O PERÍODO DE TRANSIÇÃO - Séculos XV AO XVIII- As Grades Navegações e o encontros de dois mundos: o choque cultural e a destruição de
povos milenares.
VAMOS RELEMBRAR... PARA ENTENDER O EXPANSINISMO MARÍTIMO.
A crise do século XIV produziu o expansionismo do século XV. Como meio de superar os problemas gerados pela crise a saída encontrada pelos europeus foi realizar viagens por mares desconhecidos. Também cabe lembrar que o comércio entre a Europa e o Oriente (comércio de especiarias) era controlado, especialmente, pelas cidades italianas, o que tornava impossível a descoberta de uma nova rota marítima para o Oriente.
O aperfeiçoamento das técnicas de navegação e uma verdadeira revolução nos conhecimentos cartográficos e astronômicos permitiram que países como Portugal e Espanha aventurassem-se em águas desconhecidas e buscassem novas terras. O Objetivo principal era explorar novas áreas de comércio.
Período de Transição
A Idade ModernaXV ao XVIII
CONTEXTO POLÍTICO: Centralização do Poder e o Absolutismo MonárquicoSurgimento dos Estados
Nacionais Modernos.
CONTEXTO ECONÔMICO:As Grandes Navegações, o
Mercantilismo e o processo de colonização, dominação e
exploração do Novo Mundo – As Bases do Sistema Capitalista (em
sua fase COMERCIAL).
CONTEXTO SOCIAL:Ascensão da burguesia,
crise das relações servis, conflitos sociais e
surgimento da mão de obra assalariada.
CONTEXTO CULTURAL-RELIGIOSO:
Surgimento de uma nova arte inspirada nos padrões clássicos
greco-romano e a reação contra a Igreja Católica - a Reforma
Protestante. Como contraponto surge a Contrarreforma.
O crescimento das atividades comerciais impulsionou as atividades marítimas. Novos produtos, novas terras, novas culturas passaram a fazer parte do mundo europeu. Em função disso, nossa história mudou de rumo... Passamos a fazer parte do capitalismo comercial e da ambição das nações europeias...
Logo após a viagem de Colombo, Espanha e Portugal iniciaram uma disputa pela posse das terras americanas e dos territórios não-cristãos ainda por explorar. GRANDES IMPÉRIOS COLONIAIS COMEÇARAM A SURGIR...
QUANDO TUDO COMEÇOU... As importantes rotas comerciais da seda e das especiarias, bloqueadas pelo Império Otomano em 1453 com a Queda de Constantinopla motivou a procura de um caminho
marítimo pelo Atlântico, contornando a África
Caminho percorrido pela expedição de vasco da Gama (preto), por Pêro da Covilhã
(laranja) e de Afonso de Paiva ( azul) depois da longa viagem
juntos (verde)
Bartolomeu Dias – 1487-88)
Mapa da viagem de Fernão de Magalhães à volta do mundo (1519-1522)
As quatro viagens de Cristovão Colombo – 1492 - 1503
O dinâmico comércio marítimo e intenso fluxo de navios e suas rotas.
A criação do Estado Absolutista está vinculada às transformações que marcaram a Europa já durante
o fim da Idade Média. Nesse sentido, diversos historiadores
apontam a crise do poder nobiliárquico e os interesses da
burguesia comercial como dados fundamentais que viabilizaram a
ascensão dessa nova experiência política que se caracterizou pela
Monarquia Absolutista.
CONTEXTO POLÍTICO: Centralização do Poder e o Absolutismo MonárquicoSurgimento dos Estados
Nacionais Modernos.
Por Monarquia Absolutista, entende-se o sistema de governo em que "o rei, encarnando o ideal nacional, possui de direito e de fato os atributos da soberania: poder de decretar leis, de fazer justiça, de arrecadar impostos, de manter um exército permanente, de nomear funcionários, de julgar os atentados contra o bem público e, em especial, a autoridade real por meio de jurisdições de exceção emanadas do seu poder de justiceiro supremo." Governa por Direito Divino.
http://fazendohistorianova.blogspot.com.br/2012/04/absolutismo.html
O Expansionismo e Domínio Muçulmano
A Reconquista e a Formação de Portugal e
Espanha.No século XII, Portugal tornou-se
independente de Castela e consolidou a centralização do poder com a dinastia de
Borgonha. Em 1383, com a morte do último rei da dinastia de Borgonha tem início uma crise sucessória. Após dois anos de conflito (1383-
1385), D. João, mestre da ordem de Avis, assumiu o trono com o título de d. João I,
submeteu a nobreza a seu poder e garantiu os interesses da classe mercantil. Com a aliança Coroa + Burguesia, fortaleceu o Estado Português que deu início ao seu
expansionismo.,
O casamento de Fernando de Aragão e Isabel de Castela foi fundamental para a criação do Estado Nacional Espanhol.
