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REVISÃO DE ATUALIDADES PRIMEIRAS FASES
Oriente Médio e Norte da África Principais crises:
Síria (início: Primavera Árabe)
Líbia (início: Primavera Árabe)
Estado Islâmico
Curdos
Primavera Árabe
2011: Onda de revoltas no norte da África e
Oriente Médio.
Desestabilizou diversos governos.
Abriu espaço para diversas visões políticas e para o
radicalismo religioso.
Início: Tunísia, único país em que uma ditadura
caiu e as mudanças levaram a uma nova
Constituição, mais democrática.
Egito: teve uma ditadura derrubada, uma fase de
transição (junta militar), um governo centrado em
grupos religiosos (Mohamed Mursi) e voltou a ser
uma ditadura após um golpe militar (Al Sisi).
Líbia
Crise começou como parte da Primavera Árabe.
Rebeldes com apoio ocidental (OTAN) derrubaram
a ditadura Kadafi (ou Gadafi).
Diversos grupos rebeldes passaram a disputar o
poder.
O país se encontra dividido e sem governo,
facilitando tanto a ação de radicais quanto a
passagem de imigrantes ilegais que rumam para a
Europa (a Líbia é um dos maiores portos de
embarque).
Provável presença do Estado Islâmico ou grupos
associados.
Síria
Ditador: Bashar Al Assad.
Crise começou como parte da Primavera Árabe.
País apresenta diversidade étnica e religiosa.
Etnias principais: árabes e curdos (minoria
perseguida)
Religiões: islamismo sunita, islamismo alauíta
(ligado aos xiitas), cristãos, drusos e yazidis
(zoroastristas).
Repressão do governo sobre os manifestantes
levou à guerra.
Presença de diversos grupos rebeldes, dos laicos e
democráticos aos radicais religiosos (destaque
para a Al Qaeda e o Estado Islâmico)
EUA e UE apoiam grupos rebeldes democráticos e
querem a queda de Assad.
Rússia: apoia o governo com armas e veto na ONU.
Mantém uma base militar no país. Recentemente
passou a atacar todos os grupos rebeldes de
oposição. Ocidente protestou.
Turquia: vê em Assad um regime inimigo e apoia
grupos contrários ao governo sírio, incluindo
grupos radicais. Também vê os curdos como
inimigos (ver questão curda, adiante).
Estado Islâmico (ISIS, Daesh)
Grupo radical sunita surgido de uma dissidência da
Al Qaeda do Iraque.
Contexto: guerra civil que ocorreu no Iraque após
a invasão dos EUA em 2003.
Alegam querer fundar um “califado”. “Califa” é o
nome que se dá aos primeiros sucessores do
profeta Maomé que, segundo a crença,
governaram de acordo com as leis religiosas.
Adotam uma interpretação radical da religião e
combatem todos (inclusive muçulmanos) os que
forem contrários.
Expandiram seu poder para a Síria aproveitando-se
da guerra civil.
No Iraque combatem o governo de maioria xiita,
na Síria combatem Assad, que também é próximo
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dos xiitas. São inimigos do Irã pela mesma razão.
Em todos os lugares, combatem as minorias e os
pensamentos divergentes.
Questão curda
Curdos: maior etnia sem Estado próprio no
mundo, entre 30 e 40 milhões.
Presentes na Turquia (maioria), Iraque, Síria e Irã.
O povo curdo busca há muito tempo um Estado
próprio, portanto são separatistas nos quatro
países em que estão presentes.
Na Turquia, diversos grupos são considerados
terroristas e fortemente reprimidos.
No Iraque pós-2003, vivem em uma região
autônoma.
Hoje, são a linha de frente no combate ao Estado
Islâmico.
Iêmen
Queda da ditadura Ali Abdullah Saleh como
resultado da Primavera Árabe.
Novo governo não conseguiu estabilizar o país.
Quadro atual: guerra civil de características étnicas
e religiosas. A minoria houthi (houthi: etnia/ xiita:
religião) conseguiu tomar a capital e as principais
cidades do país.
Conflito envolve: árabes sunitas contra houthis
xiitas, separatistas e grupos terroristas ligados à Al
Qaeda.
