PROJETO DE EQUIPAMENTO ENROLADOR DE FIOS DE BOBINAS PARA
UTILIZACAO EM MANCAIS MAGNETICOS
Rafael Rodrigues Goncalves
Projeto de Graduacao apresentado ao Curso
de Engenharia Mecanica da Escola Politecnica,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, como
parte dos requisitos necessarios a obtencao do
tıtulo de Engenheiro.
Orientador: Fernando Augusto de Noronha Castro
Pinto
Rio de Janeiro
Marco de 2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecânica
DEM/POLI/UFRJ
PROJETO DE EQUIPAMENTO ENROLADOR DE FIOS DE BOBINAS PARA
UTILIZAÇÃO EM MANCAIS MAGNÉTICOS
Rafael Rodrigues Gonçalves
PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO DEPARTAMENTO
DE ENGENHARIA MECÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE
ENGENHEIRO MECÂNICO.
Aprovado por:
________________________________________________
Prof. Fernando Augusto de Noronha Castro Pinto
________________________________________________ Prof. Flávio de Marco Filho
________________________________________________ Prof. Fernando Pereira Duda
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL
MARÇO DE 2019
iii
Dinamica. 6. Analise Cinematica. I. Castro Pinto,
Fernando Augusto de Noronha. II. Universidade Federal
do Rio de Janeiro, UFRJ, Curso de Engenharia Mecanica.
III. Projeto de equipamento enrolador de fios de bobinas
para utilizacao em mancais magneticos.
5. Analise 4. Mancal Magnetico. 3. Bobinas.
2. Enrolador de Fios. 1. Projeto de Maquinas.
Goncalves, Rafael Rodrigues
Projeto de equipamento enrolador de fios de bobinas
para utilizacao em mancais magneticos/ Rafael Rodrigues
Goncalves. – Rio de Janeiro: UFRJ/Escola Politecnica,
2019.
XII, 45 p. 29, 7cm.
Orientador: Fernando Augusto de Noronha Castro
Pinto
Projeto de Graduacao – UFRJ/ Escola Politecnica/
Curso de Engenharia Mecanica, 2019.
Referencias Bibliograficas: p. 43 – 44
“O ser humano vivencia a si
mesmo, seus pensamentos como
algo separado do resto do uni-
verso - numa especie de ilusao de
otica de sua consciencia. E essa
ilusao e uma especie de prisao
que nos restringe a nossos desejos
pessoais, conceitos e ao afeto por
pessoas mais proximas. Nossa
principal tarefa e a de nos livrar-
mos dessa prisao, ampliando o
nosso cırculo de compaixao, para
que ele abranja todos os seres vi-
vos e toda a natureza em sua
beleza. Ninguem conseguira al-
cancar completamente esse obje-
tivo, mas lutar pela sua realizacao
ja e por si so parte de nossa li-
beracao e o alicerce de nossa se-
guranca interior.”
iv
Agradecimentos
Agradeco, primeiramente, a minha famılia, que me apoiou durante todo o perıodo
da faculdade e por toda a vida, sempre fazendo tudo ao seu alcance por mim; a minha
namorada pelo carinho, companheirismo, incessante apoio e parte fundamental na
minha formacao como profissional e como pessoa; e aos meus amigos, que participam
nao so dos momentos bons de descontracao, mas que tambem estao ao meu lado nas
dificuldades.
v
Resumo do Projeto de Graduacao apresentado a Escola Politecnica/UFRJ como
parte dos requisitos necessarios para a obtencao do grau de Engenheiro Mecanico
PROJETO DE EQUIPAMENTO ENROLADOR DE FIOS DE BOBINAS PARA
UTILIZACAO EM MANCAIS MAGNETICOS
Rafael Rodrigues Goncalves
Marco/2019
Orientador: Fernando Augusto de Noronha Castro Pinto
Programa: Engenharia Mecanica
A utilizacao de mancais magneticos e uma tecnologia relativamente recente, so-
bretudo na Engenharia Mecanica. Sua crescente utilizacao industrial desperta o
interesse para seu estudo e busca de novas maneiras de fabricacao de pecas para
esse tipo de elemento de maquina, em especial a fabricacao automatizada das bobi-
nas a serem utilizadas. Essas, por sua vez, sao responsaveis pela geracao do campo
magnetico, permitindo o uso desse tipo de mancal.
Esse projeto tem como objetivo estudar e fabricar uma maquina enroladora
de fios de bobinas, de forma que o trabalho de fabricacao dessas seja simples,
automatico e rapido. Para isso, sera apresentado um breve estudo dinamico da
maquina, com os calculos para cada elemento de maquina escolhido para sua fa-
bricacao.
