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COLÉGIO ESTADUAL ADAUCTO DA SILVA ROCHA – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
LUIZIANA – PARANÁ
DEZEMBRO / 2010
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SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ….........................................................................................................5
2 JUSTIFICATIVA …............................................................................................................6
2.1 DADOS GERAIS …........................................................................................................7
2.1.1 NÍVEL, CURSO E MODALIDADE OFERECIDA ….....................................................7
2.2 ASPÉCTOS …................................................................................................................8
2.2.1 ALTERAÇÃO DE DOMINAÇÃO ….............................................................................8
2.2.2 RECONHECIMENTO …..............................................................................................8
2.2.3 AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO …...............................................................8
2.3 CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE …..................................................................9
2.4 CARACTERIZAÇÃO DA CLIENTELA ESCOLAR …...................................................10
2.4.1 QUADRO DEMONSTRATIVO DO NÚMERO DE CLASSES DE ALUNOS ….........11
2.4.2 ATIVIDADE COMPLEMENTAR …............................................................................12
2.4.3 NÚMERO DE PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS …............................................12
3 OBJETIVOS …................................................................................................................12
3.1 OBJETIVOS GERAIS …..............................................................................................12
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS …....................................................................................13
4 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR ….........................................13
4.1 O DESAFIO DAS DIFERENÇAS NA ESCOLA …........................................................13
4.1.1 CONCEPÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA …........................................................15
4.2 A NOSSA FILOSOFIA DE TRABALHO …...................................................................15
5 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO ….......................................................16
5.1 CONSTRUÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO – UM FAZER COLETIVO …............19
6 MARCO SITUACIONAL …..............................................................................................21
7 MARCO CONCEITUAL …...............................................................................................23
7.1 CIDADANIA …..............................................................................................................23
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7.2 CULTURA …................................................................................................................24
7.3 TRABALHO …..............................................................................................................24
7.4 HOMEM …...................................................................................................................25
7.5 CIÊNCIA …...................................................................................................................25
7.6 EDUCAÇÃO ….............................................................................................................25
7.7 TECNOLOGIA …..........................................................................................................26
7.8 SOCIEDADE …............................................................................................................26
7.9 CONHECIMENTO …....................................................................................................26
7.10 AVALIAÇÃO …...........................................................................................................27
7.11 EDUCAÇÃO NO CAMPO …......................................................................................32
7.12 PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO FISCAL …..............................................33
7.13 O USO DAS TÉCNOLOGIAS NA ESCOLA …...........................................................34
7.14 DIRETRIZES CURRICULARES …............................................................................36
8 MARCO OPERACIONAL …............................................................................................37
8.1 AÇÕES ….....................................................................................................................37
8.2 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO …..............................................................................39
9 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA 2009/2011 …...............................................................40
10 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA ….......................................................43
10.2 PLANO DE AÇÃO DOS AGENTES EDUCACIONAIS I E II …..................................44
10.2.1 AGENTES EDUCACIONAIS I ….............................................................................44
10.2.2 AGENTES EDUCACIONAIS II …............................................................................45
11 CALENDÁRIO ESCOLAR, PRÉ-CONSELHO, CONSELHO DE CLASSES, PÓS-
CONSELHO …...................................................................................................................46
12 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ….47
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS …..........................................................................48
14 ATA DE APROVAÇÃO E ALTERAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ...51
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15 PROPOSTA CURRICULAR PEDAGÓGICA …............................................................52
DISCIPLINA DE ARTE …..........................................................................................52
DISCIPLINA DE BIOLOGIA …...................................................................................67
DISCIPLINA DE CIÊNCIAS …...................................................................................72
DISCIPLINA EDUCAÇÃO FÍSICA ….........................................................................80
DISCIPLINA DE FÍSICA …........................................................................................99
DISCIPLINA DE GEOGRAFIA ….............................................................................105
DISCIPLINA DE HISTÓRIA ….................................................................................118
DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA …..........................................................129
DISCIPLINA DE MATEMÁTICA …..........................................................................156
DISCIPLINA DE QUÍMICA …...................................................................................174
DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS ….....................184
DISCIPLINA DE FILOSOFIA …...............................................................................209
DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA …...........................................................................216
DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO …...............................................................224
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1 Apresentação
Atualmente nos encontramos em um tempo onde a cultura de projeto é uma
forte realidade em nossa sociedade, onde as condutas de antecipação para prever e
explorar o futuro fazem parte de nosso presente. Essa influência do futuro sobre nossas
adaptações cotidianas só faz sentido se o domínio que tentamos desenvolver sobre os
diferentes espaços cumpre a função de melhorar as condições de vida do ser humano.
Desta forma, como sugere Gadotti (2001), a palavra projeto vem do verbo
projetar, lançar-se para frente, dando sempre a ideia de movimento, de mudança. A sua
origem etimológica, como explica Veiga (2001, p. 12), vem confirmar essa forma de
entender o termo “projeto”, que "vem do latim projectu, particípio passado do verbo
projecere, que significa lançar para diante". Na definição de Alvarez (1998) o projeto
representa o laço entre presente e futuro, sendo ele a marca da passagem do presente
para o futuro. Para Fagundes (1999), o projeto é uma atividade natural e intencional que o
ser humano utiliza para procurar solucionar problemas e construir conhecimentos. Alvarez
(op cit) afirma que, no mundo contemporâneo, o projeto é a mola do dinamismo, se
tomando em instrumento indispensável de ação e transformação. Na tentativa de uma
síntese, pode-se dizer que a palavra projeto faz referência a ideia de frentes um projetar,
lançar para, a ação intencional e sistemática, onde estio presentes: a utopia
concreta/confiança, a ruptura/continuidade e o instituinte/instituído. Segundo Gadotti (cit
por Veiga, 2001, p. 18),
Todo projeto supõe ruptura com o presente e promessas para o futuro. Projetar
significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de
instabilidade e buscar uma estabilidade em função de promessa que cada projeto contém
de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como
promessa frente determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de
ação possível, comprometendo seus atores e autores.
Porém a ideia de projeto pedagógico vem tomando corpo no discurso oficial e
em quase todas as instituições de ensino, espalhadas nesse imenso Brasil. A Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), em seu artigo 12, inciso I, prevê
que "os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema
de ensino, tem a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica", deixando
explícita a ideia de que a escola não pode prescindir da reflexão sobre sua
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intencionalidade educativa. Assim sendo, o projeto pedagógico passou a ser objeto
prioritário de estudo e de muita discussão.
Para André (2001, p. 188) o projeto pedagógico não é somente uma carta de
intenções, nem apenas uma exigência de ordem administrativa, pois deve "expressar a
reflexão e o trabalho realizado em conjunto por todos os profissionais da escola, no
sentido de atender às diretrizes do sistema nacional de Educação, bem como às
necessidades locais e específicas da clientela da escola"; ele é "a concretização da
identidade da escola e do oferecimento de garantias para um ensino de qualidade".
Segundo Libâneo (2001, p. 125), o projeto pedagógico "deve ser compreendido como
instrumento e processo de organização da escola", tendo em conta as características do
instituído e do instituinte. Segundo Vasconcellos (1995), o projeto pedagógico é um
instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da
escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é
essencial, participativa. E uma metodologia de trabalho que possibilita ressignificar a ação
de todos os agentes da instituição (p. 143).
Sendo assim o projeto pedagógico não é modismo e nem é documento para
ficar engavetado em uma mesa na sala de direção da escola, ele transcende o simples
agrupamento de planos de ensino e atividades diversificadas, pois é um instrumento do
trabalho que indica rumo, direção e construído com a participação de todos os
profissionais da instituição.
Falar da construção do projeto pedagógico é falar de planejamento no contexto
de um processo participativo, onde o passo inicial é a elaboração do marco situacional,
sendo este a luz que deverá iluminar o fazer das demais etapas.
2 Justificativa
O PPP tem sido objeto de estudos para professores, pesquisadores e
instituição educacionais em nível nacional, estadual e municipal em busca da melhoria da
qualidade do ensino. O presente estudo tem a intenção de refletir acerca da construção
do PPP entendido como a própria organização do trabalho pedagógico da escola como
um todo.
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A escola é o lugar de concepção, realização e avaliação de seu projeto
educativo, uma vez que necessita organizar seu trabalho pedagógico com base em seus
alunos. Nessa perspectiva, é fundamental que ela assuma suas responsabilidades, sem
esperar que as esferas administrativas superiores tomem essa iniciativa, mas que lhe
deem as condições necessárias para levá-la adiante. Para tanto, é importante que se
fortaleçam as relações entre escola e sistema de ensino. Para isso fizemos reflexões para
a análise dos princípios norteadores e discutimos os elementos básicos, da organização
do trabalho pedagógico, necessários à construção do Projeto Político Pedagógico.
2.1 Dados Gerais
Colégio Estadual Adaucto da Silva Rocha – Ensino Fundamental e Médio,
Código: 00019, Endereço: Rua: Romão Martins, nº 242 – Luiziana PR, CEP: 87.290-000,
FONE/FAX: 0XX 44 3571-11-85. Município: Luiziana-PR, Código: 1382, Dependência
Administrativa: SEED, Código: 02, NRE: Campo Mourão – Pr, Código: 05, Entidade
Mantenedora: Governo do Estado do Paraná. Nível, curso e modalidade oferecida.
Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar No 106/2000 de
12/06/2000.
Distância do Colégio do NRE: 32 km.
e-mail: [email protected]. - [email protected].
2.1.1 Nível, curso e modalidade oferecida
NÍVEL: Educação Básica, com os CURSOS: Ensino Fundamental de 5ª a 8ª
séries e Ensino Médio nas modalidades presencial, e curso CELEM - Curso Básico de
Língua Espanhola, Sala de Apoio Aprendizagem no período da manhã e tarde para
alunos das 5as séries e o Programa Viva Escola.
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2.2 Aspectos Históricos
Unidade Escolar Barão do Cerro Azul extensão do Colégio Estadual Professor
João D’ Oliveira Gomes, funcionou com sede a rua 11, s/nº em Luiziana distrito de Campo
Mourão Estado do Paraná, em 1975, conforme parecer 108/81 de Ensino de 1º Grau que
aprovou o plano de implantação da Lei 5692/71 – Ensino de 1º Grau, da Escola Barão do
Cerro Azul e Colégio Estadual Professor João D’ Oliveira Gomes (extensão de Luiziana),
Resolução 1094/81 de 28 de maio de 1.981.
2.2.1 Alteração de denominação
Escola Adaucto da Silva Rocha – Ensino de 1º Grau de 5ª a 8ª séries pela
Resolução nº 1094/81 que homologou o Parecer nº 108/81 e por Resolução Conjunta nº
65/82 de 20/07/81.
2.2.2 Reconhecimento
A Escola Adaucto da Silva Rocha – Ensino de 1º Grau esta devidamente
reconhecida para ministrar o ensino de 2º grau regular, atual Ensino Médio pela
Resolução nº 1.272/83 do dia 31/05/83.
2.2.3 Autorização de Funcionamento
A Escola Adaucto da Silva Rocha – Ensino de 1º Grau funcionou desde a sua
fundação até o ano de 1979 com turmas de 5ª a 8ª séries. A partir do ano 1980, passou a
funcionar com ensino de 2º Graus através da aprovação do parecer nº 036/80 do DESG
processo nº 012652/80, além da autorização de funcionamento amparada pela Resolução
conjunta nº 065/82, de 29/07/82. Recebeu então, a denominação de Colégio Estadual
Adaucto da Silva Rocha – Ensino de 1º e 2º Graus. Atualmente, esta entidade de ensino
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funciona em prédio próprio, oferecendo os seguintes cursos: Ensino Fundamental
Regular, autorizado pela Resolução nº 3.606/82 de 27/12/82 e reconhecido pela
Resolução nº 656/85 de 11/03/85. O curso do ensino Médio Regular teve seu
funcionamento autorizado pela Resolução nº 976/88 de 13/04/88 e foi reconhecido pela
Resolução nº 3.237/90 de 22/11/90.
2.3 Características da comunidade
Localizado na Região centro-oeste do Estado do Paraná o Município de
Luiziana conta com uma área de 909.357 Km ², sua população ao todo é de 7.204 (censo
de 2007), divididos em 4.350 habitantes na zona urbana e 2.854 habitantes na zona rural.
O município está limitado geograficamente ao Norte com Campo Mourão e Barbosa
Ferraz, ao Leste com Iretama, a Oeste com Mamborê e ao Sul com Nova Cantu e
Roncador, o município conta com uma altitude média 520 metros, sendo na área urbana
777 metros aproximadamente.
Sua população tem em sua maioria procedência dos estados do Rio Grande do
Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba e Bahia.
Os meios de comunicação de maior abrangência no Município são: a Tribuna
do Interior e Gazeta do Centro Oeste, além disso contamos com telefones fixos (DDD e
DDI apenas de uma operadora) e telefonia móvel (GSM, também apenas de uma
operadora) e Internet discada, banda larga e via rádio. Como também temos diversas
estações de rádio que são sintonizadas sendo que as mais populares são: Rádio
Colmeia, Rural AM e FM., Musical FM, Terra FM, Jandaia FM, CBN FM e Tropical FM. Os
sinais de televisão sintonizáveis em nosso município pelo uso de antenas parabólicas são
muitos, entre eles pode-se citar a Rede Globo, SBT, TV.Cultura, TV Escola, Rede
Bandeirantes, Rede Record; Rede Vida, RedeTV, TV Carajás, TV Aparecida, entre outras.
Nível Sócio – Econômico do Município de Luiziana
O Município de Luiziana depende exclusivamente da agropecuária para seu
desenvolvimento econômico, na pecuária destaca-se a criação de bovinos de corte e
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leiteiro, suinocultura, e na agricultura destacam-se as culturas anuais de soja, trigo e em
menor escala cultiva-se arroz, feijão, milho, batata, mandioca. Há também a sericicultura,
silvicultura, apicultura, entre outros.
Devido ao alto grau de mecanização de nossas lavouras e do predomínio da
monocultura há falta de oportunidades de trabalho, na maior parte do ano, gerando um
problema social e urbano bastante sério. Embora a política habitacional já realizada no
município direcionada à população menos favorecida, ainda há habitantes nas vilas e
favelas em moradias precárias, que permanecem na ociosidade, sem grandes
perspectivas de vida.
Quanto ao âmbito urbano, as ofertas de empregos são muito limitadas, pois há
uma saturação em relação ao que é oferecido.
Nas indústrias de madeira de pequeno porte, faltam investimentos, o que
poderia levar a maior oferta de emprego, melhor distribuição de renda e crescimento da
arrecadação do Município.
Os maiores geradores de empregos no Município são os entrepostos da
Cooperativa – Coamo, o comércio, Kibase – fábrica de tijolos, madeireiras, construção
civil, a Prefeitura Municipal, facções (roupas), entre outros.
Mesmo com a existência das modalidades de trabalho acima citadas, não
contempla toda a população economicamente ativa, nossos jovens não encontram
perspectiva de um futuro melhor e submetem-se a qualquer oferta de trabalho que lhe
possa auxiliar no sustento familiar, mesmo que lhe custe deixar de estudar. Assim, cresce
a migração das famílias em busca de novas oportunidades, refletindo nas salas de aula,
pois alguns se submetem diariamente a trabalhos em cidades vizinhas, causando
transtornos em seus estudos.
2.4 Caracterização da clientela escolar
O Colégio conta, no ano letivo de 2010, com um total de 1007 alunos,
matriculados nos turnos manhã, tarde e noite.
A clientela escolar deste estabelecimento situa-se na faixa etária entre os 10 e
17 anos, excetuando alguns casos de alunos com idade superior.
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Os alunos que compõem o Colégio são oriundos da área central da cidade, da
área periférica de todos os quadrantes da zona urbana e também da área rural.
O nível sócio econômico cultural é variável. As famílias têm em média 04 filhos,
sendo que estes, em sua maioria, colaboram com o orçamento familiar, permitindo uma
renda média de 1 a 3 salários mínimos.
O Colégio tem uma boa credibilidade junto à comunidade escolar, sendo
bastante valorizado por toda cidade. Analisando e avaliando os anseios dos pais, pode-se
observar que eles também almejam um ensino de boa qualidade para seus filhos.
Espera-se que com uma nova concepção de avaliação e a utilização de novas
metodologias de ensino, seja possível atingir os alunos com dificuldades de
aprendizagem e alterar substancialmente o resultado final, mantendo baixos índices de
retenção e diminuindo a evasão escolar.
2.4.1 Quadro demonstrativo do número de classes de alunos:
Série Quantidade
de turmas
Turno Nº de
alunos
5ª 2 manhã 66
5ª 2 tarde 66
6ª 2 manhã 67
6ª 3 tarde 95
7ª 2 manhã 52
7ª 3 tarde 75
7ª 1 noite 22
8ª 2 manhã 63
8ª 2 tarde 55
8ª 1 noite 24
1º 1 manhã 41
1º 1 tarde 35
1º 1 noite 35
2º 2 manhã 45
2º 1 tarde 31
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2º 1 noite 25
3º 1 manhã 35
3º 1 tarde 26
3º 1 noite 27TOTAL DE TURMAS = 30 TOTAL DE ALUNOS = 885
2.4.2 Atividade Complementar
Modalidad
e
Quantidade
de turmas
Turno Nº de
alunos
VIVA
ESCOLA
1 tarde 24
ESPANHO
L - básico
2 Noite 59
2.4.3 Número de Professores e Funcionários
Professores: 45 (quarenta e cinco)
Pedagogos: 03 (três)
Funcionários: 17 (dezessete)
3 Objetivos
3.1 Objetivos Gerais
Objetivamos com este Projeto Político Pedagógico, resgatar a identidade e a
função social da Escola Pública do Paraná, uma vez que a proposição da elaboração
desse documento responde às necessidades da escola de refletir sobre sua prática
pedagógica, assumindo a responsabilidade do seu comprometimento na construção de
uma sociedade mais justa, humana e igualitária.
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3.2 Objetivos específicos
• Resgatar a identidade e a função social da escola;
• Conhecer a organização, a dinâmica da escola e a realidade social onde
ela está inserida;
• Respeitar as diferenças de cada cidadão que queremos formar;
• Refletir sobre sua prática pedagógica, assumindo a responsabilidade do
seu comprometimento na construção de uma sociedade mais justa e
humana;
• Reconhecer os direitos humanos e o exercício dos direitos e deveres da
cidadania, como fundamento da preparação do educando para a vida;
• Buscar a equidade no acesso à educação, ao emprego, à saúde, ao
meio ambiente saudável e a outros benefícios sociais;
• Garantir a vinculação do mundo do trabalho com a prática social,
privilegiando a formação para o exercício da cidadania.
4 Princípios filosóficos do trabalho escolar
4.1 O Desafio das diferenças na escola
É bom sinalizar que qualquer caminho trilhado no sentido de lidar com as
diferenças no cotidiano educacional não é neutro, nem ideal. Todos nós estamos
marcados por nossas visões de mundo, por valores incorporados ao longo da nossa
existência, por idéias e ideais construídos ou apreendidos, por concepções a respeito da
vida e do mundo. É bom lembrar que a Vida, no singular e no plural, é muito mais
abrangente do que nossa condição humana pode captar, compreender, capturar.
Estamos diante do desafio, talvez similar ao momento que antecedeu à
invenção da roda, talvez um desafio menos conceitual e mais prático, mais vivencial, que
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nos coloca diante dos nossos próprios preconceitos, do nosso racismo, do nosso
machismo, do nosso elitismo.
Trabalhar com a percepção da existência da diferença, como uma constante,
obriga-nos a rever valores, posições, preconceitos:
É fácil perceber a humanidade no que é espelho, no que consideramos ser
semelhante a nós, ou no que desejamos ser e valorizamos. É fácil reconhecer, portanto, a
humanidade de Gandhi, da criancinha que achamos lindinha, limpinha e arrumadinha.
Mas naquele ou naquela que desprezamos, abominamos, desqualificamos, desejamos
ver longe de nós, tal reconhecimento é de fato muito difícil.
O que se exige de nós, em termos de força, não nos silenciarmos diante de
qualquer tipo de discriminação, de injustiça social, cultural, ou de qualquer espécie? O
que de energia é exigido de nós, em termos de aprendizagem, crítica e reflexão, para
conseguirmos reconhecer, analisar e avaliar tais situações?
Ora, uma educação inclusiva, no sentido de incluir na pauta as diferenças, o
contato, o diálogo, a interação com as diferenças, coloca a própria escola num lugar de
questionamento quanto ao seu papel, seu sentido, seu significado. Qual o papel da escola
num contexto multicultural que se sabe político, e que não se propõe racista, nem elitista,
nem machista, nem etnocêntrico... É essencial percebermos a dimensão disto tudo. O que
nós, como educadores, faremos? E como faremos? Como nosso currículo se configurará?
Como serão e deverão ser nossas aulas, nossa avaliação, nossa sala de aula? Como
será nossa postura? Como não sermos tão individualistas e julgarmos que os outros são
muito diferentes de nós, a ponto de nos transformarmos numa ilha cercada de ilhas por
todos os lados? Como não ser tão universalistas a ponto de apagarmos as singularidades
culturais, políticas, sexuais, sociais, intelectuais? Como levar em consideração todos os
segmentos da escola?Como enfrentar que nossas mais belas intenções e ações são
ainda incipientes, que são muito poucas, embora necessárias?
Somos todos fadados à multiplicidade e a história nos coloca diante do grande
desafio de aceitar a diferença e aprendermos a ser mais ecológicos, com respeito,
sabedoria, humildade, quiçá com amor, a lidar com tudo isso em todos os espaços,
sobretudo, o que é o nosso caso, na escola. Neste caso, precisamos fortalecer nossa
autonomia, nossa capacidade de ler e aprender no/com o mundo, assumirmos a nossa
responsabilidade em escrever no e para o mundo nossas experiências na busca da
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invenção da nossa roda, a roda de trabalhos multiculturais conscientes, críticos, criativos
e, assim, contar essas experiências, esse exercício, sair dos muros da escola no sentido
de compartilhar nossas ações com outros coletivos e fortalecer a complexa rede de
produção de saberes da humanidade.
4.1.1 Concepção de Educação Inclusiva
Analisando a evolução histórica dos movimentos para universalizar o acesso às
escolas, conclui-se que o paradigma da inclusão vem caracterizar uma orientação que,
necessariamente, diz respeito à melhoria da qualidade e das respostas educativas de
nossas instituições de ensino-aprendizagem, para todos.
Embora este movimento esteja predominantemente relacionado ao alunado da
Educação Especial, é um equívoco supor que a proposta diz respeito a esses sujeitos,
apenas. A inclusão educacional implica no reconhecimento e atendimento às diferenças
de qualquer aluno que, seja por causas endógenas ou exógenas, temporárias ou
permanentes, apresenta dificuldades de aprendizagem.
A inclusão educacional para efetivar-se necessita de suporte da Educação
Especial, incluindo a implantação ou implementação de uma rede de apoio.
Para o ano de 2010 o Colégio Estadual Adaucto da Silva Rocha conta com
Sala de Apoio-aprendizagem aos alunos de 5a série.
4.2 A nossa filosofia de trabalho
Nossa filosofia está voltada para os interesses da sociedade[2], buscando
garantir uma educação de excelência, mobilizando alunos e professores para a
socialização do processo de produção do conhecimento, formando cidadãos aptos a
entender, participar e transformar esta sociedade.
Portanto os pressupostos filosóficos do estabelecimento de ensino estão
voltados para o interesse da comunidade, facilitando o reconhecimento e valorização da
diversidade cultural e das formas de perceber e expressar as realidades próprias dos
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gêneros, das etnias e das muitas regiões e grupos sociais do país, planejando o espaço e
tempo para acolher e expressar a diversidade dos alunos e propiciar trocas de
significados, pois o reconhecimento dos direitos humanos e o exercício dos direitos e
deveres da cidadania, como fundamento da preparação do educando para a vida,
buscando a equidade no acesso à educação, ao emprego, à saúde, ao meio ambiente
saudável e a outros benefícios sociais.
Diante do momento que se apresenta em nosso país, no qual buscamos
soluções para a melhoria da qualidade de vida do cidadão, é que fundamentamos os
estudos nos princípios norteadores da SEED, em torno dos quais inspiram a Constituição
e a LDB.
Para observância deverão ser coerentes com estes princípios, a prática
administrativa e pedagógica dos sistemas da escola, as formas de convivência no
ambiente escolar, os mecanismos de formulação e implantação de política educacional,
os critérios de alocação de recursos, a organização do currículo e das situações de
ensino – aprendizagem e os procedimentos de avaliação.
A escola almeja uma nova organização para os Educadores, Pais,
Funcionários, Equipe Pedagógica e principalmente para os alunos, oferecendo uma
educação para a vida, que como princípio educativo, busca-se para o aluno um perfil de
formação mais condizente com as características da produção pós-industrial, contribuindo
para a formação de um novo cidadão, mais consciente de seus direitos e obrigações,
possibilitando a compreensão do que é ensinado e o uso do aprendizado na vida prática,
estimulando a sua vontade de aprender, o seu espírito crítico, a sua capacidade de
resolver problemas, oportunizando a todos a chance de se apossarem de conhecimentos
científicos, sociais, materiais e estéticos que foram e estão sendo construídos pelo
homem ao longo de sua história, enfim, que lhe indique o caminho para se tornar uma
pessoa apta a exercer sua cidadania.
5 Princípios norteadores da educação
A construção do PPP, segundo Veiga (2001, p. 16), como organização do
trabalho da escola, parte de alguns princípios norteadores, os quais fundamentamos
nossos estudos:
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IGUALDADE: a escola deve oferecer condições de acesso e permanência para
todos, com qualidade. Direito este previsto na LDB (Lei de Diretrizes e Bases).
LIBERDADE: Liberdade para aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a arte e o
saber direcionados para uma intencionalidade definida coletivamente.
QUALIDADE: Propiciar a qualidade para todos, através de um
desenvolvimento global do indivíduo, levando este a superar os desafios do processo
educacional. A escola de qualidade deve evitar a repetência e a evasão, garantindo um
bom desempenho de todos os educandos.
DIVERSIDADE CULTURAL: Promover o conhecimento das diferentes
condições de vida social, econômica, política e cultural do município, região, estado e do
país, oportunizando a construção do pensamento crítico sobre as riquezas culturais e os
limites do desenvolvimento humano no contexto social.
COMBATE AO ANALFABETISMO: elaborar projetos garantindo o acesso aos
processos educacionais e a permanência nos mesmos com qualidade, superando a
incapacidade de ler e escrever, permitindo a este uma atuação eficaz em seu grupo e
comunidade, que lhe permitam, também, continuar usando a leitura, a escrita e o cálculo
a serviço de seu próprio desenvolvimento e do desenvolvimento de sua comunidade.
GESTÃO DEMOCRÁTICA: abrange as dimensões pedagógicas,
administrativas e financeiras. Implica principalmente o repensar da estrutura de poder na
escola, tendo em vista sua socialização.
VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO: a melhoria da qualidade de ensino está
intimamente ligada a formação do educador, inicial e continuada. A escola deve oferecer
condições de trabalho com variedade de recursos didáticos, materiais, recursos físicos,
redução do número de alunos por turma, entre outros requisitos que possam auxiliar na
melhoria da qualidade educativa.
Na construção da nova organização do trabalho na escola, podemos apontar
sete elementos básicos: as finalidades da escola, a estrutura organizacional, o currículo, o
tempo escolar, o processo de decisão, as relações de trabalho e a avaliação.
É necessário definir coletivamente as finalidades da escola. Para tanto, é
imprescindível refletir sobre a ação educativa desenvolvida pela escola, a fim de reforçar
e detalhar, com maior clareza, os objetivos defendidos pela escola.
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A estrutura organizacional dispõe das estruturas administrativa e pedagógica,
sendo necessário analisar e estabelecer claramente suas funções:
Administrativa: locação e gestão de recursos humanos, físicos e financeiros.
Fazem parte, também, a arquitetura do edifício escolar e a maneira como ele se
apresenta: equipamentos e materiais didáticos, mobiliário, distribuição das dependências
escolares e espaços livres, cores, limpeza e saneamento básico (água, esgoto, lixo e
energia elétrica).
Pedagógica: interações políticas, questões com o ensino-aprendizagem e
currículo. Enfim, todos os setores necessários ao desenvolvimento do trabalho
pedagógico.
O currículo é a construção social do conhecimento, expressa numa cultura.
Este refere-se à organização do conhecimento escolar. Na sua organização devemos
considerar que não se trata de um instrumento neutro, mas que “implica nas questões de
poder, pois transmite concepções sociais, produz identidades individuais e sociais”
(BORBA, SCHULTE E DIRSCHABEL, 2001). Deve almejar a integração e preservar a
formação do ser pensante, crítico e participativo.
O tempo escolar define o calendário, os dias letivos, os horários das aulas, o
número de aulas determinadas por disciplina ... Tudo isso implica em constantes
indagações e reflexões acerca das finalidades estabelecidas pela escola.
No processo de decisões, ressalta-se a necessidade da participação de todos
os envolvidos com a educação escolar. Torna-se importante enfatizar que, o projeto-
pedagógico propõe relações de trabalho na escola que enfatizam a solidariedade, a
reciprocidade e a participação coletiva.
A avaliação no PPP deve favorecer o desenvolvimento das capacidades do
aluno de apropriar-se de conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos produzidos
historicamente pela humanidade e deve ser resultante de um processo coletivo de
avaliação diagnóstica.
A construção coletiva do PPP amplia as possibilidades e implica em fazer
rupturas com o presente para avançar e alcançar qualidade na educação.
“O Projeto Político-Pedagógico constitui-se num processo democrático de
tomada de decisões, com o objetivo de organizar o trabalho pedagógico, no sentido de
19
trabalhar os conflitos na busca de superar relações competitivas, corporativas e
autoritárias, diminuindo a fragmentação escolar. É construído com o envolvimento de
todos, pela discussão, análise e posicionamento, e se organiza em nível pedagógico e
político. Político, porque intencionamos a formação de um determinado tipo de homem,
escola e sociedade, sendo necessária a interferência nesta direção, comprometendo-nos
com a concretização desta intencionalidade. Pedagógico porque efetivamos estas
concepções através da ação educativa, que deve nos remeter a uma reflexão sobre a
relação do homem no mundo e com o mundo e a explicação destes determinantes. Por
ser um projeto, não está pronto e acabado, uma vez que supõe uma busca constante de
alternativas viáveis à efetivação do trabalho pedagógico, exigindo uma atitude de
pesquisa e reflexão sobre a realidade cultural do aluno, da escola e das práticas
educativas numa perspectiva não excludente”. (Proposta Curricular de Santa Catarina:
Educação infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, edição 1998)
5.1 Construção do Projeto Pedagógico - Um fazer coletivo
Em seus escritos, VEIGA (1996), traz reflexões acerca da construção do
projeto político-pedagógico nas escolas. Destaca-se a construção de um projeto em
busca da real qualidade de ensino, em acordo com as especificidades presentes em cada
comunidade escolar.
Para isso, precisamos envolver todos os que contribuem com o ambiente da
escola: pais, alunos, educadores, funcionários, direção e comunidade social, os quais,
num processo de coletividade, encontrem os fundamentos e as necessidades que
nortearão o P.P.P. Temos a escola como um ambiente de construção de conceitos,
transmissão dos conhecimentos historicamente acumulados e de formação da cidadania
de maneira crítica e atuante na sociedade.
Além desse aspecto, a escola é também uma instituição burocrática, a qual,
possui profissionais de cunho administrativo que prestam contas dos investimentos da
instituição e manutenção do prédio escolar.
Todo esse conjunto que forma a escola busca, através do projeto político-
pedagógico, além de qualidade e organização do trabalho pedagógico, uma autonomia
que a fortaleça enquanto o sistema de ensino pela comunidade que a cerca e pela
20
assistência que lhe atende as instâncias superiores.
A construção coletiva do P.P.P. é algo evidente neste processo:
“(...) busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido
explícito, com um compromisso definido coletivamente. (...) o projeto político–pedagógico
como um processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola, na
busca de alternativas viáveis à efetivação de sua intencionalidade, que não é descritiva ou
constatativa, mas é constitutiva.” (VEIGA, 1996, p. 23).
Conscientizar-se de que a escola é um local de desenvolvimento crítico e real,
onde se almeja acontecerem esses ideais fora do papel, abrangê-lo nas ações da escola
como um todo, juntamente com suas finalidades de: cultura, política, sociedade humana,
profissional e de formação. Todo esse conjunto que compõe este ambiente faz-se
identificar e detalhar seus objetivos a um significado, atingindo de forma eficiente suas
determinações enquanto instituição de ensino.
Permeiam assim todas as questões que circundam os ambientes escolares,
presentes no P.P.P, desde sua estrutura, planejamento, interação e currículo, efetivando
uma ação ideológica presente no contexto social existente, comprometendo-se com o
desenvolvimento do indivíduo e sua autonomia, preocupando-se também, com um
calendário escolar bem estruturado para organizar toda essa construção.
Necessita determinar, em questões temporais, reflexões entre grupo escolar,
formação e oportunizar aos alunos outros espaços, para fazer a escola acontecer dentro
de seus interesses pressupostos em seu trabalho de ensino.
Esses momentos reflexivos devem considerar uma autocrítica de todo esse
envolvimento, sua construção enquanto projeto, confronto de interesses pela escola e o
encontro de solucionar as necessidades presentes.
Ao se conhecer a realidade escolar, nos acionamos em destacar uma avaliação
dentro de uma visão crítica, percebendo os resultados de toda a ordem do trabalho
pedagógico, pois, ao se ter conhecimento dos problemas que existem em todo o ambiente
escolar, compreender e coletivamente diagnosticar tais situações enquanto aluno,
educador, sociedade, busca-se o desenvolvimento das capacidades dos alunos, ser
consciente das mudanças necessárias à comunidade escolar e do ser cidadão.
O P.P.P implica de maneira significativa na organização do trabalho
21
pedagógico e sua reflexão acerca do cotidiano da escola por ser um processo de
construção coletiva, permitindo assim, que se amplie o encontro entre todos os envolvidos
com a escola e as mudanças que urgentemente são necessárias em todo o meio que
cerca essa instituição por contextualizar a ação envolvente.
O P.P.P não deve cumprir uma burocracia e nem ficar registrado num monte de
papel escrito estocado numa gaveta, é um instrumento essencial na construção da
sociedade.
6 Marco situacional
Podemos considerar que os problemas ligados à precarização do trabalho
escolar não são recentes no país, mas constantes e crescentes, e cercam as condições
de formação e de trabalho dos professores, as condições materiais de sustentação do
atendimento escolar e da organização do ensino, a definição de rumos e de abrangência
das dimensões da escolarização, processo esse sempre precário, na dependência das
priorizações em torno das políticas públicas. Notadamente a partir dos anos 70 do século
XX, acentua-se no país o agravamento das condições econômicas e a deterioração do
sistema público de ensino, a par de sua expressiva expansão, repercutindo com efeitos
desastrosos no funcionamento das escolas, especialmente nos grandes centros urbanos
(Paiva et al., 1998).
Nas décadas seguintes, 1980 e 1990, as interferências dos organismos
internacionais de financiamento, já presentes e decisivas, tornam-se mais expressivas,
incidindo sobre os rumos da escolarização e sobre a formação de seus profissionais. No
concerto de projetos sociais e acordos necessários aos arranjos da globalização, as
políticas educacionais geradas nesse período se explicitam, inclusive, em
redirecionamentos curriculares.
Já se produziram diversas análises das recentes políticas educacionais e
reformas de ensino, que discutem as implicações da globalização econômica e da
hegemonia política do neoliberalismo sobre a educação brasileira.
São complexas as mudanças pretendidas, objetivando articular e mudar o foco
dos conteúdos e também organizar o processo pedagógico de modo que possibilitem
22
aprendizagem contínua e avanços diferenciados aos alunos.
Por bom senso já se pode afirmar que qualquer que seja a direção que se
queira, as mudanças exigem condições de trabalho quase sempre ausentes em nossas
escolas. Apesar das promessas da atual reforma relativas à melhoria do quadro da
escolarização dissolvem-se ou, pelo menos, tomam a feição concreta de um projeto de
governo que desconhece ou não se importa com a realidade da nossa escola pública, que
não destoa da vida de seus usuários e que é a instituição na qual se expressa a face mais
dura da organização econômica e social em que se produz a vida de nossas crianças e
jovens.
Até o momento temos um sistema educacional que não apresenta uma visão
clara de sua identidade e função social, desarticulado do contexto socioeconômico, não
respondendo aos interesses e necessidades vivenciadas pela classe trabalhadora na qual
está inserido, não oferecendo uma educação voltada à cidadania.
Os maiores desafios para a escola são:
• Desigualdade social e econômica;
• Questões intempéricas, dificultando o deslocamento até a escola, devido ao
transporte escolar (chuva), faltas frequentes;
• Desmotivação pela própria questão social;
• Evasão e repetência escolar;
• Gravidez e/ou casamento precoce;;
• Período de safra e entressafra;
• Atestados médicos (faltas justificadas, mas que interferem no desenvolvimento da
aprendizagem);
• Desinteresse pela aprendizagem e conhecimento.;
• Falta de pré-requisitos básicos para a etapa em estudo;
• Famílias desestruturadas;
• Falta de perspectiva de vida por parte dos alunos;
• Baixo nível de escolaridade e analfabetismo familiar;
23
• Fatores emocionais, sociais, orgânicos, econômicos e culturais;
• Período noturno: jornada diária de trabalho;
• Indisciplina em sala de aula;
Mesmo diante de tantos desafios, a escola hoje se encontra em um processo de
construção da sua identidade e a sua função social, promovendo projetos articulados com
a realidade social dos seus alunos e as particularidades de sua comunidade. Portanto
através de um trabalho compromissado dos professores equipe pedagógica e direção tem
se procurado oferecer um saber mais sistematizado, ativo, articulado, explícito, crítico,
orgânico contextualizado, científico, útil e prático, necessário para o bem viver e o
conviver, refletido em um ensino de qualidade respeitando sempre as singularidade dos
nossos alunos.
