TPGfolitécnico
1 dalGuardaPolytechnicuf Guarda
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Licenciatura em Design de Equipamento
Rodrigo Pereira Portugal Rosa
novembro 1 2014
Rodrigo Rosa | Julho de 2014
1
INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
RODRIGO PEREIRA PORTUGAL ROSA
RELATÓRIO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO
EM DESIGN DE EQUIPAMENTO
Novembro de 2014
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
ii
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO
Nome: Rodrigo Pereira Portugal Rosa
Número de aluno: 1009974
Curso: Design de Equipamento
Escola Superior de Tecnologia e Gestão
Instituto Politécnico da Guarda
Entidade Promotora de Estágio: aveiromeuamor, Lda.
Morada: Rua Dr. Nascimento Leitão, nº34 – Glória 3810-108
Aveiro
Telefone e Fax:+351 234423514
E-mail do Estúdio: [email protected]
E-mail da Loja: [email protected]
Site da Empresa: www.amadesign.net
Supervisor do Estágio: Mestre Pedro Bandeira Maia
Início: 8 de Setembro
Fim: 9 de Novembro
Duração: 180h
Instituição
Empresa
Estágio
Curricular
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
iii
Agradecimentos
Ao meu orientador, Professor Maurício Vieira pela disponibilidade e apoio na
realização do relatório de estágio.
Ao Professor Raul Pinto e Pedro Bandeira Maia pela oportunidade de estagiar na
empresa “aveiromeuamor design, Lda”.
A todos os meus colegas de curso e amigos que me acompanharam neste percurso
académico verdadeiramente marcante com sentimentos de amizade, cumplicidade e
alegria.
Em particular à minha namorada, por tudo o que aprendemos mutuamente e por
tudo o que vivemos de forma incansável. As suas palavras de motivação para alcançar os
meus objetivos.
À minha família, especialmente aos meus pais que sempre me apoiaram e
apostaram na minha formação, pois sem eles não seria a pessoa que sou hoje.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
iv
Plano de Estágio Curricular
Ao iniciar o estágio e entrando em contacto com o Mestre Raul Pinto e seu sócio
Mestre Pedro Bandeira Maia foi mencionado que o Mestre Pedro seria o tutor, devido ao
tempo disponível de cada um. De seguida foi proposto o plano de estágio que iria realizar,
tendo em conta a duração do estágio e o trabalho a efetuar, esse plano tinha de ser
comprido de forma autónoma tendo por base os ideais da empresa.
Foram dadas tarefas essenciais para o funcionamento da empresa como:
Abertura/Fecho
Música ambiente
Contacto com clientes
Arrumação do atelier
O plano de estágio consistia nos seguintes pontos:
Contacto e adaptação ao processo de trabalho da ama|design;
Participação em concursos de Design;
Realização de maquetes;
Candeeiro de papel;
Vasos
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
v
Objetivos
O estágio curricular é uma etapa relevante, no percurso de cada estudante, nas
suas diversas áreas. Ao ser iniciado criam-se oportunidades para aplicar os conhecimentos
teóricos e práticos adquiridos no curso em causa, “Design de Equipamento” e aplicá-los
num ambiente empresarial, efetuando o trabalho proposto de forma eficaz.
Esta etapa também requer uma adaptação ao ritmo de trabalho da empresa e sua
metodologia, proporcionando alguma experiência a nível profissional no “mundo do
design”.
Tendo em conta todas as vertentes do design que o atelier apresenta o objetivo
será expandir os meus conhecimentos e absorver toda a informação e ensinamentos que
esta experiência me proporcionou. Adquirindo uma noção geral das funções que uma
empresa deste género exerce na sociedade moderna, a partir dos projetos que realiza.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
vi
Resumo
O curso frequentado proporcionou-me adquirir ferramentas fundamentais na área
do design e saber tirar partido delas. Técnicas de Esboço, Modelação 2D e 3D foram
fundamentais na realização do estágio assim como noções de Ergonomia, noções de
Projeto de Ambientes e Design Industrial, mas todo o percurso anteriormente realizado
foi de veras importante, para ter conhecimentos de outras matérias.
No momento que entrei no atelier Aveiromeuamor Lda, reparei nos projetos que
estavam expostos e nas experiências do Mestre Raul Pinto (exemplos: cadeeiro feito com
serradura e cogumelos, vasos e maquetes feitas com materiais alternativos e experiências
com formigas na terra etc.). Os artefactos expostos e a própria arquitetura do espaço
davam uma visão um pouco mais aprofundada do que podia ser o design, podendo ir à
“ciência das coisa” e desmitificar formas encontradas na natureza que são produzidas
organicamente ou por modelação dos agentes erosivos ou mesmo por seres vivos que
também transformam o relevo.
O ambiente fez com que eu alargasse os meus objetivos e deixasse de me focar só
na forma final do produto/equipamento, mas também em todo o seu percurso posterior
relativamente a sua construção, podendo ser um processo industrial, artesanal ou
modelado pela “mãe natureza”.
Na área do design uma ideia produzida só é visível pelos outros se for retirada da
imaginação de forma expressiva e consciente da realidade. É a partir de uma folha de
papel que se representa a solução, através de esboço/sketches acompanhados com todas
as informações relevantes. Assim se evolui o processo criativo até chegar ao produto
supostamente idealizado. Ao estagiar na empresa, o processo de esboço/criação foi de
extrema importância, criando comunicação de ideias entre membros da equipa, fluindo
tema para novos conceitos e aspetos de relevância a dar num projeto.
O ama|estúdio tendo sempre em destaque as pessoas e a melhor forma de resolver
os problemas, cria soluções com o máximo de criatividade intervindo na sociedade de
forma evidente.
Palavras-chave: design, imaginação, processo.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
vii
Índice de Texto
Ficha de Identificação……………………………………………………………………………II
Agradecimentos….…………………………………………………………………………...…III
Plano de Estágio Curricular.………………………………...………………………….….…....IV
Objetivos………………………………………………………………………………………..IV
Resumo.…...…………………………………………………………………………………….VI
Índice de Texto….……………………………………………………………………………...VII
Índice de Figuras….…………………………………………………………………………...VIII
Índice de Anexos..……………………...……………………………………………..………...IX
Índice de Esquemas.……………………………………………………………………………...X
Lista de Abreviaturas.……………………………………………………………………...........XI
Nota……………………...……………………………………………………………………….1
1 Resumo de Estágio.………………………….………………………………………..………...3
2 Apresentação Geral.…………………..……………………………………………......……….4
2.1 Aveiro…………………………………………………………...…..………...……………...5
2.1.1 Enquadramento Geográfico da Região de Aveiro.………...……....……….……………6
2.1.2 Enquadramento Cultural e Turístico….………….……..…………….…...…………….7
2.2 Empresa………………….………………………..……………...…………....…………….8
2.2.1 Apresentação da Empresa.………….……………………………….…………………..9
2.2.2 Localização.…………………………….………..……………………...………………9
2.2.3 Equipa.……………….…………………………………………..…...………………..10
2.2.4 Instalações….………….………………………………..…………………………….. 10
2.2.5 Áreas de trabalho……………………………….….…………………………………..11
2.2.6 Lista de Projetos Relevantes.………….…….………………………………………….12
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
viii
Índice de Texto
3 Estágio....………………………………………………………...…………...……………….14
3.1 Nota Introdutória.……….……………………….………………...……………………..15
3.2 Metodologia Projetual….…………………………………………………………......….16
3.1 HUG....…………………………………………………..………………………………….17
3.1.1 Concurso de Design………………..………………………..…………………………18
3.1.2 Análise Diacrónica.…………………………….....……………………………………19
3.1.3 Análise Sincrónica....……….………………………….………………………………19
3.1.4 Análise Análoga.…………………………………….…...……….……………………20
3.1.5 Esboços Criativos………………….……………………..……………………………21
3.1.6 Conceito e Esboços……………………….……………………………………………22
3.1.7 Moodboard....…………………………………………...………………………………………23
3.1.8 Apresentação do Produto…………….……………………………………...…………24
3.1.9 Conceito de Utilização….……………….………………………..……………………25
3.1.10 Especificações Técnicas Construtivas….………………..……………………………26
3.1.11 Estudo da Cor.……………..…………………….……………………………………27
3.1.12 Rende e Fotomontagens….……….……...………………………………...…………27
3.1.13 Logotipo.………………………………………………….…….…….………………29
3.2 Vasos Mexic....……………..……………………………….………………………………30
3.2.1 Vasos…………………………………………………..………………………………31
3.2.2 Enquadramento Simbólico.…………………………………………….………………32
3.2.3 Evolução do Produto.…...………………….……………………………………….….33
3.2.4 Vaso 1....…………………………………….…………………………………………33
3.2.5 Vaso 2....……………………………………….………………………………………34
3.2.6 Vaso 3....…………………….…………………………………………………………34
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
ix
Índice de Texto
3.2.7 Vaso 4....………………………………………………………………….……………35
3.2.8 Vaso 5…………………………………….……………………………………………35
3.2.9 Vaso 6………………………………...…………………………….…………………36
3.2.10 Vaso 7 (produto final)…………………………………………..……………………37
3.2.11 Detalhes Técnicos……………………………………….……………………………37
