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Brasília Olímpica

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EDITORIAL

É com muito esforço, o mesmo demonstrado pelos atletas e torcedores de Brasília, que apresentamos a vocês a forma pela qual a Capital Federal do Brasil está determinada a dar o seu melhor nas Olímpiadas de 2016 que acontecerão no país. Pela primeira vez na história, as Olimpíadas serão realizadas na América do Sul. No entanto, como é comum em todas as edi-ções dos Jogos, outras cidades contribuirão para a realização do evento, já que determinadas modalidades de esporte não podem ser realizadas em sua totalidade no mesmo local. Brasília é uma das cidades que apoiarão a realização dos Jogos, recebendo, no Estádio Mané Garrincha, partidas de futebol masculino e feminino. Acreditamos que valorizar as práticas esportivas, os atle-tas, a infraestrutura e a receptividade da cidade, é valorizá-la também como um lugar, que apesar de sua juventude, sempre se propõe a ser palco de megaeventos e, desta vez, não será diferente.

Nesse contexto, como Brasília tem se preparado para as Olimpí-adas? A cidade já foi sede de outro megaevento em 2014, a Copa do Mundo FIFA. O que foi tirado de experiência daquele período e que será também utilizado agora, em agosto deste ano? Quais os legados deixados pela Copa e que serão aproveitados agora? Quais as expecta-tivas para este novo evento? Como a população está se preparando para receber os turistas e atletas que virão para os Jogos? Há algum atleta que estará representando a capital federal e o Brasil nas Olimpíadas?

Tudo isso você vai descobrir aqui!

Por: Úrsula Brito

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Expediente

Úrsula Brito, quase 20 anos de idade: “Eu quero que os Jogos deêm certo por-que acredito no potencial do Brasil e te-nho esperança de que, apesar das difi-culdades, será um evento de sucesso.”

Thiago Andrade, 28 anos de ida-de: “Eu quero que os Jogos Olímpicos deêm certo no Brasil e, principalmen-te, em Brasília porque aqui é a capital do país, tudo tem que sair exemplar.”

Loranny Castro, quase 19 anos de idade: “Eu quero que os Jogos Olímpicos de 2016 deêm certo porque, apesar de eu não ser daqui, essa é a cidade que me acolheu.”

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Editorial - 3

Índice

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Expediente - 4

Brasília, a eclética capital do Brasil - 6

Comer, dormir e treinar - 10

Brasília atlética - 14

Potencial Colaborativo - 19

Isabela Graton - 22

Daniela Assis - 24

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“Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual.” Aos 56 anos, Brasília ainda faz jus às palavras de Oscar Niemeyer, idealizador e amante das curvas da capital, que desfila sua beleza por meio delas e de suas extensas retas. Desde sua criação, Brasília já é uma cidade do mundo e se transformou no lar de milhares de estrangeiros, sejam eles vindos de outras regiões do país para contribuir para a construção do projeto de capital, ou de outras nações, que ajudam a caracterizar Brasília com uma capital cosmopolita.

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Brasília, a eclética capital do Brasil

Acostumada a receber megaeventos, a Capital Federal se prepara agora para apoiar o Rio de Ja-neiro com a recepção de jogos de futebol masculino e feminino nas Olimpíadas de 2016. O GDF está

se esforçando para potencializar as vantagens de mais este evento.

Andar por Brasília é andar pelo Bra-sil e pelo mundo. Na W3, é possível encontrar restaurantes regionais,

com a diversidade da gastronomia nacional. Pela L2, os estudantes se aventuram pelas vias e par-ques. Transitar pela L4 é o mesmo que atravessar os ares e mares, tendo contato com as mais di-versas culturas do mundo pelas embaixadas. No Eixo Monumental, o céu se mistura com o chão e formam a pista de pouso desta capital do Mundo.

Por ser uma cidade internacional, Brasília está acostumada a receber delegações de diver-sos países para eventos e reuniões. A Associa-ção Internacional de Congressos e Convenções (ICCA, sigla em inglês), que faz um levanta-mento dos países que mais recebem eventos, informou que o Brasil ocupa a décima posição no ranking mundial e a segunda entre os paí-ses das Américas, ficando atrás somente dos Estados Unidos. No cenário nacional, Brasília é a terceira cidade do país entre as mais esco-lhidas para receber um evento internacional.

