PROJETO DE PESQUISA (PA 2339/18)
Título: QUALIDADE DO SOLO E CICLAGEM DE NUTRIENTES EM SISTEMAS
INTEGRADOS DE PRODUÇAO AGROPECUÁRIA
Subtítulo: QUALIDADE DO SOLO E CICLAGEM DE NUTRIENTES EM SISTEMA DE
SEMEADURA DIRETA DE SOJA EM CONSÓRCIO COM CAPIM-ARUANA PARA
PRODUÇÃO DE SILAGEM DE PLANTA INTEIRA NO VERÃO/OUTONO E
SOBRESSEMEADURA DE AVEIA-PRETA PARA RECRIA DE BORREGAS COM
DIFERENTES INTENSIDADES DE PASTEJO NO INVERNO/PRIMAVERA.
Responsável: Juliano Carlos Calonego (Eng. Agrônomo, Dr.)
Professor do curso de Agronomia da FCA/UNESP-Botucatu (SP),
respondendo pelas culturas de soja, milho e trigo nas disciplinas de
Agricultura I, II e III. Responsável pelas disciplinas de Cultura da Soja e
Sistema de Manejo e Propriedades Físicas do Solo no Programa de Pós-
Graduação em Agronomia/Agricultura.
Fazenda Experimental Lageado.
Rua. José Barbosa de Barros, 1780. CEP 18610-307, Botucatu, SP.
Tel.: (14) 3811-7686 E-mail: [email protected]
Colaboradores: Prof. Dr. Carlos Alexandre Costa Crusciol (FCA/UNESP), Prof. Dr. Cirino
Costa (FMVZ/UNESP), Prof.Dr.Cristiano Magalhães Pariz
(FMVZ/UNESP) - Igor Vilela Cruz (Doutorando em
Agronomia/Agricultura, FCA/UNESP)
Natureza do Projeto
Pesquisa Agronômica
Valor financiado
R$ 19.800,00
Vigência
até 01/04/2020
1. INTRODUÇÃO
A Integração Lavoura Pecuária (ILP), também denominada de Sistema Integrado de
Produção Agropecuária (SIPA) proporciona o uso eficiente da terra, favorecendo a
diversificação da produção, contribuindo assim com a sustentabilidade do Sistema de
Semeadura Direta (SSD), através da adição de material vegetal, na superfície do solo em
quantidades e qualidade suficientes para garantir a ascensão do sistema de produção
agropecuário.
A utilização de gramíneas e leguminosas em consorciação para a produção de silagem
no sistema ILP pode ser uma estratégia interessante para melhorar a qualidade da cobertura do
solo e da silagem, visando maximizar concomitantemente o desempenho zootécnico dos
animais (OLIVEIRA et al., 2011). O uso intensivo do solo, com trafego de implementos
agrícolas e pisoteio animal pode ser fator limitante em solos argilosos, podendo causar
impactos negativos nos atributos do solo, na produtividade de fitomassa aérea e radicular.
O aumento do aporte de material orgânico, que permite redução das forças mecânicas
atuantes sobre o solo, pode contribuir para redução da densidade do solo, resistência do solo a
penetração de raízes e aumento na velocidade de infiltração de água no solo, demonstrando
assim que o SSD, associado à adição de resíduos orgânicos, afeta significativamente as
propriedades mecânicas e hidrológicas do solo. Solos que possuem uma boa cobertura podem
também ser mais eficientes no armazenamento de água através do equilíbrio da porosidade de
retenção de água, que está relacionado com o movimento de muitos nutrientes, essenciais para
atingir altos níveis de produtividade de grãos das culturas em sucessão, como a soja por
exemplo. Além disso, obter informações quanto ao balanço dos estoques de carbono orgânico
no solo se faz necessário, tendo em vista, a grande necessidade por redução das perdas desse
elemento nos diferentes sistemas de produção. O impacto dos diferentes tipos de cobertura e
manejos empregados no SSD e ILP é decorrente das ações antrópicas que muitas vezes
carecem de medidas mais conservacionistas e sustentáveis. A retirada de material vegetal para
a silagem e a ciclagem de nutrientes promovida pela alimentação e excreção dos animais, via
pastejo, podem promover variações no balanço de estoque de carbono no solo, uma vez, que
em um sistema de manejo a ação antrópica historicamente promove aumento das taxas de
perda de carbono, em detrimento das taxas de adição, resultando em decréscimo dos teores de
matéria orgânica originais no solo, que vem acompanhado geralmente da degradação do
mesmo.
Destaca-se também a importância da inclusão da cultura da soja em áreas manejadas
em SIPA e/ou SPD, principalmente em consórcio ou rotação com espécies forrageiras dos
gêneros Panicum e Urochloa, utilizadas em muitos casos para produção de forragem do
outono a primavera, com posterior dessecação para formação de palhada (CRUSCIOL et al.,
2014). Objetivando, dessa forma, aumentar o aporte de N no solo, via fixação biológica do N
atmosférico, visto que SIPA ainda são limitados pela carência de N, com alta dependência do
uso de adubo nitrogenado para o sucesso da produção (ROSOLEM et al., 2011).