3.2.12 Indicações Técnicas Construtivas…...…………………….…………………………38
3.2.13 Render e Fotomontagens……………...……………...………………………………39
3.3 Maquetes Mistolin & Lissa……………………………………………..…………..……..40
3.3.1 Maquetes……………………………..……..…………………………………………41
3.3.2 Garrafa Mistolin……...………….………………………………………….…………41
3.3.3 Processo de Fabrico das Maquetes……………………………...…….……………….42
3.3.4 Maquetes Finais….…..…………………….…………..………………………………43
3.3.5 Maquete Lissa…………………………………………………………….……………44
3.3.6 Processo de Construção……………………………………...………………….…..…45
3.3.7 Fotografias da Maquete……………………………………………….……………….46
3.4 ÉDRA………………………………………………………..…………...…………………47
3.4.1 Introdução ao Projeto…………………………..…………...…………………………48
3.4.2 Objetivos…………………………………………….………………………………...49
3.4.3 Estudo do Mercado…………………………….……...……………………………….50
3.4.4 Conceito e Esboços………………………………….………………………………...51
3.4.5Conceito e Esboços (escolhido).…………………………..……...……….……...……52
3.4.6 Maquetes Experimentais …………………………..………………………….………53
3.4.7 Enquadramento Simbólico ………...………………………………………….………54
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
x
Índice de Texto
3.4.8 ÉDRA (conceito)……………………………….…………….…………….....……….55
3.4.9 Conceito de Utilização……………………………….………………….…………….56
3.4.10 Elementos e Materiais……………………………...………...………………………57
3..4.11 O Fio……………………………………………..……………………..……………58
3.4.12 Montagem do Abajur……………………….…………………….……………..……59
3.4.13 Embalagem……………………………………………………………….…..………60
3.4.14 Render e Fotomontagens………………………...…………………………...………61
3.5 Vários Outros trabalhos realizados……………………………………….…………….. 62
3.5.1 Modelação de Led……………………...………...……………………………………63
3.5.2 Vista Explodida………………………….......………….……………………………..64
3.5.3 Introdução do Projeto (ilustração)……………………………………………..………65
3.5.4 Imagem Final……………………………………………………….….………………66
4 Conclusão…………………………….………………………...…………………………….67
Referências Bibliográficas………………….…………………………………………………68
Anexos…………………………………………………………………………………………..69
Anexo 1…………………………………………………………...……………......……………A
Anexo 2……………………………………………………………………………………….….B
Anexo 3……………………………………………………………………...…………….…….C
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
xi
Índice de Figuras
Figura 1- Localização do distrito de Aveiro…………………………………………….…..….…6
Figura 2- Ria de Aveiro………………………………………………………………….…..……7
Figura 3- Logotipo da empresa aveiromeuamor, Lda…………………………………..……..…..9
Figura 4- Espaço interior da empresa………………………………………………….………...11
Figura 5- Conjunto de imagens de trabalhos realizados pela empresa………………..………….13
Figura 6- Imagens do logotipo da empresa e do concurso…………………………..……….…..18
Figura 7- Conjunto de imagens da evolução (análise diacrónica) ………………………...........19
Figura 8- Conjunto de imagens (análise sincrónica)………………………………..……………19
Figura 9- Conjunto de características a seguir……………………………………..………….…20
Figura 10- Conjunto de esboços realizados……………………………………….……………..21
Figura 11- Conjunto de esboços da evolução do conceito……………………….………………21
Figura 12- Esboços representativos da cadeira…………………………………………………..22
Figura 13- Conjunto de imagens referentes ao moodboard………………………..…………….23
Figura 14- Render e fotomontagem da cadeira Hug…………………………………………..…24
Figura 15- Posições da cadeira com ilustração……………………………………………….….24
Figura 16- Posições da cadeira e conceito de utilização…………………………..……………..25
Figura 17- Vista explodida em perspetiva……………………………………….………………26
Figura 18- Desenho técnico geral……………………………………………….……………….26
Figura 19- Conjunto de imagens de estudo da cor……………………………..………………...27
Figura 20- Render e fotomontagem (ambiente externo) ……………………..………………….27
Figura 21- Render e fotomontagem (fator humano) ………………………….…………………28
Figura 22- Logotipo da cadeira……………………………………………….…………………29
Figura 23- Conjunto de imagens de vasos da empresa almasdesign…………..…………............31
Figura 24- Conjunto de imagens de pesquisa (inspiração) …………………..…………….…….32
Figura 25- Conjunto de cinco vasos (vaso1).………………………………..…………………...33
Figura 26- Conjunto de três vasos (vaso 2)…………………………………..…………………..34
Figura 27- Conjunto de três vasos (vaso 3)…………………………………..…………………..34
Figura 28- Conjunto de três vasos (vaso 4)…………………………………..………………..…35
Figura 29- Conjunto de três vasos (vaso 5)…………………………………..…………………..35
Figura 30- Conjunto de três vasos (vaso 6)…………………………………..……………..……36
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
xii
Índice de Figuras
Figura 31- Conjunto de vasos (vaso 7)……………………………………………………..……37
Figura 32- Conjunto de imagens relativas a pormenores do vaso 7………………………..…….37
Figura 33- Conjunto de imagens (renders e fotomontagens)……………………………….....…39
Figura 34- Conjunto de imagens do desenho técnico da garrafa 1 e garrafa 2……………………41
Figura 35- Conjunto de imagens referentes ao molde em cartolina de ambas as maquetes………42
Figura 36- Conjunto de imagens referentes ao corte das placas de poliestireno……………...…..42
Figura 37- Imagem que revela o processo de polir…………………………………………..…..42
Figura 38- Conjunto de fotografias das maquetes 1 e 2……………………………………..…...43
Figura 39- Fotografia da maquete da cadeira (Fung)………………………………………..…...44
Figura 40- Fotografia da maquete final (Lissa)…………………………………………….……44
Figura 41- Fotografia da evolução da maquete (Lissa)……………………………………..……44
Figura 42- Etapas do processo de construção da maquete Lissa…………………………............45
Figura 43- Conjunto de fotografias da maquete Lissa…………………………………….….….46
Figura 44- Conjunto de imagens (análise diacrónica e sincrónica)………………………..……..50
Figura 45- Conjunto de esboços criativos……………………………………………….………51
Figura 46- Um dos conceitos iniciais………………………………………………………...….51
Figura 47- Maquete e modelação 3D da proposta com respetivo render………………….…..….51
Figura 48- Esboço de dois conceitos semelhantes……………………………………………….52
Figura 49- Esboço de apresentação do equipamento……………………………………….……52
Figura 50- Conjunto de maquetes em escala reduzida (estudo da forma)…………………..……53
Figura 51- Conjunto de maquetes em escala reduzida (exemplo a focar)…………………..……53
Figura 52- Conjunto de maquetes à escala real (estudo de encaixes)……………………...……..53
Figura 53- Render e fotomontagem com candeeiro aberto em duas posições…………………...55
Figura 54- Conjunto de imagens alusivas à utilização (foco no regulador)……………………....56
Figura 55- Conjunto de imagens dos materiais e elementos do candeeiro……………………….57
Figura 56- Conjunto de imagens de várias cores dos fios elétricos……………………………....58
Figura 57- Conjunto de imagens da montagem do abajur……………………………………..…59
Figura 58- Conjunto de imagens de como encaixar as embalagens para minimizar espaço…...…60
Figura 59- Conjunto de imagens de renders e fotomontagens do candeeiro…………………....61
Figura 60- Fotografia da luminária Led………………………………………………….....….63
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
xiii
Figura 61- Render da luminária modelada……………………………………………………....63
Figura 62- Render da vista explodida da luminária e transformador…………………………….64
Figura 63- Conjunto de imagens de pesquisa (visualização do problema)…………………...…..65
Figura 64- Conjunto de imagens vetorizadas……………………………………………….…...65
Figura 65- Imagem vetorizada com vários elementos………………………………….….…….66
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
xiv
Índice de Anexos
Anexo 1…………………………………………………………………………………………..A
(desenho técnico da cadeira)
Anexo 2………………………………...………………………………………………………...B
(desenho técnico dos vasos)
Anexo 3………………...………………………………………………………………………...C
(desenho técnico do candeeiro)
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
xv
Índice de Esquemas
Esquema 1- Metodologia de Bruno Munari…………………………………………………….16
Esquema 2- Objetivos do projeto (ótica de otimização, interação e mutação)…………………49
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
xvi
Lista de Abreviaturas
ESTG………………………………………………..…Escola Superior de Tecnologias e Gestão
IPG………………………………………………………………..Instituto Politécnico da Guarda
Ama|design…………………………………………………………………..aveiromeuamor, Lda
Lda……………………………………………………………………………………….Limitada
A25………………………………………………………………………..Autoestrada numero 25
A1……………………………………………………………………….….Autoestrada numero 1
2D…………………………………………………………………………………..Bidimensional
3D………………………………………………………………………………….Tridimensional
Led……………………………………………………………………..……Light Emitting Diode
Dr…………………………………………………………………………………………...Doutor
ama……………………………………………………………………….….aveiromeuamor, Lda
Km…………………………………………………………………………………….quilómetros
m………………………………………………………………………………...………….metros
km2………………………………………………………………….…….quilómetros quadrados
hab…………………………………………………………………………………..…..habitantes
Rodrigo Rosa | Julho de 2014
1
Nota
O estágio foi realizado em simultâneo com a aluna Raquel Marques Pereira,
número 1009973 do curso de Design de Equipamento da ESTG. É importante salientar
que foi uma mais valida a nível de companheirismo e na fase de consolidação de ideias.
