ESCOLA ESTADUAL GRACILIANO RAMOS - ENSINO FUNDAMENTALRua Minas Gerais, 1251 Centro Santa Helena – PR.
CEP: 85892-000 Fone: (45) 3268-2728 e-mail: [email protected]
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
SANTA HELENA2011
ESCOLA ESTADUAL GRACILIANO RAMOS - ENSINO FUNDAMENTALRua Minas Gerais, 1251 Centro Santa Helena – PR.
CEP: 85892-000 Fone: (45) 3268-2728 e-mail: [email protected]
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Santa Helena
2011
SUMÁRIO
I – INTRODUÇÃO................................................... ............................... 7
II – IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
2.1– Identificação ....................................................................................9
III – HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO
IV – NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS
4.1 – Níveis de Ensino............................................................................12
4.2 – Modalidades de ensino..................................................................12
V – DIAGNÓSTICO
5.1 - Aspectos Legais e Sociais..............................................................13
5.2 - Contexto Situacional......................................................................15
5.2.1 - Brasil: um país de diferenças culturais e sociais.........................15
5.2.2 - Paraná: um estado em desenvolvimento....................................16
5.2.3 - Santa Helena: um município com potencial pouco explorado.....17
5.2.4 - Realidade educacional de Santa Helena.....................................19
5.3 - Contexto situacional, realidade escolar e perfil do educando........21
5.4 – Características da comunidade escolar.........................................26
5.5 – Quadro de pessoal........................................................................32
5.6 - Organização do espaço físico.........................................................33
5.6.1 - Espaço físico disponível..............................................................35
5.7 – Constituição das turmas................................................................36
5.8 - Horário de entrada e saída das aulas nos diferentes períodos.......37
5.9 - Matriz Curricular.............................................................................38
5.10 - Formação de turmas e organização do tempo e espaço
escolar....................................................................................................40
5.11 – Organograma..............................................................................41
5.12 - Condições de atendimento a alunos com necessidades
educacionais especiais, projetos/atividades desenvolvidas em
contraturno............................................................................................41
5.12.1 - Sala de recursos........................................................................41
5.12.2 – Acessibilidade...........................................................................42
VI - FUNDAMENTAÇÃO
6.1 - Concepção de Sociedade...............................................................43
6.2 - Concepção de Homem...................................................................44
6.3 - Concepção de Conhecimento.........................................................45
6.4 - Concepção de Cultura....................................................................46
6.5 - Concepção de Currículo e Educação..............................................46
6.6 – Educação Inclusiva........................................................................49
6.7 – Desafios Educacionais Contemporâneos.......................................50
6.7.1 – Educação Ambiental...................................................................51
6.7.2 - Enfrentamento à Violência …......................................................52
6.7.3 - Prevenção ao uso indevido de drogas.........................................52
6.7.4 – Sexualidade................................................................................53
6.7.5 - Educação Fiscal...........................................................................53
6.7.6 – História e Cultura Afro-brasileira e Africana................................54
6.7.7 – Programa de Prontidão Escolar Preventiva.................................54
6.8 - Avaliação.......................................................................................55
6.9 – Gestão Escolar...............................................................................56
6.10 – Conceito de Cidadania.................................................................57
6.11 – Conceito de Alfabetização e Letramento.....................................57
6.12 – Conceito de Infância e de Adolescência......................................60
6.13 - Conceito de Ensino e de Aprendizagem.......................................62
6.14 – Conceito de Trabalho...................................................................63
6.15 - Conceito de Escola.......................................................................64
6.16 – Conceito de Tecnologia................................................................66
6.17 - Filosofia da Escola........................................................................67
6.17.1 - Princípios..................................................................................68
6.18 - Instâncias Colegiadas..................................................................70
6.18.1 - Conselho Escolar.......................................................................70
6.18.2 - Associação de Pais, Mestres e Funcionários..............................70
6.18.3 - Conselho de Classe...................................................................71
6.18.4 - Grêmio Estudantil.....................................................................73
6.18.5 - Representante de Classe..........................................................74
6.19 - Princípios.....................................................................................75
6.20 – Articulação entre a Educação Infantil..........................................76
VII – PROPOSIÇÃO DE AÇÕES
7.1 – Forma de gestão da escola............................................................77
7.2 – Programas desenvolvidos..............................................................79
7.2.1 - Sala de apoio à aprendizagem....................................................79
7.2.2 – Atividades Curriculares Complementares em Contraturno.........80
7.2.3 - CELEM – Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna.....81
7.2.4 – Educação Fiscal..........................................................................81
7.2.5 – Paraná Digital.............................................................................82
7.3 – Formação Continuada....................................................................83
7.4 – Reuniões Pedagógicas..................................................................83
7.5 - Cursos, Palestras e Capacitações..................................................84
7.6 – Incentivo à Pesquisa......................................................................84
7.7 – As relações entre os aspectos administrativos e pedagógicos......85
7.7.1. A direção......................................................................................85
7.7.2. Equipe Pedagógica.......................................................................90
7.7.3. Docentes......................................................................................97
7.7.4. - Agentes educacionais I............................................................101
7.7.5. - Agentes educacionais II...........................................................102
…..7.8 - Instâncias Colegiadas.............................................................103
7.8.1 - Conselho Escolar.......................................................................103
7.8.2 - Associação de Pais, Mestres e Funcionários..............................104
7.8.3 - Grêmio Estudantil.....................................................................105
7.8.4 - Representante de Classe..........................................................106
7.9 - Hora Atividade.............................................................................106
7.10 – Avaliação...................................................................................107
7.10.1- Avaliação dos educandos.........................................................107
7.10.2 – Conselho de Classe.................................................................109
7.10.3 – Avaliação do PPP.....................................................................111
7.11 – Ações da escola.........................................................................111
7.11.1 – Semana Cultural.....................................................................111
7.11.2 - Feira das Ciências...................................................................112
7.11.3 - Jogos Internos do Graciliano Ramos........................................113
7.11.4 - Campanha do Agasalho..........................................................113
REFERÊNCIAS.....................................................................................115
I – INTRODUÇÃO
As grandes transformações, pelas quais vem passando a
sociedade, refletem intensamente na vida das pessoas, desafiando as
organizações e as instituições a mudanças em seus propósitos, em suas
políticas, em suas estruturas e em seus procedimentos. Vivemos um
período no qual há mudanças na concepção do conhecimento, o que
traz como consequência novos significados na economia, na produção e
nas inúmeras outras áreas que compõem o social. A própria ciência tem
que enfrentar agora uma difícil realidade: a relatividade do
conhecimento e seu caráter provisório contestável.
A mudança somente ocorre como produto das consciências que
forem despertadas e da vontade das pessoas em encontrar melhores
caminhos. Parafraseando Paulo Freire, na educação não existe estrada
asfaltada, o caminho se faz caminhando. E desta forma o nosso Projeto
Político Pedagógico foi sendo construído junto com a comunidade
escolar.
Conforme deliberação 014/99, a elaboração do projeto político
pedagógico deve envolver toda a comunidade escolar. A existência de
uma proposta pedagógica decidida coletivamente é condição básica
para o desenvolvimento da autonomia escolar.
Este Projeto Político Pedagógico foi norteado pelos princípios
contidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental e
das Diretrizes Curriculares Estaduais do Estado do Paraná, ambas em
observância com a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, nº
9394/96.
Com o intuito de nortear a ação educativa desta escola, está aqui
apresentada a identidade escolar, os aspectos da organização histórica,
pedagógica e física, a oferta de cursos e o quadro de pessoal.
O Projeto Político Pedagógico retrata a escola dentro da sua
individualidade, valorizando as diferenças culturais, sociais e
econômicas, percebidas dentro do âmbito escolar, visando à melhoria
da qualidade de ensino, a fim de garantir um rumo estabelecido
coletivamente, que sirva de guia para a “práxis pedagógica” e a
continuidade de uma proposta de trabalho que atenda aos interesses da
comunidade.
“No sentido etimológico, o termo “projeto” vem do latim
projectu, particípio passado do verbo projicere, que significa lançar para
diante. Plano, intento, desígnio.” (FERREIRA 1975, p. 1.144). Significa
que, ao construir o Projeto Político Pedagógico, a escola planeja o que
pretende realizar. Na construção deste projeto há a participação de toda
a comunidade escolar na tomada de decisões, para garantir o
comprometimento de todos na execução e divulgação das metas
planejadas. “A escola que a sociedade democrática requer é aquela
capaz de implementar seu próprio Projeto Político Pedagógico, elaborado
coletivamente, devidamente atualizado, divulgado e avaliado por todos
os interessados.” (VILLAS BOAS. 2000, p. 183-184).
Este documento está sempre em construção, pois como a
educação é um processo de longo prazo, faz-se necessário que o
educador sempre reveja sua prática. “É um eterno diagnosticar,
planejar, repensar, começar e recomeçar, analisar e avaliar.” (VILLAS
BOAS, 2000: p. 183-184).
A construção deste projeto contou com o coletivo de todos os
educadores (Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Agentes
Educacionais I e II) da escola através de reuniões de grupos e todo
colegiado e da comunidade escolar, educandos e seus familiares.
Ao final do processo, o Projeto foi apresentado ao Conselho e
Comunidade Escolar para análise e aprovação.
II – IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
2.1 – Identificação
IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
1. Denominação da instituição
Escola Estadual Graciliano Ramos – Ensino Fundamental
2. Endereço completo
Rua Minas Gerais, 1251
3. Bairro/Distrito
Centro
4. Município
Santa Helena
5. NRE
Toledo
6.CEP
85892-000
7. Caixa Postal 8. DDD
(45)
9. Telefone
3268-2728
10. Fax
(45) 3268-2728
11. E-mail
12. Site
www.shagracilianoramos.pr.gov.b
r
13. Entidade Mantenedora
Governo do Estado do Paraná
14. CNPJ/MF
76.592.468/0001-84
15. Cursos autorizados/reconhecidos
Ensino Fundamental (6º a 9º Ano)
16. Autorização
Resolução nº. 1.345/81 D.O.E.
06/07/81
17. Reconhecimento
Resolução nº. 765/84 D.O.E. 09/03/84
18. Local e data
Santa Helena, 29 de novembro de
2011.
19. Assinatura
Direção
III – HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO
A Escola Estadual Graciliano Ramos – Ensino Fundamental, situa-
se à Rua Minas Gerais, 1251, no Município de Santa Helena, Estado do
Paraná. Iniciou suas atividades em 1969, como Escola Rocha Pombo,
mantida pela C. N. E. C., funcionando assim até o final de 1970. Em
1971, a Escola foi renomeada como Ginásio Graciliano Ramos,
funcionando até 14 de julho de 1981, quando foi incorporado o Grupo
Escolar Marechal Deodoro da Fonseca, passando a chamar-se Escola
Estadual Graciliano Ramos – Ensino de 1º Grau, pela Resolução n.º
1.345/81.
Pela Resolução n.º 765/84 a Escola tem o seu reconhecimento
definitivo e passa a chamar-se Escola Estadual Graciliano Ramos –
Ensino de 1º Grau.
No dia 11 de outubro de 1998, a Escola Estadual Graciliano
Ramos – Ensino de 1º Grau passa a denominar-se Escola Estadual
Graciliano Ramos – Ensino Fundamental, conforme Resolução Secretarial
n.º 3.120/98 – SEED – D. O. E. 11/09/98.
Para valorizar a cultura brasileira e motivar a comunidade escolar
ao hábito da leitura, tornando conhecido importantes escritores, através
de processo eletivo, a escola recebeu o nome do autor brasileiro
GRACILIANO RAMOS DE OLIVEIRA, que nasceu a 27 de outubro de 1892,
na cidade de Quebrangulo - Alagoas. Considerado pela crítica um dos
maiores romancistas brasileiros.
A escola desde o seu início teve entre nomeados e ou eleitos, um
número de 19 diretores.
A partir do ano de 2012, a escola não atenderá mais 5ª a 8ª série
e sim turmas 6º ao 9º ano do ensino fundamental, essa mudança no
sistema de ensino ocorrerá simultaneamente de acordo com o Parecer
407/11 CEE.
IV – NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO
4.1 – Níveis de Ensino
A Escola Estadual Graciliano Ramos – Ensino Fundamental, oferta
à comunidade santahelenense o ensino de 6º a 9º ano nos três
períodos: matutino, vespertino e noturno.
4.2 – Modalidades de ensino
As modalidades de ensino ofertadas por este estabelecimento de
escolarização são: Educação Especial (Sala de Recursos) no período
matutino e vespertino e Ensino de Língua Estrangeira Moderna (CELEM –
Espanhol), com duas turmas em cada período, ou seja, 1º e 2º ano
matutino e vespertino.
V - DIAGNÓSTICO
5.1 - Aspectos Legais e Sociais
A Escola Estadual Graciliano Ramos, tem por finalidade atender
ao que dispõe as constituições Federal e Estadual e a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional 9394/96, a fim de ministrar o ensino
fundamental de 6º a 9º ano. O estabelecimento oferecerá aos seus
alunos serviços educacionais com base nos seguintes princípios:
I - Igualdade de condições para acesso e permanência na escola,
vedada qualquer forma de discriminação e segregação;
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o
pensamento, a arte do saber;
III - Ensino gratuito;
IV - A valorização dos profissionais de ensino;
V - Gestão democrática;
VI - Garantia de uma educação básica e unitária.
Embasada na construção das diretrizes curriculares estaduais do
Estado do Paraná, a Escola Estadual Graciliano Ramos procura
direcionar a ação pedagógica com o objetivo de fazer dela um local
privilegiado para aprender a viver e conviver socialmente, de forma
consciente, crítica, autônoma e participativa.
Através do levantamento de dados feito a partir do questionário
realizado com alunos e pais da comunidade escolar, observou-se que a
maioria procura o estabelecimento escolar para obter uma formação e
ser um profissional bem-sucedido, outros buscam a escola para serem
orientados para a vida e desenvolver de maneira eficiente tudo que
forem realizar.
Percebe-se que o compromisso da escola para com o cidadão
santa-helenense, se faz a partir das relações sociais, vista como um
centro dinâmico, por estar inserida na sociedade, onde ocorre a
construção do conhecimento, do saber, da busca pela unidade entre
ensinar e aprender.
Tem-se, assim, como pressuposto fundamental, possibilitar ao
cidadão as condições de compreensão e interpretação de seu mundo e
de seu momento histórico vivido, bem como sua participação na
sociedade, atuando na cultura, na política e nos meios de produção.
