Projeto Educativo Trepar Paredes II
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Projeto Educativo Trepar Paredes II
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INDICE
Introdução ..........................................................................................................................................6
1. Caracterização Geral do Agrupamento ........................................................................................8
1.1. Contexto Físico e Social ............................................................................................................8
1.2. Constituição do Agrupamento ........................................................................................... 11
1.3. Caracterização do pessoal docente .................................................................................... 16
1.4. Caracterização do pessoal não docente ............................................................................. 18
1.5. Caracterização das famílias ................................................................................................ 20
1.6. Caracterização dos alunos ................................................................................................. 24
1.7. Organização de turmas e horários ..................................................................................... 28
2. Resultados Escolares ................................................................................................................. 30
2.1. Dados globais .................................................................................................................... 30
2.2. Turmas de Percurso Curricular Alternativo (G Mais) ........................................................... 31
2.3. Turmas CEF ........................................................................................................................ 33
2.4. Provas de Aferição ............................................................................................................. 35
2.5. Exames nacionais............................................................................................................... 39
3. Atividades de enriquecimento curricular, componente de apoio à família e outros projetos ..... 42
4. Recursos financeiros ................................................................................................................. 43
5. Protocolos e parcerias ............................................................................................................... 45
6. Diagnóstico da situação ............................................................................................................. 47
7. Áreas prioritárias de intervenção .............................................................................................. 50
8. Plano de ação ............................................................................................................................ 54
9. Avaliação do projeto ................................................................................................................. 60
Conclusão ......................................................................................................................................... 61
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INDICE DE QUADROS
Quadro nº 1 - Equipamentos sociais e culturais ..............................................................................9
Quadro nº 2 - Estabelecimento de ensino do Agrupamento ......................................................... 12
Quadro nº 3 - Tipologia de construções ........................................................................................ 13
Quadro nº 4 - Atributos e condições de desenvolvimento ............................................................ 49
Quadro nº 5 - Matriz de articulação entre problemas, objetivos, eixos e ações ............................ 53
Quadro nº 6 - Objetivos, metas e indicadores de medida ............................................................. 59
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INDICE DE GRÁFICOS Gráfico nº 1 - Comparação entre a população residente nos censos de 2001 e 2011 .................... 10
Gráfico nº 2 - Tipologia de construção ......................................................................................... 13
Gráfico nº 3 - Percentagem de professores do quadro e de professores contratados ................... 17
Gráfico nº 4 - evolução do número do pessoal não docente......................................................... 18
Gráfico nº 5 - Tipos de agregados familiares ................................................................................ 20
Gráfico nº 6 - Relação familiar do Encarregado de Educação ........................................................ 21
Gráfico nº 7 - Habilitações académicas dos Encarregados de Educação ........................................ 22
Gráfico nº 8 - Categorias sócio-profissionais ................................................................................ 23
Gráfico nº 9 - Evolução do número de alunos do agrupamento nos dois últimos anos ................. 24
Gráfico nº 10 - Distribuição do nº de alunos com NEE por nível de escolaridade ............................ 25
Gráfico nº 11 - Escolas em que estão colocados alunos de etnia cigana ......................................... 26
Gráfico nº 12 - Número de alunos, por ciclo de escolaridade que beneficiam da ação social escolar . .............................................................................................................................. 27
Gráfico nº 13 - Percentagem de situações de insucesso escolar, por nível de escolaridade, nos últimos 4 anos ........................................................................................................ 30
Gráfico nº 14 - Resultados escolares das turmas “G Mais” no ano letivo 2009/2010 ...................... 31
Gráfico nº 15 - Resultados escolares das turmas “G Mais” no ano letivo 2010/2011 ...................... 32
Gráfico nº 16 - Resultados escolares das turmas CEF no ano letivo 2009/2010 .............................. 33
Gráfico nº 17 - Resultados escolares das turmas “G Mais” no ano letivo 2010/2011 ...................... 34
Gráfico nº 18 - Evolução, nos 2 últimos anos, dos resultados das provas de aferição em Língua Portuguesa............................................................................................................. 35
Gráfico nº 19 - Evolução, nos 2 últimos anos, dos resultados das provas de aferição em Matemática .............................................................................................................................. 36
Gráfico nº 20 - Análise comparativa Provas de Aferição de Língua Portuguesa, no ano 2011– 4º ano .............................................................................................................................. 37
Gráfico nº 21 - Análise comparativa Provas de Aferição de Matemática, no ano 2011– 4º ano ...... 37
Gráfico nº 22 - Análise comparativa Provas de Aferição de Língua Portuguesa, no ano 2011– 6º ano .............................................................................................................................. 38
Gráfico nº 23 - Análise comparativa Provas de Aferição de Matemática, no ano 2011– 6º ano ...... 38
Gráfico nº 24 - Resultados dos Exames Nacionais – Língua Portuguesa (9º ano) ............................. 39
Gráfico nº 25 - Resultados dos Exames Nacionais – Matemática (9º ano)....................................... 40
Gráfico nº 26 - Análise comparativa dos resultados dos exames nacionais com a avaliação interna Língua Portuguesa (9º ano) .................................................................................... 41
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Gráfico nº 27 - Análise comparativa dos resultados dos exames nacionais com a avaliação interna Matemática (9º ano) .............................................................................................. 41
Gráfico nº 28 - Análise comparativa das fontes de financiamento .................................................. 44
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“Aprender a crescer quer dizer; Aprender a estudar, a conhecer os outros, A ajudar os outros, a viver com os outros.
E quem aprende a viver com os outros, Aprende sempre a viver bem consigo próprio”
Ary dos Santos
Introdução
Um projeto educativo constitui uma referência para a organização do presente e do
futuro de qualquer organização educativa, proporcionando um enquadramento e um
sentido para a ação com a qual se compromete e vincula toda a comunidade educativa em
finalidades comuns.
Ao longo do biénio 2009/2011, foi desenvolvido o Projeto Educativo “Trepar
Paredes” apoiado e acompanhado pelo programa TEIP II. Delineado no sentido de
melhorar o sucesso educativo e intensificar a relação Escola-Família-Meio, visou a
apropriação e o investimento na promoção da equidade e igualdade de oportunidades,
através da implementação de novas dinâmicas e de um maior envolvimento de toda a
comunidade educativa. Esse projeto permitiu dar passos significativos nos princípios de
educação que o orientaram. A criação das diversas dinâmicas que reconhecemos como
positivas por promoverem uma formação mais ampla e de melhor qualidade para os alunos
foi facilitada pela adesão ao programa TEIP2 que permitiu a existência de recursos
humanos adicionais que integraram as estruturas do agrupamento.
O Projeto Educativo, que agora se reformula, tem presente os resultados obtidos e
os percursos efetuados. As equipas multidisciplinares, qualificadas em diferentes áreas
das ciências sociais e da educação, contribuíram para a concretização da missão da
escola de promover aprendizagens, de educar crianças e jovens a desenvolver percursos
de vida.
A conceção e o desenvolvimento do projeto educativo Trepar Paredes II tem
presente uma análise de dados, de necessidades e de expectativas e mobiliza saberes e
recursos que continuarão a transformar a escola numa instituição de vivência e de
aprendizagem das culturas e da democracia e, consequentemente, a tornam num espaço
propiciador do sucesso educativo de todos os alunos.
O tema central do projeto educativo Trepar Paredes II é a Cidadania. E porquê
CIDADANIA? A educação para a cidadania remete simultaneamente para três dimensões:
Projeto Educativo Trepar Paredes II
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(1) cidadania enquanto princípio de legitimidade política; (2) cidadania como construção
identitária e (3) cidadania como conjunto de valores. Estas três dimensões encontram-se
consagradas no artigo 7º da Lei de Bases do Sistema Educativo Português como objetivos
centrais da educação básica.
A aprendizagem da cidadania requer, no entanto, uma vivência de cidadania. Por
isso, uma das linhas de orientação do nosso projeto educativo, corporizada diretamente na
ação Mais Cid, é o reconhecimento da importância das vivências democráticas
proporcionadas, quer dentro do espaço da sala de aula, quer dentro do espaço geral da
escola e que se traduzem, entre outras, nas relações de diálogo e respeito mútuo, nas
oportunidades de participação, na ausência de discriminações.
«O segredo de progredir é começar. O segredo de começar é dividir as tarefas árduas e complicadas em tarefas pequenas e fáceis de executar, e depois começar pelas primeiras.»
Mark Twain
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1. Caracterização Geral do Agrupamento
1.1. Contexto Físico e Social
O AVEP está localizado no concelho de Paredes, enquadrado na região do Vale do
Sousa, pertencente ao distrito do Porto numa zona de transição entre a Área
Metropolitana do Porto e o interior da Região Norte já em direção a Trás-os-Montes e ao
Douro.
A região do Vale do Sousa em geral, e o concelho de Paredes em particular, tem
continuado a registar um forte crescimento populacional sendo caracterizada por ter uma
população muito jovem, apesar de pouco escolarizada e qualificada.
A atividade económica das famílias abrangidas pelo AVEP segue a tendência do
concelho. O setor secundário, com a indústria do mobiliário, abrange a maior parte da
atividade profissional dos encarregados de educação. No entanto, tem-se assistido, nos
últimos anos, ao crescimento da importância do setor terciário e um decréscimo do setor
primário.
No quadro 1 apresenta-se a listagem das freguesias que constituem o concelho, o
número de habitantes e os equipamentos sociais de que dispõem.
