CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
RELATÓRIO E CONTAS 2018
NOVO BANCO, S.A. Av. da Liberdade, n.º 195, 1250-142 Lisboa, Portugal
Capital Social: 5 900 000 000,00 euros Número de Matrícula na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa
e de Pessoa Coletiva: 513 204 016 LEI: 5493009W2E2YDCXY6S81
Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018 3
I. Relatório de Gestão 5
1. Mensagem do Presidente do Conselho Geral e de Supervisão 7 Mensagem do Presidente do Conselho de Administração Executivo 9
2. Principais Indicadores 11 3. O Grupo NOVO BANCO 15
3.1. O NOVO BANCO 15 3.2. Eventos mais relevantes de 2018 16 3.3. Órgãos Sociais e Estatutários 17 3.4. Estratégia 20
4. Enquadramento Macroeconómico 22 5. Atividade Comercial e Modelo de Negócio 28 6. Gestão de Liquidez e Financiamento 45 7. Gestão de Riscos e Capital 50
7.1. Principais Riscos e Incertezas 50 7.2. Organização 51 7.3. Risco de Crédito 56 7.4. Risco de Mercado e de Liquidez 67 7.5. Risco Operacional 72 7.6. Solvabilidade 76
8. Resultados e Atividade 81
8.1. NOVO BANCO Recorrente 81 8.2. NOVO BANCO Legacy 83 8.3. Grupo NOVO BANCO – Atividade e Resultados Consolidados 84 8.4. NOVO BANCO (Individual) 92
9. Demonstração de Dados não Financeiros 95
9.1. Estratégia de Sustentabilidade e Dividendo Social 95 9.2. Envolvimento com os Stakeholders 96 9.3. Gestão Ambiental 113
10. Governo da Sociedade 119
11. Demonstrações Financeiras 151 11.1. Demonstrações Financeiras Consolidadas 151 11.2. Demonstrações Financeiras Individuais 153
12. Notas Finais 155
12.1. Declaração de Conformidade sobre a Informação Financeira Apresentada 155
12.2. Proposta de Distribuição dos Resultados do NOVO BANCO 155
12.3. Nota de Agradecimento 156
Anexo:
I - Indicadores Alternativos de Desempenho 157
4 Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018
II. Demonstrações Financeiras e Notas, Relatórios e Pareceres 161
1. Demonstrações Financeiras Consolidadas e Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 161
2. Anexo - Adoção das Recomendações do Financial Stability Forum (FSF) e do Committee of European Banking Supervisors (CEBS) relativas à Transparência da Informação e à Valorização dos Ativos 369
3. Demonstrações Financeiras Individuais e Notas às Demonstrações Financeiras Individuais 373
4. Certificação Legal e Relatório de Auditoria das Contas Consolidadas 539
5. Certificação Legal e Relatório de Auditoria das Contas Individuais 549
6. Relatório do Conselho Geral e de Supervisão e Parecer do Comité para as Matérias Financeiras sobre o Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras Individuais e Consolidadas do Novo Banco, S.A. referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2018 559
7. Relatório Independente de Garantia Limitada de Fiabilidade 569
Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018 5
I. RELATÓRIO DE GESTÃO
6 Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018
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Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018 7
1. Mensagem do Presidente do Conselho Geral e de Supervisão
Caros Stakeholders,
O ano de 2018 marcou o primeiro aniversário da atividade do NOVO BANCO S.A. (“NOVO BANCO” ou
“Banco”) sob a nova estrutura acionista e modelo de governo, na sequência da aquisição de 75% do Banco
pela Nani Holdings SGPS S.A. (“Nani Holdings”) no quarto trimestre de 2017.
O Conselho Geral e de Supervisão ("CGS") e as respetivas Comissões reuniram durante o ano no desempenho
da sua função de supervisionar e apoiar o Conselho de Administração Executivo (“CAE”) na monitorização da
implementação dos objetivos e metas estratégicas estabelecidos e acordados no plano de negócios anual.
Em particular, o Banco concentrou-se durante o ano na execução dos quatro principais pilares do plano de
negócios, a saber: (1) Desenvolvimento, investimento e apoio contínuos à atividade comercial core; (2) de-
risking do balanço através do saneamento de elementos legacy, incluindo a alienação de ativos não core; (3)
Reforço e melhoria do governo interno, controlo, operações e gestão do risco; e (4) Fortalecimento da posição
de capital e de liquidez do Banco.
No final de 2018 o NOVO BANCO publicou pela primeira vez os seus resultados anuais fazendo a separação
entre o “Banco Recorrente” e o “Banco Legacy”. Os resultados do Banco Recorrente são a prova dos
progressos já visíveis no desenvolvimento e apoio à atividade comercial, tendo o crédito a clientes líquido
aumentado 2,4%, e tendo-se atingido resultados operacionais antes de impostos positivos, que comparam com
os prejuízos significativos registados em 2017. Os resultados do Banco Legacy incorporam a venda do Banque
Espírito Santo et de la Vénétie (“BES Vénétie”), a venda de uma significativa carteira de crédito não produtivo
e a venda de uma carteira de ativos imobiliários. O balanço do Banco Legacy foi reduzido em 4,1 mil milhões
de euros, refletindo a aceleração das atividades de de-risking ao longo do ano, tirando partido de condições de
mercado favoráveis.
Em 2018 o NOVO BANCO reforçou ainda mais as suas competências no âmbito do governo interno, controlo,
operações e gestão de risco. O reconhecimento pelos avanços conseguidos refletiu-se numa redução de 75pb,
para 3,25% em dezembro de 2018, no requisito do Pilar 2 do Supervisory Review and Evaluation Process
(SREP) por parte do Mecanismo Único de Supervisão. Os indicadores chave de desempenho na gestão de
risco são agora mais robustos, traduzindo a melhoria da qualidade dos ativos em balanço. Por outro lado, o
rácio Non-Performing Loans (NPL) mantém-se ainda a um nível elevado, situando-se em 22,4%, o que
posiciona o Banco como um outlier tanto no mercado doméstico como nos mercados europeus. Trata-se assim
de uma área que irá continuar a exigir a concentração de esforços no sentido da sua redução.
Adicionalmente, o Banco reforçou ainda a sua posição de capital e liquidez ao longo do ano. Em junho de 2018
o Banco acedeu pela primeira vez aos mercados de capitais, concluindo com êxito uma emissão de obrigações
subordinadas Tier 2 no montante de 400 milhões de euros conjuntamente com ofertas de aquisição e de troca
de dívida. Por outro lado, o Mecanismo de Capital Contingente (“CCA”) continua a suportar o capital, permitindo
8 Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018
sanar as questões herdadas do passado. No final de 2018, o Banco apresentava confortáveis níveis de liquidez,
com um rácio de transformação de 89% e um rácio de liquidez (LCR) de 125%.
Em termos gerais o Banco conseguiu importantes avanços neste primeiro ano do seu processo de
transformação.
Para 2019, foram estabelecidos objetivos e metas ambiciosos, mas realistas, os quais estão vertidos no plano
de negócios anual. O processo de transformação no sentido de apoiar os nossos clientes, colaboradores e
restantes stakeholders continuará a ser implementado a bom ritmo, quer através do desenvolvimento,
investimento e apoio contínuos à atividade comercial do Banco Recorrente, quer através do consistente de-
risking do Banco Legacy.
Em nome do CGS, gostaria de agradecer aos nossos clientes e a todos os stakeholders do Banco pela sua
continuada confiança e lealdade, e aos membros do CAE e a todos os colaboradores pela sua dedicação,
trabalho intenso e reiterado empenho, contribuindo para transformação do Banco durante o ano de 2018.
Byron Haynes
Presidente do Conselho Geral e de Supervisão
Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018 9
Mensagem do Presidente do Conselho de Administração Executivo
Caros Stakeholders
O ano de 2018 foi particularmente desafiante para todos os colaboradores do NOVO BANCO, por três razões
essenciais.
Primeiro porque a separação da atividade entre NOVO BANCO Recorrente e Legado sendo que o NOVO
BANCO Recorrente representa 78% da totalidade do ativo, permitiu separar o trigo do joio e garantir uma maior
concentração da atividade comercial regular nos clientes e no crescimento.
E se o ativo cresceu de forma ténue, 0,8%, há que salientar, pela primeira vez um crescimento saudável do
crédito a particulares e empresas de 2,4%. Sublinhe-se também a recuperação expressiva da margem
financeira, mais 36,6%, a redução dos custos operacionais em quase 10% que no conjunto permitiram um
acréscimo do resultado operacional core em 145 milhões de euros para 232 milhões de euros. Foram estes
efeitos conjugados que permitiram atingir o "break-even" antes de impostos com um resultado levemente
positivo de 2 milhões de euros.
Mas esta separação, em segundo lugar, permitiu e vai permitir também um escrutínio mais efetivo do contínuo
trabalho de de-risking do balanço legado que desceu uns expressivos 27,7% situando-se actualmente em
10 658 milhões de euros. Esta redução drástica, que ainda não comporta os efeitos esperados da venda já
acordada da GNB Vida, implicou perdas significativas e exige novamente o recurso ao mecanismo de
capitalização contingente acordado com o Fundo de Resolução no âmbito da venda do NOVO BANCO.
Por fim uma terceira razão é de salientar. Este foi o ano do lançamento do nosso Plano Estratégico que definiu
um conjunto de programas operacionais de otimização que permitiram a recuperação da viabilidade do Banco,
mas também a aposta na transformação digital com um roadmap e prioridades bem definidas, quer na
simplificação dos processos, quer na inteligência do serviço, bem como permitiu apostas claras na
diferenciação que implicarão o alargamento da oferta do NOVO BANCO a áreas de Investimento visando a
melhoria da performance futura. Neste Plano Estratégico não poderia deixar de referir a importância do objetivo
em prosseguir uma política de recuperação da imagem de banco confiável e transparente, mantendo as
preocupações de sustentabilidade (igualdade de género, bem-estar social e ambiental) com a criação, em
2017, de um modelo inovador de Dividendo Social, com compromissos e objetivos claros definidos para 2020.
