SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL GASPAR DUTRA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
2012SUMÁRIO
I – INTRODUÇÃO....................................................................................................................41.1 Identificação do estabelecimento de ensino......................................................................5
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO1.2 Níveis e modalidades de ensino da Educação Básica......................................................61.3 Histórico do estabelecimento de ensino ...........................................................................9II – DIAGNÓSTICO................................................................................................................132.1 Recursos físicos...............................................................................................................132.2 Recursos materiais..........................................................................................................142.3 Recursos financeiros........................................................................................................152.4 Recursos humanos..........................................................................................................152.4.1 Perfil da Direção............................................................................................................152.4.2 Perfil dos Funcionários..................................................................................................162.4.3 Perfil da Equipe Pedagógica.........................................................................................162.4.4 Perfil do Corpo Docente................................................................................................162.4.4.1 Organização da hora-atividade..................................................................................172.5 Organograma...................................................................................................................182.6 Aspectos educacionais....................................................................................................202.7 Caracterização sócio-econômica-cultural da comunidade escolar.................................212.8 IDEB................................................................................................................................242.9 ENEM..............................................................................................................................25III – FUNDAMENTAÇÃO.......................................................................................................263.1 Concepção de Sociedade................................................................................................263.2 Concepção de Conhecimento..........................................................................................273.3 Concepção de Educação/Escola.....................................................................................283.4 Concepção de Homem....................................................................................................303.5 Concepção de Infância e Adolescência articulada à concepção de ensino-aprendizagem.........................................................................................................................303.6 Concepção de alfabetização e letramento......................................................................393.7 Concepção de ensino/aprendizagem..............................................................................403.8 Concepção de avaliação..................................................................................................413.9 Princípios de igualdade-qualidade-autonomia.................................................................43IV – PROPOSIÇÃO DE AÇÕES............................................................................................444.1 Estágio não-obrigatório....................................................................................................444.2 Desafios Educacionais Contemporâneos e Diversidade Cultural...................................464.3 Educação Ambiental........................................................................................................464.4 História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena...................................................................484.5 Enfrentamento à violência na escola...............................................................................494.6 História do Paraná...........................................................................................................504.7 Educandos com necessidades educacionais especiais..................................................514.8 Sala de recursos..............................................................................................................524.9 Inclusão. ..........................................................................................................................524.10 Gênero e Diversidade Cultural.......................................................................................534.11 Prevenção ao Uso de Drogas........................................................................................544.12 Plano de ação................................................................................................................554.13 Gestão democrática e instrumentos de ação colegiada................................................564.13.1 APMF..........................................................................................................................574.13.2 Conselho Escolar........................................................................................................584.13.3 Grêmio Estudantil........................................................................................................594.13.4 Conselho de Classe....................................................................................................604.13.5 Representante de turma.............................................................................................644.13.6 Professor conselheiro de classe.................................................................................644.14 Valorização profissional.................................................................................................65
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO4.14.1 Projetos PDEs.............................................................................................................664.14.2 Profunionário...............................................................................................................684.15 Currículo.........................................................................................................................684.16 Sala de Apoio.................................................................................................................694.17 Contrato Pedagógico.....................................................................................................704.18 Avaliação........................................................................................................................714.19 Programa de Complementação Curricular....................................................................734.20 Hora treinamento...........................................................................................................744.21 Jogos escolares.............................................................................................................754.22 Olimpíadas de conhecimento........................................................................................764.23 Gincana .........................................................................................................................764.24 Excursões.......................................................................................................................774.25 Programa Cultivando Água Boa....................................................................................774.26 Semana da Pátria..........................................................................................................784.27 Formaturas – Ensino Fundamental e Médio..................................................................78V – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS . ................................................................................79
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
I - INTRODUÇÃO
A proposta pedagógica aqui sistematizada traduz o trabalho coletivo dos
profissionais compromissados com a educação. Ela apresenta, nesse momento, o projeto
político pedagógico possível e expressa a preocupação e o compromisso dos educadores
com a melhoria do ensino no sentido de responder às necessidades sociais e históricas,
que caracterizam a sociedade brasileira de hoje.
Esta proposta tem a finalidade de apresentar as linhas norteadoras da ação
pedagógica do Colégio Estadual Marechal Gaspar Dutra – Ensino Fundamental e Médio,
no Município de Nova Santa Rosa, estado do Paraná.
Uma análise da conjuntura mundial e brasileira revela a necessidade de
construção de uma educação básica voltada para a cidadania. Isso não se resolve apenas
garantindo a oferta de vagas, mas sim se oferecendo um ensino de qualidade, ministrado
por professores capazes de incorporar ao seu trabalho os avanços das pesquisas nas
diferentes áreas de conhecimento e de estar atentos às dinâmicas sociais e suas
implicações no âmbito escolar.
Entendemos que uma proposta política pedagógica é o centro do processo
escolar tanto no sentido sociológico como no filosófico, pois não há processo que se efetive
sem um projeto social condutor (um futuro desejável para a sociedade), mesmo quando
não há clareza disso, mesmo quando o neguem, estarão educando ou ajudando a educar-
se, dentro de uma concepção de homem e sociedade. É o dever do que precisa ser
indicado como meta, pois todo e qualquer esforço educacional deve propor um futuro
humano explicito, a fim de que a proposta oriente todo o trabalho a ser realizado.
O marco inicial dos estudos se dá através da LDB n.º 9.394/96, que aponta o
caminho político para o novo ensino brasileiro e prevê no seu art. 12, inciso I, que “os
estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de
ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”.
Sustentando esse preceito legal a escola assume, como uma das suas principais tarefas, o
trabalho de refletir sobre a sua intencionalidade educativa. Amparando seu trabalho nas
Diretrizes Curriculares Estaduais, respeitando o que prevê o Regimento Escolar e
atendendo à construção coletiva, exposta neste documento, todas as ações educativas,
devem primar pelos objetivos de formação cidadã de nossos educandos, na tentativa de
contribuir para a construção de um mundo melhor.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOA proposta de reformulação curricular foi retomada pela SEED, a respeito da
necessidade de constante atualização em todas as áreas do conhecimento, adotando
algumas referências para o processo de discussão, cujo envolvimento coletivo de todos na
escola é primordial.
A partir da reflexão e da realização de uma pesquisa junto à comunidade escolar
aprofundou-se o debate da reformulação, onde professores, equipe pedagógica, alunos e
pais passaram a estudar suas características econômicas, sociais, culturais, políticas e as
perspectivas de mudança da realidade na qual estão inseridos, criando assim uma
identidade e um conjunto orientador de princípios e de normas que iluminem a ação
pedagógica cotidiana.
Para dar encaminhamento a estas ações desenvolvemos uma proposta
metodológica e de avaliação para atender o Projeto na sua totalidade, considerando o
processo de ensino – aprendizagem.
Os fundamentos estabelecidos nesse projeto serão os indicadores para a
intervenção pedagógica praticada no Col. Est. Mal. Gaspar Dutra. Com eles, busca-se
responder às exigências da sociedade que se caracteriza pelo dinamismo de suas
transformações em todos os níveis: o social, o político, o tecnológico e o ético. Criar
melhores condições para ajudar na formação de um cidadão consciente, crítico e feliz, é a
grande tarefa educativa que perseguimos.
1.1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
DENOMINAÇÃO:
Colégio Estadual Marechal Gaspar Dutra - Ensino Fundamental e Médio.
SITE: www.nsrgaspardutra.seed.pr.gov.br
E-MAIL: [email protected]
ENDEREÇO:
Avenida Tucunduva , 1200
Nova Santa Rosa – Paraná
CEP: 85.930-000
Fone/Fax: (45)3253-1180
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO(45)3253-1385
(45)3253-2694
ENTIDADE MANTENEDORA:
Governo do Estado do Paraná - Secretaria de Estado da Educação
Endereço: Palácio do Iguaçu - Centro Cívico – Curitiba – Paraná
1.2. NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Ensino Fundamental Regular
Ensino Médio Regular
Educação Especial
TURNOS DE FUNCIONAMENTO
MATUTINO: 6o a 9o ano – Ensino Fundamental
1ª a 3ª séries – Ensino Médio
VESPERTINO: 6º a 9º ano – Ensino Fundamental
1ª a 3ª séries – Ensino Médio
NOTURNO: 9º ano – Ensino Fundamental
1ª a 3ª séries – Ensino Médio
REGIME DE FUNCIONAMENTO DO CURSO/CURRÍCULO
Sistema: Seriado anual - Ensino Fundamental e Médio
ENSINO MÉDIO – 1º AO 3º ANO
MATUTINO, VESPERTINO E NOTURNO
MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO REGULAR DE 1ª A 3ª
SÉRIE6
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
NRE: TOLEDO MUNICÍPIO: NOVA SANTA ROSAESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Mal. Gaspar Dutra – Ens. Fundamental e
Médio
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná CURSO: – Ensino Médio 1/3 séries TURNO: Matutino/Vespertino/Noturno
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 Semanas
BASE
NACIONAL
COMUM
1ª série 2ª série 3ª sérieArte 02 02 -Biologia 02 02 03Educação Física 02 02 02Filosofia - 02 -Física 02 03 02Geografia 02 02 02História 02 02 02Língua Portuguesa 04 04 04Matemática 04 04 04Química 03 02 02Sociologia - - 02SUB-TOTAL 23 25 23
PARTE
DIVERSIFICAD
A
LEM - Inglês 02 - 02
SUB-TOTAL - 02 02
TOTAL GERAL 25 25 25
ENSINO FUNDAMENTAL – 6º AO 9º ANO
MATUTINO E VESPERTINO
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
NRE: 27 - TOLEDO MUNICÍPIO: 1740 – NOVA SANTA ROSA ESTABELECIMENTO: 00018 – COLEGIO ESTADUAL MARECHAL GASPAR DUTRA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ENDEREÇO: AV. TUCUNDUVA, 1200 TELEFONE: (45) 3253-1180 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ano
TURNO: MANHÃ/TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS / ANOS
6º 7º 8º 9º
Arte 2 2 2 2 Ciências 3 3 4 4 Educação Física 3 3 3 3 Ensino Religioso * 1 1 - - Geografia 3 3 3 3 História 3 3 3 3 Língua Portuguesa 4 4 4 4 Matemática 4 4 4 4 Subtotal 23 23 23 23
PARTE DIVERSIFI-
CADA
L.E.M. – Inglês
2
2
2 2
Subtotal 2 2 2 2
Total Geral 25 25 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa.
NOTURNO
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
NRE: 27 - TOLEDO MUNICÍPIO: 1740 – NOVA SANTA ROSA
ESTABELECIMENTO: 00018 - COLEGIO ESTADUAL MARECHAL GASPAR DUTRA -ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ENDEREÇO: AV. TUCUNDUVA, 1200
TELEFONE: (45) 32531180
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ano
TURNO: NOITE MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS / ANOS
6º 7º 8º 9º
Arte 2 2 2 2 Ciências 3 3 4 4 Educação Física 3 3 3 3 Ensino Religioso * 1 1 - - Geografia 3 3 3 3 História 3 3 3 3 Língua Portuguesa 4 4 4 4 Matemática 4 4 4 4 Subtotal 23 23 23 23
PARTE DIVERSIFI-
CADA
L.E.M. – Inglês
2
2
2 2
Subtotal 2 2 2 2
Total Geral 26 26 25 25 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa.
OFERTA DO CELEM – ESPANHOL E ALEMÃO
Turnos: ESPANHOL - Vespertino e Intermediário
ALEMÃO - Intermediário e Noturno
1.3. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
Com a chegada dos pioneiros em Nova Santa Rosa houve a necessidade da
criação de uma Escola, então no dia 27 de junho de 1956 foi criado o Grupo Escolar Mal.
Eurico Gaspar Dutra, sem sede própria funcionava numa das salas do Hotel Santa Rosa.
A construção das primeiras acomodações da Escola foi iniciada em 1958 com
duas salas de aula. A inauguração oficial se deu em 1961, com sede própria à rua
Tuparandi.
A demanda escolar aumenta progressivamente havendo necessidade de
ampliação na Escola e conseqüentemente aumenta o quadro de professores.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOCom o passar do tempo muitas melhorias aconteceram na Escola, todas
realizadas pela Comunidade Escolar e apoiadas pela Prefeitura de Toledo do qual nosso
município era distrito.
Em 1975 inicia-se a construção de um novo prédio de Alvenaria – Convênio
FUNDEPAR X PREFEITURA com 4 salas de aula e dependências administrativas com
novo endereço e agora definitivo , Av. Tucunduva, 1.200; o qual foi inaugurado em 1976.
Na data de 1976 passa a ser oficialmente reconhecida a emancipação política
do município de Nova Santa Rosa.
Pela Portaria n.º 125/79 fica autorizada em caráter precário o funcionamento da
Escola Mal. Gaspar Dutra – Ensino de 1º Grau e em 1980 aprovado o Plano de
Implantação do Ensino de 1º Grau, parecer n.º 242/80.
Pela Resolução Conjunta n.º 41/81 fica criada a Escola Marechal Gaspar Dutra –
Ensino de 1º Grau, mantida pelo Estado do Paraná – classificada como Escola de Médio
porte.
Reconhecido o curso de 1º Grau Regular através da Resolução n.º 3.349/82,
forma-se a 1ª turma do 1º Grau neste ano.
A Escola Marechal Gaspar Dutra – Ensino de 1º Grau passa a denominar-se
ESCOLA ESTADUAL GASPAR DUTRA – ENSINO DE 1º GRAU, Resolução n.º 1.090/83.
A partir daí a demanda foi aumentando havendo a necessidade de ampliação e
a Escola foi recebendo novas salas de aula.
Havia no Município uma escola de 2º Grau profissionalizante tendo como
entidade Mantenedora a CNEC (Campanha Nacional de Escolas da Comunidade)
funcionando no período noturno, mas a Escola não era pública e gratuita. A exigência da
clientela que gostaria de continuar estudando e que não poderiam se manter no Ensino
privado, fez com que houvesse a necessidade da implantação do Curso de 2º Grau nesse
Colégio.
Em 1989 inicia-se o processo de Implantação do Curso de Educação Geral o
qual foi aprovado pelo Parecer n.º 143/90.
A partir daí a Escola passa a denominar-se COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL
GASPAR DUTRA – ENSINO DE 1º E 2º GRAUS.
De lá para cá muitas melhorias aconteceram no Colégio: Construção de novas
salas de aula ao todo agora são 12 salas; Sala de vídeo; Biblioteca com acervo apropriado,
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOLaboratório de física, química e biologia com equipamentos; Quadra esportiva coberta;
Equipamentos tecnológicos, TV, computador, etc.
Em nosso município as políticas de incentivo educacional para jovens e adultos
excluídos da obrigatoriedade em relação à idade/série, tiveram crescimento a partir do ano
de 1998. O início da clientela se deu ao nível de Secretaria Municipal de Educação, com
uma proposta para o Ensino Fundamental 2º segmento em parceria com o PAC (Posto
Avançado do CEAD) do município vizinho de Marechal Cândido Rondon.
O Programa teve um amplo sucesso a nível municipal, abrangendo um número
elevado de jovens e adultos que há muito tempo haviam deixado os bancos escolares e até
de alguns que nunca os haviam freqüentado.
Ao concluírem essa etapa do ensino fundamental, um grande número de alunos,
alguns por necessidade de certificação e outros por projetos de vida, procuraram nossa
escola, por ser a única a ofertar o Ensino Médio, para que a mesma ofertasse o ensino
Médio na modalidade de EJA.
Assim a partir do ano de 2000 nossa escola passou a ofertar mais essa
modalidade de ensino de forma presencial e gradativa a uma clientela preocupada em
resgatar um direito conquistado. Contudo, em 2006, através de políticas públicas estaduais
o ensino da Educação de Jovens e Adultos na modalidade presencial passou por um
processo de cessação, sendo gradativo em nossa Escola, fora substituído pela modalidade
semi-presencial em esfera estadual, a qual passou a ser oferecida em outra instituição de
ensino neste Município, o que tornou inviável a oferta em nossa instituição, devido à
demanda, sendo portanto encerrada a EJA a partir do ano letivo de 2007.
Considerando a nova LDB n.º 9.394/96 nova nomenclatura do Estabelecimento
se faz, passando a denominar-se COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL GASPAR DUTRA –
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
A partir do ano de 2006, este estabelecimento de ensino passou a ofertar a
modalidade de ensino CELEM – Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – nas línguas
Alemã e Espanhola.
O município de Nova Santa Rosa apresenta uma comunidade de
predominância étnica alemã, formada, principalmente, de migrantes do estado do Rio
Grande do Sul e Santa Catarina, um número bem limitado de moradores é de regiões do
Norte brasileiro.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOAlém disso, o município fica no extremo Oeste do Paraná, próximo de Países
vizinhos, como Paraguai e Argentina. Possui contato bastante acentuado com a Língua
Espanhola e Guarani, devido à migração de agricultores para a região de Salto Del Guairá.
Também é sabido que a língua espanhola predomina nos países latinos americanos e é um
canal de comunicação no mundo todo, principalmente, devido ao MERCOSUL. Ambas as
Línguas tiveram muita receptividade na comunidade, além disso, é a conquista de um
sonho, a oferta de um ensino de línguas pelo poder público do Estado do Paraná.
O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas, CELEM, para os alunos de Nova
Santa Rosa tem como objetivo valorizar e reconhecer dois idiomas tão comuns nas
relações de comunicação desta região. O estudo destas duas línguas, a alemã e a
espanhola é um avanço emancipatório, é o reconhecimento de uma identidade lingüística
negada por longos anos pelo ensino público, porque muitos das famílias desses alunos
falam a língua alemã em casa, através da implantação da língua alemã se reconhece a
língua materna de muitos alunos desta comunidade de origem germânica.
Evidenciar a diversidade cultural no mundo através do estudo de uma língua
estrangeira é requisito básico para avançar no conhecimento do outro e das diferentes
formas de culturas no mundo.