Como se pode observar no quadro 1 o AVEP recebe a população estudantil de
nove freguesias do concelho de Paredes, abrangendo uma população de 22752
habitantes, o que corresponde a 26,2% do Concelho de Paredes. De salientar, que na
maioria das freguesias os únicos equipamentos sociais/culturais existentes são as escolas
do 1º ciclo e os Jardins-de-infância.
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Quadro 1
Freguesia Habitantes
(Censo 2011) Equipamentos Sociais/Culturais
Castelões de Cepeda 8746
• Bombeiros Voluntários de Paredes • Centro de Saúde • Escola EB 2/3 de Paredes • Escola EB1/JI de Paredes • Escola Sec. de Paredes • JI de Estrebuela • JI de Paredes • Misericórdia de Paredes • Emaús Oficinas
Mouriz 3016 • Escola EB1/JI de Mouriz • JI de Monte
Madalena 1832 • Escola EB1/JI Redonda • JI da Mó
Louredo 1511
• Escola EB1 de Estrada • JI Carreiras Verdes • Escola EB1/JI de Outeiro • Assoc. Social e Cultural de Louredo
Gondalães 1228 • Escola EB1 Talhô • JI de Vila
Bitarães 2889
• Escola EB1 de Chãos • JI de Carregoso • JI de Chãos • JI de Igreja • Centro de Convívio de Idosos • Junta de Freg.com espaço Internet
Besteiros 1443 • JI de Insuela • Assoc. Desp. “Os Romanos”
Beire 2087
• Asso. de Apoio à Terceira Idade S. Miguel de Beire
• JI de Boavista • Escola EB1 da Boavista • Casa do Gaiato
TOTAL 22752
Quadro nº 1 - Equipamentos sociais e culturais
O gráfico nº 1 representa a relação entre o número de habitantes das freguesias
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nos censos do ano de 2001 e no ano de 2011.
Gráfico nº 1 - Comparação entre a população residente nos censos de 2001 e 2011
Beire Besteiros BitarãesCastelões de Cepeda
Gondalães Louredo Madalena MourizVila Cova de Carros
2001 2256 1412 2536 7299 1050 1364 1725 2911 688
2011 2087 1443 2889 8746 1228 1511 1832 3016 663
Variação (2001/2011) -169 31 353 1447 178 147 107 105 -25
2256
1412
2536
7299
10501364
1725
2911
688
2087
1443
2889
8746
12281511
1832
3016
663
-169
31353
1447
178 147107 105
-25-250
250
750
1250
1750
2250
2750
3250
3750
4250
4750
5250
5750
6250
6750
7250
7750
8250
8750
nº d
e ha
bita
ntes
População residente (2001 / 2011)
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1.2. Constituição do Agrupamento
O AVEP é constituído por 20 unidades orgânicas, conforme esquema nº 1,
distribuídas entre Jardins-de-infância, Escolas EB1/JI (que inclui dois Centros Escolares),
Escolas EB1 e uma escola EB2/3.
EB1 EB1/JI JI EB2/3
4 4 11 1
Esquema nº 1 – Constituição do Agrupamento
O quadro nº 2 identifica os diferentes estabelecimentos de ensino distribuídos pelas
nove freguesias do Agrupamento.
AVEP
1
EB 2,3
4
EB1
4 EB1/JI
11
JI
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Quadro 2
Freguesia Estabelecimentos de ensino
Castelões de Cepeda
• Escola EB 2/3 de Paredes • Escola EB1 de Paredes • JI de Estrebuela • JI de Paredes
Mouriz • Escola EB1/JI de Mouriz • JI de Monte
Madalena • Escola EB1/JI Redonda • JI da Mó
Louredo
• Escola EB1 de Estrada • JI Carreiras Verdes • Escola EB1/JI de Outeiro •
Gondalães • Escola EB1 Talhô • JI de Vila
Bitarães
• Escola EB1 de Chãos • JI de Carregoso • JI de Chãos • JI de Igreja
Besteiros • JI de Insuela
Beire • JI de Boavista • Escola EB1 da Boavista
Quadro nº 2 - Estabelecimento de ensino do Agrupamento
O AVEP tem vindo a integrar entre 20 e 22 turmas em Jardins-de-infância, abrangendo
um número de alunos que tem variado entre 450 e 500. Funcionam autonomamente ou
integradas em Escolas EB1 (consultar esquema nº 1).
De uma maneira geral, os JI continuam a ser estruturas de lugar único o que
dificulta a partilha de práticas pedagógicas e a gestão global de recursos humanos do
Agrupamento.
No quadro nº 3 e respetivo gráfico nº 2 dá-se conta do número de edifícios onde
funcionam os jardins-de-infância e as escolas do 1º ciclo, de acordo com a tipologia de
construção.
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Tipologia de construções Nome Tipologia Ano de construção
EB1/JI Redonda P3 1985
EB1/JI Paredes Construção própria 2011
EB1/JI Mouriz Construção própria 2010
JI de Monte Construção própria 2002
JI de Insuela Construção Própria
EB1/JI de Outeiro Urbano3/4 1990
JI de Mó Construção Própria 2002
JI de Carregoso Construção Própria 2002
JI de Estrebuela Construção Própria 2002
JI de Igreja Construção Própria 2002
JI de Chãos Construção Própria
JI de Paredes Construção Própria 2000
JI de Boavista Plano centenário U3
JI de Vila Construção Própria
JI de Carreiras Verdes Construção Própria 2002 Quadro nº 3 - Tipologia de construções
Gráfico nº 2 - Tipologia de construção
As escolas do 1º ciclo estão, em alguns casos, a funcionar em edifícios, junto dos
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quais foram construídos estabelecimentos de jardins-de-infância. Os edifícios, em geral,
são antigos e com condições de funcionamento limitadas pelos espaços existentes (salas
de aula, átrios, recreios e casas de banho), embora ofereçam as condições mínimas de
funcionamento no que respeita à atividade letiva. Já com a introdução das atividades de
enriquecimento curricular (AEC) no ano letivo de 2006/2007, as escolas revelaram-se
limitadas e inadaptadas a esta nova oferta formativa. Este constrangimento prende-se com
o facto de as escolas do 1º ciclo do ensino básico (CEB) se apresentarem com uma
tipologia de construção apenas vocacionada para as atividades letivas.
Nos dois últimos anos foram inaugurados dois novos centros escolares (em Mouriz
e em Paredes) com todas as condições de resposta ao novo modelo de escola a tempo
inteiro.
A escola sede do AVEP – Escola EB 2/3 de Paredes – funciona nas atuais
instalações desde o ano de1986 e está a necessitar de uma remodelação/adaptação. A
escola foi concebida para 24 turmas (cerca de 670 alunos), mas desde o início teve
sempre entre 32 e 44 turmas diurnas e um número médio de 1000 alunos. Esta situação
tem obrigado ao funcionamento da escola com o horário em desdobramento e à instalação
provisória de quatro salas de aula instaladas em monoblocos.
Em termos estritamente tecnológicos, houve um grande salto qualitativo na escola
EB 2/3 de Paredes, com a intervenção do Plano Tecnológico da Educação (PTE). Na
presente data, este estabelecimento tem as salas todas equipadas com computador,
projetor e ligação à internet, por cabo e wireless em todo o seu espaço físico. O registo de
sumários passou a ser eletrónico desde o ano letivo de 2010/2011. Com a dotação destes
recursos espera-se que possam ser mais diversificadas as metodologias de
ensino/aprendizagem, com consequente reflexo no sucesso escolar dos alunos.
Os recursos disponibilizados exigem, com o seu uso contínuo, uma manutenção
especializada que o agrupamento não possui nos seus quadros. Esta manutenção tem
vindo a ser assegurada por professores mais “habilidosos”, mas que não pode constituir a
resposta que os equipamentos exigem. Urge dotar o agrupamento de, pelo menos, um
técnico informático qualificado que possa corresponder às inúmeras solicitações que
diariamente são apresentadas pelos professores e pelo pessoal não docente.
A Escola EB 2/3 de Paredes espera que a partir do próximo ano letivo o pavilhão de
educação física esteja concluído, proporcionando, desta forma, as condições e os recursos
exigidos para a prática da educação física e do desporto escolar.
No Agrupamento existem duas bibliotecas com centro de recursos na Escola EB 2/3
de Paredes e no Centro Escolar de Mouriz ligadas à Rede de Bibliotecas Escolares (RBE)
Projeto Educativo Trepar Paredes II
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e a funcionar em articulação com todas as escolas EB1 e JI do Agrupamento.
Como resposta educativa especializada para alunos com multideficiência, há uma
UEAM (unidade de apoio especializado para a educação de alunos com multideficiência e
surdo-cegueira congénita - art.º 26º - Decreto-Lei nº 3/2008 de 7 de Janeiro). Esta unidade
esteve sedeada na EB/JI Redonda Madalena, ao longo dos últimos anos letivos, mas
atendendo às idades dos alunos, em 2011/2012 foi transferida para a EB 2/3.
Na EB/JI Redonda Madalena há uma sala de Snoezellen que é utilizada pelos
alunos com necessidades educativas especiais (NEE) do concelho, de acordo com os seus
Programas Educativos Individuais.
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1.3. Caracterização do pessoal docente
Ser Professor é coisa de quem ousa fascinar-se. E quando se é professor... brilha nos olhos. Jorge Lima
A investigação sobre escolas eficazes e sobre a autoavaliação institucional põe em
destaque a importância da constituição de equipas pedagógicas estáveis, empenhadas em
objetivos comuns, coesas, com forte orientação pedagógica, e com forte sentido de
pertença. A existência destas equipas é fundamental para o desenvolvimento de um projeto
educativo para o acompanhamento do progresso dos alunos, em especial dos que revelam
maiores dificuldades de integração e de aprendizagem, e para o estabelecimento de
aprendizagens consolidadas que facilitem o desenvolvimento emocional, afetivo e cognitivo
dos alunos e a sua avaliação.
