação entre as diversas contrapartes, tirando partido da significativa competição registada entre entidades ban-cárias nesta matéria, procurando-se mitigar o efeito adverso das descidas de rating verificadas na banca nacional em geral.

No final de 2011, e após as alterações na dívida verificadas ao longo do ano, as responsabilidades de curto prazo do passivo remunerado, incluindo a estimativa de todos os fluxos de caixa contratuais com amortização e juros, não descontados, atingiram os valores constantes do quadro seguinte:

1º semestre 2º semestreAmortização

Empréstimos 95.714 34.123locações financeiras 49.244 60.822

ToTAl 144.958 94.945

Juros

Empréstimos 11.955 9.536 locações financeiras 13.299 14.006

ToTAl 25.254 23.542

No que se refere, ainda, à gestão das operações de financiamento no longo e no curto prazo, esta teve, também, a preocupação de manter uma razoável diversificação das entidades financiadoras, nacionais e estrangeiras, tendo-se verificado alguma recomposição no portfólio de contrapartes bancários, em função das dificuldades próprias de algumas entidades nacionais. Por exemplo, a nível de recebíveis ligados às vendas em Portugal, utilizados como colateral de linha de curto prazo em vigor, foram estes afetos a nova operação negociada, em meados do ano, com nova instituição financeira do mercado português.

Page 147: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 147 Relatório Anual 2011

Além da gestão financeira, no curto e longo prazo, e da gestão de tesouraria, também no âmbito da gestão do ativo circulante foi sendo dado um acompanhamento rigoroso à monitorização das posições de clientes e à repercussão dos efeitos da crise económica na qualidade creditícia destes, tendo sido possível limitar o agravamento, por exemplo, dos ajustamentos a um valor pouco significativo para a dimensão da atividade.

O quadro seguinte apresenta elementos relativos à posição de liquidez do Grupo a 31 de dezembro de 2011 e 2010, bem como saldos de contas a receber, que refletem o risco máximo de crédito nessas mesmas datas:

2011 2010Ativos não correntesDepósitos judiciais – brasil (Nota 18) 22.221 16.283 Associadas e outros ativos não correntes 15.435 13.914

Ativos correntesCaixa e equivalentes de caixa 167.365 222.677 Contas a receber – clientes 250.482 223.212 Associadas e outros ativos correntes 167.836 128.134

623.339 604.220

Exposição ao risco de crédito fora de balançoGarantias prestadas (Nota 60) 44.849 37.999 Outros compromissos (Nota 27 e 60) 218.876 241.871

263.725 279.870

A qualidade de risco de crédito e liquidez do Grupo, em 31 de dezembro de 2011 e 2010, face a ativos financeiros (caixa e equivalentes de caixa e instrumentos financeiros derivados), cujas contrapartes sejam instituições financeiras, detalha-se como segue:

2011 2010AA – 290 AA- 1.107 373 A+ 81 20.006 A 15.765 487 A- – 59.391 bbb+ – 2.125 bbb 4.087 5.183 bbb- 32.339 96.709 bb+ 1.088 – bb 52.773 – bb- 25.050 – Outros 35.289 37.935

167.579 222.499

Instrumentos financeiros derivados 429 – Depósitos bancários (Nota 22) 167.150 222.499

167.579 222.499

A rubrica “Outros” contém valores referentes a diversas instituições internacionais, para as quais não foi possível obter a notação de rating.

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, os saldos a receber de clientes apresentavam a seguinte estrutura de antiguidade, considerando como referência a data de vencimento dos valores em aberto:

2011 2010Valores não vencidos 180.782 107.359 de 1 a 90 dias 44.810 39.994 de 91 a 180 dias 7.407 8.920 de 181 a 270 dias 10.982 6.161 de 271 a 365 dias 1.330 53.890 a mais de 366 dias 73.908 77.781

319.219 294.105

Imparidades (Nota 21) (68.737) (70.893)sAlDo lÍqUiDo (noTA 21) 250.482 223.212

Page 148: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

148 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Os valores apresentados correspondem aos valores em aberto, face aos prazos de vencimento contratados. Apesar de existirem atrasos na liquidação de alguns valores face a esses prazos, tal não resulta na identificação de situações de imparidade para além das consideradas atra-vés das correspondentes perdas.

Do valor total de contas a receber de clientes, os saldos das companhias de aviação e de agências de viagens, conforme identificado na Nota 21, são regularizados, principalmente, através do sistema IATA Clearing House, o que minimiza, substancialmente, o risco de crédito do Grupo TAP.

4. Trabalhadores ao serviço

Durante os exercícios de 2011 e 2010 o número médio de trabalhadores ao serviço, da empresa e de todas as subsidiárias, foi de 10.806 e de 10.886, respetivamente.

2011Transporte

Aéreomanutenção Free shop Catering outros Total

Portugal 4.573 1.905 388 513 786 8.165brasil 127 2.091 – – – 2.218Outros 410 13 – – – 423

5.110 4.009 388 513 786 10.806

2010Transporte

Aéreomanutenção Free shop Catering outros Total

Portugal 4.513 1.942 366 499 830 8.150brasil 119 2.187 – – – 2.306Outros 420 10 – – – 430

5.052 4.139 366 499 830 10.886

5. Ativos fixos tangíveis

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010, o movimento ocorrido no valor dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações acumuladas, foi o seguinte:

Page 149: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 149 Relatório Anual 2011

Ativos fixos tangíveis2011

Terrenos e recursos

naturais

edifícios e outras

construçõesequipamento

básicoequipamento de transporte

Ferramentas e utensílios

equipamento Administrativo

outras imobilizações

corpóreasoutros ativos

em curso

Adiantamentos por conta de

ativos fixos tangíveis ToTAl

Ativo Brutosaldo inicial 46.042 348.599 2.146.151 5.232 32.069 71.488 20.092 4.252 6.802 2.680.727

Adições – – 7.980 96 1.063 1.521 2.698 6.675 338 20.371 Perdas de imparidade reconhecidas (Nota 46) (3.400) – (2.350) – – – – – – (5.750)Alienações – – (15.604) (53) (1) – (2) – – (15.660)Outras transferências / abates (351) 1.592 (6.750) (95) 446 (5.919) (100) (1.880) – (13.057)Diferenças de câmbio (112) (360) (1.636) (8) (894) (410) – (294) – (3.714)

saldo final 42.179 349.831 2.127.791 5.172 32.683 66.680 22.688 8.753 7.140 2.662.917

Depreciações Acumuladassaldo inicial – 224.971 1.282.908 4.874 17.850 66.488 17.292 – – 1.614.383

Dotações (Nota 50) – 6.016 110.931 233 1.762 1.959 780 – – 121.681 Alienações – – (11.746) (45 ) (1) – (2) – – (11.794)Outras transferências / abates – 30 (5.690) (95) (33) (5.775) (100) – – (11.663)Diferenças de câmbio – (104) (1.240) (7) (310) (361) – – – (2.022)

saldo final – 230.913 1.375.163 4.960 19.268 62.311 17.970 – – 1.710.585

VAloR lÍqUiDo 42.179 118.918 752.628 212 13.415 4.369 4.718 8.753 7.140 952.332

Ativos fixos tangíveis2010

Terrenos e recursos

naturais

edifícios e outras

construçõesequipamento

básicoequipamento de transporte

Ferramentas e utensílios

equipamento Administrativo

outras imobilizações

corpóreasoutros ativos

em curso

Adiantamentos por conta de

ativos fixos tangíveis ToTAl

Ativo Brutosaldo inicial 46.699 348.782 2.163.017 5.282 20.345 69.529 11.774 2.122 6.321 2.673.871

Adições – 1.827 11.294 45 2.125 1.095 1.181 4.332 – 21.899 Perdas de imparidade reconhecidas (Nota 46) (500) (440) – – – – – – – (940)

Alienações (28) (489) (933) (43) – (54) (10) – – (1.557)Outras transferências / abates (288) (1.336) (29.954) (64) 8.452 (1.275) 7.147 (2.440) 481 (19.277)

Diferenças de câmbio 159 255 2.727 12 1.147 2.193 – 238 – 6.731

saldo final 46.042 348.599 2.146.151 5.232 32.069 71.488 20.092 4.252 6.802 2.680.727

Depreciações Acumuladassaldo inicial – 219.348 1.173.627 4.615 13.700 63.582 10.473 – – 1.485.345

Dotações (Nota 50) – 5.947 127.780 332 984 2.250 661 – – 137.954

Alienações – (80) (873) (43) – (49) (10) – – (1.054)Outras transferências / abates – (315) (19.660) (40) 2.892 (1.131) 6.168 – – (12.087)

Diferenças de câmbio – 71 2.034 10 274 1.836 – – – 4.225 saldo final – 224.971 1.282.908 4.874 17.850 66.488 17.292 – – 1.614.383

VAloR lÍqUiDo 46.042 123.628 863.243 358 14.219 5.000 2.800 4.252 6.802 1.066.344

O aumento, no montante de 7.980 milhares de Euros, registado na rubrica “Equipamento básico” refere-se, essencialmente, à aquisição de sobressalentes, equipamento de frota e equipamento de manutenção nos montantes de 4.496 milhares de Euros, 1.129 milhares de Euros e 996 milhares de Euros, respetivamente.

As alienações de equipamento básico referem-se, essencialmente, à alienação de um simulador de voo, cujo valor líquido contabilístico ascen-dia a 3.610 milhares de Euros, o que gerou uma menos-valia de 2.051 milhares de Euros.

As transferências e abates de equipamento básico respeitam, essencialmente, a abates de sobressalentes por sucata e outros equipamen-tos diversos de manutenção.

Page 150: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

150 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a rubrica “Equipamento básico” tem a seguinte composição:

2011 2010Valor bruto

Amortizações acumuladas

Valorlíquido

Valor bruto

Amortizações acumuladas

Valorlíquido

Equipamento básicoEquipamento de voo

Frota aérea 375.691 (332.456) 43.235 601.433 (436.373) 165.060 Reactores de reserva 47.075 (26.782) 20.293 49.425 (23.927) 25.498 sobressalentes 148.462 (111.438) 37.024 148.137 (110.835) 37.302

571.228 (470.676) 100.552 798.995 (571.135) 227.860

Equipamento de voo em regime de locação financeiraFrota aérea 1.435.916 (808.920) 626.996 1.209.524 (609.030) 600.494 Reactores de reserva 6.867 (2.124) 4.743 6.867 (1.738) 5.129

1.442.783 (811.044) 631.739 1.216.391 (610.768) 605.623 Máquinas e aparelhagem diversa 113.780 (93.443) 20.337 130.765 (101.005) 29.760

2.127.791 (1.375.163) 752.628 2.146.151 (1.282.908) 863.243

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a frota aérea do Grupo, decompõe-se da seguinte forma:

2011 2010Propriedade

Grupo TAPlocação

Financeiralocação

operacional ToTAlPropriedade

Grupo TAPlocação

Financeiralocação

operacional TotalAirbus A340 4 – – 4 4 – – 4 Airbus A310 – – – – – – 1 1 Airbus A330 – 11 1 12 3 8 1 12 Airbus A319 – 15 4 19 3 11 4 19 Airbus A320 – 5 12 17 – 5 12 17 Airbus A321 – 2 1 3 – 2 1 3 Fokker 100 – 6 – 6 – 6 – 6 Embraer 145 – 8 – 8 – 8 – 8

4 47 18 69 10 41 19 70

De referir, que o avião Airbus A310, em regime de locação operacional, em 2010, não se encontrava afeto à operação naquela data.

O aumento verificado na rubrica “Outros ativos em curso”, no montante de 6.675 milhares de Euros, refere-se, essencialmente, à aquisição de um simulador de voo A320.

A rubrica “Adiantamentos por conta de ativos fixos tangíveis” refere-se, essencialmente, a adiantamentos efetuados para a aquisição futura de aeronaves.

6. Propriedades de investimento

À data de 31 de dezembro de 2011, a rubrica de propriedades de investimento, refere-se ao valor atribuído a dois imóveis em Maputo (Moçambique), os quais se encontram arrendados a terceiros, e dois apartamentos em Sacavém.

2011 2010Saldo inicial 2.607 1.287 Ajustamento de justo valor – ganhos e perdas líquidos (Nota 47) 255 –Outras variações – 1.320

saldo final 2.862 2.607

O justo valor das propriedades de investimento, foi determinado por avaliador independente, com qualificação profissional reconhecida, tendo os métodos e pressupostos significativos aplicados na determinação do justo valor das propriedades sido suportado por evidências do mercado.

Page 151: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 151 Relatório Anual 2011

As quantias reconhecidas nos lucros ou prejuízos do exercício, associadas a rendimentos de rendas e gastos operacionais diretos, são ima-teriais no conjunto das demonstrações financeiras do Grupo.

7. Goodwill

No decurso dos exercícios de 2011 e 2010, o movimento ocorrido na rubrica “Goodwill”, foi conforme segue:

2011 saldo inicial Variação Cambial

saldo Final

Transporte Aéreo 63.099 – 63.099 manutenção e Engenharia brasil 147.916 (4.620) 143.296

211.015 (4.620) 206.395

2010 saldo inicial Variação Cambial

saldo Final

Transporte Aéreo 63.099 – 63.099 manutenção e Engenharia brasil 141.333 6.583 147.916

204.432 6.583 211.015

O montante de 4.620 milhares de Euros, refere-se, à variação cambial, da parte do goodwill da Manutenção e Engenharia Brasil, que se encon-tra denominada em Reais (124.880.960 BRL).

Conforme preconizado pela IAS 36, o goodwill encontra-se sujeito a testes de imparidade efetuados numa base anual, conforme política con-tabilística descrita na Nota 2.7.

O goodwill é atribuído às unidades geradoras de fluxos de caixa (CGU’s) do Grupo, identificadas de acordo com o segmento de negócio e com o país da operação, conforme segue:

2011Transporte

Aéreomanutenção Total

Portugal 63.099 – 63.099 brasil – 143.296 143.296

63.099 143.296 206.395

2010Transporte

Aéreomanutenção Total

Portugal 63.099 – 63.099 brasil – 147.916 147.916

63.099 147.916 211.015

Para efeitos de testes de imparidade, o valor recuperável das CGU’s, é determinado com base no valor em uso, de acordo com o método dos fluxos de caixa descontados. Os cálculos baseiam-se no desempenho histórico e nas expectativas de desenvolvimento do negócio com a atual estrutura produtiva, sendo, por norma, utilizado o orçamento para o ano seguinte e uma estimativa dos fluxos de caixa para um período subsequente de 4 anos.

No caso da unidade de negócio da Manutenção e Engenharia Brasil, foi utilizado um orçamento para o ano seguinte, e uma estimativa para o perí-odo subsequente de 9 anos, que incorporou, nomeadamente, a recuperação dos prejuízos fiscais existentes na estimativa de fluxos de caixa.

Em resultado dos testes de imparidade efetuados às diferentes CGU’s, não foram identificadas perdas por imparidade no goodwill.

Page 152: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

152 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Os principais pressupostos utilizados para efeitos de testes de imparidade foram os seguintes:

31 de dezembro de 2011 Portugal BrasilTaxa de desconto* 8,90% 14,50%CAGR da receita** 8,30% 14,20%Crescimento na perpetuidade 0,00% 4,00%Taxa de imposto 26,50% 34,00%

31 de dezembro de 2010 Portugal BrasilTaxa de desconto* 8,90% 14,50%CAGR da receita** 0,00% 13,20%Crescimento na perpetuidade 0,00% 4,00%Taxa de imposto 26,50% 34,00%

* Taxa de desconto líquida de impostos** Compound Annual Growth Rate da receita- taxa de crescimento, ano após ano, de um investimento durante um determinado período de tempo

Os testes de imparidade, realizados em 2011, sustentam a recuperabilidade da quantia escriturada das referidas unidades geradoras de caixa. Em 31 de dezembro de 2011, o valor contabilístico da unidade do transporte aéreo ascende a 119.202 milhares de Euros, sendo que o valor contabilístico da unidade de manutenção no Brasil é negativo em 168.757 milhares de Euros.

8. Ativos intangíveis

No decurso dos exercícios de 2011 e 2010, o movimento ocorrido na rubrica “Outros ativos intangíveis”, foi conforme segue:

Despesas de investigação e de desenvolvimento

Propriedade industrial

e outros direitosProgramas

computador Ativos em curso TotalCusto de aquisição

saldo a 1 de janeiro de 2010 20.053 11.952 – – 32.005

Aquisições / alienações – – – – –

saldo a 31 de dezembro de 2010 20.053 11.952 – – 32.005

Aquisições – – – 248 248 Regularizações, transferências e abates – – 769 – 769

saldo a 31 de dezembro de 2011 20.053 11.952 769 248 33.022

Amort. acumuladas e perdas por imparidadesaldo a 1 de janeiro de 2010 (20.053) (9.837) – – (29.890)

Amortizações e perdas por imparidade (Nota 50) – (668) – – (668)

saldo a 31 de dezembro de 2010 (20.053) (10.505) – – (30.558)

Amortizações e perdas por imparidade (Nota 50) – (404) (105) – (509)Regularizações, transferências e abates – – (531) – (531)

saldo a 31 de dezembro de 2011 (20.053) (10.909) (636) – (31.598)

Valor líquido a 1 de janeiro de 2010 – 2.115 – – 2.115 Valor líquido a 31 de dezembro de 2010 – 1.447 – – 1.447 Valor líquido a 31 de dezembro de 2011 – 1.043 133 248 1.424

A rubrica “Propriedade industrial e outros direitos”, no montante líquido de 1.043 milhares de Euros, respeita à licença de manutenção, con-cedida pela CFM International, S.A. (“CFMI”), no montante de 5.000 milhares de USD, durante um período de 10 anos. Esta licença garante a possibilidade ao Grupo de prestar, a terceiros, informação e suporte técnicos relacionados com reatores que a TAP, S.A. não opera atualmente e é amortizada em quotas constantes durante aquele período.

10. Participações financeiras – método da equivalência patrimonial

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 o Grupo TAP não possuía, valores no ativo, de participações financeiras registadas pelo método da equi-valência patrimonial (ver a rubrica “Provisões para investimentos financeiros” na Nota 26).

Page 153: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 153 Relatório Anual 2011

11. Participações financeiras – outros métodos

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 o Grupo TAP não possuía, valores no ativo, de participações financeiras registadas por outros métodos.

13. outros ativos financeiros

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 os outros ativos financeiros apresentavam-se do seguinte modo:

2011 2010

Correntesnão

correntes Correntesnão

correntesEmpréstimos concedidos e contas a receber – 3.258 – 2.966

– 3.258 – 2.966

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, os outros ativos financeiros não correntes, decompõem-se do seguinte modo:

2011 2010Empréstimo salvor hotéis moçambique 1.853 1.578 sITA Group Foundation 666 666 Depósitos bancários em moçambique 541 524 Outros 198 198

3.258 2.966

O empréstimo à Salvor Hotéis Moçambique resultou da disponibilização, em 1997, de fundos detidos pela TAP, S.A., e que apenas podiam ser utilizados para investimento em Moçambique. Em 31 de dezembro de 2008, os referidos montantes encontravam-se totalmente ajusta-dos em virtude das restrições quanto à transferência de fundos para o exterior. No início de 2010, a empresa recebeu 3.250 milhares de USD, o que representa um montante de 2.261 milhares Euros, pelo que foi revertido o ajustamento nesse montante, ainda em 2009. Em 2010 foi assinado um acordo de reembolso do restante saldo, pelo que foi revertido o ajustamento remanescente, no montante de 1.788 milhares de Euros (ver Nota 44).

O montante apresentado, relativo a SITA Group Foundation, refere-se a 437.070 certificados (títulos de capital não cotados) daquela empresa, entidade fundada pela Société International de Télécommunications Aéronautiques.

O movimento ocorrido nesta rubrica, nos exercícios de 2011 e 2010, foi como segue:

2011 2010saldo inicial a 1 de janeiro de 2011 2.966 3.395 Aquisições – – Diminuições (157) (2.298)Variação cambial 67 81 Outros movimentos 382 1.788

Saldo final a 31 de dezembro de 2011 3.258 2.966

A diminuição verificada em 2010 respeita, essencialmente, ao reembolso de 2.261 milhares de Euros do empréstimo concedido à Salvor Hotéis Moçambique.

15. Ativos e passivos por impostos diferidos

O Grupo TAP reconhece nas suas demonstrações financeiras o efeito fiscal das diferenças temporárias entre ativos e passivos numa base con-tabilística e fiscal, sendo o mesmo reconhecido com base nas seguintes taxas agregadas de imposto: 25%, no caso de ativos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis e 29% nos casos dos restantes ativos e passivos por impostos diferidos.

Page 154: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

154 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Não obstante, na TAP, S.A., embora as diferenças temporárias ativas sejam significativamente superiores às diferenças temporárias passivas, a TAP, S.A. reconhece apenas as diferenças temporárias ativas até à concorrência das diferenças temporárias passivas, dado não existirem, expectativas concretas de lucros fiscais futuros, suficientes para os utilizar para além desses montantes. Assim, na data de cada posição finan-ceira, é efetuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos ativos por impostos diferidos, no sentido de reconhecer ativos por impostos diferidos não registados anteriormente, por não terem preenchido as condições para o seu registo, e/ou para reduzir o montante dos impostos diferidos ativos registados em função da expectativa atual da sua recuperação futura.

As principais diferenças temporárias entre os valores contabilísticos e tributáveis, em 31 de dezembro de 2011 e 2010, os correspondentes ativos e passivos por impostos diferidos e o respetivo efeito nos resultados dos exercícios de 2011 e 2010, são como segue:

2011 saldo inicial

Variações com efeitos em Resultados

(nota 52)

Variações com efeitos

no Capital Próprio saldo FinalAtivos por impostos diferidos

Prejuízos fiscais reportáveis 2.790 (708) – 2.082 Responsabilidades com benefícios de reforma 17.044 (1.588) – 15.456 Perdas de imparidade em existências 4.625 1.595 – 6.220

24.459 (701) – 23.758

Passivos por impostos diferidosReavaliações efetuadas 24.683 (750) – 23.933

24.683 (750) – 23.933

49

2010 saldo inicial

Variações com efeitos em Resultados

(nota 52)

Variações com efeitos

no Capital Próprio saldo FinalAtivos por impostos diferidos

Prejuízos fiscais reportáveis 3.499 (709) – 2.790 Responsabilidades com benefícios de reforma 12.474 3.854 716 17.044 Perdas de imparidade em existências 8.248 (3.623) – 4.625

24.221 (478) 716 24.459

Passivos por impostos diferidosReavaliações efetuadas 24.064 (874) 1.493 24.683

24.064 (874) 1.493 24.683

396 (777)

Prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido ativo

Os prejuízos fiscais sobre os quais o Grupo considera, em 31 de dezembro de 2011, não existir a capacidade de dedução a lucros tributáveis futuros, e como tal sem imposto diferido ativo, detalham-se conforme segue:

1 de janeiro de 2011 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 TotalTAP sGPs 1.040 4.085 2.331 1.765 1.526 14.262 n/a 25.009 TAP, s.A. – – – 154,573 – – n/a 154.573 Portugália 34.070 39.340 27.979 156 – 3.238 n/a 104.783 TAP mE brasil 24.777 43.182 54.501 28.553 109.865 48.181 n/a 309.059

59.887 86.607 84.811 185.047 111.391 65.681 n/a 593.424

Utilização de prejuízos fiscais reportáveis em 2011

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total

TAP sGPs – – – – – – – – TAP, s.A. – – – (2.844) – – – (2.844)Portugália – – – – – – – – TAP mE brasil (24.777) (43.182) (54.501) (27.067) – – – (149.527)

(24.777) (43.182) (54.501) (29.911) – – – (152.371)

31 de dezembro de 2011 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

(provisório) Total

TAP sGPs n/a 4.085 2.331 1.765 1.526 14.262 4.868 28.837 TAP, s.A. n/a – – 151.729 – – – 151.729 Portugália n/a 39.340 27.979 156 – 3.238 1.891 72.604 TAP mE brasil n/a – – 1.486 109.865 48.181 16.359 175.891

n/a 43.425 30.310 155.136 111.391 65.681 23.118 429.061

Ano limite de Dedução n/a 2012 2013 2014 2015 2014 2015

Page 155: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 155 Relatório Anual 2011

No exercício de 2006, a subsidiária TAP, S.A. realizou, ao abrigo do Decreto-Lei nº 453/99, de 5 de novembro, uma operação de securitização de créditos futuros, na qual o Deutsche Bank actuou como lead manager, tendo os créditos futuros sido adquiridos pela Tagus – Sociedade de Titularização de Créditos, S.A.

