A Construção Coletiva do ProjetoPolítico-Pedagógico
Reunião com os vice-gestores das Unidades Escolares da SREA
25/11/10
Organização: Duplas Pedagógicas
Apresentação: Profª Adriana R. Vilela Arantes
1 - SOCIEDADE
QUE SOCIEDADE VIVEMOS?
QUAIS SEUS VÍNCULOS HISTÓRICOS?
QUAIS OS MAIORES DESAFIOS PARA O FUTURO?
NOSSA SOCIEDADE É ORGANIZADA DE FORMA JUSTA?
QUAL O PAPEL DE NOSSO ALUNO NA SOCIEDADE?
O QUE PODE SER MANTIDO E O QUE PODE SER ALTERADO EM NOSSA
SOCIEDADE?
QUAL O PAPEL DA ESCOLA EM NOSSA SOCIEDADE?
COMO A TRANSMISSÃO DE CONHECIMENTOS CIEN-TÍFICOS/ESCOLARES FOI SENDO UTILIZADA PELAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO?
REFLEXÕES DO GRUPO:
QUE PAPEL A ESCOLA ASSUMIU AO LONGO DO TEMPO?
QUE SABERES TEM SIDO REPASSADO PELA ESCOLA?
EXISTE ESCOLA PARA TODOS?
EXISTEM NATUREZA, TIPOS E FORMAS DIFERENTES DE ESCOLAS PARA CIDADÃOS DIFERENTES? DE QUE TIPO?
PARA MELHOR ATENDER A FORMAÇÃO DE NOSSOS ALUNOS, QUAL DEVE SER A FUNÇÃO DA ESCOLA?
2 - ESCOLA
3 - ALUNO
QUEM É O NOSSO ALUNO?
CONHECEMOS, DE FATO, OS ALUNOS COM QUEM TRABALHAMOS?
VAMOS REFLETIR:
QUAIS AS CARACTERÍSTICAS REAIS DE NOSSOS ALUNOS? ELAS COINCIDEM COM AS CARACTERÍSTICAS APONTADAS NOS LIVROS?
EXISTE UM ALUNO IDEAL?
COMO SÃO CONSTITUÍDAS AS FAMÍLIAS DE NOSSOS ALUNOS?
COMO É O MEIO EM QUE ELE VIVE? COMO CARACTERIZA A COMUNIDADE ESCOLAR?
O QUE SABEMOS SOBRE ALGUNS ASPECTOS DA VIDA DE NOSSOS ALUNOS COMO: ALIMENTAÇÃO, LAZER, DOENÇAS, AMIZADES, GOSTOS, MÚSICAS, PROBLEMAS, SOLUÇÕES?
O QUE NOSSOS ALUNOS PENSAM DO FUTURO? ELES TEM UM PROJETO DE SOCIEDADE, DE TRABALHO, DE VIDA PESSOAL?
4 - PROFESSOR
QUEM É O NOSSO PROFESSOR?
CONHECEMOS OS POSICIONAMENTOS DOS PROFESSORES?
QUAL A FORMAÇÃO INICIAL DOS PROFESSORES? ACREDITAMOS E DEFENDEMOS A FORMAÇÃO
CONTINUADA?
QUAIS OS ASSUNTOS QUE NOSSOS PROFESSORES MAIS DOMINAM?
CONHECEMOS OS PROJETOS DOS PROFESSORES PARA A ESCOLA? QUAIS SÃO ELES?
5 - FUNCIONÁRIO
QUEM É O NOSSO FUNCIONÁRIO?
CONHECEMOS O TRABALHO DO FUNCIONÁRIO?
CONHECEMOS OS PROJETOS DOS FUNCIONÁRIOS?
ELES PARTICIPAM DAS DECISÕES TOMADA PELA ESCOLA?
QUAL A PARTICIPAÇÃO DO FUNCIONÁRIO NA APRENDIZAGEM DOS DISCENTES?
“Se as coisas sãoinatingíveis... ora! Não émotivo para não querê-las...Que tristes os caminhos, senão fora a mágica presençadas estrelas!”
Mário Quintana
FAZER UMA SÍNTESE DAS REFLEXÕES DO DIA, UTILIZANDO COMO REFERÊNCIA:SOCIEDADE
1 - O QUE TEMOS? 2- O QUE QUEREMOS? 3 – O QUE FAREMOS?