Estes desafios fundamentais só foram possíveis de ultrapassar pelo esforço dos colaboradores, pelo exigente
e eficiente modelo de governação implementado, pela cooperação exigente dos acionistas mas sobretudo pela
confiança dos nossos clientes, empresas e particulares. A todos importa agradecer.
António Ramalho
Presidente do Conselho de Administração Executivo
10 Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018
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Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018 11
2. Principais Indicadores
PRINCIPAIS INDICADORES - Recorrente 31-dez-17 31-dez-18
ATIVIDADE (milhões de euros)
Ativo (2) 37 318 37 616
Crédito a Clientes (bruto) 22 572 23 077
Depósitos de Clientes (2) 29 682 28 350
Capitais Próprios e Equiparados (2) 3 247 2 856
QUALIDADE DOS ATIVOS
Non-Performing Loans (NPL) / (Crédito a Clientes + Disponibilidades e Aplicações em
Instituições de Crédito)- 5,4%
Provisões para Crédito/ Non-Performing Loans - 46,8%
Provisões para Crédito/Crédito a Clientes (bruto) 2,8% 2,7%
Custo do Risco 0,86% 0,17%
RENDIBILIDADE
Resultado antes de impostos (milhões de euros) (2) -311,4 2,2
Resultado antes de Impostos e Interesses que não controlam / Ativo Líquido médio (1) (2) -0,8% 0,0%
Produto Bancário /Ativo Líquido médio (1) (2) 1,6% 1,9%
Resultado antes de Impostos e de Interesses que não controlam / Capitais Próprios médios
(1) (2)-8,8% 0,1%
EFICIÊNCIA
Custos Operativos/ Produto Bancário (1) (2) 85,2% 64,5%
COLABORADORES (nº)
Total 5 488 5 096
- Atividade Doméstica 5 156 4 804
- Atividade Internacional 332 292
REDE DE BALCÕES (nº)
Total 473 402
- Doméstica 448 381
- Internacional 25 21
(1) De acordo com a Instrução nº 16/2004 do Banco de Portugal, na versão em vigor
(2) Dados de 31 de dezembro de 2017 reexpressos de forma a refletir em Outras reservas e resultados transitados a
ativação do Mecanismo de Capital Contingente e a alteração do registo inicial de passivos relacionados com a operação
de LME concretizada no último trimestre de 2017
12 Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018
PRINCIPAIS INDICADORES - Legacy 31-dez-17 31-dez-18
ATIVIDADE (milhões de euros)
Ativo 14 737 10 658
Crédito a Clientes (bruto) 8 850 5 635
Depósitos de Clientes - -
Capitais Próprios e Equiparados 1 474 1 066
QUALIDADE DOS ATIVOS
Non-Performing Loans (NPL) / (Crédito a Clientes + Disponibilidades e Aplicações em
Instituições de Crédito)- 90,3%
Provisões para Crédito/ Non-Performing Loans - 63,0%
Provisões para Crédito/Crédito a Clientes (bruto) 56,5% 59,4%
Custo do Risco 11,71% 3,97%
RENDIBILIDADE
Resultado antes de impostos (milhões de euros) - 1 514,6 -715,2
Resultado antes de Impostos e Interesses que não controlam / Ativo Líquido médio (1) -10,0% -6,2%
Produto Bancário /Ativo Líquido médio (1) 1,2% -2,0%
Resultado antes de Impostos e de Interesses que não controlam / Capitais Próprios médios
(1)-108,2% -62,1%
EFICIÊNCIA
Custos Operativos/ Produto Bancário (1) 19,3% -9,7%
COLABORADORES (nº)
Total - -
- Atividade Doméstica - -
- Atividade Internacional - -
REDE DE BALCÕES (nº)
Total - -
- Doméstica - -
- Internacional - -
(1) De acordo com a Instrução nº 16/2004 do Banco de Portugal, na versão em vigor
Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018 13
PRINCIPAIS INDICADORES - CONSOLIDADO 31-dez-16 31-dez-17 31-dez-18
ATIVIDADE (milhões de euros)
Ativo (3) 52 333 52 055 48 274
Crédito a Clientes (bruto) 33 750 31 422 28 712
Depósitos de Clientes (3) 25 585 29 682 28 350
Capitais Próprios e Equiparados (3) 5 148 4 721 3 922
SOLVABILIDADE
Common EquityTier I /Ativos de Risco 12,0% 12,8% 12,8%
Tier I /Ativos de Risco 12,0% 12,8% 12,8%
Fundos Próprios Totais/Ativos de Risco 12,0% 13,0% 14,5%
LIQUIDEZ (milhões de euros)
Financiamento líquido junto do BCE (2) 5 123 2 790 5 864
Carteira Elegível para Operações de Repos (BCE e outros), líquida de haircut 11 587 12 706 14 624
(Crédito Total - Imparidade acumulada para Crédito)/ Depósitos de Clientes (1) 110% 88% 89%
Liquidity Coverage Ratio (LCR) 107% 124% 125%
Net Stable Funding Ratio (NSFR) 99% 108% 106%
QUALIDADE DOS ATIVOS
Crédito Vencido >90 dias/Crédito a Clientes (bruto) 17,0% 16,3% 12,1%
Non-Performing Loans (NPL) / (Crédito a Clientes + Disponibilidades e Aplicações em
Instituições de Crédito)33,6% 28,1% 22,4%
Provisões para Crédito/Crédito Vencido > 90 dias 97,2% 109,8% 114,3%
Provisões para Crédito/Crédito a Clientes (bruto) 16,5% 17,9% 13,8%
Custo do Risco 1,99% 3,91% 0,92%
RENDIBILIDADE
Resultado do exercício (milhões de euros) (3) - 788,3 -2 298,0 -1 412,6
Resultado antes de Impostos e Interesses que não controlam / Ativo Líquido médio (1) (3) -1,9% -3,6% -1,5%
Produto Bancário /Ativo Líquido médio
(1) (3) 1,8% 1,5% 1,0%
Resultado antes de Impostos e de Interesses que não controlam / Capitais Próprios médios (1) (3)
-17,0% -33,5% -14,3%
EFICIÊNCIA
Custos Operativos/ Produto Bancário (1) (3) 60,4% 70,4% 100,6%
Custos com Pessoal / Produto Bancário (1) (3) 31,0% 35,3% 55,0%
COLABORADORES (nº)
Total 6 096 5 488 5 096
- Atividade Doméstica 5 687 5 156 4 804
- Atividade Internacional 409 332 292
REDE DE BALCÕES (nº)
Total 537 473 402
- Doméstica 507 448 381
- Internacional 30 25 21
(1) De acordo com a Instrução nº 16/2004 do Banco de Portugal, na versão em vigor
(2) Inclui financiamento e aplicações do/no SEBC; o valor positivo significa um recurso; o valor negativo significa uma aplicação
(3) Dados de 31 de dezembro de 2017 reexpressos de forma a refletir em Outras reservas e resultados transitados a ativação do Mecanismo de Capital Contingente e a
alteração do registo inicial de passivos relacionados com a operação de LME concretizada no último trimestre de 2017
14 Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018
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Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018 15
3. O Grupo NOVO BANCO
3.1. O NOVO BANCO
O NOVO BANCO, S.A. (“NOVO BANCO” ou o “Banco”) é a entidade principal do grupo financeiro NOVO
BANCO, cuja atividade está principalmente centrada no setor bancário. O NOVO BANCO foi constituído por
deliberação do Conselho de Administração do Banco de Portugal, a 3 de agosto de 2014 (20 horas), ao abrigo
do nº 5 do artigo 145º-G do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF)1,
aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de dezembro (na redação à data), na sequência da aplicação pelo
Banco de Portugal de uma medida de resolução ao Banco Espírito Santo, S.A. (BES), nos termos dos nºs 1 e
3, alínea c) do artigo 145º-C do RGICSF. Nos termos da medida de resolução foram transferidos para o NOVO
BANCO, os ativos, passivos, elementos extrapatrimoniais e ativos sob gestão do BES definidos no Anexo 2 à
referida deliberação, conforme alterada.
No dia 29 de dezembro de 2015, o Conselho de Administração do Banco de Portugal aprovou uma deliberação
(doravante “Deliberação de 29 de dezembro de 2015”) da qual resultou uma versão revista e consolidada do
Anexo 2 da Deliberação de 3 de agosto de 2014, consolidando-se assim o perímetro de ativos, passivos,
elementos extrapatrimoniais e ativos sob gestão do NOVO BANCO.
Em 18 de outubro de 2017, conclui-se o processo de venda do NOVO BANCO à sociedade Nani Holdings,
S.G.P.S., S.A. entidade detida indiretamente por fundos de investimento geridos pelo grupo Lone Star. Com a
conclusão da venda e a realização de dois aumentos de capital, o primeiro no montante de 750 milhões de
euros (realizado na data de venda) e segundo no montante de 250 milhões de euros (realizado em 21 de
dezembro de 2017), o capital social do NOVO BANCO passou para 5.900.000.000,00 euros, representado por
9.799.999.997 ações escriturais, nominativas, sem valor nominal, totalmente subscrito, realizado e detido pela
Nani Holdings S.G.P.S., S.A. em 75% e pelo Fundo de Resolução em 25%.
As condições da operação de venda incluem a existência de um Mecanismo de Capital Contingente
(“Contingent Capital Agreement” ou “CCA”), nos termos do qual o Fundo de Resolução se compromete a
realizar pagamentos, sujeitos a um limite máximo absoluto, no caso de se materializarem certas condições
cumulativas, relacionadas com o desempenho de um conjunto delimitado de ativos e com a evolução dos níveis
de capitalização do NOVO BANCO. As condições acordadas preveem também mecanismos de salvaguarda
dos interesses do Fundo de Resolução, de alinhamento de incentivos e de fiscalização, não obstante as
limitações decorrentes da aplicação das regras de auxílios de Estado.
Após a conclusão da operação de venda, cessou a aplicação ao NOVO BANCO do regime das instituições de
transição, passando a operar em total normalidade ainda que sujeito a algumas medidas limitativas à sua
atividade impostas pela autoridade da concorrência europeia.