As crises relacionadas
Hoje, apesar das origens diversas, a crise Síria, a
instabilidade do Iraque, o Estado Islâmico, a
questão curda e as recentes ações armadas russas
são todas parte de uma mesma crise, que gera
tanto as guerras locais quanto o espaço para o
radicalismo e as ondas de imigração para a Europa.
A crise da Líbia, em parte, também se encaixa
nesse quadro: começou como Primavera Árabe,
gerou instabilidade e um cenário de Estado em
colapso e hoje abre espaço para a passagem de
imigrantes africanos para a Europa e para a ação
de grupos radicais.
Europa Principais crises e questões:
Impactos da crise econômica: nacionalismo,
xenofobia, separatismo, crise grega, novos
partidos.
Terrorismo.
Imigração.
Crise econômica na Europa
Soma de fatores.
Desigualdades econômicas europeias: resultado da história do continente e das diferenças entre as várias economias. Economias mais fracas registram déficits em suas balanças comerciais (balança comercial desfavorável) em relação às economias mais fortes. Acúmulo de déficit esgotou as reservas dos países mais fracos.
Crise dos EUA (2008) + desigualdades internas da Europa. Economia globalizada faz com que a crise em uma grande economia (EUA, 2008) tenha efeitos globais.
2010: Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha entram em crise profunda, afetando todo o bloco. Crise foi descrita como uma crise de “explosão da dívida pública.
Dívida pública: porcentagem do PIB de cada país necessária para pagar as contas fixas (aposentadorias, pensões, serviços públicos (saúde, educação, transportes). Quando a dívida supera 100% do PIB, o país começa a comprometer suas reservas. A partir de certo ponto, o país não tem mais reservas e é obrigado a se endividar ou cortar gastos. Ou seja, a dívida pública é uma proporção dos ganhos totais de um país e pode crescer mesmo que o país não gaste mais. Basta que o PIB caia e os gastos não, assim os gastos passam a representar uma porcentagem maior do PIB.
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Medidas de austeridade: cortes nos gastos públicos, sistema social (aposentadoria, saúdes, educação, transportes). Aumento de impostos para aumentar a arrecadação. Objetivo: reduzir gastos do governo e, portanto, reduzir o déficit.
Medidas de austeridades são impopulares. Em democracias, a população rejeita os acordos e, nas eleições, pode escolher governos que se recusem a cortar gastos. Sem cortar gastos ou gerar empregos (aumento da arrecadação de impostos) os países não conseguem sair da crise.
Resultados da crise econômica
Xenofobia/Nacionalismo: nacionalismo aumenta em tempos de crise. Estrangeiro é visto como concorrente. Se o estrangeiro for de um outro país da UE, o preconceito é apenas econômico. Nesse sentido, os nacionalistas radicais defendem o fim da UE ou a saída de seus países do bloco. Quando o estrangeiro é de fora da UE, é comum o nacionalismo se somar à xenofobia/racismo. Partidos nacionalistas argumentam que a UE hoje não atende aos seus interesses e é uma estrutura que limita as liberdades através de suas regras comuns.
Separatismos: com base em diferenças históricas,
geralmente culturais, regiões como a Escócia, a Catalunha e Flandres buscam se separar do Reino Unido, Espanha e Bélgica. Estas são regiões mais prósperas, o que leva a um discurso segundo o qual tais regiões sustentam ou colaboram muito com países aos quais não pertencem culturalmente. O separatismo soma essas questões culturais e econômicas.
Crise grega
Crise de dívida pública.
Grécia deve muito dinheiro a diversos países e
instituições. Se realmente não pagar, o prejuízo
será enorme. Por isso a crise preocupa tanto.
Ataque ao Charlie Hebdo, França, 2015
Responsáveis pelo ataque (radicais religiosos islâmicos) justificaram o ataque como uma resposta à xenofobia europeia e ao desrespeito da Charlie Hebdo no tratamento de muçulmanos, com destaque para as representações do profeta Maomé.
Atenção: o Charlie Hebdo é uma publicação satírica que também ironiza cristãos, judeus e diversos outros grupos ou situações sociais, políticas e econômicas.