O balanceamento de dietas para animais suplementados com silagens de gramíneas
normalmente é feito com concentrados proteicos, elevando o custo de produção nas
propriedades. Pelo exposto, a utilização de leguminosas em consórcio com gramíneas na
forma de forragem também pode ser uma alternativa para elevar o teor de proteína bruta na
alimentação de animais (EVANGELISTA et al., 2003). Assim, uma das justificativas para o
uso de leguminosa associada a uma gramínea para ensilar é essa elevação do teor de PB da
silagem.
A presente proposta destina-se a condução de um projeto de pesquisa de médio/longo
prazo envolvendo um SIPA, sendo uma continuidade do projeto PA1378-14. Tem como
objetivo avaliar a cultura da soja para produção de silagem de planta inteira em consórcio
simultâneo com capim-aruana (Panicum maximum cv. Aruana), em sucessão às duas
modalidades de cultivo da cultura do milho para ensilagem: em consórcio simultâneo com
capim-marandu e em consórcio simultâneo com capim-marandu e feijão guandu cv. Fava
Larga, realizadas nas safras anteriores; avaliar a sobressemeadura da aveia-preta para pastejo
pelas borregas no inverno/primavera; e o capim-aruana principalmente para continuidade do
SPD com a formação de palhada na primavera, contribuindo com a ciclagem de nutrientes.
Além disso, avaliar como as diferentes intensidades de pastejo contribuem para os balanços
de C e N no sistema solo-planta, a melhoria da qualidade do solo, da matéria orgânica e dos
estoques de C e N.
2. MATERIAL E MÉTODOS
Descrição do local
O experimento está sendo conduzido na Fazenda Experimental Lageado, pertencente à
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/UNESP) no município de
Botucatu/SP (22º51’01”S e 48º25’28”W, com altitude de 777 metros), durante os anos
agrícolas 2017/2018 e 2018/2019. De acordo com o Sistema Brasileiro de Classificação de
Solos (SANTOS et al., 2006), o solo das áreas experimentais é um LATOSSOLO
VERMELHO Distrófico com 280, 90 e 630 g kg-1
de areia, silte e argila, respectivamente.
Até o ano de 2005, o solo foi utilizada para produção de silagem de milho e sorgo,
sendo que até outubro/2010, se encontrava em pousio, com predominância de capim-
braquiarinha {Urochloa decumbens cv. Basilisk [syn. Brachiaria decumbens cv. Basilisk]}.
Nos anos agrícolas 2010/2011 e 2011/2012, a área foi utilizada para produção de silagem de
milho em consórcio com braquiárias na safra, com posterior sobressemeadura de aveia-
amarela e pastejo por cordeiros entre os meses de agosto e novembro (Pariz et al., 2017a). No
ano agrícola 2012/2013, a área foi utilizada para produção de silagem de planta inteira de soja
em consórcio com capim-aruana na safra, sendo a pastagem manejada em regime de corte
entre os meses de agosto e outubro (Pariz et al., 2016, 2017b). Nos anos agrícolas 2013/2014,
2014/2015, 2015/2016 e 2016/2017 a área foi utilizada para produção de silagem de milho em
consórcio com capim-marandu e feijão guandu na safra, com posterior sobressemeadura de
aveia-preta e pastejo por cordeiros entre os meses de julho e setembro.
De acordo com a classificação de Köppen, o clima predominante na região é do tipo
Cwa (tropical de altitude, com inverno seco e verão quente e chuvoso). Durante o período
experimental os dados climáticos serão mensurados diariamente, calculando-se as médias
mensais de cada atributo.
Delineamento experimental e tratamentos
O delineamento experimental do primeiro experimento é em blocos casualizados, com
12 repetições, sendo a semeadura da cultura da soja para ensilagem de planta inteira em
consórcio simultâneo com capim-aruana (Panicum maximum cv. Aruana) em sucessão às
duas modalidades de cultivo da cultura do milho para ensilagem: em consórcio simultâneo
com capim-marandu e em consórcio simultâneo com capim-marandu e feijão guandu cv. Fava
Larga, cujos quais foram conduzidos nos quatro anos agrícolas anteriores (2013/2014,
2014/2015, 2015/2016 e 2016/2017).
O delineamento experimental do segundo experimento é em esquema de parcelas
subdivididas. Os tratamentos do primeiro experimento constituem as parcelas e as
intensidades de pastejo por borregas em recria (alturas de manejo de 0,15 e 0,30 m – pastejo
intensivo e moderado, respectivamente e sem pastejo) em áreas de sobressemeadura em linha
de aveia-preta cv. EMBRAPA 29 (Garoa) (Avena strigosa) após a ensilagem constituem as
subparcelas.
Cada parcela é constituída por 9 m de largura e 25 m de comprimento (225 m2). Após a
colheita para ensilagem, as parcelas são divididas em três subparcelas de mesmo tamanho. As
parcelas e as subparcelas são distribuídas aleatoriamente dentro de cada bloco. No segundo
ano agrícola as parcelas e subparcelas serão alocadas no mesmo local do primeiro ano
agrícola.
