Realizao
15 Anos
CONGRESSO 2014
Internato deSade Coletiva
1 e 2 de outubro
O desafio da ateno bsica como escola
Campus Olezio Galotti - Trs Poos
ANAIS DO CONGRESSO DO CURSO DE MEDICINA:
RESUMOS
CENTRO UNIVERSITRIO DE VOLTA REDONDA
FUNDAO OSWALDO ARANHA
Anais do Congresso do Curso de Medicina:
Resumos
1 e 2 de Outubro/2014
FOA
Expediente
FOA
Presidente Dauro Peixoto Arago
Vice-Presidente
Jairo Conde Jogaib
Diretor Administrativo - Financeiro Iram Natividade Pinto
Diretor de Relaes Institucionais
Jos Tarcsio Cavaliere
Superintendente Executivo Eduardo Guimares Prado
Superintendncia Geral
Jos Ivo de Souza
UniFOA Reitora
Claudia Yamada Utagawa
Pr-reitor Acadmico Dimitri Ramos Alves
Pr-reitor de Pesquisa e Ps-graduao
Marcello Silva e Santos
Pr-reitor de Extenso Otvio Barreiros Mithidieri
EDITORA FOA
Editora Executiva Flvia Lages de Castro
Capa e Editorao
Laert dos Santos Andrade Estagirio: Cludio R. do Nascimento
FICHA CATALOGRFICA
COMISSO ORGANIZADORA
Geraldo Assis Cardoso Mrcia Dorcelina Trindade Cardoso
Srgio Cury Angela Schachter Guidoreni
Mrcio Antonio Arbex Walter L. M. Sampaio da Fonseca
Lilian Regina Telles Faro Nathlia Faria de Paula
Mariana Coeli Eduardo Kiryu Beatriz Rabello
Lilian Simeo Marques Pamela Novais Rabelo
Fernanda Tolomeli Wendy do Carmo do Aguiar
COMISSO CIENTFICA
Eliane Camargo de Jesus Arajo Rodrigo Cesar Carvalho Freitas
Marise Ramos de Souza Oliveira
SUMRIO
Abscesso Esplnico Relato de caso e reviso da literatura ..................................... 8
Amnsia Global Transitria documentada pela ressonncia magntica: relato de
caso ........................................................................................................................... 10
Anlise da demanda em consultas ginecolgicas e obsttricas no Programa de
Sade da Famlia de cinco bairros em Volta Redonda-RJ e as limitaes do Servio
Pblico em Sade da Mulher .................................................................................... 12
Anlise do perfil vacinal para Hepatites Virais de Acadmicos do Curso de Medicina
de um Centro Universitrio da Regio Sul-fluminense .............................................. 15
Anlise microbiolgica de reservatrios de gua de consumo familiar, nas culturas
de abacaxi da cidade de Frutal/MG. .......................................................................... 18
Apendagite epiplica no diagnstico difrencial de dor abdominal ............................. 21
Aspectos clnicos e patolgicos de um carcinoma oculto de tireoide: a propsito de
um caso. .................................................................................................................... 24
Associao de estenose hipertrfica de piloro e hiperplasia adrenal congnita: relato
de caso ...................................................................................................................... 27
Avaliao do ndice de contaminao fngica em doces de leite pastosos
comercializados na regio sudeste do Brasil. ........................................................... 29
Avaliao Nutricional de crianas da escola Unidade Escolar C.M.E.I. Alkindar
Cndido da Costa ...................................................................................................... 32
Avaliao nucricional em crianas at 2 anos no municpio de Volta Redonda ........ 35
Carcinoma Cloacognico Transicional do Canal Anal: relato de caso ...................... 37
Cesareana em Paciente com Doena de Von Willebrand associada infeco pelo
HIV: relato de caso. ................................................................................................... 40
Compresso medular por metstase de carcinoma de mama .................................. 43
Dermatite Herpetiforme ............................................................................................. 46
Diabetes Mellitus Tipo II descompensada associada Erisipela Bolhosa Bilateral de
membros inferiores .................................................................................................... 50
Dispepsia Funcional .................................................................................................. 53
Distrbios do sono em estudantes de Medicina ........................................................ 55
Divertculo de Zenker no Diagnstico Diferencial de Disfagia ................................... 59
Doena Inflamatria Plvica Aguda e repercusses sobre a infertilidade ................. 62
Duplicao intestinal de origem colnica .................................................................. 65
Ebla Virus: fatos, diagnstico e tratamento. Como atua o ZMAPP? ....................... 68
Espiritualidade e qualidade de vida ........................................................................... 70
Faringoamigdalite Estreptoccica ............................................................................. 74
Fatores assistenciais que interferem na terapia do paciente idoso hipertenso ......... 77
Fatores determinantes para uma crise hipertensiva em hipertensos de dois mdulos
de Sade da Famlia localizados na Zona Rural do municpio de Resende ............. 80
Fibrilao atrial por doena reumtica e formao de trombo em trio esquerdo ..... 83
Gastroenterite: Rotavrus .......................................................................................... 86
Hipotermia teraputica: fatores de riscos e benefcios para o tratamento ................. 91
Indicaes de Fundoplicatura na Doena do Refluxo Gastroesofgico .................. 105
Inovaes na rea da sade para doenas negligenciadas .................................... 107
Investigao diagnstica de Hematria Macroscpica em pr-escolar: um relato de
caso ......................................................................................................................... 109
Leso neoplsica obstrutiva do trato gastrointestinal: um relato de caso ............... 112
Leses em atletas de mistura de artes marciais ..................................................... 115
Leucemia Mielide Crnica e Transplante Renal .................................................... 119
Levantamento epidemiolgico dos principais fatores de risco para doenas e
agravos no transmissveis em estudantes de Medicina do UniFOA ...................... 123
Manifestao atpica de Meningoencefalite: um relato de caso .............................. 126
Manifestao Cutnea rara na forma aguda juvenil da Paracoccidioidomicose ..... 130
Massa Cervical Fistulizante em paciente HIV Soropositivo: Linfoma Tipo B de
grandes clulas no diagnstico diferencial .............................................................. 133
Metodologia Ativa: sua aplicao na Semiologia Radiolgica do Trax .................. 136
Monitoria Acadmica utilizando Metodologia Ativa em Currculo Integrado ............ 139
Nmero de Consultas Mdicas por habitante Anlise da cobertura na UBSF
Francisco de Novaes, em Volta Redonda (RJ) no Perodo de Jan/2010 a Dez/2013
................................................................................................................................ 141
O que eu era e o que eu sou: Alteraes dermatolgicas do Lpus Eritematoso
Sistmico e seu impacto psicossocial ..................................................................... 145
Os efeitos da dependncia qumica na Neuroplasticidade Cerebral ....................... 147
Paracoccidioidomicose como diagnstico diferencial de Linfadenopatia ................ 152
Paracoccidioidomicose na forma crnica do adulto em morador de rea urbana: um
relato de caso .......................................................................................................... 155
Peritoneostomia ...................................................................................................... 158
Pitirase Liquenide Crnica: relato de caso ........................................................... 161
Ponte miocrdica: relato de caso ............................................................................ 164
Prevalnciade Portatores de Sndrome Metablica em amostras de Pacientes do
UBSF Coqueiros ..................................................................................................... 169
Prpura trombocitopnica idioptica: um relato de caso ......................................... 172
Qualidade de vida e sade no Bairro Coqueiros ..................................................... 175
Quedas de pessoas idosas em instiuies de longa permananncia ..................... 178
Racionalidade mdica na morte e na finitude: preparando o acadmico de Medicina
do UniFOA............................................................................................................... 181
Realidade encontrada pelos profissionais de sade na realizao do Pr-natal de
baixo risco em UBSF da cidade de Volta Redonda RJ ........................................ 185
Relato de Caso: Sndrome de Potter ....................................................................... 188
Relato de Caso: Endocardite Infecciosa ................................................................. 190
Relato de caso: Sndrome Nefrtica em pr-escolar ................................................ 195
Relato de Caso: Cirurgia de Endarterectomia para desobstruo da Artria Cartida
Interna Esquerda por Tcnica Convencional........................................................... 198
Relato de Caso Clnico: Linfoma no-Hodgkin ........................................................ 200
Relato de Caso Clnico: Sndrome Coronariana Aguda .......................................... 204
Relato de Caso Clnico: Sndrome de Gitelman ...................................................... 208
Relato De Caso Clnico Sndrome Ictero Hemorrgica ..................................... 211
Relato de Caso Doena de Crohn ........................................................................... 213
Sexualidade, Climatrio e Desejo Sexual Hipoativo ................................................ 216
Sndrome de Leigh: Reviso Literria ..................................................................... 218
Sndrome de Stevens Johnson Relato de Caso ................................................... 221
Sleeve Gstrico em Paciente com Situs Inversus Totalis ....................................... 223
Relato de caso: Taquicardia Supraventricular Paroxstica ...................................... 226
Toxoplasmose Congnita que ser apresentado no ............................................... 232
Tratamento da Endometriose Plvica e Fertilidade ................................................. 235
Tratamento do Melasma ......................................................................................... 242
Toxoplasmose Congnita ........................................................................................ 245
Trombose de Veia Porta e Mesentrica Superior aps Sleeve ............................... 247
Trombose de veia porta: um relato de caso ............................................................ 250
Tumor Estromal (GIST) de Antro Gstrico .............................................................. 253
Uso do Alisquireno para preveno de nefropatia diabtica ................................... 256
Variao Anatmica: Bifurcao da Artria Braquial em Artria Radial e Artria Ulnar
em Nvel Superior no Brao .................................................................................... 258
Viso Geral sobre a Preveno Primria da Doena Arterial Coronariana ............. 262
Vises Atuais sobre a Fisiopatologia da Esquizofrenia ........................................... 274
CONGRESSO DO CURSO DE MEDICINA 2014 Tema: O desafio da Ateno Bsica como escola
8 unifoa.edu.br/editorafoa
Abscesso Esplnico Relato de caso e reviso da literatura
Matheus Vieira Cury Smith; Maryane Marcondes Rezende; Rodrigo Leal Alves
UniFOA - Centro Universitrio de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ
Santa Casa de Misericrdia de Barra Mansa, Barra Mansa, RJ
Introduo: Enfermidade rara associada com estados de imunossupresso, sendo uma das
causas de sepse intra-abdominal. Seu diagnostico clinico difcil por conta de seus
principais sintomas serem inespecficos. A investigao inicial feita pela
ultrassonografia pelo seu baixo custo e fcil acesso. Entretanto, a tomografia
computadorizada o exame de maior preciso, pois define a localizao exata do
abscesso. Tem como tratamento definitivo a esplenectomia.