Polarização política e novos partidos Em toda a Europa, a crise e seus reflexos tem levado a mudanças no cenário político. A polarização em geral se dá entre dois grupos políticos: nacionalistas/conservadores e partidos de esquerda. Os nacionalistas argumentam que é hora de parar a expansão do bloco e de rever leis de imigração. Criticam também o excesso de poder da UE sobre os países membros e atacam todas as leis que vão nesse sentido. A esquerda critica também a UE, mas com foco maior nas medidas de austeridade e nos seus impactos sobre a população. Defendem também mais participação política direta da população, diminuindo o poder dos setores econômicos nas decisões políticas. Em geral, veem a questão da imigração com outra abordagem: acreditam que a integração é o caminho pra reduzir tensões. “Eurocéticos”
termo genérico aplicado a todos os que são
descrentes (céticos) em relação à UE.
Podem ser de qualquer linha política.
Podemos! – Espanha
Novo partido de esquerda, resultado das
manifestações na Puerta del Sol (movimento dos
Indignados).
Líder: Pablo Iglesias.
Propõe a aplicação em grande escala da
democracia direta e questionam a austeridade
imposta pelo FMI e pela UE. Foco no estímulo à
economia local e pequenos produtores.
Tornaram-se destaque ao conquistar 5 assentos no
Parlamento Europeu, de um total de 54 reservados
à Espanha.
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Syriza – Grécia
Novo grupo no poder.
Líder: Alexis Tsipras.
Coalizão de esquerda: pretendem rever a política
de austeridade e fazer com que a Grécia tenha
mais voz na UE ou tenha mais autonomia, inclusive
em questões polêmicas como permanecer ou não
na UE e na Zona do Euro.
2012: Syriza tornou-se o segundo maior partido do
país.
Eleito em 2015, o Syriza ainda é uma incógnita
quanto ao que será realmente feito. Após a
eleiçãoo do começo do ano o governo de Tsipras
foi pressionado e ele abdicou. Em uma nova
eleição, os gregos voltaram a eleger o Syriza,
confirmando seu apoio ao novo partido.
Imigração para a Europa Principais crises geradoras de imigrantes
Guerra civil da Síria.
Estado Islâmico (atua também no Iraque). Crises derivadas da Primavera Árabe: Líbia, Egito,
Tunísia.
Crises na África Subsaariana: diversas.
Crises no Afeganistão e Paquistão. Motivações dos imigrantes (isoladas ou somadas)
Questões econômicas: busca por uma vida melhor, salários mais altos.
Questões ambientais: secas, enchentes e outros desastres naturais.
Questões religiosas: crises como a do Afeganistão, Estado Islâmico ou do Boko Haram geram perseguição a diversos grupos religiosos vistos como infiéis ou não “suficientemente” muçulmanos (os moderados).
Questões étnicas ou tribais: afetam em especial os imigrantes da África Subsaariana. Os conflitos são muitos, alguns permanentes.
Estados falidos: diversos países (em especial da África Subsaariana) simplesmente não oferecem nenhuma condição de vida digna para suas populações. Os problemas são de todos os tipos, incluem violência, falta de estrutura, saúde, educação.
Questões políticas: muitos refugiados são perseguidos em seus países de origem, que muitas vezes são ditaduras ou estão em guerras civis.. Outros fogem de questões como o serviço militar obrigatório que os leva a participar de guerras/perseguições dentro de seus países ou em crises com os vizinhos.
Para a maioria dos refugiados não há a opção de voltar ao país de origem, seja por falta de recurso, seja (principalmente) pelo risco.
Principais pontos de origem
Por ordem decrescente: Síria, Eritreia, Afeganistão, Mali, Gambia, Nigéria, Somália, Palestina e Senegal. Se for considerada a categoria “outros”, esta categoria ocuparia a terceira posição na lista acima, composta de imigrantes da África Subsaariana.
Principais destinos
Por ordem decrescente, considerando que o imigrante chegue onde gostaria: Alemanha, Suécia, Itália, França, Hungria, Reino Unido, Áustria, Holanda, Dinamarca e Bélgica.
Transporte e pontos de entrada na Europa
Em geral esses imigrantes viajam através de embarcações superlotadas que partem do Norte da África e chegam à Itália e França (maioria) ou Espanha (minoria).