Preparo da área experimental, manejo das culturas e dos animais
No mês de novembro de 2017, foi realizado a dessecação das plantas presentes na área
experimental com a aplicação dos herbicidas Glyphosate e 2,4-D amine nas doses de 1.440 g
ha-1
do equivalente ácido e 670 g ha-1
do ingrediente ativo, respectivamente, com posterior
aplicação do herbicida Paraquat na dose de 400 g ha-1
do ingrediente ativo, utilizando um
volume de pulverização de 200 L ha-1
.
A cultivar de soja AS 3610 IPRO – INTACTA RR2 PRO (Grupo de maturação:
Superprecoce – 6.1) com hábito de crescimento “indeterminado” foi semeada no mês de
novembro na profundidade de 0,03 m, utilizando semeadora-adubadora modelo PDCP Tatu
Marchesan para SPD, com densidade de 400.000 sementes ha-1
e espaçamento entrelinhas de
0,45 m. As sementes foram tratadas com fungicida à base de Carboxina + Tiram na dose de
0,06 kg dos i.a. por 100 kg de sementes e inseticida à base de Tiametoxam na dose de 0,12 kg
do i.a. por 100 kg de sementes. Posteriormente, as sementes foram inoculadas com inoculante
turfoso, contendo bactérias simbiontes da espécie Bradyrhizobium japonicum (SEMIA 5079 e
SEMIA 5080 na concentração de 5 x 109 rizóbios por grama), utilizando-se 0,5 kg por 100 kg
de sementes. Também foi misturado às sementes fertilizante mineral líquido à base de P2O5,
Mo e Co (0,426; 0,284 e 0,028 kg L-1
, respectivamente), na dose de 0,2 L do produto
comercial ha-1
.
O capim-aruana foi semeado na entrelinha da cultura da soja na profundidade de 0,06
m, na quantidade de 600 pontos de VC ha-1
, conforme recomendação de Pariz et al. (2016). A
adubação mineral de semeadura seguiu as recomendações de Ambrosano et al. (1997) para a
cultura da soja. Por se tratar de colheita para ensilagem, aos 30 DAE das plântulas de soja foi
realizada adubação potássica de cobertura aplicando 90 kg ha-1
de K2O (150 kg ha-1
do
fertilizante mineral cloreto de potássio).
A colheita mecânica da cultura da soja em consórcio com capim-aruana para ensilagem
foi realizada quando as plantas de soja se encontravam no estádio fenológico R7 (início da
maturação dos grãos e 50% de folhas amareladas), de acordo com classificação de Fehr;
Cavinness (1977) e recomendação de Leonel et al. (2008). A colheita foi realizada em abril de
2018 na altura de 0,15 m utilizando colhedora de forragem modelo JF C120 com polia (12
facas) e plataforma de área total modelo JF 1300. O material colhido foi picado em partículas
médias entre 3 e 6 mm e armazenado em silo tipo “bag” de 1,50 m de diâmetro com auxílio
de embolsadora de forragem modelo Marcher INGRAIN50, com compactação de 600 kg m-3
de massa verde, para posterior alimentação dos cordeiros confinados do Subprojeto 2.
No mês de abril, a aveia-preta foi sobressemeada por meio de semeadora-adubadora
modelo PDCP Tatu Marchesan para SPD, com espaçamento de 0,17 m entrelinhas,
utilizando-se 65 kg ha-1
de sementes puras viáveis (SPV), seguindo as recomendações de
Adami; Pitta (2012).
Em todos os anos agrícolas serão utilizadas borregas Texel na fase de recria, com idade
média de 90 dias e peso vivo inicial médio de 25 kg, oriundas de uma criação comercial. A
blocagem será feita em função do peso vivo, alocando os animais por sorteio nos tratamentos,
sendo considerado como unidade experimental o animal, visto que o suplemento será
fornecido em cochos eletrônicos Intergado®, utilizados para determinar o consumo e o
comportamento alimentar individualmente. Os animais serão identificados com brincos
numerados e vacinados contra carbúnculo sintomático, gangrena gasosa, enterotoxemia,
morte súbita, tétano, botulismo, hepatite necrótica infecciosa e doença do rim polposo.
Também serão desverminados, sendo o ingrediente ativo definido após as análises
laboratoriais de infestação por endoparasitas e receberão aplicações de suplemento vitamínico
ADE antes do início do experimento.
O método de pastejo está sendo o de lotação contínua com taxa de lotação variável. Os
animais extras serão utilizados para adequar a pressão de pastejo pela técnica put and
take (MOTT; LUCAS, 1952), buscando manter a altura média da pastagem em 0,15 e 0,30 m
(pastejo intensivo e moderado, respectivamente). No tratamento sem pastejo, a aveia-preta
ficou em livre crescimento, sem a presença de animais em pastejo, sendo utilizada apenas
para formação de palhada no inverno/primavera.
