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2013
Visita à Serra da
Arrábida, Azeitão e
Palmela - RELATÓRIO
VISITA DE ESTUDO DA TURMA TAV e TRH – 1º ANO
Visita à Serra da Arrábida, Azeitão e Palmela - RELATÓRIO 2013
Albertina Lima - N.º 1 – Turma TAV – 1º Ano
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RELATÓRIO DA VISITA DE ESTUDO
No dia 24 de junho de 2013, a Turma do Curso Técnico de Agência de
Viagens – 1º Ano, da Escola Sebastião da Gama, no âmbito do programa
das disciplinas de Turismo e Organização e Negociação (lecionadas pelo
Prof. Joaquim Tapum), participou na última visita de estudo do presente
ano letivo:
Visita à Serra da Arrábida, Azeitão e Palmela.
Os participantes foram transportados em três jeeps, disponibilizados pela
empresa Mil Andanças, sem qualquer custo para os mesmos, sendo um
dos jeeps conduzido pelo Professor Tapum.
Acompanhou-nos nesta visita, alguns alunos do Curso Técnico
Rececionista de Hotel e mais alguns professores.
A Turma TAV fez-se representar por 8 alunos e 2 professores:
Albertina Lima
Andreia Condinho
Elígia Ribeiro
Guilherme Cesário
Joana Sineiro
José Guerra
Leila Abibe
Miguel Goçalves
Professor Joaquim Tapum
Professora Elsa Lopes
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Por volta das 14:00 horas, os alunos encontraram-se junto à entrada da
escola e depois de distribuídos pelos três jeeps, iniciou-se o percurso.
Serra da Arrábida
O percurso iniciou-se pela Serra de S. Luís, em direção à Serra da Arrábida,
por trilhos apenas circuláveis por viaturas todo o terreno ou a pé.
Passámos pela Comenda, Sécil e prosseguiu-se com a subida pela serra.
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Fizémos uma primeira paragem onde o Professor Tapum falou um pouco
sobre o Parque Natural da Arrábida
Referiu o Portinho da Arrábida, a Pedra da Anicha rodeada pelo parque
marinho Luís Saldanha (desde a Figueirinha até ao Cabo Espichel) e da
vegetação única existente na serra, sendo esta a principal razão de
proteção do Parque Natural da Arrábida, que desde 1975 foi considerado
parque natural, devido à sua fauna e flora:
Fauna
o Texugos
o Saca-rabos
o Águias Boneli
o Águias Sapeiras
o Etc
Flora
o Mata mediterrânica, composta por uma mistura de
plantas relativamente raras, uma vez que estamos
virados para o atlântico e a vegetação é
mediterrânica, a qual é vista regularmente no sul de
França, Itália, etc.
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Existem quatro matas no Parque Natural da Arrábida, sendo os seus
acessos proíbidos, inclusivamente a pé, por serem muito densas.
Existem ainda outras restrições nomeadamente a construção e uma série
de normas de conduta que preservam a sua identidade. Está neste
momento patente uma candidatura da Serra da Arrábida, à Unesco, para
Património Mundial da Humanidade, em várias componentes (natural,
patrimonial e social).
Falou das diversas praias:
o Figueirinha
o Galapos
o Galapinhos
o Praia dos Coelhos
o Portinho
Convento da Arrábida
Numa segunda paragem na serra, contemplámos o Convento da Arrábida, património edificado do parque natural, tendo o Professor Tapum falado um pouco sobre o mesmo.
O convento velho (localizado na parte superior da serra) é do século XVI,
foi fundado por monges franciscanos, sendo constituído por celas muito
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pequenas, destinadas à oração, reflexão e meditação, não sendo
importante para os monges a valorização dos bens terrenos.
No final do século XVI a comunidade aumenta e é construído o chamado
convento novo (localizado num anfiteatro natural, na encosta da serra), o
qual pode ser visitado mediante marcação prévia.
Os monges eram autosuficientes, existia flor de água de qualidade que
abastecia o convento e eventualmente trocavam produtos com os
pescadores da região, vivendo assim durante largas décadas.
Em 1834, meados do século XIX, dá-se a explusão das ordens religiosas em
Portugal, onde os franciscanos também se incluíam, tendo o convento ido
parar às mãos de uma família muito poderosa na altura, que era a família
da Casa de Palmela, tendo permanecido nessa família mais de um século.
Em 1990, a Fundação Oriente (essencialmente financiada por impostos
sobre o jogo de Macau) compra o convento, por duzentos mil contos,
equivalente a um milhão de euros. Esta fundação tem como objetivo a
proteção de áreas de património importante no Oriente e em Portugal e
tem mantido a manutenção do convento, existindo algumas inciativas
como a universidade de verão, exposições, colóquios, reuniões, estando o
património mínimamente preservado e aberto ao público, embora sempre
com visitas programadas e controladas.
O Frade Frei Agostinho da Cruz, poeta com obra publicada, viveu durante
umas décadas numa das celas do convento e Sebastião da Gama visitava o
convento com frequência, para se inspirar nas suas obras.
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Continuámos o percurso, em direção a Vila Fresca de Azeitão, por
caminhos no interior da serra, onde pudémos contemplar muitos
sobreiros (árvores protegidas), alguns dos quais com cortiça extraída
recentemente.
