1 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia
A TERRA: ESTUDOS E REPRESENTAES
Noo de Geografia
A geografia a cincia que estuda a localizao e a descrio dos lugares superfcie da Terra, que interpreta e
explica as inter-relaes entre os fenmenos Naturais e os humanos da Terra.
FORMAS DE REPRESENTAO DA TERRA
OS GLOBOS
O globo terrestre no mais do que uma esfera em cuja superfcie est desenhada a Terra. Os globos so a forma de representao mais fiel da Terra e representam-na na totalidade. Tm como desvantagens serem de difcil transporte e arrumao e representam a Terra de forma
muito reduzida.
Fig. 1 Globo terrestre
OS MAPAS
Os mapas so representaes do espao terrestre. Os mapas apresentam as seguintes vantagens: so fceis de arrumar, de transportar e de utilizar. Tanto podem representar a totalidade da superfcie terrestre como apenas uma parte.
Fig. 2 Planisfrio Fig. 3 - Mapa de Portugal
Em Geografia utilizamos diferentes tipos de mapas. Esta distino faz-se de acordo com a rea representada. Assim, temos:
A) os planisfrios - que so representaes planas da superfcie da Terra (fig. 2)
B) os mapas corogrficos que utilizamos para representar pases (fig. 3)
C) os mapas topogrficos que representam reas relativamente mais pequenas, com muita informao (aspectos fsicos e humanos) e representam o relevo atravs de uma tcnica especfica que so as curvas de nvel. (fig. 4). As curvas de nvel so linhas que unem pontos (locais) com igual valor de altitude.
D) as plantas que so representaes de reas muito pequenas com muita riqueza de pormenor (fig.5)
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Fig. 4 - Mapa topogrfico Fig. 5 - Planta
E) os mapas temticos que representam um determinado tema seja de geografia fsica ou de geografia humana ( fig 6).
F) as fotografias areas e imagens de satlite so duas formas de representao da Terra muito recentes, comparativamente, com as anterior e tem muita utilidade quer para fins civis como para fins militares. Tm enormes vantagens como seja a possibilidade de se obter um vasto conjunto de informaes sobre a superfcie terrestre e permitirem estudar a evoluo das paisagens ao longo do tempo (fig.7).
Fig. 6 - Mapa climtico de Portugal Fig. 7 - Imagem de satlite da regio de Lisboa
G) as ortofotocartas so formas de representao da superfcie terrestre com base nas fotografias areas mas a que se acrescentam os nomes das localidades e ruas (fig.8).
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fig. 8 - Ortofotocarta do Parque das Naes Elementos Fundamentais dos Mapas
O ttulo indica-nos o assunto que aparece contemplado no mapa
A orientao indica-nos o Norte Geogrfico
A escala indica-nos o nmero de vezes que a realidade foi reduzida
A legenda d-nos o significado de todos os sinais convencionais representados nos mapas
A escalas nos mapas...
As vantagens e desvantagens da utilizao das escalas grficas e numricas...
Escala grfica Escala numrica
Vantagens Desvantagens Vantagens Desvantagens
Mantm-se a proporcionalidade quando
surgem redues, ampliaes
Menor preciso/rigorosa Maior preciso/rigorosa Imprpria para redues, ampliaes
( ver continuao nas pginas 27 32)
A descrio da PAISAGEM...
Espaos dinmicos: tm vida, movimento, funes, uma localizao prpria, elementos de diferente natureza (naturais, humanos) que existem no espao terrestre e do a cada lugar uma personalidade geogrfica.
ESCALA
O que uma Escala?
Que tipos de Escalas existem?
Grfica
a Numric
Grande
Pequena
1
50m
1:25 000
1:10 000
Ex. Planisfrio
Relao
Entre
Distncia no Mapa
Distncia na
Realidade
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Continentes e Oceanos
> Oceanos enormes extenses de gua; cobrem a maior parte da superfcie da Terra.
Pacfico; Atlntico; ndico; Glacial rtico; Glacial Antrtico.
> Mar extenso de gua mais pequena do que a do oceano, cercada por terra total ou parcialmente.
> Continente grande extenso de terra emersa, rodeada de gua (1/3 da Terra). A maior parte dos continentes
situa-se no hemisfrio norte.
sia; Amrica; frica; Antrtida; Europa; Ocenia.
PAISAGEM
O que que podemos observar numa
paisagem?
Elementos Naturais/fsicos
Elementos
Humanos
Formando uma
Que pode ser
interpretada/analisada atravs:
Qual a importncia da
paisagem para o estudo da
Geografia?
O que ?
Extenso
geogrfica que
apresenta uma viso
de conjunto
Objecto de estudo da
geografia, permite
observar a relao do
homem com o meio.
Paisagem Natural
Paisagem
Humanizada
Esboo da
Paisagem
Descrio da
Paisagem
Primeiro Plano *
Plano Intermdio *
Plano de Fundo *
OBSERVAO
DIRECTA/INDIRECTA
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Tipos de localizao dos lugares
> Localizao relativa localizao em relao a outro
lugar, a partir da rosa dos ventos.
Ex: Portugal localiza-se a sudoeste da Europa.
Esta localizao simples (logo, muito utilizada), mas pouco
exata e pouco precisa, permitindo uma localizao
aproximada. Varia no tempo e no espao.