No decorrer do estágio entraram mais dois estagiários, Filipa Sá Costa e Francisco
Grácio do curso de Design de Produto e Design de Interiores ambos tiveram um papel
favorável nos conhecimentos obtidos, por troca de ideias e conhecimentos.
Este relatório foi escrito em conformidade com o novo acordo ortográfico.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
4
2 Apresentação Geral
O presente relatório de estágio descreve os principais trabalhos desenvolvidos
durante o período vinculado de 180 horas demonstrando a adaptação e o percurso
realizado. Assim como experiências e técnicas usadas relativamente aos projetos
desenvolvidos.
O estágio foi iniciado com a conceção de uma cadeira de formas flexíveis para a
participação do concurso Flexível Shapes effettievoliti 2013. Foram feitas várias
experiências em papel para a criação de um candeeiro para a empresa, assim como
modelação de vasos para a empresa almasdesign. No decurso do tempo foram realizadas
várias maquetes entre elas uma importante para dar resposta ao “Concurso Internacional
de Diseño Andreu World 2013” projeto este concebido por Raquel Marques Pereira.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
6
2.1.1 Enquadramento Geográfico da Região de Aveiro
O concelho de Aveiro localiza-se na Beira Litoral de Portugal, é uma zona que
fica a menos dos 100 m de altitude e tem uma ampla planície costeira com
aproximadamente 40 km de largura, na parte sul.
Aveiro tem uma densidade populacional de 368,40 hab/km2, a sua área é
aproximadamente de 199,9km2 e é dividido em 14 freguesias. A freguesia a salientar
denomina-se Glória, pois é nessa zona que se localiza a empresa aveiromeuamor, Lda.
Este distrito tem vantagem na sua localização porque se encontra junto a costa
portuguesa e tem como vizinhos importantes as cidades do Porto, Coimbra e Viseu.
A nível de condições de acesso também é bastante beneficiado, incorporando
acessos marítimos, terrestre e aéreos. O acesso rodoviário é de veras importante e neste
caso tem a vantagem de ser intercetado por duas autoestradas (A25 e A1) que ligam
Portugal de Norte a Sul e de Este a Oeste.
Figura1- Localização do distrito de Aveiro.
Fonte: Pesquisa Web
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
7
2.1.2 Enquadramento Cultural e Turístico
A cidade de Aveiro é anualmente visitada por uma grande massa de turistas tanto
portugueses como estrangeiros de todo mundo. Possui elementos de Arte Nova que
podem ser vistos como um simples passeio pedestre pela cidade, assim como a praça do
peixe e a Universidade de Aveiro.
É denominada de “a Veneza de Portugal” devido à ria que se prolonga pela
cidade, proporcionando passeios turísticos de barco. Denominado moliceiro, que sendo
um símbolo da ria de Aveiro tem características muito peculiares como a sua forma de
meia-lua, as exageradas dimensões do mastro e do leme e principalmente a sua decoração.
Sendo este pintado com cores muito vivas, caracterizando vários temas, como cenas
religiosa ou românticas e até mesmo cenas do quotidiano das pessoas.
Relativamente a gastronomia os ovos-moles são o ex-libris da região assim como
vários pratos de peixe e marisco que se destacam pela sua qualidade.
As praias de Aveiro também são muito conhecidas pela sua beleza, limpeza e por
serem muito calmas, inclusive a praia de S. Jacinto relativamente a sua reserva natural de
dunas.
Figura 2- Ria de Aveiro.
Fonte: Pesquisa Web
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
9
2.2.1 Apresentação da Empresa
“O ama (aveiromeuamor) é um estúdio de design e desenvolvimento de produto
sediado em Aveiro, Portugal. Fundado em 2003, procura, em parceria com os seus
clientes, conceber e produzir projetos de elevada criatividade e valor.
O ama|estúdio de design, gera soluções para pessoas com base na função, conceito
e constrangimentos de produção. Da iluminação à máquina de café, da embalagem ao
mobiliário ou da loja ao stand, cada projeto é um novo desafio.
No avaliar mais cuidado; do natural e da máquina, do interface e do humano, do
descontextualizado e do belo, do sensual e do ruído, surgem as respostas que em conjunto
com o constante acompanhamento das novas tendências, novos materiais e tecnologias
mundiais, colocam o estúdio ama como veículo privilegiado de ligação entre as Empresas
e o mercado real.
Acreditamos que o bom design é o resultado da parceria entre quem concebe e
quem produz, sempre com a noção de toda a envolvência relacionada com o futuro
projeto.”
Fonte: amadesign.net
2.2.2 Localização
Rua Dr. Nascimento Leitão, nº34 Glória 3810-108 Aveiro – Portugal
Figura 3- Logotipo da empresa aveiromeuamordesign, Lda.
Fonte: amadesign.net
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
10
2.2.3 Equipa
O estúdio aveiromeuamordesign, Lda atualmente e constituído por dois sócios o
D.er Raul Pinto (Mestre em Engenharia de Conceção) e pelo D.er Pedro Maia (Mestre
em Comunicação Estética). Integra também alguns colaboradores externos:
Arquitetura – Diogo Ribeiro
Design Gráfico – Susana Dixo
Design Gráfico – João Alves
Eng. De Materiais – Catarina Pinto
Eng. Mecânico – Alexandre I. Zapaniotis
Psicologia – Joana Maia
2.2.4 Instalações
O estúdio de design aveiromeuamordesign, Lda tem caraterísticas que o tornam
único devido à sua arquitetura parecida com um Loft, torna-se num espaço amplo mas
que ao mesmo tempo é dividido por três pisos. O piso intermédio corresponde à zona da
entrada e desempenha uma função comercial e de abordagem ao espaço.