Objetivos Relatar o caso de um paciente de 71 anos com abscesso esplnico. Alm disso,
fazer uma reviso bibliogrfica sobre o assunto.
Relato de Experincia Homem, 71 anos, morador de Barra Mansa-RJ, deu entrada no PS da santa casa de
Barra Mansa com queixa de emagrecimento, dispneia e picos febris. Paciente hipertenso
e diabtico em uso de losartana 50mg, anlodipina 5mg e metformina 500mg. Ao exame
apresentou: Diminuio acentuada do murmrio vesicular em base pulmonar esquerdo,
dor abdominal alta e ictercia. Foi solicitado hemograma completo e raio X de trax e
ultrassonografia de abdome, os quais evidenciaram uma discreta anemia, leucocitose,
derrame pleural a esquerda e abscesso esplnico, respectivamente. Foi realizada
Tomografia computadorizada (TC) de abdome para melhor ilustrar e definir o abscesso e
seus limites. O paciente foi encaminhado para a cirurgia, onde foi realizado
esplenectomia total e enviado material para anlise histopatolgica.
Resultados De inicio foi feito antibitico terapia com clindamicina e gentamicina. Poderia ser feito
drenagem percutnea guiada pela US ou TC, a qual feita em pacientes que existe
restrio cirrgica ou pacientes jovens onde a preservao esplnica desejada,
porem o paciente no se encaixou em nenhuma das restries. Foi ento realizado
CONGRESSO DO CURSO DE MEDICINA 2014 Tema: O desafio da Ateno Bsica como escola
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a esplenectomia dez dias aps a internao do paciente. A cirurgia foi de difcil
realizao por conta de inmeras aderncias do bao com suas estruturas vizinhas.
Alm da retirada da bao, foi drenado o abscesso e colhido material para analise
histopatolgica.
Concluses Material colhido durante a cirurgia, ainda em analise pelo laboratrio de
histopatolgico. Aguardamos o resultado para especificar a possvel origem do
abscesso.
Referncias bibliogrficas PINTO Jnior; LEITE Edilson Francisco; OLIVEIRA, Ariano Jos Freitas. MEDEIROS, Aldo da Cunha. Abscesso esplnico. Rev. Col. Bras. Cir., Jun 2000, vol.27, no.3, p.207-208.
FERREIRA, Jovino; BALDESSAR, Maria Zlia; DIMATOS, Dimitri Cardoso; BOLAN, Renata da Silva. Arquivos Catarinenses de Medicina. Vol. 35, n 16 o. 1, de 2006.
MARTINS, Antnio Cavalcanti de Albuquerque; VIEIRA, Luiz Felipe Duarte Fernandes; FERRAZ, lvaro Antnio Bandeira; JUNIOR, Miguel Arcanjo dos Santos; FERRAZ, Edmundo Machado. Abscesso esplnico: mudanas nos fatores de risco e nas opes de tratamento. Rev. Col. Bras. Cir. vol.32 no.6 Rio de Janeiro Nov./Dec. 2005.
Zurstrassen, CE; Silva, MER; Doretto, AN; Gasparin, F; Assolini Jr., RA; Michelone. ESPLENIC ABSCESS. Acta Cir. Bras. vol.16 suppl.1 So Paulo 2001.
Palavras-chave Abscesso Esplnico, esplenectomia, bao, dor abdominal.
mailto:[email protected]CONGRESSO DO CURSO DE MEDICINA 2014 Tema: O desafio da Ateno Bsica como escola
10 unifoa.edu.br/editorafoa
Amnsia Global Transitria documentada pela ressonncia magntica: relato de caso
Sara Carvalho Barbosa Casagrande, Antonio Carlos de Paiva Melo, Thiago da
Cunha Casagrande, Karin Luiza Mokarzel, Suzana Anglica Silva Lustosa
IAMSPE / HSPE - Hospital Servidor Pblico Estadual de So Paulo, SP
Introduo: A disfuno patolgica da memria denominada amnsia e ocorre em associao
com uma variedade de condies neurolgicas, que perturbam o crebro e, em
particular, o hipocampo (lobo temporal medial). A sndrome de amnsia transitria
apresenta um desafio diagnstico. Os mecanismos subjacentes tm sido um
mistrio. Descrevemos um caso de Amnsia Global Transitria (AGT) documentada
por neuroimagem.
Objetivos: Descrever caso clinico de paciente com quadro de amnsia global transitria,
documentada por Ressonncia Magntica (RM) de Crnio, atravs de pesquisa de
fatores de risco e etiologia.
Relato de Caso: Mulher, 62 anos, foi atendida no pronto socorro com quadro de alterao
comportamental e frases repetitivas. Paciente no lembra como retornou ao seu
domicilio e, devido a demora de sua chegada e aparente confuso mental, familiares
levaram-a ao nosso servio. Ao exame apresentava amnsia retrgrada. Realizado
Tomografia Computadorizada de crnio sem alteraes , eletroencefalograma
normal e ecocardiograma com presena de prolapso mitral discreto. Feito RM de
Crnio precocemente evidenciando foco de restrio a difuso das molculas de
agua em regio temporal mesial a esquerda (hipocampo). Paciente evoluiu com
melhora de sintomas sendo repetida imagem dias aps apresentando
desaparecimento de sinal visto anteriormente. Paciente recebe alta sem alteraes
no exame neurolgico.
CONGRESSO DO CURSO DE MEDICINA 2014 Tema: O desafio da Ateno Bsica como escola
11 unifoa.edu.br/editorafoa
Discusso: A TGA caracterizada por incio sbito de amnsia transitria, por tempo varivel, mas
com durao inferior a 24 horas, geralmente ocorrendo ao longo de 50 anos, sem doena
cardaca ou cerebrovascular significativa. Estes episdios geralmente desaparecem
completamente, deixando raramente amnsia parcial e, por vezes, um curto perodo de
amnsia retrgrada permanente. H achados transitrios de imagem geralmente
envolvendo a regio do hipocampo. A causa subjacente de amnsia global transitria
desconhecida. Parece haver uma ligao entre a TGA e um histrico de enxaquecas. A
etiologia vascular, enxaqueca, epilepsia e doena psicognica. Em pacientes com
amnsia transitria, uma avaliao cuidadosa do dficit amnsico obrigatria para
identificar condies tratveis. Para o diagnstico de excluso so utilizados mtodos
como a RM e EEG. A maioria dos autores consideram TGA uma condio benigna com
um baixo risco de recorrncia e de eventos vasculares subsequentes e mortalidade.
Concluso: O diagnstico dessas sndromes pode ser desafiador e suas causas tm sido
debatidas h anos e h muitos diagnsticos diferenciais que devem ser afastados.
Referncias Bibliogrficas: AY, H.; FURIE, K.L.; YAMADA, K.; et al. Diffusion-weighted MRI characterizes the ischemic lesion in transient global amnesia. Neurology, 51:90103, 1998.
FELIX, M.M.; CASTRO, L.H.; MAIA, A.C.; DA ROCHA, A.J. Evidence of acute ischemic tissue change in transient global amnesia in magnetic resonance imaging: case report and literature review. J Neuroimaging, 15: 2035, 2005.
HODGES, J.R.; & WARLOW, C.P. The Aetiology of transient global amnesia a case-control study of 114 cases with prospective follow-up. Brain, 113(3), 639-657, 1990.
KAPLAN, P.W.; FISHER, R.S.; & ROWAN, A.J. Transient global amnesia 2005.
QUINETTE, P.; GUILLERY-GIRARD, B.; DAYAN, J.; DE LA SAYETTE, V.; MARQUIS, S.; VIADER, F.; & EUSTACHE, F. What does transient global amnesia really mean? Review of the literature and thorough study of 142 cases. Brain, 129(7), 1640-1658, 2006.
SANDER, K.; SANDER, D. New insights into transient global amnesia: recent imaging and clinical findings. Lancet Neurol , 4:43744, 2005.
Palavras-chave: Amnesia, Memria, Ressonncia Magntica.
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Anlise da demanda em consultas ginecolgicas e obsttricas no Programa de Sade da Famlia de cinco bairros em Volta Redonda-RJ e as limitaes do
Servio Pblico em Sade da Mulher
Mariana Pdua do Amaral; Gabriel Cappato Domingues; Cristiane Fernandes
Moutinho; Mara Gonalves Pinto Giffoni; Lucas Rebelo Silva Puccini
UniFOA Centro Universitrio de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ
Introduo: O programa de sade da famlia uma estratgia de dinamizar o SUS e serve como
porta de entrada da populao pr-definida numa rea demogrfica demarcada e
nmeros de famlias quantificadas. A ateno secundria de sade compreende
consultas ambulatoriais de especialidades mdicas que contribui para a
operacionalidade da rede de sade, desempenhando a resolubilidade e integridade
do cuidado.
Objetivo: Analisar a resolutividade das queixas dos pacientes no consultrio de ginecologia e
obstetrcia presente nas unidades de sade da famlia e, assim como, expor as
limitaes encontradas nestes servios que dificultam a assistncia integral no nvel
primrio de sade.
Metodologia: Este estudo constitui-se em uma anlise observacional, realizado em agosto de
2014. A reviso de literatura foi realizado como base a busca de artigos em livrarias
cientficas online, tais como SciELO (Scientific Eletronic Library Online) e NCBI
(National Center for BiotechnologyInformation), utilizando os bancos de dados
PubMed, PubMed Central e PubMedHealth. Foram includos todos as mulheres
atendidas no ambulatrio de ginecologia e obstetrcia num perodo de 10 dias (04 a
08 e 11 a 15 de agosto de 2014), observando suas queixas e condutas adotadas. O
critrio de no resolutibilidade foi o de no conseguir fazer todo o atendimento das
pacientes nas Unidades de Sade Bsica, tendo a necessidade de encaminaha-las
para outro servio. O critrio de excluso foi o no comparecimento da paciente
consulta marcada. As consultas ocorreram em 05 unidades de sade da famlia do
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muncipio de Volta Redonda-RJ nos bairros Ponte Alta, Eucaliptal, Belmonte,
Siderlndia e So Lucas.
Resultados e Discusso: Num perodo de 10 dias, foram atendidas 113 mulheres no consultrio de
ginecologia e obstetrcia. Foi observado uma limitao nas condutas adotadas pelo
mdico especialista por se encontrar no setor primrio de sade. Geralmente as
condutas tomadas com resolubilidade neste setor correspondem: a contracepo
hormonal, tratamento medicamentoso para infeco de vias genitais, medicao
sintomtica para menopausa, terapia hormonal para irregularidades menstruais e
metrorragias, e medicamentos para amenizar a dor em dismenorria ou mastalgia.