7 Marco conceitual
7.1 Cidadania
Para atingir o objetivo de construir uma escola democrática, igualitária,
participativa, formativa e crítica é necessário a concepção de uma cidadania plena e
consciente dos direitos e deveres atribuídos a todas as pessoas.
Os indivíduos devem ter ciência da importância da educação para a formação
da pessoa humana como um todo, assim como das instituições que contribuem para esse
processo. Cidadão que não aceite de forma passiva tudo o que é imposto pela sociedade,
mas que almeje a mudança, certo de que ela começa do interior para o exterior, do
individual para o coletivo. A formação da cidadania consciente acontecerá quando o
indivíduo conseguir sair da zona de conforto em que se encontra, onde o poder público
assume um papel paternalista/assistencialista e o indivíduo o papel de dependência
desse sistema. A cidadania requer uma atitude de independência, que o indivíduo adquire
quando passa a pensar sobre a realidade em que se encontra. Nessa dinâmica do
pensar, a escola exerce um papel fundamental, bem como, todos os profissionais que
nela se encontram inseridos.
24
7.2 Cultura
Tendo como base as concepções dos autores estudados no texto e analisando
a realidade na qual convivemos em nosso escola consideramos que faz-se necessário
uma concepção de cultura que identifique, conheça e vivencie o multiculturalismo, que
vise a transformação do ser humano, da sociedade e do mundo.
Não existe uma cultura superior ou inferior a outra, o que temos é uma
diversidade cultural que precisa ser aceita, valorizada, respeitada e reconhecida como
parte do ser humano.
7.3 Trabalho
O trabalho depende intimamente de vários fatores: cultura, sociedade, homem,
mundo, conhecimento, tecnologia, educação, cidadania, ciência. É necessário ter
compromisso/comprometimento para cumprimento e obtenção dos objetivos. No trabalho
e em suas relações é necessário buscar o despertar do interesse no homem, cidadão do
conhecimento, que direcionará a uma construção diferenciada e atual de sociedade,
envolvendo o homem/cidadão pensante e criativo, certos de suas interferências na
sociedade, buscando respostas para seus problemas. Faz-se necessário ter uma visão
clara do objetivo de cada disciplina e sua interferência na formação do ser humano, capaz
de usar plenamente suas potencialidades.
Historicamente a visão de trabalho evolui de acordo com o momento histórico
vivenciado. Vimos na sociedade capitalista a busca pelo ter e hoje vemos a busca do ser,
para alcançar a eficiência, a cidadania, a conquista de direitos a fatores essenciais para
existência humana, é fazer o homem olhar para dentro de si.
O conhecimento deve servir para o despertar de novas conclusões, primando
para a compreensão do viver e conviver interferindo na vida em vistas às transformações,
onde o cidadão seja somente produto dentro de sua realidade, mas que sua interferência
esteja pautada na ciência, no conhecimento, nas tecnologias. Assim teremos uma
educação permeada pela busca da construção da cidadania em que o homem esteja
voltado para a compreensão de sua própria existência, e que o trabalho não apenas o
dignifique e supra suas necessidades, mas idealize essa prática para a busca de novas
25
alternativas. Que a escola busque o lado humano, o ser, objetivando a complexidade
humanística, inserindo o cidadão no contexto de mundo com todas as interferências e
construções existentes.
Enfim, tem-se a realização humana com êxito. É pertinente ressaltar o
compromisso de cada família ao definir as prioridades educacionais e de vida dos seus.
7.4 Homem
A escola prima por um indivíduo que não seja: submisso, dominado pela
ideologia da mídia inseguro, sem perspectiva de vida e que não acredita no seu potencial,
mas que seja transformador da realidade na qual está inserido. Pressupõe-se que ele é
um ser histórico, que pode escrever a sua história de uma maneira crítica, construtiva,
traçando metas e buscando alcançá-las, sem prejudicar o meio onde vive, tendo
consciência do desenvolvimento, buscando-o com sustentabilidade.
7.5 Ciência
Devemos ter uma concepção de ciência que se constrói historicamente,
portanto mutável, compreendendo-a como a soma dos esforços humanos, de explicar de
forma sistematizada a realidade humana, na busca da emancipação do ser humano.
7.6 Educação
Pretendemos uma educação voltada para a transformação social, sendo esta
libertadora, crítica e humanitária. Oportunizando ao educando um conhecimento científico,
político e cultural visando formar um cidadão crítico e consciente de seus direitos e
deveres, preparado para a vida. Um indivíduo capaz de interagir com o outro e com o
meio ambiente de forma equilibrada.
26
7.7 Tecnologia
Que a tecnologia seja o material de apoio ao processo ensino-aprendizagem,
cujo mediador é o professor e o aluno o aprendiz de um pensar novo que direcione a
descobertas do mundo a sua volta, apaixonando-se pelo conhecimento e não apenas pela
técnica.
7.8 Sociedade
Para a sociedade que queremos; faz-se necessário proporcionar ações que
contribuam para o pleno desenvolvimento dos cidadãos, viabilizando uma sociedade mais
esclarecida através do conhecimento de seu processo histórico e relacional entre os
indivíduos. Uma sociedade que busque construir oportunidades de participação efetiva de
todos, combatendo o individualismo e o conformismo, onde seja valorizado o ser e não o
ter.
7.9 Conhecimento
O conhecimento é construído através das interações humanas. Esse
conhecimento é influenciado pelo modo de produção, gerando uma concepção de
homem, ideologia, cultura e sociedade. Na sociedade capitalista o conhecimento é detido
por uma minoria dominante que utiliza a seu favor, mantendo uma sociedade de classes.
Cabe à escola socializar e possibilitar a apropriação deste conhecimento pelos
educandos, permitindo aos mesmos reconhecer seus deveres e defender seus direitos.
Diante do exposto, queremos para nossa instituição de ensino um
conhecimento dinâmico com liberdade na troca de experiências, que busque inovações,
procurando sair das atividades rotineiras, instigando o aluno a ousar, por em prática o
conhecimento científico mediado pela escola, adquirindo senso crítico e autonomia para
tomada de decisões.
O conhecimento é percebido quando há manifestação de mudança de atitudes
27
e comportamentos, frente a situações vividas e a prática social. Portanto o conhecimento
mediador, num processo ação-reflexão-ação simultaneamente, possibilita a
transformação social.
7.10 Avaliação
A concepção de avaliação é comumente relacionada a ideia de mensuração de
mudanças do comportamento humano. Essa abordagem possibilita fortalecer a ênfase no
aspecto quantitativo, gerando consequentemente uma medida.
No entanto, a avaliação vai além da medida. Abrange também os aspectos
qualitativos, que são muito mais difíceis de serem considerados, tendo em vista que
envolvem objetivos subjetivos, posturas, políticas e valores.
As práticas de avaliação são definidas pelas concepções de mundo dos
profissionais envolvidos no processo, ou seja a definição dos instrumentos de avaliação
são determinadas pelas ideias e modelos da realidade do sistema em que o profissional
atua.
Na realidade, corresponde a um meio de controle feito através de atribuição de
pontos ou notas, para que os alunos realizem as tarefas propostas e tenham o
comportamento esperado. A nota, portanto, passa a representar um objetivo diferente da
representação do rendimento do aluno.
O compromisso do aluno então, não é com o conhecimento, mas sim com o
sucesso nesses instrumentos estipulados. A preocupação está em obter os pontos
determinados para cada atividade escolhida dentro do processo avaliativo.
Além disso, podemos perceber que a escola se tornou uma instituição
formadora obrigatória, principalmente no ocidente. A ideia de que toda criança tem que ir
para a escola, retira do indivíduo a liberdade de escolha. O direito do cidadão é quanto à
educação, mas perguntamos por que a educação está restrita somente à escola?
A didática ensino/aprendizagem como opção única da escola, é algo feudal,
tipicamente de cima para baixo, solidificando o conceito de "educação bancária", onde de
um lado como único sujeito (ensinar) e de outro como único objeto (aprender).
28
Aprender, como papel exclusivo do educando significa cristalizar a atitude de
submissão e obediência. O educador, o "verdadeiro" educador, não precisa dessa
submissão. Enquanto não se perceber que didática deve ser estratégia emancipatória,
educação representará o passado.
Por outro lado, a educação, modernamente vista, não significa apenas bem em
si e instrumentação fundamental da cidadania, mas condição de produtividade
econômica. Com certeza, o sistema produtivo moderno valoriza a formação básica porque
garante condições mais favoráveis de lucratividade. Todavia, isto serve de gancho
estratégico para valorizar educação como investimento possivelmente mais relevante no
desenvolvimento.
É importante ressaltar que educação só tem a perder se ficar isolada da
dimensão política de emancipação. Fundamental é reconhecer que, hoje, posições rígidas
apenas fossilizam o conhecimento, que é o fator motor principal da nova sociedade
globalizada. O centro da inteligência é aprender a aprender, saber pensar, ser crítico e
analítico. Esse deve ser o centro da educação, e é dentro dessa perspectiva que a
avaliação do desempenho escolar deve ser concebida.
A forma de registro avaliativo é através de notas e sua periodicidade de registro
é bimestral, conforme consta no Regimento Escolar.
Para os alunos de baixo rendimento escolar será proporcionado Recuperação
de Estudos ao longo da série e do período letivo.
A Recuperação de Estudos será planejada, constituindo-se num conjunto
integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades do aluno.
A Recuperação de Estudos realizada durante o ano ou período letivo deverá
constar em livro registro de classe.
A carga horária da recuperação de estudos será inserida no cômputo das 800
(oitocentas) horas anuais.
Na Recuperação de Estudos o Professor considera a aprendizagem do aluno
no decorrer do processo e, para aferição do bimestre, entre a nota de Avaliação e a da
Recuperação, prevalecerá sempre a maior.
O Colégio Estadual Adaucto da Silva Rocha – Ensino Fundamental Regular e
Ensino Médio Regular, oferece a Recuperação Paralela aos alunos de aproveitamento
29
insuficiente dos conteúdos não assimilados durante o bimestre, através de: Pesquisas,
trabalhos individuais ou em grupos, dissertações, atividades extra-classe, avaliações
objetivas e subjetivas, trabalhos com vídeo.
Regimento Escolar: Avaliação
Art. 108 - A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino
e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento
pelo aluno.
Art. 109 - A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
Art. 110 - A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando
métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades
educativas expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola.
Parágrafo Único: É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a
um único instrumento de avaliação.
Art. 111 - Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão
elaborados em consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-
Pedagógico.
Art. 112 - A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o
acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos
alunos entre si.
Art. 113 - O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a
reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Art. 114 - Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos
durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento
escolar, tomado na sua melhor forma.
Art. 115 - Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
Art. 116 - O Sistema de Avaliação Bimestral será composto pela somatória da
nota 4,0 (quatro) referente a atividades diversificadas; mais a nota 6,0 (seis) resultante de
30
no mínimo 02 (duas) avaliações (instrumentos diversificados), totalizando nota final de
10,0 (dez). A avaliação do aproveitamento escolar deverá ser feita por instrumentos
diversificados, tais como: provas, debates, experiências, testes orais e escritos, tarefas
específicas, trabalhos práticos, pesquisas, participação em trabalhos coletivos e ou
individuais, apresentação de trabalhos.
Art. 117 - A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos
em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Art. 118 - A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente
do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
Art. 119 - A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Art. 120 - A recuperação será organizada com atividades significativas, por
meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. A proposta de recuperação
de estudos também deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina.
Art. 121 - Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de
sua vida escolar.
Parágrafo único- Os resultados da recuperação serão incorporados às
avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente
do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe.
Art. 122 - O estabelecimento de ensino proporcionará a Recuperação Bimestral
a todos os alunos que não atingirem a nota integral, sendo por:
I. Revisão dos Conteúdos: para melhorar seu desempenho o aluno deverá
rever os conteúdos relativos à disciplina em recuperação e refazer as atividades.
II. Atividade de Recuperação: O aluno receberá Orientação de Estudos, em
impresso próprio, abrangendo o conteúdo proposto e uma relação de exercícios para
serem desenvolvidos até o dia da avaliação e entregues ao professor. Esta atividade terá o
valor máximo de 4,0 (quatro) pontos.
III. Avaliação de Recuperação: Trata-se de uma Avaliação com valor máximo
de 6,0 (seis) pontos. Seu conteúdo é aquele indicado pelo professor e que consta da
Atividade de Recuperação, proposta na Orientação de Estudos.
IV. Melhoria de Aproveitamento: A nota da Avaliação de Recuperação +
Atividade de Recuperação constituirá a nota de Recuperação Paralela.
V. Substituição: Haverá substituição de notas se o resultado obtido for
31
superior àquele atribuído no bimestre. Caso seja inferior, não haverá substituição.
VI. Ciência ao aluno: Após a correção da Avaliação de Recuperação, o
professor informará ao aluno o resultado final do Processo de Recuperação (Atividade de
Recuperação + Avaliação de Recuperação). Estes dois documentos ficam guardados pelos
professores, como registro de Recuperação
Parágrafo Único – A recuperação do aproveitamento escolar deverá ser feita
por instrumentos diversificados, tais como: testes, provas, debates, experiências, tarefas
específicas, trabalhos, pesquisas, participação em trabalhos coletivos e ou individuais.
Ainda consta no Regimento Escolar da instituição que:
Este estabelecimento de Ensino oferta a Matrícula em Regime de Progressão
Parcial ao aluno reprovado em até três (3) disciplinas.
O Regime de Progressão Parcial exige, para aprovação a frequência de 75% e
o aproveitamento mínimo de seis vírgula zero (6,0).
Este Estabelecimento oferta a matrícula em Regime de Progressão Parcial no
(s) curso de Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Esta Instituição de Ensino ofertará Plano Especial de Estudos aos alunos,
quando houver impossibilidade do Educando frequentar a Dependência em turno
concomitante.
O Plano Especial de Estudos deverá ser aplicado ao aluno bimestralmente.
O aluno submetido ao Plano Especial de Estudos ficará dispensado da
frequência prevista em Lei.
O Plano Especial de Estudos, deverá ser registrado em Relatório que deverá
integrar a pasta individual do aluno.
É vedada a matrícula inicial no Ensino Médio ao aluno com Dependência no
Ensino fundamental.
O aluno, contemplado pela Progressão Parcial em até três (3) disciplinas,
estará reprovado caso não passe em uma delas, devendo cursar novamente a série.
(Parecer nº 282/2000 – CEE).
32
Este estabelecimento de Ensino expedirá o certificado ou diploma de conclusão
de curso após o atendimento integral do currículo e da respectiva carga horária,
observados os mínimos exigidos por Lei e eliminadas as Dependências ocorridas ao
longo do curso.
Em se tratando de aluno reprovado, em até três (3) disciplinas, em
Estabelecimento de Ensino, que não oferte o regime de Matrícula com Progressão
Parcial, ao transferir-se para este Estabelecimento, esse aluno:
• Não usufruirá dos benefícios de Progressão Parcial;
• Sua matrícula será feita na mesma série em que ficou retido;
Este Estabelecimento de Ensino poderá realizar a Reclassificação, caso a
matrícula ocorra no início do ano letivo;
Ao receber transferência de aluno cumprindo disciplina (s) em Dependência no
Estabelecimento de origem, este Estabelecimento o atenderá na forma de Adaptação;
Terá direito à Progressão Parcial, a partir do momento em que vier a estudar
neste Estabelecimento.
A expedição de certificado ou diploma de conclusão de grau só se dará após o
atendimento integral do currículo pleno e da respectiva carga horária, observados os
mínimos exigidos pela lei e eliminadas as Dependências ocorridas ao longo do curso.
7.11 Educação no Campo
A Educação do Campo é compreendida a partir dos sujeitos que têm o campo
como seu espaço de vida, assim sendo, ela é uma educação que deve ser no e do
campo, no, porque “o povo tem o direito de ser educado no lugar onde vive”; Do país “o
povo tem direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação,
vinculada à sua cultura e às suas necessidades humanas e sociais” (Caldart, 2002,p.26).
Nesse sentido, o conceito de campo busca ampliar e superar a visão do rural como local
de atraso, em que as pessoas não precisam estudar ou que basta uma educação
precarizada e aligeirada.
Nesta concepção, o campo é entendido como lugar onde as pessoas vivem e
33
produzem conhecimento partindo das relações de sua existência e sobrevivência. A
produção cultural no campo deve se fazer presente na escola, servindo como ponto de
partida para as práticas pedagógicas das Escolas do Campo. Assim sendo, esta
compreensão de campo vai além de uma definição jurídica, configura-se em um conceito
político que deve considerar as especificidades dos sujeitos e não apenas sua localização
espacial e geográfica.
Concebendo o campo como mais do que um espaço de produção agrícola e
pecuária, podemos afirmar que seus sujeitos no Paraná são as populações ribeirinhas,
pequenos agricultores, quilombolas, pescadores, camponeses nas mais diferentes
denominações (meeiros, bóia-frias, sem-terras, etc.) e os povos indígenas.
Com toda esta diversidade encontrada nas populações paranaenses, as
Escolas do Campo deverão preocupar-se não em estabelecer padrões e serem seguidos
e implementados e sim diretrizes a serem observadas e consideradas na construção dos
planejamentos dos professores e professoras, bem como dos projetos político-
pedagógicos destas escolas.
Cabe destacar que a Educação do Campo não pode estar desvinculada de um
projeto de desenvolvimento do campo que se pretende construir, devemos considerar
que, ao longo da história estes sujeitos foram explorados e expulsos do campo, devido a
um modelo produtivista. É necessário que a educação no Campo assuma o papel na
construção de um modelo de desenvolvimento tendo como elemento fundamental o ser
humano.
Diante da concepção posta sobre educação no campo, convém notar que no
estabelecimento de ensino do qual fazemos parte, não há “projeto de educação” voltado
especificamente para atender a esse público. Os educandos do meio rural estão inseridos
no “projeto educacional urbano”, no qual o ensino é voltado para uma visão mais
generalizada de ensino-aprendizagem em que se busca conviver com o multiculturalismo
social.
7.12 Programa Nacional de Educação Fiscal
Educação e um processo de formação do ser humano que objetiva prepará-lo
34
para a vida, dotando-o de conhecimento e habilidades que o tornem capaz de
compreender o mundo e intervir conscientemente para modificar a realidade em que
vivemos de modo a edificar uma sociedade livre, justa e solidária.
A Educação Fiscal deve ser compreendida como a abordagem didático-
pedagógica capaz de interpretar as vertentes financeiras da arrecadação e o
acompanhamento de aplicação dos recursos arrecadados em beneficio da sociedade,
com justiça, transparência, honestidade e eficiência, minimizando o conflito de relação
entre o cidadão contribuinte e o Estado arrecadador.
Com a contribuição da educação fiscal pretende-se formar um ser humano
integral, como meio de transformação social dentro de um mundo globalizado, tendo
como foco a formação cidadã no processo de ensino e de aprendizagem. Possibilitar e
estimular o empoderamento do cidadão quanto ao controle democrático do Estado,
incentivando-o a participação individual e coletiva na definição de políticas publicas e na
elaboração das leis para sua execução.
7.13 O Uso das Tecnologias na Escola
As novas Tecnologias da Informação e da Comunicação estão transformando
nossa maneira de nos comunicarmos, na escola, no trabalho, nas decisões, enfim, o que
presenciamos atualmente em nível de avanço tecnológico era algo que víamos somente
em filmes de ficção científica.
Escreve nos Nelson de Luca Pretto (1999, p. 99):
“Nossa sociedade transforma-se, rapidamente numa velocidade típica de momentos de crise.
Vivemos, em apenas uma geração, transformações profundas que afetam o cotidiano de forma irreversível.
Entram em colapso as ideias iluministas de sociedade. A modernidade vive o seu limite histórico.
Transformam-se os conceitos de geografia, de historia. O tempo e o espaço passam a ter novos
significados”.
A formação para as novas tecnologias requer: o senso crítico, o pensamento
hipotético e dedutivo, as faculdades de observação e de pesquisa, formar julgamentos,
imaginação, memorização, classificação, a leitura e análise de textos e de imagens com
sentido, a compreensão e representação de redes, seus procedimentos e estratégias de
comunicação.
35
A escola na atualidade tem dificuldades para atingir seus objetivos, mesmo os
primários, como o domínio da leitura e da escrita. Que espaço conceder às novas
tecnologias quando não se visa a ensiná-las como tal? Conseguirão os alunos
familiarizarem com esta tecnologia e utilizá-la em outro contexto?
Dentro desta visão parece ser a missão da escola, a de preocupar e trabalhar
buscando estar atualizada nas propostas educacionais de informática, e oferecer aos
seus alunos as mais diferentes e diversas experiências. Sobre isto diz Ferreiro (1999, p.
62): “A escola, sempre depositária de mudanças que ocorrem fora de suas fronteiras,
deve pelo menos tomar consciência da defasagem entre o que ensina e o que se pratica
fora de suas fronteiras”. Os educadores necessitam manter uma “vigília tecnológica”
mantendo-se atentos às inovações, com o intuito de não se fecharem nos instrumentos de
hoje. Pois estes sabem as novidades que a tecnologia aporta, por isso devem qualificar-
se e embasar-se, para poderem decidir, com conhecimento de causa o uso da tecnologia
na sua sala de aula.
[...] pois ele, embora não seja o único, é o principal direcionador do processo de ensino, não na
perspectiva da escola tradicional que centraliza tudo na sua figura, mas na compreensão de que ele dispõe
dos conhecimentos sistematizados e pode, dessa maneira, contribuir para que o aluno domine os conteúdos
indispensáveis à conquista de sua cidadania. (Libâneo apud Oliveira, 1997, p. 18)
Atrelado ao ato de ensinar, o educador precisa exercer uma vigília cultural,
sociológica, pedagógica e didática, compreender do que será feita a escola de amanhã,
seus projetos, seu público. “Uma educação que se fundamente na unidade entre a prática
e a teoria, entre o trabalho manual e o trabalho intelectual e que, por isso, incentive os
educandos a pensar certo”. (Freire, 1995, p. 86)
A escola necessita desenvolver uma cultura tecnológica de base, para pensar
as relações entre a evolução dos instrumentos (informática e hipermídia). “No momento
em que verifica uma revolução na vida e no trabalho, através do processo de automação,
a escola precisa mudar, não só de conteúdos, mas aceitando novos elementos que
possibilitem a integração do estudante ao mundo que o circunda” (Brasil, 2001, p. 186). A
quantidade e variedade de informações exigem que o professor cuide de sua pedagogia,
melhore sua didática, conscientizando das transformações a que a informática submete
as práticas de leitura e escrita. O mesmo não pode ficar indiferente às tecnologias novas,
por estas modificarem as maneiras de viver, divertir, informar, trabalhar e de pensar. Deve
estar consciente de que tal evolução aponta para situações que seus alunos enfrentarão
36
fora da escola.
“O estudante não deve ser visto apenas como quem usa a informática enquanto instrumento de
aprendizagem, mas também, como aquele que conhece os equipamentos, programas e conceitos que lhe
permitam a integração ao trabalho e o desenvolvimento individual e interpessoal”. (Id, ibid, p. 186).
O futuro da escola aponta para transformações, e requer daqueles que fazem
educação, competência, sobriedade, no sentido de rever os instrumentos deste velho
modo de educar, que parece estar superado, esta educação que parece não ter percebido
que formamos crianças e jovens para atuarem profissionalmente em um novo tempo onde
o conceito de trabalho está em jogo.
“Esses novos valores que começam a emergir, a partir da presença dessas tecnologias estão
gestando uma nova razão que, em principio, é incomparável com o atual sistema educacional que
permanece fechado, linear, baseado em uma razão cartesiana, a qual vem sendo colocada em questão, em
todos os espaços fora da escola”. (Pretto, 1999, p. 105).
O desenvolvimento cientifico trouxe consigo a relativização, fazendo-nos, isto
em todas as áreas, sujeitos não responsáveis. Mas a educação tem como obrigação
primar pela qualidade de suas ações e construir no e com o aluno um aprender de
significado. Ao descrever o mito da cosmogonia fala-nos Brandão (1988):
“Hesíodo se desenvolve ciclicamente de baixo para cima, das trevas para a luz, e o poeta
prolonga, completa e ordena os deuses descritos por Homero. Ao documentarem as narrativas milenares
das inúmeras populações que concorreram para a formação do povo grego, os dois poetas recriaram, com
sua poiesis, o tempo e o espaço enquanto dimensões que transcendem o cotidiano”.
Compete então aos educadores e a nós, que estamos a trilhar por este
caminho, repensarmos as nossas práticas, bebendo sempre na fonte límpida dos bons
autores, lermos os clássicos, não acreditando, que, o que se fez ontem em educação, não
tem valor na atualidade. Tanto a linguagem dos mitos quanto a atual, devem estar
impregnadas de significados, pois o conhecimento somente será transformador de
estruturas se o receptor compreender a mensagem que está sendo transmitida.
7.14 Diretrizes Curriculares
As - Curriculares Nacionais são normas obrigatórias que orientarão o
planejamento curricular das escolas e sistemas de ensino, fixadas pelo conselho Nacional
37
de Educação pôr meio da Câmara de educação Básica. O ponto de partida para a
formulação das diretrizes para o Ensino Médio foi o primeiro artigo da Lei 9394/96 (Lei de
Diretrizes e Base da Educação Nacional, LDB) o qual afirma que a educação escolar
deverá estar vinculada ao trabalho e à prática social.
Para Tanto vivemos um momento histórico que requer trabalhar com diretrizes,
os quais do conjunto destas e, pôr meio delas a formação de nossos alunos.
Cabe destacar que no processo de sistematização das diretrizes curriculares,
devem fazer parte das reflexões contemplando: a visão de mundo, homem, escola; a
concepção de educação, suas teorias e práticas; a contextualização da educação frente a
conjuntura nacional. Os estudos da realidades socioeconômica e cultural da região, o
perfil do aluno e do professor, bem como e dos órgãos colegiados, as diretrizes
curriculares nacionais, a legislação educacional atualizada, e os resultados de estudos de
demandas escolares como as bases dos projetos que compõem a cultura escolar.
8 Marco operacional
8.1 Ações
Integrar os alunos e a comunidade em geral à escola através de atividades
culturais diversificadas, para um melhor desempenho na educação;
• Oportunizar aos professores a participação em eventos de formação
continuada descentralizados, por disciplina ou área de conhecimento,
realizados pelo Núcleo ou SEED;
• Manter eventos que propiciem a troca de experiências entre os
profissionais da educação em âmbito municipal e regional através de
encontros pedagógicos.
• Propiciar a participação e maior envolvimento dos pais em encontros
pedagógicos e culturais, em reuniões da APMF, Conselho Escolar e
outros colegiados, no processo de ensino-aprendizagem e através de
reuniões extraordinárias sempre que necessário;
38
• Manter a ordem no estabelecimento a fim de gerar maior segurança;
• Resgatar a tradição de eventos culturais;
• Oportunizar os alunos a participar de atividades recreativas, desportivas
e culturais, visando melhorar a disciplina e consequentemente sua
aprendizagem.
• Propiciar condições de melhoria no processo de ensino-aprendizagem,
através de experiências vivenciadas, adotando metodologias inovadoras
que levem a promoção de conhecimentos;
• Realizar trabalhos através da integração dos professores nas diversas
áreas de conhecimento estimulando o humanismo e a solidariedade nos
alunos;
• Diminuir o índice de evasão escolar dos alunos;
• Propiciar a leitura e a interpretação de textos e gráficos nas diversas
disciplinas, visando melhores índices de desempenho em diversas
modalidades de avaliação;
• Procurar diminuir o índice de reprovação dos alunos, sem diminuir a
qualidade de ensino ministrado.
• Palestras sobre sexualidade: às DSTs e à gravidez na adolescência;
• Palestras sobre prevenção ao uso indevido de drogas;
• Atividades que vise combater a depredação do patrimônio público;
• Atividades que abordem a Cultura Afro-descendente e Africana
• Agenda 21 escolar;
• Feira cultural;
• Gincanas interdisciplinares;
As atividades acima, serão desenvolvidas no coletivo, a partir de discussões
e práticas de ações necessárias para o desenvolvimento do tema.
O Projeto Agenda 21 desenvolverá atividades voltadas à problemática
encontrada em nossa escola e refere-se aos cuidados com a horta escolar, o jardim, a
39
preservação dos recursos hídricos, coleta do lixo. O projeto visa conscientizar a
comunidade escolar na busca de soluções a fim de melhorar a qualidade de vida, onde a
participação de todos é fundamental para um resultado positivo.
O Ensino da Cultura Afro-descendente e Africana é desenvolvido é
desenvolvido em todas as disciplinas de acordo com a Lei 10639/03. A escola vem
realizando desde 2004, projetos relacionados ao tema. Visando a superação da
discriminação e proporcionando aos alunos o conhecimento da riqueza apresentada pela
diversidade étnico-cultural que compõe o patrimônio sócio, econômico, político e cultural
do povo brasileiro. Para que esse objetivo seja alcançado, faz-se necessário um esforço
coletivo dos professores na busca do aprofundamento de seus estudos sobre a questão
estando sempre atualizados com informações pertinentes.
8.2 Estágio não obrigatório
De acordo com a Lei 11.788/08, Artigo 1º, o Estágio e ato educativo escolar,
que visa a preparação para o trabalho produtivo dos educandos que estejam
frequentando o ensino regular em instituições de Ensino Superior, de Educação
Profissional, de Ensino Médio, da Educação Especial e dos anos finais do Ensino
Fundamental, na modalidade de Jovens e Adultos.
O Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional,
acrescida à carga horária regular e obrigatória.
Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios, a
partir das diferentes disciplinas, para analisar as relações e contradições sociais, as quais
se explicam a partir das relações de trabalho. Isto implica em oferecer instrumentos
conceituais ao aluno para analisar as relações de produção, de dominação, bem como as
possibilidades de emancipação do sujeito a partir do trabalho.
Cabe ao pedagogo acompanhar as práticas de estágio desenvolvidas pelo
aluno, ainda que em via não presencial, para que este possa mediar a natureza do
estágio e as contribuições do aluno estagiário com o plano de trabalho docente, de forma
que os conhecimentos transmitidos sejam instrumentos para compreender de que forma
tais relações se estabelecem histórica, econômica, política, cultural e socialmente. Cabe
40
ao pedagogo, também, manter os professores das turmas, cujos alunos desenvolvem
atividades de estágio, informados, de modo que estes possam contribuir para esta relação
práxica.
9 Plano de Ação da Escola 2009 a 2011
INDICAD
ORES
PROBLE
MAS
O QUE
FAZER
RESPON
SÁVEIS
PRAZO
DIMENSÃO 1: GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA
a) APMF
atuante.
Participa
na medida do possível.
Reuniões
bimestrais para envolver
os membros da APMF
nas ações da escola.
Direção. 2009-
2011.
b)
Conselho Escolar
atuante.
Pouco
atuante.
Eleição
para escolha de novo
Conselho Escolar.
Direção. 1º
Bimestre de 2009.
c)
Participação efetiva de
estudantes, pais, mães e
comunidade em geral.
Participa
m mas não se envolvem
muito.
Reuniões
periódicas.
Direção e
Equipe Pedagógica.
Durante
o ano letivo.
d)
Acesso, compreensão e
uso dos indicadores
oficiais de avaliação da
escola e das redes de
ensino.
Pouco se
trabalha estes dados
com a comunidade
escolar.
Trabalhar
dados oficiais de
avaliação com
comunidade escolar.
Direção,
Equipe Pedagógica e
Professores.
Triênio
2009/2011.
DIMENSÃO 2: AMBIENTE EDUCATIVO
a)
Respeito ao outro.
Alguns
alunos, não tratam
colegas, funcionários,
professores, equipe
pedagógica,direção, com
atenção e respeito.
Manter
regras de convivência
estabelecidas na escola.
Direção,
Equipe Pedagógica e
Professores.
2009/201
1.
b)
Disciplina e tratamento
adequados aos conflitos
que ocorrem no dia-a-dia
da escola.
Não
cumprimento de normas
e regras.
Divulgar
as regras e trabalhar
com elas em sala de aula
com todas as turmas.
Discutir com os pais as
regras a serem
cobradas.
Direção,
Equipe Pedagógica e
Professores.
Durante
o ano letivo.
c)
Respeito aos direitos das
crianças e dos
adolescentes.
Falta de
trabalho específico com
o aluno em sala de aula,
em relação ao ECA.
Trabalhar
o ECA com os alunos e
seus responsáveis.
Direção,
Equipe Pedagógica e
Professores.
Durante
o ano letivo.
41
DIMENSÃO 3: PRÁTICA PEDAGÓGICA E AVALIAÇÃO
a)
Projeto Político
Pedagógico definido e
conhecido por todos.
Não ser
colocado em prática o
PPP em sua totalidade.
Desenvol
ver a prática pedagógica,
em consonância com o
PPP.
Toda a
comunidade escolar.
Durante
o ano letivo.
b)
Planejamento.
No início
do ano letivo há
dificuldade pois alguns
professores chegam
depois e não participam
da elaboração do plano
de ação docente.
Cumprir
cronograma estabelecido
pela SEED para as aulas
de hora atividades. Isto
pode facilitar a
organização do
planejamento.
Direção,
Equipe Pedagógica e
Professores.
Durante
o ano letivo.
c)
Formas variadas e
transparentes de
avaliação dos alunos.
Dificulda
des encontradas com
professores que não
participam da formação
continuada.
Discussõ
es durante a Hora
Atividade.
Direção,
Equipe Pedagógica e
Professores.
Durante
o ano letivo.
d)
Monitoramento da prática
pedagógica e da
aprendizagem dos
alunos.
Direção,
Equipe Pedagógica e
Professores.
Durante
o ano letivo.
DIMENSÃO 4: FORMAÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA
a)
Suficiência e estabilidade
da equipe escolar.
O
número de funcionários
não é suficiente para
desenvolver todos os
trabalhos; há muita
substituição de
professores.
Reivindic
ar junto ao núcleo mais
recursos humanos.
Direção. Ano todo.
b)
Assiduidade da equipe
escolar: faltas por
motivos particulares e
por atestado médico,
outros.
Faltas
sem aviso prévio do
profissional da educação.
Monitorar
periodicamente quanto à
assiduidade e exigir
comprometimento do
pessoal.
Direção. Ano todo
c)
Turmas numerosas,
dificultando o processo
de ensino-aprendizagem.
Desgaste
intenso da saúde do
professor e do aluno,
gerando faltas
constantes.
Reivindic
ar constantemente junto
ao NRE formas de
diminuir número de
alunos por turma e que
haja maior espaço físico.
Direção,
Equipe Pedagógica e
Professores.
Durante
o ano letivo.
DIMENSÃO 5: ACESSO E PERMANÊNCIA DOS ALUNOS NA ESCOLA
a)
Atenção especial aos
Os
alunos dificilmente
Maior
envolvimento da Equipe,
Equipe
Pedagógica,
Durante
o ano letivo.
42
alunos que faltam ou se
evadem.
retornam aos estudos,
mesmo com as medidas
administrativas e
pedagógicas por parte da
escola.
Professores, comunidade
escolar, segmentos
sociais e principalmente
da família com relação a
estes alunos.
Professores, Direção,
Conselho Escolar e
comunidade.
b)
Atenção especial aos
alunos com alguma
defasagem de
aprendizagem.
Salas
superlotadas.
Salas de
apoio para alunos de 5ª
séries e adotar
metodologias
diferenciadas para
diminuir essa
defasagem.
Direção,
Equipe Pedagógica e
professores.
Durante
o ano letivo.
c)
Acompanhamento do
processo ensino
aprendizagem pela
Equipe Pedagógica e
Direção.
Dificulda
de de atender todos os
alunos com defasagem,
devido a falta de
infraestrutura pessoal e
material adequada.
Reuniões
por disciplinas e série
nas horas atividades.
Direção,
Equipe Pedagógica e
Professores.
Durante
o ano letivo.
d) Pré
Conselho e Conselho de
Classe.
O
modelo de
acompanhamento do
pré-conselho está em
experiência,
necessitando de vários
ajustes.
Realizaç
ão de pré-conselho
bimestralmente, nas
horas atividades.
Equipe
Pedagógica e
Professores.
Em todos
os bimestres.
e)
Regimento Escolar.
Alguns
membros da comunidade
escolar não observam o
texto do Regimento
Escolar.
Estudar o
texto do Regimento
Escolar e colocá-lo em
prática no ambiente
escolar.
Comunid
ade Escolar.
Triênio
2009/2011.
f)
Recursos tecnológicos.
Alguns
profissionais da
Educação ainda usam
pouco os recursos
tecnológicos disponíveis.
Manter
contato constante com a
CRTE, para sanar
dúvidas.
Professor
es e Equipe Pedagógica.
Triênio
20092011.
g) Turnos
letivos com alunos que
dependem do transporte
escolar junto com alunos
da área urbana.
Devido
às intempéries, o
transporte não atua em
todos os dias, gerando
falta dos alunos da área
rural, principalmente no
turmo matutino,
dificultando sua
aprendizagem.
Reivindic
ar junto à Prefeitura e ao
NRE condições de
oferecer turno letivo aos
alunos de transporte
apenas no período
vespertino.
Direção e
Conselho Escolar.
Médio e
longo prazo.
