DEZEMBRO DE 2011
4
A Revista BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL, é uma publicação que vem de encontro às necessidades prementes de uma classe que anda esquecida e tem sido bombardeada por seguimento assemelhado de ordem pública, sem mere-cer. A Organização Bombeiros Unidos Sem Fronteiras através de sua Divisão Social e de Cooperação vem com isso suprir uma necessidade que é real para toda a classe profissional de Bombeiros Civis. Esta publicação tem a intenção de não só levar ao Bombeiro Civil, mas para qualquer outro profissional da e-mergência informações que possam introduzir ao currículo do leitor uma ba-gagem dinâmica de conhecimentos. Estaremos chegando a bombeiros de todo o planeta de maneira totalmente gratuita e on-line, revista essa que poderá ser baixada diretamente em nosso blog a cada dois meses. Queremos convidar a todos os interessados em participar de nossas publi-cações, enviando elogios e criticas construtivas, idéias para pauta e muito mais. Essa é apenas nossa edição de lançamento, esperamos servir de instru-
mento do conhecimento continuado do profissional de emergência, principal-
mente do BOMBEIRO CIVIL.
Obrigado a todos os leitores e à aqueles
que tornaram esta publicação possível.
Divisão Social e de Cooperação:
BUSF-BRASIL 5
Editoração Eletrônica:
Bolívar Fundão Filho
Presidente BUSF-BRASIL:
Bolívar Fundão Filho
Diretora Social e de Cooperação da BUSF
-BRASIL:
Carleci de Souza Silva
Diretor de Imprensa da
BUSF-BRASIL:
André Aparecido Arruda
Contatos:
Logomarca REVISTA BOMBEIRO PRO-
FISSIONAL CIVIL
Bolívar Filho
Blog REVISTA BOMBEIRO PROFIS-
SIONAL CIVIL
www.revistabpc.blogspot.com
Contato Comercial:
Mande sua sugestão para:
Fale Conosco:
55—11-2374-9844—Fixo
55-11-6688-0899—Oi
55-11-8913-5616—Claro
55-11-6065-7856—Tim
55-11-6847-9181—Vivo
Edição:
OUTUBRO/NOVEMBRO DE 2011
Fundada em 2008 pelo atual presidente Gil-
célio Gonçalves Sarmento, a ANDRAE, Associação Nordestina de Resgate e Administração de Emergências é uma Organização Não Governamental composta de socorristas e guarda-vidas voluntários, seu trabalho está voltado ao Atendimento Pré-Hospitalar, Palestras Educativas e na promoção CE campanhas de cunho exclusivamente social e ambiental, como: ANDRAE contra a fome, AN-DRAE contra pedofilia, ANDRAE con-tra violência doméstica, ANDRAE con-tra drogas, entre outras.
A instituição, que tem como ob-jetivo contribuir de forma social com a comunidade nordestina, presta dife-rentes serviços relevantes a socieda-
de, transportando vítimas e necessi-tados em ambulâncias, educando o jovem, e incentivando o esporte e o
lazer, profissionalizando nas áreas de salvamento, desenvolve a cultura, promove a doação de cestas básicas e executa trabalhos sociais de manei-ra geral, resgatando a dignidade o respeito e a convivência familiar e co-munitária, além de colaborar para o desenvolvimento educacional e psico-lógico de pessoas de comunidades
carentes. A instituição é composta por
Enfermeiros, Bombeiros Civis, Radio-logistas, Acadêmicos de Enfermagem, Acadêmicos de Biomedicina, Acadê-micos de Radiologia e cidadãos de di-
Solidariedade é o principal objetivo da Instituição e seus
voluntários
versos seguimentos sociais que têm interesse pela área de pronto atendi-mento emergencial e sejam antes de
tudo preocupadas com o desenvolvi-mento de uma sociedade justa para todos. O DIFERENCIAL
A ANDRAE oferece aos seus membros treinamento gratuito de A-tendimento Pré-Hospitalar, Salvamen-
to em Altura, Atendimento Pré-Hospitalar Tático, Salvamento Aquáti-co, Salvamento Terrestre dentre ou-tros, procurando capacitar seus vo-luntários de maneira a darem uma resposta adequada às diversas situa-ções em que são colocados a prova.
Na verdade a instituição funcio-
na como uma grande família, onde seus membros mutuamente se apói-am, e são incentivados a estudar e a-primorar seus conhecimentos, cada vez mais.
Para receber os treinamentos na
ANDRAE, o interessado deve, antes de tudo, passar por um teste de até três meses, onde o candidato deverá demonstrar auto controle, determina-ção, interesse pelo trabalho voluntá-rio e, acima de tudo, vontade de a-prender.
A entidade ainda promove cam-
panhas para arrecadação de fundos
para manter seus projetos, através de camisas que são vendidas. Muitos desses fundos são investidos em cur-sos gratuitos para as populações ca-rentes.
Os trabalhos realizados pela AN-
DRAE as populações carentes são to-talmente voluntários.
TEMPO DE EXISTÊNCIA Hoje a instituição já com 3 anos
de existência, possui um quadro de 25 membros atuantes. Seu início se deu na praia de Ma-naíra, em João Pessoa – PB, com o treinamento de pessoas que não ti-nham condições financeiras de arcar com as despesas de um curso de Pri-meiros Socorros. As aulas eram mi-
nistradas todas as quintas feiras das 19:00 às 22:00 horas e aos sábados das 17:00 às 22:00 horas. Naquela época eram arrecadadas doações e com o dinheiro foram com-pradas camisas para serem vendidas, gerando meios para que a instituição pagasse a documentação exigida para a implementação do projeto. Os resultados destes esforços se apresentaram de maneira positiva, tanto no que diz respeito aos treina-mentos, quanto ao trabalho social que passou a ser executado pela enti-dade. RECONHECIMENTO: Atualmente e reconhecida pela população a ANDRAE realiza vários eventos no nordeste brasileiro, além
Preparados para qualquer situação...
de promover campanhas solidárias, seus membros são capacitados e mi-nistrarem com propriedade palestras
em universidades e faculdades, orga-nizações privadas e públicas e presta-rem serviços de interesse social em qualquer parte não só do nordeste como também do Brasil.
O trabalho desenvolvido pela ANDRAE é tão importante para a regi-ão nordeste que vários artistas, can-
tores e autoridades apoiaram suas a-tividades, como Kiko, músico da Ban-da Roupa Nova, Bel do Chiclete com Banana, Paulinho do Roupa Nova, dentre muitos outros. Seu presidente Gilcélio Gonçalves Sarmento é hoje “Delegado Estadual para a Paraíba” da Organização Bom-
beiros Unidos Sem Fronteiras e esta capacitando a exercer operações de Resgate, Busca e Salvamento em
qualquer país signatário da Carta das Nações Unidas. Como Delegado Estadual da BUSF-BRASIL tem sob sua responsabilida-de a administrações dos interesses da instituição em seu estado. A ANDRAE conta com parcerias
diversas em praticamente todo o Bra-sil, seus membros são constantemen-te convidados a colaborarem tanto em seus estado como fora dele no desenvolvimento de atividades de Bombeiros Civis, Guarda-Vidas e Ad-ministração de Emergências em situ-ações de Catástrofes.