Da populao analisada, 29,2% necessitaram de mtodo de imagem para auxiliar na
hiptese diagnstica, 30,9% foram encaminhadas policlnica da mulher para
avaliao de outro ginecologista e realizao de exames mais especficos ou de alto
custo no autorizados a serem pedidos pela ateno primria.
Concluso: Apesar da presena do mdico especialista em ginecologia e obstetrcia na unidade
primria, este no possui autonomia no seguimento clnico da paciente quando de
maior complexidade. imperativo a atuao dos profissionais mdicos na ateno
primria no intuito de responder maior parte das demandas dos pacientes e
referenciar somente os casos especficos, alm da eficcia no sistema de regulao
e otimizao do acesso e uso da tecnologia bruta. Por fim, esse presente artigo
demonstrou essas demandas presentes nessas unidades bsicas e as condutas
tomadas que geram outras demandas para outros setores do sistema. Com isso, o
perfil de trabalho da ginecologia e obstetrcia com relao sade da mulher ao
mesmo tempo em que pode ser resolutivo em queixas simples, pode ser precrio
quando necessita numa interveno mais ampla.
Referncias Bibliogrficas: ASSIS, M. M. A; JESUS, W. L. A. Acesso aos servios de sade: abordagens, conceitos, polticas e modelo de anlise Cincia & Sade Coletiva, 17(11):2865-2875, 2012.
BAHIA, L. O sistema de sade brasileiro entre normas e fatos: universalizao mitigada e estratificao subsidiada Cincia & Sade Coletiva, 14(3):753-762, 2009.
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ERDMANN, Alacoque Lorenziniet al . A ateno secundria em sade: melhores prticas na rede de servios. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeiro Preto , v. 21, n. spe, Feb. 2013 .
HEIILBORN, M. L.; et al.Assistncia em contracepo e planejamento reprodutivo na perspectiva de usurias de trs unidades do Sistema nico de Sade no Estado do Rio de Janeiro, Brasil Cad. Sade Pblica, Rio de Janeiro, 25 Sup 2:S269-S278, 2009.
MACHADO, C. V.;et al.Configurao da Ateno Bsica e do ProgramaSade da Famlia em grandes municpios do Rio de Janeiro, Brasil Cad. Sade Pblica, Rio de Janeiro, 24 Sup 1:S42-S57, 2008.
SILVA, S. F. Organizao de redes regionalizadas e integradas de ateno sade: desafios do Sistema nico de Sade (Brasil) Cincia & Sade Coletiva, 16(6):2753-2762, 2011.
Palavras-chave: SUS, ginecologia, sade, resolutibilidade.
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Anlise do perfil vacinal para Hepatites Virais de Acadmicos do Curso de Medicina de um Centro Universitrio da Regio Sul-fluminense
Ana Cludia do Pao Baylo1; Ana Luiza do Pao Baylo1; Antnio Guilherme do
Pao Baylo1; Bianca Quintas da Silva1; Carolina Ribeiro Netto1; Carlos Alberto
Sanches Pereira1; Sabrina Guimares Silva1; Sandro Javier Bedoya Pacheco12&
Walter Tavares1
Escola de Cincias Mdicas de Volta Redonda (ECMVR/ FOA UNIFOA)1 &
Instituto de Pesquisa Clnica Evandro Chagas/ Fundao Oswaldo Cruz (IPEC/
FIOCRUZ)2
Volta Redonda (RJ); Rio de Janeiro (RJ) Brasil
Introduo: As Hepatites Virais configuram importante e significativa questo em sade pblica,
especialmente que pode estar associada a demais infeces sexualmente
transmissveis e/ ou no, como HIV, Sfilis, HTLV, exigindo uma crescente demanda
dos profissionais da rea de sade, gestores em sade e da prpria sociedade por
mobilizao, capacitao e conscientizao no sentido do controle epidemiolgico
das Hepatites Virais, infeces estas prevenveis, seja atravs de imunobiolgicos
como a vacinao bem como por medidas simples de proteo individual e coletiva
dos profissionais expostos a um risco ocupacional elevado de adquirir tais infeces.
Objetivos: Este trabalho tem por objetivos gerais a ampliao do conhecimento clnico das
Hepatites Virais, a fim de aprofundar suas peculiaridades e que permitem um
diagnstico rpido e seguro, com o menor custo pela mxima eficcia. Alm disso,
especificamente temse o objetivo de analisar o perfil vacinal para Hepatites Virais
dos acadmicos de Medicina, traando panorama da proteo imunolgica destes a
tais infeces, uma vez que so importante grupo de risco dentro dos profissionais
da rea de sade por estarem expostos a materiais potencialmente contaminados
com os agentes etiolgicos das Hepatites Virais. O projeto de pesquisa foi
submetido anlise e aprovao para avaliao dos critrios ticos, e um Protocolo
foi encaminhado ao Comit de tica em Pesquisa com Seres Humanos (COEPS) do
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Centro Universitrio de Volta Redonda (UNIFOA), com aprovao em 3 de julho de
2014 (CAAE 14226613.9.0000.5237).
Metodologia: Est sendo utilizado como metodologia para a anlise do perfil vacinal dos
estudantes do Curso de Medicina, questionrio a ser aplicado aos mesmos, com
perguntas simples, rpidas e fceis tendo por fim detectar se o acadmico j teve e/
ou tem contato com materiais potencialmente contaminados que elevem o risco
biolgico deste se contaminar.
Discusso: Esse panorama mais bem observado nos perodos iniciais, inclusive naquelas
turmas que j iniciaram atividades de enfermaria e ambulatrio, o que agrava ainda
mais a situao, pois o risco de exposio e consequente contaminao se elevam
significativamente.
Resultados: Obtivemos alguns dados preliminares que nos evidenciam uma preocupao, muito
provavelmente ser tambm observada no decorrer do estudo, em relao ao
conhecimento e proteo dos acadmicos de medicina para as Hepatites Virais, que
mostram certa negligncia quanto ao conhecimento da doena, complicaes e
preveno, e acabam mesmo assim no se protegendo.
Concluso: Apesar de ainda estarmos desenvolvendo o estudo, os resultados preliminares j
evidencia a urgente conscientizao dos coordenadores das escolas mdicas, para
exigir de seus acadmicos logo ao ingresso destes, carteira vacinal em dia, pelo
consequentemente risco biolgico que passam a estar expostos.
Palavras-chave: Hepatites Virais, Risco Biolgico, Acadmicos de Medicina.
Referncias Bibliogrficas: Manual de Bolso das Hepatites Virais: O Brasil est atento Ministrio da Sade (MS), 3. Edio, Editora do Ministrio da Sade (MS), Braslia Distrito Federal (DF), 2008;
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Disponvel em: http://www.hepatitesvirais.com.br/index.php (Acessado em 24 de Maro de 2012, s 00hs30min.).
http://www.hepatitesvirais.com.br/index.phpCONGRESSO DO CURSO DE MEDICINA 2014 Tema: O desafio da Ateno Bsica como escola
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Anlise microbiolgica de reservatrios de gua de consumo familiar, nas culturas de abacaxi da cidade de Frutal/MG.
Rodrigues, Adriana; Rodrigues Neto, Joo; Cunha, Cristiane; Sarcinelli, Bruno;
Franco, Joo.
UniFOA Centro Universitrio de Volta redonda
Introduo Usam-se em Sade Pblica, os aspectos sanitrios estudando-se o comportamento
dos indicadores de poluio, sendo mais comumente utilizado o grupo dos
coliformes fecais ou termotolerantes, e os enterococos fecais. (BRASIL, 2004). A
condio sanitria no Brasil, ainda deficitria, visto que aproximadamente 60% das
internaes anuais so resultado da falta de saneamento e cerca de 30% das
mortes de crianas com menos de um ano ocorrem por diarreia de origem hdrica.
Assim, a garantia de consumo humano de gua segundo padres de potabilidade
adequados tem relevante contribuio em sade pblica. A Portaria n 518/2004 do
Ministrio da Sade estabelece que sejam determinados, na gua, para aferio de
sua potabilidade, a presena de coliformes totais e termotolerantes de preferncia
Escherichia coli e a contagem de bactrias heterotrficas. A mesma portaria
recomenda que a contagem padro de bactrias no deva exceder a 500 Unidades
Formadoras de Colnias por um mililitro de amostra (500/UFC/ml). A condio
sanitria nos meios rurais ainda apresenta inmeras deficincias, tanto quanto da
gua potvel quanto do esgoto e em muitas regies o saneamento bsico
inexistente. Torna-se ento, de fundamental importncia, a investigao das
condies da gua consumida em reas agrcolas que apresentem possibilidade de
contaminao dos veios hdricos.
Objetivo A presente pesquisa teve como objetivo avaliar alguns aspectos gerais de qualidade
microbiolgica da gua de consumo das comunidades familiares rurais, que utilizam
a plantao de abacaxi como atividade profissional.
Materiais e mtodos Realizou-se um estudo epidemiolgico do tipo corte transversal, no municpio Frutal,
M.G., que se localiza no Tringulo Mineiro (IBGE, 2005). Foram analisadas 60
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amostras provenientes de 15 localidades rurais do municpio de Frutal, que utilizam
gua de poo artesiano. Estes poos localizavam-se afastadas, no mximo, 250
metros da residncia principal. Quatro amostras por localidade, colhidas em dois
tempos: seco (julho a setembro) e chuvoso (outubro a dezembro) com espao de
tempo de dois meses entre cada coleta, em 2013. Para a determinao do nmero
mais provvel (NMP) de coliformes totais e coliformes fecais/E.coli foi utilizada a
tcnica de substratos cromogenicos definidos, empregando-se o produto da marca
comercial Colillert-18/IDEXX. Anlise de dados baseou-se a na portaria no 1.469, de
29 de dezembro de 2000 Norma de Qualidade da gua para Consumo Humano,
do Ministrio da Sade; e resoluo no 20, de julho de 1986 do Conselho Nacional
do Meio Ambiente, Ministrio do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, sendo
que, a qualidade da gua foi avaliada comparando-se os resultados obtidos nas
anlises bacteriolgicas com os valores mximos permissveis (VMP) . (Brasil, 1986;
2000).
