SÃO PAULO, 11 DE AGOSTO DE 2015.
The Guardian inclui Ibirapuera na lista dos melhores parques
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São Paulo tem o melhor parque do mundo segundo o The Garden
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Campanha Meu Ibira: Parque Ibirapuera faz 61 anos
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Orquestra de baterias no Parque do Ibirapuera
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Inspeção veicular não tem data para retornar
Um adulto que fuma dois cigarros por dia. Essa é a comparação de quanto pode ter
sido prejudicial a poluição na capital nas últimas semanas devido ao tempo seco. Sem
chuva, não há dispersão dos poluentes. E os maiores vilões da má qualidade do ar são
os automóveis, caminhões e ônibus, por jogarem toneladas de gás carbônico na
atmosfera.
Com intensão de conter um pouco dessa poluição foi criada a inspeção veicular, que
vigorou de 2008 a janeiro de 2014. O convênio entre a Prefeitura e a Controlar, única
autorizada a fazer o serviço obrigatório, foi quebrado pelo prefeito Fernando Haddad
(PT) no fim de 2013.
Durante sua campanha para a Prefeitura, em 2012, Haddad criticou o monopólio da
companhia, que chamou de "papa-níquel".
O novo edital para a realização do serviço saiu em abril do ano passado e planejava
devolver o valor equivalente à taxa paga para os munícipes com veículos aprovados. O
custo estimado da operação era de R$ 180 milhões, verba que seria retirada do que a
cidade recebe de IPVA.
Menos de um mês depois, o edital foi suspenso pelo TCM (Tribunal de Contas do
Município). Na época, o conselheiro João Antônio - ex-secretário de Gestão do governo
Haddad - encontrou 19 falhas na licitação apresentada.
Estado/ Haddad só cogita voltar a exigir a inspeção se o governo estadual, de Geraldo
Alckmin (PSDB), ampliar a obrigatoriedade para todo o estado e passar a apreender os
veículos que estiverem em situação irregular. Projeto a respeito está parado na
Assembleia Legislativa desde 2009. Para o prefeito, a poluição não respeita fronteiras e
os carros vindos de outros municípios continuarão emitindo gás carbônico.
De acordo com estudo divulgado pela Faculdade de Medicina da USP, a regularização
da frota a diesel gerada pela inspeção veicular evita, por ano, 1.515 internações e 584
mortes por doenças respiratórias.
Resposta da Prefeitura - Projeto estadual precisa ser votado
A Secretaria de Comunicação Social informou que a questão específica do município
sobre inspeção veicular foi "judicializada". Em paralelo a essa situação, a Prefeitura
defende que a discussão seja feita também na Assembleia Legislativa, por entender
que a poluição ocorre não apenas dentro da capital e sim em toda região
metropolitana. A aprovação de proposta de lei estadual também ajudaria a evitar a
chamada "fuga de licenciamento", quando carros que circularão na capital são
licenciados em outros municípios, acarretando perda da porção do IPVA que o estado
remete à cidade. O projeto de lei mencionado pela Prefeitura é de autoria do governo
José Serra (PSBD). Enviado aos deputados em 2009, o texto cria a inspeção em todos
os municípios paulista. O projeto ainda não foi votado. A assembleia foi questionada
pela reportagem, no entanto não se posicionou sobre o assunto até o fechamento
desta edição.
Projeto Respirar - A polêmica da suspensão da Inspeção Veicular
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Estudantes criam aplicativo que evita desperdício de água na agricultura
Ferramenta calcula volume ideal para área cultivada e tipo de plantio.
Mais de 70% da água usada no planeta é consumida na agricultura, diz Fao.
O volume de água usado para irrigar plantações poderá ser controlado pelo celular,
graças a um aplicativo criado por dois universitários e um professor. A ferramenta que
evita o desperdício em plantações venceu o primeiro lugar pelo júri popular do prêmio
Hackathon Mais de Sustentabilidade, organizado pelo programa Benchmarking Brasil.
Segundo o coordenador do projeto e professor de engenharia de software da
Universidade Anhembi Morumbi, José Valdvogel de Almeida, a ideia é que o aplicativo,
"Irriga-Ação", seja usado por pequenos agricultores que não têm ferramentas sobre a
quantidade de água necessária para irrigar as lavouras.
A agricultura concentra mais de 70% de toda a água consumida no planeta, mas quase
metade desse montante é desperdiçada neste processo, segundo dados do Fundo das
Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês).
Pensando nisso, Almeida desenvolveu com os alunos de sistemas da informação
Fabrício Tenaglia e Igor Maximiliano um cálculo que leva em conta a área cultivada e a
cultura escolhida no plantio.
“Se o produtor tem três hectares de terra e vai plantar soja, a ferramenta calcula
quantos litros de água ele precisa usar”, explica Almeida.
O tipo de irrigação – sprinkler, mangueira, gotejamento ou irrigador – também
influencia na quantidade de água apontada pelo aplicativo, que também mostra as
condições climáticas da região do produtor.
O tipo de plantação também muda o volume de água empregado na irrigação.
“Sabemos que o cultivo da soja precisa de mais água que o milho e levamos isso em
consideração”, diz o professor.
Segundo Almeida, o aplicativo, ainda em desenvolvimento, deve estar disponível para
download em cerca de dois meses para smartphones que operam pelo sistema
Android.
A ferramenta foi premiada entre outros 10 projetos inscritos no programa, criados por
universitários com foco no auxílio ao uso racional da água.