O período de adaptação das borregas na pastagem foi de 14 dias, com início no mês de
junho (antes do florescimento da aveia-preta). Posteriormente, as borregas foram pesadas para
início do período experimental, que terá aproximadamente 70 dias de duração. A estimativa
de ganho de peso vivo diário (GPD) será de 200,0 g (NRC, 2007), de forma a atender as
exigências de borregas em crescimento (maturidade de 0,3). A dieta das borregas foi
formulada no programa computacional Small Ruminant Nutrition System (SRNS) com base
no Cornell Net Carbohydrate and Protein System (2000) para ovinos. Será misturada à ração,
produto comercial à base de Monensina Sódica (30 mg kg-1
de matéria seca), conforme
recomendação do fabricante, visando a melhoria da eficiência alimentar e controle de
coccidiose.
Os piquetes foram delimitados com cerca elétrica de seis fios e os animais terão livre
acesso à água. Também foram disponibilizados sombrites para maior conforto térmico dos
animais. A partir das 07:00h, as borregas foram alocadas em seus respectivos piquetes e
recolhidas a partir das 17:00h em um galpão coberto, com cortinas laterais e piso de terra
batida forrado com casca de café, no qual as borregas-teste de cada tratamento foram alocadas
em uma mesma baia de 25 m2 (5,0 × 5,0 m), totalizando quatro baias. Após o recolhimento à
tarde nas baias, as borregas-teste são suplementadas com concentrado. O suplemento é
fornecido em cochos eletrônicos Intergado® (n = 1 unidade por baia), utilizados para
determinar o consumo e o comportamento alimentar individualmente. A água é fornecida ad
libitum em bebedouro eletrônico acoplados com plataforma de pesagem individual,
permitindo o controle do consumo de água e o peso corporal dos animais.
No mês de novembro de 2018, as plantas presentes nas áreas experimentais serão
dessecadas com a aplicação dos herbicidas Glyphosate e 2,4-D amine nas doses de 1.440 g ha-
1 do equivalente ácido e 670 g ha
-1 do ingrediente ativo, respectivamente, com posterior
aplicação do herbicida Paraquat na dose de 400 g ha-1
do ingrediente ativo, utilizando um
volume de pulverização de 200 L ha-1
, para formação de palhada.
Todos os procedimentos realizados no primeiro ano agrícola (2017/2018) também serão
realizados no segundo ano agrícola (2018/2019).
Amostragens, avaliações e análises
- Plantas
As folhas de soja foram coletadas quando as plantas se encontravam no estádio de
florescimento pleno - estágio reprodutivo R2 (Fehr; Cavinness, 1977), seguindo metodologia
proposta por Ambrosano et al. (1997). Posteriormente foram secadas em estufa de circulação
forçada de ar a 65ºC por 72h e moídas para determinação dos teores foliares de macro e
micronutrientes, conforme metodologia descrita por Malavolta et al. (1997).
Antes da colheita mecânica, foram determinados o estande final de plantas por hectare,
o número de grãos por plantas, a massa de grãos e a parte vegetativa destas plantas, colocando
as amostras em estufa de ventilação forçada a 65°C até massa constante, para cálculo da
porcentagem de grãos na massa ensilada. Após estas avaliações, as plantas de soja e o capim-
aruana foram cortados manualmente em cinco linhas centrais com 5 m de comprimento por
parcela (11,25 m2). Posteriormente foram pesadas, e uma amostra representativa colocada em
estufa de ventilação forçada de ar a 65°C por 72h para determinação do teor de matéria seca
de cada fração. A somatória da massa verde e seca dessas frações com as do capim-aruana
resultaram na produtividade de massa verde e seca total de forragem a serem ensiladas,
extrapolando para kg ha-1
. Também foram calculadas as proporções de cada fração e do
capim-aruana na massa ensilada.
Adotando a mesma metodologia para avaliação das plantas, os resíduos de soja e capim-
aruana remanescentes na área também foram coletados para determinação da quantidade de
massa seca e posteriormente foram moídos para determinação dos teores de macro e
micronutrientes conforme metodologia descrita por Malavolta et al. (1997), multiplicando-os
posteriormente para obtenção das quantidades de nutrientes em kg ha-1
.
No mesmo dia da colheita mecânica para ensilagem, a forragem foi amostrada e
fragmentada em duas sub-amostras. A primeira sub-amostra foi pesada, seca em estufa com
ventilação forçada à temperatura de 55°C por 72 horas e posteriormente moída em moinho
tipo Wiley em peneira com crivos de 1 mm. Posteriormente, esta amostra foi levada à estufa
por 12 horas a 105°C para determinação de matéria seca (MS) (AOAC, 1995). A segunda
sub-amostra foi congelada para análises da acidez titulável, carboidratos solúveis (CHOs) e
pH em potenciômetro digital (AOAC, 1995).
Também estão sendo realizadas análises microbiológicas, visando caracterizar o
material a ser ensilado. Após a abertura dos silos tipo “bag”, foram avaliadas a microbiologia
da silagem em três pontos do silo (superfície, centro e fundo), nos tempos 0, 3, 5, 7 e 10 dias,
afim de determinar leveduras, bactérias ácido láticas, clostrídeos e esporos aeróbios por meio
de técnicas de cultura segundo metodologias descritas por Silva et al. (1997) e fungos
segundo metodologia descrita por Fernandez (1993). Nos mesmos dias, serão realizadas
medições de temperatura no painel frontal do silo “bag” com auxílio de câmera termográfica
com termovisor modelo testo 870-1-NCM.