Palavras-chave: Projeto de Maquina, Bobina, Mancal Magnetico, Fabricacao,
Maquina Enroladora de Bobina
vi
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment
of the requirements for the degree of Mechanical Engineer
PROJECT OF COIL WINDING MACHINE FOR UTILIZATION IN
MAGNETIC BEARINGS
Rafael Rodrigues Goncalves
March/2019
Advisor: Fernando Augusto de Noronha Castro Pinto
Department: Mechanical Engineering
The utilization of magnetic bearings is a relatively new technology, specially on
Mechanical Engineering. Its growing industrial utilization awakes the interest for the
study and the search for new ways of parts manufacturing for this kind of mechanical
engineering design, particularly automated coil manufacturing to be used. Those
are responsible for the magnetic field generation making it possible to use this kind
of bearing.
This project aims to study and manufacture a coil winding machine so that
coil manufacturing becomes simple, automated and fast. For this purpose, a brief
dynamic study for the machine will be presented, such as its calculations for each
part that was chosen for manufacturing.
Keywords: Machine Design, Coil, Magnetic Bearing, Manufacturing, Coil Wind-
ing Machine
vii
Sumario
Sumario viii
Lista de Figuras x
Lista de Tabelas xii
1 Introducao 1
1.1 Motivacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.3 Organizacao do texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2 Estudo de Projeto 4
2.1 Revisao Bibliografica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.1.1 Magnetismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.1.2 Bobinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.1.3 Mancais Mecanicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.1.4 Mancais Magneticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.2 Analise por Elementos Finitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3 Metodologia do Projeto do Produto 15
3.1 Processo de Desenvolvimento do Produto . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.2 Macrofases do Desenvolvimento do Projeto . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.3 Conclusoes do Metodo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4 Resultados e Discussao 20
4.1 A Maquina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4.2 Motor Eletrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
viii
4.3 Eixo de Enrolamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4.3.1 Cargas Estaticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4.3.2 Cargas Dinamicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.4 Espalhador de Fio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4.4.1 Eixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4.4.2 Reducao por Engrenagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
4.5 Esticador de Fio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
5 Conclusao 41
Referencias Bibliograficas 43
A Catalogo de Rolamentos NSK - pag.21 45
B Catalogo ANELBRAS Anel Elastico 46
C Desenhos Tecnicos 47
D Mandril Leve 3/8”Vonder 48
E Motor Neoyama DC c/ Reducao 49
ix
Lista de Figuras
2.1 Regra da Mao Direita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2 Representacao da forca magnetica ~FB . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.3 Espira retangular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.4 Representacao de campo magnetico em Solenoide . . . . . . . . . . . 8
2.5 Tipos de Bobinas (esboco) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.6 Alguns tipos de mancal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.7 Sistema com utilizacao de Mancais Magneticos no LAVI . . . . . . . 13
3.1 Processo de Desenvolvimento do Produto por Henrique Rozenfeld
(Adaptado de [15]) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.2 Bobinadeiras da empresa Bobiline . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.3 Bobinadeiras da empresa Mega Bobinadeiras . . . . . . . . . . . . . . 19
4.1 Tabela Neoyama - Motor DC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4.2 Motor DC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4.3 Sistema de Enrolamento - Vista Isometrica . . . . . . . . . . . . . . . 24
4.4 Representacao grafica do eixo de enrolamento . . . . . . . . . . . . . 25
4.5 Esforco Cortante no eixo de enrolamento . . . . . . . . . . . . . . . . 27
4.6 Momento Fletor no eixo de enrolamento . . . . . . . . . . . . . . . . 27
4.7 Montagem do sistema de Enrolamento . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4.8 Vista Lateral do sistema de espalhamento de fios na situacao crıtica
de funcionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4.9 Analise do Eixo do Espalhador como viga biapoiada . . . . . . . . . . 30
4.10 Esforco Cortante no eixo do Espalhador . . . . . . . . . . . . . . . . 31
4.11 Momento Fletor no eixo do Espalhador . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
4.12 Formulas de Dimensionamento de Engrenagens . . . . . . . . . . . . 33
x
4.13 Motor de Passo NEMA 17 EM-154 2504 H395002 . . . . . . . . . . . 35
4.14 Tabela feita em Excel para o calculo do Zcoroa . . . . . . . . . . . . . 36
4.15 Porca com Engrenagem acoplada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4.16 Sistema Espalhador de Fios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4.17 Sistema Esticador de Fio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.18 Vista em corte da Guia do Fio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
4.19 Suporte de Peso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
4.20 Peso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
5.1 Projeto finalizado da Maquina Bobinadeira . . . . . . . . . . . . . . . 41
xi
Lista de Tabelas
4.1 Free-Cutting Copper, Soft [3] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4.2 Aco Carbono 1020 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4.3 Diametros dos Fios de Cobre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
4.4 Velocidade de Avanco para os diametros dos fios de cobre . . 34
xii
Capıtulo 1
Introducao
Em projetos de maquinas, sempre que se idealiza um equipamento novo, devemos
analisar todas as condicoes de funcionamento e possıveis riscos, tanto de fabricacao
como de manutencao. Alem disso, tratando-se de uma maquina enroladora de fios de
bobinas, deve-se fazer toda a analise cinematica do problema para, posteriormente,
elaborar o projeto mecanico propriamente dito. Nessa tese, todos os pontos citados
acima serao abordados, alem de outros mais especıficos, como dimensionamento
mecanico dos elementos de maquinas a serem utilizados no projeto e toda a analise
cinematica.