A partir do ano de 2010, iniciou-se o processo de solicitação de abertura de uma
Sala de Recursos para atendimento de alunos com necessidades educativas especiais, que
foi, no ano de 2011 implantada no período vespertino. Este atendimento,visa amparar o
aluno que possui limitações no processo de ensino-aprendizagem, constituindo-se em um
espaço de investigação e compreensão dos processos cognitivos, sociais e emocionais,
visando a superação das dificuldades de aprendizagem e o desenvolvimento de diferentes
possibilidades dos sujeitos.
No contexto educativo nacional, a partir de 2004, iniciou-se o processo de
implantação do Ensino Fundamental de Nove Anos, sendo uma regulamentação promovida
pela Secretaria de Educação Básica (SEB)/Departamento de Políticas de Educação Infantil
e Ensino Fundamental (DPE)/Coordenação Geral do Ensino Fundamental (COEF). Como
sua implantação ocorreu de forma gradativa na fase inicial do Ensino Fundamental,
somente no ano de 2012, é que passamos a receber, de forma simultânea ,estes alunos na
fase final do Ensino Fundamental.
RELAÇÃO DE DIRETORES
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GRUPO ESCOLAR MAL. GASPAR DUTRA
1. ASILDA RÖPKE
2. DANIEL WUTZKE
3. RENI VOIGT
COLÉGIO ESTADUAL MAL. GASPAR DUTRA
1. ÉLIO MIGLIORANÇA
2. HARI BAUMGART
3. JOSÉ LUIZ DOSCIATTI
4. DANIEL WUTZKE
5. SARA T. COSTA BORGES
6. ARNO BAUMANN
7. MARISA ELIZABETHA BOLL THIELE
8. CLAUDINO TRENTIN
9. NILSE DOCHORN HITZ
II - DIAGNÓSTICO
2.1. RECURSOS FÍSICOS
O Colégio Estadual Marechal Gaspar Dutra – Ensino Fundamental e Médio
possui área e estrutura física própria para o desenvolvimento de suas atividades escolares.
Suas dependências constam de 12 salas de aula, as quais possuem quadro
branco, ar condicionado, TV Multimídia e DVD. Laboratório de química, física e biologia,
laboratório de informática, banheiros masculinos e femininos, quadra esportiva polivalente
coberta com banheiros femininos e masculinos, chuveiros, cozinha, saguão para refeitório,
bebedouros, cantina. Complexo administrativo com secretaria, sala de direção, sala para
equipe pedagógica, sala dos professores e biblioteca. Espaço externo com horta, área para
estacionamento, sala ambiente no bosque, almoxarifado e sala de múltiplo uso. Foram
instaladas câmeras de segurança, portão eletrônico e portão com vídeo porteiro. Todas
essas dependências encontram-se em ótimo estado de conservação devido às reformas
realizadas e a constante manutenção feita com a parceria da APMF.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOAssim consideramos que o Colégio possui condições físicas apropriadas para o
bom desenvolvimento das atividades propostas.
2.2. RECURSOS MATERIAIS
Ao se implantar uma Proposta Pedagógica também são necessários Recursos
Materiais, para dinamizar as metodologias de trabalho, produção e extensão do
conhecimento elaborado ou refletido. Desta forma, a estrutura material de que dispomos se
compõe de:
a) Equipamentos para Laboratório Didático de Química, Física e Biologia;
b) Equipamentos do Laboratório de Informática;
c) Acervo Bibliográfico;
d) Jogos Educativos;
e) Materiais esportivos;
f) Materiais didático-pedagógicos;
g) Recursos Diversos;
Além dos recursos mencionados acima, possuímos uma secretaria
informatizada, e demais equipamentos necessários para o bom atendimento dos alunos.
Como recursos didáticos o Colégio está munido de retroprojetor, projetor
multimídia, TVs multimídia e aparelhos de DVD em cada sala de aula, equipamentos de
som, computadores, impressoras, máquina fotográfica digital, filmadora, fotocopiadora
(alugada), internet, entre outros.
A cozinha tem estrutura suficiente e moderna para a preparação das refeições
aos alunos, com cardápios diferenciados, e possui equipamentos e utensílios que agiliza o
processo de preparação dos alimentos.
2.3. RECURSOS FINANCEIROS
Os Recursos Financeiros que garantem a manutenção e melhoramento dos
aspectos físicos, materiais e pedagógicos da Escola são praticamente oriundos da própria
Mantenedora, a Secretaria de Estado da Educação (SEED), através de repasses diretos,
como Folha de Pagamento dos Professores e Funcionários e outros através de Convênios
com a SUDE (Superintendência e DAE – "Fundo Rotativo"), Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação – PDDE, e projetos eventuais viabilizados pelo governo.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOContribuição significativa com relação a estes recursos também tem origem no
trabalho desenvolvido pela Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF),
promovendo eventos junto à comunidade com finalidade lucrativa para suprir necessidades
emergenciais, além dos gastos normais previstos no planejamento, que visam melhorias
físicas, funcionais e pedagógicas do Colégio.
Em parceria com a Prefeitura Municipal o colégio assegura o acesso dos alunos
distantes da sede por meio do transporte escolar gratuito e o programa de merenda
escolar.
2.4 RECURSOS HUMANOS
O Colégio Estadual Marechal Gaspar Dutra – Ensino Fundamental e Médio
possui um quadro funcional que atende a demanda escolar com recursos humanos
qualificados e habilitados para desenvolver a Proposta Pedagógica aqui apresentada.
2.4.1 Perfil da Direção
A equipe diretiva é composta por direção e direção auxiliar, com professores
comprometidos com a qualidade da educação, pois acreditam que sua forma de gestão
está intimamente ligada ao papel de educador e que ao deixarem a função continuarão
como agentes deste processo.
A forma de acesso ao papel de gestor das escolas públicas é através da eleição
direta.
Nosso Colégio é contemplado com quarenta horas para diretor e vinte horas
para diretor auxiliar, eleitos por todos os segmentos da comunidade escolar.
A Direção terá sua atuação voltada para a gestão de recursos humanos,
financeiros e pedagógicos.
Em síntese: desenvolver atividades que garantam o bom funcionamento da
Escola, em todos os segmentos.
2.4.2 Perfil dos Funcionários
Na equipe administrativa (secretaria, biblioteca, laboratório de informática), a
escola conta com um quadro de profissionais capacitados, envolvidos com o processo
educacional, não apenas como meros trabalhadores, mas como participantes do processo.
Em relação ao Laboratório de Ciência, existe carência de profissional, pois é um excelente
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOespaço pedagógico, que poderia ser melhor aproveitado, caso houvesse uma pessoa
responsável pela preparação e execução do trabalho.
No setor de serviços gerais, há defasagem de pessoal, contudo os
trabalhadores, devido a participação em capacitações, já se reconhecem enquanto agentes
também responsáveis pelo processo educativo.
2.4.3 Perfil da Equipe Pedagógica
A equipe técnica-pedagógica que trabalha na escola se constitui por
especialistas em educação, egressos das diferentes habilitações do Curso de Pedagogia.
O Colégio conta com uma demanda de cem horas para profissionais nessa área,
distribuídas nos três turnos de atendimento do Colégio, cujo trabalho tem como objetivo
geral o acompanhamento e avaliação da Proposta Política Pedagógica da Escola.
A demanda da equipe pedagógica encontra-se preenchida por profissionais da
área de Pedagogia e todas efetivas, envolvidas no processo, embora as dificuldades
encontram-se em muitas vezes não conseguir cumprir com seu real trabalho pedagógico
por situações adversas ao processo.
2.4.4 Perfil do Corpo Docente
Os docentes da nossa escola possuem graduação superior com Licenciatura,
graduados e especialistas em suas áreas de atuação. Em sua maioria são efetivos que
fazem parte do Quadro Próprio do Magistério do Estado do Paraná, sendo os demais
contratados por processo seletivo organizado pela SEED.Constituímos assim um grupo
privilegiado de professores nas áreas do Currículo. Uma das maiores dificuldades que
encontramos em relação ao corpo docente, está na rotatividade de professores a cada ano,
e mesmo durante o ano letivo, em função de saídas dos professores para o PDE e para
gozo de licença especial. Existem ainda aqueles professores que não se enquadram
administrativamente ou pedagogicamente ao processo, o que por vezes, prejudica o
trabalho coletivo.
Entre seus objetivos e ações estão:
- elaboração dos Planos de Trabalho Docentes e da Proposta Pedagógica
Curricular, de acordo com o Projeto Político Pedagógico e o Regimento, enfatizando o
previsto na LDB 9.394/96 e Diretrizes Curriculares da Secretaria de Educação do Estado;
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO - desenvolver as atividades relacionadas ao processo de ensino/aprendizagem
dos alunos tendo em vista a finalidade do Ensino Fundamental e Ensino Médio, cujo
objetivo é formar cidadãos, fomentando a busca pelos conhecimentos necessários à sua
efetiva inserção na sociedade; oferecendo os conteúdos necessários à continuidade de
estudos.
- participar dos cursos de formação continuada e reuniões, promovidas pela
escola e SEED;
- cumprir sua hora-atividade no espaço escolar, priorizando sua efetivação nos
dias determinados pela SEED;
- utilização de métodos e de técnicas que incentivem e levem ao aprendizado;
- proceder ao acompanhamento, avaliação e recuperação de estudos aos
alunos, dando prioridade a aspectos qualitativos em relação aos quantitativos, em termos
de rendimento escolar.
2.4.4.1 Organização da hora-atividade
Com o objetivo de atender o que regulamenta a Lei 9394/96, bem como a
Instrução 02/2004 – SUED-PR, a hora atividade deve ser um período reservado à estudo,
planejamento e avaliação, devendo favorecer o trabalho coletivo dos professores.
A Secretaria de Estado da Educação, em parceria com o Núcleo Regional de
Educação, com o intuito de favorecer a organização de oferta de formação continuada para
professores, sugere a adoção da Hora-Atividade Concentrada, tendo em vista a melhoria
da qualidade de ensino.
Consideramos este momento da hora-atividade indispensável para reflexão
sobre a práxis pedagógica, qualificação de novas mídias e tecnologias, planejamento de
ações didático-pedagógicas, troca de experiências entre docentes, equipe pedagógica e
direção, planejamento, correção de atividades e avaliações dos discentes, pesquisas,
estudos e reflexões sobre o exercício e implementação de sua função docente. Frente à
toda esta demanda, temos a observar que a hora-atividade ainda é insuficiente para que o
profissional possa realizar o seu trabalho com a qualidade que almeja.
2.5. ORGANOGRAMA
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOA Gestão Escolar envolve instâncias colegiadas que abrangem os vários
segmentos do contexto escolar, essas organizações têm a função de assegurar o
desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico.
A escola é uma organização que, como muitas outras, lida com pessoas. Sua
peculiaridade está em ser a primeira instituição que os cidadãos, ainda crianças,
conhecem. Mais ainda, uma instituição que complementa as famílias por ter a missão de
educar.
A equipe escolar depende dos pais de alunos para ter sucesso, assim como os
pais de alunos dependem da equipe escolar para que seus filhos tenham uma experiência
satisfatória de convívio com crianças e adultos fora do círculo familiar e para que
desenvolvam curiosidade e capacidade de aprender. O sucesso da escola depende do
clima institucional, da competência didático-pedagógica da escola e da resposta dos
alunos. Mas a verdade é que esses três fatores estão condicionados ao entrosamento
entre escola e família.
Nós acreditamos que a alma da escola são os que nela convivem e aprendem:
alunos, professores, funcionários, membros da comunidade e gestores.
A diretora dessa escola tem o poder e o dever de animar, alimentar e fortalecer
a cooperação e a sinergia entre todas essas pessoas, sem os quais um prédio
arquitetônico perfeito, seria tão supérfluo como um corpo sem vida.
Nesse processo, cada um tem o seu papel, a sua importância. É da soma das
diferentes partes que se obtém uma escola mais forte e mais capaz de encontrar soluções
criativas para os desafios que enfrenta. Ë cada vez mais importante, o estabelecimento e a
manutenção de ações que privilegiam a ação coletiva, participação de todos os segmentos
da comunidade escolar no processo de tomada de decisões e o compromisso com uma
aprendizagem de qualidade.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
2.6. ASPECTOS EDUCACIONAIS
O quadro educacional brasileiro ainda é bastante insatisfatório. De acordo com a
Constituição “a educação é dever da família e do Estado”, mas o que se vê na realidade é
que a família está se eximindo completamente dos seus deveres e funções com relação à
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOeducação de seus filhos. Além disso, o próprio Estado deixa a desejar, em alguns setores,
no cumprindo com seu papel enquanto mantenedor.
A escola pública está agregando no seu contexto escolar cada vez mais a
diversidade (etnias, gênero, classes sociais, portadores de necessidades especiais, etc). A
escolarização está em pleno processo de democratização, resguarda ao cidadão o direito
de estudar, por isso se tem dentro da sala de aula um grupo muito diverso de alunos.
Muitos paliativos surgem através dos meios administrativos e pedagógicos para solucionar
questões que envolvem o baixo desempenho escolar, por isso criam-se métodos de
camuflagem da realidade para produzir um número aceitável de aprovação, deixando
muitas vezes a qualidade do ensino-aprendizagem em segundo plano.
No contexto escolar desempenha-se, além da função do ensino, a
democratização do acesso através da inclusão, no entanto a escola não pode abrir mão de
sua função de repassar conhecimentos historicamente construídos, nem ser obstáculo para
o acesso ao conhecimento de classes menos privilegiadas.
A oferta da escolarização é uma obrigação do estado, mas a organização do
processo ensino-aprendizagem está na mão do docente; este se preocupa em manter o
aluno na escola, buscando garantir a qualidade da aprendizagem.
O sistema educacional tem por responsabilidade assumir alternativas
pedagógicas que sanem situações como evasão, repetência, ineficiência na aprendizagem.
O processo de avaliação escolar tem, há vários anos, sido objeto de estudo no
magistério paranaense, no entanto, se vê ainda, que essa reflexão está atrelada ao
sistema de classificação, não se busca dentro das notas apresentadas os requisitos
mínimos exigidos, ou seja, os critérios que o professor considera importante para que o
aluno tenha avanço na série, resguardando assim os conteúdos básicos para a conclusão
da modalidade de ensino que cursa.
Educação: O município de Nova Santa Rosa possui 7 estabelecimentos de
ensino, perfazendo um total de 1.379 estudantes, sendo 42% do município e 58% do
Estado.
Mais de 77% dos estudantes encontram-se no ensino fundamental e o ensino
médio atende os outros 23% do total dos alunos.
Tabela 01 - Estabelecimentos de Ensino por Dependência
Dependência Quantidade
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• Municipal 4• Estadual 3• Federal 0• Particular 0 Total 7
* Fonte: Censo Econômico - Proder
Distribuição das Escolas por Dependência
2.7. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA-CULTURAL DA COMUNIDADE
ESCOLAR
Nossos alunos são oriundos da zona urbana e rural e cada indivíduo tem sua
história pessoal que se apresenta de forma diferente de ser. Uma das peculiaridades dessa
comunidade é serem, em grande maioria, bilíngües, pois, falam a língua alemã e
portuguesa. Esses alunos são filhos de descendentes de imigrantes alemães vindos nos
anos de 1955 do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A escola precisa recebê-los de forma democrática e igualitária respeitando seus
direitos de acesso à educação de qualidade. Atualmente, o período matutino recebe alunos
da zona urbana central, Linha Pietrowski e Vila Cristal. No período vespertino a
comunidade escolar é composta também por alunos da zona urbana central e distritos de
Alto Santa Fé e Planalto do Oeste. O Período Noturno, conta com alunos trabalhadores da
indústria e comércio local e também alunos de Planalto do Oeste. Esses alunos, já
inseridos no mundo do trabalho, alguns precocemente, outros já adultos que voltaram a
buscar a complementação dos estudos exigida pelas empresas nas quais estão
empregados.
A escola ocupa um lugar privilegiado na vida da comunidade, influi
intencionalmente na construção da identidade dos sujeitos que por ela passam, por isso
tem o dever de assegurar o direito à educação para todos de forma igualitária.
Caracterizar a comunidade escolar de uma instituição pública não é tarefa das
mais fáceis, uma vez que há uma diversidade sócio – cultural e econômica bastante grande
e por ser o único Colégio de Ensino Médio no Município.
Nos períodos matutino e vespertino a faixa etária é caracterizada como pré -
adolescência e adolescência. No entanto há alunos com defasagem, em relação idade-
série. Neste sentido, esta se organizando um projeto de recuperação de estudos para
corrigir essa lacuna idade-série.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIONo período noturno a faixa etária é caracterizada como adolescentes, jovens e
adultos.
Muitas famílias estão expostas à situações de risco pessoal e social, o que
acaba gerando a desestruturação familiar, tendo como conseqüência, falhas na educação
de seus filhos, refletindo na aprendizagem, no comportamento e no relacionamento entre
estes, os demais colegas e também com seus professores.
Devido a tantas transformações, muitos pais e mães vêem questionados seus
próprios valores e projetos que fizeram para si e para seus filhos, pois são variados os
caminhos que se abrem e torna-se difícil saber como será o mundo quando os filhos forem
adultos.Mas, mesmo com todas as inseguranças que possam ser vividas pelos pais, a
família continua sendo, para a grande maioria dos nossos alunos, um espaço onde se
sentem seguros.
Outro aspecto que interfere no processo de integração da comunidade escolar,
diz respeito à religião. A comunidade caracteriza-se como uma comunidade conservadora,
de diversidade religiosa muito grande, onde se professam diferentes confissões. Esse
aspecto tem muitas vezes prejudicado o convívio da comunidade escolar, em função da
dificuldade de aceitação das mudanças e respeito à individualidade de cada ser humano.
Assim consideramos fundamental que a escola assuma a valorização cultural
dos seus alunos e, ao mesmo tempo, busque ultrapassar seus limites, propiciando a todos
adolescentes e jovens o acesso ao saber historicamente construído, bem como formá-los
enquanto cidadãos capazes de viver e atuar em sociedade, com vistas à reduzir as
desigualdades sociais.
Uma escola de qualidade é condição necessária quando se almeja efetivamente
intervir no aprendizado dos alunos, porém, não é suficiente para, por si só, resolver as
questões de desigualdades de renda existentes em nosso município.