Como silos experimentais (16 por tratamento), foram utilizados canos de PVC de 10 cm
de diâmetro e 30 cm de comprimento, acoplados por tampas de PVC em cada extremidade
para garantir a vedação adequada. Foram confeccionados nas tampas de PVC, que vedam a
parte superior dos silos experimentais, válvulas de escape do tipo “Bunsen” para saída dos
gases oriundos da fermentação. Nas tampas de PVC que vedam a parte inferior dos silos
foram introduzidos sacos com 400g de areia fina esterilizada confeccionados com tecido
TNT, separados por uma tela de nylon da amostra, para quantificar as perdas por efluente
gerados durante a ensilagem. Em cada silo experimental foi colocado material verde picado
pela colhedora de forragem de modo a atingir densidade de 600 kg m-3
. A compactação foi
realizada por prensa hidráulica. A abertura dos silos experimentais para mensuração da
recuperação de matéria seca e das perdas por gases e efluentes, além de retirada de amostras
para avaliações laboratoriais da composição bromatológica das silagens foram realizadas aos
30 dias após a ensilagem, visando também a formulação das diferentes dietas (isoproteicas e
isoenergéticas).
Para isso, no momento da abertura de quatro silos experimentais (canos de PVC), tais
amostras foram fragmentadas em três sub-amostras. A primeira sub-amostra foi pesada,
acondicionada em saco de papel e seca em estufa com ventilação forçada à temperatura de
55°C por 72 horas e posteriormente moída em moinho tipo Wiley em peneira com crivos de 1
mm. Posteriormente, esta amostra foi levada à estufa por 12 horas a 105°C para determinação
da MS e determinação laboratorial dos teores de proteína bruta (PB), cinzas, extrato etéreo
(EE), fibra em detergente ácido (FDA), hemicelulose (HEM), celulose (CEL) e lignina (LIG)
e nitrogênio insolúvel em detergente ácido (NIDA) segundo técnicas descritas pelo AOAC
(1995). Para determinação dos teores de fibra em detergente neutro (FDN) e as correções para
os teores de cinzas e PB, as análises laboratoriais estão sendo conduzidas conforme
recomendações de Mertens (2002). A segunda sub-amostra foi armazenada em saco plástico e
congelada imediatamente a – 20 °C, para seguir com análises laboratoriais de acidez titulável,
% de ácido lático, digestibilidade in vitro da MS, nitrogênio amoniacal (N-NH3/NT) e pH em
potenciômetro digital, segundo técnicas descritas pelo AOAC (1995). Os teores de NDT serão
estimados conforme a equação proposta por Weiss, adotadas pelo NRC (2001). A terceira
sub-amostra será utilizada na avaliação do tamanho de partículas das silagens com base na
estratificação das partículas por meio da técnica do “Penn State Forage Particle Separator”,
conforme metodologia descrita por Heinrichs; Kononoff (2002). O tamanho médio de
partículas será estimado por meio da ponderação de retenção do material em cada uma das
peneiras e os resultados serão utilizados para determinar o FDN efetivo.
Antes do início do pastejo pelas borregas foram realizadas amostragens para
determinação da disponibilidade de forragem, coletando-se 0,5 m2 da forragem em três pontos
representativos de cada piquete com auxílio de um quadrado de metal. Posteriormente as
amostras foram pesadas e colocadas em estufa de ventilação forçada a 55°C por 72 horas,
sendo os valores extrapolados para kg ha-1
de massa seca. Posteriormente serão realizadas
análises laboratoriais para determinação dos teores de PB, FDN, FDA, CEL, HEM e LIG,
conforme metodologia descrita por AOAC (1995). Os teores de NDT serão estimados
conforme a equação proposta por Weiss, adotadas pelo NRC (2001).
- Resíduos e palhada
Após a dessecação da pastagem, em Novembro de 2018, será avaliada a cobertura do
solo realizando-se observações considerando a palhada depositada na superfície do solo. Tal
procedimento será realizado por três avaliadores, sendo considerada a média das três
avaliações para análise dos resultados. Posteriormente serão coletados 0,25 m2 em três pontos
distintos dentro de cada piquete com auxílio de um quadrado de metal, adotando como
referência o corte rente à superfície do solo, afim da determinação da quantidade de palhada
depositada na superfície do solo. As amostras serão secas em estufa de circulação forçada de
ar a 65ºC por 72h e moídas para determinação dos teores de macro e micronutrientes,
conforme metodologias descritas por Malavolta et al. (1997),
- Solo
Serão coletadas amostras de solo com estrutura deformada, nas camadas de 0,0-0,10;
0,10-0,20 e 0,20–0,40 m de profundidade, no mês de novembro de 2018 e 2019, antes da
dessecação da pastagem remanescente na área. As amostras serão encaminhadas para análise
de fertilidade , C e N totais.