ESCOLA 1 - O QUE TEMOS? 2 - O QUE QUEREMOS? 3- O QUE FAREMOS?
ALUNOS 1 - O QUE TEMOS? 2 - O QUE QUEREMOS? 3- O QUE FAREMOS?
PROFESSORES 1 - O QUE TEMOS? 2 - O QUE QUEREMOS? 3- O QUE FAREMOS
FUNCIONÁRIOS 1 - O QUE TEMOS? 2 - O QUE QUEREMOS? 3- O QUE FAREMOS?
Projeto Político-Pedagógico
1. O que é?
É a própria organização do trabalho pedagógico escolar como um todo, em suas especificidades, níveis e modalidades
Ensino Fundamental
Ensino Médio
EJA
Educação Inclusiva
- fundamenta as transformações internas da organização escolar e explicita suas relações com as transformações mais amplas (econômica, social, política, educacional e cultural)
- é o anúncio do devir, do que foi sonhado coletivamente e que pode passar do sonho à ação
“O ser humano é, naturalmente, um ser da intervenção no mundo à razão de que faz a História. Nela, por isso mesmo, deve deixar suas marcas de sujeito e não pegadas de objeto.”
Paulo Freire, 1997, p. 119
2. O que não é?
- um agrupamento de planos de ensino e de atividades diversas
- algo construído para ser arquivado prova de tarefa burocrática: pronto e acabado para ser encaminhado às autoridades educacionais
- tarefa específica do pedagogo, do coordenador pedagógico ou do Diretor 3. Princípios Orientadores
3.1. Igualdade de condições para acesso e permanência no processo educativo
3.2. Gestão Democrática: abrange além do princípio constitucional, as dimensões administrativa, pedagógica e financeira
- requer o enfrentamento de todas as questões que excluem e marginalizam a criança, o jovem e o adulto construir um projeto comprometido com os interesses e anseios das camadas populares
pressupõe a ruptura entre:
•concepção e execução• pensar e fazer • teoria e prática• ciência e cultura
3.3. Liberdade
implica a idéia de autonomia
• liberdade e autonomia constituem a própria natureza do ato pedagógico
“Somos livres com os outros, não, apesar dos outros.” (RIOS, 1982, p. 77)
- implica em experiência que se constrói na vivência coletiva
relações interpessoais
- a autonomia e a liberdade constituem vivências na relação entre:
Administradores, professores,funcionários, pais e alunos
Projeto Político-Pedagógicoe o contexto social mais amplo
3.4. Valorização dos trabalhadores em educação:
princípio central na busca da qualidade e do sucesso na tarefaeducativa de formação de cidadãoscapazes de participarem na vidasócio-econômica, cultural e políticaporque está relacionada diretamentecom:
•formação inicial e continuada• condições de trabalho: recursos didáticos, físicos, materiais, dedicação integral, número de alunos por turma• carreira e salário: elementos indispensáveis à profissionalização
4. A CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: DA DISCUSSÃO À ELABORAÇÃO DO TEXTO
O que devemos considerar no processo de elaboração?
Regimento Escolar
O Regimento Escolar é o instrumento que permite à equipe gestora tomar essas decisões, com base nos princípios e normas estabelecidas pelo grupo.
4.1. PROJETO
-o termo deriva do latim projectu, particípio passado do verbo projiceri
que significa lançar para diante
rumo, direção, opção intencional
4.2. PEDAGÓGICO
- identificação dos elementos naturais e culturais necessários à constituição da humanidade em cada ser humano e à descoberta das formas adequadas ao atingimento desse objetivo.
(SAVIANI, 1992, p. 30)
- forma de organização dos elementos necessários à assimilação do SABER, fazendo a distinção entre o essencial e o acidental, o principal e o secundário, o fundamental e o acessório
4.3. POLÍTICO
- porque pressupõe a opção e compromisso com a formação do cidadão para um determinado tipo de sociedade
A dimensão política se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica.
(SAVIANI, 1982)
- a dimensão pedagógica reside na possibilidade de efetivação da finalidade da educação/escola: formação do cidadão crítico, responsável, criativo e participativo
- político e pedagógico são dimensões indissociáveis, porque propicia a vivência democrática necessária à participação de todos os membros da comunidade escolar e o exercício da cidadania
PROJETO PEDAGÓGICO DA ESCOLA LDB - LEI 9.394/96
ARTIGO 12INCISO IOs estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:“I - elaborar e executar sua propostapedagógica”.