Resultados Das amostras colhidas no perodo de seca, 11,66 % na primeira e segunda coleta
estavam contaminadas com ndices de coliformes fecais. Os resultados dos testes
microbiolgicos das guas analisadas revelam nveis de coliformes que variam de
3,0 a 3,2 coliformes totais e 0 a 31 coliformes fecais por 100 ml de gua. Apenas em
uma coleta durante o perodo de chuva, (1,66 %), apresentou ndice de 31
coliformes por 100 ml de gua.
Concluses e discusso: Neste estudo foi constatado que a gua analisada no atende aos padres de
potabilidade recomendado na portaria no 1.469/00. Portanto, o consumo humano
dessa gua pode representar risco e agravos sade. Silva e Araujo (2003)
encontraram resultados semelhantes em suas anlises, comprovando a deficincia
de aes em sade para interior. Os resultados encontrados nesta pesquisa mostram que as localidades rurais carecem de uma infraestrutura, mesmo naquelas
localidades que contribuem uma forma expressiva para a economia e o
desenvolvimento do Estado e do pas. O alto ndice de coliformes fecais, em lenis
superficiais de gua, relevante, havendo uma necessidade de interveno rpida
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por parte dos rgos sade publica, pois o agricultor est exposto contaminao
da gua pela poluio dos lenis superficiais.
Palavras-chave: Microbiologia da gua; Poluio da gua; Indicadores microbiolgicos.
Referncias: BRASIL Ministrio de Estado da Sade. Portaria n 518,de 25 de maro de 2004. 2004. Seo 1. p. 266-270.
DATASUS - http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/cadernos/mg.htm Visitada em 08 Out. 2013.
GIOMBELLI, A; RECH, H.; TORRES, V.S. Qualidade microbiolgica da gua proveniente de poos e fontes de dois municpios da regio do Alto Uruguai Catarinense. Hig. Alim., v.12, p.49-51, 1998.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), http://www.ibge.gov.br/estatistica/populacao/default_censo_2000.shtm. Visitada 18 jan. 2014.
SILVA, RCA. Qualidade da gua: manancial subterrneo em reas urbanas de Feira de Santana (BA). Rev Saude Publica 2003; 8(4)
NOGUEIRA, G; NAKAMURA, C. V; DE MARIA, C. B T; FILHO, B. A; FILHO, B. P.D. Qualidade microbiolgica de gua potvel de comunidades urbanas e Rurais do Paran; Rev. Sade Pblica, v.37 n.2, So Paulo, 2003.
http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/cadernos/mg.htmhttp://www.ibge.gov.br/estatistica/populacao/default_censo_2000.shtmCONGRESSO DO CURSO DE MEDICINA 2014 Tema: O desafio da Ateno Bsica como escola
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Apendagite epiplica no diagnstico difrencial de dor abdominal
Amanda Moreira Pimentel, Tchandra Andrade Gomide, Fernanda Teodora de
Souza Abrantes, Marcelle de Novaes Tavares, Natlia Cando Almeida, Henrique
Rivoli Rossi, Janine Capobiango Martins, Nathlia Monerat Pinto Blazuti Barreto
1- Acadmico interno do curso de Medicina do UniFOA
2- Mdica Residente de Clnica Mdica em Santa Casa de Misericrdia de Barra Mansa
3- UniFOA - Centro Universitrio de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ.
4- Santa Casa de Misericrdia de Barra Mansa, Barra Mansa, RJ.
Introduo: A apendagite epiplica (AE) uma doena inflamatria abdominal incomum,
benigna e auto-limitada1,2. Resulta da toro, isquemia e inflamao espontnea de
um apndice epiplico2,3. Atinge indivduos entre a segunda e quinta dcadas de
vida, com incidncia parecida entre homens e mulheres2. A apresentao clnica
mais frequente dor abdominal aguda localizada principalmente em quadrante
inferior esquerdo (QIE), em paciente com bom estado geral e afebril. Todavia, pode
simular quadro de abdome agudo, levando ao diagnstico incorreto de apendicite ou
de diverticulite aguda1. O diagnstico obtido por meio da tomografia
computadorizada (TC) de abdome. A resoluo completa do quadro clnico se d
com tratamento conservador e ambulatorial1,2,3. Consiste na administrao de
analgsicos e anti-inflamatrios, com a melhora completa dos sintomas em torno de
3 a 14 dias3.
Objetivos: Apresentar um caso de uma paciente atendida em unidade terciria de sade que
apresentou AE e fazer uma breve anlise de artigos publicados em peridicos
cientficos indexados que tratem da afeco inflamatria, visando melhor
conhecimento sobre este relevante tema.
Relato de Experincia: T.P.F, 50 anos, sexo feminino, tabagista, moradora do interior do Rio de Janeiro,
procurou o pronto socorro de hospital tercirio, no dia 23 de maio de 2014, com
queixa de dor em fossa ilaca esquerda (FIE) h, aproximadamente, 2 dias. No
exame fsico, a paciente estava corada, hidratada, anictrica e aciantica. Aparelho
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cardiovascular e respiratrio sem alteraes, aparelho digestrio apresentava dor
palpao superficial e profunda em FIE, associada descompresso dolorosa em
mesmo local. Exames laboratoriais sem alteraes. admisso, foi iniciado
Ceftriaxone, devido possibilidade de Diverticulite Aguda. Foi realizada tomografia
computadorizada (TC) de abdome total que evidenciou densificao da gordura
adjacente ao clon descendente, sugerindo processo inflamatrio/infeccioso:
apendagite epiplica, sem evidncia de coleo ou abcesso bem organizado. Como
achado ocasional, apresentou colelitase e cisto cortical em rim esquerdo. Aps,
associou-se Metronidazol ao Ceftriaxone e Tenoxican por 21 dias. Apresentou
melhora clnica e reduo do processo inflamatrio periclica em FIE. Recebeu alta
em seguimento ambulatorial.
Concluses: Sendo a AE uma condio clnica incomum e facilmente confundida com quadros de
abdome agudo, extremamente importante o seu reconhecimento por permitir a reduo
dos custos e da morbimortalidade de um procedimento cirrgico desnecessrio.
Referncias Bibliogrficas 1- FREITAS, Gustavo Pignaton de et al . Apendagite epiplica: aspectos clnicos e radiolgicos. Arq. Gastroenterol., So Paulo , v. 45, n. 2, June 2008 . Available from . access on 26 Sept. 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-28032008000200014.
2- MELO, Alessandro Severo Alves de et al . Apendicite epiplica: aspectos na ultra-sonografia e na tomografia computadorizada. Radiol Bras, So Paulo , v. 35, n. 3, jun. 2002 . Disponvel em . acessos em 26 set. 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-39842002000300008.
3- PIGNATON, Gustavo et al . Apendagite epiplica: tratamento conservador. Rev bras. colo-proctol., Rio de Janeiro , v. 28, n. 3, Sept. 2008 . Available from . access on 26 Sept. 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-98802008000300015.
Palavras-chave: apendagite epiplica, apendicite epiplica, epiploitite hemorrgica, epiplopericolite.
http://dx.doi.org/10.1590/S0004-28032008000200014http://dx.doi.org/10.1590/S0100-39842002000300008http://dx.doi.org/10.1590/S0101-98802008000300015mailto:[email protected]CONGRESSO DO CURSO DE MEDICINA 2014 Tema: O desafio da Ateno Bsica como escola
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Aspectos clnicos e patolgicos de um carcinoma oculto de tireoide: a propsito de um caso.
MARTINI-SANTOS, Bruno Jos1; KOIKE, Luana Vital 1; BARRETO, Rafaela Ladeira
da Silva Melo Campos 2; SEREJO Mariana Nakabori 1; FALCO, Pedro Machado 3
1- Acadmico do curso de medicina do UniFOA
2- Mdica residente de cirurgia geral - HSJB
3- Professor titular da cadeira de Anatomia Patolgica do UniFOA
Introduo Incidentaloma de tireide o termo utilizado para definir as leses nodulares
assintomticas, ocasionalmente descobertas por mtodos de imagem ou estudo
anatomopatolgico (autpsia ou pea cirrgica). Essas leses geralmente so
pequenas, com um dimetro de at 1,5 cm, e no palpveis, sendo assim o
carcinoma oculto de glndula tireide tambm est incluso neste conceito.
Objetivos O objetivo deste trabalho relatar um caso de carcinoma papilfero oculto no
parnquima tireoidiano no antes diagnosticado por mtodos de imagem e
semiticos. Ademais, ressalta-se a importncia e preciso do estudo
anatomopatolgico em leses tireoidianas incipientes.
Relato de experincia Mulher, 50 anos, branca, casada, hipertensa controlada, em acompanhamento
ambulatorial devido bcio nodular atxico. Paciente apresenta dosagem de TSH
normal. Ao exame fsico, tiroide palpvel, indolor, mvel, consistncia elstica, sem
aumento, exceto pela presena de ndulo situado junto ao tero distal do lobo direito
(com cerca de 2 cm de dimetro, mvel a deglutio e de consistncia endurecida).
O exame de ultrassonografia demonstrou glndula com volume de 13cm3, e
presena de ndulo predominantemente cstico, medindo 1,7 x 1,2 x 1,6 cm, com
volume de 2,5 cm, contendo pequenos focos de cristalizao de substncia coloide
de permeio, alm de foco slido ecognico na parede anterior. Tal ndulo demonstra
ausncia de fluxo em seu interior e presena de fluxo perinodular com ndices de
resistncia baixos. Realizada PAAF que demonstrou amostra insatisfatria. Paciente
foi submetida tireoidectomia total, e evolui satisfatoriamente no ps-operatrio. O
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laudo histopatolgico demonstrou a presena de ndulo acastanhado de 1,5cm
compatvel com adenoma folicular e carcinoma papilfero oculto de 0,4 cm de
dimetro, ambos localizados no lobo direito da tireide.
Discusso A neoplasia tireoidiana apresenta-se, em geral, como ndulo tiroidiano, um achado
clnico extremamente comum. Os tumores tireoidianos podem ser classificados
como benignos (mais comuns) ou malignos. O cncer de tireide clinicamente
detectvel constitui menos de 1% de todos os cnceres. Mas, apesar de ser uma
doena rara, a neoplasia mais comum do sistema endocrinolgico. De acordo com
a Organizao Mundial da Sade (OMS), os microcarcinomas da tireide so
tumores com dimetro menor ou igual a um centmetro. Estes tumores geralmente
so um achado histolgico na anlise de tireides retiradas por doenas
presumivelmente benignas, ou mesmo em autpsias. Os tumores papilferos
apresentam disseminao por meio de linfticos intraganglionares, evoluindo do foco
inicial para outras partes da tireoide e para linfonodos pericapsulares e cervicais.