De acordo com a Secretaria de Turismo do Governo do Distrito Federal, o Centro de Convenções Ulysses Gui-marães, um dos maiores da América Latina, é capaz de re-ceber até 9 mil pessoas em vinte eventos ao mesmo tem-po. Além disso, muitos hotéis têm estrutura para receber eventos, mesmo que de menor porte. Os eventos de negó-cio, conforme levantamento da Secretaria, foi responsá-vel pela captação de R$ 41 milhões de reais em 2012, contri-buindo para o comércio local e o trade turístico da capital.

Sem dúvidas, o principal evento internacional que Brasília já hospedou foi a Copa do Mundo FIFA 2014. Bra-sília foi uma das 12 cidades-sede do campeonato, abri-gando sete jogos da competição. Nessa oportunidade, a capital recebeu 633 mil turistas, dos quais 143 mil eram estrangeiros. Além da grande circulação de pessoas, a Copa do Mundo também foi responsável por um grande aquecimento da economia local, uma vez que os visitan-tes gastaram aproximadamente R$ 1,3 bilhão durante o mês do evento. Em pesquisa realizada ao término da com-petição, Brasília foi apontada como uma das melhores cidades que sediaram a Copa e 98% dos turistas demons-traram interesse em voltar à cidade após o megaevento.

Texto: Thiago AndradeFotos Úrsula Brito

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Agora, Brasília está prestes a cola-borar com a cidade sede dos Jogos Olím-picos de 2016, que acontecerão pela pri-meira vez na América Latina, no Rio de Janeiro. Como é comum em todas as edi-ções dos Jogos, outras cidades contribui-rão para a realização do evento, já que de-terminadas modalidades de esporte não podem ser realizadas em sua totalidade no mesmo local. A capital será uma delas e receberá, no Estádio Mané Garrincha, jogos de futebol masculino e feminino.

Assim como foi feito para a Copa do Mundo, o Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR), autarquia vinculada ao Mi-nistério do Turismo e responsável pela promoção do Brasil como destino turís-tico no mercado internacional, não tem medido esforços para atrair a atenção da imprensa internacional e para que o Rio de Janeiro e as demais cidades que hos-pedarão competições dos Jogos Olímpi-cos recebam a maior quantidade de tu-ristas possível. O presidente substituto da EMBRATUR, José Antônio Parente, in-formou que a autarquia “tem trabalhado para que essa oportunidade espetacu-lar, que é a Olimpíada e Paraolimpíada, continue reforçando e apresentando os atrativos e destinos turísticos bra-sileiros nos mercados internacionais.”

Cada um tem a capital que merece

A expectativa do órgão é que mais de 4 bilhões de pessoas assistam aos jogos e que a competição conte com 20 mil atletas e 25 mil jornalistas fazendo a cobertura. “Temos que aproveitar e chamar a atenção dessas pes-soas para voltarem e trazerem suas famílias e amigos ao Brasil,” acrescentou Parente.

Se para alguém resta a dúvida de que os Jogos Olímpicos do Rio serão um suces-so, o presidente da EMBRATUR, Vinícius Lummertz, tranquiliza: “Sabemos orga-nizar eventos, como demonstramos pelo Carnaval e o Rock in Rio e toda a experi-ência acumulada nos últimos anos nos ajuda a fazer ainda melhor. Diziam que não conseguiríamos fazer a Copa do Mun-do e ela se provou um grande sucesso. O mesmo vai ocorrer com as Olimpíadas.”

