SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – UNESPAR
GISLENE APARECIDA DOS SANTOS
A FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR: REPENSANDO CAMINHOS
CAMPO MOURÃO 2016
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
TURMA – PDE/2016
Título:
A FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR: REPENSANDO CAMINHOS
Autor: Gislene Aparecida dos Santos
Disciplina/Área: (ingresso no PDE) PEDAGOGIA
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Duque de Caxias CEP: 87490-000 – Nova Olímpia-PR
Município da escola: Nova Olímpia-PR
Núcleo Regional de Educação: Umuarama-PR
Professor Orientador: Me. Helena Izaura Ferreira
Instituição de Ensino Superior: UNESPAR Campus Campo Mourão
Relação Interdisciplinar: Contempla todas as disciplinas
Resumo:
O presente trabalho visa provocar reflexões acerca da formação de professores, partindo da formação inicial, para alcançar uma perspectiva centrada no desenvolvimento profissional, que inclui a articulação entre teoria e prática, fortalecida pela formação continuada. Faremos uso da pesquisa bibliográfica, documental e participante, com base em teóricos que discorrem sobre o assunto, dentre eles: Gatti, Luckesi, Tardif, Libâneo, Vigostky, entre outros. Para a inserção na escola, elaboramos um Caderno Pedagógico como base para ministrarmos um curso de extensão, durante o qual realizaremos um breve percurso histórico da formação docente, discutindo a necessidade de repensar a formação continuada de professores a partir de uma análise sobre os saberes necessários para fazer frente aos desafios da contemporaneidade, sem, que haja esvaziamento dos conteúdos historicamente acumulados, considerados essenciais, nas Diretrizes Curriculares Estaduais – DCE-PR. Acreditamos ser fundamental que o professor tenha
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competência política para, além de ensinar promover também uma reflexão sobre a importância social dos conteúdos. Os sujeitos envolvidos na pesquisa serão os professores da Educação Básica do município de Nova Olímpia-PR. A pesquisa é de natureza qualitativa, com base no materialismo histórico dialético. Iniciamos com o projeto de pesquisa que culminou com a elaboração um Caderno Pedagógico e finalizando o programa com a produção de um artigo.
Palavras-chave: Formação de professores. Práxis pedagógica. Aprendizagem.
Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico.
Público: Equipe pedagógica e professores.
APRESENTAÇÃO
Este caderno pedagógico é resultado de uma importante parte do Programa
de Desenvolvimento Educacional – PDE, e constitui-se como uma das estratégias
de ação do Projeto de Intervenção Pedagógica a ser implementado na escola, e tem
como objetivo dialogar com Professores e Pedagogos sobre a importância da
Formação Continuada do professor como mecanismo primordial para o ensino
aprendizagem.
Por meio deste Caderno Pedagógico, buscaremos refletir junto aos
professores sobre qual formação continuada seria necessária para enfrentar os
enormes desafios postos pela atualidade, considerando a importância da relação
teoria e prática.
Na unidade I, pretende-se realizar uma retomada histórica sobre a formação
do professor no Brasil, partindo da formação inicial, para alcançar uma perspectiva
centrada no desenvolvimento profissional, que inclui a articulação entre teoria e
prática fortalecida pela formação continuada, que permita ao professor compreender
a importância da função social da Escola Pública em garantir o saber sistematizado
produzido pela humanidade e perceber-se como agente primordial desta função.
Na unidade II, pretende-se ressaltar a importância da formação continuada
como mecanismo primordial capaz de promover mudanças na práxis educativa, com
base na análise e discussão dos documentos norteadores desta formação,
considerando a necessidade de respeitar os aportes legais: Constituição Federal de
1988, Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, Diretrizes Curriculares Nacionais para
Formação de Professores (2006 e 2015), Diretrizes Curriculares da Educação
Básica, Projeto Político Pedagógico; Regimento Escolar; Plano de Ação da Escola.
Na Unidade III, vamos dialogar, analisar e discutir sobre o material utilizado
para estudos nas semanas pedagógicas fazendo uma relação com as Diretrizes
Curriculares da Educação Básica, sua similitude com o cotidiano escolar, como
estes materiais são trabalhados durante as formações, e após se eles têm servido
de aporte aos professores para a melhoria da qualidade do ensino/aprendizagem.
Na unidade IV, uma vez tendo maior clareza quanto a vertente pedagógica da
Instituição de Ensino, vamos buscar sugestões por meio de pesquisas de materiais
para montagem de um portfólio que sirva de subsídio para formação continuada de
professores, considerando os enormes desafios postos pela atualidade, e a
importância da relação teoria/prática, oportunizando aos professores uma
fundamentação teórica que venha de encontro ao Projeto Político Pedagógico da
Escola, além da coleta de materiais didáticos pedagógicos que reverbere em uma
prática condizente com as necessidades da contemporaneidade, considerando suas
expectativas sobre quais conhecimentos teórico/práticos são essenciais para sua
formação.
Para tanto buscaremos aporte teórico em autores como Lucksei (1990),
Freitas (1992), Fazenda (1995), Duarte (1996 e 1998), Libâneo (2004), Gatti (2008),
Tardif (2005), entre outros, além da utilização de materiais como Cadernos
Pedagógicos do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) de anos
anteriores, Portal dia a dia Educação, Escola Interativa.