Aragão, Castela, Navarra e Leão uniram-se durante a Guerra de Reconquista dando origem à Espanha. Em 1469 ocorreu o
casamento entre Fernando (Aragão) e Isabel (Leão e Castela).
Em 1492 os árabes foram expulsos de Granada, fato que possibilitou, em definitivo, o
surgimento do Estado Espanhol.
Carlos VII e Filipe IV, o Belo: personagens centrais do processo de formação da monarquia
na França.
A derrota de João sem Terra, representou por sua vez um momento importante na história francesa: a vitória de Felipe II - Augusto -. Essa
vitória foi de grande importância para o início concreto da centralização política e para o início da formação de uma nação. A França ainda
enfrentará outras guerras até a consolidação concreta do poder, com o absolutismo surgindo apenas no início do século XVII.
A Formação do Estado Nacional Francês e do Estado Nacional Inglês.
A GUERRA DOS CEM ANOS, conflito que opôs França e
Inglaterra entre 1337 e 1453, está diretamente relacionada a
formação dos dois Estados e contribuiu para a consolidação do
poder da monarquia, na medida em que garantiu um dos elementos centrais da formação do Estado-
Nação moderno: a constituição de um exército permanente.
Joana D’Arc – Heroína da Guerra dos Cem Anos
Assim, a Monarquia Francesa se consolidou, definitivamente, nos séculos XIV e XV, durante a Guerra dos Cem Anos contra a Inglaterra. Aliás, esse conflito foi
importante também para a Inglaterra consolidar seu poder central.
No final do século 14, a França já havia se constituído também num amplo território nacional
(o que não impediu de preservar resquícios feudais). Ao mesmo tempo, as finanças tinham sido centralizadas, os impostos estendidos à
nação e a burocracia estatal, formada. Conflitos militares na época contribuíram para fortalecer
ainda mais o poder do monarca.Na transição do período medieval para o moderno, a dinastia que reinava na França era a dos Valois. Foi sob o reinado dos Valois que a França viveu
um dos momentos mais importantes desse período: as chamadas guerras de religião,
ocorridas ao longo do século 16, entre católicos e protestantes franceses - estes conhecidos como
huguenotes.
Fato que contribuiu para a centralização do poder francês foi o surgimento da justificação teórica do poder nas mãos do governante, paralelamente à
formação do próprio Estado-Nação francês. Foram dois os principais teóricos do absolutismo na França: Jean Bodin e Jacques Bossuet.
O ápice do absolutismo
francês ocorreu sob o reinado de
Luís XIV, o Rei Sol.
Nas Ilhas Britânicas, em meados do século XI, havia quatro
reinos: Escócia, País de Gales e Irlanda, formados por povos
celtas, e Inglaterra, formada por povos anglo-saxões.
Em 1066, o duque Guilherme, da Normandia (região do norte da França) invadiu e conquistou a
Inglaterra.Guilherme, o Conquistador, como ficou conhecido, era vassalo do rei francês. Ele
dividiu a Inglaterra em condados, para os quais nomeou um funcionário para representá-
lo. Esse funcionário tinha autoridade sobre todos os habitantes, fossem eles
senhores ou camponeses. Com isso Guilherme acabou
fortalecendo o seu poder.
MONARQUIA MONARQUIA MONARQUIA ABSOLUTISTA CONSTITUCIONAL PARLAMENTAR
A Evolução Política da Inglaterra deve ser entendida da seguinte forma:
O poder concentrou-se nas mãos do Rei,
não estando submetido a leis,
tampouco a qualquer tipo de representação
de classe.
O Rei manteve o poder Executivo, mas submetido às leis -
Carta Magna.
Após o processo revolucionário, a
burguesia passa a fazer parte do Parlamento e
submete a monarquia a esta instituição: “O Rei
reina, mas não governa.”
Em 1066, o duque Guilherme da Normandia, de um feudo ao norte da
França, invadiu e dominou as Ilhas Britânicas. Em
1154, Henrique Plantageneta (Henrique II) ,
herdou a Coroa, centralizou o poder e formou um Exército
Nacional.