Pontuamos alguns aspectos de contradições e dificuldades que encontramos em
nossa comunidade-escola para que o processo ocorra:
Espaço físico – não está atendendo a demanda, o que prejudica a qualidade do
ensino-aprendizagem;
Política educacional – mudanças em pouco espaço de tempo e a maioria delas
não atende a realidade; as questões de estudo envolvem muita dedicação de tempo para
leituras, debates e as devoluções sempre são exigidos em tempo não hábil.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOEducação Profissional – necessidade de uma formação específica, com vistas à
inserção dos jovens ao mercado de trabalho.
Participação política – a participação não tem o mesmo significado para todos.
No que se refere à escola já avançou-se, mas ainda persistem dificuldades quanto à
organização e disponibilidade para participação nas diretorias e conselhos da escola.
Evasão/repetência – continuam acontecendo apesar das políticas de tentar
saná-los. Observamos abaixo, o quando demonstrativo de nossa realidade escolar nos
últimos anos:
ANO 2006 2007 2008 2009 2010Modalidade FUND MÉDIO FUND MEDIO FUND MEDIO FUND MEDIO FUND MEDIOAlunos
aprovados
359 339 380 311 358 300 353 264 351 273
Aprovados
em
Conselho
de Classe
109 37 77 46 114 70 89 62 77 78
Reprovados 67 36 45 12 46 33 48 40 59 42Desistentes 14 9 6 24 13 27 3 11 1 6Total de
matrículas
468 398 467 377 428 373 432 329 430 330
Ensino-aprendizagem – o processo ainda emperra na dificuldade de
diversificação de metodologias; resistência dos professores em modificá-las, apesar das
capacitações; relacionamento professor X aluno; falta de interesse e motivação dos alunos;
entre outros fatores.
Avaliação – esse é um aspecto que constitui permanente desafio para os
educadores, pois ela é elemento central na organização da prática pedagógica, na medida
em que favorece o processo de construção do conhecimento.
Abaixo, apresentam-se os instrumentos de avaliação nacional, que demonstram
o desempenho de nosso Colégio:
2.8 IDEB
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb é calculado a partir de
dois componentes: taxa de rendimento escolar (aprovação no Ensino Fundamental) e
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOmédias de desempenho nos exames padronizados aplicados pelo Inep aos alunos
concluintes do Ensino Fundamental – Prova Brasil. Os índices de aprovação são obtidos a
partir do Censo Escolar, realizado anualmente pelo Inep. As médias de desempenho
utilizadas são as da Prova Brasil (para Idebs de escolas e municípios).
O Colégio Estadual Marechal Gaspar Dutra, tem conseguido superar as
expectativas e projeções realizadas na perspectiva da melhoria deste índice e conta com o
apoio de seus profissionais e também do empenho e dedicação de seus alunos.
Ano 2005 2007 2009
Dis
cip
lina
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tem
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a
L.P
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Nota
PROVA BRASIL 262,86 225,13 266,89 236,30 264,05 262,67
Média
Padronizada
4,8 5,05 5,45
2.9 ENEM
Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem o objetivo de
avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica. Todos os anos
buscamos incentivar o maior número possível de concluintes do Ensino Médio para
participarem.
O Enem é utilizado como critério de seleção para os estudantes que pretendem
concorrer a uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni) e também ao SUSI.
Além disso, cerca de 500 universidades já usam o resultado do exame como critério de
seleção para o ingresso no ensino superior, seja complementando ou substituindo o
vestibular. O Ministério da Educação apresentou uma proposta de reformulação do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) e sua utilização como forma de seleção unificada nos
processos seletivos das universidades públicas federais. A proposta tem como principais
objetivos democratizar as oportunidades de acesso às vagas federais de ensino superior,
24
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOpossibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a reestruturação dos currículos do ensino
médio.
As universidades possuem autonomia e poderão optar entre quatro
possibilidades de utilização do novo exame como processo seletivo:
•Como fase única, com o sistema de seleção unificada, informatizado e on-line;
•Como primeira fase;
•Combinado com o vestibular da instituição;
•Como fase única para as vagas remanescentes do vestibular.
Os números do Colégio Est. Mal. Gaspar Dutra, no decorrer dos anos é o
seguinte:
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2009 41 461,1 513,492010 63 67% 499,63 533,16 522,19 496,44 512,86 61 542,21 527,3
III - FUNDAMENTAÇÃO
3.1 Concepção de Sociedade
Os homens associam-se de diversos modos e pelos mais variados propósitos.
Um só homem envolve-se em vários e diversos grupos, nos quais os seus associados
podem ser bastante diferentes. Freqüentemente parece não terem nada em comum exceto
serem modos de vida associativa. Em cada organização social maiores existem numerosos
grupos menores: não só subdivisões políticas, mas também associações industriais,
científicas, religiosas.
Os termos sociedade, comunidade, são ambíguos. A sociedade é concebida
como única pela sua própria natureza. As qualidades que acompanham esta unidade, uma
comunidade com méritos de ter objetivos, bem estar, lealdade e simpatia, são realçados.
Mas quando olhamos para os fatos que o termo denota em vez de confinarmos a nossa
25
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOatenção na sua conotação intrínseca, não encontramos unidade, mas uma pluralidade de
sociedades, boas e más.
Qualquer educação dada por um grupo tende a socializar os seus membros,
mas a qualidade e valor da socialização dependem dos hábitos e objetivos do grupo.
Visto que a educação é um processo social e existem vários tipos de sociedade,
o critério para a crítica e a construção educacional implica um ideal social particular. Os
dois fatores selecionados pelos quais se deve medir o valor de uma forma de vida social
são o prolongamento no qual os interesses de um grupo são partilhados por todos os seus
membros, e a plenitude e liberdade com que cada um interage com outros grupos. Uma
sociedade indesejada, por outras palavras, é aquela que internamente e externamente
estabelece barreiras à livre relação e comunicação da experiência. A sociedade que
providencia a participação nos seus bens de todos os membros em igualdade de
circunstâncias e que assegura um reajuste flexível das suas instituições através da
interação das diferentes formas de vida associativa é democrática. Tal sociedade deve ter
um tipo de educação que dê aos indivíduos um interesse pessoal nas relações e controle
sociais e hábitos da mente que assegurem alterações sociais sem introduzirem desordem.
Segundo Demerval Saviani (1992), o entendimento do modo como funciona a
sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que regem
o desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis naturais, mas
sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.
3.2 Concepção de Conhecimento
Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os
homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais
mediadas pelo trabalho.
Na sociedade, o homem não se apropria da produção material de seu trabalho e
nem dos conhecimentos produzidos nestas relações porque o trabalhador não domina as
formas de produção e sistematização do conhecimento. Segundo Marx e Engels “a classe
que tem à disposição os modos de produção material controla concomitante os meios de
produção intelectual, de sorte que, por essa razão geralmente as idéias daqueles que
carecem desses meios ficam subordinadas a ela” (Frigotto, 1993, p. 67).
Ainda neste sentido, Andery (1998, p.15) confirma que “nesse processo do
desenvolvimento humano multideterminado e que envolve inter-relações e interferências
26
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOrecíprocas entre idéias e condições materiais, a base econômica será o determinante
fundamental”. Assim sendo, o conhecimento humano adquire diferentes formas: senso
comum, científico, teológico e estético, pressupondo diferentes concepções, muitas vezes
antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo e sobre o conhecimento.
O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das condições
sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as
necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma de ver
a realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando, portanto a
forma de interferir na realidade. Essa interferência traz conseqüências para a escola,
cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento que foi expropriado do trabalho nas
suas relações. Conforme Veiga (Veiga, Ilma Passos, Projeto político da escola: uma
construção coletiva – 1995, p. 27). “o conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera
simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses
dos alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos, e
generalizações, sendo portanto, o objeto de trabalho do professor.
O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando
mudanças interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma
intencionalidade.
A qualificação, a formação e ampliação dos conhecimentos envolvidos nesse
processo, ao tratar do conhecimento de uma maneira unificada, criam a possibilidade de
um entendimento melhor da realidade, contribuindo para a desalienação dos envolvidos,
provocando, desta forma, a interação entre os sujeitos e, ao mesmo tempo, sendo
condição necessária para sua própria efetivação.
3.3 Concepção de Educação/Escola
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens
situando-os dentro da história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado
pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. “Educação é um fenômeno
próprio dos seres humanos, significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência
do e para o processo de trabalho, bem como é ela própria, um processo de trabalho”
(Saviani, 1992).
É o processo pela dimensão histórica por representar a própria história individual
do ser humano e da sociedade em sua evolução. É um fato existencial porque o homem se
27
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOfaz ser homem - processo constitutivo do ser humano. É um fato social pelas relações de
interesses e valores que movem a sociedade, num movimento contraditório de reprodução
do presente e da expectativa de transformação futura. É intencional ao pretender formar
um homem com um conceito prévio de homem. É libertadora porque segundo Boff (2000,
p.77) se faz necessário desenvolver uma educação que nos abra para uma democracia
integral, capaz de produzir um tipo de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente
sustentado.
Nesse sentido, a educação visa atingir três objetivos que formam o ser humano
para gestar uma democracia aberta. São eles:
• “A apropriação pelo cidadão e pela comunidade dos instrumentos adequados para
pensar a sua prática individual e social e para ganhar uma visão globalizante da
realidade que o possa orientar em sua vida”.
• A apropriação pelo cidadão e pela comunidade do conhecimento científico, político,
cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para garantir-lhe a
satisfação de suas necessidades e realizar suas aspirações;
• “A apropriação por parte dos cidadãos e da comunidade, dos instrumentos de
avaliação crítica do conhecimento acumulado, reciclá-lo e acrescentar-lhe novo
conhecimento através de todas as faculdades cognitivas humana...”.
Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação tem
suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita
para constituir-se e transformar a realidade. Segundo Paulo Freire “ninguém educa
ninguém, mas ao mesmo tempo, ninguém se educa inteiramente sozinho”. As
pessoas se educam mediadas por determinado objeto de conhecimento que é a
própria realidade. A educação não é uma doação de uma pessoa que sabe aqueles
que não sabem, mas é um desafio para o educador e o educando, um desafio, que
é a própria realidade com situações - problema, de inquietações, de angústias e de
aspirações.
Com vistas à formação da personalidade, a educação deve ter no homem seu
ponto final de convergência. Não se trata do homem somente sob o aspecto de sua
formação, mas também sob o ponto de vista de suas atividades, de suas ocupações e
operações. A escola deve se preocupar com o homem não apenas formado em todos os
aspectos do seu ser, mas do homem formado e colocado em seu verdadeiro lugar e no
rumo certo de suas realizações.
28
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOOs educadores e a escola não devem parar com sua capacidade de sonhar, de
inventar, com sua coragem de denunciar e de anunciar. Precisam visitar de vez em
quando o amanhã, o futuro, pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e com o
agora. Ai daqueles que em lugar desta constante viagem ao amanhã se atrelam a um
passado de exploração e de rotina.
A estética da sensibilidade estimula a criatividade, o espírito inventivo, a
curiosidade pelo novo, a afetividade, para facilitar as constituições capazes de suportar a
inquietação, conviver com o incerto, o imprevisível e o diferente. Valoriza a leveza, a
delicadeza e a sutileza.
A estética da sensibilidade é também educar pessoas que saibam transformar o
uso do tempo livre num exercício positivo. E que aprendem a fazer do prazer, do
entretenimento, da sexualidade, um exercício de liberdade responsável. A ética da
identidade se expressa por um permanente reconhecimento da identidade própria e do
outro, e tem como fim mais importante a autonomia, a responsabilidade e a solidariedade.
É, portanto ancorada na ética, incorporando a estética, e a política, que está a
possibilidade de construir uma pedagogia de qualidade, integradora e potencializadora da
tensão de finalidades do ensino médio para uma formação básica e comum, para o
trabalho e para as demais tarefas da vida.
3.4 Concepção de Homem
O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a
segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele
envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula
experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional e
planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-materiais que são
apropriados de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani (1992):
“O homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para tanto, em
lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la
pelo trabalho”.
Considerando o homem em ser social, ele atua e interfere na sociedade, se
encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na
organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas
da sociedade. O homem, como sujeito de sua história, segundo Santoro “... é aquele que 29
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COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL GASPAR DUTRA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOna sua convivência coletiva compreende suas condições existenciais, transcende-as e
reorganiza-as, superando a condição de objeto, caminhando na direção de sua
emancipação participante da história coletiva”
Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se
necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O homem é,
antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a realidade.
3.5 Concepção de Infância e Adolescência articulada à concepção de ensino-
aprendizagem
Para uma implementação qualitativa do ensino fundamental de 9 anos, é
importante compreender que o conceito de infância sofreu transformações
historicamente, o que se evidencia tanto na literatura pedagógica, quanto na
legislação e nos debates educacionais, em especial a partir da década de 80, no
Brasil. Os debates políticos em torno da constituição de 1988 e os estudos de
diversas áreas do conhecimento contribuíram para o questionamento da
concepção de naturalização das desigualdades sociais e educacionais, até então
predominante, para o reconhecimento de que as condições de desigualdade das
crianças eram determinadas por fatores econômicos, culturais e sociais. Assim,
à medida que a sociedade organizada exerceu pressões sobre o Estado, este
passa a incorporar, nos textos legais, a infância como uma construção social.
Exemplos destes textos legais são a constituição de 1988, o Estatuto da Criança
e do Adolescente, nos anos 90, a LDB 9394/96, além de textos curriculares que
tratam da especificidade da infância. (KRAMER, 2006) Se no contexto político, as
diferentes concepções sobre a infância influenciaram ou justificaram as políticas
educacionais, com limites e possibilidades; no contexto pedagógico, a discussão
e definição de uma concepção de infância é primordial na condução do trabalho.
Esta concepção orientará os conceitos sobre ensino, aprendizagem e
desenvolvimento, a seleção dos conteúdos, a metodologia, a avaliação, a
organização de espaços e tempos com atividades desafiadoras, enfim, o
planejamento do trabalho organizado não apenas pelo professor, mas por todos
os profissionais da instituição.
30
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOEntre os estudos sobre uma concepção de infância como fase distinta da
vida adulta, ganha destaque o historiador francês Ariés. Em seus estudos, Ariés
analisa diferentes significados atribuído à infância, em especial nos séculos XVII
e XVIII. Segundo este autor, até o fim da Idade Média não existia um sentimento
de infância como etapa específica da vida humana, portanto com características
e necessidades próprias. Áries afirma que é no fim da Idade Média que se inicia
um processo de mudança, pois a infância passa a ser encarada como sinônimo
de fragilidade e ingenuidade, sendo alvo de atenção dos adultos. Já no século
XVIII, a concepção sobre a infância passa pelo disciplinamento e pela moral,
exercidas especialmente por um processo educacional impulsionado pela Igreja
e pelo Estado. Esta concepção marca a educação das crianças, particularmente
no período do capitalismo industrial, no século XIX. Embora com ressalvas, sua
pesquisa é considerada relevante pelo fato de que contribuiu para a
compreensão da infância como um conceito construído historicamente.
Afirmar que a infância é um conceito construído historicamente significa
compreender que esta é uma condição da criança, é uma fase da vida distinta
da fase adulta. (KUHLMANN, 1998) Significa reconhecer que esta condição da
criança, a infância, é resultado de determinações sociais mais amplas do âmbito
político, econômico, social, histórico e cultural. Significa ainda considerar, no
contexto da práxis pedagógica, que a criança emite opiniões e desejos de
acordo com as experiências forjadas nos diferentes grupos sociais e de classe
social ao qual pertence. Portanto, é importante perceber que “as crianças
concretas, na sua materialidade, no seu nascer, no seu viver ou morrer,
expressam a inevitabilidade da história e nela se fazem presentes, nos seus
mais diferentes momentos.” (KUHLMANN, 1998, p. 32)
Para KRAMER (1995) o conceito de infância se diferencia conforme a
posição da criança e de sua família na estrutura sócio-econômica em que se
inserem. Portanto, não há uma concepção infantil homogênea, uma vez que as
crianças e suas famílias estão submetidas a processos desiguais de socialização
e de condições objetivas de vida. Nesse sentido, cabe à escola, reconhecer
estes sujeitos da Educação Infantil como capazes de aprender os diferentes
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOconhecimentos acumulados pela humanidade e sistematizados como conteúdos
pela escola, respeitando a singularidade da infância.
Algumas singularidades que marcam esta fase da vida explicitam as
formas que as crianças desenvolvem, na interação social, para aprender e
relacionar-se com o mundo: a grande capacidade de aprender; a dependência
em relação ao adulto, o que exige proteção e cuidados; o desenvolvimento da
autonomia e auto-cuidados; o intenso desenvolvimento físico-motor; a ação
simbólica sobre o mundo e o desenvolvimento de múltiplas linguagens; o
brincar como forma privilegiada de apropriar-se da cultura; a construção da
identidade, por meio do estabelecimento de laços sociais e afetivos. (FARIA &
SALLES, 2007)
A concepção de infância e de desenvolvimento infantil como construção
histórica foi uma das grandes contribuições dos estudos de Vygostsky (2007)
que, ao analisar o desenvolvimento humano privilegia a interação social na
formação da inteligência e das características essencialmente humanas. Em
outras palavras, nos tornamos humanos a partir da interação com outros seres
humanos. É, portanto “a partir de sua inserção num dado contexto cultural, de
sua interação com membros de seu grupo e de sua participação em práticas
sociais historicamente construídas, que a criança incorpora ativamente as
formas de comportamento já consolidadas na experiência humana.” (REGO,
1995, p. 55). Os estudos de Vygostsky (2007) indicam que é importante analisar
criticamente o contexto social, a fim de compreender com que criança se está
trabalhando, quais suas necessidades e como possibilitar que todas as crianças
se apropriem dos conteúdos organizados no currículo escolar. Isso significa, por
exemplo, que, se vivemos numa sociedade letrada, espera-se que todas as
pessoas, na idade socialmente reconhecida como adequada, tenham
asseguradas as condições para se apropriar deste conhecimento.