1 As referências efetuadas ao RGICSF referem-se à versão em vigor na data da medida de resolução.
16 Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018
O NOVO BANCO desenvolve a sua atividade bancária diretamente e através da sua sucursal em Espanha e
das suas subsidiárias Banco Eletrónico de Serviço Total S.A. (Banco Best, detido a 100%) e NOVO BANCO
dos Açores, S.A. (NBA, detido em 57,53%). Adicionalmente desenvolve também atividade na área de gestão
de ativos através da subsidiária GNB - Gestão de Ativos, S.G.P.S., S.A. (GNB GA), que detém a 100% (gestão
de fundos mobiliários, gestão de fundos imobiliários, gestão de fundos de pensões e gestão de patrimónios).
O Banco detém ainda participações em entidades que atuam no capital de risco, no setor imobiliário, seguros,
renting e prestação de serviços a empresas.
3.2. Eventos mais relevantes de 2018
Emissão de obrigações subordinadas
De forma a reforçar os seus capitais, em 2018 o NOVO BANCO emitiu 400 milhões de euros de instrumentos
de dívida subordinada a 10 anos, a uma taxa de juro de 8,5%. A emissão de dívida subordinada foi efetuada
em conjunto com ofertas de aquisição e de troca dirigidas aos detentores de obrigações sénior do NOVO
BANCO, tendo sido priorizada a alocação da nova emissão do Tier 2 aos investidores participantes na oferta
de troca (65%), face à alocação a novos investidores (35%).
Processo de Desinvestimento de Ativos não Estratégicos
A prossecução da estratégia de foco no negócio bancário doméstico levou à realização das seguintes
operações sobre os ativos considerados não estratégicos para a atividade do NOVO BANCO:
Concretização da venda dos ativos e passivos da Sucursal da Venezuela ao BANCAMIGA, Banco Universal,
CA. Com a concretização desta transação, o NOVO BANCO deixou de ter qualquer atividade bancária na
Venezuela;
Alienação da participação acionista de 87,5% no capital social do BES Vénétie ao fundo Cerberus Capital
Management, L.P.;
Concretização da venda de 90% do capital social do Banco Internacional de Cabo Verde, S.A., detido pelo
NB África, SGPS S.A. e pelo NOVO BANCO, à sociedade IIBG Holdings B.S.C.;
Celebração com a Bankers Insurance Holdings, uma sociedade do grupo Global Bankers Insurance Group,
de um contrato de compra e venda da totalidade do capital social da subsidiária GNB - Companhia de
Seguros de Vida, S.A., cuja concretização se encontra dependente da autorização pelas autoridades
regulatórias;
Celebração de um contrato-promessa de compra e venda com entidades indiretamente detidas por fundos
geridos pela sociedade Anchorage Capital Group L.L.C. para a venda de uma carteira de ativos imobiliários,
composta por cerca de nove mil imóveis (Projeto Viriato);
Celebração de um contrato de compra e venda entre o NOVO BANCO, o Banco Electrónico de Serviço
Total, S.A. (“Banco Best”) e um consórcio de fundos geridos pela KKR Credit Advisors (US) L.L.C. e a LX
Investment Partners II S.À.R L., mediante o qual o NOVO BANCO e o Banco Best venderam uma carteira
de crédito não produtivo (non-performing loans - NPLs) e ativos relacionados (Projeto Nata).
Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018 17
Mecanismo de Capital Contingente
Na sequência das condições acordadas no processo de venda do NOVO BANCO, foi criado um Mecanismo
de Capitalização Contingente (CCA) cuja responsabilidade pela gestão ficou a cargo do Fundo de Resolução.
Neste contexto, o NOVO BANCO pode ser compensado, até ao limite máximo de 3,89 mil milhões de euros,
por perdas que venham a ser reconhecidas com alguns dos seus ativos problemáticos, caso os rácios de capital
desçam abaixo de determinado patamar.
O capital que está a ser gerido corresponde a um perímetro de ativos previamente definido, com um valor
líquido contabilístico inicial (junho de 2016) de cerca de 7,9 mil milhões de euros. Em 31 de dezembro de 2018,
estes ativos apresentavam um valor líquido contabilístico de 4,0 mil milhões de euros (31 de dezembro de
2017: valor líquido contabilístico de 5,4 mil milhões de euros).
Em resultado das perdas das vendas e da redução dos ativos legacy, o NOVO BANCO irá solicitar uma
compensação de 1 149 milhões de euros ao abrigo do CCA. Este montante decorre em 69% das perdas
assumidas sobre os ativos incluídos no CCA e 31% devido a requisitos regulatórios de aumento de capital no
quadro do ajustamento do período transitório dos rácios de capital e ao impacto do IFRS 9. O valor das
compensações relativamente a 2017 e 2018 totaliza 1,9 mil milhões de euros que compara com o montante
máximo estabelecido no CCA de 3,89 mil milhões de euros.
Património Cultural e Artístico
Em 29 de janeiro de 2018, o NOVO BANCO e o Estado Português, através do Ministério da Cultura, assumiram
o compromisso de disponibilizar à fruição pública o património cultural e artístico do NOVO BANCO, através
de parcerias com entidades públicas e privadas, como museus e universidades, de âmbito nacional e regional.
Este compromisso passa pela criação da marca NB Cultura que reúne, sob um único conceito, as coleções do
Banco – pintura, fotografia contemporânea, estudos humanísticos e numismática.
3.3. Órgãos Sociais e Estatutários
Nos termos dos estatutos são órgãos sociais e estatutários do NOVO BANCO, a Assembleia Geral, o Conselho
Geral e de Supervisão, o Conselho de Administração Executivo, a Comissão de Acompanhamento, o Revisor
Oficial de Contas e o Secretário da Sociedade.
Os membros dos órgãos sociais são nomeados para mandatos de quatro anos e podem ser eleitos por uma
ou mais vezes.
Ainda nos termos dos Estatutos, os membros da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho Geral e de
Supervisão e da Comissão de Acompanhamento são eleitos pela Assembleia Geral. A Assembleia Geral tem
18 Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018
igualmente a competência para designar e substituir o Revisor Oficial de Contas do Banco, mediante proposta
do Conselho Geral e de Supervisão. Os membros do Conselho de Administração Executivo são nomeados
pelo Conselho Geral e de Supervisão. O Secretário e o Secretário Suplente da Sociedade são nomeados pelo
Conselho de Administração Executivo após consulta prévia ao Conselho Geral e de Supervisão.
Organograma do modelo de governo do NOVO BANCO:
(1) Eleito pela Assembleia Geral mediante proposta do Conselho Geral e de Supervisão.
(2) A Comissão de Acompanhamento é composta por três membros. A Comissão de Acompanhamento é um órgão consultivo no
âmbito do Mecanismo de Capital Contingente.
(3) Os Comités Especiais são compostos por membros do Conselho Geral e de Supervisão. O Conselho Geral e de Supervisão
constitui, nomeia os membros e aprova as regras internas dos Comités Especiais.
(4) O Conselho Geral e de Supervisão é consultado no âmbito de qualquer proposta do Conselho de Administração Executivo
relacionada com a nomeação do Secretário e do Secretário Suplente da Sociedade.
Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018 19
Para o mandato 2017 – 2020, a composição dos órgãos sociais e estatutários do NOVO BANCO à data de
assinatura deste Relatório é a seguinte:
Mesa da Assembleia Geral
Presidente: Rui Manuel Pinto Duarte
Vice-Presidente: Miguel João Valente da Costa Madeira
Secretário: Pedro Moreira de Almeida Queiroz de Barros
Conselho Geral e de Supervisão
Presidente: Byron James Macbean Haynes
Vice-Presidente: Karl-Gerhard Eick
Vogal: Donald John Quintin
Vogal: Kambiz Nourbakhsh
Vogal: Mark Andrew Coker
Vogal: Benjamin Friedrich Dickgiesser
Vogal: John Ryan Herbert
Vogal: Robert Alan Sherman
Vogal: Carla Antunes da Silva
Conselho de Administração Executivo2
Presidente: António Manuel Palma Ramalho - Chief Executive Officer (CEO)
Vogal: Vítor Manuel Lopes Fernandes - Chief Commercial Officer
Vogal: Jorge Telmo Maria Freire Cardoso – Chief Recovery and Investment Officer
Vogal: Luísa Marta Santos Soares da Silva Amaro de Matos - Chief Legal and Compliance Officer
Vogal: José Eduardo Fragoso Tavares de Bettencourt – Chief Operating Officer
Vogal: Rui Miguel Dias Ribeiro Fontes - Chief Risk Officer
Vogal: Luís Miguel Alves Ribeiro - Chief Commercial Officer - Retail
Vogal: Mark George Bourke – Chief Financial Officer (CFO)3
Comissão de Acompanhamento4
Presidente: José Rodrigues de Jesus
Vogal: José Bracinha Vieira
Revisor Oficial de Contas
Ernst & Young, Audit & Associados – SROC, S.A., inscrita na CMVM sob o número 20161480 e na OROC
sob o número 178, representada por António Filipe Dias da Fonseca Brás, registado na CMVM sob o número
20161271 e na OROC sob o número 1661 e, como Suplente João Carlos Miguel Alves, registado na CMVM
sob o número 20160515 e na OROC sob o número 896.
Secretário da Sociedade
Pedro Moreira de Almeida Queiroz de Barros
Mário Nuno de Almeida Martins Adegas (Secretário Suplente)
2 Durante o exercício de 2018 exerceu funções de Vogal do Conselho de Administração Executivo Isabel Maria Ferreira Possantes
Rodrigues Cascão tendo cessado o seu mandato em 31 de março de 2018. 3 Mark George Bourke iniciou funções em 4 de março de 2019. 4 Durante o exercício de 2018, Miguel Athayde Marques exerceu funções de Vogal da Comissão de Acompanhamento tendo renunciado
ao mandato com efeitos imediatos em 28 de fevereiro de 2019.
20 Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018
3.4. Estratégia
Na sequência do Plano de Reestruturação desenhado no âmbito dos compromissos com a DG COMP5, foi
criado, no final de 2016, um conjunto de Projetos de Transformação do Grupo NOVO BANCO (“GNB” ou o
“Grupo”), projetos com especial enfoque na (i) maximização da eficiência de custos, através de ajustamentos
à capacidade instalada – racionalização da estrutura (serviços centrais e rede de retalho) e processos, e
otimização de custos - e (ii) na otimização das receitas.
