UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
ALINE CRISTTINE MARROCO FRANÇA BERTTI
SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL NO MUNICÍPIO DE JANDAIA DO
SUL-PR
Maringá
2014
ALINE CRISTTINE MARROCO FRANÇA BERTTI
SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL NO MUNICÍPIO DE JANDAIA DO
SUL-PR
Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de mestre em Ciências Sociais, do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais, da Universidade Estadual de Maringá.
Orientadora:
Profª. Drª. Ana Lucia Rodrigues
Maringá
2014
ALINE CRISTTINE MARROCO FRANÇA BERTTI
SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL NO MUNICÍPIO DE JANDAIA DO
SUL-PR
Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de mestre em Ciências Sociais, do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais, da Universidade Estadual de Maringá.
Aprovado em 30 / 06/ 14
______________________________________
Ana Lucia Rodrigues, Doutora (UEM)
- Assinatura –
______________________________________
Geovanio Edervaldo Gonçalves, Doutor (UEM)
- Assinatura -
______________________________________
Eduardo Iamundo, Doutor (UNIP)
- Assinatura -
Dedico este trabalho aos meus pais Benê e Rubinho. Em especial ao meu pai, que mesmo ausente fisicamente, tenho a certeza que está presente espiritualmente em todos os momentos de minha vida, como sempre.
Agradecimentos
Primeiramente agradeço a Deus, por ter colocado pessoas especiais e essenciais ao meu lado,
sem as quais não teria chegado até aqui.
À minha mãe Benê, por ser minha inspiração e modelo de vida, por sempre me mostrar os
caminhos certos, me proporcionar uma vida de amor, carinho e principalmente ter estado
sempre presente em todas as horas de minha vida, inclusive as mais difíceis. A você minha
gratidão e amor eterno!
Ao meu pai Rubinho, modelo de homem e pai na qual tenho orgulho de poder dizer que sou
filha. O tempo que Deus me proporcionou estar ao seu lado foram os melhores anos de minha
vida, mas tenho a certeza que ainda estamos juntos nesta vida com certeza em toda a
eternidade. Te amo infinitamente.
Ao meu esposo Cleverson, por ter me dado o bem maior de toda minha vida, nosso filho
Caio!
Às minhas avós Helena e Maria, por sempre me inspirarem como mulheres. Minha gratidão
eterna.
À minha irmã Júlia, por ser sempre amorosa comigo! Te amo.
Ao meu padrasto Júlio, por sempre me apoiar e me ajudar em tudo o que precisei até hoje.
À minha madrinha e eterna professora Juliana, por me inspirar a cada momento em minha
busca intelectual e profissional. Sempre amiga, presente em todos os momentos com seu colo
protetor! Obrigada por tudo!
À minha orientadora Ana Lúcia, por sempre me inspirar e me apoiar. E por não ter me
deixado desistir desta conquista. Obrigada!
Às minhas tias Marisa e Rose, presentes desde minha infância e que vibraram comigo desde a
aprovação na prova, e sempre fizeram “propaganda” positiva a meu respeito. Obrigada pela
força de sempre!
Às minhas primas Thays e Naína, por sempre estarem presentes!
A todos meus agradecimentos! Sem vocês essa conquista não seria possível!
Resumo
O objetivo desta pesquisa é analisar a incidência da segregação socioespacial na cidade de
Jandaia do Sul, no Paraná. O estudo se fez a partir dos dados estatísticos do IBGE e do
IPARDES para os anos de 2010 e 2012. A análise começa com um histórico dos crescimentos
urbano, demográfico e político-administrativo do município; avança para a descrição da
economia e coloca em destaque os principais produtos e atividades econômicas da região,
além da posição do município para os principais índices colhidos nacionalmente. Tem por
base a hipótese de que o município de Jandaia do Sul apresenta algumas das características de
segregação encontradas nas demais cidades brasileiras, por isso a análise segue pela
conceituação de segregação socioespacial, para a qual a desigualdade social é um fator de
origem histórica e dominante na realidade social nacional. Passando pelo contexto
paranaense, a análise termina pela observação do caso específico de Jandaia do Sul, onde se
conclui, principalmente, que a um dos responsáveis pelo cenário territorial desigual e
excludente local está na disputa pelo uso do espaço e na especulação imobiliária, fatores que
colocam em conflito os interesses dos membros sociais.
Palavras-chave: Segregação socioespacial. Desigualdade social. Jandaia do Sul.
Abstract
The objective of this research is to analyze the impact of socio-spatial segregation in the city
of Jandaia do Sul, Paraná. The study was done from the statistical data of IBGE and
IPARDES for the years 2010 and 2012. The analysis begins with a history of urban,
demographic and political-administrative growth of the municipality; it advances to the
description of the economy and puts emphasis on the main products and economic activities
of the region, beyond the position of the municipality for the major indices collected
nationally. It is based on the hypothesis that the municipality of Jandaia do Sul presents some
characteristics of segregation found in other Brazilian cities, so the analysis is the concept of
socio-spatial segregation, to which social inequality is a factor of historical and national origin
in the dominant social reality. Passing the Paraná context, the analysis ends by observing the
specific case of Jandaia do Sul, where it was concluded mainly the one responsible for
unequal and marginalizing local territorial scenario is vying for space and land speculation,
conflicting factors that put the interests of social members.
Keywords: socio-spatial segregation. Social inequality. Jandaia do Sul
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Base cartográfica ITCG 2010 .................................................................................. 11
Figura 2 - Localização de Jandaia do Sul no Estado ................................................................ 12
Gráfico 1 - Saneamento Básico ................................................................................................ 22
Mapa 1 - Setores censitários do município de Jandaia do Sul.................................................. 33
Gráfico 2 - Detalhamento da situação dos domicílios na cidade de Jandaia do Sul................. 38
Gráfico 3 - Concentração dos domicílios no município de Jandaia do Sul .............................. 39
Mapa 2 - Rendimento médio mensal dos responsáveis em Jandaia do Sul .............................. 40
Gráfico 4 - Rendimento Mensal por Domicílio ........................................................................ 41
Mapa 3 - Média de moradores por domicílio em Jandaia do Sul em 2010 .............................. 42
Mapa 4 - Sequência de dados por setor censitário das pessoas residentes por idade ............... 44
Mapa 5 - Taxa de alfabetização em Jandaia do Sul .................................................................. 45
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Eleitores segundo sexo e faixa etária - Julho de 2012 ............................................. 12
Tabela 2 - População censitária segundo tipo de domicílio e sexo – 2010 .............................. 13
Tabela 3 - Distribuição da População no Município conforme Faixa Etária ........................... 14
Tabela 4 - Despesas municipais por função-2012 .................................................................... 21
Tabela 5 - Abastecimento de Água, pela Sanepar, segundo as Categorias – 2011 .................. 21
Tabela 6 - Consumo e número de consumidores de energia elétrica – 2011 ........................... 23
Tabela 7 - Número e percentagem de morador por domicílio particular permanente em
Jandaia do Sul por Setor censitário – 2010 .............................................................................. 47
Tabela 8 - Pessoas residentes, domicílios particulares e média de moradores por Setor
censitário – Jandaia do Sul – 2010 .......................................................................................... 48
Tabela 9 - Rendimento mensal dos domicílios particulares permanentes de Jandaia do Sul por
Setor censitário – 2010 ............................................................................................................. 50
Tabela 10 - População residente por cor ou raça em Jandaia do Sul – 2010............................ 52
LISTA DE SIGLAS
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IPARDES – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social
PIA – População em Idade Ativa
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano
PIB – Produto Interno Bruto
IPDM – Índice IPARDES de Desenvolvimento Municipal
MEC – Ministério da Educação
RMM – Região Metropolitana de Maringá
Sumário
Introdução ................................................................................................................................. 10
Capítulo 1 – Sobre os crescimentos urbano e demográfico do município de Jandaia do Sul .. 11
1.1 Localização e dados político-administrativos e demográficos ....................................... 11
Dados demográficos ............................................................................................................. 13
1.2 Economia e população economicamente ativa ............................................................... 15
1.3 Nível educacional do município ..................................................................................... 19
1.4 Infraestrutura e Saneamento ........................................................................................... 21
Capítulo 2 - Conceituação de segregação socioespecial .......................................................... 24
Capítulo 3 - Segregação Socioespecial no município de Jandaia do Sul ............................... 299
3.1 Contexto Social .............................................................................................................. 29
3.2 Perspectivas gerais .......................................................................................................... 31
3.3 Análise socioespacial do município de Jandaia do Sul ................................................. 32
3.4 Alfabetização .................................................................................................................. 39
Conclusões ................................................................................................................................ 54
Referências bibliográficas ........................................................................................................ 56
Anexos ...................................................................................................................................... 58
10
SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL NO MUNICÍPIO DE JANDAIA DO
SUL
Introdução
O tema concernente à segregação, principalmente a segregação socioespacial, é um
assunto de notável importância para o estudo do cenário e do perfil social dos territórios
municipais brasileiros e Jandaia do Sul não foge à regra. Compreendida enquanto um fator
determinante da estrutura social binária, a segregação envolve pessoas ricas e pessoas pobres,
a segregação é resultado da segmentação do mercado de trabalho, a qual apresenta um
pequeno número de empregos altamente qualificados e bem remunerados, e um vasto
contingente de ocupações pouco qualificadas e mal remuneradas.
Fato é que atualmente as políticas urbanas vêm sofrendo notáveis interferências diante
dos ideais e do receituário do neoliberalismo, isto é, dos fundamentos referentes à sociedade
global. O principal produto desse modelo econômico que prioriza o mercado é que os preços
imobiliários tornaram-se o mecanismo central de distribuição da população no território da
cidade, o que tem significado o reforço das desigualdades de renda na organização do espaço
urbano, e este fato é notável também em Jandaia do Sul.
Outro mecanismo responsável pelo fenômeno da segregação no espaço urbano
consiste na privatização dos serviços públicos com o paulatino e constante afastamento por
parte do Estado, dentre os quais podem ser tomados como exemplo as atividades de prestação
de serviços que levam em conta os serviços referentes à telefonia, energia elétrica, transporte,
e o mais importante neste contexto: o financiamento habitacional. O referido mecanismo é
responsável por assegurar a melhor qualidade dos serviços prestados e as mais modernas
tecnologias àqueles que possuem melhores condições financeiras, sendo ofertado
inversamente, às classes populares equipamentos e serviços de baixa qualidade e custo
inferior. Sob esse prisma, a procura por moradias torna-se suprida apenas pelo mercado
imobiliário formal, estando acessível portanto, apenas às camadas que podem pagar, ou seja,
pessoas que possuem rendas médias e/ou altas. Um dos grandes fatores, portanto,
responsáveis pela manutenção das desigualdades sociais e segregação socioespacial encontra
respaldo nos preços imobiliários apresentados à sociedade. Isso ocasiona na distribuição
disforme dos habitantes no território urbano. Assim é possível compreender o motivo pelo
11
qual a urbanização de Jandaia do Sul pode estar ocorrendo de maneira excludente, assim,
partimos dessa hipótese.
Capítulo 1 – Sobre os crescimentos urbano e demográfico do município de
Jandaia do Sul
1.1 Localização e dados político-administrativos e demográficos
Neste capítulo vamos analisar os crescimentos urbano e demográfico no município de
Jandaia do Sul, por meio de levantamento e descrição de dados obtidos do Plano Diretor
Municipal; do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e estatística; e do IPARDES Instituto
Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social.
Nascida como uma das 62 realizações da empresa Companhia de Terras Norte do
Paraná, Jandaia do Sul tornou-se distrito de Apucarana em 10 de outubro de 1947; foi
desmembrado de Apucarana e instituído município em 14 de dezembro 1952. Sua área foi
reduzida, primeiro, em 1954 e, depois, 1960 em função, respectivamente, dos
desmembramentos de Bom Sucesso e de Marumbi, antes distritos seus. Hoje, o município de
Jandaia do Sul tem uma área territorial de 187,811 km², comportando ainda o pequeno distrito
de São José.
Jandaia do Sul possui 02 distritos administrativos – Distrito Sede e Distrito de São
José, com Comarca própria. Sua densidade demográfica é de 108,17 hab/Km².
Figura 1 - Base cartográfica ITCG 2010.
Fonte: IPARDES.
12
Figura 2 – Localização de Jandaia do Sul no Estado
Fonte: IPARDES.
Tabela 1 - Eleitores segundo sexo e faixa etária - Julho de 2012.
FAIXA ETÁRIA (ANOS)
MASCULINO FEMININO NÃO INFORMADO
TOTAL
De 16 A 17 De 18 a 24 De 25 a 34 De 35 a 44 De 45 a 59 De 60 a 69 De 70 anos ou mais Total
139 1.223 1.671 1.426 1.918 790 646 7.813
125 1.116 1.730 1.657 2.166 937 716 8.447
- - - - 6 2 2 10
264 2.339 3.401 3.083 4.090 1.729 1.364 16.270
Fonte: TSE. NOTA: Posição do cadastro de eleitores em julho de 2012.
De acordo com a Tabela 1 e por dados do Superior Tribunal Eleitoral, no referente à
área política, em 2012, Jandaia do Sul contava com 16.270 habitantes que exerciam seus
direitos de cidadão através do voto secreto. O referido município conta apenas com uma zona
eleitoral.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, a população
censitária de Jandaia do Sul, para o ano de 2010, estava em 20.269 habitantes; destes, 18.331
moravam na área urbana e apenas 1.938 no meio rural. O número de domicílios, segundo o
IBGE, foi calculado tomando com base no uso e no tipo de ocupação. O município era
constituído de 7.374 domicílios; destes, 6.557 eram urbanos e apenas 817 eram rurais. Do
total de domicílios urbanos, 6 eram coletivos, sendo 6.551 particulares; 5.996 estavam
ocupados, 555 não ocupados; destes, 82 eram de uso ocasional e 473 estavam vagos. Da
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quantidade de domicílios encontrados na área rural, todos eram particulares, sendo que 602
dos mesmos estavam devidamente ocupados, 215 não ocupados; 70 destes destinados ao uso
ocasional e 145 destes vagos.A cidade possuía 90,44% de grau de urbanização e densidade
demográfica de 112,12 habitantes por km².
Tabela 2 - População censitária segundo tipo de domicílio e sexo – 2010.
TIPO DE DOMICÍLIO MASCULINA FEMININA TOTAL Urbano Rural Total
8.835 1.045 9.880
9.496 893 10.389
18.331 1.938 20.269
Fonte: IBGE – Censo Demográfico. NOTA: Dados do universo.
Em 2010, a população em idade ativa (PIA) de Jandaia do Sul estava em 17.790
pessoas, enquanto a população economicamente ativa era de 11.410 pessoas. Os números de
empregos e de estabelecimentos estavam em 6.204 e 782 respectivamente. A renda média
domiciliar per capita girou em torno de R$ 788,40. Esse valor aponta para a média das rendas
domiciliares per capita das pessoas residentes em determinado espaço geográfico. A renda
domiciliar per capita é a soma dos rendimentos mensais dos moradores do município dividida
pelo número de moradores.
Dados demográficos
De acordo com o Censo 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE, o município de Jandaia do Sul tem uma população de 20.133 (vinte mil,
cento e trinta e três) indivíduos, sendo 9.880 (nove mil, oitocentos e oitenta) do sexo
masculino e 10.389 (dez mil, trezentos e oitenta e nove) do sexo feminino. O gentílico dado
aos habitantes nascidos no município é “jandaiense”.
Os dados do Censo 2010 expostos no Caderno Estatístico do município de Jandaia do Sul –
produzido pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social - IPARDES,
nos mostra que 18.331(dezoito mil, trezentos e trinta e um mil) habitantes do município,
encontram-se na área urbana.
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Tabela 3 - Distribuição da População no Município conforme Faixa Etária
Estrutura Etária Total Por Categoria
Criança (0 a 11 anos) 2.466
Adolescente (11 a 18 anos) 3.323
Jovem-adulto (19 a 29 anos) 3.086
Adulto (30 a 59 anos) 8.297
Idoso (a partir de 60 anos) 3.097
TOTAL GERAL 20.269
Fonte: IBGE, Censo Demográfico, Resultado do Universo, 2010.
De acordo com o quadro acima, podemos verificar a composição da população do
município de Jandaia do Sul através da distribuição estrutural etária seguinte: 2.466 (dois mil,
quatrocentos e sessenta e seis) indivíduos são crianças; 3.323 (três mil, trezentos e vinte e
três) são adolescentes; 3.086 (três mil e oitenta e seis) são jovens-adultos; 8.297 (oito mil,
duzentos e noventa e sete) são adultos; e 3.097 (três mil e noventa e sete) são idosos.
