Nº 65 / ANO XVIIINOVEMBRO 2014
ESPAÇO DO LEITORSe você quiser fazer comentários, sugestões, críticas ou tirar dúvidas, entre em contato conosco pelo telefone (48) 3251-1500 ou pelo e-mail [email protected]
EXPEDIENTE
DIRETOR-GERALAfonso Luiz Silva
DIRETORA ACADÊMICAJane Lúcia Pedro
DIRETOR ADMINISTRATIVOFábio Luiz Marian Pedro
CONSELHO EDITORIALCarlos Eduardo Martins
Louisa Carla Farina SchröterMárcio Alexandre Pereira
Patrícia Grumiche SilvaPe. João Quirino Weber
Rozangela Kons MartendalRodrigo dos Passos
Magali Schmitz Knoll
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃOMarcca Comunicação
FOTOGRAFIASMárcio Alexandre Pereira
Tiago Cristhian CostaJosé Renato Duarte
Acervo Colégio Catarinense
REVISÃO E CORREÇÃO DE TEXTOSDanieli Galvani
João Júlio Freitas de OliveiraAline Natureza de Andrade Silveira
CONTATOSetor de Comunicação
(48) 3251-1593R. Esteves Júnior, 711 - Centro
Florianópolis/SC - CEP 88015-130(48) 3251-1500
www.colegiocatarinense.g12.br
04 EDITORIAL
07 EDUCAÇÃO
09 NOTÍCIAS
13 CLICK UNIDADE I
14 ESPIRITUALIDADE
17 ENTREVISTA
18 MÚSICA
20 CIDADANIA
22 CLICK UNIDADE II
24 SÃO JOSÉ DE ANCHIETA
30 FAMÍLIA
32 ENQUETE
35 HORA DO CONTO
36 MEMÓRIA
37 LITERATURA
38 SUSTENTABILIDADE
O ano de 2014 foi muito especial para
a nossa comunidade educativa, pois,
dentro da dinâmica e do hall de currí-
culos, programações, atividades e pro-
jetos de cada ano/série, conseguimos
realizar nossa intensa programação
com a qualidade característica dos co-
légios da Companhia de Jesus. Assim,
desenvolvemos as atividades previstas
de modo que foram cumpridos os ob-
jetivos com a colaboração de todos os
atores da comunidade escolar (alunos,
pais, professores, funcionários, gesto-
res, jesuítas e colaboradores).
Dessa forma, verificamos a coerência
entre os valores promovidos no Co-
légio e os que são vividos em família
à medida que observamos a relação
entre a instituição e as pessoas que a
compõem, cujas práticas são autên-
ticas e transparentes. No Colégio Ca-
tarinense, são respeitadas tanto as es-
pecificidades institucionais quanto as
necessidades da comunidade educati-
va, de modo a abraçar o ideal do hu-
manismo cristão, formando inaciana-
mente nossos alunos, para que sejam
cidadãos conscientes, competentes,
compassivos e comprometidos com a
cultura da paz, da sustentabilidade, da
solidariedade e da promoção da justiça.
Por isso, o Colégio Catarinense trans-
cende a mera transmissão dos conhe-
cimentos, para que os alunos, através
de uma educação ampla e integral,
alarguem seus horizontes, encontran-
do sempre formas criativas e conscien-
tes de enfrentar as benesses, as adver-
sidades e os desafios da vida, com a
serenidade inaciana de que “não é o
muito saber que sacia e satisfaz a alma,
mas o sentir e saborear internamente as
coisas”. (Santo Inácio – EE).
Dar cor, sabor, sentido e esperança à
vida é missão e ação de quem educa.
Escola é lugar de crescimento cog-
nitivo, pessoal e coletivo, que exige,
por parte dos professores, iniciativas
constantes, inovadoras e criativas, des-
pertando a sede pelo conhecimento,
por cultura e valores em nossos jovens
alunos. Ensinar é despertar para a arte
do bem, do bom e do belo, é saciar e
potencializar o desejo de aprender a
conhecer, aprender a fazer, aprender a
ser e aprender a viver juntos (Os quatro
pilares da educação – UNESCO 2008).
Nesse dinamismo, a sala de aula é o
espaço interativo para a construção do
conhecimento. Por isso, a utilização
das novas tecnologias da informação
e da comunicação como fato conso-
lidado e crescente nas escolas vem
servindo de aporte didático enrique-
cedor da construção do processo de
ensino e aprendizagem. Assim, ciente
da necessidade dessa transformação,
o Colégio Catarinense vem alinhando,
nos últimos anos, à sua forte tradição
de ensino, a inovação e a moderniza-
ção dos recursos tecnológicos em prol
da excelência do conhecimento e da
educação.
Esta edição da revista Conviva apresen-
ta reflexões bem interessantes sobre o
trabalho de formação humana e cristã
desenvolvido no Colégio, além de uma
contextualização sobre o Plano Na-
cional de Educação, sancionado pelo
Governo Federal no mês de julho, que
após quatro anos de espera estabelece
vinte metas para melhorar e qualificar
o ensino básico público e privado no
Brasil.
Entre os assuntos da revista, há um
belo artigo do Pe. João Quirino We-
ber, SJ, sobre a cultura da paz, escri-
to a partir da experiência do projeto
Neve Schalom, fundado pelo Pe. Bru-
no Hussar, em uma pequena colina no
Vale Latrun, a meio caminho entre Je-
rusalém e Tel Aviv. A cultura da paz é
viável e possível quando lançamos as
pontes para unir as diversidades de lín-
guas, tradições e religiões e buscamos
imprimir, através do diálogo, a cultura
do respeito e da tolerância às nossas
diferenças e a promoção profunda e
irrestrita dos direitos à integridade e
à dignidade de cada pessoa e nação.
Nesse viés, acreditamos que o diálogo
iniciado e incentivado na família cons-
titui-se como o melhor caminho para
educar nossos alunos para a cultura da
paz. Pelo diálogo, verbalizamos nossos
CELEBRANDO AFORMAÇÃO INTEGRAL
EDITORIAL
04
sentimentos e aprendemos a expor
nossas ideias e razões, como também
exercitamos o saber ouvir e respeitar
as ideias e as razões dos nossos seme-
lhantes.
No texto: “diálogo, instrumento de
paz na família”, nosso ex-aluno Fer-
nando Boing ressalta muito bem que
o diálogo promove o entendimento,
a harmonia, a concórdia e o respeito
entre os seres humanos, as institui-
ções e os povos. Segundo Paulo
Freire, “o diálogo é o encontro
no qual a ação e a reflexão,
inseparáveis daqueles que
dialogam, orientam-se
para o mundo, que é
preciso humanizar e
transformar”.
A proposta da Compa-
nhia de Jesus não é de
educar para o sucesso,
na compreensão neoli-
beral e egoísta, mas edu-
car para valores, através
dos quais seja possível aliar
o conhecimento e a ciência
à promoção da dignidade da
vida em nosso planeta por meio de
ações, relações e interações sociopolí-
ticas e econômicas mais humanizadas
e menos mercadológicas. Nosso obje-
tivo é formar a consciência de nossos
alunos para que sejam “homens e mu-
lheres para e com os demais”, na di-
mensão de uma vida pautada na ética
e no compromisso cidadão.
Agradecemos pela parceria entre to-
dos os membros da comunidade edu-
cativa, por tudo o que realizamos e
vivenciamos de bom neste ano letivo.
Foram inúmeros os eventos e as ce-
lebrações internas e externas às quais
estivemos ligados ou, de alguma for-
ma, que nos impactaram, tais como a
Copa do Mundo, as eleições, a canoni-
zação do Pe. José de Anchieta – jesuíta
e apóstolo da educação no Brasil –, a
comemoração do Bicentenário de
Restauração da Companhia de Jesus,
a solidificação da província única da
Companhia no Brasil e a nomeação
do Pe. João Renato Edit como primei-
ro Provincial da BRA, além de diversas
outras atividades realizadas em nosso
espaço escolar.
Esperamos, em 2015, podermos dar
continuidade a tudo o que coletiva e
positivamente construímos no decor-Afonso Luiz Silva
Diretor-geral do Colégio Catarinense
05
Por isso, ensinar éum ato de amor, coragem e
construção coletiva, em que o debate e a reflexão contextualizada do
conhecimento na vida são muito mais que mera transmissão de conteúdos; ensinar é abrir e alargar horizontes, para sempre mais amar, valorizar e contribuir com a construção de um mundo plenamente
humano, digno, sustentável, justo e fraterno para todos.
rer deste ano e, além disso, realizar-
mos as melhorias estruturais, didáti-
co-pedagógicas e relacionais, para
efetivarmos sempre mais e melhor
a educação integral, pautada na ex-
celência humana e acadêmica que
tanto almejamos e perseguimos em
nossas ações diárias, contando com a
valorização da parceria efetiva e afeti-
va da família e da comunidade.
Aproveitamos para desejar a todos
os nossos leitores, pais, alunos,
colaboradores, patrocinado-
res e professores um San-
to e Feliz Natal em Cristo
e um 2015 repleto de
prosperidade, saúde e
paz!
Em clima de festa,
celebrações e férias,
desejo uma excelente
leitura a todos.
Paz e Bem!
O Brasil aprovou, em junho passado,
o Plano Nacional de Educação. Ele
representa um esforço conjunto
de setores e associações de classe
ligadas à educação que buscam criar
um Sistema Nacional, congregando
iniciativas que fortaleçam o pacto
federativo. O PNE tem como
finalidade superar as falhas do sistema
educacional atual, fazendo com
que os governos, em regime de
colaboração, estabeleçam metas e
estratégias de atuação.
