0
Fundação Oswaldo Cruz Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães
Departamento de Saúde Coletiva II Curso de Especialização em Gestão de Sistemas
e Serviços de Saúde
Qualidade de vida dos Profissionais Técnicos e
Auxiliares de Enfermagem da Unidade Mista
Maria Rafaela de Siqueira - UMMRS
RECIFE
2008
WILSON RODRIGUES DA SILVA
LUCIANA LINS
HÉRICO GILMAR A. COSTA
WILSON RODRIGUES DA SILVA
LUCIANA LINS
HERICO GILMAR A. COSTA
QUALIDADE DE VIDA DOS PROFISSIONAIS TÉCNICOS E AUXI LIARES DE
ENFERMAGEM DA UNIDADE MISTA MARIA RAFAELA DE SIQUEI RA -UMMRS
Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde do Departamento de Saúde Coletiva do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz para obtenção do título de especialista em gestão de sistemas e serviços de saúde.
Orientador: Rafael da Silveira Moreira
RECIFE
2008
Catalogação na fonte: Biblioteca do Centro de Pesqu isas Aggeu Magalhães
S586q
Silva, Wilson Rodrigues da.
Qualidade de vida dos profissionais técnicos e auxiliares de enfermagem da Unidade Mista Maria Rafaela de Siqueira -UMMRS/ Wilson Rodrigues da Silva, Luciana Lins, Herico Gilmar A. Costa. — Recife: W. R. da Silva, 2010.
25 f.: il. Monografia (Especialização em Gestão de Sistemas e Serviços
de Saúde) – Departamento de Saúde Coletiva, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz.
Orientador: Rafael da Silveira Moreira. 1. Qualidade de Vida. 2. Auxiliares de Enfermagem. 3. Pessoal
de Saúde. I. Moreira, Rafael da Silveira. II. Título.
CDU 614
WILSON RODRIGUES DA SILVA
LUCIANA LINS
HERICO GILMAR A. COSTA
QUALIDADE DE VIDA DOS PROFISSIONAIS TÉCNICOS E AUXI LIARES DE
ENFERMAGEM DA UNIDADE MISTA MARIA RAFAELA DE SIQUEI RA - UMMRS
Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde do Departamento de Saúde Coletiva do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz para obtenção do título de especialista em gestão de sistemas e serviços de saúde.
Data de aprovação: ___/___/______
BANCA EXAMINADORA
______________________________
Profº Drº Rafael da Silveira Moreira
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/Fiocruz
AGRADECIMENTOS
Aos participantes da pesquisa que gentilmente colaboraram com o presente
estudo;
À coordenação do curso de gestão da FIOCRUZ-PE pela oportunidade aos
gestores de saúde de todo Pernambuco;
Ao orientador Rafael Moreira pela competência e ajuda nesse projeto.
RESUMO
O Estudo e pesquisa em serviços que faremos dentro da Unidade Mista Maria Rafael de Siqueira (UMMRS), Unidade de Atenção básica e Media Complexidade pertencente à Secretária Municipal de Saúde do Município de São Jose do Egito, localizada a praça da bandeira, que se propõe ao atendimento de demanda espontânea e referenciada no atendimento ambulatorial, internação serviços odontológicos e patologia clinica, a média de registro do atendimento diário chega a casa dos 250 pacientes dias, atendidos por uma recepção organizada que faz a triagem dos usuários por ordem de chegada ou encaminhamentos. Justificativa : Considerando a importância do atendimento numa rede hierarquizada tendo como interface a atenção básica e média complexidade, levando aos recursos humanos todo o conhecimento de recepção e estratégias de humanização possível para recepcionar todos os pacientes encaminhados ou demanda espontânea direcionada a UMMRS, através de outras Unidades que fazem referencia e contra referencia para essa Unidade. A recepção dos serviços servira de base para identificação dos pontos positivos e críticos dos Técnico e Auxiliares de Enfermagem que iram ajudar a consolidar as estratégias na organização dos serviços ofertados e receptado por todos RH que fazem parte do corpo de assistência dessa Unidade de Saúde. Objetivo : Descrever o perfil dos técnicos e auxiliares de enfermagem buscando a procedência e as características de atendimento na busca de avaliar os principais motivos que comprometem a qualidade de vida do servidor pesquisado. Metodologia: O estudo será realizado na UMMRS. Cada servidor responderá o questionário de forma individual e consciente num total de 50 funcionários, sendo estudados respectivamente os motivos dos atendimentos, estilo de vida, humanização do trabalho entres outros fatores que influenciam as condições da melhoria da qualidade de vida de cada um correlacionando o seu trabalho de rotina nessa Unidade. O resultado que esperamos dessa pesquisa servira para nortear os gestores locais com foco nas evidencias, mas criticas de cada categoria e favorecer um incremento na readequação dos principais motivos negativos encontrados contra a qualidade de vida das categorias pesquisadas, criar ferramentas seguras de apoio destinados a todos que fazem o corpo de assistência da Unidade Mista Maria Rafaela de Siqueira.