Dentre eles, 11. 411 (quatorze mil, quatrocentos e onze) são da raça branca (71,09%);
698 (seiscentos e noventa e oito) de cor ou raça preta (3,44%); 163 (cento e sessenta e três)
amarela (0,80%) e 4.978 (quatro mil, novecentos e setenta e oito) pardos (24,56%). Segundo
dados do IBGE (2010), o município de Jandaia do Sul possui 18 (dezoito) indígenas, o que
representa 0,08 % da população.
Analisando os dados expostos, podemos afirmar que mais da metade da população do
município encontra-se na faixa etária de jovens e adultos – 59%, caracterizando o município
como sendo constituído de uma população acentuadamente jovem.
15
1.2 Economia e população economicamente ativa
No que toca a economia do município, importantes informações devem ser levadas em
conta. A população economicamente ativa faz referência, como já foi dito anteriormente, a
11.410 pessoas, pelas informações do IBGE para o ano de 2010. A população ocupada
compreende exatas 10.985 pessoas. O cálculo da população ocupada ocorre mediante as
atividades econômicas exercidas. A agricultura e a pecuária compreendem 1.816 pessoas.
Indústrias extrativas e de transformação compreendem 8 e 1.996 pessoas respectivamente. As
atividades que têm funções elétricas e de gás contam com o exercício de 30 habitantes. As
atividades pertinentes aos serviços de água e esgoto são exercidas por 72 pessoas. O ramo da
construção conta com a contribuição de 750 habitantes. As atividades que envolvem o
comércio e o transporte contam com 1.895 e 360 pessoas respectivamente. As funções
condizentes com o alojamento e informação correspondem ao exercício de 438 e 112 pessoas
respectivamente. As atividades imobiliárias e profissionais científicos e técnicos totalizam a
função de 241 pessoas. As atividades administrativas e serviços complementares são
atribuídas a 89 habitantes. Atividades que englobam a administração pública são exercidas
por 444 pessoas. O setor da educação recebe a contribuição de 798 pessoas, enquanto as
atividades concernentes à saúde humana e serviços sociais são realizadas por 389 habitantes.
Tais informações foram obtidas por meio do IBGE, através dos dados de amostra.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, Jandaia do Sul possuíam 782
estabelecimentos, ofertando, no ano de 2012, 6.204 empregos.
Jandaia do Sul, conta com sete indústrias de produtos minerais não metálicos,
originando 45 empregos; onze indústrias metalúrgicas, resultando em 118 empregos; sete
indústrias mecânicas, contando com sessenta e três empregos; uma indústria de materiais de
transporte, ofertando nove empregos; dezessete indústrias de madeira e mobiliário, gerando
duzentos e vinte e oito empregos; três indústrias de papel, papelão editorial e gráfica,
produzindo oito vagas de emprego; quatro indústrias de borracha, fumo, couro e produção
diversa, ocasionando a ocupação de oito vagas remuneradas; dez indústrias químicas, que
geram 1.473 empregos; trinta e sete indústrias têxtil, de vestuário e artefatos de tecidos,
gerando trezentos e cinquenta e dois empregos; quinze indústrias de produtos alimentícios,
bebidas e álcool etílico, produzindo duzentos e sessenta e três empregos; dois
estabelecimentos de serviços industriais de utilidade pública, resultando em nove empregos;
sessenta e três estabelecimentos de construção civil, ocasionando duzentos e quinze
16
empregos; trezentos e dezenove estabelecimentos de comércio varejista, ofertando 1.460
empregos; vinte e cinco estabelecimentos de comércio atacadista, resultando em cento e dez
empregos; dez instituições de crédito, seguro e capitalização, gerando cento e quatro
empregos; cinquenta e cinco estabelecimentos de administração de imóveis, gerando cento e
vinte três vagas de emprego; vinte e quatro estabelecimentos de transporte e comunicação,
ofertando cento e trinta e três empregos; sessenta e cinco estabelecimentos responsáveis por
serviços de alojamento, alimentação, reparo, radio fusão e televisão, resultando em duzentos e
oitenta e oito empregos; trinta e três estabelecimentos médicos, veterinários e odontológicos,
ofertando duzentas e onze vagas de emprego; onze estabelecimentos de ensino, ofertando
duzentos e cinquenta e três empregos; quatro estabelecimentos de administração pública
direta e indireta, acarretando seiscentas e quarenta e oito funções remuneradas; e cinquenta e
nove estabelecimentos de agricultura, silvicultura, criação de animais, extração vegetal e
pesca, oferecendo oitenta e um empregos.
Ainda no aspecto econômico do município, é importante levar em conta a importância
da agropecuária. A agricultura e a pecuária pertencem ao setor primário, responsável pela
produção de bens de consumo, e participam deste pelo cultivo de plantas e pela criação de
animais. A agropecuária é geralmente praticada por pequenos produtores que se utilizam das
práticas tradicionais. A produção de café no município em 2012, segundo o IBGE, contribuiu
com 2.490 toneladas, rendendo 14 milhões e 462 mil reais. A produção da cana de açúcar
contribuiu com 193.000 toneladas, rendendo quase 8 milhões de reais, enquanto que a
produção de uva foi de 2.353 toneladas, rendendo quase 7 milhões. É importante destacar, que
a cana de açúcar exerce relevante papel econômico, haja vista a existência de uma usina de
açúcar e álcool em São Pedro do Ivaí, cidade muito próxima do município de Jandaia do Sul.
Jandaia do Sul possui 680 estabelecimentos agropecuários, os quais estão distribuídos
de acordo com interesses particulares. São 240 estabelecimentos destinados à lavoura
temporária. Horticultura e floricultura constituem-se em 14 estabelecimentos. A lavoura
permanente compreende 219 estabelecimentos. A pecuária e a criação de outros animais
possuem 202 estabelecimentos A plantação florestal de florestas plantadas é constituída de
quatro estabelecimentos e a aquicultura possui apenas um estabelecimento, de acordo com o
IBGE – Censo Agropecuário.
A pecuária também exerce relevante importância no aspecto econômico da cidade. É a
atividade que envolve a criação de gado, a domesticação e a reprodução de animais. De
acordo com o IBGE, a produção de bovinos constituiu-se de 10.273 cabeças no ano de 2012.
17
A produção de equinos atingiu a quantidade de 636 cabeças. Galináceos e ovinos
corresponderam a 828.911 e 832 cabeças respectivamente, enquanto que a produção de suínos
foi de 2.424 cabeças. O efetivo tem como data de referência o dia 31 de dezembro do ano de
2012.
Outro importante fator a ser levado em conta faz jus à produção de origem animal. A
produção de casulos de bicho da seda, lã, leite, mel de abelha e ovos de galinha apresentam
renomada importância na economia municipal. A produção de casulos de bicho da seda girou
em torno de 492 Kg. Lã e leite tiveram a produção em torno de 320 Kg e 623 mil litros
respectivamente. O mel de abelha compreendeu a produção de 850 Kg, enquanto os ovos de
galinha totalizaram em 38 mil dúzias. Tais informações foram disponibilizadas pelo IBGE,
especificamente pelo setor de Produção da Pecuária Municipal.
A infraestrutura e a prestação de serviços são outros importantes fatores a serem
levados em conta, quando existe a pretensão de análise e compreensão acerca do
desenvolvimento de determinado município. A infraestrutura corresponde ao aglomerado de
atividades e estruturas da economia de um país que servem de fundamento para o
desenvolvimento e evolução de outras atividades. A infraestrutura é essencial para o aspecto
econômico de um país. Sem ela, as empresas não conseguem exercer adequadamente as suas
funções. Quando um país apresenta uma infraestrutura deficiente, os produtos podem
encarecer tanto no mercado interno quanto no mercado externo. Fazem parte da infraestrutura
de um país: portos, aeroportos, usinas hidrelétricas, rodovias, sistemas de telecomunicação,
rede de distribuição de água, tratamento de esgoto, sistemas de transmissão de energia e etc.
A infraestrutura brasileira, foi desenvolvida até poucas décadas quase que exclusivamente
com os investimentos de origem pública. Entretanto, a partir da década de 90, com as
privatizações e parcerias entre os setores públicos e privados, as grandes empresas nacionais e
internacionais têm investido em infraestrutura através de contratos de concessão. É importante
salientar que a importância de uma infraestrutura desenvolvida não se resume apenas ao país
de maneira integral. A infraestrutura em níveis elevados de desenvolvimento deve se fazer
presente nos estados e municípios para o alcance da melhor qualidade de vida da população
constituinte do mesmo.
O abastecimento de água, atendimento de esgoto e o consumo de energia elétrica na
cidade de Jandaia do Sul, são funções atribuídas à Sanepar e Copel respectivamente. O
abastecimento de água, em dados estatísticos de 2012, apresentou 7.576 unidades atendidas,
possuindo para isso duas centrais disponíveis à população. O abastecimento de água prestado
18
pela Sanepar às residências foi de 6.757 unidades atendidas; 627 estabelecimentos comerciais;
68 industriais; 58 imóveis de utilidade pública, e 71 do poder público atendidos. Importante se
faz saber que toda unidade atendida faz referência a um imóvel, seja casa, apartamento, loja
ou prédio, ou qualquer subdivisão independente do imóvel, dotado de pelo menos um ponto
de água, perfeitamente identificável, como unidade autônoma, para efeito de cadastramento e
cobrança de tarifa. Os números totais de atendimentos prestados pela Sanepar indicam que a
maior parte da população tem adesão ao serviço prestado pela referida empresa. Quanto ao
atendimento de esgoto, a Sanepar calculou o total de 3.754 atendimentos, dos quais se fazem
presentes, respectivamente: 3.260 unidades residenciais; 426 unidades comerciais; 7 unidades
industriais; 26 unidades de utilidade pública; 35 unidades referentes ao poder público. O
consumo de energia elétrica total, segundo a Copel, foi de 33.855 por MwH, enquanto que o
número de consumidores foi de 8.596 pessoas. As informações obtidas pela Copel referem-se
ao consumo de energia elétrica da autoprodução da indústria, incluindo os consumidores
atendidos por outros fornecedores de energia, bem como os que possuem parcela de carga
atendida pela Copel Distribuição e a outra parcela por outro fornecedor.
Assim como todo país, Estado e/ou município necessita de indicadores essenciais que
comprovem o seu desenvolvimento, não poderia ser diferente com o município de Jandaia do
Sul. Mesmo, ocupando a classificação de município de pequeno porte, o seu desenvolvimento
deve ser analisado e compreendido de acordo com alguns requisitos, que fazem referência ao
IDH, PIB, densidade demográfica e outras importantes informações presentes a seguir.
O Índice de Desenvolvimento Humano, o IDH, é responsável por classificar os países de
acordo com o grau de desenvolvimento e/ou evolução humana, nas classificações de
desenvolvidos, subdesenvolvidos e em desenvolvimento. A estatística é composta a partir de
informações da expectativa de vida ao nascer, a educação e o produto interno bruto de um
país. O IDH é utilizado também por organizações locais e/ou empresas, com a finalidade de
medir o desenvolvimento de entidades subnacionais, como cidades, aldeias e até mesmo
estados. De acordo com isso, o IDH do município de Jandaia do Sul é 0,747, apresentando,
assim, médio índice de desenvolvimento humano.
O IPARDES, com a finalidade de compreender os índices de desenvolvimento, tanto
econômico quanto social, também apresenta dados estatísticos para o alcance de seu objetivo.
De acordo com o índice IPARDES de desenvolvimento municipal, o IPDM de Emprego,
Renda e Agropecuária apresentou 0,6280 de desempenho; o setor da Educação apresentou
desempenho igual a 0,8640; a área da saúde apresentou 0,7561. Diante disso, o índice
19
IPARDES de desenvolvimento do município, IPDM, de Jandaia do Sul ficou em 0,7494,
número este que aponta para um médio desempenho do IPDM. A taxa de crescimento
geométrico em 2010 foi de 0,30 % ao ano.
O PIB, ou seja, o produto interno bruto representa a soma de todos os bens e serviços
finais (de acordo com valores monetários) originados de uma determinada região. Essa região
pode compreender países, estados e até mesmo cidades, como é o caso do referido parágrafo.
O cálculo do produto interno bruto ocorre durante um período determinado, podendo ser
tomado como base um mês, um trimestre, um ano etc. O PIB é um dos indicadores mais
utilizados com o propósito de mensurar a atividade de cunho econômico de determinada
região. De acordo com isso, o PIB per capita no município de Jandaia do Sul em 2011,
segundo o IBGE e o IPARDES, foi de R$14.612. O índice de Gini da renda domiciliar per
capita, responsável por medir o grau de concentração da distribuição da renda domiciliar per
capita de determinada população em determinado espaço geográfico, foi de 0,4574.
1.3 Nível educacional do município
É fato que a valorização da educação no país, no estado e nos municípios é
extremamente importante. A construção de uma sociedade mais justa e igualitária se procede
mediante a oferta de uma educação de qualidade, onde a atenção deve estar voltada à
formação de alunos e educadores.
No referente ao nível educacional em 2012 no município de Jandaia do Sul, 380
alunos estavam devidamente matriculados na pré-escola; 2.610 no ensino fundamental; 893
no ensino médio; 58 na educação profissional; e 821 no ensino superior. O município conta
com creches, escolas públicas e particulares e ainda uma instituição de ensino superior, a qual
oferece cursos voltados às necessidades da região.
O cálculo de docentes e instituições de ensino são realizados com o propósito de compreender
o setor responsável pela educação no referido município. São 8 creches que comportam o
exercício de 32 docentes. Em 12 estabelecimentos de ensino pré-escolares, exercem a
atividade profissional o total de 31 docentes. No ensino fundamental, 200 docentes atuam em
15 estabelecimentos voltados à educação. Quanto ao ensino médio, 96 docentes atuam em
cinco estabelecimentos de ensino. O município de Jandaia do Sul comporta 329 professores e
22 instituições destinadas à educação. De acordo com o Ministério da Educação, o MEC, um
20
docente está apto a atuar em mais de uma etapa e/ou modalidade de ensino. Os dados
fornecidos aqui são referentes aos professores que estavam em sala de aula, na regência de
turmas e em efetivo exercício na data de referência do Censo Escolar. A taxa de
analfabetismo para pessoas maiores de 15 anos do município em 2010 correspondia a 7,33%.
Para o cálculo do analfabetismo foram consideradas como analfabetas as pessoas
maiores de 15 anos que declararam não serem capazes de ler e escrever um bilhete simples ou
que apenas assinam o próprio nome, incluindo as que aprenderam a ler e escrever, mas
esqueceram. As taxas de aprovação dos diferentes níveis de educação no município são
consideradas positivas, onde o índice de abandono é relativamente baixo.
Outro indicador essencial faz referência à taxa de mortalidade. Tal indicador é
conhecido também como coeficiente de mortalidade. O coeficiente geral de mortalidade gira
em torno de 8,20 a cada mil habitantes. A taxa de mortalidade é calculada de acordo com
causas selecionadas e causas externas. As causas selecionadas são as doenças que afligem a
espécie humana, enquanto que as causas externas fazem relação com os acidentes de trânsito e
agressões (homicídios). O número de vítimas ocasionadas em acidentes de trânsito é de 44,30
a cada cem mil habitantes. O índice de vítimas ocasionadas por agressões, e que por vezes
resultam em morte, é de 14,77 a cada cem mil pessoas.
A taxa bruta de natalidade compreende 13,72 a cada mil habitantes. É importante
frisar que a taxa expressa a intensidade com a qual a natalidade atua sobre determinada
população. De forma geral as taxas elevadas estão relacionadas às condições socioeconômicas
precárias e a aspectos culturais da população.
A cidade de Jandaia de Sul, conta com agências bancárias, correio, e meios de
comunicação. Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil são as agências mais conhecidas.
No total, o município conta com cinco agências bancárias. O município conta ainda com uma
agência de correio, duas emissoras de rádio é um canal emissor de televisão digital.
Outro importante fator a ser levado em conta faz referência às despesas municipais de
acordo com as categorias. As categorias compreendem as despesas correntes e as despesas de
capital. O cálculo das despesas é realizado de acordo com valores monetários. As despesas
municipais são calculadas levando em conta as funções realizadas, ou seja, correspondem ao
nível máximo de agregação das ações desenvolvidas na esfera municipal para a consecução
dos objetivos do governo.
21
Tabela 4 - Despesas municipais por função-2012.