O documento apresenta vinte
metas, quase todas quantificáveis
por estatísticas, que abrangem
todos os níveis de formação, desde
a Educação Infantil até o Ensino
Superior. O documento, transformado
em lei federal, após ser sancionado
pelo Congresso Nacional, passou
a determinar as prioridades e o
planejamento da educação nacional
para a próxima década.
Dentre seus objetivos, encontram-
se a maior valorização profissional
dos docentes, a universalização do
atendimento na Educação Infantil
a crianças de 4-5 anos, a melhoria
da taxa de escolaridade média dos
brasileiros, a educação inclusiva, bem
como a destinação de verbas, a gestão
e o financiamento da educação.
As metas do novo plano prometem
impactar profundamente a educação
brasileira na próxima década. Tanto
escolas públicas como privadas
experimentarão mudanças que
tenderão a transformá-las nos
aspectos do tempo, do espaço e
da qualidade. As propostas visam a
qualificar e ampliar as experiências
PLANO NACIONALDE EDUCAÇÃO 2014 - 2024
COMO ESSE DOCUMENTO MUDARÁ A ROTINA DAS ESCOLAS ?Louisa Carla Farina Schröter - Assessora Acadêmica
07
EDUCAÇÃO
educativas possibilitadas aos
estudantes. Isso significa que a escola
de tempo integral é uma tendência
que deverá estimular as escolas
a serem criativas no desenho de
seus currículos e na ampliação de
oportunidades educativas, tanto no
espaço escolar como nos espaços
educativos do entorno da escola.
A qualidade da educação também
deverá ser priorizada com a
reorientação curricular do novo
Ensino Médio – que prevê escolas
integrais que aliam formação geral
à profissionalizante, a organização
de matrizes curriculares menos
fragmentadas e a consolidação de
propostas para a Educação Infantil.
Se o Plano Nacional der certo, teremos
uma nova escola!
O Colégio Catarinense, atento às
mudanças desse cenário, busca
constantemente formas criativas de
atuar junto a seus alunos, em sintonia
com suas necessidades, sem se
descuidar das novas tendências e do
atendimento à legislação educacional.
A criação dos projetos Estendido e
Integral, que atenderá, em 2015, a
crianças de toda a Unidade I, é uma
resposta a essa tendência. A ampliação
das oportunidades educativas não
se restringe, entretanto, aos alunos
das séries iniciais do CC; os demais
estudantes terão acrescida, em suas
atividades, uma aula diária, buscando o
alinhamento gradual com as metas do
PNE, que prevê que, até o final de sua
vigência, 50% dos alunos brasileiros
estejam integrados ao regime integral.
A qualificação do tempo escolar visa a
aumentar as oportunidades artísticas,
culturais, motoras, espirituais de
nossos estudantes. Assim, o currículo
da escola de tempo integral permite
maiores experiências com idiomas,
artes, esportes e formação de hábitos
de estudo mais sólidos.
Para atender a esses novos usos, os
espaços de aprendizagem também
sofrem transformações. O Colégio tem
investido solidamente em propostas
de arranjos físicos que atendam aos
novos desafios educativos. Inaugurou-
se, no ano de 2013, uma nova estrutura
para atender aos alunos da Unidade I,
equipada com todas as comodidades
necessárias para tornar inesquecível
a experiência de aprendizagem dos
pequenos.
A climatização de todas as salas de
aula, que contam com equipamentos
tecnológicos de ponta, como
lousas digitais, sistema de som e
computadores, o uso de tablets e
portais de ensino, a concretização da
plataforma Moodle, o investimento
constante em equipamentos e
aperfeiçoamento dos laboratórios
(Química, Física, Biologia, Ciências,
Informática) são exemplos de
investimentos que incrementam de
forma significativa a relação de ensino
e aprendizagem em nossa escola.
Para finalizar, tudo isso não seria
legítimo se não estivesse impregnado
do modo jesuíta de ensinar e
conceber o processo educativo – não
nos empenharemos verdadeiramente
em conseguir a excelência se não
nos preocuparmos todos os dias, em
cada um de nossos colégios, a partir
do trabalho docente, em oferecer
aprendizagens relevantes aos nossos
alunos. Assim é tornar o aluno o centro
de nosso trabalho (NOSSOS COLÉGIOS
HOJE E AMANHÃ, 1997, p. 43).
Bem-vindos ao novo tempo da
educação!
NOTÍCIAS
ALUNO DO CC É CAMPEÃO DE XADREZ NO ESTADO.Christopher de Carvalho, aluno da
3ª série B do Colégio Catarinense,
aprendeu a jogar xadrez aos quatro
anos de idade com seu pai. Através
da Olimpíada do Colégio, na qual
é campeão desde o 6º ano, foi
convidado para fazer parte da Seleção
de Florianópolis, representando nosso
município nas competições de nível
estadual e nacional.
Christopher foi o quinto colocado no
Brasileiro Sub-12 de 2009, é o atual
campeão juvenil de Florianópolis
(sub-20) e campeão dos JESC –
categoria 15 a 17 anos –, realizados
em Blumenau. A próxima competição
será em João Pessoa/PB, aonde
Christopher levará o nome do CC
para disputar o Brasileiro/2014.
ALUNOS DO CC DEbATEM SObRE O PROCESSO ELEiTORAL.Na tarde do dia 04 de setembro, os alunos da terceira série do Ensino Médio participaram de aula magna com a Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) e com o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE/SC). Esse foi o primeiro encontro das instituições com jovens estudantes de escolas catarinenses.A aula faz parte do projeto “Tudo a Ver”, em que o público-alvo são estudantes do Ensino Médio da rede pública de ensino estadual e das escolas particulares, e tem como objetivo apresentar aos jovens as instituições democráticas de seu Município, Estado e País; desmistificar e familiarizar os jovens com os temas do universo jurídico e político; estimular a cultura do debate entre os estudantes, tendo como foco assuntos ligados ao exercício da cidadania; e contribuir para que os jovens possam
votar de forma consciente nas próximas eleições.
09
CAFÉ FiLOSÓFiCODEbATEU MANiFESTAÇÕES POPULARES.No primeiro semestre de 2013, uma série de manifestações
populares ocorreu nas ruas de centenas de cidades brasileiras. Tendo
inicialmente como foco de reivindicação a redução das tarifas do
transporte coletivo, as manifestações se ampliaram, ganhando
um número imensamente maior de pessoas e também novas
reivindicações. A violência policial também contribuiu para que mais
pessoas fossem às ruas lutar por seus direitos.
Em virtude da grande repercussão que essas manifestações alcançaram
nas ruas e nos meios de comunicação de massa e por estarmos em ano
de eleição, o Colégio Catarinense realizou o Café Filosófico, um espaço
em que os alunos, juntamente com o orientador pedagógico do CC,
Pedro Giovani Baesso, abordaram questões políticas e se posicionaram
em relação às manifestações de 2013.
Também esteve presente no debate, Samuel Schimidt dos Santos,
professor de Direito, especialista em Ciências Criminais e mestre em
Inclusão Social.
ENCONTRO DE EX-ALUNOS DO COLÉgiO CATARiNENSE.O Colégio Catarinense promoveu mais uma edição
da festa dos ex-alunos. O evento reuniu cerca de
270 pessoas em um clima descontraído e muito
especial. O dia foi inesquecível, e a animação ficou
por conta de diversas atrações: música, exposição
de fotos antigas, selfies, torneio de futebol e a
presença de convidados especiais que marcaram a
história do Colégio.
Além de reforçar os laços de amizade, o evento
também buscou incentivar a manutenção constante
do relacionamento entre o Colégio e seus ex-alunos.
A intenção é a de que os ex-alunos, através da
Associação dos Antigos Alunos dos Colégios
Jesuítas (ASIA) continuem interagindo com o
Colégio por meio de ações sociais e de reencontros
de turmas que se formaram em diferentes décadas,
compartilhando experiências e reforçando o
compromisso com a fé e a justiça, valores que
aperfeiçoaram no Colégio.
UMA COMPETiÇÃO PARA FiCAR NA hiSTÓRiA.Em abril, a equipe do Colegial foi campeã da etapa
municipal do Moleque Bom de Bola, vencendo a
ADIEE por 5x0 e garantindo o direito de disputar
a etapa microrregional. Nessa etapa, foi campeã
na disputa de pênaltis após um empate em 4x4,
conquistado com muito esforço nos últimos dez
minutos de jogo, quando o placar ainda marcava
4x1 para os adversários. Na etapa regional, foi vice-
campeã e garantiu uma vaga para a etapa estadual.
Em uma competição da qual participaram 886 escolas, o
time do Colegial ficou em terceiro lugar, resultado nunca
alcançado anteriormente pelo Colégio Catarinense.
10
COLÉgiO CATARiNENSE PROMOVE FEiRACiENTÍFiCO-CULTURAL.Aconteceu, nos dias 29 e 30 de outubro,
no ginásio Padre Nunes, mais uma edição
da Feira Científico-Cultural do Colégio
Catarinense, em que a criatividade de
projetos, experimentos e inovações foram as
grandes atrações.
Mais do que a exposição de trabalhos
realizados durante o ano por nossos alunos,
a Feira representa, para grande parte dos
nossos jovens, uma oportunidade de mostrar
a toda a comunidade educativa do Colégio,
os seus dons e talentos.
Além de constituir-se como uma
oportunidade de revelação de novos talentos,
a Feira também viabiliza o desenvolvimento
de projetos comuns e transversais do CC,
a exemplo do Projeto Lixo Zero, que já faz
parte de nosso cotidiano e da preocupação
de educarmos nossos alunos para a cultura
da sustentabilidade.
