Lisboa, 2018 • www.bportugal.pt
Redigido com informação disponível até 20 de março de 2018.
Refira-se, adicionalmente, que os indicadores macroeconómicos e a informação relativa ao sistema bancário
têm periodicidade trimestral, sendo apresentados até ao último trimestre completo disponível, enquanto os
indicadores relativos aos mercados financeiros, cuja frequência é diária, são apresentados até ao último dia
de informação disponível.
Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes • Banco de Portugal Rua Castilho, 24 | 1250-069 Lisboa •
www.bportugal.pt • Edição Departamento de Estabilidade Financeira • Design Departamento de Comunicação e Museu |
Unidade de Design • ISSN 2183-9646 (online)
Índice
1 Sistema bancário português – Avaliação global | 3
2 Indicadores macroeconómicos e financeiros | 4
3 Sistema bancário português | 6
3.1 Balanço | 6
3.2 Liquidez e financiamento | 7
3.3 Qualidade dos ativos | 9
3.4 Rendibilidade | 10
3.5 Solvabilidade | 12
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1 Sistema bancário português
– Avaliação global Balanço
No quarto trimestre de 2017, o ativo total do sistema bancário diminuiu. Esta evolução teve
inerente um decréscimo de várias rubricas, destacando-se os títulos de dívida, e o aumento das
disponibilidades em bancos centrais. Os empréstimos a clientes (líquidos de imparidades)
permaneceram virtualmente inalterados, apesar da evolução diferenciada das suas componentes.
Liquidez e financiamento
A trajetória de redução do financiamento junto de bancos centrais acentuou-se no último
trimestre de 2017, face aos anteriores, registando o valor mais baixo desde o primeiro trimestre
de 2010.
Os indicadores de liquidez mantiveram-se em níveis elevados, tendo, em geral, melhorado.
Qualidade dos ativos
No quarto trimestre de 2017, a qualidade dos ativos do sistema bancário evoluiu favoravelmente,
registando-se uma diminuição do rácio dos empréstimos non-performing (NPL). Esta dinâmica
continuou a refletir a redução do numerador (stock de NPL), em especial no segmento das
sociedades não financeiras. Adicionalmente, verificou-se um aumento do rácio de cobertura de
NPL.
Rendibilidade
A rendibilidade do sistema bancário em 2017 foi positiva, contrastando com o valor negativo
registado em 2016.
Face a 2016, a evolução da rendibilidade no ano traduz uma redução expressiva do fluxo de
imparidades, em especial no último trimestre.
Solvabilidade
Os rácios de fundos próprios do sistema bancário aumentaram no quarto trimestre de 2017, em
resultado do incremento dos capitais próprios.
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2 Indicadores macroeconómicos
e financeiros Gráfico 2.1 • Taxas de crescimento do PIB, em % | Volume
Fonte: INE.
Nota: As estatísticas das contas nacionais apresentadas incorporam as regras emanadas do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais
na União Europeia (SEC 2010).
• Em 2017, a taxa anual de crescimento do PIB cifrou-se em 2,7%, 1,1 p.p. acima da verificada em
2016.
• No 4.º trimestre de 2017, a taxa de variação homóloga foi de 2,4%, idêntica à do trimestre
anterior. O crescimento do PIB em cadeia situou-se em 0,7%, verificando-se uma ligeira
aceleração face ao 3.º trimestre de 2017 (0,6%).
Gráfico 2.2 • Taxa de desemprego, em % da população ativa
Fontes: Banco de Portugal e INE.
Nota: A taxa de desemprego corresponde à taxa de desemprego publicada pelo INE no mês central de cada trimestre, ajustada de
sazonalidade.
• A taxa de desemprego situou-se em 8,1% no quarto trimestre de 2017, apresentando uma
redução de 0,7 p.p. relativamente ao trimestre anterior.
• Em 2017, a taxa de desemprego fixou-se em 9,0%, uma diminuição de 2,2 p.p. face a 2016.
-4,0
-1,1
0,9
1,81,6
2,7
0,0
2,4 2,4
0,6 0,7
-5
-4
-3
-2
-1
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2012 2013 2014 2015 2016 2017 3T 2017 4T 2017 3T 2017 4T 2017
var. anual var. homóloga var. cadeia
// //// //
15,816,4
14,1
12,6
11,2
9,0 8,88,1
0
2
4
6
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2012 2013 2014 2015 2016 2017 3T 2017 4T 2017//
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Gráfico 2.3 • Taxas de rendibilidade da dívida pública a 10 anos, em %
Fonte: Thomson Reuters.