Palavras-chaves: Qualidade de Vida. Auxiliares de Enfermagem. Pessoal de
Saúde.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 7
2 JUSTIFICATIVA 8
3 OBJETIVO 9
3.1 Objetivo geral 9
3.2 Objetivo específico 9
4 REVISÃO DE LITERATURA 10
5 MATERIAL E MÉTODOS 14
5.1 Tipo de estudo 14
5.2 Local de estudo 14
5.3 População e amostra 14
5.4 Instrumento 14
5.5 Aspectos éticos 15
5.6 Orçamento 15
5.7 Tratamento de dados 15
5.8 Procedimento 15
6 RESULTADOS 16
7 DISCUSSÃO 17
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS 19
REFERÊNCIAS 20
ANEXO A - Questionário de Qualidade de Vida da OMS (WHOQOL-
BREF).
21
ANEXO B - Domínio Psicológico 22
ANEXO C - Domínio Meio Ambiente 23
ANEXO D - Domínio Relação Social 24
ANEXO E - Domínio Físico 25
7
1 INTRODUÇÃO
Desde quando iniciou-se a apologia à “dedicação exaustiva” ao trabalho como
prioridade, à abdicação do lazer e do prazer, acreditamos que o trabalho vem sendo
visto como “mal” necessário, pois tem como conseqüência o estresse, entre outras
síndromes que podem e devem ser evitadas, colaborando na criação de uma
sociedade onde o homem passa ser “Gente”, realizar-se em liberdade plena, em
sintonia com os outros e com QUALIDADE DE VIDA para todos.
Para Genobie et al. (1999) a relação do trabalho com a qualidade de vida vem
distanciando-se a cada dia devido ao capitalismo tecnológico, impulsionada pela era
global. Com isso é comum encontrar pessoas portadoras de algum tipo de sintomas
como dores, hipertensão, fadiga, insônia, podendo assim resultar em patologias.
Concluiu que ainda a intensidade e a qualidade da ocupação ligada a falta de lazer
pode influencia diretamente ou indiretamente no bem estar biopsicossocial e que a
quantidade significativa de pessoas que trabalham relatam ter algum tipo de
estresse, ansiedade, tensão podendo está relacionado com o trabalho e o estilo de
vida relacionados pela a economia, ligados a ausência de lazer e as atividades
prazerosas do dia-a-dia.
Poucos são os trabalhos na área, porém, Haddad (1999) elaborou um estudo
sobre a Qualidade de vida dos profissionais de enfermagem e uma implantação de
um Programa interdisciplinar de apoio ao Trabalhador de Enfermagem que visasse
manter a qualidade de vida no trabalho, baseada no fato de que a profissão o
despreparo emocional para lidar com situação de “doença/morte” e dificuldades
socioeconômicas.
