SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ -SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO-COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE
UNVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ
CAMPUS DE JACAREZINHO
PROFESSOR PDE – TURMA 2010
SANDRA REGINA LUNARDELLI BARICHELLO
Jacarezinho 2010
UNIDADE DIDÁTICA
DANÇA ESCOLAR: POSSIBILIDADES E ALTERNATIVAS
SANDRA REGINA LUNARDELLI BARICHELLO
Material didático desenvolvido como requisito do Programa de Desenvolvimento Educacional - (PDE) da Secretaria de Estado da Educação do Paraná na área de Educação Física com o tema Dança Escolar:Possibilidades e Alternativas sob a orientação da Professora Ms.Carla Cristiane da Silva.
Jacarezinho 2010
SUMÁRIO
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO............................................................................. 3
2 APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 4
3 UMA EXPERIENCIA ........................................................................................... 5
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................ 6
5 PROBLEMATIZANDO COM OS COLEGAS ...................................................... 7
REFERENCIAS ........................................................................................................ 19
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1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
AREA: EDUCAÇÃO FÍSICA
PROFESSOR PDE: SANDRA REGINA LUNARDELLI BARICHELLO
NRE: CORNÉLIO PROCÓPIO
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA REGINA
TOKANO - ENSINO MÉDIO
IES: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ
CAMPUS JACAREZINHO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DANÇA
MATERIAL DIDÁTICO: UNIDADE DIDÁTICA
TÍTULO DA UNIDADE DIDÁTICA: DANÇA ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO:
POSSIBILIDADES E ALTERNATIVAS
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2 APRESENTAÇÃO
Esta Unidade Didática foi produzida como parte do Programa de
Desenvolvimento da Educação (PDE) da Secretaria de Estado da Educação do
Paraná, tendo como público alvo professores de Educação Física da rede, numa
relação direta com a ação pedagógica dos mesmos, sobre o tema Dança Escolar:
Possibilidades e Alternativas.
O Material Didático foi elaborado como ponto de discussão e
referência, partindo da experiência profissional no desenvolvimento do Conteúdo
Estruturante Dança, previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais. Será utilizado na
implementação do Projeto de Intervenção Dança Escolar no Ensino Médio:
Intervenção, Possibilidades e Alternativas, no Colégio Estadual Professora Regina
Tokano - Ensino Médio de Uraí.
Os objetivos são subsidiar o desenvolvimento do conteúdo
estruturante Dança na perspectiva escolar; nortear a ação do professor junto aos
alunos nas aulas teórico- práticas de dança na educação física, aprofundar as
discussões e reflexões no contexto da dança na escola, estruturar atividades que
estabeleçam relações sociais na temática da dança como cultura corporal.
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3 UMA EXPERIENCIA
Uma ação pedagógica, desenvolvida no Colégio Estadual
Professora Regina Tokano - Ensino Médio de Uraí, sito à Rua Dinamarca 382,
Centro, culmina há 28 anos na realização de um festival na manifestação artística
dança. O evento envolve os alunos e alunas, nas composições coreográficas em
diversos tipos de dança. Desde 1984 são no mínimo oito apresentações ano, que
evoluíram de montagens que selecionavam os melhores e destaques, visando
apresentação, para atualmente, primar-se pela construção socializada das
coreografias, de participação livre dos alunos e alunas, sob uma perspectiva de
dança escolar,onde todos os alunos que queiram, sintam-se em condições de
dançar.
A metodologia decorre da escolha de um tema, os interessados
passam pela experimentação de ritmos diversos, apropriam-se dos movimentos e
suas relações histórico-contextuais, até a apresentação. Muitas vezes, revelam-se
como líderes de outros alunos nas composições, e mesmo concluindo o curso de
Ensino Médio, retornam no ano seguinte para participarem do festival.
Consta que paralelo a esta realidade, os professores desta escola
identificam nas suas aulas de Educação Física, uma dificuldade em desenvolver o
Conteúdo Estruturante Dança,apresentando a resistência dos alunos como
dificuldade. Outras vezes, reiteram suas próprias dificuldades em desenvolver o
conteúdo que nem sempre constou na sua formação profissional.