TIPO DE FUNÇÃO VALOR (R$ 1,00) Total (exceto intraorçamentária) Legislativa Judiciária Administração Segurança pública Assistência social Saúde Educação Cultura Urbanismo Agricultura Indústria Transporte Desporto e lazer Encargos especiais Tipo de função Total geral
38.434.587,93 729.500,00 134.245,41 5.019.313,83 267.580,34 1.709,196,66 7.350.760,73 9.443.760,73 129.645,53 10.685.053,93 151.472,86 294.764,73 1.329.877,10 150.887,66 1.047.377,37 Valor (R$ 1,00) 38.434.587,93
FONTE: Prefeitura. NOTA: Despesas Municipais por função correspondem ao nível máximo de agregação das ações desenvolvidas na esfera municipal, para a consecução dos objetivos do governo.
As despesas municipais por função, contidas na Tabela 3, estão calculadas em R$
38.434.587,93. Podemos observar que as despesas referentes ao urbanismo municipal
corresponde ao valor de R$ 10.685.053,93, totalizando 27,8 % das verbas investidas no
município.
1.4 Infraestrutura e Saneamento
Tabela 5 - Abastecimento de Água, pela Sanepar, segundo as Categorias - 2011
CATEGORIAS UNIDADES ATENDIDAS LIGAÇÕES
Residenciais 6.518 5.956
Comerciais 608 520
Industriais 59 59
Utilidade Pública 51 50
Poder Público 82 82
Total 7.318 6.667
FONTE: SANEPAR NOTA: Unidades (Economias) Atendidas é todo imóvel (casa, apartamento, loja, prédio, etc.) ou subdivisão independente do imóvel, dotado de pelo menos um ponto de água, perfeitamente identificável, como unidade autônoma, para efeito de cadastramento e cobrança de tarifa.
22
Como nos mostra o quadro acima, o município de Jandaia do Sul possui 7.318 (sete
mil, trezentos e dezoito) moradores em domicílios particulares permanentes com
abastecimento de água da rede geral. Isto representa 92% dos moradores em domicílios
particulares permanentes sendo atingidos pelo abastecimento de água da SANEPAR.
Conforme tabela acima, podemos verificar que o abastecimento de água da rede geral
no município está concentrado área urbana.
SANEAMENTO BÁSICO
FONTE: Censo Demográfico do IBGE, 2010 - dados organizados pelo Observatório das Metrópoles-Núcleo Maringá.
Conforme dados demonstrados no gráfico acima, o município de Jandaia do Sul possui
3.179 (três mil, cento e setenta e nove) residências com rede de esgoto, representando apenas
43,11% da população em domicílios particulares permanentes.
Os moradores em domicílios particulares permanentes não atingidos pelo serviço
canalizado de esgotamento sanitário, representam 56,89 % da população.
23
De acordo com os dados demonstrados na tabela acima, o município não possui uma
rede canalizada de esgotamento sanitário constituída que atenda todos os seus moradores.
ENERGIA ELÉTRICA
Consumo e número de consumidores de energia elétrica - 2011
CATEGORIAS CONSUMO (Mwh) CONSUMIDORES
Residencial 11.547 6.392
Setor secundário 5.206 337
Setor comercial 6.743 900
Rural 2.973 663
Outras 4.860 122
Total 31.329 8.414
FONTE: COPEL NOTA: Concessionárias – CPFL-COCEL-FORCEL-CFLO e CELESC
(1) Refere-se ao consumo de energia elétrica da alta produção da indústria. Inclui os
consumidores atendidos por outro fornecedor de energia e os que possuem parceria de carga
atendida pela COPEL. Distribuição e a outra parcela por outro fornecedor. No abastecimento
de energia elétrica, 7.055 (sete mil e cinqüenta e cinco) domicílios possuem cobertura de
energia elétrica, representando 95,67% da população.
As informações precedentes apresentam um breve diagnóstico socioeconômico e de
infraestrutura do município em estudo. Na sequência apresentaremos nosso principal
conceito, a segregação, para demonstrar que a leitura do município se estrutura na concepção
de que o território e a ocupação urbana demonstram um processo de segregação como parte
do desenvolvimento desigual da cidade.
24
Capítulo 2 - Conceituação de segregação socioespecial
O presente capítulo tem por finalidade a discussão conceitual da segregação, para
servir de substrato à análise dos dados territorializados e na identificação dos processos de
desigualdade e de segregação, que caracterizam os processos nacionais e locais do
crescimento urbano. O objetivo consiste na busca de processos de segregação e dos
respectivos efeitos causados pela segregação socioespacial no município de Jandaia do Sul,
PR.
Jandaia do Sul é classificado como um município de pequeno porte1, o qual é assim
designada em face do número de habitantes que comporta, o que é reflexo das condições
urbanas e da restrição aos serviços prestados e equipamentos urbanos e sociais existentes.
Antes de tratar das características socioeconômicas e urbanas, fazem-se necessárias a
compreensão e a clara definição acerca do significado do conceito de segregação, a fim de
que as ideias apresentadas posteriormente possam ser compreendidas em sua exatidão, pois
esse conceito servirá para a compreensão e explicação do processo de desenvolvimento deste
pequeno município da Região Metropolitana de Maringá (RMM).
O significado estrito do termo segregação faz referência ao ato de isolar a interação
com alguém ou com alguma coisa. Tal isolamento pode acontecer entre as raças e/ou no meio
social em que estamos inseridos, sendo este último o âmbito no qual lidaremos neste conceito.
Conforme nos ensina Caldeira (2000), o fenômeno da segregação, tanto social quanto
espacial, é uma característica notável das cidades. As normas responsáveis pela organização
do espaço urbano são essencialmente padrões de diferenciação social e de separação. Tais
normas apresentam variações históricas e culturais, revelando os princípios que estruturam a
vida pública e indicam como os grupos sociais interagem no espaço da cidade” (2000, p.211).
Conforme asseveram Pegorreti e Sanches (2004): “atualmente todos os centros
urbanos possuem um arranjo espacial fracionado, significando a existência de várias partes
que integram o todo, onde cada fração possui aspectos peculiares nos mais diversos sentidos”
(2004).
1 Segundo o IBGE/2010, assim se classificam os municípios segundo o porte populacional: i) Municípios de
Pequeno Porte 1; até 20.000 habitantes; ii) Município de Pequeno Porte 2: de 20.001 até 50.000 habitantes; iii)
Município de Médio Porte: de 50.001 até 100.000 habitantes; iv) Município de Grande Porte: de 100.001 até
900.000 habitantes
25
A segregação socioespacial caracteriza o espaço urbano das cidades atuais em todo o
Brasil: de um lado, pessoas com alto poder aquisitivo e de mobilidade, formando a
denominada pela literatura de “cidade legal” dotada de infraestrutura; do outro, a classe
formada por pobres e miseráveis, com baixíssima condição de mobilidade, habitando as
chamadas “cidades ilegais” desprovidas de equipamentos, serviços e de infra-estruturas; e
ainda, mais distante, os que vivem na área rural, a qual se constitui em um espaço isolado
dentro do contexto da cidade.
A opinião dos referidos autores no que concerne ao assunto aqui tratado, remonta à
ideia de desigualdade social ocasionada ou, ao menos, aprofundada pelo fenômeno da
segregação urbana. Ou seja, a segregação é componente do processo da desigualdade.
Adotamos por pressuposto de que a desigualdade social é um fator de origem histórica
e dominante na realidade social brasileira. A desigualdade que se apresenta no Brasil remete à
nossa história escravista e aos mecanismos da posse da terra, regulamentados pela Lei de
Terras de 1850. O Brasil é um país que apresenta índices de pobreza bastante elevados,
índices estes que se expressam num cenário social desigual. Tal fator encontra fundamento no
fato de que diferentes foram os processos de desenvolvimento e/ou evolução dos membros
constituintes da sociedade. Diante disso é possível compreender que o modelo socioespacial
em que o Brasil está inserido apresenta dispersões, isto é, as condições de habitação, trabalho,
saúde e educação não são as mesmas para todos os cidadãos. Em cidades maiores, tal caráter
dispersivo fica ainda mais nítido.
O aumento no índice de ocupação habitacional nas favelas tem sido considerado como
uma “solução perversa diante das necessidades habitacionais, acumuladas”, conforme afirma
Ribeiro (2007, p.34). Tal fator compreende um fenômeno comumente observado nas regiões
metropolitanas, o qual serve de paralelo para o entendimento dos mesmos fenômenos
referentes à segregação social em municípios menores.
Duas importantes consequências exteriorizam-se frente ao processo de segregação
social. Tais consequências nos permitem a compreensão acerca do esboço do meio social em
que estamos inseridos. A primeira consequência faz referência à ausência e/ou inexistência de
uma política habitacional. Tal ausência possibilitou que parte da população ocupasse solos
não apropriados, levando em conta variados motivos. A segunda importante consequência
reside na instituição de uma linha divisória na organização interna, tanto de metrópoles
quanto de outras cidades brasileiras, onde são cobrados tributos elevados, atuando enquanto
mecanismos de exclusão do meio social. As consequências apresentadas no parágrafo em
26
questão são entendidas como o resultado da combinação da urbanização organizada pelo
laissez faire urbano e da política de tolerância total de todas as formas de apropriação da
cidade.
A estrutura das moradias populares nas cidades brasileiras não apresenta como
principal característica a rusticidade e a improvisação. A premência de localização nas áreas
próximas ou acessíveis a territórios onde se concentram a renda e a riqueza acarretam a
reprodução do habitat extremamente precário como a solução da inserção no espaço e
condução humana, conforme assevera Ribeiro (2007, p.35). As características inerentes ao
meio de habitação precária importam ainda a irregularidade e a ilegalidade. Cabe lembrar que
as características apresentadas não estão em regra presentes em todas as cidades que
constituem o meio social, uma vez que devem ser levados em conta as formas de produção da
moradia popular e o regime urbano dominante em cada município. Um exemplo capaz de
ilustrar esse fato é o que acontece na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde o regime
urbano permitiu a acomodação dos conflitos potenciais decorrentes dos efeitos da
segmentação socioespacial pela configuração de um modelo de proximidade das favelas com
os bairros que concentram as diferentes moradias dos segmentos superiores da estrutura social
(RIBEIRO e LAGO, 2001; RIBEIRO, 2003).
Conforme nos ensina Ribeiro (2007), a segmentação social produz efeitos retrógrados
na renda populacional em face das consequências da discriminação social e simbólica
representada pela habitação de favelas e/ou bairros humildes das cidades. A discriminação
social é visível na cidade de São Paulo, por exemplo, onde a estimativa consiste no fato de
que trabalhadores, habitantes de bairros humildes do referido município, munidos de baixa
escolaridade, têm como fruto de seu exercício profissional uma renda de até 21% de
inferioridade em relação aos trabalhadores que não habitam os bairros humildes ou as favelas.
Merece consideração o fato de que a segregação residencial se expressa ainda na
maneira como se constituem os espaços separados por diversos regimes tocantes à jurisdição
da propriedade imobiliária. A aquisição da propriedade plena é assegurada através de cartório,
importando tal vinculação ao mercado imobiliário. A posse precária consuma-se apenas por
meio das convenções sociais locais, estando ausente a capacidade de comunicação com as
situações do mercado formal. (RIBEIRO, 2007).
É fato que a segregação urbana, conhecida também como segregação social, reproduz
um cenário desigual no ambiente coletivo em face dos fatores apresentados anteriormente.
Diante disso, a reprodução material e social é assegurada por meio de regimes de bem estar
27
que elaboram mecanismos de proteção aos indivíduos contra riscos que ameaçam a sua
condição de integrante do meio social (CASTEL, 2003). A finalidade compreendida por estes
regimes consiste na segurança da gestão coletiva dos riscos da reprodução social resultantes
da mercantilização do trabalho e da legitimidade das relações sociais capitalistas.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a segregação social em nosso país deve
ser compreendida e relacionada diretamente à exclusão social, a qual se faz presente desde as
relações internacionais até a macrossegregação das cidades metropolitanas.
A distribuição das residências acarreta como consequência a diferenciação social,
fazendo existir uma estratificação urbana referente a um sistema social.
No caso das metrópoles, a segregação se origina enquanto reflexo do alto nível de
concentração que se faz presente na distribuição de renda da população.
As cidades evidenciam constantemente a existência de espaços separados para os
diversos grupos sociais.
O município marcado pela segregação social tem destaque ainda pela pobreza da vida
social e pela falência de espaços públicos. É um modelo intimamente ligado à exclusão do
meio social. Até mesmo a eficiência econômica do município fica comprometida com o
fenômeno da segregação social, por exemplo, quando os gastos com transporte público são
anexados ao pagamento dos funcionários.
Ainda que no Brasil a desigualdade social não seja um fator inédito, a privatização da
esfera pública tem alcançado patamares nunca antes imaginados. Isso acontece pelo fato de
que o estágio atual do processo de construção e evolução do espaço urbano, especialmente das
áreas que apresentam experiências bem sucedidas, planejamento e desenvolvimento
econômico, gera a segregação socioespacial, o desemprego e a degradação ambiental.
(RODRIGUES, 2010)
A partir da realização de trabalhos de pesquisa sobre o padrão da segregação, ocorrida
nas cidades brasileiras, Ribeiro (2004) chegou à conclusão de que a ordem urbana brasileira
exprime com clareza na sua territorialidade e sociabilidade a hibridez da nossa ordem social.
Dessa maneira, a segregação socioespacial é responsável por proporcionar o isolamento entre
as populações de alto e baixo poder aquisitivo, não apenas no ato de morar, mas em todas as
esferas de convivência coletiva do meio social. Rodrigues (2010) assinala que a camada mais
rica da população procura se manter entre seus iguais ao frequentar os mesmos espaços
públicos, por exemplo, restaurantes, clubes, escolas e etc. Em igual linha de raciocínio,
28
parques públicos são cercados, ruas são fechadas e controladas por seguranças particulares e
bairros são fechados com o auxílio da administração municipal.
De acordo com o ordenamento jurídico vigente em nosso país, especificamente de
acordo com a Constituição Federal de 1988, é possível notar que a estrutura social
proveniente do fenômeno da segregação, nega o reconhecimento do direito da cidadania e
impede a verdadeira apropriação democrática do espaço urbano. A negação ao
reconhecimento do direito de cidadão ocorre na maioria das vezes por atos omissivos dos
indivíduos diante das situações apresentadas no meio social. Diante disso, e em face de todas
as consequências advindas do fenômeno de segregação socioespacial existe a necessidade de
políticas de regulamentação que proporcionem a interação e/ou relação entre os grupos sociais
a fim de que os membros da sociedade possam exercer plenamente os seus direitos perante o
meio em que estão inseridos.
29
Capítulo 3 - Segregação Socioespecial no município de Jandaia do Sul
3.1 O contexto paranaense
A fim de compreender o fenômeno da segregação urbana no município de Jandaia do
Sul, importante se faz tomar nota acerca do contexto histórico que envolveu a região onde o
mesmo se situa atualmente. O Paraná pertenceu à Província de São Paulo até o ano de 1853,
ano em que ocorreu a emancipação do estado a nível político, sendo este evento considerado
essencial para a elevação do nível social, econômico e até mesmo cultural do povo
paranaense. Um grande contingente de imigrantes, dentre os quais se destacam os poloneses,
os italianos, os alemães e os ucranianos, chegaram ao Paraná, com o objetivo de buscar
trabalho e terras férteis para a prática da agricultura. A chegada dos referidos imigrantes
contribuiu notavelmente para a construção do estado e formação de colônias por regiões.
Levando em conta o que foi exposto nas linhas anteriores, é possível compreender
parte do processo de segregação social ocorrido nos primórdios do processo de colonização
do estado do Paraná. Desconsiderando a diferença da distribuição da renda, a atenção deve
estar voltada aos interesses específicos destes colonizadores, os quais habitaram diversas
regiões constituintes do referido espaço, adotando para isto diversos propósitos. Migrantes de
outros estados brasileiros também ocuparam as terras paranaenses, as quais eram procuradas
em face do baixo custo e alto nível de fertilidade.
A região norte do estado do Paraná importa terra roxa e muito fértil. Era até poucas
décadas uma região compreendida por uma extensa e vasta floresta inexplorada. Foi a partir
dos anos 40 que a região norte do estado passou por profundas transformações, em detrimento
do surgimento do café. Há quem diga que o impacto econômico causado pela cultura cafeeira
pode ser comparado aos impactos do ouro nas regiões das Minas Gerais no século XVIII. A
cultura cafeeira exerceu relevante influência sobre o norte do estado do Paraná. Nesta região,
o café transformou os vazios geográficos em regiões urbanizadas e prósperas. Foi através da
cultura cafeeira que surgiram outros municípios, atraindo ondas migratórias tanto de paulistas,
quanto de mineiros, como de imigrantes europeus e asiáticos. Há que considerar que o
interesse de outras pessoas no referido espaço proporcionou uma especificidade cultural
única.