Os alunos da Unidade de Ensino I, nos dias 22, 23 e 24 de
outubro, participaram das Olimpíadas. Por esse motivo, a
equipe do Colégio, juntamente com o Setor de Atividades
Complementares, preparou, com afinco, a Olimpíada
“Mundo dos Pequeninos”, envolvendo-se em atividades
esportivas, formativas e culturais.
As atividades esportivas e culturais, no Colégio Catarinense,
são formas alternativas de educar, divertir e compartilhar
valores. “Tenho plena convicção de que o período da
Olimpíada proporcionará intensas vivências e disseminará
valores, como companheirismo, respeito, solidariedade,
lealdade, alteridade, altruísmo, resiliência, honestidade
e justiça, os quais solidificam intensamente a formação
integral” – declarou Professor Afonso Luiz Silva, diretor-geral.
OLiMPÍADA MOViMENTA A UNiDADE DE ENSiNO i.
11
JOVENS DO COLÉgiO CATARiNENSE RECEbEM O SACRAMENTODA CRiSMA.Foi realizada, no dia 24 de outubro, a cerimônia de Crisma na Igreja Santa Catarina de Alexandria. A celebração foi ministrada pelo Pastor Dom Wilson, que conferiu aos 40 jovens, alunos do Colégio Catarinense, o sacramento da Crisma, transmitindo-lhes os dons do Espírito Santo através da imposição das mãos e da unção com o óleo, confirmando-os na maturidade da fé e no compromisso apostólico de assumirem seu profetismo de ser “sal da terra e luz do mundo”, como disse Jesus no Evangelho.Durante um ano e meio, os crismandos puderam se preparar para esse momento através da Confissão e da Renovação das Promessas do Batismo, instruídos pelos catequistas, professora Mirta, professor Delamare, professora Maria Luiza e Irmã Geisa, que guiaram esses jovens na fé e nos ensinamentos da Igreja, preparando-os para o Sacramento da Crisma. O ministério exercido por eles edifica a missão apostólica e evangelizadora do Colégio Catarinense, como obra da Companhia de Jesus, a serviço da
fé e da promoção da justiça.
No dia 30 de outubro foi realizado o lançamento do livro “TECENDO IDEIAS... PROJETANDO O FUTURO!”, produzido pelos alunos de 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio do Colégio Catarinense. O objetivo foi incentivar o gosto pela leitura e a valorização do processo de autoria, aprimorando a produção escrita do educando. Os alunos se envolveram no projeto dentro da proposta pedagógica do Colégio Catarinense, que prima pelo ensino e pelo aprendizado voltados
LANÇAMENTO DO LiVRO TECENDO iDEiAS... PROJETANDO O FUTURO!
Na última quinta-feira (23), os alunos de Alemão do Colégio Catarinense participaram da gincana Autobhan, que é uma espécie de jogo criado na Finlândia, há quatro anos, por um alemão. O jogo tem sido praticado em várias escolas do Brasil e se baseia nas vias rápidas, comuns nos países europeus. Para jogar, os participantes recebem pistas para percorrer as cidades da Alemanha e da Áustria, em posse de um passaporte fictício. Em Santa Catarina, essa foi a primeira edição do evento, que já passou por três estados e esteve em Florianópolis em parceria com o Colégio de Aplicação e o Colégio Catarinense. A atividade é parte de uma iniciativa do
para a vida. A sexta edição do livro “TECENDO IDEIAS...PROJETANDO O FUTURO!” foi desenvolvida por professores de Produção Textual do Ensino Médio durante o ano letivo, através de leituras reflexivas, debates e construção de textos. A obra aborda temas relacionados à Campanha da Fraternidade e a fatos sócio-político-econômicos mundiais, remetendo-nos a uma discussão ética sobre a comercialização e, a manipulação da vida – Fraternidade e Tráfico Humano.
governo da Alemanha, através do seu Ministério de Relações Exteriores, e tem o intuito de aproximar os alunos da cultura alemã, bem como incentivar novos alunos a se interessarem pela língua.
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ALUNOS DO CC PARTiCiPAM DA giNCANA AUTObhAN.
CLICK
Gabriela, Larissa, Profª JanainaMelo e João Fábio
Guilherme, Bruna, Profª Isamar,Bruno e Davi
Lívia, Educadora Goreti e Eduarda
Sofia, Mª Cristina, Profº Alisson, Luiza e Rebecca
Heloisa, Sofia, Profª Gil, Henrique, Bernardo e Educador Jocel
Luana, Júlia, Profº Paulo, Otávio e Daniel
Valentina, Educadora Luciane,Lavínia e Educadora Raquel
Isabela, Julia, Profª Elisa e Augusto
Profª Janice, Fernanda, Isabela,Profª Rosana, Isabela e Luísa
Luna, Isadora, Profª Rosângela,Anna Gabriela, Amanda e Renata
Ana Clara, Profª Cláudia, Ricardo,Profª Maria Carla e Enzo
UNIDADE DE ENSINO I
Ana, Letícia, Profª Fabrícia, Lívia, Lucas, Profª Susamar e Júlia
Bianca, Educadora Lettycia, Júlia e Bruno
O nosso mundo está marcado pela
cultura da morte. De fato, não é uma
verdadeira cultura, pois o conceito de
cultura significa o conjunto de práticas,
costumes e leis que tornam possível
a convivência pacífica de um grupo
de pessoas. Nossas culturas levam
a marca da diferença excludente,
da competição implacável, do
antagonismo intransigente, das
guerras sem tréguas.
O coração humano, porém, foi
criado pelo Bom Deus para viver
e partilhar a PAZ. Consciente ou
inconscientemente, a liberdade
humana, o maior tesouro que cada
pessoa recebe, está sendo qualificada
pela síndrome da “defesa-ataque”,
da guerra. O estado e a dinâmica
de “competição” criam e mantêm
vencedores e vencidos em todos os
recantos da Terra. Deus quer que todos
sejam vencedores e possam viver uma
vida digna. As razões que levam a essa
dinâmica são, em grande parte, de
cunho econômico-financeiro, mas,
infelizmente, também as próprias
culturas – uma maravilhosa riqueza
do gênio dos povos –, bem como
motivações e práticas religiosas se
tornaram e se vão tornando motivos e
ocasiões de guerra, de corrupção, de
opressão, de “vitórias e de derrotas”.
A convivência pacífica das famílias
parece um sonho impossível de
acontecer.
Mas há uma exceção maravilhosa,
uma proposta pequenina e simbólica,
que pode ser qualificada como
“a chama de um palito de fósforo
querendo iluminar as imensas trevas
do nosso tempo; ou como a gota de
água no bico do passarinho querendo
apagar os incêndios das destruições”.
Bruno Hussar (1911-1996) nasceu no
Egito. Converteu-se à Igreja Católica
e, então, entrou na Ordem dos Padres
Dominicanos. Foi ordenado padre
VIVER EM PAz É POSSÍVEL!Pe. João Quirino Weber, SJ - Assessor Espiritual
católico e exerceu a evangelização na
Terra Santa, em Israel.
Um dia, enquanto meditava sobre as
palavras do profeta Isaias, o profeta da
esperança, da alegria e dos tempos
messiânicos, Pe. Bruno Hussar foi
tocado, em seu coração, pelas
palavras do versículo 32,18: “Meu
povo habitará em moradas de paz,
em mansões seguras e em lugares
tranquilos”. Pe. Hussar fixou seu
olhar e seu coração nessa palavra do
Profeta, as quais lhe despertaram forte
apelo, sonho e intuição: “Vou fundar
essa cidade de paz”!
Então, em 1972, Pe. Hussar acampou
em uma pequena colina no Vale Latrun,
a meio caminho entre Jerusalém e Tel
Aviv, pertencente a um convento de
monges trapistas. Com os monges, o
jovem padre fez um contrato de vinte
e cinco centavos por dia durante cem
anos e, em 1978, associou-se a ele a
primeira família.
Pe. Bruno escreve: “Tínhamos a
intenção de fundar uma pequena
aldeia (village), habitada por pessoas
das diversas comunidades do país.
ESPIRITUALIDADE
Pe. Bruno Hussar
14
Judeus, cristãos e muçulmanos iriam
viver em paz nessa aldeia, cada um
ficando fiel às suas crenças e tradições,
respeitando as crenças dos outros.
Cada um iria descobrir na diversidade
uma fonte de enriquecimento
pessoal”. Com muitos outros termos,
o Pe. Bruno expressa as suas intenções
originais: criar e mostrar que é
possível uma sociedade igualitária; em
oposição às muitas escolas de guerra,
fundar uma escola da paz (Shalom);
lançar pontes para unir as diversidades
de línguas, de culturas e de religiões,
com respeito mútuo; mostrar que a
reconciliação e a paz são possíveis.
Em 1990, tive a oportunidade, com
alguns colegas padres, de passar um
dia com o Pe. Bruno em sua Aldeia
(oásis) da Paz, o Neve Shalom. Ele nos
introduziu no projeto e nos guiou pela
aldeia. Na ocasião, aproximadamente
setenta famílias participavam projeto.
Viviam lá, judeus (ortodoxos e liberais),
cristãos (de rito latino e bizantino) e
muçulmanos, todos unidos somando
as diferenças culturais, executando os
serviços profissionais e administrativos
da vila. Cada família mantinha a sua
religião e suas práticas devocionais,
mas havia momentos comuns de
religiosidade. Nos dias de tempo bom,
as famílias se encontravam na parte
oriental da colina, ao pôr do sol, em
silêncio, sentadas no chão ou nas
pedras, observavam o ocidente ao
anoitecer e, unidas, comungavam
silenciosamente.
