Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho” Campus de Ilha Solteira
RELATÓRIO FINAL PROEX – REF. 2015
BIOLOGIA MUITO ALÉM DA ILHA: SEM LIMITES PARA O
CONHECIMENTO
Coordenadora: Profa. Dra. Carolina Buso Dornfeld
Alunas: Bianca Rocha Oliveira e Thayline Vieira Queiroz
FEVEREIRO DE 2016
Ilha Solteira
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Sumário
1 - Introdução ............................................................................................................................. 2
2 - Objetivo .................................................................................................................................. 3
3 - Material e métodos .............................................................................................................. 3
4 - Resultados e Discussão ...................................................................................................... 10
5 - Considerações Finais ......................................................................................................... 25
6 - Referências Bibliográficas ................................................................................................. 26
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1 - Introdução
A educação contemporânea deve buscar uma ciência contextualizada capaz de
contribuir para uma aprendizagem significativa, que garanta a formação de cidadãos
conscientes e comprometidos com a construção de uma sociedade sustentável. Para tanto, o
presente trabalho propõe ressaltar a importância das práticas em educação ambiental no
contexto escolar do ponto de vista interdisciplinar.
Nessa perspectiva, conforme Penteado (2001), a Educação Ambiental se torna uma
importante ferramenta política e pedagógica para a busca da integração entre as disciplinas
escolares privilegiando a abordagem das Ciências Naturais e Sociais de forma preservacionista
e conservacionista deflagrando discussões mais aprofundadas sobre política, cultura, meio
ambiente, sociedade e ética, tornando a escola o local ideal para promover este processo,
tendo as disciplinas escolares como recursos didáticos por meio dos quais os conhecimentos
científicos de que a sociedade já dispõe são colocados ao alcance dos alunos.
O papel da escola é promover o debate acerca dos problemas que afetam a vida do
aluno e de sua comunidade, em âmbito local e global. Os educandos precisam ser incentivados
a fazer, produzir e refletir sobre o que fizeram, passando a construir seus saberes de forma
participativa e crítica (SILVA, 2003). Assim, é possível adquirir uma compreensão do ambiente
em sua totalidade, da problemática que está interligada a ele e da responsabilidade de cada
um diante dessas questões (REIGOTA 1998).
Enfatiza-se, assim, a urgência da implantação de trabalhos de Educação Ambiental (EA)
que contemplem as questões da vida cotidiana do cidadão e discuta algumas visões polêmicas
sobre essa temática, considerando a importância atribuída por lideranças de todo o mundo
para a EA como meio indispensável para conseguir criar e aplicar formas cada vez mais
sustentáveis de interação da sociedade com a natureza e soluções para os problemas
ambientais (BRASIL, 1998).
Diante das considerações apresentadas, a abordagem de bacias hidrográficas neste
contexto é referenciada por Ruffino e Santos (2002) como unidades representativas próximas
à realidade vivida pelo educador e seus educandos. Segundo os autores, é importante que a
bacia hidrográfica a ser trabalhada seja inteiramente conhecida e detalhada. Para tanto, é
imprescindível a percepção ambiental em relação aos aspectos biofísicos e antrópicos. Assim,
o conteúdo abrange conhecimentos inter-relacionados e aspectos complexos, como a
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disponibilidade e o uso da água, a importância ambiental, econômica, política e social dos rios
que formam as principais bacias hidrográficas brasileiras. Além disso, considera-se que é
necessário levar os alunos a refletir e perceber o quanto é importante o estudo de uma bacia
hidrográfica, realizando o levantamento de questões que interferem no cotidiano de sua
comunidade.
2 - Objetivo
O presente projeto tem como objetivos desenvolver temas importantes e de interesse
das escolas parceiras junto aos alunos, em especial tópicos relacionados com as ciências
naturais, com enfoque na problemática ambiental e na conservação da biodiversidade e de
ecossistemas. Desenvolver materiais de fácil aplicação e utiliza-los junto aos alunos; Validar
esses materiais; Desenvolver nos participantes uma visão mais crítica e reflexiva sobre as
questões ambientais locais e regionais com atividades de campo e laboratório; Por fim,
fortalecer a parceira Universidade-Escola.
3 - Material e métodos
O presente trabalho foi desenvolvido em um projeto extraclasse, denominado de
“Biologia Muito Além da Ilha: Sem Limites para o Conhecimento”.
As atividades foram desenvolvidas no LECBio (Laboratório de Ensino de Ciências e
Biologia) localizado no Câmpus II da UNESP – Ilha Solteira, e no espaço destinado ao Projeto
Ilha de Papel, localizado no bairro Jardim Aeroporto, em Ilha Solteira (SP).
