■
UNIVERSIDADE DO PORTO
\ FACULDADE DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
-•
r (
Promoção da literacia em Geociências:
o exemplo da Oficina Pedagógica de Geologia do Palácio de Cristal
Da construção de materiais à divulgação científica .. :
I
ê ■ -
\
„ '
Volume II -
.' ANABELA BARROS PINTO SOUSA
. ■
2002
M
1
. . ,i
Anabela Barros Pinto Sousa
Promoção da literacia em Geociencias:
o exemplo da Oficina Pedagógica de Geologia do Palácio de Cristal
Da construção de materiais à divulgação científica
Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências da Universidade do Porto para obtenção do grau de Mestre em Geologia para o Ensino
Sob a orientação de Prof. Doutor Alexandre Lima
2002
INDICE
ANEXOS
Anexo 1 Localização da Oficina Pedagógica de Geologia nos Jardins do Palácio de Cristal. .3
APÊNDICES
Apêndice 1 Aspecto exterior das Instalações da Oficina Pedagógica de Geologia. .5 Apêndice 2 Questionário aos participantes na Oficina Pedagógica de Geologia. .6
Apêndice 3 Poster «Os grupos de rochas do Porto» £
Apêndice 4 Poster «A história do granito» .9
Apêndice 5 Poster «O tempo geológico» 1 0
Apêndice 6 Mini Posters «Seres representativos de cada época». 11
Apêndice 7 Mini Posters «Posição relativa da Península Ibérica » 12
Apêndice 8 Protocolo da actividade prática «A minha rocha de estimação». 14
Apêndice 9 Protocolo da actividade prática «A família das rochas». 15
Apêndice 10 Protocolo da actividade prática «Investigando a dimensão dos cristais» 16
Apêndice 11 Protocolo da actividade prática «Vamos descobrir os minerais do granito». 17
Apêndice 12 Chave dicotómica. 1 8
Apêndice 13 Diapositivos da apresentação aos monitores. 19
Apêndice 14 Caderno da oficina 2 7
1
ANEXOS
2
ANEXO 1
Localização da Oficina Pedagógica de Geologia nos Jardins do Palácio de Cristal
tíy^lfPS&^
3
APÊNDICES
4
APÊNDICE 1
Aspecto exterior das instalações da Oficina Pedagógica de Geologia
5
APÊNDICE 2
Questionário aos participantes na Oficina Pedagógica de Geologia O questionário que seguidamente se apresenta foi desenvolvido no âmbito de um projecto de
investigação para a elaboração de uma dissertação de Mestrado em Geologia para o Ensino, do Departamento de Geologia, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Pretende-se conhecer a importância que os materiais e as actividades desenvolvidas na Oficina de Geologia têm na Hteraeia científica dos visitantes, de modo a estimular a criação e o desenvolvimento deste tipo de centros e promover o intercâmbio com as escolas.
Neste sentido, o preenchimento deste questionário reveste-se da maior importância para o êxito deste trabalho, pelo que agradeço desde já a sua colaboração.
Este questionário é anónimo, será mantida a confidencialidade dos resultados. Por favor responda a todas as questões individualmente.
Idade: Sexo: Feminino D
Habilitações académicas:
5o ano 6o ano
D D
7o ano 8o ano 9o ano
D D D
10°ano D ll°ano D 12°ano D
Masculino D
Bacharelato Licenciatura Mestrado D
D D
Doutoramento D
Actividade profissional: Indique qual a sua profissão.
No último ano visitou algum museu/espaço didáctico relacionado com ciência?
Se respondeu sim, a última visita que fez foi; indmduaunente com amigos com familiares integrado muna visita escolar outra situação
Sim D Não D
D D D D D
Coloque por ordem de importância as seguintes actividades, de acordo com o interesse que atribui a cada uma para a aprendizagem das Ciências da Terra,
ITtílbie * seganfe ejCjdjj 1 - muito importante; 2 - importante: 3 - pouco importante
D livros científicos/didácticos O oficinas pedagógicas D programas televisivos didácticos
Para si a Geologia é: (Assinale apenas uma opção que considere correcta)
A) a ciência que estuda os seres vivos, os fenómenos vitais e as suas leis; B) a ciência que estuda a distribuição dos fenómenos físicos, biológicos e humanos à superficie do
Globo; Q a ciência que estuda a história da Terra, a sua estrutura, os materiais que a compõem, a sua natureza,
forma e origem; D) a ciência que estuda as civilizações antigas, com base nos vestígios e materiais que vão sendo
descobertos.
Das seguintes opções assinale a única em que todos os instrumentos indicados são utilizados em Geologia:
A) Estetoscópio, mapa, martelo, bisturi; B) Martelo, bússola, mapa, microscópio; C) Telescópio, estetoscópio, martelo, bisturi; D) Estetoscópio, mapa, martelo, termómetro.
Assinale cada uma das afirmações seguintes como : V (se a considera verdadeira), F (se a considera falsa) ou NS (se não sabe).
Afirmações A) A vida na Terra existe há mais de dois mil anos B) Os primeiros seres Humanos viveram na mesma época dos Dinossauros. C) O granito que existe no Porto formou-se na altura em os Dinossauros se extinguiram
F NS
APÊNDICE 2 Considera o conhecimento geológico de determinada região fundamental para a segurança das obras de Construção Civil?
Sim D Não D NãosáD
Conhece algum exemplo em que o desconhecimento geológico tenha sido uma causa de acidente? SimD Qual?
Não D
Avalie, de acordo com o grau de interesse, cada um dos temas que foram abordados durante a sessão:
GRAU DE INTERESSE
TEMAS
Saber o que é a Geologia Conhecer o papel do Geólogo na sociedade Conhecer os instrumentos utilizados pelos Geólogos Observar e agrupar as rochas Aprender a história geológica do Porto
Sem interesse
Com algum
interesse
Interessante Muito interessante
Indique qual a sua opinião relativamente i qualidade dos posters apresentados, tendo em vista a aprendizagem dos conceitos explorados.
. QUALIDADE
POSTER Má Razoável Boa Muito Boa
Grupos de rochas Granito do Porto Tempo geológico
Relativamente a cada uma das actividades propostas durante a sessão, indique a sua preferência.
APRECIAÇÃO
ACTIVIDADE Classificar as rochas Observar afloramento no exterior Ver as laminas ao microscópio Actividade experimental - o tamanho dos cristais
Não gostei Gostei Gostei muito
Que dificuldades sentiu durante a participação?
APRECIAÇÃO muito simples simples difícil muito difícil
A linguagem utilizada pelos monitores era: A leitura dos materiais apresentados foi:
• O tempo disponível para cada actividade foi: pouco D
• A duração da sessão foi: curta D
• Teve oportunidade de colocar dúvidas? Sim O
D muito D
média D longa D
Não D
Se tivesse oportunidade gostaria de participar noutras Oficinas deste tipo? Sim D Não D
Se respondeu Sim, na questão anterior indique um tema que gostaria de ver ai tratado.