O objeto principal deste Caderno é suscitar subsídios ao trabalho pedagógico
na escola, dialogando com os professores sobre a importância de sua formação
teórico/prática, com base na continuidade, evitando a fragmentação, o aligeiramento
e o imediatismo que estão atrelados às necessidades mínimas, que despe a
educação da possibilidade de ascender ao conhecimento elaborado para possibilitar
uma Escola Pública de Qualidade, enquanto espaço da apropriação do saber
historicamente produzido.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
POR QUE FALAR EM FORMAÇÃO DE PROFESSORES?................... 7
UNIDADE I
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR NO BRASIL...................................... 10
UNIDADE II
DA FORMAÇÃO INICIAL A FORMAÇÃO CONTINUADA...................... 17
UNIDADE III
A FORMAÇÃO CONTINUADA E O COTIDIANO ESCOLAR................. 24
UNIDADE IV
A FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR: REPENSANDO
CAMINHOS.............................................................................................
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CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 41
REFERÊNCIAS................................................................................................... 42
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INTRODUÇÃO
POR QUE FALAR EM FORMAÇÃO DE PROFESSORES?
Na atualidade os problemas enfrentados pela escola são inúmeros. Isso
porque a escola não é uma instância separada da sociedade, pelo contrário, a
escola é uma instância social e como tal reproduz os problemas existentes na
sociedade. Um desses problemas diz respeito à formação continuada de
professores.
Ao iniciarmos este caderno se faz necessário refletir sobre a formação do
professor, uma vez que se observa que muito se tem falado sobre a desvalorização
do trabalho do professor, principalmente no ato de ensinar.
Saviani (2007b, p.30), ressalta que:
[...] O mercado, e seus porta vozes governamentais parece querer um professor ágil, leve, flexível; que, a partir de uma formação inicial ligeira, de curta duração e a baixo custo, prosseguiria sua qualificação no exercício docente lançando mão da reflexão sobre sua própria prática, apoiada eventualmente por cursos rápidos.
Vislumbra-se dessa forma, a importância do professor perceber-se como
agente transformador de sua realidade, à medida que compreende que o
conhecimento é produzido e reproduzido durante toda sua trajetória profissional.
Para Demo (1993, p. 13):
O que se espera do professor já não se resume ao formato expositivo das aulas, a influência vernácula, à aparência externa.
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Precisa centralizar-se na competência estimuladora da pesquisa, incentivando com engenho e arte a gestão de sujeitos críticos e autocráticos, participantes e construtivos (DEMO, 1993, p. 13).
Todavia, o que tem marcado grande parte da formação de professores seja
ela inicial e/ou continuada é a objetividade e com isso a afirmação do irracionalismo
que marca a contemporaneidade. O professor tem sido capacitado com vistas à
resolução de situações problema e a imediaticidade do cotidiano escolar.
De forma ainda que velada o professor vem aos poucos sendo afastado da
sua função de retransmissor dos conhecimentos produzidos e acumulados ao longo
da história da humanidade, o que tem descaracterizado seu papel, fortalecendo uma
prática imediatista, esvaziada de conteúdo científico.
Como afirma Saviani (2007a, p.13):
[...] o pensamento pedagógico brasileiro buscou, entre as décadas de 1930 e 1980, ancorar-se em bases científicas. Porém, a partir da década de 1990, sobreveio uma forte inflexão: a aspiração científica cedeu lugar ao fenômeno da descrença na ciência. E o pensamento pedagógico enveredou pelo caminho da desconstrução das ideias anteriores antepondo-lhes prefixos do tipo “pós” ou “neo”. Dessa metamorfose resultaram correntes como o neoprodutivismo, o neo-escolanovismo e o neoconstrutuvismo que dominam a cena pedagógica brasileira atual.
Estas concepções negativas sobre o ato de ensinar, como a pedagogias das
competências, o escolanovismo, o construtivismo, levou a educação a contribuir com
os interesses de grupos dominantes, na maioria das vezes de forma velada, e nesse
contexto a escola vêm perdendo a especificidade de sua função e a capacidade de
reflexão sobre tal questão, além da descaracterização do profissional da educação.
Duarte (1996) aponta para o fato de que não se trata de supor ingenuamente
que a educação vá, por si só, superar a alienação produzida pelas relações
capitalistas, há que se buscar mecanismos que supere essa alienação, dessa forma
o autor aponta a formação continuada de qualidade do professor como um forte
mecanismo de desalienação.
Tal constatação nos remete as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Formação Inicial em Nível superior (2015), que em seu capítulo ll traz que a
formação continuada deve pautar-se em uma concepção de educação
emancipatória e contínua, que reconheça as especificidades e conduza à práxis,
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considerando a realidade das instituições. Neste sentido, é impossível pensar em
educação, sem colocar como primordial a formação de professores e suas reais
necessidades.
Segundo Vasconcellos (1998, p.21)
O levantamento de dificuldades, problemas da prática é o álibi ideal para gerar justificativas [...] Esta pode ser, inclusive, uma forma sutil de resistência: fica-se discutindo eternamente os problemas e nunca se entra no estudo de formas possíveis de enfrentamento e superação; passa-se uma certa imagem “crítico”, garantindo o eterno imobilismo. Se o compreender a realidade é apenas para justificar porque não fazemos nada, é melhor não perdermos tempo com isto.
Essa afirmação de Vasconcellos (1998) nos remete ao fato de que não
podemos simplesmente acreditar que a prática imediatista, resolverá o problema,
mas sim, na necessidade de ações coletivas, organizadas e sistematizadas.
Há que se compreender que o processo de formação de professores, deve
seguir bases sólidas, com rica fundamentação teórica e propostas de continuidade
uma vez que tais mudanças não ocorrem somente pela incorporação de um novo
padrão de comportamento, ou de leis, mas, faz-se necessário investigar o que de
fato motiva sua mudança, visto que essa iniciativa é suficientemente instigadora
podendo ter efeitos diretos no exercício da ação docente.