O projeto conta com uma autorização de uso de imagem dos alunos participantes para
fins científicos e acadêmicos que foram assinados pelos pais ou responsáveis, conta com o
apoio da Direção e Coordenação Pedagógica da Instituição de Ensino e também com a
autorização da Direção da Escola para que o nome da instituição pudesse ser citado neste
texto.
O registro geral das atividades foi realizado por meio de fotos ou imagens, registro do
produto final dos trabalhos dos alunos e Notas de Campo.
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3.1. ATIVIDADES JUNTO AOS ALUNOS DO COLÉGIO NEP - OBJETIVO
Salienta-se que o relatório foi composto predominantemente pelas atividades
desenvolvidas com os alunos do Colégio NEP – Objetivo, pois apresentou-se mais completo
em relação à disponibilidade de tempo e compatibilidade de horários entre a equipe do
projeto e os alunos da escola parceira. Além disso, o projeto irá subsidiar dois trabalhos de
Iniciação Científica realizados pela bolsista e pela voluntária do presente projeto.
Participaram 20 alunos, em um total de 8 encontros com duração de 2 horas.
Foram abordados tópicos sobre questões ambientais tais como:
A importância da preservação dos ecossistemas e biomas;
Conservação de biodiversidade de invertebrados em geral;
A importância das bacias hidrográficas e microbacias;
Uso e ocupação do solo;
Conservação e percepção ambiental dos alunos.
3.1.1. 1º - Conceitos gerais sobre ecossistemas e biomas: foi realizada a proposta
“Ideia puxa ideia”, que segundo Adams (2004), tem por objetivo, a integração,
contextualização dos temas e percepção da inter-relação de ideias.
Após uma roda de conversa, os alunos mencionaram várias palavras que segundo seus
conhecimentos estariam relacionadas com o assunto discutido. Posteriormente, após o
registro das expressões no quadro, foi solicitado que os participantes criassem uma frase de
definição final sobre ecossistemas e biomas.
Foi elaborada uma apresentação utilizando o Power Point e um projetor multimídia,
em que foram trabalhados os seguintes assuntos: os alunos foram incitados a participar
ativamente da aula, numa estratégia de reflexão e discussão, proporcionando oportunidades
para que verbalizassem suas concepções, corrigindo-os, quando necessário, com relação aos
conceitos inadequados sobre o tema.
Posteriormente, a turma foi dividida em dois grupos para a atividade prática de
confecção do terrário afim de observar os elementos que compõem um microecossistema, e
suas relações ecológicas
Após a montagem, os alunos foram organizados em duplas para o registro da atividade
em cartazes.
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3.1.2. 2º - Visita ao laboratório de Entomologia II, localizado no câmpus II da UNESP
de Ilha Solteira- SP. Toda a atividade foi supervisionada por dois monitores do local.
A estrutura física do laboratório conta com um sauveiro artificial, e salas especializadas
para criação de insetos, tais como: Gromphadorhina portentosa (Barata de madagascar) e
Phibalosoma phyllinum ( bicho pau) . O grupo teve a oportunidade de entender melhor sobre
o funcionamento do ciclo de vida desses insetos, bem como todo conjunto de transformações
que podem passar para assegurar a sua continuidade. O registro da atividade foi realizado por
meio de um relatório elaborado pelos próprios alunos durante a saída de campo.
Ao retornar para o laboratório (LECBio), os alunos foram direcionados para as
bancadas onde os terrários estavam disponíveis para a visualização, foram realizados
questionamentos sobre a aula anterior levando os alunos a analisar o terrário com um olhar
crítico para mudanças ocorridas. Seguem abaixo as questões norteadoras da discussão:
- O que podemos observar dentro do nosso terrário?
- Todos os elementos são seres vivos?
- O que são seres vivos?
- Quais elementos do terrário são seres vivos?
- E quais são os elementos não vivos?
- Do que os seres vivos precisam para viver?
Para finalizar, foi realizado um estudo de caso com a reportagem intitulada:
“Invertebrados garantem a vida na Terra” (Disponível em: http://ideiaweb.org/?p=880.
Acessado em 02 de junho de 2015 (Apêndice 2).
3.1.3. 3º - Atividade de campo, com a instrução de realizar observações das paisagens,
anotações acerca dos elementos bióticos e abióticos presentes no ambiente, com a utilização
de um roteiro para orientação e registro fotográfico do local observado. A atividade ocorreu
nas dependências da universidade, no Campus II- Unesp, Ilha Solteira-SP.
Foi produzido pelos alunos um relatório que continha o registro dos elementos
observados durante a saída de campo. No laboratório os alunos discutiram sobre suas
anotações e trocaram informações com toda a turma, destacando os principais elementos
encontrados.