Notas: A última observação data de 19 de março de 2018. Dados diários.
• A taxa de rendibilidade implícita (yield) da dívida pública portuguesa a 10 anos decresceu 42
pontos base entre 29 de setembro de 2017 e 29 de dezembro de 2017. O spread face à dívida
pública alemã diminuiu 45 pontos base no mesmo período.
• Esta trajetória de redução manteve-se no início de 2018, tendo a yield da dívida pública
portuguesa estabilizado abaixo de 2%. Para esta evolução deverá ter contribuído a divulgação
de dados macroeconómicos e da execução orçamental positivos.
Gráfico 2.4 • Taxas de juro da área do euro, em %
Fonte: BCE e Thomson Reuters.
Notas: A última observação data de 19 de março de 2018. Dados diários. (a) Corresponde à taxa de juro oficial do Eurosistema para a
facilidade permanente de depósito. (b) Corresponde à taxa de juro oficial do Eurosistema para as operações principais de refinanciamento.
(c) Corresponde à taxa de juro oficial do Eurosistema para a facilidade permanente de cedência marginal.
• As taxas de juro do BCE permanecem inalteradas desde março de 2016: a taxa de facilidade
permanente de depósitos em -0,40%, a taxa das operações principais de refinanciamento em
0% e a taxa da facilidade permanente de cedência de liquidez em 0,25%.
• Em 2017, as taxas de juro interbancárias da área do euro (EURIBOR) continuaram em níveis
negativos, refletindo condições de financiamento favoráveis do sistema bancário no âmbito da
política monetária acomodatícia do BCE.
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
jan.16 mar.16 mai.16 jul.16 set.16 nov.16 jan.17 abr.17 jun.17 ago.17 out.17 dez.17 mar.18
Portugal Alemanha Espanha Itália
-0,45
-0,30
-0,15
0,00
0,15
0,30
0,45
jan.16 mar.16 mai.16 jul.16 set.16 nov.16 jan.17 abr.17 jun.17 ago.17 out.17 dez.17 mar.18
BCE - Op. Princ. Ref. (a) BCE - Ced. Marginal (b) BCE - Fac. Dep. (c)
Euribor 3M Euribor 6M Euribor 12M
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3 Sistema bancário português
3.1 Balanço
Gráfico 3.1 • Estrutura do ativo, em mM€
Fonte: Banco de Portugal.
Nota: A rubrica Outros ativos inclui caixa e disponibilidades/aplicações em bancos centrais, disponibilidades em outras instituições de crédito,
derivados, ativos tangíveis e intangíveis, e outros ativos.
• No quarto trimestre de 2017, o ativo do sistema bancário retomou a trajetória de decréscimo,
tendo diminuído 1,1%, para 381 mM€.
• A evolução do ativo no trimestre refletiu a diminuição de várias rubricas, sendo de destacar a
redução da exposição a títulos de dívida pública portuguesa e o decréscimo dos empréstimos
a instituições de crédito. Esta dinâmica foi parcialmente compensada por um aumento
significativo das disponibilidades em bancos centrais. Refira-se, ainda, que os empréstimos a
clientes (líquidos de imparidades) permaneceram virtualmente inalterados, apesar da evolução
diferenciada das suas componentes.
Gráfico 3.2 • Estrutura do passivo e capital próprio, em mM€
Fonte: Banco de Portugal.
Nota: A rubrica Outros passivos inclui derivados, passivos a descoberto e outros passivos.
493457
426 408386 385 381
0
250
500
dez. 12 dez. 13 dez. 14 dez. 15 dez. 16 set. 17 dez. 17
Thousands
Empréstimos a instituições de crédito Títulos de dívida Part. financeiras Empréstimos a clientes Outros ativos
2,9 2,7 2,02,5 2,3 2,1 2,0
//
Total do ativo / PIB nominal
493457
426408
386 385 381
0
250
500
dez. 12 dez. 13 dez. 14 dez. 15 dez. 16 set. 17 dez. 17
Thousands
Dep. de bancos centrais Dep. de outras instituições de crédito Títulos Dep. de clientes Outros passivos Capital próprio
//
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• No quarto trimestre de 2017 verificou-se uma diminuição dos depósitos de outras instituições
de crédito (originando uma redução do financiamento interbancário líquido), das
responsabilidades representadas por títulos e dos depósitos de bancos centrais.
• Por sua vez, os depósitos de clientes aumentaram de forma expressiva, refletindo o
crescimento dos depósitos das sociedades não financeiras e dos particulares, que mais do que
compensou o decréscimo observado nos depósitos das administrações públicas.