> Localizao absoluta localizao a partir da latitude e longitude (que se determinam a partir dos crculos
terrestres).
Esta localizao no varia no tempo ou no espao, objetiva (exata e precisa).
Elementos geomtricos da esfera terrestre
>Crculos mximos - Crculos imaginrios que dividem a Terra em duas partes iguais.
1. Equador > perpendicular ao eixo da Terra, divide-a em hemisfrios norte e sul.
2. Meridianos -> perpendiculares ao equador, que passam pelos plos, formados por semimeridianos (dois
semicrculos opostos). O meridiano de Greenwich divide a Terra em hemisfrio ocidental e oriental.
>Crculos menores
Crculos imaginrios que dividem a Terra em partes diferentes
Exemplo:
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Lugar Latitude Longitude
A 50Norte 100 Oeste
B 40Norte 80 Este
C 20 Sul 40 Oeste
D 10 Sul 20 Este
Aspetos Naturais da Europa
Os limites Naturais da Europa
A Norte: Oceano Glacial rtico
A Sul: Montanhas do Cucaso, Mar Negro e Mar Mediterrneo
A Este: Montes Urais, Rio Ural e Mar Cspio
A Oeste: Oceano Atlntico
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Pases e Capitais da Europa
Regies geogrficas:
Europa do Norte: Islndia; Noruega; Sucia; Finlndia; Estnia; Dinamarca; Letnia; Litunia;
Europa do Sul: Portugal; Espanha; Itlia; Eslovnia; Crocia; Bsnia-Herzegovina; Srvia; Montenegro; Albnia;
Macednia; Bulgria; Grcia; Malta; Chipre; Turquia.
Europa Ocidental: Irlanda; Reino Unido; Frana; Blgica; Holanda; Alemanha; Sua; ustria.
Europa de Leste: Polnia; Rep. Checa; Eslovquia; Hungria; Romnia; Moldvia; Ucrnia; Bielorrssia; Rssia.
Pases e capitais da Europa
Albnia - Tirana
Andorra - Andorra - a -velha
Austria - Viena
Blgica - Bruxelas
Bielorrssia - Minsk
Bsnia-Herzegovina -
Sarajevo
Bulgria - Sfia
Chipre - Nicsia
Crocia - Zagreb
Dinamarca - Copenhaga
Eslovquia - Bratislava
Eslovnia - Liubliana
Espanha - Madrid
Finlndia - Helsnquia
Frana - Paris
Grcia - Atenas
Holanda - Amsterdo
Hungria - Budapeste
Irlanda - Dublin
Islndia - Reiquejavique
Itlia - Roma
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Letnia - Riga
Liechtenstein - Vaduz
Litunia - Vilnius
Luxemburgo
Macednia - Skopje
Malta - La Valeta
Moldvia - Chisinau
Mnaco - Cidade do Mnaco
Montenegro - Podgorica
Noruega - Oslo
Polnia - Varsvia
Portugal - Lisboa
Reino Unido -Londres
Repblica Checa - Praga
Romnia - Bucareste
Rssia - Moscovo
So Marino
Srvia - Belgrado
Sucia - Estocolmo
Suia - Berna
Turquia - Ankara
Ucrnia - Kiev
Regies geogrficas:
Europa do Norte: Islndia; Noruega; Sucia; Finlndia; Estnia; Dinamarca; Letnia; Litunia;
Europa do Sul: Portugal; Espanha; Itlia; Eslovnia; Crocia; Bsnia-Herzegovina; Srvia; Montenegro; Albnia;
Macednia; Bulgria; Grcia; Malta; Chipre; Turquia.
Europa Ocidental: Irlanda; Reino Unido; Frana; Blgica; Holanda; Alemanha; Sua; ustria.
Europa de Leste: Polnia; Rep. Checa; Eslovquia; Hungria, Romnia; Moldvia; Ucrnia; Bielorrssia; Rssia.
7 micro-estados
Luxemburgo; Liechtenstein; So Marino; Vaticano; Mnaco; Andorra; Malta.
A Unio Europeia
1957 Comunidade Econmica Europeia
Frana, Blgica, Holanda, Luxemburgo,
Alemanha e Itlia
1973 Reino Unido, Irlanda, Dinamarca (9
pases no total)
1981 Grcia (10 pases no total)
1986 Portugal, Espanha (12 pases no total)
1995 Sucia, ustria, Finlndia (15 pases no
total)
2004- Estnia, Letnia, Litunia, Polnia, Rep.
Checa, Eslovquia, Eslovnia, Hungria, Chipre e
Malta ( 25 pases no total).
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2007 Bulgria, Romnia (27 pases no total)
O MEIO NATURAL
Qual a diferena entre estado do tempo e clima? O estado do tempo varia de lugar para lugar e est dependente do conjunto das condies atmosfricas, que ocorrem num determinado momento e num determinado lugar. Quando falas que faz calor ou frio, ou vai chover, ou qual a intensidade do vento, ests a falar de estado do tempo. As condies atmosfricas que caracterizam o estado do tempo so:
Temperatura;
Precipitao;
Humidade;
Vento;
Nebulosidade;
Presso atmosfrica.