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3.1.4. 4º - Discussão a respeito da importância dos recursos hídricos, elaborando
cartazes em grupos sobre bacias hidrográficas. Posteriormente, com auxílio de um mapa da
região, foram discutidas algumas questões como: características, diferenças entre
microbacias, as diversas localizações, e seus diversos usos e ocupação.
Após as discussões, os estudantes participaram de uma atividade que consistia em
promover um debate e busca de alternativas para a solução do estudo de caso abaixo:
“Imagine que você é o responsável pelas águas de um rio que abastece muitas pessoas.
A cidade está crescendo! As indústrias, plantações, comércio e as novas moradias têm
aumentado a demanda por água. Diante deste cenário, você deve fazer a gestão dos recursos
hídricos. Seu objetivo é ofertar água em quantidade e qualidade para atender a todas essas
necessidades, além de garantir água às futuras gerações.”.
Sendo assim, tivemos o intuito de coletar as falas dos estudantes ao longo de todo o
processo para conhecer quais seriam os principais conceitos mobilizados durante os
encontros e de que forma os alunos utilizariam seus conhecimentos prévios ao longo da
construção das atividades propostas.
3.1.5. 5º - Tema “Microbacias”, com o enfoque na Bacia Hidrográfica (BH) do Rio São
José dos Dourados, com o intuito de trabalhar os conhecimentos que estão relacionados ao
cotidiano desses estudantes, que moram em um dos municípios inseridos na rede de
drenagem em estudo. Assim foi possível aperfeiçoar o tema com a discussão de alguns tópicos
realizados em sala.
Após o momento de discussão, com auxílio de imagens de mapas, foram explicadas as
principais características da bacia (Figura 1), microbacias da região (Figura 2) e atividades
econômicas predominantes na região (Figura 3).
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Figura 1. Bacia São José dos Dourados.
Fonte: Arquivo CBH-SJD
Figura 2. Mapa atual da divisão das microbacias de drenagem de águas pluviais e urbanas – Ilha Solteira.
Fonte: Plano de Saneamento Básico do Município de Ilha Solteira, SP: Diagnóstico do Sistema de Drenagem, 2013, p.19
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Figura 3. Atividades predominante na região de Ilha Solteira.
Fonte: LIMA; RICARDO,2004, p. 9.
No final do encontro os alunos formaram grupos para entender os problemas e as
dinâmicas sociais por meio do Jogo: “Água em Jogo”, (ANA) disponível em:
https://www.aguaegestao.com.br/aguaemjogo/.
Ao final do jogo, foi realizada uma Roda de Conversa visando rever os conceitos sobre
bacias hidrográficas.
3.1.6. 6º - Elaboração de maquetes: Ecossistemas, bacias hidrográficas, Área Urbana
Área Rural, principais impactos ambientais encontrados. Durante a confecção dos materiais,
buscou-se a compreensão da bacia hidrográfica enquanto espaço geográfico de identidade,
de trabalho e produção econômica, trazendo para o debate as características da região, seus
recursos naturais (florestas, solos, águas, etc).
3.1.7. 7º - Atividade de campo no Câmpus II – UNESP – Ilha Solteira. Uma das
intenções principais da aula de campo foi levar a turma a compreender a paisagem (a união
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de elementos naturais e construídos pelo homem em determinado espaço), entendendo as
relações biológicas, sociais e econômicas que a estruturam (BIBIANO, 2010).
Por situar-se dentro da universidade, o percurso da aula de campo foi realizado por
meio de caminhadas. Em algumas paradas previstas no percurso, aproveitou-se o aspecto do
local para serem analisados e registrados junto com os alunos.
Após a saída de campo, foi realizada uma atividade com os alunos para analisar o
conteúdo das fotos registradas e analisar a construção do conhecimento a partir dos conceitos
trabalhados nos encontros anteriores, bem como suas observações a respeito do ambiente
visitado, além das emoções e motivação com relação ao conhecimento despertados com a
aula de campo.
3.1.8. 8º - Reunião final de encerramento do Projeto. Os alunos assistiram um vídeo
com registro de todos os encontros, realizaram a atividade da “pegada ecológica” e a partir
dos resultados, houve uma discussão entre os grupos.
3.2. ATIVIDADES JUNTO AOS ADOLESCENTES DO PROJETO ILHA DE PAPEL
(PREFEITURA MUNICIPAL DE ILHA SOLTEIRA)
Participaram 40 adolescentes que participam do Projeto da Prefeitura Municipal de
Ilha Solteira, denominado de Ilha de Papel. Os adolescentes participam de atividades junto
com a assistente social e um artista plástico, desenvolvendo caixas, sacolas e outros
aderecemos elaborados com papel reciclado. Nesta parceria, chegamos a conclusão de que
seria interessante abordarmos assuntos sobre organização de espaços e sustentabilidade. 20
adolescentes participam das atividades no turno da manhã, e 20 no turno da tarde.