3.2 Liquidez e financiamento
Gráfico 3.3 • Financiamento de bancos centrais, em mM€
Fonte: Banco de Portugal.
• O financiamento obtido junto de bancos centrais voltou a diminuir no quarto trimestre de 2017,
à semelhança dos dois trimestres anteriores, embora de forma mais acentuada (-3,3%),
atingindo o valor mais baixo desde o primeiro trimestre de 2010.
• As Operações de refinanciamento de prazo alargado (LTRO) têm vindo a ganhar
preponderância relativamente às Operações principais de refinanciamento (MRO) – já muito
residuais – e aos outros recursos provenientes de bancos centrais.
Gráfico 3.4 • Rácio entre empréstimos e depósitos, em %
Fonte: Banco de Portugal.
• O rácio entre empréstimos e depósitos de clientes diminuiu ligeiramente no quarto trimestre
de 2017, refletindo, sobretudo, o aumento dos depósitos.
52,847,9
31,226,2 22,4 22,7 22,1
3,4
3,3
2,5
2,42,3 1,9 1,8
0
20
40
60
dez. 12 dez. 13 dez. 14 dez. 15 dez. 16 set. 17 dez. 17
Thousands
Operações de política monetária junto do Banco de Portugal Outros depósitos de bancos centrais
//
122,6
111,8102,1
96,1 95,3 94,0 92,6
0
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60
80
100
120
140
dez. 12 dez. 13 dez. 14 dez. 15 dez. 16 set. 17 dez. 17//
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Gráfico 3.5 • Gap comercial, em mM€
Fonte: Banco de Portugal.
• O gap comercial (empréstimos subtraídos de depósitos de clientes) tornou-se mais negativo,
em 3 mM€, no quarto trimestre de 2017.
Gráfico 3.6 • Gaps de liquidez das instituições domésticas(a) e rácio de cobertura de liquidez
(RCL)(b), em %
Fonte: Banco de Portugal.
Notas: a) O gap de liquidez define-se como a diferença entre ativos líquidos e passivos voláteis em proporção da diferença entre ativo total e
ativos líquidos, em cada escala cumulativa de maturidade residual. Um aumento neste indicador traduz uma melhoria da posição de liquidez.
b) O rácio de cobertura de liquidez (liquidity coverage ratio) resulta da divisão entre os ativos líquidos não onerados e de qualidade elevada, e o
total de saídas líquidas de fundos durante um período de tensão de 30 dias de calendário.
• A liquidez do sistema bancário manteve-se em níveis confortáveis. Embora o rácio de cobertura
de liquidez tenha diminuído ligeiramente no último trimestre de 2017, situou-se em níveis mais
elevados do que no final de 2016, e muito acima do mínimo regulamentar de 100%, exigido a
partir de 1 de janeiro de 2018.
• Os gaps de liquidez das instituições domésticas aumentaram em todos os intervalos de maturidade.
Nas maturidades mais curtas, esta dinâmica refletiu principalmente a evolução positiva das
disponibilidades em bancos centrais, que mais do que compensou o aumento dos passivos voláteis.
Nas restantes maturidades (até 6 meses e até 1 ano), tanto o incremento nos ativos líquidos como
a redução dos passivos voláteis contribuíram para o aumento deste indicador.
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30
5
-10 -12-15
-18-20
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dez. 12 dez. 13 dez. 14 dez. 15 dez. 16 set. 17 dez. 17
//
5,8
9,810,6
13,412,0
15,9
18,1
3,4
7,79,2
12,2
10,1
14,6
17,3
1,3
3,4
6,7
8,9 8,4
13,6
16,0
0
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15
20
dez. 12 dez. 13 dez. 14 dez. 15 dez. 16 set. 17 dez. 17
Até 3 meses Até 6 meses Até 1 ano
174
//
Rácio de cobertura de liquidez
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3.3 Qualidade dos ativos
Gráfico 3.7 • Rácio de empréstimos non-performing, em %
Fonte: Banco de Portugal.
Notas: O rácio de empréstimos non-performing corresponde ao montante de empréstimos non-performing em relação ao total de empréstimos,
de acordo com os ITS da EBA. O setor privado não financeiro corresponde ao agregado das sociedades não financeiras e particulares.
• O stock de empréstimos non-performing (NPL) continuou a diminuir no quarto trimestre de
2017. Esta queda, de 2,9mM€, configura a maior redução trimestral desde o início da
publicação da série com base nos ITS da EBA (dezembro de 2015). O stock de NPL reduziu-se
9,3mM€ face a dezembro de 2016 e 13,5 mM€ em relação ao máximo atingido em junho de
2016.