Em resumo, o projeto visa a fabricacao de uma maquina enroladora de fios de
bobinas para auxılio na fabricacao das bobinas a serem utilizadas no estudo de man-
cais magneticos. Para melhor entendimento desses equipamentos, serao abordado no
proximo capıtulo explicacoes mais detalhadas sobre o que sao, qual o funcionamento
e para que servem tais equipamentos.
1.1 Motivacao
O projeto surgiu de uma necessidade do Laboratorio de Acustica e Vibracoes
(LAVI) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, para o projeto e fabricacao de
uma maquina enroladora de fios de bobina. Esse estudo visa sanar uma dificuldade
dos alunos e do professor responsavel com relacao ao enrolamento das bobinas uti-
lizadas para o estudo de mancais magneticos no laboratorio. Ate entao, por nao
haver uma maquina responsavel pelo enrolamento das bobinas, elas sao fabricadas
1
manualmente, o que aumenta a possibilidade de erro no enrolamento, diminuindo a
precisao dos mancais utilizados. Juntamente a isso, o grande apreco por projeto de
maquinas e desenho industrial foram fatores determinantes por entender o projeto
como uma forma de crescimento profissional e pessoal, possibilitando a colocacao em
pratica de todo o conhecimento adquirido durante o curso de Engenharia Mecanica
da UFRJ. Alem disso, a possibilidade de projetar e fabricar uma maquina para um
grande laboratorio, como o LAVI, e gratificante.
1.2 Objetivo
Esse projeto visa projetar e fabricar uma maquina enroladora de fios de bobina,
englobando todos os processos inerentes a um novo projeto. Todos os passos serao
descritos e demonstrados no corpo desse trabalho, alem dos respectivos desenhos
tecnicos de fabricacao da maquina. Todos os conhecimentos do curso de Enge-
nharia Mecanica serao necessarios para a elaboracao desse estudo, descrevendo e
detalhando toda sua concepcao. Acredita-se, tambem, que com a fabricacao dessa
maquina, o trabalho de estudantes de graduacao, mestrado e doutorado sera oti-
mizado, visto que todo o processo de fabricacao das bobinas a serem utilizadas nos
mancais magneticos estudados sera automatizado e, consequentemente, mais rapido,
eficiente e padronizado.
1.3 Organizacao do texto
O texto sera organizado, a partir do proximo capıtulo, em quatro etapas:
1. Revisao Bibliografica
Aqui serao descritos alguns termos utilizados no projeto, de forma a escla-
recer eventuais duvidas sobre seus conceitos, explicando como sao, qual seu
funcionamento e em que sao utilizados.
2. Projeto do Produto:
Esse capıtulo tem como objetivo definir a metodologia utilizada no estudo e res-
ponsavel pelo gerenciamento dos parametros do projeto em questao. Com base
2
nos conhecimentos de Gestao do Processo de Desenvolvimento de Produto, es-
tudada por Henrique Rozenfeld, e de PMBOK, que consiste em diretrizes e
normas desenvolvidas pelo Project Management Institute (PMI).
3. Resultados e Discussao:
Capıtulo de extrema importancia no desenvolvimento de qualquer projeto de
Engenharia Mecanica. Nessa secao, serao abordadas todas as pecas, uma
a uma, de forma a explicitar seu funcionamento e os calculos necessarios,
garantindo o bom funcionamento de cada peca e da maquina como um todo.