Nesta perspetiva, a estabilidade do corpo docente do Agrupamento tem sido um fator
associado à crescente qualidade dos contextos de aprendizagem que as escolas do
agrupamento oferecem.
Sabemos que a direção do agrupamento não pode controlar todos os fatores que
intervêm na mobilidade dos professores. Contudo, variáveis como o clima de escola, a
satisfação profissional, o estilo de direção e a "política" de gestão de recursos humanos
seguida têm contribuído para fixar os professores, tornando-os cada vez mais, equipas
coesas e solidárias.
O corpo docente constituído por mais de duas centenas distribuídos pelos diversos
graus de ensino caracteriza-se por ser um corpo estável, profissionalizado, cuja faixa etária
se localiza maioritariamente no intervalo entre os 40 e os 50 anos.
Para as necessidades residuais, o AVEP tem vindo a recorrer a professores
contratados nos termos legais em vigor.
O gráfico nº 3 apresenta a evolução da percentagem dos professores do quadro,
face aos contratados, revelando uma estabilização crescente dos professores em
condições de darem continuidade ao projeto educativo do agrupamento.
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Gráfico nº 3 - Percentagem de professores do quadro e de professores contratados
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1.4. Caracterização do pessoal não docente
O corpo não docente é composto por elementos que se distribuem essencialmente
em duas categorias: Assistentes Operacionais, Assistentes Técnicos.
Na presente data encontram-se ao serviço 71 assistentes operacionais, 21
assistentes técnicos e uma técnica superior, psicóloga. Não estão incluídos nestes
números os funcionários que se encontram de baixa médica por tempo prolongado e duas
funcionárias com licença sem vencimento. Acrescente-se ainda que no último biénio
aposentaram-se 5 funcionários não se perspetivando a sua substituição.
Estes números relativos ao pessoal não docente são manifestamente insuficientes para
dar uma resposta educativa complementar à dos docentes. De realçar a postura de
cooperação, de dedicação e empenho do pessoal não docente que, na sua generalidade,
tem demonstrado, e que muito tem contribuído para ultrapassar as graves carências deste
grupo profissional.
Relativamente às habilitações literárias do pessoal não docente, a maioria possui o
9º ano de escolaridade, e um número considerável dos mais jovens o 12.º ano de
escolaridade. Em relação ao pessoal administrativo existem já funcionários com formação
superior. O quadro nº 4 dá conta da evolução do número do pessoal não docente, por
categoria profissional.
Gráfico nº 4 - evolução do número do pessoal não docente
2009-2010
2010-20110
10
20
30
40
50
60
70
80
Assistentes Operacionais
Assistentes Técnicos
Coordenadores Técnicos
Técnicos Superiores
68
21
11
76
20
11
Pessoal não docente
Projeto Educativo Trepar Paredes II
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A partir do ano 2009/2010, com a integração do Agrupamento no programa TEIP, o
Agrupamento passou a ter recursos humanos adicionais: 2 mediadores sociais e 3
animadores socioculturais. No ano letivo 2011/2012 a escola continuou a ter recursos do
programa TEIP, com 3 mediadores e uma animadora sociocultural.
Os mediadores sociais têm, juntamente com docentes do agrupamento afetos ao
Gabinete de promoção do Sucesso (GPS), garantido o funcionamento deste serviço, com
apoio sistemático aos alunos e famílias em risco.
As animadoras socioculturais desenvolveram, ao longo dos dois últimos anos,
atividades integradas no “Bota Alegria” para ocupação dos tempos livres dos alunos. O
“Bota Alegria” tem também como objetivo diminuir a indisciplina na Escola EB 2/3 de
Paredes, promover sentimentos de pertença a esta comunidade educativa e competências
de participação.
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20
1.5. Caracterização das famílias
Na caraterização sociocultural das famílias destacamos a composição dos agregados
familiares, a relação (grau de parentesco) do aluno com o encarregado de educação, as
categorias socioprofissionais e as habilitações académicas.
Relativamente à tipologia de famílias, ressalta a elevada percentagem (83%) de
famílias biparentais. Pela primeira vez foi feito um estudo à composição dos agregados
familiares sendo de salientar que 12% das familias são monoparentais. Na composição
“outros”, correspondente a 5% das familias, integram-se as situações de acolhimento ou
famílias compostas por avós e outros familiares, em consequência da emigração do núcleo
familiar, pai e mãe, conforme evidencia o gráfico nº 5
Gráfico nº 5 - Tipos de agregados familiares
Nos fatores da origem sociofamiliar dos alunos, o nível de escolaridade da mãe é
considerado como o que mais fortemente afeta o “currículo doméstico” pelo conjunto de
estímulos intelectuais e culturais que pode constituir, bem como pelos efeitos de
arrastamento de outros fatores de enriquecimento que pode ter. No caso da população
abrangida pelo agrupamento, o nível da escolaridade das mães, de uma maneira geral,
Projeto Educativo Trepar Paredes II
21
está ligeiramente acima do nível de escolaridade dos pais. Acrescente-se ainda que 85%
dos encarregados de educação são mães (gráfico nº 6). Continua, no entanto, a verificar-
se a existência de analfabetos/analfabetos funcionais, embora o Programa Novas
Oportunidades tivesse contribuído para que esta realidade se tivesse modificado.
Gráfico nº 6 - Relação familiar do Encarregado de Educação
A categoria socioprofissional, associada frequentemente ao estatuto
socioeconómico e cultural das famílias, a par de baixos níveis de escolaridade, é
determinante no percurso escolar dos alunos, pela ausência ou quase nula estimulação
cognitiva a nível familiar e pela correspondente desvalorização da Escola. Os fatores
socioeconónicos familiares constituem, sem dúvida, o conjunto de variáveis não
manipuláveis que mais afeta os resultados escolares, estando na origem do
desenvolvimento do conceito da "escola reprodutora e perpetuadora" das desigualdades
sociais. Embora estas variáveis estejam fora do controlo da escola, o seu conhecimento é
fundamental para a criação de altemativas organizacionais que sejam supletivas de
eventuais desvantagens iniciais, e contrariem o "efeito de Mathew", que prediz que quanto
Projeto Educativo Trepar Paredes II
22
mais vantagens um aluno traz, mais beneficios é capaz de procurar e recolher.
Uma melhor leitura poderá ser encontrada nos gráficos 7 e 8.
Gráfico nº 7 - Habilitações académicas dos Encarregados de Educação
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23
Gráfico nº 8 - Categorias socioprofissionais
Atendendo a estas realidades foram implementadas, no âmbito do anterior projeto
educativo, diversas dinâmicas com alunos e famílias, que promovem novas atitudes face à
educação, aos projetos de vida, aos hábitos de leitura, ao desenvolvimento linguístico e
cognitivo dos alunos, com recursos decorrentes do programa TEIP 2.
Projeto Educativo Trepar Paredes II
24
1.6. Caracterização dos alunos
O AVEP regista atualmente um número aproximado de 2700 alunos, que se
distribui entre o regime diurno e o noturno.
O gráfico nº 9 apresenta a evolução dos dados sobre os alunos nos anos letivos
2009/2010 e 2010/2011.
Gráfico nº 9 - Evolução do número de alunos do agrupamento nos dois últimos anos
Cerca de 3% da população escolar do Agrupamento são alunos com Necessidades
Educativas Especiais, que de acordo com os seus Programas Educativos Individuais, ao
abrigo do Decreto-Lei 3/2008, têm acesso a medidas educativas especiais. Num esforço
cooperativo, todos os profissionais (professores de Educação Especial, professores de
Apoio Educativo e professores de diferentes grupos disciplinares) assumem
responsabilidades na implementação dos Programas Educativos Individuais, que fixam e
fundamentam as respostas educativas individuais para melhoria dos resultados educativos
de cada aluno.
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Os alunos com NEE, no último biénio, estiveram distribuídos pelos diferentes
níveis de escolaridade de acordo com os números que o gráfico nº 10 apresenta.
Gráfico nº 10 - Distribuição do nº de alunos com NEE por nível de escolaridade
Os alunos com dificuldades de aprendizagem beneficiam de diferentes modalidades
de apoio educativo nos termos previstos no Despacho Normativo 50/2005. Nesse sentido,
têm sido implementadas diferentes dinâmicas, destacando-se a assessoria pedagógica
temporária, que começou a ser implementada no anterior projeto educativo, no âmbito da
atividade A Par…Eu aprendo e integrada no Programa TEIP. Tem consistido na criação de
dinâmicas que promovem o aprofundamento de práticas colaborativas entre os
professores envolvidos na preparação, planificação e avaliação, a implementação de
diferentes dinâmicas de intervenção na sala de aula e a realização de um apoio
individualizado e motivador para os alunos com estas características. Acreditamos que o
percurso efetuado com as assessorias pedagógicas temporárias, deverá permitir evoluir
para práticas mais inovadoras e obter mais sucesso e qualidade na aprendizagem dos
alunos com dificuldades de aprendizagem.
