SALVAMENTO AQUÁTICO
CFS/2012
CAP QOBM Frederick CALDEIRA da Rocha
OBJETIVOS PARTICULARES DA MATÉRIA NO CURSO
Ao final da matéria o aluno deverá ser capaz de:
a) Aplicar tática e técnica de salvamento aquático
b) Identificar riscos e estabelecer procedimentos de segurança nas operações de
salvamento aquático;
c) Aplicar tecnologias atualizadas de salvamento aquático
d) Identificar as características dos diversos tipos de ambientes aquáticos;
e) Identificar público banhista e suas particularidades;
f) Utilizar com eficácia a tabela de graus de afogamento;
g) Liderar equipe de guarda vidas.
SALVAMENTO AQUÁTICO
INTRODUÇÃO
Anualmente mais de 500.000 (quinhentos mil) pessoas são vítimas fatais de afogamento;
Mais de 10(dez) milhões de criança entre 0 (zero) e 14 (catorze) anos de idade são internadas e em média uma a cada 35 (trinta e cinco) hospitalizadas
chega a óbito;
O sexo masculino morre 2 (duas) vezes mais que o feminino;
Segunda causa de morte nos países subdesenvolvidos;
Na China é a primeira causa entre 0 (zero) e 14 (catorze) anos de idade;
Na faixa de 1 (um) a 4 (quatro) anos é a segunda causa de morte no Brasil, EUA e África do Sul, primeira na Austrália;
BRASIL
• No Brasil 8.000 (oito mil) pessoas morrem afogadas por ano;
• Sessenta e cinco por cento delas são crianças;
• Vinte e uma pessoas morrem afogadas diariamente.
Duzentos e sessenta mil Hospitalizações por afogamento;
Mais de 1.300.00 (um milhão e trezentos mil) pessoas são resgates em praias, piscina, lagoas, rios e outros locais;
Mais de seiscentos corpos não são encontrados.
FUNÇÕES DO GUARDA VIDAS
MONTAR E DESMONTAR O POSTO DE TRABALHO
VERIFICAR O MATERIAL DE SALVAMENTO
OBSERVAR AS CONDIÇÕES DO RIO/LAGOA/BALNEÁRIO/PISCINA
ACONSELHAR E INFORMAR OS BANHISTAS
ABORDAR E SOCORRER SEMPRE QUE NECESSÁRIO
QUALIDADES DE UM GUARDA VIDAS
DECISÃOSABER AGIR NOS PRIMEIROS SEGUNDOS
SANGUE-FRIO NUNCA PEDER A CALMA, SE PRECISAR DE AJUDA NÃO HESITE EM PEDI-LA
MODÉSTIASAIBA CONHECER SEUS LIMITES. SE NÃO SABE NÃO MEXA
DISCIPLINARESPEITAR AS AUTORIDADES E OUTROS PROFISSIONAIS
ESCRUPULOSODA QUALIDADE DA SUA INTERVENÇÃO DEPENDE A VIDA DO NÁUFRAGO
DISCRETO
EVITE ESBRACEJAR E FALAR ALTO
USE O APITO SOMENTE QUANDO NECESSÁRIO
EDUCADO
SEJA SEMPRE O ANFITRIÃO DO LOCAL (PISCINA, LAGOA. etc)
FAÇA ABORDAGENS DE PERTO E SEJA DELICADO
NÃO USE IMPROPÉRIOS
NÃO CRITIQUE EM VOZ ALTA
SAÚDE
EVITE A OBESIDADE
BEBA MUITOS LÍQUIDOS E FAÇA UMA DIETA ALIMENTAR EQUILIBRADA. COMA MUITA FRUTA.
PREPARAÇÃO FÍSICA
O SALVAMENTO EXIGE UM ESFORÇO EXTRAORDINÁRIO (FORÇA) DURANTE UM LONGO TEMPO (RESISTÊNCIA).
O SALVAMENTO EXIGE DO GV PRONTIDÃO NA SUA INTERVENÇÃO (RAPIDEZ)
ALÉM DA HABILIDADE (ASTÚCIA) REQUER, NO SALVAMENTO SUAVIDADE NAS MANOBRAS E PERÍCIA (CONHECIMENTO)
EXERCÍCIO FÍSICO, TREINO E APERFEIÇOAMENTO (SEMPRE)
USE PROTETOR SOLAR
USE ROUPA COM MANGAS COMPRIDAS
USE SEMPRE O BONÉ E ÓCULOS DE SOL
BEBA MUITA ÁGUA
MULHERES NO SALVAMENTO AQUÁTICO
DIFERENÇAS QUE FAZEM DIFERENÇA
• Pensam e fazem várias coisas ao mesmo tempo.
