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SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL: O CASO DO TERRAQUARIUM EM UMA IES
NA CIDADE DE PALMAS-TO
Acadêmicos:
NEGRE, Tainara Soares
RABELO, Maylana Viana
SOUSA, Genaura Evangelista
SILVA, Alcione Mota
SILVA,Gregório Almeida
Orientador: Professor PACHECO, Flávio Augustus da Mota
RESUMO
O objetivo do estudo foi identificar o nível de sensibilização das pessoas que fazem parte do
projeto de compostagem em relação aos benefícios que o mesmo traz para o meio ambiente e
para a comunidade local. Será que houve alguma mudança de atitude em relação a tal prática
ao ponto de estendê-la para seu próprio cotidiano. Para a elaboração do artigo foi utilizado
uma pesquisa quantitativa descritiva no Terraquarium de uma Instituição de Ensino Superior
de Palmas, o público entrevistado foram os participantes do projeto de compostagem. No
referencial teórico são apresentadas teorias relacionadas à educação ambiental, resíduos
sólidos e compostagem. Pode ser percebido neste estudo que o resultado foi satisfatório, pois
as pessoas que participam do projeto têm consciência sobre os benefícios que a realização da
compostagem traz para o meio ambiente. E buscam na compostagem uma forma de ajudar o
meio ambiente através da reutilização dos resíduos sólidos.
Palavras- chaves: Sensibilização, Compostagem e Meio Ambiente.
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1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos tem-se verificado um aumento acentuado da produção de resíduos
sólidos. Como consequência desse fenômeno, o tratamento e destino final dos resíduos
sólidos tornaram-se um processo de grande importância nas políticas sociais e ambientais dos
países mais desenvolvidos.
A produção de Resíduos Sólidos Urbanos continua a desempenhar um papel
importante na nossa sociedade onde o consumismo é cada vez mais evidente. A
conscientização da população em geral é muito importante para a resolução deste problema.
A informação e a sensibilização para estas questões são fundamentais, para que as
pessoas sejam confrontadas com o que sucede aos resíduos que produzem diariamente sem se
preocuparem com a sua separação adequada, ou com as consequências dos seus atos muitas
vezes descuidados.
Segundo dados do IBGE (2000), de todo o quantitativo de resíduos sólidos
produzidos no país, aproximadamente 50% (porcentagem em peso) são constituídos por
resíduos orgânicos putrescíveis (ato de se tornar podre), em sua maioria dispostos
inadequadamente no meio ambiente, sendo responsáveis por prejuízos consideráveis ao solo,
ar e mananciais hídricos, além de causar uma parcela significativa das doenças registradas no
nosso País.
No Brasil, cerca de 240 mil toneladas de lixo produzidas diariamente pela população
urbana, segundo o IBGE, pouco mais de 73% são coletados, e, desse total, mais de 85% ficam
expostos a céu aberto em lixões; 2% é incinerado e reciclado; e, 2% são lançados em
manguezais; sendo que os aterros sanitários controlados recebem apenas 11%.
A matéria orgânica é o maior componente presente nos resíduos sólidos urbanos, em
uma proporção média de 50 a 60%, podendo ser transformada em composto orgânico e voltar
para o ciclo ecológico como composto humificado usado na recuperação de solos para
agricultura.
Devido a um crescente aumento na produção de resíduos sólidos decorrentes das
atividades agrícolas e domiciliares, a compostagem de resídos sólidos orgânicos vem sendo
apontado como uma alternativa viável para o tratamento dos resíduos.
Os resíduos orgânicos domiciliares são opções para atender os princípios sanitários e
ecológicos, as adequações da reutilização desses resíduos amenizam a questão ambiental, em
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comtrapartida promovem a geração de insumos orgânicos para a agricultura o que é um dos
aspectos mais importantes envolvidos nesse sistema de produção.
A orientação do uso correto da compostagem é importante para saber e praticar nem
que seja domesticamente, pois a mesma é considerada uma espécie de reciclagem do lixo
orgânico, pois o adubo gerado pode ser usado na agricultura ou em jardins e plantas.
