SEGMENTAÇÃO NA GESTÃO DE
INFRAESTRUTURAS
Os Desafios do TOTEX
António Ramalho
CEO
Congresso do CRP, 12 de abril de 2016
INVESTIMENTO PÚBLICO RODOFERROVIÁRIO
O SISTEMA DE SEGMENTAÇÃO
O SISTEMA DE COOPERAÇÃO POR INCENTIVOS
01
02
04
Índice
- Conservação Corrente por Contrato (OPEX)
- Conservação Periódica (CAPEX)
- Reabilitação de Obras de Arte (CAPEX)
- TOTEX
- O Passado e o Planeado
- O “Asset Management”
- Situação de Partida
- Oportunidade Negocial
- Negociação e Novo Modelo
O SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA03
- Conservação Periódica (CAPEX)
CONCLUSÕES
Nome de apresentação | data da mesma
INVESTIMENTO PÚBLICO
RODOFERROVIARIO
1. INVESTIMENTO PÚBLICO RODOFERROVIÁRIO
SEGMENTAÇÃO NA GESTÃO DE INFRAESTRUTURAS – O DESAFIO DO TOTEX2016-04-12 1
O Passado e o Planeado
211 183471 569 563 672 668 685 638
9151 074
433 408
351296 366
273 200 11991
89
197
0
200
400
600
800
1 000
1 200
1 400
1 600
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Rodoviário - 2005 / 2015
Parcerias Rede Própria
1 217 1 202 1 189 1 158 1 148
97 180 135 121 123
0
200
400
600
800
1 000
1 200
1 400
1 600
2016 2017 2018 2019 2020
Rodoviário - 2016 / 2020
Parcerias Rede Própria
405274 329 368 376 419
337
107 124 106 990
100
200
300
400
500
600
700
800
900
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 201
154
382
717855
358
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
2016 2017 2018 2019 2020
Ferroviário – 2005 / 2015 Ferroviário – 2016 / 2020
Valores em milhões de euros
FC do Investimento CAPEX
(no Período 2016/2020) : 51%
1. INVESTIMENTO PÚLICO RODOFERROVIÁRIO
2
O Passado e o Planeado
1 206
455
169
Rodoferroviário - 2016/2020
Parcerias CAPEX OPEX
445
467
250
Rodoferroviário - 2005/2010
Parcerias CAPEX OPEX
796
135
159
Rodoferroviário - 2011/2015
Parcerias CAPEX OPEX
1. No período 2016/2018 86% do total de investimentos está associado a compromissos passados (parcerias
rodoviárias) ou a contrapartidas nacionais (PETI3+ ferroviário)
2. Nos próximos anos não existirá nem disponibilidade nem necessidade de elevados investimentos em nova
construção no setor rodoviário. O desafio será manter a qualidade de infraestruturas existente sem deterioração;
3. Exige-se, por isso, uma gestão do custo de conservação e manutenção (OPEX) em articulação com
investimentos “on going” (CAPEX);
4. Todo este trabalho de gestão da infraestrutura (asset management) terá de ser gerida com eficiência máxima;
5. Isso obriga a modelos de gestão de ativos exigentes e sujeitos a elevados níveis de “accountability”, o que
implica uma nova organização e novos conceitos de alocação de recursos.
6. Por isso, a alocação de recursos financeiros terá que ser feita numa ótica de Custo Total (TOTEX) e não de
custos virtualmente diferenciados (OPEX e CAPEX)
Valores em milhões de euros
SEGMENTAÇÃO NA GESTÃO DE INFRAESTRUTURAS – O DESAFIO DO TOTEX2016-04-12
Nome de apresentação | data da mesma
O SISTEMA DE SEGMENTAÇÃO
2. O SISTEMA DE SEGMENTAÇÃO
Critérios Pressupostos
Tráfego
• TMDA > 12.000 veíc./dia – segmento S1
• 2.500 < TMDA <= 12.000 veíc./dia – segmento S2
• TMDA <= 2.500 veíc./dia – segmento S3
Classificação
• Itinerários Principais (IP) – segmento S1;
• Itinerário Complementar (IC) – sobe um nível relativamente ao que resulta do tráfego;
• EN, ER, EDIP e EDIC – assumem o nível que resulta do tráfego;
• ED – segmento S3, exceção se TMDA > 12.000 veíc./dia – segmento S2.
AlternativaAs vias que constituem alternativa a autoestrada com portagem descem um nível
relativamente ao que resulta do tráfego.