Será feita a determinação do pH (CaCl2), acidez potencial (H+Al), fósforo (P),
potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), soma de bases trocáveis (SB), e capacidade de troca
de cátions (CTC), e saturação por bases (V%), e alguns micronutrientes: cobre (Cu), ferro
(Fe), manganês (Mn), e zinco (Zn), pelos métodos descritos por Van Raij et al. (2001).
Por ocasião da coleta de amostras deformadas, em novembro de 2018 e 2019, serão
coletas nas mesmas camadas amostras com estrutura indeformada para avaliação da densidade
aparente, porosidade total, macro e microporosidade de acordo metodologia descrita em
Embrapa (1997), juntamente com as coletas de amostras com estrutura deformada, serão
realizados testes de resistência mecânica do solo à penetração. Também serão coletados
monólitos de solo (apenas nas camadas de 0-10 e 10-20 cm) para determinação da
estabilidade de agregados via úmida conforme Kemper e Chepil (1965), utilizando o aparelho
de oscilação vertical de Yodder.
As análises dos teores de C e N no solo serão realizadas por meio de analisador
elementar automático (LECO-TruSpec®
CHNS). Com a determinação da densidade do solo e
da concentração de C total (COT) do solo em cada camada, será possível calcular o estoque
de carbono (EC) nas diferentes camadas amostradas e consequentemente no perfil do solo.
O fracionamento físico da MOS pelo método granulométrico de acordo Cambardella;
Elliot (1992), em que após dispersão do solo em solução de hexametafosfato de sódio, as
amostras serão vertidas em peneira de 53 m. O material retido na peneira consiste na matéria
orgânica particulada associada à fração areia, e o que atravessa a peneira corresponde às
frações silte e argila. O material retido na peneira, depois de lavado e seco em estufa à 50ºC,
será analisado quanto ao teor de carbono orgânico particulado (COP). Com base nos
resultados de COT e do C orgânico particulado (COP) será possível determinar o grau de
labilidade (COT/COP) da MOS para cada tratamento. Com os dados de EC e COP do solo
das unidades experimentais e do solo de mata adjacente ao experimento será possível
determinar o índice de manejo de carbono (IMC). Com base nos dados de aporte de C ao
longo dos quatro anos de realização desse experimento e das mudanças nos EC será ajustado
o modelo matemático a fim de explicar as variações nos estoques de C no solo ao longo do
tempo.
Todas essas análises de solo citadas acima serão realizadas no Laboratório de Relação
Solo/Planta do Departamento de Produção e Melhoramento Vegetal – FCA/UNESP
(Botucatu-SP).
Análises estatísticas
Os dados serão analisados quanto à normalidade de distribuição, pelo teste de Shapiro-
Wilk do PROC UNIVARIATE do SAS (versão 9.4; SAS Inst. Inc., Cary, NC, USA) e serão
considerados normais quando W ≥ 0,90. Na análise dos dados de campo (planta e solo), a
parcela/subparcela será considerada como unidade experimental. Na análise dos dados das
borregas semi-confinadas, o animal será considerado como unidade experimental para todas
as características estudadas. Será utilizado o PROC MIXED do SAS e o comando
Satterthwaite para determinar os graus de liberdade do denominador para testes de efeito fixo.
Para todas as variáveis analisadas, os blocos serão considerados como efeitos aleatórios; e as
modalidades de cultivo da cultura do milho para ensilagem (anterior), as intensidades de
pastejo e a respectiva interação, serão considerados como efeito fixo. Os anos agrícolas e suas
interações com as modalidades de cultivo da cultura do milho para ensilagem e as
intensidades de pastejo também serão considerados como efeitos fixos e avaliados como
medidas repetidas no tempo.
3. RESULTADOS PRELIMINARES
Na tabela 1 estão apresentados as médias dos resultados de teores de C, N e relação
C:N, além da massa de matéria seca (Mms) da palhada residual deixada sobre o solo após a
colheita dos tratamentos de verão (soja+capim aruana), no mês de abril de 2018, em parcelas
anteriormente cultivadas com milho+braquiária e milho+braquiária+guandu. Na tabela 2
estão os resultados dos teores de macronutrientes presentes na referida palha residual deixada
sobre o solo.
Nas tabelas 3, 4 e 5 estão as médias dos resultados de teores de C e N, além da relação
C:N, respectivamente, do solo nas camadas de 0-5, 5-10, 10-20 e 20-40 cm, após a colheita
dos tratamentos de verão (soja+capim aruana), no mês de abril de 2018, em parcelas
anteriormente cultivadas com milho+braquiária e milho+braquiária+guandu.
Tabela 1 . Medias dos teores de carbono(C ), nitrogênio (N),relação carbono/nitrogênio (C:N)
e massa de matéria seca (Mms) de palha residual após a colheita dos tratamentos de verão no
mês de abril de 2018.