Os encontros tiveram duração de 3 horas cada.
A estratégia foi de roda de conversa e trabalhos em grupo, com exposição das
conclusões sobre os assuntos discutidos.
3.3. ATIVIDADE JUNTO AOS ALUNOS DO COLÉGIO EUCLIDES DA CUNHA
A parceria junto aos Alunos do Colégio Euclides da Cunha, constou de 4 encontros de
2 horas cada, e a participação de 5 alunos.
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Deve-se ressaltar que uma das dificuldades do projeto tem sido compatibilizar os
horários dos graduandos e dos alunos das escolas parceiras. Ambos possuem um número
grande de atividades em horários diversos, o que causa alguns impedimentos para o projeto.
As atividades foram semelhantes àquelas explicadas no item 3.1 e tiveram a seguinte
sequência: Ecossistemas/Biomas; Visita ao Sauveiro/ Artrópodes; Invertebrados Marinhos e
Produção de cartazes/Encerramento.
4 - Resultados e Discussão
4.1. RESULTADOS DAS ATIVIDADES JUNTO AOS ALUNOS DO COLÉGIO NEP - OBJETIVO
1º - Durante a exposição oral sobre o tema, após o processamento das respostas dos
alunos na atividade “chuva de ideias”, foi observado um grande interesse dos mesmos pela
aula interativa, principalmente diante a prática do terrário proposta (Figuras 4, 5 e 6). Os
estudantes demonstraram reconhecer os componentes expostos sobre o assunto, porém não
pareciam tão seguros para discuti-los, embora alguns alunos tenham interagido
adequadamente, fazendo algumas intervenções, denominando os ecossistemas e biomas,
segundo seus conhecimentos, conforme pode ser observado nas considerações a seguir
retiradas das notas de campo:
Aluno 1 “ É tudo em nosso ambiente, que envolve a natureza..(ééé) o ar, água, as
árvores, os animais e suas comunidades”...
Aluno 2“ Ecossistema é toda relação que o ambiente possui”.
Figura 4. Apresentação dos conceitos gerais sobre ecossistemas
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Figura 5. Montagem do terrário
Figura 6. Terrário confeccionado pelos alunos
Ficou evidente que os alunos possuem um conhecimento prévio incluindo conceitos
ecológicos sobre este ambiente, porém não souberam caracterizar e diferenciar elementos
bióticos e abióticos.
2º - Durante a visita ao sauveiro (figuras 7 e 8) a turma apresentou uma série de
dúvidas que foram esclarecidas pelos próprios monitores do local. Foi possível identificar o
interesse e envolvimento dos alunos diante a prática oferecida, que pode ser observado a
partir dos questionamentos realizados a respeito da origem dos insetos, morfologia,
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reprodução e também apresentaram algumas curiosidades sobre os cuidados na manutenção
dos insetos no laboratório, como por exemplo:
Aluno 1 “ Como essas formigas se reproduzem, qual a diferença entre o macho e a
fêmea?”
Aluno 2 “O que eles comem? Seria a mesma coisa se estivessem na natureza?”
Aluno 3 “Porque essas baratas de madagascar são tão diferentes daquelas que
aparecem em nossas casas?”
Aluno 4 “Deve ser difícil cuidar de todos esses insetos aqui, como vocês fazem para pra
nenhum fugir por esses tubos?”
Nesse contato com a prática, ficou claro que os alunos se mostraram mais sensíveis às
informações recebidas neste local, onde puderam visualizar e manusear os exemplares do
laboratório (Figuras 9 e 10).
Figuras 7. Aula prática: visita ao Sauveiro,
Laboratório de Entomologia II- UNESP Ilha
Solteira, SP
Figura 8. Aula prática: Conhecendo a morfologia e
ciclo de vida da (Gromphadorhina portentosa)-
Barata de madagascar
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Após a realização da atividade, durante a discussão em grupo do Estudo de Caso:
“Invertebrados garantem a vida na terra”, os alunos interagiram de forma espontânea e
demonstraram interesse no assunto. Pode-se observar maior compreensão e segurança em
suas manifestações durante o debate proposto. Apresentaram estar bem informados sobre
a conservação da biodiversidade de insetos para a manutenção do ecossistema.
3º - Durante a saída de campo, (figuras 11, 12 e 13) percebeu-se que os estudantes
exploraram o ambiente, se mostraram bastante participativos e envolvidos com a atividade
proposta. Analisaram as interações observadas e relacionaram com as que ocorrem na
natureza.
Figura 10. Aula prática: Alunos manuseando os
exemplares de invertebrados terrestres
Figura 11. Aula prática: Alunos realizando atividade
de saída de campo ocorreu nas dependências da
universidade- Campus II, UNESP Ilha Solteira-SP
Figura 9. Aula prática: Apresentação das
coleções entomológicas
Figuras 12. Aula prática: Alunos fazendo
registro do guia de campo.