30
A cultura cafeeira gerou até a década de 70 muita riqueza, sendo considerado produto
importante para a economia nacional. As oportunidades proporcionadas pela cultura cafeeira
tocaram aos diversos processos, seja no plantio, na colheita, na comercialização ou até mesmo
no transporte. O "ciclo do café" contribuiu de maneira significativa para a formação do norte
do estado do Paraná.
Recentemente, o estado do Paraná apresenta a 5ª melhor economia do país.
Investimentos na modernização agrícola e industrial contribuíram de forma relevante para
isso. O estado ganha destaque na indústria sendo considerado como um dos mais importantes
polos automotivos do Brasil, o que atrai um grande número de habitantes com interesse de
melhores oportunidades de exercício profissional. Em consequência disso a cidade de Curitiba
e região metropolitana importam elevado nível demográfico. O estado do Paraná ,conta ainda
com um grande potencial energético, abrigando a maior usina hidrelétrica do mundo, a Itaipu,
motivo este que chama a atenção de diversos profissionais para atuação no espaço,
acarretando o fenômeno da segregação social no interior do estado em questão.
3.2 Perspectivas gerais
Com o objetivo de aprofundar a análise do tema proposto à elaboração da presente
dissertação, tomou-se como estudo de caso o município de Jandaia do Sul, para verificar os
efeitos causados pela desigualdade e segregação no município. Sendo um município que teve
origem no ano de 1942, criado pela Companhia de Terras Norte do Paraná, uma das últimas
realizações desta organização imobiliária, nota-se que as atividades de desenvolvimento e/ou
implantação civilizadora e econômica são definitivamente ligadas à história da cidade.
Denominada "Norte Novo", a gleba onde a companhia colonizadora originou o
patrimônio de Jandaia recebeu a contribuição fecunda e dinâmica da cultura cafeeira, a qual
projetou a região e o estado do Paraná enquanto unidade federativa de primeira grandeza, em
um lapso temporal relativamente curto, compreendido entre os anos de 40 e 70,
genericamente conhecidos na historiografia brasileira pela designação de "Ciclo do Café".
Não é novidade alguma que a maior parte da população brasileira e/ou mundial habita
áreas urbanas. O fato urbano ocorreu de maneira extremamente rápida e intensa. Na sociedade
brasileira, o processo da urbanização evoluiu consideravelmente na última metade do século
31
passado, principalmente com o advento do aumento do número de municípios.
Concomitantemente à revolução urbana, ocorreu a revolução demográfica. Ainda que os
grandes centros urbanos, como a cidade de São Paulo, por exemplo, atuem enquanto cenário
da segregação social, a atenção deve estar voltada às cidades de pequeno porte, como o
município de Jandaia do Sul, no norte do estado do Paraná. A maioria dos estudos e/ou
pesquisas, tenta compreender o fenômeno da segregação social em cidades de grande e médio
porte, não atribuindo importância aos municípios menores. No entanto devido ao contexto
social em que estamos inseridos, é possível notar que todas as sociedades que compõem o
território brasileiro possuem problemáticas semelhantes ainda que com diferenças de
intensidade e grau. O fenômeno da segregação urbana vem ocorrendo independentemente do
porte do município.
Atualmente, o município de Jandaia do Sul encontra-se situado em uma região
privilegiada, por onde se estende a BR 369. Jandaia do Sul localiza-se no centro da coluna
vertebral da economia do estado e talvez do Brasil. Liga-se por intermédio de via
pavimentada e ferroviária aos maiores centros comerciais, industriais e culturais do país,
como por exemplo, a cidade de Maringá.
Inicialmente, o atual município de Jandaia do Sul era até então considerado como
distrito da cidade de Apucarana. Foi a partir da Lei Estadual n° 790 que Jandaia do Sul foi
elevada à categoria de cidade. O referido município é sede de comarca e possui, além do
distrito sede, o distrito administrativo de São José, criado oficialmente em 1965.
A escolha do município de Jandaia do Sul se deu em virtude de sua identificação
enquanto cidade de média integração metropolitana, e que reúne um conjunto de municípios
com características homogêneas.
No que tange ao fenômeno da segregação social no município de Jandaia do Sul,
alguns requisitos devem ser levados em conta com a finalidade de justificar o acontecimento
de tais efeitos. A disputa pelo uso do espaço, a especulação imobiliária, os interesses dos
membros sociais e muitos outros conflitos são os principais responsáveis por um cenário
territorial desigual e excludente, cenário este totalmente visível a níveis regionais e/ou
nacionais.
O ordenamento territorial de nossas cidades, e em especial o da cidade de Jandaia do
Sul, aponta para uma formação socioespacial segregada e segregadora, caracterizada
principalmente pelos novos meios de habitação urbana que têm se apresentado. Os
32
loteamentos fechados e os condomínios residenciais reestruturam o espaço dos centros
urbanos, redefinindo o espaço e apontando para o centro e a periferia. Um exemplo simples,
porém capaz de ilustrar o que foi dito no presente parágrafo, é a criação do residencial Água
Cristalina, localizado na BR 369 no munícipio de Jandaia. A criação e posteriormente a
habitação do referido residencial aponta para os efeitos causados pelo fenômeno da
segregação urbana, onde apenas as pessoas de melhor poder aquisitivo habitarão o espaço em
questão. Um residencial desse porte é dotado de infraestrutura impecável e serviços prestados
com qualidade, contrastando com a realidade vivida por pessoas que habitam os bairros
humildes da cidade.
Assim, resta à população de baixas rendas ocupar as áreas periféricas da cidade, uma
vez que esperam por subsídios públicos para a aquisição da casa própria, estando cada vez
mais distantes dos espaços que importam melhor nível de qualidade oferecido pela sociedade
globalizada.
Nas cidades de média integração metropolitana, como é o caso do município de
Jandaia do Sul, encontra-se uma ocupação caracterizada pelo modelo núcleo- periferia. No
centro do referido município estão localizadas as elites e as camadas médias e altas da
população, enquanto que na periferia, ou seja, nos bairros mais humildes, a ocupação
residencial dá-se pelas baixas camadas. Ainda no centro do espaço urbano em questão,
encontram-se os ambientes frequentados pelas classes sociais de melhor poder aquisitivo,
como barzinhos, restaurantes e pizzarias. Diante disso é possível notar que a condição social
é vista como o meio de inserção ao meio social (Confira mapa).
3.3 Análise socioespacial do município de Jandaia do Sul
Na análise socioespacial de Jandaia do Sul, observamos alguns aspectos já vastamente
observados nas grandes cidades e, ainda que uma cidade de pequeno porte apresente apenas
sutis demonstrações de segregações socioespaciais, elas podem apontadas e analisadas. De
imediato, a primeira coisa que salta aos olhos e a formação polarizadora do centro em relação
à bordas das periferias, mas esta polarização ocorre apenas em estado nascente, ou seja, os
lugares centrais são organizados numa área pequena e aquilo que chamamos de “bordas das
periferias” não está além de dez minutos da área central. Efetivamente, partindo da hipótese
de que partes dessa periferia de hoje podem vir a ser alçadas no futuro à qualidade de “áreas
33
centrais”, desde que a cidade cresça empurrando a periferia para mais distante, considera-se,
aqui, tão somente as indicações de uma segregação possível na dinâmica socioespacial.
O município de Jandaia do Sul foi subdividido pelo IBGE em 34 setores censitários
(Mapa 1) e isto nos permite determinar, com certo grau de certeza, as regiões mais, ou menos,
concentradoras de população, renda, etc.. Neste trabalho, a prioridade será depositada sobre os
dados dos setores da área mais urbanizada do município, uma vez que pretendemos verificar
em que medida os arranjos socioespaciais tendem a segregar grupos periféricos.
Mapa 1 – Setores censitários do município de Jandaia do Sul
Cód.Mapa Cód.SetorMunic
Cód.Mapa Cód.SetorMunic 11 411210805000001 4 411210805000018 12 411210805000002 5 411210805000019 13 411210805000003 6 411210805000020 14 411210805000004 7 411210805000021 15 411210805000005 8 411210805000022 16 411210805000006 9 411210805000023 17 411210805000007 10 411210805000024 18 411210805000008 24 411210805000025 19 411210805000009 25 411210805000026 20 411210805000010 26 411210805000027 21 411210805000011 27 411210805000028 22 411210805000012 28 411210805000029 23 411210805000013 29 411210805000030 0 411210805000014 30 411210805000031 1 411210805000015 31 411210810000001 2 411210805000016 32 411210810000002 3 411210805000017 33 411210810000003
Fonte: IBGE, 2010. Veja no Anexo a lista com a descrição dos perímetros dos Setores censitários. Convenciona-se que: em cinza estão os setores censitários mais estudados neste trabalho, todos da área urbana do município de Jandaia do Sul; em branco estão os setores das áreas rurais, os três setores do distrito de São José, além de dois casos especiais da área urbana, os setores 3 e 20, não analisados aqui.
34
Na sequência estão apresentados os setores que podem ser identificados pelos nomes
das ruas que os compõem e, em se tratando de uma cidade de pequeno porte, isso é importante
principalmente para os leitores moradores do município que conhecem por nomes as ruas. Na
tabela a seguir além dessa descrição do setor censitário, também se apresenta o número e a
condição (próprio quitado ou em aquisição) dos domicílios de cada setor.
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NÚMERO DE DOMICÍLIOS POR SETOR CENSITÁRIO
Setor Censitário Ponto de Referência
Domicílios particulares permanentes
Domicílios particulares permanentes do tipo casa
Domicílios particulares permanentes próprios e quitados
Domicílios particulares permanentes próprios em aquisição
Setor 01 Praça do Café - Rua José Maria de Paula 278 160 157 5
Setor 02 Rua Thimótio Pagliarini – Avenida Tancredo de Almeida Neves 320 315 173 7
Setor 03
Rua Senador Souza Naves – Rua Professor Roberto Rezende Chaves 328 231 204 6
Setor 04 Rua das Orquídeas – Rua Doutor Clementino Schiavon Puppi 366 345 233 9
Setor 05 Rua Antonio Jorge de Azambuja e Souza – Rua José Maria de Paula 167 124 112 0
Setor 06
Divisa do lote 125 do senhor Zito com a quadra 100 no final da Rua José Francisco Borges 318 297 176 6
Setor 07 Rua Senador Souza Naves – Ferrovia 284 269 154 7
Setor 08 Rua Senador Souza Naves – Rua Doutor Clementino Schiavon Puppi 349 323 190 9
Setor 09 Fundos da quadra 4 – Rua Francisco Ambrósio 307 306 188 8
36
Setor 10 Rua Rafael Morales Sanches 420 398 387 33
Setor 11 Fundos da quadra 1 (inclusive) com a rua Rafael Morales Sanches 186 184 114 1
Setor 12
Divisa do terreno do orfanato com o lote 296-B na avenida Tancredo de Almeida Neves 370 363 198 4
Setor 13 Rua Pedro Miksza – Rua Benedito José da Silva 206 203 132 4
Setor 14 Rua Senador Souza Naves com a BR 376 206 206 120 3
Setor 15 Bueiro do Córrego Jandaia na rodovia da BR 376 381 381 140 153
Setor 16 Rua Projetada D – Rua Manoel Parra Morrilhas 195 195 154 3
Setor 17
Junção da Estrada Joaquim Português – Rua sem Denominação 16 16 7 0
Setor 18
Rua Anunciato Sonni – Rua Comendador Ezio Missiato 177 160 91 14
Setor 19 Rua Antônio Roque Lovo – Lote 1 da quadra 01 37 37 27 0
Setor 20 Foz do Córrego das Orquídeas no Ribeirão dos Dourados 56 56 17 3
Setor 21
Estrada Velha para Marumbi com a divisa dos lotes 56 (inclusive) e 55 (exclusive) 92 92 35 0
Setor 22 Divisa dos lotes 90 e 91 com a Estrada Velha para Marumbi 122 122 68 1
Setor 23 Estrada Humaitá com a Estrada Rochedo 79 79 31 1
Setor 24 Córrego Guaporé com as divisa dos lotes 356 e 355-A 48 48 27 0
Setor 25 Divisa dos Lotes 113-A e 113-B na 81 81 23 10
37
Estrada Rochedo Setor 26 R. J. Israel–R. José Maria de Paula 203 198 114 26
Setor 27 Rua Geraldo Oliveira Almeida – Rua Agostinho Chaves 196 193 135 9
Setor 28 Rua Pedro Miksza com a divisa do Jardim Vista Alegre 190 190 122 6
Setor 29 Rua Dourados com a BR-376 185 185 116 1
Setor 30 Divisa do lote 97-B no Ribeirão Cambará 273 273 209 5
Setor 31 Rua Comendador Ezio Missiato – Avenida Anunciato Sonni 368 368 221 41
Setor 32 Rua Benedito José da Silva – Rua José Munhoz 71 71 42 4
Setor 33 BR 369 km 9 trecho Jandaia do Sul-Bom Sucesso 64 64 5 51
Setor 34
Córrego Canutama Ribeirão Cambará divisa do lote 68-D (inclusive) com o lote 68-C (exclusive) divisa do lote 81-L (inclusive) e com o lote 81-K 57 57 21 13
TOTAL 6.576 6.192 3.756 410 Fonte: IBGE, Censo Demográfico, Resultado do Universo, 2010.
38
A maior parte dos domicílios particulares permanentes de Jandaia do Sul está
classificada no tipo casa, que totalizam 6.192 domicílios. A maioria está localizada em região
periférica - Bueiro do Córrego Jandaia na rodovia da BR 376 - com 381 casas. Em seguida se
destaca o setor Divisa do terreno do orfanato com o lote 296-B na Avenida Tancredo de
Almeida Neves com 363 casas.
Do total de domicílios particulares permanentes, 3.756 (três mil, setecentos e
cinqüenta e seis) são próprios e estão quitados por seus moradores, e 410 (quatrocentos e dez)
dos domicílios particulares permanentes estão na condição de próprios em processo de
quitação, onde a maior parte se concentra no setor 15 que corresponde ao Bueiro do Córrego
Jandaia na rodovia da BR 376.
Conforme Censo 2010, o município de Jandaia do Sul possui um total de 7.374 (sete
mil, trezentos e setenta e quatro) domicílios. Destes, 88% estão concentrados na Zona Urbana
e 11% na Zona Rural. Do número total de domicílios presentes no município, 94% são de uso
particular, sendo apenas 06 (seis) domicílio ocupado para uso coletivo. 89% dos domicílios
estão ocupados, e 11% domicílios não estão ocupados.
Os índices detalhados estão dispostos no gráfico a seguir:
FONTE: Censo Demográfico do IBGE, 2010 - dados organizados pelo Observatório das Metrópoles-Núcleo
Maringá
39
Como já apresentado, Jandaia do Sul possui 2.327 (dois mil, trezentos e vinte e sete)
domicílios particulares permanentes, compostos por 7.234 (sete mil, duzentas e trinta e
quatro) pessoas residentes. Destes domicílios particulares permanentes, 76% possuem 02, 03
e 04 moradores por domicílio, concentrados principalmente na zona urbana do município,
como podemos observar no gráfico abaixo:
FONTE: Censo Demográfico do IBGE, 2010 - dados organizados pelo Observatório das Metrópoles-Núcleo Maringá.
3.4 Alfabetização
Segundo dados sobre alfabetização, 4.020 (quatro mil e vinte) moradores na faixa
etária ente 5 e 18 anos estão alfabetizadas, o que representa 18,83% da população. Na faixa
etária de 20 à 35 anos 4.791 (quatro mil, setecentos e noventa e um) moradores ocupam a
estatística de alfabetizados, representando 23,63% da população.
Os setores 01 (Praça do Café – Rua José Maria de Paula), 02 (Rua Thimóteo Pagliarini
– Avenida Tancredo de Almeida Neves) e o setor 03 (Rua Senador Souza Naves – Rua
Professor Roberto Rezende Chaves), apresentam os maiores índices de alfabetização, sendo
que 180 pessoas na faixa de 60 anos são alfabetizadas, representando 0,88% da população.
40
A seguir analisaremos os dados dos mapas criados pelo IBGE a partir dos dados de
2010; pelos mapas podemos dar início à localização dos pontos extremos da polarização
incipiente que, de modo muito sutil, aproxima algumas regiões periféricas da cidade dos
dados mais “populares”; e atrai as regiões centrais para o lado dos dados mais “superiores”,
usando estes jargões da hierarquia neoliberal. Se voltarmos a atenção apenas para os dados
dos setores censitários destacados, na lista do quadro acima, localizados na área mais
urbanizada de Jandaia do Sul, veremos que a polarização vai se apresentando, principalmente,
em dois grupos: a) na área central, surgem com frequência, nas séries de dados, os setores 11,
12 e 13, às vezes os setores 14, 19 e 22; b) nas áreas periféricas, aparecem com frequência os
setores 1 e 28, a leste, 0, 27 e 23 a norte, além dos setores 29, 2 a sudoeste e, em menor grau,
18 a sudeste. É verdade que variações ocorrem e, para todos os efeitos, é sempre bom lembrar
que uma cidade é um ser em constante transformação no tempo, no espaço e, sobretudo, na
socioespacialidade; sendo assim, o que vale, nesta análise de hoje, para uma determinada
região da cidade, poderá não valer, para esta mesma região, numa análise futura.