Nessa parte, e importante o conhecimento de dimensionamento de Elementos
de Maquinas e de Mecanica dos Solidos para o bom entendimento do capıtulo.
4. Conclusao:
Por fim, sera realizado um resumo do projeto, retomando pontos importantes
e explicitando os resultados do estudo.
Dessa maneira, o trabalho visa detalhar o desenvolvimento e a gestao do projeto
em todas as suas etapas, fornecendo o melhor entendimento sobre cada uma delas.
3
Capıtulo 2
Estudo de Projeto
2.1 Revisao Bibliografica
2.1.1 Magnetismo
Para fins de compreensao, deve-se entender o funcionamento eletromagnetico de
uma bobina, antes de explicar o que de fato sao.
Os fenomenos do magnetismo foram observados pela primeira vez ha pelo menos
cerca de 2500 anos, ao perceber fragmentos de minerio de ferro imantados, atual-
mente conhecidos por imas permanentes [10]. Eles tem, em suas extremidades, o
que e chamado de polos, um negativo e um positivo, tambem chamados de Norte
e Sul, nome dado por Gilbert em analogia aos polos geograficos. Quando aproxi-
mamos polos iguais, eles se repelem, enquanto ao aproximar polos contrarios, eles
se atraem. Se um ima for quebrado em dois pedacos, polos opostos surgem nas
extremidades de ambos os fragmentos, dando origem a dois imas [21].
A essas interacoes magneticas, da-se o nome de Campo Magnetico, que tem como
principais propriedades as seguintes [21]:
1. Cargas eletricas em movimento dao origem a um Campo Magnetico e
2. Uma corrente eletrica cria um campo magnetico.
O campo magnetico e sempre um campo vetorial, isto e, e uma grandeza vetorial
associada a cada ponto do espaco onde ele esta presente e e representado por ~B,
cujas direcao e sentido sao dadas com o vetor saindo do polo Norte e entrando no
polo Sul.
4
Todo campo magnetico gera uma forca magnetica, tambem vetorial, que atua
sobre as cargas em movimento, sendo que essa forca ~FB nao possui as mesmas direcao
e sentido do campo ~B, mas atua sempre em direcao perpendicular aquela do campo
e a direcao da velocidade. Essa forca magnetica atuando sobre uma carga positiva
q0, com velocidade ~v e dada pela equacao 2.1 representada por [10]:
~FB = q0~v x ~B (2.1)
Portanto, percebe-se que a forca magnetica e sempre perpendicula a velocidade
da carga ~v e tambem ao campo magnetico ~B existente na regiao. Pela regra da mao
direita, pode-se saber a direcao e sentido dessa forca magnetica atuante sobre uma
carga eletrica positiva, conforme mostrado pela Figura 2.1:
Figura 2.1: Regra da Mao Direita
Adaptado da fonte:
http://www.fisica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1149
Figura 2.2: Representacao da forca magnetica ~FB
Fonte: https://pir2.forumeiros.com/t136668-regras-da-mao-esquerda-direita
5
Neste trabalho, por serem abordadas bobinas e mancais, deve-se explicar o funci-
onamento deles e, para isso, precisa-se explicar o que e uma espira, representada pela
Figura 2.3. Entretanto, antes de analisar o comportamento do campo magnetico em
um espira, e necessario estudar esse comportamento para um fio retilıneo por onde
flui uma corrente eletrica.
Para calcular a forca total que age sobre um fio retilıneo que transporta corrente,
parte-se da Equacao 2.1, cujo modulo e dado por FB = q0vaB, onde va e a velocidade
de arraste. Contudo, essa equacao corresponde a forca magnetica atuando sobre
apenas uma unica carga. Precisa-se, entao, calcular a forca total para o somatorio
das cargas no fio.
Dessa maneira, considerando um fio de comprimento l com area de secao reta
igual a A e sabendo que o numero de cargas por unidade de volume e n, sabemos
que um segmento desse fio tem volume Al e uma quantidade de cargas nAl. Assim:
F = (nAl)(qvaB) = (nqva)(lB) (2.2)
Sabendo que a densidade de corrente e dada por J = nqva e que o produto JA
fornece a corrente total I contida no fio, pode-se reescrever a Equacao 2.2 como
sendo:
F = IlB (2.3)
Da mesma maneira que no inıcio do capıtulo, e possıvel expressar a forca como
um produto vetorial, ainda aplicando a regra da mao direita, de forma que, onde a
Figura 2.2 apresentava ~v passa a ser representado pela corrente I. Sendo assim, a
forca vetorial ~F que atua no segmento de fio e dada por:
~F = I~l x ~B (2.4)
Acidentalmente, em 1820, foi descoberto por Oersted que um fio que conduz
corrente eletrica tem a capacidade de desviar a agulha imantada de bussolas, dei-
xando clara a relacao entre corrente eletrica e campo magnetico. Ao estudarem essa
6
descoberta, Ampere, Biot e Savart comprovaram que uma corrente eletrica gera um
campo magnetico.