Por outro lado, ao conjunto dos estados do tempo mais frequentes, observados e registados durante 30 anos, denomina-se clima. Quais so os elementos e os factores climticos? Para estudares o clima de uma dada regio deves considerar os diferentes elementos climticos. Os principais elementos climticos so a temperatura e precipitao. Estes elementos variam no tempo e no espao, devido aos factores climticos:
Latitude;
Relevo;
Proximidade ou afastamento do mar;
Correntes martimas.
2.Temperatura: distribuio e variao A temperatura e a latitude Como varia a distribuio da temperatura de lugar para lugar? A temperatura do ar varia ao longo do dia e do ano, num mesmo lugar, mas tambm varia de lugar para lugar. A variao da temperatura depende, essencialmente, de dois factores:
Inclinao dos raios solares quanto maior for a inclinao dos raios solares, maior superfcie aquecida e mais baixa a temperatura.
Espessura da atmosfera a espessura da atmosfera atravessada pelos raios solares tanto mais quanto maior for a inclinao dos raios solares. Quanto maior a inclinao, maior o trajecto percorrido pelos raios solares, logo a energia dispersa-se e a temperatura diminui.
A variao diurna da temperatura, ao longo de 24 horas, deve-se ao movimento de rotao da Terra:
Ao nascer do Sol os raios solares incidem de forma oblqua (Fig.1 A), e a espessura de atmosfera por eles atravessada maior. A temperatura do ar relativamente baixa, porque a energia solar espalha-se por uma rea maior (A1).
Quando chegamos ao meio-dia, a radiao emitida pelo sol incide directamente sobre superfcie, j que a inclinao dos raios solares menor (Fig.1 B) e atravessa uma espessura de atmosfera mais pequena. A temperatura mais elevada, mas no a mxima diria.
Ao pr-do-sol, os raios solares voltam a estar oblquos (Fig.1 C), sendo, mais uma vez, grande a espessura de atmosfera atravessada pelos raios solares e a superfcie aquecida volta a ser maior (C1). Desta forma, a temperatura volta a baixar.
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Ao longo da noite, a ausncia de radiao solar juntamente com a libertao de energia calorfica da Terra para o espao, a temperatura vai baixando gradualmente. No entanto, quando h presena de nuvens no cu, durante os perodos da noite, existe uma manuteno das temperaturas, no se perdendo toda a energia acumulada durante o perodo diurno.
Figura Movimento aparente do sol
A1 Superfcie aquecida ao princpio da manh B1 Superfcie aquecida ao meio-dia C1 Superfcie aquecida ao fim da tarde A variao anual da temperatura tem como principal explicao o movimento de translao da Terra. Os raios solares no incidem da mesma forma na superfcie terrestre, devido inclinao do eixo da Terra em relao sua rbita. Figura Movimento de translao da Terra
11 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia
Como podes observar na figura 2, devido forma arredondada da Terra, os raios solares atingem a superfcie terrestre com diferentes graus de inclinao. Entre os trpicos de Cncer e de Capricrnio, a inclinao dos raios solares menor do que nas regies polares. Por isso, entre os trpicos, a energia dos raios solares distribuda por uma superfcie menor do que nas regies polares:
Na regio intertropical (entre o trpico de Cncer e o trpico de Capricrnio), h uma maior concentrao da energia os raios solares e, por consequncia, um maior aquecimento;
Nas regies polares, a menor concentrao da energia dos raios solares provoca um menor aquecimento.
Desta forma, podes concluir que quanto maior o valor da latitude, menor o aquecimento da superfcie terrestre, ou seja, a temperatura diminui medida que a latitude aumenta. A temperatura e o relevo A temperatura diminui com o aumento da latitude e o mesmo acontece com a altitude, ou seja, medida que vai aumentando a altitude vai diminuindo a temperatura. A temperatura baixa 6,5C por cada mil metros gradiente trmico. Esta situao acontece porque diminui a capacidade de absoro da radiao solar e da radiao terrestre, em virtude da diminuio da quantidade de vapor de gua e dixido de carbono, entre outros. Contudo, tambm a orientao das vertentes pode fazer varia a temperatura:
As vertentes expostas a Sul no hemisfrio Norte e expostas a Norte no hemisfrio Sul so vertentes soalheiras temperatura elevada;
Vertentes expostas a Norte no hemisfrio Norte expostas a Sul no hemisfrio Sul so vertentes umbrias temperaturas baixas.
As montanhas podem ter, uma orientao em relao linha de costa:
Concordantes montanhas paralelas linha de costa, constituem uma barreira passagem de ventos hmidos vindo do oceano;
Discordantes montanhas perpendiculares ou oblquas linha de costa, permitindo a penetrao dos ventos hmidos nas regies do interior, amenizando a temperatura.
A temperatura e a proximidade/ afastamento do mar A proximidade ou afastamento de um lugar em relao ao mar explica as diferenas de temperatura entre o litoral e o interior. De facto, a gua tem um papel de regulador trmico, diminuindo o efeito das diferenas de temperatura temperaturas muito elevadas e temperaturas muito baixas. Nas reas prximas do litoral menor a amplitude trmica, sendo que no so muito elevadas no Vero nem muito baixas no inverno. Por outro lado, as regies afastadas do mar registam maiores amplitudes trmicas anuais, ou seja, o Vero muito quente e o inverno muito frio. De facto, estas as amplitudes trmicas explicam-se com base na capacidade calorfica dos continentes e dos oceanos. Os continentes ganham e perdem muito facilmente o calor que recebem durante o dia, ao passo que os oceanos aquecem menos e de forma mais lenta. A temperatura e as correntes martimas As caractersticas das correntes martimas quentes ou frias influenciam a temperatura e a humidade das regies junto ao litoral. Desta forma, nas regies influenciadas por uma corrente martima fria, as temperaturas so muito mais baixas no Inverno, enquanto nas regies banhadas por uma corrente quente, as temperaturas so sempre amenas, mesmo no Inverno.