Quando se entra no estúdio tem-se uma visão panorâmica de todo o espaço, assim
como das pessoas que nele trabalham. O piso de baixo tem um pequeno armazém, é
também um espaço de exposição de produto, enquanto que o piso de cima é onde se
encontra o atelier com uma pequena oficina que está separada por uma estante. Esta
divisão é essencial porque separa a zona da inspiração, criatividade e projeto com a zona
onde se realizam experiências, maquetes e trabalhos manuais.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
11
2.2.5 Áreas de Trabalho
Todo o trabalho realizado dentro do estúdio é focado no design, conseguindo
responder às necessidades dos clientes nas suas varias vertentes:
Consultoria e Assessoria em Design Industrial e Design de Produto
Design de Produto
Design de Interiores e Stand
Design de Comunicação
Figura 4- Espaço interior da empresa.
Fonte: amadesign.net
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
12
2.2.6 Lista de Projetos Relevantes
A empresa possui um portfólio invejável, tem inúmeros projetos que revelam a
qualidade do trabalho efetuado em diversas áreas, neste tópico apenas vou referir alguns
projetos que me cativaram em particular.
Industrial / Equipamento:
2009 - Embalagem de óleo de motor (1L e 5L)
2009 - Fritadeira industrial
2008 - Cabide
Comunicação:
2011 - DOKK Club
2010 - X-TREME
2009 – Matsuri
Interiores:
2011 – DOKK Club
2011 - Mix and Match
2010 – X-TREME
2010 – MG Sports
2009 – Hairtz
2008 – Matsuri
Stands:
2011 – Stand Horexpo
2009 – Stand Host
2009 – Quiosque ChocPop
2008 – Stand Horexpo
Ambientes:
2009 – Exposição – Revisitar 8 anos de cultura
2007 – Concepção de ambientes para lançamento do perfume
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
13
Concursos:
2010 – Concurso de Mobiliário Urbano Reciclado
2010 – Hot Designers
2010 – Remade in Portugal
2009 – Concurso Remade in Portugal – 1ºPrémio
Figura 5- Conjunto de imagens de trabalhos realizados pela empresa.
Fonte: amadesign.net
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
15
3.1 Nota Introdutória
O tempo de me adaptar ao espaço e a todas as ferramentas do atelier foi
relativamente rápido devido a boa orientação do tutor D.er Pedro Maia (Mestre em
Comunicação Estética) e sócio D.er Raul Pinto (Mestre em Engenharia de Conceção) e a
todo o à vontade que me foi transmitida. Foram também atribuídas responsabilidades
relativas à abertura da empresa, assim como música ambiente e eventuais contactos com
os clientes.
Ao mostrar os equipamentos e os materiais que podia utilizar, chegara a hora de
começar a realizar o plano.
Em primeiro lugar teve de haver uma pesquisa obrigatória e seletiva dos
concursos de design onde eu poderia participar, tendo em conta o fator tempo e custo,
enquadrando-se nos ideais de empresa assim como nos meus. Optei por escolher um
concurso em que o tema focava-se em Formas Flexíveis aplicadas numa cadeira, este
concurso pertencia a uma marca recente de cadeiras denominada effettievoluti, que se
serviu de uma plataforma online de concursos de design (Desall.com) para expor o seu
briefing.
Com o seguimento do estágio fui realizando maquetes volumétricas com o intuito
de melhorar os requisitos da garrafa da marca Mistolin, design produzido na ama|design.
Foi-me também incumbido a modelação pormenorizada do uma lâmpada Led já
existente, utilizando o paquímetro como ferramenta auxiliar de mediada.
Ao longo do tempo desenvolvi também um candeeiro que tinha por base a
utilização de algodão e PVC laminado, inspirando-me nos exemplares expostos assim
como nos autores que mais eram evidentes na empresa FLOS, Luceplan.
A família de vasos para a empresa Almasdesign possui inúmeros esboços até optar
pela forma final, mexendo em várias culturas e optando por linhas simples mas que no
fundo traziam simbologia ao produto.
Durante o estágio houve tempo para dar apoio aos colegas, na realização dos seus
projetos, como na realização de maquetes e levantamento de medidas de um espaço
exterior. Assim como executar alterações no espaço do atelier.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
16
3.2 Metodologia Projetual
Ao iniciar os estudos na área do design, e mergulhando nas matérias lecionadas
deparei-me com a Metodologia Projetual que transmitia as bases para a resolução de
problemas, através de um processo metodológico.
Na minha perspetiva só lhe dei o devido valor quando tive de aplicar na prática a
metodologia na realização de projetos, assim como na preparação de uma receita de
culinário em que é fundamental seguir os passos à risca.
Bruno Munari fez uma simples e eficaz comparação entre a Metodologia Projetual
e a receita de arroz verde que se aplica também ao design.
Esquema 1- Ilustração da receita de arroz verde de Bruno Munari.
Nota: nos trabalhos realizados é visível a aplicação de uma
metodologia semelhante, aplicada a outro tipo de problemas.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
18
3.1.1 Concurso de Design
Desall é uma plataforma online que pelo meio de concursos, conecta empresas e
clientes particulares, como uma comunidade mundial de talentos criativos. Fundada 2012
por Davide Scomparin, a Desall foi iniciado para ajudar as empresas em encontrar
soluções novas e inovadoras por parte dos designers. Tem como objetivo ajudar as
pessoas criativas a conectarem-se umas as outros, é de notar que é uma plataforma visível
para todas as empresas de design em todo o mundo. É uma pequena empresa a crescer
com sede em Treviso, perto de Venesa.
Esta plataforma tem um formato de seleção um pouco diferente, em que são os
participantes e todas as pessoas registadas no site que votam nos projetos preferidos,
angariando o máximo de votos num determinado espaço de tempo. Período de tempo
crucial para no meu caso angariar votos junto do meu grupo de amigos, conseguindo um
total de 123 votos. Foi uma das cadeira mais votadas e candidata a ganhar, mas o site
transmitiu um comunicado via email que suspeitavam da existência real dos perfis
correspondentes aos votos. A cadeira premiada ganhou com 64 votos.
Effettievoloti é uma empresa Italiana jovem, internacionalmente orientada para
produzir projetos de qualidade, pesquisa estilística e inovação tecnológica são aplicadas
a tudo o que fazem. O primeiro projeto desenvolvido chama-se “Donna”,é uma poltrona
multifuncional inspirada pelas formas sinuosas de uma mulher que combina com leveza,
versatilidade, conforto e excelente atenção para o acabamento e para a seleção de
materiais. O tema do concurso é o desenvolvimento do segundo projeto da empresa, com
base numa estrutura peculiar composta por uma estrutura de aço e dobradiças patenteadas
que permitem a criação de objetos dinâmicos com características e formas flexíveis, tendo
em mente a filosofia da empresa e ao mesmo tempo introduzir elementos novos que
Figura 6- Imagem do logótipo da empresa e do concurso.
Fonte: Imagem de pesquisa Web
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
19
rompem com o passado. Desall comunidade foi convidada a trazer as potencialidades
desta estrutura, integrando-as dentro de uma nova coleção de assentos. Em particular a
empresa sugere que os participantes levem em conta as seguintes orientações para as fases
do projeto e pesquisa: trabalho da forma, flexibilidade, investigação dos materiais,
contextos de utilização.
O método de criação utilizado resultou na combinação entre a metodologia usada
na empresa e a metodologia ministrada durante a formação académica. Ao iniciar o
projeto é necessário ter em mente as caraterísticas fundamentais que a empresa deseja
transmitir para sua cadeira e a partir dai criar soluções. A fase seguinte é iniciada com a
análise diacrónica, referentes à evolução das cadeiras deste género, e posteriormente foi
feita uma análise sincrónica analisando as soluções atuais presentes no mercado com
características idênticas às necessidades propostas, tendo em conta o meu gosto e a minha
visão. Com esta análise consegui aperceber-me da existência de vários mecanismos e
soluções para os utilizadores em determinadas cadeira.
3.1.2 Análise Diacrónica
3.1.3 Análise Sincrónica
Figura 8- Conjunto de imagens (análise diacrónica).
Fonte: Imagem de pesquisa Web
Figura 7- Conjunto de imagens da evolução (análise diacrónica).
