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    Punção Lombar 

    Trata-se de um procedimento dos mais corriqueiros em

    Pediatria.

    Tem por finalidade a retirada de líquido cefalorraquidiano, para

    exames laboratoriais ou descompressão do sistema e para

    infusão de medicamentos.

    Informações imediatas como, pressão, aspecto e cor do líquor,

    além de, por análises bioquímicas e outras, estabelecem,

    geralmente a origem da agressão ou problema.

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     Anestesia

    Hoje, é mandatório o estabelecimento de anestesia

    locoregional (lidocaína 1%), além de em criançasmaiores se estabelecer, até mesmo, uma sedação

    sistêmica (benzodiazepínicos de curta duração,

    midazolam), caso a situação neurológica do pequeno

    paciente permita.

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    Tanto em crianças quanto em

    adultos, o terceiro ou quarto

    espaços lombares são os

    preferidos, sendo que L2-L3 e L4-L5 podem ser utilizados. No RN,

    em função da ponta medular

    encontrar-se em uma posição

    inferior, a posição L4-L5 é

    considerada uma alternativasegura, quando não consegue se

    estabelecer-se a punção em L3-L4.

    Ponto de Acesso

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    O ponto exato de introduçãoda agulha encontra-se na

     junção de uma linha que passa

    pela linha transversa que uneo ponto superior das cristasilíacas e a coluna espinhal;Essa linha estabelecerá oponto referente a Quarta

    vértebra lombar, portanto,identificando a L3-L4.

    Ponto de Referência

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    Material Uma bandeja com material para punção deve conter, além do

    material para anestesia local , agulhas 40 x 7 ou 40 x8 e 80 x 8

    ou 100 x 10 (crianças abaixo e acima de cinco anos,respectivamente), scalps 21 e 23 para RN, montadas com

    mandril, seringas de 3 e 5 ml, gase estéril, campos cirúrgicos

    estéreis, 3 ou 4 tubos estéreis para coletagem de líquor, pinça

    anatômica, soluções anti-sépticas e material de manometria.

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     Agulhas

    Idade Espessura da Agulha Tamanho da Agulha

    RN 21 a 23 1 1/2polegadas

    Latente 20 a 21 1 1/2polegadas

    Crianças 20 1 1/2-3 polegadas

     Adolescentes 20 3 polegadas

    Obs. 1 polegada (inch) = 2,54 cm

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    Contra-Indicações Evidência de aumento da pressão intracraniana (exame

    neurológico pormenorizado, com fundo de olho  – papiledema)para que a realização do procedimento não cause herniação deamigdalas cerebelares. Essa condição é rara em criançaspequenas em função da complacência craniana (suturasabertas).

    Infecções superficiais no local da punção.

    Obs. Em caso de dúvidas quanto a possibilidade de aumento da pressão intracraniana,indicar ultra-sonografia ou tomografia antes da realização do procedimento.

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    Técnica

    Um ajudante deve estar apto em função daposição que deve ser adotada pelo paciente,

    além do manuseio dos tubos para coleta dematerial e auxílio na manometria.

    Posição de Realização

    Duas posições são descritas e possíveis:

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    Decúbito Lateral

    anteflexão forçada da cabeça.

    contenção dos membros inferiores

    em flexão.

    flexão forçada pode ser dispensada

    em situações em que o quadro

    geral se deteriorará.

    essa posição favoreceria a abertura

    dos espaços, que na criança temem média 6 mm.

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    Sentada

    anteflexão dacabeça; geralmenteacima de três anos.

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    Técnica

    Localizar L3

     –

    L4 com a partir de umalinha que parte da crista ilíaca e marcar olocal, em linha média.

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     Antisepsia no local

    Estabelecer como ponto de partida o

    ponto de punção.

     Avançar em movimentos circulares.

    Não retornar com a mesma gase emlocal previamente passado.

    Esse procedimento deve ser estabelecido

    após limpeza rigororsa das mãos.

