Universidade Federal de Santa CatarinaCentro de Ciências da Educação
Departamento de Ciência da InformaçãoPrograma de Pós-Graduação em Ciência da Informação
Mestrado em Ciência da Informação
Seminário – Aula 6 - 24 de agosto de 2011
Temática: Produção Científica
Patricia da Silva Neubert
Disciplina: PCI410008 – Tópicos Especiais: Informação em Acesso AbertoProfessora: Dra. Rosângela Schwarz Rodrigues
Leitura recomendada
ABADAL, Ernest. et al. Open access in Spain. In: ANGLADA, Lluís; ABADAL, Ernest. Open
access in Southern European countries. Madrid: FECYT, 2010. cap. 7, p. 101-115.
Acesso Aberto na Espanha
(ABADAL, et al., 2010)
Estrutura da Apresentação
7.1 Introdução
7.2 Periódicos científicos
7.3 Repositórios
7.4 Políticas7.4.1 Mandatos (regulamento)
7.4.2 Prestação de serviços
7.4.3 Comunicação e divulgação
7.4.4 Os incentivos econômicos
7.4.5 Coordenação Institucional
7.5 Conclusões7.5.1 Periódicos
7.5.2 Repositórios
7.5.3 Políticas
7.1 Introdução
A história do acesso aberto (OA) na Espanha remonta o início
de 2000 e inclui a criação de repositórios e a adesão as
iniciativas internacionais.
O primeiro repositório de acesso aberto foi criado pelo CBUC
(Consórcio de Bibliotecas Universitárias da Catalunha), em 2001, para o
arquivamento de teses de doutorado: TDX (Tesis Doctorals en Xarxa).
A Espanha também foi participante ativa na criação do E-LIS em 2003.
Desde 2006 o número de repositórios tem mostrado um
crescimento sustentado, passando de 12 para os atuais 62
(Busca Repositórios), 63 (OpenDOAR) e 65 (Roar).
7.1 Introdução
7.1 Introdução
Em 2008, FECYT (Fundação Espanhola para Ciência e Tecnologia) e Rebiun
(Rede Espanhola de Bibliotecas Universitárias) criam o Recolecta – coletor de
informações acadêmicas.
O objetivo do projeto é promover e coordenar uma rede integrada de
repositórios digitais em acesso aberto e a divulgação e preservação da
produção científica espanhola.
desenvolvimento de serviços e funcionalidades (estatísticas, citações, avaliação)
interoperabilidade dos repositórios (normas, protocolos e diretrizes internacionais).
Recolecta é a primeira abordagem a nível nacional para coordenar a
infra-estrutura de repositórios espanhóis e seu relacionamento com o
desenvolvimento internacional de uma infra-estrutura global de repositórios.
7.1 Introdução
Duas grandes iniciativas internacionais têm marcado a adoção do
acesso aberto na Espanha:
Em 2003, o Ministério da Educação, Cultura e Desporto das Ilhas
Canárias foi a primeira instituição espanhola a assinar a Declaração
de Berlim;
Em 2004, a Universidade de Barcelona tornou-se o representante
espanhol e promotor ativo das licenças Creative Commons.
A importância do acesso aberto como um objeto de estudo na Espanha é
mostrado na publicação, na realização de conferências específicas, e na
criação de grupos de usuários e blogs dedicados ao acesso aberto e aos
repositórios.
7.2 Periódicos científicos
As principais fontes utilizadas foram:
Diretório do CSIC (Spanish National Research Council);
Latindex (Sistema regional de información en línea para revistas científicas de América Latina, el
Caribe, España y Portugal);
Ulrich;
DOAJ (Directory of Open Access Journals).
Outras fontes úteis são os estudos de Adelaida Román
(2005), Julia Osca et al. (2008), e Abadal (2007).
Os dados quantitativos devem ser considerados aproximados.
Além dos periódicos científicos publicados na Espanha, há, naturalmente, um número
grande e crescente de autores espanhóis publicando em revistas internacionais.
7.2 Periódicos científicos
O número de documentos espanhóis publicados em periódicos
internacionais abrangidos pela Web of Science subiu de 11.000
em 1990 para 58.000 em 2008.
52.000 documentos espanhóis no SCImago em 2008. A produção do
conhecimento científico cresceu de 1,77% em 1995 para 2,44% em 2002 e
quase 3% em 2006.