43
10 Plano de Ação da Equipe Pedagógica
Com vista a construir uma estratégia de atuação que promova a melhoria dos
processos educativos e reflita principalmente no ganho substancial de qualidade de
ensino na escola, que hoje se torna um dos grandes desafios encontrados pela equipe
pedagógica, esta se propõe, principalmente, a cumprir o papel de mediadora entre os
pressupostos teóricos exigidos pela parte docente e a realidade vivida por nossos alunos.
Frente a estes desafios tomamos como pontos principais as seguintes ações:
Reuniões com professores a fim de rever as metodologias, avaliações
aplicadas e propor novas soluções;
Reuniões com os alunos e pais;
Diálogo individual com os pais;
Reuniões periódicas com professores por turma, para avaliar o avanço da
aprendizagem dos alunos;
Diálogo individual com o aluno sobre o seu desempenho escolar;
Desenvolver e acompanhar ações pedagógicas que visem a inclusão;
Apoiar e mediar atividades artístico-culturais, recreativas e desportivas;
Estabelecer estratégias no Conselho de Classe buscando a melhoria no
ensino/aprendizagem;
Realização de Pré-Conselho de classe;
Repasse das informações pedagógicas do Conselho de Classe aos alunos;
Orientações didático-pedagógicas aos professores;
Acompanhamento do professor pedagogo na hora atividade do professor; por
disciplina, onde juntos traçam caminhos e adaptações curriculares para alunos com déficit
de aprendizagem;
Trabalho em parceria com o Conselho Tutelar, CRAS, Projeto Luz, Projeto
Projovem, Ação Social, entre outros;
Acompanhamento da aprendizagem e evasão dos educandos;
Promover o relacionamento e respeito mútuo no ambiente escolar;
44
Incentivar a leitura dirigida, o uso da biblioteca e laboratório de informática e de
ciências;
Resgatar a cultura do canto dos hinos pátrios, do Estado do Paraná, e de
Luiziana;
Organizar e coordenar o calendário de eventos culturais na escola;
10.2 PLANO DE AÇÃO DOS AGENTES EDUCACIONAIS I E II
Com vista a construir uma estratégia de atuação que vise a melhoria da
qualidade no atendimento ao publico e atividades desenvolvidas no ambiente escolar,
atentando para as novas exigências da realidade educacional, o Agente Educacional I e
Agente Educacional II, fundamentam-se nas seguintes ações para o seu plano de ação.
10.2.1 AGENTES EDUCACIONAIS I
• Zelar pela higiene, organização, armazenamento e prazo de validade da
merenda escolar;
• Manter limpo e apresentável o ambiente escolar, tais como, sala de
aula, banheiros, pátios e demais departamentos, garantindo a segurança e
funcionamento dos equipamentos existentes na escola
• Empenhar-se no bom relacionamento entre os colegas de trabalho nos
diversos setores da escola;
• Controlar o fluxo de pessoas nas dependências da escola, bem como
acompanhar o público aos diversos setores da mesma;
• Agir como educador nas ações desempenhadas, projetando hábitos de
preservação do ambiente físico e ser base exemplar para a formação e
emolduração do caráter humano;
• Responsabilizar-se com a merenda escolar e todos os seus valores
nutricionais, priorizar os princípios de higiene e valorização da cultura alimentar
local incentivando os alunos a evitar o desperdício;
• Zelar pelos materiais de expediente de forma racional a fim de evitar o
desperdício;
45
10.2.2 AGENTES EDUCACIONAIS II
• Ser solícito no atendimento aos educandos, educadores, pais e
comunidade escolar;
• Desempenhar a função de modo a assegurar o principio constitucional
de igualdade de condições para o acesso e a permanência do aluno no
estabelecimento de ensino;
• Interagir com os órgãos de administração, direção, equipe pedagógica,
corpo docente, funcionários do estabelecimento de ensino e comunidade
escolar;
• Efetuar e organizar as matriculas escolares dos alunos;
• Controlar e guardar os livros registro de classe, livro ponto e documentos
pertinentes às rotinas da escola;
• Manter os registros atualizados nos prontuários dos alunos, professores
e funcionários;
• Manter em dia, o arquivo e os registros das fichas de avaliações e fichas
individuais dos alunos, por período letivo, de acordo com o Regimento Escolar;
• Representar o estabelecimento de ensino nas relações entre este e a
comunidade escolar, quando solicitado;
• Encaminhar ao órgão competente os documentos de rotina e outros que
forem solicitados, cumprindo as datas estabelecidas;
• Zelar e manter organizado os equipamentos e o ambiente de trabalho,
bem como computadores, acervo bibliográfico, equipamentos do laboratório de
ciências, entre outros;
• Empenhar-se no bom relacionamento entre colegas de trabalho nos
diversos setores da escola;
• Expedição de toda a documentação solicitada pela comunidade escolar,
históricos escolares, transferências, declarações, certidões, atas, ofícios e
boletins, etc.;
• Atualização dos livros registro de classe com as transferências recebidas
e expedidas;
• Participar de reuniões escolares sempre que necessário e eventos de
46
capacitação;
• Acompanhar os alunos, quando solicitado, em atividades extraclasse ou
extracurriculares;
• Comparecer às reuniões do Conselho Escolar e APMF, quando membro
representante do seu segmento;
• Elencar e solicitar material de expediente em tempo hábil de aquisição
para a direção escolar;
11 Calendário Escolar, Pré-conselho, Conselho de Classe e Pós-
Conselho
Para elaboração do Calendário Escolar são feitas reuniões juntamente com a
Secretaria Municipal de Educação, Documentador Escolar, Direção, Equipe Pedagógica e
Professores da Rede Estadual e Municipal de Ensino. Juntos discutem e decidem sobre
os dias das reuniões pedagógicas, recessos escolares, conselho de classe, dias letivos e
não letivos, sem desconsiderar as 800(oitocentas) horas distribuídas em 200 dias letivos.
O conselho de Classe é feito após o pré-conselho, onde aproveita a hora
atividade do professor para assim juntos discutir os problemas de ensino/aprendizagem
apresentados pelas turmas, assim como as dificuldades individuais de cada aluno, dessa
forma buscamos estratégias para melhorar o desempenho escolar e a prática pedagógica
dos professores, adaptações curriculares, flexibilização do planejamento, entre outros,
para que assim todos os alunos tenham acesso ao aprendizado de maneira satisfatória.
Tendo como pressuposto que avaliar é acompanhar o desenvolvimento do
aluno ao longo do percurso escolar, o conselho de classe é conduzido por série onde são
abordados os problemas de aprendizagem detectados em cada série, e juntos são
discutidas estratégias no sentido de melhorar a aprendizagem dos alunos de modo geral.
Com relação aos alunos egressos, estes quando retornam a escola, lhe são
oferecidas oportunidades para que consigam acompanhar os demais alunos e não
tenham deficiências em seu ensino/aprendizagem, oportunidades tais como: uma
avaliação mais flexiva, acompanhamento por parte da equipe pedagógica,
encaminhamento para a sala de apoio, no caso de um reforço escolar, para que este seja
atendido individualmente.
47
12 Acompanhamento e avaliação do projeto político pedagógico
O acompanhamento do Projeto Político Pedagógico será efetuado durante o
encerramento de cada semestre paralelo à execução e conclusão dos projetos previsto,
aonde a Direção, equipe pedagógica, professores e funcionário se reunirão para verificar
os pontos positivos e negativos analisando as contribuições para o processo ensino-
aprendizagem bem como redirecionamento a ser dado às estratégias que não tiveram
êxito. A avaliação incidirá sobre os aspectos pedagógicos administrativos e financeiros da
atividade da escola, devendo ser realizada através de procedimento internos, definidos
pela Escola e externos, pelos órgãos supervisores.
A avaliação interna, realizada pelo Conselho de Classe, Conselho Escolar e
APMF em reuniões especialmente convocadas, terá como objetivo e análise, orientação e
reformulação, se necessário, dos procedimentos pedagógicos, financeiros e
administrativos.
48
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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avaliação. IN. Amélia Rodrigues de Castro e Anna Maria Pessoa de Carvalho (Org.).
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TRINDADE, Azoilda Loretto da. O racismo no cotidiano escolar. Rio de Janeiro:
FGV/IESAE. Dissertação de Mestrado, 1994.
UNESCO. Perfil dos professores brasileiros: o que fazem, o que pensam, o que
almejam... São Paulo: Moderna, 2004.
VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: Plano de Ensino-Aprendizagem e
Projeto Educativo. São Paulo: Libertat, 1995.
VEIGA, I. P. A. (Org.) Projeto político-pedagógico da escola: uma construção
possível. 23. ed. Campinas: Papirus, 2001.
____________ . Escola: espaço do projeto político-pedagógico. 4. ed.
Campinas: Papirus,
WEREBE, M.J.G. Grandezas e misérias do ensino no Brasil. São Paulo:
Difusão Européia do Livro, 1968.
51
14 ATA DE APROVAÇÃO E ALTERAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
52
15 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
DISCIPLINA DE ARTE
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA.
O ensino de arte procura a valorização da cultura nacional, liberdade de
expressão do aluno, é a grande prioridade.
Neste contexto o ensino de arte tem enfoque na expressividade e criatividade,
procurando romper com padrões estatísticos. Os da escola tradicional, desenvolvendo a
criatividade e incentivando a expressão individual.
A aplicação do "ensino da educação artística" não visa a formação de artistas.
Mas sim articular a inteligência e sensibilidade para um comportamento criativo de
construir, além dos espaços da arte os aspectos da ciência e da convivência na
sociedade.
A arte é acima de tudo, uma forma de conhecimento e uma das mais antigas
manifestações do ser humano, vivendo e registrando a sua existência, retratando todas as
épocas da nossa história, revelando os conhecimentos construídos nas mais diferentes
áreas, incluindo a arte em todas as linguagens: plástica, musical, teatral ou corporal.
2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
− Formar o cidadão, apto a construir gradualmente sua própria escalas de
valores, atuante e conhecedor de seus direitos e deveres, desenvolvendo assim seu
senso estético, crítico, político e social.
− Reconhecer e compreender o meio que esta inserido para a compreensão
de que a arte é uma forma de expressão de sentimentos do ser humano diante da vida e,
ainda expressar sua visão do momento histórico em que vive.
53
− Conhecer o outro e a si próprio possibilitando a descoberta de seu processo
criativo passando a respeitá lo.
− Conhecer as obras de arte como elementos profundamente integrados na
cultura de um povo, que retrata elementos naturais, expressa o sentimento religioso do
homem e retrata as situações sociais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS:
5ª SÉRIE
ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Figurativa
Geométrica, simetria
Técnica, Pintura, escultura,
arquitetura.....
Gêneros, cenas de mitologia.....
Arte Greco Romana
Arte Africana
Arte Oriental
Arte Pré Histórica
MÚSICA 5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Ritmo
Melodia
Escalas: diatônica,
pentatônica
Greco- Romana
Oriental
Ocidental
Africana
54
Intensidade
Densidade
cromática
Improvisação
TEATRO 5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Enredo, roteiro.
Espaço Cênico, adereços
Técnicas: jogos teatrais,
teatro indireto e direto, improvisação,
manipulação, máscara...
Gênero: Tragédia,
Comédia e Circo.
Greco- Romana
Teatro Oriental
Teatro Medieval
Renascimento
DANÇA 5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Eixo
Ponto de Apoio
Movimentos Articulares
Fluxo(livre e interrompido)
Rápido e lento
Formação
Níveis (Alto, médio e baixo)
Deslocamento(direto e
indireto)
Pré-história
Greco Romana
Renascimento
Dança Clássica
55
Dimensões(pequeno e
grande)
Técnica:
Improvisação
Gênero: Circular
6ª SÉRIE
ARTES VISUAIS
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Proporção
Tridimensional
Figura e fundo
Abstrata
Perspectiva
Técnicas:Pintura, escultura,
modelagem, gravura...
Gêneros: Paisagem,
retrato, natureza morta...
Arte Indígena
Arte Popular
Brasileira e
Paranaense
Renascimento
Barroco
MUSICA 6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
56
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas
Gêneros:
Folclórico,
Indígena, Popular e Étnico
Técnicas: Vocal, instrumental
e mista
Improvisação
Música Popular e Étnica (ocidental e oriental)
TEATRO 6ª SÉRIE
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representação,
Leitura dramática,
Cenografia
Técnicas: jogos teatrais,
mimica,
improvisação, formas
animadas...
Gêneros:
Rua e arena,
Caracterização
Comédia dell'
arte
Teatro Popular
Brasileiro e
Paranaense
Teatro Africano
57
DANÇA 6ª SÉRIE
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Ponto de Apoio
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Peso(leve e pesado)
Fluxo (livre, interrompido e
conduzido)
Lento, rápido e moderado
Níveis (alto, médio e baixo)
Formação
Direção
Gênero: Folclórica, popular
e étnica
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
7ª SÉRIE
ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODPOS
4.
CONTEÚDOS
Ponto
Linha
Forma
Textura
Tridimensional
Figura e fundo
Abstrata
Perspectiva
Semelhanças
Contraste
Ritmo Visual
Indústria Cultural
Arte no Séc. XX
Arte Contemporânea
58
Superfície
Volume
Estilização
Deformação
Técnicas: pintura,
escultura, modelagem, gravura,
fotografia, audiovisual e mista...
Gêneros: Paisagem,
retrato, natureza morta...
MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Tonal, modal e a fusão de
ambos
Técnicas: vocal,
instrumental e mista
Indústria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock
TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Personagem:
expressões corporais, vocais,
gestuais e faciais
Representação no Cinema
e Mídias
Indústria Cultural
Realismo
59
Ação
Espaço
Texto dramático
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro
Técnicas: jogos teatrais,
sombra, adaptação cênica...
Expressionismo
Cinema Novo
DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Giro
Rolamentos
Saltos
Aceleração e
desaceleração
direção ( frente, atrás,
direita e esquerda)
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: Indústria Cultural e
espetáculo
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
60
8ª SÉRIE
ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E PERÍODPOS
5.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura e fundo
Ritmo Visual
Técnica: Pintura,
grafitte, performance...
Gêneros: Paisagem
urbana, cenas do cotidiano...
Realismo
Vanguardas
Muralismo e Arte Latino-Americana
Hip Hop
MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Técnicas: vocal,
instrumental e mista
Gêneros: popular,
folclórico e étnico
Música Engajada
Música popular Brasileira
Música Contemporânea
61
TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Personagem:
expressões corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos
teatrais, direção, ensaio, Teatro
Fórum...
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Teatro Engajado
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do Absurdo
Vanguarda
DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Ponto de Apoio
Peso
Fluxo
Quedas
saltos
Giros
Rolamentos
Extensão (perto e longe)
Coreografia
Deslocamento
Vanguardas
Dança Moderna
Dança
Contemporânea
62
Gênero: performance e
moderna
1º ANO – ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ÁREAS ELEMENTOS FORMAIS
CONTEÚDOS BÁSICOS-.
Ponto Figurativa Arte Pré Histórica Linha Abstrata Arte no Egito Antigo Superfície Figura fundo Arte Grego-Romana
ARTES Textura Tridimensional Arte Bizantina VISUAIS Volume Bidimensional Arte Românica
Luz Semelhanças A Arte Gótica Cor Contrastes Renascimento
Ritmo visual Arte Pré Colombiana Gêneros Arte Oriental Técnicas Arte Africana
Arte Medieval Altura Ritmo Barroco Duração Melodia Rococó Timbre Harmonia Neoc1assicismo Intensidade Intervalo melódico Romantismo Densidade Intervalo harmônico Realismo
MÚSICA Tonal Impressionismo Modal O Pós impressionismo Improvisação Expressionismo Gêneros Fauvismo Técnicas Cubismo
Abstracionismo Personagem: Representação -Expressões Sonoplastia / iluminação corporais cenografia / figurino/ vocais caracterização /
TEATRO gestuais e maquiagem / adereços
faciais Ação Jogos teatrais
Espaço Cênico Roteiro / improvisações/ Enredo Gêneros Técnicas
Movimento Ponto de apoio
63
corporal Salto e queda Rotação Formação
DANÇA Deslocamento Tempo. Andamento / sincronia
Sonoplastia Espaço Coreografia
Gêneros
Técnicas
A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena
os quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.
4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Quando se trata de metodologia, precisamos direcionar o pensamento para o
método a ser aplicado: para quem, como, por que e o quê. Podemos definir método como
um modo ou uma maneira planejada e determinada para conhecer alguma coisa; um
processo racional para o conhecimento seguindo um percurso fixado.
O trabalho em sala de aula deve se pautar pela relação que o ser humano tem
com a arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e perceber, experimentar e
explorar cada linguagem artística. No espaço escolar o objetivo de trabalho é o
conhecimento, dessa forma devemos contemplar na metodologia do ensino de arte, três
dimensões, devemos estabelecer como eixo o trabalho artístico, que é o fazer, o sentir e o
perceber, que são as formas de leitura e o conhecimento, que fundamenta e possibilita ao
aluno um sentir perceber e um trabalho mais sistematizado, superando o senso comum
do conhecimento empírico.
Faz se necessário nas aulas de arte possibilitar aos alunos o acesso a cada
linguagem artística para que possam familiarizar se com as diversas formas de produção
de arte. E envolve também a leitura dos objetos e da natureza e da cultura em uma
dimensão estética. Nosso trabalho é o de possibilitar o acesso e mediar esta leitura das
obras artísticas com o conhecimento sobre a arte, para que o aluno possa interpretar
essas obras e a realidade.
64
Para tanto se faz necessário que o professor utilize de vários recursos para um
bom desenvolvimento dos conteúdos propostos, como apropriar se das tecnologias como
pesquisas em internet, uso da TV pendrive, vídeos e DVDs, laboratório de informática,
realização de trabalhos com diversos materiais e técnicas: revistas, jornais, panfletos e,
livros didáticos, filmes e jogos educativos, atividades lúdicas, dinâmicas de grupo,
debates, apresentações artísticas, etc.
5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECIFICOS DA DISCIPLINA:
A concepção de avaliação para a disciplina de arte é diagnóstica e processual.
É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos;
é processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação
processual deve incluir formas de avaliação de aprendizagem, do ensino, bem como a
autoavaliação dos alunos.
De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é “ contínua e
cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”.
Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de educação (Capítulo I, art.8º), a avaliação
almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em consideração a
capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades
realizadas”.
O método de avaliação inclui observação e registro do processo de
aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do
conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno soluciona os
problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões em
grupo, nos trabalhos artísticos individuais e em grupo; em pesquisas bibliográfica e de
campo; debates em forma de seminários e simpósios; provas teóricas e práticas;registros
em forma de relatórios, gráficos, portifólio, audiovisual e outros.
Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico
65
necessário para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o
ano letivo.
66
6. BIBLIOGRAFIA:
BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei n. 93934/96: Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, LDB. Brasília, 1996.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA ARTES, Curitiba,
2009.
LOWENFELD, v.: BRITTAIN, L. W Desenvolvimento da capacidade
criadora. São Paulo: Mestre Jou, 1997.
MARTIN-BARBERO, Jesus; REY, German, Os exercidos do ver: hegemonia
áudio visual e ficção televisiva. São Paulo: Editora Senac, 2001.
PARANÁ Secretaria do Estado da Educação. Departamento de Ensino de
Primeiro Grau. Currículo Básico para a escola Publica do Paraná. Curitiba:
SEEDIDEPEG, 1992.
PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande publico: a distância a ser
extinta. Campinas: Autores Associados, 2003. (Coleção polêmicas do nosso tempo, 84).
VYGOSTSKY, Leve Semenovitch. Psicologia da Arte. São Paulo: M. Fontes
1999.
V ÁSQUEZ, A. S. As ideias estéticas de Man:. 2 00. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1978.
67
DISCIPLINA DE BIOLOGIA
Apresentação Geral da Disciplina de Biologia
Segundo o DCE - de Biologia, os estudos sobre a história da produção do
conhecimento, seus métodos e determinantes políticos, econômicos, sociais e
ideológicos, relacionados à história das disciplinas escolares e as teorias da
aprendizagem, possibilitam uma maior fundamentação para o professor em discussões
curriculares, capazes de alterar a sua prática pedagógica.
Nessa práxis, os professores participam ativamente na construção e
reconstrução curricular, podendo organizar o trabalho pedagógico a partir dos conteúdos
estruturantes de sua disciplina.
Então, o conhecimento é identificado como ciência e disciplina escolar
histórica: não é estanque e nem está cristalizada, o que caracteriza a natureza dinâmica
processual de todo e qualquer currículo.
Assim, nessas diretrizes, reconhece-se que, além de seus conteúdos “mais
estáveis”, as disciplinas escolares incorporam e atualizam conteúdos decorrentes do
movimento das relações de produção e dominação que determinam relações sociais,
geram pesquisas científicas e trazem para o debate questões Políticas e
Filosóficas emergentes.
Tais conteúdos nas últimas décadas vinculam-se tanto à diversidade étnico-
cultural quanto aos problemas sociais contemporâneos e têm sido incorporados ao
currículo escolar como temas que transversa as disciplinas, impostos a todas elas de
forma artificial e arbitrária.
Em contraposição a essa perspectiva, nestas diretrizes, propõe-se que esses
temas sejam abordados pelas disciplinas que lhes são afins, de forma contextualizada,
articulados com os respectivos objetos de estudo dessas disciplinas e sob o rigor de seus
referenciais teórico-conceituais.
Nessa concepção de currículo, as disciplinas da Educação Básica terão, em
seus conteúdos estruturantes, os campos de estudo que as identificam como
conhecimento histórico. A partir dos conteúdos estruturantes organizam-se os conteúdos
básicos a ser trabalhados por série, compostos tanto pelos assuntos mais estáveis e
permanentes da disciplina quanto pelos que se apresentam em função do movimento
68
histórico e das atuais relações sociais. Esses conteúdos, articulados entre si e
fundamentados nas respectivas orientações teórico-metodológicas farão parte da
proposta pedagógica curricular das escolas.
A partir da proposta pedagógica curricular, o professor elaborará seu plano
de trabalho docente, documento de autoria, vinculado à realidade e às necessidades de
suas diferentes turmas e escolas de atuação. No plano, se explicitarão os conteúdos
específicos a serem trabalhados nos bimestres, trimestres ou semestres letivos, bem
como as especificações metodológicas que fundamentam em relação ao estudo,
concretizando-se na articulação das disciplinas, conceitos, teorias e conteúdos
estruturantes
A disciplina de Biologia tem como objetivo, a descrição dos processos e
características do ambiente ou dos seres vivos observados em microscópio ou a olho nu;
a percepção e utilização dos códigos intrínsecos da Biologia; apresentação de suposições
(hipóteses acerca dos fenômenos biológicos); o conhecimento de diferentes formas de
obter informações; a expressividade de dúvidas, idéias e conclusões dos fenômenos
biológicos; o reconhecimento da Biologia como conjunção de fatos sociais, políticos,
econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos, reconhecendo que o ser humano é
agente ativo de transformações intencionais por ele produzidas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
− Organização dos seres vivos
− Mecanismos biológicos
− Biodiversidade
− Manipulação genética
CONTEÚDOS BÁSICOS
− Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e biológicos
− Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia
− Teorias evolutivas
− Mecanismos de desenvolvimento embriológico
69
− Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
− Transmissão das características hereditárias
− Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e
interdependência com o ambiente
− Organismos geneticamente modificados
A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena
os quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A metodologia será de abordagem descritiva de modo a comparar as
características estruturais anatômicas e comportamentais dos seres com discussões entre
os critérios usados de Linné até a atualidade.
Introdução da análise genômica, que propicia compreender desde o conceito
de mundo imutável até o modelo de mundo em constante mudança.
Deve ser permeado por uma concepção metodológica que permita
abordar a classificação dos seres vivos como uma das tentativas de conhecer e
compreender a diversidade biológica, considerando inclusive a história biológica da VIDA.
Desse modo, fica evidente a impossibilidade de discutir Classificação sem considerar as
contribuições que decorrem do pensamento biológico evolutivo.
O ensino deve assumir características comunicativas, dando ênfase à
motivação de uma consciência crítica através de diálogo, da informação e da convivência
para que coexistam na prática educacional proporcionando o pleno exercício da
cidadania, direcionando a experimentação do conhecimento historicamente acumulado.
Por meio de atividades coletivas e individuais, práticas e teorias, a utilização de imagem
como recurso serve para observação e reflexão da realidade em que se vive, a fim de
desenvolver a consciência crítica e transformadora. Para isso se faz necessário a
exploração de vários recursos como aulas expositivas e dialogadas, trabalhos em grupos,
produção oral em forma de debates e seminários, recorrendo ao uso de materiais como
livro didático, dicionário de Biologia, vídeo, DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia entre
outros.
70
O desenvolvimento metodológico também se dará de acordo com as
necessidades das classes de alunos nas diferentes séries, respeitando a política de
inclusão, ocasionando mecanismos que levam a interação educacional e social dos
educandos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem segue a avaliação do Projeto Politico
Pedagógico da escola, cujos critérios se estabelecem priorizando a qualidade do ensino e
aprendizagem a qual deve ser contínua, diagnóstica e somativa. Assim, além de
averiguação, buscará redefinir ou dar continuidade ao processo ensino- aprendizagem,
apropriando conceitos e temas por intermédio das investigações histórico-sociais e da
capacidade de consultar diversas fontes bem como interpretá-las e contextualizá-las no
espaço e no tempo. Para isso, a avaliação deve ser diversificada através da leitura,
compreensão e análise dos conceitos e a partir destes, elaborar relatos e/ou conclusões
de observações das possíveis práticas realizadas, por exemplo, em aulas de
microscopia; ou mesmo realizar a prática de experimentos pesquisados em livros
didáticos ou no laboratório de informática sob a orientação do professor, que poderá
utilizar de instrumentos variados para verificar a aprendizagem: provas objetivas ou
subjetivas, debate, seminário, pesquisa, esquemas , relatórios , elaboração de
campanhas (vírus, por exemplo).
No entanto, qualquer que seja o instrumento avaliativo é necessário que leve
em consideração a capacidade do educando, incluindo-o no processo de
aprendizagem, considerando a potencialidade de cada turma e do aluno.
71
BIBLIOGRAFIA
CÉSAR e Sezar. Biologia, 7ª ediçao, ed. Saraiva- 2006.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - BIOLOGIA,
Curitiba, 2009.
FAVORETO, José Arnaldo & MERCADANTE, Clarinda, Biologia Vol. Único- 1ª
edição, ed. Moderna, 2005.
LDB – Lei Diretrizes e Bases da Educação, 9394/96.
LOPES, Sônia & ROSSO, Sérgio, Biologia Volume ùnico- 1ª edição, ed.
Saraiva, 2005.
FROTA-PESSOA, Oswaldo. Biologia: Volumes 1, 2 e 3. São Paulo: Scipione,
2005.
72
DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico
que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista cientifico, entende-se por
Natureza o conjunto de elemento integradores que constituem o Universo, em toda sua
complexidade. Ao homem cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na
Natureza resultande das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço,
matéria, movimento, força, campo, energia e vida.
Quanto mais nos aprofundamos no estudo das ciências, mais conseguimos
perceber a importância dos conhecimentos científicos, percebendo que todos os seres
dependem diretamente da manutenção de um equilíbrio na natureza e que as
consequências das interações do ser humano com o seu ambiente são de grande
importância para esse equilíbrio.
Contudo, a interferência do ser humano sobre a natureza possibilita incorporar
experiências, técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos
culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho eu processo educacional assegurando a
elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem novas formas de pensar, de
dominar a natureza, de compreendê-la e se apropriar dos seus recursos, proporcionando
ao ser humano uma cultura científica com repercussões sociais, econômicas, éticas e
políticas.
O estabelecimento de uma nova identidade para o ensino de ciências requer
repensar: os fundamentos teóricos metodológicos que sustentam o processo ensino-
aprendizagem; a reorganização dos conteúdos científicos escolares, aqueles originados
na pesquisa científica mediados para a escola (LOPES 1999), a partir da história da
ciência e da tradição escolar; os encaminhamentos metodológicos e a utilização de
abordagens e estrategias e recursos pedagógicos e tecnológicos, como também os
pressupostos e indicativos para a avaliação formativa.
Diante dessas reflexões o ponto de partida é o fato da ciência não utilizar um
único método para todas as suas especialidades proporcionando para o ensino de
ciências a necessidade de um pluralismo metodológico que considere a diversidade de
73
abordagens com uma amplitude de conhecimentos científicos a serem abordados na
escola.
Para que essa proposta se efetive, um fator é imprescindível que a postura do
educador mude na forma de estar sempre informado sobre as novidades científicas,
tecnológicas, incentivando seus educandos diante desse processo educacional
assegurando um bom conhecimento e estabelecendo novas formas de pensar.
2. CONTEÚDOS DE CIÊNCIAS POR SÉRIE
ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA
Universo
Sistema solar
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Astros
MATÉRIA Constituição da Matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS Níveis de organização
ENERGIA
Formas de energia
Conservação de energia
Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
Organização dos seres vivos
Ecossistemas
Evolução dos seres vivos
74
ENSINO FUNDAMENTAL 6ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA
Astros
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
MATÉRIA Constituição da Matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Célula
Morfologia e fisiologia dos
seres vivos
ENERGIA Formas de energia
Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
Origem da vida
Organização dos seres vivos
Sistemática
ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA Origem e evolução do
Universo
75
MATÉRIA Constituição da Matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Célula
Morfologia e fisiologia dos
seres vivos
ENERGIA Formas de energia
BIODIVERSIDADE Evolução dos seres vivos
ENSINO FUNDAMENTAL 8ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA Astros
Gravitação universal
MATÉRIA Propriedades da Matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS Morfologia e fisiologia dos
seres vivos
Mecanismos de herança
genética
ENERGIA Formas de energia
Conservação de energia
76
BIODIVERSIDADE Interações ecológicas
A LEI Nº 11.645, de 10 de março de 2008, estabelece a inclusão, no
currículo oficial da rede de ensino, a obrigatoriedade da temática de história e da Cultura
Afro-brasileira e Indígena, os quais serão abordados de acordo com os conteúdos
trabalhados.
De acordo com o art.1º e 2º parágrafos, os conteúdos referentes à história e
cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito do de
todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística, de literatura e
história brasileira.
Neste sentido, o trabalho com estas culturas deverá ser contemplado na
Metodologia, no momento da exploração e interpretação dos textos, nas
contextualizações, intertextualidades, pesquisas: biográfico-culturais e etc.
Devido a proposta pedagógica curricular ser flexível, ela pode ser ampliada
pelo professor em função de interesses regionais ou do avanço na produção do
connhecimento científico.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
Segundo as Diretrizes Curriculares para o ensino de Ciências propõem uma
prática pedagógica que leve à integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo
metodológico. Para tanto, quando se trata de metodologia, precisamos direcionar o
pensamento para o método a ser aplicado: para quem, como, por que e o quê. Podemos
definir método como um modo ou uma maneira planejada e determinada para conhecer
alguma coisa; um processo racional para o conhecimento seguindo um percurso fixado.
O trabalho em sala de aula deve-se pautar pela relação que o ser humano tem
com a ciência. No espaço escolar o objetivo de trabalho é o conhecimento, dessa forma
devemos contemplar na metodologia do ensino de Ciências aspectos importantes: a
historia da ciência, a divulgação cientifica e a atividade experimental e que não se
dissociam em campos isolados, mas sim, relacionam-se e complementam-se na prática
pedagógica.
77
Sendo assim o trabalho realizado em sala de aula deve ser sistematizado,
superando o senso comum do conhecimento empírico.
Faz-se necessário nas aulas de Ciências possibilitar aos alunos o acesso ao
conhecimento cientifico para que possam compreender melhor as informações sobre os
avanços da produção cientifica.
Nosso trabalho é o de possibilitar o acesso e mediar as informações sobre os
avanços da produção cientifica para que os alunos possam interpretar esses avanços de
forma significativa assegurando a interatividade no processo ensino-aprendizagem e a
construção de conceitos.
Para tanto se faz necessário que o professor utilize de vários recursos para um
bom desenvolvimento dos conteúdos propostos, como se apropriar das tecnologias como
pesquisas em internet, uso da TV pendrive, vídeos e DVDs, laboratórios de ciências e
informática, realização de trabalhos com diversos materiais e técnicas: revistas, jornais,
panfletos e, livros didáticos, filmes e jogos educativos, dinâmicas de grupo, debates, entre
outros.
Com relação à inclusão escolar, entende-se que o conhecimento sistematizado
pela educação escolar deve proporcionar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e
direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a
igualdade, principalmente em condições semelhantes aos demais. Nesse sentido o ensino
de ciência deve buscar caminhos para instrumentalizar o aluno incluso de forma a
propiciar a este as mesmas condições e entendimento dos conceitos científicos escolares,
permitindo que o aluno internalize novos conceitos na sua estrutura cognitiva.
4. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem encaminha o professor para a reflexão sobre a
eficacia de sua prática educativa e desse modo intervir pedagogicamente para que o
estudante aprenda coerentemente. Através da concepção de conteúdos e de objetivos
propostos, deve considerar o desenvolvimento das capacidades dos estudantes com
relação à aprendizagem não só de conceitos mas também de procedimentos e atitudes.
Para tanto, os critérios de avaliação necessitam estar explícitos e claros, ao professor e
também aos estudantes.
78
Conforme a LEI Nº 9394/96, Projeto Político Pedagógico e as Diretrizes
Curriculares de Ciências do Estado do Paraná, a avaliação é atividade essencial do
processo ensino-aprendizagem dos conceitos científicos e deve ser contínua e cumulativa
em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos, presente em todas as etapas do trabalho do professor sendo
consideradas além da aquisição de conhecimentos a capacidade de observação, reflexão,
criação, julgamento, comunicação, convívio, cooperação, decisão e ação que fazem parte
do processo educativo e da vida em sociedade, respeitando as diversidades culturais.
Nesse sentido os critérios de avaliação proposta na disciplina de ciências são
os seguintes: Avaliação Diagnóstica, Formativa, Somativa. De acordo com os critérios de
avaliação os instrumentos avaliativos utilizados na disciplina de ciências serão: testes,
trabalhos, pesquisas, participação em trabalhos coletivos ou individual, resolução de
problemas do dia a dia, resolução de exercícios como tarefa de classe e extraclasse,
seminários, atividades a partir de recursos audiovisuais, questões discursivas, orais,
dinâmicas de grupo, aulas práticas, entre outras.
79
5. BIBLIOGRAFIA
Ciências Hoje das Crianças, SBPC. Rio de Janeiro: Rj.
CRUZ, Daniel, Ciências: Educação Ambiental. Ed. Ática, 1ª edição, 2004
DEMETRIO Gowdak - Eduardo Martins – Ciências Novo Pensar, Editora FTD,
São Paulo, 2006, 2ª Edição.
JENNER, Pedersoli, Moacir, Wellington - Ciências naturais no dia-a-dia.1ª
Ed. 2004.
LDB – Lei Diretrizes e Bases da Educação, 9394/96.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes
curriculares de ciências para o ensino fundamental. Curitiba, 2009.
80
DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Muitos são os estudos realizados no âmbito da Educação Física com o
objetivo de conceituá-la e definir seu papel na escola, da sociedade e na vida do aluno.
Na evolução da Educação Física foram-lhe atribuídas inúmeras concepções de acordo
com o contexto histórico vigente.
A Educação Física teve seu berço na escola militar, servindo aos propósitos
militares de adestramento e preparação para a defesa da pátria, reforçando os
sentimentos relacionados à eugenia da raça, com o nome de Ginástica, esse modelo de
prática corporal pautava-se em prescrições de exercícios visando o aprimoramento de
capacidades e habilidades físicas, e houve tambem uma contribuição da medicina. Essa
Educação Física confundia-se com a prática da Ginástica, pois incluía exercícios físicos
baseadops nos moldes médicos-higiênicos.
A disciplina de Educação Física tornou-se obrigatória nas escolas a partir de
1929, nas instituições de ensino para crianças a partir de 6 anos de idade e para ambos
os sexos.
A Educação Física no final da década de 30 sofreu um processo de
desmilitarização e iniciou o processo de esportivização, onde o esporte e tido como
elemento hegemônico da cultura de movimento, o qual passa a ser o principal conteúdos
das aulas. Passando então as aulas a assumirem os códigos do esportivos de
rendimento, competição, comparação de recordes, regulamentação e racionalização de
meios e técnicas. Trata-se então do esporte na escola e não o esporte da escola.
Por volta dos anos 80, houve um movimento de abertura política e
consequentemente um processo de reformulação do sistema educacional brasileiro.
Neste contexto houve um movimento de renovação do pensamento pedagógico da
Educação Física. Entre as tendências progressistas, destacaram-se a seguintes
abordagens:
Desenvolvimentista: defende a(re)criação de jogos ideia de que o movimento
é o principal meio e fim da Educação Física.
Construtivista:defende a formação integral dos indivíduos a perspectiva
construtivista-interacionista.
81
Neste período houve também o surgimento das teorias críticas da |Educação
Física, que são as seguintes:
Crítico-superadora: baseia-se nos pressupostos da pedagogia -hisŕorico
-crítica e estipula como objeto da Educação Física, a Cultura Corporal a partir de
conteúdos como: o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e a dança.
Crítico-emancipatória: na perspectiva o movimento humano em sua
expressão é considerado significativo no processo de ensino/aprendizagem, pois está
presente em todas as vivências e relações expressivas que constituem o se no mundo.
Após realizada uma analise de todas as tendências históricas da educação
física escolar no Brasil, optamos nesta proposta pedagógica pela teoria critico-
superadora, a qual garante o acesso ao conhecimento e à reflexão das inúmeras
manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na
busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano critico e
sujeito histórico, político, social e cultural.
