Centro Universitário Hermínio OmettoUNIARARAS
ALZENIRA DE OLIVEIRA
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Curso de Enfermagem do
Centro Universitário Hermínio Ometto -
UNIARARAS, para a obtenção do Título de
Enfermeiro Nefrologista.
ORIENTADORA(A): Profa. Ms. Jaira Brandão Lopes Crepschi
ARARAS/SP 2006
AUTOR: Alzenira de Oliveira
TÍTULO DA MONOGRAFIA: Sistematização da assistência em enfermagem em nefrologia
Monografia apresentada em: ______de_________________________ de 2006.
Banca Examinadora:
_______________________________________________ NOTA: ___________Prof(a). Orientador(a)
_______________________________________________ NOTA: ___________Prof (a). Dr (a).
_______________________________________________ NOTA: ___________Prof (a). Dr (a)
___________________________________________ MÉDIA FINAL: _________
Assinatura do Autor
RESUMO
Minha experiência como enfermeira de um centro de hemodiálise
me levou a refletir na importância de assistir os pacientes portadores de
insuficiência renal crônica com ações sistematizadas para promover qualidade
de assistência a esta clientela conforme a decisão DIR/SP-008/99 e fiscalizada
pelo COREN-SP, porém poucas unidades realizam a sistematização da
assistência deixando de utilizar este valioso instrumento. O objetivo deste
estudo é refletir a importância de ações sistematizadas dentro das unidades de
terapia renal substitutiva. Este trabalho ocupou-se em realizar pesquisas
bibliográficas em livros e revistas e base de dados on-line. Desta forma a
hemodiálise vem prolongando a vida de portadores de insuficiência renal
crônica e juntamente com este valioso instrumento da sistematização o
enfermeiro poderá otimizar o tratamento desta clientela.Conclui-se que ações
sistematizadas dentro dos centros de diálises é de suma importância ,pois
possibilita a esta clientela receber tratamento de qualidade e individualizando e
direcionando o auto cuidado de cada cliente, além de proporcionar boa
interação cliente e profissional .
ABSTRACT
My experience as nurse of a center of hemodiálise took me to reflect in the importance to attend the carrying patients of chronic renal insufficience with systemize actions to promote quality of assistance to this clientele in agreement decision DIR/SP-008/99 and fiscalized by the COREN-SP, however few units carry through the systematization of the assistance leaving to use this valuable instrument. The objective of this study is to inside reflect the importance of actions systemize of the units of renal therapy substitute. This work occupied in carrying through bibliographical research in books and magazines and database on-line. Of this form hemodiálise comes drawing out the life of carriers of chronic renal insufficience and together with this valuable instrument of the systematization the nurse will be able to optimize the treatment of this clientela.Conclui-if that systemize actions inside of the centers of dialyses are of utmost importance, therefore he makes possible this clientele to receive treatment from quality and individualizando and directing the auto care from each customer, besides providing to good interaction customer and professional.
SUMÁRIO
1-INTRODUÇAO................................................................................................01
2-REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................ 06
3-OBJETIVO......................................................................................................15
4- JUSTIFICATIVA............................................................................................ 16
5- METODOLOGIA ......................................................................................... 17
6- DISCUSSÃO................................................................................................. 18
7-CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................20
8- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................21
SUMMARY
My experience as nurse of a center of hemodiálise took me to reflect in the importance to attend the carrying patients of chronic renal insufficience with systemize actions to promote quality of assistance to this clientele in agreement decision DIR/SP-008/99 and fiscalized by the COREN-SP, however few units carry through the systematization of the assistance leaving to use this valuable instrument. The objective of this study is to inside reflect the importance of actions systemize of the units of renal therapy substitute. This work occupied in carrying through bibliographical research in books and magazines and database on-line. Of this form hemodiálise comes drawing out the life of carriers of chronic renal insufficience and together with this valuable instrument of the systematization the nurse will be able to optimize the treatment of this clientela.Conclui-if that systemize actions inside of the centers of dialyses are of utmost importance, therefore he makes possible this clientele to receive treatment from quality and individualizando and directing the auto care from each customer, besides providing to good interaction customer and professional.