As correntes quentes contribuem para moderar as temperaturas dos lugares localizados junto costa so mais amenas no Inverno. A corrente quente do Golfo do Mxico desloca-se para o Noroeste da Europa, permitindo que os Invernos sejam mais amenos.
As correntes frias contribuem para um maior arrefecimento do ar no Inverno e temperaturas mais amenas no Vero.
3. A precipitao: distribuio e variao
Como e por que que ocorre precipitao? A precipitao est associada existncia de nuvens, no entanto, nem sempre ocorre. Para que ocorra precipitao necessrio que as gotculas em suspenso que formam as nuvens originem gotas de gua maiores e com um peso que lhes permita vencer a gravidade e atingir o solo.
12 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia
Mas para ocorrer precipitao necessrio que exista a subida do ar. Deste facto, o ar ao subir, vai expandir-se e arrefecer, at atingir o ponto de saturao, a partir deste momento o ar pode condensar, formando nuvens, que por sua vez podem levar ocorrncia de precipitao. Tipos de precipitao A subida do ar pode acontecer atravs de quatro processos diferentes, originando quatro tipos de precipitao:
Orogrficas subida do ar ao longo das vertentes montanhas; Convergente subida do ar devido convergncia dos ventos numa determinada zona;
Convectiva subida do ar, causada pelo seu aquecimento, aps ter contactado com uma superfcie mais quente. Ao aquecer, torna-se mais leve e sobe;
Frontal subida do ar devido ao contacto de duas massas de ar diferente.
A precipitao, como a temperatura influenciada pela latitude, altitude, afastamento e proximidade do mar e das correntes martimas, o que explica a sua desigual distribuio superfcie da Terra. A Precipitao, a latitude e a presso atmosfrica A circulao do ar na atmosfera influncia a presso atmosfrica, que por sua vez influncia o estado do tempo. O ar desloca-se sempre das altas para as baixas presses, o que origina a convergncia e a subida do ar nas reas de baixas presses, e divergncia e descida do ar nos centros de altas presses.
Altas presses polares (no hemisfrio norte e hemisfrio sul);
Baixas presses subpolares (no hemisfrio norte e hemisfrio sul);
Altas presses subtropicais (no hemisfrio norte e hemisfrio sul);
Baixas presses equatoriais.
A distribuio dos principais centros de presso atmosfrica em latitude influencia a distribuio da precipitao mundial. Mapa Distribuio da precipitao anual e dos centros de presso atmosfrica em latitude
Os centros de baixas presses esto associados a cu muito nublado e ao mau tempo contribuem para o aumento da precipitao.
Os centros de altas presses esto associados a cu limpo e a tempo seco contribuem para a diminuio da precipitao.
Tabela O movimento do ar, nos centros de baixas e de altas presses, no hemisfrio norte.
13 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia
Assim, podemos verificar:
Nas regies equatoriais, onde h elevadas temperaturas, o ar sobe, formando centros de baixas presses que originam precipitao muito abundante.
Prximo dos trpicos, o ar desce, originando altas presses, que so responsveis pelo tempo seco predominante nessas latitudes.
Nas latitudes mdias, d-se a convergncia do ar tropical com o ar polar, formando-se as baixas presses que explicam a ocorrncia de precipitao abundante.
Nos plos, onde h baixas temperaturas, formam-se altas presses e, por isso, h baixos valores de precipitao.
A precipitao e o relevo A precipitao influenciada pela altitude e pela sua exposio em relao linha de costa. De facto, a precipitao mais elevada em reas de maior altitude e nas reas montanhosas concordante. As reas de montanhas concordantes so paralelas linha de costa e so fortemente influenciadas pelos ventos hmidos. As montanhas podem ter vertentes barlavento, que esto expostas aos ventos hmidos e vertentes sotavento, que esto abrigadas dos ventos hmidos. Nas vertentes barlavento maior a precipitao do que nas vertentes sotavento, que normalmente so muito secas. A precipitao e a proximidade/ afastamento do mar As reas prximas do mar so influenciadas pelos ventos hmidos martimos registando valores elevados de precipitao, medida que os ventos martimos vo avanando para o interior do territrio, perdem humidade e o seu efeito amenizador da temperatura. Assim, verifica-se um contraste litoral/interior. A precipitao e as correntes martimas
4. Os climas e as formaes vegetais Os principais climas do mundo A conjugao dos factores climticos origina trs grandes tipos de clima quentes, temperados e frios.
14 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia
Como se distribuem os climas no mundo? Os climas distribuem-se em trs zonas climticas:
Zona Quente ou Intertropical temperaturas mdias mensais e anuais elevadas e pouca variao anual; Zona Temperada do Norte e do Sul temperaturas mdias anuais moderadas e com variao das
temperaturas mdias mensais ao longo do ano;
Zona Fria do Norte e do Sul temperaturas mdias anuais negativas e um grande contraste nas temperaturas mdias mensais.