Mapa 2 - Rendimento médio mensal dos responsáveis em Jandaia do Sul
Fonte: IBGE, 2010.
41
No mapa do rendimento médio mensal dos responsáveis pelos domicílios vemos,
numa escala que vai do mais escuro (os maiores rendimentos médios) ao mais claro (os
menores rendimentos médios), nas regiões periféricas das quais falamos os valores mais
baixos, principalmente os setores 1, 27, 29 e 18; e nas principais áreas centrais, 11 e 13, os
mais elevados valores de renda média dos responsáveis pelos domicílios. Para tornar mais
clara a polarização, convém comparar estes números com outros dados, com intuito de
verificar até que ponto a renda média apresentada transforma-se ou não relativamente a outros
fatores. Se falamos em rendimento médio dos responsáveis, é também possível colocar tais
dados em relação à quantidade média de pessoas que dividem esse valor; assim, na
comparação com os dados da média de moradores por domicílio, verificamos algumas
reincidências.
Rendimento Mensal por Domicílio
FONTE: Censo Demográfico do IBGE, 2010 - dados organizados pelo Observatório das Metrópoles-Núcleo Maringá.
O número de domicílios particulares com rendimento nominal mensal per capita de até
1/8 salário mínimo em Jandaia do Sul é de 18 (dezoito). A região da Avenida Paraná/Ferrovia
e a região da Rua Pirapó/Córrego Jandaia concentram a maior quantidade de moradores em
com essa faixa de renda, com 6 (seis) domicílios, somando 33,3 % .
42
Domicílios particulares com rendimento mensal de 1 a 3 salários mínimos somam 153
(cento e cinqüenta e três), sendo que sua maior concentração está na região da Rua
Pirapó/Córrego Jandaia, totalizando 15,6% dos domicílios.
Os domicílios com rendimento entre 5 e 10 salários mínimos mensais totalizam 164
(cento e sessenta e quatro), sendo a área central do município, como as regiões das ruas José
Maria de Paula e Rua Padre João Barbieri representando sua maior concentração, somando
46,9% dos domicílios do município.
Os domicílios do município com rendimento acima de 10 salários mínimos totalizam
28 (vinte e oito). Sendo que 46,4% deste total está localizado no centro, como por exemplo as
áreas das ruas Professor Roberto Rezende Chaves, Luiz Vignoli, José Maria de Paula e
Presidente Kennedy.
Os domicílios sem rendimento mensal representam 0,82% do total dos domicílios do
município, com sua maior concentração na região central, que representa o setor 01.
Mapa 3 - Média de moradores por domicílio em Jandaia do Sul em 2010
Fonte: IBGE, 2010.
43
A reincidência da polarização dos setores censitários 1 e 29, nas periferias, e do setor
11 na área central, neste caso da média de moradores por domicílio, é apenas mais uma entre
tantas, mas esta é exemplar por ajudar na indicação de tendências: a) os baixos índices, na
média de moradores na principal área central, podem estar apontando para a ocorrência de
novos e menores arranjos familiares, talvez influenciados pelos níveis de renda e de
escolaridade mais elevados; b) enquanto a média elevada das duas áreas periféricas pode estar
indicando para o oposto, ao arranjo tradicional de famílias grandes com níveis de renda e de
escolaridade mais baixos. É verdade que não se pode concluir nada disso apenas com estes
poucos dados, mas o que importa-nos aqui é a possibilidade de determinar um grupo de dados
em oposição sistemática, e isso pode ser demonstrado na sequência de informações por setor
censitário dos residentes por idade.
44
Mapa 4 – Sequência de dados por setor censitário das pessoas residentes por idade: a) 6,
9 ,12, 15, 18 , 21 anos de idade; b) de 65 a 69, de 70 a 74, e de 80 a 84 anos de idade.
Fonte: IBGE, 2010.
Não se pode deixar de notar a maior incidência da população jovem nas regiões
periféricas e, principalmente, no setor 1, presente em primeiro lugar em todos os mapas que
representam os residentes entre 6 e 21 anos de idade; mas também o setor 29. Por outro lado,
45
é fácil observar a inversão de incidência nos mapas que representam os residentes idosos,
entre 65 e 84 anos de idade, pois neste grupo é a região central predomina, deixando as
regiões periféricas em segundo plano. A somatória das indicações até aqui podemos ver que
as áreas periféricas (foquemos nos setores 1 e 29), mesmo insipientes, acumulam: a pior
média de rendimento dos responsáveis; as maiores médias de moradores por domicílio; e a
população residente mais jovem. Enquanto isso, os setores da área central (foquemos no setor
11, mas os demais também, em menor grau) apresentam os números diametralmente opostos.
No entanto, se há necessidade de uma última comparação visual por mapas para corroborar
com esta hipótese inicial de uma polarização nascente entre estes setores centrais e
periféricos, tomemos o mapa da taxa de alfabetização.
Mapa 5 – Taxa de alfabetização em Jandaia do Sul
Fonte: IBGE, 2010.
Descontando-se a grande área rural ao sul, em área urbanizada as melhores taxas de
alfabetização estão nos setores censitários centrais (11, 12, 13, 15 e 16), além do setor 26 mais
ao sul; enquanto as áreas de piores taxas de alfabetização estão no setor 28, vizinho do 1, e no
setor 23, ao norte; em seguida aparecem os setores 1, 27 e 29 entre os piores índices, além do
setor 22, o qual parece oscilar entre bons e maus índices. Nem assim poderíamos afirmar
ainda, categoricamente, se ocorrem, de fato, aquelas tendências, faladas acima, para os
46
menores arranjos familiares no centro de Jandaia do Sul, por influência dos níveis de renda e
de escolaridade mais elevados; e das áreas periféricas com arranjos de grandes famílias com
níveis de renda e de escolaridade mais baixos. Para ter uma informação mais segura sobre este
assunto seria preciso ter em mãos dados dos tamanhos das famílias em cada setor censitário,
dados mais seguros do que uma simples média de moradores por domicílio. É proveitoso, no
entanto, ainda fazer uma última comparação entre o Mapa 3, da média de moradores por
domicílio; e o Mapa 5, acima, da taxa de alfabetização, apenas para reforçar nossos dois polos
iniciais: o setor 11 chama a atenção por fazer o maior contraste, com menos morador por
domicílio e maior taxa de alfabetização; e os setores 1 e 29 chamam a atenção por
acumularem umas das piores taxas de alfabetização com as maiores médias de morador por
domicílio.
Efetivamente, existem algumas sutilezas que os mapas não mostram, por isso é preciso
analisar mais profundamente os dados numéricos de Jandaia do Sul a partir de tabelas. Para o
efeito de trazer à luz alguns indícios de segregação socioespacial, vamos analisar, agora: 1) o
número de morador por domicílio particular permanente; 2) a média de morador por
domicílio; e, 3) os dados sobre o rendimento mensal desses domicílios particulares
permanentes. Ainda que esta análise seja limitada a estes poucos dados, ela será suficiente
para nos esclarecer de que maneira e em que grau a segregação neste pequeno município
apresenta características semelhantes às das grandes cidades. Aqui, cabe uma observação
sobre como ler as tabelas seguintes; para cada coluna o leitor encontrará uma classificação,
destacada da seguinte forma: a) os três primeiros colocados serão destacados com células em
cinza (1º: cinza escuro; 2º: cinza intermediário; 3º: cinza claro) e com número em negrito; b)
quando os três primeiros colocados forem da área rural, eles aparecerão em células com as
mesmas convenções de (a), porém não serão destacadas com negrito, e ainda serão
apresentados os três primeiros colocados da área urbana, com as convenções de (a); c) os
últimos colocados, tanto das áreas rurais quanto da área urbana, serão colocados apenas em
negrito. Esta metodologia nos permitirá visualizar a dinâmica das relações entre os maiores e
os menores números de cada coluna (seja o valor de moeda corrente, de percentagem, de
número absoluto ou de número relativo).
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Tabela 4 - Número e percentagem de morador por domicílio parti cular permanente em Jandaia do Sul por Setor censitário - 2010
Cód. Mapa
1 morador % 2
morad %
3 morad
% mais de 4
% Total %
11 51 22,08 85 36,80 75 32,47 20 8,66 231 100,00 12 36 14,52 77 31,05 88 35,48 47 18,95 248 100,00 13 43 17,92 85 35,42 84 35,00 28 11,67 240 100,00 14 40 14,71 96 35,29 92 33,82 44 16,18 272 100,00 15 24 18,32 41 31,30 46 35,11 20 15,27 131 100,00 16 43 17,84 67 27,80 91 37,76 40 16,60 241 100,00 17 47 20,00 73 31,06 85 36,17 30 12,77 235 100,00 18 45 15,90 121 42,76 72 25,44 45 15,90 283 100,00 19 37 15,61 94 39,66 75 31,65 31 13,08 237 100,00 20 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 21 16 12,21 43 32,82 49 37,40 23 17,56 131 100,00 22 57 19,00 101 33,67 102 34,00 40 13,33 300 100,00 23 29 17,68 55 33,54 57 34,76 23 14,02 164 100,00
0 24 13,79 55 31,61 69 39,66 26 14,94 174 100,00 1 24 8,86 80 29,52 101 37,27 66 24,35 271 100,00 2 15 9,87 44 28,95 55 36,18 38 25,00 152 100,00 3 1 9,09 3 27,27 3 27,27 4 36,36 11 100,00 4 19 14,39 40 30,30 47 35,61 26 19,70 132 100,00 5 1 3,45 12 41,38 10 34,48 6 20,69 29 100,00 6 2 5,26 17 44,74 10 26,32 9 23,68 38 100,00 7 13 17,11 19 25,00 29 38,16 15 19,74 76 100,00 8 2 2,38 31 36,90 28 33,33 23 27,38 84 100,00 9 12 21,05 16 28,07 24 42,11 5 8,77 57 100,00 10 2 5,13 16 41,03 17 43,59 4 10,26 39 100,00 24 6 9,52 21 33,33 23 36,51 13 20,63 63 100,00 25 15 9,68 51 32,90 65 41,94 24 15,48 155 100,00 26 18 13,24 37 27,21 61 44,85 20 14,71 136 100,00 27 31 20,00 61 39,35 41 26,45 22 14,19 155 100,00 28 27 18,88 50 34,97 50 34,97 16 11,19 143 100,00 29 27 13,37 53 26,24 65 32,18 57 28,22 202 100,00 30 29 10,82 95 35,45 101 37,69 43 16,04 268 100,00 31 11 18,64 25 42,37 19 32,20 4 6,78 59 100,00 32 1 2,04 17 34,69 21 42,86 10 20,41 49 100,00 33 4 10,53 9 23,68 14 36,84 11 28,95 38 100,00 Total 752 14,91 1690 33,51 1769 35,07 833 16,51 5044 100,00
Fonte: IBGE. Dados discriminados e grifados pelo Observatório das Metrópoles
Conforme afirmamos acima, o setor censitário 11 diferencia-se dos demais por
contrastar com eles em termos de arranjo familiar, mas não podíamos dizer de que maneira
isso ocorre; mas a tabela acima nos dá indicações desse fenômeno. Observemos, agora, que o
setor 11 não apenas possui a maior percentagem de domicílios com apenas 1 morador
(22,08%), como também possui a menor percentagem de domicílios com mais de 4 pessoas
(8,66%). Por outro lado, o setor 1, tem o maior número absoluto de domicílios com mais de 4
pessoas (66) resultando na terceira maior percentagem neste item em área urbana (24,35%),
além de possuir a menor percentagem de domicílios com apenas 1 pessoa (8,86%); enquanto
o setor 29 tem a maior percentagem de domicílios com mais de 4 pessoas (28,22%), sendo o
48
segundo maior em números absolutos (57 domicílios com mais de 4 pessoas). Mas os dados
acima são referentes aos domicílios ocupados (5.044 no total); vamos então compará-los com
os dados da população absoluta em relação ao total geral de domicílios, ocupados ou não, para
cada setor censitário (confira também o Mapa 3).
Tabela 5 - Pessoas residentes, domicílios particulares e média de moradores por
Setor censitário – Jandaia do Sul - 2010
Cód.Mapa Cód.SetorMunic Pessoas Residentes
Domicílios particulares
e domicílios coletivos
Média de m
oradores por
domicílio
% Pessoas
residentes
% Domicílios particulares
1 411210805000015 1295 381 3,40 6,39 5,70
30 411210805000031 1160 368 3,15 5,72 5,51
14 411210805000004 1136 366 3,10 5,60 5,48
22 411210805000012 1060 371 2,86 5,23 5,55
18 411210805000008 1019 353 2,89 5,03 5,28
12 411210805000002 992 320 3,10 4,89 4,79
16 411210805000006 976 318 3,07 4,82 4,76
13 411210805000003 973 328 2,97 4,80 4,91
29 411210805000030 931 273 3,41 4,59 4,08
19 411210805000009 908 313 2,90 4,48 4,68
17 411210805000007 826 307 2,69 4,08 4,59
11 411210805000001 741 278 2,67 3,66 4,16
2 411210805000016 658 195 3,37 3,25 2,92
25 411210805000026 640 206 3,11 3,16 3,08
26 411210805000027 621 196 3,17 3,06 2,93
0 411210805000014 613 206 2,98 3,02 3,08
23 411210805000013 604 206 2,93 2,98 3,08
21 411210805000011 591 186 3,18 2,92 2,78
28 411210805000029 563 195 2,89 2,78 2,92
4 411210805000018 559 177 3,16 2,76 2,65
27 411210805000028 538 190 2,83 2,65 2,84
15 411210805000005 503 167 3,01 2,48 2,50
8 411210805000022 429 122 3,52 2,12 1,83
7 411210805000021 283 95 2,98 1,40 1,42
24 411210805000025 262 81 3,23 1,29 1,21
9 411210805000023 233 79 2,95 1,15 1,18
32 411210810000002 209 64 3,27 1,03 0,96
33 411210810000003 195 57 3,42 0,96 0,85
31 411210810000001 188 71 2,65 0,93 1,06
6 411210805000020 186 56 3,32 0,92 0,84
10 411210805000024 141 48 2,94 0,70 0,72
5 411210805000019 118 37 3,19 0,58 0,55
3 411210805000017 61 16 3,81 0,30 0,24
20 411210805000010 57 57 1,00 0,28 0,85
Total 20269 6683 3,03 100,00 100,00
Fonte: IBGE. Dados discriminados e grifados pelo Observatório das Metrópoles
Estes dados são novos apenas no sentido de que apresentam a população total para
cada setor censitário, mas não mostram nenhuma mudança significativa na relação
49
proporcional com o total de domicílios de cada setor; exceto pelo fato de colocar o setor 29
com a maior média de moradores por domicílio (3,41); um p.p. acima do setor 1 (com 3,4);
enquanto o setor censitário 2 ficou com 3,37 de média. Estes dados, porém, ajudam-nos a
visualizar a média de moradores em função da população absoluta. Por exemplo, o setor 1
apresentava, em 2010, uma população de 1.295 pessoas, correspondendo a 6,39% da
população total, enquanto, ainda no setor 1, existiam 381 domicílios, ocupados ou não,
correspondendo a 5,7% do total de domicílios no município; ou seja, havia uma proporção
maior de população do que de domicílios. Ao fazermos essa comparação no setor 11 a
situação se inverte: eram 741 pessoas (3,66% da população total) distribuídas em 278
domicílios (4,16% do total de domicílios). Desta comparação resulta que, se o setor 11 tivesse
a mesma média de moradores por domicílio que há no setor 1, não haveria mais do que 218
domicílios no setor 11 (60 a menos que na realidade); enquanto que, se o setor 1 tivesse a
mesma média do setor 11, deveriam existir no setor 1, no mínimo, 486 domicílios, ou seja,
quase 105 domicílios a mais do que existem na realidade. Esta comparação serve para ilustrar
o quanto a concentração de população no setor 1 é superior à do setor 11, mais até do que
aparenta.