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UNIDADE I
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR NO BRASIL
Sapelli (2011) afirma em seu artigo Qual a “Função Social da Escola
Pública?” que a educação no Brasil sempre esteve atrelada a diferentes interesses,
estes relacionados à hegemonia, ora para reproduzir, ora para doutrinar, ora para
treinar para o trabalho. O que tem levado a educação contribuir com os interesses
de grupos dominantes, na maioria das vezes de forma velada, e nesse contexto a
escola vem perdendo a especificidade de sua função e a capacidade de reflexão
sobre tal questão, provocando a alienação e a falta de criticidade.
Após esta breve explanação sobre a Qual a “Função Social da Escola
Pública”, vamos contextualizar com nossa realidade. Isto lembra uma história que
Ruth Rocha escreveu que retrata essa alienação “Quando a Escola era de Vidro”.
Vamos conhecer a história: Quando a Escola é de Vidro? de Ruth Rocha.
Acesse o site: <https://youtu.be/KFZ1i40M6So>.
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Após assistir o vídeo “Quando a Escola era de Vidro” de Ruth Rocha, e com
base nas lembranças de sua formação inicial e profissional, que tal começarmos
falando sobre como você vê a Formação do Professor no Brasil?
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Nesta unidade buscamos propor um estudo sobre a formação do professor no
Brasil, por meio de uma breve retomada histórica desde sua formação inicial calcada
em bases conservadoras e tecnicistas, até chegarmos ao imediatismo da
contemporaneidade.
Revendo a história da educação no Brasil, no que diz respeito à formação de
professores, tanto a revolução industrial, quanto a ditadura no regime militar,
formaram educadores com a preocupação para competência técnica que atendesse
a demanda social vigente. Dessa forma, durante grande parte do século XX, a
formação dos docentes tinha como base a palavra treinamento, visando atender o
modelo fordista de produção. Essa formação técnica, por meio do convencimento e
persuasão, também entendida como capacitação e/ou treinamento, advinda do
modelo industrial, adentra as portas das escolas.
Behrens (2007, p. 442) afirma que:
A capacitação tem como finalidade o acompanhamento e a qualificação de recursos humanos para repetir tarefas, em especial pela crescente e continua evolução das tecnologias. A capacitação e a atualização dos profissionais tinha como objetivo a preparação de pessoal habilitado para um determinado manejo ou técnica. A
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capacitação pode ser entendida como o convencimento ou persuasão, o que geraria um treino sem abordagem crítica e reflexiva (BEHRENS, 2007, p. 442).
Texto para leitura em pequenos grupos e discussão em plenária: O LEGADO DO
SÉCULO XX PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES – Formação de
Professores Para Que?
Lígia M. Martins
Um primeiro princípio que tem norteado a formação de professores, a se
colocar em tela neste texto, diz respeito ao descarte da teoria, da objetividade e da
racionalidade expresso na desqualificação dos conhecimentos clássicos, universais,
e em concepções negativas sobre o ato de ensinar, como claramente analisam
Moraes (2001) e Duarte (1998), respectivamente.
Disponível em: <http://books.scielo.org/id/ysnm8/pdf/martins-9788579831034-02.pdf>.
Acesse o site relacionado e assista agora ao vídeo que trata da Formação
Inicial do Professor no Brasil de Bernadete Gatti, pesquisadora na área de Formação
de Professores.
<https://youtu.be/WH6kuIPXkvA>
Todavia, é inconcebível entender a formação continuada do professor como
compensação de uma formação inicial precária, uma vez que à medida que assume
o papel de trabalhador do conhecimento reafirma o reconhecimento de que a
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formação é algo inacabado e em constante processo de evolução. Isto posto, há que
se analisar as interferências desta formação na prática pedagógica com vistas às
contradições que demandam a educação no mundo pós-moderno.
Texto sugerido para leitura e discussão em duplas: FORMAÇÃO DE
PROFESSORES NO BRASIL: CARACTERÍSTICAS E PROBLEMAS
Bernadete A. Gatti
O artigo acima aborda a formação de professores no Brasil, considerando
quatro aspectos: o da legislação relativa a essa formação; as características sócio
educacionais dos licenciados; as características dos cursos formadores de
professores; os currículos e ementas de licenciaturas em Pedagogia, Língua
Portuguesa, Matemática e Ciências Biológicas, dentre outros (GATTI, 2010).
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v31n113/16.pdf>.
Levando a Reflexão
Estas constatações levam às seguintes reflexões sobre a formação do
professor:
1. Ao saírem da universidade os educadores se encontram adequadamente
preparados para cumprir com a função social da escola?
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O texto traz uma abordagem acerca da história da Formação Continuada do Professor no Brasil com base em sua
trajetória histórica, chamando atenção para os documentos oriundos do Fórum Mundial da educação realizado em Dacar em 2000 e
para o artigo nº 67 da LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96.
2. Quais conhecimentos ainda lhes são negados?
3. Qual a relação do texto com nosso cotidiano?
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Socialização dos Estudos
Após a contribuição teórica de Bernadete Gatti, e discussão da temática com
seu colega, Vamos socializar por meio de uma plenária.
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Libâneo (2004) vem reforçar a ideia de que, só com a formação continuada é
que ocorrem mudanças na prática docente, à medida que o professor desenvolve a
capacidade de perceber suas dificuldades e busca caminhos para superá-las,
utilizando-se do senso crítico por meio da reflexão/ação.
Organização em grupos para estudos, discussões e registros, de parte do Artigo
PEDAGOGO E A FORMAÇÃO CONTINUADA: A IDENTIDADE DO PEDAGOGO
COMO EDUCADOR.
Prof. Andrea Santolaia Lopes
Prof. Dr. Darcísio Natal Muraro
A formação continuada possui uma trajetória histórica, em condições
emergentes de uma sociedade contemporânea e que vem atender às exigências
impostas pelas reformas educativas para a educação (LOPES; MURARO, 2013).