Nos dias de chuva e de inverno
intenso, as famílias se encontravam
em uma espécie de “templo redondo”,
sem enfeites, sem símbolos, sem
direcionamentos de cunho religioso.
Sentados em silêncio, completavam-
se mutuamente como seres humanos.
Naturalmente, cada qual fazia a sua
oração sem excluir o vizinho. São
as experiências contemplativas que
realizam o coração e, no coração
de cada participante, cresciam
os sentimentos de acolhida,
corresponsabilidade, compromisso
pela vida e pela ajuda mútua.
A escola ensinava, às crianças, os
conhecimentos normais, bem como
os valores do ser humano, a ética,
a busca e a construção da paz, sem
entrar em polêmicas de religião. Assim,
a Neve Shalom criava e mantinha a
unidade na diversidade. O Pe. Bruno
dedicou os últimos trinta anos de
sua vida a essa maravilhosa iniciativa
de paz para todos. Hoje, são mais de
trezentas famílias que aguardam uma
vaga para poder integrar-se ao projeto
da Neve Shalom.
Em Neve Shalom, concretiza-se a
oração de Jesus: “(Pai), eu neles e tu
em mim, para que sejam perfeitos
na unidade e para que o mundo
reconheça que me enviaste e os
amaste como amaste a mim”.
(Jo 17,23).
Natural de Itapiranga (SC), o padre João Renato Eidt tem 51 anos e ingressou na Companhia de Jesus em 18 de fevereiro de 1986. Foi ordenado presbítero em 11 de julho de 1998, e fez seus últimos votos em 26 de maio de 2007. Além da formação própria da Companhia, fez mestrado em Counseling, na Loyola University, em Chicago/EUA. O jesuíta também foi orientador espiritual do Juniorado Interprovincial Pe. Gabriel Malagrida, em João Pessoa (PB), diretor do CECREI (Centro de Espiritualidade Cristo Rei), em São Leopoldo (RS), reitor do Filosofado São Francisco Xavier, em Belo Horizonte (MG), e, desde 2012, é o reitor do Teologado (CIF) Santo Inácio de Loyola, em Belo Horizonte (MG).
Como recebe o chamado da Companhia de Jesus para ser o primeiro provincial da Província do Brasil? Recebo esse chamado com muita surpresa. Não me passava no pensamento que eu poderia ser eleito para essa missão na Província do Brasil. Eu pensava em outros nomes que, no meu entender, eram os candidatos naturais para serem nomeados como o primeiro provincial da Província do Brasil. Agora recebo e acolho essa missão com esperança e disponibilidade para colaborar, da melhor forma possível, com a missão da Companhia de Jesus no Brasil.
Qual será o espírito da Companhia de Jesus neste novo tempo e a forma de organização da missão dos jesuítas no Brasil? Acredito ser muito importante para a Companhia de Jesus no Brasil poder
ENTREVISTA
contar com que todos os jesuítas, colaboradores e colaboradoras leigos tenham coração e mente abertos para o novo, o diferente, e para a ousadia. A Igreja, com o Papa Francisco, está vivendo um momento muito bonito de abertura, de simplicidade e de centrar-se naquilo que é essencial: a dignidade da vida e a vivência do Evangelho; isto é, o amor fraterno, a partilha, a solidariedade, o perdão, a justiça e a esperança. Esse mesmo espírito deve estar presente na Companhia de Jesus.
Quais os principais desafios do apostolado da Companhia no Brasil e como os jesuítas contribuem para a construção de um mundo melhor? A Companhia de Jesus sempre procurou fazer-se presente nas fronteiras da sociedade e da realidade. Em breve, seremos uma só província no Brasil. Entre outros desafios possíveis para o apostolado da Companhia de Jesus no Brasil, destaco a revitalização e a qualidade de vida do nosso “Corpo Apostólico” e a qualidade da missão; a convivência e a integração entre as múltiplas culturas deste nosso imenso Brasil; a adaptação e a integração dos jesuítas à reestruturação interna da Companhia de Jesus no Brasil e a manutenção da unidade apostólica;ainda afirmo que estaremos presentes em muitas frentes apostólicas vida.
De que forma os colégios jesuítas se integram no apostolado universal da Companhia? Todas as obras apostólicas da Companhia de Jesus fazem parte de seu apostolado universal. Onde há um apostolado assumido pela Companhia de Jesus, aí está presente a universalidade da sua missão. Os
colégios fazem parte dessa missão. De uma forma mais concreta, no Brasil, o apostolado educacional, através dos colégios, está trabalhando muito para organizar-se em rede. Essa articulação dará uma unidade maior e revelará com mais clareza o modo de educar da Companhia de Jesus no Brasil e no mundo.
Mensagem final aos leitores da revista Conviva e à comunidade educativa do Colégio Catarinense:Minha gratidão a toda a comunidade educativa do Colégio Catarinense pela importante e fundamental colaboração que dá ao apostolado educacional da Companhia de Jesus nesta bela Ilha de Santa Catarina. Convido essa mesma comunidade educativa a abrir-se e abraçar possíveis mudanças e melhorias desejadas na reorganização da Companhia de Jesus no Brasil; quero também animá-la para que continue oferecendo excelente educação e formação, com valores, a todos os estudantes do Colégio Catarinense. Rogo a Deus para que abençoe e inspire a cada um e a cada uma nessa missão que Ele vos confia.
MISSÃO DOS JESUÍTAS NO BRASILPe. João Renato Eidt, SJ - Reitor do Teologado (CIF) Santo Inácio de Loyola
17
Pe. João Renato Lidt, SJ
FESTIVAL DA CANÇÃO MARCASUA VOLTA COM SUCESSO
MÚSICA
No dia 23 de outubro, o Colégio
Catarinense celebrou a nova fase do
Festival da Canção. O resgate desse
Festival tem a finalidade de despertar e
possibilitar aos alunos que exponham
sua criatividade, seus talentos e seus
dons artísticos.
O evento teve o objetivo de valorizar
repertórios calcados na canção
popular brasileira. Dessa maneira,
nossos alunos se apresentaram como
artistas da noite, surpreendendo-nos
com suas poesias e seus arranjos
musicais, extravasando todo o
sentimento e a arte das belas e inéditas
composições.
Entre as marcas da nova edição,
destacou-se a presença dos
ganhadores do Festival de 1975:
Rodolfo Cerny e Geraldo Barbosa.
As bandas se prepararam para dar
um show de qualidade, criatividade e
musicalidade em suas apresentações.
“Eu estava bem nervosa na hora da
apresentação, mas foi bem legal
ganhar as premiações. É muito bom
participar, independentemente do
resultado, pelo fato de estar adquirindo
uma nova experiência”, comentou
Manoela Vogt Michaelsen.
Sempre presente no cotidiano
escolar, a música se mantém em
um espaço privilegiado. Estimulados
pelo compromisso com a formação
integral do ser humano, os educadores
do Colégio Catarinense acreditam que
a música enriquece a vida cultural,
estimula a criatividade, a paciência,
a sensibilidade, a capacidade de
memorização e de concentração dos
nossos alunos. A Companhia de Jesus
sempre valorizou a arte e a música no
seu processo educativo.
Por isso, resgatar o Festival da Canção
do CC é fortalecer nossa proposta de
formação integral, com excelência no
desenvolvimento humano, artístico,
cultural e cognitivo de nossas
crianças, adolescentes e jovens. “Esta
é uma noite muito especial, pois
estamos retomando o nosso Festival
da Canção, como nos idos tempos
da década de 70 e 80. Como nos
disse Hugo Hofmansthal, a pintura
transforma o espaço em tempo, e a
música, o tempo em espaço”, declarou
Afonso Luiz Silva, diretor-geral do
Colégio Catarinense.
PRêMIOs – ARRANJO E CANÇÃO
Davi Diuzon da Costa – 6ºF
Henrique Valente de Amorim – 6ºF
Iris Toledo Lara Bota – 6ºC
Lucas Kuerten Scheidt – 6ºF
Victor Kneipp Piva – 6ºF
Vinicius Gonçalves Simoncello – 6ºF
Manoela Vogt Michaelsen – 2ªF
Millena Martins Pereira
Nunes – Convidada
João Vitor Peters – Ex-aluno
PRêMIOs – COMPOsIÇÃO E INTÉRPRETE PRêMIO – INsTRUMENTIsTA
FORMAÇÃO HUMANA CRISTÃPe. Nereu Fank, SJ
CIDADANIA
Formar e educar são formas de arte.
Uma arte para a vida. Ter no currículo
a disciplina FHC (Formação Humana
e Cristã) sugere o cuidado que o CC
tem pela formação de seus alunos no
cultivo de valores humanos e cristãos.
É bom ressaltar que a Formação
Humana e Cristã não é somente uma
disciplina anexa ao currículo, mas está
integrada em todo o processo educa-
tivo.
Uma pergunta que nos deve nortear é
sobre o tipo/perfil de aluno que que-
remos formar.
O CC quer oferecer, aos seus alunos,
uma proposta de educação e forma-
ção a partir da Pedagogia Inaciana. A
educação, em uma obra da Compa-
nhia de Jesus, pauta-se na fé cristã e
quer promover os valores do Evange-
lho.
Ao contemplar o contexto em que
vivemos e nos movemos, podemos
perceber que, em nosso continente,
existem diversas facetas: há sinais de
Páscoa, sinais da presença do Cristo
Ressuscitado, há ges-
tos e compromissos
fraternos, mas há, tam-
bém, grandes desafios
sociais, econômicos,
políticos e religiosos.
Podemos, também,
perceber uma crise de
valores em nossos tem-
pos, uma crise ética,
crise de credibilidade
nas instituições. Há pro-
messas não cumpridas.
