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Page 1: QUINTA-FEIRA, 29 DE DEZEMBRO DE 2016 · 2017. 1. 6. · 3 A desembargadora Tereza Cristina da Cunha Peixoto com o líder do setor da mineração, Fernando Coura, emevento de fimde

3A desembargadora

Tereza Cristina daCunha Peixoto como líder do setor da

mineração,Fernando Coura,

em evento defim de ano

DiaDEm reunião nesta sexta, último diaútil do ano, o conselho de represen-tantes dos sindicatos da Fiemg de-ve deliberar sobre a proposta demudanças no regimento interno pa-ra permitir a reeleição de Olavo Ma-chado a um terceiro mandato napresidência. As novas eleições naentidade ocorrem em 2017. E a cam-panha já começou quente, rachan-do a base empresarial.

FacaafiadaNo ano passado em relação a 2013, igualmente um anonão eleitoral, a queda já havia sido de 40%, computada ainflação. Considerando o biênio 2015 e 2016, a Secomcortou em torno de R$ 43 milhões em seus gastos parapromover a gestão estadual.

ÉatendênciaUma das contrapartidas derrubadas no projeto de renego-ciação das dívidas dos Estados com a União era uma forteredução dos gastos com publicidade dos governos esta-duais, que deveriam cair à metade do valor médio dosúltimos três anos. A exigência acabou vetada na CâmaraFederal. Mas, ainda pode voltar à pauta. E sua aprovaçãono Senado já indicou uma tendência: por força do quadrofiscal, o bolo de verbas para publicidade oficial deve mur-char em todo o país, cada vez mais, pelo menos nos próxi-mos dois anos.

MedindoforçasO grupo que detém o poder na Fie-mg há 15 anos acredita ter maioriapara aprovar a reeleição, ou não searriscaria a levá-la ao conselho:uma derrota na instância máxima daentidade seria desastrosa para os di-rigentes atuais. Mas, a oposição li-derada por Flávio Roscoe está articu-lando apoios para barrar a propos-ta. A decisão no conselho será umaprévia da sucessão na poderosa enti-dade das indústrias mineiras.

PanodefundoA mais acirrada eleição na históriada Fiemg tem como pano de fundoum quadro dramático: a indústriamineira já acumula perdas de 35%de receitas após três anos sucessi-vos de queda do faturamento. A cri-se no setor não tem precedente. Evem dizimando o parque industrialdo Estado.

FazasuaparteCom as finanças estaduais em situação de calamidade, aSecom também foi chamada a fazer o seu ajuste. Os inves-timentos totais em publicidade do governo mineiro de-vem fechar este ano em queda de 26,45%, ou cerca de R$21 milhões a menos. Nas palavras do secretário MarcusGimenez, não faria sentido todo o governo reduzir custose a comunicação ficar de fora do esforço fiscal.

PadrãocontinentalA crise brasileira não é tão nacional ouexcepcional como muitos pensam. Ela re-pete um padrão continental. A Argentinaestá em recessão profunda, idem o Equa-dor. A Venezuela derrete. Até a pujanteColômbia dá sinais de desaceleração. Noconjunto, a América do Sul vai encolhereste ano, com suas principais economiasno buraco ou caminhando para ele.

RiscodequebraA diminuição da publicidade oficial vem agravar a situa-ção já insustentável de empresas do mercado de comuni-cação. Às vésperas do Natal, mais de uma centena depessoas, incluindo dezenas de jornalistas, foi demitidaem tradicional veículo mineiro. Nesse setor, o risco é dequebradeira.

FlexibilizandoKalil não aboliu totalmente as indicações políticas na PBH: vem recebendo suges-tões de aliados para nomeação dos administradores regionais. O deputado Iran Bar-bosa, por exemplo, está indicando o de Venda Nova.

FOTO E LEGENDA ANNA CASTELO BRANCO/REDE FOTONOVELA

RAQUEL [email protected]

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FimdeummodeloOs países sul-americanos mais críticospossuem características comuns: econo-mia baseada em commodities, históricopolítico turbulento e elevada concentra-ção de renda. As semelhanças sugeremcausas mais profundas para as crises quevem devastando o continente. Talvez omodelo secular de desenvolvimento ado-tado nessa parte do planeta tenha chega-do ao fim, já anacrônico e ineficiente de-mais frente ao resto do mundo.

8O TEMPO Belo HorizonteQUINTA-FEIRA, 29 DE DEZEMBRO DE 2016