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Figura 13. Alunos ao final da saída de campo- Campus II- Unesp Ilha Solteira
A partir da experiência realizada em campo, pode-se observar que o interesse, e o
envolvimento dos alunos durante a atividade foram mais significativos, comparando-se com
as atividades em sala. De acordo com as manifestações dos estudantes, orais e escritas, ficou
evidente que suas aprendizagens foram mais efetivas, como pode ser observado nos relatos
abaixo:
“ Dos fatores bióticos nós anotamos o sagui que vimos na árvore, araras, e alguns
insetos... os outros foram os não vivos, o solo.. como que estava a temperatura, se estava
quente, essas coisas”...
“ A tabela foi boa pra gente conseguir diferenciar as coisas que vimos, achei mais fácil
entender agora que também esses fatores bióticos e abióticos não estão sozinhos na natureza,
eles sempre se relacionam pra viver.”
Pereira (2005), afirma que um levantamento da percepção prévia é fundamental para
direcionar a ação educativa, de modo a corrigir percepções negativas do local que eles
frequentam e ressaltar fatos que denotem a importância do ambiente que eles não
conseguem ver, ao que Tuan (1983) chamou de “paisagem do meio”, quando afirmou que
normalmente as pessoas evidenciam não perceber o ambiente natural em si, desconhecendo
os organismos que ali vivem e sua importância, conduzindo a um sentimento de rejeição pela
paisagem e pelo espaço vivido.
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4º - Durante o primeiro contato com o tema, foi possível notar que a maioria dos
alunos não possuíam conhecimento sobre a bacia hidrográfica da região, tampouco as
complexas relações que podem ser trabalhadas com este assunto. Ficou evidente, nos
depoimentos dos alunos, que temática sobre bacias hidrográficas tem sido trabalhada apenas
de forma tradicional nas escolas, sem a existência de articulações entre as disciplinas. Com
base nesse enfoque, questões sobre características gerais, localização com auxílio de mapas,
uso e ocupação do solo, foram aprofundadas afim de caracterizar melhor a bacia São José dos
Dourados. Portanto, este primeiro encontro, visou colocar os alunos diante da realidade da
dimensão ambiental, bem como lhes proporcionar a ampliação de alguns conhecimentos
gerais.
Após a discussão do estudo de caso, alguns alunos apresentaram possíveis sugestões.
A1.“ Eu instalaria um sistema de água que dependendo do horário dez horas abre o
registro e a hora que for três horas, fecha. Duas horas da manhã abre de novo para quando as
pessoas acordarem terem água para tomar banho e escovar os dentes. Mas eu queria que
todas as casas tivessem cisternas para captar a água da chuva para a reutilização de água,
acho que seria a melhor maneira”
A2.“Eu iria fazer um poço grande, captaria a água da chuva e ao mesmo tempo
passaria por um processo de tratamento e iria para as casas para ser utilizada para lavar louça
e roupa. No caso, São Paulo está com problema e várias pessoas estão sem água, as vezes por
horas e as vezes por dias. Por isso, as vezes pegam um balde e pegam a água da chuva e seria
uma boa ideia para essa época de crise”
Os alunos mencionaram a crise hídrica em São Paulo como exemplo durante as
discussões sobre o estudo de caso. A preocupação dos demais em relação ao consumo de
água foi demonstrada em mudanças de hábitos como sugestões, ou seja, a maioria dos alunos
chegou a conclusão de que é necessário medidas que visem o planejamento adequado e a
reutilização de água da chuva principalmente. Durante o debate, ficou evidente que o estudo
de caso contribuiu no aprendizado dos alunos, pois foram direcionados a agirem como
solucionadores de problema e tomadores de decisão.
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Em continuidade, os alunos confeccionaram cartazes, representando por meio
de desenhos e colagens como interpretam o território geográfico da bacia hidrográfica
(Figuras 14, 15, 16 e 17).
Conforme discutido recentemente por Bezerra e Gonçalves (2007), o termo “meio
ambiente” constantemente utilizado tanto em meios de comunicação como nos discursos
políticos, livros didáticos, músicas e outras fontes, demonstram uma grande diversidade
conceitual, possibilitando diferentes interpretações, muitas vezes, influenciadas pela vivência
pessoal, profissional e pelas informações veiculadas na mídia.