Este estudo visa diagnosticar o nível dos participantes do projeto em relação ao uso
da compostagem para o meio ambiente. Neste sentido possui como problemática: Qual o nível
de sensibilização das pessoas que fazem parte do projeto de compostagem em relação aos
benefícios que o mesmo traz para o meio ambiente e para a comunidade local? Será que
houve alguma mudança de atitude em relação a tal prática ao ponto de estendê-la para seu
próprio cotidiano.
O presente artigo tem como objetivo diagnosticar o nível de sensibilização das
pessoas que fazem parte do projeto Terraquarium de uma Instituição de ensino superior na
cidade de Palmas em relação aos seus benefícios para o meio ambiente e para a comunidade
local e também diagnosticar outros projetos que são realizados no próprio Terraquarium que
estão ligados a educação ambiental.
O estudo foi estruturado para ser apresentado em cinco seções, além desta
introdução. A parte dois trata do referencial teórico. A parte três contém a metodologia
utilizada para realização da pesquisa.
E a parte quatro, por sua vez, contempla os resultados e discurssões inerentes ao
tema. Por útimo, a parte cinco, que apresenta as conclusões que puderam ser alcançadas
mediante o estudo.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Educação Ambiental
Segundo Bonelli a expressão educação ambiental foi utilizada pela primeira vez na
Conferência de Educação da Universidade de Keele, na Grã-Bretanha, em 1965. A partir
dessa data, passou a ter uma dimensão cada vez mais importante para a formação de cidadãos
com conhecimento do ambiente total (BONELLI, 2010, p.92).
Segundo Dias (2004) a preocupação com o ambiente, entretanto, restringia-se ainda a
um pequeno número de estudiosos e apreciadores da natureza-espiritualista, naturalista e
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outros. Patrick Geddes, escocês, considerado o “Pai da Educação Ambiental”, já expressando
com os efeitos da revolução industrial.
A Educação Ambiental tem sido vista nos últimos anos como uma atividade
multidisciplinar onde são incluídas também as ideologias e as características específicas do
cotidiano, sendo voltada diretamente para a educação do homem. Tornando-o apto a
responsabilidade e ao compromisso com o meio ambiente e as demais espécies.
A Educação Ambiental é um processo que consiste em propiciar às pessoas uma
compreesão crítica e global do ambiente, para elucidar valores e desenvolver
atitudes que lhe permitam adotar uma posição consciente e participativa, a respeito das questões relacionadas com a conservação e adequada utilização dos recursos
naturais, para a melhoria da qualidade de vida e a eliminação da pobreza extrema e
do conumismo desfreado (MININI, 2000 apud DIAS, 2004 p.99).
Segundo Valle (2002) a educação ambiental constitui um processo ao mesmo tempo
informativo e formativo dos indivíduos, tendo por objetivo a melhoria de sua qualidade de
vida e a de todos os membros da comunidade a que pertencem.
O autor ainda aponta que a legislação federal que instituiu a Política Nacional de
Educação Ambiental define como educação ambiental “os processos por meio dos quais o
indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”.
A educação ambiental tenta despertar em todos a consciência de que o ser humano é
parte do meio ambiente. É um ramo da educação cujo objetivo é a disseminação do
conhecimento sobre o ambiente, a fim de ajudar à sua preservação e utilização sustentável dos
seus recursos.
Art. 2 da Lei da Educação Ambiental - Lei 9795/99 “A educação ambiental é um
componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma
articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não
formal”.
Segundo Dias (2006) a educação ambiental é percebida como um processo
permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e
adquirem conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornem
aptos a agir- individual e coletivamente- e resolver problemas ambientais, presentes e futuros.
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A Educação Ambiental pode ser definida por fim como um processo de expansão de
pensamentos onde o indivíduo obtem características permanentes e passa a agir
individualmente construindo suas próprias soluções de acordo com a percepção adquirida.