Atualmente Gilcélio Gonçalves Sarmento está sendo cogitado para ser também o Delegado Estadual na Paraíba do Conselho Nacional de
Bombeiros Civis, com sede em Brasí-lia. A Revista Bombeiro Profissional Civil, se orgulha de poder ter tido em nossa primeira edição a matéria des-sa valorosa instituição de abnegados voluntários, capazes de deixar o a-conchego de seus lares, seus familia-
res e amigos, para poderem se dedi-car, até mesmo correndo riscos a es-tranhos em suas necessidades mas diversas. Existe uma máxima no meio militar que diz que:
Existem no mundo três tipos de pessoas,
As ovelhas,
Os Lobos, E aqueles que protegem as ove-
lhas dos lobos.
Acredito que sabemos onde se enquadram os voluntários da ANDRA-E. Que Deus proteja a todos vocês......
Campanhas são permanentemente elaboradas pelos seus res-
ponsáveis.
Cursos de Guarda-Vidas, ajuda inestimável ao turis-
mo nordestino.
FALE COM A ANDRAE:
Telefone: (83) 88050508 – (83) 96048989 Email: [email protected]
Site: www.andrae.org.br
Profissional Responsável pela Instituição: Enfermeiro Gilcélio Gonçalves Sarmento (Presidente) Inscrição COREN:PB 004-080 Telefone: (83) 99789761 Email: [email protected]
PARTE 2 PARTE 2
Traumas Fechado: Mecanismos de Contenção Até agora, foram descritas lesões em pacientes que não usavam mecanismos de
contenção no momento do impacto. Mas, com a propagação do uso destes dispositi-vos, houve uma grande redução da morbi-mortalidade dos pacientes vitimas de aci-dentes. Quando o cinto de segurança é posi-cionado adequadamente, a pressão do im-pacto é absorvida pela pelve e tórax, resul-tando numa diminuição drástica do número e gravidade das lesões. Já quando posicio-nado de forma inadequada (acima da pel-ve), a pressão é absorvida por tecidos mo-les da cavidade abdominal e retroperitônio, podendo resultar em lesões por compres-são (ex. baço, fígado, pâncreas, duodeno). É possível ainda ocorrer lesões por aumen-to da pressão abdominal e por hiperflexão da coluna lombar (fraturas por compressão anterior). Cabe ressaltar que a gravidade destas lesões são ainda bem menores, se o cinto não estivesse sendo usado. O cinto de dois pontos é eficaz nas co-lisões laterais, mas nos outros tipos de coli-sões, podem ocorrer lesões graves de ca-beça e pescoço. Em vista disto, faz-se ne-
cessário o uso do cinto de três pontos. Este tipo de dispositivo reduz muito a gravidade das lesões de tórax, pescoço e cabeça quando utilizados corretamente. Existem muitos relatos de lesões pelo uso do cinto, tais como fratura das clavículas e contusão miocárdica. Entretanto, se a vítima estives-se sem ele, dificilmente teria sobrevivido. O uso inadequado da faixa diagonal pode re-sultar em graves lesões cervicais. O “air-bag” é outro dispositivo que re-duz significativamente algumas lesões fron-tais. Ele absorve parte da energia do im-pacto, aumentando a distância de parada e conseqüentemente diminui a permuta de energia. Entretanto, ele só é eficiente no primeiro impacto. Nos impactos subse-qüentes ele não tem qualquer ação, bem como nos impactos laterais, traseiros e ca-potamentos. Portanto, ele deve ser encara-do como complementar e não substituto ao cinto. A sua expansão pode causar lesões no tórax, braços e face, principalmente se a vítima usar óculos. Alguns veículos contam com barras la-terais de reforço. Isso diminui as lesões produzidas pela projeção da carroçaria pa-ra dentro da cabine. Em vista disto, para uma proteção mais completa, os usuários dos veículos devem usar o cinto de três pontos de ma-neira correta e se possível o “air-bag”. Ca-be ressaltar que estes dispositivos são pro-jetados para adultos. Portanto crianças de-vem trafegar no banco traseiro utilizando mecanismos contensores adequados ao seu tamanho. • Quedas Vítimas de queda estão sujeitas a múl-tiplos impactos e lesões. Nestes casos, de-vem ser avaliados:
· Altura da queda: quanto maior a altura, maior a chance de lesões, visto que a velo-cidade em que a vítima atinge o anteparo é proporcionalmente maior e conseqüente-mente a desaceleração. · Compressibilidade da superfície do solo: quanto maior a compressibilidade, maior a capacidade de deformação, aumentando a distância de parada, diminuindo a desace-leração. Isto pode ser exemplificado quan-do se compara uma superfície de concreto e uma de espuma. · Parte do corpo que sofreu o primeiro im-pacto: este dado permite levantar a suspei-ta de algumas lesões. Quando ocorre o pri-meiro impacto nos pés, ocorre uma fratura bilateral dos calcâneos (“Síndrome de Don Juan”). Após, as pernas absorvem o impac-to, levanto a fraturas de joelho, ossos lon-gos e quadril. A seguir o corpo é flexiona-do, causando fraturas por compressão da coluna lombar e torácica. Já quando a víti-ma bate primeiramente as mãos resulta em fraturas bilaterais do rádio (Fratura de Col-
les). Nos casos em que a cabeça recebe o primeiro impacto ocorre lesões de crânio e coluna cervical. Explosões Esta ocorrência não é exclusiva dos tempos de guerra. Devido à violência civil, às atividades terroristas e ao transporte e armazenamento de materiais explosivos, as explosões ocorrem de modo rotineiro. Elas resultam da transformação química, extre-mamente rápida, de volumes relativamente pequenos de materiais sólidos, semi-sólidos, líquidos ou gasosos que rapida-mente procuram ocupar volumes maiores. Tais produtos, em rápida expansão, assu-mem a forma de uma esfera, a qual possui no seu interior uma pressão muito mais al-ta que a atmosférica. Na sua periferia, se forma uma fina camada de ar comprimido que atua como uma onda de pressão que faz oscilar o meio em que se propaga. A medida em que se afasta do local de deto-nação, a pressão rapidamente diminui (à 3ª potência da distância). A fase positiva pode atingir várias atmosferas com dura-ção extremamente curta. A fase negativa é de duração mais longa.
As explosões podem causar três tipos de lesões: · Lesões primárias: resultam diretamen-
te da onda de pressão. Elas tem maior ca-pacidade lesiva para os órgãos que contém gás. As lesões mais comuns são as roturas do tímpano, contusão, edema e pneumotó-rax quando atinge os pulmões. Em explo-sões subaquáticas, os órgãos mais acome-tidos são os olhos (hemorragias e descola-mento de retina) e roturas intestinais. · Lesões secundárias: resultam de obje-tos arremessados a distância, que atinge os indivíduos ao redor (ex. granadas). · Lesões terciárias: neste tipo, o próprio indivíduo se transforma em um “míssil” e é arremessado contra um anteparo ou o so-lo. Lesões no esporte Muitos esportes ou mesmo atividades recreativas são capazes de levar à lesões graves. Elas podem ser por desaceleração, compressão, hiperextensão, hiperflexão, etc. Isto é agravado pelo grande aumento de “esportistas” ocasionais ou recreacio-nais, os quais não têm o treinamento e técnica necessários, além da falta de equi-pamento de proteção.