A compreensão da infância como historicamente situada implica que a
escola, em seu conjunto, efetive um trabalho articulado e com unidade de
propósitos educativos. Estes propósitos orientarão o trabalho desenvolvido pelos
professores, portanto devem ser discutidos e compreendidos pelo conjunto dos
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOprofissionais da unidade escolar, além de devidamente sistematizados na
proposta pedagógica.
Na perspectiva de superação do distanciamento muitas vezes evidenciado
entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, considera-se que este é um
momento propício para aliar o acervo de conhecimentos sistematizados destes
dois importantes níveis da Educação Básica. Esta aproximação é possível a
partir de um trabalho que possibilite complementaridade e continuidade de
processos de aprendizagem, assegurando a característica de aprofundamento
da complexidade dos conhecimentos sistematizados. Isso significa que os
conteúdos próprios do Ensino Fundamental estão articulados aos conteúdos de
outros níveis de ensino e se ampliam gradualmente, conforme as possibilidades
de compreensão dos alunos. Com atenção a estas características, foram
reunidos professores especialistas de todas as disciplinas curriculares, com o
objetivo de possibilitar a reflexão sobre os conhecimentos obrigatórios para esse
nível de ensino, definidos nas Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental
(DCN), a qual estabelece que
Em todas as escolas, deverá ser garantida a igualdade de acesso dos alunos a uma base nacional comum, de maneira a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional; a base nacional comum e sua parte diversificada deverão integrar-se em torno do paradigma curricular, que visa estabelecer a relação entre a educação fundamental com: a) a vida cidadã, através da articulação entre vários dos seus aspectos como: a saúde a sexualidade; a vida familiar e social, o meio ambiente, o trabalho; a ciência e a tecnologia; a cultura; as linguagens; com b) as áreas de conhecimento de: Língua Portuguesa; Língua Materna (para populações indígenas e migrantes); Matemática, Ciências, Geografia; Língua Estrangeira, Educação Artística, Educação Física; Educação Religiosa. (na forma do art. 33 da LDB) (LDB, art. 9º. In: PARECER CEB 04/98, p.7)
A inclusão das crianças de seis anos no Ensino Fundamental suscita
inúmeros debates acerca do processo ensino-aprendizagem que,
inevitavelmente, vem à tona com diferentes visões sobre este processo por
parte de professores e famílias. Um dos aspectos que merece destaque é a
organização do trabalho pedagógico e a concepção que o conduzirá. Nesse
sentido, é fundamental que os professores tenham clareza acerca da
perspectiva teórica adotada e expressa no projeto político-pedagógico da escola
e ainda sobre como conduzir este processo de trabalho, conferindo importância
a todas as disciplinas escolares.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOA realidade da nossa Escola é a de receber os alunos no Ensino
Fundamental – séries finais, onde trabalhamos com crianças no 6º e 7º ano e
adolescentes e jovens a partir do 8º ano, 9º ano e Ensino Médio.
A organização didática impõe certos desafios aos professores como, por
exemplo, a adequação dos diferentes conteúdos no tempo escolar, de modo que
todas as disciplinas tenham a mesma importância e se estabeleçam interações
entre as mesmas. Acredita-se que a característica da unidocência dos
professores que atuam nos 6ºs e 7ºs anos do Ensino Fundamental, fortalece a
possibilidade de um trabalho interdisciplinar, uma vez que pode impulsionar
uma ação de maior “cooperação e coordenação crescente entre as disciplinas”
(FAZENDA, 1992, p. 38. Apud: SAVIANI, 2006, p. 117), aliando-se ainda a
dimensão dos cuidados pertinentes às crianças pequenas.
Nessa perspectiva, vale destacar que a criança pequena apresenta um
pensamento sincrético, ou seja, não separa os conhecimentos em campos
específicos e se apropria do mundo por meio de diferentes linguagens,
expressando-se através do movimento, da oralidade, do desenho e da escrita.
Esta forma de apreensão da cultura pelas crianças exige atividades encadeadas
e que possibilitem a ampliação do conhecimento, garantindo que a ludicidade,
eixo integrador no Ensino Fundamental – séries iniciais, se efetive também no
Ensino Fundamental – séries finais.
Este encaminhamento pedagógico que sugere uma interação entre os
diferentes conhecimentos foi também incorporado pela legislação educacional,
onde se destaca, por exemplo, a “interação entre as diversas áreas de
conhecimento” (DCNs para a Educação Infantil, art. 3º, parágrafo IV) e que “as
aprendizagens são constituídas na interação entre os processos de
conhecimento”, no Parecer nº 04/98, que institui as DCNs para o Ensino
Fundamental.
Este período requer, portanto, uma adequada compreensão das
especificidades da criança, por parte de todos os profissionais da escola, o que
deve se estender durante todo o ano letivo. Estes aspectos precisam ser
contemplados na organização dos espaços físicos e tempos da escola e ainda no
planejamento dos professores. A atenção a estes cuidados contribui, entre
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOoutros aspectos, para a construção da autonomia das crianças, para o bom
relacionamento entre crianças e adultos e para aprendizagens significativas.
Assim como a infância, a adolescência é também compreendida hoje como uma
categoria histórica, que recebe significações e significados que estão longe de serem
essencialistas. É como afirma Pitombeira (2005): a naturalização da adolescência e sua
homogeneização só podem ser analisadas à luz da própria sociedade. Assim, as
características “naturais” da adolescência somente podem ser compreendidas quando
inseridas na história que a geraram. Mas não foi sempre deste modo que se falou da
adolescência. Para a maior parte dos estudiosos do desenvolvimento humano, ser
adolescente é viver um período de mudanças físicas, cognitivas e sociais que, juntas,
ajudam a traçar o perfil desta população. Atualmente, fala-se da adolescência como uma
fase do desenvolvimento humano que faz uma ponte entre a infância e a idade adulta.
Nessa perspectiva de ligação, a adolescência é compreendida como um período
atravessado por crises, que encaminham o jovem na construção de sua subjetividade.
Porém, a adolescência não pode ser compreendida somente como uma fase de transição.
Na verdade, ela é bem mais do que isso.
Para a Psicologia histórico-cultural o desenvolvimento humano acontece no
decorrer de toda a vida do individuo, tendo em vista que este se constitui nas/pelas
relações que estabelece com os outros. Portanto a adolescência é uma etapa do
desenvolvimento construída culturalmente.
De acordo com Ariès (1981) o conceito de adolescência era inexistente até o século
XVIII. Oliveira e Egry (1997) realizaram um levantamento histórico, onde afirmam que a
adolescência aparece como produto da Revolução Industrial, quando foi instituído que a
criança deveria ficar mais tempo no sistema educacional, o que estendeu a dependência
do individuo à sua família, reconhecendo esse período como uma nova etapa do
desenvolvimento humano, com características históricas, culturais e sociais.
A adolescência, desde o início do século XX, tem sido estudada sob perspectivas
teóricas que a naturalizam e a universalizam. Nessas concepções tradicionais, o jovem é
compreendido como um ser instável e desequilibrado devido à crise inerente à fase que
vivencia. Tais idéias desconsideram a inserção histórica, social e cultural do jovem, em
suas condições concretas de vida, o que pode constituir-se em ações ideologizantes,
legitimadoras das desigualdades sociais.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOPor outro lado, a visão sócio-histórica busca vincular o desenvolvimento do indivíduo
ao da sociedade, ou seja, entende-se que a sociedade, construída por sujeitos, limita e
possibilita a constituição desses mesmos sujeitos. Sob este enfoque, o normal e o
patológico são compreendidos como construções sociais e a adolescência deixa de ser
vista como fase natural, repleta de conflitos e crises, para ser analisada dentro de um
determinado contexto, que produz significações próprias (AGUIAR; BOCK; OZELLA, 2007).
Ainda de acordo com os autores supra-citados, na visão histórico-cultural, o normal
e o patológico são compreendidos como construções sociais e a adolescência deixa de ser
vista como fase natural, repleta de conflitos e crises, para ser analisada dentro de um
determinado contexto, que produz significações próprias.
Adolescência, portanto, deve ser pensada para além da idade cronológica, da
puberdade e transformações físicas que ela acarreta, dos ritos de passagem, ou de
elementos determinados aprioristicamente ou de modo natural. A adolescência deve ser
pensada como uma categoria que se constrói se exercita e se re-constrói dentro de uma
história e tempo específicos.
A escola não e importante apenas pelo conteúdo pedagógico que transmite; ela
exerce vários outros efeitos sobre o aluno. Diversos aprendizados que não estão escritos
no currículo formal são experimentados pelo adolescente em sua vida escolar. A escola é
uma grande experiência de socialização, de convívio com as diferenças, de todos os tipos
e em todos os níveis. E onde, muitas vezes, o adolescente busca formar o seu "grupo de
iguais". A experiência escolar tem uma repercussão marcante na consolidação da auto-
estima, seja contribuindo para o seu fortalecimento ou prejudicando a. Na escola o
adolescente tem a oportunidade de conviver com outros adultos alem de seus pais e de
identificar outros modelos de referência, tanto no sentido positivo quanto no negativo. A
escola representa o microcosmo da sociedade, no qual o adolescente se prepara para lidar
com situações com que se defrontara "no mundo lá fora".
Na escola o aluno também desenvolve (ou não) varias capacidades, tais como ouvir,
negociar, ceder, participar, cooperar, perseverar e, desenvolver autodisciplina e
responsabilidade. Essas capacidades são fundamentais para o êxito do ser humano. Êxito
não pode ser entendido apenas nos campos profissional e financeiro, mas sim, em todas
as esferas da vida.
Então, se a escola tem todos estes efeitos e repercussões sobre o adolescente, se
ela não é apenas um local onde informações são repassadas, mas uma experiência que
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOafeta todos setores da vida da criança e do adolescente, então cabe uma pergunta: Qual e
o papel da escola, do professor? Para podermos responder a esta pergunta ha outra que
vem antes: O que e educação? Uma vez que a escola e um elemento chave da educação
precisamos questionar o que é realmente a educação. Mas para se discutir o que é
educação, precisamos ter antes, clareza quanto a esta questão: O que é o ser humano?
Porque para termos uma visão do que é educação, precisamos de uma visão do que é o
ser humano, qual é a natureza desse homem que a educação pretende desenvolver.
Discutir o papel do professor nos remete em primeiro lugar a sua principal atividade
que é ensinar. O ensino, para KLEIN (2002, p. 121) designa as “mais diversas situações de
exercício e transmissão das produções humanas.” Faz parte de um processo mais amplo, a
educação, definida na LDB 9394/96 como “os processos formativos que se desenvolvem
na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações
culturais. Neste texto, tratamos do ensino situado no contexto próprio da escola, que
exige um profissional com formação específica, o professor. (LDB 9394/96, título
I, art. 1º)
A educação, por sua vez, é um dos aspectos da cultura entendida como,
“por um lado, a transformação que o homem opera sobre o meio e, por outro, os
resultados dessa transformação.” (SAVIANI, 1991, p. 40) Transformação que se
efetiva pelo trabalho humano, uma vez que, pela ação que exerce sobre a
natureza, transformando-a, o homem extrapola o meramente natural e cria o
mundo da cultura, o mundo humano.
Educar, portanto, é humanizar. Isso significa afirmar que “a natureza
humana não é dada ao homem, mas é por ele produzida sobre a base da
natureza bio-física. Conseqüentemente, o trabalho educativo é o ato de
produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade
que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens.” (SAVIANI,
1992, p. 21). Destaca-se que o trabalho é elemento central na constituição do
homem como ser social. É por meio do trabalho que o homem supera a
condição meramente animal e produz capacidades especificamente humanas.
Pode-se afirmar esta passagem do ser natural para o social porque, o homem,
ao trabalhar, além de modificar a natureza, modifica-se a si mesmo, em todos
os aspectos que o constituem social e biologicamente. LUKÁCS (1981)37
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIONesse sentido reside a importância do professor, como o sujeito que
possibilita aos estudantes a compreensão de que os conteúdos escolares são
resultados do trabalho humano. Trabalho que pode resultar tanto em produtos
materiais quanto intelectuais. É por meio do trabalho que a humanidade produz,
além de objetos, também valores, hábitos e os conhecimentos das mais
diferentes áreas das ciências, as formas de expressão artística, musical,
corporal, afetiva, etc. É a práxis pedagógica, como responsabilidade direta dos
professores, que possibilitará aos alunos esta compreensão, por meio de um
trabalho que evidencie desde os anos iniciais a relação teórico-prática, portanto
intencional e transformadora, como marca da ação humana.
O professor é diretamente responsável pelo processo pedagógico na sala
de aula, portanto, cabe a este profissional, num encontro dialógico com outros
profissionais da escola, tais como outros professores, pedagogos e direção,
definir, de maneira organizada e planejada, o processo intencional de ensino.
Nesse sentido, cabe à escola a superação do conhecimento espontâneo, por
meio do acesso e aquisição do conhecimento sistematizado, conferindo um
tratamento articulado a esses conhecimentos, visando uma análise crítica da
realidade. Efetivar uma práxis pedagógica de superação do conhecimento
espontâneo pressupõe que o professor esteja consciente de que
Os conceitos científicos não se aprendem ou se assimilam de maneira simples, como
hábitos mentais, uma vez que são exigidas relações mais complexas entre o ensino e o
desenvolvimento destes conceitos. Assim, o ensino desempenha um papel primordial no
surgimento e na aprendizagem dos conceitos científicos. (GASPARIN, 2003, p. 65.)
Ao cumprir a especificidade própria da educação, reafirma-se o
compromisso político pedagógico necessário ao desenvolvimento de um
trabalho qualitativo na escola, com todos os alunos. (SAVIANI, 1985). Nesse
sentido, é papel do professor o domínio acerca dos conteúdos a serem
ensinados e da metodologia mais adequada à sua assimilação pelos alunos, o
conhecimento sobre as características de desenvolvimento das crianças e dos
adolescentes, a construção de vínculo afetivo fundamentado em teorias do
desenvolvimento humano e na relação de autoridade do professor, a adequada
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOutilização do tempo no planejamento das atividades (visando a assimilação do
conhecimento por parte das crianças e dos adolescentes), o incentivo à
expressão dos alunos em sala de aula e em outras instâncias de participação da
escola.
Espera-se contribuir para reflexões acerca do papel da escola na
construção de uma educação igualitária. Uma educação que, embora situada
num contexto de desigualdades, não forma sujeitos conformados com esta
condição, mas pessoas conscientes de seu papel para a construção de uma
sociedade que garanta o acesso de todas as pessoas aos bens produzidos
coletivamente. A formação destes sujeitos críticos requer como já refletimos
anteriormente, a superação do conhecimento cotidiano ou de senso comum,
pela assimilação do conhecimento sistematizado, intencional. É com este
intuito, de contribuir com as discussões da escola sobre as grandes questões
que norteiam o trabalho pedagógico, como: qual a função social da escola, o
homem que se pretende formar e para que sociedade, partindo de questões não
menos importantes, como: o que ensinar, como ensinar, quando e para quê
ensinar.
3.6 Concepção de alfabetização e letramento
É preciso considerar que a base para o processo de construção do
conhecimento e ensino-aprendizagem se inicia com a alfabetização e
letramento de nossos educandos. Esse processo se dá a partir do momento que
a criança ingressa nas séries iniciais do ensino fundamental, se expandindo até
as séries finais, exigindo por parte da escola e dos profissionais da educação
uma análise e reflexão crítica e consciente a respeito das práticas pedagógicas
e das necessidades dos mesmos.
Nesse sentido é fundamental destacar as diferenças entre
alfabetização e letramento: o primeiro conceito pode ser definido como uma “...
ação de se apropriar do alfabeto, da ortografia da língua que se fala...”. (ROJO,
2010, p.23) Já o segundo são “... os modos culturais de se utilizar a linguagem
escrita com que as pessoas lidam em suas vidas cotidianas”. (ROJO, 2010, p.26)
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIODurante décadas para ser considerado alfabetizado, bastava saber
assinar o próprio nome e saber ler algumas palavras. Mas com o crescimento e
ampliação do trabalho nas indústrias e a intensificação das práticas letradas nas
cidades, isso passou a ser insuficiente. Diante desse novo cenário de
desenvolvimento social, econômico, cultural, não bastava ser alfabetizado, era
necessário ir além e dar sentido a leitura e a escrita no cotidiano, isto é, ser
letrado.
Segundo Magda Soares, “Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler
e escrever dentro de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e
façam parte da vida do aluno”, ou seja, o educando deve saber fazer uso e
envolver-se nas atividades de leitura e escrita em seu contexto social diário.
(SOARES, 2003, p. 3)
Sendo assim, a escola possui um papel de democratizar os
letramentos, em suas diferentes disciplinas, proporcionando o acesso qualitativo
a prática social da leitura e da escrita, através de livros, jornais, revistas, mapas,
gráficos, para “... garantir que os estudantes tenham direito de aprender a ler e
escrever de maneira contextualizada, assim como é essencial buscar assegurar
a formação de estudantes que lêem, escrevem, interpretam, compreendem e
fazem uso social desses saberes e, por isso, têm maiores condições de atuar
como cidadãos nos tempos e espaços além da escola”. (BEAUCHAMP, 2007, p.
11)
Letrar na escola consiste, portanto, “... em criar eventos que possam
integrar os alunos a práticas de leitura e escrita socialmente relevantes que
estes ainda não dominam”. (ROJO, 2010, p.26) Significa dizer que é importante
conectar-se a cultura local dos alunos e buscar compreende-la para relacioná-la
à cultura e bens culturais que estes ainda não tiveram acesso, levando em
consideração suas necessidades e interesses.
3.7 Concepção de Ensino/Aprendizagem
Ao se tratar de aprendizagem na escola verifica-se que, numa concepção de
educação em que a transmissão de conhecimentos é o único objetivo e a manutenção da
realidade é a finalidade, nessa ótica, o professor é simplesmente aquele que detém o
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOconhecimento e, portanto, o transmite para os estudantes. A capacidade de ver o outro, de
captar a aprendizagem já existente no estudante, tende a não ser considerada pelo
professor. De outro lado, numa educação emancipadora, que busca a transformação da
realidade, o conhecimento passa a ser fruto de uma construção coletiva, e, assim, o
professor é mais do que mero “ensinante” e o processo de ensino-aprendizagem adquire
movimento de troca e decrescimento mútuo. Nessa percepção, como Paulo Freire tão bem
desvelou, o processo de ensino-aprendizagem é uma seta de mão dupla: de um lado, o
professor ensina e aprende e, de outro, o estudante aprende e ensina, num processo
dialético, isto é, permeado de contradições e mediações.