Mapa Distribuio dos climas
15 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia
Mapa Distribuio dos biomas
Tabela Classificao climtica e as formaes vegetais associadas
16 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia
17 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia
O clima e as formaes vegetais Portugal Portugal tem caractersticas climticas das regies de clima temperado mediterrneo, mas apresenta grandes contrastes regionais. Assim, podemos distinguir vrias regies climticas:
Regio mediterrnica Sul de Portugal Continental e Regio Autnoma da Madeira; Regio atlntica Litoral Norte e Regio Autnoma dos Aores;
Regio continental do norte Interior Norte; Regio de influncia da altitude reas de montanhas de maior altitude.
As caractersticas climticas reflectem-se no tipo de vegetao. Desta forma, podemos encontrar em Portugal continental, espcies diferentes, consoante os traos climticos dominantes:
Floresta caduciflia;
Floresta mediterrnea;
Maquis;
Garrigues.
Nas regies Autnomas, a vegetao natural tambm apresenta caractersticas predominantemente mediterrnicas. Devido influncia do oceano, que modera as temperaturas e gera grande humidade, ainda se preserva a floresta laurisilva, que em tempos remotos, cobriu uma boa parte da Europa do Sul. Esquemas sntese Clima e formaes vegetais
18 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia
Relevo
Relevo conjunto de formas da superfcie
terrestre
>Montanhas - Forma de relevo de grande
altitude, normalmente superior a 1000m, com
encostas de inclinao acentuadas, vales
profundos e topos pontiagudos.
>Planaltos - Forma de relevo de mdia ou
elevada altitude, superior a 200m com topos
planos. So antigas montanhas desgastadas
pela eroso.
19 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia
>Colinas - Elevaes de baixa altitude, geralmente inferiores a 400m, de formas arredondadas.
> Vales - As vertentes podem ser mais ou menos inclinadas ou abruptas. So por vezes atravessados por cursos de
gua.
> Plancies - Planas, inferiores a 200m. Podem resultar da ao da eroso ou da deposio de sedimentos
transportados pelos rios plancies aluviais.
A rede hidrogrfica
Caudal: volume que passa por uma seco do rio por segundo (m /s)
Regime hidrogrfico: variao do caudal de um rio ao longo do ano.
Rede hidrogrfica: rio, afluentes e subafluentes.
Bacia hidrogrfica: rea drenada por uma rede hidrogrfica.
O caudal dos rios e a densidade de uma rede hidrogrfica dependem da precipitao registada na respetiva
bacia hidrogrfica.
A construo de barragens
VANTAGENS DESVANTAGENS
Produo de energia Hidroelctrica Submergirem campos com boas aptides agrcolas
20 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia
Armazenamento e abastecimento de gua * Uso domstico * Agricultura (aumento da rea irrigada) * Indstria
Reterem os sedimentos dos rios, que deixam de fertilizar os solos
Constituio de Reserva Hdricas * Perodos de caudal de estiagem (secas)
Aparecimento de sais provenientes da evaporao da gua
Regularizao dos Caudais * Prevenir Cheias * Amenizar as secas
Impactes na fauna e na flora locais
Aproveitamento das Albufeiras para fins tursticos
Povoaes submersas, provocando a deslocao da populao
Tipos de Leitos
Leito de estiagem Leito normal Leito de cheia
Vero Inverno
Perfil longitudinal de um rio linha que une os pontos do fundo do leito do rio, desde a nascente at foz.
> A montante: seco inicial do curso de gua (Nascente) - desgaste a altitude mais elevada.
> A seco intermdia: seco mdia do curso de gua -
transporte o declive diminui.
> A jusante: seco final do curso de gua - acumulao
o declive fraco.
Perfil transversal de um rio: linha resultante da
interseo de um plano vertical com o vale, perpendicular
direo deste, num determinado ponto.
Devido altitude, aos diferentes graus de dureza das
rochas e ao relevo, surgem vrios tipos de vales:
A - Vale em V fechado/ garganta nascente; muito estreitos e profundos; muito encaixados.
B - Vale em U/ V aberto/ vale normal em direo foz; mais largo; menos encaixado.
C - Vale aberto/ plano/ caleira aluvial foz, plancies aluviais; muito largos; muito pouco encaixados.
21 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia
Gesto dos Recursos Hdricos ex: Barragens
A gua um recurso ameaado devido:
a) Ao elevado consumo de gua
b) sua intensa explorao
c) desflorestao
d) Aos incndios
e) sua poluio
A gesto dos recursos hdricos tem como objetivo:
-> a racionalizao do seu consumo.
-> o controlo da qualidade da gua.
-> o tratamento das guas residuais.
-> o aumento da capacidade de aprovisionamento (para garantir o abastecimento de gua).
O relevo litoral
Eroso marinha: ao de desgaste, transporte e acumulao exercida pelo mar.
As alteraes da linha de costa dependem:
Das caractersticas das rochas em contacto com o mar.
Da intensidade da eroso do mar.
Dos movimentos da crosta terrestre.
Das alteraes climticas.
Tipos de costa
>Baixa (praia)- relevo baixo; arenoso; rochas pouco resistentes eroso.