Em resultado desta operação, e por força do disposto no n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 219/2001, de 4 de agosto, o montante de 230.000 milhares de Euros, foi acrescido para efeitos de determinação do lucro tributável do exercício de 2006. Refira-se que, ao lucro tribu-tável apurado, foram deduzidos os prejuízos fiscais reportáveis dos exercícios de 2000 e 2001.

O passivo registado pela TAP, S.A., que corresponde ao montante recebido pela venda dos créditos futuros, no valor de 230.000 milhares de Euros, líquido de despesas com a operação no montante de 779 milhares de Euros, está a ser reembolsado, até dezembro de 2016, à medida que ocorra a entrega dos créditos cedidos à sociedade de titularização de créditos. O custo financeiro associado ao passivo originado, com a alienação destes créditos, está em linha com as taxas de mercado.

O relatório elaborado pela Inspeção Fiscal em 2009, apresenta um entendimento divergente do preconizado pelo Grupo, fundamentalmente baseado na não aplicabilidade do disposto do Decreto-Lei nº219/2001, de 4 de agosto, entendendo a Administração Fiscal que a referida operação constitui um passivo financeiro, não originando, por si só, o apuramento de qualquer rendimento ou resultado tributável em IRC, concluindo que não se justifica qualquer ajustamento fiscal no ano da realização da operação de securitização.

O Conselho de Administração, suportado no parecer dos seus advogados e consultores fiscais, entende que lhe assiste inteira razão no pro-cedimento adotado, pelo que tem vindo a proceder ao exercício do seu legítimo direito de contestação.

Salientamos que os prejuízos fiscais reportáveis, acima apresentados, encontram-se ajustados da correção acima referida.

De acordo com a legislação em vigor no Brasil, nomeadamente a Lei 11.941 de 2009, é possível utilizar prejuízos fiscais reportáveis através da consolidação do parcelamento especial de alguns débitos fiscais. Assim, no exercício de 2011, a TAP ME Brasil optou por utilizar os seus prejuízos, através do abatimento dos juros da dívida em 34% (alíquota dos impostos), o que resultou na eliminação de prejuízos fiscais repor-táveis no montante de 149.527 milhares de Euros.

16. Adiantamentos a fornecedores

2011 2010Conta corrente 11.221 3.465

11.221 3.465

O montante registado em 31 de dezembro de 2011 e 2010 refere-se às seguintes entidades:

2011 2010sR Technics 3.988 – Eurocontrol – Eu 1.573 – GE Aviation Cts 1.288 – Airbus 996 138 sITA 496 501 INAC – Inst. Nacional de Aviação Civil 236 7 Chapman Freeborn Airchartering 230 252 marshall Aerospace 181 – honeywell Intellectual Properties 145 – FRb serviços de Alimentação ltda. 113 75 Império bonança – Companhia de seguros – 737 sPdh (Nota 56) – 434 boeing Commercial Airplane Comp. – 226 Outros 1.975 1.095

11.221 3.465

Page 156: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

156 Grupo TAP Relatório Anual 2011

17. estado e outros entes públicos

Os saldos com o Estado e outros entes públicos detalham-se como segue:

2011 2010

Correntesnão

correntesTotal Correntes

não correntes

Total

AtivoImposto sobre o rendimento a receber 1.986 – 1.986 601 – 601 Outros 16.634 – 16.634 15.232 – 15.232

18.620 – 18.620 15.833 – 15.833

Passivo

Imposto sobre o rendimento a pagar 1.245 – 1.245 4.556 – 4.556 Outros 27.842 84.868 112.710 142.506 – 142.506

29.087 84.868 113.955 147.062 – 147.062

Os valores referentes aos exercícios de 2011 e 2010 são segregados da seguinte forma:

2011 2010Devedor Credor Devedor Credor

Estado – subsídios a realizar:Indemnizações compensatórias 6.864 – 6.318 –

Estado e Outros Entes Públicos:IRC 1.986 1.245 601 4.556 IRs – 6.134 – 10.980 IVA 5.108 466 3.917 902 segurança social – 7.984 – 13.627 Estado – brasil 3.525 98.002 4.519 116.837 Outros 1.137 124 478 160

18.620 113.955 15.833 147.062

Em 31 de dezembro de 2011, o montante registado na rubrica “Indemnizações compensatórias” inclui o parcial da tarifa suportada pelo Estado referente às rotas da Região Autónoma dos Açores, de parte do exercício de 2010 (2º semestre) e do exercício de 2011, no montante total de 4.661 milhares de Euros. Estes montantes correspondem a bilhetes vendidos pela TAP, S.A., podendo ser voados por esta ou por compa-nhias terceiras. Esta rubrica inclui, ainda, o montante de 2.203 milhares de Euros, a receber do Estado relativo a encaminhamentos entre ilhas na Região Autónoma dos Açores.

Os montantes, referentes aos anos de 2010 e 2011, não se encontram ainda aferidos e verificados pela Inspeção Geral de Finanças, nem apro-vados pelo Governo, não sendo contudo esperadas correções significativas aos valores registados pela TAP, S.A.

O saldo devedor do IVA refere-se aos pedidos de reembolsos efetuados, relativos aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2011, cujo recebimento ainda não se verificou.

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a rubrica “Estado – Brasil” tem a seguinte decomposição:

2011 2010Devedor Credor Devedor Credor

Corrente:REFIs – 7.395 – 103.684 Outros 3.525 5.739 4.519 13.153

Não corrente:REFIs – 84.868 – –

3.525 98.002 4.519 116.837

A subsidiária TAP ME Brasil aderiu, em 2009, ao programa de refinanciamento fiscal, denominado REFIS, pelo que compensou parte dos juros e multas de contingências com imposto de renda e contribuição social diferidos, sobre a totalidade dos prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, tendo reduzido à sua dívida o montante de 49.448 milhares de Euros.

Em 2010, a responsabilidade assumida pela subsidiária, registada na rubrica provisões, foi reclassificada para a rubrica “Estado e outros entes públicos” (Nota 26).

Page 157: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 157 Relatório Anual 2011

O Decreto-Lei n.º 258/98, de 17 de agosto, revogou as isenções fiscais de que a TAP, S.A. havia vindo a beneficiar, e que tinham sido estabe-lecidas na base XII anexa ao Decreto-Lei nº 39.188, de 25 de abril de 1953, e nos Decretos-Lei nº 39.673, de 22 de maio de 1954, nº 41.000, de 12 de fevereiro de 1957 e nº 44.373, de 29 de maio de 1962, pelo que deixou de estar isenta do pagamento, ao Estado, de impostos e contribuições.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais das empresas, com sede em Portugal, incluídas na consolidação, estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. O Conselho de Administração do Grupo entende que, as eventuais correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos, não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011.

Nos termos do artigo nº 88 do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, as empresas do Grupo (com sede em Portugal) estão sujeitas a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas naquele artigo.

18. outras contas a receber

Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica “Outras contas a receber”, decompõe-se como segue:

2011 2010

Correntesnão

correntes Correntesnão

correntesEmpresas associadas (Nota 56) 119.824 3.700 74.786 3.700 Pessoal 8.661 – 9.248 – Acréscimos de ganhos 5.048 – 8.480 – Outros 27.659 32.619 36.783 25.452 Ajustamentos de imparidade de outros devedores (4.577) (1.921) (4.628) (1.921)

156.615 34.398 124.669 27.231

A rubrica “Empresas associadas – não correntes”, no montante de 3.700 milhares de Euros, respeita a prestações acessórias de capital, con-cedidas à SPdH (Nota 26).

O valor registado na rubrica “Empresas associadas – correntes”, em 31 de dezembro de 2011, respeita, essencialmente, a empréstimos con-cedidos pela TAP SGPS à SPdH, no valor de 118.660 milhares de Euros (2010: 73.000 milhares de Euros), remunerados a taxas normais de mercado, acrescidos de juros por liquidar no montante de 719 milhares de Euros (2010: 520 milhares de Euros). Na sequência do acordo de venda de 50,1% do capital da SPdH, o montante total de 119.379 milhares de Euros, foi convertido em prestações acessórias, para cobertura de prejuízos, por decisão da Assembleia Geral realizada em 31 de janeiro de 2012 (Nota 61).

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 o valor registado na rubrica “Acréscimos de ganhos” decompõe-se do seguinte modo:

2011 2010Venda de milhas a parceiros 2.471 1.521 Juros a receber 701 1.066 Hedging de combustível 429 2.997 Outros 1.447 2.896

5.048 8.480

O montante evidenciado na rubrica de hedging de combustível, a 31 de dezembro de 2011 e 2010, detalha-se como segue:

2011 2010Justo valor de swaps de jet fuel (Nota 24) 429 – Especialização do ganho do exercício – 2.997

429 2.997

Page 158: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

158 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 o valor registado na rubrica “Outros – não correntes” corresponde, essencialmente, a:

2011 2010Depósitos judiciais – brasil 22.221 16.283 Depósitos cativos 4.556 3.307 Depósitos de garantia (Nota 27) 3.550 3.250 sITA – société Internationale de Télécommunications Aéronautiques 356 361

Outros 1.936 2.251 32.619 25.452

Os depósitos cativos respeitam à garantia, da prestação futura de serviços de manutenção, aos aviões da FAF (Força Aérea Francesa).

Os depósitos de garantia são constituídos pela TAP, S.A., no âmbito dos contratos de locação operacional para aviões e reatores que serão devolvidos, sem juros, à medida que esses aviões forem sendo restituídos aos locadores.

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, o valor registado na rubrica “Outros – correntes” corresponde, essencialmente, a:

2011 2010Outros valores a receber de fornecedores 9.722 12.115 Faturação Interline e outros 6.773 8.400 Devedores – brasil 2.790 3.356 IVA das Representações 1.199 1.411

Cauções e garantias 253 655

Outros 6.922 10.846 27.659 36.783

19. Diferimentos

Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010 a rubrica de diferimentos detalha-se como segue:

2011 2010Diferimentos ativos 10.805 12.308

10.805 12.308

2011 2010Diferimentos passivos 65.393 52.617

65.393 52.617

O montante registado na rubrica “Diferimentos ativos”, em 31 de dezembro de 2011 e 2010, detalha-se conforme segue:

2011 2010Comissões 3.232 5.323Rendas e alugueres 2.337 1.428Leasings de aviões 1.975 1.948seguros 1.820 1.983Outros gastos diferidos 1.441 1.626

10.805 12.308

As comissões respeitam a montantes pagos a agentes por bilhetes vendidos, mas ainda não voados e não caducados, até 31 de dezembro de 2011 e 2010.

Page 159: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 159 Relatório Anual 2011

O montante registado na rubrica “Diferimentos passivos”, em 31 de dezembro de 2011 e 2010, é detalhado do seguinte modo:

2011 2010Trabalhos para companhias de aviação 35.125 18.989Programa de fidelização de clientes 28.341 29.976Fornecimento de combustíveis 875 1.750Reservas overhaul 127 123Outros 925 1.779

65.393 52.617

O montante de 35.125 milhares de Euros (2010: 18.989 milhares de Euros), registado na rubrica “Trabalhos para companhias de aviação”, refere--se a faturação provisória de trabalhos de manutenção para terceiros que ainda se encontram em curso à data de 31 de dezembro de 2011.

No âmbito da aplicação do IFRIC 13 – Programa de fidelização de clientes, a atribuição de milhas aos clientes, aderentes ao programa de fide-lização denominado “TAP Victoria”, é diferida com base no valor unitário da milha, percecionado pelo cliente (Nota 2.26).

A rubrica “Fornecimento de combustíveis”, no montante de 875 milhares de Euros (2010: 1.750 milhares de Euros), refere-se ao diferimento de descontos obtidos em 2008, para a compra de combustível durante o período de 2010 a 2012.

20. inventários

O detalhe dos inventários em 31 de dezembro de 2011 e 2010 é como segue:

2011 2010mercadorias 12.982 11.833 Produtos e trabalhos em curso 23.431 15.219 matérias-primas, subsidiárias e de consumo 163.759 180.714 Perdas por imparidade de inventários (57.743) (59.176)

142.429 148.590

A rubrica “Produtos e trabalhos em curso” corresponde ao valor dos materiais e horas aplicados em obras de manutenção de aeronaves para terceiros que ainda se encontram em curso.

As matérias-primas, subsidiárias e de consumo referem-se a material técnico para utilização na reparação de aeronaves próprias e nas obras realizadas para outras companhias de aviação.

O movimento ocorrido na rubrica de perdas por imparidade de inventários, nos exercícios de 2010 e 2011, é conforme segue:

saldo inicial a 1 de janeiro de 2010 59.889

Reforço (Nota 43) 11.058 Reversões (Nota 43) (15.024)utilizações (52)Ajustamento cambial 3.305

saldo final a 31 de dezembro 2010 59.176

Reforço (Nota 43) 3.140 Reversões (Nota 43) (692)utilizações (2.108)Ajustamento cambial (1.773)

saldo final a 31 de dezembro 2011 57.743

Page 160: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

160 Grupo TAP Relatório Anual 2011

21. Clientes

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a rubrica de clientes detalha-se como segue:

2011 2010Clientes, conta corrente 283.129 259.036Clientes de cobrança duvidosa 36.090 35.069Perdas de imparidade acumuladas (68.737) (70.893)

250.482 223.212

A decomposição desta rubrica, por tipo de cliente, é conforme segue:

2011 2010Entidades privadas 94.303 72.234Agências de viagem 85.671 77.856Companhias de aviação 62.645 53.971sPdh (Nota 56) 1.636 6.344Grupo ANA – Aeroportos de Portugal (Nota 56) 39 324Outros 6.188 12.483

250.482 223.212

Os saldos a receber, de agências de viagens e de companhias de aviação, são regularizados, principalmente, através do sistema IATA Clearing House.

O movimento ocorrido na rubrica de perdas de imparidade acumuladas de clientes, nos exercícios de 2010 e 2011, é como segue:

saldo inicial a 1 de janeiro de 2010 71.205

Reforço (Nota 44) 6.922 Reversões (Nota 44) (9.441)utilizações (26)Ajustamento cambial 2.233 saldo final a 31 de dezembro 2010 70.893

Reforço (Nota 44) 4.647 Reversões (Nota 44) (5.218)utilizações (360)Ajustamento cambial (1.225)

saldo final a 31 de dezembro 2011 68.737

22. Caixa e depósitos bancários

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, o detalhe de caixa e equivalentes de caixa apresenta os seguintes valores:

2011 2010Depósitos a prazo 106.766 162.982 Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 60.384 59.517 Numerário 215 178

167.365 222.677

Descobertos bancários (nota 27) 42.350 14.923

Caixa e seus equivalentes 125.015 207.754

O volume de disponibilidades apresentado pelo Grupo TAP resulta, essencialmente, das disponibilidades da TAP, S.A., no montante de 156.848 milhares de Euros (2010: 205.671 milhares de Euros).

Os excedentes de tesouraria são, normalmente, investidos em aplicações financeiras de curto prazo, vencendo juros a taxas normais de mercado.

Page 161: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 161 Relatório Anual 2011

24. instrumentos de capital próprio

O capital nominal do Grupo TAP, no valor de 15.000 milhares de Euros, é composto por 1.500.000 ações nominativas de 10 Euros cada e é detido a 100% pela Parpública – Participações Públicas, SGPS, S.A.

Reservas legais

A reserva legal foi constituída em conformidade com o artigo 295º do Código das Sociedades Comerciais, o qual prevê que esta seja dotada com um mínimo de 5% do resultado líquido do exercício até à concorrência de um valor correspondente à quinta parte do capital social. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser incorporada no capital ou utilizada para absorver preju-ízos depois de esgotadas as outras reservas.

Reservas de conversão cambial

As diferenças de câmbio, resultantes da transposição de unidades operacionais em moeda estrangeira, são registadas no capital próprio, nesta rubrica.

2011entidade saldo inicial Aumentos Diminuições saldo FinalTAP mE brasil e Aeropar:

Conversão das demonstrações financeiras (30.973) 19.574 – (11.399)Extensão do investimento líquido na TAP mE brasil 25.949 – (21.417) 4.532

(5.024) 19.574 (21.417) (6.867)

2010entidade saldo inicial Aumentos Diminuições saldo FinalsEAP–serviços, Administração e Participações lda.

Conversão das demonstrações financeiras (2.385) 2.385 – – TAP mE brasil e Aero–lb:

Conversão das demonstrações financeiras (12.536) – (18.437) (30.973)Extensão do investimento líquido na Aero–lb 7.498 18.451 – 25.949

(7.423) 20.836 (18.437) (5.024)

O aumento de 19.574 milhares de Euros respeita à apropriação, pelo Grupo, das diferenças cambiais resultantes da conversão das demons-trações financeiras das sociedades que operam no Brasil.

A redução de 21.417 milhares de Euros, ocorrida em 2011, respeita às diferenças de câmbio desfavoráveis, provenientes dos financiamentos concedidos, a médio e longo prazo, à TAP ME Brasil, cuja liquidação não é provável que ocorra num futuro previsível, sendo, em substância, uma extensão do investimento líquido do Grupo naquela entidade estrangeira.

Na sequência da reestruturação das empresas brasileiras, ocorrida em 2011, tendo sido efetuada a cisão da Aero–LB que, parcialmente, foi incorporada na TAP ME Brasil (Nota 2.3.1), os financiamentos acima mencionados passaram a ser concedidos diretamente à TAP ME Brasil, sendo que em 2010 eram concedidos diretamente à Aero–LB.

Em 2010, o Grupo procedeu à alienação da Air Macau e, consequentemente, à liquidação da SEAP–Serviços, Administração e Participações Lda. (“SEAP”), pelo que, a reserva de conversão cambial das demonstrações financeiras desta subsidiária, foi desreconhecida por resultados, originando uma menos-valia de 829 milhares de Euros (Nota 37).

Justo valor de instrumentos financeiros derivados

O montante de 1.236 milhares de Euros, apresentado na rubrica “Reservas de justo valor”, corresponde ao justo valor dos instrumentos finan-ceiros classificados como de cobertura, da subsidiária TAP, S.A., contabilizados em conformidade com a política descrita na Nota 2.12.

Page 162: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

162 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados, decompõe-se como segue:

início maturidade2011

líquido2010

líquidoCoberturaSwaps de taxa de juro (Notas 31 e 58)

TTK 15-06-2000 15-06-2011 – (108)TNG 18-06-1999 17-02-2011 – (35)TNI 22-05-2000 22-05-2011 – (116)TOl 26-11-2009 26-11-2019 (1.665) (747)

Swaps de jet fuel (Notas 18 e 58) 429 – (1.236) (1.006)

A rubrica “Resultados transitados” corresponde aos resultados líquidos dos exercícios anteriores, conforme deliberações efetuadas nas Assembleias Gerais. Encontram-se, ainda, registadas nesta rubrica as alterações decorrentes da aplicação, pela primeira vez, das Normas Internacionais de Relato Financeiro.

Resultado por ação

Não existem instrumentos financeiros convertíveis sobre as ações da TAP SGPS, pelo que não existe diluição dos resultados.

2011 2010Resultado atribuível ao acionista da TAP sGPs (76.807) (57.103)Número médio ponderado de ações 1.500.000 1.500.000 Resultado básico por ação (valor em Euros) (51) (38)

Resultado diluído por ação (valor em Euros) (51) (38)

25. interesses não controlados – demonstração da posição financeira

Os interesses não controlados que figuram na demonstração da posição financeira decompõem-se como segue:

2011 2010Interesses não controlados de capital próprio

Cateringpor 2.509 2.614 lFP 5.292 4.741

7.801 7.355

26. Provisões

No decurso dos exercícios de 2011 e 2010 realizaram-se os seguintes movimentos nas rubricas de provisões:

2011saldo inicial Aumentos

Diminuições por utilização

montantes não

utilizados revertidos

Variação cambial

outros movimentos saldo Final

Provisões Provisão para processos judiciais em curso (Nota 45) 38.615 2.059 (241) (14.630) (1.920) 1.941 25.824 Provisão para investimentos financeiros (Nota 37) 115.661 11.124 – – – – 126.785 Outras provisões (Nota 45) 5.299 31 (1.606) (63) (324) 2.140 5.477

159.575 13.214 (1.847) (14.693) (2.244) 4.081 158.086

2010saldo inicial Aumentos

Diminuições por utilização

montantes não

utilizados revertidos

Variação cambial

outros movimentos saldo Final

Provisões Provisão para processos judiciais em curso (Nota 45) 36.358 12.839 (206) (16.055) 3.301 2.378 38.615 Fianças a associadas (Nota 45) 387 – – (387) – – – Provisão para investimentos financeiros (Nota 37) 72.105 43.556 – – – – 115.661 Outras provisões (Nota 45) 25.189 61 (661) (159) 3.170 (22.301) 5.299

134.039 56.456 (867) (16.601) 6.471 (19.923) 159.575

Page 163: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 163 Relatório Anual 2011

Destes movimentos, resultaram ganhos de 12.603 milhares de Euros e 3.701 milhares de Euros, em 2011 e 2010, respetivamente, registados na rubrica provisões (Nota 45). O montante de 11.124 milhares de Euros, referente à provisão para capitais próprios negativos, encontra-se registado na rubrica de ganhos e perdas em associadas (Nota 37).

Provisão para processos judiciais em curso

As provisões para processos judiciais em curso são constituídas de acordo com as avaliações de risco efetuadas pelo Grupo e pelos seus con-sultores legais, baseadas em taxas de sucesso históricas, por natureza de processo e probabilidade de desfecho desfavorável para o Grupo. Em 31 de dezembro de 2011, a provisão existente, no montante de 25.824 milhares de Euros, destina-se a fazer face a diversos processos judiciais intentados contra o Grupo, no país e no estrangeiro.

O detalhe da provisão para processos judiciais em curso é conforme segue:

2011 2010Grupo TAP (sem a subsidiária TAP mE brasil) 6.249 13.246 subsidiária TAP mE brasil 19.575 25.369

25.824 38.615

Em 31 de dezembro de 2011, a subsidiária TAP ME Brasil possuía cerca de 2.042 ações laborais (2.062 ações em 31 de dezembro de 2010). A subsidiária é devedora solidária do passivo laboral pela migração de funcionários da VARIG para a TAP ME Brasil em 2001 e 2002. Há ações laborais propostas por ex-funcionários da VARIG, contra a subsidiária e contra a TAP, S.A., devido à demissão dos funcionários da VARIG após o leilão judicial de venda da unidade produtiva desta empresa, ocorrido em julho de 2006.

Provisão para investimentos financeiros

A rubrica “Provisão para investimentos financeiros”, no montante de 126.785 milhares de Euros, refere-se à apropriação da totalidade do capi-tal próprio negativo da SPdH (ver Nota 2.3.2), acrescida do montante de 3.700 milhares de Euros, relativo a prestações acessórias de capital, concedidas à SPdH pela TAP SGPS, que se encontra registado na rubrica “Outras contas a receber – não correntes” (Nota 18).

O aumento registado nesta rubrica, no montante de 11.124 milhares de Euros, respeita à apropriação da totalidade do prejuízo desta asso-ciada e encontra-se registado na rubrica “Ganhos e perdas em associadas” (Nota 37).

Em março de 2009, um consórcio de três bancos (BIG, Banif e Banco Invest) transferiu para a TAP, S.A. a participação detida na SPdH (50,1%) por 31,6 milhões de Euros. Na mesma data, e durante o período de pendência do processo de concentração na Autoridade da Concorrência, a TAP, S.A. transferiu o exercício dos seus direitos de voto e supervisão, enquanto acionista maioritária da SPdH, para uma entidade indepen-dente do Grupo TAP.

A Autoridade da Concorrência (“AdC”) deliberou, em 19 de novembro de 2009, após uma investigação aprofundada, adotar uma decisão de proibição, relativamente à operação de concentração, que consistia na aquisição, pela TAP, S.A., do controlo exclusivo da SPdH, mediante a aquisição de uma participação de 50,1% do capital social da SPdH.

A AdC impôs, assim, a obrigação de separação da SPdH, mediante a alienação, por parte do Grupo TAP, das ações referentes a, pelo menos, 50,1% do capital social da SPdH. Até à venda, o regulador impôs que a gestão da SPdH seja efetuada por um mandatário de gestão, que age em nome da Autoridade da Concorrência, gerindo a SPdH de forma independente do Grupo.

A 5 de dezembro de 2011, a TAP, S.A. chegou a um acordo de princípio com o Grupo URBANOS para aquisição, por parte deste, de 50,1% do capital da SPdH. A Autoridade da Concorrência já deu o seu parecer favorável sobre a operação, pelo que concretização deste negócio está agora dependente da avaliação do Governo.

Assim, as presentes demonstrações financeiras incluem provisões para fazer face à apropriação da totalidade dos prejuízos e do capital pró-prio da SPdH.