Alguns buscam a travessia por balsas através do eixo Marrocos – Espanha.
Rotas terrestres vindas do Oriente Médio incluem a Turquia para atingir a Grécia e entrar na UE.
Principais perigos e obstáculos
A atual onda de refugiados revelou a existência de uma verdadeira máfia de contrabando de pessoas. O imigrante fica exposto à ação dos mafiosos, podendo ser abandonado ou vítima de violência. O custo é elevado.
As embarcações superlotadas naufragam com frequência.
Os imigrantes que conseguem chegar sem ser detectados passam a compor a cada vez maior
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comunidade de ilegais na Europa e são vítimas de xenofobia e condições precárias de vida.
Os imigrantes apreendidos no mar são levados a campos de imigrantes/refugiados, onde esperam por permissão/asilo. Tais campos tem condições variadas de segurança e saúde.
Postura dos governos da Europa
Países de entrada dos imigrantes argumentam que não conseguem lidar sozinhos com o fluxo de pessoas.
Propostas vão desde ação conjunta contra os traficantes nos países de origem até o estabelecimento de cotas por país da UE para receber/distribuir os imigrantes.
Polêmicas incluem propostas como a construção
de cercas nas fronteiras para barrar os refugiados.
África Subsaariana Caracterização geral
Região apresenta uma soma de problemas:
Estados artificias e recentes (resultado da
colonização estrangeira), multiplicidade étnica,
tribal e religiosa, riquezas (como petróleo) que
geram disputas pois os povos que habitam tais
territórios muitas vezes não aceitam dividir os
recursos), fome, desertificação (região do Sahel),
elites corruptas e forte presença de interesses
externo. Com a soma desses fatores e a crise
econômica, as tensões se tornam cada vez mais
agudas e as crises, mais frequentes.
Boko haram Nigéria
População: 50% muçulmanos, 48% cristãos de várias denominações.
Independência da Inglaterra: 1960.
Economia: petróleo.
Separatismo freqüente: grande diversidade étnica aliada a questões econômicas.
Choques religiosos: agravados a partir de 1990, freqüentes até hoje. A parte muçulmana do país abriga alguns grupos que visam instalar a sua visão da sharia (“lei islâmica”) no país. Os grupos não são majoritários e são criticados por membros moderados da mesma religião.
2014: Sequestro de meninas pelo grupo Boko Haram, notícia mundial.
2015: Ataques do Boko Haram ao país vizinho, Camarões. Anúncio da aliança entre o Boko Haram e o Estado Islâmico. Presença de forças militares dos EUA em Camarões para combater o grupo.
Boko Haram – “Educação ocidental é pecado”
Grupo fundamentalista islâmico que tem suas
bases principais no norte da Nigéria. O Boko
Haram baseia-se numa interpretação radical
minoritária do islamismo e pretende instalar um
Estado teocrático. Uma de suas pautas principais é
a negação dos valores ocidentais transmitidos
através da educação. Atacam quem quer que fuja
dos seus padrões, sejam nigerianos, outros
africanos ou ocidentais.
América Haiti - Brasil Destaques
2004: crise política derrubou o governo Aristide. A ONU enviou ao país uma missão sob comando do Brasil – Minustah.
2006: René Preval vence as eleições. 2008: primeiros sinais de revolta entre a
população por conta da presença prolongada da ONU.
2010: Terremoto agrava a crise do país. Aumenta o fluxo migratório para o Brasil. Eleição de Michel Martely. Epidemia de cólera iniciada em um acampamento de tropas do Nepal (ONU) leva a revoltas contra a Minustah.
2010 – 2014: Êxodo de haitianos devido à soma da crise do país e dos impactos do terremoto.
2014: Dez anos da Minustah, críticas por parte da população que considera o país sob ocupação.
MINUSTAH – Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti.
30 de abril de 2004 – Criação da MINUSTAH para pacificar o Haiti após a renúncia de Jean Bertrand Aristide. Aproximadamente 7 mil soldados. Resolução 1542 do CS.
Brasil: maior contingente militar e comando da missão.
Quadro atual
Total de desabrigados pelo terremoto: 1,5 milhões.