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O Governo do Distrito Federal também está trabalhando para que Brasília usufrua de todas as vantagens de participar desse megaevento que serão os Jogos Olímpicos. Uma das estratégias são os encontros que o secretário de turismo do GDF, Jaime Race-na, tem feito às embaixadas dos países que disputarão jogos na capital. “Começamos esse diálogo tão importante com as embai-xadas para colocar a nossa capital à disposi-ção para possíveis parcerias bilaterais, com objetivos tanto de trazer visitantes quanto também de promover os países como con-trapartida. A vinda desses visitantes es-trangeiros significa um impacto direto na economia local. Queremos criar mais incen-tivos para trazer estrangeiros para Brasí-lia”, avalia Racena. De acordo com a secre-taria, já foram visitadas as embaixadas da Argentina, da Alemanha e da Coreia do Sul. E, ao que tudo indica, os esfor-

ços de promoção de Brasília enquan-to destino turístico internacional, e especialmente de eventos esportivos, têm surtido efeito. Em agosto des-te ano, mesmo mês das Olimpíadas, a capital promoverá o Campeona-to Pré-Mundial de Voo Livre, even-to teste para o mundial que ocorre-rá também em Brasília no próximo ano. Parece que, literalmente, as re-tas da capital permitirão que atletas levantem voo pelo céu do planalto central, admirando as curvas exu-berantes traçadas por Lúcio Costa.

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Comer, dormir e treinar

Ele é um dos principais atletas que irá representar Brasília nos Jogos Olímpicos de 2016

Nascido e crescido no mundo do esporte, Caio Oliveira de Sena Bonfim, de apenas 25 anos, de-dica a sua vida ao atletismo desde os 16. Destaque na marcha atlética, Caio tem alcançado bons resul-tados em sua carreira. O jovem atleta, que foi o único representante da modalidade nas Olimpíadas de Londres no ano de 2012, promete dar o seu melhor nos Jogos Olímpicos de 2016, desta vez em casa. Ainda que não seja tão conhecida quanto os 100 metros rasos, a Marcha Atlética também é uma modalidade do Atletismo e faz parte dos jogos olímpicos há 108 anos. Inicialmente, era disputada apenas por homens, mas em 1992 passou a ter também mulheres em suas compe-tições. Dentro do esporte, a principal regra é ter sempre um dos pés nos chão, mantendo uma progressão de passos até o fim do percurso. “É uma modalidade muito popular lá fora, eu já fui em uma prova com 80 mil pagantes na Rússia. A marcha está crescendo aqui no Brasil e nós só precisamos de alguns bons resultados pra que ela fique ainda mais popular.”, afirma Caio. Com a missão de colaborar na popularização da Marcha, neste ano Caio pretende disputar as provas de 20 km e 50 km e afirma que para chegar lá, tem treinado com “espírito de excelência”. Ao ser questionado sobre como são os treinos na reta final, o atleta conta um pouco de sua rotina dis-ciplinada. “De segunda a sábado eu faço em média 40 km por dia. Além disso, tenho fisioterapia, pilates, academia, alongamento nutrição e uma série de outros cuidados. Na reta final é dormir, co-mer, treinar e estar realmente focado nos Jogos Olímpicos.”. Já sua mãe e treinadora, Gianetti Sena, afirma que Caio se prepara para as Olimpíadas desde quando iniciou seus treinos, “As pessoas me perguntam quando o Caio vai começar a preparação para os Jogos e eu respondo que ele está nesse processo desde o dia em que começou a marchar, aos 16 anos de idade. Eu falo isso porque é um traba-lho a longo prazo, não se faz um atleta olímpico em meses. São muitos anos de dedicação.”, disse ela. Juntamente com seus pais, Caio treina em Sobradinho - DF. A relação do trio é claramente muito próxima, o que é perceptível em simples dois minutos de conversa com o atleta. Caio sempre se expres-sa no coletivo, usando “a gente” ou “nós” para se referir a qualquer tema relacionado a sua carreira.

Texto: Loranny CastroFotos: Thiago Andrade

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Texto: Loranny CastroFotos: Thiago Andrade

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Um pouquinho mais com Caio Bonfim

Para a entrevista, Caio nos recebeu na escola CAIC em Sobra-dinho. O atleta conversou rapida-mente com as crianças e falou so-bre sua história e carreira, o que bastou para que dezenas de estu-dantes se reunissem ao seu redor no final da palestra com cadernos e canetas. O propósito de tudo isso? Um abraço e um autógrafo.