É através da interação com o projeto a ser conhecido que o
sujeito constrói representações que irão funcionar como explicações e
orientá-lo por uma lógica interna. As ideias equivocadas serão
construídas e transformadas ao longo de todo esse desenvolvimento
escolar.
A educação está permeada pela estrutura social, de mundo, de
homem e de conhecimento, e determinada pelas circunstâncias que a
envolvem.
“O principal objetivo da educação é criar homens que sejam
capazes de fazer coisas novas, e não simplesmente repetir o que as
outras gerações fizeram, homens que sejam criadores, inventivos e
descobridores”. “É formar mentes que tenham capacidade de criticar e
verificar, e que não aceitem tudo que lhes é oferecido como coisa
pronta, verdadeira e única. Devemos ser capazes de resistir
individualmente, de criticar e de distinguir.” (Piaget,1970)
5.2 - Contexto Situacional
5.2.1 - Brasil: um país de diferenças culturais e sociais
O Brasil é um país de dimensões continentais, o qual apresenta
uma riquíssima variedade cultural, fruto de uma constituição basilar
pluriétnica, formada, inicialmente, a partir da confluência dos povos
indígenas nativos, dos conquistadores europeus, em especial,
portugueses e dos povos africanos, trazidos como escravos para
trabalhar nas minas e lavouras monocultoras. Num segundo momento,
migrações de outras etnias europeias, asiáticas, árabes e africanas
somaram-se para compor o Brasil contemporâneo.
Essa região, inicialmente, habitada e dominada por povos Tupi-
Guaranis, o Brasil, a partir da conquista portuguesa, foi colônia, depois
império e, a partir de 1889, República Federativa, a qual atualmente
abarca 26 estados mais o Distrito Federal. As diferenças regionais são
patentes quanto à cultura, economia e história, sendo, por um lado,
positivas no que tange à diversidade; e, de outra forma, possuem uma
face negativa, especialmente quando observados os bolsões de miséria
e abandono.
A realidade educacional não foge a este panorama, não só
regionalmente, como também nas diferentes camadas sociais. Enquanto
alguns possuem acesso à informação e educação de qualidade, muitos
ainda são analfabetos ou semianalfabetos, dificultando sua vida pessoal
e profissional.
Assim, canalizar as riquezas econômicas e culturais para
constituição de uma nação justa e democrática é um dos maiores
desafios brasileiros, inclusive de seu sistema educacional, nesta que
chamam a “era do conhecimento”.
Este desafio é particularmente difícil de superar, haja visto que
as políticas públicas para o setor, muitas vezes, não recebem os
recursos necessários e, não raramente, parte de suas verbas são
contingenciadas para pagamento de dívidas, ou, infelizmente, desviadas
para outros setores.
5.2.2 - Paraná: um estado em desenvolvimento
O Estado do Paraná integra a Região Sul do Brasil. Sua ocupação,
inicialmente, deu-se no Centro Leste, sendo as regiões Oeste, Sudoeste,
Norte e Noroeste de ocupação mais recente. A economia do Paraná,
originalmente extrativista, migrou para a agricultura e atualmente vive
um processo gradual de industrialização.
Assim como o Brasil, o Paraná revela grande diversidade cultural
e social. Alguns polos urbanos modernos contrastam com áreas ainda
baseadas quase exclusivamente na economia rural. Socialmente
também há um grande vácuo entre as classes menos favorecidas e as
elites. Políticas verticalizadas, partindo da capital, muitas vezes
impedem a organização e desenvolvimento de regiões menos
privilegiadas, assim como a concentração de recursos públicos nas
áreas mais representativas politicamente impedem um desenvolvimento
mais homogêneo da economia e de setores que beneficiam a qualidade
de vida, como a saúde e a educação.
Alguns fatores positivos, no entanto, potencializam as
perspectivas de melhorias, como as universidades estaduais presentes
nas diferentes regiões e a instituição da Universidade Tecnológica
Federal do Paraná. Um investimento maior na valorização do magistério
público estadual, a regularização da condição dos funcionários de
escolas e realização de concursos públicos também podem ser
apontados como iniciativas positivas nas melhorias do sistema
educacional estadual. Porém ainda há muito a ser feito, especialmente
no que tange à qualidade do ensino, já que o problema quantitativo vem
sendo superado.
5.2.3 - Santa Helena: um município com potencial pouco
explorado
Santa Helena, um município interiorano, economicamente
dependente da agropecuária e ainda pouco desenvolvido
industrialmente. Por consequência, os setores de comércio e serviços
vivem as oscilações sazonais que afetam a produção no setor primário.
Um diferencial, quanto ao aspecto financeiro, são os grandes
orçamentos públicos, resultantes dos royalties, provenientes do
ressarcimento do ICMS perdido em razão das terras alagadas pelo
reservatório da Hidroelétrica de Itaipu.
O grande orçamento municipal confere enorme importância ao
poder público, o qual possui potencial para intervir nas diversas áreas
sociais. Por um lado, há o aspecto positivo, pois é possível realizar
investimentos transformadores, porém há o aspecto negativo, na
medida em que o grande orçamento significa poder político utilizado
para a manutenção de poder, através de práticas como clientelismo e
assistencialismo.
Os gastos assistencialistas, os quais desmobilizam a iniciativa
individual e coletiva, são desserviços à comunidade, funcionando como
mecanismos de dependência e verticalização das práticas sociais e,
portanto, ruindo com a já frágil democracia que vive o município.
Quanto ao sistema educacional, percebe-se uma radical
diferença entre os anos/escolas de competência municipal e estadual.
Os orçamentos são díspares, porém não significam grande diferença
qualitativa. A contratação de professores e funcionários terceirizados
são uma das práticas, assim como a não realização de concursos
públicos para o magistério e demais funções e não eleição direta para
diretores.
As escolas estaduais estão localizadas na sede e em
comunidades interioranas. A Escola Estadual Graciliano Ramos é a única
que atende alunos de 6º a 9º ano do Ensino Fundamental na sede,
absorvendo alunos provenientes de cinco escolas municipais do 1º ao 5º
ano. A estrutura antiga e pequena tem gerado problemas na qualidade
de ensino, assim como exige que os alunos venham de todos os pontos
da cidade, colocando-os, inclusive, em risco no trânsito.
Por ser um município privilegiado quanto ao seu orçamento
público e por possuir uma infraestrutura relativamente desenvolvida,
Santa Helena poderia ser um município diferenciado e produzir
programas sociais e de industrialização modelo ao Paraná e Brasil. Um
maciço investimento na educação, desde as séries iniciais até a
universidade, poderia dar a Santa Helena as condições para a
construção de uma realidade democrática e justa. No entanto, é preciso
superar interesses particulares e envolver a comunidade num processo
participativo, para que os caminhos políticos sejam trilhados a partir das
reais necessidades e anseios populares.
5.2.4 - Realidade educacional de Santa Helena
Através da história, constata-se que a educação municipal de
Santa Helena, em seu processo administrativo, já teve vários inspetores
e chefes de departamento antes de ser instituída a Secretaria Municipal
de Educação, a qual foi constituída no ano de 1980, através da lei
283/80, quando foram criados cargos e funções, dentre os quais o cargo
de Secretário Municipal de Educação.
A educação municipal já esteve ligada aos municípios de
Medianeira, Foz do Iguaçu, Cascavel, Marechal Cândido Rondon; a partir
do mês fevereiro de 1974 a educação municipal passou a vincular-se ao
Núcleo Regional de Educação de Toledo.
No município, além da rede de escolas municipais de educação
infantil e ensino fundamental de primeiro a quinto ano, há, também,
seis Centros Municipais de Educação Infantil, que atendem crianças de
zero há quatro anos, aí permanecendo em período integral. Existe,
também, um colégio particular, o qual oferece desde educação infantil
até o ensino médio; uma escola de ensino especializado - APAE
(entidade filantrópica); dez estabelecimentos de ensino da rede
estadual, dentre eles cinco escolas estaduais de ensino fundamental e
quatro colégios estaduais de ensino fundamental e médio; também há
o CEEBJA, o qual atende ensino fundamental e médio.
A educação no município de Santa Helena conta com a ação do
Ministério Público e do Conselho Tutelar para efetivação do ECA -
Estatuto da Criança e do Adolescente.
O município também conta com o Departamento de Cultura, no
qual funciona a Escola de Artes e Ofícios, com aulas de balé, jazz, dança
contemporânea, pinturas em tecido, oficina de teatro, curso de língua
estrangeira, violão e teclado, entre outros.
Mantém-se a tradição da Festa Nacional do Costelão, Festa do
Padroeiro Santo Antônio, Festa do Colono e do Motorista, Carnaval e
atividades do Centro de Tradições Gaúchas - CTG. Também funciona no
município uma associação de artesãos, no qual são realizados trabalhos
artesanais diversos.
Realizam-se ainda, atividades diversas envolvendo os clubes de
mães e Damas, sendo elas artesanais, culinárias, sociais, entre outras.
Com o Clube dos Idosos são realizadas atividades esportivas, culturais e
recreativas, promovendo uma melhor interação e valorização destas
pessoas com a sociedade.
5.3 - Contexto Situacional, Realidade Escolar e Perfil do
Educando
A Escola atende atualmente aproximadamente 800 alunos,
divididos em três turnos de acordo com o ano que frequentam.
Destacam-se alguns problemas que interferem no processo de
ensino e aprendizagem, entre os mesmos pode-se destacar: grande
número de alunos trabalham no contraturno, ajudando seus pais nos
mais diversos afazeres; e outros que trabalham em atividades
autônomas, como engraxates, vendedores de picolé, cortadores de
grama, capinadores de lotes, babás, acompanhantes de idosos, etc. Há,
ainda, os que estudam a noite, trabalhando em período integral em
mercados, lanchonetes, oficinas mecânicas, industrias de confecção,
etc.
Um número considerável de alunos frequentam o CICCA (Centro
Integrado de Convivência da Criança e Adolescente), entidade mantida
pela municipalidade, em contraturno, onde desenvolvem atividades
esportivas, culturais e reforço escolar, melhorando sua autoestima.
Em pesquisa realizada no ano de 2009, entre os alunos, sobre a
importância dos estudos, 51% acreditam que os estudos servem para
ajudá-los no futuro, 34% buscam uma formação para encontrar um
emprego e 13% querem adquirir novos conhecimentos.
Quanto à pretensão em continuar estudando, 65% diz que
pretendem concluir uma faculdade, 13% enquanto puderem estudar,
3% até trabalhar e menos de 1% pretende fazer mestrado.
Oitenta e três por cento dos alunos responderam que estudam
por vontade própria, enquanto 10% se dizem obrigados pelos pais,
responsáveis ou Ministério Público. A taxa elevada de alunos que estão
na escola por gostarem dela e não como imposição é indicativo positivo
e demonstra que a escola é um local agradável aos educandos, os quais
sentem o desejo de aprender.
Perguntados sobre o que mais gostam na escola, 22%
responderam que gostam das aulas, 16% da quadra de esportes, 10%
gostam de tudo (colegas, professores e atividades) e 30% disseram
gostar mais do intervalo para o lanche e recreação; isto traz a reflexão
do quanto este momento é importante para os estudantes.
Questionados os alunos sobre quem realiza tarefas escolares,
65% responderam que realizam às vezes, 32% sempre fazem as tarefas
e somente 1,1% respondeu que nunca as realiza. A partir deste dado
percebemos que um número elevado de alunos se preocupa com as
atividades escolares, sendo aceitável o primeiro dado apresentado, pois
consideramos que, quando há real necessidade de envolvimento, o
aluno realiza suas tarefas.
Quanto ao acompanhamento nas tarefas em casa, 47%
responderam que não recebem ajuda de ninguém, 20% recebem ajuda
da mãe, 17% dos irmãos e 9% do pai. Percebemos que a maioria de
nossos alunos realizam suas tarefas sem auxílio de ninguém,
demonstrando um alto grau de independência.
Quando não estão na escola, 31% dos alunos assistem à
televisão, 15% praticam esportes, 12% estudam e outros 12% brincam.
O dado apresentado demonstra o alto índice de alunos que
permanecem diante da televisão, que infelizmente não é uma boa
influência para nossos adolescentes, especialmente por suprimir o
tempo de estudo em casa. Apresenta também um considerável número
de alunos que praticam atividades esportivas, importantes para sua
formação.
Um percentual de 71% dos alunos pratica atividades
extraescolares, como cursos de computação, treinamento esportivo,
cursos de violão, aulas de balé e dança, o que vem demonstrar a
necessidade da busca em aperfeiçoar talentos e preencher o tempo com
atividades que desenvolvam outras potencialidades.
Questionados se são cumpridores com todos os deveres
escolares, 60% responderam que sim, 28% responderam que às vezes e
11% que não. Consideramos o índice positivo, pois a grande maioria é
responsável, o que nos permite acreditar que estamos desenvolvendo
cidadãos conscientes e cumpridores de sues deveres.
Referente ao cuidado com o prédio escolar, 89% respondeu que
procura preservar a escola e apenas 11% não cuida do ambiente
escolar. Sabemos que este dado demonstra a importância que a escola
exerce na vida de nossos educandos; e, pelo número elevado
apresentado, a grande maioria valoriza a escola.
Oitenta e nove por cento dos alunos dizem respeitar os
professores e funcionários e 9% disseram que não respeitam, refletindo
a boa educação recebida pela maioria dos alunos, enquanto um número
reduzido demonstra rebeldia além do normal aceitável. Um número de
58% considera os professores como sendo bons, 19% dizem que são
ótimos e 23% não respondeu.
As aulas são consideradas boas por 56% dos alunos, enquanto
18% as consideram ótimas e 4% as consideram regulares.
As avaliações são consideradas difíceis para 27% dos alunos,
para 21% são fáceis, 13% regulares e os demais não responderam.
Quanto à participação nas atividades escolares, 76% dos alunos
diz que participam, 21% às vezes participa e 2% diz que pouco
participam.
Quanto à preferência pelas aulas, 20% diz que gostam mais das
aulas de Educação Física, 14% de Geografia , 12% de História; as
demais disciplinas obtiveram números inferiores de preferência.
As disciplinas em que encontram maior dificuldade são:
Matemática com 33%, Português com 23%, diminuindo o grau de
dificuldade nas demais. Estes índices podem ser comprovados pelo
número de alunos que apresentam baixo rendimento nestas disciplinas.
Perguntados sobre o que fazem para melhorar o seu
desempenho, 54% dos alunos responderam que estudam mais, 27%
dizem que prestam mais atenção e 3% pede ajuda aos colegas.