Introdução
Segundo (SPERANDIO et al 2002) A elaboração da sistematização da
assistência de enfermagem é um dos meios que o enfermeiro dispõe para
aplicar seus conhecimentos técnico-científicos e humanos na assistência ao
paciente e caracterizar sua prática profissional, colaborando na definição do seu
papel. As atividades de competência e as funções da enfermagem têm ficado
cada vez mais definidas pelos órgãos oficiais de legislação da profissão. Hoje
percebemos a ênfase que se tem dado, por parte dos enfermeiros, à importância
na documentação e registro do plano de cuidados de saúde de sua clientela,
inclusive exigido pela Lei do Exercício Profissional – Documentos Básicos de
Enfermagem: COREN-SP (COFEN, 1997). Assim sendo, precisamos encontrar
caminhos para desvincular as atividades de enfermagem de tarefas burocráticas
alheias as suas atividades específicas e assegurar o exercício profissional
centrado na assistência ao paciente.
Concordamos com Évora (1998) quando diz que os enfermeiros ao longo da
sua prática profissional têm sido, historicamente, sobrecarregados com
atividades envolvendo registros, anotações, relatórios e comunicações,
utilizando grande parte de seu tempo em atividades burocráticas e na busca e
documentação das informações. Diversos estudos estimam que os enfermeiros
despendem até 50% de seu tempo coletando, administrando e documentando
informações (HENDRICKSON; KOVNER, 1990; LOWER; NAUERT, 1992;
PABST et al., 1996; ROSEN; ROUTON, 1998).
Um dos fatores que contribui para este achado é o fato do prontuário médico ser
baseado em registros manuais. O enfermeiro consome grande parte de seu
tempo quando realiza, manualmente, o plano de cuidado para cada um dos
pacientes sob sua responsabilidade. Essa prática torna-se dificultada quando
nas instituições hospitalares o número desse profissional é deficitário em relação
à taxa de ocupação de leitos. Os enfermeiros deparam-se assim, com o
complexo desafio de administrar seu tempo para que todas as suas tarefas
sejam realizadas integralmente e com qualidade na prestação de assistência ao
paciente.
Durante minha trajetória observo que apesar do serviço ate ser multiprofissional
falta interação e o trabalho das equipes se encontram fragmentados muitas
vezes, onde apesar do enfermeiro possuir um vinculo semanal com a sua
clientela muitas vezes desconhece seus medos e anseios e acaba
transformando a vida de clientes e profissionais em diálise por produção longe
da humanização e interação profissional e cliente.Onde estes clientes se tornam
frágeis e sensibilizados e muitas vezes em seu cotidiano diário sem um olhar
sistematizado e principalmente individualizados encontramos cada vez mais
pacientes apáticos e sem motivação para viver pois acreditam que não podem
desfrutar mais de um cotidiano saudável, onde pude observar que a maioria da
população acometida são pessoas de baixa condição econômica sem muitos
recursos financeiros onde esta clientela necessita de profissionais capacitados
voltados as suas necessidades e preparados para fornecer um cuidado
sistemático e individualizado e assim junto a equipe multidisciplinar desenvolver
um trabalho sistemático e completo e não fragmentado onde após
diagnosticados problemas serem minimizados juntamente com toda equipe
talvez hoje meus pensamentos ainda sejam utópicos mais em um futuro bem
próximo poderemos ter o prazer de ter nas instituições sejam publicas ou
privadas a visão de uma assistência sistematizada e humanizada para toda a
população em todas especialidades pois cada um é cada um e jamais
poderemos englobar a assistência. Pois cada dia mais cresce a população com
doenças de bases que evoluem para insuficiência renal aguda ou crônica onde
necessitam de profissionais capacitados e comprometidos com o cuidar para
ajudá-los ,seja na adaptação ao tratamento ou outros agravos que possam
acometê-los,sendo que as doenças renais se subdividem em insuficiência renal
aguda ou crônica, segundo (RIELLA 2003) A I.R.A é caracterizada por uma
redução abrupta da função renal que se mantem por períodos
variáveis,resultando na inabilidade dos rins em exercer suas funções básicas de
excreção e manutenção da homeostase hidroeletrolitica do organismo.Onde as
causas da insuficiência renal aguda pode ser de origem renal,pré renal ou pos
renal.(GUYTON 1998 ) relata que: As três maiores categorias de distúrbios que
causam insuficiência renal aguda são:
- Pré – renal : hiperperfusao do rim;
- Intra –renal : dano real ao tecido renal ;
- Pos renal : obstrução do fluxo urinário.