• Após a leitura que realizamos, é possível compreender melhor a trajetória
histórica da formação continuada e perceber-se dentro desta. Explique
esta afirmação.
• Que lugar a formação continuada ocupa nesse processo histórico?
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A fim de socializar os conhecimentos adquiridos neste primeiro momento de
estudos, Retomada Histórica da Formação do Professor no Brasil, vamos
sistematizar em grupos de quatro pessoas, por meio de cartazes os conhecimentos
por nós produzidos e apresentar em plenária.
Textos de Apoio para Estudos
GATTI, A. Bernadete. Análise das políticas públicas para formação continuada no Brasil, na última década. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 13, n. 37, p. 57-70, jan./abr. 2008. SAPELLI, Marlene Lúcia S. Qual a função social da escola pública? 2011. Disponível em: <http://viseducar.blogspot.com.br/2011/02/qual-funcao-social-da-escola-publica.html>. Acesso em: 4 out. 2016. SAVIANI, Dermeval. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro. Revista Brasileira de Educação, Campinas, v. 14, n. 40, p. 143-155, jan./abr. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v14 n40/v14n40a12.pdf>. Acesso em: 19 out. 2016.
17
UNIDADE II
DA FORMAÇÃO INICIAL A FORMAÇÃO CONTINUADA
Faz-se necessário que entendamos a importância da formação continuada
como mecanismo capaz de subsidiar a reflexão permanente na e sobre a prática
docente, com vista a contribuir com o desenvolvimento da autonomia intelectual do
professor, dessa forma a formação continuada não pode ser reduzido à atualização,
nem tão pouco a um treinamento ou capacitação tendo em vista a sociedade da
informação e tecnologia, ou ainda como compensação de deficiências da formação
inicia.
TEXTOS SUGERIDOS PARA LEITURA E APROFUNDAMENTO TEÓRICO EM
PEQUENOS GRUPOS – PLENÁRIA
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CP nº 1, de 15 de maio de 2006. Brasília, DF: MEC, 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/ rcp01_06.pdf>.
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BRASIL. Ministério da Educação. Resolução nº 2, de 1º de julho de 2015. Brasília, DF: MEC, 2015. Disponível em: <http://pronacampo.mec.gov.br/images/pdf/res_cne_ cp_02_03072015.pdf>.
A FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR E SEUS APORTES LEGAIS
Nesta unidade vamos discutir a importância da formação continuada como
mecanismo primordial capaz de promover mudanças na práxis educativa, para tanto
precisamos compreender que tais mudanças não ocorrem somente pela
incorporação de um novo padrão de comportamento, ou de leis, mas, faz-se
necessário investigar o que de fato motiva sua mudança, visto que essa iniciativa é
suficientemente instigadora podendo ter efeitos diretos no exercício da ação
docente.
Dessa forma cabe ressaltar que a formação continuada do professor, tem
uma intima relação com a ideia de aprendizagem constante, uma vez que esta
provoca mudanças na produção de novos conhecimentos, e estes por sua vez darão
suporte teórico para a prática docente.
Nas últimas décadas do século XX, vários movimentos sociais se
mobilizaram em busca de uma educação focada na transformação social, isso
porque o texto constitucional de 1988 vem assegurar a educação como um direito de
todos, dever do Estado e da família (BRASIL, 1988). Atrelada a essa ideia de
atender os anseios da sociedade civil, os movimentos sociais passaram também a
discutir sobre a necessidade de investir na formação de professores em suas
múltiplas dimensões: pessoal, política, social e histórica.
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Exercitando o Pensamento
Questões sugeridas para discussão em duplas e na sequência vamos
socializar nossas respostas na plenária.
O exercício profissional deve propiciar ao professor condições de refletir na, e
sobre a sua prática, no intuito de que essa formação transcorra ao longo de toda a
trajetória do ato de educar mais...
• O que você entende por formação continuada?
• Que conceitos podemos construir e reconstruir a respeito deste tema, a
fim de evitarmos destoar do seu contexto, principalmente do que diz a
legislação?
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O educador deve possuir algumas qualidades, tais como: compreensão da realidade com a qual trabalha comprometimento político, competência no
campo teórico de conhecimento em que atua e competência técnica profissional (LUCKESI, 1990, p. 115).
20
O PROFESSOR E A LDB nº. 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) nº 9.394, de setembro de
1996, dispõe entre outros aspectos, especificamente sobre a formação dos
profissionais da educação, nestes termos:
Art. 61. A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e as características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos: I - a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço; II - aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades. Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal (BRASIL, 1996).
A lei de Diretrizes e Bases da Educação em seu artigo 3º inciso VII vem
reforçar o exposto na Constituição Federal (1988) que trata especificamente da
valorização do profissional da educação escolar; reforçando que cabe aos sistemas
de ensino promover o aperfeiçoamento continuado dos profissionais da educação,
associando teoria e prática, por meio da formação continuada.
As legislações nacionais indicam que a profissionalização do professor tem
intima relação com sua formação, inicial e continuada, uma vez que um dos
princípios nacionais da educação está relacionado à valorização destes
profissionais. As Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica,
no parágrafo primeiro do artigo 57 da Resolução nº 4 de 13 de julho de 2010
(BRASIL, 2010a) e Parecer nº 7/2010 (BRASIL, 2010b) trazem:
21
§ 1º – A valorização do profissional da educação escolar vincula-se a obrigatoriedade da garantia de qualidade e ambas se associam a exigência de programas de formação inicial e continuada de docentes e não docentes, no contexto do conjunto de múltiplas atribuições definidas para os sistemas educativos, em que se inscrevem as funções do professor (BRASIL, 2010a).
Texto sugerido para leitura e discussão no grupo: Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Título VI
– Dos Profissionais da educação Art. 61 ao 67.