Os cartazes confeccionados pelos alunos mostraram uma concepção de Bacia
Hidrográfica estritamente relacionada aos aspectos físicos naturais, excluindo o ser humano
e todas as suas intervenções no meio, ou seja, uma predominância pela visão
biocêntrica/antropocêntrica, a representação realizada pelos alunos dispensam totalmente
Figura. 14 Representação da Bacia
Hidrográfica São José dos Dourados- Dupla 1
Figura. 15 Representação da Bacia
Hidrográfica São José dos Dourados- Dupla 2
Figura. 16 Representação da Bacia
Hidrográfica São José dos Dourados- Dupla 3
Figura. 17 Representação da Bacia
Hidrográfica São José dos Dourados- Dupla 4
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os componentes sociais referentes ao meio. Pode-se relacionar esta abordagem de BH com
uma apresentação de visão na qual o ser humano é circundado pelo ambiente sem ser parte
integrante deste, apresentadas em REIGOTA (2001).
Para Oliveira (2000), o desafio da questão ambiental, por sua extensão e
complexidade, vem exigindo uma abordagem cada vez menos ortodoxa, rompendo com a
tradição segmentada e reducionista, tornando-se necessária a consolidação de um
entendimento mais amplo do processo de educação ambiental. Constituindo, assim, uma
educação permanente que inclua todos os aspectos que a compõe, possibilitando que se
compreenda o ambiente na sua interdependência com o homem, com as consequências das
ações humanas do presente para o futuro constituindo uma visão crítica da realidade
ambiental (DIAS, 2004).
Nessa perspectiva, torna-se importante a discussão em torno das diferentes
concepções sobre meio ambiente articuladas ao contexto das bacias hidrográficas,
principalmente com o intuito de despertar uma análise crítica da realidade ambiental.
5º - O foco do encontro, além dos conceitos básicos já mencionados, percorreu na
importância da preservação das Microbacias bem como sua importância para a sobrevivência
dos seres vivos e a preservação de um dos bens mais vitais para os seres vivos na Terra, no
caso, a água.
Apesar de algumas limitações já esperadas, os estudantes demonstraram possuir
conhecimento básico sobre microbacias. É interessante ressaltar que eles conseguiram
assimilar corretamente informações que foram abordadas nos encontros anteriores, reunindo
em tópicos as principais questões que foram discutidas, como pode ser evidenciado pelos
relatos a seguir:
A1. “O rio, o rio principal e os outros menores, plantações, as coisas ao redor, tudo!”
A2.“São os pequenos rios que formam uma bacia inteira, lembro algo do tipo”.
A3.“Nos mapas apareceram algumas coisas, eu não tinha entendido muito bem, só
depois que deu pra ver que ‘tava’ interligando um rio no outro.”
A4.“É... da pra ver mesmo que são vários caminhos, ele tipo abastece o rio que fica
maior, né?!”
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Figura 18. Estudo sobre Microbacias.
6º - Observou-se que a atividade de montagem da maquete proporcionou a interação
entre os alunos, como também a participação ativa dos mesmos, ou seja, foram estimulados
a confrontar suas ideias com os demais. Foi possível verificar que essa interação auxiliou os
alunos na construção do seu saber, abrindo-se um espaço para abordarem questões de
interesse durante o desenvolvimento das atividades. No exemplo abaixo, apresenta-se uma
situação que revela o posicionamento de alguns alunos durante a fase de construção da
maquete.
- “Vamos colocar duas áreas, uma poluída e outra não poluída, porque aí dá pra gente
colocar tudo que tem em uma bacia hidrográfica”..
-“ Dá pra representar e relembrar a importância das matas ciliares e o problema do
assoreamento aqui na bacia, como vimos na outra atividade aula passada”...
- “Os animais também, não tem só cidade,”...
-“ Também, mas acho melhor representar a ocupação das casas, pra mostrar que
dependemos dessa água, porque não são só as plantas e os animais que fazem uso dela, e
também nem é todo rio que tem mata ciliar, acho que aqui nem deve ter”...
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Figura 19. Confecção das maquetes- Bacias Hidrográficas e Microbacias
Fonte: Próprio autor
Nota-se que a partir das discussões durante a montagem do material, os alunos
demonstraram melhor compreensão sobre todos os aspectos que envolvem a bacia
hidrográfica da região. Assim, na sala de aula ou em qualquer lugar onde há aprendizagem
deve ocorre o processo de organização e produção do conhecimento, uma aproximação entre
professor, aluno e objeto de estudo, nessa zona de trabalho o enfoque interdisciplinar de uma
realidade mais ampla, auxilia o estudante a ter uma visão maior, e melhor significado do
conteúdo estudado, possibilitando um aprendizado consciente e eficaz (THIESEN, 2008).
Nesta perspectiva, considera-se que a interação em sala de aula também pode servir como
um importante instrumento no processo de ensino- aprendizagem.