Há a cultura da esper-
teza, de tirar proveito
em tudo. Costumamos descrever o
período pós-moderno como marcado
pelo subjetivismo; vemos crescer o re-
lativismo em termos de valores, enfim,
da própria moral. Com isso, corre-se o
risco de perder a sensibilidade e com-
promisso cristão ante a situação de
pessoas em condições de vida menos
favoráveis.
Não há realidade em que Deus não
possa ser contemplado. A confiança
na presença de Deus, sua presença
transformadora, motiva a trabalhar por
uma sociedade mais justa e fraterna. O
Espírito do Senhor Ressuscita-
do nos fortalece na missão, na
qual somos companheiros de
Cristo.
A Companhia de Jesus, usan-
do da grande tradição no
campo da educação, cons-
ciente das desigualdades so-
ciais e das necessidades mais
urgentes do ser humano, quer
se dedicar à missão evange-
lizadora da Igreja e contribuir para a
formação integral da pessoa. Ela quer
educar para o respeito ao diferente, à
alteridade, ao bem comum e à defesa
da vida digna para todos.
Inspirado na Pedagogia Inaciana, o
CC quer contribuir para uma transfor-
mação social saudável e de inclusão;
quer formar homens e mulheres para
os demais e com os demais. Homens
e mulheres que produzam conheci-
mento, um conhecimento em vista da
defesa da vida. Isso está no horizonte
da missão.
O PEC (Projeto Educativo Comum da
Companhia de Jesus na América Lati-
na) assinala uma série de valores que
as próprias instituições educativas pro-
curam promover. Entre eles estão o
amor, em um mundo egoísta e indife-
rente; a justiça, frente a tantas formas
de injustiça e exclusão; a paz, em opo-
sição à violência; a honestidade, frente
à corrupção; a solidariedade, em opo-
sição ao individualismo e à competi-
ção; a sobriedade, em oposição a uma
sociedade baseada no consumismo;
a contemplação e a gratuidade, em
oposição ao pragmatismo e ao utilita-
20
rismo.
Vale sublinhar temas em pauta na For-
mação Humana e Cristã, respeitando
o ano ou série em que se encontra o
aluno. Destacamos: a motivação para
um método de estudo com técnicas
de aprendizado; estudo da Campanha
da Fraternidade; celebração da recon-
ciliação e do perdão; relacionamento
interpessoal, que envolve o cuidado
com o corpo, a afetividade e a sexu-
alidade; escolhas profissionais e voca-
cionais; projeto de valorização da vida,
com visitas a instituições de caridade
e a comunidades terapêuticas; e cele-
bração de Ação de Graças.
No CC, um dos projetos interdiscipli-
nares, intitulado “Valorização da Vida”,
visa a proporcionar um debate sobre
a problemática das drogas lícitas e ilí-
citas, com o intuito de formar para
prevenir e levar os alunos a tomarem
atitudes positivas diante da vida. Esse
projeto leva os alunos a conhecerem
histórias de pessoas que se encontram
em tratamento em casas terapêuticas.
Além do projeto Valori-
zação da Vida, há outros
que contemplam visitas a
instituições. Essas visitas
têm o propósito formativo
e são realizadas em ca-
sas como a Orionópolis,
o Educandário Santa Ca-
tarina, o Lar do Carinho,
o Asilo Irmão Joaquim.
Nessas visitas, os alunos
encontram realidades diferentes das
vividas no seu dia a dia, sendo pro-
vocados a perceberem que o mundo
apresenta continuamente pessoas que
clamam pela inserção social. Os alu-
nos também participam do projeto La-
goa do Peri, que proporciona um dia
de reflexão, estudo, celebração euca-
rística, esporte e convivência.
Também são promovidas, no CC,
diversas campanhas solidárias, tais
como o Dia de Integração e Ação So-
cial, quando se arrecadaram alimen-
tos, roupas, brinquedos, material de
higiene pessoal e fraldas geriátricas a
partir da colaboração dos alunos do
Ensino Fundamental e Médio. Toda a
arrecadação é doada às instituições
de caridade que mais necessitam. Em
algumas instituições, os próprios alu-
nos acompanharam os educadores
na entrega das doações, o que vem
encontro da proposta de formar para
a sensibilidade e para o compromisso
com um mundo mais humano. ww w . L riv br .ar mi oaZe .cn
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Vale dizer, também, que todas essas
atividades despertam, nos alunos, o
desejo pela participação em proje-
tos voluntários. Hoje, há um número
expressivo de alunos que participam
de projetos de voluntariado no con-
traturno da rotina de estudos. Sema-
nalmente, por exemplo, os alunos do
CC levam mensagens de esperança e
alegria a pessoas idosas no Asilo Irmão
Joaquim.
Desde a tenra idade, são apresentados,
aos alunos, os valores cristãos e huma-
nos. Concretamente, com os alunos
da Educação Infantil e do Ensino Fun-
damental I, celebramos os momentos
fortes do tempo litúrgico: Quaresma,
Páscoa e Corpus Christi. Na Páscoa,
o CC realizou a Páscoa Solidária: os
chocolates arrecadados foram doados
a cerca de dez instituições que aten-
dem a crianças necessitadas.
Por fim, cabe destacar que preten-
demos formar alunos competentes,
conscientes, compassivos e compro-
metidos. Que pela postura solidária e
fraterna, nossos alunos sejam sinal de
esperança e transformação social em
nossos tempos.
CLICKUNIDADE DE ENSINO II
Vitor, Henrique, Profª Magda e Isadora
Fábio, Luisa, Profª Stèphanie,Mª Fernanda e Isis
Ana Paula, Profº Alexandre, Matheus e Bruno
Laís, Profº José, Juliana e Ana Sofia
Marina, Profª Mirta e Isabela Ana Clara, Profº Afonso e Tito
Juliana, Maitê, Educador Sinésio, Victória e Sara
Bernardo, Educador Valdir, Betina e Rodrigo
Patrícia, Tiago, Educador Renato, João Antônio e Hanna
Thiago, Nathalie, Profª Fátima, Marina e Renato
Daniela, Victor, Profº Leandro e Isabella Letícia, Profº José Francisco, Rafael e Beatriz
Luiza, Mª Augusta, Profº Diego e FranciscoGuilherme, Izadora, Educadora Cristina e Alexandre
UM EXEMPLO INSPIRADORPARA OS DIAS DE HOJE
Arquivo Bicentenário da Companhia de Jesus
SÃO JOSÉ DE ANCHIETA
O padre jesuíta Carlos Alberto Con-
tieri, ou simplesmente padre Contie-
ri, como é conhecido, não consegue
esconder o seu contentamento pela
canonização de Anchieta, agora São
José de Anchieta.
Pe. Contieri é o diretor do Pateo do
Collegio, principal referência quando
o assunto é o padre José de Anchie-
ta, pois foi nesse local onde ele, ainda
noviço, junto aos demais irmãos jesu-
ítas, ergueu uma modesta cabana de
catorze por dez passos, sem nada em
volta, e no dia 25 de janeiro de 1554
celebraram uma missa, data consi-
derada a fundação da cidade de São
Paulo.
Foram 417 anos de espera desde a
morte de Anchieta, no Espírito Santo.
Padre Contieri admite que já não tinha
mais esperanças de que houvesse a tão
esperada canonização, pois até então
era necessária a comprovação de um
milagre novo. Anchieta foi beatificado
pelo papa João Paulo II em 1980, sem
a comprovação de um milagre, mas
era preciso um milagre após sua be-
atificação. “Converso com os fiéis to-
dos os dias após a missa, e muitos me
contam sobre as graças recebidas. No
ano passado, um padre do Norte veio
até nós, juntamente com alguns fiéis,
com documentos que mostravam que
ele havia se curado de um câncer após
orar e pedir a intercessão de Anchie-
ta”, contou Contieri. “A comprovação
de milagres exige muitos recursos de
tempo e dinheiro, que nos faltam, com
documentos assinados por especialis-
tas, viagens ao Vaticano, etc.”, obser-
vou.
Para o padre Contieri, ao canonizar
Pe. Anchieta sem a comprovação do
milagre, o papa Francisco deixou um
recado: o que torna uma pessoa santa
“é a sua capacidade de entregar tudo
a Deus, todos os seus dons, toda a sua
vida. É nessa capacidade de efetivamen-
te entregar tudo a Deus que se constitui
o modelo de vida cristã. Nisso, o padre
Anchieta é realmente santo”, o milagre é
secundário.
Nesta entrevista, concedida no início
de 2014, padre Contieri contou sobre
a surpresa que teve ao receber a notí-
cia da canonização, as comemorações
que estão previstas, o destaque que os
jesuítas ganharam recentemente com o
papa Francisco e a canonização de dois
membros da ordem (São Pedro Fabro e
São José de Anchieta), além da impor-
tância do padre Anchieta e também do
padre Manuel da Nóbrega, que foi quem
deu asas para que Anchieta pudesse al-
çar voos maiores.
Digesto Econômico – No dia 6 de
abril, no primeiro domingo após a ca-
nonização do padre Anchieta, houve
uma missa na Catedral da Sé, com
uma procissão com as relíquias do
santo. Quais outras comemorações
estão previstas?
Padre Contieri:
Dando prosseguimento às comemo-
rações da canonização do padre José
de Anchieta, como o dia 9 de junho,
24
que é o Dia de Anchieta, cairá em
uma segunda-feira, no dia 8, domingo,
nós, do Pateo do Collegio, celebrare-
mos a memória do agora São José de
Anchieta. Na ocasião, serão lançados
dois livros, um do padre Cardoso, so-
bre a vida de José de Anchieta, e outro
sobre um devocionário de Anchieta.