JÚRI SIMULADO
Objetivo:
Refletir sobre a formação continuada do professor com base na Constituição
Federal de 1988 e na LDB – Lei de Diretrizes e Bases nº. 9.394/96, destacando
pontos de divergência entre os integrantes do grupo de maneira sólida e consistente.
Número de pessoas:
Todos os participantes do curso
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Material necessário:
Constituição Federal 1988, LDB – Lei de Diretrizes e Bases nº. 9394/96,
Regimento Escolar, Projeto Político Pedagógico.
Como Fazer:
O professor organizador propõe ao grupo que com base no material estudado
até o momento nesta unidade didática e nas discussões realizadas sobre os aportes
legais da formação de professores, contextualizando com o cenário escolar no qual
estão inseridos montem um tribunal para debater sobre a valorização do profissional
da educação, assim como a garantia de formação continuada assegurada pela
Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases nº. 9.394/96, que traz em
seu art. 61:
A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e às características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos: I - a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço (grifos do autor).
Pede-se, então, que os participantes se organizem escolhendo um advogado
de defesa, um de acusação, o juiz e 5 (cinco) jurados. Os demais participantes
formarão a plateia que estará contra ou a favor do que se discute. Os advogados
deverão preparar seus discursos com argumentos podendo usar trechos da
Constituição Federal de 1988 e da LDB – Lei de Diretrizes e Bases nº. 9.394/96 para
defender seu ponto de vista. Poderão também convocar 1 (uma) testemunha
(pessoas da plateia) para cada advogado.
Monta-se a seção: os advogados expõem seus discursos e testemunhas e ao
final o juiz dará o veredicto de acordo com a argumentação e a conclusão dos
jurados.
Ao final do júri simulado o tema será personificado em um cartaz
confeccionado por todos do grupo por meio de desenhos, colagens, palavras, frases
que represente as constatações e aprendizagem do grupo.
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Curiosidade
Você sabia que no ano de 2004 foi criada A Rede Nacional de Formação
Continuada de Professores, objetivando a melhoria da formação dos professores e
alunos. E que o público-alvo prioritário da rede são professores de Educação Básica
dos sistemas públicos de educação.
Saiba mais sobre o assunto no Portal do MEC: <http://portal.mec.gov.br/index.php?
Itemid=86&id=231&option=com_content&view=article>.
Leitura Sugerida para Aprofundamento sobre o Tema
Catálogo 2006 - Rede Nacional de Formação Continuada de Professores de Educação Básica (BRASIL, 2006a). Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/ arquivos/pdf/Rede/catalg_rede_06.pdf>.
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UNIDADE III
A FORMAÇÃO CONTINUADA E O COTIDIANO ESCOLAR
Sabemos que muitos são os desafios postos pela educação contemporânea,
e que grande é a insatisfação e insegurança do professor frente a eles, este sem
dúvida é o fator preponderante na escolha das temáticas a serem abordadas nos
cursos de formação continuada, uma vez que quando em consulta os professores
em sua maioria clamam por uma formação voltada a prática pedagógica para atuar
em uma realidade diversa e heterogênea, em que as diferenças, o pouco acesso as
tecnologias, a indisciplina, são vistos pela maioria como implicadores do fracasso
escolar.
Uma vez que conhecemos um pouco mais sobre a história da formação de
professores no Brasil realizando uma relação com os aportes legais, convido você a
fazer um passeio pela formação continuada (Semana Pedagógica).
As orientações das semanas pedagógicas pautam-se na ideia de que a
escola tem por função levar o aluno a pensar criticamente; ressalta ainda, a
importância de conhecer e reconhecer os problemas e deficiências do ensino na
orientação de políticas públicas para a superação das dificuldades e promoção da
equidade social, para tanto há que se investir em uma formação de professores com
bases sólidas, com rica fundamentação teórica e propostas de continuidade.
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Levando a Reflexão
Em grupos vamos ler, analisar e discutir as orientações das semanas
pedagógicas de 2014 a 2016. Disponível em: <http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.
gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1471>.
Questões Norteadoras da Reflexão
• Como foram elaborados os temas da formação de professores nos últimos
anos, (semanas pedagógicas – 2014 a 2016), eles atenderam as
demandas da escola?
• As temáticas abordadas tem dado enfoque à interdisciplinaridade,
possibilitando ao professor uma nova postura teórico/metodológica, para
que construa coletivamente novas concepções de ensino/aprendizagem e
avaliação?
• Há um enfoque na relação teoria/prática? Como está abordagem tem sido
proposta nestas formações?
• As temáticas das semanas pedagógicas têm contemplado as relações
sociais que envolvem a educação dentro do contexto político, social e
econômico em que estamos inseridos? De que forma?
26
• De que forma essas temáticas têm sido trabalhadas durante a formação
continuada e como são produzidas em sala de aula?
• Os conhecimentos dos professores oriundos diferentes camadas sociais
oferecem uma base para a aquisição de novos conhecimentos e novas
práticas? Eles estão contemplados nesta modalidade? De que forma isso
tem acontecido?
• O material utilizado para estudos nas semanas pedagógicas tem relação
com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica e similitude com o
cotidiano escolar?
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Socializando
Após termos analisado o material das últimas semanas pedagógicas e sua
relação com o cotidiano escolar, vamos socializar nossa compreensão por meio de
plenária.
Expandindo Nosso Conhecimento
É preciso considerar que os professores têm diferentes necessidades de
acordo com sua história e o momento profissional, dessa forma as questões que
desafiam os professores que estão em início de carreira nem sempre são as
mesmas que perturbam os veteranos, assim como as certezas advindas das
experiências destes podem não fazer parte do repertório daqueles.