Percebe-se a conscientização dos estudantes sobre temas como o uso e ocupação do
solo, importância da vegetação e possíveis consequências negativas na ausência das matas
ciliares. O confronto de ideias desencadeou reflexões que contribuíram para a escolha de um
modelo em comum, onde foi possível abordar todos os componentes de uma bacia
hidrográfica na versão final da maquete, conforme demonstrado na figura abaixo (figura 20).
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Figura 20. Representação da bacia hidrográfica finalizada pelos alunos.
Fonte: Próprio autor
Segundo Moraes e Rocha (2012), a atividade proposta utilizando materiais de fácil
acesso, representa um pequeno exemplo de como as aulas teóricas e as atividades práticas
podem se desvincular de amarras tradicionais, e partir para um novo patamar de construção
do saber.
Quando se consegue fazer com que a teoria se integre à prática ocorre o
aprofundamento de conhecimento em sala de aula, entretanto, as atividades práticas,
independente dos conceitos abordados, despertam o interesse entre os alunos de qualquer
nível escolar (MORAES, 2012). No caso específico, os conceitos teóricos sobre bacias
hidrográficas, que são considerados pelos alunos de difícil assimilação e compreensão,
tornam-se mais acessíveis devido ao caráter motivador das aulas práticas.
Portanto, pode-se destacar que as maquetes colaboraram positivamente e foram
indispensáveis para a explicação de fenômenos que estão essencialmente presentes no
espaço geográfico e que muitas vezes são de difícil compreensão, quando analisados em
mapas ou apenas abordados teoricamente nas aulas de Ciências e Geografia.
7º - Ao realizar a atividade de campo com a turma, pretendia-se chamar a atenção dos
alunos sobre a importância da preservação do ambiente e despertar a consciência ecológica
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nos mesmos ao fazê-los observar e sentir a natureza, assim como identificar os problemas
provocados no ambiente pela ação humana.
As atividades de campo podem ser utilizadas como importante estratégia em
programas de EA, uma vez que o contato com o ambiente permite a sensibilização acerca dos
problemas ambientais. Além disso, surgem oportunidades de reflexão sobre valores,
imprescindíveis às mudanças comportamentais e, sobretudo, atitudinais (CARVALHO, 1998).
Durante a aula de campo viveu-se um momento instigante com os alunos, no decorrer
do percurso foi notável a ansiedade dos mesmos e curiosidade em aprender mais sobre os
elementos observados: “Nossa que árvore é aquela?”, “Por causa dela que esta bem mais
fresco aqui, não é?, olha o tamanho dela!”
Sair do ambiente escolar, por si só, gera um efeito geralmente positivo sobre o
interesse dos alunos pelo conteúdo (FARINA e GUADAGNIN, 2007).
Após a atividade de campo, os alunos retornaram para o laboratório didático (LECBio),
onde foi realizada uma discussão em grupo e debatido alguns elementos analisados nas fotos
registradas no decorrer da aula de campo.
A atividade de retorno à sala de aula completa aquilo que no campo escapou, ficou
subentendido ou mal-entendido. Ela ultrapassa o momento de reunião das entrevistas,
fotografias e narração das melhores vivências (OLIVEIRA e ASSIS, 2009, p. 201).
Portanto, buscou-se, nesse sentido, despertar a interação e o diálogo entre os alunos,
instigando-os a darem suas opiniões, fazer suas críticas ou comentários sobre os temas
abordados tanto nas aulas teóricas como na aula de campo.
Fonte: Próprio autor/alunos Fonte: Próprio autor/alunos
Figura. 21 Fotos tiradas pelos alunos – no entorno
do Campus II-Unesp- Ilha Solteira- SP (Grupo 1)
Figura. 22 Fotos tiradas pelos alunos – no entorno
do Campus II-Unesp- Ilha Solteira- SP (Grupo 1)
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Fonte: Próprio autor/alunos Fonte: Próprio autor/alunos
Pode-se observar que tanto nas discussões em sala de aula quanto na atividade, os
alunos se mostraram sensibilizados e curiosos frente às fotografias. As imagens que os alunos
registraram conseguiram despertar um sentimento de amor e cuidado, gerando respostas
imediatas, no que se refere aos hábitos de cuidar da natureza, animais, preservar o local como
um todo, conforme pode observar nas falas a seguir:
Grupo 1. “Passamos por lugares lindos, onde deu até pra ver o rio de longe, aqui onde
tem as maiores árvores é o melhor lugar, achei agradável a paisagem, gostei muito de tirar as
fotos. Escolhemos essas porque acho que representa bem nossa cidade, chama a atenção”
Grupo 2. “Já quase não chove, aqui é quente aí tiram as arvores que fazem ficar fresco,
não dá, prejudica muita coisa!. Escolhemos essa imagem (figura 24) porque mostra bem isso,
foi o que a gente mais percebeu por aqui”.