Visto que a Enfermagem é uma profissão cujo desempenho de suas tarefas
depende do equilíbrio biopsicossocial, não só para preservar a própria vida, mas
também as de muitas pessoas que ficam sob sua responsabilidade ou mantém
algum tipo de relação interpessoal, este estudo tem por objetivo refletir sobre o
processo de trabalho de enfermagem e traçando o perfil dos profissionais de
enfermagem (Técnicos/Auxiliares) de uma Unidade Mista da Cidade de São José do
Egito-PE em relação a qualidade de vida.
8
2 JUSTIFICATIVA
Uma Profissão merece respeito, principalmente quando assume um
compromisso social, o que no caso da Enfermagem é um compromisso com a vida,
e é exatamente por esses motivos que os profissionais tem seus compromissos
pessoais, ou seja, preocupar-se com suas necessidades físicas, biológicas,
psíquicas e sociais. Para os autores do estudo, o hospital reflete a face obscura da
profissão, pois a proximidade da condição doença, os ambientes tóxicos no qual se
transforma, a iminência de morte de alguns pacientes, entre outros atributos, podem
desencadear muitos casos de descompensação emocional desses profissionais
submetido a esse estresse contínuo. Isso confirma sobre o ambiente e as relações
pessoais que interferem no bom desempenho profissional.
9
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral
Analisar a qualidade de vida dos profissionais técnicos e auxiliares de
enfermagem da Unidade Mista Maria Rafaela Siqueira (UMMRS).
3.2 Objetivos específicos
a) Traçar o perfil sócio-demográfico para a mostra;
b) Enumerar os domínios apontados pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
como indicadora de qualidade de vida;
c) Apontar os domínios mais comprometidos na qualidade de vida (QV);
d) Identificar na QV dos profissionais técnicos e auxiliares dentro dos domínios
estabelecidos pela OMS.
10
4 REVISÃO DE LITERATURA
O termo qualidade de vida (QV) foi empregado pela primeira vez pelo o
presidente dos Estados Unidos da América, Lindon Johnson em 1964 ao declarar
que “os objetivos não podem ser medidos através do balanço dos braços. Eles
podem ser medidos pela qualidade de vida que proporcionam às pessoas” (FLECK
et al., 1999). Desde então a idéia vem sendo partilhada por cientistas sociais,
políticos e filósofos, levando em consideração os possíveis sinônimos, para a
expressão como: padrão de vida, estilo de vida ou bem estar psicoló gico e
correlacionando com várias áreas.
Apesar de ser um termo muito usado pelos estudiosos, poucos se preocupam
com a importância do conceito de qualidade de vida, o que persiste até hoje é uma
tentativa de reuni-se em uma única conceituação. Nesta direção a Organização
Mundial de Saúde (OMS), estruturou um grupo para estudo da QV, com o objetivo
de definir, uniformizar instrumentos e construir um Questionário de Qualidade de
Vida da OMS (WHOQOL).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (1994 apud FLECK et al., 1999), a
QV “é a percepção do indivíduo, de sua posição na vida, no contexto de cultura e
sistema de valores nos quais ele vive e em relação às suas metas, expectativas,
padrões e interesses”.
Para Lipp et al. (1997) o crescente desenvolvimento tecnológico da medicina
e ciências afins trouxe como conseqüências negativas a sua progressiva
desumanização. Assim, a preocupação com o conceito de qualidade de vida refere-
se a um movimento dentro das ciências humanas e biológicas no sentido de
valorizar sentido mais amplo que o controle sintomas, a diminuição da mortalidade
ou o aumento da expectativa de vida.
Para Souza et al. (2000) o futuro dos estudos QV inclui cada vez mais como
importante e significativo, o item relaciona ao trabalho.
Fernandes (1988 apud HADDAD, 1999) afirma que não há uma definição
consensual a respeito da Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), mas sim várias
correntes e abordagens. Porém este tema está freqüentemente associado à
melhoria das condições físicas do servidor, Programas de lazer, estilo de vida,
11
instalações organizacionais adequadas, atendimento as reivindicações dos
trabalhadores e ampliações do conjunto de benefícios.