ARTIGO 13 e 14Definem as incumbências docentes com relação ao projeto pedagógico:Art. 13 “I - participar da elaboração da da proposta pedagógica do estabelecimentode ensino”.Art. 14 “I - participação dos profissionais deeducação na elaboração do projeto pedagógico da escola”.
PRINCÍPIOS NORTEADORES DO PROJETO PEDAGÓGICOLEI nº 9.394/, art. 3º“I. igualdade de condições para acesso e permanência na escola;II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a artee o saber;III. pluralismo de idéias e concepções pedagógicas;IV. respeito a liberdade e apreço a tolerância;V. coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;VI. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;VII. valorização do profissional da educaçãoescolar;VIII. gestão democrática do ensino público, naforma desta lei e da legislação do sistema de ensino;IX. garantia do padrão de qualidade;X. valorização da experiência extra-curricular;XI. vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais”.
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA
1 - ESTABELECE UMA DIREÇÃO, UMA INTENCIONALIDADE.
2 - EXIGE UMA REFLEXÃO ACERCA DA CONCEPÇÃO DEESCOLA E SUA RELAÇÃO COM A SOCIEDADE.
3 - DEVE CONTEMPLAR A QUALIDADE DO ENSINO NASDIMENSÕES INDISSOCIÁVEIS: FORMAL OU TÉCNICA EPOLÍTICA.
4 - IMPLICA EM ESFORÇO COLETIVO E PARTICIPATIVO.
5 - DEFINE ACÕES EDUCATIVAS E AS CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS ÀS ESCOLAS DE CUMPRIREM SEUSPROPÓSITOS E SUA INTENCIONALIDADE.
“... Se sonhamos com uma sociedade menos agressiva, menos injusta, menos violenta, mais humana, o nosso testemunho deve ser o de quem, dizendo não a qualquer possibilidadeem face dos fatos, defende a capacidadedo ser humano em avaliar, de compreender, de escolher, de decidir e, finalmente, de intervir no mundo.”
A PARTICIPAÇÃO ELIMINA
- o autoritarismo, a prepotência, a rigidez hierárquica
- a arrogância, a indiferença
- o individualismo, o comodismo
- as relações clientelistas, os privilégios
- a resistência, a forma de pensamento único
- a fragmentação, a divisão do trabalho
- enfoque apenas nos resultados
- acusações que buscam “o culpado”
A PARTICPAÇÃO POSSIBILITA
- a reflexão coletiva que favorece o diálogo, o respeito e a auto-crítica
- descentralização do poder, criando uma forma de comunicação horizontal que elimina o controle hierárquico e desenvolve a autonomia
- enfrentamento das relações de dominação, contribuindo para articulação de práticas emancipatórias fundamentadas na solidariedade, reciprocidade e no trabalho coletivo
- instalação de processos eletivos de dirigentes, com base em ações colegiadas com representação de pais, alunos, funcionários, professores, pedagogos
05-05 28
Processo de Construção e Avaliação do Processo de Construção e Avaliação doProjeto Projeto Político PedagógicoPolítico Pedagógico
COMO? A AÇÃO
O QUE É?SITUAÇÃO
REAL
PARA QUE?UTOPIA SOCIAL
2. Ato Conceitual2. Ato Conceitual- em face da
realidade descrita eanalisada, queconcepções de
educação, escola,gestão, currículo,
ensino,aprendizagem e
avaliação se fazemnecessárias para
atingir o quepretendemos?
3. Ato Operacional3. Ato Operacional- quais as decisões
de opera-cionalização?- como
redimensionar aorganização do
trabalhopedagógico?- que tipo de
gestão?
•• Ato SituacionalAto SituacionalComo compreendemos a sociedade atual? Como se caracteriza ocontexto social onde a escola deverá atuar? Qual o papel da escola?
A quem ela serve? Que experiências ela propicia ao aluno?
III – ELEMENTOS CONSTITUTIVOSDO PPP
• Título: expressar com clareza a essência do projeto;
• Apresentação: conter uma síntese das finalidades, estrutura e dinâmica operacional.
• Histórico: conter um breve registro crítico reflexivo desde as origens do curso até o presente, com dados sobre o curso e considerações avaliativas, apontando perspectivas futuras.
MISSÃO Sintetiza a identidade da escola,
sua função social orientando a tomada de decisões e garantindo a unidade e o comprometimento de todos na ação pedagógica
É A FILOSOFIA DA ESCOLA
VISÃO
É a expectativa que a escola manifesta em relação ao trabalho a ser desenvolvido a longo prazo na comunidade escolar.