As insuficiências renais agudas são geralmente resultados de uma obstrução ,
a pressão aumenta nos túbulos , eventualmente a taxa de filtração glomerular
diminui.As etapas da insuficiência renal aguda são:
- Período de inicio : Começa com agressão e termina quando a oliguria se
desenvolve;
-Período de oligúria: volume menor que 400ml/24h, levando ,com ,isso ,a
elevação de concentrações séricas dos elementos geralmente excretadas pelo
rins;
-Período de diurese: terceira fase: o paciente apresenta um debito de filtração
glomerular e os valores param de aumentar;
- Período de recuperação : inicia-se a melhora da função renal podendo levar de
03 a 12 meses .
A insuficiência renal crônica se refere a um diagnostico sindrômico de perda
progressiva e geralmente irreversível da função renal de depuração , ou seja da
filtração glomerular.Embora essa definição não faça menção a quantidade de
função perdida,costuma-se usar os qualificativos imprecisos leves,moderada e
grave ou terminal conforme o grau de diminuição da filtração glomerular.
(BARROS et al 1999).
Hemodiálise
A aplicação da hemodiálise teve inicio ha mais de meio século ,sendo
indicada apenas para o tratamento da insuficiência renal aguda , com intuito de
manter o paciente vivo o tempo suficiente para a recuperação da função renal.
Onde a partir da década de 60 como tratamento de uremia crônica,mudando
o curso natural de uma doença letal em um tratamento paliativo. Hoje graças a
terapia renal substitutiva, mais de um milhão de pessoas no mundo mantem
suas vidas através de uma maquina , capaz de substituir um órgão vital. Alem
disso o tratamento dialitico propicia condições para aqueles que se encontram
em tratamento aguardarem pelos seus transplantes e se manterem em boas
condições clinicas ate que o dia do transplante se realize. Segundo RIELLA
(2003)A hemodiálise deve ser vista como uma modalidade terapêutica capaz de
proporcionar uma melhor qualidade de vida ,maior longevidade e uma
freqüência cada vez menor de complicações.
.
.
OBJETIVO
Discutir a importância da sistematização da assistência de enfermagem em nefrologia.
JUSTIFICATIVA
Como aluna do curso de pos graduação em nefrologia do Centro universitário
Hermínio Ometto, atuando na área de enfermagem há seis anos e ter atuado o
em quatro unidades de hemodiálise diferentes da região sudeste, onde cada
uma possuindo suas particularidades e onde o número de pacientes
acometidos pela insuficiência renal crônica cresce cada dia mais, percebi a
necessidade de ações sistematizadas dentro dos centros de diálises onde
apesar de exigências dos conselhos de classe e outras entidades para que
haja ações sistematizadas a esta clientela ainda são poucas as entidades que
fazem uso deste valioso instrumento, e as que tentam implantar muitas vezes
são sufocadas com uma enfermagem burocrática sem tempo para um cuidado
individualizado. A sistematização da assistência de enfermagem hoje é um
tema relevante pela sua autonomia e pela eficácia quando aplicado de forma
sistemática e ordenada , o bom desempenho desta pratica com ações
sistematizadas individualizadas e humanizadas pode mudar o perfil de uma
clientela partindo do principio que cada ser é diferente portanto necessitando
de cuidados individualizados.Apesar das exigências legais sobre a SAE muitos
profissionais e instituições ainda não se derao conta da importância de ações
sistematizadas dentro das unidades. Com este trabalho espero conscientizar
profissionais em especial da área da nefrologia para que o ato de
sistematizar se torne uma rotina dentro das instituições de diálises e vivencia
dos enfermeiros .