Fonte: Imagem de pesquisa Web
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
20
3.1.4 Análise Análoga
O trabalho da forma teve início com uma pesquisa seletiva de cadeiras. Tendo em
conta a sua função primordial a “flexibilidade” que implica um dinâmico contexto de
utilizações, assim como várias posições corporais que o utilizador pode considerar. Mas
a inspiração veio a partir da analogia feita ao misturar conceitos e pormenores existentes
nas cadeiras das imagens em baixo.
Primeiro briefing- Após ter a visão e os aspetos a evidenciar na cadeira, foi feito um
briefing inicial, entre mim e o orientador Pedro Maia e seu sócio Raul Pinto, que consistiu
em escolher os exemplares de cadeiras que eu iria seguir, criando ou recriando alguns
pormenores e funções através de técnicas de esboço. Falámos também de uma forma geral
dos materiais que eu podia incorporar para poder alcançar as sensações pretendidas, nos
contextos de utilização, tratando-se de uma cadeira de interior ou exterior.
Consecutivamente falámos de como é que ela iria satisfazer o utilizador nas suas
posições e qual as medidas ergonómicas que transmitiam maior conforto. O orientador
incutiu palavras importantes a ter em conta num projeto como filosofia, sensibilidade,
humanidade.
Figura 9- Conjunto de características a seguir.
Fonte: Imagem de pesquisa Web
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
21
3.1.5 Esboços Criativos
Segundo briefing - A partir da elaboração de alguns esboços criativos foi feito um
segundo briefing com a equipa, que consistiu em identificar o modelo a evoluir e definir
as características chave que destacam o produto.
Terceiro briefing - Definimos que seria uma cadeira individual e os materiais (tecido
flexível utilizado no protótipo do carro Gina, da BMW) e caracterizámo-la como
hibrida, podendo ser utilizada tanto em interiores como exteriores.
Figura 10- Conjunto de esboços realizados.
Fonte: Elaboração própria.
Figura 11- Conjunto de esboços da evolução do conceito.
Fonte: Elaboração própria.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
22
3.1.6 Conceito e Esboços
Figura 12- Esboços representativos da cadeira.
Fonte: Elaboração própria.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
23
3.1.7 Moodboard
Figura 13- Conjunto de imagens referentes ao moodboard.
Fonte: Pesquisa Web.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
24
3.1.8 Apresentação do Produto
HUG é uma cadeira versátil de design inovador. A sua capacidade de mutação é
o atributo que permite ao usuário instalar-se de forma criativa, e ao mesmo tempo usufruir
de todo o conforto que esta proporciona. Inspirada em modelos de carros desportivos que
alteram a sua estrutura de forma dinâmica. Hug transforma-se a partir da interação com o
utilizador, as suas pegas laterais permitem a alteração da estrutura conforme o desejado.
A estrutura é coberta com um tecido flexível, como que de pele humana se tratasse.
Figura 14- Render mais fotomontagem da cadeira Hug.
Fonte: Realização própria.
Figura 15- Posições da cadeira com ilustração.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
25
3.1.9 Conceito de Utilização
A forma peculiar da cadeira e os materiais utilizados suscitam interesse por parte
do visualizador, ele questiona a sua flexibilidade. Mas ao pressionar as pegas laterais e
efetuar o movimento de abertura fica esclarecido do funcionamento, apercebe-se das
potencialidades do artefacto e de como é fácil e flexível.
A interação com o utilizador é o principal objetivo deste projeto, pois é a partir do
movimento exercido sobre as pegas que a cadeira altera a sua estrutura interna e
consecutivamente a sua forma exterior (tecido flexível). Proporcionando uma agradável
transformação da forma.
Nota: Modelação com ferramentas Autodesk: Inventor e AutoCad. Renders em Keishot 3 e ilustração em Illustration.
Pegas
Estrutura e
Dobradiças
Figura 16- Posições da cadeira e conceito de utilização.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
26
1
3.1.10 Especificações Técnicas Construtivas
A imagem (Figura 17) explica o processo de construção a partir dos componentes
que foram previamente fabricados. Ao ter o elemento 2 montado previamente com todos
os componentes (estrado central, estrutura secundaria e dobradiças) é aplicado o elemento
3 correspondente ao revestimento flexível que contém uma abertura na parte de baixo, o
tecido é aplicado de cima para baixo como se fosse uma simples capa. Esta é presa à
estrutura com umas pequenas presilhas e fechada através de um fecho. De seguida aplica-
se o elemento 1, a almofada através de fechos.
1
3
Figura17- Vista explodida em perspetiva.
Almofada: possui um interior
em poliuretano expandido revestido
a espuma de memória, com exterior
em têxtil flexível impermeável.
2
Revestimento: tecido flexível
impermeável, produto em
desenvolvimento no mercado. Com
uma resistência à tração similar à do
náilon, podendo ser dobrado em
qualquer formato.
Estrutura Flexível: formada
por um estrado principal de metal,
com uma base pesada para criar
estabilidade ao utilizador. Contém
também uma estrutura secundária
com todos os vértices da cadeira,
esta é articulada e fixa a estrutura
principal, permitindo uma mutação
geral da cadeira. As dobradiças
utilizadas são patenteadas e
localizam-se nos pontos de flexão.
Figura18- Desenho técnico geral.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
27
Figura 19- Conjunto de imagens de estudo da cor.
3.1.11 Estudo da Cor
O estudo de cores realizado vai de encontro às exigências do concurso, em que o
design da cadeira tem que possibilitar a alteração do forro assim como a aplicação de
várias cores. Este estudo revela a potencialidade do artefacto, podendo ser aplicado em
vários ambientes sempre com uma imagem apelativa.
3.1.12 Render e Fotomontagens
Figura 20- Render e fotomontagem (ambiente exterior).
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
29
3.1.13 Logotipo
O logotipo ao fazer parte dos critérios para a participação do concurso, teve como
base a vista frontal da cadeira. E a partir dessa forma criei o nome da cadeira (HUG)
vetorizando a forma e sobrepondo as imagens até criar letras. Na imagem em baixo é
visível a criatividade e o processo que realizei ao criar cada letra, a letra “u” não precisou
de alterações pois a sua forma era semelhante à letra. Posteriormente fiz um contorno
utilizando uma linha tracejada a preto para enfatizar o logotipo e apliquei o mesmo
tracejado mas um pouco mais fino dentro das letras, acrescentando algum pormenor.
Este trabalho foi feito com a ferramenta gráfica Adobe Illustrator CS5.
CMYK- 47%; 46%; 55%;13%.
Figura 22- Logotipo da cadeira.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
31
3.2.1 Vasos
Ao continuar o plano de estágio e ao seguir a proposta do tutor, fui criando vasos
de pequenas dimensões para dar continuidade ao trabalho desenvolvido e poder
acrescentar um maior número de vasos criativos ao projeto. Tendo como exemplo
algumas amostras presentes no atelier e inúmeras imagens de vasos visíveis no site
pertencente à empresa Almasdesign que faz parceria com o atelier Aveiromeuamor Lda.
O objetivo passava por criar um produto que seguisse a linha da empresa, mas que
se destacasse pela sua diferença, cor e design.
Almasdesign nasceu em 1908, fundada pelo senhor Silvestre. Anteriormente esta
empresa tinha outro nome, chamava-se Fábrica Cerâmica da Madalena e localizava-se
em Vila Nova de Gaia. Ao longo dos anos a empresa sofreu diversas mudanças, desde o
fabrico de cadinhos para a fundição de ouro, fabrico de tijolo, canos, jarras de esmalte e
mais recentemente o fabrico de vasos de cache. A empresa em 2003 teve uma fantástica
colaboração com a famosa empresa de Londres Studio Levien, para a qual concebeu o
projeto para o centro do seu jardim e também a linha de design de vasos da coleção do
amor.
Almasdesign é uma empresa com design, que faz belas e elegantes jarras na sua
fábrica em Portugal. Combina mais de 100 anos de tradição, com a mais recente
tecnologia de fabrico e design moderno. Muitas das suas gamas de produtos são
projetados pelos premiados designers internacionais.
Figura 23- Conjunto de imagens de vasos da empresa Almasdesign.