Parece haver, aqui, dados suficientes para a compreensão da socioespacialidade em
Jandaia do Sul, mas a centralidade do poder concentra também outros valores sociais,
econômicos e políticos, todos os quais demoram mais para chegar às periferias, mesmo que
estas ainda nem sequer existam no sentido mais amplo dessa palavra neste pequeno
município. No entanto, preferimos assumir, das relações possíveis entre estes poucos dados,
uma compreensão abrangente, mas não um entendimento aprofundado, pois o que está
compreendido nesses números pode perfeitamente nortear estudos futuros, com a intenção de
monitorar novos dados para confirmar, ou derrubar, ou ainda modificar, esta hipótese
incipiente para uma cidade de pequeno porte. Complementaremos, entretanto, nossa análise
do Mapa 2 referente ao rendimento médio mensal dos responsáveis, com a apresentação dos
números para o rendimento mensal dos domicílios particulares permanentes. Visamos, com
isso, mostrar como uma regra que vale para o setor 11 pode, com certa precisão, ser aplicada
aos setores 12, 13, 14, 15, 16, 17, 19 e 26; por outro lado, muitas regras aplicadas aos setores
1 e 29 podem servir para explicar os setores 0, 2, 23, 27, 28 e as bordas de 4 e de 30; outros
setores, como o 18, 21, 22, 25 e 26 parecem intermediários, pelo menos sob alguns aspectos
vistos aqui, aspectos estes que representam uma imagem preliminar de uma possível
polarização na socioespacialidade no município de Jandaia do Sul.
50
Tabela 6 - Rendimento mensal dos domicílios particulares permanentes de Jandaia do Sul por Setor censitário – 2010
Cód.Mapa Cód.SetorMunic
Total do rendimento
nominal mensal dos domicílios
particulares
Domicílios particulares
permanentes
Renda domiciliar média
11 411210805000001 986930,00 278 3550,11 12 411210805000002 800281,00 320 2500,88 13 411210805000003 1160119,00 328 3536,95 14 411210805000004 921658,00 366 2518,19 15 411210805000005 417470,00 167 2499,82 16 411210805000006 701874,00 318 2207,15 17 411210805000007 589737,00 284 2076,54 18 411210805000008 597866,00 349 1713,08 19 411210805000009 848312,00 307 2763,23 20 411210805000010 0,00 0 0,00 21 411210805000011 390209,00 186 2097,90 22 411210805000012 672877,00 370 1818,59 23 411210805000013 310014,00 206 1504,92 0 411210805000014 281644,00 206 1367,20 1 411210805000015 561717,00 381 1474,32 2 411210805000016 300351,00 195 1540,26 3 411210805000017 13282,00 16 830,13 4 411210805000018 374515,00 177 2115,90 5 411210805000019 55673,00 37 1504,68 6 411210805000020 95198,00 56 1699,96 7 411210805000021 115144,00 92 1251,57 8 411210805000022 205871,00 122 1687,47 9 411210805000023 90833,00 79 1149,78 10 411210805000024 60495,00 48 1260,31 24 411210805000025 101455,00 81 1252,53 25 411210805000026 403028,00 203 1985,36 26 411210805000027 561354,00 196 2864,05 27 411210805000028 250762,00 190 1319,80 28 411210805000029 297505,00 185 1608,14 29 411210805000030 346787,00 273 1270,28 30 411210805000031 645223,00 368 1753,32 31 411210810000001 93775,00 71 1320,77 32 411210810000002 88298,00 64 1379,66 33 411210810000003 84311,00 57 1479,14 Total 13424568,00 6576 2041,45 Fonte: IBGE. Dados discriminados e grifados pelo Observatório das Metrópoles
Efetivamente, nos limites do setor urbano da cidade de Jandaia do Sul, apenas onze
setores censitários (11, 13, 26, 19, 14, 12, 15, 16, 4, 21 e 17) apresentaram, em 2010, renda
domiciliar média acima da média municipal, que foi de R$ 2.041,45; os três principais foram:
setor 11 (R$ 3.550,11); setor 13 (R$ 3,536,95); e setor 26 (R$ 2.864,05). Os demais 23
setores mostraram números abaixo da média do município. Ao observarmos os setores com
51
menores médias, vemos: o setor 29 (R$ 1.270,28); o setor 27 (R$ 1.319,80); o setor 0 (R$
1.367,20); o setor 1 (R$ 1.474,32); o setor 23 (R$ 1.504,92); o setor 2 (R$ 1.540,26); e o setor
28 (1.608,14).
Estes números analisados até aqui podem indicar algo mais que uma polarização
econômica e espacial, podem também apontar para aquilo que nos move neste trabalho, a
formação dos processos de segregação socioespacial. Em algum sentido, já apresentamos
muitas indicações de que a espacialidade de Jandaia do Sul segue os modelos de qualquer
cidade moderna, centralizando o poder econômico e destinando áreas periféricas para as
menores rendas, mas isto, por si só, não configura a segregação segundo a compreendemos.
Seria preciso arriscar mais uma comparação dos dados já vistos com os dados mais
representativos de grupos sociais específicos, como os dados de cor ou raça. Objetivamente, a
pobreza é quase sempre segregada, mas, com ela, muitas vezes somos levados a contar um
contingente maior de pessoas que se declaram pretas ou pardas, os motivos para que isso
ocorra são muitas vezes acobertados ou negligenciados, como se evitando a abordagem o
problema ganhasse uma solução pela adesão ao silêncio. O fato é que os números sempre nos
obrigam a retirar o véu e olhar para a realidade obscurecida. Já falamos o suficiente sobre os
efeitos negativos da segregação socioespacial para o capital social, o qual, discriminado
sistematicamente pela política neoliberal em várias instâncias, acaba absorvendo a separação
socioespacial como uma violência simbólica que o ataca ser percebida. Não há tentativa de
forjar resultados aqui, apenas continuamos o trabalho comparativo que vínhamos fazendo,
para que, ao final, possamos descobrir se esta hipótese da segregação aplica-se ao caso de
Jandaia do Sul, ou se, pelo contrário, não tem a ver. Estamos já habituados com os setores
censitários o bastante para sabermos as suas localizações, mas também o suficiente para vestir
neles as características sociais, econômicas e culturais que lhes cabe; certos de que esta
roupagem irá ilustrar parte dos relacionamentos políticos e culturais entre estes setores.
Vejamos, então, de que maneira e em que medida todos estes fatores analisados até aqui
podem refletir nas populações que ocupam a territorialidade do município de Jandaia do Sul,
segundo a cor ou raça e por setor censitário.
52
Tabela 7 - População residente por cor ou raça em J andaia do Sul – 2010
Cod. Mapa
cor ou raça : branca
% cor ou raça : preta
% cor ou raça : parda
% raça : amarel
a %
raça : indígen
a % Total
11 642 86,64 13 1,75 78 10,53 8 1,08 0 0,00 741 12 786 79,23 17 1,71 167 16,83 21 2,12 1 0,10 992 13 900 92,50 6 0,62 46 4,73 21 2,16 0 0,00 973 14 842 74,12 45 3,96 236 20,77 13 1,14 0 0,00 1136 15 439 87,28 4 0,80 60 11,93 0 0,00 0 0,00 503 16 817 83,71 14 1,43 124 12,70 21 2,15 0 0,00 976 17 613 74,21 39 4,72 159 19,25 13 1,57 2 0,24 826 18 602 59,08 74 7,26 341 33,46 2 0,20 0 0,00 1019 19 718 79,07 32 3,52 138 15,20 19 2,09 1 0,11 908 20 31 54,39 4 7,02 21 36,84 0 0,00 1 1,75 57 21 463 78,34 20 3,38 105 17,77 0 0,00 3 0,51 591 22 675 63,68 12 1,13 359 33,87 13 1,23 1 0,09 1060 23 367 60,76 33 5,46 199 32,95 1 0,17 4 0,66 604 0 455 74,23 11 1,79 146 23,82 1 0,16 0 0,00 613 1 643 49,65 71 5,48 577 44,56 2 0,15 2 0,15 1295 2 365 55,47 23 3,50 269 40,88 1 0,15 0 0,00 658 3 30 49,18 10 16,39 21 34,43 0 0,00 0 0,00 61 4 407 72,81 24 4,29 125 22,36 2 0,36 1 0,18 559 5 88 74,58 2 1,69 27 22,88 1 0,85 0 0,00 118 6 127 68,28 7 3,76 49 26,34 3 1,61 0 0,00 186 7 181 63,96 10 3,53 91 32,16 1 0,35 0 0,00 283 8 303 70,63 5 1,17 119 27,74 2 0,47 0 0,00 429 9 159 68,24 27 11,59 47 20,17 0 0,00 0 0,00 233 10 124 87,94 2 1,42 15 10,64 0 0,00 0 0,00 141 24 145 55,34 11 4,20 106 40,46 0 0,00 0 0,00 262 25 477 74,53 20 3,13 140 21,88 3 0,47 0 0,00 640 26 498 80,19 27 4,35 92 14,81 4 0,64 0 0,00 621 27 389 72,30 15 2,79 134 24,91 0 0,00 0 0,00 538 28 383 68,03 17 3,02 162 28,77 1 0,18 0 0,00 563 29 536 57,57 53 5,69 339 36,41 3 0,32 0 0,00 931 30 786 67,76 41 3,53 328 28,28 5 0,43 0 0,00 1160 31 148 78,72 1 0,53 37 19,68 1 0,53 1 0,53 188 32 119 56,94 8 3,83 80 38,28 1 0,48 1 0,48 209 33 153 78,46 0 0,00 42 21,54 0 0,00 0 0,00 195 14411 71,10 698 3,44 4979 24,56 163 0,80 18 0,09 20269 Fonte: IBGE, 2010. Dados discriminados e grifados pelo Observatório das Metrópoles
A tabela encarrega-se de fazer saltar aos olhos os mesmos setores censitários
analisados até este ponto, não por coincidência, de novo polarizados entre si. Considerando
apenas os setores das áreas urbanas, observamos, de início, novamente o setor 11: está em
terceiro na percentagem de população de cor branca (86,64%); mas em penúltimo, na
percentagem de população parda (10,53%). O setor 13 tem ótima presença de população de
cor branca, a maior de todas (92,5%) e de população de raça amarela, também a maior
(2,16%); mas está em última colocação nas populações de cor parda (4,73%) e também de cor
preta (0,62%). O setor 15 tem boa quantidade de pessoas de cor branca (87,28%), mas faltam-
53
lhe as populações preta (0,8%) e parda (11,93%). No setor 16 predominam pessoas de cor ou
raça branca e amarela, assim como nos setores 12, 13 e 14.
Do outro lado da polarização estão nossos conhecidos setores 1, 18, 2 e 29; e estes
setores são tão diferentes dos anteriores que predominam apenas eles nas colunas de cor ou
raça preta e parda. Chama, de imediato, a atenção o setor 1, com sua população expressiva de
cor parda (44,56%) e uma menor parcela da cor preta (5,48%), mas ele fica na última posição
na percentagem de população branca (49,65%). O setor 29 tem um caso parecido, com uma
boa percentagem das populações preta (5,69%) e parda (36,41%), mas reduz o percentual a
sua população branca (57,57%); assim como o setor 18, que tem o maior percentual de
população preta (7,26%) e uma expressiva população parda (33,46%). Além destes, vale
destacar os setores 2, que incrementa a população de cor parda e reduz a branca; e o 23, que
tem a maior parte dos poucos indígenas do município. Obviamente a população de cor ou raça
branca é muito maior do que a de qualquer outra cor ou raça, mas o fato para o qual queremos
chamar a atenção é o de que os setores com maior proporção de população branca têm as
piores proporções de pessoas de cor preta ou parda, como ocorre nos setores centrais 11, 13 e
15; e, pelo outro lado, os setores com maior proporção de pessoas de cor parda ou negra têm
as menores proporções de pessoas brancas, como nos setores periféricos 1, 2 e 29. Poderiam
objetar mostrando que, em matéria de proporcionalidade, o que se perde de um lado, ganha-se
de outro; mas ocorre que, em tese, seria igualmente possível a ocorrência de maiores
proporções de populações parda e preta também nas áreas mais ricas do centro, mas isso não
ocorre, o que, provavelmente, configura indícios de segregação socioespacial. Poderíamos
manter esta linha de raciocínio mesmo para os casos de grupos pouco representados, como
por exemplo, as pessoas de raça indígena, que têm maior concentração no setor 23, justamente
o setor que possui a segunda menor quantidade de pessoas brancas em área urbana, ficando na
frente apenas do setor 2, lugar de grandes proporções de pessoas pardas. Assim os indígenas
parecem se alinhar à população parda e preta; enquanto a população amarela tende a se
alinhar com a população branca. Todas essas observações, repetimos, não são verdades
inquestionáveis, são apenas conclusões preliminares da análise rápida de alguns poucos
dados; mas servem para nos fazer refletir sobre elas, pois são, no fundo, recorrentes nos meios
socioespaciais de muitas outras cidades brasileiras. Não omitimos, também, que qualquer
pessoa branca que more em bairro pobre pode estar em situação idêntica à da maioria das
populações preta, parda ou indígena; por isso, é necessário frisar, um estudo de dados
estatísticos socioespaciais, com as características deste pequeno trabalho, deve objetivar a
54
busca de subsídios aos projetos políticos de transformação da sociedade como um todo,
independente de cor ou raça, só assim ele terá utilidade para o município e para os munícipes.
Mas, mesmo por isso, é importante fazer tais comparações quando o intuito é mostrar as
características atuais da distribuição social do território urbano, pois só partindo da realidade
pode-se chegar a uma transformação real das condições de vida da população, reduzindo, ou
mesmo inibindo, quaisquer tipos de segregação socioespacial.
Conclusões
Não existe discordância alguma em atribuir à globalização os motivos referentes aos
processos e efeitos causados pelo fenômeno da segregação social, bem como o fato de que
aqueles que sofrem com tais efeitos devam ser alvo prioritário das ações das políticas
públicas. Os aspectos pertinentes à desigualdade social estão presentes na ocupação da
maioria dos espaços urbanos, Jandaia do Sul não escapa dessa prática. Ocorre segregação em
vários níveis inter ou intramunicipais, por meio de processos dialéticos que produzem e
reproduzem a realidade social fundamentada na própria desigualdade. São hábitos neoliberais
muito arraigados que trabalham nos subterrâneos nas relações sociais, alimentando a
desigualdade social e determinando graus de diferenciação nas condições e nas possibilidades
de acesso aos bens e serviços entre as pessoas. Consideramos, aqui, um caso incipiente dessa
tradição de interação entre desigualdade e pobreza, em Jandaia do Sul, mas notamos, mesmo
que sutilmente, a bipolaridade social em constituição por meio da formação da oposição de
áreas centrais e periféricas, a qual poderá, no futuro, atrair com mais força a segregação
espacial e residencial.
Ao pensar nos efeitos causados pela segregação urbana em cidades pequenas, logo
imaginamos que nestas cidades o fenômeno da segregação não deveria existir. A afirmação se
justifica no fato de que a relação entre os entes sociais deveria ser mais próxima em face do
tamanho do território habitado. Os espaços públicos permitiriam uma proximidade entre os
membros da sociedade. Porém, vale considerar que os problemas que afligem os centros
urbanos, independentemente de seu tamanho, constituem a expressão dos problemas sociais
atualmente vividos, como a renda e o poder, por exemplo. Assim é possível considerar que a
segregação urbana é decorrente das condições econômicas e sociais, expressando a
55
organização, muitas vezes irregular, da socioespacialidade, refletindo a produção desigual do
espaço urbano, sobretudo pela especulação imobiliária.
Ainda que a segregação socioespacial seja um fenômeno de origem histórica e
reproduzido nas cidades como algo banal, não podemos deixar de estudá-lo com
profundidade, pois só assim será possível ter esperança de que, desses estudos, possam surgir
ideias políticas para a transformação social dessa triste realidade.
56
Referências bibliográficas
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CALDEIRA, T. P. Cidade de Muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo, São Paulo: Edit. 34/Edusp, 2000.
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ESPÍNOLA, A. M. Configuração Espacial e Hierarquia Urbana-Rede de cidades no Paraná. In: XI Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional. Salvador: 2005. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/sgb.shtm. Acesso em Julho de 2013. IPARDES - Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. Base de dados BDE, consulta em site. JANDAIA DO SUL, Prefeitura Municipal. LAGO, L. C. Segregação Socioespacial e condições urbanas de vida nos anos 80: a Metrópole do Rio de Janeiro em questão. In: XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, 1998, Caxambu - MG: ABEP, 1998. p. 1705-1734. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A.. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1983, p.231. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1996, 231 p. MARICATO, E. Metrópole, legislação e desigualdade. Estudos Avançados 17 (48), 2003. MEDEIROS, M. Os riscos e a formulação de políticas de combate à pobreza e à desigualdade no Brasil. Rio de Janeiro: IPEA, 2003. (Texto para Discussão, n° 984). RIBEIRO, L. C. Q; Orlando dos Santos Junior (org.). As metrópoles e a questão social brasileira. 1 ed. Rio de Janeiro: Revan, 2007.