Em 2018 ficou definido o Plano Estratégico do Banco para 2018/2020, o primeiro plano estratégico desenhado
após a venda do Banco no final de 2017.
Este plano assenta no ADN do Grupo e alicerça-se em quatro pilares estruturais e estruturantes, compostos
por vários Programas Operacionais:
1. Pilar Modelo de Distribuição – constituído por programas que visam a evolução inteligente do modelo
de distribuição, com profundas alterações do modelo de balcões e ajustamento aos novos requisitos
dos clientes digitais, assegurando a proximidade omni-canal com os clientes;
2. Pilar Talento e Mérito – constituído por programas que pretendem garantir a profunda evolução da
gestão do capital humano, em termos de rejuvenescimento, motivação e retenção e procuram o
alinhamento entre os incentivos e a evolução transformacional;
3. Pilar IT e Processos – incluindo um conjunto de programas com vista a garantir a profunda
transformação tecnológica, tanto em termos da preservação das plataformas atuais, como na criação
de um IT Agile;
4. Pilar Risk Adjustment – constituído por programas que se destinam a garantir o ajustamento na
gestão de risco, designadamente através de ajustamentos do apetite de risco segmentados, com
influência decisiva no pricing e continuas melhorias na governance.
Sobre estes pilares, foram definidos três círculos, também eles compostos por programas operacionais:
1. O círculo da otimização;
2. O círculo da digitalização; e
3. O círculo da diferenciação
Em 2018 foi dada prioridade aos programas contidos no círculo de otimização ambicionando atingir melhores
níveis de eficiência e melhor nível de prestação de serviço ao cliente.
Os programas deste círculo foram, ainda, desenhados por forma a garantir o cumprimento dos objetivos
traçados no acordo assinado entre o Estado Português e a Comissão Europeia, garantindo a necessária
reestruturação do Banco e um elevado nível de rentabilidade operacional.
Em consequência do sucesso destes programas, durante o ano de 2018 reduziu-se consideravelmente o
elevado volume de NPLs quer através de recuperação casuística, quer pela venda da maior carteira de créditos
não produtivos alguma vez vendida em Portugal. No final do ano a carteira de NPLs líquida de imparidades era
já inferior a 3 mil milhões de euros.
5 Directorate-General for Competition
Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018 21
Em paralelo acelerou-se a venda de imóveis não produtivos. No quarto trimestre foram vendidos cerca de 9 mil
propriedades, no montante de mais de 700 milhões de euros.
Foi, ainda, dado grande enfoque à normalização do custo do passivo através de diversas operações que
incidiram sobre os produtos de passivo de taxa de juro elevada, com um nível de retenção de recursos de
clientes superior a 80%.
Mas 2018 foi também marcado por passos decisivos para a atividade corrente que refundará o NOVO BANCO
para o futuro.
O capital foi reforçado por efeito da compensação recebida ao abrigo do mecanismo de capitalização
contingente acordado com o Fundo de Resolução no âmbito da venda do NOVO BANCO, e também pela
emissão de 400 milhões de euros de obrigações subordinadas Tier 2, uma operação que foi premiada pela
International Financing Review (IFR) como a emissão obrigacionista do ano na Europa por parte de uma
instituição financeira – Europe Financial Bond Award.
Ao nível da Atividade Comercial reiniciou-se o processo de recuperação de quota de mercado, quer nas
empresas, quer nos particulares, mantendo níveis adequados de margem financeira.
Ao nível da operação foi possível conter os custos, reduzir os balcões para um número muito próximo do
comprometido com a DG COMP e assegurar a venda ou fecho das operações não core como o Banco
Internacional de Cabo Verde, o BES Vénétie ou a sucursal na Venezuela.
Inicia-se, em 2019, a fase de transformação do Grupo, de cariz predominantemente digital, com vista a manter
o seu posicionamento como banco universal e de referência no mercado nacional, com uma forte presença na
área de empresas e no retalho, destacando-se, igualmente pela qualidade do serviço prestado.
Em 2019 será dada prioridade aos programas que constituem o círculo da digitalização, cujas iniciativas
compõem o recém-criado NOVO BANCO Digital, que permitirão transformar o Grupo NOVO BANCO num
prestador de serviços multi-canal, com forte componente digital, simples e de baixo risco, centrado no cliente.
Neste ano aprofundar-se-á, ainda, o terceiro círculo de prioridades (diferenciação) onde se desenha a
diferenciação do Grupo e onde às propostas das unidades em Espanha, Banco Best e Gestão de Ativos se
juntarão as unidades de negócio de Real Estate Financing e de Principal e Alternative Lending que estão em
fase de implementação. Tudo isto fará a diferenciação do Grupo NOVO BANCO.
Tudo o que foi feito em 2018 será aprofundado em 2019 para assegurar o destino estratégico do NOVO
BANCO.
Refira-se, ainda, que o Banco decidiu apresentar em 2018, os principais indicadores financeiros separando a
atividade desenvolvida pelo banco recorrente e pelo banco legacy. Nesta última categoria foram englobados
créditos sobre clientes, incluindo não só os créditos incluídos no Mecanismo de Capital Contingente, cerca de
92% do total, como outros créditos não estratégicos, títulos, incluindo fundos de reestruturação e ainda uma
carteira de Real Estate Owned (não produtiva).
A atividade de 2019 será, assim, enformada pelos objetivos do Plano Estratégico, que se traduzem no
adequado crescimento da carteira de crédito recorrente, em significativas melhorias do produto bancário
comercial e do custo do risco e, na continua redução de custos operativos.
22 Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018
4. Enquadramento Macroeconómico
O ano de 2018 foi marcado pelo prolongamento do ciclo de expansão da atividade económica global, mas com
um desempenho divergente entre os EUA e as restantes economias e com um maior foco nos riscos negativos
para o outlook, marcando um ponto de inflexão na evolução da economia mundial, depois da aceleração
simultânea das principais economias em 2017. No seu conjunto, a economia mundial manteve o crescimento
do PIB estabilizado em torno de 3,7%, com as economias desenvolvidas a acelerarem apenas marginalmente,
de 2,3% para 2,4%, e com as economias emergentes a manterem um crescimento em torno de 4,7%.
Crescimento do PIB (%) EUA: IPC – Taxa de Inflação Homóloga (%)
O PIB dos EUA cresceu 2,9% em 2018 (depois de um registo de 2,2% no ano anterior), com a procura interna
a beneficiar de significativos estímulos fiscais e de uma política monetária ainda expansionista. O crescimento
revelou-se particularmente dinâmico na primeira metade do ano. Neste contexto, a taxa de desemprego recuou
de 4,1% para um mínimo de 3,7% da população ativa em novembro, fechando depois o ano em 3,9%, em torno
do seu nível estimado de longo prazo. Com a economia a operar em torno do pleno emprego, foi visível um
aumento das pressões inflacionistas, em particular pela via salarial. A remuneração média horária acelerou
para uma variação homóloga de 3,2%, o registo mais forte desde 2009, e outras medidas de crescimento dos
salários apontaram para subidas homólogas em torno de 3%-4%. A inflação subiu de 2,1%, em janeiro, para
um máximo anual de 2,9% em julho, antes de recuar para 2,2% no final do ano (neste caso, em função do
comportamento dos preços da energia). A nível core, a inflação subiu de 1,8% para 2,4% até julho, fechando
o ano também em 2,2%. Neste contexto, a Reserva Federal prosseguiu, em 2018, um processo de
normalização gradual da política monetária, elevando os juros de referência por quatro vezes, em movimentos
de 25 bps, para 2,25%-2,5%, ainda abaixo da estimativa para o seu nível neutral. Os níveis ainda contidos da
inflação permitiram que a política monetária se mantivesse expansionista. A yield dos Treasuries a 10 anos
subiu de 2,406% para 2,685% no conjunto do ano, tendo superado temporariamente os 3,2% no início do 4º
trimestre.
1,6
2,2
2,9
1,92,4
1,8
6,7 6,8 6,6
2016 2017 2018 2016 2017 2018 2016 2017 2018
EUA Zona Euro China-0,5
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
1,9
IPC headline
IPC core 2,2
Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018 23
Yields dos títulos de dívida pública a 10 anos, Taxa de juro Fed Funds EUA e Alemanha (%)
A evolução da economia dos EUA contrastou com o comportamento menos dinâmico da Zona Euro, que
cresceu 1,8% em 2018, em desaceleração face ao registo de 2,4% do ano anterior. Embora se tenha observado
alguma melhoria nos mecanismos de transmissão dos estímulos monetários levados a cabo pelo Banco Central
Europeu (BCE), expressos numa ligeira aceleração do crédito ao setor privado, a atividade económica da Zona
Euro não beneficiou do mesmo grau de estímulos orçamentais que os EUA. Adicionalmente, a Zona Euro foi
penalizada pela persistência de um ambiente de incerteza política que, condicionando os níveis de confiança,
restringiu decisões de investimento. Destacam-se, neste contexto, as tensões orçamentais entre o novo
Governo italiano e a Comissão Europeia, que se traduziram num alargamento dos spreads soberanos de Itália,
numa revisão em baixa do respetivo rating e numa penalização do euro, refletindo o menor interesse dos
investidores em ativos da Zona Euro, relativamente aos ativos dos EUA.