As respostas que deu são extremamente importantes para o trabalho que está a ser desenvolvido e para que outras Oficinas Pedagógicas sejam implementadas.
Obrigada pela sua colaboração! Anabela Pinto Sonna
7
APÊNDICE 3
t: o AL O ■o
s o o
o D
m o
g Í
i. 5 SP-S i £ 1
,2 « 9i I O
| 3
— s |- o « SB O '5 S O 2 X. 35 O O
+■* *o ^s 09 ** w
H 2 C es S 3
S U O u « b «í * « =5 — — 95 ft) ■■» 5 *t Kl S W SB M u » <«. es — O w n .
Apêndice 4
O ! -
H Z <
tf
O "D
td ■r L
l/) ■r H
<
Apêndice 5
10
Apêndice 6
Tempo das Trilobites
Tempo dos Peixes
Dinossauros
Mamíferos H
Apêndice 7
514 Ma
356 Ma
12
Apêndice 7
195 Ma
50 Ma
13
Apêndice 8
ACTIVIDADE PRÁTICA: OBSERVAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE ROCHAS
"A MINHA ROCHA DE ESTIMAÇÃO"
OBJECTIVO: Identificar propriedades que permitem distinguir umas rochas de outras
MATERIAL: amostras de rochas com diferentes textura e composição mineral, mais ou menos com o mesmo tamanho lupas cartões de identificação de rochas
PROCEDIMENTO: Fornecer a cada participante uma "amostra de estimação" e pedir para lhe dar um
nome para posterior identificação;
Recolher todas as amostras, juntando-as em cima de uma mesa;
Pedir que os participantes recolham a sua "amostra de estimação'';
Questionar os participantes sobre como lhes foi possível identificar a sua amostra (o
que era diferente das outras rochas);
Fornecer a cada participante um cartão, no qual escreverá o nome e uma cuidada
descrição da rocha (podem utilizar as lupas);
As rochas são novamente recolhidas e misturadas em cima da mesa;
Os participantes trocarão os cartões entre si;
Cada participante irá recolher a amostra relativa ao cartão que recebeu;
Cada participante mostrará a rocha e lerá o respectivo cartão de modo a que o "dono"
original verifique se a identificação foi correcta.
(Adap. de Christman, R., 2000 in Journal of Geoscience Education, v. 48, p.573)
14
Apêndice 9
ACTIVIDADE PRÁTICA: OBSERVAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE ROCHAS
"A FAMÍLIA DAS ROCHAS"
OBJECTIVO: Identificar propriedades que permitem distinguir umas rochas de outras
MATERIAL: amostras de rochas com diferentes textura e composição mineral, mais ou menos com o mesmo tamanho; lupas
PROCEDIMENTO: Fornecer a cada participante um conjunto de amostras;
Pedir que cada participante agrupe as rochas, baseado em alguns critérios;
Pedir que cada participante revele os seus critérios.
15
Apêndice 10
ACTIVIDADE PRATICA: FORMAÇÃO DE ROCHAS MAGMÁTICAS
INVESTIGANDO A DIMENSÃO DOS CRISTAIS
OBJECTIVO: Comparar o processo de cristalização em condições de temperatura
diferentes.
MATERIAL: Fenil-salicilato (salol);
um gobelé de 100 cm3;
2 vidros de relógio;
lamparina;
fósforos;
uma lupa.
PROCEDIMENTO: Fundir o salol numa chama fraca;
Aquecer um dos vidros de relógio e arrefecer o outro;
Verter o salol fundido em cada um dos vidros de relógio.
(Adaptado de KALI Y. & ORION N., 2000)
16
Apêndice 11
ACTIVIDADE PRATICA: OBSERVAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE MINERAIS
"VAMOS DESCOBRIR OS MINERAIS DO GRANITO"
OBJECTIVOS: Utilizar chaves dicotómicas para identificar os minerais presentes no granito. Observar lâminas ao microscópio.
MATERIAL: amostras de granito de cores diferentes; amostras de quartzo, feldspato e micas; lupas; chaves dicotómicas;
lâminas de granito; microscópios.
PROCEDIMENTO: Fornecer a cada grupo de participantes um conjunto de amostras de granito e
lupas;
Pedir que cada grupo participante observe atentamente as rochas com a lupa, a fim
de identificar os seus constituintes;
Fornecer a cada grupo de participantes um conjunto de minerais e chave
dicotómica.
17
CS
m o
3
0 0
C S
OS =5
O
cd CL
2 "03 ta-
4>
£ ° O c
cc
es rrt T3 O 03
■ ^ * <i>
» X!
s £ 03 03 J-H s~ ^ 3
■ M ■fci
2 S -(-> ■ * - >
to C/5 <L> <D <L> <L>
*T3 T3 ,,, , , m ,
03 03 i-, ^ H
<u <L> C C
CÛ
5B « ' -
• W r̂
CU &£>
■■"■"
C ■+■»
• PBM
3 E 05
73 GQ 05 O C/5
73 O 05 '—
T3 CU Ï 5 73 05 05 c 73 O
"cd J c
o •4—
c CU
CU s c J cu
c 3 03 C C 05
73 U S J£ CU
1 3 "éu
C O ft DD
o s x c *— •— c c cu c CU eu 73 5= #̂
• »» ^^^V r> O
c eucu 05 i £.
■*■» *■■» > c C J E
JE ^ ^ u
"u JS ■O £ o cu
73 6C P H p v
CC cc '-. u CU <u
1 s-O c CU o s- eu o. e
• ■ — • - *"" 05 05
05 im
cu es CA CU eu u '-c C o o cu cu
73 73 Cfi
05 05 U S_ 05 05 ft ft, C/5 BQ O C
£ 05 05 ft ft. C/Ï Ofi O w > > 5/2 5/3 m ;/; o CU o eu Htt' mm
= m ws E s= ■cu CU 05 X L. 1
05 Cd ft, ft eu CU Gfl 5B o O y . VL
U Ë
cu
cu
"és
S S
APÊNDICE 13
Diapositivo 1
Diapositivo 2
Diapositivo 3
Problemática: >Disparidade crescente entre a Educação em Ciências nas escalas e as
necessidades e interesses dos akjnos.
>Exigência de cidadãos capazes de retaoonar-se com conhecimentos
científicos, tecnológicos e suas implicações ambientais e sociais
>Grande tragiidede revelada no ensino "formal (resultados muMo
desfavoráveis no nosso pais).
>A Geologia é ensinada nas escotes de forma geralmente ïansmrssiva,
aparecendo os conceitos de forma abstracta.
"*?'% ^
Linhas De Acção: >Cons*ur materiais motivadores de curiosidade e interesse.
> Desenvolver uma estratega educativa que promova o "gosto" pele Geologia
>Conhecer a importância do Ensino Nâo-Formal /Informal na educação plena
do cidadão.