• O rácio de NPL diminuiu 1,3 p.p. no trimestre, passando a situar-se em 13,3%, o que configura
um redução de 3,9 p.p. relativamente ao final de 2016 e de 4,6 p.p. face a junho de 2016. Por
sua vez, o rácio de NPL do setor privado não financeiro diminuiu 1 p.p. face a setembro de
2017.
• Apesar do contributo favorável de todos os setores, a evolução observada no trimestre reflete,
principalmente, a redução de 1,6 mM€ do stock de NPL das sociedades não financeiras. Este
decresceu 5,9 mM€ e 8,9 mM€ face a dezembro e junho de 2016, respetivamente.
Gráfico 3.8 • Rácio de cobertura dos empréstimos non-performing, em %
Fonte: Banco de Portugal.
Nota: Por rácio de cobertura entende-se a percentagem de empréstimos non-performing que se encontra coberto por imparidades.
7,2 7,2 7,1 7,0 6,7 6,5 6,2 5,7
13,5 12,4 12,410,8 10,0 9,6 9,0 7,9
28,330,3 30,1 29,5 29,0
27,5 26,625,2
17,5 17,9 17,6 17,216,4 15,5 14,6
13,3
17,9 18,5 18,3 17,5 17,116,2 15,6
14,6
0
5
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dez. 15 jun. 16 set. 16 dez. 16 mar. 17 jun. 17 set. 17 dez. 17
Habitação Consumo Sociedades não financeiras Total Setor privado não financeiro
23,5 23,9 24,321,0 21,8 21,9 23,3 22,8
67,271,5 70,3 68,7
71,4 71,1 70,766,2
44,4 46,4 46,8 48,9 48,7 49,1 50,453,840,8
43,2 43,745,3 45,5 45,9 46,5 49,3
0
10
20
30
40
50
60
70
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dez. 15 jun. 16 set. 16 dez. 16 mar. 17 jun. 17 set. 17 dez. 17
Habitação Consumo Sociedades não financeiras Total
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• Em dezembro 2017, o rácio de cobertura de NPL por imparidades era de 49,3%, aumentando
2,8 p.p. face ao trimestre anterior. Esta evolução ficou a dever-se a um acréscimo de 3,4 p.p.
do rácio de cobertura do segmento das sociedades não financeiras. Por sua vez, o rácio de
cobertura de NPL do setor privado não financeiro aumentou 2,4 p.p. face a setembro de
2017.
3.4 Rendibilidade
Gráfico 3.9 • ROE e ROA, em %
Fonte: Banco de Portugal.
Nota: No cálculo da rendibilidade são considerados os resultados antes de impostos.
• A rendibilidade dos capitais próprios e do ativo foi positiva em 2017, contrastando com o valor
negativo registado em 2016. A rendibilidade dos capitais próprios aumentou 10,8 p.p.,
enquanto a rendibilidade do ativo cresceu 0,9 p.p.
• O aumento da rendibilidade em 2017 reflete, sobretudo, uma redução expressiva do fluxo de
imparidades, devido ao efeito de base que decorre do reforço significativo das imparidades
para crédito no final de 2016, e ainda um aumento do produto bancário (suportado em grande
medida pelo acionamento do mecanismo de capitalização contingente previsto nos contratos
celebrados no âmbito da venda do Novo Banco).
Gráfico 3.10 • Custos e proveitos, em % do ativo médio
Fonte: Banco de Portugal.
Nota: O resultado de exploração recorrente corresponde ao agregado da margem financeira e das comissões (líquidas) deduzido dos custos
operacionais, em percentagem do ativo médio.
-7,4
3,5
-0,6
0,3
-2,0
-1,5
-1,0
-0,5
0,0
0,5
-20
-15
-10
-5
0
5
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Rendibilidade dos capitais próprios (ROE) - esc. esquerda Rendibilidade do ativo (ROA) - esc. direita
-5
-4
-3
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-1
0
1
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2012 2013 2014 2015 2016 2017
Margem financeira Comissões líquidas Resultados de operações financeiras
Outros proveitos de exploração Custos operacionais Imparidades e provisões
Resultado de exploração recorrente ROA
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• Em 2017, o contributo da margem financeira para o ROA aumentou ligeiramente face ao ano
anterior devido não apenas a uma redução dos encargos com juros superior à verificada nos
juros recebidos mas, principalmente, devido à redução do ativo face a 2016 (efeito
denominador).
• O contributo dos outros proveitos de exploração para o ROA aumentou em 2017, em larga
medida na sequência do acionamento do mecanismo de capitalização contingente previsto nos
contratos celebrados no âmbito da venda do Novo Banco.