METODOLOGIA
Para esta pesquisa utilizou-se de revisão bibliográfica em
livros e bases de dados online e revistas cientificas e de posse do material
bibliográfico, iniciou-se uma leitura exploratória desses, com a finalidade de
selecionar aqueles que poderiam contribuir para o desenvolvimento do
presente trabalho. Na seqüência procedeu-se a leitura reflexiva dos artigos
selecionados. Essas idéias foram transcritas e organizadas por ordem de
importância para o desenvolvimento desta pesquisa.
A análise do conteúdo revisada foi descrita levando em
consideração as concordâncias e discordâncias encontradas nestes. Isto
posto, pude propor a importância da SAE voltada aos clientes submetidos a
terapia renal substitutiva o que contribuirá para a melhor eficácia do
tratamento.
DISCUSSÃO
Procurou-se com este trabalho demonstrar a importância da
(SAE) Sistematização da assistência de enfermagem, e a autonomia destes
prestadores da assistência em nefrologia , onde o profissional poderá
assistir o paciente de forma sistemática, organizada, e humanizada e
promovendo o cuidado individualizado assim a partir daí este profissional já
se sentirá motivado não sendo visto apenas como mais um; e sim com uma
equipe que se preocupa com a sua qualidade de vida e saúde, não somente
por determinação legal, mas por valorizá-lo como pessoa. Ao iniciarmos
este processo o paciente terá um histórico de enfermagem abrangente,
baseado na historia de saúde deste, onde assim facilitará todo planejamento
de orientações e cuidados a serem prestados a estes. Desta forma o
enfermeiro poderá identificar problemas decorrentes do seus hábitos de
vida que muitas vezes estão prejudicando a uma melhor resposta no seu
tratamento e desmotivando seu desempenho dialítico, que poderá ser
avaliado futuramente com um diagnostico positivo, o que ocasionará menos
Intercorrência dialiticas e melhor resposta desta clientela ao tratamento,
assim sendo, através dos diagnósticos de risco o enfermeiro conseguirá
detectar precocemente anormalidades que poderão vir a diminuir a interação
do paciente junto ao seu tratamento, através de orientações, poderá intervir
potencializando este paciente para melhora e assim, como conseqüência
uma diminuição de Intercorrência onde um acompanhamento adequado para
sanar as necessidades que vão surgindo através da sistematização
significara o bem estar e a satisfação tanto do cliente ,como do profissional.
Onde através de ações sistematizadas esperasse que taxa de desinteresse
momentâneo pelo seu tratamento devido a fatores agravantes tanto no
serviço de diálise como com familiares, que na maioria dos casos não são
identificados por falta da implementação da sistematização. Isto posto ao ter
em mãos os diagnósticos de enfermagem de “risco” que permitem um plano
ideal para a assistência destes clientes.O planejamento da assistência se
dará de forma a atender as necessidades dos clientes com práticas de
ações e intervenções, bem como avaliando a necessidade e o déficit de
conhecimento de cada um.