O processo pedagógico caracteriza-se, portanto, como um movimento próprio de
vindas, de construções sobre construções. São inúmeras as variáveis que interferem nesse
processo, tais como as condições materiais e as relações simbólicas. E toda essa
complexidade deve ser compreendida e trabalhada por aqueles que constroem o cotidiano
escolar.
Assim, a responsabilidade pela aprendizagem escolar dos estudantes é
igualmente dividida entre seus componentes: gestores, professores, estudantes e pais.
3.8 Concepção de Avaliação
A escola é responsável pela verificação do rendimento do estudante, mediante
instrumentos previstos no regimento escolar e observadas as diretrizes da lei. Esse é um
aspecto que constitui um permanente desafio para os educadores. De acordo com a
legislação vigente, podem ser consideradas a avaliação contínua e a cumulativa, em que
prevalecem os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, bem como os resultados ao
longo do ano sobre os de provas.
A avaliação constitui um elemento central na organização da prática pedagógica,
na medida em que favorece o processo de construção do conhecimento. De fato, pode-se,
por meio dos critérios e instrumentos de avaliação, constatar, compreender e intervir nos
processos de construção do conhecimento. Processual, reflexiva e cumulativa, a avaliação
concorre, entre outros aspectos, para a definição do tempo e das formas de promoção do
estudante.
41
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Para a efetivação dessas avaliações, o tempo terá que ser considerado, tendo
em vista que o resultado do processo de aprendizagem aparece ao longo da vida.
Contudo, todos sabem que o desempenho dos estudantes é aferido em diversos
momentos durante o ano letivo, e há o reconhecimento de que a ampliação do tempo
escolar é imprescindível para o seu amadurecimento intelectual e afetivo.
Vale salientar que o resultado do desempenho escolar nos fornece apenas uma
“fotografia”, em um determinado tempo, das condições de aprendizado do estudante, mas
não avança na indicação do que é necessário fazer para melhorar o ensino e as práticas
pedagógicas. É preciso ir mais fundo, em busca das causas do sucesso ou insucesso
escolar, examinando a lógica político-pedagógica que norteia o ambiente escolar.
Certamente, nessa busca, o tempo necessário à aprendizagem constituirá um fator
determinante.
Em relação à avaliação, recuperação de estudos e cálculo da média final para
aprovação, será considerado o constante no Regimento Escolar do Colégio, o qual, em
linhas gerais, expõem o seguinte:
• A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno;
• Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração
pessoal, sobre a memorização, evitando a comparação dos alunos entre si;
• A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas neste documento;
• É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único instrumento de
avaliação;
• O resultado da avaliação proporciona dados que permitam a reflexão sobre a ação
pedagógica, contribuindo para que a escola/o professor possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino;
• O sistema de Avaliação Bimestral será composto pela somatória da nota 3,0 (três
vírgula zero) referente a atividades diversificadas; mais a nota 7,0 (sete vírgula zero)
42
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOresultante de no mínimo 02 avaliações, totalizando nota final de 10,0 (dez vírgula
zero);
• A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos;
• A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem;
• A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados, constituindo-se em mais um
componente do aproveitamento escolar;
• A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, no
mínimo 6,0 (seis vírgula zero) aliada à apuração da sua freqüência, mínima de 75%
(setenta e cinco por cento), para tanto, será utilizada a seguinte fórmula;
MA = 1º B(x1) + 2º B(x2) + 3º B(x3) + 4º B(x4)
_______________________________
10
3.9 Princípios de Igualdade – Qualidade - Autonomia
Igualdade preconiza a possibilidade de acesso ao conhecimento científico,
cultural e socialmente construído pela humanidade, para todos, possibilitando, ainda, aos
diferentes, diferentes formas, tempos e espaços de aprendizagem. A ótica do direito ao
conhecimento garante ao estudante a permanência na escola, sua promoção escolar,
como condição necessária ao seu desenvolvimento.
A escola está inserida num meio social que leva à definição de vocações
próprias, que se diversificam ao incorporar as necessidades locais e as características dos
alunos e participação dos professores e das famílias no desenho institucional considerado
adequado para cada escola.
Inspirada na política da igualdade, a diversidade reconhece que a equidade se
alcança pela igualdade de oportunidades com diversidade de tratamento.
É indispensável mecanismos de avaliação dos resultados para se verificar se os
pontos de chegada estão sendo comuns. A análise dos resultados das avaliações e dos
indicadores de desempenho deverá permitir às escolas e às instancias de execução da 43
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOpolítica educacional, avaliar seus processos, verificar suas debilidades e qualidades, e
planejar a melhoria do processo educativo.
O termo qualidade tem tomado forma e conteúdo diferentes, com o passar
dos anos. Infelizmente, o sentido de qualidade da educação tem-se baseado, nos últimos
anos, na lógica econômica, oriunda do mundo empresarial. A educação emancipadora
rompe com qualquer padrão preestabelecido de qualidade, em decorrência do próprio
desenvolvimento das relações sociais.
Numa educação emancipadora, o sentido de “qualidade” precisa ser decorrente
do desenvolvimento das relações sociais (políticas, econômicas e culturais)
contextualizadas e sua gestão contribuir para o fortalecimento da escola pública,
construindo uma relação efetiva entre democratização e qualidade.
Autonomia capacita o sujeito à reflexão, ao debate, à tomada de decisão de
acordo com interesses, necessidades e motivações próprias. A autonomia é entendida no
sentido democrático e se efetiva para além do que é particularmente pensado e desejado,
com prioridades baseadas em critérios de escolha que considerem o que é importante para
o sujeito e, ao mesmo tempo, o que é relevante para a coletividade.
A proposta pedagógica em permanente construção é a forma pela qual a
autonomia se exerce. Seu objetivo é por em prática um processo contínuo de mobilização
para alcançar as metas propostas. A proposta pedagógica não existe e nem alcançará
êxito sem um forte protagonismo do professor e sem que este dela se aproprie,
colaborando na transformação da realidade educacional que aí está.
A autonomia escolar não implica na omissão do Estado, pois a autonomia
escolar desligada dos pressupostos éticos poderá levar a atitudes contrárias à convivência
democrática. O Estado tem a obrigação de viabilizar as condições materiais e humanas
para que esta proposta alcance suas metas.
Na sala de aula a autonomia do professor tem como pressuposto sua
capacidade didática e seu compromisso com o aluno, confiando na capacidade de todos
para aprender. Deve buscar o aprimoramento e a qualidade dos alunos inspirado na
política da sensibilidade buscar a qualidade e garantir a todos as oportunidades iguais de
aprendizagem e tratamento adequado às suas características pessoais. Esta autonomia
depende de qualificação permanente, garantindo-se aos professores que aprendam a
aprender e continuem aprendendo.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Por fim, todos estes procedimentos exigem contínua avaliação, onde os
resultados sejam públicos e sirvam para se estabelecer às correções necessárias para o
pleno exercício da proposta pedagógica da escola.
IV – PROPOSIÇÃO DE AÇÕES
4.1 Estágio não-obrigatório
O Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de
trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam
freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação
profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino
fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.
A inserção do educando no mercado de trabalho, através do estágio é uma
oportunidade para este apropriar-se da vivência na prática, de conceitos apreendidos nos
bancos escolares e vice-versa.
O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade
profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando
para a vida cidadã e para o trabalho.
Em nosso Colégio estaremos atendendo os alunos através da perspectiva do
estágio não obrigatório, caracterizado como aquele desenvolvido como atividade opcional,
acrescida à carga horária regular e obrigatória. Através deste, não se cria vínculo
empregatício de qualquer natureza, pois devem ser observados os seguintes requisitos:
I – matrícula e freqüência regular do educando no curso de ensino médio,
II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio
e a instituição de ensino;
III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no
termo de compromisso.
O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter
acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino e por
supervisor da parte concedente, comprovado por vistos em relatórios próprios para tal fim.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a
instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal,
devendo constar do termo de compromisso ser compatível com as atividades escolares e
não ultrapassar 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes
do ensino médio regular, sendo que nos períodos de avaliação, a carga horária do estágio
será reduzida à metade, segundo estipulado no termo de compromisso, para garantir o
bom desempenho do estudante nas atividades escolares.
A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2(dois)
anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência.
O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha
a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na
hipótese de estágio não obrigatório. Todavia esta eventual concessão de benefícios
relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo
empregatício.
Também deve ser assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha
duração igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser
gozado preferencialmente durante suas férias escolares, com direito à remuneração, caso
tenha sido acordado entre as partes. Caso o período de duração seja inferior a 1(um) ano,
os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de maneira proporcional.
Todas as formas de estágio, que estão em desconformidade com a Lei nº
11.788, caracterizam vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio
para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.
4.2 Desafios Educacionais Contemporâneos e Diversidade Cultural
Desafios Educacionais Contemporâneos são demandas que possuem uma
historicidade, por vezes oriundas dos anseios dos movimentos sociais, outras vezes fruto
das contradições da sociedade capitalista e, por isso, premente na sociedade
contemporânea. São de relevância para a comunidade escolar, pois estão presentes nas
experiências, práticas, representações e identidades de educandos e educadores.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOBuscando oferecer suporte para o enfrentamento destas questões, a escola
concentra seus trabalhos em dois eixos: formação continuada dos educadores e produção
de material de apoio.
Subsidiados os educadores voltam-se para um trabalho de atendimento da
diversidade, não mais em forma de Projetos, mas incluso na Proposta Pedagógica
Curricular, tendo como documento orientador da abordagem pedagógica, as Diretrizes
Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.
4.3 Educação Ambiental
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOEm cumprimento à Lei nº 9.795/99, em relação à Educação Ambiental, este
Estabelecimento de Ensino procura proporcionar aos educandos processos por meio dos
quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso
comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Além dos
conteúdos intrínsecos do currículo de cada disciplina a este respeito, a Escola desenvolve
ações e engaja-se em campanhas de níveis municipal, estadual e nacional sobre esta
temática, tida hoje como um desafio educacional contemporâneo.
Os princípios básicos da educação ambiental: enfoque humanista, holístico,
democrático e participativo; concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando
a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural; o pluralismo de
idéias e concepções pedagógicas; a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as
práticas sociais; a garantia de continuidade e permanência do processo educativo; a
permanente avaliação crítica do processo educativo; a abordagem articulada das questões
ambientais locais, regionais, nacionais e globais; o reconhecimento e o respeito à
pluralidade e à diversidade individual e cultural.
Temos como objetivos fundamentais da educação ambiental: o desenvolvimento
de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas
relações; a garantia de democratização das informações ambientais; o estímulo e o
fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social; o
incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do
equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um
valor inseparável do exercício da cidadania; o estímulo à cooperação entre as diversas
regiões do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma
sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade,
solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade; o fomento e
o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia; o fortalecimento da cidadania,
autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da
humanidade.
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COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL GASPAR DUTRA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOA Política Nacional de Educação Ambiental também compreende a capacitação
de recursos humanos para atuação, pesquisa e experimentação dentro desta temática,
devendo constar nos currículos de formação de professores, em todos os níveis e em todas
as disciplinas. Os professores em atividade devem receber formação complementar em
suas áreas de atuação.
A educação ambiental será desenvolvida como uma prática educativa integrada,
contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal, não sendo
implantada como disciplina específica no currículo de ensino.
4.4 História e da Cultura Afro-Brasileira e Indígena
A partir da Lei 10.639/03, de 09 de janeiro de 2003, Deliberação Estadual 04/06
e Diretrizes Curriculares Nacionais, organizou-se que os conteúdos de todas as disciplinas
da matriz curricular deveriam obrigatoriamente contemplar o ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana.
No entanto, essa lei não contemplava a cultura indígena, então, a Lei 10.639/03
foi substituída pela Lei 11.645/2008 que estabelece a obrigatoriedade da temática “História
e Cultura Afro-brasileira e Indígena” nas diretrizes curriculares. Portanto, estabelece-se que
nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados,
torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. O conteúdo
programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura
que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos,
tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos
indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação
da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e
política, pertinentes à história do Brasil. Os conteúdos referentes à história e cultura afro-
brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo
escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras."
(NR)
Devemos ter claramente definido, que este tema não necessita ser trabalhado
em forma de projeto e nem somente no Dia da Consciência Negra - 20 de novembro, mas
que sua temática permeia nossa práxis pedagógica diariamente.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO4.5 Enfrentamento à violência na escola
Segundo Cleo Fantes, "um dos maiores desafios da humanidade, postergado ao
século XXI, é o de extirpar as principais causas que ameaçam a construção da paz, dentre
as quais se destaca a violência" dentro do contexto mundial de violência o ambiente
escolar não está isento de enfrentamentos como: pouca tolerância em relação ao outro;
agressões físicas e psicológicas.
A principal causa é:
1- A Família. É neste núcleo que as crianças e jovens adquirem os modelos de conduta
que exteriorizam. A pobreza, violência doméstica, alcoolismo, toxicodependência,
promiscuidade, desagregação dos casais, ausência de valores, detenção prisional,
permissividade, demissão do papel educativo dos pais são as principais causas
que deterioram o ambiente familiar. Outra questão é que a família, núcleo
primordial de educação, tem vindo dissimuladamente a delegar esse papel para a
escola, dado que é no contexto educativo familiar que os filhos passam a maior
parte do dia.
Todavia, nenhuma outra instituição poderá jamais substituir as condições
educativas da família, nem parece ser razoável que seja unicamente a escola a ensinar
valores tão necessários para o normal desenvolvimento dos jovens tais como: a
democracia, as regras para a sã convivência, o respeito pelo outro, a solidariedade, a
tolerância e o esforço pessoal.
2-Os alunos. O que faz com que um aluno exerça violência? Muitas vezes a raiz do
problema não se centra na educação. O jovem apresenta problemas que deveriam
ser direcionados para a saúde mental infantil e adolescente, para a proteção social
ou até judicialmente, esse último encontra muita resistência entre os educadores,
porque o educador sente-se impotente, frustrado para ajudar o aluno na sua
educação, no entanto, devem-se reconsiderar as instâncias pedagógicas de
responsabilidade do professor e o fato indisciplinar, perturbação do trabalho do
professor, agressões verbais e físicas, entre os alunos e profissionais do ambiente
escolar.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO3- Os grupos e turmas. Esses enquanto conjunto estruturado de indivíduos tem muita
importância nos processos de socialização e de aprendizagem nos jovens.
Influenciam certos comportamentos, positivos ou negativos, que os adolescentes
demonstram, sendo o resultado de processos de imitação de outros membros do
grupo, portanto são referenciais de conduta. Além disso, é recorrente a escola ser
palco de acertos externos desses grupos, porque o ambiente escolar é espaço de
encontro.
4- A escola. A escola apresenta estrutura física e características pedagógicas do passado,
no entanto, a demanda social no qual todos estão inseridos exige dos profissionais
da educação estratégias de reorganização para lidar com a violência no ambiente
escolar agregando profissionais da área da saúde e educadores sociais, pois
somente punir o aluno judicialmente e obrigá-lo a frequentar as aulas sem um
acompanhamento profissional não leva a um resultado positivo.
O sistema educacional tem responsabilidade sobre a construção de normas e
modelos de conduta, uma das alternativas é o Regimento Escolar e Regulamento Interno
do Colégio que têm a função formadora no sentido de regrar condutas de convivência a
partir do ambiente escolar. Os Professores e funcionários têm o dever de exercer
intencionalmente influências positivas nos alunos, porque a escola é um dos referenciais
positivos e esta não pode ignorar que os conflitos e problemas sociais existem.
4.6 História do Paraná
Com a Lei Estadual nº 13.381 - 18 de Dezembro de 2001 torna-se obrigatório,
no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual de Ensino, conteúdos da
disciplina História do Paraná, objetivando a formação de cidadãos conscientes da
identidade, potencial e valorização do nosso Estado.
Os conteúdos relativos ao ensino da História do Paraná deverão permanecer, no
currículo da disciplina de História e a aprendizagem dos conteúdos curriculares deverão
oferecer abordagens e atividades, promovendo a incorporação dos elementos formadores
da cidadania paranaense, partindo do estudo das comunidades, municípios e microrregiões
do Estado.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOSerá feita alusão a respeito dos símbolos de nosso Estado, como por exemplo, a
Bandeira, o Escudo e o Hino do Paraná. A Escola também deve propiciar momentos nos
quais o hasteamento da Bandeira do Estado e o canto do Hino do Paraná se constituirão
atividades diárias regulares e, também, nas comemorações festivas.
4.7 Educandos com necessidades educacionais especiais
Levando-se em consideração a Deliberação Nº 02/03 aprovada em 02/06/03,
que trata das normas para a Educação Especial, modalidade da Educação Básica para
alunos com necessidades educacionais especiais, no Sistema de Ensino do Estado do
Paraná, cabe aos estabelecimentos de ensino assegurar a educação de qualidade a todos,
em todas as etapas da educação básica, e apoio, complementação e/ou substituição dos
serviços educacionais regulares. Em nossa realidade, obedecendo ao direito ao acesso
dos educandos com necessidades educacionais especiais, conquistamos a partir do ano
de 2011 a abertura da sala de recursos para atendimento à esta clientela, pois
necessitam da complementação/suplementação para auxiliá-los no processo qualitativo de
aprendizagem.
As necessidades educacionais especiais são definidas pelos problemas de
aprendizagem apresentados pelo aluno, em caráter temporário ou permanente, bem como
pelos recursos e apoios que a escola deverá oportunizar objetivando a superação das
barreiras para a aprendizagem.