Cerca de 1,1% dos alunos do AVEP são de etnia cigana, oriundos de uma
comunidade residente há mais de 10 anos na área urbana de Paredes e que reside em
barracas. Tendo em atenção o papel da escola na aceitação e valorização das diferentes
culturas dos alunos, o programa TEIP tem garantido recursos humanos adicionais e tem
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Pré-escolar 1º CEB 2º/3º CEB Total 2009-2010 8 45 28 81
2010-2011 8 46 36 90
Alunos com N.E.E.
Projeto Educativo Trepar Paredes II
26
havido um investimento nesses recursos para a definição de medidas e estratégias
direcionadas para estes alunos. Com base no reconhecimento das suas especificidades,
nomeadamente através do projeto Diversidade e Inclusão - ACAMP'ARTE - tem-se vindo a
registar, neste grupo, uma taxa de abandono e de desistência de 0% e o prosseguimento
de estudos até à conclusão do 3º ciclo.
Os alunos de etnia cigana têm estado distribuídos pelas escolas do modo que é
referido no gráfico nº 11.
Gráfico nº 11 - Escolas em que estão colocados alunos de etnia cigana
Ao longo dos últimos anos letivos, tem havido a intervenção no agrupamento do
projeto EPIS de combate ao insucesso e ao abandono escolares através da prevenção e
da remediação de fatores de risco dos alunos e famílias, da promoção de fatores de
proteção e através da indução de fatores externos de sucesso na escola. Neste projeto
houve a intervenção em alunos do 3º ciclo considerados “casos de risco” em termos de
sucesso escolar, através da utilização de novas metodologias educacionais.
Refira-se ainda que os alunos do Agrupamento são oriundos de famílias cujo
nível socioeconómico e cultural segue a tendência das famílias da região do Vale do
Sousa, apresentando carências que se podem traduzir pelo número de alunos que
beneficiam da ação social escolar. O gráfico nº 12 representa esta situação distribuída
pelos anos 2009/10 e 2010/2011.
Projeto Educativo Trepar Paredes II
27
Gráfico nº 12 - Número de alunos, por ciclo de escolaridade que beneficiam da ação social escolar
1º CEB 2º CEB 3º CEB
2009-2010 A 396 293 103
2009-2010 B 320 242 78
2010-2011 A 578 286 104
2010-2011 B 238 232 82
0
100
200
300
400
500
600
700
nº d
e al
unos
Alunos beneficiários da Ação Social Escolar
Projeto Educativo Trepar Paredes II
28
1.7. Organização de turmas e horários
O modelo de funcionamento do 1º ciclo do Agrupamento de Escolas de Paredes
obedece ao regime normal em todas as escolas do agrupamento.
Na transição do 1º para o 2º ciclo, a formação de turmas do 5º ano deverá obedecer
aos seguintes critérios:
• Divisão do número de alunos do 1º ciclo em dois grupos (meios rurais e meio
urbano).
• A divisão caberá ao professor titular de turma em articulação com os
coordenadores de estabelecimento.
• Integração em cada turma do 5º ano de alunos provenientes de cada grupo.
O período da manhã decorre nos Jardins de Infância entre as 09:00 horas e as
12:00, e o período da tarde entre as 13:30 e as 15:30 horas, podendo prolongar-se até às
19:00 horas, o período de complemento à família, a gerir em parceria com o Município de
Paredes e com algumas associações de pais, mediante protocolos a firmar.
No horário das turmas do 1º ciclo não poderá haver mais de duas flexibilizações nos
tempos das AEC.
O esquema de funcionamento da escola EB 2/3 de Paredes, definido em função da
previsão do número de turmas / horas curriculares de cada ano ou curso e capacidade dos
respetivos espaços, obedece ao regime de desdobramento, com a seguinte distribuição de
turmas:
• Centradas no turno da manhã – 6º e 9 anos; turmas PCA se existirem.
• Centradas no turno da tarde – 5º ano, 7º e 8º anos.
• Turnos manhã e tarde – CEF
• A redistribuição das disciplinas dos 7º e 8º anos terão que ter em conta o equilíbrio
de salas manhã/tarde.
O período da manhã decorrerá entre as 08:25 e as 13:15 e o período da tarde entre
as 13:30 e as 18:20 horas.
No horário das turmas dos 2º e 3º ciclos não poderão ocorrer tempos desocupados,
vulgo “furos”. Nenhuma turma poderá ter mais do que 6 segmentos de 45 ou 3 blocos de
90 minutos consecutivos. O número de blocos não poderá ser superior a 3 blocos de 90
minutos em cada período do dia, manhã ou tarde.
Não é permitido que as aulas de línguas estrangeiras sejam lecionadas em dias
consecutivos.
Projeto Educativo Trepar Paredes II
29
A carga horária dos cursos de educação e formação poderá ser flexibilizada de
acordo com as necessidades de distribuição das cargas horárias anuais.
A apresentação dos horários obedecerá ao esquema de tempos letivos
devidamente definidos quanto ao seu início e conclusão.
As aulas serão organizadas em blocos de 90 minutos ou segmentos de 45 minutos,
excetuando as aulas de Educação Física que terão a duração de 135 minutos. As aulas de
educação Física só poderão iniciar-se 1 hora após o término do período definido para o
almoço.
O período mínimo destinado ao almoço será de 1 hora e 15 minutos.
Projeto Educativo Trepar Paredes II
30
2. Resultados Escolares
2.1. Dados globais
De acordo com os dados relativos aos últimos quatro anos letivos, regista-se uma
diminuição progressiva do insucesso, mais sustentada nos 1º e 2º ciclos, conforme se
pode verificar no gráfico nº 13.
Gráfico nº 13 - Percentagem de situações de insucesso escolar, por nível de escolaridade, nos últimos 4
anos
1º CEB 2º CEB 3º CEB
2007-2008 3,23% 3,95% 14,81%
2008-2009 3,34% 2,25% 7,06%
2009-2010 1,85% 2,77% 10,46%
2010-2011 1,37% 1,18% 9,79%
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
12,00%
14,00%
16,00%
Insucesso Escolar
2007-2008 2008-2009 2009-2010 2010-2011
Projeto Educativo Trepar Paredes II
31
2.2. Turmas de Percurso Curricular Alternativo (G Mais)
A constituição de turmas com percurso curricular alternativo, em conformidade com o
definido no Despacho Normativo n.º 1/2006 de 6 Janeiro, tem sido necessária como uma
medida transitória de apoio à melhoria das aprendizagens de alunos em risco. Essas turmas,
que intitulamos turmas G Mais (Geração Mais), destinam-se a um grupo restrito de alunos,
com graves problemas de aprendizagem e integração na escola. O objetivo central é dar
mais oportunidade, desenvolvendo programas específicos com o fim de superar as
dificuldades reveladas no decurso do processo de ensino/aprendizagem de alguns alunos, e
promover o seu sucesso escolar e uma formação integral. A integração de um aluno numa
turma de percurso curricular alternativo reveste-se, sempre, de um caráter transitório,
podendo, e esperando-se, que o mesmo regresse a uma turma de ensino regular se e
quando tal for considerado adequado.
Através da análise dos resultados nos anos letivos 2009/2010 e 2010/2011
(consultar os gráficos nº 14 e nº 15) confirma-se que esta medida educativa foi ajustada,
existindo uma evolução muito positiva ao longo dos dois anos.
A maior parte dos alunos aprovados são encaminhados para cursos de educação e
formação (CEF) do Agrupamento, após uma avaliação das suas áreas de interesse
realizada pelos Serviços de Psicologia e Orientação.
Gráfico nº 14 - Resultados escolares das turmas “G Mais” no ano letivo 2009/2010
Projeto Educativo Trepar Paredes II
32
Gráfico nº 15 - Resultados escolares das turmas “G Mais” no ano letivo 2010/2011
Projeto Educativo Trepar Paredes II
33
2.3. Turmas CEF
A criação de cursos CEF tem sido adotada, desde o ano 2005, com o objetivo
prevenir os diferentes tipos de abandono escolar, nomeadamente o desqualificado (alunos
que atingiam o limite da escolaridade sem qualquer qualificação). Neste sentido e de acordo
com as necessidades do meio e o interesse dos alunos têm sido criados CEF Tipo II
(Andares, Bombeiros, Cozinha, Florista e Apoio Familiar e Apoio à Comunidade) e CEF III
(Práticas Comerciais e Bombeiros) havendo um constante acompanhamento dos alunos por
parte da Diretora, das Equipas Pedagógicas, dos Serviços de Psicologia e Orientação, dos
mediadores sociais e dos animadores socioculturais.
Os resultados têm vindo a ser francamente positivos conforme se poderá verificar
nos gráficos nº 16 e nº17 que representam os resultados nos dois últimos anos letivos.
Gráfico nº 16 - Resultados escolares das turmas CEF no ano letivo 2009/2010
Projeto Educativo Trepar Paredes II
34
Gráfico nº 17 - Resultados escolares das turmas “G Mais” no ano letivo 2010/2011
Não podemos deixar de salientar a intervenção no agrupamento do projeto EPIS de
combate ao insucesso e ao abandono escolares através da prevenção e da remediação de
fatores de risco dos alunos e famílias, da promoção de fatores de proteção e através da
indução de fatores externos de sucesso na escola.
Neste projeto houve a intervenção em alunos do 3º ciclo considerados “casos de
risco” (alunos das turmas G Mais e CEF e outros das turmas ditas regulares) no sentido de
os capacitarem para o sucesso escolar, através da utilização de metodologias
educacionais inovadoras.
Projeto Educativo Trepar Paredes II
35
2.4. Provas de Aferição
Relativamente aos resultados nas provas de aferição, os gráficos nº 18 e nº 19
apresentam a evolução registada pelos alunos do Agrupamento em 2009/2010 e 2010/2011.