Com a (SAE) sistematização da assistência de enfermagem,
nos centros de diálises o mesmo se sentirá mais amparado, pois o
enfermeiro irá orientá-lo e definirá os cuidados a serem implementados,
devido a ter sido diagnosticado precocemente, envolvendo assim, o cliente
como um todo e valorizando assim a sua saúde que foi alterada por um
órgão vital mais substituível e com a ajuda deste cliente e implementação da
SAE este cliente terá uma melhor qualidade de vida. Cabe alertar que muitas
vezes o enfermeiro se sentirá limitado a implantar a SAE, como resistência
dos profissionais envolvidos, a qual gostaria de esclarecer que a SAE, e os
diagnósticos de riscos não devem ser confundidos com diagnóstico médicos,
pois nossa proposta e trabalhar os diagnósticos de enfermagem, prevenindo
desta forma possíveis agravos a esses clientes devido a sua rotina dialiticas
e desmotivaçao enquanto aguardam um transplante. Mesmo encontrando
dificuldades iniciais de implantação da SAE, cabe ao enfermeiro demonstrar
a importância deste instrumento, a qual objetiva fazer a prevenção de
agravos patológicos dentro das clinicas de diálises , que deve ser a real
função do enfermeiro nefrologista.
REVISÃO DE LITERATURA.
A Sistematização da Assistência em Enfermagem
A enfermagem vem cada vez mais buscando melhorar na qualidade da
assistência ao cliente, o SAE (sistematização de assistência de enfermagem) faz
com que possamos diferenciar no cuidado prestado a cada cliente de forma
individualizada, conhecendo - o e participando na sua recuperação de maneira
integral.
Trata-se de um processo que segue passos com objetivo de individualizar o
cuidado através do levantamento de problemas e soluções dos mesmos.
Segundo(ABRAO et al) No Brasil, a expressão diagnóstico de enfermagem foi
introduzida por Wanda Horta, na década de 60, e constituiu-se em uma das
etapas do processo de enfermagem proposto por esta autora (HORTA8, 1979).
Atualmente, este tema tem sido objeto de discussão em vários eventos, visando
melhor compreensão e aplicação da Taxonomia dos diagnósticos de
enfermagem propostos pela NANDA (CRUZ4,3, 1994, 1995).
O processo de enfermagem é definido por YURA e WALSH, 1973 apud
Cianciarulo ( 2001) como método continuo , sistemático , critico, ordenado, de se
coletar , julgar , analisar e interpretar informações sobre as necessidades físicas
e psíquicas do paciente para levá-lo , a normalidade . Apresenta um processo de
enfermagem composto de coleta de dados e diagnósticos, planejamento,
implementação e avaliação.
Passos da sistematização
Histórico
Segundo Year, et al (1993) o histórico é o primeiro passo do processo de
enfermagem é um processo organizado e sistemático de coleta de dados de
uma infinidade de fontes para analise do estado de saúde de um cliente. A fase
do histórico propicia uma fundamentação sólida que promove a realização de
cuidados individualizados e qualificados.
O histórico inicial capacita o enfermeiro a acumular dados abrangentes
sobre as reações de saúde. Ele também auxilia na identificação dos fatores
específicos que contribuem para a existência dessas reações num cliente em
especial.
Tais dados também determinam se a enfermeira pode mudar, ampliar ou
interromper as intervenções de enfermagem. Uma vez que o processo é um
processo continuo, os dados posteriores também permitem que a enfermeira
identifique problemas adicionais que podem ter surgido como resultado da
hospitalização, do processo de doença ou das modalidades de tratamento. Isto é
conseguido, através de um processo que compara informações atuais com
dados de partida, anteriormente adquiridos.
O preenchimento do histórico de enfermagem é uma atividade especifica do
enfermeiro, não podendo ser delegada a outros profissionais, tendo como
características ser conciso, claro, preciso, individualizado e sem duplicidade de
informações (HORTA, 1979).
Através do levantamento de dados dentro do Histórico o enfermeiro será
capaz de subsidiar dados e informações precisas para o acompanhamento do
cliente, sendo esta a primeira etapa para coleta de informações onde se destaca
uma das fases primordiais da assistência de enfermagem.