Demonstram com isso sua preocupação com a aprendizagem e revelam
as várias saídas encontradas para resolver as dificuldades.
Quanto a merenda escolar preferida, os gostos apresentaram-se
bem variados, revelando índices equilibrados, apontando 16% para
cachorro-quente, 11% macarronada e 8% biscoito. Percebe-se a
preferência por alimentos com alto grau de calorias, típico do paladar da
maioria dos adolescentes e que precisa ser melhorada através da oferta
de alimentos saudáveis, a fim de tornar habitual entre os adolescentes.
Dos estudantes, apenas 22% utilizam o transporte escolar,
enquanto 78% vêm para a escola de bicicleta ou a pé, demonstrando
que a maioria dos alunos mora próximo à escola.
Através da análise do perfil da classe estudantil dessa escola,
percebe-se que a missão da Escola Estadual Graciliano Ramos é
grandiosa, visto que os educandos são crianças e adolescentes em
formação e precisam de acompanhamento para desenvolver hábitos
saudáveis, tornando-se cidadãos honrosos.
5.4 – Características da comunidade escolar
A Escola Estadual Graciliano Ramos – Ensino Fundamental – Anos
Finais é a única escola pública da sede do município, portanto as
informações contidas em sua comunidade revelam a comunidade local.
Com base nos dados compilados no cadastro dos alunos deste
estabelecimento, constata-se que a sociedade da sede do município de
Santa Helena é formada por uma parcela significativa de pessoas com
baixa renda e pouca escolarização, mas com características específicas,
conforme gráficos abaixo;
Nota-se que a cor/raça predominante é a cor branca com
60% , seguida da parda com 38,3 % e preta apenas 0,7%, indígena 0%
e não declararam 1%.
Declararam-se como responsáveis pelos educandos: as mães 67,5%,
pais 15,5%, padrastos e madrastas 4,6%, tios 2,2%, avós 6,0%, irmãos
2,8%, vizinhos 0,6%; primos(as) 0,3% e não declararam 0,5%;
Famílias que possuem telefone: celular 71,1%; fixo 11,3%; possui os dois
13% e não possui 4,5%;
Educandos que utilizam transporte escolar é 24% e não precisam 76%;
São residentes na zona urbana 92% e na zona rural 8%;
As famílias que moram em casa própria são 51%, casa alugada
33,5%, casa cedida 9,5% e não declararam 6%;
De toda a comunidade escolar 27,5% participam do Bolsa Família
e 72,5% não participam;
A renda mensal familiar declarada por ocasião da matrícula revela:
não possui renda 4,5%; até 1 salário 30%; de 1 a 3 salários 47%; de 3 a
5 salários 11%; mais de 5 salários 1,7% e não declararam 5,8%;
Quanto à escolarização dos pais obteve-se o seguinte resultado: são
analfabetos 4,2% de mães e 3% de pais, Ensino Fundamental
Incompleto 44,7% de mães e 43,7% de pais, Ensino Fundamental
completo 8,7% de mães e 7,6% de pais, Ensino Médio Incompleto 9,4%
de mães e 4,5% de pais, Ensino Médio completo 16,3% de mães e
14,3% de pais, Ensino Superior incompleto 1,7% de mães e 0,6% de
pais e Ensino Superior completo 4,3% de mães e 4,3% de pais, Pós-
graduados 2,2% de mães e 1% de pais e não declararam 8,5% de mães
e 21% de pais;
Educandos com Necessidades especiais: surdez leve 0,1%; surdez
severa 0,1%, baixa visão 1,1%, mental 0,1%, condutas típicas 0,8% e
física motora 0,2%
Observação: Dados extraídos dos cadastros dos educandos
atualizados por ocasião das matrículas efetivadas no início do ano
letivo de 2011.
5.5 – Quadro de pessoal
A Escola Estadual Graciliano Ramos conta com a carga horária de
40 horas semanais para direção e 20 horas semanais para direção
auxiliar, pois funciona nos três períodos e possui aproximadamente 800
alunos.
Há demanda de 100 horas para professores pedagogos,
distribuídas em 40 horas matutino, 40 horas vespertino e 20 horas
noturno.
Para ministrar as diferentes disciplinas do Ensino Fundamental
(6º ao 9º) nas turmas distribuídas em 3 períodos, a escola possui 52
professores habilitados nas respectivas áreas de atuação, sendo a
maioria especialistas em educação.
Na equipe de Agentes Educacionais II, a escola conta com 7 (sete)
funcionários responsáveis pela documentação da mesma, Laboratório
de Informática e Biblioteca, distribuídos nos 3 (três) períodos.
A escola conta com o auxílio de 8 Agentes Educacionais I, sendo
duas merendeiras e seis auxiliares nos serviços de apoio, responsáveis
pela limpeza do ambiente escolar e pela organização dos mesmos.
5.6 - Organização do espaço físico
O espaço físico no qual atendemos os alunos, apresenta-se em
mal estado de conservação, construções antigas e inadequadas para o
número de alunos, com algumas salas de aulas de tamanho pequeno, e
muitas reformas a serem realizadas, como pintura, portas e janelas,
banheiros, telhado, entre outros. Temos laboratório de informática,
secretaria, sala de direção, coordenação, professores, cozinha,
biblioteca, refeitório, entre outros, conforme pode ser observado na
planta baixa e relatório a seguir:
5.6.1 - Espaço Físico Disponível
12 salas de aula;
03 banheiros masculinos;
03 banheiros femininos;
01 sala de Professores;
01 sala de estar e lanche dos professores;
01 biblioteca;
01 secretaria;
01 cozinha;
01 refeitório;
01 quadra de esporte externa sem cobertura;
01 mini ginásio de esporte coberto, com banheiros;
02 saguões;
01 cantina;
01 sala para Almoxarifado;
01 sala de direção;
01 sala de CELEM;
01 sala de apoio;
01 sala de recursos;
01 sala de laboratório de informática;
01 sala de Equipe Pedagógica;
01 banheiro masculino para professores/funcionários;
01 banheiro feminino para professoras/funcionárias;
01 lavanderia com banheiro;
01 depósito de merenda.
5.7 – Constituição das Turmas
Este estabelecimento de ensino atende 28 turmas de alunos,
distribuídos em três períodos, de acordo com o quadro a seguir.
30
ANO TURMA TURNO
6º A, B, C matutino
7º A, B, C matutino
8º A, B, C matutino
9º A, B, C matutino
6º D, E, F, G vespertino
7º D, E, F vespertino
8º D, E, F vespertino
9º D, E vespertino
6º H noturno
7º G noturno
8º G noturno
9º F noturno
5.8 . Horário de entrada e saída das aulas nos diferentes
períodos
Turno Matutino:
Horário de entrada: 07h25
Horário de saída: 11h40
1ª
aula
2ª aula Intervalo 3ª aula 4ª aula 5ª aula
7h25 8h15 9h05 9h20 10h10 10h55Turno Vespertino:
Horário de entrada: 13h15
Horário de saída: 17h30
1ª aula 2ª aula 3ª aula Intervalo 4ª aula 5ª aula13h15 14h05 14h55 15h45 16h00 16h45
Turno Noturno:
Horário de entrada: 19h
Horário de saída: 23h
1ª aula 2ª aula Intervalo 3ª aula 4ª aula 5ª aula19h 19h45 20h30 21h15 21h30 22h15
31
5.9 - Matriz Curricular
A matriz curricular da Escola Estadual Graciliano Ramos foi
atualizada em setembro de 2011. A partir de então ficou assim
constituída:
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DIURNO
NRE: 27 - TOLEDO MUNICÍPIO: 2371 – SANTA HELENAESTABELECIMENTO: 00395 – E. ESTADUAL GRACILIANO RAMOS – E. FUND.ENDEREÇO: RUA MINAS GERAIS, 1251, CENTROTELEFONE:(45) 3268 2728ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ano
TURNO: MANHÃ e TARDE MÓDULO: 40 SEMANASANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º
Arte 2 2 2 2Ciências 3 3 3 4
Educação Física 3 3 3 3Ensino Religioso * 1 1 - -Geografia 3 3 3 3História 3 3 4 3Língua Portuguesa 4 4 4 4
Matemática 4 4 4 4
Subtotal 23 23 23 23
PARTE DIVERSIFI-
CADA
L.E.M. – Inglês 2 2 2 2 Subtotal 2 2 2 2
Total Geral 25 25 25 25 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.
Santa Helena, 26 de Agosto de 2011.
VILMAR DE SOUZADiretor
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL NOTURNO
32
NRE: 27 - TOLEDO MUNICÍPIO: 2371 – SANTA HELENAESTABELECIMENTO: 00395 – E. ESTADUAL GRACILIANO RAMOS – E. FUND.ENDEREÇO: RUA MINAS GERAIS, 1251, CENTROTELEFONE:(45) 3268 2728ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ano
TURNO: NOITE MÓDULO: 40 SEMANASANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º
Arte 2 2 2 2Ciências 3 3 3 4Educação Física 3 3 3 3Ensino Religioso * 1 1 - -Geografia 3 3 3 3História 4 4 4 3Língua Portuguesa 4 4 4 4Matemática 4 4 4 4
Subtota 24 24 23 23PARTE
DIVERSIFI-CADA
L.E.M. – Inglês 2 2 2 2
Subtotal 2 2 2 2 Total Geral 26 26 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa.
5.10 - Formação de turmas e organização do tempo e espaço
escolar
As turmas são organizadas após a matrícula, que é realizada de
maneira democrática, por ordem de chegada dos pais ou responsáveis
que a realizam, os quais tem o turno garantido de acordo com a
matrícula do ano letivo anterior. No caso de desejarem estudar em outro
turno, aguardam a organização das turmas em uma lista de espera, até
que sejam analisados os pedidos e realizadas as trocas solicitadas,
sempre que possível. Sendo a turma ordenada do 1 (um) ao 30 (trinta)
nas 5ª séries e do 1 (um) ao 40 (quarenta) nas demais séries do Ensino
Fundamental.
33
5.11 Organograma
5.12 - Condições de atendimento a alunos com necessidades
educacionais especiais, projetos/atividades desenvolvidas em
contraturno.
5.12.1 - Sala de recursos
A sala de recursos busca atender a todos os educandos com
necessidades educacionais especiais (Transtornos Funcionais
Específicos, dificuldade de aprendizagem e ou deficiências) que afetam
o relacionamento no processo de aprendizagem, a escola encaminha
esses alunos para a Sala de Recursos, onde, sob a orientação da
34
professora especializada na área e a equipe pedagógica, é feito a
avaliação no contexto escolar, onde permitirá o diagnóstico de uma
necessidade educativa que afeta o aprendizado do aluno, oportunizando
um atendimento individualizado.
Esses alunos são atendidos dentro de suas especificidades, onde
sob a orientação de professor(a) especialista em Educação Especial, é
realizado um trabalho especifico.
O atendimento ocorre de forma diferenciada, em pequenos
grupos, ou muitas vezes, individualizado, com cronograma elaborado
em horário contraturno para ser possível o trabalho com as dificuldades
específicas de cada educando.
5.12.2 – Acessibilidade
Com a matrícula de alunos com necessidades especiais de cunho
físico e motor, foram realizadas diversas adequações na estrutura física
da escola, construindo rampas de acessibilidade, banheiros adaptados,
portas maiores, entre outros. Porém ainda não é o ideal, sabe-se da
necessidade de mais condições e adequações para esses alunos, que
serão realizadas assim que for possível.
VI - FUNDAMENTAÇÃO
6.1 - Concepção de Sociedade
Quando se questiona o sentido da escola, sua função social e a
natureza do trabalho educativo, enquanto docentes, é preciso entender
a sociedade em que estamos inseridos.
Para Severino 1998, a sociedade é um agrupamento, tecido por
uma série de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada
pelas experiências individuais do homem, havendo uma
35
interdependência de todas as formas de vida humana, desenvolvendo
relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e
produzindo bens, garantindo a base econômica e o jeito específico do
homem realizar sua humanidade sendo que:
"A sociedade configura todas as experiências individuais do
homem, transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos
adquiridos no passado do grupo e recolhe a contribuição que o poder de
cada indivíduo engendra e oferece a sua comunidade. Nesse sentido, a
sociedade cria o homem para si". (Pinto, 1994).
A sociedade é a mediadora do saber e da educação presente no
trabalho concreto dos homens, que criam novas possibilidades de
cultura e do agir social a partir das contradições sugeridas pelo processo
de transformação da base econômica.
Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como
funciona a sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário
compreender as leis que regem o desenvolvimento da sociedade.
Atílio Boron (1986) questiona que tipo de sociedade deixa como
legado a hegemonia ideológica? Uma sociedade heterogênea e
fragmentada, marcada por profundas desigualdades de todo tipo:
classe, etnia, gênero, religião, etc. - que foram exacerbadas com a
aplicação das políticas neoliberais.
Inês B. de Oliveira diz que uma sociedade democrática não é,
portanto, somente aquela na qual os governantes são eleitos pelo voto.
A democracia pressupõe uma possibilidade de participação do conjunto
dos membros da sociedade em todos os processos decisórios que dizem
respeito à sua vida.
6.2 - Concepção de Homem
Nesta sociedade está o homem, ser natural e social, que age na
natureza transformando-a segundo suas necessidades para além dela.
36
Nesse processo de transformação, o homem envolve múltiplas relações
em determinado momento histórico, assim como acumula experiências
e em decorrência produz conhecimento. Através de sua ação intencional
e planejada, mediada pelo trabalho, produz bens materiais e não
materiais que são apropriados de diferentes formas pelo próprio
homem, conforme Saviani (1992).
Vê-se então que "o homem necessita produzir continuamente sua
própria existência. Para tanto, em lugar de se adaptar a natureza e tem
que adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la pelo próprio trabalho".
O homem, como sujeito de sua história, segundo Santoro "... é
aquele que na sua convivência coletiva compreende suas condições
existenciais, transcende-a e a reorganiza, superando a condição de
objeto, caminha na direção da emancipação participante da história
coletiva". Partindo desse pressuposto o homem constitui-se num ser
histórico.
6.3 - Concepção de Conhecimento
O conhecimento é produzido nas relações sociais e através dele é
que se busca explicitar as relações entre os homens e a natureza.
Conforme Veiga, (1995) o conhecimento envolve as concepções
de homem, de mundo e das condições sociais que o geram e assim
mudam a forma dele interferir na realidade. Essa interferência traz
consequências para a escola, cabendo a ela garantir a socialização do
conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações.
O conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos e
generalizações, sendo, portanto, objeto de trabalho do professor. Para
Boff (2000), "conhecer implica, pois, fazer uma experiência e a partir
dela ganhar a consciência e capacidade de conceitualização. O ato de
conhecer representa caminho privilegiado para a compreensão da
realidade, a realidade somente se transforma se houver a conversão do
37
conhecimento em ação".
6.4 - Concepção de Cultura
A cultura resulta de toda produção humana, segundo Saviani
(1992), “para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e
intencionalmente, os meios de sua subsistência”. Ao fazer disso seu
processo de transformação da natureza, cria um mundo humano (o
mundo da cultura).
Assim, todo conhecimento, na medida em que se constitui num
sistema de significação, é cultural. Portanto ao mesmo tempo em que se
tornam visíveis manifestações e expressões culturais de grupos
dominados, observa-se o predomínio de formas culturais produzidas e
vinculadas pelos meios de comunicação de massa, nas quais aparecem
de forma destacada as produções culturais em sua dimensão material e
não material.
6.5 - Concepção de Currículo e Educação
Neste momento surge à organização curricular, por sua natureza
e especificidade, precisa contemplar várias dimensões da ação humana,
entre elas a concepção de cultura. Na escola e sua prática há a
necessidade de trabalhar as culturas populares de forma a levá-los a
produção de uma cultura erudita, como afirma Saviani (1994), "a
mediação da escola, instituição especializada para operar a passagem
do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular a curto
e dito, só no papel político fundamental”.
Ao respeitar a diversidade cultural e valorizar a cultura popular e
erudita, a escola deve aproveitar essa diversidade para fazer dela um
espaço motivador, aberto e democrático.
Na atual conjuntura nacional e estadual faz-se necessário
38
evidenciar, nesta cultura popular e erudita, os temas que contemplem
os desafios educacionais contemporâneos como: Educação do Campo,
Educação Ambiental, História e Cultura Afro, Educação Indígena, História
do Paraná, Gênero, entre outros.
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos
homens, situando-os dentro da história. Ela não muda o mundo, mas o
mundo pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas suas
relações de trabalho.
Segundo Pinto (1994), a educação é um processo histórico, de
criação do homem para a sociedade e, simultaneamente, de
modificação da sociedade para benefício do homem. É processo pela
sua dimensão histórica, representa o ser humano no mundo; é um fato
existencial; é um fato social, pelas relações que movem a sociedade; é
intencional, porque pretende formar o humano em um libertador,
porque, segundo Boff (2000), se faz necessário desenvolver uma
educação que nos abra para uma democracia integral.
Desta forma, a educação visa atingir três objetivos: a apropriação
dos instrumentos adequados para pensar a sua prática individual e
social e orientar sua vida; a apropriação do conhecimento científico,
político, cultural acumulado pela comunidade ao longo da história, a fim
de satisfazer suas necessidades; e a apropriação dos instrumentos de
avaliação crítica do conhecimento acumulado.
Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a
educação tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento
daquele que dela necessita, para constituir-se e transformar a
sociedade.
Cabe à sociedade organizada, através de suas instâncias
administrativas, como MEC, SEED, SMED e Escolas, sistematizar o
conhecimento acumulado ao longo do processo histórico, através dos
currículos escolares e propostas pedagógicas, que servem de
fundamentação básica, norteando a prática educativa do professor no
39
dia-a-dia, em sala de aula, levando o educando a refletir sobre a sua
cidadania e capacidade de transformação da sociedade vigente.
É na escola que acontece a transmissão dos saberes
historicamente acumulados, e dos saberes que regem e intermedeiam
as relações sociais. A escola não é neutra, é um espaço onde a classe
hegemônica procura manter o 'status quo' através de políticas
desenvolvidas pelo sistema econômico mundial e, a escola pública,
procura superar esse paradigma, revelando-se como uma possibilidade
de articular novas relações para os sujeitos que dela fazem parte. Dessa
forma, é almejada uma escola que exerça seu papel na construção da
democracia social e política, com novas relações internas e externas,
uma vez que se articula com plano macro e micro de sua realidade, ou
seja, uma escola em sua totalidade e materialidade, onde currículo não
atenda interesses de terceiros, e sim da comunidade escolar.
A escola pública deve assegurar para o educando um espaço
físico de boa qualidade e adequado para atender todos os alunos,
professores formados e habilitados, livros didáticos, merenda escolar,
bem como o acesso às informações necessárias para uma boa educação
escolar.
6.6 – Educação Inclusiva
Segundo a Declaração de Salamanca sobre princípios, políticas e
práticas em Educação Especial, toda criança tem direito fundamental à
educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível
adequado de aprendizagem, toda criança possui características,
interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são
únicas; sistemas educacionais deveriam ser designados e programas
educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em
conta a vasta diversidade de tais características e necessidades;
aquelas com necessidades especiais devem ter acesso à escola regular,
40
que deveria acomodá-los dentro de uma pedagogia centrada na criança,
capaz de satisfazer a tais necessidades; escolas regulares que possuem
tais orientações inclusivas constituem os meios mais eficazes de
combater atitudes discriminatórias criando-se uma comunidade
acolhedora, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando
educação para todos; além disso, tais escolas provêm uma educação
efetiva à maioria das crianças e aprimora a eficiência, e em última
instancia, o custo da eficácia de todo o sistema educacional.
Entende-se por inclusão a participação de todos pelo todo, com
todos. Não é uma teoria da moda, mas uma atitude de vida, uma
expressão de sociedade e cidadania, é algo que se vive, intensa e
conscientemente, contínua e tenazmente, concreta e francamente, para
fazer acontecer uma elevação da dignidade de todos os sujeitos, seres
humanos. (Martins, 2006, página 34)
6.7 – Desafios Educacionais Contemporâneos
Desafios Educacionais Contemporâneos são demandas que
possuem uma historicidade, por vezes fruto das contradições da
sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos
movimentos sociais e, por isso, prementes na sociedade
contemporânea. São de relevância para a comunidade escolar, pois
estão presentes nas experiências, práticas, representações e
identidades de educandos e educadores.
A abordagem pedagógica desses assuntos, a partir dos
conteúdos escolares e da apropriação dos conhecimentos
sistematizados, visa propiciar o resgate da função social da escola.
6.7.1 – Educação Ambiental
41
Visa implementar a Lei 9.795/99 e promover o desenvolvimento
da Educação Ambiental em um processo permanente de formação e de
busca de informação voltada para a conservação do equilíbrio
ambiental, para a qualidade de vida e para a compreensão das relações
entre o ser humano e o meio bio-físico, bem como para os problemas
relacionados a estes fatores. Esta mesma lei regulamenta os artigos 205
e 225 da Constituição Federal e subsidia os educadores para que, a
partir de uma compreensão crítica e histórica das questões relacionadas
ao meio ambiente, possam por meio do tratamento pedagógico e
orientados pelas Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação
Básica do Estado do Paraná, promover a Educação ambiental de
maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem com
enfoque humanista, holístico, democrático e participativo.
6.7.2 - Enfrentamento à Violência
Visa ampliar a compreensão e formar uma consciência crítica
sobre a violência e, assim, transformar a escola em espaço onde o
conhecimento toma o lugar da força. O Enfrentamento à Violência na
Escola requer formação continuada dos profissionais da educação sobre
as causas da violência e suas manifestações, bem como a produção de
material de apoio didático pedagógico. Para isso, estão sendo
construídos cadernos temáticos, ofertados grupos de estudos aos
educadores, oficinas à comunidade escolar e aplicadas pesquisas nas
escolas. Ainda com vistas a construir suportes que viabilizem o
Enfrentamento à Violência nas Escolas, a SEED tem buscado parceria
com outras instituições e participado da construção do Plano Estadual
de Enfrentamento à Violência.
42
6.7.3 - Prevenção ao uso indevido de drogas
A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho
desafiador, que requer tratamento adequado e cuidadoso,
fundamentado em resultados de pesquisa, desprovido de valores e
crenças pessoais, de acordo com o art. 18 e 19 da Lei 11343/2006.
Por meio da busca do conhecimento, educadores e educandos
são instigados a conhecer a legislação que reporta direta ou
indiretamente a esse desafio educacional contemporâneo, bem como a
debater assuntos presentes em nosso cotidiano como: drogadição,
vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de drogas,
narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros.
6.7.4 – Sexualidade
A Sexualidade, entendida como uma construção social, histórica
e cultural, precisa ser discutida na escola - espaço privilegiado para o
tratamento pedagógico desse desafio educacional contemporâneo. O
trabalho educativo com a Sexualidade insere-se nas diversas disciplinas
do currículo por meio dos conteúdos elencados nas Diretrizes
Curriculares Estaduais da Educação Básica. Essa perspectiva considera
os referenciais de classe, raça/etnia, gênero e diversidade sexual. O
desafio é subsidiar teórico metodologicamente os professores e as
professoras da rede estadual, por meio da formação continuada e da
produção de materiais de apoio pedagógico.
6.7.5 - Educação Fiscal
A Educação Fiscal objetiva o fortalecimento e entendimento do
pleno exercício da cidadania, promovendo o intercâmbio de
experiências, para que ocorra o fortalecimento da participação dos
43
municípios na execução do Programa Nacional de Educação Fiscal –
PNEF, de forma ética e democrática, contribuindo para o pleno exercício
da cidadania, com vistas à justiça social e ao bem comum.
6.7.6 – História e Cultura Afro-brasileira e Africana
Busca promover o reconhecimento da identidade, da história e
da cultura da população paranaense, assegurando a igualdade e
valorização das raízes africanas ao lado das indígenas, europeias e
asiáticas a partir do ensino interdisciplinar da História e Cultura Afro-
Brasileira, Africana e Indígena e tem por objetivos desenvolver ações de
formação continuada para os/as educadores/as, produzir material
didático pedagógico para subsidiar a comunidade escolar, bem como
promover o diálogo permanente com as Secretarias Estaduais e
Municipais, grupos e entidades representativas dessas discussões.
6.7.7 – Programa de Prontidão Escolar Preventiva
O programa de Prontidão Escolar Preventiva – PEP - se estabelece
nas escolas públicas do Paraná com o intuito de criar procedimentos
padrão de proteção aos educadores e educandos, através de atividades
preventivas de treinamento continuado, envolvendo toda a comunidade
escolar, e, em especial, os alunos e professores, em sala de aula.
Referenciado pela Instrução nº 02-2010, o PEP orienta sobre como
proceder em casos que ameacem a integridade física de quaisquer
componentes do coletivo escolar, de forma a garantir ações corretas e
sincronizadas.
6.8 - Avaliação
Para a concretização do processo de ensino e aprendizagem, é
44
preciso realizar a verificação periódica, tanto da aprendizagem do
educando, quanto das metodologias do ensino, como, ainda, do
funcionamento do sistema, com o objetivo de constatar a qualidade do
processo; desta forma a escola acompanha o andamento das ações
pedagógicas, através de reuniões de estudo e análise, reflexões, cursos
e outros momentos que possibilitem avaliar a caminhada dentro do
período e dar condições, ao professor, de tomar decisões quanto ao
aperfeiçoamento das situações de aprendizagem, possibilitando novas
alternativas para o planejamento do sistema de ensino.
Essa escola entende a avaliação como sendo um processo
contínuo, processual e participativo. O estudante é avaliado pelo
desempenho geral e globalizado, mas acompanhado no processo, em
seu ritmo participativo e produtivo, visto que a avaliação decorre da
forma pela qual o ser humano apreende a realidade e como age sobre
ela.
Um dos aspectos mais importantes, tanto do ponto de vista da
forma, como do conteúdo, é redimensionar o uso da avaliação quando
esta não obtém resultados satisfatórios. Avaliar o educando em
diferentes oportunidades e diversificar as formas de avaliação possibilita
um resultado mais satisfatório do processo de ensino e aprendizagem.
6.9 – Gestão Escolar
O foco da Gestão Escolar é a organização do trabalho
pedagógico, a ação do diretor e o papel do pedagogo na escola, para
efetivação da organização escolar, dentro de uma perspectiva
democrática na rede pública do Paraná.
Entendemos que o objetivo da Gestão Escolar é valorizar os
princípios de uma escola pública, de qualidade e democrática.
A gestão democrática da educação é, hoje, um valor já
consagrado no Brasil e no mundo, embora ainda não totalmente
45
compreendido e incorporado à prática social global e à prática
educacional brasileira e mundial. É indubitável sua necessidade para a
construção de uma sociedade mais justa, humana e igualitária. É
indubitável sua importância como fonte de humanização (Ferreira, 2000,
p.167).
6.10 – Conceito de Cidadania
Sobre cidadania o dicionário de língua portuguesa Larousse
afirma ser “qualidade de cidadão”, “qualidade de uma pessoa que
possui, em uma determinada comunidade, política, o conjunto de
direitos civís e políticos”.
GENTILI e ALENCAR (2001, p. 87) afirmam que “a cidadania deve
ser pensada como um conjunto de valores e práticas cujo exercício não
somente se fundamenta no reconhecimento formal dos direitos e
deveres que a constituem na vida cotidiana dos indivíduos”. Ou seja,
não basta que se defina um conceito formalmente. Mais importante que
isso é a prática dessa definição.
Cidadania significa, além do reconhecimento dos direitos e
deveres dos cidadãos, o cumprimento dos mesmos por parte da
sociedade. Por outro lado, tanto o reconhecimento quanto o
cumprimento destes direitos e deveres, não devem se restringir à esfera
política, isto é, ao direito e ao dever de votar e ser votado. Um outro
aspecto importante é que a cidadania tem na igualdade uma condição
de existência. Igualdade de direitos, de deveres, de oportunidades.
Igualdade, enfim, de participação social e política.
6.11 – Conceito de Alfabetização e Letramento
A alfabetização é um processo dentro do letramento, e, segundo
46
Magda Soares, é a ação de ensinar/aprender a ler e a escrever.
A criança, mesmo não alfabetizada, já pode ser inserida em um
processo de letramento. Pois, ela faz a leitura incidental de rótulos,
imagens, gestos, emoções. O contato com o mundo letrado é muito
antes das letras e vai além delas.
Em meados dos anos 80, Magda Soares, ainda sob influência dos
métodos tradicionais, classificou e enumerou três tipos de conceitos
para alfabetização. O primeiro se refere à alfabetização como processo
de representação de fonemas em grafemas e vice-versa. E portanto,
estaria alfabetizado que pudesse reconhecer o alfabeto, ler silabas ou
palavras isoladas.
O segundo diz que alfabetização seria o processo de
expressão/compreensão de significados. Por isso somente seria
considerado alfabetizado quem pudesse compreender o que escrevia e
pudesse interpretar o seu significado.