Essas diferenças devidamente articuladas podem enriquecer a formação
considerando a heterogeneidade como característica de todo e qualquer grupo
social.
Considerando tais diferenças e individualidades é um equívoco afirmar que
determinado curso ou formação não contribuiu ou contribui em nada para a prática
docente daquele grupo. O que se verifica é que a contribuição desta ou aquela
formação não está pronta, faz-se necessário submeter tais propostas e teorias ao
crivo da prática, promovendo o embate dos referenciais com a prática da sala de
28
aula, o que sem dúvida provoca uma desestabilidade ao professor, uma vez que o
novo lhe desafia, explicitando suas contradições (FALSARELLA, 2004).
Nessa perspectiva, propostas de natureza paliativas e emergenciais,
homogeneizadoras, desprovidas das particularidades inerentes a cada escola e
ainda desvinculadas dos conhecimentos que os professores possuem, dificilmente
são bem sucedidas.
A maioria dos cursos de professores seja ele inicial, ou de formação
continuada tem sido alvo de críticas pelos professores, que ressaltam o
aligeiramento, o imediatismo, o esvaziamento de conteúdos científicos, o acúmulo
de informações, envoltas em abordagens somente de “competência técnica”, sobre
o como fazer, em detrimento dos determinantes históricos, políticos e sociais; que
segundo eles não são suficientes para a reflexão, além dos estudos e análises
constantes de índices e dados estatísticos, que segundo os professores, pouco têm
contribuído para modificar sua prática.
O que se percebe é uma grande ênfase em ações que responda de forma
imediata os desafios postos pela educação contemporânea, considerando a
realidade diversa e heterogênea, em que as diferenças, o pouco acesso às
tecnologias, a indisciplina, são vistos pela maioria dos professores como
implicadores do insucesso escolar.
Vislumbra-se, portanto, a busca por atividades práticas e emergenciais,
desprovidas de uma visão crítica, o que de certa forma tem ocasionado uma
dicotomia na relação teoria/prática. Nessa perspectiva, essa visão nos remete ao
tecnicismo ainda tão presentes em algumas formações, além de ações
desprovidas de reflexão que visam apenas habilidades específicas, instrumentais e
metodologias universais.
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Para ilustrar a dicotomia entre teoria/prática
com base nos moldes tecnicistas, ainda tão presente
nas formações continuadas vamos assistir a
fragmento do filme: Tempos Modernos de Charles
Chaplin.
Fragmento do Filme disponível em: <http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/
conteudo/conteudo.php?conteudo=167>.
Filme completo disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ieJ1_5y7fT8>.
Registrando Nossa Compreensão
O Filme retrata o caráter instrumental e técnico, a divisão de tarefas, a
fragmentação, o aligeiramento e o imediatismo da sociedade capitalista. Com base
nestas observações conseguimos estabelecer uma relação com as práticas de
formação continuada de professores?
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Discorra sobre o assunto.
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A proposta de indissociabilidade entre teoria e prática, se ampara na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) que preconiza em seu
artigo 61, inciso I “a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a
capacitação em serviço”
Nessa perspectiva o conhecimento deixa de ser estático e torna-se dinâmico,
e as respostas para as demandas emergenciais do cotidiano não aparecem mais
prontas, mas são produzidas a medida que superamos o que está estabelecido,
dessa forma, o saber está em constante produção. Assim, a teoria permitirá uma
visão mais clara da realidade possibilitando ao professor uma reflexão e ação de
novos elementos, talvez antes não vistos ou analisados, oportunizando a
modificação de sua prática, desfazendo equívocos de que na prática a teoria é outra,
pois não é, trata-se da mesma, porém modificada.
A precariedade de embasamento teórico do professor representa retrocesso
no entendimento e utilização constante de argumentos pouco ou nada convincentes
para explicar e lidar com os desafios da contemporaneidade, trata-se do saber
comum, e ao considerarmos a necessidade de reflexão dos fenômenos
educacionais estes se tornam insuficientes para lidar com as demandas emergentes.
Não estamos aqui afirmando que a teoria tem as respostas prontas, afinal
nenhum referencial responde a tudo, todavia possibilita uma maior cientificidade e
sistematização dos fatos. Comungando com essa reflexão, Falsarella (2004)
entende:
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[...] a formação continuada como proposta intencional e planejada, que visa à mudança do educador através de um processo reflexivo, crítico e criativo, conclui-se que deva motivar o professor a ser ativo agente na pesquisa de sua própria prática pedagógica, produzindo conhecimento e intervindo na realidade (FALSARELLA, 2004, p. 50).
Pode se inferir, portanto que uma proposta de formação continuada que de
fato atenda as necessidades, não apenas do professor, mais ainda da educação,
não devem ser feitas para, mas com os professores, a fim de que seus
conhecimentos e práticas sejam mais respeitados, possibilitando maior autonomia
para gestar o seu processo de formação.
Ilustrando Nossa Aprendizagem
PARÁBOLA A HISTÓRIA DOS CEGOS E O ELEFANTE
A história dos cegos e do elefante está disseminada por aí, em várias
versões. Mas nenhuma conta o que aconteceu depois. Corrigimos isso a tempo,
confira. Disponível em: <<http://www.contosepontos.pt/story599/elephant2.gif>.
Era uma vez seis cegos à beira de uma estrada. Um dia, lá do fundo de
sua escuridão, eles ouviram um alvoroço e perguntaram o que era.
Era um elefante passando e a multidão tumultuada atrás dele. Os cegos não
sabiam o que era um elefante e quiseram conhecê-lo.
32
Então o guia parou o animal e os cegos começaram a examiná-lo:
Apalparam, apalparam... Terminado o exame, os cegos começaram a conversar:
— Puxa! Que animal esquisito! Parece uma coluna coberta de pelos!