Walton (1973 apud HADDAD, 1999) diz que a QVT será alcançada quando o
trabalhador tiver: compensação adequada e justa, condições de segurança e saúde
no trabalho, oportunidade imediata para a utilização e desenvolvimento da
capacidade humana, oportunidade para o crescimento contínuo e segurança,
integração social na organização, constitucionalismo na organização do trabalho,
Concordamos com Walton (1973 apud HADDAD, 1999) quando relaciona os
itens a QVT, porém creio que para o profissional de enfermagem esta meta jamais
será alcançada se o profissional não tiver um bom equilíbrio psico-emocional, o que
pode ser atingido através da atenção dada por psicólogos e psiquiatras.
Silva (1986 apud HADDAD, 1999) descreve que etimologicamente a
expressão enfermagem vem da palavra nurse que originalmente significa aquela
que nutre, que cuida de crianças e que por extensão, a que assiste o doente, ou seja
daqueles que não estão firmes, como crianças, velhos e doentes. Com estas
características, o trabalho da enfermagem foi executado até o final da idade média
por religiosas, viúvas, virgens e nobres, tendo como objetivo central a caridade. As
revoluções sociais o corridas nesse período incorporam também a este grupo, as
prostitutas que buscavam a própria salvação prestando cuidados aos enfermos.
Denota-se ainda, a desvalorização do trabalho de cuidar ao relegá-lo a este
grupo social. Na Europa, até o início do século XIX, o cuidar de enfermos não era
reconhecido como trabalho que exigia tratamento especifico para sua realização.
Silva (apud HADDAD, 1999) ainda relata que no Brasil, somente nas ultimas
décadas do século XIX é que inicia-se o processo de profissionalização da
enfermagem. A partir dos anos de 30, com a mudança no sistema sócio econômico,
o crescente aumento no numero de doenças que necessitavam de internações e a
formalização da enfermagem como profissão, concretiza-se a entrada maciça das
mulheres nas instituições de saúde, confirmando que este trabalho tem
característica essencialmente feminina. Nesta época a caridade continuava tendo a
sua importância, mas as diferenças fundamentais foram as exigências de
treinamento e remuneração no ato de cuidar.
Segundo Borsoi e Codó (1995 apud HADDAD, 1999), o cuidado tornado
profissão deixa de ser executado pela afetividade expressa e espontânea. O
trabalhador de enfermagem é preparado par auxiliar na recuperação do doente ou
12
assisti-lo em sua dor. Ao remunerar o conteúdo prestado, espera-se qualidade e
para isso é necessário além do domínio das técnicas, media-lo por afetividade, nem
que a expressão desse afeto seja uma representação necessária, pois um dos
códigos internalizados pela enfermagem é a devoção e generosidade em relação ao
paciente.
Para Haddad (1999) os profissionais de enfermagem prestam cuidados aos
doentes independentes de serem adultos, crianças, homens ou mulheres, se sua
doença é visível ou não, se é contagiosa ou não, enfim, o doente seja ele quem for
deve ser cuidado como alguém que busca alivio e/ou cura para o seu sofrimento. A
dinâmica do trabalho da enfermagem não leva em consideração os problemas do
trabalhador, onde cada individuo enfrenta no seu cotidiano dificuldades de toda
ordem, fora e dentro do trabalho, mas espera-se do profissional que ele jamais
expresse seus dissabores junto ao paciente, ao contrario, espera-se serenidade.
O modelo da mãe cuidadosa e abnegada é introjetado pela enfermagem.
Esse aspecto introduz elementos contraditórios na relação do cuidado do paciente,
na prestação de cuidados se exige expressão de afeto na medida em que, na
relação constante com o paciente, lida-se com a dor, sua independência e sua
intimidade; por outro lado, esse cuidado é mediado por ter fatores complicantes e
inter-relacionados, como: o salário, que é a fonte de sobrevivência do trabalhador; o
salário, que é a fonte de sobrevivência do trabalhador; o fantasma da perda do
paciente, seja por alta ou por óbito; e a obrigação de se mostra frente ao paciente
sempre como profissional.