Portanto, leses multicntricas na tireide so comuns. No entanto a presena de
metstases em linfonodos cervicais no est relacionada a piro prognostico em
pacientes jovens. Quando falamos de microcarcinomas da tireide, alguns autores
advogam que ele tem um comportamento benigno e no progride com o tempo. Em
contraste, h relatos de casos com comprometimento de linfonodos, metstases
distncia e mortes ocasionais.
Concluso O diagnstico final foi baseado nos achados semiolgicos, ultrassonogrficos e
sobretudo, a partir do estudo anatomopatolgico da pea cirrgica. Apesar dos
carcinomas papilferos serem neoplasias malignas da tireoide, o prognstico bom
quando o tratamento correto institudo em tempo hbil. importante salientar a
necessidade de acompanhamento oncolgico da presente paciente, visto que os
microcarcinomas de tireoide ainda apresentam pontos divergentes na literatura
sobre o impacto na sade e da sobrevida do doente.
Referncias: HAY, I. D., et al. Papillary thyroid microcarcinoma: a study of 535 cases observed in a 50-year. Period. Surgery. v.6, p. 1139-1146, 1992.
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26 unifoa.edu.br/editorafoa
HEDINGER, C.; WILLIAMS E.D.; SOBIN L. H. The WHO histological classification of thyroid tumors: a commentary on the second edition. Cancer. v.63, p. 908-910, 1989.
SAKORAFAS G. H.; Microscopic papillary thyroid cancer as an incidental finding in patients treated surgically for presumably benign thyroid disease. J Postgrad Md. v.53, p.23-26, 2007.
BISCARO A.; BISCARO F.; LISSA F. C. T.; PRETTO P.; LEITE R. P.; ALICE S. H. Frequncia de Microcarcinoma Papilfero em Doenas Benignas da Tireide. Arquivos Catarinenses de Medicina v. 39, n. 4, 2010.
TAN G. H.; GHARIB H. Thyroid incidentalomas: management approaches to non-palpable nodules discovered incidentally on thyroid imaging. Ann Intern Med v.126 p.226-231, 1997.
Palavras-chave: Incidentaloma, Carcinoma Papilfero, Tireide.
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27 unifoa.edu.br/editorafoa
Associao de estenose hipertrfica de piloro e hiperplasia adrenal congnita: relato de caso
SEREJO, Mariana Nakabori; SEREJO Luciane Nakabori; COSTA, Luciano;
PIMENTEL, Amanda Moreira; SANTOS, Bruno Jos Martini; FRAGA, Pedro Lopes;
COSTA, Paula Dinis Marques da.
UniFOA- Centro Universitrio de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ
Introduo: A estenose hipertrfica de piloro (EHP) consiste na principal causa de obstruo
gstrica neonatal, sobretudo em lactentes abaixo dos trs meses de idade,
decorrendo da hipertrofia progressiva da musculatura pilrica. J a hiperplasia
adrenal congnita (HAC), um dos erros inatos do metabolismo, ocorre devido a
mutaes em genes que codificam enzimas andrognicas envolvidas na sntese de
glicocorticoides. As baixas concentraes de cortisol plasmtico elevam a secreo
de hormnio adrenocorticotrfico estimulando as suprarrenais, acarretando
hiperplasia funcional.
Objetivos: O objetivo deste trabalho relatar um caso de coexistncia de EHP e HAC em um
lactente do sexo masculino.
Relato da experincia: T.S.F, a partir da terceira semana de vida apresentou dificuldade de ganho ponderal
e vmitos aps a mamada evoluindo com comprometimento do estado geral,
adinamia e emaciao marasmtica. O exame fsico revelou paciente eupneico,
taquicrdico (160bpm), hipoativo, aciantico, anictrico e hipocorado. Ausculta
cardaca e pulmonar sem apresentou alteraes, otoscopia e orofaringe normal.
Abdome flcido, indolor e sem viceromegalias. Os exames laboratoriais revelaram
anemia normocrmica e normoctica, hipercalemia e hiponatremia. Foi solicitado
Seriografia esfago-estmago-duodeno que evidenciou EHP e Refluxo
Gastroesofgico, sendo encaminhado ao servio de cirurgia peditrica onde foi
submetido piloroplastia. Ao dia 15 de ps-operatrio apresentou diminuio
importante do apetite com evoluo para desnutrio e desidratao, persistncia da
hiponatremia e hipercalemia, sugerindo o diagnstico de HAC perdedora de sal.
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Discusso: Apesar da EHP e HAC formarem diagnstico diferencial, neste caso so
concomitantes, se apresentam principalmente com clnica de vmitos e dificuldade
de ganho ponderal, sendo diferenciadas por exames laboratoriais e de imagem.
Concluso: Os achados clnicos, radiolgicos e laboratoriais permitiram o diagnstico de EHP
associada HAC. A piloroplastia bem como o tratamento medicamentoso com
acetato de fludrocortisonaforam satisfatrios para a restituio do trnsito
gastrointestinal e o controle dos nveis dos eletrlitos.
Referncias: BENTO, L.R. et al. Hiperplasia adrenal congnita por deficincia da 21-hidroxilase, forma clssica: estudo da freqncia em famlias de indivduos afetados. Revista Paulista Pediatria 2007; 25(3):202-6.
DORA, J.M et al. Protocolo Clnico e Diretrizes Teraputicas Hiperplasia Adrenal Congnita. Portaria SAS/MS no 16, de 15 de janeiro de 2010. Pg 357-373
HARRISON, T.R. Medicina Interna de Harrison. 18 edio. Porto Alegre, RS. AMGH editora LTDA
VARGAS, V.M.A. Hiperplasia Congnita de Supra RenalForma No Clssica - Relato de Casos. Revista MdicaVolume 36 - Nmeros 2/3 - Abril a Setembro de 2002.
Palavras-chave: relato de caso hiperplasia adrenal congnita, estenose hipertrfica de piloro.
http://www.hse.rj.saude.gov.br/profissional/revista/index.asphttp://www.hse.rj.saude.gov.br/profissional/revista/36b/abert2.asphttp://www.hse.rj.saude.gov.br/profissional/revista/36b/abert2.aspCONGRESSO DO CURSO DE MEDICINA 2014 Tema: O desafio da Ateno Bsica como escola
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Avaliao do ndice de contaminao fngica em doces de leite pastosos comercializados na regio sudeste do Brasil.
Rodrigues, Adriana; Rodrigues Neto, Joo; Cunha, Cristiane; Sarcinelli, Bruno;
Guidorene, Cristiane.
UniFOA Centro Universitrio de Volta redonda
Introduo: A contaminao alimentar por agentes biolgicos, qumicos ou fsicos, pode
comprometer a sade humana. As mudanas ocorridas no ltimo sculo predispe o
homem a alimentar-se de maneira incorreta, tanto em quantidade, como em
qualidade. Muitas vezes esta alimentao est relacionada a alimentos
industrializados. Diariamente, ocorrem casos de doena com origem nos alimentos,
que so responsveis por elevados nveis de morbidade e mortalidade,
particularmente para grupos de risco, como: as crianas, os idosos e os
imunodeficientes. A incidncia real das doenas transmitidas pelos alimentos no
conhecida (PEDROSO, 2009). O doce de leite um alimento perecvel, com
validade limitada, principalmente os de origem caseira, onde a falta de uma maior
fiscalizao, pode gerar aumento da contaminao fngica. Os gneros Aspergillus,
Penicilium, Fusarium so os mais descritos como contaminantes devido s
micotoxinas, que possuem atividade carcinognica, teratognica e mutagnica,
sendo muito relatadas na literatura cientfica (BLACK, 2006; LARONE, 2002). Com o
aumento populacional, um estudo sobre a qualidade dos alimentos de fundamental
importncia para o monitoramento do produto a ser consumido, principalmente
porque, de acordo com o IBGE, o consumo de doce de leite no Brasil, chega a 350
gramas/habitante/ano (IBGE, 2009).
Objetivos: Avaliar o perfil de contaminao por fungos filamentosos nos doces de leite de
origem caseira e industrial comercializados na regio do Triangulo Mineiro, MG e
Vale do Paraba, no RJ, a fim de se conhecer seu potencial risco a sade humana.
Metodologia: Foram analisadas 60 amostras de doces de leite, sendo 30 de origem caseira
adquiridas diretamente dos produtores localizados no Triangulo Mineiro e Interior do
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Estado do Rio de Janeiro e 30 industrializados, em dois lotes diferentes,
provenientes de 10 marcas comercializadas nas mesmas regies, com data de
validade para 2015. As amostras foram adquiridas entre os meses de dezembro
2013 e maro de 2014. As amostras foram destinadas ao laboratrio na embalagem
original e estocadas a temperatura ambiente, protegida da umidade, no havendo
violao da embalagem antes do inicio do experimento-(SILVA e SILVEIRA, 2001).
A metodologia utilizada para anlise foi estabelecida pela Instruo Normativa n
62, de 26.08.2003 do Ministrio de Agricultura, Pecuria e Abastecimento (BRASIL,
2001).
Resultados: Ao todo encontramos 21 doces contaminados dentre os 60 analisados (35%).
Quando analisamos os doces caseiros e industrializados separadamente no foi
encontrada uma diferena estatstica significativa uma vez que 36,66% dos doces
caseiros e 33, 33% dos industrializados apresentaram contaminao. Porm, ao
analisarmos apenas os 11 doces caseiros e 10 doces industrializados que estavam
contaminados, vimos que a quantidade de colnias encontradas nestes foi
significativamente maior nos doces industrializados (mdia de 59,5 26,94
colnias/doce) que nos doces caseiros (mdia de 30,0 14,89 colnias/doce, Mann-
Whitney p
CONGRESSO DO CURSO DE MEDICINA 2014 Tema: O desafio da Ateno Bsica como escola
31 unifoa.edu.br/editorafoa
IBGE. Anurio Estattico do Brasil. 2008-2009.
LARONE, D.H. Medically Important Fungi: a guide to identification .4 ed. Washington: ASM Press; 2002.
PEDROSO, L.. Segurana Alimentar e Sade Pblica / Food Safety And Public Health. Revista Lusfona de Cincias e Tecnologias da Sade, Amrica do Norte, Jul. 2009.