T ? ^ < ^ . K £
19
Diapositivo 4
Diapositivo 5
APÊNDICE 13
® (p© @sM§ par festo
Pretende: • Desenvolver competências e saberes no campo da Geologia
• Dar a conhecer aspectos relevantes da Geologia local/ regional
•Sensibilizar para a Protecção do Património Natural
■Valorizar o conhecimento Geológico na interacção Tecnologia/Sociedade/Ambiente
Diapositivo 6
O que exista por baixo dos nossos pés? )
f BSMRswpesks^**-
i llnpomhr?
—( gatoco )
^
V ' ^ ^ ^ (GEOLOOCOI
Bases pedagógicas e didácticas:
> Educação em Ciências: CTSA
> Perspectiva de Ensino por Pesquisa
> Aprendizagem «traves da Resolução de Problemas
>Concepcao construtivista da Educação
T ? ' ^ ^ -c
20
Diapositivo 7
Diapositivo 8
APÊNDICE 13
Educação Em Ciências: CTSA A Educação CTSA: Ciência
Tecnologia
Sociedade
Ambiente
tem por base a ideia de que devem ser proporcionados momentos
de aprendizagem em que se interBguem estas componentes
Tendo por base uma área de conhecimento, promove o treino de competências qua coMra na sua apecaeso em contextos reais da sociedade.
V;% ^
Diapositivo 9
Perspectiva De Ensino Por Pesquisa
Os conteúdos sao entendidos como meios necessários ao exercício do pensar.
A informação que se procura neece da discussão entra oe intervenientes no processo educativo.
Educação cientifica não só em ciência, mas sobretudo através e sobte a Ciência.
Educação cientifica promotora de cultura cientifica: uma educação mais humanizada, mais próxima dos dessfioe de um futuro
tecnologicamente s cientificamente meia avançado.
Aprendizagem Através da Resolução De Problemas . Contempla problèmes relevantes para o aluno, de modo a que os saberes
construídos sejam transferíveis para situações do seu quotdiano
•Promove o desenvoMmereo de corrxjetêndas de reaodrio. pesojsa e resolução de problemas, enquanto dominam saberes básicos do domínio
oentmco
.Permite o aumento da autonomia e da cnaívioade.
.Estimula o envolvimento e Interacção de todas as capacidades e saberes.
»Desenvorve estratégias para Idarcom problemas do futuro.
"5"^ ^
21
APÊNDICE 13
Diapositivo 10
Diapositivo 11
Concepção Construtivista Da Educação . O ensino é considerado como um processo conjunto, comparílhado por
todos os intervenientes, em que o indrví duo se toma progressivamente
competente e autónomo na resolução de tarefas, no emprego de conceitos ena
pratica de determinadas alludes e competências.
»A a p s a i a g e m é entendida como a capacidade de elaborar uma
representação pessoal sobre um objecto da realidade ou um conteúdo
que pretendemos aprender.
»A aprendizagem é. assim, um processo acfivo, no quai o indivkluo constrói,
morífica, enriquece e dwersffica os seus esquemas de conhecimento, a
partir do significado e do sentido que consegue atribuir aos
concertos/conteúdos apresentados, e ao próprio facto de os aprender.
Porquê "tantas"... bases pedagógicas e didácticas?
Os quadros teóricos/sugestões seguidos têm em
consideração tanto o carácter socializador do ensino como
a sua função no desenvolvimento individual.
Diapositivo 12
São seguidas perspectivas/teorias que interligam de forma
articulada aprendizagem, cultura, ensino e
desenvolvimento, bases fundamentais na formação do
cidadão do século XXI.
T ? * % ^ "C
22
Diapositivo 13
Diapositivo 14
APÊNDICE 13
Bases científicas:
> A Geologia como Ciência
>Principais factos, conceitos, modelos e teorias Geológicas
>Conceitos específicos e historia Geológica tocaU regional
^ 1 : ^ ; - ^
Diapositivo 15
Concertos estruturantes
Situação-Problema
Conteúdos Conceptuais
A GEOLOGIA como a denda que estuda a
historia da Terra, a sua estrutura, os materiais que a compõem, a sua
natureza, forma e origem ®(pS
Geologia como ciência; Importância da Geologia:
problemas actuais colocados peta sociedade;
mstrumentos utilizados pelos
MATERIAIS CONSTITUINTES DA
CRUSTA TERRESTRE ttversida de e origem das
rochas p®c festo
(sim
Piincfiais Grupos de Rochas; Formaçao de rochas
Evolução de um maciço granítico:
Características do granlo do
O TEMPO GEOLÓGICO um tempo longo mmm [pi©?
A medida do tempo em Oeotogia;
A idade da Terra; A idade do granlo do Porto.
PLSCTABSI uunaura
eMvvJaento da Peninsula " Mrica.
Objectivos:
•Promover a ligação ciência /tecnologia /sociedade/ambiente. •Dar a conhecer a importância da Geologia como Ciência e a abrangência
do seu objecto de estudo. •Reconhecer a contribuição da Geologia para a
sociedade/tecnologia/ambiente dos nossos dias.
-Apresentar alguns instrumentos utilizados na pesquisa em Geologia.
T?o% ^
23
Diapositivo 16
Diapositivo 17
APÊNDICE 13
Actrvktades/estratéglas:
Apresentação da imagem "O Geólogo" que deve ser colocada em confronto
com a imagem trazida pelo grupo Quem é o Geólogo?
■Dar a conhecer os instrumentos utilizados pelos geólogos e debater com o
grupo a sua utilização.
•Localizar o Palácio de Cristal em diferentes mapas (Carta Geológica,
Fotografia Aérea, etc).
Identificar na carta Geológica a rocha predominante no Porto.
^;s;:^
Diapositivo 18
Que rochas existem?
- c UJMSIIIUSfTES DAS ROCHAS: W W cows I»urres DO
Objectives:
■Compreender os conceitos de mineral e rocha.
•Reconhecer a existência de uma grande diversidade de rochas e minerais.
Caracterizar e distinguir os três grupos de rochas.
•Identificar os minerais constituintes do granito.
( Q u e rochas i l e x i s t e m ? J áà. s—x
—1 anuros DE ROCHAS êO —1 v^^y i CUNSII IUMIU DAS ROCHAS:
1
■RHOIAU COHSHIUBfllSPO SfUMTTO
CUNSII IUMIU DAS ROCHAS: 1
■RHOIAU COHSHIUBfllSPO SfUMTTO
ActlYld»d
•Reconhe
•Activida
•Análise <
•Activida
dicotómic
•Saída ao
es/est
cer na
te: "A
o post
te: "S
a eob
camp
ratégUs:
carta Geológica a existência
minha rocha de estimação" <
er "Grupos de rochas do Port
amos descobrir os minerais
servação de lâminas ao micre
o, para visualizar o granito
de uma diversidade de rochas.
Kj "A família das rochas".
0".
do granito" (Utilização de chave
scópio)
sm afloramento e comparar com as
24
Diapositivo 19
Diapositivo 20
APÊNDICE 13
Como se formaram as rochas q u e
sustentam a cidade do Porto? ranuAçAo pt IWH
MAOMAlKAS
EVOLUÇÃO DEUMMACfÇO
Objectivos:
•Conhecer processos que levam à formação de rochas magmáticas.