Beland et al. (1978 apud HADDAD, 1999) consideram que as necessidades
pessoais do trabalhador de enfermagem e sua ansiedade em relação ás
circunstâncias com as quais se defronta geralmente prejudicam o tipo de
atendimento que ele sabe dar e que gostaria de dar, causando sofrimento ao
profissional e promovendo uma baixa QV.
Acreditamos que a baixa qualidade de vida dos profissionais de enfermagem
tem muitas implicações para sociedade, visto que seus clientes são provenientes
dela. Um profissional com baixa remuneração, ambiente de trabalho sem condições
dignas de trabalho, se dispõe a duas ou mais jornadas de trabalhos buscando
sustentação para sua família e uma vida digna, o que acaba refletindo de uma forma
negativa, pois o desgaste físico e psicológico deste individuo diminui a qualidade da
14
5 MATERIAL E MÉTODOS
5.1 Tipo de estudo
É um estudo de tipologia descritivo exploratório com analise do tipo
quantitativo.
5.2 Local do estudo
Estudo será realizado na Unidade Mista Maria Rafaela de Siqueira - UMMRS,
localizada no Município de São José do Egito-PE.
5.3 População e amostra
A população do local de estudo é de 50 profissionais de enfermagem
(Técnicos/Auxiliares). Utilizando o Banco de Dados de Recursos Humanos da
unidade Mista Maria Rafael de Siqueira. Trata-se de uma amostra de conveniência.
5.4 Instrumento
O instrumento utilizado foi a versão abreviada do Questionário de Qualidade
de Vida da OMS (WHOQOL-BREF), que foi traduzido e validado para o Brasil pelo
Prof. Marcelo Pio Almeida Fleck da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Este instrumento é dividido em 4 domínios (físico, psicológico, relações sociais e
meio ambiente) e consta 26 questões subjetivas (Anexo A).
15
5.5 Aspectos éticos
O estudo será submetido ao comitê atendendo ao que preconiza a resolução
196/96 do CONEP que normatiza a pesquisa envolvendo seres humanos.
5.6 Orçamento
Este estudo não causa ônus algum para a instituição pesquisada, sendo de
inteira responsabilidade dos pesquisadores.
5.7 Tratamento de dados
Os dados coletados serão tabulados manualmente, organizados em tabelas,
subdivididos por domínios, e apresentadas em freqüências absolutas e relativas
respaldadas à luz da literatura encontrada ou autores pesquisados.
5.8 Procedimentos
a) Elaboração do projeto;
b) Apreciação do Comitê de Ética;
c) Construção da revisão da literatura;
d) Coleta de dados de acordo com as instruções do manual de aplicação (anexo
A) elaborado pela OMS.
16
6 RESULTADOS
No domínio psicológico, evidenciado no Anexo B, prevalece resultados
lineares que condiz com o comportamento individual de cada entrevistado, quando
afirma que aproveita a vida em 40% dos seus momentos, chegando a 60% o sentido
que dar a vida, consistindo as duas facetas percebe-se que existe uma consciência
clara de aceitação individual, sem questionar negativamente as inter-relações
existentes de todos os níveis.
Já no domínio meio ambiente corroborado no Anexo C, a consistência e
avaliação do domínio apresenta um resultado bastante expressivo de cada individuo,
elevando a 45% o quão seguro estão em relação a vida diária, certificamos no
questionário, o saudável ambiente físico em 60% e 65% de garantia das
necessidades em relação ao fator dinheiro.
Observa-se que os entrevistados concordam em 50% com as condições do
local onde mora, com uma exceção de 5% dos entrevistados que responderam
insatisfeitos.