>Alta (Arriba)- relevo alto; escarpado; rochas resistentes eroso. o tipo de costa mais sensvel eroso pois o
mar desgasta a base da arriba, o topo da arriba cai (por falta de apoio), provocando o seu recuo, o surgimento da
Diminuio da temperatura
Descida do nvel do mar
Regresso marinha
Costa de emerso
Aumento da temperatura
Subida do nvel do mar
Transgresso marinha
Costa de transgresso
22 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia
plataforma de abraso e a de acumulao. Como o mar deixa de l chegar, transforma-se numa arriba morta ou
fssil.
As arribas fsseis tambm podem resultar da regresso marinha ou das movimentaes das placas continentais. O
Homem tambm tem um papel importante.
Cabos: promontrios ou penhascos que se projetam para o mar.
Dunas: relevo totalmente constitudo pela ao do vento que pode migrar, por ao dos ventos dominantes, ou ficar
fixo, por ao da vegetao.
Baas: reentrncias das costas martimas, semicirculares, geralmente entre dois cabos, mais pequenas que os golfos.
Golfos: Grande reentrncia da costa, geralmente semicircular.
Rias: enseadas compridas e estreitas na costa martima, provocada pelo levantamento do nvel do mar.
Ilhas: massa de Terra de menores dimenses que as de um continente, totalmente rodeada de gua.
Riscos e Catstrofes Naturais
Plataforma de acumulao
Plataforma de abraso
23 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia
Riscos: uma probabilidade de ocorrer um fenmeno catastrfico.
Catstrofes: um acontecimento sbito quase sempre imprevisvel, com vtimas e danos materiais que afecta
gravemente a segurana das pessoas e as suas condies de vida.
De entre os fenmenos naturais capazes de provocar enormes catstrofes para a Humanidade destacam-se, pelo
seu maior impacto, os Riscos Climticos ou Atmosfricos e os Riscos
Geolgicos ou Internos.
Os Riscos Climticos ou Atmosfricos so
constitudos por:
_ Furaces;
_ Secas;
_ Vagas de Calor;
_ Inundaes;
_ Tempestades;
_ Tornados;
_ Avalanches;
_ Incndios.
Os Riscos Geolgicos ou Internos so constitudos por:
_ Sismos;
_ Erupes Vulcnicas;
_ (Avalanches);
_ Deslizamentos de Terra.
Os Furaces (no Atlntico), tambm conhecidos por Ciclones
tropicais (no ndico) e por Tufes (no Pacfico), um dos tipos de
tempestade mais poderosa e destrutiva. A distribuio deste tipo
de fenmenos est limitada a seis regies do globo, todas elas
situadas sobre oceanos tropicais e subtropicais, pois a que se
verificam as condies necessrias para que uma ligeira
instabilidade no ar possa transformar-se numa violenta
tempestade. Nessas regies, o vapor da gua do mar quente
sugado violentamente para reas de baixa presso, elevando-se e condensando-se em bancos de nuvens de grande
desenvolvimento vertical. Dando origem a chuvadas torrenciais acompanhadas de ventos muito fortes, que podem
atingir os 300 km/h.
As formas de preveno so:
Impedir construes nas reas de Risco;
Utilizao dos Sistemas de Alerta;
24 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia
A Observao atravs de Satlites Meteorolgicos.
As secas relacionam-se com perodos longos sem precipitao e
temperaturas demasiado elevadas, ocorrendo sobretudo em reas
de clima Desrtico, Tropical seco e Temperado Mediterrnico. As
principais consequncias das secas fazem-se sentir na reduo das
produes agrcolas, na reduo da produo de energia
hidroelctrica e na maior possibilidades de ocorrncia de fogos
florestais.
Para prevenir os efeitos da seca deve-se:
Reduzir o consume de gua na agricultura;
Limpar as matas;
Evitar fazer lumes e queimadas;
Fazer transvases1.
1 Transferncia de gua das regies de maior abundncia para aquelas em os problemas
de seca, se faz mais sentir.
As vagas de calor resultam de situaes meteorolgicas anormais, cuja
durao pode variar de algumas semanas a alguns meses. Estes
fenmenos climticos extremos e imprevisveis estai a tornar-se cada
vez mais frequentes, devido em parte aco do Homem pela
destruio da vegetao, pela plantao de espcies inadequadas, a
sobre pastorcia e a sobre explorao dos aquferos. As
consequncias das vagas de Calor so extremamente negativas e
fazem sentir-se a nvel material com humano. Destas destacam-se aquelas que tm efeitos nas actividades
econmicas, nas produes agrcolas, e aquelas que dizem respeito vida quotidiana das populaes, e especial
sua mobilidade e estado de sade.
INUNDAES
A sua ocorrncia relaciona-se com precipitaes
abundantes, precipitaes duradouras, rpido degelo e agitao
martima. As principais consequncias deste fenmeno fazem-se
sentir principalmente nas reas de baixa altitude, em certas reas
deprimidas e junto costa e traduzem-se na submerso de vastas
reas, tanto agrcolas como urbanas (obrigando as pessoas a
abandonar as suas residncias habitais, podendo provocar vtimas).
As formas de preveno so:
Construo de Diques;
Ereco de barragens;
Limpeza do leito dos rios;
Proibir construo nas plancies de inundao.