Acessibilidade
Sedes de Concelho, Portos, Fronteiras e Aeroportos: Existe pelo menos um acesso com
segmento S2;
Seleção com base em:
- EDIC;
- Tráfego;
- Proximidade (tempo) da sede de distrito;
- Proximidade (tempo) da rede S1.
Rebatimento para rede portajada- Estabelecer a ligação entre Sedes de Concelho, Portos, Fronteiras e Aeroportos a rede
portajada pelo menos com segmento S2.
Homogeneidade- Uniformidade de classificação em lanços entre nós da malha da rede.
SEGMENTAÇÃO NA GESTÃO DE INFRAESTRUTURAS – O DESAFIO DO TOTEX2016-04-12 3
SegmentoExtensão
km total %
Rede de Alta Prestação (RAP) 288 2%
S1 (segmento alto) 493 4%
S2 (segmento médio) 4.697 34%
S3 (segmento baixo) 8.190 60%
Total 13.668* -
Observações:
• 1.787 km foram alterados com base nos critérios manuais (representa 13% da totalidade da
rede).
• Dos 3.786 km de Estradas Desclassificadas (ED), 252 km classificam-se como S2 (
cerca de 6,7% das ED e 1,8% da totalidade da rede).
Resultados da implementação dos Critérios:
*Não inclui os km a retornar das
subconcessões
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2. O SISTEMA DE SEGMENTAÇÃO
A Conservação Periódica (CAPEX)
Avaliação dos efeitos da segmentação
• A aplicação deste modelo de gestão de conservação traduz-se:
• Diferenciação de custos unitários;
• Redução de custos unitários;
• Diferenciação do âmbito das intervenções;
• Diferenciação da periodicidade/ciclo de intervenções.
Custos de Conservação Periódica
O novo modelo de gestão de conservação ajustado à segmentação da rede conduziu à quantificação dos
encargos unitários em Conservação Periódica por tipo de rede:
Segmento Custo €/km/ano Ciclos de CP anos
Baixo 60.000€/km 59
Médio 150.000€/km 32
Alto 170.000€/km 25
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2. O SISTEMA DE SEGMENTAÇÃO
Nome de apresentação | data da mesma
O SISTEMA DE GESTÃO
INTEGRADA
3. O SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA
SEGMENTAÇÃO NA GESTÃO DE INFRAESTRUTURAS – O DESAFIO DO TOTEX2016-04-12
O “Asset Management”
Planeamento Rodoferroviário
Gestão da Infraestrutura
Gestão da mobilidade
Asset Management
Gestão da Rede Rodoviária
Coordenação
Técnica
Centro Operacional
Grande Porto
Centro Operacional
Centro Norte
Centro Operacional
Centro Sul
Centro Operacional
Grande Lisboa
Centro Operacional
Sul
Gestão da
conservação
Gestão da
fiscalização da
rede...
…
…
...
…
…
Centro Operacional
Norte
Fiscalização da Rede
Conservação Corrente
Conservação Periódica e Obra
Assessoria de Gestão … …
...
…
…
…
...
…
…
…
...
…
…
…
6
A Conservação Corrente da Rede Nacional é executada no âmbito de Contratos de Conservação
Corrente Plurianuais e Distritais.
Triénio 2014 – 2017
105 M€
35 M€ / Ano
1,9 M€ / Ano / Distrito
16 Capítulos
349 Rubricas
(Tipos de
Trabalhos)Modelo de Gestão Atual
Identificação de Necessidades
Avaliação de Recursos Disponíveis
Priorização de Intervenções
Modelo de Gestão Diferenciada
Gestão da Conservação adaptada a cada segmento em resultado da aplicação dos conceitos e critérios definidos
A Conservação Corrente por Contrato (OPEX)
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3. O SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA
A Conservação Corrente por Contrato (OPEX)
Matriz de Gestão Segmentada da Conservação da Rede Nacional
•Análise detalhada por rubrica da percentagem de redução/reforço das intervenções nos segmentos inferior
e superior;
•Proposta de atuação em cada segmento - Clarificação da aplicação dos critérios à Gestão da CC;
• Identificação de Riscos – Segurança, Legal, Degradação da Infraestrutura, Qualidade do Serviço
(Reputacional – Imagem da empresa);
•Cálculo dos efeitos da redução / reforço.
Risco
Métricas de Impacto
3 – Elevado
2 – Moderado
1 – Baixo
0 – Muito Reduzido
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3. O SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA
A Conservação Periódica (CAPEX)
• Avaliação da evolução da qualidade dos pavimentos, implementada no Sistema de Gestão de
Pavimentos (SGPav), a partir da determinação de um Índice da Qualidade (IQ) para caracterização do
estado dos pavimentos de cada secção da rede.