■Identificar alguns fenómenos que levam à alteração das rochas.
■Reconhecer que as alterações surgem como resultado de um processo lento.
■Reconhecer aspectos típicos de uma paisagem granítica.
■Conhecer a história geológica do Porto.
Diapositivo 21
Como se formaram as rochas q u e
sustentam a cidade do Porto? _C~ FORMAÇÃO DE IKK
_ _ [ E V O L U C A O K U M MACIÇO
■Actividade pratica: "Investigando a dimensão dos cristais".
■Análise do poster **A história do granito".
-Análise do poster. "O tempo geológico no Porto".
A alfabetização em ciência visa,
parece-nos, desenvolver nos jovens
ou adultos uma atitude para se
adaptarem e, em certos casos,
participarem, ao longo da sua vida, na
^evolução das ciências e das técnicas.
25
APÊNDICE 13
Diapositivo 22
Alfabetização não é o mesmo que
escolarização.
Sendo a Escola um espaço
privilegiado para alfabetizar, nem
sempre é o ideal.
26
APÊNDICE 14
CADERNO DA OFICINA
27
tos ]mm é i
iogia do P
C A D E R N O D A Q F I C M A
Este caderno foi elaborado no âmbito da realização de uma dissertação de
Mestrado em Geologia para o Ensino, do Departamento de Geologia da Faculdade de
Ciências da Universidade do Porto e tem como objectivo dar a conhecer o projecto: "O
que existe por baixo dos nossos pés?".
Os exemplares deste Caderno destinam-se aos monitores da OFICINA
PEDAGÓGICA DE GEOLOGIA. Incluem o esquema geral das actividades a desenvolver,
os objectivos que se pretendem alcançar em cada actividade, assim como sugestões de
utilização dos materiais.
Anabela Pinto Sousa e Alexandre Lima
Porto, Fevereiro de 2002
Faculdade de Ciôicias da Universidade do Porto - Departamento de Geologia 2 Mestrado em Geologia para o Ensino
CADERNO DA OFICINA
Caro monitor:
O trabalho que realiza é, simultaneamente, de grande privilégio e de responsabilidade. Actuar num contexto informal é, por si só, uma vantagem inegável (e até invejável!): a aprendizagem desenvolve-se de acordo com a vontade dos indivíduos. Este espaço é, por isso, palco de um processo de "descoberta" espontânea e individualizada, em que o visitante não sente o "peso" dos conceitos/conteúdos que vivência (ou vivenciou) no contexto formal de aprendizagem - a escola.
Por outro lado, o encargo de revelar a "ciência ao público", tornando-a acessível a um número cada vez maior de pessoas, de sensibilizar para a protecção do ambiente natural, de promover a construção de uma ética ambiental e de desenvolver saberes, reveste de enorme importância esta tarefa.
Nesta época em que a comunicação social tem vindo a revelar estudos que apontam para o analfabetismo cientifico do nosso pais, é de enorme relevância o trabalho que desenvolve diariamente, com sucessivas sessões na Oficina.
Atentos a esta realidade, propusemo-nos elaborar uma sequência de actividades que julgamos importantes para a compreensão das Geociências e em particular da Geologia do Porto. Este caderno não pretende ser o livro de "receitas" da oficina, mas antes mostrar um conjunto articulado de objectivos, actividades/estratégias e sugestões de desenvolvimento que servem de base ao projecto.
Conscientes dos desafios que se colocam aos cidadãos da região do Porto (e não só), numa sociedade em que são confrontados com decisões que requerem níveis crescentes de cultura científica (veja-se o metro do Porto, a co-incineração, os aterros sanitários, etc...);
ousamos intervir, com a ajuda de cada um de vós.
Desejando o maior sucesso para o trabalho, desde já o nosso sentido
agradecimento pela colaboração.
Os autores
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto - Departamento de Geologia Mestrado em Geologia para o Ensino
CADERNO DA OFICINA
índice:
O que existe por baixo dos nossos pés ? 5
Objectivos gerais 7 Esquema geral da actividade o
Guia geral de exploração
"Quem nos pode ajudar a responder?"
Objectivos, actividades/estratégias 9
Sugestão de desenvolvimento 1 0
"Que rochas existem?"
Objectivos, actividades/estratégias
Sugestão de desenvolvimento
Actividade: "A minha rocha de estimação" "
11
12
14
15
Actividade: "A família das rochas"
Poster: "Osgrupos de rochas do Porto"
Actividade: 'Vamos descobrir os minerais do granito" 16
"Como se formaram as rochas que sustentam a cidade do Porto?"
Objectivos, actividades/estratégias *°
Sugestão de desenvolvimento
Actividade: 'Investigando a dimensão dos cristais" 2 ^
Poster. "A história do granito'
Poster "Tempogeológico"
Bibliografia
21
22
23
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto - Departamento de Geologia Mestrado em Geologia para o Ensino
4
CADERNO DA OFICINA
O que existe por baixo dos nossos pés4
Os habitantes das grandes cidades, em especial os mais jovens, dificilmente
contactam com as rochas que constituem as fundações dos locais em que vivem.
Esporadicamente têm acesso aos afloramentos, aquando de obras de grande monta, em que
se tornam visíveis ao cidadão comum. Galopim de Carvalho (1998) refere que "toda a gente
vê as pedras das calçadas, as cantarias e alguma estatuária, mas só raros têm acesso aos
afloramentos rochosos de onde se retiram esses materiais''.
A cidade do Porto cresceu, ao longo de séculos, ocultando os maciços graníticos,
rios e riachos que terão constituído a paisagem. Assim, a geologia da cidade está hoje
acessível apenas aos geólogos que, em certas ocasiões têm oportunidade de fazer
observações, se bem que sempre pontuais e incompletas. A recente remodelação do Porto
permitiu aos geólogos fazer sondagens em inúmeras regiões e mesmo observar as fundações
subterrâneas em muitos pontos da cidade.
No âmbito das actividades do Porto 2001, foram propostas, em algumas ocasiões,
visitas às obras que atravessaram toda a cidade. Tornou-se assim possível a observação de
afloramentos "escondidos" por prédios, ruas e calçadas pelos cidadãos comuns.
Os projectos "Geologia para todos" ou "Geologia no Verão" têm demonstrado que a
Geologia pode entusiasmar os leigos, ávidos em quererem entender a ligação desta disciplina
com as formas que caracterizam as paisagens à superfície da crusta; quais os processos
geológicos responsáveis pela génese dessas formas e quais as estruturas geológicas que lhes
dão suporte (Barbosa, 1999).
A proposta de saber u0 que existe por baixo dos nossos pés", assenta neste
propósito de dar a conhecer ao cidadão comum a geologia da cidade. Mostrar que as rochas
podem e devem ser reconhecidas como documentos de uma história muito antiga, de milhões
e milhões de anos, a História da Terra.