Ao contar sobre o início de sua relação com a marcha atlética, Caio faz questão de destacar a importância da família nessa história. “O fato de ter uma mãe que praticou essa modalidade fez com que eu me familiarizasse com a mar-cha muito cedo. Além disso, ter pais fantásticos como referência e ainda ser treinado por eles nos faz cada vez mais próximos. Criamos um elo mui-to forte de amizade, somos um time!”.

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Caio havia ganhado vários fãs, Caio era o novo ídolo. “Eu sempre digo que, mesmo que não for atleta, seja dedicado. Nós temos uma cultura de reclamar demais, mas acho que temos vários la-dos para olhar, inclusive um de esperança e de um mundo mais colorido aqui fora. Essas crianças são o futuro dessa bagunça louca que está aqui, então o que eu quis dizer pra eles foi isso. Busquem os seus sonhos e lutem. Se eles forem atletas e eu pu-der ter incentivado, pra mim vai ser melhor ainda porque eu estou aqui por isso mesmo, pra ajudar. Quem quiser fazer essa modalidade ou outra do atletismo, é só ir lá no estádio de Sobradinho por-que as portas estão abertas. A gente pode conver-sar, treinar juntos e construir um futuro brilhante juntos.”, disse Caio, enquanto vários gritos de tor-cida por seu nome ecoavam na quadra da escola.

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Brasília Atlética

Além do potencial cultural e cosmopolita, além das inovações arquitetônicas e da burocracia estatal, Brasília apresenta um manancial esportivo que vem se mostrando mais frutífero a cada ciclo olím-pico. Recentemente, em razão da Copa do Mundo FIFA de 2014, a capital passou a ter um dos mais modernos estádios de futebol do país, com a refor-ma do Estádio Mané Garrincha. Mas não se enga-ne. Nem só de futebol vive Brasília. Atletas candan-gos de diversas modalidades também se destacam no cenário nacional e internacional, trazendo or-gulho aos milhões de brasilienses fãs de esporte.

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A começar pelas águas, Brasília tem dois represen-tantes de peso. Hugo Parisi, 31, nascido em Tagua-tinga, é um dos mais experientes atletas da moda-lidade de saltos ornamentais, tendo já participado de três olimpíadas. A vaga para o Rio ele conquis-tou no dia 23 de fevereiro, em uma etapa da Copa do Mundo daquele esporte. Treinando nas estrutu-ras do Colégio Mackenzie e nas da Universidade de Brasília, que é a casa da seleção brasileira de saltos ornamentais, Parisi tem se cobrado para não de-cepcionar: “Os Jogos Rio2016 serão minha quarta participação em Olimpíadas. Depois que você que-bra a barreira de chegar às primeiras Olimpíadas, não existe outra alternativa a não ser estar na pró-xima. Todo o trabalho é feito para este momento.”

Na mesma modalidade, Cesar Castro, 33, também de Brasí-lia, foi o primeiro a conquistar a tão sonhada vaga olímpica. Prestes a competir em sua quarta olimpíadas, o atleta preten-de melhorar a sua classificação, que em Londres 2012 foi 17. A torcida certamente fará toda a diferença nessa jornada: “A olimpíada no Brasil é especial. Estou indo para a minha últi-ma olimpíada e, sendo em casa, ela dá essa motivação a mais.”

Personagens

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Investindo no futuro

Mas é claro que, para se chegar ao nível de atle-tas como Hugo Parisi e Cesar Castro, é preciso de muito treino e muito apoio, sejam de instituições privadas, como de investimentos públicos. Feliz-mente, Brasília vem dando exemplo nisso também.

O Governo do Distrito Federal dispõe de Centros Olím-picos e Paralímpicos em diversas regiões administra-tivas da capital. O programa, que é desenvolvido pela Secretaria do Esporte e Lazer nas cidades do Distrito Federal sob forma de parcerias, é baseado na políti-ca pública do GDF de inclusão social por meio do es-porte e tem o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade de vida da comunidade atendida. Hoje, Brasília conta com 11 unidades que atendem todas as faixas etárias nas modalidades atletismo, natação, hidroginástica, caratê, futebol society, futsal e vôlei.