2.2 Resíduos Sólidos
Segundo Wikipédia (2011) Os resíduos sólidos são gerados após a produção,
utilização ou transformação de bens de consumos como exemplo: computadores, automóveis,
televisores, aparelhos celulares, eletrodomésticos etc. onde parte destes resíduos é produzida
nos grandes centros urbanos. São originários, principalmente, de residências, escolas,
indústrias e construção civil.
A produção de resíduos sólidos na atividade humana do dia-a-dia (cotidiana) exige
atitudes e hábitos convenientes. Em muitos locais e cidades aparecem exortações como: não
jogue lixo nas ruas, lixo orgânico e inorgânico, lixo seco e lixo úmido, lixo seco e lixo
reciclável, entre outros.
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define os resíduos
como materiais decorrentes das atividades antrópicas, gerados como sobra de processos, ou os
que não possam ser utilizados com a finalidade para a qual foram originalmente produzidos.
Segundo Valle (2002) a classificação tradicional dos resíduos sólidos – que incluem
os resíduos pastosos e líquidos concentrados que não fluem por canalizações divide-os em
perigosos e não perigosos. Essa divisão decorre da constatação de que, de todo o volume de
resíduos gerados pelo homem, apenas uma parcela relativamente pequena requer maior rigor
em seu monitoramento e controle. Os resíduos não perigosos podem ser classificados como
inertes e não inertes e sua disposição é relativamente simples e pouco onerosa.
Segundo Bonelli (2010) Quanto à toxidade, isto é, quanto aos riscos potenciais para o
meio ambiente, segundo a norma NBR 10.004/2004, os resíduos sólidos podem ser
enquadrados em uma das duas classes:
Classe I: perigosos, que podem ser inflamáveis, corrosivos, reativos, tóxicos e patogênicos;
Classe II: não perigosos, subtendidos em:
Classe II-A: não inertes
Classe II-B: inertes
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Segundo Bonelli (2010) Alguns materiais encontrados nos urbanos são considerados
perigosos, consequentemente, devem ser separados do lixo comum para que lhes seja dada
uma destinação específica, depois de descartados. Entre eles, incluem-se:
Materiais para pintura: tintas, vernizes, solventes, pigmentos;
Produtos para jardinagem e tratamento de animais: repelentes, inseticidas, pesticidas,
herbicidas;
Produtos para motores: óleos lubrificantes, fluidos de freio e transmissão, baterias;
Outros itens: pilhas, frascos de aerossóis, lâmpadas fluorescentes.
De acordo com Valle (2002) quanto à origem dos resíduos sólidos são geralmente
agrupados em: domiciliar, comercial, industrial, hospitalar, agrícola, público, entulho e de
terminais, conforme apresentados no quadro abaixo.
Quadro 1: Classificação tradicional dos Resíduos Sólidos
Domiciliar
Proveniente das residências, constituído, sobretudo
por restos de alimentos e embalagens; pode conter
alguns produtos pós-consumo com características
perigosas; vulgarmente designado com lixo
doméstico.
Comercial
Originado em estabelecimentos comerciais e de
serviços; pode ter grande variedade de materiais, na
maioria inertes.
Industrial
Resultante das atividades industriais; consiste
geralmente de borras, lodos, óleos, cinzas, restos de
matérias-primas; dependendo do tipo de indústria,
pode conter uma gama de materiais e substâncias
perigosas;
Hospitalar
Também designado como resíduos de serviços de saúde. Abrange resíduos patogênicos e infectantes,
materiais laboratoriais, material perfurocortante; pode
ter frações radioativas.
Agrícola Resultante de atividades agrícolas e pecuárias; inclui
as embalagens de pesticidas (resíduos perigosos de
recolhimento obrigatório) e os restos de colheitas.
Público
Resultado da limpeza urbana inclui os resíduos de
varrição, podas de árvores, restos de feiras livres,
animais mortos em vias públicas.
Entulho
Gerado em obras de construção civil, reformas e
demolições; constituído geralmente de materiais
inertes em grande parcela recicláveis.