Spread das taxas das Obrigações do Tesouro a Taxa Euribor a 3 e 6 meses (%) 10 anos face à Alemanha (pontos base)
A expansão da atividade na Zona Euro permitiu uma redução da taxa de desemprego em 2018, de 8,6% para
perto de 7,9% da população ativa. Foi também visível uma ligeira aceleração dos salários, mas com a respetiva
variação homóloga a manter-se ainda contida, subindo de 1,8% para 2,4%. Neste contexto, a economia da
Zona Euro não sentiu pressões inflacionistas significativas. A inflação headline elevou-se de 1,3% para um
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
EUA
Alemanha
2,69
0,24
0
1
2
3
4
5
6
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2015 2016 2017 2018
148
Espanha
Portugal
1
8
Itália
250
117
66
Irlanda -0,4
-0,3
-0,2
-0,1
0
0,1
0,2
2015 2016 2017 2018 2019
Euribor 6M
Euribor 3M
24 Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018
máximo anual de 2,2% em outubro, recuando depois para 1,6% em dezembro. A nível core, o crescimento
homólogo dos preços manteve-se estável em torno de 1%. A inflação da Zona Euro manteve-se, assim, muito
abaixo da meta do BCE para a estabilidade de preços. O BCE manteve os juros de referência inalterados (taxa
das operações principais de refinanciamento em 0% e taxa de juro da facilidade de depósitos em -0,4%). A
revisão em baixa das expectativas para o crescimento e inflação na Zona Euro, visível ao longo do ano,
traduziu-se na atenuação e adiamento de expectativas de subida dos juros de referência pelo BCE. Neste
contexto, a Euribor a 3 meses acabou por se manter relativamente estável no conjunto de 2018, em níveis
ainda negativos, fechando o ano em -0,3090%, apenas marginalmente acima dos -0,3290% registados no final
de 2017. A yield do Bund a 10 anos recuou de um máximo anual de 0,76%, em fevereiro, para 0,242% em
dezembro. O BCE prosseguiu, em 2018, a atenuação do programa de compra de ativos, reduzindo
gradualmente os montantes mensais de títulos adquiridos e terminando o processo de compra de nova dívida
em dezembro.
Zona Euro: IPC – Taxa de Inflação Homóloga Taxa de câmbio EUR/USD
A divergência entre os desempenhos das economias dos EUA e da Zona Euro ao nível do crescimento
económico, da política monetária e dos juros traduziu-se numa maior atratividade dos ativos americanos para
os investidores, o que suportou uma depreciação do euro face ao dólar. A divisa europeia perdeu 4,7% face
à divisa americana, fechando o ano em EUR/USD 1,1452. A incerteza política na Europa foi, também,
alimentada pelas dúvidas em torno do Brexit. O PIB do Reino Unido desacelerou em 2018, com o respetivo
crescimento a recuar de 1,7% para 1,3%, enquanto a libra depreciou quase 12% face ao dólar desde o máximo
anual de abril (GBP/USD 1,434) até ao final de dezembro (GBP/USD 1,263). A divisa britânica foi penalizada
pelos receios crescentes de um hard Brexit, não obstante o acordo de saída alcançado com a UE no final do
ano, muito contestado internamente. O Banco de Inglaterra elevou a base rate em agosto (25 bps, para 0,75%),
mantendo depois a política monetária inalterada durante o resto do ano.
Na China, o PIB cresceu 6,6% no ano, depois de um registo de 6,8% em 2017. As autoridades chinesas
estimularam a procura com medidas expansionistas seletivas, como a redução do rácio de reservas dos bancos
(de 17% para 14,5%) e a atenuação das restrições ao financiamento de entidades públicas. Mas isso não
impediu uma tendência de abrandamento da atividade, por um lado em função do necessário processo de
ajustamento estrutural da economia (redução da alavancagem, do investimento em imobiliário e do excesso
-1
-0,5
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
1,6IPC headline
1,0IPC core
1,00
1,05
1,10
1,15
1,20
1,25
1,30
1,35
1,40
1,45
1,50
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
1
1.145
Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018 25
de capacidade produtiva) e, por outro lado, em resultado das tensões comerciais com os EUA, que geraram
incerteza e condicionaram as decisões dos agentes económicos. Apesar deste desempenho menos favorável
da China, em termos gerais as economias emergentes mostraram-se resilientes em 2018, com um
crescimento mais elevado na Ásia a compensar uma desaceleração na Europa e uma estabilização na América
Latina. A subida dos juros nos EUA e a apreciação do dólar suportaram, contudo, um movimento de saída de
capitais dos mercados emergentes, penalizando os seus ativos. Na primeira metade do ano, a pressão foi
particularmente sentida em economias com maiores desequilíbrios macroeconómicos (e.g. Argentina), com
maior incerteza política (e.g. Brasil) ou ambos (e.g. Turquia).
Comércio Internacional (YoY%) vs. Tendência
O desempenho dos mercados financeiros foi fortemente condicionado pelas tensões comerciais crescentes
entre os EUA e a China, com a Administração Trump a anunciar, em diversas fases, a imposição de tarifas
sobre um total de USD 250 mil milhões de importações oriundas da China, e com as autoridades chinesas a
retaliarem com a imposição de tarifas sobre um valor global de USD 110 mil milhões de importações oriundas
dos EUA. Os receios de uma escalada de medidas protecionistas condicionaram as expectativas de
crescimento da economia global, com impactos negativos no mercado acionista. Em si mesma, a imposição
de tarifas forçou diversas empresas a adotarem estratégias de ajustamento às restrições ao comércio, incluindo
a deslocalização de operações produtivas, a procura de novos fornecedores ou a absorção dos custos das
tarifas, com impactos negativos na sua eficiência e rentabilidade. Num contexto de subida dos custos de
produção (e.g. aceleração dos salários nos EUA) e de receios sobre a subida dos juros pela Reserva Federal
americana (com o progressivo flattening da yield curve), este contexto contribuiu para uma forte desvalorização
dos principais índices no conjunto de 2018, apesar da evolução positiva dos resultados das empresas. Nos
EUA, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq registaram variações de -5,6%, -6,2% e -3,9%, respetivamente.
Na China, o Shanghai Composite recuou 24,6%. No Japão, o Nikkei perdeu 12,1%. Na Europa, o DAX, o CAC
40 e o IBEX registaram variações de -18,3%, -10,95% e -14,97%, respetivamente. De referir a forte correcção
do setor tecnológico no 2º semestre, fruto da revisão em baixa das perspetivas de crescimento global, depois
da forte valorização na primeira metade do ano. Por último, o mercado acionista foi também penalizado pelo
setor energético, na sequência da queda superior a 20% do preço do petróleo (-20,4% no caso do Brent, para
-1
0
1
2
3
4
5
6
2014 2015 2016 2017 2018
26 Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018
USD 53,2/barril, e -24,8% no caso do WTI, para USD 45,4/barril). Esta queda ocorreu apesar dos cortes de
produção levados a cabo pela OPEP e pela Rússia, e resultou da perceção de excesso de oferta no mercado.
Para além de um forte aumento da volatilidade, o ano de 2018 ficou marcado pela (pouco usual) ausência de
óbvios ativos de refúgio nos mercados financeiros.
Índices Acionistas Selecionados Preço do Petróleo Brent e WTI (USD/Barril) (janeiro 2016 = 100)
A economia de Espanha manteve, em 2018, um dinamismo superior à média europeia. O PIB cresceu 2,5%,
com uma desaceleração ligeira face ao registo de 3% observado em 2017. O crescimento manteve-se
suportado pela procura interna, com crescimentos de 2,4% no consumo privado e de 5,2% no investimento. As
exportações abrandaram significativamente (de 5,2% em 2017 para 2,2%), enquanto as importações
cresceram 3,6%. A taxa de desemprego manteve uma tendência descendente, recuando de 17,1% para 14,5%
da população ativa. A inflação manteve-se muito contida, recuando de 2% para 1,2%. O mercado da habitação
mostrou-se dinâmico, com os respetivos preços a subirem 6,6%, em termos homólogos, no 4º trimestre, em
aceleração face à primeira metade do ano. A economia espanhola mostrou-se resiliente perante a curta, mas
intensa, crise política que, no final de maio, resultou na substituição do Governo de Mariano Rajoy, do PP, por
um Governo minoritário do PSOE, liderado por Pedro Sanchez. A postura europeísta e mainstream revelada
pelo novo Governo – contrastando com os sinais do novo Governo em Itália – traduziu-se numa resposta
benigna dos mercados, depois de uma reação inicial adversa.
Em Portugal, o PIB cresceu 2,1% em 2018, em desaceleração face ao forte registo de 2,8% observado no ano
anterior. A expansão da atividade económica assentou também no dinamismo do consumo privado (com o
respetivo crescimento a acelerar ligeiramente de 2,3% para 2,5%) e do investimento (com um crescimento
inferior a 2017, mas ainda forte, de 5,6%). A persistência de condições monetárias favoráveis (permitindo uma
expansão do crédito, sobretudo às famílias), um desempenho positivo das exportações (sobretudo, mas não
só, de serviços de turismo), a redução do desemprego (de 8,9% para 7% da população ativa) e o forte
dinamismo do mercado da habitação (crescimento anual do preço da habitação de 10,3%) traduziram-se em
níveis de confiança elevados entre as empresas e as famílias, embora em níveis inferiores aos observados em
2017, e suportaram o prolongamento do ciclo de expansão da atividade. A inflação média anual recuou de
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
2016 2017 2018
Shanghai Composite
PSI 20
DAX
FTSE 100
Nikkei 225
S&P 500
20
40
60
80
100
120
140
160
2008 2010 2012 2014 2016 2018
Brent
WTI
Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018 27
1,4% para 1%, abaixo das expectativas. Os resultados positivos apresentados nas contas públicas (com um
défice esperado de 0,5% do PIB), o ambiente de estabilidade política e o desempenho relativamente positivo
da atividade económica mantiveram uma perceção favorável dos investidores em relação à economia
portuguesa (expressa, também, em melhorias no rating atribuído pelas principais agências, com subidas das
notações atribuídas pela DBRS, em abril, e pela Moody’s, em outubro, depois de ações semelhantes pela S&P
e Fitch em 2017). Após atingir pontualmente um máximo anual de 193 bps em maio (fruto de um breve efeito
de contágio de Itália), o spread da OT portuguesa a 10 anos face ao benchmark alemão recuou para 148 bps
no final do ano. A respetiva yield recuou do máximo anual de 2,19% no final de maio para 1,72% no final do
ano. O índice PSI-20 seguiu a tendência global e recuou 12,19% no ano.
Portugal – Crescimento anual do PIB (%) Portugal - Exportações de serviços de turismo (MM 3m YoY, %)
-1,1
0,9
1,8 1,9
2,8
2,1
2013 2014 2015 2016 2017 2018-15
-10
-5
0
5
10
15
20
25
30
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017
28 Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018
5. Atividade Comercial e Modelo de Negócio
O Grupo NOVO BANCO (o “Grupo” ou “GNB”) desenvolve a sua atividade centrada no setor financeiro
direcionado para as empresas, institucionais e clientes particulares.