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A Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer, em parceria com a Fundação Assis Chateaubriand, a fim de esti-mular os jovens atletas dos centros e aproveitando-se do clima da Rio 2016, organizou o Festival Olímpico e Paralímpico, cuja fase final ocorre entre os dias 25 de junho e 9 de julho. "Essa é uma excelente oportu-nidade de nossas crianças e adolescentes dos cen-tros praticarem a essência do espírito olímpico, que engloba o respeito ao seu adversário, a participação ativa e a vontade de superação. Além de se sentirem parte do maior evento esportivo do mundo", avalia a secretária de Esporte, Turismo e Lazer, Leila Barros.

A Universidade de Brasília também acredita na im-portância do esporte para a formação do estudante e do cidadão, sendo responsável pela formação de atletas com potencial para representaram a capital e o Brasil em competições mundo afora. Por meio da Bolsa Atleta Universitária, a UnB recebe inscri-ções de estudantes com potencial atlético, remu-nerando-os com R$ 400,00 por mês por um período de seis meses. Em 2016, foram 120 bolsas para ins-critos em 16 modalidades de esporte, que variam entre futebol, judô, karatê e xadrez, por exemplo.

Além disso, a UnB oferece várias oficinas de esportes a preços acessíveis para a comunidade, como é o caso do caiaque. Fernanda Rachid, educadora ambiental res-ponsável pelo projeto Caiaque Comunitário na UnB, avalia que o esporte atrai pessoas de todas as faixas etá-rias: “É um trabalho que vem dando resultado em ter-mos de qualidade de vida. Tem gente que já faz há cinco anos e conquistou melhora da saúde física e mental.”

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Um sonho, uma oportu-nidade, um lazer ou quem sabe, um prazer. Trabalhar nas Olimpíadas Rio 2016 pode representar muitas coisas, além da possibilida-de de escolha, do participan-te, pela área em que deseja atuar, mas é claro, median-te disponibilidade de vagas e de localização, já que esta não depende de sua escolha. A realização das atividades se dividirá entre as remu-neradas e as voluntárias.

Texto: Úrsula BritoFotos: Loranny Castro

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Potencial Colaborativo

Com vagas que vão desde o trabalho voluntário até os que são remunera-dos, cujos salários podem chegar a seis mil reais, os Jogos Olímpicos se demons-tram como uma oportunidade para aqueles que estão à procura de uma ativida-de extra e, de acordo com o Comitê Olímpico, será dividido por área de atuação.

1Serviços de Saúde: esta área será dedica-da àqueles que possuem conhecimento e certifi-cação profissional nas mais diversas especia-lidades como: médicos, dentistas, enfermei-ros, técnicos socorris-tas, massagistas, fisiote-rapeutas, veterinários, entre vários outros.

2Produção de Cerimônias: as cerimônias de abertu-ra e encerramento, assim como as premiações dos atletas, são sempre majes-tosas e emocionantes. E para que tudo seja realiza-do com toda a beleza e per-feição, um grande número de voluntários trabalhará nos bastidores na área de Produção de Cerimônias.

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3Esportes: é para o voluntá-rio que é apaixonado, mas que também conhece mui-to bem as regras de uma ou mais modalidades. Ele é fun-damental para que atletas e árbitros possam dar o máxi-mo durante as competições.

5Imprensa e Comunicação: é a área perfeita para o vo-luntário que têm afinidades com tudo o que se relacio-na com comunicação, pro-dução de conteúdo e com o trabalho da imprensa.

4Apoio Operacional: é a oportunidade de se envolver com im-portantes setores na organização dos Jo-gos Rio 2016, como serviços administra-tivos, credenciamen-to, logística e distri-buição de uniformes.

6Tecnologia: computado-res, cabos, conexões, ce-lulares, aplicativos e in-ternet. Esse é o mundo do voluntário ideal para atu-ar na área de Tecnologia.