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58
Anexos
Descrição dos perímetros dos Setores censitários do município de Jandaia do Sul
Cód.Mapa
Cód.Setor Munic
Descrição do perímetro
11 411210805000001
PONTO INICIAL: PRAÇA DO CAFÉ (EXCLUSIVE) COM A RUA JOSÉ MARIA DE PAULA. RUA JOSÉ MARIA DE PAULA, RUA LUIZ
VIGNOLI, RUA DOUTOR CLEMENTINO SCHIAVON PUPPI, RUA SENADOR SOUZA NAVES, RUA PADRE JOÃO BARBIERI, RUA
ROBERTO FARINAZZO, RUA DOUTOR CLEMENTINO SCHIAVON PUPPI, PRAÇA DO CAFÉ (EXCLUSIVE), PONTO INICIAL.
12 411210805000002
P.I.: RUA THIMÓTIO PAGLIARINI COM A RUA TANCREDO DE ALMEIDA NEVES. RUA TANCREDO DE ALMEIDA NEVES, CANTO
DO LOTE 20 (INCLUSIVE), BR-376, RUA SENADOR SOUZA NAVES, RUA JOSÉ FRANCISCO BORGES, RUA JOAQUIM JOSÉ DE
ALMEIDA FILHO, RUA PRESIDENTE KENNEDY, RUA LUIZ VIGNOLI, RUA JOSÉ MARIA DE PAULA, RUA THIMÓTIO PAGLIARINI,
P.I..
13 411210805000003
P.I.: RUA SENADOR SOUZA NAVES COM A RUA PROFESSOR ROBERTO REZENDE CHAVES. RUA PROFESSOR ROBERTO
REZENDE CHAVES, RUA JOÃO RUIZ GALLIAN, RUA DOUTOR CLEMENTINO SCHIAVON PUPPI, RUA LUIZ VIGNOLI, RUA
PRESIDENTE KENNEDY, RUA JOAQUIM JOSÉ DE ALMEIDA FILHO, RUA JOSÉ FRANCISCO BORGES, RUA SENADOR SOUZA
NAVES, P.I..
14 411210805000004
P.I.: RUA DAS ORQUÍDEAS COM A RUA DOUTOR CLEMENTINO SCHIAVON PUPPI. RUA DOUTOR CLEMENTINO SCHIAVON
PUPPI, RUA ROBERTO FARINAZZO, RUA PADRE JOÃO BARBIERI, RUA FRANCISCO EGÍDIO DE SÁ, RUA PROFESSOR WILSON
ROBERTO VERONI, RUA DOS PATRIOTAS, RUA JOÃO DIAS DO NASCIMENTO, RUA ROBERTO FARINAZZO, RUA FRANCISCO
AMBRÓSIO, RUA GREGÓRIO POZZA ATÉ ALTURA DA NASCENTE DO RIBEIRÃO CAMBARÁ, DAÍ EM LINHA RETA E SECA ATÉ O
RIBEIRÃO CAMBARÁ, PROLONGAMENTO E RUA DAS VIOLETAS, RUA A, RUA DAS ORQUÍDEAS, P.I..
15 411210805000005
P.I.: RUA ANTONIO JORGE DE AZAMBUJA E SOUZA COM A RUA JOSÉ MARIA DE PAULA. RUA JOSÉ MARIA DE PAULA,
PRAÇA DO CAFÉ, RUA DOUTOR CLEMENTINO SCHIAVON PUPPI, RUA JOSÉ MURETTI, AVENIDA ANUNCIATO SONNI, RUA
ANTONIO JORGE DE AZAMBUJA E SOUSA, P.I..
16 411210805000006
P.I.: DIVISA DO LOTE 125 DO SENHOR ZITO COM A QUADRA 100 NO FINAL DA RUA JOSÉ FRANCISCO BORGES. RUA JOSÉ
FRANCISCO BORGES, RUA THIMÓTIO PAGLIARINI, RUA JOSÉ MARIA DE PAULA, RUA JOAQUIM ISRAEL, RUA PRESIDENTE
CASTELO BRANCO, RUA GUILHERME PONTARA, RUA REINALDO CALIMAN, RUA NÚMERO 7, RUA COMENDADOR ÉSIO
MISSIATO, RUA JOSÉ MARIA DE PAULA, RUA NÚMERO 4, PROLONGAMENTO DA RUA PRESIDENTE KENNEDY, DIVISA DA
QUADRA 100 (INCLUSIVE) COM O LOTE 236 DO SENHOR ZITO (EXCLUSIVE), P.I..
17 411210805000007 P.I.: RUA SENADOR SOUZA NAVES COM A FERROVIA. FERROVIA, AVENIDA PARANÁ, RUA DOUTOR CLEMENTINO SCHIAVON
PUPPI, RUA JOÃO RUIZ GALIAN, RUA PROFESSOR ROBERTO REZENDE CHAVES, RUA SENADOR SOUZA NAVES, P.I..
18 411210805000008
P.I.: RUA SENADOR SOUZA NAVES COM A RUA DOUTOR CLEMENTINO SCHIAVON PUPPI. RUA DOUTOR CLEMENTINO
SCHIAVON PUPPI, AVENIDA PARANÁ, FERROVIA, RUA IRACEMA, RUA PROFESSOR ROBERTO RESENDE CHAVES, ESTRADA
DO MATADOURO, DIVISA DO LOTE 43 (INCLUSIVE) COM LOTES 34, 34-A (EXCLUSIVE), RUA 21 DE ABRIL, DIVISA DO LOTE 21 E
DOS LOTES 17 AO 1 (INCLUSIVE), RUA 13 DE MAIO, RUA ÍDALO FERREIRA, DIVISA DO LOTE 15 (INCLUSIVE), RUA JOÃO RUÍS
GALIAN, RUA SEM DENOMINAÇÃO, RUA PROFESSOR WILSON ROBERTO VERONI, RUA FRANCISCO EGÍDIO DE SÁ, RUA
PADRE JOÃO BARBIERI, RUA SENADOR SOUZA NAVES, P.I..
19 411210805000009
P.I.: FUNDOS DA QUADRA 4 COM A RUA FRANCISCO AMBRÓSIO RUA FRANCISCO AMBRÓSIO, RUA ROBERTO FARINAZZO,
RUA JOÃO DIAS DO NASCIMENTO, RUA DOS PATRIOTAS, RUA PROFESSOR WILSON ROBERTO VERONI, RUA FRANCISCO
EGÍDIO DE SÁ, RUA JOÃO MALACRIDA, DIVISA DOS LOTES 1 A 5 (INCLUSIVE), RUA E, RUA GENES ORTEGA PERES, DIVISA
DOS LOTES 2 A 4 (INCLUSIVE), RUA SENADOR SOUZA NAVES, RUA MARECHAL CANDIDO RONDON, RUA RAFAEL MORALES
SANCHES, RUA ROBERTO FARINAZZO, RUA AGOSTINHO CHAVES, RUA GREGÓRIO POZA, RUA JOSÉ MORALES SANCHES,
FUNDOS DA QUADRA 4, P.I..
20 411210805000010 RUA RAFAEL MORALES SANCHES N. 420
21 411210805000011
P.I.: FUNDOS DA QUADRA 1 (INCLUSIVE) COM A RUA JOSÉ MORALES SANCHES. RUA JOSÉ MORALES SANCHES, RUA
GREGÓRIO POZA, RUA AGOSTINHO CHAVES, RUA ROBERTO FARINAZZO, RUA RAFAEL MORALES SANCHES, RUA
MARECHAL CÂNDIDO RONDON, RUA AGOSTINHO CHAVES, RUA GERALDO OLIVEIRA ALMEIDA, RUA MANOEL PARRA
MORRILHA, FUNDOS DAS QUADRAS 17,18,1(INCLUSIVE), P.I.
22 411210805000012
P.I.: DIVISA DO TERRENO DO ORFANATO COM O LOTE 296-B NA AVENIDA TANCREDO DE ALMEIDA NEVES. AVENIDA
TANCREDO DE ALMEIDA NEVES, RUA THIMOTIO PAGLIARINI, RUA JOSÉ FRANCISCO BORGES, DIVISA DA QUADRA 104
(INCLUSIVE) E LOTE 125 DO SENHORR ZITO (EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ A DIVISA DAS QUADRA 103 E QUADRA 88
TERRENO DO GINÁSIO MUNICIPAL DE ESPORTES E TERRENO DO HOSPITAL DA AMUVI, TODOS (INCLUSIVE), COM O LOTE
122/123 (EXCLUSIVE), DIVISA DO TERRENO DO ORFANATO (INCLUSIVE) COM O LOTE 296-B (EXCLUSIVE), P.I.
59
23 411210805000013
P.I.: RUA PEDRO MIKSZA COM A RUA BENEDITO JOSE DA SILVA. RUA BENEDITO JOSÉ DA SILVA, RUA NELIDO CAVALIN, RUA
SANTOS DUMONT, RODOVIA BR-376, RUA A, RUA DOS INCONFIDENTES, FUNDOS DAS QUADRAS 12, 13 (INCLUSIVE), RUA B,
RUA PEDRO MICKZA, P.I.
0 411210805000014
P.I.: RUA SENADOR SOUZA NAVES COM A BR-376. RODOVIA BR-376, RUA M. DIRCEU, RUA DOS JOSEFINOS, RUA
DOURADOS, RUA PAIAO,AVENIDA PARANÁ, RUA MARUMBÍ, RUA SEM DENOMINAÇÃO, RUA PIRAPÓ, AVENIDA PARANÁ,
FERROVIA, RUA SENADOR SOUZA NAVES, P.I.
1 411210805000015 P.I.: BUEIRO DO COÓRREGO JANDAIA NA RODOVIA BR-376. BR-376, RUA PIRAPÓ, RUA ITAMY, FUNDOS DOS LOTES 23 A 3
(EXCLUSIVE), FUNDOS DOS LOTES 6, 7, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24, 26, 28, 33 (EXCLUSIVE), CÓRREGO JANDAIA, P.I.
2 411210805000016 P.I.: RUA PROJETADA D COM A RUA MANOEL PARRA MORILHAS. RUA MANOEL PARRA MORILHAS, RUA SALVADOR
FERNANDES GARCIA, RUA C, RUA D, RUA B, RUA PROJETADA E, RUA A, RUA PROJETADA D, P.I.
3 411210805000017
P.I.: JUNÇÃO DA ESTRADA JOAQUIM PORTUGUÊS COM A RUA SEM DENOMINAÇÃO. RUA SEM DENOMINAÇÃO, RUA JOÃO
RUIZ GALIAN, DIVISA DO LOTE 44 DE LUIZ PELISSARI (EXCLUSIVE), DIVISA DO LOTE 45 DE ZÉ MINEIRO (EXCLUSIVE),
ESTRADA JOAQUIM PORTUGUÊS, P.I.
4 411210805000018
P.I.: RUA ANUNCIATO SONNI COM A RUA COMENDADOR EZIO MISSIATO. RUA COMENDADOR EZIO MICIATO, RUA Nº 7, RUA
REINALDO CALIMAN, RUA GUILHERME PONTARA, RUA PRESIDENTE CASTELO BRANCO, RIBEIRÃO CAMBARÁ ATÉ SUA
NASCENTE, LINHA RETA E SECA ATÉ A RUA GREGÓRIO POZA, RUA GREGÓRIO POZA, FRANCISCO AMBROZIO, FUNDOS DA
QUADRAS 4, 1, 17, 18(EXCLUSIVE), RUA MANOEL PARRA MORILHA, RUA 1, RIBEIRÃO CAMBARÁ, DIVISA DO LOTE 97-B
(INCLUSIVE), RUA 3, DIVISA DO LOTE 97-B(INCLUSIVE), ESTRADA SEM DENOMINAÇÃO , RUA H, RUA MARECHAL CANDIDO
RONDON, RUA SENADOR SOUZA NAVES, DIVISA DOS LOTES 4 E 2 (EXCLUSIVE), RUA GENES ORTEGA PERES, DIVISA DOS
LOTES 5 A 1 (EXCLUSIVE), RUA JOSE MALACRIDA, RUA FRANCISCO EGIDIO DE SÁ, RUA PROFESSOR WILSON ROBERTO
VERONI, ESTRADA JOAQUIM PORTUGUES, DIVISA DO LOTE 45 DO ZE MINEIRO(INCLUSIVE), DIVISA DO LOTE 44 DE LUIZ
PELISSARI (INCLUSIVE), DIVISA DO LOTE 15(EXCLUSIVE), RUA IDALO FERREIRA, DIVISA DOS LOTES 1 A 7 E DO LOTE 21
(EXCLUSIVE), RUA 21 DE ABRIL, DIVISA DO LOTE 34 E 34A (INCLUSIVE), COM O LOTE 43 (EXCLUSIVE), ESTRADA DO
MATADOURO, RUA PROFESSOR ROBERTOR CHAVES, DIVISA DO LOTE 78 B-5(EXCLUSIVE), FERROVIA, RUA CAMBIRA, RUA
PIRAPÓ, RODOVIA BR-375 ATÉ JUNÇÃO COM A ESTRADA SÃO JOÃO, DAÍ COM LINHA RETA E SECA ATÉ A ESTRADA VELHA
CAMBIRA NA DIVISA COM O LOTE 1, PELA DIVISA DOS LOTES 1, 1-A E 2 (INCLUSIVE), ATÉ A NASCENTE DO CORREGO
MILTRANIA, POR ESTE ATÉ A DIVISA DO LOTE 4 (INCLUSIVE), COM O LOTE 5(EXCLUSIVE), DIVISA DO LOTE 21 (INCLUSIVE)
COM OS LOTES 17, 18-A, 22-B E 19(EXCLUSIVE), CORREGO ACANGA, RIBEIRAO MARUMBI, CORREGO USUTTI, DIVISA DO
LOTE 46 (INCLUSIVE) COM O LOTE 56 (EXCLUSIVE), ESTRADA VELHA PARA MARUMBI, DIVISA DO LOTE 91 (INCLUSIVE), COM
O LOTE 90 (EXCLUSIVE), DIVISA DO LOTES 69 (INCLUSIVE), COM O LOTE 35 (EXCLUSIVE), ESTRADA BARROSO, DIVISA DO
LOTES 97-B (INCLUSIVE), COM O LOTE 97, 96-B(EXCLUSIVE), DIVISA DI LOTE 111 (INCLUSIVE) COM O LOTE 111-A
(EXCLUSIVE), AVENIDA ANUNCIATTO SONNI, P.I.
5 411210805000019
P.I.: RUA ANTÔNIO ROQUE LOVO COM O LOTE 1 DA QUADRA 01. DIVISA LATERAL DO LOTE 1 DA QUADRA 01, FUNDOS DA
QUADRA 01 (INCLUSIVE), PASSANDO PELOS FUNDOS DA QUADRA 02 (INCLUSIVE) ATÉ A DIVISA LATERAL DA QUADRA 03,
POR ESTA ATÉ OS FUNDOS DA QUADRA 03 (INCLUSIVE), POR ESTE PASSANDO PELOS FUNDOS DA QUADRA 04 (INCLUSIVE),
DIVISA LATERAL DA QUADRA 04, RUA BENEDITO JOSÉ DA SILVA, DIVISA INTERDISTRITAL COM SÃO JOSÉ, DIVISA LATERAL
DA QUADRA 4 A 9 OU 6 (INCLUSSIVE), RUA ANTÔNIO ROQUE LOVO CRUZANDO-A ALCANÇA O P.I.
6 411210805000020
P.I.: FOZ DO CÓRREGO DAS ORQUÍDEAS NO RIBEIRÃO DOS DOURADOS. RIBEIRÃO DOURADOS, POR ESTE ATÉ A FOZ DO
CÓRREGO IRAÍ, POR ESTE ATÉ SUA NASCENTE , POR LINHA RETA E SECA, DIVISA INTERMUNICIPAL COM CAMBIRÁ ATÉ A
DIVISA DO PERÍMETRO URBANO, ESTRADA VELHA PARA CAMBIRÁ POR ESTA ATÉ OS FUNDOS DO LOTE DO IBC 1 E IBC 2,
POR ESTE ATÉ A RODOVIA BR-376, POR ESTA ATÉ A ESTRADA SÃO JOÃO, POR ESTA ATÉ A DIVISA DOS LOTES 112
(INCLUSIVE) E LOTE 115 (EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ A DIVISA DOS LOTES 111 (INCLUSIVE) E LOTE 113/114 (EXCLUSIVE),
POR ESTA ATÉ A DIVISA DOS LOTES 156-C (INCLUSIVE) E LOTE 156 (EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ A RUA DOURADOS, POR
ESTA ATÉ A DIVISA DOS LOTES 152 (INCLUSIVE) E LOTE 151 (EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ A DIVISA DOS LOTES 142
(INCLUSIVE) E LOTE 143 (EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ A ESTRADA BARRO PRETO OU ORQUÍDEAS, POR ESTA ATÉ A DIVISA
DOS LOTES 140 (INCLUSIVE) E LOTE 139 (EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ O CÓRREGO DAS ORQUÍDEAS, POR ESTE ATÉ O P.I.