No acompanhamento do desempenho por áreas de negócio são considerados os seguintes segmentos
operacionais de negócio:
• Banca Comercial Doméstica, que inclui os subsegmentos de Retalho, Empresas e Institucionais;
• Banca Comercial Internacional;
• Gestão de Ativos;
• Seguros Vida;
• Mercados.
5.1. Banca Comercial
Em Portugal o GNB atua através de uma rede de 381 balcões e 20 Centros de Empresas. O dinamismo
comercial permitiu uma resiliência do seu posicionamento competitivo no mercado, num ambiente
extremamente adverso, tendo em conta as circunstâncias que deram origem ao GNB.
Banca de Particulares (Retalho)
O ano de 2018 representou mais um importante passo na consolidação do NOVO BANCO como um banco de
referência nas diversas fases da vida das famílias portuguesas. Num mercado já de si fortemente competitivo
e em processo de mudança, o NOVO BANCO conseguiu reforçar as suas quotas de mercado nas principais
linhas de produto graças à sua aposta na diferenciação pela qualidade de serviço, de forma centrada no cliente,
suportada por uma plataforma de canais digitais que é a preferida dos utilizadores portugueses. Esta evolução
robusta é resultado do continuo reconhecimento dos clientes Particulares, Empresários e Negócios.
Sempre com o intuito de elevar o patamar do serviço prestado e a capacidade de resposta às necessidades
dos Clientes de Retalho, o NOVO BANCO dinamizou diversas iniciativas comerciais reconhecidamente
inovadoras:
Renovação da imagem do Segmento NB 360º6, reforçando as linhas de diferenciação face a outros
segmentos do Banco e do mercado bancário português;
Lançamento do inovador site Moving to Portugal criado para apresentar Portugal como país destino a
cidadãos estrangeiros que queiram instalar-se em Portugal, oferecendo soluções financeiras
integradas para o potencial cliente e informação em áreas como fiscalidade, finanças, saúde,
educação, habitação ou lazer;
6 O serviço NB 360º constitui uma proposta de referência no segmento afluente, baseada num elevado padrão de qualidade através do acompanhamento permanente de um gestor dedicado e especializado, de uma oferta exclusiva e de soluções adequadas a necessidades específicas dos clientes NB 360º
Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018 29
Novas Soluções de Investimento, com produtos de elevada qualidade do Grupo NOVO BANCO e de
Sociedades Gestoras Internacionais, de modo a permitir uma gestão diversificada e otimizada das
poupanças dos clientes;
Reforço do posicionamento como especialista em Crédito Habitação, com a criação do Laboratório de
Crédito Habitação, permitindo aos Clientes adequar o crédito à sua situação particular (extensão ou
redução de prazo, alteração para taxa fixa, troca de casa, investimento para arrendamento e muitas
outras funcionalidades com solução adequadas aos objetivos dos clientes);
Campanha de apoio à Seleção nacional de futebol, com a criação da conta NB Seleção – uma conta
para novos Clientes, incluindo um pacote alargado de produtos e serviços financeiros, como cartões
de débito, crédito, operações gratuitas nos canais digitais, entre outros, tudo sem comissões de
manutenção durante um ano;
Desenvolvimento de mais de 20 novas funcionalidades na NB Smart App (das quais se destacam o
Orçamento Familiar, Assinatura de Documentos pré-carregados pelo gestor e Adesão à Solução
Ordenado), aplicação líder da Banca Portuguesa, tanto na Google Play como a Apple Store.
O esforço do NOVO BANCO em desenvolver ofertas e serviços inovadores, em conjunto com Campanhas de
Marketing de grande notoriedade, permitiu ao Banco ser líder em Recordação Espontânea em Rádio e
Publivaga durante o ano de 2018.
Para apoiar os Clientes a escolher as melhores opções para as suas poupanças, o NOVO BANCO reforçou a
oferta de Soluções de Investimento, nomeadamente através da disponibilização de Fundos de Investimento de
Sociedades Gestoras Internacionais que, a par da oferta de Fundos da GNB Gestão de Ativos, permitem
prosseguir diversas estratégias de investimento, ajustadas ao perfil de risco e objetivos de cada cliente.
Adicionalmente, a disponibilização de novos seguros financeiros e o lançamento de novos produtos
estruturados contribuíram para um elevado reconhecimento e satisfação dos Clientes.
A oferta inovadora, abrangente, flexível e reconhecidamente de qualidade superior conduziu a uma adesão
significativa por parte dos Clientes do NOVO BANCO, com a produção de Soluções de Investimento a mais
que duplicar em 2018.
O NOVO BANCO coloca-se, cada vez mais, como o especialista do Crédito de Retalho no qual os portugueses
podem confiar, o que se reflete no reforço da sua quota de mercado nos principais produtos. A proximidade da
Rede e a elevada eficiência do processo de aprovação e concretização do Crédito Habitação é
consensualmente reconhecida pelos intermediários de crédito, o que permitiu ao Banco apresentar, em 2018,
um crescimento de 20% na produção, com spread confortavelmente acima dos registados no mercado. No
Crédito Pessoal, destaque para a parceria realizada com a Samsung que permitiu disponibilizar aos Clientes
produtos exclusivos da marca sul coreana com condições de Crédito especiais (sem juros). O dinamismo do
NOVO BANCO refletiu-se no aumento da carteira em cerca de 27%, obtido através de uma evolução muito
favorável dos níveis de nova produção (+17% face ao período homólogo).
No segmento dos Clientes Negócios, acompanhados na área do Retalho, é de salientar o contributo da
produção de crédito Médio/Longo Prazo e Leasing, com um crescimento de 26% face ao período homólogo. A
dinâmica empreendida no apoio aos Clientes para a preparação e submissão das propostas permitiu ao NOVO
30 Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018
BANCO uma posição de destaque no ranking da sublinha Capitalizar destinada às pequenas e microempresas,
o que se reflete no crescimento acentuado na captação de novos Clientes Micro e Pequenas Empresas
(superior a 30% face ao período homologo). Adicionalmente, e com o objetivo de disponibilizar uma oferta de
produtos mais abrangente na atividade dos Clientes Negócios, o NOVO BANCO lançou uma oferta de Seguros
de Acidentes de Trabalho e Multiriscos.
Por fim, não se pode deixar de destacar a vinculação e confiança que os Clientes depositam no NOVO BANCO
para a gestão financeira do quotidiano. Em 2018, os Clientes com Domiciliação de Rendimentos ultrapassaram
a fasquia dos 535 mil Clientes, registo mais elevado dos últimos cinco anos, acompanhado de um crescimento
superior a 20% do número de Clientes com Solução Ordenado.
Oferta Especializada O ponto fundamental para construir uma relação forte e duradoura com os clientes não passa somente pelo
reforço constante da confiança do cliente no Banco, passa igualmente pela disponibilização de serviços
bancários simples e adequados às suas necessidades, integrando progressivamente considerações sociais e
ambientais nos produtos e serviços disponibilizados, destacando-se os seguintes:
Produtos de Poupança;
Microcrédito;
Produtos e Serviços destinado ao segmente das Universidades;
Produtos e Serviços Ambientais (e.g. Conta NB 18.31 neutra em carbono).
Produtos de Poupança
A atenção disponibilizada às necessidades dos seus clientes e a crescente necessidade de adequar as
soluções de poupança ao orçamento familiar originou a disponibilização de um pacote de Soluções de Micro
Poupança, no qual se encontram contemplados três produtos, nomeadamente a Poupança Programada, Micro
Poupança e Smart App Poupança por Objetivos.
As soluções Micro Poupança NOVO BANCO conciliam a necessidade de constituir aforro à medida das
possibilidades de efetuar o mesmo, por exemplo através do depósito de pequenos valores regulares,
arredondamento de contas e outras soluções, possibilitando deste modo a mudança de mentalidade e
comportamentos dos clientes em questões de poupanças.
Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018 31
Estas Soluções de Poupança permitiram, em conjunto, criar cerca de 945,7 milhões de euros em poupanças.
Além destes produtos de poupança, o NOVO BANCO disponibiliza ainda a todos os clientes o serviço gratuito
“Orçamento Familiar”. Trata-se de um serviço que organiza e agrupa automaticamente todas as receitas e
despesas da conta permitindo ao cliente ter uma fotografia real do seu orçamento e, sobretudo, acompanhar a
evolução das receitas e despesas identificando os gastos que podem ser reduzidos, de forma a gerar uma
folga maior no orçamento e assim facilitar a criação de poupanças.
Microcrédito
Indo ao encontro do contexto socioeconómico e alinhada com a sua estratégia de empreendedorismo, o NOVO
BANCO disponibiliza na sua rede comercial o Microcrédito, um produto desenvolvido para atender às
necessidades financeiras de pessoas que não têm emprego e/ou não consigam obter outro tipo de crédito junto
das instituições financeiras, devido à sua reduzida capacidade de endividamento, o que necessariamente
dificulta a sua integração no mercado de trabalho.
O Microcrédito é uma ferramenta que deve ser vista como um meio complementar de auxílio para retirar
pessoas de ciclos de subinvestimento, sempre que este ciclo esteja relacionado com a fraca capacidade de
acesso ao crédito, tendo contudo um espírito empreendedor e uma ideia de negócio viável.
A Poupança Programada permite poupar a partir de 10 euros/mês, mediante a adesão a um plano de entregas mensais, no qual o cliente estabelece a quantia e o momento do mês a poupar, permitindo ajustar a poupança ao seu respetivo orçamento familiar.
4 mil Contratos
2,9 milhões de euros em
poupanças
Poupança
Programada
A Micro Poupança é uma solução que permite a qualquer cliente começar a poupar pequenos montantes, através do arredondamento dos débitos correspondentes às suas despesas quotidianas revertendo o arredondamento para uma conta poupança (exemplos: prestação de crédito habitação, prestação de crédito individual, prémio de seguro, débitos diretos, entre outros).