25 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia
Os incndios florestais so das catstrofes naturais mais graves em
Portugal, no s pela elevada frequncia com que ocorrem e extenso
que alcanam, como pelos efeitos destrutivos que causam. Para alm
dos prejuzos econmicos e ambientais, podem constituir uma fonte de
perigo para as populaes e bens, provocando muitas vezes a morte.
No basta existir uma fonte de calor para que um incndio se propague.
tambm necessrio que as condies atmosfricas sejam favorveis
a essa mesma propagao. Que so:
_ Vento intenso;
_ Baixa humidade relativa no ar;
_ Temperaturas elevadas;
_ Por vezes a ocorrncia das trovoadas.
_ Existncia de combustveis mortos com baixos nveis de humidade;
_ Existncia de uma fonte de ignio.
As formas de preveno dos seus efeitos passa por:
Limpar as matas;
Evitar fazer lumes e queimadas;
Evitar o lanamento de foguetes.
A ocorrncia de avalanche determinada pelas condies meteorolgicas que se verificam em determinados
lugares e pelas caractersticas do relevo, ali existentes. Efectivamente, nas reas de relevo acidentado, a conjuno
de temperaturas baixas, vento intenso e grande acumulao de neve pode fazer com que esta se precipite
rapidamente ao longo das vertentes de maior inclinao e origine avalanches significativas, capazes mesmo de
submergir reas considerveis.
Os sismos, vulgarmente conhecidos por tremores de terra ou terramotos,
correspondem a vibraes repentinas (normalmente, de poucos segundos a um minuto),
mais ou menos violentas, da superfcie terrestre, relacionando-se com o movimento da
crosta terrestre e das exploses nucleares.
As formas de preveno so:
Os estudos geolgicos sobre o interior da Terra;
E os sistemas de alertas baseados nos estudos de sismgrafos.
Quando os tremores de terra ocorrem no fundo do oceano, podem dar origem a ondas gigantescas, frequentemente
designadas de tsunamis ou maremotos. Estas ondas gigantescas, quando chegam a terra, varrem tudo o que
encontram pelo caminho, provocando milhares de mortes e estragos.
As formas de preveno deste so:
Evitar a construo nas reas baixas do litoral;
26 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia
E os sistemas de alerta trans-ocenicos coordenados.
Apesar de mltiplos esforos cientistas, ainda no
possvel prever com rigor a ocorrncia dos sismos
De todos os fenmenos que ocorrem superfcie da Ter, os vulces so talvez os que
assumem caractersticas mais ameaadoras e aterrorizantes e tambm os que melhor
ilustram a grandiosa fora da natureza. semelhana do que se passa com os
sismos, os vulces esto tambm extremamente relacionados com a
movimentao das placas tectnicas que constituem a superfcie terrestre.
Embora ainda no seja possvel prevenir as erupes vulcnicas, j existem alguns sinais de alerta para essa
ocorrncia. De entre esses sinais, destacam-se:
_ A dilatao da superfcie;
_ O aumento da temperatura do solo;
_ E a libertao de jactos de gua quente (gisers) e vapores (fumarolas).
Para prevenir possveis efeitos das erupes vulcnicas devem ser tomadas medidas:
No construir em reas prximas de vulces;
Construir valas para desviar as correntes de lava;
Esclarecer a populao;
Manter o servio da proteco civil.
Deslizamentos
Ao longo das vertentes de maior inclinao, os detritos rochosos
tendem a deslocar-se por aco da gravidade. Esses movimentos de
partculas ao longo das superfcies podem ocorrer de forma lenta, ou
pelo contrrio, de forma rpida.
As formas de preveno so:
Impedir a construo nas reas de declive acentuado;
Construo de muros de suporte;
Construo de barreiras de Drenagem.
27 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia
..
ESCALAS NUMRICAS E ESCALAS GRFICAS
ESCALAS NUMRICAS:
A escala numrica representada sob a forma de fraco. O numerador sempre a unidade (1) e indica a distncia no mapa, e o denominador a distncia real (nmero de vezes que a realidade foi reduzida para ser cartografada) correspondente, sempre em centmetros (cm).
A escala numrica pode ser representada de trs formas diferentes.
Exemplo:
ESCALAS GRFICAS:
A escala grfica representada sob a forma de um segmento de recta, normalmente subdividido em seces e ao longo do qual so registadas as distncias reais correspondentes s dimenses do segmento. Nalguns mapas essas distncias surgem na escala mtrica europeia ( fig. 1) e noutros conjugam-se as unidades de medida europeias com as anglo-saxnicas (fig. 2) - em milhas ( utilizadas pelos ingleses e americanos).
Fig. 1 - Escala grfica em Km ( escala mtrica) Fig. 2 - Escala grfica em Km e milhas
Ex.: Na escala 1: 100 000 - "1 cm" representa a distncia no mapa enquanto que o "100 000 cm" representa a distncia real. Isto significa que 1 cm no mapa corresponde a 100 000 cm na realidade, ou seja 1 km
COMPARAO ENTRE ESCALAS:
Aplicao rea representada Tamanho da escala
Nvel de anlise (n e
qualidade dos
pormenores
Quantidade de territrio
representado
Planta da casa 1:100/1:200 Grande escala (Escala igual ou superior a 1/100.000)
Nvel de anlise
maior (muitos
pormenores)
Reduzido (menor rea representada)
escala descritiva Planta de arruamentos 1:500/1.1000
Planta de bairros de cidades, aldeias.