Em 1189-1199), Ricardo, Coração de
Leão desgastou-se na terceira Cruzada. O
declínio do poder real acentuou-se durante o governo de João Sem
Terra (1199-1216). Desgastado, foi forçado
a assinar a Magna Carta, em 1215, que
limitou o poder do Rei.
A Magna Carta foi o ponto de partida para a construção do regime de liberdade política
que a Inglaterra consolidou, quando
criou o Grande Conselho, um “embrião” do Parlamentarismo –
Século XVII.
DIANTE DE TANTAS TRANSFORMAÇÕES TORNOU-SE INEVITÁVEL QUE A CULTURA E A RELIGIÃO, MAIS ESPECIFICAMENTE A VISÃO DE
MUNDO DO HOMEM, TAMBÉM MUDASSE. TIVEMOS ENTÃO:
Na ARTE, o RENSASCIMENT
O CULTURAL
Na RELIGIÃO a REFORMA
PROTESTATNTE
A justificativa teórica do Absolutismo Monárquico deu-se a partir dos filósofos e
pensadores que defenderam os poderes plenos e divino dos reis.
Jacques Bossuet, Thomas Hobbes e Nicolau Maquiavel: expoentes do pensamento absolutista.
Nicolau Maquiavel (1469-1527)Obra: O Príncipe
- O governo forte e livre da influência da Igreja
- É direito do monarca uso dos meios para atingir o poder .
- Deve-se utilizar meios legais ou ilícitos para se conservar no poder.
O príncipe deve ser “um lobo em pele de carneiro”.A mentira e a traição eram
minimizadas porque “os fins justificam os meios”.
Jean Bodin (1530-1596) e
Jacques Bossuet (1627-1704) defenderam a “Teoria do Direito Divino”.
- A autoridade real é vontade divina. O rei era um homem predestinado por Deus para governar o mundo. - Assim como Deus paira sobre o Universo , o rei paira sobre os homens e somente a Deus o rei presta contas. - Desobedecer ao rei é desobedecer a Deus.
Obra:A República
Obra:Política segundo
as sagradas escrituras
Thomas Hobbes - O poder absoluto do rei é a única forma de promover a paz entre
os homens e a segurança dos governados.
- Os homens deixados se deixados à própria sorte e às disputas de interesses particulares geram o caos através de guerras sem fim.
“o homem é o lobo do próprio homem”
Devemos destacar Monarcas que exerceram um governo absolutista, por direito divino, e
utilizaram de seu extremo poder seja para limitar a atuação da Igreja, subjugar seu povo
ou mesmo para dominar territórios.
Henrique VIII - Dinastia Tudor : governou a Inglaterra no século XVII Elizabeth I - Dinastia Stuart - rainha da Inglaterra no século XVII Luis XIV - Dinastia dos Bourbons - conhecido como “Rei Sol” - governou a França (1643 e 1715). Felipe II - governou a Espanha no século XVI.
ATÉ O MOMENTO O QUE TEMOS ENTÃO DE INFORMAÇÕES?
DOS SÉCULOS XV AO XVIII O MUNDO PASSOU POR GRANDES TRANSFORMAÇÕES:
- A NAÇÕES EUROPEIAS PROSPERARAM COM O DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO COMERCIAL E, JUNTO, A BURGUESIA FOI AMPLIANDO CADA VEZ MAIS SEU PODER.
- UM NOVO MUNDO – A AMÉRICA – PASSOU A VIVER SOB O CONTROLE, EXPLORAÇÃO DE OUTRAS NAÇÕES. FOI IMPLANTADO O SISTEMA DE ESCRAVIDÃO QUE PROPORCIONOU, A NÓS AMERICANOS, UMA MAIOR IDENTIFICAÇÃO (ESPECIALMENTE CULTURAL) COM O CONTINENTE AFRICANO.
- AS NAÇÕES EUROPEIAS PASSARAM A DISPUTAR MERCADOS.
“Entre o final do século XVII e o começo do XIX, o mundo ocidental passou por um
processo acelerado de mudanças. Começou a ser destruída a velha sociedade que se baseava nos privilégios da nobreza e no
poder absolutista dos reis...”
ESTE PERÍODO QUE REGISTROU GRANDES MUDANÇAS FICOU CONHECIDO COMO:
Século XVIII - A ERA DAS REVOLUÇÕES.
Quadro:
A Liberdade Guiando o
Povo
De Eugène Delacroix - 1830
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