Através dos estudos realizados e pautados nas DCEs a referida disciplina
elencou os seguintes objetivos: Propiciar ao educando uma visão crítica de mundo e de
sociedade através de sua corporalidade; Oportunizar práticas corporais tendo como
princípio básico o desenvolvimento do sujeito unilateral; Propiciar ao aluno a
potencialização das formas de expressão corporal e oportunizar aprofundamento teórico e
prático do conhecimento historicamente produzido pela Educação Física.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS POR SÉRIE/ANO
Série: 5ª
GINÁSTICA
− Origem da ginástica e sua mudança no tempo;
− Diferentes tipos de ginástica;
− Práticas ginasticas.
ESPORTE
− Origem dos diferentes esportes e suas mudanças na história;
− Princípios básicos dos esportes;
82
− Regras básicas;
− Elementos básicos constitutivos dos esportes: arremessos, deslocamentos,
passes e fintas;
− Práticas pré-desportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.
JOGOS E BRINQUEDOS
6. Porque brincamos;
7. Construção coletiva de jogos e brincadeiras;
8. Brinquedos e brincadeiras tradicionais;
9. Jogos educativos tradicionais;
10. Jogos e brincadeiras com e sem material;
11. Diferentes manifestações e tipos de jogos;
DANÇA
• Porque dançamos?
• A dança como possibilidade de manifestação corporal;
• Danças tradicionais e folclóricas;
• Expressão corporal com e sem materiais.
CONHECIMENTO DO CORPO
2. Interação corporal: reconhecimento dos limites e possibilidades da
corporalidade do outro;
3. Educação dos sentidos: cheiros, gostos, sons, imagens, senso tátil;
4. O corpo que não se vê: o que nosso corpo produz.
Série: 6ª
GINÁSTICA
• Origem da ginástica e sua mudança no tempo;
• Diferentes tipos de ginástica;
• Práticas ginásticas.
83
ESPORTE
• Princípios básicos dos esportes;
• Regras básicas;
• Fundamentos dos esportes;
• Práticas pré-desportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.
• Jogo propriamente dito;
• Possibilidades dos esportes como atividade corporal.
JOGOS E BRINQUEDOS
• Construção coletiva de jogos e brincadeiras;
• Brinquedos e brincadeiras tradicionais;
• Jogos educativos tradicionais;
• Jogos e brincadeiras com e sem material;
• Diferentes manifestações e tipos de jogos;
• Diferença entre jogo esporte.
DANÇA
• A dança como possibilidade de manifestação corporal;
• Danças tradicionais e folclóricas;
• Expressão corporal com e sem materiais.
• Mímica, imitação e representação.
CONHECIMENTO DO CORPO
• Interação corporal: reconhecimento dos limites e possibilidades da
corporalidade do outro;
• Educação dos sentidos: cheiros, gostos, sons, imagens, senso tátil;
• O corpo que não se vê: o que nosso corpo produz.
O CORPO COMO CONSTRUÇÃO HISTÓRICO-SOCIAL
• Dimensões biológicas, cultural e social do corpo;
• Possibilidades de manifestações corporais;
84
• Possibilidades expressivas/comunicativas do corpo;
• Saúde e doença: elementos básicos;
Série: 7ª
GINÁSTICA
• Diferentes tipos de ginástica;
• Práticas ginásticas;
• Princípios básicos de diferentes ginásticas.
ESPORTE
• Princípios básicos dos esportes: táticas e regras;
• Fundamentos dos esportes;
• Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.
• Jogo propriamente dito;
• O sentido da competição esportiva;
• O esporte como fenômeno de massa;
JOGOS E BRINQUEDOS
• Diferentes manifestações e tipos de jogos;
• Diferença entre jogo esporte.
MANIFESTAÇÕES ESTÉTICAS – COPORAIS NA DANÇA E NO TEATRO
• A dança como possibilidade de manifestação corporal;
• Expressão corporal com e sem materiais.
• Mímica, imitação e representação.
• Diferentes tipos de danças;
• Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivos.
CONHECIMENTO DO CORPO
• Auto conhecimento corporal;
• Somatização das emoções;
• Movimentar-se: o corpo que se desloca;
85
• O corpo que não se vê: o que nosso corpo produz.
O CORPO COMO CONSTRUÇÃO HISTÓRICO-SOCIAL
• Dimensões biológicas, cultural e social do corpo;
• O corpo e sua manifestação sexual: a sexualidade como possibilidade de
prazer e sofrimento;
• O corpo como sujeito e vítima da violência;
• O corpo diferente;
• Saúde e doença: elementos básicos;
Série: 8ª
GINÁSTICA
• Diferentes tipos de ginástica;
• Práticas ginásticas;
• Princípios básicos de diferentes ginásticas.
• Influência da ginástica nos sistemas corporais;
ESPORTE
• Regras;
• Fundamentos dos esportes;
• Sistemas de jogo;
• O sentido da competição esportiva;
• O esporte como fenômeno de massa;
JOGOS E BRINQUEDOS
• Diferentes manifestações e tipos de jogos;
• Jogos educativos tradicionais.
DANÇA
• A dança como possibilidade de manifestação corporal;
86
• Expressão corporal com e sem materiais.
• Mímica, imitação e representação.
• Diferentes tipos de danças;
• Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivos.
CONHECIMENTO DO CORPO
• Auto conhecimento corporal;
• Somatização das emoções;
• O corpo que não se vê: o que nosso corpo produz.
O CORPO COMO CONSTRUÇÃO HISTÓRICO-SOCIAL
• Dimensões biológicas, histórica, cultural e social do corpo;
• O corpo como sujeito e vítima da violência;
• O corpo diferente;
• Saúde e doença: elementos básicos;
• O corpo no mundo do trabalho;
• O corpo e seus adereços;
• Relações do indivíduo com a industria do lazer e com a natureza.
Série: 1º ANO
ESPORTE
ESPORTE COLETIVO: VOLEIBOL
• Aperfeiçoamento das regras e dos fundamentos;
• O voleibol enquanto fenômeno social;
• Sistemas táticos e técnicos.
JOGOS
5. Diferenças entre jogos e esportes;
6. Jogos cooperativos;
7. O que é lúdico.
87
ESPORTE
ESPORTE COLETIVO: FUTSAL
− Aperfeiçoamento das regras e fundamentos;
− A evolução do esporte até a profissionalização;
− Surgimento do esporte espetáculo;
− O esporte como forma de lazer passivo;
− Sistemas táticos e técnicos;
GINÁSTICA
12. O circo como componente da ginástica;
13. Os segredos do corpo;
14. O corpo e seu funcionamento;
15. Diversidade da cultura corporal.
• A influência da ginástica no contexto escolar;
• A influência da mídia na cultura corporal.
ESPORTE
ESPORTE COLETIVO: HANDEBOL
• Aperfeiçoamento dos fundamentos;
• Aperfeiçoamento das regras;
• Súmula e arbitragem;
• O poder do esporte.
ESPORTE INDIVIDUAL: XADREZ
− Sistema de jogo;
− Aberturas, meio jogo e finais;
DANÇA
• História da dança;
• A dança em diferentes contextos sociais;
• A dança e o modismo;
• A dança como produtora de significados;
88
• Construção social do corpo.
ESPORTE
ESPORTE INDIVIDUAL: TÊNIS DE MESA
• Aperfeiçoamento dos fundamentos;
• Aperfeiçoamento das regras;
• A influência do esporte nas relações sociais.
• Súmulas e arbitragem.
ESPORTE COLETIVO: BASQUETEBOL
• Aperfeiçoamento dos fundamentos;
• Aperfeiçoamento das regras;
LUTAS: CAPOEIRA
− Histórico da capoeira;
− Capoeira: jogo, luta ou dança;
− Benefícios da capoeira;
− Principais golpes.
CULTURA CORPORAL E A FORMAÇÃO DO CIDADÃO AUTÔNOMO
• Autonomia; planejamento participativo;
• Cultura corporal.
SAÚDE, CORPOREIDADE E LAZER
• Qualidade de vida;
• Nutrição;
• Sedentarismo;
• Anatomia básica;
• Fisiologia básica;
• Sexualidade;
• Primeiros socorros;
• Consciência corporal;
89
• Eventos de lazer.
Série: 2º ANO
OBJETIVOS: Oportunizar ao aluno um aprofundamento teórico e prático do
conhecimento historicamente produzido pela Educação Física, representando sua
corporalidade.
ESPORTE
ESPORTE COLETIVO: VOLEIBOL
• Aperfeiçoamento das regras e dos fundamentos;
• O voleibol enquanto fenômeno social;
• Sistemas táticos e técnicos.
JOGOS
8. Diferenças entre jogos e esportes;
9. Jogos cooperativos;
10. O que é lúdico.
ESPORTE
11. ESPORTE COLETIVO: FUTSAL
12. Aperfeiçoamento das regras e fundamentos;
13. A evolução do esporte até a profissionalização;
14. Surgimento do esporte espetáculo;
15. O esporte como forma de lazer passivo;
16. Sistemas táticos e técnicos;
GINÁSTICA
17. O circo como componente da ginástica;
18. Os segredos do corpo;
19. O corpo e seu funcionamento;
20. Diversidade da cultura corporal.
21. A influência da ginástica no contexto escolar;
90
22. A influência da mídia na cultura corporal.
ESPORTE
23. ESPORTE COLETIVO: HANDEBOL
24. Aperfeiçoamento dos fundamentos;
25. Aperfeiçoamento das regras;
26. Súmula e arbitragem;
27. O poder do esporte.
28. ESPORTE INDIVIDUAL: XADREZ
29. Sistema de jogo;
30. Aberturas, meio jogo e finais;
31.
DANÇA
32. História da dança;
33. A dança em diferentes contextos sociais;
34. A dança e o modismo;
35. A dança como produtora de significados;
36. Construção social do corpo.
ESPORTE
37. ESPORTE INDIVIDUAL: TÊNIS DE MESA
38. Aperfeiçoamento dos fundamentos;
39. Aperfeiçoamento das regras;
40. A influência do esporte nas relações sociais.
41. Súmulas e arbitragem.
42. ESPORTE COLETIVO: BASQUETEBOL
43. Aperfeiçoamento dos fundamentos;
44. Aperfeiçoamento das regras;
LUTAS: CAPOEIRA
45. Histórico da capoeira;
46. Capoeira: jogo, luta ou dança;
91
47. Benefícios da capoeira;
48. Principais golpes.
CULTURA CORPORAL E A FORMAÇÃO DO CIDADÃO AUTÔNOMO
• Autonomia; planejamento participativo;
• Cultura corporal.
SAÚDE, CORPOREIDADE E LAZER
• Qualidade de vida;
• Nutrição;
• Sedentarismo;
• Anatomia ;
• Fisiologia do esforço físico;
• Dependências químicas.
EDUCAÇÃO FÍSICA: INCLUSÃO E FORMAÇÃO PLENA
• Inclusão, diversidade e formação do aluno;
• Exclusão social;
• Deficiências físicas.
Série: 3º ANO
CONTEÚDOS
ESPORTE
ESPORTE COLETIVO: VOLEIBOL
• Aperfeiçoamento das regras e dos fundamentos;
• Sistemas táticos e técnicos.
• O voleibol enquanto fenômeno social;
• A reação entre a televisão e o voleibol no estabelecimento de suas regras;
• Transição: o papel da mídia;
• O voleibol sobre uma nova roupagem.
92
JOGOS
49. Diferenças entre jogos e esportes;
50. Jogos cooperativos;
51. O que é lúdico.
• O jogo é jogado e a cidadania é negada
• Cidadania: inclusão excludente.
ESPORTE
ESPORTE COLETIVO: FUTSAL
− Aperfeiçoamento das regras e fundamentos;
− O futebol para alem das quatro linhas;
− Futebol ópio do povo;
− A evolução do esporte até a profissionalização;
− Surgimento do esporte espetáculo;
− O esporte como forma de lazer passivo;
− Sistemas táticos e técnicos;
GINÁSTICA
16. O circo como componente da ginástica;
17. Os segredos do corpo;
18. O corpo e seu funcionamento;
19. Diversidade da cultura corporal.
• A influência da ginástica no contexto escolar;
• A influência da mídia na cultura corporal;
• O ser saudável;
• Atividade física e saúde;
• Ginástica geral.
EDUCAÇÃO FISICA: INCLUSÃO E FORMAÇÃO PLENA
− Inclusão e exclusão social ;
− Respeito as diversidades.
93
ESPORTE
ESPORTE COLETIVO: HANDEBOL
• Aperfeiçoamento dos fundamentos;
• Aperfeiçoamento das regras;
• Súmula e arbitragem;
• O poder do esporte;
• O esporte como forma de afirmação do sistema capitalista;
• O esporte na escola.
ESPORTE INDIVIDUAL: XADREZ
− Sistema de jogo;
− Aberturas, meio jogo e finais;
DANÇA
• História da dança;
• A dança em diferentes contextos sociais;
• A dança e o modismo;
• A dança como produtora de significados;
• Construção social do corpo;
• Oposição entre o corpo natural e o corpo social;
• Moda, mídia e juventude;
• Massacre do corpo;
• A dança como conteúdo escolar.
CULTURA CORPORAL E A FORMAÇÃO DO CIDADÃO AUTÔNOMO
• Autonomia; planejamento participativo;
• Cultura corporal.
ESPORTE INDIVIDUAL: TÊNIS DE MESA
• Aperfeiçoamento dos fundamentos;
• Aperfeiçoamento das regras;
• A influência do esporte nas relações sociais.
94
• Súmulas e arbitragem.
ESPORTE COLETIVO: BASQUETEBOL
• Aperfeiçoamento dos fundamentos;
• Aperfeiçoamento das regras;
LUTAS: CAPOEIRA
− Histórico da capoeira;
− Capoeira: jogo, luta ou dança;
− Benefícios da capoeira;
− Principais golpes.
JUDÔ
• Como se originou?
• O judô no Brasil;
• O suave ato de lutar;
• O judô como manifestação na era Meiji;
• O judô e o esporte espetáculo;
• Fundamentos e técnicas básicas;
• Principais golpes.
EDUCAÇÃO FÍSICA: INCLUSÃO E FORMAÇÃO PLENA
• Inclusão, diversidade e formação do aluno;
• Exclusão social;
A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena
os quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.
95
4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Ao propor o encaminhamento metodológico da Educação Física pretende-se
identificar as múltiplas possibilidades de intervenção sobre a corporalidade que surgem no
cotidiano da cultura escolar.
Assim a corporalidade como concepção orientadora da Educação Física no
ensino fundamental, pretende por meio das práticas corporais, seja do esporte, da dança,
da ginástica, dos jogos, das brincadeiras e brinquedos, ir além da dimensão motriz
levando em consideração a multiplicidade e experiências manifestadas pelo corpo as
quais perneiam essas práticas, que tem sentido amplo no corpo e são historicamente
produzidos.
Nesse âmbito, se reconhece dimensões fundamentais do trabalho docente:
o senso de investigação, a pesquisa e o diálogo com os educandos e professores de
outras áreas de conhecimento. Pautado nestes aspectos torna-se um desafio para o
professor procurar produzir uma cultura escolar de Educação Física que mobilize práticas
que afirmem valores e sentidos que ampliem as possibilidades formativas, evitando
formas de discriminação, segregação e competição exacerbada .
Neste sentido as aulas de Educação Física compõe-se de uma proposição
do que vai ser executado; execução do que foi proposto e reflexão sobre o que foi
executado. Os conteúdos específicos da disciplina terá tratamento diferenciado por série,
onde na sétima e oitava série terá maior amplitude, complexidade e aprofundamento de
acordo com as culturas e especificidades da escola .
5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação da aprendizagem da Educação Física, está de pautado no
Projeto Político Pedagógico da escola, onde os críterios estão bem estabelecidos onde
prioriza a qualidade do ensino e aprendizagem, sendo contínua, diagnóstica, somativa,
possibilitando assim que os alunos reflitam e se posicionem criticamente com o intuito de
construir uma suposta relação com o mundo e uma sociedade justa e mais humana.
Será um processo contínuo permanente e cumulativo, onde o professor
organizará e reorganizará o seu trabalho visando as diversas manifestações corporais.
Os instrumentos utilizados para realizar as avaliações serão pautados no
96
Regimento Escolar e nas DCEs, sendo eles: debates, seminários, (re)criação de jogos,
trabalhos em equipe e individuais, testes orais e escritos, festivais, jogos escolares,
pesquisas, juri simulado entre outros que levem os alunos a expressar sua opinião e a de
seus colegas.
97
6. BIBLIOGRAFIA
BRACHT, Valter. Educação Física: conhecimento e especificidade. In:
SOUZA, Eustáquia Salvadora de; VAGO, Tarcísio Mauro (Orgs), Trilhas e partilhas:
educação física na cultura escolar e nas práticas sociais. Belo Horizonte: Editora dos
autores, 1997.
CAMARGO,Marilena Jorge Guedes de. Coisas velhas: um percurso da
investigação sobre cultura escolar (1928-1958). São Paulo: editora da Unesp.
CARNAVAL, Paulo Eduardo. Cinesiologia aplicada aos esportes. Rio de
janeiro: 2ª edição: Sprint,2002.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. São
Paulo: Cortez, 1992.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA EDUCAÇÃO
FÍSICA, Curitiba, 2009.
JULIA, Dominique. 2001. A cultura escolar como objeto histórico. Revista
Brasileira de História da Educação. Campinas, N.1, P. 9-32.
KAMEL, Dilson. Nutrição e exercício. Rio de janeiro: 3ª edição: Sprint, 2001.
LIMA, Dartel Ferrari de, Caminhada: teoria e prática. Rio de Janeiro: 2ª
edição: sprint, 2000.
MALTA, Paulo. Step Trainning, aeróbica e localizada. Rio de Janeiro: Sprint:
2ª edição, 1998.
MIRANDA, Edalton. Bases de Anatomia e cinesiologia. Rio de Janeiro: 3ª
edição: Sprint, 2001.
NANNI, Dionízia. Dança ,Educação, pré-escola á universidade. Rio de
98
Janeiro: 4ª edição: Sprint, 2003.
SILVA JUNIOR, Lauro Ivo da. Manual de bandagens esportivas. Rio de
Janeiro, Sprint, 1999.
TIRADO, Augusto C.S.B. Meu primeiro livro de xadrez: curso para
escolares. Curitiba: expoente, 1995.
VAGO, Tarcísio Mauro. Intervenção e conhecimento na escola: por uma cultura
escolar de Educação física. In: GOELLNER, Silvana Vilodre (Org). Educação
Física/Ciências do esportes: Intervenção e conhecimento. Florianópolis: CBCE, 1999.
99
DISCIPLINA DE FÍSICA
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O estudo da Física no Ensino Médio propõe levar ao aluno o conhecimento
da natureza como a compreensão dos fenômenos naturais e do próprio Universo, tendo
como referência modelos matemáticos, propiciando ao aluno as condições para que
contemplem as teorias físicas.
Na luta pela sobrevivência, o homem foi aprendendo a conhecer a natureza
e desenvolver seus segredos.
Desde a pré-história quando o homem usava força para realizar suas
funções, ele estava usando conhecimentos da Física.
Mais tarde, os primeiros povos civilizados sentiram a necessidade de criar
alguns instrumentos que proporcionaram maior conforto à população como: bombear
água para plantações, levantar blocos de pedra, a construir monumentos, entre outros.
Com o surgimento da Filosofia, os gregos tentaram explicar o mundo
unicamente através da razão. Valorizavam muito as idéias e pouquíssimo a
experimentação.
Na Idade Média poucos foram os avanços no campo cientifico devido o
domínio da religião e o uso restrito da escrita e de livros.
No século XVI, Galileu Galilei, mostrou com sua prática, que o cientista
precisa criar situações favoráveis de observação e a necessidade de testar todas as
teorias.
No século XVII, Isaac Newton, realizou a primeira grande síntese da história
da Física através da formulação de leis gerais.
A partir desses fundamentos, ocorreram importantes inovações cientificas e
técnicas.
Nos séculos XVIII e XIX, houve uma explosão de idéias e inovações em
todos os campos.
Em 1905, Albert Einstein, revolucionou o campo cientifico lançando a “Teoria
da Relatividade”.
100
Várias teorias tiveram que ser revistas.
A partir da descoberta os avanços foram enormes: energia nuclear, bomba
atômica, estudo do movimento de partículas, viagens espaciais.
Portanto é importante compreendermos que essa evolução não é resultado
da ação individual de alguns homens e, sim, uma obra coletiva.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
− Compreender as leis e teorias cientificas que levam ao conhecimento da
Física como ciência e aplicá-la na solução de problemas;
− Propiciar ao aluno a construção da idéia de cosmo, assim como a
compreensão do mundo onde vive, convive e se relaciona.
− Desenvolver o raciocínio, através da observação dos fenômenos naturais e
como manipulá-los através de experimentos;
− Introduzir metodologias práticas dos conteúdos para que todos os alunos
compreendam melhor a disciplina;
− Formar um cidadão capaz de compreender e conviver com as diversidades
culturais existentes na sociedade onde interage.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DA DISCIPLINA DE FÍSICA
Conteúdos estruturantes:
Estudo dos Movimentos – 1º Ano
Conteúdos Básicos:
Quantidade de movimento e inércia, conservação da Quantidade de
101
Movimento;
Tipos de movimento;
Variação da quantidade de movimento e impulso: 2ª Lei de Newton;
Tipos de Forças: Forças no movimento circular, Força de Atrito, Medida de uma
Força;
Energia e o princípio da conservação da energia;
Conceito de Equilíbrio e 3ª Lei de Newton;
Colisões de corpos;
Potência;
Surgimento do universo e Gravitação universal;
Estática;
Hidrostática: Fluidos, Propriedades físicas da matéria, Viscosidade dos fluidos,
Pressão, Teorema de Pascal, Empuxo.
Conteúdos estruturantes:
Termodinâmica – 2º Ano
Conteúdos Específicos:
Temperatura e calor;
Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica, equilíbrio térmico,
propriedades termométricas, medidas de temperatura;
1ª Lei da Termo: idéia de calor como energia, sistemas termodinâmicos que
realizam trabalho, a conservação da energia;
2ª Lei da Termo: máquinas térmicas, Entropia;
3ª Lei da Termo: as hipóteses da sua formulação, o comportamento da matéria
nas proximidades do zero absoluto;
As idéias da termodinâmica desenvolvidas no âmbito da Mecânica Quântica e
da Mecânica Estatística. A quantização da energia no contexto da Termodinâmica;
Estudo da Óptica Física e Geométrica;
Propriedades da luz como uma onda e como uma partícula;
Ondas;
Acústica.
102
Conteúdos estruturantes:
Eletromagnetismo – 3º Ano
Entidades Fundamentais:
Carga, Campos e Pólos Magnéticos.
Conteúdos Específicos:
Conceitos de Carga e Pólos magnéticos;
As leis de Maxwell: Lei de Coulomb, Leis de Gauss, Lei de Faraday, Lei de
Ampere e Lei de Lenz;
Campo elétrico e magnético, linhas de campo;
Força elétrica e Magnética, Força de Lorentz;
Circuitos elétricos e magnéticos: elementos do circuito, fontes de energia num
circuito;
As interações eletromagnéticas, a estrutura da matéria;
Física moderna;
Astronomia;
Radioatividade;
Física nuclear;
Teoria da relatividade.
A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena
os quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O processo de ensino-aprendizagem deve sempre partir do conhecimento
prévio que o aluno já possui sobre o conteúdo, valorizando sua história, respeitando suas
raízes, sua raça e suas diferenças, sejam essas física, religiosa, cultural etc. Dessa forma
é importante fazer com que o aluno exponha os seus conhecimentos, através de debates
e atividades individuais e em grupo onde ele possa compartilhar com o professor e com
os demais colegas aquilo que sabe sobre o tema a ser trabalhado.
Partindo da experiência do aluno, o professor passa a atuar como um
103
“informante científico”, complementando esse saber com o conhecimento científico,
sistematizado e organizado. Através desse confronto de saberes, o aluno modifica e
enriquece o conhecimento já existente.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação dever ser utilizada como um instrumento para intervir no processo
de aprendizagem dos estudantes.
A avaliação deve levar em conta o progresso do estudante no processo de
apropriação dos conceitos e a evolução das ideias em Física, levando em consideração
aspectos como a compreensão dos conceitos físicos, a capacidade de análise e
interpretação de texto.
Dessa forma, o processo avaliativo será realizado através da participação dos
alunos nas atividades propostas em sala, apresentação de pesquisas abordando os
temas trabalhados, elaboração de relatórios sobre um experimento em laboratório;
Respeitando sempre as limitações e as diferenças físicas e culturais entre os alunos.
104
BIBLIOGRAFIA
Bem-Dov, Joav. Convite á Física. Rio de Janeiro, Ed. Jorge Zahar, 1996
Bonjorno, Regina Azenha. Física Completa. Volume único. São Paulo,
F.T.D., 2002.
Bueno, Paulo. Física. Volume único. São Paulo, Ática, 2005.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - FÍSICA,
Curitiba, 2009.Feynman, Richard P. Física em seis lições. 8ª edição. Rio de Janeiro,
Ediouro, 2004.
GASPAR, Alberto. Física. Volume único. São Paulo, Ática, 2009.
Identidades do Ensino Médio.
Júnior, Dorival Ronqui. Palavra em Ação – Física. Volume único.
Uberlândia, Claranto, 2003.
Máximo, Antonio; Alvarenga, Beatriz. Física. Volume único. São Paulo,
Scipione, 2005.
Menezes, Luis Carlos de. A matéria. São Paulo, Ed. Livraria da Física, 2005.
Paraná. Física. Volume único. São Paulo. Ática, 2003.
Rocha, José Fernando M. Origens e evolução das idéias da física.
Salvador, Edufba, 2002.
Tipler, Paul A.; Llewellyn, Ralph A.. Física Moderna. Rio de Janeiro, LTC,
2006.
Mosca, Gene. Física. Rio de Janeiro, LTC, 2006.
105
DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
1. APRESENTAÇÃO GERAL
As relações da natureza com o espaço geográfico sempre fizeram parte da
sobrevivência dos grupos humanos, observando as alternancia dos climas, as estações
do ano e todas as variações do tempo, com isso foi possível a construção do
conhecimento sobre a natureza, assim como modificá-la em benefícios da humanidade.
A ciência geográfica vem passando por intensa renovação nas ultimas
décadas, houve um avanço dos saberes geográficos, devido a ampliação dos
conhecimentos entre sociedade-natureza, características físicas e humana dos territórios
o que tornou-se possível as organizações políticas e econômicas.
A Geografia, não pode ser encarada apenas como uma ciência que serve para
dotar os indivíduos de conhecimentos sobre o mundo. Ela deve ir mais adiante,
questionado sobre os problemas da região, sobre as contradições existentes na vida
econômica, socioambiental e política, tentando buscar as soluções que beneficiam todos
os segmentos da sociedade, principal mente aqueles que estão a margem do processo.
A abordagem mais adequada dos conteúdos, no sentido da formação do
cidadão consciente, preparado para modificar positivamente o espaço de sua vivência,
adequando o espaço geográfico de acordo com sua realidade.
E importante ressaltar que os referenciais do conhecimento Geográfico, como
conceito, evolução, produção, métodos, utilidades e fontes de pesquisas são benefícios
para se chegar ao conhecimento cientifico, à Geografia, deve ser trabalhada a partir de
conhecimentos concretos para assegurar o entendimento.
− CONTEÚDOS DE GEOGRAFIA POR SÉRIE/ANO
ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE/6º ANO
Conteúdo Conteúdos Básicos
106
s Estruturantes
Dimensã
o econômica do
espaço geográfico
Dimensã
o política do espaço
geográfico
Dimensã
o cultural
demográfica do
espaço geográfico
Dimensã
o socioambiental do
espaço geográfico.
1) Formação e transformação das paisagens
naturais e culturais.
2)Dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e produção.
3)A formação, localização e exploração dos
recursos naturais.
4)A distribuição espacial das atividades produtivas,
a transformação paisagem, a (re)organização do espaço
geográfico.
5)As relações entre campo e a cidade na sociedade
capitalista.
6)A mobilidade populacionais as manifestações
socioespaciais da diversidade cultural.
7)A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da população.
8)As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
107
ENSINO FUNDAMENTAL 6ª SÉRIE/7º ANO
Conteúdo
s estruturantes
Conteúdos Básicos
Dimensã
o econômica do
espaço geográfico
Dimensã
o política do espaço
geográfico
Dimensã
o cultural
demográfica do
espaço geográfico
Dimensã
o socioambiental do
espaço geográfico.
1) A formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração do território brasileiro.
2) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e produção.
3) As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
4) As manifestações sócio-espaciais da diversidade
cultural.
5) A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da população.
6) Movimentos migratórios e suas motivações.
7) O espaço rural e a modernização da agricultura.
8) A formação, o crescimento das cidades, a
dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.
9) A distribuição espacial das atividades produtivas,
a (re) organização do espaço geográfico.
10) A circulação de mão-de-obra, das mercadorias
e das informações.
108
ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIE/8º ANO
Conteúdo
s estruturantes
Conteúdos Básicos
Dimensão
econômica do
espaço geográfico
Dimensão
política do espaço
geográfico
Dimensão
cultural demográfica
do espaço
geográfico
Dimensão
socioambiental do
espaço geográfico.
1) As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
2) A formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios do continente americano.
3) A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
4) O comércio em suas implicações sócio-
espaciais.
5) A circulação de mão-de-obra, do capital, das
mercadorias e informações.
6) A distribuição espacial das atividades produtivas,
a (re) organização do espaço geográfico.
7) As relações entre o campo e a cidade na
sociedade capitalista.
8) O espaço rural e a modernização da agricultura.
9) A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da população.
10) Os movimentos migratórios e suas motivações.
11) As manifestações sócio-espaciais da
109
diversidade cultural.
12) A formação, a localização, exploração dos
recursos naturais.
ENSINO FUNDAMENTAL 8ª SÉRIE/9º ANO
Conteúdo
s estruturantes
Conteúdos Básicos
Dimensã
o econômica do
espaço geográfico
Dimensã
o política do espaço
geográfico
Dimensã
o cultural
demográfica do
espaço geográfico
1) As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
2) A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
3) A Revolução Técnico-científico-informacional e os
novos arranjos no espaço da produção.
4) O comércio mundial e as implicações
socioespaciais.
5) A formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios.
6) A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da população.
7) As manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
8)Os movimentos migratórios mundiais e suas
motivações.
9)A distribuição das atividades produtivas, a
110
Dimensã
o socioambiental do
espaço geográfico.
transformação da paisagem e a (re)organização do espaço
geográfico.
10)A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e produção.
11)O espaço em rede: produção, transporte e
comunicações na atual configuração territorial.
ENSINO MÉDIO 1º ANO
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos
Dimensão
econômica do espaço
geográfico
Dimensão
política do espaço
geográfico
Dimensão
cultural demográfica
do espaço geográfico
Dimensão
socioambiental do
espaço geográfico.
1)Formação e transformação das paisagens.
2) A formação, localização e exploração dos
recursos naturais.
3) Formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios.
4) A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da população.
5)Os movimentos migratórios e suas motivações.
6) As manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
111
ENSINO MÉDIO 2º ANO
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos
Dimensão
econômica do espaço
geográfico
Dimensão
política do espaço
geográfico
Dimensão
cultural demográfica
do espaço geográfico
Dimensão
socioambiental do
espaço geográfico.
1) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e produção.
2) A distribuição espacial das atividades
produtivas, a transformação da paisagem, a (re)organização
do espaço geográfico.
3) A formação, localização e exploração dos
recursos naturais.
4) O espaço rural e a modernização da
agricultura.
5) O espaço em rede: produção, transporte e
comunicação na atual configuração territorial,
6)A circulação de mão-de-obra, do capital, das
mercadorias e das informações.
7)As relações entre o campo e a cidade na
sociedade capitalista.
8)A formação e o crescimento das cidades, a
dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente.
112
ENSINO MÉDIO 3º ANO
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos
Dimensão
econômica do espaço
geográfico
Dimensão
política do espaço
geográfico
Dimensão
cultural demográfica
do espaço geográfico
Dimensão
socioambiental do
espaço geográfico.
1) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e produção.
2) A revolução técnico-científica- informacional e
os novos arranjos no espaço da produção.
3) O espaço em rede: produção, transporte e
comunicação na atual configuração territorial.
4) A circulação de mão-de-obra, do capital, das
mercadorias e das informações.
5) O comércio e as implicações socioespaciais.
6) As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
7) As implicações socioespaciais do processo de
mundialização.
8) A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
113
4. METODOLOGIA DA GEOGRAFIA
A geografia tem atuação privilegiada dentro do elenco de disciplinas nas
escolas, pois favorece uma maior integração entre o ambiente mais restrito do aluno e o
mundo do qual faz parte, favorecendo-lhe uma visão mais completa social- o espaço
constituído pelo trabalho humano, ao longo do processo histórico.
Adquirindo conceitos que servem como pré-requisitos para a compreensão dos
elementos que caracterizam a organização espacial e que sejam fundamentais para a
formação de um raciocínio geográfico articulado, cumulativo e crítico.
Sendo assim todo trabalho realizado em sala de aula, deverá ser de uma forma
crítica e dinâmica, interligando a teoria prática e realidade. O encaminhamento dos
trabalhos serão realizados através da utilização de recursos didáticos, tais como: vídeos,
músicas, aparelho de som, retroprojetor, globo, mapas, jornais, revistas, livros, internet,
TV pen-drive.
Com relação à inclusão escolar, entende-se que o conhecimento sistematizado
pela educação escolar deve proporcionar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e
direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a
igualdade, principalmente em condições semelhantes aos demais. Nesse sentido, o
ensino de geografia deve buscar caminhos para instrumentalizar o aluno incluso de forma
a propiciar a este as mesmas condições de leitura do espaço e do mundo que os demais
alunos possuem.
A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena os
quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.
− AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
De acordo com as Diretrizes Curriculares de geografia do Estado do Paraná,
a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o
conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a esse processo. Nesse
114
sentido a avaliação proposta nessa proposta pedagógica curricular de geografia é a
seguinte:
•Avaliação Diagnóstica: Permite ao professor identificar o
desenvolvimento da aprendizagem dos alunos para pensar em atividades didáticas que
possibilitem a compreensão dos conteúdos a serem trabalhados.
•Avaliação Formativa: Ocorre durante o processo pedagógico e tem por
finalidade retomar os objetivos de ensino propostos para, a partir dos mesmos, identificar
a aprendizagem alcançada desde o início até o momento avaliado;
•Avaliação Somativa: Permite ao professor tomar uma amostra em
objetivos propostos no início do trabalho e identificar se eles estão em consonância com o
perfil dos alunos e como esses encaminhamentos metodológicos utilizados para
compreensão dos conteúdos. Está avaliação é aplicada em um período distante um do
outro, como por exemplo, o Bimestre, Trimestre e o Semestre.
No que concerne à avaliação do aluno incluso, não há que se perder de
vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligando que se concretize
interdisciplinarmente na aprendizagem da criança inclusa, de modo que não se
caracterizem dois processos distintos e desvinculados, isto é, duas “educações” a regular
e a especial.
De acordo com essas formas de avaliação, os critérios e instrumentos
avaliativos utilizados na disciplina de geografia serão:
- Atividade de leitura - o aluno deverá compreender as ideias presentes no
texto e interagir com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou
discordâncias; ao falar sobre o texto, expressar suas ideias com clareza e sistematizar o
conhecimento de forma adequada; estabelecer relações entre o texto e o conteúdo
abordado em sala de aula.
− Projeto de Pesquisa Bibliográfica - o aluno compreende a contextualização,
identifica a situação e o contexto com clareza; ao problema, apresenta de forma clara,
objetiva o tema levantado, delimitando o foco da pesquisa na busca de solução; a
justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa. O aluno, na escrita,
115
remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou paráfrases, referenciando-os
adequadamente.
− Produção de texto – o aluno usa linguagem adequada às exigências do
contexto de produção( gênero, interlocutor, finalidade ) ou de informalidade, atendendo
especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura; expressa as ideias com
clareza(coerência e coesão); elabora argumentos consistentes; estabelece relações entre
as partes do texto; estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para
sustentá-la.
− Palestra/Apresentação oral – O aluno deve demonstrar conhecimento do
conteúdo; apresentar argumentos elaborados consistentes; demonstrar sequência lógica
e clareza na apresentação; faz uso de recursos para ajudar na sua produção.
− Seminário – O aluno demonstra consistência nos argumentos, tanto na
apresentação quanto nas réplicas; apresenta compreensão do conteúdo abordado; faz
adequação da linguagem; demostra pertinência quanto as fontes de pesquisa; traz relatos
para enriquecer a apresentação; faz adequação e toma como relevante as intervenções
dos integrantes do grupo que assiste a apresentação.
− Debate – O aluno aceita a lógica da confrontação de posições, ou, seja,
respeita os pensamentos divergentes; ultrapassa os limites das suas posições pessoais;
explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição; faz uso
adequado da língua portuguesa em situações formais; busca, por meio de debate, da
persuasão e da superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma
maior aproximação possível entre as posições dos participantes; registra, por escrito, as
ideias surgidas no debate; demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina
envolvido no debate; apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua
relação com o conteúdo da disciplina.
− Atividades com textos literários – O aluno compreende e interpreta a
linguagem utilizada no texto; faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas
aulas com o texto literário lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto
literário.
− Trabalho em grupo – O aluno interage com o grupo; compartilha o
conhecimento; demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de
aula, na produção coletiva de trabalhos; compreende a origem da construção histórica
dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e a seu cotidiano.
116
− Questões discursivas – O aluno compreende o enunciado das questões;
planeja a solução, de forma adequada; comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-
se da norma padrão da língua portuguesa; sistematiza o conhecimento de forma
adequada.
− Questões objetivas – O aluno realiza leitura compreensiva do enunciado;
demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; utiliza-se de
conhecimentos adquiridos.