7 411210805000021
P.I.: ESTRADA VELHA PARA MARUMBI COM A DIVISA DOS LOTES 56 (INCLUSIVE) E 55 (EXCLUSIVE). DIVISA DO LOTE 56
(INCLUSIVE) E LOTE 55 (EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ A DIVISA DO LOTE 56 (INCLUSIVE) E LOTE 46 (EXCLUSIVE), POR ESTA
ATÉ O RIBEIRÃO MARUMBI, POR ESTE ATÉ O CÓRREGO ACANGA, POR ESTE ATÉ A DIVISA DOS LOTES 19, 18/22-B, 18-A E 17
(TODOS INCLUSIVE) COM O LOTE 21 (EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ A DIVISA DO LOTE 5 (INCLUSIVE) E LOTE 4 (EXCLUSIVE),
POR ESTA ATÉ O CÓRREGO MILTRÔNIA, POR ESTE ATÉ O RIBEIRÃO MARUMBI, POR ESTE ATÉ O CÓRREGO IBIAPA, POR
ESTE ATÉ A ÁGUA ARAGUARI, POR ESTA ATÉ SUA NASCENTE NA DIVISA DO LOTE 1-C (INCLUSIVE) E LOTE 1 (EXCLUSIVE),
DIVISA INTERMUNICIPAL COM MARUMBI, POR ESTA ATÉ A ESTRADA VELHA PARA MARUMBI, POR ESTA ATÉ O LIMITE DO
PERÍMETRO URBANO NO P.I..
8 411210805000022 P.I.: DIVISA DOS LOTES 90 E 91 COM A ESTRADA VELHA PARA MARUMBI. ESTRADA VELHA PARA MARUMBI, POR ESTA ATÉ
60
A DIVISA DO LOTE 76-A DO SENHOR ONIVALDO FANTIN (INCLUSIVE) E FAZENDA FLORESTA (EXCLUSIVE), DIVISA
INTERMUNICIPAL COM MARUMBI, POR ESTA ATÉ A NASCENTE DO RIBEIRÃO ARIRI, DESCE POR ESTE ATÉ A DIVISA DO
LOTE 81-K (INCLUSIVE) E LOTE 81-L (EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ A DIVISA DO LOTE 68-C (INCLUSIVE) E LOTE 68-D
(EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ O RIBEIRÃO CAMBARÁ, POR ESTE ATÉ O CÓRREGO CANUTAMA, POR ESTE ATÉ A DIVISA DO
LOTE 38 (INCLUSIVE) E LOTE 39 (EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ A DIVISA DO LOTE 24 (INCLUSIVE) E LOTE 23-B (EXCLUSIVE),
POR ESTA ATÉ O RIBEIRÃO CAMBARÁ, POR ESTE ATÉ O CÓRREGO BARROSO, POR ESTE ATÉ A DIVISA DO LOTE 90
(INCLUSIVE) E LOTE 73 (EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ A DIVISA DO LOTE 90 (INCLUSIVE) E LOTE 91 (EXCLUSIVE), POR ESTA
ATÉ O P.I.
9 411210805000023
P.I.: ESTRADA HUMAITÁ COM A ESTRADA ROCHEDO. ESTRADA ROCHEDO, POR ESTA ATÉ A DIVISA DO LOTE 111-A
(INCLUSIVE) E LOTE 111 (EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ O RIBEIRÃO CAMBARÁ, POR ESTE ATÉ A DIVISA DO LOTE 97-A
(INCLUSIVE) E LOTE 97-B (EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ A DIVISA DO LOTE 97/96-B (INCLUSIVE) E LOTE 70 (EXCLUSIVE), POR
ESTA ATÉ A ESTRADA BARROSO, POR ESTA ATÉ A DIVISA DO LOTE 35 (INCLUSIVE) E LOTE 69 (EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ
O CÓRREGO BARROSO, POR ESTE ATÉ O RIBEIRÃO CAMBARÁ, POR ESTE ATÉ A DIVISA DO LOTE 15 (INCLUSIVE) E LOTE 15-
B (EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ A ESTRADA VELHA PARA SÃO JOSÉ, POR ESTA ATÉ A DIVISA COM O PERÍMETRO URBANO
DO SETOR 15 AUI, CONTORNANDO E EXCLUINDO AS QUADRAS 04, 03, 02, 01, 4 A 9 OU 06 ATÉ A ESTRADA POUSO ALTO, POR
ESTA ATÉ A ALTURA NA NASCENTE DO CÓRREGO ANDARAÍ, DAI POR LINHA RETA E SECA ATÉ A NASCENTE DO CÓRREGO
ANDARAÍ, DESCE POR ESTE ATÉ O CÓRREGO DO BAGRE, DESCE POR ESTE ATÉ O RIBEIRÃO HUMAITÁ, SOBE POR ESTE
ATÉ O CÓRREGO ARARUNA, SOBE POR ESTE ATÉ O CÓRREGO TABAÚNA, POR ESTE ATÉ A DIVISA DO LOTE 376-B
(INCLUSIVE) E LOTE 375 (EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ A ESTRADA ROMANI, POR ESTA ATÉ A ESTRADA HUMAITÁ, POR ESTA
ATÉ O P.I.
10 411210805000024
P.I.: CÓRREGO GUAPORÉ COM A DIVISA DOS LOTES 356 E 355-A. DIVISA DO LOTE 356 (INCLUSIVE) E LOTE 355-A
(EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ A ESTRADA GUAPORÉ, POR ESTA ATÉ A DIVISA DO LOTE 366-A (INCLUSIVE) E LOTE 367
(EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ O RIBEIRÃO HUMAÍTA, POR ESTE ATÉ O CÓRREGO DO BAGRE, SOBE POR ESTE ATÉ O
CÓRREGO ANDARAÍ, SOBE POR ESTE ATÉ SUA NASCENTE , POR LINHA RETA E SECA ATÉ A ESTRADA POUSO ALTO, POR
ESTA ATÉ ALTURA DA NASCENTE DO RIBEIRÃO CIMÍTARRA , POR LINHA RETA E SECA ATÉ A NASCENTE DO RIBEIRÃO
CIMÍTARRA, POR ESTE ATÉ O RIBEIRÃO HUMAÍTA, DESCE POR ESTE ATÉ O RIO KELLER, SOBE POR ESTE ATÉ O RIBEIRÃO
ROCHEDO, SOBE POR ESTE ATÉ O CÓRREGO GUAPORÉ, SOBE POR ESTE ATÉ O P.I..
24 411210805000025
P.I.: DIVISA DOS LOTES 113-A E 113-B NA ESTRADA ROCHEDO. ESTRADA ROCHEDO , POR ESTA ATÉ A ESTRADA HUMAITÁ ,
POR ESTA ATÉ A ESTRADA ROMANI , POR ESTA ATÉ A DIVISA DO LOTE 375 (INCLUSIVE) E 376-B (EXCLUSIVE), POR ESTA
ATÉ A NASCENTE DO CÓRREGO ARUANA, DESCE POR ESTE ATÉ O RIBEIRÃO HUMAITÁ, DESCE POR ESTE ATÉ A DIVISA
DO LOTE 367 (INCLUSIVE) E LOTE 366-A (EXCLUSIVE), POR ESTE ATÉ A ESTRADA GUAPORÉ , POR ESTA ATÉ A DIVISA DO
LOTE 355-A (INCLUSIVE) E LOTE 356 (EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ O CÓRREGO GUAPORÉ, DESCE POR ESTE ATÉ O
RIBEIRÃO ROCHEDO, SOBE POR ESTE ATÉ O CÓRREGO TUIUTY OU TUNAY, SOBE POR ESTE ATÉ A FERROVIA, POR ESTA
ATÉ A DIVISA DO LOTE 296 (INCLUSIVE) E LOTE 297-A (EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ A DIVISA DO LOTE 297-B (INCLUSIVE) E
LOTE 297-A (EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ O RIBEIRÃO ROCHEDO, DESCE POR ESTE ATÉ A DIVISA DO LOTE 113-A
(INCLUSIVE) COM O LOTE 113-B (EXCLUSIVE), POR ESTA ATÉ O P.I.
25 411210805000026
P.I.: RUA JOAQUIM ISRAEL COM A RUA JOSÉ MARIA DE PAULA. RUA JOSÉ MARIA DE PAULA, RUA ANTONIO JORGE DE
AZAMBUJA E SOUZA, AVENIDA ANUNCIATTO SONNI, RUA JOSÉ MURETTI, RUA DOUTOR CLEMENTINO SCHIAVON PUPPI, RUA
DAS ORQUÍDEAS, RUA A, RUA DAS VIOLETAS E PROLONGAMENTO, RIBEIRÃO CAMBARÁ, RUA PRESIDENTE CASTELO
BRANCO, RUA JOAQUIM ISRAEL, P.I..
26 411210805000027
P.I.: RUA GERALDO OLIVEIRA ALMEIDA COM A RUA AGOSTINHO CHAVES. RUA AGOSTINHO CHAVES, RUA MARECHAL
CANDIDO RONDON, RUA H, RUA SALVADOR FERNANDES, RUA MANOEL PARRA MORRILHA, RUA GERALDO DE OLIVEIRA,
P.I..
27 411210805000028
P.I.: RUA PEDRO MIKSZA COM A DIVIDA DO LOTEAMENTO JARDIM VISTA ALEGRE. DIVISA DO LOTEMAMENTO JARDIM VISTA
ALEGRE, RUA DOURADOS, RUA DOS JOSEFINOS, RUA M. DIRCEU, RODOVIA BR 376, RUA SANTOS DUMONT, RUA MELIDO
CAVALIN, RUA BENEDITO JOSE DA SILVA, RUA PEDRO MIKSZA, P.I..
28 411210805000029
P.I.: RUA DOURADOS COM A RODOVIA BR-376. RODOVIA BR-376, FUNDOS DOS LOTES 13, 15, 17, 19, 21, 23, 25, 27, 29,
30(INCLUSIVE), CÓRREGO JANDAIA, FUNDOS DOS LOTES 33, 28, 26, 24, 22, 20, 18, 16, 14, 12, 10, 8, 7 E 6 (INCLUSIVE), FUNDOS
DOS LOTES 3 A 23 (INCLUSIVE), FUNDOS DOS LOTES 3 A 23(INCLUSIVE), RUA ITAMY, RUA PIRAPÓ, RUA CAMBIRA, FERROVIA,
DIVISA DO LOTE 78-B5 (INCLUSIVE), RUA PIRAPÓ, RUA SEM DENOMINAÇÃO, RUA MARUMBI, AVENIDA PARANÁ, RUA PAIAO,
RUA DOURADOS, P.I.
29 411210805000030
P.I.: DIVISA DO LOTE 97-B NO RIBEIRÃO CAMBARÁ. RIBEIRÃO CAMBARA, RUA 1, RUA PARRA MORILHAS, RUA PROJETADA D,
RUA A, RUA PROJETADA E, RUA B, RUA D, RUA C, RUA SALVADORFERNANDES GARCIA, ESTRADA SEM DENOMINAÇÃO,
DIVISA DO LOTE 97-B (EXCLUSIVE), RUA 3 DIVISA DO LOTE 97-B, P.I..
30 411210805000031 P.I.: RUA COMENDADOR EZIO MISSIATO COM A AVENIDA ANUNCIATO SONNI. ESTRADA ANUNCIATO SONNI, DIVISA DOS
61
LOTES 113-B (INCLUSIVE), 113 -A(EXCLUSIVE), RIBEIRÃO ROCHEDO, DIVISA DO LOTE 297-A(INCLUSIVE), 297-B (EXCLUSIVE),
295-A(EXCLUSIVE), 295 B, LOTE 134, DIVISA INTERMUNICIPAL COM MANDAGUARI, RIBEIRÃO DAS ORQUÍDEAS, DIVISA DOS
LOTES 139 (INCLUSIVE), 140 (EXCLUSIVE), ESTRADA BARRO PRETO, ATÉ A DIVISA DO LOTE 143 (INCLUSIVE), 142
(EXCLUSIVE), DIVISA DO LOTE 151 (INCLUSIVE), 152 (EXCLUSIVE), ESTRADA DA PEDREIRA NA CONTINUAÇÃO DA RUA
DOURADOS, DIVISA DOS LOTES 156 (INCLUSIVE), 156-C(EXCLUSIVE), DIVISA DOS LOTES 113/114 (INCLUSIVE), 111
(EXCLUSIVE), 115 INCLUSIVE), 112 (EXCLUSIVE), ESTRADA SÃO JOÃO, BR-376, CÓRREGO JANDAIA, DIVISA DOS LOTES 157-B
(INCLUSIVE), LOTES 30, 29, 27, 25, 23(EXCLUSIVE), DIVISA DO LOTES 158 (INCLUSIVE), DIVISA DOS LOTES 21, 19, 17, 15 E 13
(EXCLUSIVE), BR-376, RUA DOURADOS, DIVISA DO JARDIM VISTA ALEGRE (EXCLUSIVE), LOTE 148-A(INCLUSIVE), RUA PEDRO
MIKSZA, DIVISA VILA RICA (EXCLUSIVE), RUA A, BR-376, ATÉ A ALTURA DA DIVISA DO LOTE 20, LINHA RETA ATÉ A DIVISA DO
LOTE 20(EXCLUSIVE), AVENIDA TANCREDO NEVES (EXCLUSIVE), DIVISA DO ORFANATO(EXCLUSIVE, DIVISA DO HOSPITAL
AMUVI, DIVISA DOS LOTES 122/123(INCLUSIVE), QUADRAS 48 E 103 (EXCLUSIVE), DIVISA DO LOTE 125(INCLUSIVE), QUADRAS
104 E 100, PROLONGAMENTO DA RUA PRESIDENTE KENNEDY, RUA 4, RUA JOSÉ MARIA DE PAULA, RUA COMENDADOR ESIO
MISSIATO, P.I..
31 411210810000001
P.I.: RUA BENEDITO JOSÉ DA SILVA COM A RUA JOSÉ MUNHOZ. RUA JOSÉ MUNHOZ, QUADRA 21-A 150, DAÍ CONTORNANDO
AS QUADRAS 21-A 150 E DO CAMPO DO ESPORTES (INCLUSIVE), RUA JOSÉ FERREIRA, RUA ÂNGELO BOLDRIN, FUNDOS DA
QUADRA 150-A-C CONTORNANDO (INCLUSIVE), RUA BENEDITO JOSÉ DA SILVA, DIVISA INTERDISTRITAL COM JANDAIA DO
SUL, P.I.
32 411210810000002 P.I.: BR 369 KM 9 TRECHO JANDAIA DO SUL - BOM SUCESSO. VILA RURAL PARAÍSO
33 411210810000003
PONTO INICIAL: DIVISA DOS LOTES 39 COM 38 NO CÓRREGO CANUTAMA. CÓRREGO CANUTAMA, RIBEIRÃO CAMBARÁ,
DIVISA DO LOTE 68-D (INCLUSIVE) COM O LOTE 68-C (EXCLUSIVE), DIVISA DO LOTE 81-L (INCLUSIVE) E COM O LOTE 81-K
(EXCLUSIVE), RIBEIRÃO ARIRI, RIBEIRÃO CAMBARÁ, CÓRREGO COQUEIRO ATÉ SUA NASCENTE, DAÍ POR LINHA SECA E
RETA, DIVISA DOS LOTES 167-B, 169, 173-K (INCLUSIVE), 166-B, 173-A (EXCLUSIVE), LIMITE INTERMUNIPAL COM BOM
SUCESSO ATÉ A ESTRADA POUSO ALTO, VILA SÃO JOSÉ (EXCLUSIVE), ESTRADA VELHA PARA SÃO JOSÉ, DIVISA DO LOTE
15-B (INCLUSIVE) COM O LOTE 15 (EXCLUSIVE), DIVISA DO LOTE 23 -B (INCLUSIVE) COM O LOTE 24 (EXCLUSIVE), DIVISA DO
LOTE 39 (INCLSUIVE) COM LOTE 38 (EXCLUSIVE), PONTO INICIAL.
Fonte: IBGE. Dados discriminados e grifados pelo Observatório das Metrópoles
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