Page 164: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

164 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a informação financeira relativa à empresa associada SPdH–Serviços Portugueses de Handling, S.A., é conforme segue:

2011 Total do activo Capital próprioResultado líquido

do exercíciosPdh–serviços Portugueses de handling, s.A.. 24.703 (123.085) (11.124)

2010 Total do activo Capital próprioResultado líquido

do exercíciosPdh–serviços Portugueses de handling, s.A.. 33.391 (111.961) (43.556)

outras provisões

Esta rubrica é decomposta da seguinte forma:

2011 2010subsidiária TAP mE brasil

Provisão para contingências tributárias 4.053 3.823 Restantes subsidiárias

Outras provisões 1.424 1.476 5.477 5.299

Provisão para contingências tributárias

A subsidiária TAP ME Brasil é parte envolvida em processos tributários que se encontram a decorrer, tanto na esfera administrativa como na judicial, os quais, quando aplicáveis, são garantidos por depósitos judiciais e/ou penhora de bens.

A subsidiária TAP ME Brasil aderiu, em 2009, ao programa de refinanciamento fiscal e parcelou a totalidade das contingências federais, cuja probabilidade de êxito se encontrava classificada como remota.

A movimentação ocorrida na provisão para contingências tributárias foi conforme segue:

saldo em 1 de janeiro de 2010 23.398

Redução por pagamentos efetuados (444)

Variação cambial 3.170 Outros movimentos 2.071 Transferência para Estado e outros entes públicos (Nota 17) (24.372)

saldo em 31 de dezembro de 2010 3.823

Redução por pagamentos efetuados (1.586)Variação cambial (324)Outros movimentos 2.140

saldo em 31 de dezembro de 2011 4.053

27. Financiamentos obtidos

Os financiamentos obtidos apresentam o seguinte detalhe:

2011 2010Corrente não corrente Corrente não corrente

Empréstimos bancários 90.725 413.872 125.705 470.294 Passivos por locação financeira 112.134 571.837 108.367 557.766 Descobertos bancários (Nota 22) 42.350 – 14.923 –

245.209 985.709 248.995 1.028.060

Page 165: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 165 Relatório Anual 2011

Dívida líquida remunerada

Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010 a dívida líquida remunerada detalha-se como segue:

2011 2010Dívida a terceiros remuneradaNão corrente 985.709 1.028.060

Corrente 245.209 248.995 1.230.918 1.277.055

Caixa e seus equivalentes (Nota 22)Numerário 215 178 Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 60.384 59.517 Outras aplicações de tesouraria 106.766 162.982

167.365 222.677

Dívida líquida remunerada 1.063.553 1.054.378

Dívida bancária remunerada

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a dívida bancária remunerada, corrente e não corrente, detalha-se como segue:

2011 2010 indexanteNão correntes

TAP SGPSEmpréstimo bancário bCP 3.741 4.318 Euribor 3mEmpréstimo bancário Deutsche bank 50.772 50.142 Taxa fixa

TAP, S.A.Tagus – sociedade de Titularização de Créditos, s.A. 128.143 155.676 Euribor 3mEmpréstimo bancário Deutsche bank 221.216 260.158 Taxa fixaC. mútuo bPP 10.000 – Euribor 3m

413.872 470.294

CorrentesTAP SGPS

Empréstimo bancário bCP 591 560 Euribor 3mEmpréstimo bancário Deutsche bank 1.434 1.433 Taxa fixalinha de Crédito bPI 4.013 – Euribor 1mDescoberto bancário bEs 7.493 – Euribor 1m

TAP, S.A.Descoberto bancário 34.857 14.923 VáriosTagus – sociedade de Titularização de Créditos, s.A. 27.657 26.069 Euribor 3mlinha de crédito bCP 10.249 40.192 Euribor 1mlinha de crédito banco Popular 6.013 16.146 Euribor 3mEmpréstimo bancário Deutsche bank 40.685 39.290 Taxa fixaC. mútuo bPP 83 – Euribor 3mDiversos – Financiamento frota – 2.015 Vários

133.075 140.628

DÍViDA BAnCáRiA RemUneRADA 546.947 610.922

O montante de 128.143 milhares de Euros, corresponde a um passivo gerado no âmbito de uma operação de securitização de créditos futu-ros, realizada pela TAP, S.A. em dezembro de 2006, ao abrigo do Decreto-Lei nº 453/99, de 5 de novembro, na qual o Deutsche Bank atuou como lead manager, tendo os créditos futuros sido adquiridos pela Tagus – Sociedade de Titularização de Créditos, S.A.

Page 166: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

166 Grupo TAP Relatório Anual 2011

A análise da dívida bancária remunerada, por maturidade e por tipo de taxa de juro, em 31 de dezembro de 2011 e 2010, pode ser efetuada como segue:

2011 2010Por maturidades

Até 1 ano 133.075 140.628 De 1 ano até 2 anos 79.858 66.468 De 2 anos até 3 anos 73.459 69.842 De 3 anos até 4 anos 129.698 73.445 De 4 anos até 5 anos 81.704 129.684 superior a 5 anos 49.153 130.855

546.947 610.922

Por tipo de taxa de juroTaxa variável

Expira num ano 90.956 99.904 Expira entre 1 e 2 anos 39.860 28.116 Expira entre 2 e 3 anos 31.650 29.857 mais de 3 anos 70.374 102.021

232.840 259.898

Taxa fixaExpira num ano 42.119 40.724 Expira entre 1 e 2 anos 39.998 38.352 Expira entre 2 e 3 anos 41.809 39.985 mais de 3 anos 190.181 231.963

314.107 351.024

546.947 610.922

A totalidade, dos empréstimos obtidos, apresenta como moeda funcional o Euro.

O montante global de responsabilidades, acrescido dos juros vincendos, encontra-se apresentado no capítulo referente ao risco de taxa de juro (Nota 3).

locação financeira

O Grupo regista no seu ativo fixo tangível os ativos adquiridos em regime de locação financeira. Em 31 de dezembro de 2011 o Grupo tinha assumido compromissos decorrentes de contratos de locação financeira em conformidade com o descrito na Nota 5, encontrando-se o capi-tal em dívida incluído na posição financeira na rubrica “Financiamentos obtidos”, como segue:

2011 2010Dívidas respeitantes a locação financeira

Equipamento básico 683.926 666.133 Outros ativos fixos tangíveis 45 –

683.971 666.133

Pagamentos futuros de capitalAté 1 ano 112.134 108.367 De 1 ano até 5 anos 390.317 378.752 mais de 5 anos 181.520 179.014

683.971 666.133

As locações financeiras, por moeda funcional, apresentam o seguinte detalhe:

2011 2010locação financeira em EuR 528.888 627.341 locação financeira em usD 155.083 38.792

683.971 666.133

Page 167: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 167 Relatório Anual 2011

A análise dos passivos por locação financeira, por maturidade e por tipo de taxa de juro, em 31 de dezembro de 2011 e 2010, pode ser efe-tuada como segue:

2011 2010Por maturidades

Até 1 ano 112.134 108.367 De 1 a 2 anos 109.233 97.804 De 2 a 3 anos 98.111 96.579 De 3 a 4 anos 113.020 85.124 De 4 a 5 anos 69.953 99.245 mais de 5 anos 181.520 179.014

683.971 666.133

Por tipo de taxa de juroTaxa variável

Expira num ano 60.439 46.915 Expira entre 1 e 2 anos 57.113 58.600 Expira entre 2 e 3 anos 44.614 56.704 mais de 3 anos 121.882 166.107

284.048 328.326

Taxa fixaExpira num ano 51.695 61.451 Expira entre 1 e 2 anos 52.120 39.204 Expira entre 2 e 3 anos 53.497 39.875 mais de 3 anos 242.611 197.277

399.923 337.807

683.971 666.133

O montante global de responsabilidades, acrescido dos juros vincendos, encontra-se apresentado no capítulo referente ao risco de taxa de juro (Nota 3).

locação operacional

Conforme referido na Nota 2.24, estas responsabilidades não se encontram registadas na posição financeira do Grupo. Estes contratos têm durações variáveis que podem ir até aos 8 anos, podendo ser prorrogados por vontade expressa das partes contraentes.

Em 31 de dezembro de 2011, existiam em regime de locação operacional, 18 aeronaves, conforme detalhe na Nota 5.

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 existiam compromissos financeiros, assumidos pela subsidiária TAP, S.A., relativos a rendas de locação operacional de aviões, no montante de 218.876 milhares de Euros (295.483 milhares de USD) e 241.871 milhares de Euros (314.432 milhares de USD), respetivamente (Nota 60).

Os planos de reembolso das rendas das locações operacionais detalham-se como segue:

2011 2010Até 1 ano 49.551 50.209 De 1 a 2 anos 35.829 43.213 De 2 a 3 anos 28.431 30.591 De 3 a 4 anos 26.947 22.811 mais de 4 anos 78.118 95.047

218.876 241.871

Nestes contratos existiam depósitos de garantia constituídos, no montante global de 3.550 milhares de Euros em 31 de dezembro de 2011 e 3.250 milhares de Euros em 31 de dezembro de 2010 (Nota 18), que serão devolvidos ao Grupo, à medida que os aviões são restituídos aos locadores.

Page 168: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

168 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Financial covenants

Os financial covenants constantes dos contratos de leasing e financiamento são os usuais em operações desta natureza, incluindo dispo-sições como obrigatoriedade de manutenção da atividade como operador aéreo, compromissos de fornecimento periódico de informação financeira disponível, bem como, no caso específico de leasings financeiros, obrigações de caráter operacional relativas a registos nas enti-dades oficiais, informações relativas às aeronaves em leasing, estrito cumprimento de toda a regulamentação, procedimentos definidos pelas autoridades, entre outros.

28. Responsabilidades com benefícios pós-emprego

2011 2010Responsabilidade por serviços passados no início do exercício 88.393 87.784

Custo de juros 12.702 11.677

Custo do serviço corrente 3.111 3.281

Contribuições para fundo de pensões (14.631) (15.931)

Ganhos e perdas atuariais (954) 3.678

Alterações cambiais nos planos mensurados numa moeda diferente (2.303) 3.586

Rendimento ativos do fundo (7.778) (5.682)

Responsabilidade por serviços passados no final do exercício 78.540 88.393

Os principais pressupostos atuariais, utilizados na elaboração dos estudos, podem ser apresentados como segue:

Portugal 2011

Brasil 2011

Portugal 2010

Brasil 2010

Tábua de mortalidade TV 88/90 AT2000 TV 88/90 AT2000Tábua de invalidez EKV1980 IAPb-57 EVK 1980 IAPb-57Taxa de desconto 4,75% 10,78% 4,75% 10,35%Taxa de rendimento do fundo 4,75% 11,64% 4,75% 10,90%Taxa de crescimento

salários 1,50% 7,10% 1,50% 6,49%Pensões 1,00% 5,00% 1,00% 4,40%

Tendência dos custos médicos 1,50% – 1,50% –

Page 169: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 169 Relatório Anual 2011

As responsabilidades das diversas empresas do Grupo TAP foram determinadas por estudos atuariais reportados a 31 de dezembro de 2011 e 2010, elaborados por entidades independentes, individualmente para cada uma das empresas, utilizando o método Unidade de Crédito Projetado. As responsabilidades para os exercícios de 2006 a 2011 detalham-se como segue:

2011Pensões

VivaAntes de

1997 AtivosAtos

médicosPrémios Jubileu

Representação inglaterra Brasil Total

Responsabilidades por serviços passadosAtivos 2.579 – – – 39.340 12.440 – 54.359 Pré-reformados – – 2.321 299 – – 84.995 87.615 Aposentados 8.899 40.985 – 2.682 – – – 52.566

Valor de mercado dos fundos (14.719) – – – (29.845) (11.683) (59.753) (116.000)

insuficiência / (excesso) (3.241) 40.985 2.321 2.981 9.495 757 25.242 78.540

2010Pensões

VivaAntes de

1997 AtivosAtos

médicosPrémios Jubileu

Representação inglaterra Brasil Total

Responsabilidades por serviços passadosAtivos 4.854 – – – 37.398 8.956 – 51.208 Pré-reformados – – 820 197 – – 83.569 84.586 Aposentados 6.562 45.000 – 2.942 – 3.424 – 57.928

Valor de mercado dos fundos (15.467) – – – (25.543) (10.370) (53.949) (105.329)

insuficiência / (excesso) (4.051) 45.000 820 3.139 11.855 2.010 29.620 88.393

2009Pensões

VivaAntes de

1997 AtivosAtos

médicosPrémios Jubileu

Representação inglaterra Brasil Total

Responsabilidades por serviços passadosAtivos 3.389 – – – 37.214 14.418 – 55.021 Pré-reformados – – 1.247 115 – – 60.419 61.781 Aposentados 6.723 44.606 – 3.356 – 1.220 – 55.905

Valor de mercado dos fundos (15.149) – – – (22.988) (13.130) (33.656) (84.923)

insuficiência / (excesso) (5.037) 44.606 1.247 3.471 14.226 2.508 26.763 87.784

2008Pensões

VivaAntes de

1997 AtivosAtos

médicosPrémios Jubileu

Representação inglaterra Brasil Total

Responsabilidades por serviços passadosAtivos 7.219 – 2.843 – 32.641 15.638 – 58.341 Pré-reformados – – 1.064 136 – – 40.436 41.636 Aposentados 10.568 44.139 – 3.362 – – – 58.069

Valor de mercado dos fundos (8.819) – – – (18.154) (13.130) (20.775) (60.878)

insuficiência / (excesso) 8.968 44.139 3.907 3.498 14.487 2.508 19.661 97.168

2007Pensões

VivaAntes de

1997 AtivosAtos

médicosPrémios Jubileu

Representação inglaterra Brasil Total

Responsabilidades por serviços passadosAtivos 3.737 – 6.968 – 18.682 15.638 – 45.025 Pré-reformados – – 2.170 218 – – – 2.388 Aposentados 10.512 44.457 – 4.663 – – – 59.632

Valor de mercado dos fundos (9.900) – – – (13.631) (13.130) – (36.661)

insuficiência / (excesso) 4.349 44.457 9.138 4.881 5.051 2.508 – 70.384

2006Pensões

VivaAntes de

1997 AtivosAtos

médicosPrémios Jubileu

Representação inglaterra Brasil Total

Responsabilidades por serviços passadosAtivos 9.644 – – – 20.888 14.729 – 45.261 Pré-reformados – – 1.827 242 – – – 2.069 Aposentados 10.538 45.563 – 5.097 – – – 61.198

Valor de mercado dos fundos (6.444) – – – (12.019) (10.738) – (29.201)

insuficiência / (excesso) 13.738 45.563 1.827 5.339 8.869 3.991 – 79.327

O excesso de financiamento registado em 31 de dezembro de 2011, no montante de 3.241 milhares de Euros, é reembolsável nos termos da lei e/ou dispensa contribuições futuras.

Page 170: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

170 Grupo TAP Relatório Anual 2011

evolução das responsabilidades com pensões e outros benefícios pós-emprego

A evolução das responsabilidades assumidas, refletidas na demonstração da posição financeira consolidada, em 31 de dezembro de 2011 e 2010, é conforme segue:

2011

evolução das responsabilidadesPensões

VivaAntes

de 1997 AtivosAtos

médicosPrémios Jubileu

Representação inglaterra Brasil Total

Responsabilidades no início do exercício 11.416 45.000 820 3.139 37.398 12.380 83.569 193.722 Variação cambial – – – – – 377 (7.132) (6.755)Valores registados nos resultados do exercício:

serviços correntes 353 – – – 2.536 – 222 3.111 Custo dos juros 630 2.137 39 149 1.782 – 7.965 12.702 Desvios atuariais (921) (6.152) 1.462 (307) (1.465) 166 5.358 (1.859)benefícios pagos – – – – (911) (483) (4.987) (6.381)Custos de serviços passados – – – – – – – –

Responsabilidades no fim do exercício 11.478 40.985 2.321 2.981 39.340 12.440 84.995 194.540

2010

evolução das responsabilidadesPensões

VivaAntes

de 1997 AtivosAtos

médicosPrémios Jubileu

Representação inglaterra Brasil Total

Responsabilidades no início do exercício 10.112 44.606 1.247 3.471 37.215 15.638 60.418 172.707Variação cambial – – – – – (2.342) 8.690 6.348Valores registados nos resultados do exercício:

serviços correntes 193 – – – 2.870 – 218 3.281 Custo dos juros 592 2.119 59 165 1.655 – 7.087 11.677 Desvios atuariais 519 (1.725) (486) (497) (1.766) (916) 11.393 6.522 benefícios pagos – – – – (2.576) – (4.237) (6.813)Custos de serviços passados – – – – – – – –

Responsabilidades no fim do exercício 11.416 45.000 820 3.139 37.398 12.380 83.569 193.722

Caso a taxa de tendência dos custos médicos registe um aumento ou decréscimo de um ponto percentual, o respetivo impacto nas respon-sabilidades do Grupo, a 31 de dezembro de 2011 e de 2010, é o seguinte:

Taxa 2011 2010Taxa de crescimento anual dos custos médicos 1,50% 2.981 3.139 Aumento de 1% na taxa de tendência dos custos médicos 2,50% 3.222 3.405 Decréscimo de 1% na taxa de tendência dos custos médicos 0,50% 2.768 2.905

Gastos suportados com pensões e outros benefícios pós-emprego

Relativamente aos gastos suportados com pensões e outros benefícios pós-emprego, o detalhe é conforme segue:

2011Pensões

VivaAntes

de 1997 AtivosAtos

médicosPrémios Jubileu

Representação inglaterra Brasil Total

Valores refletidos na demonstração dos resultadosserviços correntes 353 – – – 2.536 – 222 3.111 Custo dos juros 630 2.137 39 149 1.782 – 7.965 12.702 Retorno dos ativos do plano 748 – – – (1.213) (1.111) (6.202) (7.778)(Ganhos)/Perdas atuariais 5.174 (6.152) 1.462 (307) (1.041) (142) 5.653 4.647

6.905 (4.015) 1.501 (158) 2.064 (1.253) 7.638 12.682

2010Pensões

VivaAntes

de 1997 AtivosAtos

médicosPrémios Jubileu

Representação inglaterra Brasil Total

Valores refletidos na demonstração dos resultadosserviços correntes 193 – – – 2.870 – 218 3.281 Custo dos juros 592 2.119 59 165 1.655 – 7.087 11.677 Retorno dos ativos do plano (318) – – – (1.091) (633) (3.640) (5.682)(Ganhos)/Perdas atuariais 6.766 (1.725) (486) (497) (1.379) 135 5.099 7.913

7.233 394 (427) (332) 2.055 (498) 8.764 17.189

Page 171: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 171 Relatório Anual 2011

Os gastos com pensões e outros benefícios pós-emprego, dos exercícios de 2011 e 2010, encontram-se registados na rubrica de gastos com o pessoal (Nota 42).

evolução dos fundos afetos aos planos de benefícios com pensões

Nos exercícios de 2011 e 2010 a evolução do património dos fundos foi conforme segue:

2011evolução do património dos fundos

Pensões Viva

Prémios Jubileu

Representação inglaterra Brasil Total

saldo inicial 15.467 25.543 10.370 53.949 105.329 Variação cambial – – 316 (4.767) (4.451)Dotação efetuada no exercício – 4.425 370 9.836 14.631 Rendimento dos fundos no exercício (748) 1.213 1.111 6.202 7.778 Desvios atuariais – (424) – (480) (904)benefícios pagos – (912) (484) (4.987) (6.383)sAlDo FinAl 14.719 29.845 11.683 59.753 116.000

2010evolução do património dos fundos

Pensões Viva

Prémios Jubileu

Representação inglaterra Brasil Total

saldo inicial 15.149 22.988 13.130 33.656 84.923 Variação cambial – – (1.967) 4.727 2.760 Dotação efetuada no exercício – 4.425 1.637 9.869 15.931 Rendimento dos fundos no exercício 318 1.091 633 3.640 5.682 Desvios atuariais – (387) (3.063) 6.294 2.844 benefícios pagos – (2.574) – (4.237) (6.811)sAlDo FinAl 15.467 25.543 10.370 53.949 105.329

A composição dos fundos e respetiva categoria das quantias incluídas no justo valor dos ativos do plano, em 31 de dezembro de 2011 e 2010, é conforme segue:

2011 nível de

Justo ValorPensões

VivaPrémios Jubileu

Representação inglaterra Brasil Total

Ações 1 3.268 800 7.399 5.659 17.126 Produtos derivados 2 15 – – – 15 Obrigações 1 3.224 26.243 3.171 47.509 80.147 Dívida Pública 1 4.283 – – – 4.283 Imobiliário 1 978 126 – 1.434 2.538 liquidez 1 2.951 2.272 – 5.151 10.374

Outras aplicações correntes 1 – 404 1.113 – 1.517 14.719 29.845 11.683 59.753 116.000

2010 nível de

Justo ValorPensões

VivaPrémios Jubileu

Representação inglaterra Brasil Total

Ações 1 3.940 823 6.568 7.267 18.598 Produtos derivados 2 18 – – – 18 Obrigações 1 3.469 22.644 2.815 45.306 74.234 Dívida Pública 1 5.811 – – – 5.811 Imobiliário 1 1.001 109 – 1.360 2.470 liquidez 1 1.220 1.590 – 16 2.826 Outras aplicações correntes 1 8 377 987 – 1.372

15.467 25.543 10.370 53.949 105.329

Page 172: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

172 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Pensões – Transportes Aéreos Portugueses, s.A.

De acordo com as normas vigentes na TAP, S.A., esta assegura aos empregados admitidos até 31 de maio de 1993 a diferença entre a pensão de reforma, por limite de idade ou invalidez, atribuída pela Segurança Social, e um montante mínimo garantido pela TAP, S.A.. Este montante corresponde a uma percentagem fixa do vencimento pensionável à data da reforma, por cada ano de serviço na empresa, até um máximo de 20 anos, conforme segue:

+ Pessoal navegante (pilotos e técnicos de voo) – 3,2% por ano de serviço + Pessoal de terra e pessoal navegante de cabina – 4% por ano de serviço

Adicionalmente, a TAP, S.A. assumiu responsabilidades pelo pagamento de prestações de pré-reforma, de modo a que o montante a receber em situação de pré-reforma se situe entre 75% e 100% do valor que o empregado receberia no ativo.

Em outubro de 2008 foi alterado o acordo de empresa com o Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (“SPAC”), o qual teve como principais alterações:

+ Pilotos admitidos até 31 de maio de 2007: o plano de pensões pressupõe a bonificação do tempo de serviço garantida pelo Estado (de 15% ou 10%, conforme a data de início da carreira contributiva) e a possibilidade de bonificação adicional (até 25% ou 30%) por opção do bene-ficiário na data da passagem à reforma (esta bonificação adicional será encargo da TAP, S.A.);

+ Pilotos admitidos a partir de 1 de junho de 2007: o plano de pensões é constituído por um regime de contribuição definida, no montante de 7,5% da remuneração de base efetivamente auferida (14 vezes por ano), do qual 80% é encargo da TAP, S.A.

A TAP, S.A. tem registado, a totalidade das suas responsabilidades com serviços passados pelo pagamento de complementos de pensões e prestações de pré-reforma, referente ao plano de benefício definido.

A quantificação das responsabilidades teve em devida consideração que, nos termos expressos da regulamentação coletiva que consagra o plano de pensões referido, a pensão total garantida pela TAP, S.A., ou seja, pensão da segurança social e complemento de reforma, nunca será superior ao valor da remuneração base mensal líquida de IRS e Segurança Social no ativo. Esta premissa não é aplicável, por não estar consagrada na regulamentação coletiva respetiva ao pessoal navegante técnico, para o qual aquele limite não existe e o salário pensionável é constituído pelo vencimento base da tabela de remunerações, adicionado do vencimento do exercício e das senioridades.

Pensões – TAP me Brasil

Plano de Benefícios II – VEM (Componente de benefícios definidos)

A subsidiária patrocina um plano de pensões aos seus empregados, gerido pelo Instituto AERUS de Segurança Social e denominado Plano de Benefícios II – VEM. Apesar de se tratar de um plano cujo benefício é de “contribuição definida”, o plano também oferece benefícios de inva-lidez e morte sob o conceito de “benefícios definidos”, além de garantir benefícios especiais a um grupo de empregados oriundos da VARIG, que foram absorvidos no quadro da subsidiária, aquando da cisão das operações desta empresa.

A partir de 1 de janeiro de 2002, a subsidiária tornou-se uma das patrocinadoras do Instituto AERUS de Segurança Social (“AERUS”), por meio do plano de reforma complementar, na modalidade de contribuição definida, denominado Plano de Benefícios II – VEM.