É importante ressalta que nesta fase o cliente deverá estar consciente e
não poderá omitir informações, pois destas informações dependerá do resultado
de todo o processo.
Diagnóstico
Para Carpenito (2002) a enfermagem necessita de um sistema de classificação
ou uma taxonomia, para descrever e desenvolver uma fundamentação
cientifica, confiável para o preenchimento dos critérios da profissionalização▪
Historicamente vinculam os diagnósticos exclusivamente a medicina, alguns
tende a desconsiderar o fato de que muitos profissionais elaboram diagnostico;
por exemplo, os professores diagnosticam as dificuldades de aprendizado, as
cabeleireiras diagnosticam os problemas de cabelo, os mecânicos
diagnosticam os defeitos dos automóveis. Alem disso muitas enfermeiras
foram ensinadas a evitar afirmações definitivas ao documentar e foram
aconselhadas ao utilizar frases como “parece ser” ou “parenta ser”. Este
processo de socialização recompensa as enfermeiras por não diagnosticar.
Por definição o diagnostico é o estudo cuidadoso e critico de algo, para
determinação de sua natureza.A questão não é se as enfermeiras devem
diagnosticar, mas o que elas podem diagnosticar.
Concordando com a autora e embasado nas leis em vigor Resolução
COFEN-159/1993 que dispõem: que a consulta de enfermagem sendo
atividade privativa do enfermeiro, utiliza componentes do método cientifico
para identificar situações de saúde /doença, prescrever e implementar medidas
de enfermagem que contribuam para a promoção, prevenção, proteção à
saúde, recuperação e reabilitação do individuo, família e comunidade,
dispõem: ainda que a institucionalização da consulta de enfermagem como um
processo da pratica de enfermagem na perspectiva da concretização de um
modelo assistencial adequado às condições das necessidades da saúde da
população.
Assim é possível falarmos de maneira coesa e com linguagem única ao
nosso cliente, onde podemos concluir o tipo de diagnostico, e o melhor cuidado
para este.
Para Carpenito (2000) o diagnostico de enfermagem é tanto uma estrutura
como um processo e define como uma afirmativa que descreve um tipo
especifico de problemas ou respostas que a enfermeira identifica.Nao deve
serusado para rotular todo problema que as enfermeiras podem identificar,
pois tal utilização não enfatiza o papel da enfermeira.
Segundo Cruz apud Cianciarulo (2001) o diagnóstico de enfermagem pode
ser analisado sob varias perspectivas. Em uma dessas perspectivas ele é
definido como uma das etapas do processo de enfermagem. Apesar da
inexistência de um limite nítido entre fases do processo, ele tem sido
tradicionalmente descrito em cinco etapas: levantamento dos dados,
diagnósticos, planejamento, implementação e avaliação.
O diagnóstico de enfermagem é uma forma de expressar as necessidades
de cuidados que identificamos naquelas que cuidamos.
É através deste que levantamos estratégias para propor maneiras de
intervenções ao estado do cliente.
Planejamento
Segundo IYER (1993) envolve o desenvolvimento de estratégias, criada para
reforçar reações saudáveis do cliente ou para prevenir, minimizar ou corrigir
reações não saudáveis do cliente, identificadas no diagnostico de enfermagem.
É através desta fase que se desenvolve ações preventivas para saber o
nível de conhecimento desses clientes sua saúde e incluindo informações já
existentes procurando esclarecer possíveis dúvidas que possam estar
interferindo no processo saúde/doença.
Esta fase inicia – se após a formulação do enunciado do diagnostico e
finaliza com a documentação real do plano de cuidados.
Implementação
A implementação é a quarta fase do processo de enfermagem onde será
iniciado o cuidado de enfermagem previamente estabelecido no planejamento.
Segundo IYER (1993) a enfermeira utiliza três estágios para completar a
fase de implementação é preparação, intervenção e documentação, e tem
como meta à obtenção de resultados.
