SEQUÊNCIA
DIDÁTICATEXTO: AVESTRUZ – MÁRIO
PRATA
PROPOSTA
PUBLICO ALVO: 8º ANO
DURAÇÃO: 6 AULAS
OBJETIVOS: Fazer com que o aluno
conheça as características e a função
do gênero CRÔNICA, de forma que
tenha condições de produção do
mesmo.
INVESTIGAÇÃO: O PAVÃO - RUBEM
BRAGA (atividade de escuta)
Eu considerei a glória de um pavão ostentando o
esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo
livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na
pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas
bolhas d'água em que a luz se fragmenta, como em um
prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
Eu considerei que este é o luxo do grande artista,
atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De
água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a
simplicidade.
Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha
amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e
delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de
teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.
Rio, novembro, 1958
ATIVAÇÃO DO CONHECIMENTOS DE
MUNDO
O QUE É UMA CRÔNICA?
ONDE SÃO ENCONTRADAS?
QUEM A ESCREVE?
QUAL O INTUITO?
AGORA VAMOS LER A CRÔNICA “AVESTRUZ” – MARIO PRATA
CONTEXTO DE PRODUÇÃO:
AVESTRUZ – MÁRIO PRATAO filho de uma grande amiga minha pediu, de presente pelos seus 10
anos, um avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento emHigienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa eraminha. Sim, porque foi aquilo ao lado de casa, em Floripa, que o meninoconheceu os avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquiloimpressionou o garoto.
Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruz. E seentregavam em domicílio.
E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. Oavestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar o avestruz, Deusdevia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro ocorpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quando pesa um avestruz?Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegara quase 3 metros – 2,70 para ser mais exato.
Mas eu estava falando da sua criação por Deus. Colocou um pescoçoque não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoquede asas no paraiso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente paraevitar que saíssem voando em bandos por ai, assustando as demais avesnormais.
Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas doisdedos em cada pé. Sacanagem, Senhor!
Depois olho para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo.
Tanto é que, logo depois, Adão, dando os nomes a tudo o que via pela
frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio camelus
australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele
pescoço fino em forma de salsicha.
Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao
seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que
os avestruzes vivem até os 70 anos e se reproduzem plenamente até os
40, entrando depois na menopausa. Não têm, portanto, TPM. Uma fêmea de
avestruz com TPM é perigosíssima!
Podem gerar de dez a 30 crias por ano, expliquei ao garoto, filho da
minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de
avestruzes correndo pela sala do apartamento.
Ele insiste, quer que eu leve um avestruz para ele de avião, no
domingo. Não sabia mais o que fazer.
Foi quando descobri que eles comem o que encontram pela
frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por
exemplo. Máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão
e, principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai
bem.
Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o
avestruz por cinco gaivotas e um urubu.
Pedi para a minha amiga leva o garoto a um psicólogo. Afinal, tenho
mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.
APROFUNDANDO NO ASSUNTO.HABILIDADE: Localizar informações explícitas ao longo do texto
O que apontou o desejo do garoto em ter um
avestruz?
Identifique ao longo do texto informações sobre a
ave?
Durante a leitura, houve a intenção do autor em
influenciar negativamente a aquisição da ave ?
Justifique
Faça uma descrição entre as duas crônicas lidas
sobre as aves?
INFERÊNCIAS LOCAIS E
GLOBAIS
Você acredita que as informações sobre o avestruz, são verdadeiras ou falsas?
Quem escreveu o texto?
Onde foi publicado?
Qual o provável leitor desse texto?
Como é chamado o autor de crônicas?
Na sua opinião o que foi mais importante as informações sobre a ave ou a forma com que elas foram apresentadas?
Você já teve um animal, que embora dócil, doméstico tinha se tornado inapropriado em seu convívio? Comente.
Recuperação de contexto de
produção
Quais as semelhanças entre a escuta
realizada no início da aula e o texto lido?
De quem é a VOZ em ambos os textos:
Texto I: O PAVÃO
Texto II: AVESTRUZ
NARRADOR
PERSONAGEN
NARRADOR/PERSONAGEM
NARRADOR OBSERVADOR
PERCEPÇÃO DAS RELAÇÕES DE
INTERTEXTUALIDADE E
INTERDISCURSIVIDADE
Destaque nos textos I e II um período um
período simples e um composto.
De que forma as imagens dialogam com
os textos?
A figueira e o pavão, 1895,
ilustração de Walter Crane.
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http://cursomgme.blogspot.com.br/p/sa.html
PERCEPÇÃO DE OUTRAS
LINGUAGENS;
PRODUÇÃO TEXTUAL
Agora, o cronista é você!!!!
Escreva uma crônica no qual você tenha
vivenciado uma ação igual ou semelhante
as das crônicas lidas e ouvidas, caso você
achar melhor pode ser imaginária. Lembre-se de que o objetivo da crônica não é só informar, mas
também divertir o leitor, por isso conte o fato de forma
engraçada, em linguagem informal ou coloquial;
Coloque um título sugestivo;
PROPOSTA DE TRABALHO COM
A SALA DE LEITURA
PROPOSTA: ELABORAÇÃO DE UM LIVRO E
APRESENTAÇÃO DO MESMO
APROPRIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DO
GÊNERO CRÔNICA
AÇÕESO PROFESSOR DA SALA DE AULA:
Ensinar as características do gênero,
promover escutas, realizar as devidas
intervenções na escrita, editar e
providenciar a publicação.
o Professor da sala de leitura:
Realizar a divulgação do livro
disseminando a leitura com a comunidade
escolar.
PARTICIPANTES:
Brielli Lorena Squiapati
Célia P. Siqueira
Cristiane C. ChatagnierGallo
Dilamar R. de Oliveira
Eunice Dalva de Souza
Simone Nunes Viçozo
Thiago Ferigati S. Nicolau
CURSO: MELHOR GESTÃO,
MELHOR ENSINO
DIRETORIA DE ENSINO DE
BARRETOS
PCNP – ANA PATRíCIA
MACHADO