• Níveis de investimento diferenciados em função da segmentação da rede, conferindo à rede níveis de
qualidade dos pavimentos distintos para cada tipo de segmento e garantindo a sua estabilização no
tempo.
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3. O SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA
A Conservação Periódica (CAPEX)
Pressupostos
Foram consideradas
duas fases de
implementação:
Fase 1
Nível de serviço e padrões de
qualidade atuais - numa análise a
5 anos (visão standardizada da
rede).
• Corresponde a uma conservação
periódica avaliada por forma a
recuperar o “desinvestimento“ de
que as Vias têm sido objeto nos
últimos anos.
Fase 2
Revisão dos níveis de serviço e padrões de qualidade em função da
segmentação
• Corresponde ao intervalo temporal após 2019
• Novo modelo de conservação - ponto de partida a qualidade prevista para a rede
decorrente da implementação dos pressupostos da Fase 1, e tendo como “input“
uma segmentação hierarquizada da rede
• Estimativa da qualidade média da rede para o período considerado:
• nível "alto" e "médio" - tendência para a estabilização.
• nível "baixo” - tendência para uma diminuição controlada
SEGMENTAÇÃO NA GESTÃO DE INFRAESTRUTURAS – O DESAFIO DO TOTEX2016-04-12 10
3. O SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA
A Conservação Periódica (CAPEX)
Gestão Diferenciada da Conservação Periódica
Face aos diferentes tipos das vias, concebem-se diferentes níveis de conservação, nomeadamente quanto
ao âmbito de intervenção, qualidade dos materiais, frequência/ciclo de vida.
Segmento Baixo
Intervenções de conservação mínimas, tendo em consideração que o nível de rede integra vias de menor
importância, com caráter mais local ou com alternativas e que podem ser sujeitas a condicionamentos de
exploração. Ainda assim, atendendo a que o critério de seleção desta rede não se reduz apenas ao nível de
tráfego pouco significativo, considera-se a possibilidade de ser necessário a realização de intervenções de
conservação, ainda que com ciclos largos.
Segmento Médio
Intensidades de conservação mais reduzida e intervenções mais regulares, com características técnicas
ainda que exigentes mas com padrões de qualidade contidos, tendo em consideração que o nível de rede
integra vias com volumes de tráfego ainda significativos, mas de menor importância.
Segmento Alto
Intervenções de conservação com ciclos mais pequenos que os restantes níveis, com características
técnicas mais exigentes e padrões de qualidade mais elevados, tendo em consideração que o nível de rede
integra vias de maior capacidade e de importância estratégica nacional.
SEGMENTAÇÃO NA GESTÃO DE INFRAESTRUTURAS – O DESAFIO DO TOTEX2016-04-12 11
3. O SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA
• Definir âmbitos diferenciados de intervenção segundo os segmentos, ou seja, quanto maior a pressão
rodoviária melhor deverá ser a “qualidade” da obra de arte.
• S1 - permitir atualização ao sismo, alargamentos e melhoramento das caraterísticas funcionais.
Permitir requalificação.
• S2 - permitir atualização ao sismo, alargamentos e melhoramento das caraterísticas funcionais em
situações de obras de arte especiais ou de maior dimensão.
• S3 - nada de requalificação; nada de atualização ao sismo; nada de alargamentos e reforços ou
substituição para melhoramento funcional; reparação das zonas afetadas sem requalificação; eventual
substituição apenas se mais económico.
Como segmentar a reabilitação e subsequentes medidas de atuação nas obras de arte?
Reabilitação de Obras de Arte
SEGMENTAÇÃO NA GESTÃO DE INFRAESTRUTURAS – O DESAFIO DO TOTEX2016-04-12 12
3. O SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA
• Condicionamentos de obras de arte:
• Segmento 1 e 2 - evitar a utilização condicionada à exploração das obras de arte, sendo
para o efeito despoletados procedimentos de emergência para a sua resolução quando
necessário;
• segmento 3:
• podem ser condicionadas se custo da manutenção do condicionamento inferior ao
custo de procedimento emergência;
• é admissível o ajustamento da sobrecarga rodoviária utilizada na verificação da
segurança estrutural à capacidade estrutural da obra de arte, admitindo-se o seu
permanente condicionamento à exploração rodoviária.
• Em termos de Alertas, a sua esmagadora maioria tem sido enquadrada no âmbito dos CCC´s,
propondo-se por essa razão que se mantenha a sua análise caso a caso, consoante a sua
especificidade.