Em 2008, a subsidiária solicitou a transferência do administrador do fundo de benefícios dos seus empregados da entidade AERUS. Este pro-cesso foi recusado pela sociedade gestora do fundo AERUS que alegou que a TAP ME Brasil possuía dívidas não reconhecidas na transferên-cia de responsabilidades com benefícios pós-emprego, por ser co-responsável pelo deficit dos fundos de pensões de outros patrocinadores. A TAP ME Brasil está a questionar a validade jurídica da referida dívida e o Conselho de Administração, suportado pelos pareceres preliminares dos seus advogados e consultores externos, entende que a referida dívida não é da sua responsabilidade, razão pela qual não reconheceu qualquer provisão para fazer face ao referido processo (Nota 57).

Assim, apenas a componente de benefício definido, referida anteriormente, se encontra registada na rubrica “Responsabilidades com bene-fícios pós-emprego”.

Prémio de jubilação – PnT – Transportes Aéreos Portugueses, s.A.

O Acordo de Empresa da TAP, S.A., celebrado com o SPAC prevê a garantia, por parte da TAP, S.A., para além de um plano de pensões, de um prémio de jubilação a cada piloto, a ser pago de uma só vez no momento da reforma por velhice, cuja garantia financeira advém dos capi-tais acumulados num seguro de capitalização coletiva constituído pela TAP, S.A. em nome dos pilotos. Os princípios subjacentes à apólice de reforma coletiva celebrada com a companhia seguradora, que reproduzem este Plano de Benefícios de Reforma dos Pilotos, são como segue:

+ (i) Condições de admissão: Pilotos que se encontrem em efetividade de serviço; + (ii) Idade normal de reforma: 65 anos;

Page 173: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 173 Relatório Anual 2011

+ (iii) Garantias: Cada participante terá direito, na data da reforma a um capital de 16 vezes o último salário mensal declarado.

O financiamento do Plano de Benefícios é efetuado através da apólice, que é reforçada pelas contribuições (prémios) efetuadas pela TAP, S.A. e pelo rendimento obtido a partir das aplicações financeiras realizadas pela companhia seguradora num Fundo Autónomo que suporta esta modalidade de seguro.

Em outubro de 2008, foi alterado o acordo de empresa com o SPAC, o qual teve como principais alterações: + Pilotos admitidos até 31 de maio de 2007: o jubileu é mantido, mas apenas será devido no caso de, na data da reforma, estar constituído o direito à pensão completa, podendo o capital ser aumentado por cada ano completo de prestação de serviço, após a formação da pen-são completa;

+ Pilotos admitidos a partir de 1 de junho de 2007: não existe direito ao prémio de jubilação.

Cuidados de saúde – Transportes Aéreos Portugueses, s.A.

A TAP, S.A. assegura aos pré-reformados e reformados antecipadamente, que tenham idade inferior a 65 anos, um plano de saúde que lhes dá acesso a serviços médicos a uma taxa reduzida. Por outro lado, a TAP, S.A. vem facultando aos reformados, a título de liberalidade, a pos-sibilidade de acesso e de utilização dos serviços médicos da UCS, pelos quais pagarão, por cada ato clínico, uma parcela do custo do serviço, sendo a parte restante suportada pela TAP, S.A.

A TAP, S.A. entende que o, facto de permitir aos seus ex-trabalhadores reformados, a utilização dos serviços de saúde prestados na UCS, não constitui uma obrigação, mas tão-somente uma liberalidade em cada momento concedida, pelo que não terá que registar qualquer res-ponsabilidade com a prestação de cuidados de saúde, relativamente aos trabalhadores presentemente no ativo, para o período após a ces-sação da sua atividade laboral na empresa. Desta forma, a esta data, a provisão existente cobre a totalidade das responsabilidades com atos médicos com pré-reformados e reformados antecipadamente, tendo a referida responsabilidade sido determinada com base em estudo atu-arial calculado por entidade independente.

29. Adiantamentos de clientes

O saldo da rubrica de adiantamentos de clientes apresenta a seguinte composição em 31 de dezembro de 2011 e 2010:

2011 2010ministère de la Défense 400 465 linhas Aéreas de Angola – TAAG 193 –Diversas agências de viagem 56 77 Passageiros diversos 37 55

sPdh (Nota 56) 4 2.667 Outros 512 310

1.202 3.574

30. Fornecedores

O saldo da rubrica de fornecedores apresenta a seguinte composição em 31 de dezembro de 2011 e 2010:

2011 2010Fornecedores – conta corrente 146.150 115.849 Fornecedores – faturas em receção e conferência 18.931 26.770

165.081 142.619

Page 174: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

174 Grupo TAP Relatório Anual 2011

O saldo da rubrica “Fornecedores – conta corrente” apresenta a seguinte composição em 31 de dezembro de 2011 e 2010:

2011 2010Petrogal 24.899 10.013 Eurocontrol – Eu 9.119 – Grupo ANA – Aeroportos de Portugal (Nota 56) 7.984 7.814 sPdh (Nota 56) 6.831 12.871 Petrobras Distribuidora 6.777 6.268 Fornecedores da TAP mE brasil 4.400 5.738 Amadeus It Group, s.A. 3.592 4.115 Fornecedores da Representação do brasil 3.344 2.920 bP Portugal – Comércio de combustíveis e lubrificantes s.A. 2.382 1.648 shell brasil, ltda. 2.208 697 AsECNA 2.120 919 Gestmin Power – unipessoal, lda. 2.054 1.457 sonangol 1.986 1.114 NAV – Emp. Pub. Nav. Aérea Portugal 1.736 1.290 INAC – Inst. Nac. Aviação Civil 1.604 1.150 Galp Energia Espanha, s.A.u. 1.463 945 REPsOl Portuguesa, s.A. 1.275 1.298 Galileo International 1.219 671 Rolls-Royce Corporation 1.197 8 ADP – Aeroports de Paris 1.070 779 CFm International, s.A. 1.058 417 siemens e Iberlim ACE 1.043 1.173 Rolls-Royce Plc 1.022 1.411 Outros 55.767 51.133

146.150 115.849

31. outras contas a pagar

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a rubrica “Outras contas a pagar” decompõe-se como segue:

2011 2010Correntes não correntes Correntes não correntes

Acréscimos de gastos 150.712 – 141.922 –Fornecedores de imobilizado 2.684 – 2.930 –Pessoal 2.236 – 4.481 –Empresas associadas (Nota 56) 737 – 717 –sindicatos 276 – 301 –Outros 65.988 1.958 65.436 1.032

222.633 1.958 215.787 1.032

Acréscimos de gastos

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a rubrica “Acréscimos de gastos” detalha-se do seguinte modo:

2011 2010Remunerações 41.174 62.463 Reservas de manutenção 18.408 11.894 Combustíveis de avião 13.952 4.191 Encargos especiais da atividade de venda 11.295 10.718 Comissões a pagar a entidades não residentes 9.998 7.238 Conservação e reparação de material 5.576 2.294 Assistência por terceiros 4.579 4.261 Remunerações – pessoal navegante 4.292 10.162 Taxas de embarque de passageiros 3.175 1.377 Booking fees 2.943 287 Trabalhos especializados 1.975 6.218 Taxas de aterragem 1.163 1.225 segurança social outras entidades – brasil 1.097 1.159 seguros a liquidar 835 360 Taxas de navegação aérea 603 447 Comissões 524 292 Outros 29.123 17.336

150.712 141.922

Page 175: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 175 Relatório Anual 2011

Nos termos do Orçamento de Estado para 2012 não foi registada a estimativa do gasto, à data de 31 de dezembro de 2011, referente ao sub-sídio de férias a liquidar em 2012.

outros – não correntes

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica é composta, essencialmente, pelo justo valor dos instrumentos financeiros derivados, nomeadamente swaps de taxa de juro, nos montantes de 1.665 milhares de Euros e 747 milhares de Euros, respetivamente (Notas 24 e 58).

outros – correntes

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a rubrica “Outros – correntes” detalha-se do seguinte modo:

2011 2010Taxas e impostos 45.517 41.119Indemnizações de acidentes de trabalho 892 1.463saldos a pagar a clientes 1.296 1.104Swaps taxa juro (Notas 24 e 58) – 259Outros 18.283 22.208

65.988 66.153

A rubrica de taxas e impostos refere-se, essencialmente, a valores a pagar a diversas entidades, relacionados com taxas cobradas aos clien-tes nos bilhetes emitidos.

32. Documentos pendentes de voo

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a responsabilidade do Grupo, relativamente a bilhetes emitidos e não utilizados, registada na rubrica “Documentos pendentes de voo”, era a seguinte:

2011 2010Passageiros 248.647 238.298Carga 14.863 939

263.510 239.237

Durante os exercícios de 2011 e 2010, com base nas análises parciais e periódicas que são efetuadas a esta rubrica (Nota 2.26), resultaram ajustamentos às receitas de transporte de passageiros e de carga, respetivamente, nos montantes de 56.095 milhares de Euros (3,7% da receita voada) e 59.345 milhares de Euros (3% da receita voada), que foram reconhecidos na rubrica “Vendas e serviços prestados”.

Page 176: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

176 Grupo TAP Relatório Anual 2011

35. Vendas e serviços prestados

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, as vendas e serviços prestados apresentam-se como segue:

2011 2010Vendas

mercado internoTransporte aéreo e manutenção 2.011 2.445 Catering 4.378 5.383 lojas Francas 17.342 16.180 Cuidados de saúde 124 –

mercado externoTransporte aéreo e manutenção 7.571 2.918 lojas Francas 125.436 117.876

156.862 144.802

Serviços prestadosmercado interno

Transporte aéreo e manutenção 154.266 217.154 Catering 1.231 1.348 Cuidados de saúde 3.809 – Tecnologias de informação 3.368 5.862

mercado externoTransporte aéreo e manutenção 2.119.274 1.946.079 Tecnologias de informação 70 276

2.282.018 2.170.719

2.438.880 2.315.521

36. subsídios à exploração

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 os subsídios à exploração apresentam-se como segue:

2011 2010Outros rendimentos e ganhos 3.253 4.565

3.253 4.565

O Grupo reconhece, anualmente, os subsídios a receber do Estado relativamente à comparticipação no preço de venda do bilhete para pas-sageiros com destino ou origem no arquipélago dos Açores, desde que os passageiros se enquadrem no regime legal aplicável. O montante reconhecido, em cada exercício, corresponde, à estimativa do Grupo, do valor a receber por bilhetes voados, no próprio exercício, por pas-sageiros abrangidos pelo benefício.

37. Ganhos e perdas em associadas

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a rubrica ganhos e perdas em associadas detalha-se do seguinte modo:

2011 2010GanhosAcademia Aeronáutica de Évora, s.A. – 319

– 319

PerdassEAP (Nota 24) – 829 sPdh (Nota 26) 11.124 43.556

11.124 44.385

11.124 44.066

Os valores registados nesta rubrica, em 31 de dezembro de 2011, correspondem ao prejuízo do exercício da SPdH, conforme descrito na Nota 2.3.2 e na Nota 26, decorrente da aplicação do método de equivalência patrimonial.

Page 177: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 177 Relatório Anual 2011

Adicionalmente, em 2010, o Grupo procedeu à alienação da participação na Academia Aeronáutica de Évora, S.A., o que gerou uma mais--valia de 319 milhares de Euros.

Ainda em 2010, na sequência da alienação da participação do Grupo na Air Macau, procedeu-se à extinção da SEAP, gerando uma menos--valia de 829 milhares de Euros.

38. Variação da produção

A variação da produção em 2011 e 2010 foi como segue:

2011 2010Inventários iniciais (15.219) (8.131)Regularização de inventários 2.300 (7.926)Inventários finais 23.431 15.219

10.512 (838)

39. Trabalhos para a própria entidade

Os trabalhos para a própria entidade, em 2011 e 2010, nos montantes de 950 milhares de Euros e 2.406 milhares de Euros, respetivamente, referem-se a gastos com pessoal e outros incluídos no custo de aquisição/produção de inventários, com duração superior a um ano.

40. Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas em 2011 e 2010 foi como segue:

2011 2010

mercadorias

matérias-primas, subsidiárias

e de consumo mercadorias

matérias-primas, subsidiárias

e de consumoInventários iniciais 11.833 180.714 11.152 167.199 Compras 84.687 67.102 77.851 118.531 Regularização de inventários 10.652 10.025 8.633 (14.990)Inventários finais (12.982) (163.759) (11.833) (180.714)

94.190 94.082 85.803 90.026

188.272 175.829

Page 178: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

178 Grupo TAP Relatório Anual 2011

41. Fornecimentos e serviços externos

Os fornecimentos e serviços externos são decompostos como segue:

2011 2010Combustíveis de avião 716.867 522.933 serviços de handling 157.667 149.526 Taxas de navegação aérea 135.318 132.644 Trabalhos especializados 76.309 82.007 Conservação e reparação de equipamento de voo 69.564 66.176 Comissões 64.582 64.333 Taxas de aterragem 53.655 51.383 Rendas e alugueres 51.105 54.243 locação operacional de aeronaves (Nota 27) 50.293 56.298 Despesas a bordo 42.662 41.929 Encargos especiais de venda – transporte aéreo 39.409 36.705 Alojamento e alimentação nas escalas 21.737 21.395 Conservação e reparação de outros ativos 17.132 18.501 subcontratos 14.699 11.620 seguros 8.113 8.163 honorários 5.171 2.854 Vigilância e segurança 3.471 3.811 Outros gastos com fornecimentos e serviços externos 119.306 120.418

1.647.060 1.444.939

O aumento dos gastos relacionados com fornecimentos e serviços externos deve-se, essencialmente, ao aumento da atividade face ao perí-odo homólogo acompanhado do aumento do preço médio do jet fuel (ver Nota 3).

A rubrica “Outros gastos com fornecimentos e serviços externos” apresenta o seguinte detalhe:

2011 2010Taxas de controlo de tráfego aéreo 20.133 19.196 Encargos com bagagem de carga e correio 18.836 19.800 Publicidade e propaganda 11.244 6.736 Fretamento de aviões 9.386 9.557 Comunicação 8.661 8.596 Outras irregularidades 6.098 4.723 Irregularidades operacionais 4.815 7.584 Electricidade 4.456 3.721 Transporte de mercadorias 4.289 3.071 Despesas em terra com passageiros da classe executiva 4.231 3.304 Deslocações e estadas 3.337 3.603 Passageiros em trânsito 1.845 2.412 Facilidades nos aeroportos 1.585 5.171 Outros 20.390 22.944

119.306 120.418

42. Gastos com o pessoal

Os gastos com o pessoal podem ser decompostos conforme segue:

2011 2010Remunerações do pessoal 389.990 406.701 Encargos sociais 79.024 82.973 Outros gastos com o pessoal 42.274 52.858 Gastos com benefícios pós-emprego (Nota 28) 12.682 17.189

523.970 559.721

As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais do Grupo TAP, em 2011, foram:

+ Conselho de Administração: 3.251 milhares de Euros + Assembleia Geral: 5 milhares de Euros + Conselho Fiscal / Fiscal Único: 92 milhares de Euros

Page 179: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 179 Relatório Anual 2011

outros gastos com o pessoal

Os outros gastos incorridos com o pessoal detalham-se do seguinte modo:

2011 2010seguros 14.865 11.564 Gastos de ação social 9.996 12.657 Comparticipação de refeições 4.639 4.900 seguro de acidentes de trabalho 2.904 3.464 Outros 9.870 20.273

42.274 52.858

43. Ajustamentos de inventários (perdas / reversões)

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a rubrica detalha-se como segue:

2011 2010

Perdas em inventários

Reversão de ajustamentos

em inventáriosPerdas em inventários

Reversão de ajustamentos em

inventáriosmatérias-primas, subsidiárias e de consumo (Nota 20) 3.140 (692) 11.058 (15.024)

3.140 (692) 11.058 (15.024)

2.448 (3.966)

44. imparidade de dívidas a receber (perdas / reversões)

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 esta rubrica detalha-se conforme segue:

2011 2010Ajustamentos

em contas a receber

Reversão de ajustamentos

em contas a receber

Ajustamentos em contas a

receber

Reversão de ajustamentos

em contas a receber Clientes (Nota 21) 4,647 (5.218) 6.922 (9.441)Outras contas a receber – correntes 107 (124) – – Outros ativos financeiros (Nota 13) – – – (1.788)

4.754 (5.342) 6.922 (11.229)

(588) (4.307)

45. Provisões (aumentos / reduções)

O detalhe do valor apurado na rubrica de provisões, líquidas de dotações e reversões, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010, é o seguinte:

2011 2010Provisão para processos judiciais em curso (12.571) (3.216)Fianças a associadas – (387)Outras provisões (32) (98)

(12.603) (3.701)

Page 180: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

180 Grupo TAP Relatório Anual 2011

46. imparidade de ativos

A imparidade de ativos fixos, depreciáveis e não depreciáveis, reconhecida em 2011 e 2010, detalha-se como segue:

2011 2010Ativos fixos depreciáveis (Nota 5)

Edifícios e outras construções – 440 Equipamento básico 2.350 –

2.350 440

Ativos fixos não depreciáveis (Nota 5)Terrenos e recursos naturais 3.400 500

3.400 500

5.750 940

47. Aumentos / reduções de justo valor

Em 31 de dezembro de 2011 foi reconhecido, nos resultados do exercício, um ganho de 255 milhares de Euros (Nota 6) resultantes da varia-ção de justo valor das propriedades de investimento.

48. outros rendimentos e ganhos

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a rubrica outros rendimentos e ganhos detalha-se como segue:

2011 2010Rendimentos suplementares 42.787 57.518 Ganhos em ativos fixos 2.606 2.547 Ganhos em existências 714 2.279 Descontos de pronto pagamento obtidos 380 223 Diferenças de câmbio favoráveis operacionais – 10.294 Outros rendimentos e ganhos 1.151 2.247

47.638 75.108

A rubrica “Rendimentos suplementares” apresenta a seguinte composição em 31 de dezembro de 2011 e 2010:

2011 2010Venda de milhas TAP 15.060 12.185material de armazém recuperado 5.560 19.592Publicidade 4.403 3.671Rendas e sublocações 3.853 2.334Aluguer de aeronaves 1.733 2.392Outras 12.178 17.344

42.787 57.518

A variação ocorrida na rubrica “Material de armazém recuperado”, face ao exercício anterior, deve-se, essencialmente, ao facto da subsidiária TAP ME Brasil ter diminuído, em 2011, a utilização de parte da sua mão-de-obra disponível para recuperar spare parts, em consequência do aumento de atividade para terceiros no Brasil.

Page 181: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 181 Relatório Anual 2011

49. outros gastos e perdas

Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010 a rubrica de outros gastos e perdas detalha-se como segue:

2011 2010Outros gastos e perdas de serviços financeiros 9.541 15.031Impostos 7.884 7.937Diferenças de câmbio desfavoráveis operacionais 5.604 –Perdas em ativos fixos 3.196 1.732Perdas em existências 2.882 9.821multas e penalidades 265 4.207Outros 2.560 6.312

31.932 45.040

50. Gastos / reversões de depreciação e de amortização

O valor desta rubrica é composto conforme segue:

2011 2010Ativos fixos tangíveis (Nota 5)

Edifícios e outras construções 6.016 5.947 Equipamento básico 110.931 127.780 Equipamento de transporte 233 332 Ferramentas e utensílios 1.762 984 Equipamento administrativo 1.959 2.250 Outros ativos fixos tangíveis 780 661

121.681 137.954

Outros ativos intangíveis (Nota 8)Outros ativos intangíveis 509 668

509 668

122.190 138.622

51. Juros e rendimentos e gastos similares obtidos / suportados

Os juros e rendimentos e gastos similares, incorridos e obtidos em 31 de dezembro de 2011 e 2010, detalham-se como segue:

2011 2010Rendimentos e ganhos

Juros obtidos de investimentos 8.596 6.896 8.596 6.896

Gastos e perdasJuros suportados de financiamentos 44.524 44.977 Diferenças de câmbio desfavoráveis 8.195 3.159 Outros gastos e perdas financeiros 2.313 2.757

55.032 50.893

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a rubrica de juros suportados refere-se a juros de financiamento.

52. imposto sobre o rendimento do exercício

As empresas do Grupo, com sede em Portugal, são tributadas em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), com base nos seus resultados individuais, à taxa normal de 25%. Ao IRC acresce Derrama a uma taxa que varia entre 1,5% e 4%, a qual incide igualmente sobre o lucro tributável, resultando numa taxa de imposto agregada de cerca de 29%.

Page 182: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

182 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Nos termos do artigo nº 88 do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, as empresas do Grupo, com sede em Portugal, encontram-se sujeitas a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas naquele artigo.

Nos termos do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, os rendimentos e ganhos e os gastos e perdas, assim como as variações patrimoniais relevadas na contabilidade, em consequência da utilização do método da equivalência patrimonial, não concorrem para a determinação do lucro tributável. Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a rubrica “Imposto sobre o rendimento do exercício” apresenta o seguinte detalhe:

2011 2010Imposto corrente 7.749 8.893

Imposto diferido (Nota 15) (49) (396) 7.700 8.497

O imposto corrente de 2011 refere-se, essencialmente, ao imposto corrente da subsidiária TAP, S.A., o qual ascende a 2.907 milhares de Euros (2010: 5.015 milhares de Euros), que inclui a Derrama, que incide sobre o lucro tributável, e tributação autónoma das ajudas de custo do pessoal navegante.

A reconciliação da taxa efetiva de imposto nos exercícios de 2011 e 2010 é evidenciada como segue:

2011 2010Resultado antes de impostos (64.503) (44.418)

Taxa nominal de imposto 29 % 29 % (18.706) (12.881)

Diferenças permanentes 18.897 14.383Reversão/(reforço) de impostos diferidos ativos relativos a prejuízos fiscais 708 709Insuficiência/(excesso) de estimativa para impostos do exercício anterior (1.065) (340)utilização prejuízos fiscais reportáveis de exercícios anteriores sem IDA (711) (11.171) Prejuízos fiscais reportáveis do exercício sem IDA 5.780 15.072 Tributação autónoma e outras formas de tributação 2.797 2.725

Imposto sobre o rendimento 7.700 8.497

Taxa efetiva de imposto (11,94%) (19,13%)

Imposto corrente 7.749 8.893 Imposto diferido (49) (396)

7.700 8.497

53. interesses não controlados – resultado líquido

Os interesses não controlados, presentes na demonstração dos resultados, a 31 de dezembro de 2011 e 2010 detalham-se como segue:

2011 2010Interesses não controlados de resultado líquido

Cateringpor 450 584lFP 4.154 3.604

4.604 4.188

55. Relato por segmentos

Foram identificados os seguintes segmentos de negócio: transporte aéreo, manutenção, free shop, catering e outros. Os resultados, ativos e passivos de cada segmento, correspondem àqueles que lhe são diretamente atribuíveis, bem como os que, numa base razoável, lhes podem ser atribuídos.