Ainda refugiados: 347 mil
Custo para o Brasil: R$1,9 – R$2,3 bilhões
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Estima-se que haja 50 mil imigrantes haitianos no Brasil (até o fim de 2014).
Rota
Haiti – Equador/Peru – Brasil (via Acre).
Estados Unidos Desafios em política externa:
China: competição econômica e espionagem cibernética. O crescimento da China foi apontado por Barack Obama como o principal desafio do seu segundo mandato.
Afeganistão e Iraque: derrotas militares que se transformaram em crises prolongadas. Os dois países ainda são fonte de tensão regional.
Oriente Médio: instabilidade regional prejudica o acesso ao petróleo e mantém os EUA presos a diversas questões, com destaque em 2015 para o Estado Islâmico e as tensões entre Israel e Palestina.
Polêmicas recentes
Uso de drones, aviões não-tripulados. - Violam diversas leis internacionais no que diz
respeito a fronteiras e direitos humanos. - Erros e mortes de inocentes são comuns.
Escutas e espionagem - Justificativa: segurança nacional.
- Polêmica: a violação do sigilo telefônico ou
eletrônico é ilegal e expõe dados sensíveis da vida
das pessoas. Não se sabe que uso será feito de tais
informações.
Wikileaks, Julian Assange, Bradley Manning, Edward Snowden
- Responsáveis por abrir ao mundo os segredos de
diversos governos através de suas comunicações
digitais.
- Acusação: vazamento de informações secretas
sobre ações e práticas do governo dos EUA.
Traição.
- Defesa: é direito das pessoas saber o que seus
governos fazem, inclusive as ações polêmicas que
geram represálias por parte de grupos radicais.
2015: “Casamento gay” aprovado pela Suprema
Corte para todo o território dos EUA.
- Alguns estados ainda eram contrários à medida.
A questão “racial” nos EUA, 150 anos após a abolição Escravidão: abolida no contexto da Guerra Civil
(ou de Secessão), 1861-65. Atenção: abolir a escravidão não foi a razão da guerra, a questão real era a disputa entre dois modelos de país antagônicos em sua essência econômica. A abolição se deu parcialmente em 1863 e totalmente em 1865. Os escravos do sul adotavam a escravidão em larga escala e foram os maiores prejudicados. Divergências sérias permanecem até hoje.
Estados “livres”x estados com escravidão, 1860
Até as décadas de 1950 e 60, diversos estados ainda adotavam legislações locais excludentes e racistas.
Casos históricos
NAACP: National Association for the Advancement of Colored People
- Métodos pacíficos. Persuasão e educação como métodos.
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- Metas: igualdade econômica, política, civil e social para os negros.
Segregação racial em 1953
Mapa da eleição 2012
Caso Rosa Parks (Montgomery, Alabama). - Presa após se recusar a se levantar para um
branco se sentar em seu lugar no ônibus. Na época havia uma prática segundo a qual negros deveriam sentar-se no fundo dos veículos e brancos na frente. Cabia ao motorista impor a regra.
- A prisão de Parks levou a um boicote contra o sistema local de ônibus, já que a maioria dos usuários era composta de negros. O boicote estendeu-se de 1º/12/1955 a 20/12/1956 e quase causou a falência das empresas de ônibus cidade.
- Resultado: a Suprema Corte declarou inconstitucional a segregação nos transportes públicos.
- Martin Luther King participou do boicote.
Martin Luther King (1929-1968) - Adepto da desobediência civil (Gandhi), liderou
várias “marchas” nos EUA por direitos iguais para os negros, como por exemplo: direito ao voto, igualdade salarial e fim da segregação espacial.
- Fez também forte oposição à Guerra do Vietnã
- 1963: Marcha pela liberdade e pelo trabalho (Washington).
- 1964: Lei dos Direitos Civis, fim oficial de toda segregação. King recebe o Prêmio Nobel da Paz.
- 1965: Lei dos Direitos de Voto - 1968: Campanha pelos pobres: teoria da justiça
econômica. - 1968: foi assassinado em Memphis, Tennessee.