Melhoria de posição no ranking internacional (Thomson Scientific de acordo com MOYA, 2008)
10ª posição no período 1996-2006
9ª posição no período 2000-2010
Os dados sobre o número total de revistas científicas publicadas na
Espanha variam consideravelmente de acordo com a fonte: 2.014 títulos em Ulrich 2281 no diretório do CSIC 2822 em Latindex
7.2 Periódicos científicos
Ao contrário dos principais mercados (Estados Unidos, Reino Unido, Holanda e
Alemanha), editoras comerciais são responsáveis por menos de um quarto
dos títulos na Espanha. Os restantes são publicados por editoras sem
fins lucrativos (universidades, centros de investigação públicos, sociedades científicas e
associações profissionais).
7.2 Periódicos científicos
As Ciências Sociais e Humanidades são os temas predominantes
cobertos pelos periódicos. Biomedicina, Ciências e Tecnologia são os
campos mais globalizados (os autores publicam em revistas internacionais).
Uma das maneiras de medir a qualidade das revistas é indicado pela
sua indexação em bases de dados.
7.2 Periódicos científicos
A Web of Science inclui 165 revistas espanholas (Janeiro 2010)
Em 2008 eram 53, em 2009, 37 novas revistas foram acrescidas (a
cobertura da produção científica espanhola neste índice subiu 70% em um ano).
Scopus - 257 revistas científicas espanholas.
Latindex - 1.365 periódicos de qualidade científica (42,6% do total)
7.2 Periódicos científicos
Ulrich indica que 860 das revistas espanholas (42,3% do total) são
acessíveis on-line. O diretório DOAJ inclui um total de 293 revistas
publicadas na Espanha em acesso aberto. Ulrich diretório inclui 271
periódicos científicos em acesso aberto publicadas na Espanha (13,3%
do total de 2.032).
7.2 Periódicos científicos
As organizações responsáveis por essas revistas são:
7.2 Periódicos científicos
As políticas de direitos autorais e de auto-arquivamento das revistas são
fornecidas pelo banco de dados Dulcinea, criado em 2008.
Informações de 809 revistas científicas espanholas: o auto-arquivamento
é permitido por 76,15% das revistas, com as seguintes opções: pré-print
(0,98%), post-print (81,90%) e pré-print e post-print (17,10%).
7.3 Repositórios
As principais fontes utilizadas foram:
BuscaRepositorios;
OpenDOAR;
ROAR.
Nos últimos anos tem havido um aumento no número de repositórios e no número de
objetos digitais neles depositados.
7.3 Repositórios
O número de repositórios da Espanha é de 63 de acordo com
OpenDOAR, 62 de acordo com BuscaRepositorios e 65 de acordo com
ROAR.
A grande maioria dos
repositórios são
razoavelmente novos,
35,48% criados nos últimos
dois anos, e 74,19% nos
últimos quatro anos.
7.3 Repositórios
Universidades e centros de pesquisa são predominantes entre as
instituições que criaram repositórios, com 43, representando 69,3% do
total.
Artigos de periódicos e teses
são predominantes entre os
documentos incluídos nos
repositórios, embora o número
de objetos de aprendizagem
venham aumentando.
7.3 Repositórios
Dspace é claramente a plataforma de tecnologia predominante:
Há dois prestadores de serviços: Hispana (criado em 2006, pelo Ministério da Cultura) e
Recolecta (criado em 2008 por REBIUN e FECYT).
7.3 Repositórios
7.3 Repositórios
7.4 Políticas
Políticas de acesso aberto perseguem dois objetivos principais:
ajudar os pesquisadores a arquivar suas publicações em repositórios
encorajá-los a publicar em periódicos em acesso aberto.
As políticas de acesso aberto não são conhecidas e a informação disponível
sobre elas é escassa.
Principais ações realizadas em Espanha no momento.
7.4.1 Mandatos (regulamento) - são claramente os mais eficazes
7.4.2 Prestação de serviços
7.4.3 Comunicação e divulgação
7.4.4 Os incentivos econômicos
7.4.5 Coordenação Institucional
7.4.1 Mandatos (regulamento)
Atualmente, há três mandatos para a disseminação em acesso
aberto de resultados de pesquisa com financiamento público:
-As universidades da Comunidade de Madrid (Universidade Complutense,
Universidade Carlos III, Universidade Rei Juan Carlos e Universidade de
Alcalá) em conjunto com a Universidade Nacional Espanhola de
Educação a Distância (UNED) e do CSIC. É obrigatório fornecer o acesso
aberto aos resultados da investigação financiada por essas universidades.
- O Principado das Astúrias. Este mandato tem um escopo amplo, pois
envolve todos os conselhos de governo regional.