Gráfico nº 18 - Evolução, nos 2 últimos anos, dos resultados das provas de aferição em Língua Portuguesa
Na área de Língua Portuguesa, no 4º ano de escolaridade, em 2010/2011, destaca-
se a classificação de B com 46,67%, seguindo-se a classificação C com 32,94%, a D com
10,20% e a A com 9,8%. Releva-se a diminuição para metade, em relação a 2009/2010, da
classificação E. Apesar destes resultados constata-se que o total de classificações D e E
subiu de 4,65% para 10,59% o que merece a preocupação das estruturas pedagógicas do
Agrupamento.
Em Língua Portuguesa, no 6º ano de escolaridade em 2010/2011, destaca-se a
classificação de C com 55,59%, seguindo-se a classificação B com 30,99%, a D com 9,27%
e a A com 3,51%. Manteve-se, em relação a 2009/2010, a maior incidência de resultados
nos níveis B/C. De Salientar, no entanto, que a percentagem de classificações D e E desceu
2,86%.
4º Ano
6º Ano
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
A B C D E A B C D E 2009-2010
2010-2011
2009-2010 2010-2011 A B C D E A B C D E
4º Ano 12,29% 40,20% 42,86% 3,99% 0,66% 9,80% 46,67% 32,94% 10,20% 0,39%
6º Ano 3,43% 34,58% 49,22% 12,15% 0,62% 3,51% 30,99% 55,59% 9,27% 0,64%
Resultado das Provas de Aferição - Língua Portuguesa
4º Ano 6º Ano
Projeto Educativo Trepar Paredes II
36
Em Matemática, no 4º ano de escolaridade, a classificação com maior percentagem
foi B com 40,39%, seguindo-se C com 32,55%, D com 30,59%, A com 9,41% e E com
0,78%. Ressalta, em relação a 2009/2010, a manutenção dos resultados positivos nos níveis
intermédios B/C. No total obteve-se a percentagem de 76% de classificações positivas e 24%
de classificações negativas.
Gráfico nº 19 - Evolução, nos 2 últimos anos, dos resultados das provas de aferição em Matemática
Pela primeira vez o Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) procedeu à
comparação dos resultados da provas de aferição aos seguintes níveis: Nacional, Região
Norte (NUT II), Tâmega (NUT III) e escola. Regista-se no 4º ano – língua portuguesa - que o
AVEP está acima dos resultados nestes três níveis (71,30%), conforme mostra o gráfico nº
20.
4º Ano
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
A B C D E A B C D E 2009-2010
2010-2011
2009-2010 2010-2011 A B C D E A B C D E
4º Ano 16,67% 26,67% 45,67% 10,33% 0,67% 9,41% 40,39% 32,55% 30,59% 0,78%
6º Ano 11,46% 24,52% 46,82% 15,29% 1,91% 8,13% 28,44% 50,00% 10,00% 0,94%
Resultado das Provas de Aferição - Matemática
4º Ano 6º Ano
Projeto Educativo Trepar Paredes II
37
Gráfico nº 20 - Análise comparativa Provas de Aferição de Língua Portuguesa, no ano 2011– 4º ano
Já na disciplina de Matemática o AVEP está abaixo dos níveis obtidos em termos
nacionais, região norte-NUTII, e Tâmega-NUT III, conforme mostra o gráfico nº 21.
Gráfico nº 21 - Análise comparativa Provas de Aferição de Matemática, no ano 2011 – 4º ano
70,20% 69,70%64,10%
67,80% 67,80%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
50,00%
55,00%
60,00%
65,00%
70,00%
75,00%
80,00%
Norte (NUT II) Tâmega (NUT III) AVEP
Provas de Aferição 2011 - Matemática (4º Ano)Análise comparativa
Matemática Média NACIONAL
Projeto Educativo Trepar Paredes II
38
Em relação às provas de aferição do 6º ano de Língua Portuguesa e de Matemática
os resultados no AVEP situam-se acima da média nacional, Norte NUT II e Tâmega NUT
III, conforme se pode verificar nos dois gráficos seguintes (gráficos nº 22 e nº 23).
Gráfico nº 22 - Análise comparativa Provas de Aferição de Língua Portuguesa, no ano 2011 – 6º ano
Gráfico nº 23 - Análise comparativa Provas de Aferição de Matemática, no ano 2011 – 6º ano
Projeto Educativo Trepar Paredes II
39
2.5. Exames nacionais
Relativamente aos exames nacionais, os gráficos seguintes (gráficos nº 24 e 25)
apresentam os resultados obtidos pelos alunos do Agrupamento em 2009/2010 e
2010/2011.
Gráfico nº 24 - Resultados dos Exames Nacionais – Língua Portuguesa (9º ano)
Pela análise deste gráfico nº 24 regista-se um aumento preocupante do nível D, em
2010/2011, embora também se registe em simultâneo um ligeiro aumento dos níveis A e B.
No entanto, este aumento não compensou a elevada percentagem de níveis com
classificação D e E de 62,16%.
Relativamente à disciplina de Matemática regista-se uma diminuição dos níveis D e
E, em 2010/2011, em cerca de 25 %. Destaca-se o nível B que passa de 8,89% para
27,03%, ou seja mais 18 %, como poderá ser confirmado no nº 25.
A B C D E
2009-2010 0,00% 6,67% 46,67% 46,67% 0,00%
2010-2011 2,70% 10,81% 24,32% 62,16% 0,00%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
Resultado dos Exames Nacionais - Língua Portuguesa (9ºAno)
Projeto Educativo Trepar Paredes II
40
Gráfico nº 25 - Resultados dos Exames Nacionais – Matemática (9º ano)
Uma análise comparativa dos resultados da avaliação externa com os resultados da
avaliação interna, pode ser testemunhada nos gráficos nºs 26 e 27 que traduzem um
desvio significativo em desfavor da avaliação interna. Esta situação poderá ser
interpretada pelo facto de a avaliação interna integrar critérios de avaliação que não
constam prova de exame. Encontram-se nesta situação os seguintes critérios: sentido de
responsabilidade, autonomia, participação e cooperação e espírito crítico.
A B C D E
2009-2010 2,22% 8,89% 15,56% 68,89% 4,44%
2010-2011 2,70% 27,03% 21,62% 37,84% 10,81%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
Resultados dos Exames Nacionais - Matemática (9ºAno)
Projeto Educativo Trepar Paredes II
41
Gráfico nº 26 - Análise comparativa dos resultados dos exames nacionais com a avaliação interna Língua
Portuguesa (9º ano)
Gráfico nº 27 - Análise comparativa dos resultados dos exames nacionais com a avaliação interna
Matemática (9º ano)
A B C D E
2009-2010 0,00% 6,67% 46,67% 46,67% 0,00%
Av.Int. 2010 11,11% 20,00% 60,00% 8,89% 0,00%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
Exames Nacionais - Língua Portuguesa (9º Ano)Comparação com a avaliação interna
A B C D E
2009-2010 2,22% 8,89% 15,56% 68,89% 4,44%
Av.Int. 2010 8,89% 6,67% 48,89% 35,56% 0,00%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
Exames Nacionais - Matemática (9º Ano)Comparação com a avaliação interna
Projeto Educativo Trepar Paredes II
42
3. Atividades de enriquecimento curricular, componente de apoio à família e outros projetos
As atividades de enriquecimento curricular no 1º ciclo do ensino básico têm como
objetivo criar condições para o maior sucesso escolar dos alunos e proporcionar maior
apoio às famílias através da “Escola a tempo inteiro”. São regulamentadas através do
Despacho nº 14460/ 2008 e promovidas pela Câmara Municipal de Paredes em parceria
com o Agrupamento.
Na educação pré-escolar as atividades de apoio à família integram todos os períodos
que estejam para além das vinte e cinco horas letivas e que, de acordo com a lei, sejam
definidas com os pais, no início do ano letivo. Estas atividades integram duas vertentes:
serviço de refeições e prolongamento de horário.
Nos 2º e 3º ciclos e no sentido de tornar a aprendizagem mais consistente,
proporcionar o aprofundamento das aprendizagens e a realização de experiências
inovadoras, a escola oferece projetos e atividades de Enriquecimento Curricular
organizadas no clube de Desporto Escolar, na Biblioteca, na Sala de Estudo, na oficinas e
no clubes.
Projeto Educativo Trepar Paredes II
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4. Recursos financeiros
O AVEP, a exemplo das demais escolas/agrupamentos do sistema educativo público
português, tem como financiamento as seguintes fontes:
• FOFI 111 – fonte de financiamento do orçamento de Estado que suporta os custos
de funcionamento da Escola EB 2/3 de Paredes e os custos com o material
pedagógico dos jardins-de-infância.
• FOFI 123 – fonte de financiamento de despesas com compensação em receita.
Estas receitas são provenientes do Município, que suportam os custos de
funcionamento das escolas EB1 e JI do Agrupamento e os custos com materiais
pedagógicos utilizados nas Atividades de Enriquecimento Curricular. Esta fonte de
financiamento inclui também as receitas para o desenvolvimento do Desporto
Escolar. Integram também esta fonte de financiamento as receitas próprias
provenientes dos lucros dos bufetes dos alunos e dos professores, do
desenvolvimento de atividades e venda de serviços assim como de diversos
donativos da comunidade.
• FOFI 242 - receitas provenientes do Fundo Social Europeu, para custear as
despesas com o funcionamento dos cursos CEF, Educação e Formação de
Adultos (EFA), e Programa TEIP.