Já em sua terceira concepção acreditava que a alfabetização
dependia de características culturais, econômicas e tecnológicas. Ou
seja, para um lavrador, a alfabetização teria fins e objetivos bem
diferentes do que para um operário da região urbana.
A partir das ideias de Soares, pode-se concluir que a palavra
letramento surgiu devido às transformações sociais em curso e isso
acarreta novas perspectivas, em novas concepções. Assim, como
modificou o significado de alfabetizado, modificou-se a concepção do
analfabeto, percebendo-se, dessa forma, que o letramento ultrapassa a
questão do ato de ler e de escrever, diz respeito, na verdade, ao uso
que se faz da leitura e da escrita socialmente.
O termo letramento surgiu porque apareceu um fato novo para o
qual precisávamos de um nome, um fenômeno que não existia antes.
Fomos buscar a palavra letramento na palavra inglesa literacy que
significa condição de ser letrado. Essa palavra é do mesmo campo
semântico que a palavra inglesa literate, que significa pessoa que
47
domina a leitura e a escrita. Pessoa letrada é aquela que aprende a ler e
a escrever e que passa a fazer uso da leitura e da escrita, a envolver- se
em práticas sociais de leitura e de escrita, ou seja, que faz uso
frequente e competente da leitura e da escrita. A pessoa letrada passa a
ter uma outra condição social e cultural, muda o seu lugar social, seu
modo de viver, sua inserção na cultura e consequentemente uma forma
de pensar diferente. Tornar-se letrado traz consequências linguísticas e
cognitivas.
Letramento é o resultado da ação de ensinar e aprender as
práticas sociais de leitura e de escrita. É o estado ou a condição que
adquire um grupo social, ou um indivíduo, como consequência de ter se
apropriado da escrita e de suas práticas sociais. Apropriar-se da escrita
é torná-la própria, ou seja, assumi-la como propriedade. Um indivíduo
alfabetizado, não é necessariamente um indivíduo letrado, pois ser
letrado implica em usar socialmente a leitura e a escritura e responder
às demandas sociais de leitura e de escrita.
6.12 – Conceito de Infância e de Adolescência
De acordo com o art. 2ª do Estatuto da Criança e do
Adolescente, “Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa
até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e
dezoito anos de idade.”
A maneira como a infância é vista atualmente é mostrado no
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (Brasília, 1998),
que vem afirmar que “as crianças possuem uma natureza singular, que
as caracterizam como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito
muito próprio”. Sendo assim, durante o processo de construção do
conhecimento, “as crianças se utilizam das mais diferentes linguagens e
exercem a capacidade que possuem de terem ideias e hipóteses
originais sobre aquilo que procuram desvendar”. Este conhecimento
48
constituído pelas crianças “é fruto de um intenso trabalho de criação,
significação e ressignificação”.
A partir do momento em que alcançou – se uma consciência sobre
a importância das experiências da primeira infância1, foram criadas
várias políticas e programas que visassem promover e ampliar as
condições necessárias para o exercício da cidadania das crianças, que
por sua vez, passaram a ocupar lugar de destaque na sociedade.
No Brasil temos, atualmente, a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional no 9394, que ressaltou a importância da educação
infantil tornando-se a primeira etapa da educação básica .
O conceito de adolescência é um verbete que foi construído
durante vários anos para designar a passagem de uma fase da vida que
é a infância para uma outra que ainda não é considerada adulta, mas
também não é mais criança, pois é um período da vida do ser humano
onde se vai descobrindo a si mesmo e aos outros, construindo sua
personalidade e o seus projetos de vida pessoal.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência é um
período da vida, que começa aos 10 e vai até os 19 anos, e segundo o
Estatuto da Criança e do Adolescente começa aos 12 e vai até os 18
anos, onde acontecem diversas mudanças físicas, psicológicas e
comportamentais
A puberdade tem um aspecto biológico e universal, caracterizada
que é pelas modificações visíveis. Estas mudanças físicas costumam
caracterizar a puberdade, que neste caso seria um ato biológico ou da
natureza.
Há um processo contínuo de desenvolvimento do aparelho
psíquico entre as várias fases da vida da criança e do adolescente. A
adolescência vai se caracterizar pelo afastamento do seio familiar e
consequente imersão no mundo adulto. Nessa fase, a pessoa se deixa
influenciar pelo ambiente de maneira muito mais abrangente que antes,
onde seu universo era a própria família.
49
À medida que os vínculos sociais vão se estabelecendo, um
conjunto de características vai sendo valorizado, desde características
necessárias para ser aceito pelo grupo, até características necessárias
para expressar um estilo que agrada a si próprio e ao outro.
6.13 - Conceito de Ensino e de Aprendizagem
A aprendizagem esta presente em qualquer atividade humana em
que possamos aprender algo. A aprendizagem pode ocorrer de duas
formas: casual, quando for espontânea ou organizada quando for
aprender um conhecimento específico.
LIBANEO define a aprendizagem escolar como um processo de
assimilação de determinados conhecimentos e modos de ação física e
mental. Isto significa que podemos aprender conhecimentos
sistematizados, hábitos, atitudes e valores. Neste sentido, temos o
processo de assimilação ativa que oferece uma percepção,
compreensão, reflexão e aplicação que se desenvolve com os meios
intelectuais, motivacionais e atitudes do próprio aluno, sob a direção e
orientação do professor. Podemos ainda dizer que existem dois níveis de
aprendizagem humana: o reflexo e o cognitivo. Isto determina uma
interligação nos momentos da assimilação ativa, implicando nas
atividades mental e práticas.
O autor cita a aprendizagem escolar como uma atividade
planejada, intencional e dirigida, não sendo em hipótese alguma casual
ou espontânea. Com isto, pode pensar que o conhecimento se baseia
em dados da realidade. O processo de ensino consiste ao mesmo tempo
na condução do estudo e na autoatividade do aluno e é necessário uma
unidade entre ensino e a aprendizagem, afinal o processo de ensino
deve estabelecer apenas exigências e expectativas que os alunos
possam cumprir para poder realmente envolve-los neste processo e
mobilizar as suas energias.
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O processo de ensino realizado no trabalho docente deve ser
articulado, formado pelos objetivos, conteúdos, métodos e condições,
sendo, como sempre, o professor o responsável por esta condução.
De acordo com a UNESCO(2005), o ensino é uma maneira das
pessoas progredirem intelectualmente e diminuir as desigualdades
sociais,pois forma cidadãos críticos e não mais passivos no mundo que
os cerca, propiciando oportunidades de discutir,compreender, resolver e
respeitar pontos de vista opostos aos seus, melhorando a qualidade de
vida.
6.14 – Conceito de Trabalho
A palavra deriva do latim "tripaliare", que significa torturar; daí a
passou a ideia de sofrer, ou esforçar-se e, finalmente, de trabalhar ou
agir. O trabalho, em sentido econômico, é toda a atividade desenvolvida
pelo homem sobre uma matéria prima, geralmente com a ajuda de
instrumentos, com a finalidade de produzir bens e serviços.
O termo trabalho se refere a uma atividade própria do
homem. Também outros seres atuam dirigindo suas energias
coordenadamente e com uma finalidade determinada. Entretanto, o
trabalho propriamente dito, entendido como um processo entre a
natureza e o homem, é exclusivamente humano.
A sobrevivência do ser humano depende de meios de vida
obtidos mediante o trabalho ou algum tipo de ação sobre os recursos
naturais, sobre o meio em que vivemos. Nesse intercâmbio com a
natureza, o ser humano produz os bens de que necessita para viver,
aperfeiçoa a si mesmo, gera conhecimentos, padrões culturais,
relaciona-se com os demais e constitui a vida social.
De acordo com FRANCO (1992,p. 105): “A produção da
existência humana e a aquisição da consciência se dão pelo trabalho,
pela ação sobre a natureza”. O trabalho, neste sentido não é emprego,
não é apenas uma forma histórica do trabalho em sociedade, ele é a
51
atividade fundamental pela qual o ser humano se humaniza, se cria, se
expande em conhecimento, se aperfeiçoa. O trabalho é a base
estruturante de um novo tipo de ser, de uma nova concepção de
história.
6.15 - Conceito de Escola
Escola pode se referir a uma instituição de ensino ou a uma
corrente de pensamento com características padronizadas que formam
certas áreas do conhecimento e da produção humana.
A palavra vem do grego scholé, que significa lugar do ócio. Na
Grécia Antiga, as pessoas que dispunham de condições sócio
econômicas e tempo livre, nela se reuniam para pensar e refletir.
Entendemos que a escola é espaço de construção,
sistematização, apropriação e socialização do conhecimento.
Cumpre à escola contribuir para a democratização da sociedade,
propiciando a formação cultural e científica a todas as pessoas como
forma de emancipação, ou seja, o seu papel é a transmissão/assimilação
ativa/reavaliação crítica dos conhecimentos (saber sistematizado).
Para LIBANEO, “a escola brasileira, especialmente a escola
pública, não poderá ainda, desfazer-se de um papel provedor de
informação. Entretanto, aos poucos, pode ir se tornando cada vez mais
uma estrutura possibilitadora de atribuição de significados da
informação, propiciando aos alunos os meios de buscá-la, analisá-la,
para darem-lhe significado pessoal.”
A escola deve ser para o aluno um território de acolha e onde
eles se sintam à vontade para exercitar suas vivências e convivências. É
nesse território em que se dão encontros e relações, que o jovem
questiona valores e começa a construir seu projeto de vida.
52
6.16 – Conceito de Tecnologia
Para KENSKI (2003, p.15), as tecnologias são tão antigas quanto
a espécie humana. Na verdade, foi a engenhosidade humana, em todos
os tempos, que deu origem às mais diferenciadas tecnologias. Cada
época foi marcada por elementos tecnológicos que se fizeram
importantes para a sobrevivência da espécie humana. A água, o fogo,
um pedaço de madeira ou um osso de um animal qualquer eram usados
para matar, dominar ou afastar animais ou outros homens que podiam
representar ameaças .
O conceito de tecnologia na educação pode ser enunciado
como o conjunto de procedimentos (técnicas) que visam "facilitar" os
processos de ensino e aprendizagem com a utilização de meios
(instrumentais, simbólicos ou organizadores) e suas consequentes
transformações culturais.
O uso de tecnologia em educação não é recente. A educação
sistematizada desde o início utiliza diversas tecnologias educacionais,
de acordo com cada época histórica. A tecnologia do giz e da lousa, por
exemplo, é utilizada até hoje pela maioria das escolas. Da mesma
forma, a tecnologia do livro didático ainda persiste em plena era da
informação e do conhecimento. Na verdade, um dos grandes desafios
do mundo contemporâneo consiste em adaptar a educação à tecnologia
moderna e aos atuais meios eletrônicos de comunicação.
A tecnologia está presente em todos os setores da vida
humana, permeando as diversas atividades humanas, com o intuito de
satisfazer desejos e necessidades, substituir, aliviar ou simplificar o
esforço físico e mental despendidos na realização das mais diferentes
tarefas, bem como liberar energias para tarefas mais criativas e
interessantes
53
6.17 - Filosofia da Escola
Apesar de a escola ser determinada por outras circunstâncias,
deve contribuir para transformar a realidade social (no sentido de uma
ampliação de liberdade, da comunicação e colaboração entre os homens
e mulheres).
A escola deve propiciar condições para exercer cidadania, não
apenas como o direito legal, mas como participação efetiva na
sociedade. Na busca de uma sociedade ética, solidária, que busca
igualdade social e valoriza o ser, acima do ter, que através de ações
pedagógicas realiza uma educação de qualidade e combate o uso de
drogas, da discriminação racial, promovendo a paz, o respeito e a
solidariedade. Entretanto faz-se necessário uma constante atualização
teórica e metodológica, para que se possa formar o ser humano em sua
plenitude.
Deseja-se que, através da ação educativa, a escola possa
influenciar de forma positiva na formação da própria filosofia de vida do
educando e suas relações com o meio em que vive, para que possam
transformar sua realidade social e familiar e sujeitos capazes de pensar,
contestar e expressar suas ideias de maneira clara. Para isto faz-se
necessário a inserção de conhecimentos científicos e culturais
relevantes, relacionados com a prática, a fim de trazer benefícios para
todos e mudanças para a sociedade.
Baseada na construção das Diretrizes Curriculares do Estado do
Paraná, a Escola Estadual Graciliano Ramos procura direcionar a ação
pedagógica, com o objetivo de fazer dela um local privilegiado para
aprender a viver e conviver com êxito, com qualidade, com autonomia e
democracia. Sendo a educação um processo de contínua evolução,
busca-se atender às necessidades e expectativas de cada estudante,
considerando-o no grupo.
54
6.17.1 - Princípios
A Escola Estadual Graciliano Ramos, atende seus educandos
oferecendo-lhes serviços educacionais com base nos seguintes
princípios, regidos pela Constituição Federal e respeitando o Estatuto da
Criança e do Adolescente:
I - Igualdade de condições para acesso e permanência na escola,
vedada qualquer forma de discriminação e segregação;
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o
pensamento, a arte do saber;
III - Ensino gratuito;
IV - A valorização dos profissionais de ensino;
V - Gestão democrática;
VI - Garantia de uma educação básica e unitária.
Como a lei estabelece oferecer igualdade de condições para
acesso e permanência no ambiente escolar, a Escola Estadual Graciliano
Ramos busca oferecer um ensino de qualidade onde todos os alunos são
respeitados e atendidos na sua individualidade.
Assumindo o Programa FICA (Ficha de Comunicação do
Aluno Ausente) do governo Estadual que visa acompanhar a frequência
dos alunos, diminuindo a evasão escolar, garantindo a permanência dos
menores na escola.
Buscando a valorização dos profissionais da educação,
observando as determinações da Secretaria de Estado da Educação, a
escola busca orientar aos profissionais quanto ao aperfeiçoamento
profissional permanente e valoriza a prática pedagógica dos
profissionais envolvidos no processo ensino aprendizagem, pois a
formação de cidadãos capazes de participar da vida socioeconômica,
política e cultural do país estão atrelados a diversos fatores, entre eles
formação do professor, condições de trabalho e remuneração.
55
6.18 - Instâncias Colegiadas
6.18.1 - Conselho Escolar
Órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e fiscal,
com o objetivo de estabelecer, para o âmbito da escola, critérios
relativos a sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com
a comunidade, nos limites da legislação em vigor e compatíveis com as
diretrizes e política educacional traçadas pela SEED.