Para Litz (2009), quando se analisa imagens desperta o aluno a utilizar seus
conhecimentos sobre o conteúdo estudado, e torna-se mais fácil de sensibilizar e atrair a
atenção do educando.
Quando questionados sobre o que eles mais gostaram na aula de campo, pode-se
verificar nos relatos que ambos grupos mencionaram respostas bem diversificadas: desde os
“animais encontrados”, “análise da paisagem”, “poder observar a natureza e tirar fotos a
Figura. 23 Fotos tiradas pelos alunos – no
entorno do Campus II-Unesp- Ilha Solteira-
SP (Grupo 2)
Figura. 24 Fotos tiradas pelos alunos – no entorno
do Campus II-Unesp- Ilha Solteira- SP (Grupo 2)
23
vontade”, até respostas relacionadas a aspectos emocionais como: “tranquilidade”,
“diversão”, “aula diferente e prazerosa”.
Pode-se verificar que a aula de campo como recurso didático proporcionou diversos
elementos favorecedores ao desenvolvimento do conhecimento geográfico e científico do
aluno, contribuindo assim, para ampliar o conhecimento e o interesse do aluno por esta
prática.
8º - Foi possível observar que as atividades realizadas no projeto, proporcionaram aos
alunos a obtenção do conhecimento de forma lúdica e prazerosa além de desenvolver
habilidades científicas como a observação, descoberta, comparação, análise e síntese, levando
os alunos a despertar a sua curiosidade e o interesse pelas aulas.
Quando questionados sobre o que mais gostaram no projeto, a maioria afirmou que
gostou das atividades que foram sendo realizadas ao longo dos encontros, alguns gostaram
mais das aulas de campo, visita ao centro de conservação da fauna silvestre de Ilha Solteira-
SP, outros das aulas em puderam manusear os exemplares disponíveis no laboratório, como
pode ser visto nos depoimentos abaixo.
A1. “As aulas foram bem legais, gostei de tudo.”
A2. “Adorei, estudei coisas que não conhecia, visitar os lugares foi a parte mais legal”
A3. “Gostei de poder pegar os insetos, visitar o “zoo”, e observar as coisas tirando
fotos”
A4 “Quando a gente trabalha em grupo parece que aprende mais, porque com os
amigos conversando aprendemos muitas coisas.”
Outro fator que mostrou o interesse dos alunos, foi o fato das atividades terem sido
realizados fora do horário de aula e não contava com a obrigatoriedade de participação, pois
foi oferecido como atividades extra-curriculares e todos os alunos da classe participaram
ativamente.
24
4.2. RESULTADOS DAS ATIVIDADES JUNTO AOS ADOLESCENTES DO PROJETO ILHA DE
PAPEL (PREFEITURA MUNICIPAL DE ILHA SOLTEIRA)
Neste item são apresentadas apenas as imagens dos encontros (Figura 25).
Figura 25 (de A a D) – Imagens dos trabalhos em grupo realizados durante os encontros
com os adolescentes.
25
4.3. RESULTADOS DAS ATIVIDADE JUNTO AOS ALUNOS DO COLÉGIO EUCLIDES DA
CUNHA
Neste item são apresentadas apenas as imagens dos encontros (Figura 26).
Figura 26. Atividades desenvolvidas no Laboratório de Entomologia II e no Laboratório de Ensino de Ciências e Biologia (LECBio), ambos no Câmpus II da UNESP de Ilha Solteira.
5 - Considerações Finais
O trabalho possibilitou observar que as práticas pedagógicas e os recursos
metodológicos utilizados constituíram um grande facilitador para a obtenção do aprendizado
e participação dos alunos.
Foi notório a contribuição positiva das atividades práticas propostas, uma vez que o
trabalho em campo possibilita ao aluno entrar em contato direto com a natureza, passar a
enxergar e ter a oportunidade de construir seu próprio senso crítico, desprendendo-se, assim,
dos livros didáticos inseridos todos os dias em uma sala de aula.
26
Verificou-se, no trabalho desenvolvido com os Colégios NEP-OBJETIVO e Euclides da
Cunha, que o conceito de bacia hidrográfica deve ser trabalhado nas escolas de forma
interdisciplinar, para a compreensão de que a mesma constitui um sistema complexo de
interações entre os componentes biológicos, geológicos, hidrológicos e antropogênicos em
uma região, contemplando-se mais estudos que mostrem à comunidade.
Nas atividades desenvolvidas junto aos adolescentes do Projeto Ilha de Papel,
verificou-se a importância da realização de trabalhos em grupo para geração de ideias,
compartilhamento de experiências e tomada de decisões. Os adolescentes puderam nas
semanas que se seguiram, colocar em prática as propostas que elaboraram durante as
atividades do projeto.
6 - Referências Bibliográficas
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