• Audição mais aguçada
• Concentradas
• Intuitivas
• Atenciosas
• Visão periférica . (chega até 180 º )
Probabilidade de sobrevivência AFOGAMENTO
AFOGAMENTO
Processo que resulta na dificuldade
respiratória, por submersão/imersão num meio líquido.
Morte dentro das primeiras 24 horas após o incidente de
submersão.
QUASE – AFOGAMENTO
Sobrevivência por pelo menos 24 horas após a
submersão, ou seja, pacientes que inicialmente se
recuperaram de uma lesão por submersão mas vinham
a falecer por insuficiência respiratória secundária à
submersão.
CLASSIFICAÇÃO DO AFOGAMENTO
1. QUANTO AO TIPO DE ÁGUA:
a. Afogamento em água doce: quando ocorre em piscinas, rios, lagos ou tanques;
b. Afogamento em água salgada: quando ocorre no mar.
QUANTO À CAUSA DO AFOGAMENTO
a. Afogamento Primário: quando não existem indícios de uma causa determinante do afogamento. Ex: falta de habilidade aquática.
b. Afogamento Secundário: quando existe alguma causa que tenha impedido a vítima de se manter na superfície da água e, em conseqüência, precipitou o afogamento.
CAUSAS DE AFOGAMENTO SECUNDÁRIO
1. Uso de drogas............................................32,2%;
2. Epilepsia (crise convulsiva) ........................18,1%;
3. Traumatismos ...........................................16,3%;
4. Doenças cardíacas e/ou pulmonares ...........14,1%;
5. Acidentes de mergulho................................3,7% ;
6. Não especificadas.......................................11,6%.
Classificação do Afogado:
Grau I: -Vítimas que aspiram quantidade mínima de água, suficiente para produzir tosse;
-Ausculta pulmonar normal ou com sibilos (chiados no peito) ou roncos;
-Geralmente encontram-se lúcidas, porém, podem estar agitadas ou sonolentas;
-Apresentam-se com frio, FR e FC aumentadas pelo esforço e pelo estresse do afogamento;
-Sem sinais importantes de comprometimento cardíaco ou respiratório;
-A cianose pode estar presente pela ação do frio e não pela hipóxia.
Grau II:
-Vítimas que aspiraram uma pequena quantidade de água, suficiente para alterar a troca de O2 - CO2
pulmonar;
- Apresentam-se lúcidas, agitadas ou desorientadas, podendo apresentar sinais de cianose de lábios e dedos, indicando comprometimento respiratório, e alterações cardiovasculares leves, com freqüência cardíaca e respiratória aumentada;
-Na ausculta pulmonar, apresentam estertores de leve a moderada intensidade em alguns campos do pulmão;
-Necessitam de atendimento de Suporte Avançado de Vida, oxigenioterapia, prevenção de hipotermia e apoio psicológico.
Grau III: -Vítimas que aspiraram quantidade importante de água (geralmente mais do que 2 a 3 ml/Kg de peso);
-Apresentam sinais de insuficiência respiratória aguda, com dispnéia intensa (dificuldade respiratória), cianose de mucosas e extremidades, estertoração intensa à ausculta pulmonar (edema agudo de pulmão) e secreção oral e nasal em forma de espuma;
-Apresentam vômitos, que pode ser fator de agravamento. Evitar aspiração aspirando a vítima ou virando-a em monobloco (trauma) ou somente a cabeça de lado – (sem indícios de trauma);
-Apresentam-se com agitação psicomotora ou torpor (desperta se estimulada fortemente), taquicárdico e muitas vezes com PA normal.
Grau IV:
A vítima nestes casos se apresenta em coma (não desperta nem com estímulos fortes);
Apresenta-se com taquicardia e hipotensão arterial ou choque (pressão arterial sistólica menor do que 90 mmHg).
Grau V:
Parada respiratória (apnéia), mas com pulso arterial presente, indicando atividade cardíaca.