• Os custos operacionais mantiveram-se praticamente inalterados face a 2016, sendo de notar,
todavia, um aumento dos custos com pessoal e uma diminuição dos gastos gerais e
administrativos da mesma ordem de grandeza.
Gráfico 3.11 • Custos operacionais e rácios cost-to-income, em mM€ e em %
Fonte: Banco de Portugal.
• O rácio cost-to-income cifrou-se em 52,9% no final de 2017, reduzindo-se cerca de 6 p.p. face
ao valor observado em 2016. Dada a relativa estabilização dos custos operacionais, esta
evolução traduz, sobretudo, o aumento do produto bancário (que reflete o aumento dos outros
proveitos de exploração).
• Em 2017, os custos com pessoal continuaram a ser negativamente afetados por fatores de
natureza não recorrente relacionados com os processos de reestruturação levados a cabo por
algumas das principais instituições. A rendibilidade no ano foi ainda condicionada pelo já
referido acionamento do mecanismo de capitalização contingente previsto nos contratos
celebrados no âmbito da venda do Novo Banco, com impacto nos outros proveitos de
exploração (e, por conseguinte, no produto bancário). Expurgando estes efeitos não
recorrentes, estima-se que o cost-to-income seria de 54,4%.
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0
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Custos operacionais - esc. esquerda Cost-to-income - esc. direita
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Gráfico 3.12 • Taxas de juro bancárias de novas operações, em % | Valor médio do período
Fonte: Banco de Portugal.
• As taxas de juro de novos empréstimos a Sociedades não financeiras e a Particulares – Habitação
diminuíram (22 pontos base e 4 pontos base, respetivamente) no quarto trimestre de 2017.
• As taxas de juro dos novos depósitos reduziram-se em ambos os segmentos (decréscimo de 4
pontos base nos depósitos a Sociedades não financeiras e 2 pontos base nos Particulares).
3.5 Solvabilidade(a)
Gráfico 3.13 • Rácio entre o capital Tier 1 e o ativo total e rácio de alavancagem, em %
Fonte: Banco de Portugal.
Notas: O rácio entre o capital Tier 1 e o ativo total deve ser visto como uma proxy do rácio de alavancagem permitindo um enquadramento
temporal mais longo. Por sua vez, o rácio de alavancagem é calculado através da divisão entre os fundos próprios e a exposição total do
sistema bancário. A metodologia estabelecida para o cálculo das componentes deste rácio encontra-se definida no artigo 429.º do
Regulamento (UE) nº 575/2013.
• O rácio de alavancagem aumentou 0,3 p.p. face ao trimestre anterior, passando a situar-se em
7,8%, muito acima do mínimo de referência definido pelo Comité de Supervisão Bancária de
Basileia, refletindo, essencialmente, o incremento de capital no sistema bancário. Na mesma
linha, o rácio entre o capital Tier 1 e o ativo total aumentou 0,3 p.p., para 8,1%.
(a) A transição para um novo regime prudencial em 2014 determinou quebras de estrutura dos indicadores de solvabilidade, justificadas por diferenças
metodológicas no cálculo das componentes de fundos próprios, afetando a comparabilidade dos rácios relativamente a anos anteriores.
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2012 2013 2014 2015 2016 2017 3T 2017 4T 2017
Empréstimos a Sociedades não financeiras Empréstimos a Particulares - HabitaçãoDepósitos de Sociedades não financeiras Depósitos de Particulares
//
7,0 6,8 6,97,6
6,9
7,8 8,1
0
1
2
3
4
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6
7
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dez. 12 dez. 13 dez. 14 dez. 15 dez. 16 set. 17 dez. 17
7,8
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Rácio de alavancagem7,56,6
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Gráfico 3.14 • Rácios de fundos próprios, em %
Fonte: Banco de Portugal.
• O rácio de fundos próprios totais situou-se em 15,2% em dezembro de 2017, tendo aumentado
0,5 p.p. face a setembro de 2017. O rácio Common Equity Tier 1 (CET 1) cifrou-se em 13,9%, o
que configura um incremento de 0,4 p.p. face ao trimestre anterior. A evolução destes rácios
reflete, exclusivamente, o aumento da posição de capital.
11,512,2
11,312,4
11,413,5
13,9
0
2
4
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dez. 12 dez. 13 dez. 14 dez. 15 dez. 16 set. 17 dez. 17
Rácio Core Tier 1 Rácio CET 1
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Rácio de fundos próprios totais
12,6 13,4 14,712,3 13,3 12,3 15,2
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