Page 183: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 183 Relatório Anual 2011

segmentos de negócio

A informação financeira, por segmentos de negócio, do exercício de 2011, analisa-se como segue:

manutençãoTransporte

AéreoPortugal Brasil Free

shopCatering Holdings

e outrosAnulações

intersegmentaisConsolidado

RÉDITOSRéditos 2.194.025 92.566 64.131 142.779 36.698 47.651 (138.970) 2.438.880 Resultados operacionais 31.629 9.795 (61.479) 11.710 1.199 (10.921) – (18.067)Resultados financeiros líquidos externos (36.258) – (4.212) 86 93 (6.145) – (46.436)Parte de perdas líquidas em associadas – – – – – (11.124) – (11.124)Imposto sobre o rendimento (3.986) – – (3.327) (345) (42) – (7.700)Interesses minoritários – – – 4.154 450 – – 4.604

Resultado líquido do exercício (8.615) 9.795 (65.691) 8.469 947 (17.108) – (72.203)

OUTRAS INFORMAÇÕESTotal dos ativos segmentais 2.013.474 – 150.021 24.323 12.823 578.999 (797.676) 1.981.964 Total de passivos segmentais 1.964.978 – 461.909 13.523 7.704 674.771 (797.676) 2.325.209 Amortizações e perdas por imparidade (109.915) (10.494) (2.598) (781) (767) (3.385) – (127.940)

CAPEX 9.527 2.911 2.034 2.552 365 813 – 18.203 Dívida líquida remunerada 1.004.969 – (661) (4.510) (2.923) 66.678 – 1.063.553

A informação financeira, por segmentos de negócio, do exercício de 2010, analisa-se como segue:

manutençãoTransporte

AéreoPortugal Brasil Free

shopCatering Holdings

e outrosAnulações

intersegmentaisConsolidado

RÉDITOSRéditos 2.054.592 126.541 52.495 134.056 36.326 41.371 (129.860) 2.315.521 Resultados operacionais 75.824 25.685 (74.149) 10.102 1.613 (39.496) – (421)Resultados financeiros líquidos externos (37.502) – (621) 127 32 (6.033) – (43.997)Parte de perdas líquidas em associadas – – – – – (44.066) – (44.066)Imposto sobre o rendimento (5.210) – – (2.881) (397) (9) – (8.497)Interesses minoritários – – – 3.604 584 – – 4.188

Resultado líquido do exercício 33.112 25.685

(74.770) 7.348 1.248 (45.538) – (52.915)

OUTRAS INFORMAÇÕESTotal dos ativos segmentais 2.096.272 – 165.627 24.438 12.801 623.565 (835.880) 2.086.823 Total de passivos segmentais 2.049.114 – 418.682 14.805 7.497 697.416 (835.880) 2.351.634 Amortizações e perdas por imparidade (124.267) (8.797) (3.866) (710) (793) (1.129) – (139.562)

CAPEX 2.626 6.927 8.429 1.000 315 1.616 – 20.913 Dívida líquida remunerada 1.014.228 – (3.294) (7.933) (4.332) 55.709 – 1.054.378

O segmento de Manutenção – Portugal encontra-se incluído na estrutura da subsidiária TAP, S.A., razão pela qual não são apresentados os seus ativos e passivos separadamente.

segmentos geográficos

manutenção

2011Transporte

AéreoPortugal Brasil Free

shopCatering Holdings

e outrosAnulações

intersegmentaisConsolidado

Vendas e serviços prestados:Continente e ilhas 201.339 16.058 – 17.342 36.698 47.580 (138.970) 180.047 Europa 737.126 43.248 – 82.764 – – – 863.138 Atlântico sul 767.645 8.869 64.131 20.860 – – – 861.505 Atlântico Norte 85.412 5.939 – 2.406 – – – 93.757 Atlântico médio 49.527 – – 1.407 – – – 50.934 África 352.976 17.111 – 16.718 – 71 – 386.876 Outros – 1.341 – 1.282 – – – 2.623

2.194.025 92.566 64.131 142.779 36.698 47.651 (138.970) 2.438.880

Page 184: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

184 Grupo TAP Relatório Anual 2011

manutenção

2010Transporte

AéreoPortugal Brasil Free

shopCatering holdings

e outrosAnulações

intersegmentaisConsolidado

Vendas e serviços prestados:Continente e ilhas 200.640 31.045 – 16.180 36.326 41.095 (129.860) 195.426 Europa 693.698 64.788 – 77.759 – – – 836.245 Atlântico sul 699.420 6.920 52.495 19.637 – – – 778.472 Atlântico Norte 72.102 9.863 – 2.259 – – – 84.224 Atlântico médio 43.187 – – 1.321 – – – 44.508 África 345.543 13.532 – 15.697 – 276 – 375.048 Outros 2 393 – 1.203 – – – 1.598

2.054.592 126.541 52.495 134.056 36.326 41.371 (129.860) 2.315.521

56. entidades relacionadas

Os saldos e transações entre as empresas do grupo que integram o perímetro de consolidação são eliminados no processo de consolidação, não sendo alvo de divulgação na presente nota. Os saldos e transações entre o Grupo e as empresas associadas (consolidadas por equivalên-cia patrimonial) encontram-se discriminados nos quadros abaixo. Os termos ou condições praticados entre o Grupo e as partes relacionadas são substancialmente idênticos aos termos que normalmente seriam contratados entre entidades independentes em operações comparáveis.

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 os saldos com partes relacionadas decompõem-se como segue:

Ativos

2011

outras contas a receber

não correntes (nota 18)

Clientes (nota 21)

Adiantamentos a fornecedores

(nota 16)

outras contas a recebercorrentes (nota 18) Diferimentos

AcionistaParpública–Participações Públicas, sGPs, s.A. – – – – –

Empresas associadassPdh–serviços Portugueses de handling, s.A. 3.700 1.636 – 119.824 –

Outras entidades relacionadasGrupo ANA – Aeroportos de Portugal – 39 – 98 604

3.700 1.675 – 119.922 604

Passivos

2011

outras contas a pagar

não correntesFornecedores

(nota 30)

Adiantamentos de clientes(nota 29)

outras contas a pagar

correntes (nota 31) Diferimentos

AcionistaParpública–Participações Públicas, sGPs, s.A. – – – – –

Empresas associadassPdh–serviços Portugueses de handling, s.A. – (6.831) (4) (737) (92)

Outras entidades relacionadasGrupo ANA – Aeroportos de Portugal – (7.984) – (1.670) –

– (14.815) (4) (2.407) (92)

Activos

2010

outras contas a receber não

correntes (nota 18)

Clientes (nota 21)

Adiantamentos a fornecedores

(nota 16)

outras contas a receber correntes (nota 18) Diferimentos

AcionistaParpública–Participações Públicas, sGPs, s.A. – – – – –

Empresas associadassPdh–serviços Portugueses de handling, s.A. 3.700 6.344 434 74.786 2

Outras entidades relacionadasGrupo ANA – Aeroportos de Portugal – 324 – – 558

3.700 6.668 434 74.786 560

Page 185: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 185 Relatório Anual 2011

Passivos

2010

outras contas a pagar

não correntesFornecedores

(nota 30)

Adiantamentos de clientes (nota 29)

outras contas a pagar

correntes (nota 31) Diferimentos

AcionistaParpública–Participações Públicas, sGPs, s.A. – – – – –

Empresas associadassPdh–serviços Portugueses de handling, s.A. – (12.871) (2.667) (717) (92)

Outras entidades relacionadasGrupo ANA – Aeroportos de Portugal – (7.814) – (1.981) (1)

– (20.685) (2.667) (2.698) (93)

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 as transações ocorridas entre partes relacionadas decompõe-se como segue:

2011Fornecimentos

e serviços externosoutros gastos

e perdasVendas e serviços

prestadosoutros rendimentos

e ganhosCustos

financeiros

AcionistaParpública–Participações Públicas, sGPs, s.A. – – – – –

Empresas associadassPdh–serviços Portugueses de handling, s.A. (79.780) – 9.795 1.487 1.785

Outras entidades relacionadasGrupo ANA - Aeroportos de Portugal (70.630) (250) 64 8 –

(150.410) (250) 9.859 1.495 1.785

2010Fornecimentos

e serviços externosoutros gastos

e perdasVendas e serviços

prestadosoutros rendimentos

e ganhosCustos

financeiros

AcionistaParpública–Participações Públicas, sGPs, s.A. – – – – –

Empresas associadassPdh–serviços Portugueses de handling, s.A. (78.278) (19) 10.414 1.565 517

Outras entidades relacionadasGrupo ANA - Aeroportos de Portugal (67.640) (155) 82 468 –

(145.918) (174) 10.496 2.033 517

57. Ativos e passivos contingentes

Ativos contingentes

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 o Grupo não possuía ativos contingentes.

Passivos contingentes

A subsidiária brasileira TAP ME Brasil possui ações de naturezas tributária, cívil e laboral, envolvendo riscos de perda classificados pela Administração como possíveis, com base na avaliação dos seus consultores jurídicos, para as quais não foi constituída provisão.

Ações laborais

+ (i) FGTS não depositado entre 2002/2004 e Periculosidade/InsalubridadeValor: 75.212 milhares de Euros

A principal ação laboral trata-se de um processo movido pelo sindicato onde é reclamado o depósito do FGTS entre o período 2002 e 2004 de todos os funcionários de Porto Alegre.

Page 186: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

186 Grupo TAP Relatório Anual 2011

A outra ação refere-se, ao requerimento de pagamento adicional de insalubridade e periculosidade, para todos os funcionários que exercem a função de auxiliar de manutenção de aeronaves em Porto Alegre. Após análise da prova pericial, foi concluído que as atividades exercidas não se caracterizam como perigosas ou insalubres. O processo encontra-se no TST (Brasília) com recurso do Sindicato para ser julgado.

A TAP ME Brasil entende, baseada em informações provenientes dos seus advogados, que destes processos não resultarão impactos mate-rialmente relevantes, suscetíveis de afetar as suas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011.

Ações fiscais

+ (ii) Execução fiscal de obrigação de pagamento de ICMS – Imposto na importação de mercadorias Valor: 117.260 milhares de Euros

Em março de 2009, foi lavrado um auto de infração contra a TAP ME Brasil sobre a suposta exigência do pagamento de ICMS, o qual incide sobre a importação de mercadorias. A subsidiária apresentou impugnação administrativa sobre o auto de infração que foi julgado procedente. Em dezembro de 2009, o recurso do Estado foi julgado procedente no Conselho de Contribuintes. De acordo com os advogados desta sub-sidiária, a probabilidade de perda é possível na esfera administrativa e remota na esfera judicial.

+ (iii) Execução fiscal de obrigações acessórias de ICMS – Imposto na importação de mercadorias Valor: 10.708 milhares de Euros

Em dezembro de 2007, a subsidiária foi notificada, no âmbito de uma execução fiscal, proposta pela Fazenda do Estado de São Paulo (Guarulhos), relativa a obrigações acessórias de ICMS. A subsidiária realizou a penhora de 2% da faturação, bem como a suspensão da exe-cução com as razões para a revisão da execução fiscal. Atualmente, a subsidiária está a aguardar a decisão do Juiz em relação à suspensão da execução. A probabilidade de êxito por parte da subsidiária é considerada possível.

+ (iv) Auto de infração de II/IPI/PIS/COFINS – Importação Valor: 82.299 milhares de Euros

A subsidiária foi notificada pela Reserva Federal, em 16 de outubro de 2007, que entendeu não serem aplicáveis às operações de importação da subsidiária a isenção de II e IPI e a alíquota 0% de PIS e COFINS. Aguarda-se o julgamento da defesa apresentada pela subsidiária. A TAP ME Brasil entende, baseada em informações provenientes dos seus advogados, que deste processo não resultarão impactos materialmente relevantes, suscetíveis de afetar as suas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011. A probabilidade de êxito por parte da sub-sidiária é considerada possível.

outras

+ (v) Fundo AERUS – fundo de pensões BrasilValor: 16.500 milhares de Euros

Em 2009, a sociedade gestora do fundo AERUS (fundo de pensões Brasil) alegou que a TAP ME Brasil possuía dívidas, não reconhecidas na transferência de responsabilidades com benefícios pós-emprego para o referido fundo, de cerca de 16,5 milhões de Euros (40 milhões de Reais), por ser co-responsável pelo deficit dos fundos de pensões de outros patrocinadores (VARIG e VASP). Segundo a avaliação da Administração da TAP ME Brasil, fundamentada na opinião dos seus assessores jurídicos, a dívida apresentada pela AERUS não possui fundamentação legal. A estimativa de probabilidade de que a TAP ME Brasil venha a pagar essa dívida é remota. Consequentemente, em 31 de dezembro de 2011, a subsidiária não registou qualquer provisão para fazer face a esta contingência (Nota 28).

+ (vi) Ativos penhoradosValor: 21.384 milhares de Euros

A subsidiária TAP ME Brasil possui diversos bens ativos penhorados, no valor de 21.384 milhares de Euros (25.852 milhares de Euros em 2010), que se referem a garantias requeridas em processos fiscais e laborais. Entre os bens encontram-se veículos, computadores, componentes, itens dos hangares do Rio de Janeiro e Porto Alegre, entre outros.

A divulgação do passivo contingente, efetuada em 31 de dezembro de 2010, referente ao auto de infração IRPJ/CSLL/PIS/COFINS do exercí-cio de 2002, não é aplicável à data de 31 de dezembro de 2011, dado que em 2011 foi realizado um trabalho para identificação de documen-tação comprovativa das despesas. Em posse da documentação, os advogados da subsidiária TAP ME Brasil classificam as probabilidades de perda como remotas, em 31 de dezembro de 2011.

A Câmara Municipal de Lisboa interpôs, em exercícios anteriores, no Supremo Tribunal Administrativo, um recurso que se encontra pendente da decisão do Governo Português, consubstanciado no Decreto-Lei n.º 351/89, de 13 de outubro, ao abrigo do qual se processou a transfe-rência para a propriedade da TAP, S.A. dos terrenos, edifícios e outras construções, utilizados pelo Grupo TAP, e localizados junto do Aeroporto de Lisboa, desafetando-os do domínio público. Paralelamente, foi colocada uma ação cível, cuja tramitação depende do desfecho do processo atrás referido. A TAP, S.A. entende, baseada em informações provenientes dos seus advogados, que, do desfecho destes processos judiciais, não resultarão impactos materiais, suscetíveis de afetar as suas demonstrações financeiras, em 31 de dezembro de 2011.

Page 187: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 187 Relatório Anual 2011

58. Detalhe dos ativos e passivos financeiros

A reconciliação das posições financeiras consolidadas, em 31 de dezembro de 2011 e 2010, com as diversas categorias dos ativos e passi-vos financeiros, nelas incluídas, detalha-se como segue:

2011

instrumentos financeiros derivados designados como instrumentos de cobertura

Créditos e valores a receber

outros passivos financeiros

Ativos e passivosnão financeiros Total

AtivosOutros ativos não correntes – 37.656 – – 37.656 Valores a receber correntes 429 417.889 – 29.425 447.742Caixa e seus equivalentes – 167.365 – – 167.365

ToTAl ATiVos 429 622.910 – 29.425 652.764

PassivosPassivos remunerados não correntes – – (985.709) – (985.709)Outros passivos não correntes (1.665) – (293) (84.868) (86.826)Passivos remunerados correntes – – (245.209) – (245.209)Valores a pagar correntes – – (388.916) (357.990) (746.906)

ToTAl PAssiVos (1.665) – (1.620.127) (442.858) (2.064.650)

2010

instrumentos financeiros derivados designados como instrumentos de cobertura

Créditos e valores a receber

outros passivos financeiros

Ativos e passivosnão financeiros Total

AtivosOutros ativos não correntes – 30.197 – – 30.197 Valores a receber correntes – 351.346 – 28.141 379.487Caixa e seus equivalentes – 222.677 – – 222.677

ToTAl ATiVos – 604.220 – 28.141 632.361

PassivosPassivos remunerados não correntes – – (1.028.060) – (1.028.060)Outros passivos não correntes (747) – (285) – (1.032)Passivos remunerados correntes – – (248.995) – (248.995)Valores a pagar correntes (259) – (361.721) (438.916) (800.896)

ToTAl PAssiVos (1.006) – (1.639.061) (438.916) (2.078.983)

Na tabela que se segue, apresentam-se os ativos e passivos, mensurados ao justo valor a 31 de dezembro de 2011 e 2010, de acordo com os seguintes níveis de hierarquia de justo valor previstos na IFRS 7:

Nível 1: justo valor de instrumentos financeiros baseado em cotações de mercados líquidos ativos à data de referência de relato;

Nível 2: o justo valor de instrumentos financeiros não é determinado com base em cotações de mercado ativo, mas sim com recurso a mode-los de avaliação. Os principais inputs dos modelos utilizados são observáveis no mercado; e

Nível 3: o justo valor de instrumentos financeiros não é determinado com base em cotações de mercado ativo, mas sim com recurso a mode-los de avaliação, cujos principais inputs não são observáveis no mercado.

Ativos mensurados ao justo valor

2011 Total nível 1 nível 2 nível 3Ativos financeiros ao justo valor reconhecidos em reservas – derivados de cobertura 429 – 429 –

2010 Total nível 1 nível 2 nível 3

Ativos financeiros ao justo valor reconhecidos em reservas – derivados de cobertura – – – –

Passivos mensurados ao justo valor

2011 Total nível 1 nível 2 nível 3Passivos financeiros ao justo valor reconhecidos em reservas – derivados de cobertura 1.665 – 1.665 –

2010 Total nível 1 nível 2 nível 3Passivos financeiros ao justo valor reconhecidos em reservas – derivados de cobertura 1.006 – 1.006 –

Page 188: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

188 Grupo TAP Relatório Anual 2011

instrumentos financeiros derivados

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados encontra-se incluído na rubrica de valores a pagar, quando negativo, e na rubrica de valo-res a receber, quando positivo.

No decurso de 2011 e 2010, a variação do justo valor dos instrumentos financeiros derivados, foi registada em capitais próprios.

A decomposição do justo valor dos instrumentos financeiros derivados encontra-se detalhada na Nota 24.

Créditos e valores a receber

Estes valores são reconhecidos ao seu justo valor, correspondendo ao seu valor nominal, deduzido de eventuais imparidades identificadas no decurso da análise dos riscos de crédito.

outros passivos financeiros

Estes valores são reconhecidos pelo seu custo amortizado, correspondendo ao valor dos respetivos fluxos de caixa, descontados pela taxa efetiva de juro associada a cada um dos passivos.

60. Compromissos

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 as garantias prestadas pelo Grupo decompõem-se como segue:

2011 2010Garantias bancárias prestadas pela TAP, S.A.

Estado Português – Exploração das linhas dos Açores 2.715 4.460 Natwest – "Acquiring" referente a cartões de crédito 2.514 5.855 Tribunal do Trabalho 3.440 2.674 Aeronaves 15.891 10.318 Combustíveis 4.317 2.997 Outras 8.646 4.198

Garantias bancárias prestadas pela LFPContratos de concessão de licenças de exploração das lojas Francas 6.336 6.336

Garantias bancárias prestadas por outras Empresas do Grupo 393 399 Cauções prestadas a seguradoras 162 762

44.414 37.999

O reforço efetuado, durante o corrente exercício, nas garantias bancárias prestadas pelo Grupo TAP, referentes a aeronaves, prende-se, essen-cialmente, com os contratos de locação operacional.

Compromissos de compra

Em 31 de dezembro de 2011 existiam compromissos financeiros, assumidos pela subsidiária TAP, S.A., relativos a rendas de locação opera-cional de aviões, no montante de 218.876 milhares de Euros (241.871 milhares de Euros em 31 de dezembro de 2010) (Nota 27).

Adicionalmente, está contratada com a Airbus a compra futura de doze aeronaves Airbus A350, com mais três de opção, a receber entre 2015 e 2017.

61. eventos subsequentes

Na sequência do acordo de venda de 50,1% do capital da SPdH, os empréstimos concedidos pela TAP SGPS a esta associada, no montante total de 119.379 milhares de Euros, até 31 de dezembro de 2011, foram convertidos em prestações acessórias, para cobertura de prejuízos, por decisão da Assembleia Geral realizada em 31 de janeiro de 2012 (Nota 18).

Page 189: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 189 Relatório Anual 2011

TÉCniCo oFiCiAl De ConTAs

Sandra Candeias Matos da Luz

Conselho De ADminisTRAção exeCUTiVo

Presidente Fernando Abs da Cruz Souza Pinto

Vogal Luís Manuel da Silva RodriguesVogal Fernando Jorge Alves SobralVogal Luiz da Gama MórVogal Manoel José Fontes TorresVogal Michael Anthony Conolly

Page 190: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

190 Grupo TAP Relatório Anual 2011

RelATÓRio De AUDiToRiA

Certificação legal das Contas Consolidadas

inTRoDUção

1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas da TAP – Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. as quais compre-endem a Demonstração da posição financeira consolidada em 31 de dezembro de 2011 (que evidencia um total de EUR 1.981.964 milhares e um total de capital próprio negativo de EUR 343.245 milhares, o qual inclui um total de interesses minoritários de EUR 7.801 milhares e um resultado líquido consolidado negativo de EUR 76.807 milhares), a Demonstração consolidada dos resul-tados, a Demonstração consolidada do rendimento integral, a Demonstração consolidada das alterações no capital próprio e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e o correspondente anexo.

ResPonsABiliDADes

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração Executivo a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição finan-ceira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado e o rendimento integral consolidado das suas opera-ções, as alterações no capital próprio consolidado e os fluxos de caixa consolidados, a adoção de políticas e critérios contabilísti-cos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados, bem como a informação de quaisquer factos rele-vantes que tenham influenciado a actividade, a posição finan-ceira ou os resultados das empresas incluídas no perímetro da consolidação.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente. baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Page 191: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 191 Relatório Anual 2011

ÂmBiTo

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras con-solidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:

+ a verificação de as demonstrações financeiras das empre-sas incluídas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a ava-liação das estimativas, baseadas em juízos e critérios defini-dos pelo Conselho de Administração Executivo, utilizadas na sua preparação;

+ a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da equivalência patrimonial;

+ a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilis-ticas adotadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;

+ a verificação da aplicabilldade do princípio da continuidade; e

+ a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apre-sentação das demonstrações financeiras consolidadas.

5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório consolidado de gestão com as demonstrações financeiras consolidadas.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base acei-tável para a expressão da nossa opinião.

oPinião

7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras con-solidadas apresentam de forma verdadeira e apropriada em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira con-solidada da TAP–Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A., em 31 de dezembro de 2011, o resultado e o rendimento integral consolidado das suas operações, as alterações no capital próprio consolidado e os fluxos de caixa consolidados no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia.

RelATo soBRe oUTRos ReqUisiTos leGAis

8. É também nossa opinião que a informação financeira cons-tante do relatório consolidado de gestão é concordante com as demonstrações financeiras consolidadas do exercício.

ÊnFAse

9. Sem afetar a opinião expressa nos parágrafos anteriores, cha-mamos a atenção para o facto de se encontrar perdida mais de metade do capital social da Empresa, situação enquadrável no artigo 35.° do Código das Sociedades Comerciais, a qual obriga à sua regularização nas condições nele estabelecidas.

lisboa, 10 de abril de 2012oliveira, Reis & Associados, sRoC, lDA.Representada por

José Vieira dos Reis, ROC nº 359

Page 192: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

192 Grupo TAP Relatório Anual 2011

PRoPosTA De APliCAção De ResUlTADos

A TAP – Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A., apresentou um resultado líquido negativo no montante de EUR 75.608.201 no exercício de 2011.

Propõe-se, assim, que o resultado líquido negativo do exercício seja transferido, na totalidade, para lucros retidos, de acordo com a legis-lação em vigor e com os estatutos da Empresa.

Face ao montante negativo do resultado líquido no final do exercí-cio, sendo o total do capital próprio negativo em EUR 377.759.564, e dando cumprimento ao disposto no art. 35º do Código das Sociedades Comerciais, o Conselho de Administração irá propor, para sua cobertura, o seguinte:

+ Entrada de dinheiro no montante de EUR 385.300.000.

lisboa, 14 de março de 2012

Conselho De ADminisTRAção exeCUTiVo

PRESIDENTEFernando Abs da Cruz Souza Pinto

VOGAISLuís Manuel da Silva RodriguesFernando Jorge Alves SobralLuiz da Gama MórManoel José Fontes TorresMichael Anthony Conolly

Page 193: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 193 Relatório Anual 2011

Page 194: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

DemonsTRAções FinAnCeiRAs inDiViDUAis 31 de dezembro de 2011

196 DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA 197 DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS 197 DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL 198 DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO 198 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

199 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 199 Introdução 1. Resumo das principais políticas contabilísticas 205 2. Julgamentos e estimativas 206 3. Políticas de gestão do risco financeiro 208 4. Classes de instrumentos financeiros 209 5. Outras contas a receber 6. Partes de capital em subsidiárias e associadas 210 7. Estado 8. Caixa e seus equivalentes 9. Capital 211 10. Reservas 11. Provisões 212 12. Passivos remunerados 213 13. Outras contas a pagar 14. Ganhos/(perdas) relativos a partes de capital 15. Fornecimentos e serviços externos 214 16. Gastos com pessoal 17. Outros gastos e perdas 18. Custos líquidos de financiamento 19. Imposto sobre o rendimento 215 20. Resultados por ação 216 21. Entidades relacionadas 22. Eventos subsequentes

Índice

Page 195: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 195 Relatório Anual 2011

Page 196: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

196 Grupo TAP Relatório Anual 2011

DemonsTRAção DA Posição FinAnCeiRA

VAlOREs Em EuROs

ATiVo nota 2011 2010Ativos não correntesOutras contas a receber 5 281.608.276 220.246.123

Partes de capital em subsidiárias e associadas 6 25.525.665 25.118.375 307.133.941 245.364.498

Ativos correntesOutras contas a receber 5 122.765.885 75.006.643

Estado 7 262.639 30

Caixa e seus equivalentes 8 1.405.770 353.568 124.434.294 75.360.241

ToTAl Do ATiVo 431.568.235 320.724.739

CAPiTAl PRÓPRio e PAssiVoCapital e reservasCapital social 9 15.000.000 15.000.000

Reserva legal 10 3.000.000 3.000.000

Reservas de conversão cambial – 25.949.018

Outras reservas 10 (7.744.323) (7.744.323)

lucros retidos (312.407.040) (193.276.671)

lucros retidos do exercício (75.608.201) (145.079.387)ToTAl Do CAPiTAl PRÓPRio (377.759.564) (302.151.363)

Passivos não correntesProvisões 11 273.800.279 220.775.124

Passivos remunerados 12 54.512.840 54.460.072

Outras contas a pagar 13 4.456.037 3.237.522 332.769.156 278.472.718

Passivos correntesPassivos remunerados 12 13.531.172 1.993.342

Outras contas a pagar 13 462.883.102 342.410.042

Estado 7 144.369 – 476.558.643 344.403.384

ToTAl Do PAssiVo 809.327.799 622.876.102

ToTAl Do CAPiTAl PRÓPRio e PAssiVo 431.568.235 320.724.739

O anexo faz parte integrante da demonstração da posição financeira em 31 de dezembro de 2011.