• Outras receitas provenientes de candidaturas a projetos.
As despesas com pessoal docente são pagas centralmente mediante requisição
mensal.
As despesas com o pessoal não docente de todo o agrupamento e com os docentes
que exercem funções nas atividades de enriquecimento curricular são assumidas pelo
Município.
As despesas com pessoal não docente afeto ao desenvolvimento de projetos são
assumidas pelo Ministério da Educação e Ciência.
O Gráfico nº 28 representa a evolução das fontes de financiamento do
Agrupamento nos dois últimos anos letivos.
A inversão da proporção das fontes de financiamento do ano 2009/2010 para o
2010/2011 deveu-se ao facto de os vencimentos de todos os docentes contratados terem
sido assumidos pelo Fundo Social Europeu, pelo facto do nosso Agrupamento pertencer à
rede de escolas TEIP.
Projeto Educativo Trepar Paredes II
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Gráfico nº 28 - Análise comparativa das fontes de financiamento
Projeto Educativo Trepar Paredes II
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5. Protocolos e parcerias
Na ação quotidiana e com a finalidade de estreitar os laços com a comunidade
envolvente e trabalhar para a prossecução dos objetivos comuns, o Agrupamento tem
vindo a estabelecer em parcerias, em primeira linha, com as Associações de Pais
legalmente constituídas. As Associações de Pais e Encarregados de Educação existentes
nas escolas do Agrupamento têm como finalidade contribuir para o bom funcionamento
das escolas e para o sucesso educativo dos alunos, em cooperação com todas as
entidades interessadas e responsáveis pela qualidade da educação, para que daí resulte
um melhor aproveitamento para os alunos. Este direito/ dever assiste aos Pais ou
Encarregados de Educação, num ensino democrático, progressista, criador de condições
para o desenvolvimento da personalidade das criança e jovens e da preparação para a
vida nos termos definidos pela lei vigente.
Presentemente, dos vinte estabelecimentos de ensino que constituem o
Agrupamento, oito têm associações de pais, devidamente legalizadas.
Esta parceria reveste-se de uma forma institucional através da representação dos
Pais / Encarregados de educação nos órgãos legalmente constituídos no Agrupamento
mas também, e de forma muito gratificante, através das soluções encontradas pelos pais
para dar resposta às necessidades das escolas.
Um outro parceiro institucional, com responsabilidades e competências no Ensino
Básico, nos termos legais em vigor, tem sido a Câmara Municipal de Paredes. Com este
parceiro, para além da representação no Conselho Geral e relacionamento institucional
com as escolas do Agrupamento, têm vindo a ser desenvolvidos projetos de âmbito
sociocultural que muito valorizam a comunidade educativa e que proporcionam uma
visibilidade diferente da escola inserida no seu meio.
O Agrupamento tem vindo a procurar alargar a sua rede de parcerias / protocolos
com outros elementos da comunidade educativa, nomeadamente:
• Associação Empresarial de Paredes (AEP) através de protocolos de estágios
para os alunos dos cursos CEF e do encaminhamento dos formandos do
Centro Novas Oportunidades para frequência dos cursos EFA.
• Associação Empresários pela Inclusão Social (EPIS) através do
desenvolvimento de projetos para combater o insucesso e o abandono escolar
no 3º ciclo e de Novas Práticas de Gestão.
• Unidade Local de Saúde de Paredes - Projeto de Educação para a Saúde.
Projeto Educativo Trepar Paredes II
46
• Centro de Educação e Formação Profissional Integrada (Vilarinha – Porto)
(CEFPI) q acesso a estágio de avaliação vocacional e profissional dos alunos
com NEE.
• Associação de Pais e Amigos de Penafiel (APADIMP) – estabelecimento de
protocolos no âmbito da intervenção junto das famílias dos alunos com NEE.
• Emaús - estabelecimento de protocolos no âmbito da avaliação e preparação
da transição para a vida adulta dos alunos com NEE.
• Segurança Social – parcerias na formação escolar dos beneficiários do
Rendimento Social de Inserção.
• Associação Cultural José Guilherme Pacheco – Ensino Articulado da Música.
• Academia de Dança do Vale do Sousa – Ensino Articulado da Dança.
• Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
- assessoria ao projeto TEIP e ao projeto OBVIE-Observatório da Vida das
Escolas.
Projeto Educativo Trepar Paredes II
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6. Diagnóstico da situação
A produção do diagnóstico da situação relativa ao Agrupamento obedeceu à
metodologia de análise SWOT, traduzindo-se na elaboração de um quadro síntese onde
são discriminados, através do contributo de diferentes intervenientes da comunidade
educativa, os atributos do AVEP em pontos fortes e em pontos fracos e as condições de
desenvolvimento da sua atividade em oportunidades e em constrangimentos.
As conclusões estão registadas no quadro seguinte (quadro nº 4) e é em função destes
dados que se reorganiza o projeto educativo futuro.
Atributos
Pontos Fortes Pontos Fracos
Organização e Gestão Escolar
• Existência de um corpo docente experiente e relativamente estável.
• Empenho do corpo docente e não docente na resolução de problemas.
• Preocupação por parte dos órgãos de gestão para a integração dos elementos da comunidade e para a criação de condições de trabalho.
• A dinâmica das diversas lideranças. • Disponibilidade para o envolvimento
em projetos. • Práticas significativas na inclusão
educativa e social de alunos com NEE por parte dos diversos atores da comunidade escolar.
• Grande diversidade de oferta de atividades e meios por parte do Centro de Recursos.
• Dificuldade na organização e implementação de estratégias consistentes de acompanhamento, apoio e monitorização da prática letiva em sala de aula;
• Fragilidade na adequação dos PCT no reforço da diferenciação pedagógica.
• Espaços exíguos e pouco confortáveis, o que contribui para a dispersão e não possibilidade de espaços (gabinetes de trabalho) para professores em locais condignos de atendimento de Encarregados de Educação.
Alunos
• A diversidade de alunos. • A centralidade no aluno no
desenvolvimento de todas as atividades.
• Procura permanente de respostas diversificadas às necessidades dos alunos.
• Existência de bolsas residuais de abandono escolar.
• Taxas de insucesso nas disciplinas de Matemática, Língua Portuguesa e Língua Estrangeira.
• Dificuldades na apropriação de hábitos, técnicas e métodos de estudo associadas a dificuldades de concentração e motivação
• Deficiente cultivo da responsabilidade individual e autoexigência.
• Deficiente consciência ecológica e cívica, com maior incidência na EB2/3.
Projeto Educativo Trepar Paredes II
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Comunidade
• Clima harmonioso entre os diversos atores da comunidade escolar que se reflete num trabalho colaborativo.
• Rede de parcerias com a comunidade. • Número considerável de coletividades
com caráter cultural ou desportivo.
• Baixas qualificações dos AAE. • Reduzido nº de AAE nas EB1. • Acompanhamento familiar inconsequente
no processo de ensino e aprendizagem. • Falta de apoio familiar/disfunção de
retaguarda de afetos e estabilidade. • Falta de recursos no acesso à saúde e
outros.
Condições de Desenvolvimento
Oportunidades Constrangimentos
• Disponibilidade de instituições externas para colaborarem no combate ao abandono escolar (EPIS).
• Protocolos e parcerias com instituições da comunidade.
• Desenvolvimento de Projetos inseridos nas Novas Oportunidades e em Percursos Curriculares Alternativos.
• Promoção da interação com as diversas coletividades.
• Candidaturas às diversas medidas do POPH.
• Elevado número de alunos por turma e turmas com dois anos de escolaridade.
• Superlotação da EB2/3 que tem sido um dos fatores que mais tem contribuído para alguns focos de violência que, embora isolados, têm vindo a preocupar bastante as estruturas educativas da escola e da comunidade.
• Alguns edifícios desadequados à “escola a tempo inteiro.
• Escassez de recursos físicos e humanos. • Escassez do orçamento para fazer face às
despesas correntes. • Inexistência de outros técnicos de forma
contínua que permitam a constituição de equipas multidisciplinares.
• Inexistência de um Pavilhão Polidesportivo na EB 2/3.
• Inexistência de laboratórios que possam implementar a atividade experimental.
• Parque escolar disperso e imenso, dificultando a identidade do Agrupamento.
• Dificuldade na acessibilidade para os alunos com limitações motoras, na EB 2/3.
• Realização de reuniões de trabalho dos docentes em horário pós laboral.
• Dificuldades na rede de transporte escolar • Falta de expectativas em relação à Escola
concretizada pelo desinteresse pelas atividades escolares, principalmente à medida que aumentam os anos de escolaridade e consequentemente o grau de exigência.
• Desigualdade no acesso à informação por parte da comunidade discente.
• Perda da noção de esforço na aprendizagem o que faz com que os alunos não estudem, não revelem
Projeto Educativo Trepar Paredes II
49
persistência e não consolidem as aprendizagens.
• Forma de funcionamento das diferentes instituições (CPCJ, segurança social, IPSS e serviços de saúde).
• Falta de articulação entre os serviços de saúde familiar e o agrupamento.
• Falta de vagas na educação pré-escolar em algumas freguesias.
• Sobrecarga de tarefas para alguns docentes (coordenações).
• Fórmula de atribuição de recursos para o apoio educativo no 1º ciclo.
• Horários do 1º ciclo entrecortados pela flexibilização das AEC conduzindo a alguma destruturação das dinâmicas de trabalho.