Avaliando o domínio relação social também em epigrafe no Anexo D, vimos
que em relação aos valores das relações sociais tomadas individualmente
responderão significativamente nesse domínio, que estão 65% satisfeitos e 30%
muitos satisfeitos incluindo amigos e parentes.
De forma verdadeira e auto afirmação de cada entrevistado 70% estão
satisfeitos com o apoio recebido dos amigos, deixando transparecer as fortes
relações sociais existentes.
No domínio físico, demonstrado através do Anexo E, na comparação dos
resultados desse domínio, as respostas contribui significativamente na avaliação da
dor física, quando mede ou o impede de realizar algo de concreto no trabalho ou na
vida diária de cada individuo entrevistado. A consistência nos resultados apresentados não é linear com relação aos
valores apresentados de cada faceta, quando o individuo chega a 80% na
capacidade diária de realizar suas atividades, contrastando com 30% que precisa de
tratamento médico e 45% em relação a disponibilidade de energia no dia-a-dia.
17
7 DISCUSSÃO
A maioria dos trabalhadores de saúde pública sobrepõe jornada de trabalho
associado aos outros compromissos, acarretando uma maior sobrecarga de trabalho
e conseqüentemente interferindo na melhoria da qualidade de vida que possa dispor
no seu cotidiano, junto aos seus colegas de trabalho e familiares.
Segundo Genobie et al. (1999) a relação do trabalho com a qualidade de vida
vem distanciando a cada dia devido ao capitalismo tecnológico, implementado pela
era global. Com isso é comum encontrar pessoas portadoras de algum tipo de
sintomas como dores, hipertensão fadiga, chegando a resultar em patológica.
A maioria dos trabalhadores de enfermagem da Unidade Mista Maria Rafael
de Siqueira é do sexo feminino, conseqüentemente todos tem associação do seu
ritmo de trabalho aos afazeres domésticos, mãe e esposa, repercutindo diretamente
na avaliação da qualidade de vida apresentada. Graças ao questionário e seus
resultados pode-se observar a força individual de cada entrevistado como também o
nível de conscientização prestado na clareza das respostas prestadas que percebe
nesse estudo.
Na revista brasileira de psiquiatria de 1999, diz que “a expressão qualidade de
vida foi empregada pela primeira vez pelo presidente dos Estados Unidos Lindon
Johnson, em 1964” (FLECK et al., 1999) ao declarar que, os objetivos não podem
ser medidos através dos balanços bancários, eles podem ser medidos através da
qualidade de vida que proporciona as pessoas.
Haddad (1999) elaborou um estudo sobre qualidade de vida dos profissionais
de enfermagem e uma implantação de um programa interdisciplinar de apoio ao
trabalhador de enfermagem que visasse manter a qualidade de vida no trabalho,
baseado no fato que a profissão, o despreparo emocional para lidar com a situação
de “doença/morte” e dificuldades socioeconômica.
Conviver com familiares, ter amigos e manter um bom relacionamento social
com as pessoas também são situações que interferem na qualidade de vida
segundo Daly et al. (1996).
Constamos um comprometimento desses trabalhadores no sentido de
melhorar a qualidade de vida, diminuindo os riscos a que estão expostos sendo
aperfeiçoado e treinado pela instituição como também ter organização de trabalho
18
claro e transparente incluindo todas as categorias profissionais, tornando um
ambiente de trabalho sem o avanço do desgaste coletivo, e assim encontrar mais
um ambiente de trabalho, influenciado pela melhoria da qualidade de vida.
19
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Recomendo a instituição que vincula todos os profissionais de saúde desse
estabelecimento pesquisado, uma maior atenção ao processo de trabalho, para
organização no que diz respeito a jornada de trabalho, a estrutura física do
estabelecimento, sem deixar de responsabilizar os trabalhadores de enfermagem
pela parcela que cabe no processo coletivo de organização do estabelecimento de
saúde a que pertence.
Este estudo melhorou a concepção geral dos trabalhadores de saúde, no
sentido de que tudo pode ser melhor do que hoje e tudo e possível de se adequar
quando todos tem uma mesma direção na organização que se pretende.