Page 197: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 197 Relatório Anual 2011

DemonsTRAção Dos ResUlTADos

VAlOREs Em EuROs

nota 2011 2010Ganhos/(perdas) relativos a partes de capital 14 (49.025.155) (142.145.502)

Outros ganhos operacionais 23.921 – (49.001.234) (142.145.502)

Gastos e perdasFornecimentos e serviços externos 15 (543.272) (733.257)

Gastos com o pessoal 16 (6.275) (4.906)

Imparidade de contas a receber 5 – (7.951)

Outros gastos e perdas 17 (518.799) (154.145)

Resultados operacionais (50.069.580) (143.045.761)

Custos líquidos de financiamento 18 (25.538.621) (2.033.626)

Resultados antes de impostos (75.608.201) (145.079.387)

Imposto sobre o rendimento 19 – –

Resultado líquido do exercício (75.608.201) (145.079.387)

lucros retidos do exercício (75.608.201) (145.079.387)

Resultado por açãoResultado básico e diluído por ação 20 (50) (97)

O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados em 31 de dezembro de 2011.

DemonsTRAção Do RenDimenTo inTeGRAl

VAlOREs Em EuROs

2011 2010Lucros retidos do exercício (75.608.201) (145.079.387)

Diferenças de conversão cambial – 18.450.909

Rendimento reconhecido diretamente no capital próprio – 18.450.909

RenDimenTo inTeGRAl Do exeRCÍCio (75.608.201) (126.628.478)

Atribuível a:Acionistas da TAP sGPs (75.608.201) (126.628.478)

Interesses não controlados – – (75.608.201) (126.628.478)

O anexo faz parte integrante da demonstração do rendimento integral em 31 de dezembro de 2011.

Page 198: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

198 Grupo TAP Relatório Anual 2011

DemonsTRAção DAs AlTeRAções no CAPiTAl PRÓPRio

VAlOREs Em EuROs

Capital social

Reservalegal

Reservasde conversão

cambialoutras

reservaslucrosretidos

lucrosretidos doexercício Total

Capital próprio em 1 de janeiro de 2010 15.000.000 3.000.000 7.498.109 – (133.258.153) (60.018.518) (167.778.562)

Aplicação do resultado líquido do exercício 2009 – – – – (60.018.518) 60.018.518 – Fusão com a Reaching Force, sGPs, s.A. – – – (7.744.323) – – (7.744.323)

Conversão cambial da extensão do investimento líquido – – 18.450.909 – – – 18.450.909

Resultado líquido do exercício – – – – – (145.079.387) (145.079.387)

Capital próprio em 31 de dezembro de 2010 15.000.000 3.000.000 25.949.018 (7.744.323) (193.276.671) (145.079.387) (302.151.363)

Aplicação do resultado líquido do exercício 2010 – – – – (145.079.387) 145.079.387 –

Conversão cambial da extensão do investimento líquido – – (25.949.018) – 25.949.018 – –

Resultado líquido do exercício – – – – – (75.608.201) (75.608.201)

Capital próprio em 31 de dezembro de 2011 15.000.000 3.000.000 – (7.744.323) (312.407.040) (75.608.201) (377.759.564)

O anexo faz parte integrante da demonstração das alterações no capital próprio em 31 de dezembro de 2011.

DemonsTRAção Dos FlUxos De CAixA

VAlOREs Em EuROs

nota 2011 2010ATIVIDADES OPERACIONAISPagamentos a fornecedores (898.375) (55.599)

Pagamentos ao pessoal (1.040) (1.040)

Fluxos gerados pelas operações (899.415) (56.639)

(Pagamentos)/recebimentos do imposto sobre o rendimento 9.343 (2.004)

Outros (pagamentos)/recebimentos da atividade operacional 713.723 (405.488)

Fluxos das atividades operacionais (1) (176.349) (464.131)

ATIVIDADES DE INVESTIMENTORecebimentos provenientes de:

Dividendos 4.000.000 2.795.000

Empréstimos concedidos 73.900.000 35.000.000

Juros e proveitos similares 1.585.660 293.677 79.485.660 38.088.677

Pagamentos respeitantes a:Empréstimos concedidos (197.558.546) (168.328.447)

(197.558.546) (168.328.447)

Fluxos das atividades de investimento (2) (118.072.886) (130.239.770)

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTORecebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 511.911.000 388.960.003

Pagamentos respeitantes a:Empréstimos obtidos (381.637.274) (257.536.942)

Juros e custos similares (18.460.912) (385.604)

(400.098.186) (257.922.546)

Fluxos das atividades de financiamento (3) 111.812.814 131.037.457

VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (1)+(2)+(3) (6.436.421) 333.556

EFEITO DAs DIFERENÇAs DE CÂmbIO (3.930) –

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO EXERCÍCIO 353.568 20.012

CAixA e seUs eqUiVAlenTes no Fim Do exeRCÍCio 8 (6.086.783) 353.568

O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa em 31 de dezembro de 2011.

Page 199: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 199 Relatório Anual 2011

Anexo às demonstrações financeiras

introdução

A TAP – Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. (“Empresa” ou “TAP SGPS”) é uma sociedade anónima de capitais públicos, com sede em Lisboa, constituída em 25 de junho de 2003, no âmbito do Decreto-Lei n.º 87/2003, de 26 de Abril, cujo capital foi integralmente realizado em espécie pela Parpública – Participações Públicas, SGPS, S.A., por entrada das ações representativas da totalidade do capital social da sociedade Transportes Aéreos Portugueses, S.A. (“TAP, S.A.”).

+ Sede Social – Aeroporto de Lisboa, Edifício 25 + Capital Social – Euros 15.000.000 + N.I.P.C. – 506 623 602

A Empresa tem por objeto a gestão de participações sociais em outras sociedades, como forma indireta do exercício de atividades económicas.

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 14 de março de 2012.

Os membros do Conselho de Administração que assinam o presente relatório, declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informa-ção nele constante foi elaborada em conformidade com as Normas Contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Empresa.

1. Resumo das principais políticas contabilísticas

As principais políticas de contabilidade aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras estão descritas abaixo.

1.1. Base de Preparação

As demonstrações financeiras foram preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro adotadas pela União Europeia (IFRS – anteriormente designadas Normas Internacionais de Contabilidade – IAS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e com as Interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (SIC), em vigor à data da preparação das referidas demonstrações financeiras.

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos conta-bilísticos da empresa e tomando por base o custo histórico.

A preparação das demonstrações financeiras exige a utilização de estimativas e julgamentos relevantes na aplicação das políticas contabilís-ticas. As principais asserções que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade, ou os pressupostos e estimativas mais significa-tivas para a preparação das referidas demonstrações financeiras estão divulgados na Nota 2.

1.2. Comparabilidade das demonstrações financeiras

Os elementos constantes nas presentes demonstrações financeiras são, na sua totalidade, comparáveis com os do exercício anterior.

1.3. novas normas, alterações e interpretações a normas existentes

+ a) Novas normas e interpretações de aplicação mandatória em 31 de dezembro de 2011:

As interpretações e alterações a normas existentes identificadas abaixo, são de aplicação obrigatória pelo IASB, para os exercícios que se ini-ciaram em 1 de janeiro de 2011:

Page 200: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

200 Grupo TAP Relatório Anual 2011

novas normas em vigor Data de aplicação *IAs 32 (alteração) – Instrumentos financeiros: Apresentação 1 de janeiro de 2011IFRs 1 (alteração) – Adoção pela primeira vez das IFRs 1 de janeiro de 2011IAs 24 (alteração) – Partes relacionadas 1 de janeiro de 2011IFRIC 14 (alteração) – IAs 19: limitação aos ativos decorrentes de planos de benefícios definidos e a sua interação com requisitos de contribuições mínimas 1 de janeiro de 2011

IFRIC 19 – Regularização de passivos financeiros com instrumentos de capital 1 de janeiro de 2011

* Exercícios iniciados em ou após

melhoria anual das normas em 2010 (a aplicar para os exercícios que se iniciem após 1 de janeiro de 2011) Data de aplicação *IFRs 1 – Adoção pela primeira vez das IFRs 1 de janeiro de 2011IFRs 3 – Concentrações de atividades empresariais 1 de janeiro de 2011IFRs 7 – Instrumentos financeiros: divulgações 1 de janeiro de 2011IAs 1 – Apresentação das demonstrações financeiras 1 de janeiro de 2011IAs 27 – Demonstrações financeiras separadas e consolidadas 1 de janeiro de 2011IAs 34 – Relato financeiro intercalar 1 de janeiro de 2011IFRIC 13 – Programas de fidelização de clientes 1 de janeiro de 2011* Exercícios iniciados em ou após

Adicionalmente, como parte do processo de revisão da consistência da aplicação prática das IAS/IFRS, o IASB decidiu fazer melhorias às nor-mas com o objetivo de clarificar algumas das inconsistências identificadas.

A introdução destas interpretações e a alteração das normas referidas anteriormente não tiveram impactos relevantes nas demonstrações da Empresa.

+ b) Novas normas e interpretações de aplicação não mandatória em 31 de dezembro de 2011:

Existem novas normas, alterações e interpretações efetuadas a normas existentes, que, apesar de já estarem publicadas, a sua aplicação ape-nas é obrigatória para períodos anuais, que se iniciem em ou após 1 de julho de 2011, que a Empresa decidiu não adotar antecipadamente:

novas normas aprovadas pela Comissão europeia Data de aplicação *IRFs 7 (alteração) – Instrumentos financeiros: Divulgações 1 de julho de 2011

* Exercícios iniciados em ou após

novas normas não aprovadas pela Comissão europeia Data de aplicação *IFRs 1 (alteração) – Adoção pela primeira vez das IFRs 1 de julho de 2011IAs 12 (alteração) – Impostos sobre o rendimento 1 de janeiro de 2012IAs 1 (alteração) – Apresentação de demonstrações financeiras 1 de janeiro de 2012IFRs 9 (novo) – Instrumentos financeiros – classificação e mensuração 1 de janeiro de 2013IFRs 10 (novo) – Demonstrações financeiras consolidadas 1 de janeiro de 2013IFRs 11 (novo) – Acordos conjuntos 1 de janeiro de 2013IFRs 12 (novo) – Divulgação de interesses em outras entidades 1 de janeiro de 2013IFRs 13 (novo) – Justo valor: mensuração e divulgação 1 de janeiro de 2013IAs 27 (revisão 2011) – Demonstrações financeiras separadas 1 de janeiro de 2013IAs 28 (revisão 2011) – Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos 1 de janeiro de 2013IAs 19 (revisão 2011) – benefícios aos empregados 1 de janeiro de 2013IFRs 7 (alteração) – Divulgações – compensação de ativos e passivos financeiros 1 de janeiro de 2013IAs 32 (alteração) – Compensação de ativos e passivos financeiros 1 de janeiro de 2014IFRIC 20 (nova) – Custos de remoção na fase de produção de uma mina de superfície 1 de janeiro de 2013

* Exercícios iniciados em ou após

A Empresa não concluiu ainda o apuramento de todos os impactos decorrentes da aplicação das normas supra pelo que optou pela sua não adoção antecipada. Contudo, não espera que estas venham a produzir efeitos materialmente relevantes sobre a sua posição patrimonial e resultados.

1.4. Partes de capital em subsidiárias e associadas

Os investimentos representativos de partes de capital em subsidiárias e associadas encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das perdas de imparidade, quando estas se verifiquem.

Page 201: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 201 Relatório Anual 2011

Depois de o interesse da investidora ser reduzido a zero, a TAP SGPS reconhece um passivo para fazer face às responsabilidades adicionais resultante de (i) obrigações legais ou construtivas incorridas ou pagamentos efetuados a favor das subsidiárias e associadas, (ii) expectativa de geração de caixa da subsidiária ou associada insuficiente para fazer face às obrigações legais ou construtivas incorridas e (iii) impossibili-dade de apurar o justo valor dos referidos investimentos com fiabilidade.

Os dividendos recebidos das empresas subsidiárias e associadas são registados como ganhos financeiros quando atribuídos.

No âmbito da transição para as IFRS com efeitos a 1 de janeiro de 2009, a TAP SGPS deixou de aplicar o método de equivalência patrimonial na valorização dos investimentos financeiros nas suas demonstrações financeiras individuais, tendo o mesmo sido considerado como dee-med cost na data da transição.

1.5. Conversão cambial

+ i) Moeda funcional e de apresentação

Os itens incluídos nas demonstrações financeiras da Empresa, estão mensurados na moeda do seu ambiente económico, o Euro. Deste modo, as demonstrações financeiras da TAP SGPS e respetivas notas deste anexo são apresentadas em Euros, salvo indicação explícita em contrário.

+ ii) Transações e saldos

As transações em moedas diferentes do Euro são convertidas na moeda funcional utilizando as taxas de câmbio à data das transações. Os ganhos ou perdas cambiais resultantes do pagamento/ recebimento das transações bem como da conversão pela taxa de câmbio à data do balanço, dos ativos e dos passivos monetários denominados em moeda estrangeira, são reconhecidos na demonstração dos resultados, na rubrica de custos líquidos de financiamento, se relacionados com empréstimos ou em outros ganhos ou perdas operacionais.

+ iii) Cotações utilizadas

As cotações de moeda estrangeira utilizadas para conversão de saldos expressos em moeda estrangeira, foram como segue:

moeda 2011 2010usD 1.2939 1.3362

bRl 2.4159 2.2177

1.6. imparidade de ativos

+ i) Imparidade de ativos não financeiros

Os ativos da TAP SGPS são analisados à data de cada relato por forma a detetar indicações de eventuais perdas por imparidade. Se essa indi-cação existir, o valor recuperável do ativo é avaliado.

É determinado o valor recuperável dos ativos da TAP SGPS para os quais existem indicações de potenciais perdas por imparidade. Sempre que o valor contabilístico de um ativo, ou da unidade geradora de caixa onde o mesmo se encontra inserido, excede a quantia recuperável, é reduzido até ao montante recuperável sendo esta perda por imparidade reconhecida nos resultados do exercício.

+ ii) Determinação da quantia recuperável dos ativos

A quantia recuperável das contas a receber corresponde ao valor atual dos futuros recebimentos esperados utilizando como fator de desconto a taxa de juro efetiva implícita na operação original.Para os restantes ativos, a quantia recuperável é a mais alta de entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso.

Na determinação do valor de uso de um ativo, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados utilizando uma taxa de desconto antes de impostos que reflete as avaliações correntes de mercado do valor temporal do dinheiro e os riscos específicos do ativo em questão.

A quantia recuperável dos ativos, que por si só não geram fluxos de caixa independentes, é determinada em conjunto com a unidade geradora de caixa onde os mesmos se encontram inseridos.

Uma perda por imparidade reconhecida num valor a receber de médio e longo prazo só é revertida caso a justificação para o aumento da res-petiva quantia recuperável assente num acontecimento com ocorrência após a data do reconhecimento da perda por imparidade.

Page 202: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

202 Grupo TAP Relatório Anual 2011

As perdas por imparidade relativas a outros ativos são revertidas sempre que existam alterações nas estimativas usadas para a determina-ção da respetiva quantia recuperável. As perdas por imparidade são revertidas até ao valor que o ativo teria caso a perda por imparidade não tivesse sido reconhecida.

+ iii) Imparidade de ativos financeiros

A TAP SGPS analisa, a cada data de relato, se existe evidência objetiva que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros se encon-tra em imparidade.

+ iv) Devedores e outros ativos financeiros

São registadas perdas por imparidade quando existem indicadores objetivos que a TAP SGPS não irá receber todos os montantes a que tinha direito de acordo com os termos originais dos contratos estabelecidos.

O ajustamento para perdas por imparidade é determinado pela diferença entre o valor recuperável e o valor de balanço do ativo financeiro e é registado por contrapartida de resultados do exercício. O valor de balanço destes ativos é reduzido para o valor recuperável através da utili-zação de uma conta de ajustamentos. Quando um montante a receber de clientes e devedores é considerado irrecuperável é abatido por uti-lização da conta de ajustamentos para perdas de imparidade. As recuperações subsequentes de montantes que tenham sido abatidos são registadas em resultados.Quando valores a receber de clientes ou de outros devedores que se encontrem vencidos, são objeto de renegociação dos seus termos, dei-xam de ser considerados como vencidos e passam a ser tratados como novos créditos.

1.7. Ativos financeiros

Os ativos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira na data de negociação ou contratação, que é a data em que a Empresa se compromete a adquirir ou alienar o ativo. No momento inicial, os ativos financeiros são reconhecidos pelo justo valor acrescido de custos de transação diretamente atribuíveis, exceto para os ativos ao justo valor através de resultados em que os custos de transação são imediatamente reconhecidos em resultados. Estes ativos são desreconhecidos quando: (i) expiram os direitos contratuais da Empresa ao recebimento dos seus fluxos de caixa; (ii) a Empresa tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua deten-ção ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, a Empresa tenha transferido o controlo sobre os ativos.

Os ativos e passivos financeiros são compensados e apresentados pelo valor líquido, quando e só quando, a Empresa tem o direito a com-pensar os montantes reconhecidos e tem a intenção de liquidar pelo valor líquido.

A TAP SGPS classifica os seus ativos financeiros nas seguintes categorias: ativos financeiros ao justo valor através de resultados, empréstimos concedidos e contas a receber, ativos financeiros disponíveis para venda e investimentos detidos até à maturidade. A classificação depende do objetivo de aquisição do investimento. A classificação é determinada no momento de reconhecimento inicial dos investimentos, sendo essa classificação reavaliada em cada data de relato.

Todas as aquisições e alienações destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respetivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, sendo o justo valor equivalente ao preço pago, incluindo despesas de transação. A mensuração subsequente depende da categoria em que o investimento se insere, como segue:

+ Ativos financeiros ao justo valor através de resultados

São classificados nesta categoria os ativos financeiros não derivados adquiridos com o objetivo de vender no curto prazo ou se assim desig-nados pelos gestores. Nesta categoria integram-se também os derivados que não qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura. Os ganhos e perdas resultantes da alteração de justo valor de ativos mensurados ao justo valor através de resultados são reconhecidos em resultados do exercício em que ocorrem.

+ Ativos financeiros disponíveis para venda

Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que são designados nesta categoria ou que não são classi-ficados em nenhuma das outras categorias. São incluídos em ativos não correntes, exceto se os gestores entenderem alienar o investimento num prazo até 12 meses após a data de relato. Estes investimentos financeiros são contabilizados ao valor de mercado, entendido como o respetivo valor de cotação à data de relato.

Page 203: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 203 Relatório Anual 2011

Se não existir mercado ativo, a Empresa determina o justo valor através da aplicação de técnicas de avaliação, que incluem o uso de transa-ções comerciais recentes, a referência a outros instrumentos com características semelhantes, a análise de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções modificados para incorporar as características específicas do emitente.

As mais e menos valias potenciais resultantes são registadas diretamente na reserva de justo valor até que o investimento financeiro seja ven-dido, recebido ou de qualquer forma alienado, momento em que o ganho ou perda acumulado, anteriormente reconhecido na reserva de justo valor é incluído no resultado líquido do exercício.

Caso não exista um valor de mercado ou não o seja possível determinar, os investimentos em causa são mantidos ao custo de aquisição. São reconhecidas perdas por imparidade para a redução de valor nos casos que se justifiquem.

A Empresa avalia, em cada data de balanço, se há uma evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros sofre-ram uma perda por imparidade. Se existir uma diminuição no justo valor por um período prolongado dos ativos disponíveis para venda, a perda cumulativa – calculada pela diferença entre o custo de aquisição e o justo valor corrente, menos qualquer perda por imparidade nesse ativo financeiro que já foi reconhecida em resultados – é anulada através do capital próprio e reconhecida no resultado do exercício.

Uma perda por imparidade reconhecida relativamente a ativos financeiros disponíveis para venda é revertida se a perda tiver sido causada por eventos externos específicos de natureza excecional que não se espera que se repitam mas que acontecimentos externos posteriores tenham feito reverter, sendo que nestas circunstâncias a reversão não afeta a demonstração dos resultados, registando-se a subsequente flutuação positiva do ativo na reserva de justo valor.

+ Investimentos detidos até à maturidade

Os investimentos detidos até à maturidade são ativos financeiros não derivados, com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades fixas, que a Empresa tem intenção e capacidade para manter até à maturidade. Esta categoria de investimento está registada ao custo amortizado pelo método da taxa de juro efetiva.

+ Empréstimos concedidos e contas a receber

Os empréstimos concedidos e contas a receber são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis e que não são cotados num mercado ativo. São originados quando a Empresa fornece dinheiro, bens ou serviços diretamente a um devedor, sem intenção de negociar a dívida.

São incluídos nos ativos correntes, exceto quando se tratam de ativos com maturidades superiores a 12 meses após a data do balanço, sendo nesse caso classificados como ativos não correntes.

1.8. Contas a receber correntes

Os saldos de clientes e outros valores a receber correntes são inicialmente contabilizados ao justo valor e subsequentemente são regista-dos ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade, necessárias para os colocar ao seu valor realizável líquido esperado (Nota 5).

As perdas por imparidade são registadas quando existe uma evidência objetiva de que a Empresa não receberá os referidos montantes em dívida conforme as condições originais das contas a receber.

1.9. Caixa e equivalentes de caixa

A rubrica de caixa e equivalentes de caixa inclui caixa, depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo com maturidade inicial até 3 meses, que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de flutuações de valor. Para efeitos da demonstração de fluxos de caixa esta rubrica inclui também os descobertos bancários, os quais são apresentados na demonstração da posição financeira, no passivo corrente, na rubrica “Passivos remunerados”.

1.10. Capital social

As ações ordinárias são classificadas no capital próprio. Os custos diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou opções são apresen-tados no capital próprio como uma dedução, líquida de impostos, ao valor recebido resultante da emissão.

Os custos diretamente imputáveis à emissão de novas ações ou opções, para a aquisição de um negócio são incluídos no custo de aquisi-ção, como parte do valor da compra.

Page 204: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

204 Grupo TAP Relatório Anual 2011

1.11. Passivos remunerados

Os passivos remunerados são inicialmente reconhecidos ao justo valor, líquido de custos de transação incorridos sendo, subsequentemente apresentados ao custo amortizado. Qualquer diferença entre os recebimentos (líquidos de custos de transação) e o valor de reembolso é reco-nhecida na demonstração dos resultados ao longo do período da dívida, utilizando o método da taxa de juro efetiva.

A dívida remunerada é classificada no passivo corrente, exceto se a Empresa possuir um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do relato financeiro (Nota 12).

1.12. encargos financeiros com empréstimos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos são geralmente reconhecidos como custos de financiamento, de acordo com o prin-cípio da especialização dos exercícios.

Os encargos financeiros de empréstimos diretamente relacionados com a aquisição, construção (caso o período de construção ou desenvol-vimento exceda um ano) ou produção de ativos fixos são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo.

A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e é interrom-pida após o início de utilização ou quando a execução do projeto em causa se encontre suspensa ou substancialmente concluída.

Qualquer ganho diretamente relacionado com um investimento específico é deduzido ao custo do referido ativo.

1.13. imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício compreende os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre o rendimento são registados na demonstração dos resultados, exceto quando estão relacionados com itens que sejam reconhecidos diretamente nos capitais próprios. O valor de imposto corrente a pagar é determinado com base no resultado antes de impostos, ajustado de acordo com as regras fiscais em vigor.

O imposto diferido é calculado com base na responsabilidade de balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a respetiva base de tributação. Para a determinação do imposto diferido é utilizada a taxa fiscal que se espera estar em vigor no exercício em que as diferenças temporárias serão revertidas.

São reconhecidos impostos diferidos ativos sempre que exista razoável segurança de que serão gerados lucros futuros contra os quais pode-rão ser utilizados. Os impostos diferidos ativos são revistos periodicamente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos possam ser utilizados.

Os impostos diferidos ativos são reconhecidos na medida em que seja provável que existam lucros tributáveis futuros disponíveis para a uti-lização da diferença temporária. Os impostos diferidos passivos são reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias tributáveis, exceto as relacionadas com: i) o reconhecimento inicial do goodwill ou ii) o reconhecimento inicial de ativos e passivos, que não resultem de uma con-centração de atividades, e que à data da transação não afetem o resultado contabilístico ou fiscal. No que se refere às diferenças temporárias tributáveis relacionadas com investimentos em filiais, estas não devem ser reconhecidas na medida em que: i) a empresa mãe tem capaci-dade para controlar o exercício da reversão da diferença temporária e ii) é provável que a diferença temporária não reverta num futuro próximo.