Preparação: inclui uma serie de atividades – revisão das intervenções de
enfermagem identificadas na fase de planejamento – analise dos
conhecimentos e habilidade de enfermagem exigida - reconhecimento das
complicações potenciais, associadas a atividades especificas de enfermagem
– determinação e provimento dos recursos necessários – preparação de um
ambiente favorável aos tipos de atividades que serão realizadas.
Seguindo estes passos o enfermeiro vai promover, analisar as
complicações potenciais e os recursos necessários, tendo ambiente favorável
preparado com qualidade à assistência de enfermagem.
Intervenção: será o inicio da fase da implementação onde as necessidades
físicas emocionais do cliente são identificadas, na fase de levantamento de
dados do processo de enfermagem.
De acordo com os diagnósticos e o planejamento previamente
estabelecido é que a enfermeira vai poder atuar na fase de intervenção de
enfermagem relacionado a possíveis fatores específicos a elaboração de
método preventivo e corretivo e a educação do cliente conforme o diagnostico
alterado.
Documentação: é a fase da implementação de enfermagem onde serão
registrados os dados da assistência, e condutas a serem implementadas
objetivando uma assistência individualizada e de qualidade.
Segundo HORTA (1979) afirma que a prescrição requer do enfermeiro
experiência de capacidade de escolha para prescrever o cuidado adequado a
prescrição deve ser precisa, concisa, clara, especifica.
Como foi citada, a documentação são dados a serem armazenados onde
estão registrados os cuidados de enfermagem, as necessidades básicas para
cada cliente intervindo e solucionado os problemas.
Avaliação
Avaliação como uma das fases da assistência de enfermagem serve para
subsidiar a manutenção e a necessidade de reformulação e ajuste no
planejamento da assistência. Constitui-se no resultado do processo de trabalho
previamente estabelecido por meio de critérios ou objetivos da assistência de
enfermagem (YOSHIOKA apud CIANCIARULO 2001).
Refletindo Juntamente com os autores nesta fases do processo podemos
estar avaliando as ações implementadas e se as metas que estão sendo
alcançadas .No âmbito hospitalar em especial diálises.
METODOLOGIA
Para esta pesquisa utilizou-se de revisão bibliográfica em livros e
bases de dados online e revistas cientificas e de posse do material
bibliográfico, iniciou-se uma leitura exploratória desses, com a
finalidade de selecionar aqueles que poderiam contribuir para o
desenvolvimento do presente trabalho. Na seqüência procedeu-se a
leitura reflexiva dos artigos selecionados. Essas idéias foram
transcritas e organizadas por ordem de importância para o
desenvolvimento desta pesquisa.
A análise do conteúdo revisada foi descrita levando em
consideração as concordâncias e discordâncias encontradas nestes.
Isto posto, pude propor a importância da SAE voltada aos clientes
submetidos a terapia renal substitutiva o que contribuirá para a
melhor eficácia do tratamento.
DISCUSSÃO
Procurou-se com este trabalho demonstrar a importância da
(SAE) Sistematização da assistência de enfermagem, e a autonomia destes
prestadores da assistência em nefrologia , onde o profissional poderá
assistir o paciente de forma sistemática, organizada, e humanizada e
promovendo o cuidado individualizado assim a partir daí este profissional já
se sentirá motivado não sendo visto apenas como mais um; e sim com uma
equipe que se preocupa com a sua qualidade de vida e saúde, não somente
por determinação legal, mas por valorizá-lo como pessoa. Ao iniciarmos
este processo o paciente terá um histórico de enfermagem abrangente,
baseado na historia de saúde deste, onde assim facilitará todo planejamento
de orientações e cuidados a serem prestados a estes. Desta forma o
enfermeiro poderá identificar problemas decorrentes do seus hábitos de
vida que muitas vezes estão prejudicando a uma melhor resposta no seu
tratamento e desmotivando seu desempenho dialítico, que poderá ser
avaliado futuramente com um diagnostico positivo, o que ocasionará menos
Intercorrência dialiticas e melhor resposta desta clientela ao tratamento,
assim sendo, através dos diagnósticos de risco o enfermeiro conseguirá
detectar precocemente anormalidades que poderão vir a diminuir a interação
do paciente junto ao seu tratamento, através de orientações, poderá intervir
potencializando este paciente para melhora e assim, como conseqüência
uma diminuição de Intercorrência onde um acompanhamento adequado para
sanar as necessidades que vão surgindo através da sistematização
significara o bem estar e a satisfação tanto do cliente ,como do profissional.