    Colocar as luvas estéreis e remover o

    resíduo da solução iodada com álcool70% e aguardar 30 segundos para

    secagem do local.

    Técnica

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    Punção Lombar 

    Técnica

    Fazer um pequeno botão anestésico no local da

    punção, independente da iadade.

    Selecionar a agulha ideal para a punção.

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    Punção Lombar 

    Técnica

     Após um a dois minutos, o operador, com o

    dedo polegar assinala o ponto em linha média

    e, com a outra mão, introduz a agulha de forma

    perpendicular ao plano do corpo, no espaço

    intervertebral, com uma leve inclinação no

    sentido cefálico mas sempre em linha média.

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    Punção Lombar 

    Usar os indicadores unidoscomo ponto de apoio na

    pele, enquanto os polegaresunidos junto a extremidadedistal da agulha, empurra amesma até que haja aperfuração da duramater e

    posteriormente o espaçosubaracnoídeo.

    Técnica

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    Punção Lombar 

    Técnica Remover o mandril freqüentemente para observação do fluxo pela agulha.

    Se não houver drenagem de liquor, repassar o mandril e continuar

    avançando em pequenas progressões (2 a 3 mm).

    Quando a duramater é vencida, apreciamos uma sensação abrupta de perda

    de resistência.

    Se a resistência é intensa analisar a possibilidade de punção do corpo

    vertebral. Retirar a agulha até uma posição média e reordenar a mesma,

    sempre em linha média.

    Estar atento na manutenção do bisel da agulha para cima.

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    Técnica A agulha posta no espaço subaracnoídeo retirar o

    mandril e passar a recolher o liquor.

    Caso o fluxo não apareça devemos tentar uma rotaçãosuave da agulha e/ou gerar uma aspiração comseringa.

    Se não houver resposta, empurrar ou puxar a agulha

    1 a 2 mm, na tentativa de alcançar o espaço liquórico.

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    Manometria  A leitura da pressão deve ocorrer quando a oscilação do liquor estiver igual em

    ambas as direções.

    Em RN e lactentes pequenos, a manometria é difícil e raramente é realizada.

    Entretanto a pressão normal nessa faixa etária oscila entre 7,5 a 12,5 cm H2O.

    Em crianças normais que estão acordadas e relaxadas a pressão liquórica média é de

    15 a 18 cm H2O; pressões entre 18 e 20 cm H2Osão questionáveis, enquanto as

    acima de 20 cm H2O são consideradas anormais.

     A pressão também pode ser analisada pelo fluxo gerado pela passagem por agulhas

    predeterminadas.

    Obs. Nos casos que existe a suspeita de hipertensão , onde o liquor flui com pressão,

    devemos acoplar uma seringa a agulha para que o jato seja frenado pelo êmbolo.

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    Punção Lombar 

    Técnica Após a coleta de liquor e o procedimento estando

    terminado, o mandril é repassado na agulha e o

    conjunto é removido em um movimento único. Umpressão local deve ser aplicada por 3 a 5 minutos no

    sítio de punção para minimizar o risco de escape

    liquórico. A colocação de uma fita adesiva no local da

    punção é um procedimento habitual, porém de eficáciacontroversa.

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    Punção Lombar 

    Complicações Cefaléia por diminuição abrupta do liquor e uma mais tardia por

    hipertensão liquórica.

    Infecção em situações não estéreis. Sangramento persistente em pacientes com distúrbio da

    coagulação.

    Lesão do plexo venoso e produção de hemorragia no liquor.

    Existe um grande prejuízo para análise bioquímica, com

    conseqüente problema na interpretação.

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    Complicações

     A principal e a mais temida das complicações é a

    hérnia de amígdalas cerebelares. Essa gera a morte

    por compressão repentina dos centros bulbarescardiorrespiratórios. Diante de sinais de localização

    (tumores SNC ou outras situações) realizar fundo de

    olho e se a fontanela já estiver fechada uma

    tomografia antes da realização do procedimento.