SEGMENTAÇÃO NA GESTÃO DE INFRAESTRUTURAS – O DESAFIO DO TOTEX2016-04-12 13
• Priorizar intervenções de reabilitação com o mesmo EC/Alerta decrescentemente segundo o
segmento onde estão inseridos, sendo que face ao risco de segurança para os clientes mas
também face ao valor patrimonial das obras de arte, em que as ruturas provocarão
necessariamente custos de intervenção bastante mais elevados, não será admissível que se
deixe de intervir nas situações de EC4+EC5;
• S1 - EC4+EC5 e EC3 se justificável;
• S2 - EC4+EC5 e EC3 em obras de arte especiais;
• S3 - EC4+EC5.
Reabilitação de Obras de Arte
3. O SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA
Segmento
Extensão
Conservação
Corrente (CC)
(OPEX)
Conservação
Periódica (CP)
(CAPEX)
Conservação
Corrente (CC)
(OPEX)
Conservação
Periódica (CP)
(CAPEX)TOTEX
km total % €/km €/km M€/ano M€/ano M€/ano
Rede de Alta Prestação
(RAP)132 1% 32.000 500.000 4,224 2,640 -
Rede de Alta Prestação
(RAP) - CCC156 1% 12.000 425.000 1,872 2,652 **
S1 (segmento alto) 493 4% 4.491 170.000 2,214 3,352 **
S2 (segmento médio) 4.697 34% 2.471 150.000 11,606 22,017 **
S3 (segmento baixo) 8.190 60% 2.105 60.000 17,240 8,329 **
Total 13.668 - - - 37,156 38,990 76,146
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3. O SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA
TOTEX
Nome de apresentação | data da mesma
O SISTEMA DE COOPERAÇÃO
POR INCENTIVOS
SEGMENTAÇÃO NA GESTÃO DE INFRAESTRUTURAS – O DESAFIO DO TOTEX2016-04-12 15
4. O SISTEMA DE COOPERAÇÃO POR INCENTIVOS
Grandes Reparações – Situação de Partida
• PERIODICIDADE:
Pré-estabelecida - em regra geral de 8 em 8 anos (regra geral quando o dano do pavimento atinge 60%);
• ENCARGOS (2013 em diante):
Valores inscritos nos modelos financeiros – 895 M€ (correntes s/IVA)
• PAGAMENTOS POR DISPONIBILIDADE:
As tarifas de disponibilidade a pagar pelo Concedente tem alocado uma rubrica destinada a suportar os
custos com as Grandes Reparações;
• A RESPONSABILIDADE pela execução e financiamento residia na concessionária;
• O CUSTO ESTIMADO está implicitamente suportado pelo Concedente independentemente da sua
realização,
Caso Base Inicial
SEGMENTAÇÃO NA GESTÃO DE INFRAESTRUTURAS – O DESAFIO DO TOTEX2016-04-12 16
4. O SISTEMA DE COOPERAÇÃO POR INCENTIVOS
Grandes Reparações – Oportunidade Negocial
• OPORTUNIDADE NEGOCIAL: Ultrapassados 10/15 anos de vigência das
concessões por regra os custos previstos foram superiores aos incorridos,
potenciando uma poupança no processo negocial;
• TRÁFEGO:
• Estimativas e crescimentos previstos substancialmente mais elevados
do que a realidade: 2005/2009 - Previsto versus Real de -24%;
• Introdução de portagens aumentou a sobrestimação: 2012 - Previsto
versus Real de -59%,
• % pesados: Prevista 13/17%, Real 6/8%;
• ENCARGOS: Gastos efetivamente inferiores aos estimados até 2012 –
Previsto: 156 M€; Realizado: 39 M€; (correntes s/IVA).
• O tráfego verificado, especialmente após a introdução de
portagens ficou aquém do previsto, sendo por isso
desnecessário estar a suportar os custos previstos para as
grandes reparações e inscritos nos modelos, que
consequentemente seriam pagos através da remuneração por
disponibilidade.
• As despesas incorridas com grandes reparações no período já
decorrido foram inferiores ao previsto.