A relação mutua desta pesquisa contribuiu para conscientizar politicamente
cada trabalhador no sentido de incorporar os domínios facilitares da melhoria para
suas vidas futuras, respeitando os limites com valorização da vida.
20
REFERÊNCIAS
DALY, J. et al. Quality of life and the human becoming theory exploring disicpline-specific contributions. Nursing science quarterly, Baltimore, v. 9, n. 4, p. 70-74, 1996. FINGER, J. A. O. Terapia ocupacional. São Paulo: Sarvier, 1986. FLECK, M. P. A. et al. Desenvolvimento da versão em português do instrumento de avaliação de qualidade de vida da OMS (WHOQOL-100). Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, v. 21, n. 1, p. 19-28, 1999. HADDAD, M. C. L. Qualidade de vida dos profissionais de enfermagem. Londrina, 1999. Disponível em: <http://www.ccs.uel.br/espacoparasaude/v1n2/doc/artigos2 /QUALIDADE.htm>. Acesso em: 23 jun. 2008. LIPP, M. et al. Pesquisa sobre stress no Brasil: saúde, ocupações e grupo de risco. Campinas: Papirus, 1997. LIPP, M. et al. Relaxamento para todos: controle o stress. 2. ed. Campinas: Papirus, 1997. NERI, A. et al. Qualidade de vida e idade madura. 2. ed. Campinas: Papirus, 1993. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação dos transtornos mentais e de comportamento da CID - 10. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. SÁ, A. O Cuidado do Emocional em Enfermagem. 2. ed. São Paulo: Robe, 2001. SOUZA, J. et al. Interdisciplinaridade em saúde mental. Campo Grande: UCDB, 2000. SPACKMAN, W. et al. Terapia Ocupacional. São Paulo: Medica Panamericana, 1998.
21
ANEXO A - Questionário de Qualidade de Vida da OMS (WHOQOL-BREF).
Perfil do Entrevistado, segundo faixa etária. Faixa etária (anos) Valor
N° %
20 a 30 3 5 30 a 40 12 20 40 a 50 36 60 > 50 09 15 Perfil do Entrevistado, segundo sexo. Masculino 6 5 Feminino 54 90 Perfil do Entrevistado, segundo faixa salarial. Auxiliares e técnicos (Vínculo municipal)
15 25 (1 salário mínimo)
Auxiliares e técnicos (Vínculo estadual)
45 75 (1 e ½ salário mínimo)
ANEXO B - DOMÍNIO PSICOLÓGICO
DOMÍNIO – PSICOLÓGICO
Nada
N◦ %
muito pouco
N◦ %
mais ou menos
N◦ %
Bastante
N◦ %
Extremamente
N◦ %
Total
N◦ %
O quanto você aproveita a vida? 0 0 18 30 15 25 24 40 3 5 60 100
Em que medida você acha que a sua vida tem sentido? 0 0 0 0 6 10 36 60 18 30 60 100
O quanto você consegue se concentrar? 0 0 0 0 27 45 30 50 3 5 60 100
Você é capaz de aceitar sua aparência física ? 0 0 0 0 33 55 15 25 12 20 60 100
Muito
Insatisfeito
N◦ %
Insatisfeito
N◦ %
Nem satisfeito
Nem insatisfeito
N◦ %
Satisfeito
N◦ %
Muito satisfeito
N◦ %
Total
N◦ %
Quão satisfeito (a) você está consigo mesmo? 0 0 6 10 6 10 36 60 12 20 60 100
Muito
Insatisfeito
N◦ %
Insatisfeito
N◦ %
Nem satisfeito
Nem insatisfeito
N◦ %
Satisfeito
N◦ %
Muito satisfeito
N◦ %
Total
N◦ %
Com que freqüência você tem sentimentos negativos tais como mau humor,
desespero, ansiedade, depressão?