Com o funcionamento da Sala de Recursos estamos ofertando atendimento
educacional especializado aos alunos com necessidades educacionais especiais
decorrentes de: dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de
desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, não
vinculadas a uma causa orgânica específica ou relacionadas a distúrbios, limitações ou
deficiências; dificuldades de comunicação e sinalização demandando a utilização de
outras línguas, linguagens e códigos aplicáveis; condutas típicas de síndromes e quadros
psicológicos neurológicos ou psiquiátricos; superdotação ou altas habilidades que, devido
às necessidades e motivações específicas, requeiram enriquecimento, aprofundamento
curricular e aceleração para concluir, em menor tempo, a escolaridade, conforme normas a
serem definidas por Resolução da Secretaria de Estado da Educação.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIONa medida do possível, este estabelecimento de ensino, em parceria com sua
mantenedora, compromete-se em garantir a acessibilidade nas edificações, com a
eliminação de barreiras arquitetônicas nas instalações, no mobiliário e nos equipamentos,
conforme normas técnicas vigentes e adaptações já realizadas; dispor de professores e
equipe técnico-pedagógica habilitados ou especializados; prestar apoio docente
especializado, conforme a oferta regimentada, levando-se em consideração clientela e
profissional habilitado; redução de número de alunos por turma, com critérios definidos pela
mantenedora, quando estiverem nela incluídos alunos com necessidades educacionais
especiais significativas os quais necessitam de apoios e serviços intensos e contínuos;
atendimento educacional especializado complementar e suplementar; flexibilização e
adaptação curricular, em consonância com a proposta pedagógica da escola; projeto de
enriquecimento curricular e de aceleração para superdotados.
4.8 Sala de recursos
A Sala de Recursos é um serviço da educação especial que identifica, elabora e
organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena
participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas e complementa
e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua autonomia na escola e fora dela,
constituindo oferta obrigatória pelos sistemas de ensino e está atrelada a inclusão dos
alunos “público alvo” no Ensino Regular.
A sala de recursos está pronta para servir pedagogicamente a alunos com
necessidades educativas especiais, avaliando cada caso, atendendo-os individualmente ou
em pequenos grupos, em sala de aula, dando apoio complementar aos professores e pais
que atuam diretamente com as dificuldades de seus filhos e discentes. Alunos que podem
ser atendidos:
- alunos com distúrbios de aprendizagem dislexia, discalculia, disortografia, disgrafia;
- alunos com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade;
- alunos com deficiência intelectual.
4.9 Inclusão
Analisando a evolução histórica dos movimentos para universalizar acesso às
escolas, conclui-se que o paradigma da inclusão vem caracterizar uma orientação que,
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOnecessariamente, diz respeito à melhoria da qualidade das respostas educativas de nossas
instituições de ensino-aprendizagem para todos.
Embora este movimento esteja predominantemente relacionado ao alunado da
Educação Especial, é um equívoco supor que a proposta diz respeito a esses sujeitos,
apenas. A inclusão educacional implica no reconhecimento e atendimento às diferenças de
qualquer aluno que, seja por causas endógenas ou exógenas, temporárias ou
permanentes, apresenta dificuldades de aprendizagem.
Neste sentido, promover o desenvolvimento das potencialidades dos alunos
exige a avaliação permanente da eficácia dos serviços educacionais prestados, permitindo,
quando indicada, a mobilidade dos educandos entre as diferentes opções de apoios e
serviços especializados ofertados.
Desse modo, desloca-se o foco do especial ligado ao aluno para o enfoque do
especial atribuído à Educação. Mesmo que os alunos apresentem características
diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências, mas, também, de condições
socioculturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios
diferenciados daqueles normalmente oferecidos no contexto da escola regular.
Esse novo ponto de vista sinaliza para a necessária revitalização do Currículo da
escola e da provisão de recursos humanos, materiais, técnicos e tecnológicos pelos
Sistemas de Ensino, conforme prevê a Deliberação nº. 02/03 – CEE.
Com este propósito, busca-se que o processo de inclusão educacional seja
efetivo, assegurando o direito à igualdade com eqüidade de oportunidades. Isso não
significa um modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços
especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades. É
partindo desse princípio que entendemos que embora a escola regular seja o local
preferencial para a promoção da aprendizagem e inclusão de alunos com necessidades
educacionais especiais (e para isso estamos trabalhando), há uma parcela de alunos que,
em função de seus graves comprometimentos ou necessidade de comunicação
diferenciada, requer atenção individualizada e adaptações curriculares significativas, e que
necessitam que seu atendimento seja realizado em classes ou escolas especiais.
4.10 Gênero e Diversidade Cultural
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOA temática de gênero e diversidade cultural, tem entrado em pauta, ultimamente,
nas discussões que abordam questões relativas à direitos humanos, educação, cidadania,
entre outros.
Pensar em diversidade no Brasil, significa levar em conta a origem das famílias e
reconhecer as diferenças de referências culturais. Significa também, reconhecer que no
interior destas famílias e na relação de umas com as outras encontramos indivíduos que
não são iguais, que tem especificidades de gênero, raça/etnia, religião, orientação sexual,
valores, e outras diferenças definidas a partir de suas histórias pessoais. A convivência
com a diversidade implica o respeito, o reconhecimento e a valorização do/a outro/a. Sem
isso não há como promover a tão necessária igualdade de direitos.
Gênero e Diversidade Cultural também são temas que permeiam a escola e a
ação educativa, especialmente no que diz respeito às relações e ao diálogo que se
estabelece no ambiente escolar. O objetivo principal é contribuir na ampliação do debate e
para o aprimoramento da formação em torno do respeito à diversidade e do combate às
formas de discriminação envolvendo gênero, sexualidade e relações étnico raciais.
Neste contexto, é fundamental salientar que o currículo escolar não é neutro e
que a diversidade está presente em cada entrelinha, em cada imagem, em cada dado, nas
diferentes áreas do conhecimento. Sendo assim, a escola, cumprindo sua responsabilidade
de formar cidadãs e cidadãos, deve formar para a valorização da diversidade,
possibilitando o desenvolvimento e a inclusão de todos os sujeitos.
4.11 Prevenção ao Uso de Drogas
A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas na Escola pode ser considerado um
processo complexo e desafiador, que requer conhecimento fundamentado e desprovido de
preconceitos e discriminações, além de debates sobre assuntos presentes no cotidiano,
como: drogadição, preconceito e discriminação ao usuário de drogas, violência, influência
da mídia, entre outros.
Nesse processo, é de suma importância o estudo e discussão, na e com a
comunidade escolar, sobre leis, artigos, textos e vídeos auxiliares, para o enfrentamento e
prevenção destas questões, através de um diálogo constante, com vistas a tornar a escola
um espaço de superação das relações de dominação da sociedade, mantendo a
centralidade do processo pedagógico no ensinar e no aprender.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOA concepção de educação da Rede Estadual de Ensino visa “contribuir para
minimizar desigualdades sociais e... [conquistar] uma sociedade justa e humana”
(PARANÁ, 2006, p. 11),pois as desigualdades sociais, presentes no processo histórico
brasileiro e paranaense, são influenciadas por práticas econômicas, políticas, sociais
elitistas e privatistas. Em decorrência desta concepção destacam-se nesta abordagem: o
papel das escolas públicas diante da situação das drogas, a questão da formação dos
profissionais da educação sobre este assunto e a prevenção ao uso indevido de drogas
como um dos desafios educacionais contemporâneos.
Portanto, é na escola pública que o processo de reflexão se desenvolve pela
prática dialógica e problematizadora, favorecendo diferentes leituras de mundo e
possibilitando condições para que “sejam produzidas as bases de uma nova sociedade que
se contraponha ao modelo gerador de desigualdades e exclusão social que impera nas
políticas educacionais de inspiração neoliberal” (PARANÁ, 2006, p. 11).
Com relação à formação dos professores constata-se algumas dificuldades para
tratar pedagogicamente a prevenção ao uso indevido de drogas, as quais são
compreensíveis ao considerar que a formação inicial dos mesmos é insuficiente, não sendo
capaz de dar conta de conhecimentos científicos relacionados às drogas. Pois, “tanto na
área específica quanto na formação pedagógica dos professores, os cursos de licenciatura
não preparam especificamente os professores para o enfrentamento [deste desafio], com
exceção das áreas próprias da temática” (PARANÁ, 2006, p. 41).
Assim, a escola, como toda instituição social é permeada por relações de poder
e necessita compreender suas atribuições neste contexto para atuar, intervir e realizar
ações preventivas em consonância aos desafios atuais.
Esta temática vem sendo abordada das seguintes formas:
• Participação dos professores em capacitações promovidas pela
SEED/SENAD e outras instituições;
• Inserção deste conteúdo obrigatório em todas as disciplinas da proposta
curricular;
• Busca de parcerias com Secretarias Municipal e Estadual de Saúde para
palestras e concursos;
4.12 Plano de ação
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOA busca da excelência pressupõe o conhecimento e o desenvolvimento das
potencialidades da escola, a partir de suas características peculiares, clarificando onde e
como cada comunidade escolar pretende chegar.
Excelência é um grau de qualidade que responde às expectativas dos sujeitos
envolvidos no processo e que assegura os efeitos desejados dentro da escola e na
comunidade externa, a partir dos resultados produzidos no coletivo, orientado por dois
critérios: satisfação e efetividade.
O projeto de ações é um instrumento para comunicar a mudança pretendida, e
deverá ser utilizado como um recurso que acompanhará os esforços da escola, seus
desempenhos, os resultados obtidos, permitindo a avaliação do quanto já foi possível fazer
acontecer, como parte do sistema, visando aperfeiçoá-lo em sua totalidade.
Como linhas de ação apresentam:
• Organizar toda a política de educação da escola;
• Promoção do aperfeiçoamento e atualização dos profissionais envolvidos no processo
educacional;
• Estimulação dos profissionais na elaboração e desenvolvimento de projetos que
contribuam com inovações para a melhoria educacional;
• Melhoria dos acervos bibliográficos, materiais de laboratórios de ciências e informática;
• Dinamizar a participação das instâncias colegiadas (APMF, Conselho Escolar, Grêmio
Estudantil, Conselho de Classe, Representantes de turma);
• Dinamizar o processo de inclusão, de acordo com o princípio de igualdade de
oportunidades educacionais para todos;
• Desenvolver o processo de avaliação para a construção do conhecimento que seja
democrático, dialético e permanente;
• Acompanhar o processo de aprendizagem de forma permanente;
• Organizar a implantação da proposta das Orientações Curriculares nas disciplinas do
Ensino Fundamental e Médio;
Todas essas metas e ações estão detalhadas no Plano de Ação que, a cada triênio, são
enviadas ao Núcleo Regional.
4.13 Gestão democrática e os instrumentos de ação colegiada
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Algumas características da gestão escolar democrática são: o
compartilhamento de decisões e informações, a preocupação com a qualidade da
educação e com a relação custo-benefício, a transparência (capacidade de deixar claro
para a comunidade como são usados os recursos da escola, inclusive os financeiros).
Compartilhar decisões significa envolver pais, alunos, professores e outras
pessoas da comunidade na administração escolar. Quando as decisões são tomadas pelos
principais interessados na qualidade da escola, a chance de que dêem certo é bem maior.
A interação dos membros da comunidade escolar, que são: Direção, Direção
Auxiliar, Equipe Pedagógica, Conselho Escolar, APMF, Conselho de Classe, Grêmio
Estudantil, Representantes de turma, Corpo Docente e Discente, Funcionários e Equipe
Administrativa; favorecem a identificação dos fatores críticos e de sucesso na escola, estes
indicam a necessidade de elaboração do Projeto Pedagógico e do Regimento Escolar,
instrumentos chave do processo democrático de gestão escolar. A gestão escolar
democrática requer o seguinte:
• A descentralização do poder do diretor;
• A autonomia do corpo docente e do quadro administrativo;
• A participação de alunos e comunidade na construção coletiva e na definição dos
objetivos da escola;
• Escolha de estratégias e ações, compromissos e competências
• Garantir a representatividade do Conselho Escolar;
• A construção de uma escola comprometida com a transformação social.
A escola constitui espaço de produção de novas experiências e relações:
• Ao mesmo tempo interação, união de idéias e ações;
• Respeito mútuo à individualidade de cada um.
Nesta perspectiva, a gestão participativa desenvolve capacidade decisória,
possibilitando a percepção e a compreensão das diferentes alternativas, pois a vida é um
processo dinâmico, flexível, atualizado, técnico, criativo, adaptável, interdependente
(nossas ações representam o contexto em que vivemos).
Com a gestão colegiada cria-se um clima de confiança para aprender a fazer e a receber
criticas, sem reações emocionais intensas, torna forte o crescimento dos componentes do
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOprocesso de gestão, possibilitando a identificação dos avanços e dificuldades, tendo como
principio o desenvolvimento do ser humano como cidadão.
São esses os instrumentos de ações colegiadas deste estabelecimento:
4.13.1 APMF
Composta por mães e pais de alunos, membros da equipe escolar e
funcionários, a APMF tem força para realizar um trabalho de cooperação extremamente
importante na escola.
A APMF é uma instituição auxiliar da escola responsável pelo recebimento e
aplicação das verbas públicas repassadas às escolas e pelo recebimento de doações.
Em nossa escola a APMF ocupa um lugar de destaque pela ação realizada
durante anos. A articulação do trabalho da APMF com o da equipe da direção do Colégio
tem sido de fundamental importância juntamente com o Conselho Escolar.
A APMF possui um estatuto próprio onde estão definidas suas reais funções e
atribuições de cada membro da instituição.
É importante definir algumas funções da APMF:
- As APMFs foram criadas para promover a integração escola – comunidade
por meio da organização de atividades sociais (festas, sessões de teatro,
campeonatos, etc.) e, além disso, oferecer suporte material ao trabalho
pedagógico;
- Como uma associação a serviço da escola, a APMF é responsável pelo
recebimento e aplicação das verbas repassadas às escolas pelos órgãos
públicos e pelo recebimento de doações;
- O MEC e a SEED, têm feito repasses de verbas para as APMFs, destinadas à
compra de materiais e equipamentos pedagógicos, à manutenção do prédio e
equipamentos, ou mesmo a pequenas reformas.
4.13.2 Conselho escolar
Acreditamos que os voluntários e parceiros podem ter um papel fundamental no
fortalecimento das instâncias de gestão demográfica da escola, integrando-se ativamente a
elas, divulgando sua existência, finalidades e ações;
Nossa escola possui o Conselho Escolar que trabalha em conjunto com a APMF.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOO Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade
Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização
e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em
conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a
Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político Pedagógico e o Regimento da Escola, para
o cumprimento da função social e específica da escola.
A função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às diretrizes e
linhas gerais das ações pedagógicas, administrativas e financeiras quanto ao
direcionamento das políticas públicas, desenvolvidas no âmbito escolar.
A função consultiva refere-se à emissão de pareceres para dirimir dúvidas e
tomar decisões quanto às questões pedagógicas, administrativas e financeiras, no âmbito
de sua competência.
A função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações
educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de problemas e
alternativas para melhoria de seu desempenho, garantindo o cumprimento das normas da
escola bem como, a qualidade social da instituição escolar
A função fiscalizadora refere-se ao acompanhamento e fiscalização da gestão
pedagógica, administrativa e financeira da unidade escolar, garantindo a legitimidade de
suas ações.
Algumas atribuições do Conselho Escolar que implicam em tomar decisões
sobre o funcionamento geral da escola e implementar ações que fortalecem a integração
escola – comunidade, para que possam contribuir precisam saber que o Conselho decide
sobre:
- calendário escolar e horário de funcionamento da escola:
- medidas pedagógicas para melhoria do aproveitamento escolar dos alunos –
proposta curricular, sistema de avaliação, recuperação e reforço escolar;
- uso de verbas públicas, em conjunto com a APMF;
- propostas de combate à evasão escolar;
- ações da escola em relação a serviços de formação continuada para
professores: estabelecimento de parcerias com a Universidade;
- organização de visitas às casas dos alunos evadidos ou dos que apresentam
dificuldades de aprendizagem.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO4.13.3 Grêmio Estudantil
Em nossa escola o Grêmio Estudantil funciona com o nome de “Grêmio
Estudantil Novo Milênio”.
Acreditamos que é fundamental envolver os alunos na vida da escola para que
se identifiquem com ela e a vejam como um bem que lhes pertence, que “tem a sua cara.”
O Grêmio estudantil possui um estatuto próprio que rege sua organização e as
atribuições de cada participante. Possui uma sala própria com aparelho de som e
microfone para o funcionamento de uma rádio.
Eis algumas das atividades que o grêmio pode desenvolver, das quais muitas já
vêm sendo realizadas:
- organização periódica de reuniões de alunos representantes de classe para
debater os acontecimentos de dentro e de fora da sala de aulas;
- participação nas reuniões do Conselho de Classe participativo;
- divulgação para todos os alunos por meio do mural, da rádio ou jornal mural,
das decisões tomadas e de problemas detectados ou avisos;
- participação nas diferentes ações de voluntariado desenvolvidas pela escola
nos vários focos: estímulo à leitura, reforço escolar, artes e esportes, prédios
e equipamentos, saúde escolar, etc.
- organização de atividades de lazer e cultura: passeios, campeonatos, festivais
de poesia, música e dança, bailes, apresentação de grupos de teatro.
- participação em campanhas de saúde e de orientação ambiental;
- organização de palestras e debates sobre assuntos de interesse geral como
eleições , drogas, AIDS, orientação Sexual, etc.
- auxiliar no horário do recreio orientando e auxiliando os alunos;
- organização de recreação para crianças e/ou alunos enquanto mães e pais
estiveram participando de reuniões com professores.
Enfim o Grêmio Estudantil é uma alternativa para o desenvolvimento da
participação dos alunos na gestão democrática da escola e na definição de ações.
4.13.4. Conselho de Classe
Pensarmos sobre conselho de classe implica antes de tudo definição de
critérios, metodologias, ações, enfim de um referencial sobre avaliação. Neste sentido,
conselho de classe pode ser entendido como um instrumento de transformação da cultura
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOescolar sobre avaliação e da prática de avaliação em sala de aula, auxiliando na
aprendizagem.