294 mil clientes aderentes ao
serviço 934,2 milhões de
euros em poupanças
Micro
Poupança
A Poupança por objetivos, lançado em 2017, é um produto exclusivo para clientes subscritores do NB smart app, em que o cliente define os objetivos da sua poupança (quanto quer poupar e em quanto tempo), sendo o trajeto para alcançar o objetivo definido pelo smart app.
Utilizado por cerca de 44 mil clientes
8,8 milhões de
euros em
poupanças
Smart app (Poupança
por
Objetivos)
32 Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018
Beneficiários do Microcrédito
- Desempregados; - Empregados por conta de outrem que pretendam iniciar um negócio próprio; - Novos residentes; - Artesãos; - Micro empresários.
Com a solução microcrédito, materializada em dois mecanismos de financiamento: soluções próprias do NOVO
BANCO – Microcrédito NB e protocolos firmados com a Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC) e
Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) através das linhas de crédito Microinvest e Invest, em
2018, o Grupo NOVO BANCO financiou 73 projetos com um montante de crédito de cerca de 1,2 milhão de
euros, possibilitando assim a criação 104 postos de trabalho. Durante o ano 2018 deram entrada 122 novos
processos, no âmbito das linhas do Microcrédito e Empreendedorismo.
Na atual carteira de Microcrédito do Grupo NOVO BANCO contabilizam-se cerca de 1 586 aprovados, num
valor total 27,8 milhões de euros de crédito concedido, situando-se a média do empréstimo nos 8 mil euros
para um investimento na ordem dos 10 mil euros, que possibilitaram a criação de mais de 2 500 postos de
trabalho.
No ano de 2018 verificou-se um decréscimo acentuado na entrada de processos de microcrédito e
consequentemente o seu financiamento quando comparado com o período homólogo. Este decréscimo ficou
a dever-se essencialmente à diminuição da procura deste produto por parte do público-alvo, muito por força da
melhoria verificada na situação económica do país com impacto direto nos níveis de desemprego observados
nos últimos anos.
Ao nível da representatividade por setor de atividade, os negócios mais procurados continuam, em 2018, a ser
os serviços com uma percentagem na ordem dos 72%, seguido pelo retalhista com 24% e pelo alojamento /
restauração com 18%. Cerca de 57% dos projetos financiados são iniciativas económicas de natureza
individual, enquanto 43% assentam no modelo societário.
Os clientes que acedem às Linhas de Microcrédito e Empreendedorismo caracterizam-se por serem
maioritariamente do género masculino (51%), com idade inferior aos 40 anos (62%) e evidenciarem
habilitações literárias ao nível do ensino secundário (42%).
Conta Serviços Mínimos Bancários
A conta serviços mínimos bancários é uma conta que prevê a disponibilização de uma conta à ordem com
cartão de débito com uma comissão de manutenção de conta anual de 4,12 euros. Trata-se de uma conta
destinada a pessoas singulares que não sejam titulares de qualquer outra conta de depósito à ordem em
qualquer instituição ou que sejam titulares de uma única conta de depósito à ordem a converter em conta de
serviços mínimos bancários ou ainda que sejam titulares de outras contas de depósito à ordem mas que
pretendam abrir uma conta de serviços mínimos bancários em que um dos titulares tem mais de 65 anos ou
está dependente de terceiros.
Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018 33
Universidades
O NOVO BANCO disponibiliza uma oferta de produtos e serviços específica e direcionada às necessidades
dos clientes universitários, entre os 18 e os 30 anos (inclusive), residentes ou não residentes em Portugal. Esta
oferta responde à fase do seu ciclo de vida, nas suas diferentes vertentes - quotidiano, poupança, canais
digitais e crédito vocacionado para financiar a frequência do ensino superior.
Para responder às necessidades deste segmento, o Banco mantém protocolos de colaboração com instituições
de ensino superior de referência, atendendo à excelência da formação ministrada, potencial futuro dos alunos
e papel desempenhado na dinâmica regional, que visam uma presença relevante e distintiva junto deste
mercado e do seu público - estudantes, professores, colaboradores e investigadores.
Ainda neste âmbito, foram disponibilizados diversos tipos de estágios para universitários – de verão,
curriculares e de aproximação à vida ativa, visando proporcionar experiências relevantes em contexto
profissional durante o período de formação superior.
Foram igualmente atribuídas diversas bolsas e prémios de mérito a alunos que se distinguiram pela excelência
das classificações alcançadas nas universidades com as quais o Banco tem parcerias estabelecidas.
Produtos e Serviços Ambientais
O Grupo NOVO BANCO assume o compromisso em estar atento aos impactos ambientais dos seus produtos
e serviços financeiros e às oportunidades de negócio que daí advêm, disponibilizando a sua oferta de acordo
com as expectativas dos seus stakeholders.
Consciente da importância que o setor financeiro desempenha na promoção da responsabilidade ambiental, o
Grupo NOVO BANCO dispõe de uma oferta específica de produtos e serviços financeiros inovadores que
promovem a responsabilidade ambiental dos seus clientes.
Para informações sobre serviços com responsabilidade ambiental consulte 9.3. Gestão Ambiental.
Conta NB 18.31 neutra em carbono
Desenvolvida com o objetivo de ter um menor impacto ambiental, a conta bancária NB 18.31 é uma conta
totalmente neutra em carbono, conseguida pela sua baixa emissão de carbono por se tratar de uma conta
online e pelo facto das suas baixas emissões serem neutralizadas.
Numa parceria com a consultora e)mission, o NOVO BANCO quantificou as emissões de CO2 associadas
à Conta NB 18.31 resultantes, por exemplo, da utilização de computadores, produção de papel e cartões,
entre outros.
34 Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018
Para efetuar a neutralização das emissões, foram calculadas as emissões de Gases com Efeito Estufa
(GEE) associadas, incluindo todo o ciclo de vida desta conta bancária: desde a sua abertura até ao fecho.
Este cálculo foi efetuado em alinhamento com a metodologia PAS 2050:2008, específica para análise do
ciclo de vida de produtos e serviços, e permitiu concluir que cada nova Conta NB 18.31 tem um impacto de
carbono estimado de 1,09 kg CO2eq/ano, o que representa uma redução de 20% face a uma conta
convencional, e se tiver abertura online o carbono estimado é de 944g.
A 31 de dezembro de 2018, o NOVO BANCO detinha 121 133 Contas NB 18.31 com emissões
compensadas o que corresponde a 1 217 toneladas de CO2 neutralizadas.
Em 2018, as emissões de carbono foram compensadas, através do apoio ao projecto Soil&More, um projeto
de compostagem de resíduos verdes (resíduos vegetais de jardins, parques e outros) recolhidos no
município da Cidade do Cabo, na África do Sul, sendo aprovado pela UNFCCC (Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre a Mudança do Clima). Com a produção deste composto microbiano controlado é
possível restaurar a fertilidade e fortalecer os solos agrícolas, evitando que os resíduos continuem a ser
depositados em dois aterros sem condições na Cidade do Cabo, a sua consequente queimada e emissão
de metano. Estima-se que este projeto reduza 600 mil toneladas de CO2 equivalente em 10 anos. O
procedimento adotado irá permitir ainda o aumento da capacidade de retenção de água dos solos até 70%,
o que no contexto Sul Africano é um impacto extremamente importante, dado que o UNEP (Programa das
Nações Unidas para o Ambiente) listou a qualidade e disponibilidade de água nesta região como uma das
três principais questões ambientais a considerar.
Mais informação sobre este projeto encontra-se disponível no site institucional.
https://www.novobanco.pt/site/cms.aspx?plg=7FAD1277-08AB-4AFD-A558-E51959548E3A
As emissões totalmente neutralizadas pelo NOVO BANCO com conta NB 18.31 são o equivalente a 329
voos de ida-e-volta para um passageiro entre Lisboa e São Paulo, Brasil.
Ainda no segmento de Retalho destaca-se o serviço prestado pelas subsidiárias NOVO BANCO dos Açores e
Banco Best.
NOVO BANCO dos Açores
No ano de 2018 o NOVO BANCO dos Açores prosseguiu a sua atividade promovendo a captação de novos
clientes, através de diversas ações junto de particulares, empresas, serviços, instituições e organismos
públicos, com o objetivo de melhoria da quota de mercado, e da atividade, em matéria de captação de recursos
e de concessão crédito e apoio à economia e às famílias açorianas. O NOVO BANCO dos Açores continua a
ser o único banco com sede na Região Autónoma dos Açores.
https://www.novobanco.pt/site/cms.aspx?plg=7FAD1277-08AB-4AFD-A558-E51959548E3A
Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018 35
No que se refere à atividade do NOVO BANCO dos Açores em 2018, em termos homólogos, o saldo final do
crédito concedido a clientes aumentou (1,6%), assim como o dos depósitos de clientes (5,1%).
O produto bancário registou um acréscimo de 3,2% face a 2017, como resultado, principalmente, da evolução
do resultado financeiro (+15,2%). Em 2018 os custos operativos registaram uma diminuição de cerca de 22,8%,
comparativamente a 2017, em resultado de uma política de forte contenção de custos.
O NOVO BANCO dos Açores encerrou o ano com um ativo líquido de 548 milhões de euros e um resultado
líquido do exercício de 3,6 milhões de euros, superior a 2017 em 1,7 milhões de euros (+87,2%), o que atesta
um comportamento muito positivo.
Banco Best
O Banco Best registou um resultado líquido de 3,6 milhões de euros no ano de 2018, um crescimento de 18%
face ao ano anterior, mantendo rácios prudenciais e de solidez muito positivos com, nomeadamente, um rácio
de transformação de depósitos em crédito de 26%. Houve também uma evolução favorável a nível operacional
com o rácio de cost to income a situar-se nos 69% face aos 71% verificados no ano anterior.
Os ativos sob gestão registaram um valor de 2 mil milhões de euros, nestes sendo de destacar o crescimento
dos depósitos de clientes, a uma taxa de 11% face ao ano anterior, atingindo o valor de 546 milhões de euros.
Num ano marcado pela forte volatilidade dos mercados financeiros, em especial no último trimestre do ano, a
atividade de Trading, através do serviço Best Trading Pro (BTP), revelou também um grande dinamismo
conduzindo ao aumento da quota de mercado de 13% em 2017 para 17% em 2018 na componente de
derivados online.