1:1.000/1:2.000/1:5.000
28 Colgio de S. Gonalo Grupo de Geografia
Mapas de grandes propriedades (rurais ou industriais), provncia,
regio.
10.000/1:25.000/1:50.000/
1:75.000/1:100.000
Mapas de estados, pases, continentes,
Mundo
1:800.000/ 1:10.000.000/90.000.000/
1: 600 000 000
Pequena escala
(Escala inferior a
1/100.000)
Nvel de anlise
menor
(poucos pormenores)
Elevado (maior rea representada)escala
explicativa
Nota: Quanto maior o denominador da fraco, mais reduzida a escala.
Consoante o grau de reduo efectuado para realizar o mapa vamos ter mapas de diferentes escalas. Vamos considerar duas grandes categorias de mapas atendendo ao grau de reduo; o mapas de grande escala e os mapas de pequena escala.
Os mapas de grande escala mostram muitos pormenores da realidade ( ruas, quarteires, vias de comunicao, etc., sendo, por isso, muito teis para a explorao a p de uma pequena rea.
Para representar a ocupao do solo numa cidade necessrio trabalhar com mapas de grande escala, em que a rea representada menor e o nvel de anlise maior
Os mapas de grande escala so mapas que se aproximam muito da realidade, ou seja, no foram muito reduzidos. Tm escalas compreendidos entre 1/10 000 e 1 / 100 000. Por exemplo : 1/50.000 superior a 80.000. Estes mapas representam pequenas reas de territrio mas com uma grande riqueza a nvel do pormenor.
As plantas e mapas topogrficos (que representam colinas, rios, cidade e comunicaes da rea representada) so exemplos de mapas de grande escala.
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Carta topogrfica ( fonte: Instituto Geogrfico do Exrcito)1/50.000
Os mapas de pequena escala so mapas em que a realidade foi muito reduzida, servindo para representar grandes superfcies ou a totalidade do planeta, mas com poucos pormenores ( mapa corogrfico, planisfrios ou mapas-mundi ). Tm escalas inferiores a 1/100 000. Estes mapas representam vastas reas de territrios mas com pouca riqueza de pormenor. Estes mapas servem sobretudo para termos uma viso de conjunto acerca dos fenmenos que se passam a nvel mundial, como o caso da distribuio mundial do climas..
Mapa de pequena escala
Dentro dos mapas de grande escala podemos encontrar as plantas (com escalas superiores a 1/10 000) e os mapas topogrficos. Na categoria dos mapas de pequenas escalas temos os mapas corogrficos e os planisfrios.
A escala de um mapa um auxiliar precioso para calcularmos distncias. Face a um mapa podemos de ter de calcular:
a distncia real;
a distncia no mapa;
a escala do mapa
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Para trabalhar com escalas, ou seja, para saber quanto mede determinada distncia entre dois pontos na realidade, necessrio saber fazer redues.
Quilmetro Hectmetro Decmetro Metro Decmetro Centmetro milmetro
km hm dam m dm cm mm
Nota: No te esqueas das redues. No podes misturar diferentes unidades na mesma operao.
Segue as seguintes regras:
Exemplos:
6 000 000 cm = 60 km (conta-se 5 casas para a esquerda a partir das unidades)
10 km = 1 000 000 cm (conta-se 5 casas para a direita a partir das unidades)
COMO CALCULAR DISTNCIAS REAIS
1. Identifica a escala presente no mapa - 1/21000000.
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2. Mede com a rgua a distncia entre os lugares que queres saber.
Exemplo :
Lisboa - Londres ( 9cm )
3. Usa a regra da proporcionalidade para calcular a distncia real.
1cm 9cm -------------- = -------- 21000000cm X
x = 21000000 x 9:1
:X=189.000.000
X= 1890Kms
Problemas com escalas
Problema A - Temos um mapa com escala 1 / 250 000. Nesse mapa as localidades A e B esto separadas 4 cm. Qual a distncia que as separa na realidade?
Neste problema sabemos a escala e a distncia no mapa. Pretendemos saber a distncia real.
Resoluo:
1cm 4cm -------------- = -------- 250000 cm X
x = 250000 x 4
:X=250000cm=1000000cm
X= 10 Kms
Resposta: as duas localidades distam entre si 10 km.
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Problema B - No mesmo mapa, queremos assinalar uma localidade K que se encontra situada 3 km a Norte da localidade A.
Neste problema sabemos a escala do mapa e a distncia real. Queremos saber a distncia no mapa.
Resoluo:
1 - temos de reduzir os 3 km a centmetros, d 300000. Agora j podemos efectuar os clculos.
1cm X -------------- = -------- 250000 cm 300.000
X=300.000 : 250000 =1,2 cm
Resposta: no mapa devemos medir 1,2 cm, para Norte da localidade A e assinalar a localidade K.
Problema C - Temos uma planta de uma sala de aula sem escala. Nesta planta as janelas esto representadas com 1 cm, mas sabemos que na realidade medem 3 metros.
Neste problema sabemos a distncia no mapa e a distncia real. Queremos saber a escala.
Resoluo:
1 - temos de reduzir os 3 m a centmetros, d 300. Agora j podemos efectuar os clculos.
1cm 1 -------------- = -------- 300 cm X
X=300 x 1:1 =300
Resposta: a escala dessa planta de 1 / 300.
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