Malcolm X: autodefesa dos negros. - Partido dos Panteras Negras para Autodefesa. - Resposta violenta sempre que houvesse violência
contra negros. - Assassinado em 1965.
Casos atuais
Eric Garner (Nova Iorque, 2014), Mike Brown (Ferguson, Missouri, 2014), Freddie Gray (Baltimore, Maryland, 2015): vítimas de violência policial injustificada. Apenas no caso de Grey os policiais envolvidos foram punidos. Grandes protestos surgiram nos três casos. Comparação no Brasil: caso Amarildo, RJ.
Charleston (Carolina do Sul, 2015) - Dylann Roof, supremacista branco, matou 9 negros
que rezavam na Emanuel African Methodist Episcopal Church, umas das igrejas negras mais antigas do país.
- Simbolismo: a Carolina do Sul foi o estado onde se iniciou a secessão que levou à Guerra Civil Americana. Em 2015 celebram-se os 150 anos da abolição.
- Após o ataque de Roof, passou a ser questionado o uso da chamada “bandeira rebelde” em edifícios públicos e nas bandeiras de alguns estados. Esta bandeira é frequentemente associada ao racismo, mas parte da população do sul argumenta que ela é carregada de outros simbolismo, importantes para a história local.
- Outra polêmica surgiu em torno da questão: o uso
da palavra “atirador” ao invés de “terrorista”. Segundo o FBI, o supremacismo branco e os ataques de extrema-direita matam cinco vezes mais nos EUA do que o fundamentalismo islâmico.
CUBA Cronologia básica
Independência: 1898, Guerra hispano-americana.
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1959: Revolução Cubana sob Fidel Castro contra a ditadura de Fulgêncio Baptista. Revolução nacionalista.
1961: Desembarque na Baia dos Porcos, dissidentes apoiados pelos EUA. Aproximação com a URSS.
1962: Crise dos mísseis, Cuba expulsa da OEA (Org. Dos Estados Americanos). Início do embargo econômico.
Década de 1990: Colapso da URSS, crise em Cuba.
2008: Raul Castro assume a presidência.
2009: OEA aceita novamente Cuba.
2008-2015: Abertura econômica.
2014-2015: início da reaproximação com os EUA.
Reaproximação com os EUA, destaques
Libertação de prisioneiros.
Apoio dos EUA a médicos cubanos na África.
Participação de Cuba na Cúpula das Américas.
Retomada do transporte marítimo. Cuba retirada da lista de países que apoiam o
terrorismo.
Intercâmbios culturais.
Remessas financeiras entre cubanos nos EUA e em Cuba.
Reabertura das embaixadas. Principais objetivos do governo cubano
Efetuar a abertura econômica de forma gradual e seguir o modelo chinês (Estado forte de inspiração socialista controlando uma economia capitalista).
Manter as conquistas nas áreas da saúde e da educação públicas.
Conseguir o fim do embargo (ainda em vigor). Principais objetivos do governo dos EUA
Reconstruir as relações regionais. Agradar a parte do público interno, que é
favorável ao fim do embargo.
Impedir que Cuba vire mais um espaço para a presença chinesa.
Conflitos de fronteira
Recentemente, a Venezuela envolveu-se em
conflitos com dois países vizinhos, a Colômbia e a
Guiana.
No caso da Guiana, a Venezuela argumenta que,
na época em que a Guiana era colônia inglesa, a
Inglaterra teria anexado ilegalmente partes do
território Venezuelano (região de Essequibo). A
tensão entre os dois países passou por períodos
dormentes e períodos de pico.
Com a Colômbia são dois problemas. Em junho de
2015, o governo Maduro buscou redefinir os
limites marítimos entre os dois países. Tais
redefinições afetam diversos setores como a pesca
e a exploração de petróleo. Em agosto surgiu uma
questão nas fronteiras terrestres. O governo
venezuelano decretou o fechamento das fronteiras
depois que três militares venezuelanos ficaram
feridos em um incidente em San Antonio del
Táchira, atribuído pelo Governo de Caracas a
paramilitares colombianos e contrabandistas. Em
seguida, a Venezuela decretou estado de exceção
e iniciou a deportação de colombianos que vivem
em seu território, muitos casados com
venezuelanos.