Ainda haverá eventos culturais nessa
ocasião, como concertos e palestras
com especialistas. Queremos tornar
ainda mais conhecida a figura de An-
chieta.
O papa Francisco vem seguindo uma
linha de simplicidade, sem ostenta-
ção, que se refletiu na canonização
de Anchieta. Houve uma solenidade
simples, e o papa apenas assinou um
decreto. Na canonização de Frei Gal-
vão, em 2007, o papa Bento XVI es-
tava no Brasil e oficializou uma missa
com um milhão de pessoas. Qual a
sua opinião sobre isso?
Para a canonização não é necessária
uma concentração de pessoas. O que
faz uma pessoa ser considerada santa,
canonicamente falando, é a assinatu-
ra do decreto, que em geral se dá no
despacho entre o prefeito da Congre-
gação para a Causa dos Santos e o
papa. Na medida em que o papa assi-
na o decreto, a pessoa é considerada
santa. A missa é sempre uma Missa de
Ação de Graças pelo decreto assinado
e pela canonização de determinada
pessoa, como no caso do beato An-
chieta, que passou a ser São José de
Anchieta. É possível, também, realizar
uma missa na Praça de São Pedro (Va-
ticano), como será feito para os papas
João Paulo II e João XXIII (27 de abril),
pois se espera uma grande concentra-
ção de fiéis. No caso de Anchieta, ele
será canonizado juntamente com ou-
tras duas pessoas (o bispo François de
Laval e a freira Marie de l’Incarnation),
missionários no Canadá, mas de ori-
gem francesa. O papa Francisco deve
celebrar uma Missa de Ação de Graças
pela canonização de Anchieta no dia
24 de abril, em uma igreja ainda não
confirmada. Ele fez algo semelhan-
te quando canonizou recentemente
um jesuíta chamado Pedro Fabro, que
foi companheiro de Santo Inácio de
Loyola. A Missa de Ação de Graças a
São Pedro Fabro que o papa Francis-
co celebrou foi na igreja dos jesuítas
em Roma, no dia 3 de janeiro, mas ele
assinou o decreto no fim de 2013. O
importante é a assinatura do decreto,
a celebração eucarística apenas dá pu-
blicidade à canonização realizada.
Como o senhor recebeu a notícia da
canonização do padre Anchieta?
Todos nós, jesuítas, desejávamos que
Anchieta fosse reconhecido como
santo. Em determinado momento,
pela demora, tínhamos até perdido
as esperanças em razão da exigência
então vigente da comprovação de
um milagre. Havia o desejo, mas as
esperanças estavam quase esmore-
cendo. Porém, houve movimentos
dos bispos brasileiros, liderados por
D. Raymundo Damasceno, presidente
da CNBB, e do cardeal-arcebispo de
São Paulo, D. Odilo Scherer, além de
outros setores da igreja e da socieda-
de, pois muita gente vinha manifes-
tando o desejo pela canonização de
Anchieta. O pedido de D. Raymundo
Damasceno, por ocasião da visita do
papa ao Brasil, na Jornada Mundial da
Juventude, associado ao empenho de
toda a CNBB e também de D. Odilo,
que em minha opinião teve um pa-
pel muito importante nesse processo,
acabou resultando em uma grande
surpresa para nós. Esperávamos por
isso há muito tempo, mas havia pou-
cas esperanças, e tudo aconteceu de
forma muito rápida. Realmente foi
uma surpresa muito agradável e uma
imensa alegria.
Anchieta foi canonizado sem a com-
provação do milagre. Como o senhor
vê isso?
25
Na origem da Igreja, a pessoa se tor-
nava santa por aclamação, não por
um decreto canônico. Mas o que é
importante nessa atitude que o papa
Francisco retoma? Ele diz: o milagre
aqui é secundário. O que faz uma pes-
soa santa não são os milagres feitos e
comprovados, mas a capacidade de
entregar tudo a Deus, todos os seus
dons, toda a sua vida. É nessa capa-
cidade de efetivamente entregar tudo
a Deus que se constitui o modelo de
vida cristão. Nisso, o padre Anchieta é
realmente santo.
Se, por um lado, faltou a comprova-
ção do milagre, Anchieta tem a fama
de operar milagres e a fé de muitos
devotos, não é verdade?
Sim, tem muitos, e não somente no
Brasil. Nas Ilhas Canárias, a população
tem uma devoção muito grande por
Anchieta. Também há milagres his-
tóricos, como aqueles dos pássaros
guarás, diante do sol escaldante que
castigava aqueles que caminhavam.
Diziam que Anchieta tinha a capacida-
de de falar com os animais, e ele fez
com que esses pássaros de asas gran-
des fizessem uma grande sombra para
aqueles que caminhavam, ficando
protegidos do sol. Há milagres que fo-
ram comprovados, mas são anteriores
à beatificação, em 1980, e por isso não
valeram para a canonização.
Por que não valeram?
São necessários novos milagres entre
a beatificação e a canonização, os an-
teriores não podem ser utilizados no
processo. Mas, de que o padre An-
chieta é um intercessor junto a Deus
em favor do nosso povo, não há dúvi-
das, como também não há dúvidas de
que ele intercede a favor de pessoas
com necessidades. Eu mesmo recebi
aqui, de um padre do Norte, no ano
passado, um envelope grande, tendo
ele mesmo comparecido ao Pateo
com seus fiéis, pois ele havia recebido
a graça de ser curado de um câncer.
Ele trouxe essa série de documentos
que provava a gravidade de sua enfer-
midade e também a sua cura, sem que
os médicos pudessem, de maneira ra-
zoável e científica, explicá-la. E como
acontece sempre, encaminhamos es-
ses documentos ao responsável por
postular, junto à Santa Sé, a canoniza-
ção.
O Pateo do Collegio é o local que as
pessoas procuram para pedir a inter-
cessão de Anchieta. Vocês recebem
muitos pedidos?
Recebemos. E só não recebemos mais
por falta de divulgação, mas com a ca-
nonização de Anchieta, a procura de-
verá aumentar. Temos, no Brasil, dois
26
centros em que isso ocorre: o Pateo
do Collegio, onde Anchieta viveu ain-
da jovem, e uma outra casa dos je-
suítas no Espírito Santo, na cidade de
Anchieta, que antes se chamava Reri-
tiba, local onde ele morreu. Esses dois
lugares são referências quando se fala
em José de Anchieta. Nunca fizemos
propaganda para que as pessoas ne-
cessitadas viessem aqui, elas vêm es-
pontaneamente. Todos os dias, depois
da missa do meio-dia, quando desço
para cumprimentar os fiéis, ouço ca-
sos de pessoas que vieram orar e pedir
a intercessão de Anchieta por causa de
alguma enfermidade, alguma dificul-
dade da vida. Não saberia dizer quan-
tas pessoas procuram a nossa igreja
em busca de intercessão de Anchieta,
até porque muitos chegam aqui e fa-
zem suas orações sem nada nos dizer.
Com a canonização, mais pessoas
deverão procurar o Pateo do Colle-
gio. Vocês estão se preparando para
isso?
O Pateo do Collegio já tem uma estru-
tura para acolher as pessoas, tanto no
museu, como na sala do oratório. De
imediato, o que vamos promover para
acolher melhor as pessoas é uma re-
forma no oratório, prevista para maio.
Não queremos fazer agora, pois esta-
mos no período da Quaresma, perío-
do em que a Igreja recomenda certa
moderação, inclusive nas manifesta-
ções religiosas. A reforma do oratório
estará pronta para as comemorações
da festa de Anchieta, que continuará
sendo no dia 9 de junho.
O senhor diz que muitos não
conhecem a vida de Anchieta,
mas as pessoas conhecem menos
ainda o padre Manuel da Nóbrega,
que também foi um personagem
importante, não é mesmo?
Sim, a figura do padre Nóbrega foi
fundamental. Anchieta não seria o
que é e como é reconhecido hoje se
não fosse o padre Nóbrega, que era
o provincial da época, e como tal era
quem destinava as missões para os je-
suítas do grupo. Destinando Anchieta
para esta ou aquela missão, fez com
que ele pudesse usar e desenvolver as
suas aptidões naturais e sobrenaturais.
Quando reconhecemos a santidade
de padre Anchieta, em minha opinião,
abençoamos o padre Nóbrega e reco-
nhecemos o seu grande valor, pois se
ele tivesse “segurado” Anchieta, cer-
tamente não estaríamos falando dele
hoje.
Os jesuítas parecem estar ganhando
evidência. O papa Francisco é dessa
ordem, assim como padre Anchieta.
Como o senhor, também um jesuíta,
vê isso?
Primeiramente, eu responderia como
o padre-geral disse quando da elei-
ção do papa Francisco: internamente,
nada muda na Companhia de Jesus,
ela continuará como sempre foi, fiel
à Igreja, e estará sempre a serviço do
Romano Pontífice. Em segundo lu-
gar, evidentemente, a eleição do papa
Francisco, a canonização de São Pedro
Fabro e agora de São José de Anchieta
reacendem um vigor na Companhia,
e essa é uma grande oportunidade
para que ela possa desenvolver ain-
da mais o seu dinamismo apostólico
a serviço da Igreja. A Companhia não
vê nenhum privilégio, ela continuará
humilde e reconhecendo que tudo é
dom de Deus. Não queremos cair em
vaidade, mas ver isso como uma opor-
tunidade de servir melhor à Igreja e ao
povo de Deus.
Em sua opinião, qual a importância da
canonização de Anchieta nos dias de
hoje?