Fonte: Almas-design.com
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
32
3.2.2 Enquadramento Simbólico
Ao fazer uma curta e mental análise diacrónica conclui que o vaso é um objeto
que acompanha a humanidade à milhares de anos, teve um papel essencial no dia-a-dia
dos povos antigos servindo de recipiente para a água mantendo uma temperatura
agradável para o consumo. Foi um utensílio que periodicamente sofreu alteração na forma
mas que manteve a sua finalidade até aos dias de hoje e em muitas zonas remotas ainda é
utilizado como o mesmo intuito de transportar água e alimentos.
Ao remeter a minha pesquisa para vasos que pertenceram à história, pela
interessante forma e decoração das cerâmicas Chinesas, dos vasos da Grécia antiga e
também dos vasos Incas, fez com que eu desejasse criar algo que fosse multicultural e
incorporasse aspetos que fossem do agrado do utilizador comum. Hoje em dia o vaso
serve essencialmente para plantar flores e todo o tipo de plantas, é um objeto decorativo
que trás para o lar um pouco da natureza que se perdeu com a construção de grandes
cidades e paredes de betão. Os vasos criados tiveram influência da história e cultura de
vários países, assim como tapeçarias mexicanas, símbolos Incas e a própria natureza.
Figura 24- Conjunto de imagens de pesquisa (inspiração).
Fonte: Pesquisa Web.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
33
3.2.3 Evolução do Produto
Os produtos realizados tiveram uma metodologia simplificada, foram realizados
alguns esboços para ter algumas ideias coesas mas a maior parte dos desenhos foram
realizados na fase de modelação virtual em Inventor (Autodesk), em que ao tratar-se de
um objeto simples, pode criar e recriar várias amostras tendo uma noção realista do
produto. A aplicação da cor, dos elementos decorativos e dos materiais foi importante na
fase de teste, a utilização do programa KeyShot foi essencial na conceção de renders.
Todos os vasos criados têm a mesma ideologia e o objetivo passa por criar vários
exemplares e no fim escolher o mais interessante. Mexic foi o nome escolhido para a
família dos referidos vasos. As imagens seguintes mostram a evolução do conceito
havendo um briefing entre mim e o tutor em cada fase para refletir nos pormenores que
eu queria ou não incorporar no projeto.
3.2.4 Vasos 1
Figura 25- Conjunto de cinco vasos (vaso 1).
Descrição: Primeira amostra realizada.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
34
3.2.5 Vasos 2
3.2.6 Vasos 3
Figura 27- Conjunto de três vasos (vaso 3).
Descrição: Terceira amostra realizada (render).
Figura 26- Conjunto de três vasos (vaso 2).
Descrição: Segunda amostra realizada (render).
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
35
3.2.7 Vasos 4
3.2.8 Vasos 5
Figura 29- Conjunto de três vasos (vaso 5).
Descrição: Quinta amostra, realização de um novo conceito, (render).
Figura 28- Conjunto de três vasos (vaso 4).
Descrição: Quarta amostra realizada a partir do desenho do vaso Mexic 3 (render).
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
36
3.2.9 Vaso 6
Estas imagens revelam uma mudança, em que deixei de me focar nos pormenores
decorativos e optei por enfatizar os traços delineadores do vaso. Criando uma família de
três unidades diferentes que correspondem ao pai a mãe e ao filho.
Figura 30- Conjunto de três vasos (vaso 6).
Descrição: Sexta amostra, realização de um novo conceito (render).
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
37
3.2.10 Vaso 7 (Produto final)
Apesar de todo o trabalho e qualidade dos vasos anteriores, esta foi a família de
vasos escolhida pelo tutor do estágio para dar continuidade ao trabalho realizado para a
Almasdesign.
O briefing realizado fez-me aperceber que a simplicidade deste artefacto era
vantajosa a nível de design e até no processo de fabrico, comparando com os outros vasos
criados. Este possui formas que vão ao encontro do meu ideal, produzindo uma família
de vasos que agradasse a várias culturas com traços simples mas delineados.
3.2.11 Detalhes Técnicos
Mexi 1
Figura 31- Conjunto de vasos (Mexic 1, 2, 3, 4).
Descrição: Sétima amostra, realização de novo conceito a partir dos vasos Mexic 6 (render).
Figura 32- Conjunto de imagens relativas a pormenores do vaso 7.
Descrição: Estas imagens focam-se no detalhe do vaso (frisos).
Mexi 2 Mexi 3 Mexi 4
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
38
3.2.12 Indicações Técnicas Construtivas
O processo de fabrico utilizado pela empresa que irá produzir a família Mexic é
feito através de um molde com prensa rotativa. Esta técnica é muito utilizado na produção
em série mas revela algumas limitações, foi necessário dar atenção à espessura do vaso
para não se tornar fino demais, assim como verificar se não existiam zonas verticais e se
existiam, era essencial alterar para ângulos que fosse possível a realização da fase de
desmoldagem. Todos os pormenores são da máxima exigência, qualquer friso ou forma
que o vaso tenha é necessário verificar se é possível realizar a desmoldagem sem quebrar
esses pormenores.
O material utilizado para a família Mexic é a faiança, este é usado pelo homem
desde os tempos antigos, possibilitando uma grande resistência mas não tão cara como a
porcelana.
A prensa rotativa requer alguns cuidados para obter um produto final com
qualidade, sendo necessário seguir alguns passos:
1. Colocar no molde a pasta de cerâmica em excesso para preencher
todas as zonas;
2. Prensar bem a pasta ao molde, aplicando a mesma força em todos
os pontos do molde;
3. Retirar o excesso da cerâmica;
4. Tirar as rebarbas e retirar a peça do molde com cuidado;
5. Colocar as peças no forno;
6. Polimento da peça de cerâmica;
7. Pintura com pigmento a frio.
Nota: no ponto 5, correspondente a secagem pode-se optar por utilizar um método
mais rápido (forno) ou um metido mais lento (ao natural). Esta decisão vai influenciar a
resistência da cerâmica porque ao aplicar um processo de eliminação da água na argila
rapidamente pode fazer com que o material ganhe fissuras ou deformações. Contudo neste
tipo de processo existe uma fase de repouso antes do produto entrar no forno, em que a
secagem é influenciada pela temperatura do ar, pela humidade e tipo de argila e a
espessura da peça.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
39
3.2.13 Render e Fotomontagens
Figura 33- Conjunto de imagens (renders e fotomontagens).
Descrição: Aplicação do produto em espaços alusivos e aplicação de plantas e catos.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
41
3.3.1 Maquetes
Um dos exercícios fundamentais referidos no plano de estágio seria a realização
de maquetes. Os primeiros trabalhos realizados para a empresa aveiromeuamor Lda,
consistiu na realização de duas maquetes volumétricas em poliestireno expandido, para
testar novas formas nas garrafas de tira-gorduras da marca Mistolin, design produzido
no atelier.
3.3.2 Garrafas Mistolin
Na construção destas maquetes foi necessário seguir um desenho técnico e utilizar
alguns materiais e equipamentos que o atelier possuía. Ambas as maquetes foram feitas
com o mesmo material e o processo de construção foi semelhante.
Começa com a utilização e recorte de cartolina para produzir os moldes com as
medidas certas, posteriormente fixa-se esses mesmos moldes ao material com presilhas
ou pionés para numa segunda fase cortar as peças na máquina de fio a quente de
poliestireno. Feitas as várias peças que compunham a garrafa foi necessário colar ambas
as peças com uma cola própria para poliestireno expandido. Após algumas horas de
secagem passei ao último processo, que consistia em dar à maquete um melhor
acabamento lixando o objeto com uma lixa fina de madeira para poder manipular e sentir
as formas através do tato.
Figura 34- Conjunto de imagens de desenho técnico da garrafa 1 e garrafa 2.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
42
3.3.4 Processo de Fabrico das Maquetes
Figura 37- Imagem que revela o processo de polir.
Nesta primeira imagem é visível
alguns utensílios usados como
tesoura, pionés e cola. Assim
como a aplicação de vários cortes
na garrafa para uma maior
precisão da peça.
Figura 36- Conjunto de imagens referentes ao
corte das placas de poliestireno.
Em todas as peças foi
necessário a utilização do
molde em cartolina por ser um
material que não derrete e poder
cortar o poliestireno através do
fio a aquecido.