Na sociedade actual o conceito de "escola" tem que ser alargado a espaços de
aprendizagem, em que não só alunos, mas os cidadãos tenham acesso a uma cultura
científica. 0 que está por baixo dos nossos pés" não pretende revelar um conhecimento
científico exaustivo acerca da geologia da cidade, mas antes motivar os visitantes, através de
actividades simples e de um acompanhamento pedagógico diferenciado.
5
to \o
«J cr
< g E O < o o
u
Off
to « ^ I/Í
d> flS
i/S
fO
<u on Vt O >
u
o
CL
E =3
o X I C D on
<0
'on o o 0) O E o O ■M "53 u c o u a>
x E a> on (0 _N x c cu i_ Q. <0
<«3
m
1 (0
k i -
WÍ <D «O U <0 + J "íõ i_ «3 C O "u i_ o Q. O
to <D
X I 3
(0
<0 E _o p
tn
>o O <C 3
_+J "w «/) > «75 i/> <D U to a»
X I o 1(0 o (0
<L> IO
Si a . ro <a
X I IO
«0 <U Í3 10 a ;
X I <a
X I "C «j o. (0 u ai xt c <L> E
1 c <u IO a»
X I o £ on
<o E o on (0 N
X c £ Q . «O t/> <L>
to <L>
(0 CL O
«a CL to O c <L>
X (0
X "55 O •c 3 O (0 <L> O
«ro o (0
</) O
X
*J o c *-> CL
o
<a C L
"on o Õ
<L»
E
S ■M c <u u to O O u c o u 1_
> 1 c 0) to (D
X <L> (D
X (0
X O <a
X «o o
"5> MO "5 <u on <u
X «3
X
O «(0 X «o
X u o
X «a c <L>
O «o (0 u 3
X <L> <a
x
E (0 x c 3
M -
<U 4-1 c <u o C L E o o
£ = _ r
O . to d)
to O i_ (0 >
> 1 c (L> to (D O
(0 O s_ «a o u 3 O C L
E 3 i_ <D U O
C c o u <0 i_ <o
o
(0 4-> c o !5 E <a (0 u 2 <L>
\-> o E o
15 3 S SI 3
5 o C
LU Q <
< < Ci
O
LU
S LU
CD * - > ( A X CD 0) 3
O
ï a. x LU
LU
<
o a
O o
(0 E o o CL
I O o» (0
(O
o
8 Q O
(0 0) a> o c
» M M CO Q> O 3 c o 3
o CA a>
S «s te E
ro
0) is f£
&»£ .2 m E g«8 SeE
H oo to co _. to to to -c:
IS I o .<2 E
E tu CD
CO
to E . Q
CD ■o to
tu ^ 0
«JJ Q^
O <u CO E
o CO
55 jo 0 ) ( D Ç2 o .
co o tu a. co o tO CO N
tO "4= ^= Û_
° COCO to o 2 E &"E
i t tu
tu .c
o £0 N « (U tO 3 O <2 <to c c
o
CO o
■o to o o o o CO "to ZJ
o s cm CO Q)
2 o CU E co t=
CO o to 8 lg& CL-fe
C O E o E
0
O a, CO " O
CO
tu o
Q- O
IH I s
5 O c
LU to O
o
© a* o
CO
tu CO tu o O) O co o o tu ■£ O t5 o E <1 O.E O _ J
O LU O <
< o CO LU LU
SP Eu:
CO CO
CO
to O o 1 _ CO to
■o E tu o> o tu tu "D to
i r "Ç 0 ^ 0 2 <
3
to CO o o CU
o E CD
CO
O
o Q_ O
\— ° c to I*.
Ill CB < - o ^ (0
■o ^
E <
®
o o O o O ?
m o ° E
11
to o
O '(D . • .Q Q — O j o &=> O co o S CO 0 O Û -
E co
ÇO x >
li l i o>
o
oo
LU
í LU
z
3 4U
< O z < o 3
CE LU
"m
ifs
(0
u
o o < o o
î . 4» w
c^- o 12 (0 o S , 0 a. •io , 0 a. i . ■'■ .. W'jfc
, 0 a. 1 to (0 o
O o (0 o ílslF!í_3KfT*i (0 S t/i o ' '"»■ c * °" JBH (0 o
V (0 o "O o X
■ M B X
■ M B (0
A &. O Q. O
+ J (A X O 0) 3 O"
lo. o >
r O
10
■a <u 13
Q .
(0
"N (0
E o <u on op o <u o
(0 E «3
9 E o
E " <u o oo + ; *o £ E S ca
T3
O
O
0)
c o u E o «a
T3 <a u o o u
«1
o % Q .
o T3 «a N
to O c o E
O 1(0 u-(0 N
on c
O —
(0 Q . (0
c
« "o 5 E (0 <u o — a . «o
£3 on
<u O o
O
6 1 o CL
on
(0
re O
E o u i_ a> (0
. o a»
■a a; (/> o on o
- o on
T3
U
(O
a.
«o N
"re u o
u O (0 Si < .2 £ on o
c (O
E o
■o
re . c u o
re re u "5h Õ <u o
Os
i? « (0 y oh Õ
(0 t ! (0 u
(0 u (0
(0 u O
t O
Q_ O c
o E o u . 5 "6n O
o -a ■M tO a> a>
■o
re on O
u
re " u c u Si o
«re u -(0 on
iá O O
o (0
TJ (0 'u c «a o Q . E
s: «
(0
o E o
15 E (0 o (0
■o 0»
<J
c o
o «1
(0 o
<u !Q o o O
■o (0 U c
«u on c <0 1_
J D <o (0 0) (0 u c
«D U
to TO -r—
« "° i _ </> <a o (0 O
•6n c
o ««
«o to "5 IO (U Q . «a c o
■o (0 N
o
«o ■o o
1(0
'5 •c c o u (0 i_ a> u <u
x : c o o
IA O 4-> c o E 13
O T3 a> 4->
c
E (0 "^ *
J
(0 to ■& a o »̂ o c u ■ o (0
■o
" u O IO
D on (0 (0 i _ nn (U 4 J
O c o a> a; IO <1J O L_ Q . E < a»
CADERNO DA OFICINA
SUGESTÃO DE DESENVOLVIMENTO
A primeira questão: Quem nos pode ajudar a responder?
tem a finalidade de focar a atenção dos participantes nas Ciências da Terra,
na sua "linguagem", "instrumentos" e métodos de investigação. Dar a
conhecer a Geologia e o Geólogo modernos, isto é, o que se estuda e com que
finalidades, nesta sociedade onde a tecnologia exerce um papel fundamental.
O geólogo deve "aparecer" como aquele que ajuda a responder à
questão central, utilizando variados instrumentos:
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto - Departamento de Geologia Mestrado em Geologia para o Ensino
10
/ 0) ■ ■■
.G) ' Q. tf) it: '*
O ■■■:" -.
■ \
tf) ■■■:" -.