Nos encontros pedagógicos da área estas colocações são comuns
pelos professores, que compartilham esta situação quanto ao desenvolvimento do
conteúdo dança nas escolas, como pertinente e comum.
Desta experiência desenvolveram-se o projeto de intervenção e
parte da produção didática que apresento nesta Unidade Temática, num diálogo,
compartilhando–a com colegas de profissão.
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4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O projeto será realizado no colégio Estadual Professora Regina
Tokano Ensino Médio de Uraí, com professores de Educação Física , contando com
a participação dos alunos do período matutino convidados, por adesão voluntária,
das atividades práticas junto aos professores.
Inicialmente será aplicado questionário de consulta para professores
e alunos, traçando um perfil da comunidade quanto ao desenvolvimento do conteúdo
dança nas aulas de educação física. Os resultados, comparados e apresentados de
forma a direcionar as discussões e estratégias nos grupos de estudos de
professores. A pesquisa e a seleção de referências, serão apresentadas neste
material didático como proposta de reflexão, discussão e aprofundamento,
subsidiando as atividades práticas sugeridas nesta Unidade.
No formato em que foi proposta esta unidade didática, mesmo
aquele profissional que não tenha afinidade com a dança, manifestação artística ou
modalidade cultural específica, poderá reconhecê-la na perspectiva dos demais
conteúdos da disciplina, descritos nas Diretrizes Curriculares Estaduais.
Desta forma, a pesquisa desenvolvida no projeto foi dividida em
Questões que estão nas caixas de texto Amarelas, que remetem à problematização;
sempre estarão seguidas de Reflexões, nas caixas de texto Rosa, que tratam da
fundamentação teórica apresentada. As imagens fazem uma relação com outras
disciplinas que conversam entre si na Educação Básica.
Os recursos utilizados nos grupos de discussão, reflexão e oficinas
serão laboratório de informática, para aprofundamento dos textos e links sugeridos
nesta Unidade Didática; nas atividades práticas alunos participam com professores e
a utilização de aparelho de som, câmeras de vídeo e foto, aparelhos de celular e a
TV multimídia ampliam opções. Os espaços livres e amplos, alternados com outros
fechados com espelho, além dos materiais apresentados nas atividades que compõe
este material. Acompanham as questões e reflexões Sugestão de atividades
práticas, caixas de texto brancas, com dicas referenciadas.
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5 PROBLEMATIZANDO COM OS COLEGAS
QUESTÕES
REFLEXÕES
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
O conteúdo estruturante Dança da Educação Física também consta
na disciplina de Artes, e sobre aspectos diversos respectivos ao foco de cada, vem
junto à ação pedagógica dos professores, apresentar conceitos e preconceitos sobre
o conteúdo na sua inserção cultural. Conforme Marques, ao pensarmos em uma
educação crítica na área de dança, que nos permita ver, sentir e perceber as
relações com a sociedade em que vivemos e acima da visão histórica ingênua da
dança, na atualidade, não podemos mais ignorar o papel social, cultural e político do
corpo nesta sociedade e, portanto, da dança.
O QUE É DANÇA?
Dicionário da Língua Portuguesa Dança: forma de dançar Dançar: verbo intransitivo 1.mover o corpo de maneira ritmada,geralmente ao som da música 2.oscilar; balançar 3.ficar largo(peça de roupa ou calçado) 4.Brasil: sair-se mal; falhar Verbo transitivo: executar determinada dança Fonte: Enciclopédia e Dicionários Porto Editora Disponível em: http://www.infopedia.pt
A definição de dança no dicionário remete de imediato a
preconceitos sobre uma forma de dançar? Predispõe a certo ou errado?
Segundo Ferreira (2003, apud CALLAZANS, CASTILHO, GOMES,
1993), o ensino da dança tem sido visto como o movimento do corpo e o método
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utilizado. Na tradição ocidental, o corpo na dança é discutido em termos de tamanho,
forma, técnica, flexibilidade e sua vida orgânica. Ainda faz inferência contrária, numa
visão de corpo como objeto marcado pelos valores e significados culturais, veículo
da compreensão da opressão, resistência e liberação.