Esportes que envolvem alta velocidade (ex. esqui, skate, ciclismo) levam a lesões similares às causadas por motocicletas, já descritas anteriormente. Uma importante pista para suspeita de
lesões são os danos ocorridos nos equipa-mentos. A quebra por exemplo de um ca-pacete, evidencia a violência do impacto, bem como sua localização e mecanismo de trauma envolvido. Cada esporte tem um mecanismo es-pecífico de lesão, mas existem princípios gerais, que são: · Que forças atuam na vítima e como e-las atuam; · Quais são as lesões aparentes; · Quais partes do corpo trocaram ener-gia com algum objeto ou solo; · Quais outras lesões podem ter sido produzidas pela troca de enrgia estimada; · O que pode ter sido comprimido; · Como ocorreu a aceleração ou desace-leração; · Quais lesões podem ter sido produzi-das por movimentos ocorridos (hiperflexão, hiperextensão, etc.). Trauma Penetrante: Como já discutido anteriormente, quando um objeto em movimento se depa-ra com um obstáculo, ocorre uma permuta de energia entre eles. Quando esta é con-centrada em uma pequena área, ela pode exceder a tensão superficial do tecido e pe-netrá-lo. A permuta de energia entre objeto em movimento e os tecidos resulta em ca-vitação. Ela depende da área e forma do míssil, da densidade do tecido e velocidade do projétil no momento do impacto. Cabe ressaltar que a área e a forma podem vari-ar a medida em que sofrem desvios (desvio lateral em relação ao eixo vertical -
efeito “yaw” ou derrapagem e rotação t r a n s v e r s a l - e f e i t o “ t u m b l e ” ou cambalhota), além da possibilidade de sofrer fragmentações. Níveis de Energia São classificadas em três categorias: · Baixa energia: correspondem à facas e outros objetos lançados manualmente. Eles causam lesões somente pela sua superfície cortante, gerando poucas lesões secundá-rias. Portanto, seu trajeto dentro do corpo for conhecido, pode-se predizer a maioria das lesões. O sexo do agressor é um dado para se predizer este trajeto. Geralmente os agressores produzem lesões acima da lesão de entrada e as agressoras abaixo. Outros dados essenciais são: a posição da vítima e do agressor, o tipo de arma utiliza-da e a movimentação do objeto dentro do corpo da vítima. · Média energia: corresponde aos revól-veres e alguns rifles. · Alta energia: rifles militares ou de ca-ça. O que difere os de média e alta ener-
gia é o tamanho da cavitação (temporária e permanente). Algumas armas, além de causar lesões ao longo de seu trajeto, cau-sa lesões ao redor. O vácuo criado pela cavitação, leva fragmentos de roupa, bactérias, etc. para dentro da lesão. A distância também é importante. Quanto maior, menor será a velocidade do projétil., diminuindo as lesões. Lesões Regionais Específicas · Cabeça: após o projétil penetrar no crânio, a energia é distribuída numa cavi-dade fechada. Isto leva a uma aceleração das partículas contidas nesta cavidade (no caso o cérebro), forçando-as contra o crâ-nio. Como este é inflexível, o cérebro se choca contra a parede interna do crânio, produzindo muito mais lesões se compara-da às cavidades expansíveis. Armas de mé-dia energia (ex. calibre 22) podem seguir a curvatura interna do crânio. O projétil en-tra, mas não tem energia o suficiente para sair, fazendo com que siga tal trajeto. Este fenômeno pode causar graves lesões, de-nominando tais armas como “assassinas”. · Tórax: (1) Pulmões: devido à sua bai-xa densidade, o projétil entra sem causar grandes lesões. Mas do ponto de vista clí-nico, estas são muito importantes, princi-palmente pelas alterações do espaço pleu-ral (ex. pneumotórax, hemotórax, etc.).
(2) Estruturas vasculares: pequenos vasos não são firmemente fixados à parede torá-cica, podendo ser afastados do objeto lesi-vo sem sofrerem grandes danos. Já os grandes vasos (ex. aorta, cavas) não po-dem se mover facilmente, sendo mais sus-cetíveis à lesões. O miocárdio quando atin-gido por armas potentes, sofre lesões que levam à exasangüinação imediata. Mas, quando atingido por armas mais leves (ex. estiletes, facas, calibre 22), devido à sua contração, reduz o tamanho das lesões permitindo que a vítima chegue viva ao hospital. (3) Esôfago: sua poção torácica pode ser penetrada, derramando seu con-teúdo na cavidade torácica. Os sinais e sin-tomas desta lesão podem aparecer tardia-mente (horas ou dias após). Portanto, mes-mo sem estes sinais, tais lesões devem ser suspeitadas e investigadas, permitindo tra-tamento precoce, o que previne muitas complicações graves (ex. mediastinite). · Abdome: armas de baixa energia po-dem penetrar a cavidade abdominal sem causar danos significantes. Somente 30% dos ferimentos por faca requerem repara-ção cirúrgica. As armas de média energia são mais lesivas, requerendo reparação em 85 a 95% dos casos. Quando estas armas atingem estruturas sólidas ou vasculares,
podem não produzir sangramento imedia-to, permitindo a vítima chegar viva ao hos-pital. · Extremidades: (1) Ossos: quando um osso é atingido pode sofrer fragmentação. Estes fragmentos se transformam em “projéteis secundários” lesando os tecidos ao redor. (2) Músculos: são expandidos ao longo do trajeto, podendo causar hemorra-gias. (3) Vasos sangüíneos: podem ser pe-netrados pelo projétil ou sofrerem obstru-ção por danos de seu revestimento endote-lial (por lesão secundária).
Ferimentos de Entrada e Saída
A determinação se um orifício é de en-trada ou saída é de suma importância para que atenda uma vítima de ferimento por projétil de arma de fogo. Dois orifícios po-dem indicar dois ferimentos separados ou podem ser os ferimentos de entrada e saí-da de um único projétil. Em ambos os ca-sos as informações podem influenciar a i-dentificação das estruturas anatômicas possivelmente lesadas e a conduta a ser tomada. Geralmente, os orifícios de entrada
são lesões ovais ou redondas, cercadas por uma área ene-grecida (1 a 2 mm de exten-são) devido à queimadura e/ou abrasão do tecido. Depen-dendo da distância da arma, podemos ter aspectos diferen-tes. Se muito próximo ou en-costado à pele, gases são for-çados para dentro do subcutâ-neo. A explosão deixa uma vi-sível queimadura na pele. Quando ocorre de 10 a 20 cm pode ser visto um pontilhado (tatuagem) devido às partícu-las de pólvora lançadas em ig-
nição. Estas características podem variar de acordo com a vestimenta da vítima. Já o ferimento de saída tem um aspecto es-trelado, sem as alterações mencionadas a-cima. Para fins médico-legais, uma lesão só pode ser dita de entrada ou saída em duas situações: quando há somente uma lesão ou quando se tem documentação histológi-ca da presença de queimadura por pólvora ao redor da lesão. Guia de Informações Respondendo as questões abaixo, será possível interpretar os dados obtidos na história do trauma, correlacionando-os com a clínica.