■ \
tf) ■'..■:■ ■:■-,
o | c t _ tf) o TJ O X
• ■HE
CS .Q i » O Q. cu
■+-» tf)
■ ■Mi
X < 0) o o O 3 < o o-o O
(0 (0 •% a» E E £ "o -a o 3 Ê "E o
«a <U «3 £ o «a o
4_> ■ o < Dl)
"E ro s
m * O t 2 'u 3 "o T3 <Ú D0 c O t (A
I O O o Q . 2 o O tô
2 *-> X
»<0 LÎ- O 0)
<L> ^ tô
2 *->
<D fO T3 (0 N
«/» (0 E IO
ro E fO
u
(0 N o
E 4-J SZ I O "<Õ ta y "55)
0) <u
■ o <0
o 2 a>
■a
O
•c O U
E -o O o
3 IO
<0
to fO
E o u
ífl O u s
o D. 3 ■ a 9> P
<0 CL 2
f0 to 10 ro c E
i _ > "5. fO
"So
CO
ÛJ
%A
(0 o
«0
u 8
ro c E 0>
IO
o E (0
<0
U -o u to
2 d CL
E
CL E o u
"So
CO
ÛJ
%A
«0 c 1 _
u QJ
-o T3 (0
T3
<
■ a fO
l o «a
x : u
4-J
O
a. o
■a
o
>
" O <0
T3
O >f0 O (0 N •̂ 4->
u E o « j
fO
(0
u
o
O
c QJ
E "D 32
c O
o ■ M £ t/>
T3
O >f0 O (0 N •̂ 4->
C
E (0
■ a (0 o
"D 32 <D U « c y Z2 <<a «a >*-'> o: ^ < ■o < <
<<a CO (0
u < u < □ D □ D □
<u "D a»
■ a (0 32 vi "íõ (0 .
* s_ £Z o ta 0) u J->
u p
> 2 'E (0
u p a> V . L. 0) "D on O ■o
c I O O
—* ■o c O T3
ea 2 a. to d) c
DD
<0 3 D»
0) 4->
c E E
3
O)
IO <a>
V -4-1
*3
to I O -o to
O C
O to O O
■ M (0 s_ u "5 u 3 to u c Dl)
2 c <a> C 2 o *->
IO * J a>
u IO O
0) 2 to
'■5 c E
1 _ «0 0) Q) to 0) c i _ o
o >
" D c 0) d) a.
o O) x: c
E IO ea
(0 N •c 0) 4->
u
íO o
o > E o
u x: 2 c 0)
■o o O) 0£ o fO
u
c 0)
■o
□ □ □ □
CADERNO DA OFICINA
SUGESTÃO DE DESENVOLVIMENTO
A questão: Que rochas e x i s t e m ?
tem como principal objectivo dar a conhecer aos participantes algumas
características dos materiais da Geosfera, nomeadamente a composição
mineralogia e estrutura, que permitem definir três grupos de rochas. É fundamental
realçar a importância de uma observação atenta e de uma análise pormenorizada
para a identificação e classificação dos materiais terrestres.
Para tornar mais relevante a aprendizagem é sugerida uma observação
no campo de um afloramento granítico. A ida ao "campo" constitui um momento
onde se desfruta da belíssima paisagem envolvente, permitindo aos participantes
percepcionar a sensação de prazer, de sossego, no meio da cidade.
NOTA: Dependendo do grupo de participantes pode fazer-se referência apenas à
constituição litológica da região (para grupos etários mais baixos) ou avançar sobre o
ponto de vista da deformação observada no local e mesmo dos fenómenos que a
originaram.
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto - Departamento de Geologia Mestrado em Geologia para o Ensino
12
CADERNO DA OFICINA
ACTIVIDADE PRÁTICA: OBSERVAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE ROCHAS
"A MINHA ROCHA DE ESTIMAÇÃO"
OBJECTIVO: Identificar propriedades que permitem distinguir umas rochas de
outras
MATERIAL: amostras de rochas com diferentes textura e composição mineral, mais ou menos com o mesmo tamanho lupas
cartões de identificação de rochas
PROCEDIMENTO: Fornecer a cada participante uma "amostra de estimação" e pedir para lhe dar um nome para posterior identificação; Recolher todas as amostras, juntando-as em cima de uma mesa;
Pedir que os participantes recolham a sua "amostra de estimação"; Questionar os participantes sobre como lhes foi possível identificar a sua amostra (o que era diferente das outras rochas); Fornecer a cada participante um cartão, no qual escreverá o nome e uma cuidada descrição da rocha (podem utilizar as lupas); As rochas são novamente recolhidas e misturadas em cima da mesa;
Os participantes trocarão os cartões entre si; Cada participante irá recolher a amostra relativa ao cartão que recebeu;
Cada participante mostrará a rocha e lerá o respectivo cartão de modo a que o "dono" original verifique se a identificação foi correcta.
(Adap. de Christman, R., 2000 in Journal of Geoscience Education, v. 48, p.573)
SUGESTÃO DE DESENVOLVIMENTO
Listar os termos utilizados para descrever as amostras, evidenciando que as características
mais úteis serão: a textura, a cor e composição mineral das rochas. Salientar que algumas
das características são propriedades utilizadas pelos geólogos
Apresentar a classificação utilizada pelos geólogos {poster)
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto - Departamento de Geologia Mestrado em Geologia para o Ensino
13
CADERNO DA OFICINA
(
ACTIVIDADE PRÁTICA: OBSERVAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE ROCHAS
"A FAMÍLIA DAS ROCHAS"
OBJECTIVO: Identificar propriedades que permitem distinguir umas rochas de
outras
MATERIAL: amostras de rochas com diferentes textura e composição mineral, mais ou menos com o mesmo tamanho;
lupas
PROCEDIMENTO:
Fornecer a cada participante um conjunto de amostras;
Pedir que cada participante agrupe as rochas, baseado em alguns critérios;
Pedir que cada participante revele os seus critérios.
(Adap. de Thomas, J. J., 2000 in Journal of Geoscience Education, v. 48, p.571)
SUGESTÃO DE DESENVOLVIMENTO
Salientar que alguns dos critérios utilizados (tamanho dos grãos, cor, textura,...) são
propriedades utilizadas pelos geólogos e que nenhum dos sistemas apresentados é
necessariamente mau
Apresentar a classificação utilizada pelos geólogos {postei)
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto - Departamento de Geologia Mestrado em Geologia para o Ensino
14
oc
o û_ O Q X
g LU Q to O û_ 13 ac
in O
O a.
o O < o o z es w
ir>
60 O
8 o o.s
a g
cL'&D
II o o
is ta i D •S
I o •S u "S •s C3
CADERNO DA OFICINA
ACTIVIDADE PRÁTICA: OBSERVAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE MINERAIS
"VAMOS DESCOBRIR OS MINERAIS DO GRANITO"
OBJECTIVOS:
Utilizar chaves dicotómicas para identificar os minerais presentes no
granito. Observar lâminas ao microscópio.
MATERIAL:
amostras de granito de cores diferentes;
amostras de quartzo, feldspato e micas;
lupas; chaves dicotómicas;
lâminas de granito;
microscópios.