Como nós, Professores de Educação Física,
Estamos desenvolvendo este conteúdo?
Prepararam-nos para isso?
Preparamo-nos, para isso?
Mito da Caverna de Platão. De acordo com dados obtidos no site da
Secretaria da Educação – Dia – a Dia Educação a Caverna, é uma espécie de
prisão, onde estamos trancafiados em escuridão e sombras. Mas além dessa prisão
reside um brilhante e esperançoso mundo de verdades que Platão chamou de idéias
ou ideais.
Fonte: Dia-a-Dia Educação Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat .php?cid=10&letter=C&min=50&orderby=titleA&show=10
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“Há alguma coisa no corpo que pode se revoltar contra o poder que o marca”
EAGLETON, (2003, apud CALLAZANS, CASTILHO, GOMES, 1993).
A dança na perspectiva escolar e como conteúdo curricular da
Educação Física na Educação Básica, vem tanto sob o enfoque da manifestação
artística quanto da aptidão física, apresentar-se vinculada aos princípios norteadores
da educação. Como tal, propõe-se que os conhecimentos agregados à mesma
”contribuam para a crítica às contradições sociais, políticas e econômicas presentes
nas estruturas da sociedade contemporânea e propicie compreender a produção
científica, reflexão filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se
constituem. (DCE, 2009).
SUGESTÃO DE ATIVIDADE 1
Linha do tempo da dança
Proposta: Buscar nos sites, links relacionados, em outros recursos
do cotidiano dos alunos na web,acesso por palavras chave: dança na história;arte;
da dança; dança...(num continente,numa etnia; seguindo cronologia por décadas ou
períodos históricos).
Clicar em imagens, deixar escolhas livres e classificar em linha de
tempo dos acontecimentos, crescente pela data aproximada em que a mesma
existiu até os dias atuais.
Depois de construída a linha, verificar se houve uma coerência se
não, o porque, qual o desvio de tempo,relações com a atualidade,reconhecimento
de detalhes no atual contexto.
Dica: após discussão, as imagens impressas com a linha de tempo,
devidamente construída, podem ser expostas à comunidade escolar.
Alunos ou professores encontram maior dificuldade e apresentam
resistência no desenvolvimento do conteúdo dança nas aulas de Educação
Física?
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Observamos Abaixo Opiniões de Alunos e Professores:
Fonte: Dia-a-Dia Educação Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br//tvpendrive/arquivos/File/imagens/2010/pdagogia/3 aula_boa.jpg
Alunos e professores pensam da mesma forma sobre dança???
Sugestão de Atividade 2
Aplicação de questionário do projeto de intervenção aos professores,
e turmas previstas na implementação; comparação dos resultados internos e
externos, pela coleta de dados regionais, com professores de Educação Física do
NRE Cornélio Procópio.
Dica: Se consultássemos os alunos, diante da diversidade que
constitui nossas escolas atualmente, certamente encontraríamos diferentes
conceitos e contextos para a dança.
Análise dos resultados do questionário aplicado.
Têm-se na seleção deste conteúdo estruturante a importância que
lhe é pertinente, de provocar questionamentos imbricados nas manifestações
culturais respectivas a origem, motivação, manutenção e extinção das mesmas na
sociedade.
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“A escola tem sido tradicionalmente informada por movimentos de integração homogênea das diferenças de hábitos, visões de mundo, valores etc. presentes em um mesmo espaço geográfico e seguindo as tendências dominantes da sociedade.” (VALENTE, 1999)
A dança vem e muito contribuir para o avanço nesta ordem, pois, a
discussão no aprofundamento das modalidades da dança em suas origens,
similaridades e diferenças, convergem para um entendimento da diversidade e o
respeito comum, bem como, a consciência e a responsabilidade social.