— Você está doido? Coluna que nada! Elefante é um enorme abano, isto
sim!
— Qual abano, colega! Você parece cego! Elefante é uma espada que
quase me feriu!
— Nada de espada e nem de abano, nem de coluna. Elefante é uma corda,
eu até puxei.
— De jeito nenhum! Elefante é uma enorme serpente que se enrola.
— Mas quanta invencionice! Então eu não vi bem? Elefante é uma grande
montanha que se mexe.
E lá ficaram os seis cegos, à beira da estrada, discutindo partes do
elefante. O tom da discussão foi crescendo, até que começaram a brigar, com
tanta eficiência quanto quem não enxerga pode brigar, cada um querendo
convencer os outros que sua percepção era a correta. Bem, um não participou da
briga, porque estava imaginando se podia registrar os direitos da descoberta e
calculando quanto podia ganhar com aquilo.
A certa altura, um dos cegos levou uma pancada na cabeça, a lente dos
seus óculos escuros se quebrou ferindo seu olho esquerdo e, por algum desses
mistérios da vida, ele recuperou a visão daquele olho. E vendo, olhou, e olhando,
viu o elefante, compreendendo imediatamente tudo.
Dirigiu-se então aos outros para explicar que estavam errados, ele estava
vendo e sabia como era o elefante. Buscou as melhores palavras que pudessem
descrever o que virá, mas eles não acreditaram, e acabaram unidos para debochar
e rir dele.
Moral da História
Quando algo é tido como verdade, o que é diferente parece mentira, porém há que
se compreender que problemas comuns se unem.
Se você for falar sobre um bicho para uma pessoa que nunca viu um, melhor fazer
com que ela o veja primeiro.
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Como afirma Saviani (2007b, p. 73) a educação não transforma de imediato
e de forma direta, mas sim de modo indireto e mediato. Portanto, cabe ao professor
não cair nas armadilhas dos modismos pedagógicos, mas sim serem conscientes
da importância de sua função, reconhecendo que a escola pública, para os alunos
da classe trabalhadora é ainda a única maneira de adquirirem o saber
sistematizado, necessário à sua emancipação social e para a democratização da
sociedade, com vistas a desalienação.
Para Saber Mais
Leia o texto do Professor Francisco José Carvalho Mazzeu sobre Uma proposta
metodológica para a formação continuada de professores na perspectiva
histórico-social, que se encontra no site: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=
sci_arttext&pid=S0101-32621998000100006&lng=en&nrm=iso>.
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UNIDADE IV
A FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR:
REPENSANDO CAMINHOS
Ao refletirmos sobre a função do professor na atualidade, nos deparamos
com a dificuldade de adequar os muitos fatores que dizem respeito à formação
humana, uma vez que o cenário atual é de problemas político-econômico-sociais,
atrelados à vertiginosa evolução científica e tecnológica, e este emaranhado de
adversidades tem refletido na vivencia dos seres humanos em todos os níveis,
inclusive no educacional, uma vez que a escola é parte dessa sociedade que se
movimenta, dessa forma o que se percebe é uma constante afirmação de que a
escola precisa mudar em especial no que se refere à atuação do professor. O que
não significa que este deva simplesmente adaptar-se as novas configurações
sociais.
Uma vez já tendo percorrido a trajetória histórica da formação do professor
no Brasil, posteriormente ter conhecido mais profundamente os aportes legais que
norteiam esta formação, e analisar brevemente o material das últimas seis
formações continuadas (semanas pedagógicas) e sua relação com o cotidiano
escolar, chegamos ao cerne de nosso estudo.
Nesta unidade vamos tentar junto aos professores refletir qual formação
continuada seria necessária para enfrentar os enormes desafios postos pela
atualidade, considerando a importância da relação teoria/prática, não esquecendo
35
que a formação continuada não deve ser apenas um paliativo com carga horaria
mínima, como um processo de acumulação de cursos, palestras, eventos científicos,
mas fundamentalmente, como um trabalho de reflexividade crítica de desconstrução
e reconstrução permanente da identidade docente.
Aprofundando Nosso Conhecimento
Vamos ler e discutir o texto no coletivo. Para tanto elejam um relator para
pontuar as contribuições do mesmo para nossa formação.
Obra ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA ESCOLA Teoria e Prática de José Carlos
Libâneo. Capítulo IV A IDENTIDADE PROFISSIONAL DOS PROFESSORES E O
DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIA.
O professor é um profissional cuja atividade principal é o ensino. Sua
formação inicial visa a propiciar os conhecimentos, as habilidades e as atitudes
requeridas para levar adiante o processo de ensino e aprendizagem nas escolas.
Esse conjunto de requisitos profissionais que tornam alguém um professor, uma
professora, é denominado profissionalidade. A conquista da profissionalidade supõe
a profissionalização e o profissionalismo.
Disponível em: <https://xa.yimg.com/kq/groups/27847219/67510912/name/Jose>.
36
Refletindo em Grupos
• O mundo passa por um constante processo de mudança, vivemos tempos
onde às transformações na sociedade não acontecem de forma natural e
espontânea, mais sim por um processo teórico, político e educacional. De
que forma essas mudanças afetam os docentes e sua identidade
profissional? Como podemos repensar o trabalho do professor nessas
novas circunstâncias?
• Quais conhecimentos teórico/práticos são essenciais para sua formação,
considerando os desafios da atualidade?
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Nas unidades anteriores evidenciamos algumas fragilidades na formação do
professor seja ela inicial e/ou continuada, que em sua maioria aparecem de forma
fragmentada, pontual, aligeirada e desarticulada da prática pedagógica, o que
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demonstra a relevância da participação dos professores no planejamento das
propostas de formação contínua, uma formação do professor e não para o professor.