SILVA, N.; JUNQUEIRA; V.C.A; SILVEIRA, N.F.A. Manual de mtodos de anlise Microbiolgica de alimentos. 2 ed. So Paulo: Varela; 2001
Palavras-Chave: Sade coletiva, contaminao fngica, segurana alimentar.
mailto:[email protected]CONGRESSO DO CURSO DE MEDICINA 2014 Tema: O desafio da Ateno Bsica como escola
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Avaliao Nutricional de crianas da escola Unidade Escolar C.M.E.I. Alkindar Cndido da Costa
Priscilla Hidalgo de Arajo Oliveira, Patricia Marques Leite, Thereza Pascal Abdo ,
Rafaella Pinto Ferraz, Thalita Alves Morgado dos Santos, Claudia Regina Oliveira
Costa.
UniFOA Centro Universitrio de Volta Redonda- Volta Redonda - RJ
Introduo: O estado nutricional de uma criana possui papel fundamental para que seu
crescimento seja progressivo e para que ela desenvolva suas aptides psicomotoras
e sociais. (LEO, Leia S. C. de Souza et al. Prevalncia de obesidade em escolares de Salvador, Bahia. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, v.47, n.2, p.151-157, 2003.). Os pr-escolares de 2 a 6 anos de idade
constituem faixa populacional de grande importncia, devido ao processo de
maturao biolgica por que passam, durante o qual a alimentao desempenha
papel decisivo, em especial pela formao dos hbitos alimentares. Estudos
mostram que a correta formao dos hbitos alimentares na infncia favorece a
sade permitindo o crescimento e o desenvolvimento normal e prevenindo uma srie
de doenas crnico degenerativas na idade adulta. (ANDRA, Y.R. Assistncia alimentar por mdio de centros de educao e alimentao do pr-escolar. Boletim de la Oficina Sanitria Panameicana. v.74. 2000). Nesse contexto que
surge a presente proposta de levantamento de informaes, com o objetivo de
elaborar um perfil nutricional de crianas pr-escolares, como parte de um projeto de
ateno integral sade desse grupo populacional, com vistas formulao de
estratgias de atendimento e controle dos problemas detectados.
Objetivos: O objetivo desse estudo foi analisar o estado nutricional, por meio de avaliao
antropomtrica, de crianas de 1 a 4 anos de uma Escola Municipal de Volta
Redonda, Rio de Janeiro. Esta anlise dos pr-escolares implicar em um
diagnstico precoce do risco de sobrepeso, da prpria obesidade e ainda do risco da
desnutrio podendo intervir precocemente nos hbitos alimentares e nos hbitos de
CONGRESSO DO CURSO DE MEDICINA 2014 Tema: O desafio da Ateno Bsica como escola
33 unifoa.edu.br/editorafoa
vida das crianas. Para isso ser possvel planejar aes de promoes de sade,
preveno de doenas e o tratamento precoce se necessrio.
Metodologia: A identificao das crianas (nome, data de nascimento e sexo) foi feita com base
nas listas de matrculas, obtidas na secretaria da escola. O peso foi aferido por
medio nica em balana digital. As crianas foram posicionadas de costas para a
balana, com ps juntos, ombros eretos e olhar na linha do horizonte, de forma que
o peso corpreo fosse distribudo igualmente em ambos os ps. Aps a
estabilizao da balana fez-se a leitura do peso. Foram ento feitos grfico de
Estatura x idade, Peso x idade e o IMC (ndice de massa corporal).
Resultados: Os resultados do presente estudo mostraram que para os ndices de E/I 98% dos
pr-escolares estavam dentro da classificao de ndice Adequado. Na avaliao
do P/I a maioria das crianas est tambm adequada para idade. A maioria dos pr-
escolares avaliados apresentavam IMC adequado para a idade, porm chama a
ateno o risco de sobrepeso que com o valor quase em 35% nos indica a
importncia no controle da alimentao das crianas. O peso adequado est em
maior prevalncia tanto em meninos quanto em meninas, porm as meninas esto
com o risco de sobrepeso maior que os meninos, assim como h mais meninas com
sobrepeso do que meninos. A obesidade, contudo, est mais prevalente entre os
meninos e as classificaes magreza acentuada e a magreza no possuem
nmeros significativos.
Concluses: Conclumos que a maioria das crianas da creche est dentro dos padres da
normalidade para os ndices estudados, porm uma parcela significativa encontra-se
com risco de sobrepeso. Estes dados reforam o processo de transio nutricional ocorrido no Brasil e a importncia da interveno na ateno primria com medidas
eficazes para prevenir e/ou tratar uma futura e iminente obesidade.
Referncias Bibliogrficas: MONTEIRO, C. A.; BENCIO, M. H. A. & FREITAS, I. C.M. Melhoria e Indicadores de Sade Associados Pobreza no Brasil. So Paulo: Ncleo de Pesquisas Epidemiolgicas em Nutrio e Sade, Universidade de So Paulo, 1997.
CONGRESSO DO CURSO DE MEDICINA 2014 Tema: O desafio da Ateno Bsica como escola
34 unifoa.edu.br/editorafoa
OLIVEIRA, Ana Paula de et al. Estado nutricional de escolares de 6 a 10 anos em cruzeiro do oeste PR. Revista Brasileira em Promoo da Sade, v.24, n.4, p.289-295, 2011.
PEREIRA, R.A. Avaliao antropomtrica do estado nutricional. In: SICHIERI, R. Epidemiologia da obesidade. Rio de Janeiro: EDUERJ, 1998. p.62-63.
SILVA. A. T. Orientao de Avaliao Nutricional para crianas e adolescentes. Disponvel em: http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/03_03_2011_15.53.38.16f851f5ec9d2b4bbc731948ecac9b4e.pdf . Acesso em: 25 de Ago. 2014.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Avaliao nutricional da criana e do adolescente: Manual de Orientao. So Paulo: Departamento de Nutrologia, 2009. 112p.
Palavras-Chave: Pr-escolares. Antropometria. Programa Nacional de Educao Infantil.
http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/03_03_2011_15.53.38.16f851f5ec9d2b4bbc731948ecac9b4e.pdfhttp://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/03_03_2011_15.53.38.16f851f5ec9d2b4bbc731948ecac9b4e.pdfCONGRESSO DO CURSO DE MEDICINA 2014 Tema: O desafio da Ateno Bsica como escola
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Avaliao nucricional em crianas at 2 anos no municpio de Volta Redonda
Ana Clara de Barros Cristino; Caio Mrio Villela de Carvalho Jnior; Laura Loreiro
Guimares
UniFOA Centro universitrio de Volta Redonda
Introduo: Alimentao infantil, segundo o Ministrio da Sade, definida como todo processo
alimentar, comportamental e fisiolgico que envolve a ingesto de alimentos pela
criana. O termo aleitamento materno exclusivo usado para definir o provimento de
todos os lquidos, energia e nutrientes exclusivamente atravs do leite materno,
diretamente da mama ou extrado, com a possibilidade do uso de algum suplemento
medicamentoso. O leite materno possui caractersticas bioqumicas ideais para o
crescimento e desenvolvimento da criana, e substncias que conferem melhor
digestibilidade. Estudos mostram que o leite da me possui um efeito protetor contra
a mortalidade infantil, prevenindo infeces gastrointestinais, dermatite atpica,
alergia alimentar, alm do efeito contra a obesidade. Ademais, no representa nus
para o oramento familiar (SALIBA et al, 2008). A Organizao Mundial da Sade
(OMS) recomenda que as crianas sejam amamentadas exclusivamente por seis
meses e que a criana receba a alimentao complementar e o leite materno dos
seis meses at os 24 meses de idade. At os seis meses de vida, o leite materno
deve ser a nica fonte alimentar, pois sozinho capaz de nutrir adequadamente as
crianas, alm de favorecer a proteo contra doenas. O Ministrio da Sade, em
concordncia com a OMS, considera como alimentao complementar oportuna a
introduo de alimentos slidos ou semi-slidos, de densidade energtica mnima de
70kcal/100mL entre os seis e sete meses. A desnutrio, segundo Recine e
Radaelli, pode ser definida como uma condio clnica decorrente da deficincia de
um ou mais nutrientes essenciais. Cerca de 8,8 milhes de crianas menores de 5
anos morrem anualmente (UNICEF 2009), principalmente por causas evitveis, tal
como a desnutrio. Cerca de 35% das crianas menores de 5 anos so desnutridas
e 11% da carga total global de doena atribuda desnutrio. A Organizao
Mundial de Sade (OMS) e a UNICEF recomendam que as crianas sejam
amamentadas exclusivamente pelos primeiros 6 meses de vida e depois alimentos
complementares devem ser introduzidos junto ao aleitamento materno no perodo de
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at 2 anos ou mais. A carncia dos nutrientes vindos do leite materno, causadas
pelo desmame precoce, causa desnutrio nas crianas de 0 a 2 anos (RECINE E
RADAELLI).
Objetivo: O projeto de trabalho de extenso proposto tem como objetivo abordar a
alimentao infantil tendo como enfoque o aleitamento materno, e fatores sociais
que influenciam na alimentao.
Metodologia: Ser utilizado um questionrio com perguntas de carter nutricional e
socioeconmicas no ambulatrio de pediatria da UBSF de Trs Poos, Volta
Redonda RJ.
Referncias Bibliogrficas: RECINE, E.; RADAELLI, P. Obesidade e Desnutrio. Disponvel em: .
SALIBA, N. A. et al . Frequncia e variveis associadas ao aleitamento materno em crianas com at 12 meses de idade no municpio de Araatuba, So Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Sade Materna e Infantil., Recife, v. 8, n. 4, dec. 2008.
World Health Organization. The optimal duration of exclusive breastfeeding: a systematic review. Geneva: OMS, 2002.
World Health Organization. United Nations Children's Fund & partners. Indicators for assessing infant and young child practices part III.Genebra: OMS, 2012.
Palavras-chave: alimentao infantil, desnutrio, aleitamento materno.
CONGRESSO DO CURSO DE MEDICINA 2014 Tema: O desafio da Ateno Bsica como escola
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Carcinoma Cloacognico Transicional do Canal Anal: relato de caso
MARTINI-SANTOS, Bruno Jos; CRUZ, Srgio Alexandre da Silva; BARRETO,
Rafaela Ladeira da Silva Melo Campos; BAGGIERI, Rennan Augusto Avance; PAES
LEME, Marcelo Betim; SILVA, Evandro de Moraes
Hospital So Joo Batista/UniFOA Centro Universitrio de Volta Redonda, Volta
Redonda, RJ
Introduo O carcinoma cloacognico transicional do canal anal adquire destaque como uma
doena de evoluo agressiva, acarretando para o paciente um padecimento mpar
quando se observa sua progresso natural. O diagnstico precoce importante
dado o comportamento agressivo do tumor. O aumento da prevalncia desta
patologia pode estar relacionado com sua ntima relao com doenas sexualmente
transmissveis, principalmente causadas pelo vrus HPV.