PROCEDIMENTO:
Fornecer a cada grupo de participantes um conjunto de amostras de granito e lupas;
Pedir que cada grupo participante observe atentamente as rochas com a lupa, a fim de
identificar os seus constituintes;
Fornecer a cada grupo de participantes um conjunto de minerais e chave dicotómica.
Fornecer lâminas delgadas de granito para serem observadas ao microscópio.
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto - Departamento de Geologia Mestrado em Geologia para o Ensino
16
f,i
o N U
CS > o N U
a VI
•^ST
ci "O * n * Cfi =3 eu BC JKIMS;
O to M M &
0Q W
HW < <
t> o
< z E O < Q O
3
cd cr! T3 f > cd
•¥"H eu Jrí .cî cd s £ «S CC] V - JH
3 ^ +> +Í 2 S +> * » ir> Cfl <L> <U (U a>
*o T3 , , . . , ,i
cC cd t - » i
<L> <u c C
CÛ
GA « '
• mm
<W WD
J3 C ** • pu»;
3 S ce
' O !» es eu GQ
a C es •~
T3 eu l ï "a C! ce C 2 O
"3 u c ce c s eu eu
£ o & eu
a S3 CS o o «
"O 5C eu —
c eu a 6JD
eu s £ o '— s O © eu c eu eu T3
_C <T
/^m*\
« ■ ■ C C eueu es * X;
•+■»
> c C . c
•G m s.
"C X! C £ eu eu
TJ Xjtj
p M m**;
«S es UM %m
eu c;
c: c
eu O C i S"
eu eu
eu eu
■ a 5fi
eu
eu
eu
w
5*5
55 « U t
grt « c a, « CA r» O
^m, l«s
«s « M M K
c CL «fi en . ^ s *
.***. >*PF W
> > • PMK
Xti 5fi 5fi « eu eu
tu « B i
5fi OB
S S o eu CS « 9WE
C C eu eu « « eu eu 6fi KTJ
U i : • fs «,. ï
eu c:>"■-■■
o o y O
o S ■S c
w c o <l>
FÍ «1 O.
L es a, «5») <i> O
P o i tf £ s o <u eu o o "2 T3
fi
il S2 « > •a D
-a w
« t> c
«u u 0)
T3 V •a ■S
i ta Un
S s «
o O < o o §
o
i/i O E"
TJ o t :
O «0
o CL
IO C o (D c E . o ^ o
4->
u "ao - o 1 ro c "5 CU
< o DO DO ao T3
c ro
O "O o
Q_ u-a T3 c ro
O "O o
Q_ DO
Kl
ro •c -o
E DO
Kl
ro •c -o
E O F
DO
Kl
ro •c -o <U
111 '-*** 2 4 J V»
4-»
ftz ~ s * c IE o í?. rf o s * c IE "4o O ( / }
•* < —1 \J _ fO (0 • • j V r ^ V H
Dí)
ro
LI 1 _
Q-ou-O Dí)
ro
LI 0) 1 1
9 S n Dí)
ro -ro o .
CU 4-> i/l O
l/l o Q. rf *" o
Dí)
ro -ro o .
CU 4-> i/l O
l/l o Q.
rfJO + J a. CU <u
ro o "O
O
11 1 1 1 " ■
CU <u ro
o "O
■o
o UJ CU T3
■a "in ro í/l
a;
^ro r̂o 0 £ < fO M "C c c *cSB "D < < j < <
00
>
u A A A
l/l ro
x : u o
a» ■a o
•ro u -ro E
-ro
o cr 10
U O
cu » 9
u LO o O -C > c • 9H» o
4~? u
o cu A
«D
o
o <ro o 2 cu 4-»
"ro -ro
E
cu 3 cr i/i O c <u E -o c l/l c DO
1/Ï « ro i _
.y « x; u -ro qz E tP DO C ro <u E 2
A
to ro u 2 ui ro -a
o -o ro 4 J 3 i/i
O E o u E cu po 3 l/l i/l <U
•O O ro t_ <u 4 J "ro « i ro a> 3 cr
<J O sz c o u
A
E cu DD ro «i ro a.
ro E 3
■o
IO O U
*± t i
O </i vi <D U O
u <u D. IO ro
cu o cu
E 3
C O u
cu cu -o a:
A
ro u
on
O t O O-
o
ro "Sn -o "5 o on ro
■c -O
ro i_ cu u cu
x : c o
A
ca
•a "3 o O .
I1
D.
o,'Sb aT o
ês o o
li 3 S
I •a I •8 "S ■S
1 ca
[ IH
CADERNO DA OFICINA
SUGESTÃO DE DESENVOLVIMENTO
A questão: C o m o se f o r m a r a m as rochas que s u s t e n t a m a c idade
do Por to?
tem o propósito de revelar aos participantes, de modo muito simplificado, os
fenómenos característicos do ambiente magmático e de alteração mecânica. Estes
elementos constituem a base para a construção da ideia de que a geosfera é
dinâmica. Estes conceitos serão confrontados com o que foi observado no "campo"
e vão servir de tentativa de explicação e integração de todas as actividades e
estratégias desenvolvidas.
O tempo geológico é um conceito fundamental em Geologia, sendo por
isso de particular relevância para a compreensão dos fenómenos que levaram ao
aparecimento de granito no Porto e à sua alteração. Com base nos dados
fornecidos acerca da idade do granito, pretende-se que os participantes localizem
no poster Tempo Geológico" a sua formação e tomem contacto com a situação
paleogeológica e paleogeográfica da Península Ibérica.
É ainda de referir que se pretende também que os participantes
conheçam algumas das potenciais utilizações do granito e dos seus minerais
constituintes e dos minerais resultantes da sua alteração.
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto - Departamento de Geologia Mestrado em Geologia para o Ensino
19
CADERNO DA OFICINA
ACTIVIDADE PRÁTICA: FORMAÇÃO DE ROCHAS MAGMÁTICAS
INVESTIGANDO A DIMENSÃO DOS CRISTAIS
OBJECTIVO:
Comparar o processo de cristalização em condições de temperatura
diferentes.
MATERIAL: Fenil-salicilato (salol);
um gobelé de 100 cm3;
2 vidros de relógio;
lamparina;
fósforos;
uma lupa.
PROCEDIMENTO:
Fundir o salol numa chama fraca;
Aquecer um dos vidros de relógio e arrefecer o outro;
Verter o salol fundido em cada um dos vidros de relógio.
(Adaptado de KALI Y. a ORION N., 2000)
SUGESTÃO DE DESENVOLVIMENTO
Comparar o processo de cristalização em cada um dos vidros de relógio.
Comparar a taxa de arrefecimento com a dimensão dos cristais.