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Protocolo e Idiomas: Proto-colo e Idiomas é a área volta-da para aqueles que querem exercer sua fluência em ou-tros idiomas, interagir com pessoas do mundo todo e sa-ber lidar com a diversidade cultural presente nos Jogos.

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9Transportes: o voluntário da área de Transportes é um bom motorista, habi-litado na categoria B, que irá conduzir automóveis oficiais dos Jogos Rio 2016 por vias exclusivas espalhadas pelo Rio de Janeiro e pelas cidades do futebol. Ele atuará também na organização do trans-porte de pessoas relacionadas aos Jogos.

Atendimento ao Públi-co: este é o lugar daque-les que adoram interagir com o público e se sen-tem à vontade em falar com pessoas que vêm de todos os lugares do Bra-sil e do mundo. Sua mis-são é fazer com que to-dos se sintam em casa.

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Isabela Graton

Textos: Úrsula Brito e Thiago AndradeFotos: Loranny Castro

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Isabela Graton19 anos de idade

Estudante de JornalismoCidade natal: Joinville - SC

Vai colaborar em: Estádio Mané Garrincha, Brasília

O que fará nas Olimpíadas?

“Vou trabalhar na transmissão dos jogos de futebol.O trabalho é feito pela Olympic Broadcast Services, que é a empresa que faz a transmissão dos jogos para as emissoras de TV que compraram os direitos.”

Como conseguiu o trabalho?

“Alguém postou no Facebook sobre a oportunidade e então eu me inscrevi. Tive que mandar alguns documentos, currículo e carta de motivação. Logo em seguida fui chamada para um workshop que

aconteceu no Rio de Janeiro e, só então, soube que havia sido contratada.”

Quais foram as maiores dificuldades nesse processo?

“A maior dificuldade foi a parte burocrática porque a OBS é uma empresa que tem sede na Espanha, então tive que ir atrás de alguns documentos meio complicados, como atestado de residência no Brasil. Mas fora

isso, foi tudo tranquilo.”

Pra você, o que representa trabalhar nas Olimpíadas no seu país?

“Acho que é uma oportunidade muito boa, tanto profissionalmente, porque vou trabalhar na minha área de Jornalismo e transmissão em TV, como também pelo fato de eu participar de um evento tão grande que acontece pela primeira vez no Brasil e nós nem sabemos quando acontecerá novamente e se acontecerá novamente. Acho que é uma oportunidade única participar de um evento tão grande como

esse no mundo do esporte.”

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Daniela Assis

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Daniela Assis18 anos de idade

Estudante de JornalismoCidade natal: Goiânia - GO

Vai colaborar em: Rio de Janeiro - RJ

O que fará nas Olimpíadas?

“Eu vou trabalhar como Freelancer na parte de logística em um dos comitês, que é a OBS - Olympic Broadcast Service - a empresa responsável por captar todas as imagens dos jogos e transmitir para todas as outras em-presas que compraram os direitos. A parte de logística consiste em fornecer comida, transporte e tudo o que

precisarem, inclusive tradução.”

Como conseguiu o trabalho?

“Eu fui indicada por uma amiga. O processo seletivo já havia finalizado mas faltaram algumas pessoas, então uma amiga me avisou da oportuni-

dade. Mandei meu currículo e eles me selecionaram depois de uma entrevista via Skype.”

Quais foram as maiores dificuldades nesse processo?

“A principal dificuldade foi arranjar como ir para o Rio de Janeiro. Questão de passagem, estadia e a logís-tica interna da cidade foram as principais dificuldades. Mas além disso, um pouco da barreira linguística

também, porque apesar de me considerar fluente em inglês e conhecer bastante de francês e espanhol, existe um certo medo por não ser a língua materna e pelo dever de lidar com pessoas de vários países e com

vários sotaques, mas vai dar certo!”

Para você, o que representa trabalhar nas Olimpíadas no seu país?

“É algo que vai ser muito importante não só para a minha vivência como também para o meu currículo. E, justamente por estar no Rio de Janeiro, ver a cerimônia de abertura e de encerramento, acredito que vai ser

muito único pra mim, vai ser muito rico!”

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