117
− BIBLIOGRAFIA
CAVALCANTI, L. de S. Geografia Escola e Construção do Conhecimento.
Campinas: Papirus, 1998.
PARANA. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação .
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Geografia. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Livro Didático Público. Geografia. 2.ed. Curitiba: SEED – PR, 2006
LUCCI, Elian Alabi, Anselmo Lazaro Branco. Geografia: Homem e espaço – as
relações internacionais e a organização do espaço mundial 5ª a 8ª séries: ensino
fundamental – 18ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.
MORAES, A.C.R. Geografia – Pequena História Crítica. São Paulo:
Hucitec,1987.
RIBEIRO, Maria Luisa s. História da Educação Brasileira: A Organização
Escolar. São Paulo: Moraes, 6ª ed., 1996, p.78.
RUA, J. Waszkiavicus, F.A., Tammuri, M.R.P., Póvoa Neto, H. Para Ensinar
Geografia: Contribuição para o trabalho com 1º e 2º graus. Rio de Janeiro: Access,
1993.
118
DISCIPLINA DE HISTÓRIA
− APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA;
O homem é o único animal histórico e que vive historicamente, tendo
consciência da passagem do tempo. Tanto ele quanto a sociedade a que pertence
possuem passado, presente e futuro. Longe de reduzir-se a um estudo passivo e neutro
do passado, a historia deve ser um estudo ativo, participativo e critico do passado,
relacionado com o presente e com vistas a um futuro melhor, o ensino de historia tem por
objetivo formar cidadão consciente, o que só será possível quando compreender de forma
crítica a sociedade em que vive e os fatores que a produziram. Daí a importância
fundamental do estudo crítico da história, sem dúvida um dos elementos essenciais na
formação do cidadão capaz de participar conscientemente da transformação da
sociedade e do mundo em que vive.
O ensino de História, presta-se também do modo particular para dotar o aluno
de espírito participativo, qualidade que ele deve Ter tanto na vida escolar quanto na vida
familiar e mais tarde no trabalho, na administração de seu município, do estado e do país.
A visão crítica e espírito participativo são duas faces diferentes de uma mesma moeda.
Não existe uma sem a outra.
O ensino de História pode estimular a formação da visão crítica ao fornecer ao
aluno instrumental que o auxilie na interpretação da realidade de vivenciada por ele.
A História estuda as ações do homem, procurando explicar as relações entre
seu diferente grupo. Essas relações estão em permanente movimento, são dinâmicas e
contraditórias. Produzir História é recuperar essas relações que se estabelecem entre os
grupos humanos no desenvolvimento de suas atividades, nos mais diferentes tempos e
espaços. Há necessidade de conceber um tipo de procedimento adequado aos
fenômenos históricos que estão sempre em movimento e que evidenciam manifestações
contraditórias. A História ao estudar as transformações sociais, seu objeto de estudo é
sempre uma determinada sociedade, em determinado momento, sempre pensada como
um todo.
O conhecimento histórico procura ver as mudanças por que passam ou
passaram as diferentes sociedades humanas.
O ser humano elabora sempre novos conhecimentos e novas técnicas –
sobre a natureza, sobre si mesmo e sobre sua organização social – que são transmitidos
119
às novas gerações por meio da educação informal e formal e que levam à uma crescente
ampliação do patrimônio cultural da humanidade.
É fundamental que o aluno tome consciência de que é parte do mundo e
agente transformador da realidade; incentivando a leitura, reflexão, análise e exposições
escritas e orais, pessoais e em grupo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ENSINO FUNDAMENTAL:
− RELAÇÕES DE TRABALHO;
− RELAÇÕES DE PODER;
− RELAÇÕES CULTURAIS;
CONTEÚDOS BÁSICOS ENSINO FUNDAMENTAL
5° SÉRIE
1 – A Experiência Humana no Tempo
2 – Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo
3 – A Cultura Local e a Cultura Comum
6° SÉRIE
1 – As Relações de Propriedade;
2 – O Mundo do Campo e o Mundo da Cidade;
3 – As Relações entre o Campo e a Cidade;
4 – Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade;
5 – A Constituição histórica do mundo do campo e da cidade;
120
7° SÉRIE
1 – História das Relações da Humanidade com o Trabalho;
2 – O Trabalho e a Vida em sociedade;
3 – O Mundo do Trabalho;
4 – As Resistências e as Conquistas de Direito;
5 – O trabalho e as contradições da modernidade;
8° SÉRIE
1 – A Constituição das Instituições Sociais
2 – A Formação do Estado
3 – Sujeitos Guerras e Revoluções
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ENSINO MÉDIO:
− RELAÇÕES DE TRABALHO;
− RELAÇÕES DE PODER;
− RELAÇÕES CULTURAIS;
CONTEÚDOS BÁSICOS ENSINO MÉDIO
1o Ano
52. Trabalho Escravo,Servil,Assalariado eu Trabalho Livre
53. O Estado e as relações de poder
54. Os sujeitos ,as revoltas e as guerras
55. Cultura e Religiosidade
2o Ano
• Trabalho Escravo,Servil, Assalariado e o Trabalho Livre
121
• Urbanização e industrialização
• O Estado e as relações de poder
• Os sujeitos,as revoltas e as guerras
• Movimentos sociais,políticos e culturais e as guerras e revoluções
• Cultura e religiosidade
3o Ano
• Urbanização e industrialização
• O Estado e as relações de poder
• Os sujeitos ,as revoltas e as guerras
• Movimentos sociais,políticos e culturais e as guerras e revoluções
• Cultura e religiosidade
2)METODOLOGIA DA DISCIPLINA;
Para a disciplina de História propõem-se uma metodologia que contribua para
que os alunos possam se apropriar dos fundamentos teóricos necessários para que
possam pensar historicamente, para isso faz-se necessário segundo Schimidt e Cainelli
(2006) a recuperação do método da história em sala de aula.
O método aplicado em sala de aula também deve considerar que as ideias
históricas dos alunos são marcadas pelas suas experiências de vida e pelos meios de
comunicação.
Nesse sentido e sob uma perspectiva de Inclusão Social, a disciplina de
História, considerará a diversidade cultural e a memória paranaense, de modo que
buscam contemplar demandas em que também se situam os movimentos sociais
organizados e destacam os seguintes aspectos em sua metodologia:
20. Cumprimento da Lei n. 13, 381/01, que torna obrigatório, no Ensino
Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná;
122
21. Cumprimento da Lei n. 10,639/03, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade da História e da Cultura Afro-brasileira, seguidas das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de
História e Cultura Afro-brasileira e Africana;
22. Cumprimento da Lei n. 11,645/08, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil.
A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e
Indígena os quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.
Assim sendo os conteúdos de História do Paraná tem como finalidade a
ampliação das possibilidades de trabalho, ressaltando as relações culturais de trabalho e
de poder, estimulando a reflexão sobre os conteúdos proposto, os conceitos e as
concepções presentes em diferentes contextos, e por fim demonstrar como articular as
memórias e histórias locais e regionais, favorecendo a construção do conhecimento
histórico do Paraná.
Traçando também um paralelo entre as comemorações do centenário da
Emancipação Política do Paraná e dos 500 anos de descobrimento do Brasil, em ambos
os casos propondo a problemática com alunos tidos como excluídos, Isto é, indígenas,
negros, trabalhadores do campo e da cidade, entre outros. Possibilitando também uma
abordagem não como uma verdade pronta e definitiva mas como uma constante analise e
reconstrução em torno das ações e relações dos sujeitos no tempo e no espaço.
Com relação ao tema cultura afro-brasileira a disciplina de história tem como
finalidade, desmitificar a narrativa histórica produzida através da visão da Europa
Ocidental (etnocentrismo europeu), que propunha uma nacionalidade pautada na
ideologia do branqueamento.
Bem como analisar o modelo conservador de sociedade inserido no currículo
oficial de história que tinha como objetivo legitimar os valores aristocráticos, no qual o
processo histórico ora conduzido por líderes que excluíam a possibilidade das pessoas
comuns serem entendidas como sujeitos históricos.
Ainda dentro da metodologia a disciplina de história da ênfase a Educação do
campo, em que é essencial compreender a problematização dos conhecimentos que
levaram a educação do campo a estar historicamente nas políticas educacionais, não
123
esquecendo a investigação como ponto de partida para a seleção e desenvolvimento dos
conteúdos escolares, podendo assim realizar uma interpretação da realidade que
considera as relações mediadas pelo trabalho no campo como produção material da
existência da humanidade.
Construindo assim um conhecimento que promova novas relações de trabalho
e de vida para a comunidade do campo.
Por fim a metodologia empregada nas aulas de história serão as seguintes:
- Aulas Expositivas;
- Explicação de mapas e imagens que aparecem no texto;
- Discussão das legendas que aparecem no texto;
- Pesquisa Bibliográfica;
- Leitura e discussão do texto em boxe;
- Leitura e discussão do livro-texto;
- Trilha da História (Jogos com questões de assuntos estudados);
- Apresentação de seminários e discussões:
- Discussões sobre filmes assistidos;
- Analises de gráficos de linha do tempo;
- Histórias em Quadrinho;
– Analise de fotos;
124
RECURSOS DIDÁTICOS;
- Uso de Vídeo e DVD;
- Mapas e Imagens;
- Retroprojetor;
- Textos diversificados de jornais e revistas;
- Figuras ilustrativas da época;
- Quadro e Giz;
- Trilha da História (jogos com questões de assuntos estudados).
- Laboratório de Informática;
- Uso da TV – Pendrive;
− AVALIAÇÃO;
De acordo com as Diretrizes Curriculares de história do Estado do Paraná, a
avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o
conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a esse processo. Nesse
sentido a avaliação proposta nessa proposta pedagógica curricular de história é a
seguinte:
− Avaliação Diagnóstica: Permite ao professor identificar o desenvolvimento
da aprendizagem dos alunos para pensar em atividades didáticas que possibilitem a
compreensão dos conteúdos a serem trabalhados.
125
− -Avaliação Formativa: Ocorre durante o processo pedagógico e tem por
finalidade retomar os objetivos de ensino propostos para, a partir dos mesmos, identificar
a aprendizagem alcançada desde o início até o momento avaliado;
− Avaliação Somativa: Permite ao professor tomar uma amostra em objetivos
propostos no início do trabalho e identificar se eles estão em consonância com o perfil dos
alunos e como esses encaminhamentos metodológicos utilizados para compreensão dos
conteúdos. Está avaliação é aplicada em um período distante um do outro, como por
exemplo, o Bimestre, Trimestre e o Semestre.
De acordo com essas formas de avaliação, os instrumentos avaliativos
utilizados na disciplina de história serão:
- Atividade de Leitura; Analisar se o aluno compreende as ideias presentes no
texto e interage com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou
discordâncias ao falar sobre o texto, expressa suas ideias com clareza e sistematiza o
conhecimento de forma adequada, estabelecendo relações entre o texto e o conteúdo
abordado em sala de aula, analisar a oralidade do educando bem como suas concepções
prévias e históricas sobre o conteúdo discutido.
- Projeto de Pesquisa Bibliográfica; o aluno, quanto: a contextualização, identifi-
ca a situação e o contexto com clareza, ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o
tema levantado, delimitando o foco da pesquisa na busca de solução; na justificativa,
aponta argumentos sobre a importância da pesquisa;O aluno, na escrita, remetesse aos
textos lidos, por meio de citações ou paráfrases, referencidoos adequadamente,
verificar se o educando adquiriu conhecimentos acadêmicos sobre pesquisa
bibliográfica e se o mesmo consegue realizar comparações entre as diversas produções
históricas.
- Produção de Narrativas Históricas; adequa a linguagem às exigências do con-
texto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atenden-
do especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura; elabora argumentos
consistentes; estabelece relações entre as partes do texto; estabelece relação entre a
126
tese e os argumentos elaborados para sustentá-lo,
analisa a construção do conhecimento histórico do aluno, dando ênfase aos
diversos documentos e temporalidades, e também se o educando consegue identificar as
ideias principais e secundárias da narrativa.
- Seminários e debates; demonstra consistência nos argumentos, tanto na
apresentação quanto nas réplicas; apresenta compreensão do conteúdo abordado (a lei -
tura compreensiva dos textos utilizados); faz adequação da linguagem; demonstra perti -
nência quanto as fontes de pesquisa; traz relatos para enriquecer a apresentação; faz
adequação e toma como relevante as intervenções dos integrantes do grupo que assiste
à apresentação
avaliação da oralidade, conhecimento prévio e adquirido pelo educando e o
respeito a organização hierarquizada das ideias principais e secundárias do texto utilizado
para a forma de avaliação proposta..
- Atividades a partir de Recursos Audiovisuais;compreende e interpreta a lin-
guagem utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos daquele re-
curso
Interpretar a iconografia escrita ou não.
- Trabalho em grupo; compartilha o conhecimento; demonstra os conhecimen-
tos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos;
compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação
com a contemporaneidade e o seu cotidiano interage com o grupo;
Percepção de socialização do conhecimento dentre os educandos.
-Questões Discursivas; Compreende o enunciado da questão. Planeja a solu-
ção, de forma adequada.Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma
padrão da língua portuguesa. Sistematiza o conhecimento de forma adequada.
Analisa o conhecimento historicamente construído ao longo da vida escolar e
também do seu conhecimento prévio sobre o assunto.
-Questões Objetivas; Realiza leitura compreensiva do enunciado; Demonstra
127
apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; Utiliza de conhecimentos adquiri-
dos.
Verificar realmente o conhecimento histórico dos educandos.
128
− REFERÊNCIAS;
BRASIL. Lei nº. 9394/96. Diário Oficial da União. Brasília, 20 de dezembro de
1996.
PARANÀ, Secretaria do Estado de Educação. Diretrizes curriculares para o
Ensino de história nos Anos Finais do Ensino Fundamental e Médio. Curitiba: SEED,
2009.
BURKE, Peter. A Escrita da História: Novas Perspectivas. Magda Lopes (tr).
São Paulo: UNESP, 1992.
CERRI, Luís Fernando (org.) O Ensino de História e a Ditadura Militar.
Curitiba: Aos Quatro Ventos,2005.
FIGUEIRA, Divalte Garcia. História. São Paulo: Ática, 2002.
PINSKY, Jaime (org.) História da Cidadania. 3 ed. São Paulo: Contexto, 2005.
FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala. 47 ed. Global, 2003.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: UNICAMP, 1992.
129
DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA
1.. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Sabe-se que a Língua Portuguesa, antes de mais nada, é uma prática social.
Assim é imprescindível privilegiar, no estudo da língua, o contato real do estudante com a
multiplicidade de gêneros discursivos que já é de uso e/ou circulam no cotidiano.
Considerando que é de suma importância a formação de um sujeito crítico com
múltipla visão de mundo, busca-se integrar a linguagem verbal (oral e escrita) com outros
tipos de linguagens (corporal, grafológica, etc.) pois dessa forma, pensa-se que será
possível extrapolar os limites formais da disciplina em questão, desenvolvendo assim, o
domínio da mesma em diferentes situações, sabendo adequá-la a cada contexto e
interlocutor, instrumentalizando-se a fim de posicionar-se e aproximar sua capacidade de
pensamento crítico numa constante interação entre oralidade, leitura e escrita consistindo
uma verdadeira apropriação da língua.
Segundo a visão interacionista ou sociointeracionista, a linguagem é um
processo histórico que se constitui numa relação dialógica entre os sujeitos. Permitindo
assim uma melhor compreensão da realidade em que o sujeito está inserido e um melhor
desempenho de seu papel social.
Ainda é interessante ressaltar que, a sociolinguística mostra que, no processo
comunicativo não há falas “certas” ou “erradas”, mas falares que atendem os diferentes
propósitos e como tal, precisam adequar-se a diferentes contextos. A partir dessa
constatação é imprescindível propiciar ao aluno não só o conhecimento da língua padrão
mas também, as diferentes construções de língua, inclusive quanto a argumentação
discursiva. Assim as atividades desenvolvidas em sala de aula devem favorecer o
desenvolvimento das habilidades de falar, ouvir, ler e produzir.
Embora a modalidade escrita e oral apresentem similaridades, é preciso refletir
sobre suas diferenças, pois a fala é, em geral, fragmentada, enquanto a escrita é mais
completa e planejada. Partindo dessa concepção é relevante trabalhar com o aluno as
produções de sentido, uma vez que o trabalho com a língua deve ser experienciado como
130
um ato interativo numa relação dinâmica entre autor/leitor e aluno/professor.
Segundo o que consta nas DCEs sobre a dimensão histórica da disciplina de
Língua Materna, o qual também está disponível no portal da educação da SEED, onde se
consta as devidas referências bibliográficas presentes na mesma, de uma forma mais
resumida, historicamente o ensino de língua portuguesa se iniciou no Brasil com o
advento dos jesuítas, que aqui chegaram com o intuito de alfabetizar e catequizar os
índios, atitude essa que denotava o pensamento intelectual da época, de que a linguagem
reproduzia o modo de pensar, construída no interior da mente e sua manifestação fônica
revelava o pensamento. O discurso era hegemônico, no âmbito religioso (catolicismo) e
econômico (subsistência e extrativismo para exportação), favorecia o modelo de
sociedade escravocrata e de produção colonial destinadas ao país colonizador.
O acesso à educação letrada era determinante na estrutura social, fazendo
com que os colégios fossem destinados aos filhos da elite colonial. As primeiras práticas
pedagógicas moldavam-se ao ensino do latim, para os poucos que tinham acesso a uma
escolarização mais prolongada. Essas práticas visavam a construção de uma civilização
de aparências, tentando demonstrar que a elite era dominante e que era culta, assim,
priorizaram uma não-pedagogia, acionando no cotidiano o aparato repressivo para
inculcar a obediência a fé, ao rei e a lei.
Quanto ao ensino da Língua Materna limitava –se, às escolas jesuíticas, à
prática de ler e escrever e, nas secundárias, as aulas eram de gramática e de retórica. No
cotidiano, o povo se valia da língua geral baseada no tupi (que foi usada para a
dominação do território a ser colonizado), a língua portuguesa, a língua da burocracia,
começou a ser defendida pelo aparato repressor do estado português e esse bilinguismo
incomodava os propósitos colonialistas. A produção literária em tupi e o uso da mesma no
cotidiano foi severamente banida do Brasil. Esse colonialismo linguístico dá visibilidade ao
dominador e evidencia que o domínio da linguagem erudita do mesmo, supostamente
superior, segregava os dominados, silenciando-os e tornando-os submissos ao poder
hegemônico.
Com a reforma iluminista de Pombal em 1759, procurou levar Portugal à
modernidade, tornou obrigatório o ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil,
essa reforma impôs a Língua Portuguesa como idioma base do ensino, entre outras
131
medidas que visavam a modernização do sistema educacional que esteve a cargo dos
jesuítas por mais de dois séculos. Assim, o português começou a fazer parte dos
conteúdos curriculares, mesmo assim seguindo os moldes do ensino de latim. As escolas
jesuíticas elementares (ler e contar) para os indígenas, as escolas secundárias (letras e
filosofia) e o curso de Teologia foram substituídas por aulas régias ministradas por
profissionais de várias áreas (nomeados por indicação política ou religiosa).
Essas aulas atendiam a uma parcela reduzida da elite colonial que se
preparava para estudos posteriores na Europa. Ainda dentro dessas medidas, em 1772,
foi criado o subsídio literário, um imposto que insidia sobre a carne, o vinho e a cachaça,
e que era direcionado para a manutenção dos ensinos primário e secundário Dessa
forma, o ensino público (que atendia a alfabetização e catequese dos índios),
anteriormente sob a tutela dos jesuítas, passou a ser financiado pela Metrópole A
intenção, com essas medidas, era modernizar a educação, tornando o ensino laico e
colocando-o a serviço dos interesses da Coroa portuguesa. No entanto, a falta da
infraestrutura e de professores especializados acabou por gerar uma lacuna, que as aulas
régias tentaram preencher. Além disso, a escolarização sofria interferência da educação
clássica e europeizante. Tal situação permaneceu ate 1808, com a vinda da família real
ao Brasil.
Durante o período colonial não se sentia a necessidade de haver aqui
ensino superior, sendo que o sistema de ensino era europeizante e dirigido à classe
dominante e para manter esse status quo. As classes populares, que precisavam do
ensino primário para aprender a ler e escrever a língua portuguesa, continuaram
negligenciadas. Somente nas ultimas décadas do século XIX, a disciplina de Língua
Portuguesa passou a integrar os currículos escolares brasileiros.
Até 1869, entretanto, o currículo privilegiava as disciplinas clássicas,
sobretudo o latim, restando ao Português um espaço sem relevância. Isso acontecia pois
havia aulas isoladas, avulsas, que tratavam do estudo das humanidades, eram aulas
criadas pelo rei que, com a concordância de bispos, nomeavam os professores que, na
sua maioria, eram despreparados e mal pagos. Seguindo os moldes do ensino de Latim,
o ensino de Língua Portuguesa fragmentava-se no ensino de Gramática, Retórica e
Poética. Os professores eram estudiosos, autodidatas da língua e da literatura, estes,
com sólida formação humanística, que, a par de suas atividades profissionais (eram
132
médicos, advogados, engenheiros e outros profissionais liberais) e do exercício de cargos
públicos, que quase sempre detinham o saber e dedicavam-se também ao ensino.
Ainda no final do século XIX, a preocupação com a industrialização
influenciou a estrutura curricular: tendo em vista a formação profissional, as Humanidades
não eram consideradas prioritárias, fortalecendo-se o caráter utilitário da educação.
Houve, então, uma ampliação do acesso ao ensino, coincidindo com a exclusão da
disciplina de Retórica do currículo, trata-se, no momento em que a escola se abre a
camadas cada vez maiores da população, de prover uma determinada classe de uma
língua que seja a ‘boa língua’ – uma aprendizagem hierarquizada e seletiva concedera a
cada classe o nível linguístico que lhe é necessário.
A multiplicação das escolas públicas expulsou dos currículos o curso de
Retórica, a disciplina que, fornecia às classes dirigentes uma técnica privilegiada que lhe
permitia ‘assegurar-se da propriedade da linguagem’. O conteúdo gramatical ganhou a
denominação de Português em 1871, data em que foi gerado, no Brasil, por decreto
imperial, o cargo de Professor de Português. Essa a mudança de denominação (de
'Retórica' para 'Português') não significou mudança no objetivo dos estudos da língua: a
disciplina Português manteve, até os anos 40 do século XX, a tradição da gramática, da
retórica e da poética, isso se manteve até o final do século XIX. A função do ensino de
português era, assim, fundamentalmente, levar ao conhecimento talvez mesmo apenas o
reconhecimento das normas e regras de funcionamento desse dialeto de prestígio: ensino
da gramática, isto é, ensino a respeito da língua, e análise de textos literários, para
estudos de retórica e poética.
Nesse período, o Latim começou a perder prestígio com a valorização da
língua nacional que aconteceu no bojo do movimento romântico, que, no Brasil, coincide
com a proclamação da Independência, sendo que nessa época os ideais românticos eram
os ideais burgueses, de consolidação do poder, em uma nação recém constituída, sendo
esse poder integrado, em sua maioria por jovens burgueses que, entre outros princípios,
defendiam uma língua brasileira que garantisse a unidade nacional, estabelecida
conforme ideais de civilização e de ordem. Não se deve esquecer, porém, que o contexto
romântico, a literatura expressa na variedade brasileira da língua portuguesa foi retomada
pelos modernistas que, em 1922, defendiam a necessidade de romper com os modelos
tradicionais portugueses e privilegiar o falar brasileiro e, embora não tenha protagonizado
133
uma revolução na linguagem, o Modernismo contribuiu para aproximar nossa língua
escrita do falar cotidiano do Brasil.
O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até
meados do seculo XX, quando se iniciou, no Brasil, a partir da década 1960, um processo
de expansão do ensino primário público, que incluiu, entre outras ações, a ampliação de
vagas e eliminação dos chamados exames de admissão. Como consequência desse
processo, a multiplicação de alunos, as condições escolares e pedagógicas, as
necessidades e as exigências culturais passaram a ser outras bem diferentes, como
exemplo, com a expansão quantitativa da rede escolar, passaram a frequentar a escola,
em número significativo, falantes de variedades do português muito distantes do modelo
tradicionalmente cultivado pela escola. Com isso houve um profundo choque entre
modelos e valores escolares e a realidade dos falantes: distanciamento entre a língua da
maioria das crianças (e jovens) e o modelo artificial de língua cultuado pela educação da
linguística tradicional; distanciamento entre a fala do professor e a norma escolar; entre a
norma escolar e a norma real; entre a fala do professor e a fala dos alunos.
O ensino de Língua Portuguesa, no contexto da expansão da escolarização,
não poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em conta as novas
necessidades trazidas por esses alunos para o espaço escolar, dentre elas a presença de
registros linguísticos e padrões culturais diferentes dos, até então, admitidos na escola.
Nesse período, que foi também de consolidação da ditadura militar, uma concepção
tecnicista de educação gerou um ensino baseado em exercícios de memorização, no qual
“a visão de reforço” é acentuada, pois a aprendizagem era entendida como processada
pela internalização inconsciente de hábitos (teoria comportamentalista / behaviorista), que
visava a formação de hábitos, memorização e reforço era adequada ao contexto
autoritário que cerceava a reflexão e a critica no ambiente escolar, impondo uma
formação acrítica e passiva.
A Lei no 5692/71 ampliaria e aprofundaria esta vinculação ao dispor que o
ensino deveria estar voltado a qualificação para o trabalho. Desse vinculo decorreu a
instituição de uma nova apologia à pedagogia tecnicista que, na disciplina de Língua
Portuguesa, pautava-se na concepção de linguagem como meio de comunicação (cujo
objeto é a língua vista como código), com um viés mais pragmático e utilitário em
detrimento do aprimoramento das capacidades linguísticas do falante. Continua a valer a
134
tese que privilegia, no aprendizado e acesso ao uso competente da língua, o aluno
oriundo das classes letradas. O viés utilitário e pragmático do trabalho pedagógico
afastava o aluno vindo das classes menos favorecidas da norma culta da língua
portuguesa.
Com essa lei, a disciplina de Português passou a denominar-se, no primeiro
grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação em Língua
Portuguesa (nas quatro últimas séries), baseando-se, principalmente, nos estudos de
Jacobson, referentes a teoria da comunicação. Na década de 70, além disso, outras
teorias a respeito da linguagem passaram a ser debatidas, entre elas: a Sociolinguística,
que volta-se às questões da variação linguística; a Análise do Discurso, que reflete sobre
a relação sujeito-linguagem-história e a ideologia; a Sociolinguística, que preocupa-se
com a natureza das questões e uso dos significados; a Linguística Textual, que apresenta
como objeto o texto, considerando o sujeito e a situação de interação, estuda os
mecanismos de textualização.
Dessas teorias, resultou o questionamento sobre a autoridade e a eficácia
das aulas de gramática no ensino da língua materna. Apesar das discussões acadêmicas,
os livros didáticos continuavam porta-vozes da concepção tradicional de linguagem,
reforçando metodologias que não possibilitavam a todos os estudantes o aprimoramento
no uso da língua materna tanto no ensino da língua propriamente dito, quanto no trabalho
com a literatura. As únicas inovações eram o trabalho sistemático com a produção de
texto (compreendida como veículo de transmissão de mensagens) e a leitura entendida
como um ato mecânico. O ensino de Língua Portuguesa fundamentava-se, então, em
exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.
Referente ao ensino de Literatura, até meados do século XX, o principal instrumento do
trabalho pedagógico eram as antologias literárias, com base nos cânones. A leitura do
texto literário, no ensino primário e ginasial, visava transmitir a norma culta da língua, com
base em exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos, morais e
cívicos. O objetivo era despertar o sentimento nacionalista e formar cidadãos
respeitadores da ordem estabelecida.
Nos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se ao então segundo grau,
com abordagens estruturalistas e/ou historiográficas do texto literário. Na análise do texto
poético, por exemplo, adotava-se o método francês, isto é, propunha-se a análise do texto
135
conforme as estruturas formais: rimas, escansão de versos, ritmo, estrofes, etc. Cabia ao
professor a condução da análise literária, e aos alunos, a condição de meros ouvintes. A
historiografia literária, que ainda hoje resiste nas salas de aula, direcionava as leituras dos
alunos. Em muitos casos, eram interpretações dos professores e/ou dos livros didáticos,
desconsiderando o papel ativo do aluno no processo de leitura. Essa abordagem da
literatura pode ser compreendida quando se resgata o contexto da época: no vigor da
ditadura militar, não seria tolerada uma prática pedagógica que visasse despertar o
espírito crítico e criador dos alunos. Ainda na década de 1970, portanto, houve uma
tentativa de rompimento com essas práticas.
Entretanto, a abordagem do texto literário mudou apenas para uma
metodologia que se centrava numa análise literária simplificada, com ênfase em
questionários sobre personagens principais e secundários, tempo e espaço da narrativa.
A partir de 1979, com o movimento que levaria ao fim do regime militar, houve um
aumento de cursos de pós-graduação para a formação de uma elite de professores e
pesquisadores, possibilitando um pensamento crítico em relação à educação. Ganham
força as discussões sobre o currículo escolar e sobre o papel da educação na
transformação social, política e econômica da sociedade brasileira.
A consolidação da abertura política resultou em pesquisas que fortaleceram
a pedagogia histórico-crítica, propiciando uma rede de outras pesquisas, inserindo, no
pensamento pedagógico dos anos 80, uma vertente progressista. Os estudos linguísticos
centrados no texto e na interação social das práticas discursivas e as novas concepções
sobre a aquisição da Língua Materna chegaram ao Brasil no final da década de 1970 e
início dos anos 80, quando as primeiras obras do Círculo de Bakhtin passaram a ser lidas
nos meios acadêmicos. Essas primeiras leituras contribuíram para fazer frente a
pedagogia tecnicista. A dimensão tradicional de ensino da língua cedeu espaço, ao
menos na academia, a novos paradigmas, envolvendo questões de uso, contextuais,
valorizando o texto como unidade fundamental de análise. Deve-se aos teóricos do
Círculo, e principalmente a Bakhtin, o avanço dos estudos em torno da natureza
sociológica da linguagem. O Círculo criticava a reflexão linguística de caráter formal-
sistemático por considerar tal concepção incompatível com uma abordagem histórica e
viva da língua, uma vez que para esse referido autor, a língua constitui-se num processo
de evolução ininterrupto, que se realiza através da interação verbal social dos locutores.
136
Essas produções teóricas influenciaram os programas de re-estruturação do
Ensino de 2º Grau, de 1988, e do Currículo Básico, de 1990, que já denunciavam o
ensino da língua, cristalizado em viciosas e repetitivas práticas que se centram no
repasse de conteúdos gramaticais e que valorizavam o direito a educação linguística. O
Currículo de Língua Portuguesa orientava os professores a um trabalho de sala de aula
focado na leitura e na produção, buscava romper com o ensino tradicionalista, em que se
optava por um ensino não mais voltado a teoria gramatical ou ao reconhecimento de
algumas formas de língua padrão, mas ao domínio efetivo de falar, ler e escrever.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), do final da década de 1990,
também fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas
concepções interacionistas, levando a uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e
escrita, em suas discussões. Contudo, as indicações dos PCNs podem ser coerentes e
produtivas, e de fato o são em vários aspectos, mas, encerrando o trabalho com o texto
em modelos preestabelecidos, afastam-se da proposta do dialogismo bakhtiniano diante
do texto, dos discursos, da vida, do conhecimento. Essa restrição impede um trabalho
mais aberto e histórico com os textos e seus leitores. O trabalho com modelos
preestabelecidos aborda apenas os aspectos formais do texto, deixando de considerar
que todo texto e um elo na cadeia da interação social, sempre e uma resposta ativa a
outros textos e pressupõe outras respostas.
Uma consideração presente nas DCE de língua materna é que o percurso
histórico da disciplina de Língua Portuguesa na educação básica brasileira e confrontando
esse percurso com a situação de analfabetismo funcional, de dificuldade de leitura
compreensiva e produção de textos apresentada, hoje, pelos alunos da educação básica,
segundo os resultados de avaliações em larga escala e, mesmo, de pesquisas
acadêmicas, as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa requerem, neste
momento histórico, novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela
discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na
construção de alternativas. Essas considerações resultaram, nas DCE, numa proposta
que dá ênfase a língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente
reflexiva e produtiva.
Dentre os textos literários e não literários devem ser lidos e trabalhados os
137
diferentes gêneros: poemas, histórias, contos, crônicas, novelas, propagandas, editoriais,
histórias em quadrinhos, entre outros, a fim de que o aluno construa seu conhecimento e
desenvolva sua capacidade de reflexão, análise leitura e produção dos diferentes gêneros
textuais, o que visa garantir a construção de autores de diversos textos e de leitores
sujeitos do fazer linguístico.
Assumindo-se a concepção de língua como um processo interativo que se
efetiva nas diferentes práticas sociais e pretendendo que o fundamento do ensino da
língua materna seja o letramento, tem-se como objetivos:
− Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, bem como descobrindo as intenções “por trás” dos discursos
do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
− Desenvolver as habilidades de uso da língua escrita em situações
discursivas realizadas por meio de práticas textuais, considerando os interlocutores, os
seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de
produção/leitura;
− Criar situações em que os alunos tenham oportunidade de refletir sobre os
textos que leem, escrevem ,falam ou ouvem, intuindo de forma contextualizada, as
características de cada gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais
empregados na organização do discurso ou texto. E importante ressaltar que tais
objetivos e as práticas deles decorrentes supõem um processo longitudinal de ensino e
aprendizagem que , por meio da inserção e participação dos alunos em processos
interativos com a língua oral e escrita, inicia na alfabetização e vai se consolidando no
decurso de todo o Ensino Fundamental.
2 . CONTEÚDO ESTRUTURANTE DA DISCIPLINA.
Discurso como prática social.
2.1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA LÍNGUA
PORTUGUESA – EDUCAÇÃO BÁSICA
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
138
linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme
suas esferas sociais de circulação.
GÊNEROS SUGERIDOS PARA TRABALHO EM SALA DE AULA:
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO - EXEMPLOS DE GÊNEROS
COTIDIANA:
6º ano: Adivinhas; Álbum de Família; Anedotas; Bilhetes; Cantigas de Roda;
7º ano: Carta Pessoal; Cartão; Cartão Postal; Causos;
8º ano: Comunicado; Convites; Curriculum Vitae; Diário; Exposição Oral; Fotos;
Músicas; Parlendas;
9º ano: Piadas; Provérbios; Quadrinhas; Receitas; Relatos de Experiências
Vividas; Trava-línguas;
LITERÁRIA / ARTÍSTICA
6º ano: Autobiografia; Biografias; Contos; Contos de Fadas; Contos de Fadas
Contemporâneos;
7º ano: Crônicas de Ficção; Fábulas; Fábulas Contemporâneas; Haicai;
Histórias em Quadrinhos; Lendas; Literatura de Cordel; Memórias; Letras de Músicas;
8º ano: Narrativas de Aventura; Narrativas de Enigma; Narrativas de Ficção
Científica; Narrativas de Humor; Narrativas de Terror; Narrativas Fantásticas; Narrativas
Míticas;
9º ano: Paródias; Poemas; Romances; Tankas; Textos Dramáticos;
CIENTÍFICA
8º ano: Artigos; Conferência; Debate; Palestra;
9º ano: Pesquisas; Relato Histórico; Relatório; Resumo; Verbetes
ESCOLAR:
6º ano: Diálogo/Discussão Argumentativa; Exposição Oral;
7º ano: Ata; Cartazes; Debate Regrado;
8º ano: Relato Histórico; Relatório; Relatos de Experiências Científicas;
Júri Simulado; Mapas; Palestra; Pesquisas; Texto Argumentativo;
9º ano: Resenha; Resumo; Seminário; Texto Argumentativo; Texto de Opinião;
139
Verbetes de Enciclopédias
IMPRENSA
6º ano: Agenda Cultural; Anúncio de Emprego;
7º ano: Artigo de Opinião; Caricatura; Carta ao Leitor; Carta do Leitor;
8º ano: Cartum; Charge; Classificados; Crônica Jornalística; Editorial;
9º ano: Entrevista (oral e escrita); Fotos;Horóscopo; Infográfico; Manchete;
Mapas; Mesa Redonda; Notícia; Reportagens; Resenha Crítica; Sinopses de Filmes;Tiras;
PUBLICITÁRIA
6º ano: Anúncio; Caricatura; Cartazes;
7º ano: Comercial para TV; E-mail; Fôlder; Fotos; Slogan;
8º ano: Músicas; Outdoor; Paródia; Placas; Publicidade Comercial;
9º ano: Publicidade Institucional; Publicidade Oficial; Texto Político;
POLÍTICA
6º ano: Abaixo-assinado; Panfleto;
7º ano: Assembleia; Carta de Emprego;
8º ano: Carta de Reclamação; Carta de Solicitação;
Debate; Debate Regrado; Discurso Político “de Palanque”; Fórum; Manifesto;
Mesa Redonda;
JURÍDICA
8º ano: Boletim de Ocorrência; Constituição Brasileira; Contrato; Declaração de
Direitos; Depoimentos;
9º ano: Discurso de Acusação; Discurso de Defesa; Estatutos; Leis; Ofício;
Procuração; Regimentos; Regulamentos; Requerimentos;
PRODUÇÃO E CONSUMO
6º ano: Placas;
7º ano: Rótulos/Embalagens;
8º ano: Regras de Jogo;
9º ano: Bulas; Manual Técnico;
140
MIDIÁTICA
6º ano: Torpedos;
7º ano: Telejornal; Telenovelas; Filmes;
8º ano: Desenho Animado; E-mail; Entrevista; Reality Show; Talk Show;
9º ano: Fotoblog; Home Page; Vídeo Clip; videoconferência, Blog; Chat;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA A 5ª SÉRIE NO
ENSINO FUNDAMENTAL (6º ANO):
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO - EXEMPLOS DE GÊNEROS
COTIDIANA:
6º ano: Adivinhas; Álbum de Família; Anedotas; Bilhetes; Cantigas de Roda;
LITERÁRIA / ARTÍSTICA
6º ano: Autobiografia; Biografias; Contos; Contos de Fadas; Contos de Fadas
Contemporâneos;
ESCOLAR:
6º ano: Diálogo/Discussão Argumentativa; Exposição Oral;
IMPRENSA
6º ano: Agenda Cultural; Anúncio de Emprego;
PUBLICITÁRIA
6º ano: Anúncio; Caricatura; Cartazes;
POLÍTICA
6º ano: Abaixo-assinado; Panfleto;
PRODUÇÃO E CONSUMO
6º ano: Placas;
MIDIÁTICA
6º ano: Torpedos;
LEITURA
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade;
Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Marcas
linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
141
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade;
Argumentatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero;
Divisão do texto em parágrafos; Marcas linguísticas: coesão,
coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Processo de formação de
palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto; Finalidade; Argumentatividade; Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao
gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência,
gírias, repetição, recursos semânticos;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA A 6ª SÉRIE NO
ENSINO FUNDAMENTAL (7º ANO):
LEITURA
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Aceitabilidade;
Situacionalidade; Intertextualidade; Informações explícitas e implícitas; Discurso direto e
indireto; Elementos composicionais do gênero; Repetição proposital de palavras; Léxico;
Ambiguidade; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
ESCRITA
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Discurso
direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão,
coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos
extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero;
142
Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
repetição, semântica.