Os impostos diferidos são registados como gastos ou rendimentos do exercício, exceto se resultarem de valores registados diretamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

1.14. Provisões

São reconhecidas provisões sempre que a Empresa tenha uma obrigação legal, contratual ou construtiva, como resultado de acontecimen-tos passados, seja provável que uma saída de fluxos e/ou de recursos se torne necessária para liquidar a obrigação e possa ser efetuada uma estimativa fiável do montante da obrigação.

Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras. As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data (Nota 11).

Page 205: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 205 Relatório Anual 2011

1.15. Ativos e passivos contingentes

Os passivos contingentes em que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja apenas possível, não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados nas notas, a menos que a possibilidade de se concretizar a saída de fun-dos afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objeto de divulgação.

São reconhecidas provisões para passivos que satisfaçam as condições previstas na Nota 1.14.

Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras mas são divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

1.16. especialização dos exercícios

Os rendimentos e gastos são registados no exercício a que se referem, independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes réditos e gastos são reconhecidas como ativos ou passivos, se qualificarem como tal.

1.17. Demonstração dos fluxos de caixa

A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com o método direto. A Empresa classifica na rubrica de caixa e equivalentes de caixa os ativos com maturidade inferior a três meses, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante. Para efeitos da demonstra-ção dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários os quais são apresentados na demonstração da posição financeira, no passivo corrente, na rubrica “Passivos remunerados”.

A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais, de investimento e de financiamento. As ativida-des operacionais englobam os recebimentos de clientes e os pagamentos a fornecedores, ao pessoal e outros relacionados com a atividade operacional.

Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de investimento incluem, nomeadamente, as aquisições e alienações de investimentos em empre-sas participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e venda de ativos intangíveis e tangíveis.

As atividades de financiamento abrangem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira, compra e venda de ações próprias e pagamento de dividendos.

1.18. eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação adicional sobre condições que exis-tiam a essa data são considerados na preparação das demonstrações financeiras do exercício.

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação sobre condições que ocorram após essa data são divulgados nas notas às demonstrações financeiras, caso sejam materialmente relevantes.

2. Julgamentos e estimativas

A preparação de demonstrações financeiras exige que a gestão da Empresa efetue julgamentos e estimativas que afetam os montantes de rendimentos, gastos, ativos, passivos e divulgações à data da demonstração da posição financeira.

Estas estimativas são determinadas pelos julgamentos da gestão da TAP SGPS, baseados: (i) na melhor informação e conhecimento de even-tos presentes e em alguns casos em relatos de peritos independentes e (ii) nas ações que a Empresa considera poder vir a desenvolver no futuro. Todavia, na data de concretização das operações, os seus resultados poderão ser diferentes destas estimativas.

As estimativas e as premissas que apresentam um risco significativo de originar um ajustamento material no valor contabilístico dos ativos e passivos no exercício seguinte são apresentadas abaixo:

Page 206: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

206 Grupo TAP Relatório Anual 2011

+ i) Imparidade de partes de capital

Em regra, o registo de imparidade num investimento de acordo com as IFRS é efetuado quando o valor da demonstração da posição financeira do investimento excede o valor atual dos fluxos de caixa futuros. O cálculo do valor atual dos fluxos de caixa estimados e a decisão de consi-derar a imparidade permanente envolve julgamento e reside substancialmente na análise da gestão em relação ao desenvolvimento futuro das suas associadas. Na mensuração da imparidade são utilizados preços de mercado, se disponíveis, ou outros parâmetros de avaliação, base-ados na informação disponível das associadas. No sentido de determinar se a imparidade é permanente, a Empresa considera a capacidade e a intenção de deter o investimento por um período razoável de tempo que seja suficiente para uma previsão da recuperação do justo valor até (ou acima) do valor da demonstração da posição financeira, incluindo uma análise de fatores como os resultados esperados da associada, o enquadramento económico e o estado do setor. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa são determinados com base no cálculo de valores de uso. Esses cálculos exigem o uso de estimativas.

+ ii) Provisões

A Empresa analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação.

A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de recursos internos necessários para o pagamento das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes.

3. Políticas de gestão do risco financeiro

O desempenho, em termos de gestão de risco, da TAP SGPS, manteve-se condicionado pela evolução das várias empresas detidas e das suas atividades subjacentes. A TAP SGPS continuou a levar a cabo o seu papel estruturante, de orientação estratégica e de apoio às empresas dela diretamente dependentes. A TAP Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. (“TAP ME Brasil”) e a SPdH–Serviços Portugueses de Handling, S.A. (“SPdH”) em particular, beneficiaram do apoio da Empresa a nível de tesouraria, na definição do seu quadro estratégico futuro e na reso-lução dos respetivos problemas estruturais.

Tendo em conta a diversidade de fatores económicos com implicações no universo empresarial da TAP SGPS, verificou-se a capacidade por parte da holding de se adaptar e reagir aos acontecimentos que foram moldando o ano.

Na atividade de transporte aéreo, apesar do violento impacto de custos com combustível, foi possível atingir o break-even, no conjunto da TAP, S.A. e Portugália – Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A. (“PGA”).

As atividades complementares ao transporte aéreo, das subsidiárias detidas pela TAPGER – Sociedade de Gestão e Serviços, S.A. (“TAPGER”), nomeadamente o fornecimento de refeições a bordo, o comércio a retalho nos aeroportos e vendas a bordo, os serviços de engenharia infor-mática e a prestação de cuidados de saúde, revelaram-se positivas no seu conjunto.

Em sentido oposto, a atividade de manutenção no Brasil manteve-se deficitária. Por outro lado, o facto de se tratar de ativos da Empresa denominados em moeda estrangeira implicou, no ano, impactos cambiais negativos resultantes da atualização cambial dos empréstimos em vigor concedidos pela empresa-mãe. De resto, estas perdas potenciais, por natureza reversíveis, foram responsáveis por uma parte significa-tiva dos resultados negativos da TAP SGPS. Apesar de todos os impactos negativos verificados até à data, o contexto macroeconómico da economia brasileira continua a oferecer perspetivas positivas e potencialidades significativas para uma atividade em pleno desenvolvimento na América Latina, como é a indústria da aviação.

A problemática relativa à SPdH foi sendo gerida ao longo do ano de forma a concretizar a solução final de alienação da participação e, simul-taneamente, de forma a reduzir significativamente o déficit de exploração, essencialmente resultante de elevados custos de mão-de-obra.

Na demonstração da posição financeira da TAP SGPS merecem relevância ao nível do ativo os empréstimos à TAP ME Brasil e à SPdH. Refira-se que o financiamento destas empresas deficitárias, pela TAP SGPS, foi conseguido na sua quase totalidade através de empréstimos obtidos junto da TAP, S.A. Adicionalmente, a TAP SGPS realizou ainda operações junto de entidades financeiras nacionais e estrangeiras contraídas nos mercados nacional e internacional, denominadas em Euros, com uma maturidade predominantemente de médio prazo e que vencem juros, na sua maioria (77% do total), a taxa fixa, com um adequado custo médio ponderado da dívida.

Page 207: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 207 Relatório Anual 2011

Risco de crédito e liquidez

O risco de crédito é definido como a probabilidade de ocorrer um prejuízo financeiro resultante do incumprimento de obrigações contratu-ais de pagamento de uma contraparte. A Empresa é uma sociedade gestora de participações sociais, não tendo qualquer atividade comer-cial relevante para além das atividades normais de um gestor de portfólio de participações e de prestação de serviços às suas subsidiárias. Como tal numa base regular, a Empresa só está exposta ao risco de crédito decorrente de instrumentos financeiros (aplicações e depósitos em bancos e outras instituições financeiras), ou de empréstimos concedidos a subsidiárias.

O risco de crédito da TAP SGPS resulta, essencialmente, das perspetivas e potencialidades das empresas participadas, dentro do contexto económico global e dentro do quadro legal nacional e internacional, o que pode traduzir-se em processos de venda das participações de características radicalmente diferentes como ilustrada pelo caso da SPdH.

Adicionalmente, a TAP SGPS poderá estar também exposta ao risco de crédito resultante da sua atividade de gestor de portfolio (venda par-ticipações), mas nessas situações excecionais são implementados mecanismos e ações, decididas caso a caso (exigência de garantias ban-cárias, obtenção de colaterais, entre outros).

No caso dos empréstimos a subsidiárias, não existe nenhuma política de gestão de risco de crédito específica, uma vez que a concessão de empréstimos a subsidiárias faz parte da atividade normal da Empresa.

O quadro seguinte apresenta elementos relativos à posição de liquidez da Empresa em 31 de dezembro de 2011 e 2010, bem como saldos de contas a receber, que refletem o risco de crédito nessas mesmas datas:

2011 2010Ativos

Caixa e seus equivalentes 1.405.770 353.568

Estado 262.639 30

Outras contas a receber 122.765.885 75.006.643

124.434.294 75.360.241

Risco de taxa de juro

A TAP SGPS, dada a sua dimensão como Empresa individual, não leva a cabo usualmente operações com derivados para cobertura de exposição à taxa de juro, coberturas essas que são efetuadas ao nível da TAP, S.A. Contudo, pode referir-se que o endividamento bancário da Empresa, em final de 2011, é composto em cerca de 77% por financiamento a taxa fixa, sendo o restante montante indexado à Euribor.

No quadro do passivo remunerado abaixo apresentado, englobando capital e juros, assumiram-se os pressupostos relativos a taxas de juro de mercado, como segue: 4,75% para a taxa de juro fixa e 3% para a taxa de juro variável. Note-se que o indexante dos passivos, com taxa variável, é a Euribor. Os valores de passivo expressam os valores a pagar nos prazos indicados, incluindo a estimativa de todos os fluxos de caixa contratuais com amortização e juros, não descontados, até ao final da vida dos empréstimos. Considerou-se um pressuposto simplifi-cador de ritmo de amortização intra-anual linear para efeito de cálculo dos juros futuros:

2011 < 1 ano 1-2 anos 3-5 anos 6-10 anos TotalTotal Empréstimos 15.253.032 3.232.691 57.996.538 1.157.174 77.639.435

Empréstimos taxa fixa 2.511.167 2.504.306 55.756.458 – 60.771.931

2011 < 1 ano 1-2 anos 3-5 anos 6-10 anos TotalTotal Empréstimos 711.996 720.379 65.488.323 1.913.554 68.834.252

Empréstimos taxa fixa – – 63.276.237 – 63.276.237

Adicionalmente na Nota 12 encontra-se apresentado o detalhe da dívida bancária remunerada com a indicação da entidade financiadora e respetivo indexante.

Risco de taxa de câmbio

A exposição cambial da TAP SGPS ocorre, presentemente, por via da sua participação na TAP ME Brasil diretamente e através da sua partici-pada Aeropar Participações, S.A. (“Aeropar”). Deve referir-se que o comportamento do Real brasileiro teve um efeito desfavorável na demons-tração da posição financeira da TAP SGPS.

Page 208: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

208 Grupo TAP Relatório Anual 2011

A exposição da Empresa ao risco de taxa de câmbio em 31 de dezembro de 2011 e 2010, com base nos valores de balanço dos ativos e pas-sivos financeiros, convertidos para Euros aos câmbios em vigor à data de balanço, apresentam-se como segue:

2011 BRl UsD TotalATIVOSCaixa e equivalentes de caixa – 31.270 31.270

Outras contas a receber 277.052.493 – 277.052.493

Partes de capital em subsidiárias e associadas – 12.865.755 12.865.755

277.052.493 12.897.025 289.949.518

PASSIVOSOutras contas a pagar – – –

– – –

2010 BRl UsD TotalATIVOSOutras contas a receber 216.939.440 – 216.939.440

Partes de capital em subsidiárias e associadas – 12.458.465 12.458.465

216.939.440 12.458.465 229.397.905

PASSIVOSOutras contas a pagar – (432.941) (432.941)

– (432.941) (432.941)

Risco de preço e de mercado

A TAP SGPS está exposta aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras, efetuados geral-mente tendo em conta objetivos estratégicos, uma vez que a Empresa não transaciona ativamente estes investimentos. Estes investimentos são apresentados na Nota 6.

4. Classes de instrumentos financeiros

As políticas contabilísticas apresentadas na Nota 1.7. foram aplicadas de acordo com as classes abaixo apresentadas:

2011

Créditos e valores a receber

outros passivos financeiros

Activos e passivos não

financeiros TotalAtivosOutras contas a receber não correntes 281.608.276 – – 281.608.276

Outras contas a receber correntes 122.765.885 – – 122.765.885

Caixa e seus equivalentes 1.405.770 – – 1.405.770

405.779.931 – – 405.779.931

PassivosPassivos remunerados não correntes – (54.512.840) – (54.512.840)

Outras contas a pagar não correntes – (4.456.037) – (4.456.037)

Passivos remunerados correntes – (13.531.172) – (13.531.172)

Outras contas a pagar correntes – (462.883.102) – (462.883.102)

– (535.383.151) – (535.383.151)

2010

Créditos e valores a receber

outros passivos financeiros

Activos e passivos não

financeiros Total

AtivosOutras contas a receber não correntes 220.246.123 – – 220.246.123

Outras contas a receber correntes 75.006.673 – – 75.006.673

Caixa e seus equivalentes 353.568 – – 353.568

295.606.364 – – 295.606.364

PassivosPassivos remunerados não correntes – (54.460.072) – (54.460.072)

Outras contas a pagar não correntes – (3.237.522) – (3.237.522)

Passivos remunerados correntes – (1.993.342) – (1.993.342)

Outras contas a pagar correntes – (342.410.042) – (342.410.042)

– (402.100.978) – (402.100.978)

Page 209: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 209 Relatório Anual 2011

5. outras contas a receber

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a decomposição da rubrica “Outras contas a receber” é conforme segue:

2011 2010

Correntesnão

correntes Total Correntesnão

correntes TotalEmpréstimos a empresas do grupo (Nota 21) 122.765.885 277.052.495 399.818.380 75.006.643 216.939.440 291.946.083 Depósitos de garantia – 4.555.781 4.555.781 – 3.306.683 3.306.683 Outros devedores 7.951 – 7.951 7.951 – 7.951 Imparidades (7.951) – (7.951) (7.951) – (7.951)

outras contas a receber 122.765.885 281.608.276 404.374.161 75.006.643 220.246.123 295.252.766

Para os exercícios apresentados não existem diferenças entre os valores contabilísticos e o seu justo valor. Os saldos a receber não correntes vencem juros a taxas de mercado.

O saldo a receber não corrente de empresas do grupo, no montante de 277.052.495 Euros corresponde a um empréstimo concedido em Reais à TAP ME Brasil (entidade detida direta e indiretamente em 98,64%), que vence juros a taxas normais de mercado (2010: 216.939.440 Euros a receber da Aero–LB). Este saldo inclui o montante de 11.257.302 Euros (2010: 7.084.058 Euros) que se refere a juros a receber daque-les empréstimos.

O saldo a receber corrente de empresas do grupo, no montante de 122.765.885 Euros (2010: 75.006.643 Euros), corresponde, essencial-mente, a: (i) empréstimo concedido à SPdH no montante de 118.659.903 Euros (2010: 73.000.000 Euros), que vence juros a taxas normais de mercado, acrescido de juros por liquidar no montante de 718.862 Euros (2010: 519.873 Euros) e (ii) montante a receber da TAP, S.A. pela venda da Air Macau no montante de 1.487.599 Euros.

6. Partes de capital em subsidiárias e associadas

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 o detalhe das partes de capital em subsidiárias e associadas era como segue:

2011 % detidasaldo inicial Aumentos Diminuições

saldo final

Provisão (nota 11)

Partes de capitalTransportes Aéreos Portugueses, s.A. ("TAP, s.A.") 100,00% – – – – – TAPGER–soc. de Gestão e serviços, s.A. ("TAPGER") 100,00% 9.992.142 – – 9.992.142 – Portugália–Comp. Portuguesa de Transp. Aéreos, s.A. ("PGA") 100,00% 2.667.768 – – 2.667.768 – sPdh–serviços Portugueses de handling, s.A. ("sPdh") 43,90% – – – – 115.477.549 TAP mE brasil e Aeropar Participações, s.A. ("Aeropar") c) 51,00% e 99,00% – – – – 158.322.730

Outros instrumentos de capitalTAP mE brasil 51,00% 12.458.465 407.290 – 12.865.755 –

25.118.375 407.290 – 25.525.665 273.800.279

2010 % detidasaldo inicial Aumentos Diminuições

saldo final

Provisão (nota 11)

Partes de capitalTransportes Aéreos Portugueses, s.A. ("TAP, s.A.") 100,00% – – – – – TAPGER–soc. de Gestão e serviços, s.A. ("TAPGER") 100,00% 9.992.142 – – 9.992.142 – Portugália–Comp. Portuguesa de Transp. Aéreos, s.A. ("PGA") 100,00% 2.667.768 – – 2.667.768 – sPdh–serviços Portugueses de handling, s.A. ("sPdh") 43,90% – – – – 105.021.104 Reaching Force, sGPs, s.A. ("Reaching Force") a) – 7.269.275 – (7.269.275) – – Aero–lb, Participações, s.A. ("Aero–lb") c) 99,00% – – – – 115.754.020 sEAP–serviços, Administração e Participações, lda. ("sEAP") b) – 1.982.484 – (1.982.484) – –

Outros instrumentos de capitalAero–lb, Participações, s.A. ("Aero–lb") 99,00% – 12.458.465 – 12.458.465 –

21.911.669 12.458.465 (9.251.759) 25.118.375 220.775.124

Page 210: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

210 Grupo TAP Relatório Anual 2011

+ a) Durante o exercício de 2010, a TAP SGPS efetuou a fusão por incorporação da Reaching Force, da qual resultou uma reserva de fusão, registada na rubrica “Outras reservas” (Nota 10).

+ b) Em 2010 a Empresa alienou a participação indireta na Air Macau e consequentemente extinguiu a SEAP, o que originou uma menos-valia no montante de 494.885 Euros (Nota 14).

+ c) Em 2011 a Empresa procedeu a uma reestruturação das empresas brasileiras, tendo sido efetuada a cisão da Aero–LB, Participações, S.A. que, parcialmente fundiu na TAP ME Brasil. A TAP SGPS passou a deter uma participação direta de 51% na TAP ME Brasil e o rema-nescente deu origem à Aeropar Participações, S.A., detida a 99% pela TAP SGPS.

Em Março de 2009, um consórcio de três bancos (BIG, Banif e Banco Invest) transferiu para a TAP, S.A. a participação detida na SPdH (50,1%) por 31,6 milhões de Euros. Na mesma data e durante o período de pendência do processo de concentração na Autoridade da Concorrência (“AdC”), a TAP, S.A. transferiu o exercício dos seus direitos de voto e supervisão, enquanto acionista maioritária da SPdH, para uma entidade independente do Grupo TAP.

A AdC deliberou, em 19 de novembro de 2009, após uma investigação aprofundada, adotar uma decisão de proibição relativamente à ope-ração de concentração que consistia na aquisição, pela TAP, S.A., do controlo exclusivo da SPdH, mediante a aquisição de uma participação de 50,1% do capital social da SPdH.

A AdC impôs assim a obrigação de separação da SPdH mediante a alienação, por parte do Grupo TAP, das ações referentes a, pelo menos, 50,1% do capital social da SPdH. Até à venda, o regulador impôs que a gestão da SPdH seja efetuada por um mandatário de gestão, que age em nome da Autoridade da Concorrência, gerindo a SPdH de forma independente do Grupo.

A 5 de dezembro de 2011, a TAP, S.A. chegou a um acordo de princípio com o Grupo URBANOS para aquisição, por parte deste, de 50,1% do capital da SPdH. A Autoridade da Concorrência já deu o seu parecer favorável sobre a operação, pelo que a concretização deste negócio está agora dependente da avaliação do Governo.

7. estado

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 esta rubrica tinha a seguinte composição:

2011 2010Ativo Passivo Ativo Passivo

Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas:Pagamento especial por conta 1.000 – – –Retenções na fonte efetuadas por/a terceiros 261.639 144.369 30 –

262.639 144.369 30 –

8. Caixa e seus equivalentes

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa apresenta os seguintes valores:

2011 2010Caixa – – Descobertos bancários (Nota 12) (7.492.553) – Depósitos bancários (Nota 12) 1.405.770 353.568

Caixa e equivalentes de caixa (6.086.783) 353.568

9. Capital

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 o capital social da TAP SGPS encontrava-se totalmente subscrito e realizado, sendo representado por 1.500.000 ações com o valor nominal de 10 Euros.

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 o capital da Empresa era totalmente detido pela Parpública, Participações Públicas, SGPS, S.A.

Page 211: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 211 Relatório Anual 2011

10. Reservas

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 as rubricas “Reserva legal” e “Outras reservas” decompõem-se como segue:

Reserva legal outras reservas1 de janeiro de 2010 3.000.000 – Aumento – (7.744.323)

31 de dezembro de 2010 3.000.000 (7.744.323)

Redução/Aumento – –

31 de dezembro de 2011 3.000.000 (7.744.323)

Reserva legal

A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital.

Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da sociedade, mas poderá ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

Outras reservas

Esta rubrica, no montante negativo de 7.744.323 Euros, refere-se à reserva de fusão, constituída em 2010, resultante da fusão por incorpo-ração da Reaching Force, SGPS, S.A.

11. Provisões

A evolução das provisões em 31 de dezembro de 2011 e 2010 é como segue:

2011 saldo inicialAumentos (nota 14) saldo final

Responsabilidades decorrentes do investimento financeiro na sPdh 105.021.104 10.456.445 115.477.549 Responsabilidades decorrentes do investimento financeiro na Aeropar e TAP mE brasil 115.754.020 42.568.710 158.322.730

220.775.124 53.025.155 273.800.279

2010 saldo inicialAumentos (nota 14) saldo final

Responsabilidades decorrentes do investimento financeiro na sPdh 64.078.566 40.942.538 105.021.104 Responsabilidades decorrentes do investimento financeiro na Aero–lb – 115.754.020 115.754.020

64.078.566 156.696.558 220.775.124

As variações registadas no exercício de 2011 decorrem do reforço da provisão para responsabilidades adicionais decorrentes das participa-das SPdH, TAP ME Brasil e Aeropar, ponderadas da capacidade de geração de fluxos de caixa destas empresas, bem como dos compro-missos assumidos (Nota 6).

O montante de 115.754.020 Euros, relativo a 2010, foi registado conforme segue:

Perdas relativas a partes de capital (Nota 14) 103.503.079 Provisão para responsabilidades decorrentes da fusão por incorporação da Reaching Force 12.250.941

115.754.020

Page 212: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

212 Grupo TAP Relatório Anual 2011

12. Passivos remunerados

Dívida líquida remunerada

Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010 a dívida líquida remunerada detalha-se como segue:

2011 2010Dívida a terceiros remunerada

Não corrente 54.512.840 54.460.072 Corrente 13.531.172 1.993.342

68.044.012 56.453.414

Caixa e seus equivalentesNumerário – – Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis (Nota 8) 1.405.770 353.568Outras aplicações de tesouraria – –

1.405.770 353.568

Dívida líquida remunerada 66.638.242 56.099.846

Dívida bancária remunerada

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a dívida bancária remunerada corrente e não corrente detalha-se como segue:

2011 2010 indexanteNão correntes

Empréstimo bancário bCP 3.740.925 4.317.925 Euribor 3mEmpréstimo bancário Deutsche bank 50.771.915 50.142.147 Taxa fixa

54.512.840 54.460.072

CorrentesEmpréstimo bancário bCP 591.211 559.964 Euribor 3mEmpréstimo bancário Deutsche bank 1.434.033 1.433.378 Taxa fixalinha de crédito bPI 4.008.506 – Euribor 1mDescoberto bancário (Nota 8) 7.492.553 – Euribor 1mOutros 4.869 –

13.531.172 1.993.342

68.044.012 56.453.414

Os prazos de reembolso relativamente à dívida bancária remunerada detalham-se como segue:

2011 2010Até 1 ano 13.531.172 1.993.342 1 a 2 anos 39.244 576.999 2 a 3 anos 78.617 606.394 3 a 4 anos 52.567.489 637.287 4 a 5 anos 703.875 50.811.901 mais de 5 anos 1.123.615 1.827.491

68.044.012 56.453.414

O montante global de responsabilidades acrescido dos juros vincendos encontra-se apresentado no capítulo referente ao risco de taxa de juro.