Efeito* residual Altura de
pastejo** C N C:N Mms
----------g kg-1---------- ----- kg ha-1
MB SP 427,5 16,5 28,0 3620
MB 15 427,7 12,5 36,5 2567
MB 30 425,0 12,4 37,6 3710
MBG SP 441,5 11,8 44,3 2620
MBG 15 435,2 12,8 47,3 2350
MBG 30 448,7 12,4 37,3 3130
*Cultivos antecessores ao cultivo de Soja+Capim Aruana: MB= milho+braquiária; MBG =
milho+braquiária+guandu. ** SP, 15 e 30 = sem pastejo, e retirada dos animais com pasto com altura
de 15 e 30 cm, respectivamente.
Tabela 2. Medias dos teores de macronutrientes de palha residual após a colheita dos
tratamentos de verão no mês de abril de 2018.
Efeito*
residual
Altura de
pastejo**
N P K Ca Mg S
g kg-1
MB SP 14,28 2,95 19,66 1,67 1,30 1,15
MB 15 12,47 2,22 23,26 2,93 1,99 1,43
MB 30 12,42 2,02 12,04 0,61 0,76 1,42
MBG SP 11,83 2,27 12,29 0,91 1,34 1,22
MBG 15 12,84 2,18 15,89 2,22 1,35 1,37
MBG 30 12,39 1,78 10,07 2,17 1,76 1,54
*Cultivos antecessores ao cultivo de Soja+Capim Aruana: MB= milho+braquiária; MBG =
milho+braquiária+guandu. ** SP, 15 e 30 = sem pastejo, e retirada dos animais com pasto com altura
de 15 e 30 cm, respectivamente.
Tabela 3 . Medias dos teores de Carbono (C) do solo nas camadas de 0 - 5 cm; 5 - 10 cm; 10 -
20 cm; 20 - 40 cm, após a colheita dos tratamentos de verão no mês de abril de 2018.
Efeito* residual Altura de
pastejo**
Teor C
g kg-1
0-5 cm 5-10 cm 10-20 cm 20-40 cm
MB SP 19,62 18,42 16,90 15,6
MB 15 17,15 15,72 13,75 13,92
MB 30 20,9 17,42 16,32 15,57
MBG SP 18,12 17,05 15,10 13,7
MBG 15 18,9 17,37 15,35 16
MBG 30 20,82 19,17 16,67 15,6
*Cultivos antecessores ao cultivo de Soja+Capim Aruana: MB= milho+braquiária; MBG =
milho+braquiária+guandu. ** SP, 15 e 30 = sem pastejo, e retirada dos animais com pasto com altura
de 15 e 30 cm, respectivamente.
Tabela 4. Medias dos teores de Nitrogênio (N) do solo nas camadas de 0 - 5 cm; 5 - 10 cm; 10
- 20 cm; 20 - 40 cm, após a colheita dos tratamentos de verão no mês de abril de 2018.
Efeito*
residual
Altura de
pastejo**
Teor N
g kg-1
0-5 cm 5-10 cm 10-20 cm 20-40 cm
MB SP 1,07 1,00 2,60 0,74
MB 15 0,95 0,88 0,74 0,72
MB 30 1,08 0,93 0,82 2,45
MBG SP 1,04 0,97 0,86 0,71
MBG 15 1,09 1,02 0,84 0,86
MBG 30 1,16 1,07 0,97 0,82
*Cultivos antecessores ao cultivo de Soja+Capim Aruana: MB= milho+braquiária; MBG =
milho+braquiária+guandu. ** SP, 15 e 30 = sem pastejo, e retirada dos animais com pasto
com altura de 15 e 30 cm, respectivamente.
Tabela 5. Medias da relação carbono/nitrogênio (C:N) do solo nas camadas de 0 - 5 cm; 5 - 10
cm; 10 - 20 cm; 20 - 40 cm, após a colheita dos tratamentos de verão no mês de abril de 2018.
Efeito*
residual Altura de pastejo** Relação C:N
0-5 cm 5-10 cm 10-20 cm 20-40 cm
MB SP 18,36 18,57 15,74 21,01
MB 15 14,50 17,96 17,89 18,71
MB 30 17,98 17,95 17,30 19,17
MBG SP 17,50 17,67 17,48 19,44
MBG 15 17,63 17,10 18,30 18,86
MBG 30 17,98 17,95 17,30 19,17
*Cultivos antecessores ao cultivo de Soja+Capim Aruana: MB= milho+braquiária; MBG =
milho+braquiária+guandu. ** SP, 15 e 30 = sem pastejo, e retirada dos animais com pasto
com altura de 15 e 30 cm, respectivamente.
Na tabela 6 estão as médias dos resultados de resistência à penetração do solo nas
camadas de 0-5, 5-10, 10-20 e 20-40 cm, após a colheita dos tratamentos de verão
(soja+capim aruana), no mês de abril de 2018, em parcelas anteriormente cultivadas com
milho+braquiária e milho+braquiária+guandu.
Tabela 6. Medias da resistência à penetração do solo nas camadas de 0 - 5 cm; 5 - 10 cm; 10 -
20 cm; 20 - 40 cm, após a colheita dos tratamentos de verão no mês de abril de 2018.