Impacto: Que tipo de impacto ocorreu - frontal, late-ral, traseiro, angular, capotamento ou eje-ção? Qual a velocidade em que ocorreu o aci-dente? Estava a vítima usando dispositivos de con-tenções? Onde supostamente estão as lesões mais graves? Que forças estão envolvidas? Qual o caminho seguido pela energia? Quais órgãos podem ter sido lesados neste caminho? A vítima é uma criança ou um adulto?
· Queda: Qual a altura?
Qual a distância de parada? Que parte do corpo foi primeiramente atin-gida?
· Explosões:
Qual a distância entre a explosão e o paci-ente ? Quais as lesões primárias, secundárias e terciárias à explosão podem existir ?
· Penetrantes: Onde está o agressor? Qual o sexo do agressor? Que arma foi usada? Se uma arma de fo-go, qual o calibre e munição utilizada? A que distância e ângulo foi disparado? Respostas a estas questões são essen-ciais para localizar os efeitos ocultos do trauma no corpo. Uma adequada avaliação da cinemática do trauma pode ajudar a e-quipe à predizer e suspeitar de possíveis lesões e orientar exames específicos, a fim de encontrar lesões ocultas. Referências Bibliográficas: 1. AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS. Advanced Trauma Life Sup-port. Instructor Manual. Chicago,1993. 2. FELICIANO, D.V.; WALL, M.J.Jr. Pacient of injury. In: MOORE, E.E.; MATTOX K.L.; FELICIANO,D.V. Trauma. East Norwalk, Connecticut, Appleton & Lange, 1.ed. 1991,p.81-93 3. Basic and Advanced Pre Hospital Trauma Life Support - PHTLS. 3.ed. Mosby Lifeline. 1995.
Por: Bolívar Filho
Presidenta Dilma Rousseff da show de de-
mocracia e constituciona-lidade respondendo a al-
tura a artimanha impetra-da por Comandantes de
Bombeiros Militares do Brasil, e VETA a PLC nº
7/2011
A Presidenta Dilma Rousseff, ve-tou no dia 11 de outubro o Projeto de Lei Complementar – PLC nº 7/2011 em reconhecimento aos esforços e clamor dos Bombeiros Civis de todo o Brasil, por entender que a legislação aprovada em 2009, pelo então Presi-dente Lula Lei 11.901/09 está sedi-
mentada não cabendo alterações, principalmente que fossem mexer tão profundamente na categoria.
Vimos no veto da Presidenta Dil-ma Rousseff um verdadeiro ato de coragem que sempre lhe é peculiar. A decisão da Presidenta dá uma respos-ta direta a todas as ações dos Co-mandos dos Bombeiros Militares que
fizeram de tudo de maneira inescru-pulosa e escusa para que fosse apro-
vada a referida PLC 07/2011, por não admitirem o reconhecimento da pro-fissão de Bombeiros Civis em nosso
país. Interesses espúrios tentaram re-
legar os profissionais Bombeiros Civis por obra do PLC 7/2011 de autoria do ex-Deputado Federal Laer-te Bessa, (que na verdade de Bom-beiro e Segurança de Incêndio não entende absolutamente nada) à condição de Brigadistas Particula-
res. O brilhante empenho das organi-
zações de Bombeiros de vários esta-dos do Brasil e o trabalho do corpo de diretores do Conselho Nacional de Bombeiros Civis, juntamente com vá-rios trabalhadores Bombeiros Profis-sionais Civis fizeram a diferença! Essa reunião de entidades preocupadas com a categoria conse-guiram juntas frustrar a pretensão de uma arcaica organização que se for-mou de Comandantes de Bombeiros Militares, muitos destes donos de es-colas de formação de Bombeiros Ci-vis, “pasmem, mas é a pura verda-de”. Esse grupo de militares eram os responsáveis por traz do ex-Deputado Federal Laerte Bessa que apresentou
o projeto simples de apenas (mudança da nomenclatura BOMBEIRO CIVIL, para BRI-
GADISTA PARTICULAR). Muito se tem feito pelas or-ganizações militares para desca-racterizar a profissão de Bom-beiro Civil, em muitos estados do Brasil os Corpos de Bombei-ros ao redigir uma Instrução Técnica, não respeitando a legis-lação Federal nomeia os Bom-
beiros Civis, como Brigadistas Particulares por conta própria, dando poderes a essas organiza-ções de Redigir normas, fiscali-zar e se for o caso multar. “Ou seja legislam em causa própria”. Não queremos obviamente atentar contra as instituições militares de Bombeiros, pois seus serviços são de extrema valia para toda a sociedade civil, porém deve-se ter que, o respeito pe-las profissões deve ser mútuo, não devendo uma profissão intervir em outra. Para isso cada profissão deve possuir seu representante de classe. A luta dos Bombeiros Civis no Brasil foi CONTEMPLADA DE FORMA VITORIOSA no governo Lula que re-conheceu a profissão e possibilitou um pontapé inicial na legalidade pro-fissional do trabalhador. “O então Pre-sidente Lula regulamentou a profissão de Bombeiro Civil, ao sancionar a Lei nº 11.901/2009”. Essa é uma Lei que ficou engavetada por 17 longos anos
até ter sua aprovação. Porém em a-penas 17 meses depois de sua apro-vação o PLC 07/2011 já estava para ser votada na Comissão de Cidadania do Senado Federal. “Agora me per-gunto como uma coisa tão sem im-portância se formos comparar com os problemas brasileiros, pode ser tão rapidamente tramitada, numa casa
que é tão lenta?”. Isso me leva a pen-sar que nossos impostos estão sendo gastos com horas extras realizadas por oficiais do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal que deve andar de porta em porta batendo nos gabine-tes dos Deputados e Senadores, pe-dindo esmolas e fazendo troca de fa-vores. Esses favores nada mais eram do que tentar com seus votos e pare-ceres relegar Profissionais Bombeiros Civis e Brigadistas Particulares, pas-sando por cima do Ministério do Tra-balho, da ABNT, por cima dos Sindica-tos da Classe, da Associações Traba-
lhistas. Por cima do Conselho Nacio-nal de Bombeiros Civis, e o pior por cima de uma Lei Federal que da lega-lidade a profissão. Ainda há muito para se fazer pela classe, isso não se tem duvidas, po-rém as corporações de Bombeiros Mi-litares, devem por obrigação oferecer instrução, auxilio, informações a pro-
fissão de Bombeiro Civil, mas nunca determinar quem pode, quem deve, como fazer, onde fazer, pois não pos-
suem competência legal para repre-sentar uma categoria trabalhista. Assim o governo democrático da Presidenta Dilma Rousseff não só re-conheceu o valor da profissão de Bombeiro Civil, como deu uma lição de responsabilidade ao Congresso Nacional, mostrando que matérias já consolidadas e legalizadas não mere-