Canal da Nicarágua
Em 2013 o governo da Nicarágua assinou com uma
empresa chinesa a construção de um canal através
do país para a passagem de navios, um
concorrente para o Canal do Panamá. A concessão
será por 50 anos, prazo que pode ser renovado.
Em 2015 foram iniciadas as obras.
China Questões recentes
A China hoje é a maior ou uma das maiores
parceiras econômicas de qualquer país do mundo.
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REVISÃO DE ATUALIDADES PRIMEIRAS FASES
Aos poucos, toma espaços que antes pertenciam a
países ocidentais. No continente africano, é quem
mais investe. Na América Latina, está presente na
forma de diversos acordos e na construção tanto
do Canal da Nicarágua quanto da Ferrovia
Transoceânica (Brasil-Peru, Atlântico-Pacífico).
Em 2015 a China anunciou uma redução do seu ritmo de crescimento. Tal redução, programada pelo governo, pode ter sérios impactos sobre a economia global caso seja mantida por muito tempo ou ampliada, já que a economia chinesa (tópico anterior) é fundamental para diversos países.
Internet O mundo digital foi cobrado recentemente em várias provas. As abordagens são muitas possíveis, não há um fato isolado a destacar, mas é importante pensar certos temas.
Privacidade e segurança: esse tema vai desde a
questão da espionagem promovida pelos EUA e
denunciada por Snowden (entre outros) até as
questões de foro pessoal como o bullying digital, o
“revenge porn”, o compartilhamento de imagens
íntimas.
Relacionamentos ou redes sociais: a internet
possibilitou o surgimento de diversas novas formas
de se relacionar. Neste tema, as redes sociais em si
já são um assunto a se pensar: a possibilidade de
estabelecer contatos com pessoas distantes, de
filtrar esses contatos de acordo com os seus
interesses e de criar uma vida paralela. Narcisismo
e ostentação também são temas relevantes na era
dos “selfies”, já há estudos sobre pessoas
dependentes de “likes” ou de aceitação nas mídias
sociais.
Redes sociais como mercado: hoje, os chamados
“instagramers” e “youtubers” são empresários.
Além das tradicionais lojas virtuais (mais antigas,
como livrarias online, por exemplo), hoje é
possível viver tendo “programas” na internet,
como se fazia antes na TV.
Mobilização social: da Primavera Árabe aos
Indignados da Espanha, do Occupy Wall Street às
manifestações no Brasil (2013-15), a internet
tornou-se veículo de mobilização e campo de
batalha. Informação e desinformação são comuns.
Uso militar: através da internet, informações
podem ser conseguidas e ataques podem ser
feitos. A ciberguerra já é uma realidade.
Brasil: direitos humanos, direitos de minorias e intolerância Outro tema tão amplo que é difícil pensar em um caso-modelo. A questão do respeito aos direitos humanos pode ser debatida sob vários aspectos.
Direitos dos homossexuais: no Brasil, diversas
polêmicas surgiram este ano. Os casos vão desde
agressões físicas até a tentativa de definir
juridicamente o que é uma família (Estatuto da
Família). A discussão passa necessariamente por
questões religiosas ainda muito fortes no Brasil.
Vale notar que a união civil entre pessoas do
mesmo sexo é possível no Brasil desde 2013.
Mulheres: como mostrou a prova do ENEM, o
tema é fundamental. Mais uma vez, a discussão
política é fundamental, já que há tensões em
pontos como a legalidade do aborto e as formas
de tratar vítimas de estupro. A presença religiosa
mais uma vez se faz notar. A discussão passa
também pelo machismo.
Racismo: o Brasil continua sendo paco de ações
racistas, muitas vezes por parte da polícia. Os
casos de violência são inúmeros, os negros são as
maiores vítimas.
Xenofobia: há registros de casos de xenofobia
contra haitianos e sírios. No caso de um país
formado por imigrantes, tal comportamento gera
opiniões bastante polêmicas.
Preconceito religioso: em 2014, quase 150
terreiros foram alvo de ataques no Brasil. Na
maioria dos ataques, os atacantes se identificara
como membros de igrejas cristãs combatendo o
demônio. Casos semelhantes foram registrados ao
longo de 2015.
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