Fonte: Dia-a-Dia Educação Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/File/imagens/ 2011/ pedagogia/diversidade_escola.jpg
Esta resistência ao conteúdo, quando existe, deriva
da falta de instrumentos e métodos?
Seguindo Barreto (2005) em sua análise do Método Dança-
Educação Física, a dança pode contribuir para a área da Educação Física na
medida em que, através da experiência artística e da apreciação, estimula nos
indivíduos os exercícios da imaginação e da criação de formas expressivas,
despertando a consciência estética, como um conjunto de atitudes mais equilibradas
diante do mundo.
A dança vem para o professor de educação física constituir-se como
elemento significativo da disciplina de educação física no espaço escolar, pois
contribui para desenvolver a criatividade, a sensibilidade, a expressão corporal, a
cooperação entre outros aspectos. (DCE, 2009).
Há que se observar a formação profissional, quanto aos
instrumentos que este conteúdo prevê, em consonância com a área de atuação do
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professor. Não cabe a discussão nestes termos de quem atuar, porém, a observação
que trata nas diferentes propostas a necessidade de dispositivos de formação
continuada como permanente formação de um professor crítico-reflexivo também
para este conteúdo (BRACHT et al . 2005).
Métodos são utilizados, e historicamente sua eficácia para um
determinado público em detrimento de outro é motivo de discussão.
Fonte: Dia-a-Dia Educação Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/File/imagens/5 pedagogia/7mariamontessori_metodo.jpg Segundo Descrição diadi-a-educação (2009) Maria Montessori
(1870-1952), médica e pedagoga italiana, ganhou destaque pelas técnicas
inovadoras usadas em jardins de infância e primeiras séries do ensino formal.
Desenvolveu o sistema montessoriano que se apóia no trinômio: atividade,
individualidade e liberdade. Acreditava que os estímulos externos formariam o
espírito da criança, precisando, portanto, ser determinado assim; a manipulação de
objetos tem importância central em seu modelo. Dessa forma, pés e as mãos têm
grande destaque nos exercícios sensoriais criados por Montessori.
Sugestão de Atividade 3
Apresentação da Adaptação do Método Passo, de autoria de Lucas
Ciavatta, publicado em 2003, proposta pelas professoras Inês Artaxo e Gisele de
Assis Monteiro no livro Ritmo e Movimento Teoria e Prática, da Phorte Editora 2008.
Dica:inicialmente marcar apenas o pulso, já permite a participação.
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Acontece o mesmo na perspectiva da dança escolar?
De acordo com Barreto (2005) a linguagem da dança é uma área
privilegiada para que possamos trabalhar, discutir e problematizar a pluralidade
cultural em nossa sociedade. Desta forma, na pesquisa pela identidade de uma
comunidade escolar, quanto à receptividade da dança quando atividade
extracurricular, de produção coletiva, para realização de evento cultural e, traçando
um paralelo com o desenvolvimento da dança nas aulas de Educação Física,
visamos caracterizar uma ação pedagógica e suas implicações na prática social
daquela comunidade.
A dança carrega pré-conceitos que vão do lidar com o próprio corpo
perpassando conflitos e intolerâncias acirrados na escola, um exercício do convívio
das diferenças de estilo, gênero, aptidão e relações étnico-raciais.
Segundo Barreto (2005) os PCNs inserem a dança na área de
educação Física, no bloco das atividades rítmicas expressivas, considerando-a como
uma manifestação da cultura corporal, que tem como característica as intenções de
comunicação e de expressão, por meio de gestos e estímulos sonoros.
Mas nem só de repertórios vive a dança... (Marques, 2003)
Sugestão de Atividade 4
Depois de identificado um ritmo e seu pulso forte(Sugestão 3) , cada
participante escolhe e marca uma parte do corpo a ser tocada no pulso forte da
música.Podem proceder livremente,tocando em si mesmos e nos demais,sempre
buscando encontrar a batida forte.
A condução de quem dirige o grupo, media ações que explorem
diversidade de movimentos exigindo gradativamente adequação ao ritmo externo,
como tocar com mão direita, esquerda, pés, joelhos, etc.