É a expectativa que a escola manifesta em relação ao trabalho a ser desenvolvido a longo prazo na comunidade escolar. É a expectativa que a escola manifesta em relação ao trabalho a ser desenvolvido a longo prazo na comunidade escolar.
JUSTIFICATIVA
POR QUE? ONDE?
– Argumentar técnica e politicamente;– Descrever a realidade como mediação teórica;– Indicar tendências nas áreas de conhecimento;– Indicar necessidades do curso– Apontar causas e efeitos de problemas;– Expor o perfil do aluno ingressante e egresso;– Apontar o PPP como instrumento de superação dos problemas quanto ao ensino e aprendizagem.
FINALIDADES
PARA QUÊ?
– Esclarecer as concepções de homem em formação;
– Concepções de sociedade;
– Concepções de educação (ética e valores humanizadores);
– Perfil profissional a ser formado:• Conhecimento, curiosidade intelectual;
• Exercício consciente da profissão;
• Capacidade crítico-reflexiva.
OBJETIVOS
Formação Geral: conhecimentos eatividades relevantes para a formaçãocientífico-cultural;
Formação Profissional: capacidadesrelativas à ocupação correspondente;
Cidadania: atitudes correspondentes àética profissional e ao compromisso com asociedade.
PARA QUÊ?
METAS
QUANDO?
prever a operacionalização dosobjetivos em alvos e intenções denatureza quantitativa, indicando prazos.
Eixos Formadores
– Estruturas nucleares de que são geradasteorias e a pratica profissional/educativa– Constituídos por temas articulados entre si,que se projetam sob a forma de Disciplinas/Atividades Temáticas;– Tem articulação interna por meio de temas– São articulados entre si, convergindo para oâmbito do eixo nuclear e articulador do curso.
Organização Curricular
O QUE? COMO?
– Ter clareza na distinção do que é nuclear e complementar;
– Equilibrar os fundamentos teóricos e a prática educacional;
– Haver conexão entre as disciplinas quecompõe o conteúdo programático;
– Indicar: áreas do conhecimento, eixostemáticos, disciplinas
– Consultar as Diretrizes Curriculares do Nacionais.
Profissionais Envolvidos
COM QUEM?
relacionar a equipe administrativae pedagógica, serviços de apoio,colegiados, representaçõesdocentes e discente, existentes enecessários;
Recursos Físicos e Materiais
COM QUE?
relacionar instalaçõese equipamentos existentes e necessários;
Cronograma:
QUANDO?
• Indicar cronologicamente as etapas de:– Construção;– Execução e acompanhamento– Reconstrução do PPP• Prever reuniões periódicas para todos osenvolvidos.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
PEDAGÓGICA
- DETERMINA AS AÇÕES DAS ADMINISTRATIVAS
- INTERAÇÕES POLÍTICAS – FINALIDADES
- QUESTÕES DE ENSINO-APRENDIZAGEM
- QUESTÕES DE CURRÌCULO
ADMINISTRATIVA:- ASSEGURA: LOCAÇÃO E GESTÃO DE RECURSOS - HUMANOS - FÍSICOS – PRÈDIO, MATERIAIS DIDÁTICOS,EQUIPAMENTOS.
- FINANCEIROS.
TEMPO ESCOLAR
CALENDÁRIO ESCOLAR: ORDENA O TEMPO DETERMINA O INÍCIO E O FIM DO ANO PREVÊ OS DIAS LETIVOS, FÉRIAS,
FERIADOS, REUNIÕES, CONSELHO DE CLASSE ETC...
HORÁRIO ESCOLAR: FIXA: NÚMERO DE HORAS POR SEMANA NÚMERO DE AULAS POR PROFESSOR HORA ATIVIDADE DO PROFESSOR
Referência Bibliográfica
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa . São Paulo: Paz e Terra, 1996. MIZUKAMI, M. da G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986. VASCONCELLOS,Celso S. Planejamento : Projeto de Ensino-Aprendizagem eProjeto Político Pedagógico.São Paulo:Libertad,2000.VEIGA, Ilma Passos A.(org).Projeto Político Pedagógico da Escola: umaconstrução possível.Campinas:Papirus,1995.SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre educação e política. São Paulo: Cortez, Autores Associados, 1983.
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