Tanto na garrafa 1 como na 2 foi
feito o polimento das arestas em
zonas onde era necessário,
efetuado com uma lixa fina de
madeira.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
43
3.3.5 Maquetes Finais
Figura 38- Conjunto de fotografias das maquetes 1 e 2.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
44
3.3.6 Maquete Lissa
Lissa é um projeto realizado para o concurso internacional Andreau World Design
Concept 2013 pela aluna Raquel Pereira que fez o estágio em simultânio comigo, mas
devido à falta de tempo optámos por ser eu a tratar da elaboração da maquete. A ideia de
fazer esta maquete com este processo e com este material surgiu numa maquete realizada
anteriormente durante o estágio pela colega Raquel, em que eu entrevi com a ideia de
fazer uma pasta de papel para aplicar na superfície da maquete (Fungi), imitando madeira
ou até mesmo cortiça. O resultado final foi de grande agrado para o tutor e também para
nós, que vimos grande potencial nesta técnica.
A utilização de cartão reciclado transforma a maquete num produto de
ecodesign, podendo a partir desta ideia fazer mobiliário com esta técnica e elaborar uma
perspectiva ambientalista para o futuro.
Figura 39- Fotografia da maquete da
cadeira (Fungi).
Figura 40- Fotografia da maquete final (Lissa).
Figura 41- Fotografia da evolução da maquete (Lissa)
Nesta maquete a minha
intervenção realizou-se na
parte do acento em pasta
de cartão.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
45
3.3.7 Processo de Construção
1º- Recortar o cartão em pequenos pedaços;
2º- Colocar os pedaços numa tina com água, para amolecer;
3º- Triturar os pedaços já amolecidos com uma varinha-mágica;
4º- Retirar o excesso de água com um coador ou um pano;
5º- Esfarelar o bolo de papel com as mãos até ficarem todos homogéneos;
6º- Juntar a cola de madeira até obter a pasta de papel;
7º- Construir o molde a partir do desenho técnico (escala 1:10);
8º- Aplicar a pasta no molde;
9º- Esperar até a secagem ficar completa (alguns dias);
10º- Desmoldagem;
11º- Lixar ao recurtar algumas rebarbas.
12º- Aplicação das almofadas (estofo e encosto).
Figura 42- Etapas do processo de construção da maquete Lissa
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
46
3.3.8 Fotografias da Maquete
Figura 43- Conjunto de fotografias da maquete Lissa.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
48
3.4.1 Introdução ao Projeto
No âmbito do plano de estágio previamente elaborado pelo tutor e restante equipa,
foi proposto a criação de um candeeiro em que o material seria uma espécie de
papel/tecido mais propriamente algodão com PVC laminado. O objetivo passa por criar
um produto de fácil elaboração, com uma aparência única, mas ao mesmo tempo
contemplar características interessantes.
Antes de iniciar o projeto houve uma interessante fase de estudo da plasticidade
do material, a constante realização de maquetes em papel a uma escala reduzida fez parte
do processo evolutivo do candeeiro, aplicando técnicas de dobragem e conceitos de
origami. O livro “Plasticidade do Papel e Design” de Carlos Sousa Rocha foi importante
para absorver essa informação assim como a observação de exemplares e catálogos de
candeeiros pertencentes a designers como Luceplan que me inspiraram pela sua
criatividade e Flos pelos pormenores técnicos.
Na faze de modelação a ferramenta Sheet Metal Flat Pattern do programa
“Autodesk Inverter Profissional” auxiliou na planificação do abajur.
1 Carlos Sousa Rocha, Plasticidade do Papel e Design. Plátano Editora (2000).
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
49
3.4.2 Objetivos
A ótica de otimização do material foi um objetivo fundamental, que se espalhou
pelas diferentes fases de criação. A necessidade de desenhar o produto em uma versão
planificada fez-me alterar a metodologia e optar por utilizar uma só folha para construir
o abajur do candeeiro. Procedimento, que contribui-o de certa forma para a parte criativa
do projeto, transformando problemas em soluções.
O dobar e desdobrar de folhas fez com que surgissem formas espontâneas, que
serviram de inspiração tanto para o formato final do candeeiro como para a parte que toca
o utilizador, desde a economização de espaço para a embalagem até à montagem do
próprio candeeiro.
Esquema 2- Objetivos do projeto (ótica de otimização, interação e mutação).
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
50
3.4.3 Estudo do Mercado
A luz faz parte da história da humanidade, o homem percorreu um longo caminho
apenas com luz natural, dominando a escuridão com fogo e lamparinas. Mais tarde em
1752 a tão conhecida experiência de Benjamin Franklin ao mandar o papagaio para uma
tempestade alterou a vida de todo o inventor, descobrindo a energia elétrica. Depois dele
houve muitos cientistas e inventores que a estudaram, utilizando métodos um pouco
obscuros como Galvani e Volta, mas todas as experiências remeteram para a evolução da
corrente elétrica. Esta foi aplicada pela primeira vez em lâmpadas incandescentes em
meados dos anos 80 pelo famoso Norte-Americano Thomas Edison e pelo Inglês Joseph
Swan que criaram uma parceria para melhorar a lâmpada.
Edison revolucionou a indústria e o mercado, produzindo inúmeros aparelhos
eletrónicos que melhoraram a vida humana, mas o candeeiro foi um dos artefactos que
sofreu mais alterações estéticas ao longo dos anos sendo interpretado e redesenhado por
artistas de acordo com as épocas. Ao longo dos tempos este equipamento sofreu
alterações com o avanço da indústria, o design teve um papel importante conjugando
materiais e tecnologias, a técnica de origami e o estudo de materiais é evidente neste
projeto optando por analisar candeeiros que incorporam essas características.
Análise Diacrónica
Análise Sincrónica
Figura 44- Conjunto de imagens (análise diacrónica e sincrónica).
Fonte: Imagem de pesquisa Web
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
51
3.4.4 Conceito e Esboços
Figura 46- Um dos conceitos iniciais.
Figura 45- Conjunto de esboços criativos.
Figura 47- Maquete e modelação 3D da proposta, com respetivo render.
Descrição: O conceito apesar de funcionar a uma escala pequena e apresentar uma
estética relativamente simples, tinha a desvantagem de a forma se alterar com o
aumento do volume.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
52
3.4.5 Conceito e Esboço (escolhido)
Figura 48- Esboços de dois conceitos semelhantes.
Figura 49- Esboço de apresentação do equipamento
Descrição: A forma dos dois abajures e idêntica, mas o que os distingue é o sistema de
abertura/fecho. No primeiro esboço o sistema é realizado com um regulador que aperta
os dois fios e no segundo esboço o sistema e realizado com um pendulo.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
53
3.4.6 Maquetes Experimentais
Figura 50- Conjunto de maquetes em escala reduzida (estudo da forma).
Descrição: Estas imagens correspondem a alguns dos teste que fiz em papel,
serviram para estudar a forma e a resistência do material consoante as dobragens
aplicadas.
Figura 51- Conjunto de maquetes em escala reduzida (exemplo a focar).
Descrição: Estas imagens correspondem à primeira maquete de estudo que serviu de
modelo para a elaboração do projeto.
Figura 52- Conjunto de maquetes à escala real (estudo de encaixes).
Descrição: Estas imagens correspondem às fases de teste, no fim de definir a forma
geral foi necessário estudar a melhor maneira de encaixar o material
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
54
3.4.7 Enquadramento Simbólico
Ao remeter as linhas do candeeiro para formas simples e simbólicas, quero fazer
com que o produto incorpore características que sejam interpretadas com emoção. As
várias formas triangulares em conjunto com o sistema de montagem criam vida ao
equipamento, presenciando fases de passado, presente e futuro podendo o produto ser
modificado manuseando um simples regulador.