7.4.1 Mandatos (regulamento)
-A Universidade Politécnica da Catalunha (UPC, 2009). Este é o mandato
mais importante. Exige que os acadêmicos e as equipes de pesquisas da
universidade depositem suas publicações em seu próprio repositório
institucional.
O projeto de lei provisória da Lei de Ciência e Tecnologia (2010) inclui
uma seção sobre acesso aberto para a ciência que incentiva a criação e o
desenvolvimento de repositórios e a disseminação em acesso aberto dos
resultados de pesquisas com financiamento público.
7.4.2 Prestação de serviços
Plataformas para disseminar revistas científicas
O objetivo é dar visibilidade e acesso a revistas espanholas. RACO
Scielo España
e-Revistas
RECyT
Escritórios fornecendo conselhos sobre o acesso aberto
Unidades ou escritórios oferecem conselhos sobre divulgação, acesso
aberto e os aspectos legais da publicação.Instituto Conhecimento Aberto (Universidade de Salamanca)
Serviço de Disseminação do Conhecimento (Universidade de Barcelona)
Serviço de Propriedade Intelectual (SEPI) da Universidade Politécnica da
Catalunha
7.4.2 Prestação de serviços
7.4.2 Prestação de serviços
7.4.2 Prestação de serviços
7.4.2 Prestação de serviços
7.4.3 Comunicação e divulgação
Campanhas institucionais
A maioria das universidades e centros de pesquisa têm realizado
campanhas de promoção, normalmente relacionadas com a criação de
um repositório ou a aprovação de regulamentos sobre o acesso aberto.
Conferências e seminários
Desde de 2007 há conferências sobre uma variedade de assuntos que
incluem sessões sobre o acesso aberto. Há uma conferência nacional
sobre repositórios (OSREPOSITORIOS), e seminários específicos em
muitas universidades.
7.4.4 Os incentivos econômicos
Distribuição orçamentária baseada em ações de acesso abertoOs critérios para a atribuição de orçamentos para departamentos e
institutos de pesquisa incluem aspectos relacionados ao acesso aberto.
Subvenções diretas para o auto-arquivamento em repositóriosConceção de subvenções diretas aos departamentos e grupos de
pesquisa de acordo com o número de documentos depositados no
repositório institucional.
Assinatura institucional para portais OABibliotecas acadêmicas e portais de apoio a pesquisa. Pagamento por
publicação pode ser feita individualmente, mas as instituições também
podem pagar uma taxa de modo coletivo para que os seus autores possam publicar seus projetos individuais a um custo menor.
7.4.5 Coordenação Institucional
Estabelecimento de políticas e ações conjuntasAs políticas adotadas por consórcios e grupos de organizações são mais
eficazes do que as de organizações isoladas. Exemplos disso são:
- O acordo das universidades da Comunidade de Madrid levou à
aprovação de vários mandatos.
- O acordo do CIC (Inter-University Council of Catalonia). Promovido pela
CBUC e aprovado pela CIC estabelece um mandato a partir de 2011 (as
universidades devem especificar as condições).
Adesão a declarações e manifestosA Declaração de Berlim é talvez um dos mais emblemáticos em favor da
de acesso aberto. No início de 2009 cerca de 25 instituições Espanhol-principalmente universidades e centros de pesquisa, tinham assinado.
7.5 Conclusões
7.5.1 Revistas
O número de revistas científicas é de cerca de 3.000 títulos.
Grande número de autores publicam periódicos internacionais.
Editoras comerciais são uma pequena parte do montante total (22%).
40% das revistas são digitalizadas.
15% em acesso aberto.
Devido ao tipo de editores envolvidos (75% são não-comercial) não
deve ser muito difícil o progresso do acesso aberto se forem prestadas
informações suficientes sobre suas vantagens.
7.5 Conclusões
7.5.2 Repositórios
O número e a taxa de criação de repositórios, indicam que a Espanha
está avançando na criação de infra-estruturas em acesso aberto.
Universidades são as principais promotoras de repositórios.
O setor da saúde, que representa 40-50% de todas as publicações
científicas, tem sido deixado de fora deste progresso.
O conteúdo dos repositórios existentes deve ser aumentado, mas isso
vai depender em grande parte das políticas institucionais que são
adotadas.
7.5 Conclusões
7.5.3 Políticas
Existem poucas políticas e elas não são muito rigorosas.
Uma boa notícia é que haverá no futuro uma seção sobre acesso
aberto na Lei da Ciência, mas será de pouca utilidade se o acesso livre
não for promovido por agências de avaliação da pesquisa.
Necessário que os pesquisadores demostrem maior consciência e
iniciativa.
Obrigada!