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto - Departamento de Geologia Mestrado em Geologia para o Ensino
20
o t z $ o o < ou O Ë X < D: UJ h-
o
< z o O •< Q O
I w
O h H Z <
0 ■D
rd ■r L
IA
x: <
O :
T > _ - ^
o g
a i
0 >
Ul
'^Ê0'.'-
55
0
(N
cO
•5b
8 o o.s o o s a o. o, '5b 5T o Q
8
€ e
■81
| s S2
I •s 1 G o
T3
i -a CO
H-,
CADERNO DA OFICINA
POSTER: TEMPO GEOLÓGICO
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto - Departamento de Geologia Mestrado em Geologia para o Ensino
22
CADERNO DA OFICIN A
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA A., BEGONHA A., BORGES L. & PRAIA J. (2000) Itinerário geológico.
Roteiro 4 - o granito na cidade. In XX Curso de Actualização de
professores de Geociências, Porto.
BARBOSA B., FERREIRA N. & BARRA A. (1999) Importância da geologia na
defesa do património geológico, no geoturismo e no ordenamento do
território. In Geonovas, pp. 22-33.
BORGES, F. SODRÉ (1994) Catálogo Descritivo do Museu de Mineralogia Prof.
Montenegro de Andrade. Faculdade de Ciências da Universidade do
Porto.
BORUN M. & DRITSAS J. MASSEY (1997) Developing Family-Friendly Exhibits.
Curator 4073,178-196.
BORUN M., MASSEY C. & LUTTER T. (1993) Naive knowledge and design of
Science Museum Exhibits. Curator 36/3,201-219.
CARVALHO A. M. G. (1997) Geologia Petrogénese e Orogenèse. Universidade
Aberta, Lisboa.
COSTA F., GARCIA M. A., GAMEIRO M. I. & TERÇA O. M. (1997) Geologia
construindo conceitos sobre a Terra materiais para professores.
Instituto de Inovação Educacional, Ministério da Educação, Linda-a-
Velha.
COSTA J. C. & TEIXEIRA C. (1957) Carta Geológica de Portugal - noticia
explicativa da folha 9-C Porto. Serviços Geológicos de Portugal,
Lisboa.
DECOURT, J. & PAQUET, J. (1986) Geologia Objectos e Métodos. Livraria
Almedina, Coimbra.
ENCICLOPÉDIA DO UNIVERSO MINI - Rochas Fósseis e Minerais (2001),
Porto Editora, Porto.
23
CADERNO DA OFICINA
GASS, LG., SMITH P. J. & WILSON R. C. L (1984) Vamos compreender a
Terra. Livraria Almedina, Coimbra.
GUERNER, DIAS A. & GOUVEIA J. (1995) Geologia 12. Areal Editores, Porto.
HAURY D.L., MILBOURNE L. A. (1998) Choosing Instructional Materials for
Environmental Education. ED433195
JAÉN M. (2000) Como podemos utilizar en Geologia el planteamiento y
resolución de problemas? Ensenanza de las Ciências de la Tierra
(8.1) 69-74.
KALI Y. & ORION N. (2000) Can you win them all? - The rock-cycle as a
Framework for Integrating Diverse Approaches in Science Education.
Submitted to the Journal of Geoscience Education.
MARQUES M., FLORES D., JESUS A. P. & DIAS A. J. G. (1994) Geologia dos
Arredores do Porto. In XIV Curso de Actualização de professores de
Geociências, Braga.
MARQUES M., NORONHA F. & BORGES F. S. (1985) Excursão geológica no
complexo gnaissico da Foz do Douro. In IX Reunião de Geologia do
Oeste Peninsular. Museu e Laboratório Mineralógico e Geológico da
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Porto.
MARQUES M., NORONHA F., FLORES D. & RODRIGUES B. G. (2000)
Geologia da faixa costeira de Lavadores - Porto. In XX Curso de
Actualização de professores de Geociências, Porto.
MARTÍNEZ J. S., CASTRO L, BONÁN L, CHAPERON C. & KRINER A. (1999)
Expominar un nuevo recurso didáctico para la ensenanza de la
geologia en la Argentina. Ensenanza de las Ciências de la Tierra (7.2)
136-142.
NASCIMENTO E. V. & AFONSO M. O. (1995) Ciências Naturais - 7o Ano. Texto
Editora, Lda. Lisboa.
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto - Departamento de Geologia Mestrado em Geologia para o Ensino
24
CADERNO DA OFICIN A
NORONHA F. & LETERRIER J. (2000) Complexo metamórfico da Foz do Douro
( Porto). Geoquímica e geocronologia. In Revista Real Academia
Galega de Ciências, pp. 21-42.
OLIVEIRA R. M. C. (2001) Deterioração de monumentos graníticos: o caso da
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto Abordagem
didáctica, tese de Mestrado. Universidade do Porto, Faculdade de
Ciências, Departamento de Geologia.
PRAIA J., RODRIGUES B. G. & DIAS A. J. G. (1995) Matosinhos - Monografia
do concelho. Câmara Municipal de Matosinhos, Matosinhos, pp. 69.
PRESS, F. & SIEVER, R. (2001) Understanding Earth - third edition. Freeman,
U.S. A..
RIBEIRO A., ANTUNES M. T., FERREIRA M. P., ROCHA R. B., SOARES A. F.,
ZBYZEWSKI G., ALMEIDA F. M., CARVALHO D. & MONTEIRO J. H,
(1979) Introduction à la géologie générale du Portugal. Serviços
Geológicos de Portugal, Lisboa.
RIBEIRO A., PEREIRA E. & SEVERO L. (1980) Análise da deformação da zona
de cisalhamento Porto-Tomar na transversal de Oliveira de Azeméis.
In Comunicações do Serviço Geológico de Portugal, pp. 3-9. Serviço
Geológico de Portugal.
ROMANI, J.R. V. & TWIDALE, C. R. (1998) Formas y paisajes graníticos.
Universidade da Coruna.
SCHAUBLE L. & BARTLETT K. (1997) Constructing a Science Gallery for
children and families: the role of research in na innovate desing
process.
SEMKEN S. C. (2000) Some great ideas for geoscience teachers. Journal of
Geoscience Education, v. 48, 570-604.
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto - Departamento de Geologia Mestrado em Geologia para o Ensino
25
CADERNO DA OFICIN A
SILVA J. C. B.V. (2001) Complexo Metamórfico da Foz do Douro: contributos
científico-didácticos, dissertação de Mestrado. Universidade do Porto,
Faculdade de Ciências, Departamento de Geologia.
TEIXEIRA C. (1970) Aspectos geológicos da Orla Litoral do Porto e de V. N.
Gaia. In Revista Naturalia, pp. 13-29.
UNESCO, International stratigraphie chart. International Union of Geological
Sciences.
WYLLIE J. P. (1976) A Terra. Nova Geologia Global, 2a. Edição. Fundação
Calouste Gulbenkian, Lisboa.
Sites consultados:
htpp://geoinfo.nmtedu
htpp://volcano.und.nodak.edu
www.bbc.co.uk
www. dnr.state.mn.us/minerals
www.exploratoiium.edu
www.mii.org
www.scotese.com
www.ucmp.berkeley.edu
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto - Departamento de Geologia Mestrado em Geologia para o Ensino
26
Top Related