cem alteração estrutural, especial-mente quando tende a trazer prejuí-zos significativos para uma categoria organizada, e acima de tudo para o povo brasileiro que já tem uma res-posta profissional em suas emergên-cias de incêndio, resgate, busca e sal-vamento, aquém daquela que deveria ter. Não podemos claramente deixar de parabenizar os esforços de alguns Deputados e Senadores, que ao se-rem chamados a cerrar fileiras na de-fesa da profissão de Bombeiros Civis não se acomodarão e apresentaram suas defesas em favor da classe, co-mo o Senador do PTB-DF Gim Argel-lo. Segundo representantes de vá-rias organizações de defesa da classe, a mudança da nomenclatura de BOM-BEIRO CIVIL para BRIGADISTA PAR-TICULAR, representava uma manobra insana para extinguir a profissão. Infelizmente mais de 90% da ca-tegoria não tinha noção que nos cala-
bouços da famigerada moderna dita-dura militar estadual, se arquitetava
um plano para acabar com os Bom-beiros Civis e que se desse resultado partiria para as organizações de Bom-
beiros Voluntários de todo o país, pois a idéia não era apenas mudar o nome BOMBEIRO CIVIL para BRIGADISTA PARTICULAR, mas sim tornar a pala-vra BOMBEIROS de exclusivo uso das corporações estaduais como acontece com a palavra POLICIA. Porém vale lembrar e pedir para que esses mesmo que apresentaram
o PLC 07/2011, que o nome BOMBEI-RO no Brasil é de origem “CIVIL” e não militar. Seria mais justo que as corporações de Bombeiros Militares, passassem a serem chamadas de “Brigadas de Combate a Incêndio Mi-litar”. Também vale lembrar que é BOM-BEIRO PROFISSIONAL, aquele que e-xerce a função de prevenção e com-bate a incêndio, tendo em sua cartei-ra de trabalho registro como Bombei-ro Civil ou contrato assinado entre as partes, empregado e empregador. Te-mos de ter em mente que nem todo oficial militar nas organizações de bombeiros estaduais, são realmente bombeiros, mas estão apenas exer-cendo a função já que são policiais na função de bombeiros. Não acontece em todos os estados, mas nos que as corporações são unificadas às policias militares. A REVISTA BOMBEIRO PRO-FISSIONAL CIVIL, se responsabiliza
por tudo que aqui foi apresentado na pessoal de seu editor Bolívar Filho.
De acordo com as Nações Unidas, "voluntário é o jovem, adulto ou i-De acordo com as Nações Unidas, "voluntário é o jovem, adulto ou i-
doso que, devido a seu interesse pessoal e seu espírito cívico, dedica par-doso que, devido a seu interesse pessoal e seu espírito cívico, dedica par-
te do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de ativida-te do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de ativida-
de, organizadas ou não, de bem estar social ou outros campos. O volunta-de, organizadas ou não, de bem estar social ou outros campos. O volunta-
riado traz benefícios tanto para a sociedade em geral como para o indiví-riado traz benefícios tanto para a sociedade em geral como para o indiví-
duo que realiza tarefas voluntárias. Ele produz importantes contribuições duo que realiza tarefas voluntárias. Ele produz importantes contribuições
tanto na esfera econômica quanto na social. E contribui para uma socie-tanto na esfera econômica quanto na social. E contribui para uma socie-
dade mais coesa, através da construção da confiança e da reciprocidade dade mais coesa, através da construção da confiança e da reciprocidade
entre as pessoas. Entretanto, o trabalho voluntário vai muito além dessas entre as pessoas. Entretanto, o trabalho voluntário vai muito além dessas
definições... É a manifestação do amor, compaixão, solidariedade em for-definições... É a manifestação do amor, compaixão, solidariedade em for-
ma de ação." ma de ação."
De acordo com as Nações Unidas, "voluntário é o jovem, adulto ou i-De acordo com as Nações Unidas, "voluntário é o jovem, adulto ou i-
doso que, devido a seu interesse pessoal e seu espírito cívico, dedica par-doso que, devido a seu interesse pessoal e seu espírito cívico, dedica par-
te do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de ativida-te do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de ativida-
de, organizadas ou não, de bem estar social ou outros campos. O volunta-de, organizadas ou não, de bem estar social ou outros campos. O volunta-
riado traz benefícios tanto para a sociedade em geral como para o indiví-riado traz benefícios tanto para a sociedade em geral como para o indiví-
duo que realiza tarefas voluntárias. Ele produz importantes contribuições duo que realiza tarefas voluntárias. Ele produz importantes contribuições
tanto na esfera econômica quanto na social. E contribui para uma socie-tanto na esfera econômica quanto na social. E contribui para uma socie-
dade mais coesa, através da construção da confiança e da reciprocidade dade mais coesa, através da construção da confiança e da reciprocidade
entre as pessoas. Entretanto, o trabalho voluntário vai muito além dessas entre as pessoas. Entretanto, o trabalho voluntário vai muito além dessas
definições... É a manifestação do amor, compaixão, solidariedade em for-definições... É a manifestação do amor, compaixão, solidariedade em for-
ma de ação." ma de ação."
Voluntariado
Na França, cerca de 200 000 homens e mulheres vivem um com-
promisso diário para servir os outros, em paralelo com seu trabalho,
seus estudos... Todo dia, eles demonstram que a solidariedade e al-
truísmo não são apenas palavras. Segundo definição das Nações U-
nidas, “o voluntário” é o jovem ou o adulto que, devido a seu inte-
resse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo -
sem remuneração alguma - as diversas formas de atividades, orga-
nizadas ou não, seja de bem estar social, ou em outros campos. Por-
tanto, é um indivíduo comum que de forma livre, desinteressada e
responsável se compromete, de acordo com as suas aptidões e no
seu tempo livre desenvolver ações de voluntariado em prol de outros
indivíduos, famílias e comunidade. Percebe-se aí que voluntariado é
um engajamento cívico. Nesse caso, porque quando os nossos jo-
vens são dispensados do serviço militar "obrigatório", o governo não
os incentiva a cidadania?
Os “alistados” que tenham
concluído um grau, pelo me-
nos, um ano de ensino médio
bem que poderiam recebem
treinamentos como bombeiro
civil e serem utilizados direta-
mente como voluntário ou con-
tratos afora.
Aos militares bastariam de-
finir as regras gerais e aplicá-
las a todos os departamentos. E
os procedimentos de seleção
dos candidatos e os critérios
implementados emergiriam da
jurisdição civil para o recruta-
mento de todos os dispensa-
dos, independentemente da sua
condição (contingência).
Claro que estas regras gerais i-
riam sofrer algumas exceções
(idade, participação em dois
centros ao mesmo tempo...).
Mas o voluntariado é uma ativi-
dade essencial ao exercício de
cidadania porque se traduz nu-
ma relação solidária para com o
próximo. A participação é de
forma livre e organizada e ape-
nas ajudaria na solução dos
problemas que afetam a socie-
dade em geral.