De Terminais
Recolhidos em portos e aeroportos, terminais
rodoviários e ferroviários; requer tratamento próprio
pelo risco de disseminação de moléstias e epidemias.
Fonte: Valle (2002 p.52-53)
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Diante dessa classificação tradicional dos resíduos sólidos pode-se perceber que são
agrupados em diferentes tipos, sendo enquadrados na classe I ou na classe II. Um dos resíduos
que mais preocupa é o hospitalar, pois, contêm resíduos patogênicos e infectantes, materiais
laboratoriais, material perfurocortante; pode ter frações radioativas sem contar os impactos
que traz ao meio ambiente.
2.3 Compostagem
Para Lima (2004) A compostagem é definida como o ato ou ação de trasformar os
resíduos orgânicos, através de processos físicos, químicos e biológicos, em uma matéria
biogênica mais estável e resistente à ação das espécies consumidoras.
Segundo Wikipédia (2011) A compostagem é o conjunto de técnicas aplicadas para
controlar a decomposição de materiais orgânicos, com a finalidade de obter, no menor tempo
possível, um material estável, rico em húmus e nutriente minerais, com atributos físicos,
químicos e biológicos superiores àqueles encontrados na matéria prima.
A compostagem é um método para tratamento dos resíduos sólidos no
qual o material orgânico é decomposto por microrganismos na presença de oxigênio até o
ponto em que poderá ser armazenado e manuseado com segurança e aplicado ao meio
ambiente e é essencial na redução de resíduos domésticos.
A compostagem pode ser considerada uma alternativa de tratamento da matéria
orgânica presente em resíduos sólidos. Neste processo, ocorre normalmente à
decomposição aeróbia dos constituintes orgânicos que produz calor o qual é mantido
no sistema dependo de fatores físicos como capacidade de retenção de calor,
radiação e convecção (HAUG in: SIROKA, 1983 apud LIMA p.33).
A compostagem é um processo que pode ser utilizado para transformar diferentes
tipos de resíduos orgânicos em adubo que, quando adicionado ao solo, melhora as suas
características físicas, físico-químicas e biológicas.
Segundo Wikipédia (2011) O Brasil produz 241.614 toneladas de lixo por dia, onde
76% são depositados a céu aberto, em lixões, 13% são depositados em aterros controlados,
10% em usinas de reciclagem e 0,1% são incinerados. Do total do lixo urbano, 60% são
formados por resíduos orgânicos que podem se transformar em excelentes fontes de nutrientes
para as plantas.
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É uma boa alternativa para tentar diminuir a quantidade excessiva de resíduos que
são dispersos todos os dias em lixões a céu aberto, causadores de várias doenças, poluições e
podendo ser reaproveitado de várias formas.
Segundo Lima (2004) o composto produzido a partir dos resíduos orgânicos não
representa, necessariamente, uma solução final para os problemas da escassez de alimentos ou
do saneamento ambiental, mas pode contribuir significativamente como um elemento redutor
dos danos causados pela disposição desordenada do lixo no meio urbano, além de propiciar a
recuperação de solos agrícolas exauridos pela ação de fertilizantes químicos aplicados
indevidamente.
3. METODOLOGIA
3.1 Pesquisa
Pesquisa significa, de forma bem simples procurar resposta para indagações
propostas.
Para Marconi e Lakatos (2010) a pesquisa pode ser considerada “um procedimento
formal com método de pensamento refletivo que requer um tratamento cientifico e se constitui
no caminho para reconhecer a realidade ou para descobrir verdades espaciais. Significa muito
mais do que apenas procurar a verdade: é encontrar respostas para questões propostas,
utilizando métodos científicos”.
Uma pesquisa é um processo sistemático de construção do conhecimento que tem
como meta principal, gerar novos conhecimentos. É basicamente um processo de
aprendizagem tanto do indivíduo que a realiza quanto da sociedade na qual esta se
desenvolve.