Reafirmamos, no entanto que a formação continuada não se trata de uma
prática redentora de todas as limitações da qualidade do ensino, todavia é
contraditório pensar que grande parte dos professores embora reconheça a
importância da formação continuada para a melhoria da sua prática, não conseguem
expressar quais são as reais contribuições e como esta formação tem contribuído
para o melhoramento da prática pedagógica em todo o seu processo.
Sabemos, no entanto que a formação continuada é um dos pré- requisitos
básicos para a mudança de postura do professor, uma vez que o estudo, a
pesquisa, a reflexão, possibilita uma maior consciência dos aspectos externos que
influenciam a educação, uma fundamentação teórica consistente capaz de auxiliá-lo
no enfrentamento das adversidades vivenciadas na prática além de novas formas de
pensar e ver a escola, e neste sentido, Behrens (1996, p. 24), reafirma essa
colocação ao dizer que “Na busca da educação continuada é necessário ao
profissional que acredite que a educação é um caminho para a transformação
social”.
Conhecendo um Pouco Mais
Palestra com a professora Drª Fabiane Freire França.
Tema: A formação e os desafios da atualidade.
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Fabiane F. França é graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual de
Maringá (2005), mestrado (2009) e doutorado (2014) em Educação pela mesma
instituição de ensino, pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE/UEM),
área de Concentração em Ensino, Aprendizagem e Formação de Professores.
Atualmente é professora adjunta da Universidade Estadual do Paraná Campus de
Campo Mourão. Autora e coautora de várias obras e artigos dentre estes: Gênero e
Formação Docente: Contribuições de um Processo de Intervenção
Pedagógica. Contrapontos (UNIVALI) (Cessou em 2008. Cont. ISSN 1984-7114
Contrapontos (Online), v. 10, p. 105-112, 2010; Origem da escola pública
brasileira: a formação do novo homem. Revista HISTEDBR On-line, v. 12, p. 239,
2012; Desafios à formação docente: proposições às ações pedagógicas. 2014
(Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra); faz parte da comissão
representativa do Paraná nas discussões da BNCC – Base Nacional Comum
Curricular. Dedica-se ao estudo e pesquisa na área de Educação, Gênero,
Formação docente e Representações sociais. Líder do Grupo de Estudo e Pesquisa
em Educação, Diversidade e Cultura – GEPEDIC.
Despertando Nosso Senso Crítico
• Considerando que a formação continuada deve partir de questões que
nascem no campo teórico e só depois refletem no cotidiano escolar,
discuta com seu colega ao lado e sugira alguns pressupostos teóricos
essenciais para uma formação continuada que possibilite essa reflexidade
teórico/prática, na sequência vamos partilhar essa discussão e
apontamento com todo o grupo por meio de uma plenária.
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Superando a Imediaticidade
Uma vez que reconhecemos a importância de uma formação continuada que
possibilite ao professor maior fundamentação teórica para além do conhecimento e
reconhecimento dos conteúdos básicos, como forma de superação do imediatismo
na resolução de situações problemas do cotidiano escolar.
Em duplas pesquise sites, artigos científicos, produções didáticas, dentre
outros materiais que em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais
possam enriquecer nossa formação profissional e dar suporte teórico a nossa
prática, considerando questões pertinentes na nossa realidade escolar como:
• Currículo;
• Planejamento;
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• Avaliação;
• Interdisciplinaridade;
• Didática;
• Metodologia; entre outros que você considere crucial.
Na sequência vamos montar no coletivo um portfólio com os materiais
pesquisados e disponibiliza-los aos demais professores, para tanto vamos utilizar
recursos como: pasta portfólio a ser disponibilizado na sala de hora atividade, e-mail
coletivo dos professores, escola interativa.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Um ambiente educacional seja de formação inicial ou continuada, deve
conjecturar com a procura por respostas pertinente para os desafios
históricos/sociais/econômicos/culturais postos pela dinâmica da sociedade,
possibilitando aos sujeitos da ação educativa uma análise e posterior compreensão
crítica da realidade na qual estão inseridos com vistas a uma inferência nessa
realidade, isso porque a escola como uma instância social precisa cumprir com seu
principal papel que é o de socializar o saber sistematizado. Essa sem dúvida não é
uma tarefa fácil, considerando a dialética da prática social.
Pela observação dos aspectos analisados percebemos a necessidade de um
olhar diferenciado do professor no que tange a estas formações, com vistas ao
estudo continuo, a pesquisa, a troca de experiência, a práxis pedagógica, requisitos
fundamentais para uma análise mais criteriosa da realidade e uma possível
organização de estratégias com base nas especificidades da atualidade sem perder
de vista a relação teoria/prática.
Levando-se em consideração esses aspectos, buscamos levar os envolvidos
a fazerem uma análise de sua participação no seu próprio processo de formação, e
se estes têm atendido as necessidades eminentes, de forma a oportunizar um olhar
para além dos conteúdos e necessidades emergenciais, buscando refletir de que
forma essas formações veem acontecendo e se elas de fato atendem as demandas
da escola e em especial como podemos levá-las a realidade da escola sem o
desenfreado imã do imediatismo, da busca incessante e aligeirada de respostas
para as questões do dia a dia, para que conscientes de seu papel entendam que tais
indagações somente serão passiveis de respostas mediante uma vasta
fundamentação teórica que possibilite uma prática condizente com as necessidades
da atualidade apesar das inúmeras limitações impostas por toda uma conjuntura
social.
Tais apontamentos nos levam a defender nossa posição inicial de que não há
outra forma de encarar os desafios postos pela atualidade na educação,
considerando a sociedade da informação e da tecnologia sem uma vasta
fundamentação teórica se subsidie uma prática consistente.
42
REFERÊNCIAS
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Referências de Imagens e Vídeos:
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