Objetivos Relatar o caso de um tumor de canal anal diagnosticado pelo exame histopatolgico
como tumor cloacognico.
Relato de experincia Masculino, 59 anos, admitido no Servio de Cirurgia Geral com queixa de leso anal
indolor h aproximadamente 8 meses, associada a eliminao de secreo ftida e
dificuldade para evacuar. Ao exame proctolgico apresentava leso anal de aspecto
vegetante, medindo cerca de 20 cm em direo a ndega direita, com bordas
irregulares e endurecidas. A TC de abdome e pelve no demonstrou leso infiltrativa
e ulcerada, medindo 10,1 x 5,1cm, cujo epicentro encontra-se em regio perianal
que reala pelo meio de contraste. Observou-se ainda linfonodomegalias em regio
inguinal. Realizada colostomia em ala e bipsia incisional da leso, sem
intercorrncias. Paciente recebeu alta hospitalar no 4 dia de ps-operatrio. O
estudo histopatolgico evidenciou neoplasia epitelial constituda por grupos de
clulas atpicas, dispostas em ninhos e bandas com padro basalide, exibindo
ncleos hipercromticos, irregulares, e numerosas mitoses atpicas. Por vezes
observam-se reas com diferenciao escamosa, com infiltrao do estroma
subjacente microscopia. Sendo diagnosticado tumor cloacognico com
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diferenciao escamosa. Paciente foi encaminhado ao servio de oncologia para
radioterapia.
Resultados e discusso O canal anal e cervical uterino so de mesma origem embrionria. Ambos se
desenvolvem a partir da membrana da cloaca embrionria e so stios de fuses
teciduais endo e ectodrmica do epitlio da juno escamo-colunar. Estas reas
podem sofrer alteraes metaplsicas e displsicas relacionadas infeco pelo
HPV. Estudos demostraram que a leso intra-epitelial de alto grau (HSIL) pode
evoluir para cncer anal invasivo. O intervalo mdio entre o diagnstico de HSIL e o
desenvolvimento de cncer anal de aproximadamente 5 anos. O tumor anal
tipicamente assintomtico, embora possa ser associado a sintomas locais. O
diagnstico definitivo requer o exame histopatolgico. O tratamento sofreu grandes
alteraes nos ltimos anos, e atualmente a quimioterapia e a radioterapia ,
geralmente, o nico tratamento para pacientes com esta doena. Estudos
documentam que, durante a introduo da quimiorradioterapia para o carcinoma de
clulas escamosas, existe forte correlao entre tamanho do tumor, disseminao
linftica e prognstico. A presena de metstases nodais regionais um indicador
de prognstico ruim, independente da modalidade do tratamento. Embora a
sobrevida em face de metstases nodais tenha melhorado com o uso de
quimiorradiao, pacientes que se apresentam com doena metasttica levam
significativa desvantagem na sobrevida.
Concluso O cncer anal um tumor raro que responde por aproximadamente 4 % de todas as
neoplasias colorretais. O carcinoma de clulas escamosas o subtipo mais comum,
sendo uma variante mais rara e agressiva o padro basalide. Geralmente
diagnosticada em uma fase mais avanada devido o receio de exame proctolgico
pelo paciente, ou mesmo por simular patologias colorretais benignas no incio.
importante estar atento ao aumento dos casos deste tipo de tumor devido sua
associao com doenas sexualmente transmissiveis, principalmente com HPV. O
tratamento cirrgico para o carcinoma de clulas escamosas tem sido fortemente
suplantado pela quimiorradiao e agora exceo em vez de regra.
CONGRESSO DO CURSO DE MEDICINA 2014 Tema: O desafio da Ateno Bsica como escola
39 unifoa.edu.br/editorafoa
Referncias VASUDEV, P., BOUTROSS-TADROSS, O; RADHI J. Basaloid squamous cell carcinoma: two case reports. Cases J. v.13, p. 9351, 2009.
SHIA J. An update on tumors of the anal canal. Arch Pathol Lab Med., v.134, p.1601-1611, 2010.
BECHARA R. N.; BECHARA M.; SALOMO D. R.; GUIMARES M. F. Carcinoma cloacognico transicional. Rev Bras Colo-Proct. v.5, n.4, p. 200-204, 1985.
Palavras-chave: Canal anal; Reto; Tumor Cloacognico.
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Cesareana em Paciente com Doena de Von Willebrand associada infeco pelo HIV: relato de caso.
Rebecca Faria Emerique Galvo; Monique de Carvalho Souza; Juliana Gomes Ferreira
UniFOA Centro Universitrio de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ
Introduo: A doena de von Willebrand uma doena hemorrgica, causada por defeitos
hereditrios na concentrao, estrutura ou funo do fator von Willebrand.
considerada a mais comum doena hemorrgica e o distrbio inato de coagulao
mais freqente em mulheres. A infeco por HIV cada vez mais freqente em
mulheres e a taxa de transmisso vertical pode chegar a 25% dos casos. Muitos
estudos de soroprevalncia em gestantes mostram taxas de 8 a 20 por 1000
mulheres.O objetivo deste relato foi apresentar o caso de uma paciente em trabalho
de parto com DvW e portadora de HIV, enfocando na deciso do parto e o
tratamento proposto.
Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 31 anos, com gestao pr termo, chegou emergncia
obsttrica com queixa de dispnia e dor em baixo ventre, apresentando-se
taquicardica e hipocorada. Relatou ser portadora da doena de von Willebrand, no
qual fazia acompanhamento no Hemorio. Sua histria obsttrica inclui duas
gestaes, com um parto cesrea h 2 anos e 5 meses. Realizou acompanhamento
pr-natal nesta gestao, tendo apresentado HIV negativo durante os exames de
rotina. Foram solicitados Rx de trax e exames laboratoriais, que mostraram anemia
e HIV positivo no teste rpido. Ao exame fsico no apresentava hematomas e sinais
de sangramento. Os exames pr-operatrios apresentavam hematcrito 27,9%,
hemoglobina 9,1 mg/dl, plaquetas 263000, Protrombina (Tempo 14 segs/ Atividade
100%); TTP 2,7segs. O USG evidenciou feto com boa vitalidade, compatvel com 37
semanas de gestao. Foi indicada cesariana motivada pela infeco pelo HIV sem
carga viral conhecida. Recebeu 3000 unidades de concentrado de fator VIII 30
minutos antes da cirurgia. O parto ocorreu sem intercorrncias, com RN vivo, nico,
de sexo feminino que chorou ao nascer. O ps operatrio evolui sem intercorrncias,
fazendo a 2 dose do fator VIII 24 horas aps a primeira dose, a 3, 4 e 5 doses em
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dias alternados a partir da 2 dose. A coagulao foi monitorizada com tempo de
tromboplastina parcial (TTP). A paciente recebeu alta hospitalar no 7 dia de
puerprio com boa evoluo, mantendo acompanhamento ambulatorial.
Discusso: Durante a gravidez, pacientes portadoras da doena de von Willebrand so
assintomticas, pois a concentrao e atividade do fator VIII e do fator de von
Willebrand aumentam com o avano da gravidez, atingindo nveis normais no
termino da gravidez. O sangramento ocorre mais frequentemente aps o nascimento
e associado ao parto cirrgico ou leso perineal. Ao final do terceiro trimestre, a
gestante est em um estado de hipercoagulabilidade, o que pode promover melhora
clnica. A monitorizao laboratorial recomendada consiste em hematcrito,
hemoglobina, tempo de protrombina, tempo de tromboplastina e tempo de
sangramento, as dosagens especficas do fator VIII, do antgeno do FvW e da
atividade do FvW. Os agentes teraputicos utilizados no pr-operatrio e ps-
operatrio das pacientes com DvW so a desmopressina e os produtos sangneos
contendo fator VIII e FvW concentrados. A indicao cirrgica de interrupo da
gestao nessas pacientes deve ser restrita, o parto vaginal diminui os riscos
maternos. Porm a paciente do caso, apresentava indicao de cesrea devido ao
risco de transmisso vertical do vrus HIV. As gestantes infectadas pelo HIV devero
sempre receber profilaxia com drogas anti-retrovirais com o objetivo de reduzir a
contaminao. A zidovudina a principa droga para gestantes. O recm nascido
ter que fazer uso do AZT, fazer exames laboratoriais para acompanhamento e no
poder ser amamentado.
Concluso: O planejamento da gestao em mulheres portadoras da doena de von Willebrand
e HIV positivo deve iniciar antes da concepo. As pacientes devem ser orientadas
quanto ao risco de complicaes hemorrgicas na gravidez e no parto, o risco da
transmisso vertical, bem como da importncia do seguimento e acompanhamento
pr-natal especializado.
Referncias Bibliogrficas: BARBOSA FT, Cunha RM, Barbosa LT; Doena de von Willebrand e anestesia; Rev. Bras. Anestesiol. v.57 n.3 Campinas maio/jun. 2007.
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Palavras-chave: Von Willenbrand, HIV, parto.
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Compresso medular por metstase de carcinoma de mama
Marcelle de Novaes Tavares1, Tchandra Andrade Gomide1, Fernanda Teodora de
Souza Abrantes1, Amanda Moreira Pimentel1, Natlia Cando Almeida1, Henrique
Rivoli Rossi1, Janine Capobiango Martins2, Nathlia Monerat Pinto Blazuti Barreto2,
Leonardo Jos de Mendona Arajo3
1- Acadmica do curso de Medicina do UniFoa
2- Mdica residente em Clnica Mdica em Santa Casa de Misericrdia de Barra
Mansa
3- Mdico especialista em Neurologia, Orientador
Introduo: O cncer de mama a neoplasia maligna mais comum entre as mulheres e o
segundo tipo mais frequente no mundo. Aproximadamente 30% dos pacientes com
carcinoma de mama evoluem para doena metasttica, sendo que o envolvimento
sseo frequentemente notado. Quando sintomtica, a metstase de coluna
vertebral causa dor intratvel, deteriorao neurolgica, instabilidade, fratura
patolgica, deformidade e compresso medular (CM), necessitando interveno
cirrgica.1 Em cerca de 20% dos pacientes que apresentam metstase na coluna
pode ser observada compresso medular, porm esse nmero pode chegar a 50%
devido demora na procura por atendimento especializado ou pela insistncia em
tratamentos analgsicos, retardando assim a investigao.2,3 A CM pode ser devido
compresso tumoral direta ou por colapso de um corpo vertebral por invaso
tumoral, e sem tratamento adequado fonte de significativa morbidade e
mortalidade, dor intensa, paralisia, incontinncia urinria e piora da qualidade de
vida.3,4
Objetivos: O objetivo deste trabalho relatar o caso de uma paciente apresentando
compresso medular por metstase de carcinoma de mama.