Dica: A utilização de balões que poderão tocar esta parte do corpo
no pulso forte da música, é uma variação sempre bem recebida, que solta a turma e
permite respeitarem-se os limites e os ritmos próprios,pois ficam focados no balão e
não mais no executante.
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Que meios e possibilidades utilizar para permitir
o acesso ao conhecimento que deriva deste conteúdo?
A dança é conteúdo estruturante proposto para a disciplina de
Educação Física na Educação Básica junto a Esportes, Jogos e Brincadeiras,
Ginástica e Lutas. Os conteúdos estruturantes nas diretrizes estão definidos como
dos conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e
organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados
fundamentais para compreender seu objeto de estudo/ensino. Constituem-se
historicamente e são legitimados nas relações sociais.A dança vem para o professor
de educação física constituir-se como elemento significativo da disciplina de
educação física no espaço escolar, pois contribui para desenvolver a criatividade, a
sensibilidade, a expressão corporal, a cooperação entre outros aspectos (DCE,
2009).
Você precisa de alguém que te dê segurança
Senão você dança, senão você dança (Gessinger)
Sugestão de atividade 5 (deriva da sugestão 4)
Marcar o ritmo em diversas cadências e direções, para pontos de
apoio externos: mesa, cadeira, colega, etc. indicados; a interação no grupo, alterna a
proposta de cada um quanto ao movimento e direção alvo; uma variação de
grupamentos,regressivamente até 2 e sem que se percebam estarão
dançando.Exemplo: 5 a 5 marcam com pés; cabeças; joelhos; palmas; 3 a 3, 2 a
2;propor utilização de movimentos característicos dos esportes, de outros ritmos,
palavras ou objetos que os una, sem contato corporal direto, auxiliam no trabalho
com iniciantes.Executar cada movimentação anterior, podendo reinventar, recriar e
adaptar a cadência, com ou sem música é a construção e desconstrução do
movimento. Pode-se evoluir então para uma coreografia coletiva. A atividade permite
a sensação da auto - confiança de dançar, dançando .
Dica: interessante quando por qualquer motivo alguém do grupo
resista em participar, envolvê-lo como referência de espaço mesmo que sentado;
também utilizando recursos de filmagens ou fotos para comparação com vídeos de
grupos de dança, localizando diferenças e similaridades, contando com este aluno.
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Que dança ensinar?
Fonte: Dia-a-Dia Educação Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/ Image/ conteudos/imagens/2011/educacaofisica/lago6.jpg
Sobre este olhar situam-se as proposições aqui apresentadas de
nesta ordem de formação, socializarem conhecimentos para o desenvolvimento da
dança escolar na sua subjetividade, porém à sombra do conhecimento cientifico e
não somente dança pela dança ou prática pela prática (MOREIRA 2004 apud DIA-
DIA-EDUCAÇÃO).
Como ensinar?
Fonte: Dia-a-Dia Educação Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/File/ imagens/2educacao_fisica/3danc11.jpg
Segundo Barreto (2005) os PCNs inserem a dança na área de
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Educação Física, no bloco das atividades rítmicas expressivas, considerando-a
como uma manifestação da cultura corporal, que tem como característica as
intenções de comunicação e de expressão, por meio de gestos e estímulos sonoros.
A formação dos profissionais e o ensino da dança são fundamentais
e como coloca Marques, quanto aos PCNs: A presença da dança nos PCNs também
aponta para a necessidade de maior atuação e comprometimento das universidades
e dos órgãos governamentais nesta área de conhecimento e em relação à pesquisa,
formação de professores e apoio à divulgação desse material.
Para quem ensinar?
Fonte: Dia-a-Dia Educação Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image /conteudos /imagens/6educacao_fisica/2ventre2.jpg
O desenvolvimento deste conteúdo pela disciplina Educação Física,
vem independente da classificação do mesmo, como desta ou daquela disciplina,
tratar a dança como essencial para quem dança; como sujeito da manifestação
artística ou ainda, como que o locutor e interlocutor de uma comunicação, o centro
(LABAN, 1978).