Segundo Andrade (2006) a pesquisa “é o conjunto de procedimentos sistemáticos,
baseado no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar soluções para problemas
propostos mediante a utilização de métodos científicos”.
3.2 Método
Os métodos, em geral, englobam quatro momentos distintos: a pesquisa, e coleta de
dados, análise e interpretação, quando se procurar desvendar o significado dos mesmos.
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Método “é o caminho pela qual se chega a determinado resultado, ainda que esse
caminho não tenha sido fixado de antemão de modo refletido e deliberado” (HEGENBERG,
1976 apud MARCONI E LAKATOS p.9).
Para o desenvolvimento deste estudo utilizou-se a pesquisa bibliográfica e descritiva
com abordagem quantitativa através de um questionário de 10 perguntas assertivas.
Segundo Marconi e Lakatos (2010) a pesquisa bibliográfica “é aquela que se realiza
a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores em documentos impressos,
como livros periódicos, artigos, teses, revistas etc.”.
O método quantitativo, segundo Richardson et al. (1999) “Caracteriza-se pelo
emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações quanto no
tratamento delas por meio de técnicas estatísticas”.
A pesquisa quantitativa “lida com números, usa modelos estatísticos para explicar os
dados”. A amostragem, no método quantitativo, reduz a amostras, sintetizando os dados de
forma numérica, tabulando-os (GASKELL, 2003 apud MARCONI e LAKATOS, 2010
p.284).
3.3 Objetos de Estudo
Este estudo será desenvolvido no Terraquarium, uma Instituição de Ensino Superior
na cidade de Palmas. O Terraquarium é um criadouro conservacionista com registro no
Cadastro Técnico Federal desde março de 2001.
Com as atenções voltadas para as questões ambientais, não apenas como instrumento
de estudo básico, mas visando a valorização e proteção da natureza foi criada o Terraquarium:
Centro de Convivência e Educação Ambiental.
Instalado em uma área de 60.000 m² com vegetação nativa, encontramos cerca de 60
espécies da flora do cerrado. Possui museu, quiosque, viveiros e uma trilha conhecida como
“trilha das orquídeas” (700 m).
O Terraquarium abriga várias espécies de animais como: Cobra, papagaio, tucano,
arara, jabuti, tartaruga, urubu, macaco etc. Esses animais boa parte deles são apreendidos
pelos órgãos ambientais e então são encaminhados para lá e são mantidos em cuidados
constantes. Muitas escolas levam os alunos para conhecerem o Terraquarium e lá eles são
acompanhados pelos estagiários e o instrutor.
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Serão assim abordadas as pessoas que fazem parte do projeto de compostagem
analisando o nível de sensibilização das mesmas em relação aos benefícios que a
compostagem traz para o meio ambiente. A pesquisa será feita através de um questionário
aplicado a 15 pessoas.
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS
4.1 Análises dos Gráficos
Gráfico 01: Sexo Fonte: Pesquisa de campo (2011)
Pode-se perceber no gráfico 1 que a maioria dos entrevistados é do sexo masculino e a
minoria é do sexo feminino.
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Gráfico 02: Faixa etária
Fonte: Pesquisa de campo (2011)
Observa-se que a faixa etária da maioria das pessoas que colaboram com o projeto de
compostagem é de 19 a 25 anos sendo 60% e 20% menor ou igual a 18 e a mesma
porcentagem para os que têm entre 26 e 35 anos de idade.
Gráfico 03: Grau de escolaridade
Fonte: Pesquisa de campo (2011)
Com base nos dados levantados, chegou à conclusão que 47% dos entrevistados
estão cursando o ensino superior, 27% tem o ensino médio completo, 13% ainda estão
fazendo curso superior e 13% já tem mestrado ou doutorado.
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Gráfico 04: Nível de conhecimento sobre compostagem
Fonte: Pesquisa de campo (2011)
O gráfico revela que 40% das pessoas têm um conhecimento muito elevado e 33%
possui conhecimento elevado sobre a compostagem.