Quadro nº 4 - Atributos e condições de desenvolvimento
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7. Áreas prioritárias de intervenção
Feito o diagnóstico, obteve-se o levantamento dos problemas a resolver, os recursos
disponíveis e fatores que serão determinantes para o encontro de soluções. Seguidamente,
estabeleceram-se prioridades relativamente às situações problemáticas sobre as quais o
AVEP se propõe intervir, através de diferentes ações numa sequência coerente de
atividades.
Enunciam-se de seguida uma síntese dos problemas diagnosticados:
• Insucesso escolar.
• Falta de qualidade do sucesso.
• Dificuldade na corresponsabilização dos alunos /encarregados de educação no
sucesso educativo.
• Desvalorização da cultura escolar.
• Pouca participação dos pais na escola e falta de reflexão sobre
responsabilidades individuais no exercício de uma cidadania ativa.
• Dificuldade na instituição de processos que melhorem a articulação curricular.
• Mecanismos de gestão curricular e de supervisão pedagógica incipientes
• Integração de alunos em risco de exclusão.
• Baixo nível de qualificação dos E.E/Pais/Comunidade.
• Dificuldade de transição no prosseguimento de estudos, após o 9º ano.
• Défice nas regras de conduta dos alunos.
• Dificuldade na identificação com os valores por que se rege o agrupamento e na
vivência em sociedade.
Face aos problemas enunciados, considerando o artigo 6º do Despacho Normativo
55/2008, estabelecem-se como áreas de ação e intervenção prioritárias as seguintes:
• Promoção de condições para o sucesso educativo e escolar das crianças e
jovens.
• Criação de modalidades de gestão flexível do currículo e dos programas
disciplinares e dos não disciplinares.
• Ligação ao mundo do trabalho.
• Educação para a saúde, desporto escolar e apoios educativos especiais,
educação para o empreendedorismo e contacto com as estruturas e locais de
interesse patrimonial e cultural.
Projeto Educativo Trepar Paredes II
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• Identificação de mecanismos de acompanhamentos de projetos de estudo e
formação.
• Dotação em pessoal docente e auxiliar, profissionais de orientação profissional,
de orientação escolar e apoio tutorial, mediadores com a comunidade.
• Articulação estreita com as famílias e a comunidade local.
Através das áreas de ação e intervenção definidas anteriormente, propomo-nos
atingir os seguintes objetivos:
• Melhorar o sucesso educativo e a qualidade do sucesso.
• Garantir a monitorização do sucesso escolar, através do estabelecimento
protocolos de procedimentos de estudo entre professores, alunos e
encarregados de educação.
• Intensificar relações escola-família-meio, desenvolvendo estratégias que
ampliem as expectativas das famílias e do meio em relação ao saber escolar e
promovam uma cidadania mais ativa.
• Dar continuidade ao processo de revisão do projeto curricular de modo a
melhorar a articulação entre as disciplinas, níveis de ensino e adequar as
estratégias ao contexto do agrupamento.
• Garantir mecanismos de acompanhamento junto de alunos em risco de
exclusão.
• Contribuir para melhorar o nível de qualificação dos EE.
• Manter/ampliar processos que permitam apoiar alunos no prosseguimento de
estudos.
• Criar um ambiente favorável ao sucesso escolar e educativo e ao
desenvolvimento de competências cívicas.
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52
Estes objetivos serão desenvolvidos através das seguintes ações:
• Mais “S” – Mais Sucesso.
• Mais “Q” – Mais Qualificação.
• Mais “P” – Mais Parceiros.
• Mais “Cid” – Mais Cidadania.
• Mais “Av” – Mais Avaliação
A articulação entre problemas, objetivos, eixos e ações a implementar poderá ser
traduzida através da seguinte matriz:
PROBLEMAS OBJETIVOS EIXOS AÇÕES
Insucesso escolar TP1 - Melhorar o sucesso educativo e a qualidade do sucesso TP2 - Garantir a monitorização do sucesso escolar, através do estabelecimento protocolos de procedimentos de estudo entre professores, alunos e encarregados de educação.
Apoio à Melhoria das Aprendizagens
MAIS S - Mais Sucesso
Falta de qualidade do sucesso
Dificuldade na corresponsabilização dos alunos /encarregados de educação no sucesso educativo
Desvalorização da cultura escolar
TP3 - Intensificar relações escola – família – meio, desenvolvendo estratégias que ampliem as expectativas das famílias e do meio em relação ao saber escolar e promovam uma cidadania mais ativa.
Apoio à Melhoria das Aprendizagens
MAIS Q - Mais Qualificação
Baixa presença dos pais na escola e falta de reflexão sobre responsabilidades individuais no exercício de uma cidadania ativa
Prevenção do abandono, absentismo e indisciplina
MAIS P - Mais Parceiros Relação Escola
- Famílias-Comunidade e parcerias educativas
Dificuldade na instituição de processos que melhorem a articulação curricular
TP4 - Dar continuidade ao processo de revisão do projeto curricular de modo a melhorar a articulação entre as disciplinas, níveis de ensino e adequar as estratégias ao contexto do agrupamento.
Monitorização e autoavaliação
MAIS S - Mais Sucesso
Mecanismos de gestão curricular e de supervisão pedagógica incipientes
MAIS AV - Mais Avaliação
Integração de alunos em risco de exclusão
TP5 - Garantir mecanismos de acompanhamento junto de alunos em risco de exclusão
Prevenção do abandono, absentismo e indisciplina
MAIS S - Mais Sucesso
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Baixo nível de qualificação dos E.E/Pais/Comunidade
TP6 - Contribuir para melhorar o nível de qualificação dos EE
Relação Escola - Famílias-Comunidade e parcerias educativas
MAIS Q - Mais Qualificação
MAIS P - Mais Parceiros
Dificuldade de transição no prosseguimento de estudos, após o 9º ano
TP7 - Manter/ampliar processos que permitam apoiar alunos no prosseguimento de estudos.
Prevenção do abandono, absentismo e indisciplina
MAIS S - Mais Sucesso
MAIS Q - Mais Qualificação
Défice nas regras de conduta dos alunos TP8 - Criar um ambiente
favorável ao sucesso escolar e educativo e ao desenvolvimento de competências cívicas
Apoio à Melhoria das Aprendizagens
MAIS CID - Mais Cidadania Dificuldade na identificação
com os valores que se rege o agrupamento e na vivência em sociedade
Prevenção do abandono, absentismo e indisciplina
Quadro nº 5 - Matriz de articulação entre problemas, objetivos, eixos e ações
Projeto Educativo Trepar Paredes II
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8. Plano de ação
As metas educativas inerentes a qualquer instituição formativa passam
obrigatoriamente pela preparação atempada e adequada das crianças e jovens para o
exercício de uma cidadania plena, ativa e participativa conforme o estabelecido na Lei de
Bases do Sistema Educativo. É inerente a esta preparação o acesso à Escola e a criação
de condições que assegurem o sucesso educativo de todos os alunos. É no quadro deste
compromisso, que o Agrupamento guiará a sua ação de acordo com o seguinte plano que
integra objetivos (identificados por TP [Trepar Paredes]), metas educativas e indicadores
de medida.
Objetivo TP1 - Melhorar o sucesso educativo e a qualidade do sucesso Metas Indicadores de medida
• Melhorar a taxa de sucesso global:
Ciclo Indicadores Junho 2011
(em %)
Meta 2012/13
Δ Taxa de sucesso
1º ciclo 98,60% 100% 1,0%
2º ciclo 98,82% 100% 1,2%
3 ciclo 90,21% 98% 10,90%
• Número de alunos que transitam de ano.
• Melhorar a qualidade do sucesso ampliando o nível das classificações “positivas” a Língua Portuguesa e Matemática, simultaneamente:
Ano Indicadores Junho 2011
(em %)
Meta 2012/13
Δ Taxa de sucesso
1º ano 93,80% 100% 6,60%
2º ano 94,30% 100% 6,00%
3º ano 95,70% 0,00% 4,50%
4º ano 88,20% 95,00% 15,50%
5º ano 85,60% 95,00% 11,00%
6º an 84,40% 95,00% 12,00%
7º ano 68,60% 80,00% 16,60%
8º ano 49,50% 75,00% 51,00%
9º ano 52,60% 85,00% 61,50%
• Média das classificações atribuídas no 3º período de cada ano letivo, nos 2º e 3º ciclos, superiores a três e igual ou superior a “satisfaz” no 1º ciclo.
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• Melhorar a taxa de sucesso a Língua Portuguesa e Matemática:
Língua Portuguesa
Ano Indicadores Junho 2011
(em %)
Meta 2012/13
Δ Taxa de sucesso
1º no 94,88% 100,00% 5,12%
2º ano 95,55% 100,00% 4,45%
3º ano 97,86% 100,00% 2,14%
4º ano 93,70% 100,00% 6,30%
5º ano 94,00% 97,00% 3,00%
6º ano 95,30% 96,00% 0,70%
7º ano 86,00% 92,00% 6,50%
8º ano 88,57% 92,00% 3,70%
9º ano 78,90% 85,00% 7,20%
Matemática
Ano Indicadores Junho 2011
(em %)
Meta 2012/13
Δ Taxa de sucesso
1º ano 94,88% 100% 5,12%
2º ano 95,55% 100% 4,45%
3º ano 95,44% 100% 4,56%
4º ano 88,50% 100% 11,50%
5º ano 89,00% 92,00% 3,26%
6º ano 85,50% 90,00% 5,00%
7º a o 68,60% 85,00% 19,30%
8º ano 51,40% 70,00% 26,60%
9º ano 60,50% 75,00% 9,30%
• Média das classificações atribuídas no 3º período de cada ano letivo, nos 2º e 3ºs ciclos, superiores a três e igual ou superior a “satisfaz” no 1º ciclo.