O trabalho com literatura levará em conta as especificidades de cada turma
e série, com base nos conteúdos previstos para cada série e ano, seguindo as
metodologias acima elencadas, priorizando a compreensão de textos, suas
intencionalidades e seus efeitos de sentido, inclusive por meio da entonação quando
houver leitura do mesmo, podendo também ocorrer a intertextualidade e a re-escrita de
determinados textos produzidos como atividade avaliativa.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA A 7ª SÉRIE NO
ENSINO FUNDAMENTAL (8º ANO):
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO - EXEMPLOS DE GÊNEROS
COTIDIANA:
7º ano: Carta Pessoal; Cartão; Cartão Postal; Causos;
LITERÁRIA / ARTÍSTICA
7º ano: Crônicas de Ficção; Fábulas; Fábulas Contemporâneas; Haicai;
Histórias em Quadrinhos; Lendas; Literatura de Cordel; Memórias; Letras de Músicas;
ESCOLAR:
7º ano: Ata; Cartazes; Debate Regrado;
IMPRENSA
7º ano: Artigo de Opinião; Caricatura; Carta ao Leitor; Carta do Leitor;
PUBLICITÁRIA
7º ano: Comercial para TV; E-mail; Fôlder; Fotos; Slogan;
POLÍTICA
7º ano: Assembleia; Carta de Emprego;
PRODUÇÃO E CONSUMO
7º ano: Rótulos/Embalagens;
MIDIÁTICA
7º ano: Telejornal; Telenovelas; Filmes;
LEITURA
Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto;
143
Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes
e elementos do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito).
Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e denotativo das
palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade;
Situacionalidade; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos
composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos
do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Concordância verbal e
nominal; Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto; Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; significado
das palavras; sentido conotativo e denotativo; expressões que denotam ironia e humor no
texto.
ORALIDADE
Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel
do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais,
corporais e gestuais, pausas ...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); Marcas linguísticas:
coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao
contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e o escrito.
O trabalho com literatura levará em conta as especificidades de cada turma
e série, com base nos conteúdos previstos para cada série e ano, seguindo as
metodologias acima elencadas, priorizando a compreensão de textos, suas
intencionalidades e seus efeitos de sentido, inclusive por meio da entonação quando
houver leitura do mesmo, podendo também ocorrer a intertextualidade e a re-escrita de
determinados textos produzidos como atividade avaliativa.
144
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA A 8ª SÉRIE NO
ENSINO FUNDAMENTAL (9º ANO):
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO - EXEMPLOS DE GÊNEROS
COTIDIANA:
8º ano: Comunicado; Convites; Curriculum Vitae; Diário; Exposição Oral; Fotos;
Músicas; Parlendas;
LITERÁRIA / ARTÍSTICA
8º ano: Narrativas de Aventura; Narrativas de Enigma; Narrativas de Ficção
Científica; Narrativas de Humor; Narrativas de Terror; Narrativas Fantásticas; Narrativas
Míticas;
CIENTÍFICA
8º ano: Artigos; Conferência; Debate; Palestra;
ESCOLAR:
8º ano: Relato Histórico; Relatório; Relatos de Experiências Científicas;
Júri Simulado; Mapas; Palestra; Pesquisas; Texto Argumentativo;
IMPRENSA
8º ano: Cartum; Charge; Classificados; Crônica Jornalística; Editorial;
PUBLICITÁRIA
8º ano: Músicas; Outdoor; Paródia; Placas; Publicidade Comercial;
POLÍTICA
8º ano: Carta de Reclamação; Carta de Solicitação;
Debate; Debate Regrado; Discurso Político “de Palanque”; Fórum; Manifesto;
Mesa Redonda;
JURÍDICA
8º ano: Boletim de Ocorrência; Constituição Brasileira; Contrato; Declaração de
Direitos; Depoimentos;
PRODUÇÃO E CONSUMO
8º ano: Regras de Jogo;
MIDIÁTICA
8º ano: Desenho Animado; E-mail; Entrevista; Reality Show; Talk Show;
LEITURA
Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto;
145
Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Discurso ideológico
presente no texto; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do
Gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto; Progressão referencial no texto; Marcas linguísticas:
coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito); Semântica: operadores argumentativos; polissemia;
sentido conotativo e denotativo; expressões que denotam ironia e humor no texto;
ESCRITA
Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade;
Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes
e elementos do texto; Partículas conectivas do texto; Progressão referencial no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.); Sintaxe de
concordância; Sintaxe de regência; Processo de formação de palavras; Vícios de
linguagem; Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; polissemia.
ORALIDADE
Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel
do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais,
corporais e gestuais, pausas ...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); Marcas linguísticas:
coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; Semântica; Adequação da fala ao
contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral e o escrito.
O trabalho com literatura levará em conta as especificidades de cada turma
e série, com base nos conteúdos previstos para cada série e ano, seguindo as
metodologias acima elencadas, priorizando a compreensão de textos, suas
intencionalidades e seus efeitos de sentido, inclusive por meio da entonação quando
houver leitura do mesmo, podendo também ocorrer a intertextualidade e a re-escrita de
determinados textos produzidos como atividade avaliativa.
146
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO:
LEITURA: Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade
do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes
sociais presentes no texto; Discurso ideológico presente no texto; Elementos
composicionais do gênero; Contexto de produção da obra literária; Marcas linguísticas:
coesão e coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
gráficos(como aspas, travessão, negrito); Progressão referencial; Partículas conectivas do
texto; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Semântica:
operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem; sentido conotativo e
denotativo.
ESCRITA: Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto;
Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual;
Vozes sociais presentes no texto; Ideologia presente no texto; Elementos composicionais
do gênero; Progressão referencial; Partículas conectivas; Relação de causa e
consequência entre as partes e elementos do texto; Semântica: operadores
argumentativos; modalizadores; sentido conotativo e denotativo; figuras de linguagem;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos(como aspas, travessão, negrito, etc.); Vícios de linguagem;
Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência.
ORALIDADE: Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto;
Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação,
expressão facial, corporal e gestual, pausas...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos
de fala; Variações linguísticas(lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); Marcas
linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da
fala ao contexto(uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); Diferenças e semelhanças
entre o discurso oral e o escrito.
O trabalho com literatura levará em conta as especificidades de cada turma e
série, com base nos conteúdos previstos para cada série e ano, seguindo as
metodologias acima elencadas, priorizando a compreensão de textos, suas
intencionalidades e seus efeitos de sentido, inclusive por meio da entonação quando
147
houver leitura do mesmo, podendo também ocorrer a intertextualidade e a re-escrita de
determinados textos produzidos como atividade avaliativa.
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO - EXEMPLOS DE GÊNEROS -
ENSINO MÉDIO
1º ANO
COTIDIANA: Adivinhas; Álbum de Família; Anedotas; Bilhetes; Cantigas de
Roda; Carta Pessoal; Cartão; Cartão Postal; Causos; Comunicação; Convites; Curriculum
Vitae; Diário; Exposição Oral; Fotos; Músicas; Parlendas; Piadas; Provérbios; Quadrinhas;
Receita; Relatos de Experiências Vividas; Trava-línguas
LITERÁRIA/ARTÍSTICA
Autobiografia; Biografias; Contos; Contos de Fadas; Contos de Fadas
Contemporâneos; Crônica de Ficção; Escultura; Fábulas: Fábulas Contemporâneas;
Haicai; Histórias em Quadrinhos; Lendas; Literatura de Cordel; Memórias; Letras de
Música; Narrativas de Aventura; Narrativas de Enigma; Narrativas de Ficção Científica;
Narrativas de Humor; Narrativas de Terror; Narrativas Fantásticas; Narrativas Míticas;
Paródias; Pinturas; Poemas; Romances; Tankas; Textos Dramáticos.
CIENTÍFICA:
Artigos; Conferência; Debate; Palestra; Pesquisas; Relato Histórico; Relatório;
Resumo; Verbetes.
O trabalho com literatura levará em conta as especificidades de cada turma e
série, com base nos conteúdos previstos para cada série e ano, seguindo as
metodologias acima elencadas, priorizando a compreensão de textos, suas
intencionalidades e seus efeitos de sentido, inclusive por meio da entonação quando
houver leitura do mesmo, podendo também ocorrer a intertextualidade e a re-escrita de
determinados textos produzidos como atividade avaliativa.
2º ANO
ESCOLAR:
Ata; Cartazes; Debate Regrado; Relato Histórico; Relatório; Relatos de
148
Experiências Científicas.
Diálogo/Discussão Argumentativa; Exposição Oral; Júri Simulado; Mapas;
Palestra; Pesquisas;
Resenha; Resumo; Seminário; Texto Argumentativo; Texto de Opinião;
Verbetes de Enciclopédias.
IMPRENSA:
Agenda Cultural; Anúncio de Emprego; Artigo de Opinião; Caricatura; Carta ao
Leitor; Carta do Leitor; Cartum; Charge; Classificados; Crônica Jornalística; Editorial;
Entrevista(oral e escrita); Fotos; Horóscopo; Infográfico; Manchete; Mapas; Mesa
Redonda; Notícia; Reportagens; Resenha Crítica; Sinopses de Filmes; Tiras.
PUBLICITÁRIA:
Anúncios; Caricatura; Cartazes; Comercial para TV; E-mail; Fôlder; Fotos;
Fotos; Slogan; Músicas; Outdoor; Paródia; Placas; Publicidade Comercial; Publicidade
Institucional; Publicidade Oficial; Texto Político.
O trabalho com literatura levará em conta as especificidades de cada turma e
série, com base nos conteúdos previstos para cada série e ano, seguindo as
metodologias acima elencadas, priorizando a compreensão de textos, suas
intencionalidades e seus efeitos de sentido, inclusive por meio da entonação quando
houver leitura do mesmo, podendo também ocorrer a intertextualidade e a re-escrita de
determinados textos produzidos como atividade avaliativa.
3º ANO
POLÍTICA:
Abaixo-assinado; Assembleia; Carta de Emprego; Carta de Reclamação; Carta
de Solicitação; Debate; Debate Regrado; Discurso Político “de Palanque”; Fórum;
Manifesto; Mesa Redonda; Panfleto.
JURÍDICA:
Boletim de Ocorrência; Constituição Brasileira; Contrato; Declaração de
Direitos; Depoimentos. Discurso de Acusação; Discurso de Defesa; Estatutos; Leis;
Ofício; Procuração; Regimentos. Regulamentos; Requerimentos.
149
PRODUÇÃO E CONSUMO:
Bulas; Manual Técnico; Placas; Regras do Jogo; Rótulos/Embalagens.
MIDIÁTICA:
Blog; Chat; Desenho Animado; E-mail; Entrevista; Filmes; Fotoblog; Home
Page; Reality Show; Talk Show; Telejornal; Telenovelas; Torpedos; Vídeo Clip; Vídeo
Conferência.
O trabalho com literatura levará em conta as especificidades de cada turma
e série, com base nos conteúdos previstos para cada série e ano, seguindo as
metodologias acima elencadas, priorizando a compreensão de textos, suas
intencionalidades e seus efeitos de sentido, inclusive por meio da entonação quando
houver leitura do mesmo, podendo também ocorrer a intertextualidade e a re-escrita de
determinados textos produzidos como atividade avaliativa.
A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena
os quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.
4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA
O melhor método é aquele que educa, que estabelece um diálogo aberto
entre professor e aluno, que garante ao educando o domínio necessário da língua para
posicionar-se como cidadão ativo em uma sociedade progressiva.
Afinal, diante de uma nova re-estruturação do Ensino Fundamental e antes
de qualquer reflexão, sabemos que a proposta de ensino de Língua Portuguesa só se
tornará corpo quando houver reciprocidade entre corpo docente, discente, administrativo,
sociedade e SEED.
Dentro desta metodologia sócio interacionista, devemos Ter como base a
análise e reflexão de nossa realidade e experiências cotidianas.
Temos que nos portar como eternos aprendizes pois estamos no momento
de inovar e estabelecer um trabalho multicultural na educação. Considerando que as
pessoas são singulares, não se pode homogeneizar os alunos em séries, em avaliações,
deve-se então, fortalecer a autonomia do educando numa constante interação e diálogo
150
com pontos de vista diferentes. Assim cabe ao professor orientar suas intervenções,
incluindo em suas estratégias atividades que propiciem trocas enriquecedoras a fim de
que os alunos possam interferir no contexto em que estão inseridos expondo seu próprio
ponto de vista e interagindo com outras vozes,.compreendendo assim, a multiplicidade e
o valor de cada prática discursiva.
O domínio da oralidade, da leitura e da escrita possibilitará ao aluno a
leitura, a compreensão, a interpretação e a interação com os mais variados discursos que
o circunda, assumindo seu papel de sujeito histórico e agente de transformação social.
Essas considerações levam a crer que, não é julgado completo o trabalho com a
linguagem que priorize uma única modalidade, mas sim priorizando a interação entre as
modalidades discursivas.
Quanto à prática da modalidade oral, as DCEs de Língua Portuguesa
ressaltam que “a língua não é uniforme”, portanto, o estudo com a linguagem deve
considerar que a mesma varia de acordo com o contexto, dessa forma, instrumentalizar o
aluno, para que o mesmo tenha condições de falar com fluência em situações formais de
uso da língua, deve ser preocupação no trabalho linguístico.
Como a norma padrão é a variante prestigiada nacionalmente, convém
oferecer ao estudante o acesso a essa norma, a fim de que possa exercer seu papel de
cidadão crítico e interativo.
Traçar os objetivos, a postura, as marcas linguísticas e de enunciado
presentes numa determinada sequência de uso a oralidade, é imprescindível para que o
estudante reflita sobre os variados usos da linguagem nessa modalidade, uma vez que a
mesma não pode ser vista como mera conversa, mas como uma ação significativa,
carregada de subjetividade.
Assim, observar a argumentatividade, a adequação de linguagem, a
interação, a ideologia dos discursos, a formalidade discursiva, entre outros, são aspectos
que devem ser considerados quando se analisa a prática oral.
As possibilidades de trabalho com gêneros orais, segundo as DCEs, são
diversas e apontam diferentes caminhos como: apresentação de temas variados (histórias
de família, da comunidade, filmes, livros, etc); depoimentos sobre situações vivenciadas
pelo aluno, dramatização; recado; explicação; contação de história; declamação de
poemas; troca de opiniões; debates; seminários; júris simulados; entre outros.
As DCEs de Língua Portuguesa observam que, nas atividades orais, o aluno
deverá refletir sobre: o tema abordado, os diferentes gêneros que circulam na esfera
151
social, a unidade de sentido do texto oral, a argumentatividade, a interatividade,
adequação e marcas discursivas da modalidade em questão.
Com relação ao exercício da escrita, é importante considerar que essa
modalidade não deve ser tomada como privilégio de alguns, pois isso pode afetar o real
aprendizado dessa modalidade discursiva.
As atividades pedagógicas deverão propiciar aos alunos momentos de
produção e interação com textos que possa direcionar os mesmo à percepção das
marcas discursivas próprias da escrita.
É afirmado pelas DCEs de Língua Portuguesa que “as atividades com a
escrita devem estar relacionadas com as circunstâncias de produção”, dessa forma, o
aluno deve assumir-se como autor do discurso e responsabilizando-se pelas implicaturas
que isso supõe, além disso, o estudante precisa posicionar-se como interlocutor dos
textos de outros.
A ampliação de leituras, o conhecimento estrutural e a compreensão do
contexto em que o gênero circula, a previsão de possíveis interlocutores, entre outros,
todas são questões que devem ser previamente analisadas antes da produção do texto
escrito propriamente dito.
O planejamento, a escrita e a revisão do texto são partes do processo da
escrita. E as atividade que envolvam essa modalidade discursiva deverão ser retomadas,
revisadas, a fim de que o aluno perceba que escrita e re-escrita são fundamentais, para o
avanço e aprimoração do texto como um todo, e não castigo por erros ou fracassos
específicos da estrutura da escrita padrão.
Socializar textos escritos é a forma mais significativa de promover a
percepção do caráter interlocutivo da linguagem e propiciar que o aluno se veja como
sujeito do discurso.
As atividades com leituras deverão propiciar a familiarização com variados
tipos de textos assumindo um papel ativo diante do discurso, de modo que realize uma
leitura significativa posicionando-se diante do texto e dialogando com o mesmo numa
constante interação. Convém considerar toda a situação de produção e os elementos
não-verbais que predominam ou complementam determinada informação.
No trabalho com o texto, as DCEs abordam o Método Recepcional, o qual
considera o leitor como um sujeito ativo no processo de leitura, dessa forma, no estudo
literário é preciso considerar o que se espera do texto, a confirmação ou ruptura do que
se espera, o questionamento das ideias contidas no texto lido e a ampliação do
152
conhecimento, a partir das leituras feitas. Nesse tipo de estudo, é importante ressaltar que
é o texto que direciona as interpretações.
O texto poético deve ser direcionado à série ou ao nível do aluno e convém
observar os recursos de construção nesse tipo de texto, pois as marcas textuais podem
interferir na interpretação e compreensão do poema.
É importante contextualizar as obras literárias, não ficando preso somente à
historiografia, mas à historicidade (momento de produção e recepção).
No trabalho com a leitura é preciso considerar o texto a ser estudado e
depois planejar as atividades conforme variam os gêneros: reportagem, propaganda,
poemas, crônicas, história em quadrinhos, entrevistas, blogs, romances, novelas, contos,
etc. Convém analisar também, na elaboração de atividades a finalidade pretendida com o
estudo do texto e o meio utilizado para acessar o texto de estudo.
Assim, propõe-se trabalhar a Língua Portuguesa em forma de:
− Preparação de cartazes ou transparências para ilustrar a exposição dos
conteúdos;
− Elaboração de roteiro para realização de entrevistas, jogos educativos;
− Preparação prévia de leitura expressiva de textos dramáticos ou poéticos;
− Trabalho com novos recursos audiovisuais (rádio, TV, vídeo, computador e
outros);
− Promover debates em que se confrontam posições diferentes em relação a
determinado tema;
− Produzir textos nos mais variados tipologias, atentando para a especificidade
de cada suporte textual, partindo de situações reais e culminando na divulgação dos
mesmos;
− Re-estruturação de textos, possibilitando a análise linguística de tópicos
gramaticais relevantes ao processo educativo.
A LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008 estabelece a inclusão, no
currículo oficial da rede de ensino, a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena”. De acordo com o art.1 § 2o, os conteúdos referentes à história e
cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de
todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e
história brasileiras.”
153
Neste sentido, o trabalho com estas culturas deverá ser contemplado na
Metodologia, no momento da exploração e interpretação dos textos, nas
contextualizações, intertextualidades, pesquisas: biográfico-culturais e etc.
5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Deve-se entender a avaliação como um meio de se obter informações e
subsídios para favorecer o desenvolvimento integral do aluno. Com isso é possível adotar
procedimento para correções e melhorias no processo, planejando e redirecionando o
trabalho pedagógico.
Assim, a avaliação deverá ser feita pela observação constante do aluno em
diferentes experiências de aprendizagem, tais como: debates, experiências vivenciadas,
testes orais e escritos, tarefas específicas, trabalhos práticos, pesquisas, participação em
trabalhos coletivos ou individuais, criáveis e de aplicação possível, cumprindo a sua
finalidade educativa de ser diagnóstico, contínua, permanente e cumulativa.
Dentre os critérios para avaliar a aprendizagem em Língua Portuguesa,
espera-se que o aluno seja capaz de sintetizar, após demonstrar compreensão de textos
orais ou escritos, identificando a possível existência de intertextos. Além disso, ao ler
pressupõe-se que o educando tenha habilidades de selecionar e adequar estratégias de
leitura que lhe possibilitarão redigir textos nas diferentes tipologias.
Segundo Jussara Hoffmann, referenciada no final desse documento, o ato
avaliativo é um movimento, uma transformação, e cabe ao avaliador tornar o processo de
aprendizagem cada vez melhor. Isso, segundo a autora, implica numa constante interação
educador/educando. De acordo com a afirmação da mesma autora, é imprescindível
considerar que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferente.
Quando a avaliação é continua e diagnóstica, é possível apontar
dificuldades, possibilitando a intervenção pedagógica a fim de abrir caminho para o real
envolvimento do educando e do educador no processo de ensino e aprendizagem.
Quando se reconhece o aspecto interativo e dialógico da linguagem, a
avaliação precisa ter característica diagnóstica. Nessa perspectiva, a oralidade será
avaliada progressivamente, considerando a participação dos educandos nos relatos,
discussões, na clareza das exposições de ideias, argumentação e principalmente a
adequação discursiva.
154
O trabalho de leitura tem por objetivo levar o aluno a análise e a
compreensão de ideias, buscando no texto elementos básicos e efeito de sentido. Assim
é importante enfocar a reflexão que o aluno faz a partir do texto lido, alem da entonação,
postura e outros elementos que são necessários a promoção de um bom leitor.
Partindo de um texto literário, pode-se também, propor questões mais
abertas, promover debates, relatos espontâneos e exposição de julgamentos, pois o
compartilhamento das experiências de leitura é muito mais relevante que a quantidade de
livros lidos.
É importante ressaltar que, a partir da leitura dos textos informativos ou
científicos, é possível diagnosticar a capacidade do aluno em sintetizar ideias na
modalidade oral ou escrita.
Quanto ao estudo de gramática é importante redirecionar o processo
avaliativo, pois se o texto é a base para o ensino da língua, torna-se incoerente a
avaliação fragmentada dos conteúdos gramaticais. Os elementos linguísticos utilizados na
produção dos alunos precisam ser avaliados de forma reflexiva, contextualizada, de modo
que possibilite a eles a compreensão desses elementos no interior do texto, trabalho este
que precisa estar sendo amparado pela análise linguística, tais como a intencionalidade e
a formação do efeito de sentido.
Assim, é preciso ver o texto do aluno como uma parte do processo e não
como produto acabado, pois é na constante superação dos esquemas de assimilação que
o conhecimento se constrói, que a escrita “toma forma”, que o sujeito se transforma e
modifica o outro. Então é preciso haver preocupação com as ideias, com os elementos
característicos do tipo de texto, com a organização, com a escolha de informações
especificas, com a adequação vocabular, gramatical e ortográfica
155
6. BIBLIOGRAFIA
Currículo Básico para a escola pública do Estado do Paraná – Curitiba –
1990;
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - PORTUGUÊS,
Curitiba, 2009.
WIDDOWSON, H. G. O ensino de línguas para a comunicação. Campinas:
Pontes, 2005. 2ª ed.
LEFFA, Vilson J. A interação na aprendizagem das línguas. – Pelotas:
Educat, 2006.
___________ Leitura Perspectiva Interdisciplinares. São Paulo: Ática. 5ª
ed.
NEVES, Maria H. M. Guia de uso do português: confrontando regras e
usos. São Paulo: Unesp, 2003.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito & desafio. Porto Alegre: Educação &
Realidade, 1994.
REFERÊNCIAS SUGERIDAS:
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo:
Parábola Editorial, 2003.
____________ Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem
pedras no caminho. São Paulo: Parábola, 2007.
BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso:
uma perspectiva enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado
em Linguística Aplicada ao Ensino de Línguas), Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo, São Paulo, 2001.
BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de
Michel Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
_____________ Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
156
DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Sabe-se que é importante entender a história da matemática no contexto
escolar como componente necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, que
os alunos compreendam a natureza desta disciplina e sua relevância na vida da
humanidade.
Assim é imprescindível privilegiar a abordagem histórica desta disciplina, pois a
mesma deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, ás
circunstâncias históricas e ás correntes influenciaram o avanço científico de cada época.
Neste sentido, a educação é entendida numa perspectiva de “construção histórica”,
insuperável das relações sociais, sendo de suma importância para a formação de um
sujeito crítico com múltipla visão de mundo.
Os fatos históricos mostram sucessivamente períodos nos quais o fazer
matemático tem base nos problemas da vida social, ou seja, a matemática foi produzida
pela humanidade para entender e conviver com a realidade sensível, imaginando dentro
de um contexto natural e cultural, competente e compromissado politicamente, em busca
de uma sociedade mais justa.
A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de
atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para
compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir
razões para a aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos.
A história deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos
porquês da Matemática. Assim, pode promover uma aprendizagem significativa, pois
propicia ao estudante entender quer o conhecimento matemático é construído
historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais (MIGUEL & MIORIM,
2004).
Em nosso país a matemática sofreu a modernização com a industrialização, e
157
nesta época surgiram várias tendências metodológicas, como:
Empírica-ativista, na qual o estudante era considerado o centro do processo e o
professor o orientador da aprendizagem, concomitantemente a ela, surgiram outras
tendências que continuam fundamentando a matemática até hoje sendo: A Formalista
Clássica, na qual, a aprendizagem era centrada no professor que era o transmissor e
expositor do conhecimento; a Formalista Moderna, onde o ensino era centrado no
professor e uso preciso da linguagem matemática. Com a chegada do regime militar,
aplica-se a pedagogia Tecnicista, não se centrava no professor e nem no estudante, mas
sim nos objetivos instrucionais, nos recursos e nas técnicas de ensino; A Tendência
Construtivista dava maiores ênfase ao processo e não ao produto do conhecimento; A
Socioetnocultural, privilegiava a troca de conhecimentos entre professor e estudante. E
pôr fim a Histórico-Crítico, que considerava a Matemática um saber vivo e dinâmico,
construído historicamente para atender as necessidades sociais e teóricas, onde a ação
do professor é articular o processo de ensino aprendizagem.
Todas essas tendências contribuíram para o desenvolvimento do ensino
aprendizagem da matemática, sendo esta não considerada hoje como manipulação de
fórmulas, mas um instrumento para resolver problemas, estimular o raciocínio lógico, a
capacidade de projetar, interpretar e criar significado, construir ferramentas para resolver
e perceber problemas, desenvolver a capacidade de conceber, projetar e transcender o
imediatamente possível.
Dessa forma a matemática deve ser vista como uma ciência que permite a
resolução de situações-problema, para que o educando participe da construção e
resolução de tais situações, dessa forma, a matemática lhe possibilite leitura de mundo,
contribuindo na formação do seu pensamento matemático crítico, o qual influi nas
tomadas de decisões em diversas ações do cotidiano. Podendo utilizar a matemática de
forma que possibilite vivenciá-la e explorá-la, e intervir na mudança do espaço onde
vivemos, percebendo a importância da mesma para atingir uma vida mais digna e de
certa forma reduzir as diferenças sociais, através dos conhecimentos adquiridos.
Portanto é fundamental que o ensino da matemática seja atualizado,
oferecendo curiosidades e desafios, mas que, sobretudo se proponha a desenvolver com
158
seriedade o conteúdo de acordo com as condições apresentadas pelos alunos para a
construção desses conhecimentos, e que os mesmos ao se apropriarem dos
conhecimentos matemáticos possam descrever e interpretar fenômenos matemáticos
utilizando linguagem adequada, possibilitando assim, o desenvolvimento de um cidadão
crítico e preparado para a vida em sociedade.
Para tanto os conteúdos Básicos de Matemática poderão ser abordados de
forma articulada, permitindo uma intercomunicação a complementação dos conceitos
pertinentes a disciplina.
As tendências metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de
Matemática sugerem encaminhamentos metodológicos e de aporte teórico para os
conteúdos propostos nesse nível de ensino, e também ressalta-se a relevância na
utilização dos recursos didáticos-pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de
aprendizagem.
Numa perspectiva de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer seja
adquiridos em séries anteriores ou de forma intuitiva. Esses conhecimentos e
experiências provenientes das vivências dos alunos, poderão ser aproveitados,
aprofundados e sistematizados, com objetivo de validar cientificamente, ampliando e
generalizando-os.
Nesse sentido objetivamos com esta proposta que o aluno seja capaz de
resolver situações matemáticas utilizando-se dos conhecimentos historicamente
acumulados, oportunizando outras formas de ver e compreender o mundo, abrindo
possibilidades de mudanças na ação continuada. Desenvolver o espírito crítico dos
alunos, onde ele identifique os conhecimentos matemáticos como meios para
compreender e transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual,
característico da matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o
espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas,
possibilitando comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e
apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da
linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações
159
matemáticas, estabelecendo conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e
entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares.
Contudo o educando deve sentir-se seguro da própria capacidade de construir
conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de
soluções, interagindo com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na
busca de soluções para problemas propostos.
2. CONTEÚDOS
Série: 5ª
Conteú
dos Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Avaliação
NÚMER
OS E ÁLGEBRA
Sistemas de
Numeração;
Números
Naturais;
Múltiplos e
Divisores;
Potenciação e
Radiciação;
Números
Fracionários;
Números
Decimais.
Conheça os diferentes
sistemas de numeração;
Identifique o conjunto dos
naturais, comparando e reconhecendo
seus elementos;
Realize operações com
números naturais;
Expresse matematicamente,
oral ou por escrito, situações-problema
que envolvam (as) operações com
números naturais;
Estabeleça relação de
igualdade e transformação entre: fração e
número decimal; fração e número misto;
Reconheça o MMC e MDC
entre dois ou mais números naturais;
Reconheça as potências
como multiplicação de mesmo fator e a
radiciação como sua operação inversa;
Relacione as potências e as
raízes quadradas e cúbicas com padrões
numéricos e geométricos.
Medidas de
Comprimento;
Identifique o metro como
unidade-padrão de medida de
comprimento;
160
GRAND
EZAS E MEDIDAS
Medidas de
Massa;
Medidas de
Área;
Medidas de
Volume;
Medidas de
Tempo;
Medidas de
Ângulos;
Sistema
Monetário.
Reconheça e compreenda os
diversos sistemas de medidas;
Opere com múltiplos e
submúltiplos do quilograma;
Calcule o perímetro usando
unidades de medida padronizadas;
Compreenda e utilize o metro
cúbico como padrão de medida de
volume;
Realize transformações de
unidades de medida de tempo envolvendo
seus múltiplos e submúltiplos;
reconheça e classifique
ângulos (retos, agudos e obtusos);
Relacione a evolução do
Sistema Monetário Brasileiro com os
demais sistemas mundiais;
Calcule a área de uma
superfície usando unidades de medida de
superfície padronizada;
GEOME
TRIAS
Geometria
Plana;
Geometria
Espacial.
Reconheça e represente
ponto, reta, plano, semi-reta e segmento
de reta;
Conceitue e classifique
polígonos;
Identifique corpos redondos;
Identifique e relacione os
elementos geométricos que envolvem o
cálculo de área e perímetro de diferentes
figuras planas;
Diferencie círculo e
circunferência, identificando seus
elementos;
Reconheça os sólidos
geométricos em sua forma planificada e
seus elementos.
TRATA
MENTO DA
INFORMAÇÃO
Dados, Tabelas
e Gráficos;
Porcentagem.
Interprete e identifique os
diferentes tipos de gráficos e compilação
de dados, sendo capaz de fazer a leitura
desses recursos nas diversas formas em
161
que se apresentam;
Resolva situações-problema
que envolvam porcentagem e relacione-as
com os números na forma decimal e
fracionária.
Série: 6ª
Conteú
dos Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Avaliação
NÚMER
OS E ÁLGEBRA
Números
Inteiros;
Números
Racionais;
Equação e
Inequação do 1º grau;
Razão e
Proporção;
Regra de Três.
Reconheça números inteiros
em diferentes contextos;
Realize operações com
números inteiros;
Reconheça números
racionais em diferentes contextos;
Realize operações com
números racionais;
Compreenda o princípio de
equivalência da igualdade e
desigualdade;
Compreenda o conceito de
incógnita;
Utilize e interprete a
linguagem algébrica para expressar
valores numéricos através de incógnitas;
Compreenda a razão como
uma comparação entre duas grandezas
numa ordem determinada e a proporção
como uma igualdade entre duas razões;
Reconheça sucessões de
grandezas direta e inversamente
proporcionais;
Resolva situações-problema
aplicando regra de três simples.
GRAND
EZAS E MEDIDAS
Medidas de
Temperatura;
Medida de
Ângulos.
Compreenda as medidas de
temperatura em diferentes contextos;
Compreenda o conceito de
ângulo;
Classifique ângulos e faça
162
uso do transferidor e esquadros para
medi-los;
GEOME
TRIAS
Geometria
Plana;
Geometria
Espacial;
Geometrias
Não-euclidianas.
Classifique e construa, a
partir de figuras planas, sólidos
geométricos;
Compreenda noções
topológicas através do conceito de interior,
exterior, fronteira, vizinhança, conexidade,
curvas e conjuntos abertos e fechados.
TRATA
MENTO DA
INFORMAÇÃO
Pesquisa
Estatística;
Média
Aritmética;
Moda e
Mediana;
Juros Simples.
Analise e interprete
informações de pesquisas estatísticas;
Leia, interprete, construa e
analise gráficos;
Calcule a média aritmética e
a moda de dados estatísticos;
Resolva problemas
envolvendo cálculo de juros simples.
Série: 7ª
Conteú
dos Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Avaliação
NÚMER
OS E ÁLGEBRA
Números
Irracionais;
Sistemas de
Equações de 1º grau;
Potências;
Monômios e
Polinômios;
Produtos
Notáveis.
Extraia a raiz quadrada exata
e aproximada de números racionais;
Reconheça números
irracionais em diferentes contextos;
Realize operações com
números irracionais;
Compreenda, identifique e
reconheça o número π (pi) como um
número irracional especial;
Compreenda o objetivo da
notação científica e sua aplicação;
Opere com sistema de
equações do 1o grau;
Identifique monômios e
polinômios e efetue suas operações;
Utilize as regras de Produtos
Notáveis para resolver problemas que
163
envolvam expressões algébricas.
GRAND
EZAS E MEDIDAS
Medidas de
Comprimento;
Medidas de
Área;
Medidas de
Volume;
Medidas de
Ângulos.
Calcule o comprimento da
circunferência;
Calcule o comprimento e área
de polígonos e círculo;
Identifique ângulos formados
entre retas paralelas interceptadas por
transversal;
Realize cálculo de área e
volume de poliedros.
GEOME
TRIAS
Geometria
Plana;
Geometria
Espacial;
Geometria
Analítica;
Geometria Não-
euclidianas.
Reconheça triângulos
semelhantes;
Identifique e some os ângulos
internos de um triângulo e de polígonos
regulares;
Desenvolva a noção de
paralelismo, trace e reconheça retas
paralelas num plano;
Compreenda o Sistema de
Coordenadas
Cartesianas, marque pontos,
identifique os pares ordenados (abscissa e
ordenada) e analise seus elementos sob
diversos contextos;
Conheça os fractais através
da visualização e manipulação de
materiais e discuta suas propriedades.
TRATA
MENTO DA
INFORMAÇÃO
Gráfico e
Informação;
População e
Amostra
Interprete e represente dados
em diferentes gráficos;
Utilize o conceito de amostra
para levantamento de dados.
Série: 8ª
Conteú
dos Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Avaliação
Números Reais;
Propriedades
Opere com expoentes
fracionários;
164
NÚMER
OS E ÁLGEBRA
dos Radicais;
Equação do 2º
grau;
Teorema de
Pitágoras;
Equações
Irracionais;
Equações
Biquadradas;
Regra de Três
Composta.
Identifique a potência de
expoente fracionário como um radical e
aplique as propriedades para a sua
simplificação;
Extraia uma raiz usando
fatoração;
Identifique uma equação do
2o grau na forma completa e incompleta,
reconhecendo seus elementos;
Determine as raízes de uma
equação do 2o grau utilizando diferentes
processos;
Interprete problemas em
linguagem gráfica e algébrica;
Identifique e resolva
equações irracionais;
Resolva equações
biquadradas através das equações do
2ograu;
Utilize a regra de três
composta em situações-problema.
GRAND
EZAS E MEDIDAS
Relações
Métricas no Triângulo
Retângulo;
Trigonometria
no Triângulo Retângulo.
Conheça e aplique as
relações métricas e
trigonométricas no triângulo
retângulo;
Utilize o Teorema de
Pitágoras na determinação das medidas
dos lados de um triângulo retângulo;
FUNÇÕ
ES
Noção Intuitiva
de Função Afim;
Noção Intuitiva
de Função Quadrática.