A análise por maturidade da dívida por tipo de taxa de juro detalha-se como segue:

2011 2010Taxa variável

até 1 ano 12.097.139 559.964 1 a 2 anos 606.394 576.999 2 a 3 anos 637.287 606.394 mais de 3 anos 2.497.244 3.134.532

15.838.064 4.877.889

Taxa fixaaté 1 ano 1.434.033 1.433.378 mais de 2 anos 50.771.915 50.142.147

52.205.948 51.575.525

68.044.012 56.453.414

Page 213: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 213 Relatório Anual 2011

A totalidade da dívida bancária remunerada apresenta como moeda funcional o Euro.

13. outras contas a pagar

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 o detalhe da rubrica de “Outras contas a pagar” é como segue:

2011 2010

Correntenão

corrente Total Correntenão

corrente TotalEmpréstimos de empresas do grupo 461.366.462 – 461.366.462 341.878.781 – 341.878.781 Outros credores – empresas do grupo 1.309.224 4.456.037 5.765.261 253.194 3.237.522 3.490.716 Outros credores – – – 117.207 – 117.207 Fornecedores 4.244 – 4.244 – – – Acréscimos de gastos 103.428 – 103.428 91.699 – 91.699 Ganhos diferidos 99.744 – 99.744 69.161 – 69.161

462.883.102 4.456.037 467.339.139 342.410.042 3.237.522 345.647.564

empréstimos de empresas do grupo

O saldo a pagar decompõe-se do seguinte modo:

2011 2010Transportes Aéreos Portugueses, s.A. 454.282.203 332.793.084 TAPGER–soc. de Gestão e serviços, s.A. 872.661 1.869.078 Portugália–Companhia Portuguesa de Transp. Aéreos, s.A. 6.211.598 7.216.619

461.366.462 341.878.781

O saldo a pagar à TAP, S.A., no montante de 454.282.203 Euros (2010: 332.793.084 Euros) inclui, em 31 de dezembro de 2011, o montante de 447.172.900 Euros (2010: 317.465.000 Euros) relativo a um empréstimo de curto prazo. O valor remanescente em dívida refere-se a juros a pagar e a pagamentos efetuados pela TAP, S.A. por conta da Empresa.

O saldo a pagar à PGA, no montante de 6.211.598 Euros respeita, essencialmente, a um empréstimo obtido de 6.000.000 Euros, de curto prazo remunerado a taxas normais de mercado, acrescido de juros.

14. Ganhos/(perdas) relativos a partes de capital

Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010 o detalhe dos ganhos/(perdas) relativos a partes de capital era o seguinte:

2011 2010Dividendos recebidos

TAPGER 4.000.000 2.795.000 Ganhos/(perdas) na alienação de investimentos (Nota 6) – (494.885)Provisão para responsabilidades na participada sPdh (Nota 11) (10.456.445) (40.942.538)Provisão para responsabilidades na subsidiária Aero–lb (Nota 11) – (103.503.079)Provisão para responsabilidades nas subsidiárias Aeropar e TAP mE brasil (Nota 11) (42.568.710) –

(49.025.155) (142.145.502)

15. Fornecimentos e serviços externos

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 esta rubrica tinha a seguinte composição:

2011 2010Trabalhos especializados 540.664 696.429honorários – 36.000Contencioso e notariado 2.574 828Outros 34 –

543.272 733.257

Page 214: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

214 Grupo TAP Relatório Anual 2011

16. Gastos com pessoal

Os gastos com pessoal, incorridos durante os exercícios de 2011 e 2010, foram como segue:

2011 2010Remunerações fixas 1.370 1.370seguro de vida 4.905 3.536

6.275 4.906

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a Empresa não possuía quaisquer colaboradores.

17. outros gastos e perdas

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a rubrica “Outros gastos e perdas” decompõe-se como segue:

2011 2010Impostos 214.237 133.031 Retenções não recuperáveis 299.003 – serviços bancários 5.528 2.799 Outros 31 18.315

518.799 154.145

18. Custos líquidos de financiamento

O detalhe dos custos líquidos de financiamento dos exercícios de 2011 e 2010 é como segue:

2011 2010Juros suportados (10.845.280) (6.060.472)Diferenças de câmbio desfavoráveis (21.416.859) – Juros obtidos 6.723.518 4.026.846

(25.538.621) (2.033.626)

As diferenças de câmbio desfavoráveis reconhecidas a 31 de dezembro de 2011 resultam, essencialmente, da variação desfavorável do Euro face ao Real na sequência da atualização cambial do empréstimo concedido em Reais à TAP ME Brasil.

19. imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento apresenta-se nulo em 31 de dezembro de 2011 e de 2010.

A reconciliação do montante de imposto do exercício é conforme segue:

Page 215: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 215 Relatório Anual 2011

2011 2010Imposto corrente – –

2011 2010Resultado antes de impostos (75.608.201) (145.079.387)Taxa nominal de imposto 26,50% 26,50%Imposto esperado (20.036.173) (38.446.038)Diferenças permanentes (a) 18.746.377 37.670.665 Tributação autónoma – – Prejuízos fiscais reportáveis do exercício sem AID 1.216.789 731.484 Outros ajustamentos 73.007 43.889

– –

Taxa efetiva de imposto 0,00% 0,00%

(a) Este valor respeita a:2011 2010

Anulação de dividendos recebidos (4.000.000) (2.795.000)Perdas na alienação de investimentos – 494.885Provisões não dedutíveis 53.025.155 144.445.617Ajustamentos/imparidade não aceites como custo – 7.951Outros ajustamentos não dedutíveis 21.715.891 –

70.741.046 142.153.453

imPACTo FisCAl 26,5% 18.746.377 37.670.665

A taxa de imposto adotada na determinação do montante de imposto nas demonstrações financeiras é conforme segue:

2011 2010Taxa de imposto 25,00% 25,00%Derrama 1,50% 1,50%

26,50% 26,50%

Por não existirem expectativas na geração de lucro tributável no futuro, a Empresa não reconheceu impostos diferidos ativos associados aos prejuízos fiscais acumulados, que se detalham como segue:

exercício de origemValor reportável

no exercícioexercício

de reporte2006 4.084.748 20122007 2.330.580 20132008 1.765.228 20142009 1.526.270 20152010 14.261.979 20142011 (estimado) 4.867.154 2015

28.835.959

20. Resultados por ação

Não existem instrumentos financeiros convertíveis sobre as ações da TAP SGPS, pelo que não existe diluição de resultados.

2011 2010Resultado atribuível ao acionista (75.608.201) (145.079.387)Número médio ponderado de ações 1.500.000 1.500.000

Resultado básico e diluído por ação (50) (97)

Page 216: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

216 Grupo TAP Relatório Anual 2011

21. entidades relacionadas

Os saldos e transações com entidades relacionadas a 31 de dezembro de 2011 e 2010 são como segue:

2011 TAP, s.A. TAPGeR PGA sPdhTAP me

Brasil Aero–lB megasis TotalSaldos:Outras contas a receber (Nota 5)

Não correntes – – – – 277.052.495 – – 227.052.495Correntes 1.486.685 125 – 119.378.765 – – 1.900.310 122.765.885

1.486.685 125 – 119.378.765 277.052.495 – 1.900.310 460.047.464

Outras contas a pagar (Nota 13)Não correntes 4.456.037 – – – – – – 4.456.037Correntes 455.591.427 872.661 6.211.598 – – – – 462.675.686

460.047.464 872.661 6.211.598 – – – – 467.131.723

Transações:Compras e serviços recebidos – – – – – – – –Juros suportados (6.938.866) (104.589) (230.155) – – – – (7.273.610)Juros obtidos – – – 1.784.547 821.049 4.117.511 310 6.723.417Dividendos recebidos – 4.000.000 – – – – – 4.000.000

(6.938.866) 3.895.411 (230.155) 1.784.547 821.049 4.117.511 310 3.449.807

2010 TAP, s.A. TAPGeR PGA sPdhTAP me

Brasil Aero–lB megasis TotalSaldos:Outras contas a receber (Nota 5)

Não correntes – – – – – 216.939.440 – 216.939.440Correntes 1.486.685 85 – 73.519.873 – – – 75.006.643

1.486.685 85 – 73.519.873 – 216.939.440 – 291.946.083

Outras contas a pagar (Nota 13)Não correntes 3.237.522 – – – – – – 3.237.522Correntes 333.046.278 1.869.078 7.216.619 – – – – 342.131.975

336.283.800 1.869.078 7.216.619 – – – – 345.369.497

Transações:Compras e serviços recebidos (252.773) – – – – – – (252.773)Juros suportados (3.171.416) (53.473) (318.317) – – – – (3.543.206)Juros obtidos – – – 517.449 – 3.509.255 – 4.026.704Dividendos recebidos – 2.795.000 – – – – – 2.795.000Alienação investimentos financeiros – – – – – – (494.885) (494.885)

(3.424.189) 2.741.527 (318.317) 517.449 – 3.509.255 (494.885) 2.530.840

Consideram-se partes relacionadas todas as subsidiárias, associadas e entidades conjuntamente controladas pertencentes ao Grupo TAP conforme identificadas nas demonstrações financeiras consolidadas.

Os membros do Conselho de Administração Executivo e do Conselho Geral de Supervisão são remunerados, exclusivamente, pelas funções exercidas na TAP, S.A., não auferindo qualquer remuneração pelas funções exercidas na TAP SGPS.

As remunerações auferidas pelos membros da Mesa de Assembleia Geral e Revisor Oficial de Contas da TAP SGPS apresentam-se em 2011 e 2010 como segue:

2011 2010senhas de presença

Presidente 640 640 Vice-Presidente 400 400 secretário 330 330

Revisor Oficial de Contas 16.974 16.629 18.344 17.999

22. eventos subsequentes

Na sequência do acordo de venda de 50,1% do capital da SPdH, os empréstimos concedidos até 31 de dezembro de 2011, no montante de 119.378.765 Euros (Nota 21), foram convertidos em prestações acessórias, para cobertura de prejuízos, por decisão da Assembleia Geral realizada em 31 de janeiro de 2012.

Page 217: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 217 Relatório Anual 2011

TÉCniCo oFiCiAl De ConTAs

Sandra Candeias Matos da Luz

Conselho De ADminisTRAção exeCUTiVo

Presidente Fernando Abs da Cruz Souza Pinto

Vogal Luís Manuel da Silva RodriguesVogal Fernando Jorge Alves SobralVogal Luiz da Gama MórVogal Manoel José Fontes TorresVogal Michael Anthony Conolly

Page 218: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente
Page 219: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Relatório do Conselho Geral e desupervisão 2011TAP, SGPS

04

Page 220: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

220 Grupo TAP Relatório Anual 2011

1. No exercício das respetivas competências estatutárias, o Conselho Geral e de Supervisão (CGS) levou a efeito em 2011 a sua atividade de supervisão do Grupo TAP. Os trabalhos das reuniões encontram-se documentados nas respetivas atas.

2. Participaram também nas reuniões do CGS o Presidente do Conselho de Administração Executivo (CAE) e os Administradores responsáveis pelas matérias em análise. Quando se tratou da apreciação das contas de 2010, do orça-mento para 2012 e da revisão do plano estratégico, houve par-ticipação plena do CAE nas reuniões. O Presidente do CGS acompanhou regularmente a gestão da Empresa, tendo assis-tido às reuniões formais do CAE.

3. O CGS tomou conhecimento oportuno das deliberações do CAE que, nos termos estatutários, lhe foram submetidas para apreciação e deliberação, bem como das respetivas fundamen-tações e esclarecimentos.

4. A supervisão realizada pelo CGS ao longo de 2011 abrangeu o universo das empresas do Grupo TAP, com especial relevo para a TAP, S.A., negócio fulcral do Grupo, e desenvolveu-se tanto no âmbito da gestão operacional e financeira, como no da definição estratégica. Para o efeito, o CGS procedeu à análise e amplo debate, com a administração executiva, das questões relevantes que nesses domínios se vieram a colocar, tanto a nível do Grupo como a nível das empresas associadas, tendo, nos termos dos estatutos, emitido pareceres ou recomenda-ções sempre que as circunstâncias o justificaram.

5. No desempenho das suas funções, o CGS reuniu formal-mente nove vezes durante o ano, tendo sido coadjuvado pelas Comissões especializadas de Auditoria (CEA) e de Sustentabilidade e Governo Societário (CESGS), bem como por grupos de trabalho criados ad-hoc pelo próprio Conselho para tratamento de assuntos específicos, nomeadamente para o acompanhamento dos processos de reestruturação da TAP M&E Brasil, de revisão dos estatutos da TAP, S.A., e de aplica-ção da política remuneratória. Estas comissões e grupos pres-taram ao Conselho qualificada assistência em matérias das suas competências, próprias ou delegadas, designadamente nas que envolvem a verificação do cumprimento dos estatutos e preceitos legais aplicáveis.

6. Em 2011 tiveram lugar oito reuniões da CEA, algumas das quais com a participação do Revisor Oficial de Contas, Auditor Externo, e Auditoria Interna da Empresa. Ao longo do ano, a CEA continuou a dedicar especial atenção, entre outros assun-tos, ao desenvolvimento dos processos de reestruturação, em curso, das participadas SPdH e TAP M&E Brasil, pelo relevante impacto financeiro que tiveram nas contas do Grupo. De igual modo, a CEA acompanhou atentamente a evolução quer do nível de endividamento do Grupo, quer da sua tesouraria, cuja gestão assumiu especial acuidade num contexto de rarefa-ção generalizada do crédito nos mercados internacionais. A CEA verificou ter-se mantido o curso de amortização normal da dívida e terem sido assegurados, ao longo do exercício, níveis de liquidez adequados ao regular funcionamento do Grupo. De salientar ainda que o CGS acompanhou, através nomea-damente da intervenção da CEA, os trabalhos desenvolvidos na TAP com vista a avaliar o previsível impacto, nas contas de 2012, da introdução na UE do anunciado regime de emissão de CO2.

7. A CESGS reuniu sete vezes durante o ano. A Comissão super-visionou o processo de elaboração do Relatório do Governo Societário e de Sustentabilidade de 2010. Também no âmbito das suas competências, a CESGS levou a efeito a supervisão das empresas associadas do Grupo TAP, na perspetiva da sua sustentabilidade. Para o efeito, tiveram lugar, ao longo do ano, reuniões da CESGS com os responsáveis das respetivas admi-nistrações executivas, em que foi analisada e debatida a evolu-ção dos negócios dessas associadas, avaliando o seu impacto na sustentabilidade do Grupo. Neste contexto, merece desta-que o acompanhamento regular dos processos de reestrutura-ção da SPdH e da TAP M&E Brasil. O amplo debate efetuado sobre a matéria, com a participação conjunta do CAE, habilitou o CGS a emitir, nos termos estatutários, pareceres e recomen-dações fundamentadas tendo em vista a definição de orienta-ções estratégicas adequadas.

8. Nas reuniões do CGS com a Administração Executiva, ao longo do ano, para além do enquadramento geral da atividade do Grupo e do acompanhamento do desempenho específico das diversas unidades de negócio, foram objeto de atenta análise e debate outros assuntos de especial acuidade ou relevância estratégica para a sustentabilidade da TAP: implementação do plano de redução de custos; incidência na Empresa da apli-cação das medidas de consolidação orçamental; revisão do plano estratégico 2012-15; evolução da posição concorrencial da TAP no contexto do transporte aéreo global, nomeadamente face ao desafio das companhias low cost; investimentos mais significativos (ex: simulador de vôo); perspetivas de recapitali-zação da TAP.

Page 221: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 221 Relatório Anual 2011

9. O Conselho apreciou o relatório de gestão e contas de 2011. Neste exercício merece destaque o resultado positivo da TAP, S.A., negócio central do Grupo, alcançado num ano em que o pronunciado aumento do preço do combustível (32% no caso da TAP), agravou substancialmente os custos de exploração da generalidade das companhias de aviação, acarretando pesa-dos prejuízos para muitas delas. Em consequência, os custos do combustível passaram a representar 34,6% (contra 27,7% em 2010) do total dos custos de exploração da Empresa. Para o resultado positivo da TAP, S.A. concorreram principalmente: o aumento significativo da operação (+ 5,9%), o aumento da taxa de ocupação (+ 1,78 p.p.), e ganhos de eficiência resultantes da implementação do plano de redução de custos (excluindo o combustível, os custos de exploração foram reduzidos em EUR 9 milhões). De destacar também a significativa redução, em 5,1%, dos custos com pessoal. O resultado da TAP, S.A. não foi, no entanto, suficiente para compensar os prejuízos das associadas deficitárias, SPdH e TAP M&E Brasil, pelo que o resultado consolidado do Grupo se revelou negativo no exercí-cio. A nível do Grupo, entende o CGS relevar ainda os empenha-dos esforços desenvolvidos pela Empresa, e os progressos já alcançados, nos seguintes domínios: implementação do plano de transformação organizacional (nomeadamente dos progra-mas de mobilidade e de formação para o desenvolvimento de lideranças); ajustamento interno às rigorosas medidas de con-solidação orçamental; e implementação dos planos de rees-truturação das associadas deficitárias. Nestas circunstâncias, e atentos a recomendação da CEA e os relatórios do ROC e do Auditor Externo, o CGS deliberou, nos termos legais e estatu-tários, emitir parecer favorável sobre o referido relatório de ges-tão e contas, recomendando a sua aprovação pela Assembleia Geral da TAP, SGPS.

10. Completa-se no exercício em análise, o mandato dos órgãos sociais da TAP para o triénio 2009-2011. Completam-se tam-bém em 2011 seis anos de vigência do modelo dualista de governo societário instituído na TAP em 2006. Entende assim o CGS dever deixar aqui expressa a avaliação positiva que faz deste período de funcionamento do referido modelo de gover-nação. Com efeito, o CGS considera que a interação dialética desenvolvida, no quadro deste modelo, entre o órgão executivo e o órgão de supervisão – em ambiente de cooperação cons-trutiva e com respeito mútuo pelas respetivas competências próprias –, contribuiu decisivamente para a definição e desen-volvimento dos objetivos da TAP, nomeadamente na procura e aprofundamento das melhores soluções e na tomada de deci-sões mais críticas para o Grupo, num período de turbulência e incerteza.

11. O CGS deseja expressar o seu agradecimento à administra-ção, trabalhadores e colaboradores da TAP, pelo significativo contributo pessoal que deram – refletido no desempenho da Empresa em 2011 – para o desenvolvimento e sustentabilidade do Grupo.

lisboa, 29 de março de 2012

o Conselho GeRAl e De sUPeRVisão

Manuel Soares Pinto BarbosaCarlos Alberto Veiga AnjosJoão Luís Traça Borges de AssunçãoLuís Manuel dos Santos Silva PatrãoMaria do Rosário Miranda Andrade Ribeiro VítorRui Manuel Azevedo Pereira da SilvaVítor Cabrita Neto

Page 222: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

222 Grupo TAP Relatório Anual 2011

ABReViATURAs e GlossáRio

ABREVIATURASAeA

Association of European Airlines

APCeRAssociação Portuguesa de Certificação

eAsAAgência Europeia para a Segurança da Aviação

iATAInternational Air Transport Association

inACInstituto Nacional de Aviação Civil

iPACInstituto Português de Acreditação

isoInternational Standards Organization

qTCQuick Transfer Center

GLOSSÁRIO Block Hours Número de horas entre partida e chegada de um voo, medido o tempo a partir do momento em que são retirados ou colocados os calços.

Co2 Dióxido de CarbonoGás que naturalmente faz parte da composição da atmosfera e que resulta, também, da combustão de combustíveis fósseis (carvão, petróleo). O aumento da sua proporção na atmosfera pode conduzir ao aquecimento global e consequentes alterações climáticas.

Code-Share Código repartidoAcordo entre duas companhias a operar em parceria, mediante a qual oferecem serviços no mesmo avião, mantendo os respetivos códigos IATA, números de voo e marcas.

Hub Termo utilizado para designar a base operacional de uma companhia aérea, em que chegadas e partidas são coordenadas, por forma a reduzir ao máximo, o tempo de trânsito. O Hub da TAP em Lisboa, encontra-se estruturado em três ondas diárias de chegadas e partidas, por forma a aumentar o número de oportunidades de liga-ções aos clientes da TAP.

Hub and Spoke Modelo de operação que possibilita a ligação entre destinos com menor fluxo de tráfego entre si, através de um aeroporto hub, sempre que não seja exequível um serviço directo.

Load Factor de passageiros

Número total de passageiro-quilómetros (PKU) dividido pelo número total de lugar-quilómetros (PKO).

Multi-hub Sistema de operação por conexão entre diversos hubs, que possibilita uma oferta acrescida de destinos através do acesso às diversas redes que se desenvolvem a partir de cada hub.

PKo Lugar-quilómetroNúmero total de lugares disponíveis para venda multiplicado pelo número de quiló-metros voados.

PKU Passageiro-quilómetroNúmero total de passageiros multiplicado pelo número de quilómetros voados.

Pontualidade Standard da Industria, medido pela percentagem do número de voos com partidas até 15 minutos após a hora da partida publicada em horário.

Regularidade Percentagem de voos efetivamente realizados, do total de voos planeados.

Revenue Management Técnica utilizada na otimização da receita de cada voo, através da procura sistemá-tica do equilíbrio entre a ocupação do voo e as tarifas oferecidas.

TKU Global Número total de toneladas de passageiros, de carga e de correio multiplicado pelo número de quilómetros voados.

TKU Carga e Correio Número total de toneladas de carga e de correio multiplicado pelo número de quilómetros voados.

Yield de Passageiros Receita do tráfego de passageiros dividida pelo número total de passageiro- -quilómetros (PKU).

Page 223: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 223 Relatório Anual 2011

Page 224: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

224 Grupo TAP Relatório Anual 2011

Ficha técnica

TAP, sGPs, s.A.

Apartado 50194, 1704-801 LisboaTel. +351 218 415 000 Fax +351 218 415 774CipC no 506623602

Design e Produção Gráfica

FotografiaAdd ComunicaçãoTAP PORTUGAL

Tiragem550 Exemplares

Depósito Legal182.801/12Julho 2012

Page 225: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

Grupo TAP 225 Relatório Anual 2011

Page 226: TAP, SGPS, S.A.new.flytap.com/prjdir/flytap/mediaRep/editors/Contentimages/... · RELATÓRIO ANUAL 2011 TAP, SGPS, ... Recife Rhodes Riga Rio Branco Rio de Janeiro ... Presidente

RELATÓRIOANUAL2011

TAP, SGPS, S.A.

Apartado 50194, 1704-801 LisboaTel. +351 218 415 000Fax +351 218 415 774

www.flytap.com

Aberdeen

AccraAlicanteAlmeria

AmsterdãoAncaraAntália

ArgelAstúrias

AtenasAtlanta

BamakoBanguecoque

BarcelonaBariBelémBelfastBelgrado

Belo HorizonteBerlim

BilbauBillundBirmingham

BissauBoa Vista

BolonhaBordéusBoston

BrasíliaBratislavaBremen

BruxelasBucareste

BudapesteBuenos AiresCalgaryCampo Grande

CaracasCasablancaCharlotteChicagoCidade do CaboColónia

CopenhagaCuiabaCuritiba

DakarDallasDenverDetroitDresdenDublin

DubrovnikDurban

DusseldorfEast LondonEdimburgo

EstocolmoEstrasburgoEstugarda

FaroFlorençaFlorianopolis

FortalezaForte Ventura

FrankfurtFunchal

Gdansk

GenebraGlasgowGoianiaGotemburgoGranadaGraz

HamburgoHanover

HelsínquiaHeraklionHong Kong

HortaHoustonIbizaIlhéusImperatrizIstambulIzmirJoão PessoaKievKlagenfurt

La CorunhaLanzaroteLarnacaLas PalmasLas VegasLeipzigLeopolisLinz

LisboaLondresLondrinaLos Angeles

LuandaLuxemburgoLuxor

LyonMacapaMaceió

MadridMálagaManaus

ManchesterMaputoMaraba

MarraquexeMarselhaMenorca

MiamiMiconos

MilãoMinneapolisMontreal

MoscovoMostarMunster

MuniqueNápoles

NatalNiceNova IorqueNova OrleãesNurembergaOrlando

OsloOttawa

PalermoPalma de MaiorcaPalmas

PamplonaParisPequim

PicoPisa

Ponta DelgadaPort Elizabeth

PortoPorto AlegrePorto SantoPorto SeguroPorto VelhoPoznan

PragaPraiaPristina

RecifeRhodesRigaRio Branco

Rio de JaneiroRomaRzeszow

SalSalvadorSalzburgoSan DiegoSan FranciscoSanta MariaSantarémSantiago de CompostelaSão Luiz

São PauloSão ToméSão VicenteSeattle

SevilhaSharm El SheikhSimferopolSingapuraSofiaTallimTenerife

TerceiraTeresinaThessalonikiTimisoaraToronto

ToulouseTriesteTurim

ValênciaVancouver

VarsóviaVenezaVerona

VienaVigoVitoriaWashington DC

ZagrebZuriqueXangai