Entendo que através de alguns
projetos e programas de enti-
dades públicas e privadas po-
deríamos desenvolver tais con-
dições que integrariam bom-
beiros voluntários e envolveri-
am as entidades promotoras
numa decisão livre e espontâ-
nea apoiando as motivações e
opções pessoais de ambos.
Algumas organizações pro-
motoras - entidades - reúnem
condições que coordenam esse
exercício. A BUSF-BRASIL é uma
delas. Essa entidade desenvolve
voluntariado em atividades que
integram o voluntario em a-
ções coletivas de direito públi-
co de âmbito internacional, na-
cional, regional ou local; e ain-
da promove ações coletivas de
utilidade pública administrativa
(cursos, esclarecimentos e
transparência).
Outras ações coletivas e de
utilidade públi-
ca estão incluída nessa e nas
outras instituições particulares
de trabalho social, porém
a BUSF de um modo geral vem
despertando através de seu
histórico de SRC (Solidariedade
– Responsabilidade – Capacida-
de) a realização dos fins do seu
corpo de voluntariado nas par-
ticipações em intervenção em
áreas de catástrofe- indepen-
dente do descaso
e desinteresse social, um des-
taque como a equipe que coo-
pera combinando esforços e
sentimentos humanitários com
experiência e formação.
Complementando, o bom-
beiro voluntário não vai substi-
tuir o setor público – O Volun-
tário não é remunerado pelo
treinamento do seu voluntaria-
do, mas merece ser reconhecido
como cidadão atuante. A sua
responsabilidade está no exer-
cício da atividade que se com-
prometeu realizar, dadas às ex-
pectativas criadas aos destina-
tários desse trabalho voluntário.
Cabendo a ele a harmonização
da atuação de ser voluntário
com a cultura e objetivos da en-
tidade promotora.
Em resumo, o bombeiro volun-
tário deve obedecer aos princí-
pios da solidariedade, da parti-
cipação, da cooperação, da
complementaridade, da gratui-
dade, da responsabilidade e da
convergência tendo por um ide-
al fazer o bem.
Cabe aos cidadãos cumpri-
rem uma importante função por
meio dessa atividade voluntária
seja em pequena ou grande es-
cala, melhorar suas condições
de vida e da dos demais. Visar e
otimizar o impacto da adversi-
dade. E alcançar a paz e o de-
senvolvimento exige a coopera-
ção e o compromisso do setor
público, civil e privado, com o
apoio do sistema e da socieda-
de. Desenvolvendo um trabalho
de acordo com os seus conheci-
mentos, experiências e motiva-
ções.
Incêndios de Classe K
Para quem não sabe, é uma nova
classificação de riscos para cozi-nhas comerciais. È classificado como “K”, os incêndios que en-volvam meios de cozinhar como: (banha, gordura e óleo). Esse tipo de combustível do fogo, têm sido por muito tempo a principal causa de danos materiais, vítimas fatais ou não.
Estes incêndios são muito es-peciais na natureza. Testes efetu-ados por ULI (laboratórios de un-derwriters, Inc.) e outras agên-cias em outros países obtiveram novos resultados neste tipo espe-cifico de risco de incêndio. A na-tureza especifica de incêndios
que envolvem meios de cozinhar e equipamentos de cozinha indus-trial são diferentes na maior par-te de outros incêndios. Nos Estados Unidos uma nova classificação para atividade de in-cêndios em cozinha, foi criada -
classe K - foi reconhecida pela NFPA (National Fire Protection Association), através da norma,
NFPA 10 – Extintores de Incên-dio Portáteis e pelos Laborató-rios de Underwriters, através da norma 711 de ANSI/ULI. Essas organizações compreenderam que estes incêndios não se pare-cem com os tradicionais incên-dios em líquidos inflamáveis que envolvem a gasolina, o óleo lu-
brificante, solvente de pintura ou solvente em geral.
Vamos analisar o que faz do óleo de cozinha, a gordura e a ba-nha, incêndios tão específicos. Os óleos de cozinha usados para fri-tura têm uma faixa ampla de tem-peraturas de auto‑ignição. A au-to‑ignição do óleo pode ocorrer em qualquer intervalo entre 288°C e 385°C (os testes de laborató-rios requerem a auto‑ignição e/ou acima de 363°C). Para que es-ta auto-ignição possa ocorrer, a massa total de óleo, se medido em gramas em uma panela pe-quena ou até 52 kg em uma frita-deira industrial, deve ter sido a-quecido além da temperatura de auto-ignição. Depois que a auto-ignição ocorreu o óleo mudará su-a composição ligeiramente ao queimar-se. A sua nova tempera-tura de auto-igniçao pode ser tanto quanto 10°C mais baixo do
que sua temperatura de auto-ignição original. Este incêndio se-rá auto‑sustentado a menos que a massa inteira de óleo for refri-gerada abaixo da nova tempera-tura de auto-ignição. Todo meio de cozinhar, seja ele animal ou vegetal, liquido ou
s´lido, contém gordura saturada ou “free fatty acids”. Quando um agente extintor de base alcalina
(Bicabornato de Potássio Pós BC, e agente úmido Classe K) são a-plicados à gorduras saturadas à altas temperaturas, ocorre uma reação chamada de “saponificação”. A reação forma uma espuma “ensaboada” que a-bafa o fogo e contém os vapores inflamáveis e o combustível quen-
te. Ambos os agentes (sendo de base alcalina) causam a mesma reação, mas o agente úmido (classe K) ao ser aplicado com u-ma névoa fina, tem a vantagem de resfriar o meio de cozimento e abaixar a temperatura, tornando-se mais eficiente. Pôs a base de monofosfato de amônia (ABC) são ácidos por na-tureza e não saponificam quando aplicados a combustível de cozi-nha queimando. Podem inclusive ser contra-produtivo quando apli-cados após o uso de agentes alca-linos, atrapalhando e removendo a camada saponificada e permi-tindo re-ignição. Extintores à base d’água, devido ao seu forte jato, espalham todo o com-bustível, ampliando o peri-go do incêndio.
NORMALIZAÇÃO: Extintores Classe K são reconhecidos como os mais eficientes para a proteção de operações de cozinha omerciais/industriais e são recomendados pela NFPA 10 desde sua versão de
1998. Suas características e en-saios estão definidos pelo Under-writers Laboratories (UL & ULC),
através da norma UL711, a qual específica os ensaios em todas as classes de fogo: A, B, C, D e K, es-sas organizações compreenderam que estes incêndios não se pare-cem com os tradicionais incêndios em líquido inflamáveis que envol-vem gasolina, óleo lubrificante, solvente de pintura ou solventes
em geral. No Brasil, extintores Classe K assim como extintores Classe D (para metais pirofóricos) não possuem normalização (normas técnicas) publicadas até o pre-sente momento. Estes dois tipos de extintores não são tratados pelas normas existentes e por es-te motivo não podem ser certifi-cados. As empresas que os fabri-cam adotam critérios de perfor-mance e demais especificações internacionais para os extintores de Classe K, fabricados por elas. A Associação Americana dos Fabricantes de Equipamentos de combate a incêndio, recomenda
que todo extintor Classe B utilizado na proteção de co-zinhas e equipamentos de cozimento, devem ser subs-tituídos por extintores Clas-se K.