Durante a pesquisa da forma encontrei uma figura geométrica curiosa
denominada “Cubo de Metatron”, esta figura contém em si a projeção bidimensional de
todos os corpos platónicos, estes são figuras tridimensionais simétricas que se unem num
só. Os cinco corpos platónicos são o tetraedro (no qual me foquei), o hexaedro, o octaedro,
o dodecaedro e o icosaedro. Estes sólidos eram vistos na antiguidade por Platão como os
quatro elementos básicos que correspondiam a Terra, a Fogo, a Ar e a Água, este
estabelecia uma relação mística entre eles, Platão considerou o dodecaedro o quinto
elemento, sendo o símbolo do Universo relacionando-se ao Éter. Esta analogia é visível
ao montar o candeeiro, criando a sensação de agarrar em vários triângulos (equiláteros) e
poder construir um sólido (tetraedro). Édra advém da terminação do nome tetraedro, que
corresponde a “edro”, posteriormente alterei a última vogal para tornar o nome feminino
e criar impacto no consumidor como se trata-se de um produto mítico e desejado por
homens e mulheres.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
55
3.4.8 ÉDRA (conceito)
Ao passar a fase de investigação e criação de maquetes surge a modelação virtual
computorizada, esta é importante e tem de ser encarada com o máximo de precisão para
poder ter noção real do produto e revelar pormenores técnicos, assim como vistas e
perspetivas. Uma modelação quando corresponde corretamente à visão do criador é bom
sinal, facilitando a apresentação no que toca aos aspetos a revelar do produto.
Figura 53- Render e fotomontagem com o candeeiro aberto em duas posições.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
56
3.4.9 Conceito de Utilização
O regulador é o elemento chave que altera o ângulo entra as duas partes, ao
desliza-lo pelo fio para cima ou para baixo a estrutura altera-se devido ao peso de ambas
as partes.
Figura 54- Conjunto de imagem alusiva à utilização (foco no regulador).
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
57
3.4.10 Elementos e Materiais
Édra é um candeeiro composto por um abajur em algodão e PVC laminado, dois
casquilhos em policarbonato que servem de encaixe para o abajur e fios. Um regulador
em polietileno permitindo um contacto suave, quatro fixadores em policarbonato, dois
fios elétricos revestidos a têxtil trançado e um fixador de teto em policarbonato.
Figura 55- Conjunto de imagens dos materiais e elementos do candeeiro.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
58
3.4.11 O Fio
O fio elétrico revestido a têxtil trançado é um elemento que pode ter várias cores,
tornando o candeeiro mais atrativo, despertando o interesse do consumidor em escolher
a cor do fio com que mais se identifica. Este será enrolado a volta da embalagem para ser
visível e fixo no seu interior.
Figura 56- Conjunto de imagens das várias cores dos fios elétricos.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
59
3.4.12 Montagem do Abajur
A forma peculiar do abajur foi estudada e aperfeiçoada até chegar à forma atual.
Ao retirar o abajur da embalagem é necessário desdobra-lo até ficar planificado e voltar
a dobrar até criar a forma final. As duas extremidades do abajur encaixam pelas abas
internas situadas nas duas laterais, que através de dois fixadores permanecem seguras.
Figura 57- Conjunto de imagens de montagem do abajur.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
60
3.4.13 Embalagem
A imagem abaixo refere também a forma da embalagem, que segue a ótica da
otimização de espaço, podendo se encaixar duas embalagens formando uma só e
posteriormente juntar outras duas embalagens e formar um quadrado com 4 embalagens.
A simplificação das formas deu lugar à simplificação do processo de armazenamento,
assim como a associação da embalagem ao transporte e restante embalamento do produto
e toda a parte comercial.
Figura 58- Conjunto de imagens de como encaixar as embalagens para minimizar espaço.
Nota: A criação da embalagem foi idealizada depois do período de estágio.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
61
3.4.14 Render e Fotomontagem
Figura 59- Conjunto de imagens de renders e fotomontagens do candeeiro.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
63
3.5.1 Modelação de Led
Este trabalho consistiu na modelação pormenorizada de uma luminária Led já
existente, o objetivo passa por recriar o produto em formato 3D. A utilização de
ferramentas de medição como o paquimetro foi importante para ter uma medição precisa
da peça assim como o programa Autodesk Inventor Profissional 2014 para realizar a
modelação virtual.
O objetivo desta modelação tinha como finalidade a posterior criação de um
envólucro/carcaça para um candeeiro de exterior com design e inovação produzido na
empresa ama|design.
Figura 60- Fotografia da luminária Led.
Figura 61- Render da luminária modelada.
Nota: Modelação feita em Autodesk Inventor.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
64
3.5.2 Vista Explodia
Figura 62- Render da vista explodida da luminária e transformador.
Fonte: Realização própria.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
65
3.5.3 Introdução ao Projeto (Ilustração)
Este projeto foi pedido pelo tutor de estágio para dar exemplo de uma imagem a
um cliente, no âmbito da necessidade de aplicar proteção nos postes de alta-tensão contra
a construção de ninhos de pássaros.
Para isso foi necessário fazer uma pesquisa de imagens referentes ao tema e
escolher uma para proceder à vetorização de conteúdos a partir do programa gráfico
Adobe Illustrator CS5.
Figura 63- Conjunto de imagens de pesquisa (visualização do problema).
Fonte: Pesquisa Web.
Figura 64- Conjunto de imagens vetorizadas.
Fonte: Realização própria.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
66
3.5.4 Imagem Final
Figura 65- Imagem vetorizada com vários elementos.
Fonte: Realização própria.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
67
4 Conclusão
O estágio foi uma vivência positiva, essencialmente para pôr em prática os
conhecimentos adquiridos durante a formação académica e obter alguma experiência
profissional na área do design de produto.
Este momento fez-me aperceber da importância que as empresas deste género tem
na sociedade e na zona onde se localizam, estas contribuem para o seu desenvolvimento
cultural e turístico assim como para melhorar a qualidade de vida dos seus habitante,
sobretudo no que toca à parte intelectual das pessoas, podendo a partir do design e de
equipamentos proporcionar momentos de prazer e bem-estar a várias gerações.
Aprendi que o design é feito para atrair as pessoas, que qualquer produto revela
uma constante ligação com o ser humano, incorporando pormenores que foram
previamente criados tendo em conta a lógica comum de pensar/agir. São os designers e
as pessoas sensíveis que tem a capacidade de criar essa interação de forma natural e
produzir algo que transcenda as pessoas com menor grau de imaginação, mas que
inconscientemente conseguem interagir com o produto isto porque foi bem
desenhado/idealizado.
Foi importante sentir a pressão do mercado para concluir um projeto num
determinado período de tempo, como a participação de concursos de design online. Mas
foi ainda mais vantajoso a atribuição de projetos em que tive de trabalhar de forma
singular e desenvolver o máximo possível as minhas ideias e o meu sentido crítico.
Com o estágio e a finalização do curso de Design de Equipamento levo boas
recordações e boas experiências que serão sempre importantes para definir quem eu sou
e quem eu quero ser.
Rodrigo Rosa | Novembro de 2014
68
Referências Bibliográficas:
http://www.educacao.cc/educacao/como-benjamin-franklin-descobriu-a-eletricidade/
(consultado em Setembro de 2013)
http://www.anjodeluz.net/Ccubo_metatron.htm (consultado em Setembro de 2013)
http://www.museudalampada.com/#!thomas-edison/chfg (consultado em Setembro de
2013)
http://www.ebah.pt/content/ABAAABi5AAG/historia-eletricidade-parte-2 (consultado
em Setembro de 2013)
http://somentecoisaslegais.com.br/arte/escultura/esculturas-articuladads-caminham-
sozinhas-beira-mar (consultado em Setembro de 2013)
http://clientes.netvisao.pt/alfredoa/METODOLOGIA/METODOLOGIA%20PROJECT
UAL%20com%20arroz%20verde.htm (consultado em Setembro de 2013)
http://www.pinterest.com/pin/161777811586748141/ (consultado em Setembro de 2013)
http://pt.dreamstime.com/fotos-de-stock-mulher-de-neg%C3%B3cio-com-o-
bra%C3%A7o-esticado-image26674303 (consultado em Setembro de 2013)
http://crayonstock.com/fotos/mulher-lendo-revista-sentada-em-cadeira-bolha/17790
(consultado em Setembro de 2013)
http://www.designboom.com/technology/bmw-gina-light-visionary-model-concept-car/
(consultado em Setembro de 2013)
Outros Documentos
Carlos Sousa Rocha, Plasticidade do Papel e Design. Plátano Editora (2000).
Panero, Julius, Dimensionamento Humano para Espaços Interiores. Barcelona: Editorial
Gustavo Gili, (2002).
Catálogos de marcas inseridas no mercado do design (Luceplan, Flos, Grok)
Top Related