Tem por finalidade promover a articulação entre os vários
segmentos organizados da sociedade e os setores da escola, a fim de
garantir a eficiência e a qualidade do seu funcionamento.
Auxilia na decisão de casos escolares diferentes dos habituais,
como alunos com problemas de indisciplina.
6.18.2 - Associação de Pais, Mestres e Funcionários.
A APMF acompanha o desenvolvimento da proposta pedagógica,
sugerindo as alterações que julgar necessárias ao Conselho Escolar do
estabelecimento de ensino, para deferimento ou não.
Observa as disposições legais e regulamentares vigentes,
inclusive Resoluções emanadas da Secretaria de Estado da Educação,
no que concerne à utilização das dependências da Unidade Escolar para
realização de eventos próprios do estabelecimento de ensino.
Estimula a criação e o desenvolvimento de atividades para pais,
alunos, professores, funcionários e comunidade, a partir de
necessidades apontadas por esses segmentos.
Registra em livro próprio a prestação de contas de valores e
56
inventários de bens da associação.
Aplica as receitas oriundas de qualquer contribuição voluntária
ou doação, comunicando irregularidades, quando constatadas, à
Diretoria da Associação e à Direção da instituição.
Mobiliza a comunidade escolar, na perspectiva de sua
organização enquanto órgão representativo para que esta comunidade
expresse suas expectativas e necessidades.
6.18.3 - Conselho de Classe
Órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em
assuntos didáticos pedagógicos, com atuação a cada classe, formado
pelo colegiado de professores, equipe pedagógica e direção para
deliberar sobre o rendimento escolar, dificuldades individuais e
sugestões de como resolvê-las. Reúne-se ordinariamente a cada
bimestre, em datas previstas no calendário escolar, e
extraordinariamente, sempre que um fato relevante assim o exigir.
Permite a discussão do trabalho pedagógico em sua
especificidade, de forma espontânea e natural, pois discute o resultado
do aluno, a relação estabelecida entre professor/aluno/conteúdo, num
momento de análise e decisão para a tomada de novos rumos do
processo educativo.
São atribuídos ao Conselho e Classe os seguintes objetivos:
I – emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-
aprendizagem, respondendo a consultas feitas pelo Diretor e pela
Equipe Pedagógica;
II - analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,
encaminhamento metodológico e processo de avaliação que afetem o
rendimento escolar;
III – propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento
57
escolar, tendo em vista o respeito à cultura do educando, integração e
relacionamento com os alunos na classe;
IV – estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos, em
consonância com o plano curricular do estabelecimento de ensino;
V – colaborar com a Equipe Pedagógica na elaboração e execução
dos planos de adaptação de alunos transferidos, quando se fizer
necessário;
VI – decidir sobre a aprovação ou reprovação do aluno que, após a
apuração dos resultados finais, não atinja o mínimo solicitado pelo
estabelecimento, levando-se em consideração o desenvolvimento do
aluno até então.
6.18.4 - Grêmio Estudantil
É o órgão máximo de representação dos estudantes, expressa a
vontade coletiva dos estudantes, sua representação no cotidiano
escolar, pois oportuniza o debate de ideias na conquista de direitos e
observância de deveres garantindo a participação na tomada de
decisões de interesse do corpo discente.
A participação dos alunos nas decisões além de defender os
anseios desses, permite o exercício da liderança que vivenciada desde a
idade estudantil oportuniza a formação de cidadão consciente de sua
função na sociedade e capaz de interferir no mundo, buscando a
construção de uma sociedade justa e solidária.
Os representantes do Grêmio Estudantil são eleitos pelo voto
secreto e o processo de eleição é precedido de debate dos candidatos,
com explanação dos programas, garantindo um momento de reflexão na
participação política do momento vivenciado.
O Grêmio é uma organização sem fins lucrativos que representa
o interesse dos estudantes e tem fins cívicos, culturais, educacionais,
desportivos e sociais. Entre as atribuições, desenvolve anualmente um
58
Plano que busca estabelecer metas a serem perseguidas durante o ano
letivo:
* Incentiva atividades culturais literárias, artísticas e desportivas;
* Promove a cooperação entre administradores, funcionários,
professores e alunos no trabalho escolar buscando seus
aprimoramentos;
* Realização de intercâmbio e colaboração de caráter cultural e
educacional com outras instituições;
* Luta pela democracia permanente na escola, através do direito
de participação nos fóruns internos de deliberação da escola.
6.18.5 - Representante de Classe
Todas as turmas são representadas por um professor responsável
escolhido durante Reunião Pedagógica e este professor orientará e
defenderá os interesses da turma em todos os momentos que o
exigirem.
Cabe ao professor Responsável pela turma realizar a escolha do
líder junto aos colegas de classe orientando a eleição do mesmo. O líder
tem a função de representar os interesses de sua turma em decisões,
reuniões, atividades culturais e esportivas ou eventos sediados pela
instituição. Ele é o “porta voz” da sua turma.
6.19 - Princípios
A Escola Estadual Graciliano Ramos, atende seus educandos,
oferecendo-lhes serviços educacionais com base nos seguintes
princípios, regidos pela Constituição Federal e respeitando o Estatuto da
Criança e do Adolescente:
I - Igualdade de condições para acesso e permanência na escola,
vedada qualquer forma de discriminação e segregação;
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II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o
pensamento, a arte do saber;
III - Ensino gratuito;
IV - A valorização dos profissionais de ensino;
V - Gestão democrática;
VI - Garantia de uma educação básica e unitária.
Como a lei estabelece oferecer igualdade de condições para
acesso e permanência no ambiente escolar, a Escola Estadual Graciliano
Ramos busca oferecer um ensino de qualidade onde todos os alunos são
respeitados e atendidos na sua individualidade.
Assumindo o Programa FICA (Ficha de Comunicação do Aluno
Ausente) do governo Estadual que visa acompanhar a frequência dos
alunos, diminuindo a evasão escolar, garantindo a permanência dos
menores na escola.
Buscando a valorização dos profissionais da educação, observando
as determinações da Secretaria de Estado da Educação, a escola busca
orientar aos profissionais quanto ao aperfeiçoamento profissional
permanente e valoriza a prática pedagógica dos profissionais envolvidos
no processo ensino aprendizagem, pois a formação de cidadãos capazes
de participar da vida socioeconômica, política e cultural do país estão
atrelados a diversos fatores, entre eles formação do professor,
condições de trabalho e remuneração.
6.20 – Articulação entre a Educação Infantil
Considerando de suma importância a articulação entre as esferas
municipais e estaduais, dando sequência ao ensino fundamental (séries
iniciais e finais) busca-se desenvolver um trabalho significativo e
coerente, proporcionando ao educando um processo de ensino
aprendizagem contínuo.
60
Pretende-se, durante o segundo semestre, realizar encontros entre
as equipes pedagógicas das escolas municipais e estaduais, onde serão
tratados assuntos relevantes ao processo educacional, dando ênfase ao
próximo ano letivo.
Busca-se também conhecer a realidade social e intelectual dos
educandos que estarão matriculando-se neste estabelecimento de
ensino, bem como, identificar alunos que necessitem de atendimento
especializado com antecedência, para que os mesmos possam ser
atendidos e avaliados dentro de suas especificidades.
Portanto, proporcionando ao educador um conhecimento mais real
dos educandos oriundos das séries iniciais, os mesmos poderão adequar
seus planos de trabalho docente, bem como a adequação curricular,
visando uma educação contínua e significativa, concretizando o
processo de ensino aprendizagem.
VII – PROPOSIÇÃO DE AÇÕES
7.1 – Forma de gestão da escola
A Escola oportuniza espaços para discussão e participação de
todos, professores, diretores, coordenadores pedagógicos, especialistas,
funcionários, pais, alunos e representantes da comunidade que estejam
interessados na escola e melhoria do processo ensino-aprendizagem, na
tomada de decisões, estabelecimento de objetivos e solução de
problemas.
Conforme política da Secretaria Estadual de Educação do Estado
do Paraná, a gestão escolar, concentra-se em três vertentes para
democratização das escolas públicas, segundo formulado por Heloísa
Lück (et.alii) no livro “A escola participativa”: o trabalho do gestor”:
61
a) “participação da comunidade escolar na seleção dos diretores
da escola;
b) criação de um colegiado/conselho escolar que tenha tanto
autoridade deliberativa quanto poder decisório;
c) repasse de recursos financeiros às escolas e
consequentemente aumento de sua autonomia.”(LÜCK,
FREITAS, GIRLING E KEITH, 1998: p.13).
Segundo determinação da SEED, a eleição é a maneira mais
democrática de escolha do gestor escolar, pois os profissionais que
convivem no dia-a-dia saberão escolher aquele que melhor atenda aos
seus anseios, enquanto educadores da escola.
O Conselho Escolar composto por pessoas dos diferentes
segmentos da escola e sociedade organizada, sob a presidência da
direção da escola, participa diretamente da tomada de decisão sobre
assuntos de ordem administrativa ou pedagógica, descentralizando o
poder na hora de estabelecer princípios e direcionar o trabalho da
escola.
Os recursos da SUDE são aplicados pela comunidade escolar na
aquisição de bens e materiais conforme as necessidades da escola para
propiciar um ensino de qualidade.
“O objetivo primeiro da atividade de gestão das escolas é criar as
condições para que os professores promovam a aprendizagem dos
alunos (...)” (GLATTER, 1992, p.159). Buscando oportunizar que o
processo ensino-aprendizagem se efetive e, a gestão escolar oportunize
a reflexão, construção e reconstrução coletiva do Projeto Político
Pedagógico.
A reflexão e discussão coletiva das ações oportunizam a
construção de uma proposta pedagógica voltada para os anseios da
comunidade escolar, buscando a promoção da democracia. Pois a
verdadeira revolução somente ocorre quando todos os segmentos
estiverem organizados e todos buscarem o mesmo objetivo: a
62
construção de uma escola mais democrática, autônoma, participativa e
de qualidade.
7.2 – Programas desenvolvidos
7.2.1 - Sala de apoio à aprendizagem
Participam das Salas de Apoio à aprendizagem alunos com
defasagem nas áreas de Matemática e Português, do 6º ano e 9º ano,
encaminhados pelo professor regente das disciplinas em questão.
O encaminhamento é realizado através de uma ficha individual,
onde o professor regente destaca as principais dificuldades que os
alunos apresentam em sala de aula. As mesmas são encaminhadas à
equipe pedagógica que realiza a convocação desses alunos para o
programa.
As dificuldades individuais apontadas pelos professores regentes
são trabalhadas pelo professor da sala de apoio com outras
metodologias e atividades lúdica, onde o aluno experimenta formas
diferenciadas de aprendizado, visando a superação da dificuldade.
Os educandos participam em contraturno da sala de apoio, com
carga horária de 4 aulas semanais, divididas em dois momentos.
7.2.2 – Atividades Curriculares Complementares em Contraturno
O Programa de atividade de complementação curricular em
contraturno visa a expansão de atividades pedagógicas realizadas na
escola, vinculadas ao Projeto Político Pedagógico, a fim de atender às
especificidades da formação do aluno e de sua realidade.
As Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular têm os
seguintes objetivos:
- Dar condições para que os profissionais da educação, os
63
educandos da Rede Pública Estadual e a comunidade escolar,
desenvolvam diferentes atividades pedagógicas no estabelecimento de
ensino no qual estão vinculados, além do turno escolar;
- Viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos
em atividades pedagógicas de seu interesse;
- Possibilitar aos educandos, maior integração na comunidade
escolar: a interação com colegas, professores e comunidade.
7.2.3 - CELEM – Centro de Estudos de Língua Estrangeira
Moderna
A fim de oportunizar o aprendizado de uma nova língua, a escola
oferece o Programa do CELEM – Centro de Estudos de Língua
Estrangeira Moderna, contemplando o ensino da Língua Estrangeira de
Espanhol, organizado em quatro turmas, sendo duas de 1º ano e duas
de 2º ano. A escolha desta língua objetiva facilitar o intercâmbio cultural
entre as nações vizinhas.
Com organização própria orientada pelo NRE, as aulas são
ministradas nos períodos da manhã e da tarde, por professora
habilitada, e são ofertadas a estudantes e a comunidade que participam
das mesmas no contraturno escolar.
7.2.4 – Educação Fiscal
O programa de educação fiscal busca sensibilizar o cidadão para
a função socioeconômica do tributo; oferecer aos cidadãos
conhecimentos sobre administração pública; incentivar o
acompanhamento da aplicação dos recursos públicos e criar condições
para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.
O objetivo do programa é promover e institucionalizar a
educação fiscal para o pleno exercício da cidadania. Bem como,
64
sensibilizar o cidadão para a função socioeconômica do tributo, levando
conhecimentos aos cidadãos sobre administração pública e incentivando
acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos públicos.
7.2.5 – Paraná Digital
O Governo do Estado do Paraná, por meio da Secretaria de
Estado da Educação, está buscando com o Programa "Paraná Digital" e
com o Portal www.diaadiaeducação.pr.gov.br, difundir o uso pedagógico
das Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC com a ampliação
das Coordenações Regionais de Tecnologia na Educação e com o
repasse de computadores, com conectividade e a criação de um
ambiente virtual para Criação, Interação e Publicação de dados
provenientes das Escolas Públicas do Estado do Paraná. Sendo assim, a
Assessoria de Tecnologia da Informação - ATI, da Secretaria de Estado da
Educação - SEED, está desenvolvendo ações que visam levar, por meio
de uma rede de computadores, o acesso às Tecnologias da Informação e
Comunicação - TIC aos professores e alunos da Rede Pública de
Educação Básica do Paraná.
7.3 – Formação Continuada
Visando a valorização dos Profissionais da Educação são
ofertados eventos de formação continuada a: professores, pedagogos,
diretores, secretários, merendeiras, inspetores, bibliotecários e
auxiliares de serviços gerais são os profissionais que compõem o nosso
público alvo. Também são ofertados eventos para representantes da
comunidade escolar, APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)
e Grêmio Estudantil, considerando o contido na LDB 9394/96, em seus
artigos 67, 80 e 87, bem como na Lei Nacional nº 10172/2001 – Plano
65
Nacional de Educação e Plano Estadual de Educação.
A formação de professores implica uma reflexão sobre o próprio
significado do processo educativo, na sua relação com o processo mais
amplo de constituição e desenvolvimento histórico-social do ser
humano.
Assim, pensar a capacitação dos profissionais da educação no
contexto político e social, implica em preparar esse profissional para os
desafios da chamada globalização e/ou re-estruturação produtiva do
capitalismo.