Obama anuncia ambicioso plano de combate a mudanças climáticas
Presidente quer que em 15 anos EUA reduzam em um terço poluentes emitidos por
usinas americanas que queimam carvão.
O presidente americano, Barack Obama, detalhou na segunda-feira (3) o plano mais
ambicioso já apresentado pelos Estados Unidos para combater as mudanças
climáticas.
Dentro dos próximos 15 anos, Obama quer que o país corte quase um terço de todo o
gás carbônico emitido pelas usinas americanas que queimam carvão para produzir
energia elétrica.
É a meta ambiental mais ambiciosa já anunciada por um presidente americano. A
comunidade científica é praticamente unânime quando afirma que as emissões de CO2
são as maiores responsáveis pelo efeito estufa que está causando o aumento de
temperaturas no mundo inteiro.
Os EUA estão em segundo lugar entre os países que mais poluem no mundo, atrás
apenas da China.
Com o anúncio, a Casa Branca está mudando a estratégia ambiental. No passado, não
aceitava parâmetros internacionais de emissões dizendo que interferiam nas decisões
do país. Agora, o governo americano está liderando iniciativas de defesa ao meio
ambiente, que vão ser apresentadas na Conferência de Paris em dezembro.
‘Última oportunidade’.
O presidente americano disse que tem a obrigação moral de deixar o planeta menos
poluído e menos destruído para os jovens. “Nossa geração é a primeira a sentir os
efeitos do aquecimento global” disse Obama. “E a última a ter a oportunidade de fazer
alguma coisa a respeito. Não há um plano B”, finaliza.
A Casa Branca tinha preparado uma proposta parecida um ano atrás. Mas o plano
nunca decolou. Essa nova proposta dá aos estados mais tempo para mudar as
emissões das usinas.
Mesmo assim, o partido de oposição, republicano, ameaça pedir um boicote nacional,
dizendo que o plano de Barack Obama vai aumentar os custos de geração de energia e
causar desemprego.
Mudanças climáticas chegam à Europa Central
Nos últimos dias os alemães têm reclamado do calor e procurado maneiras de se
refrescar. A onda de calor se deve, em parte, às mudanças climáticas. Chegou a hora
de combatê-las, opina o articulista Jens Thurau.
Está quente na Alemanha, realmente quente. Os jornais estão cheios de dicas sobre
como suportar temperaturas de mais de 40 graus: evite atividades físicas extenuantes,
fique na sombra e beba muito líquido. A cúpula do Parlamento Alemão, em Berlim, foi
fechada diversas vezes na semana passada para evitar que os turistas derretam com o
calor dentro da estrutura de vidro.
No Estado de Baden-Württemberg, a polícia rodoviária tem pedido aos motoristas que
não ultrapassem os 80 quilômetros por hora por causa do calor. As velhas estradas de
concreto podem ficar irregulares e formar rampas parecidas com as de pistas de esqui.
No Parque Sanssouci, em Potsdam, árvores dos tempos do rei Frederico 2º, da Prússia,
datadas do século 18, estão ameaçadas devido ao calor.
Mas ninguém fala de mudanças climáticas. A maioria das pessoas na Alemanha
enxerga isso como um problema de outras regiões, como a África – onde a
desertificação e a fome têm levado à guerra e ao êxodo de populações inteiras – ou a
Polônia, onde o gelo está derretendo. Os centro-europeus têm se saído relativamente
bem quando o assunto é efeito estufa.
Muitos ainda acreditam que um fenômeno meteorológico extremo não é prova de que
o clima mudou. Mas todos os cientistas concordam que o número de ondas de calor
continuará aumentando – mesmo na Europa Central – e eles dão razões para isso.
Em março, quando muitas previsões do tempo anunciavam um verão quente, o
renomado Instituto de Potsdam sobre os Impactos da Mudança Climática (PIK)
publicou um estudo no jornal Science, intitulado Enfraquecimento das tempestades de
verão levam a extremos de calor mais persistentes.
De forma simples, a teoria diz que as mudanças climáticas causadas pelos seres
humanos têm levado ao derretimento das calotas polares. A água em estado líquido
armazena o calor do sol melhor do que o gelo, que reflete o calor. Assim, a água no
extremo norte está esquentando, e consequentemente o ar também. Este fenômeno
reduz a diferença de temperatura entre as camadas de ar nos hemisférios Norte e Sul
– o que reduz a intensidade dos ventos e tempestades. Então o calor agora chega com
menos movimento de ar; o ar fica estagnado.
As mudanças climáticas existem e não somente para as pequenas ilhas do Oceano
Pacífico destinadas a submergir. Todos sabem disso, exceto um pequeno grupo nos
Estados Unidos, com mentalidade voltada para os negócios, que não pode ser
convencido do contrário.
Só que todos precisam arcar com as consequências e mudar do petróleo e do carvão
para as energias renováveis. E já. As pessoas têm que se acostumar com novas formas
de mobilidade, parar de depender de automóveis convencionais e começar a pensar
melhor na conservação das florestas.
Há razões para otimismo: após muitos anos de estagnação nas políticas ambientais,
temos a nova iniciativa do presidente Barack Obama e os florescentes movimentos
ambientais na China. As chances de que um tratado internacional genuíno seja
assinado na Conferência do Clima em Paris (COP-21) são grandes.
Mas o sistema climático é letárgico. Assim, ondas de calor como as que estão
acontecendo agora na Alemanha vão continuar até que algo seja feito. Por enquanto, é
melhor se acostumar com esse calor: evitar atividades físicas extenuantes, ficar à
sombra e beber bastante líquido.
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