O EXTINTOR: Os extintores de agente úmido Classe K, contém u-
ma solução especial de Ace-tato de Potássio, diluída em água, que quando acionado, é descarregada com um jato tipo neblina (pulverização) como em um sistema fixo. O fogo é extinto por resfria-mento e pelo efeito asfixi-ante da espuma
(saponificação). É dotado de um aplicador, que permi-te ao operador estar à uma distância segura da superfí-cie em chamas, e não espa-lha o óleo quente ou gordu-ra. A visão do operador não e obscurecida durante ou a-pós a descarga.
Ao considerar-se a segurança do pessoal do restaurante, o extintor Classe
K, é o mais fácil de usar, mas fácil para treinamento, e o melhor extintor portátil para cozinhas comerciais e ou industri-ais.
APLICAÇÃO: Desenhado para combate aos mais difíceis fogos como: gorduras de cozi-
nhas e áreas de preparação de alimentos
em restaurantes, lojas de conveniência, praças de a-limentação, cafeterias de
escolas, cozinhas hospita-lares e outros. Equipamentos típicos a serem protegidos pelo ex-tintor de incêndio Classe K: fritadeiras, grelhas, as-sadeiras e similares.
CARACTERÍSTICAS
TÉCNICAS: - Cilindro fabricado em aço inoxi-dável polido; - Mangote de descarga de peque-no comprimento, para facilitar o manuseio em espaços pequenos e
cozinhas de área reduzida; - Bico de descarga montado em ângulo de 45º graus para facilitar a aplicação;
- Válvula em latão cromado, com cabo e gatilho em aço inoxidável; - Proporciona melhor visibilidade durante o combate; - Minimiza o “espalhamento” do perigo; - Limpeza e remoção mais fácil que os agentes tipo Pós Extinto-res; - Agente de baixo PH, não ataca o aço inoxidável.
Sistema “automático” que atua no princi-
pio de incêndio pela dilatação e rompi-
mento da ampola mediante a elevação da
temperatura ambiente, “chuveirando” o
foco pelo bombeamento no se-
tor direcionado.
CHUVEIROS AUTOMÁTICOS – SPRINKLRES.
Os sprinklers são dispositivos providos de um
disco obturador, que veda completamente o orifício por onde a água sai comandado por um elemento
termossensível, que pode ser uma ampola de vidro que contém um líquido expansível com o calor ou
então, uma peça fusível de liga metálica eutética, de ponto de fusão baixo, que o mantém hermetica-
mente fechado.
Seu funcionamento se dá quando em quando em uma condição de incêndio o calor gerado sobe
ao teto. caso essa temperatura esteja acima do pa-râmetro de acionamento da ampola ou fusível ela
se rompe soltando o disco obturador que é removi-
do com a pressão da água, essa água incide sobre um defletor que cria assim a aspersão.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
Os sprinklers possuem como características: A
alta sensibilidade térmica, as suas várias formas de aspersão da água, as suas várias formas de orien-
tação, seus vários níveis de temperatura de aciona-mento.
Possuem também vários diâmetros de orifício
de descarga uma grande resistência para operar em condições ambientais adversas e uma área mo-
lhada de no mínimo 12 m2.
SUAS VANTAGENS:
Como vantagens, o sistema de sprinklers são
totalmente automáticos. Possui a capacidade de a-cionar o alarme simultaneamente com a sua entra-
da em ação, possui uma rápida ação de aspersão de água sobre o foco do incêndio, tem sua ação
restrita apenas a área de ação do incêndio, além do que há uma significativa redução nos valores
das taxas de seguro.
Sistemas Abertos – Esse sistema não possui ob-turador, estando aberto constantemente à passa-
gem de água, São empregados no sistema dilúvio.
Sistemas Automáticos – Possuem um obturador
e um elemento termossensível, que libera a passa-gem de água de forma automática e individual pela
ação do calor do fogo, que incide no refletor for-mando o chuveiro aspersor.
Os sprinklers podem ser do tipo automático
pendente também chamado de “pendente sprin-
kler”, em pé ou “upright sprinkler” e lateral
ou de parede “sidewall sprinklers”.
TIPOS DE SPRINKLERS:
Chuveiro Automático Pendente: “pendente sprinkler”. O jato de água é diri-
gido para baixo, geralmente utilizado em instalações discretas.
Chuveiro Automático em Pé: “upright s-
prinkler”. O jato de água é dirigido para ci-ma. Usando quando as canalizações são ex-
postas. É recomendado principalmente para canalizações secas.
Chuveiro Automático Late-ral ou de Parede: “sidewall
sprinklers”. O jato de água é dirigido para frente e para os
lados. São indicados para am-bientes relativamente estreitos,
como corredores e áreas de serviços, halls ou então salas
de jantar, estar e outros ambi-entes.
Deve-se ter em mente,
que nem sempre é possível uti-lizar chuveiros automáticos
tendo a água como agente extintor. Nesse
caso, utiliza-se o gás CO2, ou agentes sinté-ticos como os gases, FE13, FE25, FE227,
FM200, Inergem entre outros, e acordo com o ambiente onde se deve instalar o sistema
automático.
Os elementos termossensíveis são cali-brados para se romperem quando o calor
atinge uma predeterminada temperatura. Para cada temperatura específica o liquido
dentro da ampola sofre uma alteração de cor para demonstrar aos usuários o nível de
temperatura de ruptura da ampola.
TABELA DE TEMPERATURAS E CORES
DE RUPTURA DE SPRINKLRES.
CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS:
Sistema de Tubulação Molhada:
- Emprega chuveiros automáticos ligados a tubulações contendo água sob pressão;
- É controlado na entrada, por uma válvula
e alarme, cuja função PE fazer soar, automaticamente, um a-
larme, quando da abertura de um ou mais chuveiros aciona-
dos por um incêndio, assim os chuveiros automáticos detec-
tam a ao mesmo tempo com-batem o fogo;
- Empregado onde não haja ris-co da água se congelar na tu-
bulação;
- Sistema mais utilizado no Brasil.
Sistema de Tubulação Seca:
- Emprega chuveiros automáticos ligados
as tubulações contendo ar comprimido ou nitrogênio sob pressão;
- Quando um chuveiro é acionado pelo calor
do fogo, o nitrogênio ou o ar comprimido é
liberado, fazendo abrir, automaticamente, uma válvula (válvula de tubo seco), instala-
da na entrada do sistema, permitindo, as-sim, a admissão de água na tubulação.
- Empregado em locais de baixas tempera-
turas, onde a água está sujeita a congela-mento;
Sistema de Ação Prévia:
- Funciona como um sistema de tubulação
seca;
- A ação prévia do sistema de detecção faz
soar, automaticamente, um alarme de in-cêndio, antes da abertura de qualquer chu-
veiro;
- A válvula de suprimento atua independen-temente da abertura dos chuveiros;
- A válvula é aberta com maior rapidez (o
detector é mais sensível do que o chuvei-ro);
- O sistema de detecção também aciona au-
tomaticamente um alarme;
- O alarme é dado quando a válvula é aber-ta;
- Os danos causados pelo fogo e pela água
são menores, uma vez que a água é lança-
da ao fogo assim que o chuveiro é aberto.