Expresse a dependência de
uma variável em relação à outra;
Reconheça uma função afim
e sua representação gráfica, inclusive sua
declividade em relação ao sinal da função;
Relacione gráficos com
tabelas que descrevem uma função;
Reconheça a função
quadrática e sua representação gráfica e
associe a concavidade da parábola em
relação ao sinal da função;
165
Analise graficamente as
funções afins;
Analise graficamente as
funções quadráticas.
GEOME
TRIAS
Geometria
Plana;
Geometria
Espacial;
Geometria
Analítica;
Geometria Não-
euclidianas.
Verifique se dois polígonos
são semelhantes, estabelecendo relações
entre eles;
Compreenda e utilize o
conceito de semelhança de triângulos
para resolver situações-problemas;
Conheça e aplique os
critérios de semelhança dos triângulos;
Aplique o Teorema de Tales
em situações-problemas;
Noções básicas de geometria
projetiva;
Realize Cálculo da superfície
e volume de poliedros.
TRATA
MENTO DA
INFORMAÇÃO
Noções de
Análise Combinatória;
Noções de
Probabilidade;
Estatística;
Juros
Compostos.
Desenvolva o raciocínio
combinatório por meio de situações-
problema que envolvam contagens,
aplicando o princípio multiplicativo;
Descreva o espaço amostral
em um experimento aleatório;
Calcule as chances de
ocorrência de um determinado evento;
Resolva situações-problema
que envolvam cálculos de juros
compostos.
Série: 1ª
Conteú
dos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Avaliação
NÚMER
OS
E
ÁLGEB
RA
Conjunto dos
Números Reais;
Equações e
Inequações
Exponenciais;
Amplie os conhecimentos
sobre conjuntos numéricos e aplique em
diferentes contextos;
Identifique e resolva
equações, sistemas de equações e
inequações, inclusive as exponenciais,
166
Logarítmicas e
Modulares.
logarítmicas e modulares.
GRAND
EZAS
E
MEDID
AS
Medidas de
grandezas vetoriais;
Medidas de
energia.
Perceba que as unidades de
medidas são utilizadas para a
determinação de diferentes grandezas e
compreenda as relações matemáticas
existentes nas suas unidades;
Aplique a lei dos senos e a
lei dos cossenos de um triângulo para
determinar elementos desconhecidos.
FUNÇÕ
ES
Função Afim;
Função
Quadrática;
Função
Exponencial;
Função
Logarítmica;
Função
Modular;
Progressão
Aritmética;
Progressão
Geométrica.
Identifique diferentes funções
e realize cálculos envolvendo-as;
Aplique os conhecimentos
sobre funções para resolver situações-
problema;
Realize análise gráfica de
diferentes funções;
Reconheça, nas sequências
numéricas, particularidades que remetam
ao conceito das progressões aritméticas e
geométricas;
Generalize cálculos para a
determinação de termos de uma
sequência numérica.
GEOME
TRIAS Geometria
Plana.
Amplie e aprofunde os
conhecimentos de geometria Plana;
Determine posições e
medidas de elementos geométricos
através da Geometria Plana.
TRATA
MENTO
DA
INFOR
MAÇÃO
Estatística;
Matemática
Financeira.
Realize estimativas,
conjecturas a respeito de dados e
informações estatísticas;
Compreenda a Matemática
Financeira aplicada ao diversos ramos da
atividade humana;
Perceba, através da leitura, a
construção e interpretação de gráficos, a
transição da álgebra para a
representação gráfica e vice-versa.
167
Serie: 2ª
Conteú
dos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Avaliação
NÚMER
OS
E
ÁLGEB
RA
Sistemas
Lineares;
Matrizes e
Determinantes
Amplie os conhecimentos
sobre conjuntos numéricos e aplique em
diferentes contextos;
Conceitue e interprete
matrizes e suas operações, por meio de
sistemas lineares;
Conheça e domine o
conceito e as soluções de problemas que
se realizam por meio de determinante.GRAND
EZAS
E
MEDID
AS
Trigonometria.
Aplique a lei dos senos e a
lei dos cossenos de um triângulo para
determinar elementos desconhecidos.
FUNÇÕ
ES
Função
Trigonométrica.
Identifique diferentes funções
e realize cálculos envolvendo-as;
Aplique os conhecimentos
sobre funções para resolver situações-
problema;
Realize análise gráfica de
diferentes funções;
Reconheça, nas sequências
numéricas,
particularidades que
remetam ao conceito das progressões
aritméticas e geométricas;
Generalize cálculos para a
determinação de termos de uma
sequência numérica.GEOME
TRIAS Geometria
Espacial.
Amplie e aprofunde os
conhecimentos de
geometria Espacial;
Determine posições e
medidas de elementos geométricos
168
através da Geometria Espacial;
TRATA
MENTO
DA
INFOR
MAÇÃO
Análise
Combinatória;
Estudos das
Probabilidades;
Estatística;
Matemática
Financeira.
Recolha, interprete e analise
dados através de cálculos, permitindo-lhe
uma leitura crítica dos mesmos;
Compreenda a ideia de
probabilidade;
Realize estimativas,
conjecturas a respeito de dados e
informações estatísticas;
Compreenda a Matemática
Financeira aplicada ao diversos ramos da
atividade humana;
Perceba, através da leitura, a
construção e interpretação de gráficos, a
transição da álgebra para a
representação gráfica e vice-versa.
Serie: 3ª
Conteú
dos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Avaliação
NÚMER
OS
E
ÁLGEB
RA
Noções de
Números Complexos;
Polinômios.
Compreenda os números
complexos e suas operações;
Identifique e realize
operações com polinômios.
GRAND
EZAS
E
MEDID
AS
Medidas de
Área;
Medidas de
Volume;
Medidas de
Informática.
Perceba que as unidades de
medidas são utilizadas para a
determinação de diferentes grandezas e
compreenda as relações matemáticas
existentes nas suas unidades;
Aplique a lei dos senos e a
lei dos cossenos de um triângulo para
determinar elementos desconhecidos.
FUNÇÕ
ES Função
Identifique uma função
polinomial e realize cálculos envolvendo-
a;
169
Polinomial. Aplique os conhecimentos
sobre função polinomial para resolver
situações-problema;
Realize análise gráfica da
função polinomial;GEOME
TRIAS Geometria
Analítica;
Geometria
Espacial;
Geometria
Não-euclidianas.
Amplie e aprofunde os
conhecimentos de
geometria Espacial;
Determine posições e
medidas de elementos geométricos
através da Geometria Analítica;
Perceba a necessidade das
geometrias não-euclidianas para a
compreensão de conceitos geométricos,
quando analisados em planos diferentes
do plano de Euclides;
Compreenda a necessidade
das geometrias não-euclidianas para o
avanço das teorias científicas;
Articule idéias geométricas
em planos de curvatura nula, positiva e
negativa;
Conheça os conceitos
básicos da Geometria Elíptica,
Hiperbólica e Fractal (Geometria da
superfície esférica).
TRATA
MENTO
DA
INFOR
MAÇÃO
Binômio de
Newton.
Recolha, interprete e analise
dados através de cálculos, permitindo-lhe
uma leitura crítica sobre o binômio de
Newton;
Realize cálculos utilizando
Binômio de Newton;
Compreenda a ideia de
probabilidade;
Perceba, através da leitura, a
construção e interpretação de gráficos, a
transição da álgebra para a
representação gráfica e vice-versa.
170
A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena
os quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.
3. METODOLOGIA
Ao se ensinar Matemática é necessário fazer com que o estudante compreenda
e se aproprie dela, para que construa a partir do conhecimento, valores, atitudes, visando
a integral formação do ser humano, do homem público, sendo este capaz de ser crítico,
agir com autonomia nas suas relações sociais.
Assim a prática docente não deve ser de forma autoritária, mas através de
trabalhos coletivos, contextualizado não se perdendo com isso o caráter científico da
Matemática, mas de certa forma valorizando o conhecimento que o aluno já detém.
Os procedimentos metodológicos devem propiciar a articulação entre os vários
conteúdos estruturantes e entre os estruturantes e específicos.
Deve-se desenvolver metodologias que enfatizem a construção de estratégias,
comprovação e justificativas de resultados, estimule a criatividade, a iniciativa pessoal, o
trabalho coletivo e a confiança na própria capacidade para que estes alunos estejam
preparados para enfrentarem desafios, serem flexíveis à mudanças ocorridas na
sociedade, que além do conhecimento científico, saibam fazer uma leitura do mundo
relacionando a teoria e a prática, afim de se tornar um cidadão crítico tanto em questões
sociais, políticas econômicas e históricas.
Para isso, cabe ao professor utilizar as várias tendências metodológicas da
Educação Matemática como: Resoluções de Problemas, Modelagem Matemática, Uso de
Mídias Tecnológicas, Etnomatemática, História da Matemática e Investigação Matemática,
podendo dessa forma explorar trabalhos práticos de pesquisa de campo e laboratoriais ,
atividades coletivas e individuais como seminários, buscando dessa forma relacionar a
matemática a realidades valorizando o conhecimento prévio do educando privilegiando
assim o desenvolvimento do ensino aprendizagem.
Concebendo assim, uma educação para todos, por meio de um currículo aberto
e flexível que atenda as necessidades de todos os alunos, sejam eles especiais ou não,
oportunizando possibilidades e direitos iguais, mesmo que apresentem diferenças sociais,
culturais e pessoais, efetivando com isso, uma igualdade de oportunidades.
171
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Matemática, propõe-se articular os
conteúdos estruturantes com os conteúdos específicos em relações de interdependências
que enriqueçam o processo pedagógico de forma a abandonar abordagens fragmentadas
como seus conteúdos de ensino existissem em patamares distintos e sem vínculos, afinal,
“ [ ... ] o significado curricular de cada disciplina não pode resultar de apreciação isolada
de seus conteúdos, mas sim do modo como se articulam “ ( MACHADO, 1993, p. 28).
No Ensino Fundamental, ao trabalhar os conteúdos de geometria plana,
vinculado ao Conteúdo Estruturante Geometrias, o professor pode buscar em Números e
Álgebra mais precisamente no conteúdo específico Equações, elementos para abordá-
los.
De outra forma, para explorar os conceitos de escalas, do conteúdo específico
proporcionalidade, pode-se articulá-lo a outro conteúdo específico, geometria plana
introduzir a ideia de razão e proporção ao realizar atividades de ampliação e redução de
figuras geométricas.
Para o conteúdo específico Estatística os conceitos de álgebra também são
básicos e possibilitam explorar os números decimais e fracionários presente nas
informações das pesquisas estatísticas. Ressaltamos que para trabalhar esses
conteúdos utilizaremos recursos audiovisuais sendo: TV Pendrive, Computadores,
Retroprojetor, Calculadora, entre outros.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino aprendizagem, sendo
esta de maneiras diversas, ou seja, trabalhos, provas, seminários, exposição oral, uso da
calculadora, computador e de materiais manipuláveis (tangram, geoplano, cuisinaire,
entre outros), esta avaliação deve servir como um instrumento de diagnóstico do processo
de aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os
componentes desse processo (aluno – professor – conteúdo – metodologia –
instrumentos de avaliação). Em vez de ser um instrumento de penalidade, a avaliação
será, nessa perspectiva, de grande valia para a continuidade e revisão do trabalho do
professor, indicando os pontos que não estão bem claros para os alunos, e que , por isso,
deverão ser trabalhados com mais intensidade; e para o aluno será o momento de grande
significação, situando-o em relação a seus progressos.
Esta flexibilidade na prática avaliativa permite que todos os alunos tenham as
172
mesmas oportunidade e direitos iguais, sejam eles especiais ou não, mesmo
apresentando diferenças sociais, culturais e pessoais, ele estará atuante no processo
ensino aprendizagem, podendo com isso ser percebida sua evolução em todos os
aspectos.
Conforme a Lei 9394/96, Projeto Político Pedagógico e as Diretrizes
Curriculares de matemática do Estado do Paraná, a avaliação é atividade essencial do
processo ensino-aprendizagem dos conceitos científicos, e deve ser diagnóstica contínua
e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
Nesse sentido os critérios de avaliação proposta na disciplina de matemática
são os seguintes: Avaliação Diagnóstica, Formativa, Somativa. De acordo com os critérios
de avaliação os instrumentos avaliativos utilizados na disciplina de matemática serão:
testes, trabalhos, pesquisas, participação em trabalhos coletivos ou individual, resolução
de problemas do dia a dia, resolução de exercícios como tarefa de classe e extraclasse,
seminários, atividades a partir de recursos audiovisuais, questões discursivas, orais, entre
outras.
173
5. BIBLIOGRAFIA
BARBOSA, J. C. Modelagem matemática e os professores: a questão da
formação. Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, n.15, p.5-23, 2001.
D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática – Arte ou técnica de explicar e
conhecer. São Paulo: Ática, 1998.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes curriculares da educação
básica. Matemática. Curitiba, 2008.
DUARTE, N. O compromisso político do educador no ensino da
matemática: In: DUARTE, N.; OLIVEIRA, B. Socialização do saber escolar. São Paulo:
Cortez,1987. P.15.
LDB – Lei Diretrizes e Bases da Educação, 9394/96.
MACHADO, N. J. Medindo Comprimentos. São Paulo; Scipione,2000.
MEDEIROS, C. F. Por uma educação matemática como intersubjetividade.
In: BICUDO, M. A. V. Educação matemática. São Paulo: Cortez, 1987 . p.13-44.
MIGUEL, A.; MIORIM, M. A. História da Educação Matemática: propostas
e desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
174
DISCIPLINA DE QUÍMICA
1-APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE QUÍMICA
A química está presente desde o inicio do desenvolvimento das civilizações,
desde as primeiras necessidades humanas, com a descoberta do fogo e a sua utilização
para cozer, tingir etc.
As ideias de átomo e elemento, centrais em todo o desevolvimento da química,
surgiram na antiguidade, propostas com os filosófos gregos Leucipo e Demócrito(400a.C),
a revolução científica surgiu no Ocidente, na Europa, e se deve a produção capitalista e
interesses econômicos da classe dirigente.
Do século III da era cristã até o final da Idade Média, a alquimia, um misto de
ciência, religião e magia, desenvolveu-se simultaneamente entre os árabes, egípcios,
gregos e chineses. A busca pelo elixir da vida eterna e a pedra filosofal movimentava as
experimentações à procura de melhorar a qualidade de vida e até prolongá-la, nestas
experiências os alquimistas descobriram a extração, produção e tratamento de diversos
metais, além de vidrarias que foram sendo aperfeiçoados e compõem os laboratórios nos
dias de hoje.
No século XIV e inicio do século XV, ao final do feudalismo na Europa,
representado pelas aglomerações urbanas, pelas péssimas condições sanitárias, pela
fome, pelas pestes, como a peste negra, geraram um desequilibrio demográfico e
problemas relacionados ao trabalho, a burguesia a classe social emergente na época
passou a ocupar o espaço e o processo produtivo, neste contexto cresceu a preocupação
com a mão-de-obra produtiva e os estudos das substâncias minerais para a cura de
doenças, então logo surgiram estudos desenvolvidos pelos pesquisadores da época.
O suiço Phillipus Auredus Theophrastus Bombastus Von Hohenheim,
possibilitou no século XV-XVI, o nascimento da Iatroquimica, antecessora da química, ele
fazia estudos relacionados a leitura cosmológica dos fenômenos, relacionadas com a
religião; No mesmo contexto, Baptiste Van Helmont, médico nos séculos XVI- XVII, era
acusado pela igreja católica de realizar práticas satânicas, por fazer em seus estudos um
misto de ciência e religião.
Com o passar dos anos ainda no século XVII, ocorreu a revolução química ,
onde a magia cedeu lugar ao científico, este avanço estava vinculado às investigações
sobre a composição e estrutura da matéria, com o desenvolvimento das máquinas
175
também desenvolveu-se a indústria química.
No século XVIII Antonie Laurent Lavoisier, elaborou o Tratado Elementar de
Química, publicado em 1789, ele propôs uma nomenclatura universal para os compostos
químicos, aceita internacionalmente, Lavoisier demonstrou em seus estudos que a
queima é uma reação química com o oxigênio e trouxe novos direcionamentos para as
investigações sobre a natureza das substâncias.
Então no século XIX, foi o periodo no qual a ciência moderna se consolidou e
passou a deixar marcas , onde John Dalton apresentou sua teoria atômica em uma série
de conferências realizadas na Royal Instituição de londres, para ele a matéria era
constituida de pequenas partículas esféricas maciças e indivisíveis, denominadas átomos.
Seguindo-se em 1828 com Friedrich Wöhler a síntese da uréia o marco dos
estudos das substâncias orgânicas a partir de compostos inorgânicos. Em 1860 foi
estabelecida a classificação periódica dos elementos, por Dmitri Ivanovitch Mendeleev.
Com o surgimento dos laboratórios de pesquisa, a química então se consolidou
como a principal disciplina associada aos efetivos resultados na industria.
Haja visto todo o contexto histórico percorrido pela química durante os séculos
cabe definir que a química é uma das ciências naturais, que estuda a natureza, as
propriedades, a composição e as transformações da matéria, cobrindo praticamente todos
os aspectos do comportamento de átomos e moléculas, desde à criação dos elementos
nas estrelas até as moléculas complexas da vida, entretanto, é muito mais do que apenas
investigar o universo no nível molecular, seu objetivo central é a síntese novas formas de
matéria. O campo de interesse e aplicação da química é tão amplo que envolve quase
todas as outras ciências, por isso, muitas disciplinas estão interligadas com a química.
Tendo em vista a sua presença no dia-a-dia das pessoas, isto já é suficiente para justificar
a necessidade do cidadão ser informado sobre esta ciência. Pois antes que aparecesse
uma palavra para designá-la, a “Química” já existia.
Cabe destacar que o conhecimento químico, assim como todo
conhecimento, não é algo pronto, acabado e inquestionável, mas em constante
transformação. Esse processo ocorre a partir das necessidades humanas, uma vez que a
Ciências é construída pelos homens, sendo assim, falível e inseparável dos processos
sociais, políticos e econômicos, passando assim a sociedade no contexto capitalista a
exigir das ciências respostas precisas e específicas para suas demandas.
A química deve ser tratada de maneira a possibilitar a interação e entendimento
do mundo, tendo por objetivos situar o educando a realidade tecnológica, proporcionando-
176
lhe condições de reconhecer a química como ciência capaz de fornecer materiais,
métodos e processos de transformação, a fim de atender às necessidades da sociedade.
Situar o educando como um agente da História, proporcionando-lhe um
suporte para a construção de sua profissão no futuro e, na interação com as demais
disciplinas, tornar-se capaz de desenvolver seu espírito crítico, compreender suas
relações com o ambiente natural e social e, desta forma, interagir construtivamente com
ele.
Propiciar ao educando o estudo das substâncias enquanto conteúdo
específico da matéria, no que tange às suas transformações, propriedades,
características, composição e estrutura. No entanto, devendo sempre que possível, estar
inserido no seu contexto histórico, cultural, social e político, tendo em vista as aplicações
no seu cotidiano e também na participação da resolução das grandes questões da
sociedade.
Partir sempre que possível, de fatos do cotidiano, de experimentos
intrigantes ou de questionamentos de falsos conceitos oriundos do senso comum,
construir a conceituação fundamentada na ciência com o enfoque tecnológico e político e
destacar o papel da Química como modificadora da realidade, seja pelo histórico de sua
evolução, seja pela análise e compreensão do impacto de suas ações sobre a sociedade.
2-CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Matéria e sua
natureza
1ª SÉRIE ENSINO MÉDIO
MATÉRIA
− Constituição da matéria;
− Estados de agregação;
− Natureza elétrica da máteria;
− Modelos atômicos;
− Estudo dos metais;
− Tabela Periódica;
SOLUÇÃO
− Substâncias;
177
Biogeoquímica
Química sintética
− Misturas;
− Métodos de separação;
− Solubilidade;
− Concentração;
− Forças intermoleculares;
− Temperatura e pressão;
− Densidade;
− Dispersão e suspensão;
− Tabela periódica;
LIGAÇÃO QUÍMICA
− Tabela periódica;
− Propriedade dos materiais;
− Tipos de ligações químicas;
− Solubilidade e as ligações químicas;
− Interações intermoleculares e as
propriedades das substâncias moleculares;
− Ligações de Hidrogênio;
− Ligação metálica;
− Ligações sigma e pi;
− Ligações polares e apolares;
− Alotropia;
FUNÇÕES QUÍMICAS
− Tabela periódica;
− Funções Inorgânicas.
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
2ª SÉRIE ENSINO MÉDIO
MATÉRIA
23. Massa atômica;
24. Quantidade de Matéria/Mol;
25. Tabela periódica;
SOLUÇÕES
178
Matéria e sua
natureza
Biogeoquímica
Química sintética
26. Substâncias;
27. Misturas;
28. Concentração;
29. Solubilidade;
30. Forças intermoleculares;
31. Densidade;
32. Dispersão e suspensão;
33. Tabela periódica;
34. Propriedades Coligativas;
REAÇÕES QUÍMICAS
• Tabela periódica;
56. Reações de Oxi-redução;
57. Reações exotérmicas e
endotérmicas;
58. Diagramas das reações
exotérmicas e endotérmicas;
59. Variação de entalpia;
60. Calorias;
EQUILIBRIO QUÍMICO
• Reações químicas reversíveis;
• Concentração;
• Relações matemáticas e o equilibiro
químico;
• Deslocamento de equilibrio;
• Equilibrio químico em meio aquoso;
• Tabela periódica.
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
3º ANO ENSINO MÉDIO
RADIOATIVIDADE
• Modelos atômicos;
• Elementos químicos;
• Reações químicas;
179
Matéria e sua
natureza
Biogeoquímica
Química sintética
• Tabela periódica;
• Velocidade das reações;
• Emissões radioativas;
• Leis da radioatividade;
• Cinética das reações químicas;
• Fenômenos radioativos;
GASES
• Estados Físicos da matéria;
• Tabela periódica;
• Propriedades dos gases;
• Modelo de partículas para os
materiais gasosos;
• Misturas gasosas;
• Diferença entre gás e vapor;
• Leis dos gases;
FUNÇÕES QUÍMICAS
• Funções Orgânicas
• O carbono;
• Estrutura dos compostos;
• Tipos de ligações;
• Polimêros;
• Isômeros;
• Tabela periódica.
3-METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE QUÍMICA
É importante que o processo pedagógico parta do conhecimento prévio dos
estudantes, no qual se incluem as idéias preconcebidas sobre o conhecimento da
química, ou as concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito
cientifico.
Observa-se que o aluno muitas vezes memoriza os conceitos e fórmulas, sem
compreende-lôs, é necessário uma abordagem voltada para à construção e reconstrução
180
de significados dos conceitos científicos nas salas de aula.
Propõem-se que a compreensão e apropriação do conhecimento químico
ocorra por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química, que é o estudo
da matéria e suas transformações.
Na abordagem conceitual do conteúdo de Química é fundamental buscar dar
sentido aos conceitos químicos, para tanto torna-se de sua importância as atividades
práticas em laboratório ou até mesmo dentro da sala de aula, pois o objetivo é auxiliar a
compreensão dos conceitos estudados na teoria, não sendo necessário materiais
laboratoriais de precisão, por não visar resultados quantitativos.
Cabe ao professor criar situações de aprendizagem de modo que o aluno
pense criticamente sobre o mundo, relacionando objetos comuns ao dia a dia com os
elementos da tabela periódica, ultrapassando a memorização de nomes, símbolos,
números de massas números atômicos, e assim possibilitar o estabelecimento de
relações entre os elementos da tabela periódica e os objetos analisados, proporcionando-
lhe uma visão da relação existente entre os elementos químicos como por exemplo com o
meio ambiente, uma vez que este está inteiramente ligado à Química, e que estamos num
momento em que somos atingidos por vários problemas, como aumento da temperatura
da terra , efeito estufa, enchentes, secas, derretimento de geleiras, o aumento do burraco
na camada de ozônio etc.; todos esses efeitos decorrentes da ação humana.
Abordar os conteúdos proporciondo sempre a interdisciplinariedade sempre
que possível no estudo dos elementos quimicos, matéria e suas transformações, através
do uso das tecnologias , como internet, multimidia, revistas, Leituras de textos
disponíveis on-line bem como de vários trabalhos publicados que dão suporte ao
processo pedagógico e uso de livros da biblioteca do professor e do aluno.
Propiciar também aulas práticas com materiais que os alunos possuem na
própria residência, como exemplo no estudo das substâncias ácidas e básicas, utilizando
extrato de repolho roxo e substâncias comuns de casa, assim os alunos eram
compreender que a Química faz parte do seu cotidiano e facilitará a aprendizagem e
absorção de conhecimentos, antes incompreendíveis.
Também a utilização e aplicação da Lei nº 11.645 que contempla a História e
Cultura Afro Brasileira e Indígena os quais serão abordados de acordo com os conteúdos
trabalhados, resgatando as contribuições destas na disciplina de Química.
181
4-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob os
condicionais do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre em interações
recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual,
portanto está sujeita a alterações no seu desenvolvimento.
Em química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos
científicos. Além de provas, o professor deve usar instrumentos que possibilitem várias
formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de
textos, leitura e interpretação da tabela periódica, pesquisas bibliográficas, relatório de
aulas em laboratório, apresentação de seminários, entre outros. Esses instrumentos
devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.
Espera-se que o aluno, entenda e questione os mais variados conteúdos
estudados; Que construa e reconstrua os conceitos químicos possibilitando a resolução
de problemas; Compreenda os conhecimentos cientifícos e os reconheça na vivência
diária; Compreenda a constituição química e as transformações da matéria; Formule
novos conceitos a partir dos já existentes dentro dos conteúdos específicos .
182
5-REFERÊNCIAS
CANTO, Tito. Química: Na abordagem do cotidiano. 1°ed.São Paulo:
Moderna, 1996.
COVRE, Geraldo José. Química Total. Volume único.São Paulo: FTD, 2001.
FELTRE, Ricardo. Química: Volumes 1, 2 e 3 - 6ª ed. - São Paulo: Moderna,
2004
GOLDFARB, Ana Maria Afonso. Das Alquimias à Química. São Paulo: Landy,
2005.
HALL, Nina. Neoquímica a Química Moderna e suas Aplicações. Vol.Único.
Porto Alegre: Bookman. 2004.
MALDANER, O. A. A Formação inicial e Continuada de Professores de
Química: professor/pesquisador. 2 Ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003. p. 120.
POLITI, Elie. Química:Curso completo. 2°ed..São Paulo:Moderna, 1992.
RUSSEL, John Blair. Química Geral. 2° ed. São Paulo:Pearson Makron Book,
1994.
SANTOS, Widson L. P. E Mól, Gerson de S. Química e sociedade. 1°ed.Vol.
Único. São Paulo: Nova Geração, 2005.
SANTOS, Wilson Luiz Pereira dos e SCHNETZLER, Roselo Pacheco.
Educação em Química. 3°ed. Ijuí-RG:Unijuí, 2003.
SEED, Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de
Química para a Educação Básica. 2008. Curitiba-Pr.
UTIMARA, Teruko Y.e LINGUANATO, Maria. Química Fundamental. Vol.
183
Único. São Paulo:FTD, 1998.
SEED, Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de
Química para a Educação Básica. 2010. Curitiba-Pr.
184
DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
1 – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Construção das Diretrizes Curriculares, coordenada pela Superintendência
da Educação da Secretaria de Estado da Educação, assim como os estudos e as
discussões realizados nas semanas pedagógicas apontaram os referenciais teóricos e
metodológicos para construção desta Proposta Pedagógica Curricular.
Com relação ao ensino de línguas estrangeiras, uma nova perspectiva
chegou ao Paraná em 1990 com a publicação do Currículo Básico que trazia uma
concepção de língua entendida como prática social e historicamente construída. No
entanto, este documento direcionava o trabalho com língua estrangeira para a prática de
leitura, limitando assim as possibilidades de interação do aluno com a língua. A SEED
estabeleceu parcerias para a formação e aprimoramento pedagógico e adquiriu livros de
fundamentação teórica em língua estrangeira para escolas de Ensino Médio (EM) de toda
a rede estadual e elaborou o livro didático do EM.
O conjunto de ações desenvolvido pela SEED, a partir de 2004, teve como
foco principal promover a construção de novas Diretrizes Curriculares que favorecessem
a formação continuada de professores na perspectiva de efetivarem-se como sujeitos
epistêmicos, capazes de refletir, analisar e propor as indicações mais apropriadas para o
processo de ensino aprendizagem.
No ano de 2008 foram realizados encontros organizados também pela SEED
como DEB Itinerante, encontros por disciplinas realizados pelo Núcleo Regional de
Educação de Campo Mourão e semanas pedagógicas descentralizadas visando a
disseminação das políticas curriculares do Estado, refletindo sobre a função social da
escola pública e os processos de secundarização de seu papel. Esses encontros
contemplaram a participação de toda a comunidade escolar na perspectiva de uma
gestão democrática e na construção de uma proposta pedagógica curricular que
superassem os descaminhos de uma política educacional fortemente marcada pela
concepção neoliberal que permeou a educação na década de 90.
Como resultado dessas ações e visando a superação do contexto anterior, a
185
SEED fez opção pelo currículo disciplinar, que toma o conteúdo como via de acesso ao
conhecimento, considerando as dimensões científica, filosófica e artística dos mesmos,
visto que a opção pelos conteúdos curriculares, em sua totalidade:
[...] significa compreendê-los como síntese de múltiplos fatos e
determinações, como um todo estruturado, marcado pela disciplinaridade didática. Tratar
os conteúdos em sua dimensão práxica é compreender que a atividade educativa é uma
ação verdadeiramente humana e que requer consciência de uma finalidade em face à
realidade, por meio dos conteúdos, impossibilitando o tratamento evasivo e fenomênico
destes. (PARANÁ, SEED, SUED, 2008, p.9).
Evidenciou-se igualmente, uma organização do processo de aprendizagem
que possibilitaria a flexibilização/adaptação de conteúdos, metodologias e avaliações de
modo a contemplar a participação e aprendizagem de todos os alunos, considerando seus
conhecimentos prévios, suas necessidades linguísticas diferenciadas e o contexto social,
vislumbrando a construção de uma sociedade justa, fraterna e igualitária.
Nesse contexto, o ensino de língua estrangeira configura-se como um
espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural,
oportunizando-lhe engajar-se discursivamente e compreender que a língua e a cultura são
práticas sociais historicamente construídas e, portanto, passíveis de transformação. A
língua é realizada num contexto concreto e preciso, levando o aluno à prática significativa
com acesso a gêneros textuais orais, escritos e imagéticos. O aluno passa a sentir-se
inserido em determinada realidade, sendo capaz de interagir com ela, ampliando seu
conhecimento de mundo e desenvolvendo seu espírito crítico com relação ao outro e a si
mesmo.
O objetivo da inclusão da Língua Inglesa no currículo parte da afirmação de
que os estudantes têm o direito de acessar outras possibilidades culturais, ampliando e
alargando sua visão de mundo, em um processo de afirmação de sua própria identidade e
de possibilidades de aprendizagem. Para isso tem na língua materna a mais importante
referência como ser coletivo.
O aprendizado de uma língua estrangeira não pode ser identificado apenas
com a submissão econômica. Ao apropriar-se de outra língua, o ser particular apropria-se
186
da herança cultural de toda a sociedade. Sendo assim, os professores precisam buscar
alternativas que coloquem o ensino-aprendizagem da Língua Inglesa, seus métodos e
suas metodologias nas relações entre as línguas e a formação de identidades no mundo
globalizado, como preconizam as DCE:
“ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentido,
formar subjetividades, permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes
propósitos comunicativos independentemente do grau de proficiência atingido [...] analisar
as questões sociais-político-econômicas da nova ordem mundial, suas implicações e
desenvolver uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade”
(PARANÁ, 2008, p.55)
2 – CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O Conteúdo Estruturante é o discurso como prática social materializado nas
práticas discursivas de leitura, oralidade e escrita, as quais efetivarão o desenvolvimento
do trabalho em sala de aula e a construção do significado por meio do engajamento
discursivo.
3 - CONTEÚDO BÁSICOS
Os conteúdos básicos serão trabalhados sempre a partir de um texto
significativo, atendendo as especificidades de cada uma das séries.
Gêneros Textuais
* Marcas do Gênero
* Conteúdo Temático
* Estilo
* Elementos Composicionais
* Esfera social de circulação
* Suporte
187
SÉRIE: 5ª SÉRIE
LEITURA
−Tema do texto;
−Interlocutor;
−Finalidade;
−Aceitabilidade do texto;
−Informatividade;
−Elementos composicionais do gênero;
−Léxico;
−Repetição proposital de palavras;
−Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
ESCRITA
− Tema do texto ;
− Interlocutor;
− Finalidade do texto;
− Informatividade;
− Elementos composicionais do gênero;
− Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
− Ortografia;
− Concordância verbal/nominal.
188
ORALIDADE
− Tema do texto;
− Finalidade;
− Papel do locutor e interlocutor;
− Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
− Adequação do discurso ao gênero;
− Turnos de fala;
− Variações linguísticas;
− Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.
SÉRIE: 6ª SÉRIE
Gêneros Textuais
* Marcas do Gênero
* Conteúdo Temático
* Estilo
* Elementos Composicionais
* Esfera social de circulação
* Suporte
LEITURA
35. Tema do texto;
36. Interlocutor;
37. Finalidade do texto;
38. Informatividade;
39. Situacionalidade;
40. Informações explícitas
41. Discurso direto e indireto;
189
42. Elementos composicionais do gênero;
43. Repetição proposital de palavras;
44. Léxico;
45. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
ESCRITA
61. Tema do texto;
62. Interlocutor;
63. Finalidade do texto;
64. Discurso direto e indireto;
65. Elementos composicionais do gênero;
66. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem;
67. Ortografia;
68. Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.
190
SÉRIE: 7ª SÉRIE
Gêneros Textuais
* Marcas do Gênero
* Conteúdo Temático
* Estilo
* Elementos Composicionais
* Esfera social de circulação
* Suporte
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
-expressões que denotam ironia e humor no texto.
• Léxico.
191
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
• Concordância verbal e nominal;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- figuras de linguagem;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporais e
gestuais, pausas ...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
192
• Variações linguísticas
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
SÉRIE: 8ª SÉRIE
Gêneros Textuais
* Marcas do Gênero
* Conteúdo Temático
* Estilo
* Elementos Composicionais
* Esfera social de circulação
* Suporte
LEITURA
• Tema do texto
• Interlocutor
• Finalidade do texto
• Aceitabilidade do texto
• Informatividade
• Situacionalidade
• Intertextualidade
• Temporalidade
• Discurso direto e indireto
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
193
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem
)
• Léxico.
ESCRITA
• Tema do texto
• Interlocutor
• Finalidade do texto
• Aceitabilidade do texto
• Informatividade
• Situacionalidade
• Intertextualidade
• Temporalidade
• Discurso direto e indireto
• Elementos composicionais do gênero
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem
• Processo de formação de palavras
• Ortografia
• Concordância verbal/nominal
ORALIDADE
• Conteúdo temático
• Finalidade
• Aceitabilidade do texto
194
• Informatividade
• Papel do locutor e interlocutor
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporais e
gestuais, pausas ...
• Adequação do discurso ao gênero
• Turnos de fala
• Variações linguísticas
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição. Semântica
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc).
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
ENSINO MÉDIO
SÉRIE: 1º ANO
Gêneros Textuais
* Marcas do Gênero
* Conteúdo Temático
* Estilo
* Elementos Composicionais
* Esfera social de circulação
* Suporte
LEITURA
• Tema do texto
• Interlocutor
• Finalidade do texto
• Aceitabilidade do texto
• Informatividade
• Situacionalidade
• Intertextualidade
195
• Temporalidade
• Referência textual
• Partículas conectivas do texto
• Discurso direto e indireto
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
• Polissemia
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
• Léxico.
ESCRITA
• Tema do texto
• Interlocutor
• Finalidade do texto
• Aceitabilidade do texto
• Informatividade
• Situacionalidade
• Intertextualidade
• Temporalidade
• Referência textual
• Partículas conectivas do texto
• Discurso direto e indireto
• Elementos composicionais do gênero
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem
196
• Ortografia
• Concordância verbal/nominal
ORALIDADE
• Conteúdo temático
• Finalidade
• Aceitabilidade do texto
• Informatividade
• Papel do locutor e interlocutor
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporais e
gestuais, pausas ...
• Adequação do discurso ao gênero
• Turnos de fala
• Variações linguísticas
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc).
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
SÉRIE: 2º ANO
Gêneros Textuais
* Marcas do Gênero
* Conteúdo Temático
* Estilo
* Elementos Composicionais
* Esfera social de circulação
* Suporte
LEITURA
• Tema do texto
• Interlocutor
• Finalidade do texto
197
• Aceitabilidade do texto
• Informatividade
• Situacionalidade
• Intertextualidade
• Temporalidade
• Referência textual
• Partículas conectivas do texto
• Discurso direto e indireto
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
• Polissemia
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
• Léxico.
ESCRITA
• Tema do texto
• Interlocutor
• Finalidade do texto
• Aceitabilidade do texto
• Informatividade
• Situacionalidade
• Intertextualidade
• Temporalidade
• Referência textual
• Partículas conectivas do texto
• Discurso direto e indireto
• Elementos composicionais do gênero
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
198
• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem
• Ortografia
• Concordância verbal/nominal
ORALIDADE
• Conteúdo temático
• Finalidade
• Aceitabilidade do texto
• Informatividade
• Papel do locutor e interlocutor
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporais e
gestuais, pausas ...
• Adequação do discurso ao gênero
• Turnos de fala
• Variações linguísticas
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc).