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Avaliação externa - taxa de sucesso Língua Portuguesa
Ano Indicadores Junho 2011 (em %)
Meta 2012/13
Δ Taxa de sucesso
4º ano 90% 96,00% 6,30%
6º ano 84% 91,00% 7,70%
9º ano 38% 70,00% 45,70%
Matemática
Ano Indicadores Junho 2011 (em %)
Meta 2012/13
Δ Taxa de sucesso
4º ano 76% 91,00% 16,50%
6º ano 75% 82,00% 8,50%
9º ano 52% 60,00% 13,30%
• Classificações dos alunos nas provas de aferição e exames nacionais de Língua Portuguesa e Matemática.
Objetivo TP2 - Garantir a monitorização do sucesso escolar, através do estabelecimento protocolos de procedimentos de estudo entre professores, alunos e
encarregados de educação. Metas Indicadores de medida
• Elaboração, implementação e monitorização de “planos de melhoria” em turmas com planos de recuperação envolvendo professores, alunos e encarregados de educação.
• Indicador de realização: o Número de planos de
melhoria. o Número de alunos e
encarregados de educação envolvidos.
• Indicador de resultados: o Taxa de sucesso escolar
dos alunos das turmas com planos de melhoria.
Objetivo TP3 - Intensificar relações escola – família – meio, desenvolvendo estratégias que ampliem as expectativas das famílias e do meio em relação aos saber
escolar e promovam uma cidadania mais activa. Metas Indicadores de medida
• Manter a realização de reuniões regulares com pais/encarregados de educação, com pelo menos a presença de 80%
Nº de presenças através dos registos (atas) das reuniões.
• Dinamizar, em cada ano letivo, pelo menos 20 workshops/ ações de sensibilização, em 10 estabelecimentos de ensino, com a participação de 14% dos encarregados de educação e atingir 100% de sucesso escolar e 0% de MC/MDS nos filhos dos pais participantes nos workshops/ações de sensibilização.
• Indicador de realização: o Número de encontros
realizados ao longo do projeto.
o Número de participantes. o Avaliação feita pelos
Projeto Educativo Trepar Paredes II
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participantes. • Indicador de resultados:
o Taxa de sucesso escolar dos alunos filhos dos pais presentes nos workshops/ações de sensibilização.
o Número de MC/MDS dos alunos filhos dos pais presentes nos workshops/ações de sensibilização.
• Criar um gabinete de comunicação responsável pela divulgação das atividades curriculares e extracurriculares em que participem os alunos e outros elementos da comunidade.
• Número de atividades realizadas e publicitadas.
• Aumentar as funcionalidades do sítio do agrupamento, com atualização constante da informação
• Número de funcionalidades acrescentadas à página e número de acessos.
Objetivo TP4 - Dar continuidade ao processo de revisão do projeto curricular de modo a melhorar a articulação entre as disciplinas, níveis de ensino e adequar as
estratégias ao contexto do agrupamento. Metas Indicadores de medida
• Concluir revisão do projeto curricular do agrupamento até ao fim do ano letivo 2011/2012.
• Promover a articulação curricular vertical em todas as disciplinas até ao fim do ano letivo 2012/2013.
• Avaliação que os professores fazem dos efeitos gerados.
• Data em que o projeto for aprovado.
• Conteúdos articulados.
Objetivo TP5 - Garantir mecanismos de acompanhamento junto de alunos em risco de exclusão
Metas Indicadores de medida
• Definir e implementar com os mediadores sociais um plano de ação, nomeadamente, ao nível da sinalização de alunos e famílias a acompanhar, da ação tutorial a desenvolver com os alunos, de atividades de formação com as famílias e professores.
• Conceber planos de ação em pelo menos 75% das situações identificadas.
• Número de alunos/famílias abrangidas em cada estabelecimento de ensino pela intervenção dos mediadores sociais.
• Número de Planos de Intervenção concretizados no AVEP.
• Definir e implementar com os animadores socioculturais um plano de ação, nomeadamente, ao nível de animação de espaços de recreio, sala de convívio dos alunos, cantina, comemoração de dias temáticos, dinamização de atividades de enriquecimento durante as interrupções letivas, em que a taxa de satisfação seja pelo menos em 80% ≥ a 3 (escala de 1 a 5).
• Indicador de realização: o Número de atividades e
número de alunos abrangidos pelas atividades promovidas pelos animadores socioculturais.
o Taxa de satisfação • Indicador de resultados: o Taxa de sucesso escolar
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dos alunos que frequentaram as atividades de animação
• Promover iniciativas com a intervenção de docentes, técnicos, famílias e serviços da comunidade que, entre outros aspetos, previnam o desinteresse, o absentismo e o abandono escolar de alunos em risco e potenciem a qualidade das aprendizagens e da formação, em que a taxa de satisfação seja pelo menos em 80%≥ a 3 (escala de 1 a 5).
• Indicador de realização: o Número de iniciativas. o Número de participantes. o Avaliação feita pelos
participantes. • Indicador de resultados:
o Taxa de sucesso escolar dos alunos objeto de intervenção.
• Manter o gabinete de apoio ao aluno e às famílias (GPS)
• Indicador de realização: o Número e tipologia de
acessos, encaminhamentos / apoios realizados ao GPS (encaminhamento do DT/Professores, espontâneo).
• Indicador de resultados: o Taxa de sucesso escolar
dos alunos objeto de intervenção.
• Obter uma taxa de sucesso escolar de 100% nas turmas “G Mais” e CEF
Taxa de sucesso escolar dos alunos no final de cada ano.
Objetivo TP6 - Contribuir para melhorar o nível de qualificação dos EE Metas Indicadores de medida
• Manter o volume de requisições de livros para leitura domiciliária de Alunos e Pais / Encarregados de Educação. • Número de requisições.
• Garantir oferta formativa para adultos. • Número de formandos
• Abrir a Biblioteca/Centro de Recursos aos encarregados de educação
• Grau de adesão dos encarregados de educação.
• Editar jornal “Ideias Frescas” em suporte informático, trimestralmente
• Número de publicações do jornal.
• Número de acessos ao jornal
Objetivo TP7 - Garantir o prosseguimento de estudos com vista ao cumprimento da escolaridade obrigatória de 12 anos
Metas Indicadores de medida
• Diversificar a oferta educativa do agrupamento. • Número/tipo de cursos
• Instituir processos de apoio à totalidade dos alunos que completam o 9º ano para o prosseguimento de estudos
• Número de alunos que completaram a escolaridade obrigatória
Objetivo TP8 - Criar um ambiente favorável ao sucesso escolar e educativo e ao desenvolvimento de competências cívicas.
Projeto Educativo Trepar Paredes II
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Metas Indicadores de medida
• Dinamizar três grandes atividades anuais no âmbito da cidadania.
• Número de atividades concretizadas
• Número de alunos envolvidos Quadro nº 6 - Objetivos, metas e indicadores de medida
Os objetivos definidos serão operacionalizados através dos diversos Planos Anuais
de Atividade.
Projeto Educativo Trepar Paredes II
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9. Avaliação do projeto
A avaliação do Projeto Educativo será concretizada por um processo contínuo,
globalizante e que mobilize toda a Comunidade Escolar e, na medida do possível, a
Comunidade Educativa, tendo em vista garantir a sua eficiente consecução, no quadro dos
princípios e dos objetivos definidos. A sua concretização reveste-se das seguintes
modalidades:
• Contínua – ao longo de todo o processo de desenvolvimento dos planos anuais
de atividade por forma a permitir e introduzir as reformulações entendidas por
necessárias.
• Periódica – semestral com a finalidade de fazer um balanço das metas e dos
objetivos previstos e delinear planos de atividade subsequentes.
• Final – a realizar no fim de cada ano letivo e que assumirá a forma de um
relatório analítico elaborado pela equipa de autoavaliação a que se associará um
elemento da Comissão Permanente do Conselho Geral. Este relatório terá por
base os indicadores referenciados no projeto educativo e os mecanismos de
acompanhamento, monitorização e avaliação de cada atividade. No final da
vigência do projeto será realizada uma autoavaliação que dê conta dos efeitos
gerados, na sua relação com os processos e dinâmicas instituídas, ou seja, que
sistematize as melhorias conseguidas.
Sendo um objetivo do projeto educativo instituir uma cultura de autoavaliação, para
além de se dinamizar a equipa que coordene esta componente do projeto, recorrer-se-á a
dinâmicas que sensibilizem elementos das comunidades escolar e educativa para a sua
importância e informem dos dados que vão sendo recolhidos e trabalhados. Com estas
dinâmicas pretende-se um comprometimento coletivo na corresponsabilização pelos
planos de melhoria. A recolha de informação avaliativa será feita quer pela observação e
reflexão das situações que vão ocorrendo com o desenvolvimento do projeto, quer com a
aplicação de questionários e registos de testemunhos.
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Conclusão
O presente projeto foi construído dando cumprimento à
legislação em vigor, tendo em conta os contributos dos diversos atores
da comunidade escolar, organizados ou não, institucionalmente.
Na sua construção foram previstos momentos e indicadores de
avaliação com vista à sua regulação ou reformulação.
Considerando que um projeto é a planificação da ação, fica
traçado o caminho, conscientes que é a andar que se faz caminho e
se continua a TREPAR PAREDES.
Um professor aponta o caminho das estrelas, um verdadeiro
professor ajuda a alcançá-las.
Lídia Vasconcelos
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