A cortiça é extraída dos sobreiros de nove em nove anos, sendo os troncos
marcados com o último dígito do ano em que foi extraída.
Não existem máquinas para retirar a cortiça, sendo um trabalho
executado manualmente, onde é exigindo um grande cuidado.
Portugal é o maior exportador de cortiça do mundo.
A vertente sul da serra detém
características adequadas à
produção da vinha e já não
pertence à área protegida.
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Azulejaria
Visitámos a S. Simão – Arte – Azulejaria Decorativa, em Vila Fresca de
Azeitão, tratando-se de uma empresa de azulejos decorativos, que utiliza
métodos artesanais na sua fabricação.
Fomos recebidos por um profissional que nos mostrou as técnicas
utilizadas na fabricação do azulejo, relatando um pouco da sua história, de
há quinhentos anos atrás.
O azulejo é feito de barro, é amassado com um rolo e colocado sobre areia
para secar naturalmente, que leva cerca de cinco a seis meses no inverno
e dois meses no verão.
Depois de seco, vai a primeira vez ao forno, a cerca de 1.100 graus,
durante 18 horas a cozer, passando de biscoito (azulejo antes de ir ao
forno) a azulejo, sendo necessário vinte e quatro horas para arrefecer.
Passámos à zona da pintura e decoração própriamente dita, onde os
azulejos são vidrados e pintados. Explicou-nos como se aplica o vidro que
é uma pasta resultante de pó de vidro diluído em água, aplicando-se sobre
o azulejo cozido. Seguidamente é feito o desenho em papel vegetal,
perfurado e depois colocado sobre o azulejo com a ajuda de uma boneca
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de carvão em pó. O pintor contorna o desenho e depois pinta-o enchendo
os espaços, com as cores tradicionais: cobalto, manganês, cobre, etc..
Depois de pintado, o azulejo vai novamente ao forno, a cerca de 1.000
graus, durante nove horas para derreter o vidro e incorporar as tintas. O
arrefecimento dura doze horas.
Todo o processo de fabricação de um azulejo artesanal, demora entre oito
a nove meses.
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Quinta do Alcube
Após a visita à azulejaria, dirigimo-nos para a Quinta do Alcube, situada na
região de Azeitão, entre as Serras de S. Francisco e S. Luís.
Estende-se por duzentos hectares de espaço rural preservado , onde ainda
é possível ouvir os sons da Natureza.
A quinta tem início na Capela do Alto das Necessidades, onde se ergue no
seu interior, um valioso Padrão do século XV, classificado como
Monumento Nacional. Desce pela encosta de S. Francisco em direção ao
vale, dividido longitudinalmente pela
ribeira de Alcube.
Iniciámos a visita num lagar antigo,
que já não é utilizado, possuindo o
mesmo uma exposição de peças
antigas. Foi-nos dada uma explicação
geral sobre como se faz o vinho e o
seu percurso, até que o mesmo seja
engarrafado. Fo i
Das várias atividades da quinta
destaca-se a produção de vinho, a
qual conta com cinquenta hectares
de vinhas em produção integrada,
distribuídos por mais duas quintas
em Poçeirão e Algeruz.
Castas utilizadas: Castelão,
Trincadeira, Cabernet Sauvignon, Syhra, Aragonês e Alicante Bouchet nas
tintas, Fernão Pires e Moscatel de Setúbal nas brancas.
Possui um Solar antigo, um ovil, uma queijaria e a Capela de São Macário,
terceiro Santo desta propriedade.
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Visitámos o espaço onde é engarrafado o vinho, a loja (onde provámos o
Alcubissímo que é um vinho licoroso sem adição de aguardente) e
seguidamente a Capela de S. Macário – Museu.
Por fim, visitámos a queijaria da
quinta. O Saber Fazer Tradicional,
que implica intervir o estritamente
necessário, para que os produtos
sejam realmente o mais natural
possível, é um lema da quinta, onde
além dos vinhos, se poderá
encontrar produtos exclusivos,
nomeadamente os queijos, os quais são coalhados com cardo.
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Castelo de Palmela
Finalmente dirigimo-nos à ultima paragem da visita, percorrendo o Vale
de Barris e Serra do Louro.
Já no Castelo, o Proessor Tapum falou um pouco sobre o que podemos
encontrar no mesmo: uma pousada, uma igreja, algumas lojas, etc..
O Castelo de Palmela é do século XII – Mouro – tendo sido reconquistado
pelo primeiro rei de Portugal.
Voltámos a Setúbal pela Estrada da Cobra.
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Conclusão
Terminámos em grande, as visitas de estudo do ano letivo 2012/2013!
Experimentámos a emoção de andar de jeep em terrenos sinuosos,
contemplámos a beleza da nossa Serra da Arrábida e todo o seu Parque
Natural, ouvimos um pouco da história do Convento da Arrábida,
aprendemos como se faz um azulejo artesanal, ouvimos o percurso do
vinho, desde a uva à garrafa e por fim, no Castelo de Palmela, podémos
disfrutar de uma paisagem magnífica!
Terminou por volta das 18:00h.
Webgraia consultada
https://www.facebook.com/quintadealcubevinhos/info
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