9 15
42 70
9 15
0 0
0 0
60 100
22
ANEXO C - DOMÍNIO MEIO AMBIENTE
DOMÍNIO – MEIO AMBIENTE
Nada
N◦ %
muito pouco
N◦ %
mais ou menos
N◦ %
Bastante
N◦ %
Extremamente
N◦ %
Total
N◦ %
Quão seguro você se sente em sua vida diária? 0 0 0 0 27 45 27 45 6 10 60 100
Quão saudável é o seu ambiente físico (clima, barulho, poluição, atrativos)? 3 5 6 10 36 60 15 25 0 0 60 100
Você tem dinheiro suficiente para satisfazer suas necessidades? 0 0 21 35 39 65 0 0 0 0 60 100
Quão disponível para você estão as informações que precisa no seu dia a dia? 13 21,6 6 10 26 42,3 12 20 3 5 60 100
Em que medida você tem oportunidade de atividades de lazer? 6 10 27 45 18 30 6 10 3 5 60 100
Muito
Insatisfeito
N◦ %
Insatisfeito
N◦ %
Nem satisfeito
Nem insatisfeito
N◦ %
Satisfeito
N◦ %
Muito satisfeito
N◦ %
Total
N◦ %
Quão satisfeito (a) você está com as condições do local onde mora? 0 0 3 5 3 5 24 40 30 50 60 100
Quão satisfeito (a) você está com seu acesso aos serviços de saúde? 0 0 0 0 18 30 18 30 24 40 60 100
Quão satisfeito (a) você está com seu meio de transporte? 3 5 12 20 15 25 27 45 3 5 60 100
23
ANEXO D - RELAÇÃO SOCIAL
DOMÍNIO – RELAÇÃO SOCIAL
Muito
Insatisfeito
N◦ %
Insatisfeito
N◦ %
Nem satisfeito
Nem insatisfeito
N◦ %
Satisfeito
N◦ %
Muito satisfeito
N◦ %
Total
N◦ %
Quão satisfeito (a) você está com sua s relações pessoais ( amigos, parentes,
conhecidos, colegas)?
0 0
0 0
3 5
39 65
18 30
60 100
Quão satisfeito (a) você está com sua vida sexual? 12 20 0 0 12 20 18 30 18 30 60 100
Quão satisfeito (a) você está com o apoio que você recebeu de seus amigos? 0 0 0 0 0 0 42 70 18 30 60 100
24
ANEXO E - DOMÍNIO FÍSICO
DOMÍNIO – FÍSICO
Nada
N◦ %
muito pouco
N◦ %
mais ou menos
N◦ %
Bastante
N◦ %
Extremamente
N◦ %
Total
N◦ %
Em que medida você acha que sua dor (física) impede você de fazer o que
você acha preciso?
21 35
12 20
9 15
18 30
0 0
60 100
O quanto você precisa de algum tratamento médico para levar sua vida
diária?
12 20
15 25
18 30
12 20
3 5
60 100
Você tem energia suficiente para seu dia a dia? 0 0 0 0 27 45 30 50 3 5 60 100
Muito ruim
N◦ %
Ruim
N◦ %
Nem ruim
Nem bom
N◦ %
bom
N◦ %
Muito bom
N◦ %
Total
N◦ %
Quão bem você é capaz de se locomover? 0 0 9 15 3 5 24 40 24 40 60 100
Muito
Insatisfeito
N◦ %
Insatisfeito
N◦ %
Nem satisfeito
Nem insatisfeito
N◦ %
Satisfeito
N◦ %
Muito satisfeito
N◦ %
Total
N◦ %
Quão satisfeito (a) você está com seu sono? 0 0 3 5 21 35 27 45 6 10 60 100
Quão satisfeito (a) você está com sua capacidade de desempenhar as
atividades do seu dia-a-dia?
0 0
3 5
0 0
48 80
9 15
60 100
Quão satisfeito (a) você está com sua capacidade de trabalho? 0 0 3 5 3 5 36 60 18 30 60 100
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