Relato de Experincia: RCP, 51, sexo feminino, faxineira aposentada, residente de Barra Mansa RJ. H
cerca de 5 anos, paciente foi diagnosticada com carcinoma de mama, sendo submetida quadrantectomia e linfadenectomia axilar esquerda no mesmo ano, e
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quimioterapia e radioterapia no ano seguinte. Aps o trmino de ambas, iniciou
tratamento com Tamoxifeno e seguimento ambulatorial. Durante exames de controle
foram constatados ndulos pulmonares metastticos radiografia de trax, os quais
foram confirmados por tomografia computadorizada (TC). Sendo reiniciada
quimioterapia oral. Cerca de um ano aps, foram visualizadas metstases em
radiografia de coluna. Em cintilografia ssea foi evidenciado aumento da atividade
osteognica em coluna traco-lombar (D7/D8, D12 e L2/L3). Durante esse perodo,
apresentou-se para consulta em pronto socorro de hospital de nvel tercirio, com
queixa de tremores, parestesia de membros superiores (MMSS), desorientao e
sncope. Em uso contnuo de Tramadol e Codena para algia intensa em membros
superiores e coluna traco-dorsal. Atravs dos exames laboratoriais solicitados na
internao, foi constatada a presena de infeco urinria, a qual foi tratada
inicialmente com Ampicilina. No terceiro dia de internao permaneceu com piria
macia e sem melhora clnica, associou-se Ciprofloxacino. Em TC da coluna torcica
solicitada no momento da internao, foram observadas leses osteolticas
vertebrais sugestivas de implante secundrio associadas a massa de partes moles
perivertebrais com aparente extenso intrarraquiana, em TC de coluna lombar foram
descritas osteo-artroses e discopatias degenerativas. Por volta do quinto dia de
internao, paciente evoluiu com oligoanria, hematria macroscpica e piora
laboratorial, mantendo leucocitose, sendo optado por suspender Ampicilina e
associar Ceftriaxone ao Ciprofloxacino. Evoluiu em poucos dias com perda de
sensibilidade em abdome, pelve e membros inferiores (MMII). Ao exame fsico, a
paciente apresentava edema importante e plegia de MMII, assim como perodos de
alucinaes visual e auditiva associadas. Aps trmino da antibioticoterapia e
considervel melhora clnica, foi realizada tentativa de desmame de sonda vesical
sem sucesso. Paciente recebe alta com sondagem vesical.
Concluso: A compresso medular uma emergncia mdica, e a falha na suspeita diagnstica
e a demora no incio do tratamento aumentam a probabilidade de dficit neurolgico
permanente do paciente. Assim como a velocidade de instalao das manifestaes
clnicas determina a gravidade do caso, e a manuteno do quadro por mais de sete
dias o torna irreversvel. Desta maneira, necessria a avaliao do paciente para
definio da melhor conduta teraputica, preocupando-se com o tipo de tumor, sua
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localizao e agressividade, sensibilidade radioterapia, status funcional do
paciente e exame neurolgico. Os objetivos teraputicos devem incluir alvio da dor,
estabilizao da coluna e manuteno ou melhora da funo neurolgica. Deve-se
entender que o tratamento paliativo, visto que a expectativa de vida desses
pacientes varia de 4 a 15 meses.
Referncias Bibliogrficas: 1- OLIVEIRA JUNIOR, Alex Veneziano; BORTOLETTO, Adalberto and RODRIGUES, Luiz Claudio Lacerda. Avaliao do tratamento cirrgico nos pacientes com metstase vertebral secundria ao carcinoma de mama. Coluna/Columna[online]. 2012, vol.11, n.3, pp. 226-229. ISSN 1808-1851.
2- FALAVIGNA, Asdrubal; RIGHESSO NETO, Orlando; IOPPI, Ana Elisa Empinotti and GRASSELLI, Juliana. Metstases do segmento torcico e lombar da coluna vertebral: estudo prospectivo comparativo entre o tratamento cirrgico e radioterpico com a imobilizao externa e radioterapia. Arq. Neuro-Psiquiatr. [online]. 2007, vol.65, n.3b, pp. 889-895. ISSN 0004-282X.
3- JOAQUIM, A.F.; MATURANA, F.A.P.; ANDERLE, D.V.; ZAMBELLI, H.J.L.; MALDAUN, M.V.C. Metstases na coluna vertebral. Rev Neurocienc 2007;15:240-245.
4- PATCHELL, Roy A. et al. Direct decompressive surgical resection in the treatment of spinal cord compression caused by metastatic cancer: a randomised trial. The Lancet, v. 366, n. 9486, p. 643-648, 2005.
5- ALMEIDA, R. et al. Metstases da Coluna. Reviso de uma Populao Hospitalar. Medicina Interna, 1996, vol 3, n.4, pp. 212-215.
6- BACH, F.; LARSEN, B. H.; ROHDE, K.; BRGESEN, S.; GJERRIS, F.; BGE-RASMUSSEN, T.; SRENSEN, P. S. (1990). Metastatic spinal cord compression. Acta neurochirurgica, 107(1-2), 37-43.
7- GIACOMINI, Leonardo, et al. H um perodo exato para cirurgia em pacientes com paraplegia secundria compresso medular no traumtica?. Einstein (16794508) 10.4 (2012).
8- HARRIES, B. (1970). Spinal cord compression. British medical journal, 1(5696), 611.
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Palavras-chave: compresso medular; carcinoma de mama; metstase vertebral.
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Dermatite Herpetiforme
Amanda Moreira Pimentel; Carolina Seabra Pacheco Gabrielli Alcntara; Juliana
Oliveira da Silveira.
UniFOA Centro Universitrio de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ
Introduo: Dermatite herpetiforme (DH) uma doena cutnea mediada por IgA, crnica,
manifestando-se com intenso prurido e sensao de queimao em leses
polimrficas: ppulas eritematosas, placas urticariformes, vesculas e bolhas3,5,8. As
leses mais caractersticas so vesculas agrupadas com crescimento centrfugo, e
na maioria dos casos as manifestaes cutneas se associam a enteropatia sensvel
ao glten8. Os complexos imunes so compostos por anticorpos IgA e
transglutaminase epidrmica, que considerado o principal auto-antgeno3,6.
Frequentemente confundida com outras doenas auto-imunes bolhosas,
dermatoses pruriginosas e condies psiquitricas com manifestaes cutneas2,5.
O diagnstico da dermatite herpetiforme estabelecido clinicamente,
histologicamente, imunopatologicamente e sorologicamente5,7. Dieta sem glten o
tratamento de escolha para pacientes com dermatite herpetiforme15,17.
Objetivo: Apresentar breve anlise de textos publicados em peridicos cientficos indexados
ou em livros de Dermatologia que tratem, direta ou indiretamente, da afeco
dermatolgica denominada dermatite herpetiforme, visando melhor conhecimento
sobre este relevante tema.
Metodologia: Este artigo ser baseado em revises bibliogrficas de artigos brasileiros,
disponibilizados para acesso na internet, compreendendo o perodo de 2000 2013,
por meio de pesquisas realizadas no SCIELO, LILACS, PUBMED e MEDLINE, tendo
como prioridade os artigos mais recentes, e tendo como principais livros de
referncia: AZULAY, David Rubem; AZULAY-ABULAFIA, Luna. Dermatologia. 5. ed., 2008; HABIF, Thomas P. Dermatologia clnica. 5. ed. 2012.; MIOT, Hlio Amante; MIOT, Luciane Donida Bartoli. Protocolo de condutas em dermatologia. 2012..; SAMPAIO, Sebastio A. P. RIVITTI. Dermatologia. 3. ed. 2007.; SANTOS,
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Omar Lupi da Rosa; CUNHA, Paulo R. Rotinas de diagnstico e tratamento da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 2. ed. 2012. O tipo de pesquisa ser qualitativa, servindo como base para confeco de um artigo de reviso bibliogrfica.
Discusso: A DH geralmente surge entre a segunda e quinta dcadas de vida, evolui por surtos
e no compromete o estado geral2,5. DH uma doena auto-imune bolhosa
subepidrmica crnica, caracterizada por leses cutneas e acometimento
intestinal10. As leses de pele incluem erupo polimrfica, distribuda
principalmente nas reas extensoras8,11,16. So leses geralmente simtricas e
acompanhadas por prurido de forte intensidade1. Estes sintomas so geralmente
associados a enteropatia sensvel ao glten11,15 . A maioria dos pacientes apresenta
sintomas durante anos, mas aproximadamente um tero atinge remisso
permanente1,3,7. Outros sinais podem acompanhar a DH, como anemia, osteopenia,
osteoporose, alteraes dentrias, infertilidade e aborto, e sua associao com
outras doenas autoimunes bastante comum6,8.
Tanto a DH quanto a doena celaca so distrbios multifatoriais em que
fatores desencadeantes genticos e ambientais desempenham um papel crucial,
conduzindo a leses especficas da pele e do intestino delgado,
respectivamente14,15.
Concluso: Sendo a DH uma doena rara e freqentemente confundida com outras condies
dermatolgicas pruriginosas, extremamente importante ser reconhecida pelos
mdicos para que se previna o agravamento dos sintomas, uma vez que a doena
representa um alto risco de implicaes sistmicas e potencialmente graves.
Referncias Bibliogrficas: 1. Alakoski A.; Teea T. S.; Hervonen K.; Kautiainen H., Salo M., Kaukinen K.; Reunala T.; Collin P. Chronic Gastritis in Dermatitis Herpetiformis: A Controlled Study [online]. 2012 Disponvel em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3351085/> [acesso em 19 de outubro de 2013].
2. 2Alves C. et al. Antgenos de histocompatibilidade humanos e dermatologia: da pesquisa para a prtica clnica. An. Bras. Dermatol. [online]. 2006, vol.81, n.1, pp. 65-73.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Alakoski%20A%5Bauth%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Salmi%20TT%5Bauth%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Hervonen%20K%5Bauth%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Kautiainen%20H%5Bauth%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Salo%20M%5Bauth%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Kaukinen%20K%5Bauth%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Reunala%20T%5Bauth%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Reunala%20T%5Bauth%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Collin%20P%5Bauth%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3351085/CONGRESSO DO CURSO DE MEDICINA 2014 Tema: O desafio da Ateno Bsica como escola
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