Com tudo percebe-se que a maior parte das pessoas que trabalha no projeto tem
conhecimento sobre a compostagem, isso é bom, pois é necessário saber o que está fazendo e
os benefícios que o mesmo trará para o meio ambiente.
Gráfico 05: Conhecimento sobre o processo de compostagem
Fonte: Pesquisa de campo (2011)
O estudo mostra que 100% das pessoas entrevistadas tem conhecimento sobre o
processo da compostagem.
Para a realização de um projeto como este é necessário primeiramente ter conhecimento sobre
o processo de compostagem, pois é o primeiro passo a ser feito, e através do resultado do
gráfico pode-se concluir que eles têm conhecimento sobre o mesmo.
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Gráfico 06: Percentual das pessoas que fazem separação do lixo doméstico em casa.
Fonte: Pesquisa de campo (2011)
Segundo a pesquisa realizada 53% responderam que fazem a seletiva do lixo `as
vezes, 40% que nunca fizeram a separação do lixo doméstico em casa, e 7% respondeu que
fazem sempre a seletiva do lixo.
É importante fazer a separação do lixo doméstico em casa, com relação aos dados
levantados somente 7% faz a separação do lixo sempre, não é um resultado positivo devido
fazerem parte de um projeto que busca mostrar a importância do uso da compostagem.
Gráfico 07: Com quem você compartilha sobre o processo de reutilização do lixo doméstico.
Fonte: Pesquisa de campo (2011)
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O resultado da pesquisa mostra que as pessoas com quem compartilham sobre o
processo de reutilização do lixo doméstico é para os amigos com 33%, em seguida para a
comunidade local com 27% e por fim com 20% para a família.
Segundo os dados levantados verificou-se que eles procuram fazer a parte de
sensibilização, ou seja, divulgam bastante para as pessoas sobre esse projeto de compostagem
e buscam ensinar outras pessoas a fazer também.
Gráfico 08: Houve mudança de atitude depois do projeto ao ponto de estendê-lo para seu próprio cotidiano.
Fonte: Pesquisa de campo (2011)
Através do gráfico é possível identificar que segundo os entrevistados teve uma
mudança significativa após o projeto, pois passaram ajudar e fazer compostagem em casa
sendo 53% ajudam as pessoas a fazer compostagem e 27% fazem compostagem em suas
residências.
O resultando é bom, pois algumas pessoas já colocam em prática o que aprenderam
no projeto, só que ainda é um número relativamente baixo. É preciso aumentar mais a
quantidade de pessoas que realizam a compostagem em suas residências.
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Gráfico 09: Benefícios que a compostagem trás para o meio ambiente
Fonte: Pesquisa de campo (2011)
De acordo com a maioria dos entrevistados, ou seja, 60% responderam que o maior
benefício da compostagem para o meio ambiente é a redução do lixo, e 20% disse que é o
reaproveitamento dos resíduos sólidos.
Isso mostra que eles têm conhecimento sobre os benefícios que a compostagem trás
para o meio ambiente e sabendo disso eles busca na compostagem uma maneira de ajudar o
meio ambiente de uma forma geral.
Gráfico 10: É importante fazer o uso da compostagem, mesmo domesticamente?
Fonte: Pesquisa de campo (2011)
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O gráfico mostra que 53% dos entrevistados disseram que a compostagem é
extremamente importante, pois ajuda o meio ambiente e 47% acha importante, porque reduz a
quantidade de lixo.
A compostagem hoje é de extrema importância, pois ela gera muitos benefícios
como, por exemplo, a redução do lixo, ou seja, da matéria orgânica nos aterros sanitários ou
até mesmo depositados em lugares inadequados, e de acordo com o resultado do gráfico essas
pessoas que participam desse projeto sabem dessa importância e buscam na compostagem
uma solução para esses problemas gerados através do lixo orgânico.
4.2 Análises de observação não participativa
Figura 1: Montagem das leiras de compostagem: Essa é a camada de serragem.