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
SÉRIE: 3º ANO
Gêneros Textuais
− * Marcas do Gênero
− * Conteúdo Temático
− * Estilo
− * Elementos Composicionais
− * Esfera social de circulação
199
− * Suporte
−
LEITURA
• Tema do texto
• Interlocutor
• Finalidade do texto
• Aceitabilidade do texto
• Informatividade
• Situacionalidade
• Intertextualidade
• Temporalidade
• Referência textual
• Partículas conectivas do texto
• Discurso direto e indireto
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
• Polissemia
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
• Léxico.
ESCRITA
Tema do texto
Interlocutor
Finalidade do texto
Aceitabilidade do texto
Informatividade
Situacionalidade
Intertextualidade
Temporalidade
200
Referência textual
Partículas conectivas do texto
Discurso direto e indireto
Elementos composicionais do gênero
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem
Ortografia
Concordância verbal/nominal
ORALIDADE
Conteúdo temático
Finalidade
Aceitabilidade do texto
Informatividade
Papel do locutor e interlocutor
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporais e
gestuais, pausas ...
Adequação do discurso ao gênero
Turnos de fala
Variações linguísticas
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc).
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
201
A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena
os quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.
4 – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Considerando as diversidades culturais, o número de alunos em sala, e as
diferenças de qualquer aluno que apresente dificuldades de aprendizagem, seja por
causas endógenas, exógenas, temporárias ou permanentes, além de tempo, materiais
disponíveis e ambiente físico, os educandos serão envolvidos em tarefas diversificadas
que exijam negociação de significados. Poderá ser privilegiada uma ou mais práticas
discursivas (leitura, oralidade e escrita) estando todas integradas à concepção que norteia
as DCE de L.E.M., levando em conta que o aluno é parte integrante do processo e que
deve ser considerado como agente ativo da aprendizagem.
O desenvolvimento do estudo de L.E.M. se dará por meio de estudos de
textos diversos, trabalhos individuais e em grupo, uso de dicionários e pesquisas em
diversas fontes, inclusive Internet. Serão trabalhadas atividades com músicas para
melhorar a audição e memorização possibilitando interação com a L.E.M. no que se refere
às diversas maneiras de se expressar e de ver o mundo, explorando as marcas
linguísticas típicas da oralidade em seus diferentes usos.
Na leitura espera-se que o professor: propicie práticas de leitura de textos de
diferentes gêneros; considere os conhecimentos prévios dos alunos; formule
questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; encaminhe discussões sobre:
tema, intenções, intertextualidade; contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores,
finalidade, época; utilize textos não-verbais diversos que dialoguem com não-verbais,
como: gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros; relacione o tema com o contexto atual;
oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; instigue a identificação e
reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido
conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; estimule
leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros;
incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência
entre as partes e elementos do texto.
202
Na escrita pretende-se planejar e produzir textos a partir da delimitação do
tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; estimular a ampliação de leituras sobre o
tema e o gênero proposto; acompanhar a produção do texto; encaminhar e acompanhar a
re-escrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõe o
gênero; analisar se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade
temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; conduzir a
uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
Na oralidade espera-se que o professor: organize apresentações de textos
produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade,
situacionalidade e finalidade do texto; oriente sobre o contexto social de uso do gênero
oral selecionado; prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal; selecione discursos de outros para análise dos
recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, etc. E proponha reflexões sobre os
argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;
A presente proposta também contempla a inclusão da temática “História e
Cultura Afro-Brasileira e Indígena” nos conteúdos a serem trabalhados, dada a
importância que a mesma traz para a construção de um Estado Democrático de Direito,
de acordo com o que dispõe a Constituição da República Federativa do Brasil e a
obrigatoriedade de seu ensino, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, bem como a
Deliberação Estadual 04/06.
Os recursos didáticos e tecnológicos para a realização das atividades da
prática da leitura, da oralidade, da escrita serão: livros e revistas, fitas de vídeo, DVDs,
CDs, TV Multimídia, cartazes, desenhos, recortes, letras de músicas, e cópias de
atividades diversas.
5 – AVALIAÇÃO
As avaliações ocorrerão nas modalidades formal e não-formal, subdivididas em
pelo menos três aferições durante cada bimestre. Mediante o uso de diferentes
instrumentos e critérios de avaliação, interação entre alunos e entre o professor em
diferentes experiências e suficientemente flexíveis para contemplar as diferenças
203
temporárias ou permanentes de cada aluno. Considerando a diversidade da sala de aula
o processo avaliativo visa não somente medir o conhecimento, mas também a reflexão
sobre o próprio trabalho pedagógico de modo a encaminhar tanto educando quanto
docente a um estágio de superação e enriquecimento do saber, cumprindo assim a
função reflexiva da avaliação.
O esforço do aluno precisa ser reconhecido através do seu desempenho e
aplicação do que aprendeu. Os conteúdos e notas serão recuperados durante o processo
pedagógico, de acordo com as necessidades percebidas pelo professor.
A nota será a somatória dos valores atribuídos em cada instrumento de
avaliação sendo aplicadas, no mínimo três avaliações bimestrais além de atividades de
recuperação, conforme regimento interno da escola, cujo conteúdo explicita que deverão
ser ofertadas aos alunos diferentes modalidades de avaliação, sendo uma nota 6,0
resultante de duas avaliações de valor 30 cada uma e outra de valor 4,0 referente a
atividades diversificadas, totalizando nota final de 10,0( dez).
No regimento consta em parágrafo único que a avaliação escolar deverá ser
feita por instrumentos diversificados tais como: provas, debates, testes orais e escritos,
tarefas específicas (oralidade, leitura, auditivas e escritas), trabalhos práticos, pesquisas,
participação em trabalhos coletivos e individuais, apresentação de trabalho.
A recuperação será bimestral e proporcionada a todos alunos que não
atingirem a nota integral, sendo por revisão dos conteúdos sobre os quais serão
oportunizadas atividades de recuperação no valor de 4,0(quatro) pontos, somada com
avaliação de recuperação no valor de 6,0 (seis) pontos, totalizando uma soma de 10,0
(dez) pontos. A nota bimestral deverá ser substituída quando o resultado obtido na
recuperação for superior àquele atribuído no bimestre.
Sendo a avaliação um dos aspectos fundamentais de um plano pedagógico,
é preciso que a forma de avaliar seja dinâmica, justa, criativa e coerente com a Proposta
Pedagógica, tendo envolvimento dos professores, alunos, equipe pedagógica, e os
responsáveis legais pelos alunos, todos com o objetivo, inclusive o próprio aluno, da
qualidade no ensino.
204
Para que se efetive essa proposta avaliativa lançar-se-á mão, como já foi
mencionado, de diferentes instrumentos e critérios de avaliação, conforme segue:
Atividades de leitura compreensiva de
textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno:
compreende as ideias presentes no texto; interage com o texto por meio de
questionamentos, concordância ou discordâncias; fala sobre o texto, expressa suas ideais
com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada; estabelece relações entre
o texto e o conteúdo abordado em sala.
Projeto de pesquisa Bibliográfica: Ao
fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: apresenta em
seu texto os seguintes passos: 1. Contextualização – introdução ao tema; 2. Problema -
questões levantadas sobre o tema; 3. Justificativa argumentando sobre a importância da
pesquisa 4. Consulta bibliográfica - texto produzido pelo aluno a partir das leituras que
fez, através de paráfrases, citações referenciando adequadamente. 5. Referência – cita
as fontes pesquisadas.
Produção de textos: Ao fazer uso deste
instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: atende as três etapas
articuladas da prática escrita como: planeja o que será produzido, faz a escrita da primeira
versão sobre a proposta apresentada a partir daí, revisa, reestrutura e reescreve o texto
na perspectiva da intencionalidade definida. A partir disso, o professor observará se o
aluno: produz o texto atendendo as circunstâncias de produção (gênero, interlocutor,
finalidades, etc.); expressa as idéias com clareza (coerência e coesão); adequa a
linguagem às exigências do contexto de produção, dando diferentes graus de formalidade
ou informalidade, atende os termos de léxico, de estrutura; elabora argumentos
consistentes; respeita o tema; estabelece relações entre as partes do texto e estabelece
relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
Palestra/apresentação Oral: Ao fazer
uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: demonstra
conhecimento do conteúdo; apresenta argumentos selecionados; adequa a linguagem;
205
apresenta sequência lógica e clareza na exposição oral e se usa os recursos
adequadamente.
Relatório: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar
se o aluno atende aos seguintes tópicos:
1. Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho (atividade)
que deu origem ao relatório, apontando quais são (foram) os objetivos desta atividade,
bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos construídos.
2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente
se deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição suscinta, não
pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito do
que se está falando, ou para que o leitor faça uma reflexão que permita o aprimoramento
da atividade.
3. Análise:. consta os elementos e situações interessantes que tenham
acontecido. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade,
os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram origem à atividade em
questão.
4. Considerações Finais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica,
confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item importante, pois
vai possibilitar que o aluno faça a apreciação sobre o trabalho(atividade) realizado, seus
objetivos, a aprendizagem alcançada.
Seminário: Ao fazer uso deste
instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: apresenta os argumentos com
consistência; compreende o conteúdo abordado, faz adequação da linguagem, faz uso e
referencia as fontes de pesquisa com pertinência, traz relatos para o enriquecimento da
apresentação, adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que
assiste a apresentação.
Debate: Ao fazer uso deste
instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: aceita a lógica da
confrontação de posições; está disposto e aberto a ultrapassar os limites das suas
posições pessoais; explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a
posição e admite o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação; faz uso
206
adequado da língua portuguesa em situações formais; apresenta o conhecimento sobre o
conteúdo da disciplina envolvido no debate, demonstra compreensão do assunto
específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina.
Atividades com textos literários: Ao
fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: compreende e
interpreta a linguagem utilizada no texto; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas
aulas com o texto literário lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto
literário.
Atividades a partir de recursos
Audiovisuais: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o
aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema
discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos
expressivos específicos daquele recurso.
Trabalho de grupo: Ao fazer uso deste
instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: demonstra conhecimentos
formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na
sala de aula ou em espaços diferenciados; compreende a origem da construção histórica
dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade.
Questões discursivas: Ao fazer uso
deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: demonstra
compreensão do enunciado da questão; comunica por escrito, com clareza utilizando-se
da norma padrão da Língua Portuguesa, sistematiza o conhecimento de forma adequada.
Questões objetivas: Ao fazer uso deste
instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: realiza leitura compreensiva
do enunciado; demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; é capaz
de utilizar os conhecimentos adquiridos e principalmente a fixação do conteúdo.
Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma perma-
nente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Esta será organizada com
207
atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados
e os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o
processo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento.
A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena
os quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.
208
6 – REFERÊNCIAS:
ALMEIDA FILHO, José Carlos Paes de. O Professor de Língua Estrangeira
em Formação. Campinas: Pontes Editores, 2005.
BAKHTIN, M. (Volochinov). “Os gêneros do discurso”. in: Estética da criação
verbal. São Paulo: Martins Fontes, p.279-326, 2000.
BRASIL, Lei Nº 11.645, de 10 Março de 2008 .
_________. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei
de
________. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003.
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez,
1995.
OLIVEIRA E PAIVA, Vera Lúcia Menezes de (org.). Ensino de Língua Inglesa
– reflexões e experiências . Campinas: Pontes Editores, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – Seed. Diretrizes curriculares
de Língua Estrangeira Moderna para a educação básica. Curitiba: SEED, 2008.
________. Grupo de Estudo de 2008. Disponível em
http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE
2008.pdf?PHPSESSID=2010080411160589 acesso em 04/08/2010.
PROPOSTA POLÍTICO-PEDAGÓGICA DO COLÉGIO ESTADUAL ADAUCTO
DA SILVA ROCHA – EFM, 2010.
REGIMENTO ESCOLAR DO COLÉGIO ESTADUAL ADAUCTO DA SILVA
ROCHA – EFM, 2009.
209
DISCIPLINA DE FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA
A disciplina de Filosofia no ensino médio esteve oficialmente fora dos currículos
escolares de educação básica desde 1971 quando em plena ditadura militar, no governo
do general Emílio Garrastazu Médici, a Lei 5692/71 substituiu essa disciplina por outras
que interessavam o sistema vigente; nesta substituição se pretendia a formação de
cidadãos não questionadores, ou seja, cidadãos meramente repetidores da ideologia
oficial.
O fim do regime de ditadura no Brasil e o clima de abertura política e
redemocratização que embalou o povo brasileiro na década de 1980 não conseguiu
reconduzir a disciplina de Filosofia à grade curricular de nível básico, apesar da
compreensão por parte da maioria dos intelectuais, de que na reconstrução da
democracia era necessária uma reforma educacional. Segundo Maria Lúcia de Arruda
Aranha e Maria Helena Pires Martins, “(A Filosofia)”. É importante para a formação
integral de todos os alunos. Porque, ao estimular a elaboração do pensamento abstrato, a
filosofia ajuda a promover a passagem do mundo infantil ao mundo adulto. Se a condição
do amadurecimento esta na conquista da autonomia no pensar e no agir, muitos adultos
permanecem infantilizados quando não exercitam desde cedo o olhar crítico sobre si
mesmo e sobre o mundo. (ARANHA,2002, pg 01)
A discussão sobre a contribuição que a Filosofia podia dar à construção do
Brasil do século XXI começa oficialmente em 1997 quando o deputado federal Roque
Zimmerman propôs pela primeira vez um projeto de lei no sentido da sua obrigatoriedade,
proposta que estranhamente foi vetada em 2001, pelo então presidente Fernando
Henrique Cardoso. Aos governantes parecia cômodo “silenciar a crítica dos pensadores,
a fim de garantir a obediência passiva dos cidadãos”. Em 2003 o senador Ribamar Alves
reapresentou o projeto, com algumas alterações, ao Congresso nacional, como medida
paliativa, o CNE publicou em 2006 resoluções orientando as redes estaduais de educação
a oferecer Filosofia no ensino médio, enquanto a LDB, no art. 36, determina que, no final
do Ensino Médio, o estudante deverá “dominar os conhecimentos de filosofia (...)
necessários ao exercício da cidadania”, na pratica, no entanto, a filosofia é tratada como
tema transversal retirando-lhe o caráter de disciplina.
Uma luz no fim do túnel parece reconduzir a filosofia ao espaço que nunca
210
deveria ter perdido, e hoje vemos a falência dos valores éticos que o ensino tecnicista não
conseguiu garantir, a sociedade clama por uma reestruturação educacional que dê conta
de resgatar tais valores e eis que surge de um ostracismo de 37 anos, a Filosofia como
disciplina obrigatória para todas as séries do Ensino Médio; no dia 02 de Junho de 2008 o
presidente em exercício, José Alencar, sancionou a lei 11684, que alterou o inciso III do
parágrafo 1º do artigo 36 da LDB, e inseriu a construção da diretriz que propõe o ensino
baseado nos conteúdos estruturantes. Onde se lia antes que, ao final do ensino médio, o
aluno deveria demonstrar “domínio dos conhecimentos de filosofia (...) necessários ao
exercício da cidadania”, agora se lê “IV – serão incluídas a Filosofia e a (...) como
disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino médio.” Conferindo obrigatoriedade
legal àquilo que o CNE apenas regulamentava em caráter de parecer. Entendemos ser
esta uma grande conquista para a educação brasileira que precisa urgentemente ser
repensada para atender as lacunas que se verifica na formação humana. A Filosofia
contribuirá decisivamente neste resgate, pois qualquer que seja a atividade profissional
futura ou projeto de vida, enquanto pessoa e cidadão, o aluno precisa da reflexão
filosófica para o alargamento da consciência crítica, para o exercício da capacidade
humana de se interrogar e para a participação mais ativa na comunidade em que vive,
além de um posicionamento fundamentado, diante dos novos problemas que o mundo
tecnológico apresenta. É necessário dar a reflexão ética a mesma velocidade que as
transformações cientificas impuseram a humanidade, também considerar os problemas
da convivência e tolerância imposta por um mundo globalizado que aproxima diferenças e
integra diversidades.
O grande desafio da disciplina de Filosofia é superar as eventuais
dificuldades deste momento de transição, como carência de material didático e
dificuldades na formação acadêmica e recuperar 37 anos de descaso e abandono
oferecendo ao sistema educacional um filosofar de qualidade, pois, “Quando uma
civilização atinge seu auge sem coordená-la com uma filosofia, difunde-se por toda a
comunidade períodos de decadência e monotonia, seguidos pela estagnação de todos os
esforços”. O caráter de uma civilização é enormemente influenciado por sua concepção
geral da vida e da realidade.
O ensino de filosofia em nível médio deve oportunizar ao educando
fundamentação teórica para reflexão critica sobre os grandes temas que inquietam a
humanidade e proporcionando a apropriação de conceitos que fundamentam a sua leitura
de mundo como sujeito e agente de transformação.
211
CONTEÚDOS EDUCAÇÃO BÁSICA
1º série
Conteúdos Estruturantes:
- Mito e Filosofia
- Teoria do Conhecimento
Conteúdos básicos:
- Saber Mítico
- Saber Filosófico
- A Mitologia e o aparecimento da Filosofia
- Nascimento da Filosofia
- Atualidade do Mito
- O que é Filosofia
Conteúdos básicos:
- Possibilidade do conhecimento
- As formas do conhecimento
- O problema da verdade
− A questão do método
− Conhecimento e Lógica
2º Série
Conteúdos Estruturantes:
- Mito e Filosofia
- Teoria do Conhecimento
- Ética
212
Conteúdos Básicos:
- Saber Mítico
- Saber Filosófico
- A Mitologia e o aparecimento da Filosofia
- Nascimento da filosofia
- atualidade do mito
- O que é Filosofia
Possibilidade do Conhecimento
- As formas de conhecer o mundo
- O problema do Conhecimento no período moderno
- A questão do Método
- Conhecimento e lógica
− Pluralidade e ética
− Senso Moral e consciência moral
- Ética e violência
- Razão desejo e vontade
- Liberdade autonomia do sujeito e a necessidades de normas.
3ºsérie
Conteúdos Estruturantes:
- Mito e Filosofia
- Teoria do Conhecimento
- Ética
- Filosofia Política
- Filosofia da Ciência
- Estética
Conteúdos básicos:
- Saber Mítico
213
- Saber Filosófico
- Nascimento da filosofia
- Atualidade do Mito
- O que é Filosofia.
- Possibilidades de Conhecimento
- As formas de Conhecer o mundo
- A questão do Método
- Conhecimento e Lógica
− Pluralidade e Ética
− Senso Moral e Consciência Moral
- Ética e violência
- Relação entre comunidade e poder
- Liberdade e igualdade Política
- Política e Ideologia
- Cidadania formal e participativa
A questão do Método Científico
- Contribuição e limites da ciência
- Ciência e Ética.
- Natureza da Arte
- Categorias Estéticas
- Estética e Sociedade
METODOLOGIA
Diante do desafio de regatar uma proposta de ensino de filosofia para o
Ensino Médio propomos uma abordagem metodológica que proporcione ao educando, ao
mesmo tempo domínio do saber filosófico acumulado na história da humanidade e uma
reflexão sobre os problemas que perpassam sua própria existência. Para tanto
entendemos que se faz necessário abordar a lei 11.645/2008 que contempla a história da
cultura Afro-brasileira e indígena os grandes temas da filosofia numa perspectiva
histórica, primeiro compreendendo os temas em seu tempo para posteriormente
contextualiza-lo; é necessário ir ao texto filosófico ou à história da filosofia sem, contudo
tratar os conteúdos como a única preocupação do ensino de filosofia.
214
Buscaremos através de atividades de pesquisa, debates e aulas expositiva
com a utilização de variados instrumentos tecnológicos, para, garantir o domínio
conceitual e criar um espaço de experiência filosófica, espaço de provocação do
pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da investigação, da
analise e da re-interpretação dos conceitos bem como elaboração de novos conceitos.
Entendemos que o trabalho do professor é o de propor problematizações, leituras
filosóficas e analise de textos, tomando o cuidado de não interferir na construção de
autonomia de pensamento ao educando. Ao educador é necessário compreender que ele
não esta criando discípulos, mas sim livres pensadores com capacidade argumentativa e
domínio dos pressupostos metodológicos e lógicos.
AVALIAÇÃO
Entendemos a avaliação como um instrumento didático pedagógico com
funções diferenciadas dentro do processo de ensino aprendizagem; ela é diagnóstica
quando fornece subsídio para redirecionar o curso da ação no processo de ensino
aprendizagem e também classificatória quando em função da legislação vigente o
educador necessita quantificar o resultado obtido pelo educando.
Os instrumentos avaliativos devem contemplar a pluralidade de indivíduos.
Para tanto não se deve prender a um único instrumento de avaliação e perceber as
mudanças quantitativas e qualitativas verificadas no educando. Esta diversidade de
instrumentos é representada por seminários, debates, painéis, entre outro, e, conforme
estabelecido no projeto político pedagógico da escola, corresponderá a um percentual de
avaliação formal, avaliação escrita bimestral e outro percentual através de trabalhos de
pesquisa, seminários, debates, relatórios, murais etc. sendo que todos os critérios
avaliativos devem estar claros ao educando no inicio de cada período bimestral.
215
BIBLIOGRAFIA
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando, introdução a Filosofia. 2ª
Edição SP. ed Moderna, 1993.
CHAUÍ, M. 2000. Convite à filosofia. São Paulo, Ática.
CERLETTI, Alejandro; Kohan, Walter Omar. A filosofia no ensino médio.
Brasília: UnB, 1999.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. Editora Saraiva, 1996.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - Filosofia,
Curitiba, 2009.
FILOSOFIA Ed. SEED PR, vários autores, 2006.
HORN Geraldo Balduino (org). Textos filosóficos em dicussão(I): Platão,
Maquiavel, Descartes e Sartre Editora Elenco, Curitiba, 2006.
MODIM, Battista, Introdução à Filosofia, 2ª Edição Edições Paulinas São
Paulo, 1980.
216
DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA
“A sociologia é uma forma de saber
científico. Como qualquer ciência, ela não é fruto do mero acaso, mas responde às
necessidades do seu tempo. Compreender o contexto no qual a sociologia nasceu é fator
fundamental para se entender as suas características atuais”.
(Carlos Eduardo Sell)
Desde a sua constituição como conhecimento sistematizado, a sociologia
tem contribuído para ampliar o conhecimento dos homens sobre sua própria condição de
vida e, fundamentalmente, para análise das sociedades, ao compor, consolidar e alargar
um saber especializado, pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos
problemas da vida social.
A Sociologia e as demais ciências sociais têm sido consideradas produto da
Revolução Industrial e intelectual. Surgiram e se desenvolveram em situações históricas
das mais complexas e nas modernas sociedades industriais e de classe.
Essa realidade social que se estabelecia impôs à nova ciência a explicação
dos fenômenos que envolvem o homem como um ser de relações.
Desde seu surgimento, a Sociologia debate-se entre tendências teóricas,
entre perspectivas produzidas e por diferentes visões de sociedade e do mundo.
Estas abordagens do mundo são a leitura da diferenciação interna, das
tenções e contradições que determinam a formação capitalista.
A sociedade contemporânea vive uma profunda restruturação que exige de
todos, cidadãos, governantes e nações, uma revisão completa dos conceitos e
mecanismos de funcionamentos da sociedade.
Nesta sociedade globalizada e competitiva, é necessário desenvolver a
capacidade de entender e projetar o rumo dos acontecimentos. A sociologia como ciência,
procura então, estudar os fatos através da análise dos fenômenos sociais dentro de uma
visão histórica dos acontecimentos.
O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia se fundamenta e
sustenta-se em teorias originárias de diferentes tradições sociológicas, cada uma com seu
217
potencial explicativo. A ciência, dessa forma, pode ser mobilizada para a conservação ou
para a transformação da sociedade, para a melhoria ou para a degradação humana.
Como disciplina escolar, a Sociologia deve acolher essa particularidade - das diferentes
tradições – e, ao mesmo tempo, recusar qualquer espécie de síntese teórica, assim como
encaminhamentos pedagógicos de ocasião, carentes de método e rigor.
Com o conhecimento desta ciência, é possível repensar os padrões as
regularidades que ordenam a vida social, procurando entender os paradoxos deste
mundo atual.
Ressaltasse que, como disciplina acadêmica escolar, a história da
Sociologia não está desvinculada dos fundamentos teóricos e metodológicos que a
constituem como campo científico mais abrangente. É preciso destacar nos teóricos
clássicos suas concepções de sociedade e, também, suas concepções de educação, já
que uma está relacionada à outra e orientam mutuamente campos de ação política e, por
efeito, de ação educacional.
É necessário reconstruir dialeticamente com o aluno do Ensino Médio os
conhecimentos de que ele já dispõe, de maneira que alcance um nível de compreensão
mais elaborado em relação às determinações históricas nas quais se situa e, mais que
isso, na capacidade de intervir e transformar as práticas sociais cristalizadas.
Espera-se que através de conhecimentos sobre a Sociologia o educando
seja levado a construção da cidadania, através de uma postura mais reflexiva e crítica
diante da complexidade do mundo contemporâneo, compreendendo melhor a dinâmica da
sociedade em que vive, assumindo-se como elemento ativo, dotado de força política e
capacidade para transformar o espaço social em que está inserido em um espaço mais
justo e humano.
2. CONTEÚDOS
Serie 1ª
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
O Surgimento da Sociologia e
as Teorias Sociológicas
Formação e consolidação da
sociedade capitalista e o
desenvolvimento do pensamento social;
Teorias sociológicas
218
(clássicas);
Pensamento social brasileiro;
Processo de socialização;
Instituições familiares.
Processo de Socialização e as
Instituições Sociais
Instituições escolares;
Instituições religiosas;
Instituições familiares;
Instituições de reinserção.
Trabalho, Produção e Classes
Sociais
Formação e consolidação da
sociedade capitalista e o
desenvolvimento do pensamento social;
Teorias sociológicas;
O conceito de trabalho e o
trabalho nas diferentes sociedades;
Desigualdades sociais:
estamento, castas e classes sociais;
Organização do trabalho nas
sociedades capitalistas e suas
contradições;
Globalização e o
Neoliberalismo;
Trabalho no Brasil;
Relação de trabalho.
Serie 2ª
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
O Surgimento da Sociologia e
as Teorias Sociológicas
Formação e consolidação da
sociedade capitalista e o
desenvolvimento do pensamento social;
Teorias sociológicas
(clássicas);
219
Pensamento social brasileiro;
Processo de socialização;
Instituições familiares.
Poder, política e ideologia
Formação e desenvolvimento
do Estado Moderno;
Conceitos de poder;
Conceitos de ideologia;
Conceitos de dominação e
legitimidade;
Estado no Brasil;
Democracia, Autoritarismo,
Totalitarismo;
As expressões da violência
nas sociedades contemporâneas.
Direitos, Cidadania e
Movimentos Sociais
Direitos civis, políticos e
sociais;
Direitos humanos;
Conceitos de cidadania;
Movimentos sociais;
Movimentos sociais no Brasil;
Questões ambientais e os
movimentos ambientalistas;
Questão as ONG's.
Serie 3ª
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
O Surgimento da Sociologia e
as Teorias Sociológicas
Formação e consolidação da
sociedade capitalista e o
desenvolvimento do pensamento social;
Teorias sociológicas
(clássicas);
220
Pensamento social brasileiro;
Processo de socialização;
Instituições familiares.
Cultura e Indústria Cultural
O desenvolvimento
antropológico do conceito de cultura e
sua contribuição da análise das
diferentes sociedades;
Diversidade cultural;
Relações de gênero;
Cultura afro-brasileira e
culturas indígenas.
Identidade;
Indústria cultural;
Meios de comunicação de
massa;
Sociedade de consumo;
Indústria cultural no Brasil.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O conhecimento sociológico deve ir além da definição, classificação,
descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social. É tarefa
primordial do conhecimento sociológico explicitar e explicar problemáticas sociais
concretas e contextualizadas, de modo a evitar pré-noções e preconceitos que quase
sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas
direcionadas à transformação social. E para que aconteça esta transformação de forma
efetiva a Sociologia respalda seus estudos e discussões referentes à diversidade étnico-
racial, na Lei nº. 11.645 no que diz a Cultura Afro Brasileira e Indígena. Assim a
Sociologia contribuirá para que a educação aborde a diversidade da nação brasileira e
sua origem, subsidiando a formação para a cidadania por uma sociedade justa e
democrática.
A partir do exposto, trabalharemos com temáticas atuais relacionando-as
221
com o conhecimento científico produzido pela disciplina, através de conteúdos
estruturantes e os conteúdos específicos deles desdobrados que não serão pensados e
trabalhados de maneira autônoma e não, necessariamente, seguindo uma ordem
sequencial.
A disciplina de Sociologia no ensino Médio Integrado propõe a adoção de
múltiplos instrumentos metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos
pretendidos, seja a exposição, a leitura e esclarecimento do significado dos conceitos e
da lógica dos textos ( teóricos, temáticos, literários ) a análise, a discussão, a pesquisa de
campo e bibliográfica, a utilização de recursos audiovisuais e também como recurso o
livro didático público.
O ensino de Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno
como sujeito de seu aprendizado; não importa que o encaminhamento seja a leitura, o
debate, a pesquisa de campo ou a análise de filmes, mas importa que o aluno seja
constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e a
reconstruir coletivamente novos saberes.
4. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
As formas de avaliação em sociologia, devem acompanhar as próprias práticas
de ensino e aprendizagem, ou seja, a reflexão crítica dos debates acompanhados de
textos ou filmes, participação em pesquisas de campo, produção de textos que
demonstrem sua capacidade de articulação entre teoria e prática. Assim sendo, a
avaliação devera ocorrer no dia a dia, pela observação constante do aluno em diferentes
experiências de aprendizagem com atividades de exercícios práticos no caderno, livro,
texto, cruzadinhas, pesquisa escrita, apresentação dos temas elaborados por grupos,
debates e estudo em grupos, entrevistas com profissionais e na comunidade.
Para tanto espera-se que os educandos compreendam o processo histórico de
constituição da Sociologia como ciência bem como as teorias clássicas relacionam-se
com o mundo contemporâneo e que o pensamento sociológico constrói diferentes
conceitos para a compreensão da sociedade e dos indivíduos. Que os conceitos
formulados pelo pensamento sociológico contribui para capacidade de análise e crítica da
realidade social que os cercam. Sendo que as múltiplas formas de se analisar a mesma
222
questão ou fato social refletem a diversidade de interesses existentes na sociedade, e que
os educandos compreendam a organização e a influência das instituições e grupos
sociais em seu processo de socialização e as contradições deste processo, refletindo
sobre suas ações individuais e percebendo que as ações em sociedade são
interdependentes.
223
5. BIBLIOGRAFIA
COMTE, A. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - SOCIOLOGIA,
Curitiba, 2009.
DURKHEIM, E Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
Da divisão social do trabalho. São Paulo: Martins Fontes,
1995.
MARX, K. O capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 1994.
Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
224
DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
1-APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
O Ensino Religioso se encontra na história mundial dentro da história do
catolicismo que representava a proximidade do Império com a Igreja Católica assim
tínhamos uma educação de caráter religioso.
No Brasil colônia a história da disciplina se fundamente na “catequese” que se
manteve até a Constituição da Republica em 1891, e são vista pelas atividades
evangelizadoras promovidas pela Companhia de Jesus que tinha como objetivo educar o
povo nativo. Enquanto eram catequizados com a doutrina cristã poderiam abandonar suas
próprias crenças assim tornando-se submissos.
Com a Republica houve a separação da Igreja e Estado, teríamos uma
educação religiosa com os princípios de um Estado Laico, um ensino religioso com
neutralidade das informações contida no currículo da disciplina.
Na Era Vargas foi dado um artigo da Constituição para que a disciplina de
Ensino Religioso estivessem no currículo das escolas públicas mas em um caráter
facultativo para os aluno que não fossem da doutrina católica. Mas como essa era uma
incoerência por estar no currículo da formação básica e ser facultativo.
Então a discussão foi longa e sempre na mesma esfera, até o ensino religioso
se tornar aconfessional e público na redação da Lei de diretrizes e Base da Educação
Nacional de 1996 e com a correção de 1997, no artigo 33 que propõe uma prática de
ensino laico e pluralista, impedindo o modelo catequético.
No estado do Paraná sempre disponibilizou recursos de aperfeicionamento dos
profissionais em educação, caderno temático e as leis que regem a disciplina no estado.
Partimos do pressuposto de que a escola, por sua natureza histórica, tem uma
dupla ação: trabalhar com os conhecimentos humanos sistematizados, historicamente
produzidos e acumulados e criar novos conhecimentos.
Os conhecimentos humanos são produtos da experiência individual (senso
225
comum), da ciência, filosofia e teologia.
Todo conhecimento humano, independente da forma como foi produzido, uma
vez elaborado, torna-se patrimônio da humanidade. Como todo conhecimento humano é
sempre patrimônio da humanidade e está disponível à escola. O conhecimento religioso,
por ser um conhecimento humano, deve também estar disponível a todos os que a ele
queiram ter acesso. Contudo, por questões éticas e religiosas, e pela própria natureza da
escola, não é função de sua responsabilidade propor aos alunos a adesão e vivência
desses conhecimentos enquanto princípios de conduta religiosa e confessional, já que
esses conhecimentos são sempre propriedades de uma determinada religião.
A escola é o espaço de construção de conhecimentos, mas principalmente de
socialização dos conhecimentos historicamente Portanto neste contexto, o ensino
religioso, entendido como disciplina da Base Nacional Comum, tem como objetivo de
estudo o fenômeno religioso, e o conhecimento veiculado é o entendimento dos
fundamentos desse fenômeno que o educando constata a partir do convívio social.
No contexto atual as DCEs abordam a necessária discussão em torno dos
modelos de ensino-aprendizagem e do processo de escolarização em frente as
demandas sociais contemporâneas que exigem a compreensão das diversidades culturais
e religiosas de cada povo. E também de forma mais restrita no interior de algumas
comunidades. Enquanto o homem conhece o seu meio, ele terá um um a interação
consciente e respeitará seus pares.
Assim os objetivos são :
- Conhecer a formação da ideia do transcendente na evolução da estrutura
religiosa, percebendo-a como ideia orientadora e referente para a vida;
- Conhecer o sentido da vida sustentado pelas crenças, doutrinas, normas e
métodos de relacionamento com os outros, com o mundo o consigo mesmo;
- Construir seu conhecimento sobre o fenômeno religioso, na relação culturas e
tradições religiosas;
- Respeitar as diferenças regionais, estabelecer a unidade do trabalho na
diversidade de experiências;
- Compreender o conhecimento da evolução da estrutura religiosa no decorrer
dos tempos, assim como das ideologias religiosas que perpassam as redações dos textos
sagrados e dos textos orais e aquilo que determina a verdade sobre o transcendente para
226
um grupo.
2-CONTEÚDOS DE ENSINO RELIGIOSO POR SÉRIE/ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Paisagem Religiosa, Universo Simbólico Religioso, Texto sagrado.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
5ª SÉRIE
-Organizações Religiosas;
- Lugares Sagrados;
- Textos Sagrados Orais ou Escritos;
- Símbolos Religiosos.
6ª SÉRIE
-Temporalidade Sagrada;
-Ritos;
-Festas Religiosas;
- Vida e Morte.
3-METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
A metodologia aplicada será através de aulas expositivas, partindo da prática
social dos alunos através de conversação didática, leituras de textos, debates, pesquisas;
Considerações dos conhecimentos prévios dos alunos;
Relatos de experiências significativas, relacionadas ao assunto lido; Leitura e
análise de textos variados sobre o tema proposto; Formulação de questionamentos;
Socialização de ideias entre os alunos mantendo a participação ativa deles.
A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena os
quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.
4-CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
A avaliação será feita em todos os empreendimentos humanos passando por
todas as dimensões: sociais, políticas, econômicas, religiosas, ideológicas, dentre outras.
Portanto a avaliação deve ser diagnóstica, contínua, sistemática e cumulativa, parte
integrante e intrínseca ao processo educativo, com a função de alimentar, sustentar e
227
orientar a intervenção pedagógica. Buscando identificar em que medida os conteúdos
contribuíram para a compreensão das manifestações do sagrado. Sempre analisando e
debatendo “o Sagrado” na perspectiva Laica , desenvolvendo a cultura do respeito à
diversidade religiosa e cultural, sabendo que a religião é uma parte da identidade de cada
povo.
Segundo as Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, o aluno pode se
formar sujeito que constroem sentido para o mundo, analisando criticamente o contexto
social e histórico, isso os tornam cidadãos capazes de interagir com o meio.
Ainda na LDB e no PPP a disciplina de ensino religioso não é objeto de
retenção por isso ela é facultativa e não deve haver registro de nota.
228
5-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Currículo Básico para a escola pública do Estado do Paraná – Curitiba –
1990;
ELAIDE, Mircea, O Sagrado e o Profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
SEED- Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso. Curitiba, 2009.
FIGUEIREDO, Anísia de Paulo. Ensino Religioso: Perspectivas Pedagógicas.
Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
LDB – Lei Diretrizes e Bases da Educação, 9394/96.
MARTELLI, Stefano. A religião na sociedade pós-moderna: entre
secularização e dessecularizaçao. São Paulo: Paulinas, 1995.
OLENIKI, Marilac Loraine R. Encantar: uma prática no ensino religioso /
Marilac Loraine R. Olenniki, Viviane Mayer Daldegan. - Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.
REVISTA DE EDUCAÇÃO – AEC. Ano 22 – nº 88 – Julho/Setembro de 1993.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – CADERNO PEDAGÓGICO DE
ENSINO RELIGIOSO, O Sagrado no Ensino Religioso, Curitiba, 2008.
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