Acho que há duas questões sobre An-
chieta que, para o nosso tempo, são
fundamentais. A primeira é que, em
um tempo em que achamos que de-
pendemos sempre de altas tecnolo-
gias para viver, em um tempo em que
estamos fechados em nós mesmos e
cada um defende os próprios interes-
ses, quando há a absoluta primazia do
indivíduo em detrimento da coletivi-
dade, acredito que a canonização de
Anchieta seja inspiradora, pois se trata
de fazer da vida um dom para o outro.
Ele viveu em um tempo com poucos
recursos, a cidade de São Paulo co-
meçou de uma cabana de 14 por 10
passos. Anchieta foi capaz de utilizar
o que ele tinha de melhor para poder
servir, e provavelmente ele fez mais
do que nós fazemos hoje, com tan-
tos meios disponíveis. A escassez de
recursos não é um empecilho para
podermos desenvolver a nossa ação
missionária, pelo contrário, ela pode
mover a criatividade.
Qual a segunda questão?
A segunda questão, que me parece
fundamental para o tempo de hoje, é
essa dimensão cultural da vida de An-
chieta. Ele vai se utilizar de suas habi-
lidades de escritor para, em seis meses,
fazer uma gramática em tupi; ele vai se
utilizar de suas habilidades literárias para
escrever o Poema à Virgem Maria, e
se utilizar das modinhas que os índios
cantavam para transmitir conteúdos
da doutrina cristã. Assim, parece-me
que a canonização de Anchieta nos
desperta para algo que é indispensável
aos dias atuais, que é o diálogo com
a cultura. Falamos muito de Anchieta
como catequista, mas fazer a relação
de Anchieta com a cultura abre uma
dimensão muito maior e urgente. An-
chieta se utilizou da cultura para evan-
gelizar, usou a linguagem própria dos
povos para transmitir a doutrina cristã.
Em resumo, eu diria que o ser humano
só encontra a felicidade na sua doação
ao próximo; e em segundo lugar, An-
chieta é inspirador na medida em que
nos põe diante da urgência de dialogar
com a cultura.
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GERAR ENERGIA É O QUE NOS FAZACORDAR TODOS OS DIAS. FAZER ISSO COM
SUSTENTABILIDADE É O QUE NOS FAZ DORMIR BEM TODAS AS NOITES.
Produzir energia de forma sustentável é um compromisso da Tractebel com o futuro. Por isso, além de utilizar fontes renováveis em mais de 80% de tudo o que produz, a empresa investe em melhorias ambientais, apoia as comunidades em que está inserida e contribui para o desenvolvimento social e cultural de diversas regiões. É a Tractebel gerando desenvolvimento, oportunidades e a energia de que o futuro precisa.
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GERAR ENERGIA É O QUE NOS FAZACORDAR TODOS OS DIAS. FAZER ISSO COM
SUSTENTABILIDADE É O QUE NOS FAZ DORMIR BEM TODAS AS NOITES.
Produzir energia de forma sustentável é um compromisso da Tractebel com o futuro. Por isso, além de utilizar fontes renováveis em mais de 80% de tudo o que produz, a empresa investe em melhorias ambientais, apoia as comunidades em que está inserida e contribui para o desenvolvimento social e cultural de diversas regiões. É a Tractebel gerando desenvolvimento, oportunidades e a energia de que o futuro precisa.
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DIÁLOGO, INSTRUMENTO DE PAz NA FAMÍLIA“PROCURAI A PAz COM TODOS [...].” HB, 12, 14
Fernando Boing – ex-aluno do Colégio Catarinense, pai de ex-aluno e médico pediatra.
FAMÍLIA
Convidado a escrever um texto que
falasse sobre o diálogo como instru-
mento de paz nas famílias, procurei
identificar, no Dicionário Aurélio, as
definições para as palavras PAZ e DI-
ÁLOGO. A PAZ significa a “ausência de
conflitos entre as pessoas, o bom en-
tendimento, a harmonia, a concórdia”;
o DIÁLOGO se refere à “fala entre pes-
soas, à conversação, à troca de ideias,
de opiniões e de conceitos, visando a
solucionar problemas, [a promover] o
bom entendimento e a harmonia.”
Refletindo sobre essas definições, lem-
brei-me de que li, certa vez, um artigo
cujo autor fala, em tom jocoso, que
Deus, por ocasião da criação do mun-
do, deu duas orelhas e apenas uma
boca ao homem, para que ele soubes-
se escutar mais do que falar.
Desse modo, podemos ratificar como
verdadeira a afirmação: DIÁLOGO –
INSTRUMENTO DE PAZ NA FAMÍLIA. A
partir dele, tudo termina bem, uma vez
que, na família, o diálogo promove o
entendimento, a harmonia, a concór-
dia, semelhantemente a uma empre-
sa, cujos sócios se reúnem com certa
periodicidade, a fim de discutirem me-
tas de produção, aquisição de novos
equipamentos ou aumento salarial de
funcionários.
Nesse contexto, aqueles que acom-
panharam atentamente as mudanças
sociais nos últimos 50 anos tiveram a
oportunidade de presenciar uma revo-
lução tecnológica sem precedentes
no campo da informação. Do telefone
a cabo e do rádio, passou-se à TV, à te-
lefonia sem fio, ao computador, e não
se conteve mais essa explosão, que
fala a linguagem dos gigabites. Laptop,
tablet e IPod são nomes que estão na
boca das crianças desde seus primei-
ros anos de vida.
Paradoxalmente, o efeito que esse
fato poderia causar no âmbito de nos-
sas famílias não se verificou. O núcleo
familiar da minha infância, cujas refei-
ções reuniam toda a família em volta
da mesa, desapareceu. As conversas
diárias, as novidades sobre a escola, a
realização conjunta de pequenas tare-
fas domésticas, a missa dominical, as
festas da Igreja, o passeio ocasional
com a família à casa de algum parente,
a oração noturna, realizada diante do
altarzinho com os santos de devoção
da mãe, e o tradicional pedido de bên-
ção aos pais são práticas que já não se
realizam nos dias de hoje.
Assim, no século da comunicação,
tornou-se quase impossível o diálogo
entre pais e filhos. As trocas de ideias,
a discussão sobre algo importante na
vida da família, os planos importantes
na vida dos casais, as tomadas de de-
cisões que envolvem a aplicação do
dinheiro, as férias, poucas vezes são
discutidas no âmbito da família.
Essa situação é reversível, mas é preci-
so coragem para tomar uma decisão
sobre o assunto. Nossas famílias já
sofreram muito por essa falta de co-
municação. É preciso dar um basta a
esse mutismo, uma tomada de deci-
são radical. Como realizar, contudo,
tamanho desafio?
Talvez, à revelia da vontade daqueles
que não têm tempo, convocar a famí-
lia para um jantar fora de casa, sem ne-
nhum motivo aparente, e então lançar
a isca para atrair a atenção de todos,
começando por tratar de amenidades,
pode ser uma medida efetiva no res-
gate das relações familiares. É possí-
vel, em um primeiro encontro, refletir
sobre temáticas importantes para os
filhos: a viagem de férias, o passeio à
Flórida com o grupo de amigas, a de-
sejada bateria para a banda de rock.
Existem certas exigências para que os
participantes do grupo aceitem o de-
safio: é necessário abrir o coração, ser
humilde, estar disponível para falar e
ouvir. É essencial que haja autoconhe-
cimento e aceitação das próprias fra-
gilidades e limitações; no diálogo, não
há conquistadores nem conquistados,
mas um compromisso assumido por
todos em vista da causa comum.
Todo esse processo exige amor,
humildade, fé, confiança, esperança e
pensamento crítico; é imprescindível
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aceitar o outro com suas virtudes
e seus defeitos. No diálogo, os
filhos aprendem a verbalizar seus
sentimentos, portanto, o objetivo não
deverá findar-se em convencer, como
nos debates, tampouco confundir-se
com um monólogo ou com o ensino.
Em situações assim, a atenção de todos
e o silêncio são elementos essenciais
para a realização do diálogo, pois é
necessário dar tempo aos outros para
que entendam o que foi dito.
Por fim, lembremo-nos de que Jesus
prometeu estar junto onde dois ou
mais se reunissem em seu nome;
vamos pedir, portanto, Sua assistência
em nossos encontros. O padre Henri
Caffarel, francês, foi o fundador do
Movimento das Equipes de Nossa
Senhora, presente no Brasil desde
1950.
Para os casais que pertencem ao
Movimento, entre as exigências que
o casal vive em sua espiritualidade,
está o que se chama de “O DEVER DE
SENTAR-SE”, do qual tomamos alguns
tópicos para escrever este texto.
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NO SEU DIA A DIA, O QUE VOCÊ FAz PARA
PROMOVER A PAz?
ENQUETE
“TENTO NÃO ENTRAR EM CONFLITO COM OS MEUS AMIGOS.”
CAROLINA BOPPRÉ – 1ª SÉRIE A
“FAÇO COISAS SIMPLES ELEGAIS àS PESSOAS.”
MONIQUE LAMBERT – 9º ANO B
“TENTO TRATAR TODO MUNDO DA MELHORFORMA POSSÍVEL, LEVANDO O BEM A TODOS,
E NÃO SOMENTE A QUEM ME INTERESSA.”MARIA CECILIA – 9º ANO B
“APRENDER A DIVIDIR ASCOISAS COM OS OUTROS.”
YASMIN – 4º ANO E
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“QUANDO OBSERVO PESSOAS DISCUTINDO, EU PERGUNTO O
QUE ESTÁ ACONTECENDO E TENTOAJUDAR A RESOLVER O PROBLEMA.”
PARIS BECKER – 3º ANO D
“SOU BOA COM AS PESSOAS, FAzENDO O BEM A ELAS.”
RAFAELA LANGE 9ª ANO A
“PROCURO AJUDAR OSAMIGOS NAS DIFICULDADES.”