Onde através de ações sistematizadas esperasse que taxa de desinteresse
momentâneo pelo seu tratamento devido a fatores agravantes tanto no
serviço de diálise como com familiares, que na maioria dos casos não são
identificados por falta da implementação da sistematização. Isto posto ao ter
em mãos os diagnósticos de enfermagem de “risco” que permitem um plano
ideal para a assistência destes clientes.O planejamento da assistência se
dará de forma a atender as necessidades dos clientes com práticas de
ações e intervenções, bem como avaliando a necessidade e o déficit de
conhecimento de cada um.
Com a (SAE) sistematização da assistência de enfermagem,
nos centros de diálises o mesmo se sentirá mais amparado, pois o
enfermeiro irá orientá-lo e definirá os cuidados a serem implementados,
devido a ter sido diagnosticado precocemente, envolvendo assim, o cliente
como um todo e valorizando assim a sua saúde que foi alterada por um
órgão vital mais substituível e com a ajuda deste cliente e implementação da
SAE este cliente terá uma melhor qualidade de vida. Cabe alertar que muitas
vezes o enfermeiro se sentirá limitado a implantar a SAE, como resistência
dos profissionais envolvidos, a qual gostaria de esclarecer que a SAE, e os
diagnósticos de riscos não devem ser confundidos com diagnóstico médicos,
pois nossa proposta e trabalhar os diagnósticos de enfermagem, prevenindo
desta forma possíveis agravos a esses clientes devido a sua rotina dialiticas
e desmotivaçao enquanto aguardam um transplante. Mesmo encontrando
dificuldades iniciais de implantação da SAE, cabe ao enfermeiro demonstrar
a importância deste instrumento, a qual objetiva fazer a prevenção de
agravos patológicos dentro das clinicas de diálises , que deve ser a real
função do enfermeiro nefrologista.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao analisar este trabalho observamos que o enfermeiro tem
uma grande responsabilidade durante o tratamento de terapia renal
substitutiva e manter a qualidade de vida do cliente envolvido nesta
modalidade de tratamento.
.Através da persistência em mostrar a importância deste valioso instrumento
o profissional será capaz de ter ações sistematizadas dentro do seu
ambiente de trabalho mostrando ao cliente que sua interação junto ao
tratamento e de extrema valia para um processo implantado com sucesso .
O enfermeiro devera observar após a implantação da SAE seus resultados
juntamente com toda equipe multiprofissional e sanar dificuldades que por
ventura aparecerem no decorrer da implantação.
A sistematização devera ser um instrumento de trabalho fácil de
preferência check list bem estruturado para enfocar os pontos principais
rápido sem perder o foco na assistência devendo ser de forma sistemática e
de fácil entendimento, tendo a necessidade de um impresso próprio onde se
defini os objetivos com a clientela já em tratamento diálitico ,ambulatorial
ou conservador .
Compete ainda ao enfermeiro trabalhar de forma harmoniosa com a
equipe medica, objetivando um respaldo administrativo é de suma
importância para que a aplicabilidade do processo de resultados, pois se
sabe que muitos profissionais ainda não deram conta da importância da SAE
dentro das atividades do enfermeiro, e principalmente voltada para a saúde
em diálises.
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