Sistema Dilúvio:
- Semelhante ao sistema de ação prévia, exceto que todos os chuveiros permanecem
abertos o tempo todo (sem ampola);
- Caso ocorra um princípio de incêndio, os detectores irão atuar e provocar a abertura
da válvula, permitindo a admissão da água na tubulação, a qual descarregará através
de todos os chuveiros abertos de uma só vez. A abertura da válvula faz soar automá-
tica e simultaneamente um alarme de in-
cêndio;
- Deve ser usado somente em casos especi-ais devido às conseqüências advindas da i-
nundação de uma área considerável.
Sistema Combinado:
- Composto por uma tubulação seca, con-
tendo ar comprimido e um sistema de de-
tecção de incêndio ligado a uma válvula de tubo seco;
- Com a atuação de qualquer detector, a
válvula de tubo seco é aberta juntamente com as válvulas de alívio de ar, facilitando o
enchimento com água de toda a tubulação do sistema.
ELEMENTOS DO SISTEMA DE SPRIN-
KLERS:
1 – Fonte de Abastecimento.
- Reservatório elevado;
- Reservatório com fundo elevado ou com
fundo ao nível do solo, semienterrado ou subterrâneo, piscinas, açudes, represas, ri-
os, lagos e lagoas com uma ou mais bom-bas de incêndio;
- Tanque de pressão (necessidade de um
suprimento secundário).
2 – Sistema de Alimentação:
- Composto por uma rede de tubulações que interligam a fonte de abastecimento à
Válvula de Governo e Alarme (VGA);
- A válvula de governo e alarme é uma vál-
vula de retenção com uma série de orifícios
dotados de rosca para a ligação de disposi-tivos de controle e alarme, que são:
a) – Válvula de Drenagem de 1 1/2” ou
2”, para esvaziar o sistema e reabastecer os chuveiros atingidos pelo fogo;
b) – Manômetros a jusante e a mon-
tante do obturador
3 – Sistema de Distribuição:
- Composto por uma rede de tubulações que interligam a VGA aos chuveiros auto-
máticos. É formado por:
a) – Ramal: Tubulação onde estão ins-
talados diretamente os chuveiros e também os tubos horizontais que abastecem os chu-
veiros com comprimento máximo de 0,60m;
b) – Sub-Geral: Tubulação de abastece os ramais;
c) – Geral: Tubulação que alimenta os
sub-gerais;
d) – Subidas ou descidas: Tubulações verticais que fazem as ligações entre as re-
des de chuveiros nos diversos níveis (ou pa-
vimentos), entre os sub-gerais e os ramais ou ainda entre chuveiros individuais dos ra-
mais, quando o comprimento do tubo exce-de 0,30m;
e) – Subida principal: Tubulação que
interliga o sistema de alimentação aos ge-rais onde estão instaladas as VGA que con-
trolam e indicam a operação do sistema.
FATORES QUE INFLUENCIAM A RES-POSTA DO CHUVEIRO:
Altura do Pé Direito:
- Os gases quentes sobem na forma de uma
nuvem até o teto, ativando o chuveiro;
- Para pés direito com altura entre 2,50m e 4,50m, a camada quente possui de 0,1m a
0,3m de espessura no momento da opera-ção do chuveiro, sendo que a parte mais
quente está cerca de, 0,15m do teto, sendo então essa em geral, a altura ideal para ins-
talação do chuveiro;
- Para pés direito mais alto, a camada será
mais espessa no momento da operação do chuveiro, devido ao esfriamento dos gases
em seu trajeto;
- A produção de calor necessária para acio-
nar um chuveiro de uma determinada faixa de temperatura é proporcional ao quadrado
da altura do pé direito.
Afastamento do Chuveiro do Teto:
- A influência da distância do chuveiro ao teto está relacionada com a massa de calor
do fogo que sobe e se propaga junto ao te-to, e quanto mais afastado estiver o chuvei-
ro, maior é o tempo que leva o elemento termossensível para atingir sua temperatura
de ruptura. Por esse motivo esse distancia-
mento é importante e especificado em nor-ma.
VENTILAÇÃO CRUZADA:
A ventilação cruzada também interfere,
pois não deixa a temperatura do ambiente ser percebida, retardando a detecção dos
elementos termossensíveis.
OBSTÁCULOS JUNTO AO TETO:
Qualquer obstrução no teto repre-
senta uma barreira para a camada de ga-ses quentes subir.
Tetos com vigas ou nervuras tendem
a canalizar os gases quentes entre as vi-gas, e somente os chuveiros entre ou
junto a estas vigas são prováveis de en-trar em operação, pelo menos inicialmen-
te.
Os telhados inclinados atuam como poços invertidos, nos quais os gases
quentes sobem e podem impedir que os
chuveiros operem na base do telhado.
INSPEÇÕES:
As inspeções semanais ou mensais podem ser realizadas por pessoa treina-
da. Já as inspeções trimestrais, semes-trais ou anuais devem ser realizadas por
profissionais habilitados ou empresa es-pecializada.
Semanalmente deve-se verificar se:
- Estão na posição aberta ou fechada nor-
mal;
- Estão lacradas;
- Estão travadas ou sob supervisão;
- O acesso a elas não está bloqueado;
- Não apresentam vazamentos externos;
- Estão corretamente identificadas.
Estudos da NFPA demonstram que a
principal causa do não funcionamento dos
sprinklers estão relacionados com válvu-
las fechadas, tornando-se assim, impres-
cindível a inspeção semanal, e a sinaliza-
ção da posição aberta ou fechada.
Preto
Graças ao projeto SAMUR Graças ao projeto SAMUR –– HAITI HAITI
que a BUSF ESPANHA esta desenvol-que a BUSF ESPANHA esta desenvol-
vendo em Porto Principe, esta se sal-vendo em Porto Principe, esta se sal-
vando vidas na capital haitiana.vando vidas na capital haitiana.
VISITE:
http://www.busf.org
A Ajuda humanitária da BUSF ESPANHA continua pre-sente no Haiti. Paralelamente aos projetos de reconstrução de escolas e de reabilitação dos sistemas permanentes de água potável do Hospital Cen-tral, o serviço SAMUR HAITI
instalado pela BUSF em cola-boração com a Obra Social de Caja Madri, Município de Alco-bendas, Emergência 2000, Ro-tary Club, Isolux, E outras man-tenedoras da instituição, esta se tendo um resultado positivo na Capital Haitiana, com um Serviço de Atenção Pré Hospi-talar que salva vidas dia após dia. Os cidadãos de Porto Prin-cipe que necessitam de assis-tência médica de emergência, possuem a sua disposição um serviço de 4 ambulância total-mente equipadas com material médico de Primeiros Socorros e uma equipe formada pro pro-fissionais capacitados a prestar toda a assistência necessária.
Uma boa leitura, para todos que ad-
miram a arte de ser Bombeiro.
Veja em: http://www.rastrosdebravura.com.br