Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social
Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA
ATUALIZAÇÃO SOBRE
ESPECIFICIDADE E INTERFACES DA
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA NO SUASCURSO
Trabalho Social com Famílias
Facilitadora:
Isabela Novais
• O que é “familiar” no atendimento as famílias?
• O que é (des) Proteção familiar?
• Quais as condições que facilitam as relações entre osmembros familiares?
• Quais elementos vocês destacam enquantofundamental no trabalho e atendimento as famílias?
Concepção de Família na Politica Nacional de Assistencia Social
A família é reconhecida como o núcleo primário de afetividade, acolhida, convívio, sociabilidade, autonomia, sustentabilidade e referência no processo de
desenvolvimento e exercício da cidadania. Dever do Estado prover proteção social às famílias, apoiando-as no desempenho de sua função protetiva.
Núcleo afetivo, composto por laços consanguíneos, de aliança ou afinidade, onde os vínculos circunscrevem obrigações recíprocas e mútuas, organizadas em torno
de relações intergeracionais e de gênero.
“A família está em constante transformação e evolução a partir da relação recíproca de influências e trocas que estabelece com o contexto. As mudanças nas
configurações familiares estão diretamente relacionadas ao avanço científico e tecnológico bem como às alterações vividas no contexto político, jurídico,
econômico, cultural e social no qual a família está inserida.” (Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária, p. 29)
Não se pode perder de vista, no TrabalhoSocial com Famílias, as necessidades deromper preconceitos e de desmistificar omodelo ideal de família.
Algumas Considerações
• Considerar que a Família fundamenta-se no respeito aheterogeneidade, potencialidades, valores, crenças eidentidades da família e reconhece que esta é espaço decuidados, proteção, socialização e potencialidades, mastambém de conflito, isolamento e até mesmo violação.
• Considerar que a família é permeada pelos fenômenossociais (pobreza, abandono, negligência, ausência de rendae de sobrevivência, carenciamentos e violência) e pelasdeterminações de uma ordem social, onde existemdesigualdade e injustiça expressão da questão social;
• Considerar que a família tem dificuldades para garantirproteção social aos seus membros;
Dialogar pode não ser fácil, mas é precisoPor meio do diálogo rompem-se barreiras e constroem-se ideias.Os desafios são semelhantes, embora se apresentem de formasdiferentes em cada local.Podemos esperar por respostas.Mas o melhor é construí-las, em conjunto.
PR
INC
ÍPIO
S ÉT
ICO
S D
O T
SCF
Ética, respeito à dignidade, diversidade (arranjos familiares, gênero, etnia, orientação sexual) e não-discriminação
Liberdade e autonomia das famílias
Equidade na oferta
Horizontalidade nas relações entre profissionais e usuários
Integralidade na atenção e intersetorialidade nas prestações
Superação de abordagens e posturas funcionalistas e conservadoras, fundamentadas na tutela, subalternidade, moralização e ajustamento a modelos pré-estabelecidos
Individual
Direito Social Assistencialismo
Democracia Imposição
Coletivo
ControleLiberdade
Em uma ordem social que tem no seu âmago a desigualdade e a injustiça social, observa-se que no conjunto dos Direitos Humanos, os Diretos Sociais são os mais difíceis deconcretizar.A caminhada de construção do SUAS de forma coletiva, revolucionária e com bravuraaponta que é possível vencer esse desafio!
O TRABALHO SOCIAL COM AS FAMÍLIAS NO CONTEXTO DA POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Alguns enfrentamentos:
MATRICIALIDADE SOCIOFAMILIAR
• Entende-se como matricialidade sociofamiliar acentralidade na família, considerada um núcleo básico deacolhida, convívio, autonomia, sustentabilidade eprotagonismo social.
• Proteção Familiar Foco da PNAS;
MATRICIALIDADE SOCIOFAMILIAR
• A ênfase da centralidade da família e a superação dafocalização, no âmbito da política de AssistênciaSocial, repousa no pressuposto de que para a famíliaprevenir, proteger, promover e incluir seus membrosé necessário, em primeiro lugar, garantir condições desustentabilidade para tal.
• Parte da Concepção de que é o núcleo protetivo Intergeracional, presente no cotidiano e que opera tanto ocircuito de relações afetivas como de acessosmateriais e sociais
MUDANÇA NO FOCO...
a) Centralidade da família, fazendo com que a política deassistência social seja pautada nas necessidades das famílias(não mais o necessitado, mas a necessidade);
b) Valorização da convivência familiar e comunitária;c) Intersetorialidade com outras políticas públicas (saúde,
educação, cultura, esporte, emprego, habitação);d) Serviços de proteção social básica e especial voltados para a
atenção à família, executados preferencialmente em unidadespúblicas próprias (CRAS- CREAS), e podendo também serexecutados em parceria com as entidades nãogovernamentais de assistência social, constituindo a redesociassistencial do município.
A Família se constitui em sujeito da ação dotrabalho social. É qualidade do serviço que garanteacolhida; convívio ou vivência familiar, comunitáriae social; desenvolvimento da autonomia; renda, desobrevivência a riscos circunstanciais; O apoio afamília, realizado por meio do trabalho social, devepropiciar as condições necessárias para que eladesempenhe seu papel - cuidado, sustento, guardae educação do núcleo familiar;
Os serviços, programas, projetos ebenefícios tem como foco prioritárioa atenção às famílias, seus membrose indivíduos e o território como basede organização.