Efeito*
residual
Altura de
pastejo** Resistência à penetração (MPa)
0-5 cm 5-10 cm 10-20 cm 20-40 cm
MB SP 3,66 8,15 9,09 5,56
MB 15 6,23 13,43 11,99 7,23
MB 30 3,71 10,51 10,78 7,94
MBG SP 4,24 8,73 8,71 5,01
MBG 15 4,79 11,16 9,95 6,12
MBG 30 6,10 9,54 8,55 6,13
*Cultivos antecessores ao cultivo de Soja+Capim Aruana: MB= milho+braquiária; MBG =
milho+braquiária+guandu. ** SP, 15 e 30 = sem pastejo, e retirada dos animais com pasto
com altura de 15 e 30 cm, respectivamente.
Na tabela 7 estão as médias dos resultados de altura de plantas (ALT), altura de
inserção de primeira vagem (AIPV), população de plantas (POP), número de vagens por
planta (NVP), número de grãos por vagem (NGV) e produtividade de grãos de soja (PROD),
cultivada em consórcio com capim aruana, na safra de verão 2017/2018, em parcelas
anteriormente cultivadas com milho+braquiária e milho+braquiária+guandu.
Tabela 7. Resultados de altura de plantas (ALT), altura de inserção de primeira vagem
(AIPV), população de plantas (POP), número de vagens por planta (NVP), número de grãos
por vagem (NGV) e produtividade de grãos de soja (PROD), da safra 2017/2018.
Efeito*
residual
Altura de
pastejo**
ALT AIPV POP NVP NGV PROD
----cm----- pl ha-1
--------------- Kg ha-1
MB SP 91,7 16,8 266667 56,90 2,38 3179
MB 15cm 14,8 16,4 224074 68,40 2,30 2565
MB 30cm 87,8 16,8 244444 39,10 2,50 2243
MBG SP 92,7 15,0 207407 54,60 2,40 1934
MBG 15cm 94,5 14,5 220370 46,70 2,33 2463
MBG 30cm 86,5 14,2 233333 36,65 2,35 1731
*Cultivos antecessores ao cultivo de Soja+Capim Aruana: MB= milho+braquiária; MBG =
milho+braquiária+guandu. ** SP, 15 e 30 = sem pastejo, e retirada dos animais com pasto
com altura de 15 e 30 cm, respectivamente.
Na tabela 8 estão as médias dos resultados de produção de silagem total promovida
pelo cultivo consorciado entre soja+capim aruana, na safra de verão 2017/2018, e a
participação de cada espécie na produção de massa de matéria seca de silagem.
Tabela 8. Produção de silagem referente ao cultivo consorciado de verão, safra 2017/2018.
Participação da soja e do capim aruana na produção de silagem total, em kg ha-1
.
Efeito*
residual
Altura de
pastejo**
Soja
Aruana Total
Casca Grãos Folhas +
caules Total
---------------------------------kg ha-1
--------------------------------
MB SP 1393 3179 1349 5921 1709 7630
MB 15cm 964 2565 1215 4745 2376 7121
MB 30cm 855 2243 726 3823 2061 5884
MBG SP 861 1934 728 3522 1526 5048
MBG 15cm 883 2463 777 4123 1818 5941
MBG 30cm 714 1731 885 3331 2577 5908
*Cultivos antecessores ao cultivo de Soja+Capim Aruana: MB= milho+braquiária; MBG =
milho+braquiária+guandu. ** SP, 15 e 30 = sem pastejo, e retirada dos animais com pasto
com altura de 15 e 30 cm, respectivamente.
4. FOTOS
Foto 1 . Semeadura do experimento em Dezembro de 2017, Botucatu, SP.
Foto 2. Emergência de plântulas de Soja em consorcio com capim aruanã, em Dezembro 2017
Foto 3 . Aplicação de fungicidas e inseticidas no experimento de soja consorciado com capim
aruana, fevereiro de 2018. Botucatu,SP.
Foto 4. Vista geral do experimento , soja consorciado com aruana,em abril de 2018.
Foto 5 . Plantas de soja e capim aruana colhidas e picadas , para ensilagem. Abril de 2018.
Botucatu,SP.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Parte das amostragens de solo e de plantas referentes às coletas de 2018 ainda não
foram analisadas em laboratório, pois essas análises serão realizadas ao final do período
experimental, a fim de otimizar a dinâmica e manter o cronograma e organização dos
laboratórios.
Devido à intensa falta de chuvas entre os meses de abril e agosto, a produção de
forragem de aveia para pastejo dos animais foi prejudicada. Para o ano de 2019 o
planejamento é realizar a semeadura da aveia mais precocemente para aproveitar um período
de maior precipitação. Outra dificuldade encontrada foi referente à compra das borregas, já
que o fornecedor não cumpriu com o acordou firmado, e de última hora não entregou os
animais, e, portanto, foi necessário encontrar outro fornecedor, o que atrasou a entrada dos
animais na área.
Atenciosamente,
Juliano Carlos Calonego
Departamento de Produção e Melhoramento Vegetal
FCA/UNESP – Botucatu (SP)
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