VINICIUS CARVALHO – 9º ANO A
“NÃO FALAR MAL DOS AMIGOS.”RAFAEL LEMOS – 9º ANO A
“PROCURO ME PRESERVAR,NÃO FAzENDO INIMIzADES OU
REVIDANDO COM ATITUDES ERRADAS. “THEO SEARA – 1º SÉRIE F
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HORA DO CONTOJeanice Schmidt Bulik - Orientadora Pedagógica
O silêncio invadiu a sala de aula. A luz
foi se apagando... Era a professora con-
vidando os alunos a mergulharem no
mundo das fantasias e da imaginação.
Começava a Hora do Conto. A curio-
sidade foi tomando conta dos alunos,
que de olhos atentos esperavam an-
siosamente o que iria acontecer.
Esse momento faz parte do dia a dia
escolar, pois contribui de maneira sig-
nificativa na aprendizagem infantil. Na
Hora do Conto, príncipes, princesas,
animais encantados que falam e agem
como humanos, velhos sábios e bru-
xas criam vida no imaginário e desper-
tam a curiosidade e a criatividade de
nossas crianças.
O aluno, cada vez mais, ouve histórias
que mexem com suas emoções, seus
sentimentos e seus problemas. São
histórias imaginárias, contos de fadas,
narrativas, diálogos que ensinam reali-
dades do mundo e de novos saberes.
As personagens das histórias podem
ensinar que a criança é capaz de trans-
formar tudo e todos; podem ensinar,
por exemplo, o caminho do bem e do
mal, do certo e do errado. Como bem
ressalta Gislayne Avelar Matos, em seu
livro A palavra do contador de história,
“os contadores de histórias são guardi-
ões de tesouros feitos de palavras, que
ensinam a compreender o mundo e
a si mesmos. Eles semeiam sonhos e
esperança. São carinhosamente cha-
mados de ‘gente das maravilhas’ pelos
árabes.” (MATOS, 2014 p. 1).
A Hora do Conto permite, ainda, que
a criança vá além da sua imaginação,
criando novas personagens e recrian-
do outras histórias. Ao assistir à Hora
do Conto sobre as bruxas de Franklin
Cascaes, na semana do Folclore, pro-
movida pela equipe da biblioteca do
Colégio, por exemplo, o aluno Davi
Wolff de Abreu, de sete anos, aluno do
2º ano D, disse que na sua imaginação
o pescador iria morrer, “... mas ele não
morreu, ainda bem. Na minha imagi-
nação eu posso transformar as perso-
nagens”.
Já para a aluna Bárbara M. Bublitz,
sete anos, também aluna do 2º ano D,
esse momento é de grande expecta-
tiva e emoção, pois permite entrar no
mundo de imaginação e da criação.
“Quando vai ter uma Hora do Con-
to na escola eu fico doida e imagino
um monte de coisas, pode ser que
eu conheça e pode ser que e eu não
conheça. Presto bastante atenção na
história para ver o que vai acontecer.
Depois da Hora do Conto, eu posso
imaginar as personagens e criar outras
histórias”.
PEDAGOGIA
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CONVIVA COM MEMÓRIA Patrícia Grumiche Silva - Assistente de Biblioteca do Colégio Catarinense
MEMÓRIA
Foi em uma tarde do fim de agosto
de 1907 que padre Maute, ao desem-
barcar no trapiche da Alfândega, fez
seu primeiro contato com a cidade na
qual exerceria o magistério até 1931.
Trazidos pelo navio alemão “Guaíba”,
chegaram à Ilha de Santa Catarina
nove missionários para a Missão da
Companhia de Jesus no Sul do Bra-
sil, dentre os quais apenas Pe. Maute
permaneceu. O telegrama do Supe-
rior da Missão, entregue no mesmo
dia ao então diretor do Colégio Ca-
tarinense, Pe. Norberto Ploes, assim
dizia: “Fique aí por enquanto só o
Fráter Maute”.
Seu campo de trabalho no Ginásio
logo foi determinado: a música. Em
pouco menos de duas semanas, Pa-
dre Maute já realizava sua primeira
apresentação com os alunos tocando
a Marcha Guerreira dos sacerdotes da
Ópera Atalia, com piano, harmônio e
um coro de violinos. Muitos outros
espetáculos se sucederam a esse,
todos vivamente comentados pelos
seus companheiros de missão em
seus relatórios anuais.
Não se limitando às dependencias do
Ginágio, em 1922 , Maute organizou
um grande coro, constituído de vozes
de vários colégios para uma grande
polifonia no centenário da Indepen-
dência do Brasil em frente à Praça XV.
Tal foi seu sucesso que o mesmo coro
foi convidado a cantar na bênção dos
novos sinos da Catedral e na sua inau-
guração após a reforma, no mesmo
ano. Eram as raízes do canto popular
em Santa Catarina que aos poucos se
fixavam.
Na década de 40, Padre Armando
Marocco foi quem assumiu os traba-
lhos com o coral e a orquestra. Em
uma entrevista concedida à Revista
do Instituto Humanitas Unisisinos no
ano de 2005, o jesuíta revelou sua
relação com a música, contando sua
experiência: “Toda a minha vida se es-
truturou em um clima de arte musical.
Quando trabalhei como estudante
jesuíta, em Florianópolis, a primeira
coisa que fiz foi montar um coral de
alunos. Era um coral a quatro vozes.
Também criei uma pequena orquestra.
Eu tocava piano e tinha violino, vio-
loncelo, contrabaixo, acordeom, flau-
ta, bateria, clarinete... Tocávamos nas
festas do Colégio. Depois disso, deve-
ria fazer meus estudos de Teologia, e
nosso padre provincial me disse que
eu faria Teologia na Bélgica. Perguntei
o motivo, e ele disse que era para eu
estudar música”.
Nos anos que seguiram após esse pe-
ríodo, a música reapareceu com for-
ça na vida escolar, em 1972, com o 1º
FESTICOCA – Festival da Canção do
Colégio Catarinense – que permane-
ceu no calendário da cidade por mais
de uma década, revelando talentos
locais, como o grupo Expresso Rural,
premiado no festival de 1982 com a
música Sol de Sonrisal.
Sempre presente no cotidiano escolar,
a música mantém espaço privilegiado
ainda hoje. Estimulados pelo compro-
misso com a formação integral do ser
humano, nós, educadores, seguimos
acreditando que a música enriquece a
vida cultural, estimula a criatividade, a
paciência, a sensibilidade, a capacida-
de de memorização e de concentra-
ção dos nossos alunos.
LITERATURA
De fácil leitura e recheado de exemplos
reais, o livro aborda o tema do Transtorno
de Défcit de Atenção, amplamente
diagnosticado em pessoas de variadas
idades.
A autora Ana Beatriz, que tem Déficit
de Atenção, descreve em cada
capítulo os principais sintomas do
transtorno e as possibilidades de ajuda
e tratamento, além da importância do
diagnóstico precoce. A médica ainda
traz alguns exemplos de pessoas que
descobriram o transtorno já na fase
adulta e conseguiram recuperar a
autoestima, tornando-se profissionais
realizados.
Obra: “Mentes Inquietas”
Autora: Ana Beatriz Barbosa da Silva
Editora: Fontanar
Os capítulos são escritos de forma
simples, mas não perdem em
qualidade informativa nem em
profundidade de exploração do tema,
brindando-nos, ainda, com trechos
de músicas populares que retratam
de forma poética a maneira como se
sente quem apresenta o transtorno.
A leitura desse livro ajuda pais e
educadores a perceberem e a
diferenciarem os sintomas próprios
do transtorno com comportamentos
comuns das crianças em fase escolar.
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SUSTENTABILIDADE
Localizada dentro do Colégio Catarinenseginásio 1 - Horário de funcionamento9h às 11h30mim | 12h30mim às 18h
Fone: 48 - 3225.6939
O Colégio Catarinense, desde o final
de 2013, investe na geração de ener-
gia fotovoltaica. Esse fato não pode-
ria passar em branco para os alunos.
Por isso, o Comitê Lixo Zero está ela-
borando uma cartilha que contém os
principais conceitos acerca dessa mo-
dalidade de energia. A Cartilha Solar
será a base de referência para as au-
las de Educação Ambiental do Projeto
Lixo Zero no ano de 2015. O protótipo
das placas coletoras já está circulando
pelo Colégio e será complementado
pela Cartilha.
MASCOTES LIXO zEROGuilherme Lamin - aluno 1ª série F do Colégio Catarinense
Produziremos dois modelos diferencia-
dos: um para atingir o público infantil,
e o outro, com conceitos de Física e
Geografia, mais aprofundado, aten-
derá aos jovens estudantes. A Cartilha
será ilustrada pelo aluno Guilherme
Lamin (ver box), que criou os dois per-
sonagens principais Photoman e Su-
perAraxá*. Confira, abaixo, em esbo-
ços, os dois personagens.
Guilherme Lamin é aluno da primeira
série F do Ensino Médio do Colégio
Catarinense. O fascínio pelo desenho,
de acordo com ele, surgiu em sua vida
há pouco tempo, quando cursava o
oitavo ano do Ensino Fundamental,
período em que começou a interes-
sar-se pelos Animes japoneses.
O que destaca o talento e o empe-
nho de Guilherme com as artes é que,
para cada personagem criado, o aluno
executa previamente um estudo de-
talhado, passando por um processo
de realização de vários desenhos até
chegar ao resultado final. Guilherme
relata que o reconhecimento do seu
trabalho o motiva a continuar dese-
nhando e que sua mãe é a sua maior
incentivadora.
/colegiocatarinense @ccatarinense
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