Coma leve a profundo, cianose intensa, grande quantidade de secreção oral e/ou nasal, e distensão abdominal freqüente por ingestão excessiva de água;
Pode ser reanimado, através dos métodos de ventilação artificial
AFOGAMENTO GRAU VI
Em parada cardiorrespiratória (PCR), representada pela apnéia (parada respiratória), e pela ausência de batimentos cardíacos (pulsos arteriais ausentes).
SINTOMAS OU SINAIS
• Agitação.
• Dificuldade respiratória.
• Inconsciência.
• Parada respiratória.
• Parada cardíaca.
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR PARA VÍTIMAS COM SINAIS VITAIS
- Prevenir lesões tanto para o paciente quanto para quem está prestando socorro,
- Realizar a análise primária, ABC se for somente afogamento ou ABCDE no caso de acidente aquático e tratar os problemas encontrados em ordem de prioridade;
- Realizar o resgate da vítima na água de forma segura,
- Acionar SME;
- Retirar as vestes molhadas e secar imediatamente todo o corpo da vítima
• -Prevenir a hipotermia com cobertor ou manta aluminizada, mantendo apenas a face exposta e conduzi-la para ambiente aquecido. Ex. interior de uma sala, ...
• -Se não houver indícios de trauma, posicioná-la em decúbito lateral (PLS)durante o atendimento e transporte;
• -Se houver indícios de trauma, posicioná-la em DD e aguarde o SME.
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR PARA VÍTIMAS SEM SINAIS VITAIS
1. Na ausência de pulso carotídeo, iniciar a REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR, 30 compressões X 02 ventilações.
2. Prevenir o aumento da hipotermia durante a reanimação cardiopulmonar.
Remoção da vítima
• Assegurar Via Aérea Pérvia,
• Manter Saturação de O2 à 95% (evitar hipóxia)
• Controlar Hemorragias,
• Imobilizar todos os pontos suspeitos de fraturas.
Posteriormente, remover a vítima ao hospital, observando que nem sempre o hospital mais próximo é o mais apropriado, certas vítimas necessitam de um cuidado mais específico.
Trabalhos com Maca e Colocação do Colar Cervical
•Sempre que houver a possibilidade de lesão na coluna vertebral, a vítima deverá ser, OBRIGATORIAMENTE, transportada com colar cervical e prancha rígida. Todos os cuidados na imobilização da coluna cervical deverão ser tomados.
AVALIAÇÃO
• 1ª NOTA - RESCUE TUBE –
03 GAIVOTAS
• 2ª NOTA – PROVA PRÁTICA –
07 GAIVOTAS
TOTALIZANDO: 10 GAIVOTAS
RESCUE TUBE
Especificações
Confeccionado em microespuma de polietileno (enchimento) e revestido com espuma microporosa de PVC;
Dimensões: 930x140x80.
Flutuabilidade: 02 pessoas de 100 a 110 kg.
Cor: Amarelo ou Vermelho.
Cabo de polietileno de 2,5 m.
Preço: R$ 290,00 (Média)
RESCUE PET
• 4 garrafas pet de 2 litros;
• Tecido mauritânia, na cor amarela ou LARANJA, com 80 cm de comprimento por 32 cm de largura;
• Fita em nylon de 2 cm de largura, costurada no sentido do comprimento de ambos os lados, dividindo o equipamento em duas câmaras onde serão introduzidas as garrafas pet. Esta fita se estende por até 2 metros além do corpo do equipamento e se liga a uma alça (destinada a prender o equipamento ao guarda-vidas) de 70 cm, formada por uma fita de 4 cm de largura em nylon.
• O Rescue Pet possui ainda uma fita de reforço costurada transversalmente no centro do corpo do equipamento, além de pintura resistente a intempéries com a gravação, na cor vermelha ou amarela, com a inscrição “BOMBEIROS” e “CFS/2012”.
VANTAGENS
• |Excelente flutuabilidade;
• Confeccionado com materiais recicláveis (garrafas pet);
• Tem baixo custo de confecção (em média R$ 15,00 por unidade);
• Não oferece risco de trauma por choque à vítima de afogamento e ao Guarda-Vidas; e
• Pode ser utilizado em qualquer situação ou meio aquático.
ENTREGA RESCUE PET:
04 DE ABRIL DE 2012
OBRIGADO!!! e
BONS SALVAMENTOS...
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