Potencialidades para o desenvolvimento do trabalho social
com famílias• Assumir o ser humano como um caminho aberto de
possibilidades, estimulando-o ao alcance do “ser mais” ;
• Estabelecer uma relação horizontal/dialógica entreprofissionais e usuários do Serviço, baseada no respeito,na problematização e na igualdade de saber;
• Adotar ferramenta dialógica, baseada no diálogo - nafala, mas, sobretudo, na escuta;
• Investigar o universo temático das famílias usuárias doPAIF, a fim de eleger “temas geradores” a serem comelas trabalhados;
Potencialidades para o desenvolvimento do trabalho social
com famílias
• Centrar o trabalho social com famílias emexperiências estimuladoras da decisão, desde quesejam experiências respeitosas de liberdade;
• O trabalho social com famílias deve ser pensado nosentido de possibilitar a percepção das contradiçõespresentes no território, reconhecer o dever estatal deassegurar direitos e incentivar sua inserção em canaisde participação social.
Potencialidades para o desenvolvimento do trabalho social
com famílias
• A definição do conteúdo/ temas geradores dotrabalho social deve ser discutido com as famíliasusuárias;
• Criar, a partir da ativa participação da comunidade edo reconhecimento das potencialidades dosterritórios, percursos para o alcance gradual deaquisições sociais para o conjunto de famíliasresidentes no território.
Finalidade das ações socioeducativas
Convivência
Sociabilidade
Participação
defesa e afirmação de direitos, com vistas à
emancipação, autonomia e cidadania
objetivos
• Fortalecer a função protetiva da família e prevenir aruptura dos seus vínculos, sejam estes familiares oucomunitários, contribuindo para melhoria daqualidade de vida nos territórios;
• Promover aquisições materiais e sociais,potencializando o protagonismo e autonomia dasfamílias e comunidades; Promover acessos à rede deproteção social de assistência social, favorecendo ousufruto dos direitos socioassistenciais;
objetivos
• Promover acessos aos serviços setoriais, contribuindopara a promoção de direitos;
• Apoiar famílias que possuem, dentre seus membros,indivíduos que necessitam de cuidados, por meio dapromoção de espaços coletivos de escuta e troca devivências familiares.
PRONTUÁRIO SUAS
O Prontuário SUASdemarca o iníciodo trabalho socialcom a família, eainda indica ocaráter processuale continuado doacompanhamentofamiliar no âmbitodo SUAS.
• Uniformizar os registros das informações do trabalhosocial com famílias realizado pelos equipamentos deCRAS e CREAS, visto que esses registros ofereceminformações não só sobre o trabalho desenvolvido,mas também sobre as situações de vulnerabilidade erisco pessoal e social que incidem sobre famílias epessoas nos diferentes ciclos de vida e no território.
• Além de apontar também a responsabilidade dapolítica de assistência social com os(as) usuários(as)do SUAS.
PRONTUÁRIO SUAS
O Prontuário SUAS materializa a importância da práticasistemática do registro no trabalho social com famílias. Eaponta que esses registros devem considerar asvulnerabilidades da família e do território, a capacidadeprotetiva das famílias, as seguranças afiançadas pela PNASe o acesso aos direitos socioassistenciais dos indivíduos. Éessencial que os registros no Prontuário SUAS mostremtambém os resultados dessa proteção social ofertada àsfamílias.
BLOCOS DO PRONTUÁRIO SUAS ESTÃO ASSIM ORGANIZADOS:
1. Registro Simplificado dos Atendimentos; 2. Identificação da Pessoa de Referência e Endereço da Família; 3. Forma de Ingresso na Unidade e Motivo do Primeiro Atendimento; 4. Composição Familiar; 5. Condições Habitacionais da Família; 6. Condições Educacionais da Família; 7. Condições de Trabalho e Rendimento da Família; 8. Condições de Saúde da Família; 9. Acesso a Benefícios Eventuais; 10. Convivência Familiar e Comunitária; 11. Participação em Serviços, Programas e Projetos; 12. Situações de Violência e Violação de Direitos; 13. Histórico de Cumprimento de Medidas Socioeducativas; 14. Histórico de Acolhimento Institucional; 15. Planejamento e evolução do acompanhamento familiar; e 16. Formulário de controle dos encaminhamentos realizados no processo de acompanhamento da família.
PLANO DE ACOMPANHAMENTO FAMILIAR
No Plano devem ser descritas:
• As demandas e necessidades da(s) família(s) - asvulnerabilidades a serem superadas;
• As potencialidades que o(s) grupo(s) familiar(es)possui(em) e que devem ser fortalecidas, a fim decontribuir nas respostas às vulnerabilidadesapresentadas pela(s) família(s);
PLANO DE ACOMPANHAMENTO FAMILIAR
• Os recursos que o território possui que podem sermobilizados na superação das vulnerabilidadesvivenciadas pela(s) família(s);
• As estratégias a serem adotadas pelos profissionais efamília(s) no processo de acompanhamento familiar;
• Os compromissos da(s) família(s) e dos técnicos(enquanto representantes do Estado) no processo desuperação das vulnerabilidades;
Após o conteúdo que acabamos realizar, explique sua concepção de atendimento e acompanhamento das famílias.
• O que mudou na sua maneira de conceber os serviços PAIF/SCFV a partir do trabalho social com famílias?
• O que te acrescentou/ desconhecia?
• O que chamou sua atenção?
Indicações de Sites
• http://www.neca.org.br/?p=4251 - NECA
• https://craspsicologia.wordpress.com/
• https://mds.gov.br/Plone/central-de-conteudo/publicacoes
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www.sigas.pe.gov.brE-mail: [email protected]
Telefone: 81 3183 0702
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E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096
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