Fonte: Pesquisa de campo (2011)
Essa figura mostra uma das etapas realizadas pelos participantes do projeto, depois
da terra preta é colocada à serragem para um processo de decomposição mais rápida da
matéria orgânica.
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Figura 2: Montando as leiras: aqui mostra a camada de materiais orgânicos.
Fonte: Pesquisa de campo (2011)
Na figura observa-se que depois da serragem eles colocam a matéria orgânica (casca
de frutas, verduras, legumes etc).
Figura 3: Reviragem e molhagem das leiras já prontas. Fonte: Pesquisa de campo (2011)
Depois das leiras montadas eles reviram e molham as mesmas de 3 (três) em 3 (três)
dias para um melhor resultado do composto.
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Figura 4: Projeto: Relógio humano
Fonte: Pesquisa de campo (2011)
Esse é outro projeto feito no Terraquarium chamado: Relógio humano com o
principal objetivo de fazer plantação de plantas medicinais usando o composto pronto feito
por eles mesmos, sendo construído de garrafas pets. E cada parte dessa vai ser plantada um
tipo diferente de planta medicinal.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo abordou um tema de extrema relevância, o trabalho procura contribuir para
uma reflexão sobre as questões ambientais, entender o meio ambiente e as relações existentes.
Comportamento ambientalmente corretos devem ser praticadas no cotidiano das pessoas,
contribuindo para a redução do lixo produzido.
Levando em consideração que a compostagem é um dos pilares mais importante
como alternativa de tratamento da matéria orgânica presente em resíduos sólidos reutilizados
como adubo. Assim pode se perceber no presente estudo que o projeto de compostagem
desenvolvido nesta Instituição de Ensino Superior corresponde principalmente às questões
ambientais.
Nota-se também que é evidente a importância da Educação Ambiental para tentar
sensibilizar as pessoas de modo que se sinta responsável em manter o ambiente saudável no
presente e no futuro, que saibam exigir e respeitar os direitos próprios e os de toda a
comunidade e se modifiquem tanto interiormente como pessoa, quanto nas suas relações com
o meio ambiente.
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Esse estudo avaliou que a prática não é aplicada no decorrer do dia, mais que todos
têm conhecimento e consciência dos benefícios que a compostagem traz para o meio ambiente
a tal ponto de passar a praticar o ato também em suas casas, só que número de pessoas que
realizam compostagem domesticamente ainda é pequeno, pois isso que é importante não
deixar o conhecimento só na teoria e sim buscar a prática a ser realizada sempre.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, Maria Margarida. Introdução á metodologia do trabalho cientifico:
elaboração de trabalhos na graduação. 7. ed. Atlas, São Paulo: 2006
ANDRADE, Maria Margarida. Introdução á metodologia do trabalho cientifico:
elaboração de trabalho na graduação. 6. ed. Atlas, São Paulo: 2006
Associação Brasileira De Normas Técnicas-ABNT 2010
BONELI, Cláudia M.C. Meio ambiente poluição e reciclagem. 2. ed. Blucher.São Paulo:
2010
DIAS, Genebaldo Freire. Educação e gestão ambiental. 1. ed. Gaia. São Paulo: 2006
DIAS, Genebaldo Freire. Educação ambiental: Princípios e práticas. 9. ed. Gaia. São
Paulo: 2004
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa nacional de saneamento
básico- PNSB. IBGE: Rio de Janeiro, 2000.
LAKATOS, Eva Maria. Metodologia cientifica. 5. ed. Atlas, São Paulo: 2010
Lei Da Educação Ambiental-Lei 9795/99 Art.2
LIMA, Mário Queiroz Luiz. Lixo tratamento e biorremediação. 3. ed. Hemus, São Paulo:
2004
VALLE, Cyro Eyer. Qualidade ambiental: Isso 14000. Editora SENAC, São Paulo: 2002.
WIKIPÉDIA 2011. Compostagem. Disponível: http:// PT.wikipédia.org/wiki/compostagem
acessado em 01/04/2011.
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