Segundo Carlos Henrique Carrilho Cruz, o conselho de classe deve refletir a
ação pedagógico-educativa e não apenas se ater a notas ou problemas de determinados
alunos, o conselho verifica se os objetivos, processos, conteúdos e relações estão
coerentes com a proposta pedagógica. O Conselho de Classe deve constituir-se numa
ação pedagógica histórica, isto é, inserida dentro do processo de vida que a escola vive,
intencionalmente executada e com um fim claro. O Conselho está inserido no processo
educativo e é, ele mesmo, etapa dinamizadora deste processo; é um espaço de avaliação
do professor e dos serviços pedagógicos sobre seu próprio trabalho e busca conjunta de
alternativas de ação que levem à consecução dos objetivos, além disso ajuda para que o
grupo se conheça como grupo, avalie sua ação como grupo que interage com os alunos da
série ou da turma e descubra meios mais eficientes e eficazes para que os alunos cresçam
como pessoas e como estudantes, pessoal e coletivamente. Este momento deve
representar além de tudo que fora exposto, um momento alegre, prazeroso e ao mesmo
tempo sério, enquanto momento de emersão e crescimento da consciência pessoal e de
grupo.
Para que o conselho de classe surta o efeito necessário, é importante que se
faça uma análise da turma, apontando as causas dos problemas que o grupo apresenta,
para que se possam propor ações concretas ou atitudes que podem produzir as
modificações desejadas. Importante também é que se percebam quais fatores influenciam
positiva ou negativamente no rendimento da turma, que são as causas dos problemas
apresentados.
Sendo assim, o CC é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa
em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe de Estabelecimento
de Ensino, constituído pela Direção, Equipe Pedagógica, por todos os professores que
atuam numa mesma classe, alunos e pais, quando convocados. Sua função essencial é a
participação direta, efetiva e entrelaçada dos profissionais que atuam no processo
pedagógico, sendo o foco central o processo de ensino a aprendizagem dos educandos,
constatada através da avaliação.
No colegiado são coletadas sugestões, idéias, para redefinir práticas
pedagógicas e ações coletivas e/ou individuais pela escola, bem como aperfeiçoar o
processo de avaliação, tanto em seus resultados sociais como pedagógicos.
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1º CONSELHO DE CLASSE – DIAGNÓSTICO
1 – Cada professor, preencherá uma ficha de Pré-conselho, referente as turmas onde
ministra aulas, considerando aspectos relativos ao cumprimento de seu PTD e também
registro individual de alunos enumerando as dificuldades dos mesmos. Esta será entregue
para equipe pedagógica.
2 – De posse da ficha preenchida pelo professor, será elaborada pela equipe pedagógica
uma ficha de acompanhamento de Conselho de Classe com dados básicos de cada aluno:
identificação e vida escolar. Esta ficha será utilizada durante a realização do Conselho
propriamente dito, nos quatro bimestres.
3 – Na reunião do Conselho de Classe, a equipe pedagógica e os professores, de posse de
suas fichas de anotações, discutirão quais procedimentos para melhorar o rendimento
escolar dos alunos.
4 – Logo após o CC, o professor conselheiro trabalhará o retorno das informações e
encaminhamentos com a turma em sala de aula, esclarecendo o resultado do conselho, as
dificuldades encontradas, apresentando as sugestões dos professores, buscando com
alunos sugestões e compromisso para a superação de tais problemas. Estes combinados
serão registrados e assinados pela turma.
6 – Em reunião específica serão entregues aos pais resultados em forma numérica, de
acordo com o sistema de avaliação, em boletins escolares. Caso haja necessidade serão
atendidos os pais cujos filhos possuem maiores dificuldades ou outras necessidades.
2º CONSELHO DE CLASSE
1 – Cada professor preencherá uma ficha de Pré-conselho, referente às turmas onde
ministra aulas, considerando aspectos relativos ao cumprimento de seu PTD e também
registro individual de alunos enumerando as dificuldades dos mesmos. Esta será entregue
para equipe pedagógica.
2 - De posse da ficha de avaliação para o Pré-conselho de Classe o professor conselheiro
realizará com a turma a auto-avaliação do processo ensino-aprendizagem, onde serão
avaliados itens, como: participação, entrega de trabalhos, hábitos de estudo, indisciplina,
disciplinas/conteúdos, métodos utilizados, instrumentos de avaliação, entre outros. Esta
será entregue para a equipe pedagógica, que repassará os dados para a ficha de
acompanhamento do Conselho de Classe.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO3 – Realização do Conselho propriamente dito, onde a partir das fichas, serão discutidos os
resultados e comparados com o 1º Bimestre, verificando se houve resolução e/ou
permanência de problemas e novas situações.
4 – Será realizada convocação aos pais para reunião, juntamente com professores, equipe
pedagógica e alunos, onde serão repassados dados discutidos no CC. Após a reunião,
será realizada a entrega dos boletins e caso haja necessidade os professores ficarão à
disposição dos pais para conversa acerca das dificuldades e/ou necessidades de seu filho.
3º CONSELHO DE CLASSE
1 - De posse da ficha de avaliação para o Pré-conselho de Classe o professor conselheiro
realizará com a turma a auto-avaliação do processo ensino-aprendizagem, onde serão
avaliados itens, como: participação, entrega de trabalhos, hábitos de estudo, indisciplina,
disciplinas/conteúdos, métodos utilizados, instrumentos de avaliação, entre outros. Esta
será entregue para a equipe pedagógica, que repassará os dados para a ficha de
acompanhamento do Conselho de Classe.
2 – Realização do CC propriamente dito, com a apresentação do professor conselheiro da
ficha preenchida com a turma.
3 – Análise da ficha de acompanhamento de CC preenchida no 1º e 2º bimestre com a
situação e desempenho de cada aluno.
4 – Em data previamente marcada, a Equipe Pedagógica procederá a entrega de boletins
aos pais e/ou responsáveis, e repassará as informações contidas nas fichas de
acompanhamento escolar, discutidas durante o Conselho de Classe. Caso seja necessário,
será agendado um momento de encontro entre responsáveis, aluno(a) e professor(a) na
hora atividade, a fim de debaterem a respeito do desempenho e postura escolar frente ao
processo de ensino aprendizagem.
4º CONSELHO DE CLASSE
O colegiado de cada turma é soberano.
Analisar criteriosamente cada caso:
Evolução do aluno durante o ano, a partir do diagnóstico (registro em ficha de
acompanhamento em CC);
Se buscou solucionar o(s) problema(s);
Teve oportunidade de fazê-lo.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIODivulgação dos resultados com entrega de boletins.
4.13.5. Representante de turma
A cada inicio de ano letivo tem-se por costume a eleição do líder de classe e/ou
representante de turma em nossa escola. De maneira geral, procuramos conscientizar os
alunos que escolham alguém que os represente quando for necessário e também são
algumas atribuições do aluno líder:
• Ser elemento de ligação da turma com os professores e os serviços da Escola;
• Participar das reuniões solicitadas pela Direção / Professores/Equipe Pedagógica;
• Transmitir à turma recados e informações sobre assuntos de interesse coletivo recebidos da Escola;
• Proporcionar à turma um ambiente de amizade e união;
• Seja justo na sala de aula. Que prevaleça sempre a verdade;
O representante de turma deve um aluno ou aluna que saiba utilizar essa liderança para
o bem da turma como um todo, sabendo que a melhor liderança é aquela que reverte no
maior bem para o maior número de pessoas. Não havendo postura de líder e liderança
positiva, o aluno escolhido através do voto dos colegas será substituído.
O líder de classe é o representante da classe para tratar dos problemas junto a
todos os órgãos escolares.
4.13.6. Professor conselheiro de classe
A escola é espaço de construção, sistematização, apropriação e socialização do
conhecimento. Ao mesmo tempo pela pluralidade de idéias, valores e as múltiplas formas
de expressar, os mesmos tornam-se também espaço de conflitos, oposições.
Entendendo que o professor, por ser o profissional dentro da escola que mantêm
o maior tempo de contato com o aluno e que possui uma relação direta com o mesmo, é o
elemento chave para construir boas relações, procurando minimizar a indisciplina,
expressa através da indiferença, agressividade, resistência às atividades, palavrões.
Assim considerou-se necessário a implantação de um mecanismo de
representatividade dos professores junto aos alunos e comunidade escolar, o professor
conselheiro de classe, que é o elemento mediador entre a respectiva turma, a Direção,
Equipe Pedagógica, demais professores e comunidade escolar.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Em nossa escola, utilizam-se diferentes estratégias, sempre acordadas com os
professores, para efetuar a escolha do professor Conselheiro de Classe, a cada início de
ano.
Ações:
Analisar e conhecer o perfil da turma no que ser refere ao aproveitamento, disciplina,
frequência.
Estabelecer diálogo junto a turma de sua responsabilidade no sentido de incentivá-
la, sensibilizá-la, proporcionando momento de reflexão e discussão que favoreça a
melhoria do perfil da turma.
Receber informações dos colegas sobre a turma, registrar os problemas e
encaminhá-los oficialmente a direção e a supervisão.
Encaminhar alunos com problemas de aprendizagem indisciplina para a direção e
supervisão através da ficha de encaminhamento.
Acompanhar a turma em atividades gerais da escola, acompanhar o rendimento
bimestral da turma, buscando junto a secretaria e supervisão a síntese do resultado
de cada bimestre;
Favorecer a criação de ambiente social relacional, favorável ao processo
pedagógico;
Encaminhar alunos com problemas de aprendizagem/indisciplina para a direção e
supervisão através da ficha de encaminhamento.
Representar a turma sob sua responsabilidade no conselho de classe e em entrega
de boletins aos pais.
4.14 Valorização profissional
As correntes pedagógicas já são unânimes na concepção de que educar implica,
essencialmente, mergulhar no universo do aluno e exercer um papel formador. Para tanto,
é preciso que o docente domine recursos, posturas, técnicas e métodos que levem o
estudante a pensar investigar e descobrir o mundo por si mesmo, a construir um
aprendizado autônomo, mas a formação contínua do professor não pode se limitar apenas
a novas concepções, metodologias e técnicas de ensino e sim deve ter uma relação direta
com os fatos da atualidade.
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIONossa escola tem como primeira opção o plano de formação continuada, o
Programa de Capacitação Continuada oferecida pela Secretaria Estadual de Educação,
tendo como objetivo desenvolver e aprimorar as competências necessárias ao bom
desempenho do profissional.
A formação do professor não termina nunca, o professor não baseia mais suas
aulas unicamente no livro didático. Ser bem informado é requisito básico para qualquer
professor. Como fonte de informação, deve considerar revistas, jornais e livros de literatura
(essenciais para a formação cultural) . Obras sobre Educação são um capítulo à parte. Por
meio desse tipo de leitura o docente pode se atualizar profissionalmente, conhecendo
novas metodologias e os resultados das últimas pesquisas em sua área.
Um dos maiores desafios do professor hoje é a informática, um curso de
computação com programas educacionais e/ou a Internet, juntamente com projetos
envolvendo alunos e outros professores é essencial na formação do docente.
4.14.1 Projetos PDEs
O PDE é uma política pública que estabelece o diálogo entre os professores da
educação superior e os da educação básica, através de atividades teórico-práticas
orientadas, tendo como resultado a produção de conhecimento e mudanças qualitativas na
prática escolar da escola pública paranaense.
O Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, integrado às atividades da
formação continuada em educação, disciplina a promoção do professor para o nível III da
carreira, conforme previsto no "Plano de carreira do magistério estadual", Lei complementar
nº 103, de 15 de março de 2004.
O objetivo do PDE é proporcionar aos professores da rede pública estadual
subsídios teórico-metodológicos para o desenvolvimento de ações educacionais
sistematizadas, e que resultem em redimensionamento de sua prática.
A orientação pedagógica está fundamentada nos princípios educacionais da
SEED e nas diretrizes curriculares da SEED.
O Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE oferece cursos e atividades
nas modalidades presencial e a distância e disponibiliza apoio logístico e meios
tecnológicos para o funcionamento do programa.
O professor que ingressa no PDE tem garantido o direito a afastamento
remunerado de 100% de sua carga horária efetiva no primeiro ano e de 25% no segundo
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOano do programa. Este afastamento é regulamentado pela Resolução 1670/2009.
A titulação dos cursos de mestrado e/ou doutorado será aproveitada para a
obtenção da certificação do PDE, nos termos da Lei complementar nº 103/04, art. 11, inciso
IV.
O processo formativo dos professores participantes do PDE culmina com a
implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, considerado como
destacado espaço pedagógico de articulação teórico-prática, o qual deverá atender os
aspectos pedagógicos e administrativos constantes da Instrução da SEED.
O Professor PDE deverá apresentar para a Direção e Equipe Pedagógica da
escola seu Projeto, informando qual será o seu tema e objeto de estudo, assim como o
diagnóstico que deu origem a seu problema, o que espera atingir ao longo da
implementação e de que maneira os sujeitos da escola estarão envolvidos neste processo.
Este projeto teve sua primeira turma no ano de 2007, em nosso Colégio tivemos
os seguintes professores participantes, com duas devidas propostas de trabalho:
Antonio Marcos Diniz – PRÁTICA PEDAGÓGICA: A QUESTÃO DA EDUCAÇÃO
FÍSICA NO COTIDIANO ESCOLAR
Arno Baumann – A CONTRIBUIÇÃO DA MUSICA NO ENSINO DA
MATEMÁTICA
Claudino Trentin – JOGOS COOPERATIVOS E COMPETITIVOS NAS AULAS
DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Darci Eichlt – CONHECENDO OS EFITOS DA INGESTÃO DE ÁLCOOL SOBRE
O ORGANISMO HUMANO
Ivone Francisco da Silva – CONSTRUINDO E APRENDENDO ATRAVÉS DA
CONSTRUÇÃO CIVIL
Maidi Migliorança – MONTEIRO LOBATO, GRACILIANO RAMOS, JOÃO
GUIMARÃES ROSA E RADUAN NASSAR: UM OLHAR ATRAVÉS DO SÉCULO XX
Maria Ester Philippsen Baumann – GESTÃO EM ESCOLA DO CAMPO
Marisa Elisabetha Boll Thiele – O MAL ESTAR DOCENTE
Marli Eberhardt Juan – CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS, UM ESTÍMULO À
LEITURA
Nilse Dockorn Hitz – VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
4.14.2 Profuncionário
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOO Profuncionário é um programa que visa a formação dos funcionários de
escola, em efetivo exercício, em habilitação compatível com a atividade que exerce na
escola. A formação em nível técnico de todos os funcionários é uma condição importante
para o desenvolvimento profissional e aprimoramento no campo do trabalho e, portanto,
para a carreira. O Decreto 7.415 de 30 de dezembro de 2010 institui a política nacional de
formação dos profissionais da educação básica e dispõe sobre a formação inicial em
serviço dos funcionários da escola. Entre seus objetivos fundamentais, está a valorização
do trabalho desses profissionais da educação, através do oferecimento dos cursos de
formação inicial em nível técnico proporcionados pelo Profuncionário. Funcionários que já
participaram desse programa e estão no Colégio Gaspar Dutra são: JANETE MORANDI
MULLER e INI FRONZA LORENZATTO. Cursando atualmente e com conclusão prevista
para 2012 estão: MIRIAN B.W.KLEIN, BRUNO JOSE STEFFENS, LUCIANA J. ALVES
DOS SANTOS e SUELI M. HENZ
4.15 Currículo
Propomos um projeto pedagógico onde o Currículo não esteja separado da
totalidade social, mas que esteja historicamente situado e culturalmente denominado.
A discussão a respeito de currículo é um desafio que já marcou décadas e que
continua em processo continuo de construção. Participando deste processo, o Estado do
Paraná, mais especificamente desde o ano de 2003 lançou a proposta de reformulação
curricular, que tem sua culminância prevista para este ano de 2005, toda esta caminhada
dividiu-se em seis fases, sendo elas:
• 1ª Fase – A partir de seminários promovidos pela SUED/SEED (2003), foi feita
discussão e levantamento da situação concreta das diretrizes curriculares da Rede
Estadual de Ensino do Paraná;
• 2ª Fase – Por meio de diversos cursos, eventos e reuniões técnicas (2003 e 2004) com
o coletivo de professores foram discutidas propostas pedagógicas por áreas de ensino;
• 3ª Fase – nos anos de 2004 e 2005, o trabalho de reformulação das diretrizes
curriculares vem ocorrendo nas escolas, onde o protagonista das reflexões tem sido o
próprio professor;
• 4ª Fase – iniciou-se em 2004 e continua em 2005, constitui-se na sistematização das
propostas curriculares por disciplinas, níveis e modalidades de ensino, partindo dos
documentos construídos coletivamente;
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• 5ª Fase – consiste no preparo, elaboração, efetivação e avaliação deste Projeto Político
Pedagógico, que ocorre concomitantemente à discussão curricular;
• 6ª Fase – permanente e continua avaliação e acompanhamento das propostas com a
finalidade de amparar a sua implementação nas escolas.
A Organização Curricular do Estado do Paraná dará ênfase nos conteúdos científicos,
nos saberes escolares das disciplinas que compõem a grade curricular. A versão mais
recente das Diretrizes Curriculares é de 2008, sob a qual cada grupo de professores da
mesma disciplina construiu a Proposta Pedagógica Curricular, que dá sustentação a todo
trabalho pedagógico que acontece na Escola.
4.16 Sala de Apoio
A sala de apoio à aprendizagem é oferecida aos alunos das 5ªs séries com o
objetivo de implementar uma ação pedagógica para enfrentamento dos problemas
relacionados ao ensino de Língua Portuguesa e Matemática, no que se refere aos
conteúdos de aprendizagem na leitura, na escrita e no cálculo.
Nosso Colégio oferece esse recurso desde o ano de 2006, e conta com turmas
de Língua Portuguesa e Matemática, nos dois turnos, que são freqüentadas pelos alunos
com defasagens de aprendizagem nas respectivas disciplinas. O Programa Salas de Apoio
à Aprendizagem tem o objetivo de atender às dificuldades de aprendizagem de crianças
que frequentam as séries finais do Ensino Fundamental.