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Conhece o Método Laban da dança Criativa?Vale a pena!
Fonte: Dia-a-Dia Educação
Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/File/ imagens/ 3educacao_fisica/8dance13.jpgem
“Ao contrario do que nos dita o senso comum, as aulas de dança podem ser verdadeiras prisões dos sentidos, das idéias, dos prazeres, da percepção e das relações que podemos traçar com o mundo. De fora para dentro, regras posturais baseadas na anatomia padrão, seqüência de exercícios preparadas para todas as turmas do mesmo modo, repertórios rígidos. impostos (por exemplo, as festinhas de fim-de-ano) podem estar nos desconectando de nossas próprias experiências e impondo tanto idéias de corpo (em forma e postura) quanto de comportamento em sociedade” (MARQUES, 2005).
Expandir-se e permitir-se soltar nas aulas é um desafio para o
professor que propõe a atividade, seja por ele mesmo e seus próprios medos ou do
aluno participante. O profissional se vê frente a uma experiência de troca,assim
como o aluno,porém tende-se a imitar apenas, na maioria das vezes e não trocar
e/ou comunicar-se pelo movimento da dança. Para Marques 2005 na relação de
gênero a dança sofre os preconceitos de uma sociedade ainda machista, como a
ocidental, relacionando a questão da virilidade.
É preciso ter o sentido artístico inerente da mesma para abrir-se aos
métodos e técnicas e para não se revelar apenas técnica, sobre os mesmos; na
visão da mesma como o fenômeno de expressão e beleza que permeiam o ensino
da dança como instrumento, construído na experiência humana (BARRETO, p. 126,
2005).
Segundo Araújo (1997) dois aspectos podem ser destacados como
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de grandes dificuldades para conquistar os alunos para as atividades de dança: de
um lado o preconceito com o corpo gerando inibição e constrangimento; de outros
padrões estereotipados de movimento e referencia das influencias externas.
Dica:Nesta perspectiva muitas discussões acontecem sobre seu
desenvolvimento quando observadas as diversas formas em que as aulas de dança
podem acontecer.
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REFERENCIAS
ARAÚJO, M.V.B. A Dança: Laboratório Multicultural – Relato de Experiência. CORPORIS – Revista. da Escola Superior de Educação Física da UPE. a.2 n.2 p.15-21. jan/dez. Pernambuco:1997. ARTAXO, I.; MONTEIRO, G. A. Ritmo e movimento-teoria e prática. 4ed. São Paulo: Phorte, 2008.
BARRETO, D. Dança: ensino, sentidos e possibilidades na escola. 2.ed. Campinas,
SP: Autores associados, 2005.
BRACHT, V. et. al, Pesquisa em ação: educação física na escola: coleção educação física 2.ed. Ed.Unijuí, p. 128, 2005.
BREGOLATO, R. A. Cultura corporal da dança: Coleção educação física escolar:no princípio de totalidade e na concepção histórico-crítico-social. São Paulo, v.1, 2007.
BRASIL, Portal Dia-a-Dia Educação – Secretária do Estado de Educação do
Paraná. Disponível em: <www.diaadiaeducacao.pr.gov.br>. Acesso em: 06 agos.
2011.
EAGLETON, T. (apud CALLAZANS, CASTILHO, GOMES, 1993). Dança e
educação em movimento. Ed. Cortez. São Paulo, 2003
FERREIRA, A. (apud CALLAZANS, CASTILHO, GOMES, 1993). Dança e
Educação em Movimento. Ed.Cortez. São Paulo, 2003.
LABAN, R. DOMINIO DO MOVIMENTO: Ed. organizada por Lisa Ullmann; (tradução de Ana Maria Barros de Vechi). São Paulo : Sumus,1978.
MARQUES, I. A dançando na escola 2ª.ed. São Paulo : Cortez, 2005
PARANÁ, Diretrizes Curriculares do Paraná Educação Física: SEED-secretaria de estado da educação/departamento de educação básica. Curitiba, 2009. Disponível em: <www.seed.pr.org.br>. Acesso em: 05 agos. 2011
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