O Banco Best manteve o seu enfoque na liderança no digital banking e na inovação da oferta de produtos e
serviços financeiros em Portugal nas suas diferentes vertentes, sendo de salientar que em 2018:
- O Banco Best foi pioneiro na oferta da opção de abertura de conta por videochamada e, em junho, apresentou
ao mercado um novo site, mais apelativo, com novas funcionalidades e utilizando ferramentas de marketing
digital;
- Na área de Asset Management, o Banco Best recebeu o prémio atribuído em fevereiro pela Euronext, na
categoria Financial Innovation, pela introdução em Portugal do primeiro fundo de investimento cuja gestão
assenta na inteligência artificial (Acatis AI Global Equities Fund). Introduziu ainda em Portugal, pela 1ª vez,
os Exchange-Traded Funds (ETF) emitidos pela UBS, reforçando a oferta na área de gestão passiva, bem
como apresentou ao mercado Português de fundos de investimento a Rubrics Asset Management, a
Carmignac e Optimize, Nova Seguradora: Una;
- Através de parceria com a startup nacional Advicefront, o Banco Best lançou uma ferramenta que potencia a
consultoria de investimento de forma simples e inteligível.
- Foi promovida a literacia financeira através dos ciclos de formação Best Trading Pro, uma iniciativa para
estimular a educação financeira dos investidores sob o mote “Maior conhecimento, Melhor Investimento” que
decorreram nos diversos Centros de Investimento do pais, num total de 9 sessões.
36 Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018
- O Banco Best lançou a assistente digital BEA - Best Electronic Assistant, um chatbot assente em inteligência
artificial que responde às questões dos utilizadores sobre produtos e serviços;
- O Banco Best articulou com parceiros da área das Fintech e sociedades gestoras internacionais a primeira
operação de subscrição de um fundo estrangeiro em Portugal, realizada em ambiente de Blockchain.
- A oferta da solução de Open Banking para institucionais, dando a possibilidade de ligação ao domínio Best
via APIs e acesso à informação, antecipando desta forma as mudanças que vão surgir com a legislação
PSD2.
- Ainda neste período o Banco Best procedeu à reestruturação de toda a oferta de contas de depósitos à ordem
e de cartões, mantendo-se a gratuitidade nas comissões de gestão das contas 100% digitais, em linha com
a matriz do Banco Best.
Banca de Empresas
O NOVO BANCO apresenta uma forte presença no mercado de empresas: 52% das empresas com volume de
negócios superior a 2,5 milhões de euros são clientes do NOVO BANCO (base de empresas IES - Informação
Empresarial Simplificada, 2017). Esta taxa aumenta para 57% quando analisamos o subgrupo das empresas
exportadoras.
Numa análise ao mercado das Sociedades Não Financeiras, o NOVO BANCO apresentou uma quota de
mercado7, a dezembro de 2018, de 15,0% nos Depósitos e no Crédito de 17,2%.
O NOVO BANCO dispõe de uma rede segmentada aos seus clientes Empresa, destacando-se:
20 Centros de Empresas distribuídos pelo país, com equipas dedicadas que acompanham as Médias
Empresas com volume de negócios individual ou numa ótica de grupo económico superior a 2,5
milhões de euros e inferior a 200 milhões de euros. Este segmento conta com mais de 15,5 mil clientes,
que representaram, no final do ano de 2018, cerca de 8,4 mil milhões de euros de movimento
financeiro;
O segmento Corporate que acompanha empresas que apresentam um volume de negócios individual
ou numa ótica de grupo económico superior a 200 milhões de euros, com mais de 1,7 mil clientes, que
representaram, no final do ano de 2018, cerca de 8,2 mil milhões de euros de movimento financeiro.
No ano de 2018, o crédito de médio e longo prazo registou uma produção de 1,8 mil milhões de euros, tendo
assim o NOVO BANCO mantido o seu papel de referência no apoio ao desenvolvimento das empresas e da
atividade económica em Portugal. De realçar a produção nas Linhas NB FEI Inovação IV (em parceria com o
Fundo Europeu de Investimento), Capitalizar e Capitalizar Mais (em parceria com o Sistema de Garantia Mútua)
e NB Corporate Invest, nas quais foram desembolsados, entre janeiro e dezembro, 420,0 milhões de euros de
crédito novo. Este conjunto de instrumentos tem-se revelado um importante pilar de apoio ao investimento e
reforço dos capitais permanentes das Pequenas e Médias Empresas (PME), destacando-se os projetos
aprovados no âmbito do Portugal 2020.
7 Sociedades Não financeiras, Residentes em Países da União Monetária, para operações em Euro; Perímetro NB: atividade doméstica e
exclui NB Açores e Best; Mercado: informação do Banco de Portugal.
Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018 37
No apoio ao dia a dia das empresas, nas Soluções de Tesouraria, o NOVO BANCO disponibiliza uma oferta
que se adequa às necessidades de cada cliente, com a carteira de factoring e de confirming a ascender, no
final do ano, a 706 milhões de euros no segmento de Médias Empresas e de Corporate.
No Leasing, instrumento de crédito especializado para apoiar o investimento dos nossos clientes, destacamos
o crescimento da carteira de 12,6%, com um valor de produção de 325,4 milhões de euros.
A atuação junto dos clientes empresariais engloba também soluções destinadas aos colaboradores das
empresas. Neste domínio, é de destacar a recetividade para soluções que proporcionam benefícios sociais e
fiscais para os colaboradores das empresas, em particular os Cartões Refeição, os Seguros Vida Risco, e os
protocolos de parceria destinados aos colaboradores das empresas.
A área do Trade Finance é uma importante vertente de negócio do NOVO BANCO. Esta aposta é também
enquadrada no plano económico nacional que evidencia um crescimento sustentado das exportações
portuguesas nos últimos anos (em 2018, +5,6% até novembro), e também no crescimento do peso das
exportações no PIB, que atingiu 43% em 2017. O NOVO BANCO disponibiliza uma vasta oferta de produtos e
aconselhamento especializado no apoio ao comércio internacional. O know how do Banco neste segmento é
valorizado pelas empresas, que lhe destinam uma quota de mercado de cerca de 22% (dezembro de 2018,
medido pelo número de mensagens swift), tendo crescido 0,8pp face a 2017.
O NOVO BANCO foi eleito o melhor banco na área de Trade Finance, em Portugal, pela revista internacional
“Global Finance”, reconhecimento atribuído em janeiro 2019, referente à atividade de 2018. Este prémio
representa o reconhecimento internacional das competências do NOVO BANCO nesta importante vertente de
negócio.
O NOVO BANCO preocupa-se em criar valor para as empresas e por essa razão disponibiliza produtos e
serviços inovadores e de valor acrescentado, nomeadamente o Fine Trade: trata-se de um modelo que analisa
os potenciais mercados e identifica as oportunidades de exportação das empresas portuguesas no Mundo,
partindo do bem transacionável que o cliente produz ou vende. O modelo identifica até 20 países onde existe
maior probabilidade de sucesso de colocação do mesmo. Encontra-se disponível gratuitamente no NBnetwork
e poderá constituir mais uma importante ferramenta de informação sobre os mercados e as oportunidades de
exportação para as empresas portuguesas.
Considerando o Barómetro Serviços Financeiros Empresas Bancos (BFinBancos) do DATAE, que tem como
principal objetivo caracterizar o setor bancário português na ótica das empresas/sociedades relativamente aos
produtos e serviços que os bancos disponibilizam, o NOVO BANCO é o 2º Principal Banco das empresas, no
subgrupo das empresas com volume de negócios superior a 2 milhões euros, posicionamento que melhora
face a 2017. As principais razões que levam os clientes a escolher o NOVO BANCO são a tradição, a qualidade
e rapidez nos serviços: esta escolha revela a importância da relação e orientação para o Cliente, bem como
da aposta na inovação e eficiência do serviço.
Ao nível da avaliação que os nossos clientes empresas efetuaram ao NOVO BANCO e à sua equipa de
gerentes, merece destaque o facto da “Satisfação com o Atendimento” ter atingido uma avaliação de 90,7%
(percentagem de respostas de 8 a 10, numa escala ascendente de 1 a 10) em 2018, o que representa um
acréscimo de 1,8pp face a 2017. Acresce positivamente, que as várias avaliações efetuadas, como a
“Satisfação Global com o Banco”, a “Confiança”, a “Recompra”e a “Recomendação” melhoram continuamente
desde 2015.
38 Relatório de Gestão – Relatório e Contas 2018
O NOVO BANCO promoveu várias iniciativas durante o ano de 2018 junto do segmento empresas, apoiando
a divulgação de setores económicos, regiões, e de empresas que se distinguem, nomeadamente:
- Eventos Regionais
Lançamento do “NOVO BANCO Summit”, que pretende promover as regiões de Portugal, indo ao encontro
das empresas, dos empresários, e dos projetos que mais se destacam, uma iniciativa do NOVO BANCO
com a SIC Notícias:
“Summit Norte”, Braga, 11 de julho;
“Summit do Dão”, com a conferência “O Vinho, o Dão e a Beira”, no âmbito da Festa das Vindimas,
em Viseu, que ocorreu de 20 a 23 de setembro;
“Summit do Oeste”, Torres Vedras e Óbidos, 8 de novembro;
- Eventos Setoriais
Pretendem promover os setores mais dinâmicos, representativos, e inovadores da economia portuguesa:
SISAB - Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas – O NOVO BANCO, como parceiro
deste evento, esteve presente com uma equipa de gerentes de empresas, gestores de negócio
internacional e especialistas em trade finance para prestarem apoio à atividade exportadora das
PME portuguesas (Lisboa, 12 a 14 de fevereiro);
Publituris Trade Awards - Prémios Publituris – o NOVO BANCO é patrocinador bancário exclusivo
deste evento anual que distingue a excelência no turismo (Lisboa, 28 de fevereiro a 4 de março
no âmbito da Bolsa de Turismo de Lisboa);
Feira da Agricultura: o NOVO BANCO esteve presente, em Santarém, na 55ª edição da Feira
Nacional da Agricultura, disponibili
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