Para os alunos do 6º Ano e 9º ano, a abertura da Sala de Apoio se dá de forma
automática. Para as demais séries, a abertura deve ser solicitada.
Esses alunos participam de aulas de Língua Portuguesa e Matemática no contra
turno, participando de atividades diferenciadas e diversificadas que visam à superação das
dificuldades referentes aos conteúdos básicos dessas disciplinas.
4.17 Contrato Pedagógico
De acordo com Groppa (1998), como em todas as outras relações
sociais/institucionais, na relação pedagógica existe um “contrato” implícito – um conjunto de
regras funcionais - que precisa ser reconhecido e respeitado para que a ação possa se
concretizar a contento. E é curioso constatar que os próprios alunos têm uma clareza
impressionante quanto a essas balizas contratuais do encontro pedagógico. Sem dúvida
nenhuma, eles sabem reconhecer quando o professor está exercendo suas funções,
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOcumprindo seu papel. O professor competente e cioso de seus deveres não é, em absoluto,
um desconhecido para os alunos; muito ao contrário. Eles sabem reconhecer e respeitar as
regras do jogo quando ele é bem jogado, da mesma forma que eles também sabem
reconhecer quando o professor abandona seu posto.
Nessa discussão é interessante lembrar que a escola é lugar de trabalho árduo
e complexo e de engendramento de relações onde o professor não é pai e o aluno não é
filho; nem o professor é mero difusor de informações e muito menos um animador de
platéia, da mesma forma que o aluno não é um expectador ou ouvinte. O aluno é um
sujeito atuante, co-responsável pela cena educativa, parceiro imprescindível do contrato
pedagógico.
Trata-se, portanto, o contrato pedagógico, da proposta de que as regras de
convivência muitas vezes implícitas, que orientam o funcionamento da sala de aula – e
daquele campo de conhecimento em particular – precisam ser explicitadas para todos os
envolvidos, conhecidas e compartilhadas por aqueles inseridos no jogo escolar, mesmo se
tiverem de ser relembradas todos os dias. Portanto, uma medida profícua é jamais iniciar
um ano letivo sem que as regras de funcionamento dessa sala de aula sejam reconhecidas
e, se possível, negociadas por todos. É na medida em que todos se sentem co-
responsáveis pelo código de regras comuns que se pode ter parceria por um projeto
contínuo – o que, no caso d trabalho pedagógico, é uma necessidade, uma condição, ou
seja, um dos instrumentos do processo de avaliação.
Desta forma, incentivamos a construção do contrato pedagógico como
instrumento a ser utilizado pelos professores com a finalidade de registrar as regras e
conteúdos que devem ser trabalhadas com os alunos na primeira semana do ano/semestre
letivo, onde constam os direitos e deveres dos alunos e professores e, também como meio
de organização do cotidiano escolar.
Nesse contrato são pautados, entre outros assuntos, itens ou temas que
esclarecem dúvidas, reforçam a lembrança e estabelecem o pacto sobre: objetivo da
disciplina; conteúdos do semestre; metodologia a ser desenvolvida; avaliação e
encaminhamentos; direitos e deveres dos alunos e professores e avaliação e retomada do
contrato.
Partindo desse pressuposto, frisamos a importância do Contrato Pedagógico
porquanto, apresente-se como instrumento da avaliação, que articule as relações
interligadas com o conselho de classe, expressando-se como indicador da intencionalidade
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOde se partir dessa prática, para construir um ensino aprendizagem que se queira de
qualidade.
4.18 Avaliação
Pensar avaliação nesta proposta é pensar processos avaliativos condizentes
com o público alvo, a organização do ensino, a diversidade curricular e metodológica. A
Educação, como processo de construção humana e resultado de relações sociais, dá a
dimensão formadora de um homem que interage na sociedade como sujeito capaz de
interpretar e participar das transformações e soluções dos problemas do meio em que vive.
Exercitar o aluno como sujeito cidadão requer práticas da democracia do diálogo, da
solidariedade e da parceria entre professor e aluno com a responsabilidade conjunta na
construção do cidadão.
A avaliação da aprendizagem, bem como outras práticas educativas, deve estar
direcionada para a construção do conhecimento. Na perspectiva crítico-construtiva do
conhecimento, a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem efetiva dos conteúdos
socioculturais, dos temas emergentes da sociedade tecnológica, sem deixar de pensar que
tudo isso deva levar os alunos ao objetivo maior da educação que é a formação para a
cidadania, base fundamental da sociedade democrática, da mesma forma que o domínio
do conhecimento do mundo do trabalho é que vai ajudá-lo a chegar a uma maior
participação na sociedade em que vive.
Entendida como parte integrante do processo ensino-aprendizagem, a avaliação
tem a finalidade de alimentar, sustentar e orientar a ação pedagógica. Será diagnóstica,
contínua, cumulativa, formativa e permanente, para interpretar qualitativamente o
conhecimento construído pelo aluno, cujos resultados servirão de parâmetro para análise,
reflexão e aperfeiçoamento, subsidiando o docente na sua prática, na criação de novos
instrumentos de trabalho, na retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou
reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou do grupo,
e, ao estudante, deve ser o instrumento para tomada de consciência das conquistas, das
dificuldades, das possibilidades para reorganizar o seu investimento na tarefa de aprender.
Tradicionalmente, a avaliação se faz por meio da simples medição de domínio
de conteúdos. Sem entrar no mérito sobre a qualidade dos instrumentos utilizados para
aferir os conhecimentos, é indiscutível que se atribui um valor ao desempenho, muitas
vezes, retendo os alunos de forma definitiva como se aquele conhecimento não pudesse
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOser incorporado ao longo de um processo de desenvolvimento e através de outras
oportunidades curriculares.
Neste aspecto, sempre estará presente o processo de recuperação de estudos,
visando suplementar, corrigir, aperfeiçoar, dinamizar, atualizar o processo de ensino-
aprendizagem com vistas à promoção do aluno. Para tal não se levará em conta o
conteúdo em si, mas as causas que de fato levaram a não obtenção da produtividade
esperada, observada as características e potencialidades de cada educando.
Conforme o previsto no Regimento Escolar, o resultado da avaliação, após os
instrumentos diversificados, tais como: provas, trabalhos individuais e coletivos, registro de
participação dos alunos, observações, explanações, etc, na combinação dos resultados
será expresso na forma de uma escala de notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), na
periodicidade bimestral, isso para o Ensino Regular.
Os alunos do Ensino Médio participam do Exame Nacional do Ensino Médio
(ENEM), programa esse vindo do Governo Federal e que a escola considera importante,
pois o mesmo funciona como um elemento de mobilização em favor da melhoria da
qualidade de ensino e auxilia professores, diretores e demais dirigentes educacionais na
identificação de deficiências e boas práticas no âmbito da escola.
Com relação à avaliação do Projeto Político Pedagógico, este Colégio realiza,
dentro do possível, ações principalmente no sentido de acompanhamento do coletivo
escolar dos aspectos que permeiam este documento. Este procedimento normalmente se
dá a cada início de ano letivo, pois neste momento, coletivamente traçamos metas,
(re)inventamos e (re)organizamos questões pertinentes para o êxito das atividades
pedagógicas.
4.19 Programa de Complementação Curricular
Este programa, que entre 2009 a 2010 denominava-se Viva Escola, em 2011
passou a chamar-se Programa de Complementação Curricular, tendo como principal
objetivo expandir as atividades pedagógicas realizadas na escola como complementação
curricular, vinculadas ao Projeto Político Pedagógico, a fim de atender às especificidades
da formação do aluno e de sua realidade. Compreende quatro núcleos de conhecimento:
expressivo corporal; científico cultural; apoio a aprendizagem e integração comunidade-
escola.
As atividades pedagógicas desenvolvidas têm como objetivos:
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• Dar condições para que profissionais da educação, discentes da Rede Pública e
comunidade escolar, desenvolvam diferentes atividades pedagógicas no
estabelecimento de ensino ao qual estão vinculados, além do turno escolar;
• Viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em atividades de
seu interesse;
• Possibilitar aos educandos maior integração com a comunidade escolar.
Nos anos de 2009 e 2010, estiveram em funcionamento quatro atividades
pedagógicas diferentes: NOSSOS OLHARES, PREPARATÓRIO PARA O VESTIBULAR,
JOGOS MATEMÁTICOS e BEM-ME-QUER. A partir de 2011, houve uma reformulação
desta atividade, na qual a demanda do Colégio passou a ser de somente duas atividades,
sendo: PREPARATÓRIO PARA O VESTIBULAR e APERFEIÇOAMENTO MATEMÁTICO.
Cada proposta de complementação curricular tem carga horária de quatro horas
semanais para ser desenvolvidas com os alunos, mais uma hora atividade para o
professor. As atividades em funcionamento são devidamente cadastradas em sistema
próprio, que é alimentado periodicamente, sendo o registro, acompanhamento e avaliação
de responsabilidade do diretor e da equipe pedagógica do Colégio.
A atividade pedagógica desenvolvidas no programa deve partir do coletivo, que
compreende todos os segmentos da comunidade, apresentando uma inter-relação entre as
atividades e a concepção das disciplinas, partindo das necessidades sócio-educacionais do
educando, utilizando encaminhamento teórico-metodológico de caráter investigativo. Além
disso, pretende-se que as atividades auxiliem na formação dos alunos enquanto sujeitos
críticos em relação aos saberes, mostrando que o espaço escolar é lugar de produção do
conhecimento.
Faz parte do processo de construção do conhecimento o momento de
socialização, de apresentar os resultados da pesquisa, partilhar experiências, exibir aquilo
que foi investigado e construído. A divulgação do conhecimento produzido nas atividades
de complementação curricular ocorre nas semanas culturais, no Projeto Fera Com Ciência
e sempre que o estabelecimento considerar necessário partilhar com a comunidade
escolar.
4.20 Hora treinamento
A partir de 2011, passou a vigorar a possibilidade de implantação da hora
treinamento, com o intuito de possibilitar aos educandos um espaço maior de participação
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOna escola, interagindo com colegas de outras salas e séries, aproveitando o caráter lúdico
das atividades esportivas para o desenvolvimento de conceitos e atitudes para melhor
utilização do seu tempo livre, bem como, propiciar condições para o desenvolvimento de
qualidade moral, físico, psicológica e social, essenciais à boa convivência em sociedade.
RESULTADOS ESPERADOS:
Para o aluno:
- oportunizar os alunos que demonstrarem maior aptidão e interesse pelas
atividades desportivas, participando em aulas especializadas, integradas à proposta
pedagógica da escola;
- promover o gosto pela atividade física, procurando torná-la algo perene e
preponderante na melhoria da qualidade de vida dos educandos;
- concorrer para o senso de responsabilidade;
- desenvolver habilidades para o relacionamento social;
- elevação da autoestima dos educandos;
- contribuir para a elevação das notas nas disciplinas de maior dificuldade;
- desenvolver o espírito competitivo, ressaltando os valores morais que o mesmo
encerra como compromisso, disciplina, força de vontade, companheirismo e entre outros.
Para a escola:
- diminuição da evasão escolar;
- redução da repetência;
- diminuição da indisciplina em sala de aula;
- redução da agressividade entre os educandos;
- propiciar a oportunidade para o surgimento de novos talentos esportivos, sem
perder de vista os valores educacionais;
- propiciar à clientela escolar melhor condições e oportunidades de participação
em eventos esportivos na escola, na comunidade e, principalmente nos Jogos Colegiais do
Paraná;
- promover o desporto educacional através de jogos, dando oportunidade de
participação a um número maior de estudantes, despertando o gosto pela prática dos
esportes, com fins educacionais.
Para a comunidade:
- Diminuição da evasão escolar;
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO- promover o desporto educacional, através de jogos, dando oportunidade de
participação a um número maior de estudantes;
- Fazer com que a comunidade veja o esporte como um meio de comunicação,
onde agrega valores importantes na boa convivência com a escola;
- maior integração dos pais com a escola e os filhos.
4.21 Jogos escolares
Os Jogos Escolares do Paraná (JEPS), como parte dos Jogos Oficiais do
Paraná, são organizados pelo Governo do Paraná, através da Secretaria de Estado da
Educação, Secretaria Especial de Esporte, Paraná Esporte, Núcleos Regionais de
Educação, Centros Regionais de Esportes e Lazer, com apoio das Prefeituras Municipais e
Entidades de Administração do Desporto do Paraná, regulamentar-se-ão genericamente,
pela legislação vigente aplicável e, especificamente, pelas disposições contidas neste
Regulamento e atos administrativos expedidos pela autoridade pública, no exercício de
suas atribuições.
.A realização dos jogos tem por objetivo a movimentação da comunidade escolar
em torno de atividades esportivas, envolvendo alunos, professores e profissionais da
educação física na prática das mais diversas modalidades.
Ultrapassando os limites das quadras, pistas, gramados e piscinas, o esporte
une culturas e aproxima as pessoas. No ambiente escolar, esse estreitamento produz
resultados extraordinários, com reflexos diretos no processo de aprendizagem dos alunos.
Além do aspecto social, os jogos escolares proporcionam a identificação de novos talentos
esportivos e se consolidam como uma importante alternativa para o desenvolvimento de
nossos atletas.
Nosso Colégio, em todas as edições é representado nesta competição em nível
local, geralmente classificando-se para a fase regional e já consagrou-se Campeão
Estadual na modalidade de futsal feminino.
4.22 Olimpíadas de conhecimento
Temos como princípio, possibilitar aos nossos alunos o contato com as diversas
formas de expressar os saberes escolares, e uma delas é a participação em Olimpíadas
realizadas em âmbito local, regional e nacional. Citamos como exemplo, a OBMEP
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO(Matemática), Viagem do Conhecimento (Geografia), OBF (Física), OBA (Astronomia),
Escrevendo do Futuro (Língua Portuguesa) e OPRQ (Química).
Percebe-se que os alunos sentem-se motivados e desafiados a participar destes
eventos, contribuindo para que os professores envolvam-se, oportunizando atividades
diversificadas, com o intuito de prepará-los para a participação. Ao longo do tempo,
tivemos vários destaques a nível nacional e estadual, com o recebimento de menções
honrosas, premiações, viagens e outros.
4.23 Gincana
A Gincana realiza-se anualmente no período de junho à agosto, em virtude dos
festejos alusivos a Festas Juninas e Dia do Estudante.
Possui como objetivos principais: promover o lazer e o desenvolvimento cultural
e estimular o trabalho em equipe através da cooperação.
A Gincana está sob a responsabilidade e organização do Grêmio Estudantil,
professores, equipe pedagógica e direção do Colégio, que se constituem como a Comissão
Organizadora.
Poderão participar alunos do Colégio do 6º Ano do Ensino Fundamental a 3ª
série do Ensino Médio.
Para melhor organização e realização da gincana, a mesma obedece a um
regulamento próprio que atende as especificidades de cada turma. A gincana é dividida em
três fases de competição: cultural, esportiva e conhecimento. São realizados em dias pré-
determinados e engloba campanha de solidariedade, de acordo com a necessidade
apresentada pela comunidade escolar ou local.
4.24 Excursões
As excursões são realizadas com o intuito de:
• estimular à observação, socialização das idéias e interação com todos os membros
do grupo;
• desenvolver compreensão crítica da realidade através do passado, presente e
futuro;
• valorizar as riquezas do Patrimônio Histórico e Cultural;
• Reconhecer a responsabilidade de todos no processo de preservação da natureza
e manutenção de valores culturais;78
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• Desenvolver atividades de pesquisa e iniciação científica de modo interdisciplinar e
participativa;
• Contribuir para o desenvolvimento integral do ser humano: Aprendizagem +
Diversão!
Anualmente são realizadas excursões de acordo com o tema ou conteúdo
trabalhados em cada disciplina atendendo os objetivos propostos para esta atividade.
4.25 Programa Cultivando Água Boa
A busca pelo desenvolvimento sustentável, da preservação do meio ambiente e
da responsabilidade social passou a ser um fator estratégico para as organizações,
provocando mudanças nos valores e nas orientações dos sistemas de gerenciamento. O
Programa Cultivando Água Boa (CAB) foi criado no ano de 2003, para envolver todas as
comunidades pertencentes à Bacia do Paraná 3(BP3) e através da
compreensão/consciência de que ações locais influenciam na problemática global, com
uma série de programas, projetos e ações interconectados de forma holística e sistêmica,
tendo como documentos de base: A carta da Terra, o Tratado de Educação Ambiental para
Sociedades Sustentáveis, Agenda 21 e os Objetivos do Milênio. Os programas são
detalhados em ações, que por sua vez são viabilizadas por meio de projetos e atividades, e
são monitorados pelo Sistema de Gestão por Programas e Ações (GPA). Em Nova Santa
Rosa, em parceria com os Educadores Ambientais, EMATER, Administração Pública e
Itaipu Binacional acontece um trabalho de conscientização junto à comunidade escolar e
produtores rurais próximos às nascentes de rios e outros.
4.26 Semana da Pátria
A comemoração da “Semana da Pátria” é indispensável em nossas escolas, pois
proporciona:
• Formação cidadã quanto ao conceito de Pátria;
• Despertar o sentimento de patriotismo;
• Formar atitude de respeito aos símbolos do Brasil;
• Desenvolver a compreensão do passado histórico e da significação da data “sete de
Setembro”;
• Incentivar o amor à Pátria;
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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO• Compreender a razão dos festejos da Semana da Pátria;
• Conhecer o fato mais importante da História do Brasil;
• Saber a letra e poder cantar os hinos pátrios;
• Valorizar a escola como participante de grandeza da Pátria.
Além desta semana especificamente, durante todo o ano, são oportunizados
momentos de reflexão e entoação dos hinos pátrios, na perspectiva da formação para o
respeito à pátria.
4.27 Formaturas – Ensino Fundamental e Médio
O Colégio Estadual Marechal Gaspar Dutra – Ensino Fundamental e Médio,
ainda mantém a tradição de comemorar estes momentos importantes na vida de seus
alunos. A Formatura, o evento cívico e religioso acontece ao final de cada ano letivo no
Centro Cultural e o jantar de formatura, fica a critério de cada modalidade de ensino.
V - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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