7.4 – Reuniões Pedagógicas
Os encontros pedagógicos realizados regularmente durante o ano
letivo, conforme previsto em calendário escolar ou em eventuais
necessidades, são promovidos para discussão de temas relevantes a
questões educacionais, conforme exige a situação escolar do momento
e de acordo com as orientações da Seed, visando elaborar
coletivamente ações que oportunizem a resolução de problemas,
planejar e organizar atividades pedagógicas a serem desenvolvidos pela
comunidade escolar.
7.5 - Cursos, Palestras e Capacitações
A escola incentiva à participação dos professores em cursos
promovidos pelo NRE, SEED e Universidades da região. Buscando
através dessas ações, promover o desenvolvimento profissional,
objetivando o crescimento da prática educativa.
Estabelece parcerias com as instituições de ensino da região,
como a Unioeste, entre outras, organizando fórum de debates, oficinas,
seminários e palestras sobre temas relevantes a prática educativa
contemplando os anseios dos professores.
66
7.6 – Incentivo à Pesquisa
A pesquisa e a produção de artigos, publicações, experiências
pedagógicas são orientados pela Equipe Multidisciplinar do Núcleo
Regional de Educação e pela Equipe Pedagógica desta instituição
procurando contemplar os Programas oferecidos pela Secretaria de
Estado da Educação, tais como: Projeto Folhas, OAC, APC – Ambiente
Pedagógico Colaborativo, Proinfo, PDE, Cursos Online, Paraná Digital,
GTR, entre outros.
7.7 – As relações entre os aspectos administrativos e
pedagógicos
Todos os profissionais envolvidos na educação devem atuar com
responsabilidade e conhecimento, buscando sempre melhorar em suas
ações.
As equipes, diretiva, administrativa e pedagógica devem exercer
suas atribuições em conjunto, ou seja, em harmonia, realizando um
trabalho coletivo, porém, respeitando a diversidade de cada função.
Devem buscar clareza das concepções de homem, sociedade,
principalmente de educação, e as relações que estas estabelecem com
o trabalho e o poder, analisando como a sociedade está organizada,
conhecendo os objetivos do ser humano que se pretende formar na
escola pública.
7.7.1. A direção
A direção administra a escola em conjunto com o conselho
escolar, coordenando a execução do plano de trabalho de todos os
segmentos, motivando e articulando as diversas atividades internas e
67
externas do estabelecimento, promovendo a integração entre todos.
Com competência, a direção gerencia os recursos financeiros
descentralizados e acompanha todos os aspectos pedagógicos.
A direção exerce função de líder participativo, por isso é capaz de
dividir o poder de decisão dos assuntos escolares com toda a equipe.
É competência da direção e direção auxiliar:
- Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
- Responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no
ato da posse;
- Coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do
Projeto Político Pedagógico da escola, construído coletivamente e
aprovado pelo Conselho Escolar;
- Coordenar e incentivar a qualificação permanente dos
profissionais da educação;
- Implementar a Proposta Pedagógica do estabelecimento de
ensino, em observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
- Coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento
de ensino e submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;
- Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando
encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;
- Elaborar os planos de aplicação financeira sob sua
responsabilidade, consultando a comunidade escolar e colocando-os em
edital público;
- Prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à
aprovação do Conselho Escolar e fixando-os em edital público;
- Coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em
consonância com a legislação em vigor, submetendo-o à precisão do
68
conselho escolar e, após, encaminha-lo ao Núcleo Regional de Educação
para a devida aprovação;
- Garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e
deste com os órgãos da administração estadual;
- Encaminhar aos órgãos competentes as propostas de
modificações no ambiente escolar, quando necessária, aprovadas pelo
Conselho Escolar;
- Deferir os requerimentos de matrícula;
- Elaborar, juntamente com a equipe pedagógica, o calendário
escolar, de acordo com as orientações da Secretaria de Estado da
Educação, submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo
ao Núcleo Regional de Educação para homologação;
- Acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho
docente e o cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária e
de conteúdo aos discentes;
- Assegurar o cumprimento dos dias letivos, hora aula e horas
atividades estabelecidos;
- Promover grupos de trabalho e estudos ou comissões
encarregadas de estudar e propor alternativas para atender aos
problemas de natureza pedagógico administrativa no âmbito escolar;
- Propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional
de Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta
de ensino e abertura ou fechamento de cursos;
- Participar e analisar a elaboração dos Regulamentos Internos e
encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação;
- Supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda
escolar, quanto ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação
vigente relativamente as exigências sanitárias e padrões de qualidade
69
nutricional;
- Presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às
decisões tomadas coletivamente;
- Definir horário e escalas de trabalho da equipe dos agentes
educacionais I e II;
- Articular processos de integração da escola com a comunidade;
- Solicitar ao Núcleo Regional de Educação suprimento e
cancelamento de demanda de funcionários e professores do
estabelecimento, observando as instruções emanadas da Secretaria de
Estado da Educação;
- Organizar horário adequado para a realização da Prática
Profissional supervisionada do funcionário cursista do Programa
Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação -
Profuncionário, no horário de trabalho, correspondendo a 50%
(cinquenta por cento) da carga horária da Prática Profissional
Supervisionada, conforme orientação da Secretária de Estado de
Educação, contida no Plano de Curso;
- Participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de
projetos a serem inseridos no Projeto Político Pedagógico do
estabelecimento de ensino, juntamente com a comunidade escolar;
- Cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de
vigilância sanitária e epidemiológica;
- Viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino
extracurricular plurilinguístico da língua Estrangeira Moderna, pelo
Centro de língua estrangeira moderna - CELEM;
- Disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de
Serviços e Apoios Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da
Educação Especial;
70
- Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
- Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos,
professores, funcionários e famílias;
- Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho
com seus colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da
comunidade escolar;
- Assegurar o cumprimento dos programas mantidos e
implantados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
/MEC - FNDE;
− Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
7.7.2. Equipe Pedagógica
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação,
implantação e implementação, no estabelecimento de ensino, das
Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político Pedagógico e no
Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e
orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
A equipe pedagógica é composta por professores graduados em
Pedagogia.
É de competência da equipe pedagógica:
- Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do
Projeto Político Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de
ensino;
- Orientar a comunidade escolar na construção de um processo
pedagógico, em uma perspectiva democrática;
- Participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho
pedagógico escolar, no sentido de realizar a função social e a
71
especificidade da educação escolar;
- Coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta
Pedagógica Curricular do estabelecimento de ensino, a partir das
políticas educacionais da Secretaria de Estado da Educação e das
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
- Orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho
Docente junto ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino;
- Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo
para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho
pedagógico visando à elaboração de propostas de intervenção para a
qualidade de ensino para todos;
- Participar da elaboração de projetos de formação continuada
dos profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como
finalidade a realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico
escolar;
- Organizar, junto à direção da escola, a realização de pré
conselhos e dos Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo
coletivo de reflexão e ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no
estabelecimento de ensino;
- Coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de
propostas de intervenções decorrentes das decisões do Conselho de
Classe;
- Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de
professores do estabelecimento de ensino, promovendo estudos
sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas;
- Organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento
de ensino, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo
trabalho pedagógico;
- Proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de
72
forma a desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto
à comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos
os alunos;
- Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento
do Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a
comunidade escolar;
- Participar do Conselho Escolar, quando representante do seu
segmento, subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e
reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico
escolar;
- Orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização
dos livros e demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de
ensino, fornecidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação/MEC – FNDE;
- Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo
e seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático
pedagógico, a partir do Projeto Político Pedagógico do estabelecimento
de ensino;
- Participar da organização pedagógica da biblioteca do
estabelecimento de ensino, assim como do processo de aquisição de
livros, revistas, fomentando ações e projetos de incentivo à leitura;
- Acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de
Química, Física e Biologia e de Informática;
- Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e
de sua participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da
escola;
- Coordenar o processo democrático de representação docente
de cada turma;
- Colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme
73
orientação da Secretaria de Estado da Educação;
- Coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas
e disciplinas, a partir de critérios legais, didáticos pedagógicos e do
Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;
- Acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às
atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;
- Acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de
Valorização dos Trabalhadores em Educação - Profuncionário, tanto na
organização do curso, quanto no acompanhamento da Prática
Profissional Supervisionada dos funcionários cursistas da escola e/ou de
outras unidades escolares;
- Promover a construção de estratégias pedagógicas de
superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão
social;
- Coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto
Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;
- Acompanhar o processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
- Participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços
pedagógicos;
- Orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de
procedimentos didáticos pedagógicos referentes à avaliação processual
e aos processos de classificação, reclassificação, aproveitamento de
estudos, adaptação e progressão parcial, conforme legislação em vigor;
- Organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as
reposições de dias letivos, horas e conteúdos aos discentes;
- Orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros Registro
de Classe e a Ficha Individual de Controle de Nota e Frequência, sendo
74
esta específica para Educação de Jovens e Adultos;
- Organizar registros de acompanhamento da vida escolar do
aluno;
- Organizar registros para o acompanhamento da prática
pedagógica dos profissionais do estabelecimento de ensino;
- Solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização
da Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar
possíveis necessidades educacionais especiais;
- Coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional
no Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de
aprendizagem, visando encaminhamento aos serviços e apoios
especializados da Educação Especial, se necessário;
- Acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos
alunos, realizando contato com a família com o intuito de promover
ações para o seu desenvolvimento integral;
- Acompanhar a frequência escolar dos alunos, contatando as
famílias e encaminhando-os aos órgãos competentes, quando
necessário;
- Acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente,
sempre que houver necessidade de encaminhamentos;
- Orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos
com necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos,
adaptações físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola;
- Manter contato com os professores dos serviços e apoios
especializados de alunos com necessidades educacionais especiais,
para intercâmbio de informações e trocas de experiências, visando à
articulação do trabalho pedagógico entre Educação Especial e ensino
regular;
75
- Assessorar os professores do Centro de Línguas Estrangeiras
Modernas e acompanhar as turmas, quando o estabelecimento de
ensino ofertar o ensino extracurricular plurilinguístico de Língua
Estrangeira Moderna;
- Acompanhar as Coordenações das Escolas Itinerantes,
realizando visitas regulares (somente para os estabelecimentos de
ensino que servem de Escola Base para as Escolas Itinerantes);
- Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos dos
alunos para cada disciplina, na modalidade Educação de Jovens e
Adultos;
- Coordenar e acompanhar ações descentralizadas e Exames
Supletivos, na modalidade Educação de Jovens e Adultos (quando no
estabelecimento de ensino não houver coordenação específica dessa
ação, com a devida autorização);
- Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
- Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho
com colegas, alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;
- Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos,
professores, funcionários e famílias;
- Elaborar seu Plano de Ação;
- Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
7.7.3. Docentes
A fim de bem realizar o processo educativo, promover mudanças
sociais e garantir formação dos cidadãos, os educadores devem
elaborar coletivamente ações de intervenção, acompanhamento e
avaliação do trabalho realizado.
76
Elaborar o Plano de Trabalho Docente conforme as diretrizes
curriculares nacionais e estaduais, seguindo proposta pedagógica da
Escola Estadual Graciliano Ramos, de maneira a estimular os
educandos, utilizando adequadamente os espaços e materiais
disponíveis, respeitando sempre o processo de aquisição do
conhecimento individual. O docente deve junto com a equipe
pedagógica analisar o resultado do desempenho do aluno e (re) planejar
quando necessário, implementando projetos de recuperação de
conteúdos com vista a assegurar o sucesso a todos os discentes.
Ressalta-se que o docente deve buscar aprimoramento
constante, ter um perfil inovador, de coragem, compromissado,
disponível, criativo, com postura interdisciplinar, sempre desenvolvendo
um planejamento estratégico.
Compete ao docente:
- Participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto
Político Pedagógico deste estabelecimento de ensino, construído de
forma coletiva e aprovado pelo Conselho Escolar;
- Elaborar, com equipe pedagógica, a proposta pedagógica
curricular deste estabelecimento de ensino, em consonância com o
Projeto Político Pedagógico e as Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais;
- Participar do processo de escolha, juntamente com a equipe
pedagógica, dos livros e materiais didáticos, em consonância com o
Projeto Político Pedagógico deste estabelecimento de ensino;
- Elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
- Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a
apreensão crítica do conhecimento pelo aluno;
- Proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias
letivos aos alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o
77
calendário escolar, resguardando prioritariamente o direito do aluno;
- Proceder a avaliação contínua, cumulativa e processual dos
alunos, utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de
avaliação, previstas no Projeto Político Pedagógico deste
estabelecimento de ensino;
- Promover o processo de recuperação concomitante de estudos
para os alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e
aprendizagem, no decorrer do ano letivo;
- Participar do processo de avaliação educacional no contexto
escolar dos alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob
coordenação e acompanhamento do pedagogo, com vistas à
identificação de possíveis necessidades educacionais especiais e
posterior encaminhamento aos serviços e apoio especializados da
Educação Especial, se necessário;
- Participar de processos coletivos de avaliação do próprio
trabalho e da escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do
processo ensino e aprendizagem;
- Participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
- Assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento
discriminatório em decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero
e orientação sexual, de credo, ideologia, condição sociocultural, entre
outras;
- Viabilizar a igualdade de condições para a permanência do
aluno na escola, respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as
peculiaridades de cada aluno, no processo de ensino e aprendizagem;
- Participar de reuniões e encontros para planejamento e
acompanhamento, junto ao professor de Serviços e Apoios
Especializados, da Sala de Apoio à Aprendizagem, da Sala de Recursos e
Contra turno, a fim de realizar ajustes ou modificações no processo de
78
intervenção educativa;
- Estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura e
pesquisa e criação artística;
- Participar ativamente de Pré Conselhos e Conselhos de Classe,
na busca de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do
processo educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas
e decisões tomadas, as quais serão registradas assinadas em ata;
- Propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da
autonomia intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício
consciente da cidadania;
- Zelar pela frequência do aluno ao estabelecimento,
comunicando qualquer irregularidade à equipe pedagógica;
- Cumprir calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas aulas
e horas atividades estabelecidos, além de participar integralmente dos
períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento
profissional;
- Cumprir suas horas atividades no âmbito escolar, dedicando-as
aos estudos, pesquisas e planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional;
- Manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação
da equipe pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no
estabelecimento de ensino;
- Participar do planejamento e da realização das atividades de
articulação da escola com as famílias e a comunidade;
- Desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo
para o desenvolvimento do processo educativo;
- Dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação
educacional em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como
79
princípios da prática profissional e educativa;
- Comparecer neste estabelecimento de ensino nas horas de
trabalho ordinárias que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias,
quando convocado;
- Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos,
professores, funcionários e famílias;
− Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho
com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da
comunidade escolar;
7.7.4. - Agentes educacionais I
Compete ao agente educacional I os serviços de conservação,
manutenção, preservação, segurança e da alimentação escolar, sendo
coordenados e supervisionados pela direção.