SEGMENTAÇÃO NA GESTÃO DE INFRAESTRUTURAS – O DESAFIO DO TOTEX2016-04-12 17
4. O SISTEMA DE COOPERAÇÃO POR INCENTIVOS
Grandes Reparações – Negociação e Novo Modelo
• TRÁFEGO: Revisão da procura de tráfego á luz dados atuais e dos novos pressupostos. Desvio dos Casos
Bases Iniciais para a Espectativas da ex. EP (2014/2024) - ∆= -63%;
• Nova Calendarização das Grandes Reparações face ao tráfego expectável,
• Encargos Estimados: 336 M€ (414 M€ c/IVA);
• No novo modelo o custo da grande reparação é suportado pelo Concedente;
• Alteração do Mecanismo Contratual:
• Monitorizações 4 em 4 anos;
• Resultados determinam a necessidade de grande reparação e responsabilidade pelos seus encargos;
• Projeto de Execução;
• Aprovação de Orçamento e Concurso Publico;
• POUPANÇA OBTIDA (2013 em diante):
• Caso Base Inicial: 909 M€;
• Contas de reserva: 75 M€;
• Encargos estimados: 414 M€;
• Poupança Global: 570 M€ (correntes c/IVA).
SEGMENTAÇÃO NA GESTÃO DE INFRAESTRUTURAS – O DESAFIO DO TOTEX2016-04-12 18
4. O SISTEMA DE COOPERAÇÃO POR INCENTIVOS
Grandes Reparações – Negociação e Novo Modelo
Investimentos em Grandes Reparações de Pavimentos
Foi acordado um regime alternativo, em que a necessidade da grande reparação é aferida
regularmente e decidida pelo Estado que suportará o seu custo.
• Monitorizações de 4 em 4 anos – responsabilidade do Concessionário;
• Recurso a comissão de peritos em caso de discordância;
• Recurso a concurso publico por vontade do Concedente
• Decisão final sempre do Estado, que suportará o custo,
• Em caso de peritos decidirem por GR, o Estado não aplica indisponibilidade
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 Total
3.006 9.191 5.530 - - 13.787 5.530 -
- 13.787 5.530 - - 13.787 1.845 - 71.992
6.030 8.354 1.585 5.449 - 12.531 2.377 5.449 - 12.531 2.377 5.449 - 12.531 1.585 76.248
1.697 1.451 2.475 3.882 - 2.176 2.475 3.882
- 2.176 2.475 3.882 - 2.176 - 2.119 30.865
4.356 4.356 4.356 4.356 2.904 20.326
1.317 2.058 - - 1.540 1.087 - -
540 1.087 - - 540 587 - - 513 559 9.828
1.724 2.188 2.189 3.245 2.586 4.353 2.189 3.245 2.586 2.917 2.189 3.245 2.586 35.243
1.623 2.170 2.878 2.095 1.623 2.170 2.159 2.095 1.623 2.170 2.159 1.396 1.082 3.540 28.785
4.627 3.514 7.935 - - 11.268 7.935 -
- 8.683 7.935 - - 8.374 2.645 - 62.914
0 0 16.777 27.915 21.882 14.398 11.235 45.058 24.840 13.679 10.236 42.473 23.404 13.679 9.537 41.123 9.615 2.119 4.869 559 - - 2.904 336.301
39.660 28.524 13.941 9.035 29.130 27.549 38.173 75.197 57.519 49.639 17.543 13.996 34.594 36.937 55.094 91.172 63.494 35.637 11.733 10.031 0 0 0 738.598 Encargos pevistos no Caso Base
Concessão 6
Concessão 7
Concessão 8
Previsão dos encargos futuros
Concessão 5
Concessões
Concessão 1
Concessão 2
Concessão 3
Concessão 4
Nome de apresentação | data da mesma
Para a IP o desafio será transformar-se de mero dono de obra num
gestor de activos
Para os fornecedores o desafio é transformarem-se de meros
fornecedores de capex em parceiros de “totex”
conclusões
1. No período 2016/2018 86% do total de investimentos está associado a compromissos passados (parcerias
rodoviárias) ou a contrapartidas nacionais (PETI3+ ferroviário)
2. Nos próximos anos não existirá nem disponibilidade nem necessidade de elevados investimentos em nova
construção no setor rodoviário. O desafio será manter a qualidade de infraestruturas existente sem deterioração;
3. Exige-se, por isso, uma gestão do custo de conservação e manutenção (OPEX) em articulação com
investimentos “on going” (CAPEX);
4. Todo este trabalho de gestão da infraestrutura (asset management) terá de ser gerida com eficiência máxima;
5. Isso obriga a modelos de gestão de ativos exigentes e sujeitos a elevados níveis de “accountability”, o que implica
uma nova organização e novos conceitos de alocação de recursos.
6. Por isso, a alocação de recursos financeiros terá que ser feita numa ótica de Custo Total (TOTEX) e não de
custos virtualmente diferenciados (OPEX e CAPEX)
19
www.infraestruturasdeportugal.pt
antonio.ramalho@infraestruturasdeportugal
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