São responsáveis pelo zelo do ambiente físico e de suas
instalações, preservando o patrimônio, organização e preservação do
ambiente escolar. E os profissionais que atuam na cozinha são
responsáveis pela seleção e preparo da merenda escolar, observando os
cuidados básicos de higiene, nutrição e alimentação equilibrada e
saudável, além de zelar pelo ambiente da mesma.
7.7.5. - Agentes educacionais II
A função de agentes educacionais II, é exercida por profissionais
que atuam nas áreas da secretaria, biblioteca, e laboratório de
informática.
80
Os profissionais que atuam na secretaria do estabelecimento
são responsáveis pela organização burocrática de toda a documentação
escolar, ou seja, por todo o registro escolar: documentação de alunos,
matrícula, transferência e conclusão de curso, processo escolar
individual. São responsáveis pelas correspondências do
estabelecimento, pela guarda e expedição de toda a documentação
escolar e atendimento ao público, sendo seu trabalho coordenado e
supervisionado pela direção.
Ao agente educacional lI que atua na biblioteca, cabe a ele
cumprir e fazer-se cumprir o regulamento da biblioteca, organizar o
acervo de livros, revistas, gibis, vídeos, etc, além de atender a
comunidade escolar.
Referente ao agente educacional II que atua no laboratório de
informática, deve cumprir e fazer cumprir o regulamento do mesmo,
auxiliar o corpo discente e docente no manuseio de materiais e
equipamentos de informática, zelar pela conservação e manutenção
deste.
7.8 - Instâncias Colegiadas
7.8.1 - Conselho Escolar
Órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e fiscal, com
o objetivo de estabelecer, para o âmbito da escola, critérios relativos a
sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a
comunidade, nos limites da legislação em vigor e compatíveis com as
diretrizes e política educacional traçadas pela SEED.
Tem por finalidade promover a articulação entre os vários
segmentos organizados da sociedade e os setores da escola, a fim de
garantir a eficiência e a qualidade do seu funcionamento.
81
Auxilia na decisão de casos escolares diferentes dos habituais,
como alunos com problemas de indisciplina.
7.8.2 - Associação de Pais, Mestres e Funcionários.
A APMF acompanha o desenvolvimento da proposta pedagógica,
sugerindo as alterações que julgar necessárias ao Conselho Escolar do
estabelecimento de ensino, para deferimento ou não.
Observa as disposições legais e regulamentares vigentes,
inclusive Resoluções emanadas da Secretaria de Estado da Educação,
no que concerne à utilização das dependências da Unidade Escolar para
realização de eventos próprios do estabelecimento de ensino.
Estimula a criação e o desenvolvimento de atividades para pais,
alunos, professores, funcionários e comunidade, a partir de
necessidades apontadas por esses segmentos.
Registra em livro próprio a prestação de contas de valores e
inventários de bens da associação.
Aplica as receitas oriundas de qualquer contribuição voluntária
ou doação, comunicando irregularidades, quando constatadas, à
Diretoria da Associação e à Direção da instituição.
Mobiliza a comunidade escolar, na perspectiva de sua
organização enquanto órgão representativo para que esta comunidade
expresse suas expectativas e necessidades.
7.8.3 - Grêmio Estudantil
É o órgão máximo de representação dos estudantes, expressa a
vontade coletiva dos estudantes, sua representação no cotidiano
escolar, pois oportuniza o debate de ideias na conquista de direitos e
observância de deveres garantindo a participação na tomada de
82
decisões de interesse do corpo discente.
A participação dos alunos nas decisões além de defender os
anseios desses, permite o exercício da liderança que vivenciada desde a
idade estudantil oportuniza a formação de cidadão consciente de sua
função na sociedade e capaz de interferir no mundo, buscando a
construção de uma sociedade justa e solidária.
Os representantes do Grêmio Estudantil são eleitos pelo voto
secreto e o processo de eleição é precedido de debate dos candidatos,
com explanação dos programas, garantindo um momento de reflexão na
participação política do momento vivenciado.
O Grêmio é uma organização sem fins lucrativos que representa
o interesse dos estudantes e tem fins cívicos, culturais, educacionais,
desportivos e sociais. Entre as atribuições, desenvolve anualmente um
Plano que busca estabelecer metas a serem perseguidas durante o ano
letivo:
* Incentiva atividades culturais literárias, artísticas e desportivas;
* Promove a cooperação entre administradores, funcionários,
professores e alunos no trabalho escolar buscando seus
aprimoramentos;
* Realização de intercâmbio e colaboração de caráter cultural e
educacional com outras instituições;
* Luta pela democracia permanente na escola, através do direito
de participação nos fóruns internos de deliberação da escola.
7.8.4 - Representante de Classe
Todas as turmas são representadas por um professor responsável
escolhido durante Reunião Pedagógica e este professor orientará e
defenderá os interesses da turma em todos os momentos que o
exigirem.
Cabe ao professor Responsável pela turma realizar a escolha do
83
líder junto aos colegas de classe orientando a eleição do mesmo. O líder
tem a função de representar os interesses de sua turma em decisões,
reuniões, atividades culturais e esportivas ou eventos sediados pela
instituição. Ele é o “porta voz” da sua turma.
7.9 - Hora Atividade
Conforme consta na Lei de Diretrizes e Bases – LDB, artigo 67,
Inciso V, a hora atividade é um período reservado aos estudos,
planejamentos e avaliações, incluído na carga horário de trabalho no
seu local de exercício.
Oportuniza-se nesses horários, momentos de compartilhar textos
sobre temas que auxiliam no cotidiano escolar, planejamento e
preparação de material para aulas com atividades diferenciadas,
organização de atividades referentes aos seus conteúdos, tornando o
ensino e aprendizagem mais eficaz.
A partir da orientação da Secretaria de Estado da Educação e do
Núcleo Regional de Educação foi implantado na escola a hora-atividade
concentrada, para os professores das mesmas disciplinas possam estar
juntos para estudarem e trocarem experiências.
Esse momento também é utilizado pela equipe pedagógica para
estarem trabalhando junto aos professores na resolução de problemas e
auxiliando-os em suas ações pedagógicas, bem como, orientando-os a
respeito dos educandos com dificuldades de aprendizagem e com
necessidades educacionais especiais.
7.10 – Avaliação
7.10.1 - Avaliação dos educandos
84
Os critérios estabelecidos para avaliar são valorizar o crescimento
gradativo e respeitar o ritmo e as qualidades de cada aluno, isto é
avaliação processual e diagnóstica. O aluno pode ser avaliado através
de atividades escritas, pesquisas, oralidade, experimentação, desenhos,
maquetes, exposição individual ou em grupo e autoavaliação, desta
forma é atendida ao determinado pela deliberação 07/1999, em seu
artigo terceiro, parágrafos 1, 2 e 3.
O acompanhamento deve ser constante e permanente para que
o professor possa perceber as dificuldades logo que surgirem e propor
atividades que levem o educando a superá-las, recuperando-se
concomitantemente ao processo.
São considerados os resultados obtidos durante o ano letivo, num
processo continuo, cujo resultado bimestral produzirá a média final,
baseada na seguinte fórmula:
1ºB + 2ºB + 3ºB + 4ºB _________________ = 6,0
4
Será aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou superior
a 75% das 800 horas anuais exigidas pela LDB, e rendimento igual ou
superior a 6,0; exceto os educandos aprovados por Conselho de Classe.
A avaliação é registrada em documentos próprios, como o Registro
de Classe e os Relatórios Finais. Os resultados são comunicados aos
alunos através de boletins que são entregues aos pais em assembleias
para tal finalidade.
O aluno que não obtém rendimento dentro da média anual
exigida, tem a possibilidade de recuperar a sua nota através de
recuperação concomitante, feita através de trabalhos em grupo,
pesquisas, palestras, estudos individuais, interpretação de texto,
resolução de problemas, aulas expositivas, sínteses e análise de textos,
avaliações que ocorrem concomitantemente às suas aulas.
Ao final de cada bimestre é realizado Conselho de Classe,
composto por professores, equipe pedagógica e direção, que
85
acompanham o desenvolvimento do processo de avaliação. No final do
ano letivo o Conselho Final decide sobre casos especiais.
7.10.2 – Conselho de Classe
O Conselho de Classe Bimestral é realizado em três momentos:
PRÉ CONSELHO:
a) Professores recebem uma ficha de pré conselho para elencarem os
alunos que estão com dificuldades de aprendizagem e baixo rendimento
escolar e as possíveis causas:
O = Falta de organização nos materiais, no tempo...
I = Indisciplinado em Sala
C = Não consegue aprender os conteúdos
F = É faltoso
b) As fichas com os nomes dos alunos são entregues à Equipe
Pedagógica que sistematiza todos os alunos citados nas diversas
disciplinas;
• CONSELHO DE CLASSE:
Reunião dos professores, Equipe Pedagógica, Direção e Secretária:
a) Professor Responsável de Turma faz um relato da turma em
geral;
b) Alunos citados no Pré Conselho são avaliados coletivamente e
em conjunto são determinadas ações a serem tomadas em vista da
superação do problema apresentado, estas são anotadas pelos
pedagogos na ficha pedagógica do conselho e na Ata do Conselho;
PÓS CONSELHO:
a) Reunião com pais e alunos:
b) O professor regente apresenta o relatório do Conselho de
Classe coletivamente aos pais e alunos, considerando avanços e
problemas apresentados no bimestre;
c) Em seguida, o professor entrega os boletins individualmente e
86
relata para os pais o que foi observado no aluno no decorrer do
bimestre.
d) Posteriormente, cada responsável acompanhado do filho (a),
conversa com os professores das disciplinas que repassam o que é
referente a cada disciplina.
e) Medidas tomadas na escola para os alunos:
• A equipe pedagógica faz os atendimentos solicitados no conselho
de classe, referentes aos pontos abordados de cada aluno.
• Os professores de cada disciplina tomam as providências em sala
para a melhora da aprendizagem.
7.10.3 – Avaliação do PPP
O Projeto Político Pedagógico terá avaliação permanente, com
revisão anual, possibilitando ajustes e adequações das ações propostas
pela comunidade escolar sempre que julgar necessário, respeitando a
legalidade.
7.11 – Ações da escola
Buscando o enriquecimento curricular, a escola propicia diferentes
atividades que oportunizam diversas estratégias de aprendizagem que
visam auxiliar no desenvolvimento integral do aluno, buscando a
socialização e o aprimoramento nos aspectos cognitivos, culturais,
esportivos e oportunizem a valorização do ser humano, desenvolvendo
a solidariedade e o amor ao próximo.
7.11.1 – Semana Cultural
Objetiva aproximar o educando da Arte, despertando seu interesse
87
em participar, desprendidamente, de eventos culturais e produzir
cultura.
Anualmente, de acordo com o calendário escolar interno, a escola
realiza a Semana Cultural, onde os alunos terão a oportunidade de
participar de apresentações artísticas e culturais, participar de oficinas
das mais diversas áreas, como danças de vários estilos, desenhos,
instrumentos musicais, teatro, artesanato, artes visuais, judô, ballét,
entre outras, orientadas pelos professores da escola e profissionais da
sociedade, que se disponibilizam voluntariamente ministrando tais
oficinas.
No encerramento da semana, é realizado a apresentação de todos
os trabalhos para a comunidade escolar, no período noturno, em forma
de Festival de Arte.
7.11.2 - Feira das Ciências
Objetiva inserir o aluno no ambiente de pesquisa científica, suas
metodologias e rigores.
Conforme calendário escolar interno, é desenvolvido a mostra
cultural e científica – Feira das Ciências - da qual todas as turmas
participam sob a orientação do professor responsável pela mesma, onde
são expostos os resultados dos trabalhos e projetos desenvolvidos em
sala de aula nas diversas áreas do conhecimento.
A organização e exposição dos trabalhos fica a critério de cada
turma que busca orientação do professor sobre o assunto a ser
desenvolvido ou que desejarem aprofundar. Após organizada a
pesquisa e a confecção do material a ser exposto, os alunos elaboram a
demonstração do trabalho, que será apresentado para a comunidade
escolar durante os três períodos, no dia destinado para a Feira.
7.11.3 - Jogos Internos do Graciliano Ramos
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Objetiva desenvolver o espírito de trabalho em equipe, através da
competição saudável, além de reconhecer habilidades esportivas nos
alunos.
De acordo com o calendário escolar interno, os alunos participam
de momentos de confraternização e integração onde são desenvolvidas
atividades físicas e intelectuais (xadrez) dedicado aos alunos.
Os alunos são orientados pelos professores de turma e a
organização a critério dos professores de educação física em
consonância com a Equipe Pedagógica e direção da escola, os jogos
buscam oferecer a todos os alunos um momento de descontração e a
oportunidade de demonstrar o respeito pelo adversário, buscando
demonstrar na prática os valores trabalhados.
É realizado a abertura oficial dos jogos, com a entrada das turmas
envolvendo todos os alunos, juramento do atleta e acendimento da Pira
Olímpica, objetivando desenvolver o espírito esportivo.
7.11.4 - Campanha do Agasalho
Objetivando ajudar as famílias carentes de nossa comunidade
escolar, a escola organiza no mês de maio a Campanha do Agasalho.
Os agasalhos (roupas, calçados, colchões e cobertores)
arrecadados, são distribuídos as famílias de alunos carentes da escola e
também às entidades do município, demonstrando um sentimento de
amor ao próximo, especialmente as pessoas mais necessitadas.
Aproveita-se para ensinar a repartir, permitindo aos educandos a
observação das disparidades sociais e as possíveis formas de intervir
nesta realidade.
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REFERÊNCIAS
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avaliação. In:VEIGA, Passos A. e REZENDES (Orgs). Escola: Espaço
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marxista hoje. Problemas e perspectivas Boron, Atilio A.;
Amadeo, Javier; Gonzalez, Sabrina. 2007.Disponívelem:
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LEI 10.863 – Cultura Afro-brasileira e Africana.
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(227 p). (1997, 4a ed., revista).
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Político- Pedagógico. 2 ed. São Paulo: Papirus, 2000.
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