Outra lei de extrema importancia para o estudo de campos magneticos e a Lei
de Ampere, que sera empregada nesse estudo para apresentar os valores de campos
magneticos em fios, espiras e solenoides (ou bobinas) [10]. Inicialmente, considere
um fio longo e retilıneo por onde passa uma corrente eletrica I. Verifica-se que a
intensidade de campo magnetico a uma distancia r do fio e dada pela equacao:
B =µ0I
2πr(2.5)
onde µ0 e a constante de permeabilidade magnetica no vacuo, cujo valor no
sistema internacional e µ0 = 4π · 10−7N/A2 [21].
Uma espira, por sua vez, e essencialmente um condutor fechado que transporta
corrente, de modo que seus polos Norte e Sul sao determinados pela saıda e entrada
da corrente eletrica, respectivamente, nas linhas de inducao. Utilizando a regra
da mao direita, ja descrita nesse capıtulo, e possıvel saber a direcao e sentido do
campo magnetico gerado pelas cargas em movimento em uma espira, a partir do
conhecimento da direcao da corrente eletrica. Em uma espira de raio R, com uma
corrente i, define-se a magnitude do campo magnetico [10] pela Equacao 2.2 dada
por:
B =µ · i2 ·R (2.6)
Figura 2.3: Espira retangular
Imagem de producao propria em Solidworks
Ao juntar diversar espiras, lado a lado, em uma configuracao compacta e inter-
ligada, tem-se um solenoide (Figura 2.4), de forma que seu comprimento seja maior
7
que seu raio. Conhecendo o campo magnetico gerado por uma espira e sabendo que
um solenoide trata-se da uniao de N espiras com comprimento L (muito maior que
o raio), pode-se definir o campo magnetico em seu interior pela equacao [21]:
B =µ0 · i ·N
L(2.7)
Figura 2.4: Representacao de campo magnetico em Solenoide
Adaptado de [21]
O campo magnetico gerado por um solenoide consiste na soma dos campos
magneticos gerados por cada uma das espiras que o constitui, fazendo com que
seja possıvel aumentar em N vezes a magnitude desse campo, sendo N o no de espi-
ras no solenoide. Explicados, portanto, os conceitos de campo magnetico, espiras e
solenoides, e possıvel explicar o que sao bobinas e mancais magneticos.
2.1.2 Bobinas
Dada a introducao sobre magnetismo, explicando o que e campo magnetico,
espiras e solenoides, e possıvel apresentar informacoes sobre bobinas. Aqui sera
feita uma abordagem sobre sua montagem, utilizacao, suas geometrias e o material
utilizado para monta-las.
Bobinas consistem em pecas fabricadas em materiais nao magneticos, em geral
plasticos ou fibras de vidro. Nelas sao enrolados fios de materiais condutores, como
o cobre, que sera utilizado neste estudo, formando um grande numero de espiras
(ou um grande solenoide). Essa formacao permite a instalacao das bobinas em
varias configuracoes e maquinas, em que sua principal finalidade e apresentar certa
8
indutancia ao sistema. Quanto maior o numero de espiras presentes em uma bobina,
maior sera seu campo magnetico.
A medida eletrica que representa uma bobina e a indutancia magnetica, que
representa a capacidade de uma bobina de criar fluxo magnetico a partir da corrente
eletrica que passa por ela. Alem da indutancia, as bobinas sao ainda capazes de
gerar a autoindutancia, que e a capacidade de gerar forca eletromotriz contraria a
variacao de corrente a qual e submetida. As equacoes que regem a indutancia e a
forca eletromotriz sao dadas por[10]:
L =φ
i(2.8)
onde φ representa o Fluxo Magnetico;
E = −L · didt
(2.9)
onde E representa a Forca Eletromotriz (Fem).
A indutancia de uma bobina e diretamente relacionada ao numero de espiras, os
materias utilizados para sua fabricacao, seu tamanho e formato final. Sendo assim,
serao apresentados os tipos de bobinas mais comumente utilizados pelo laboratorio
LAVI, visto que o presente estudo visa a fabricacao delas.
A parte teorica mais aprofundada sobre o funcionamento das bobinas, contudo,
nao sera estudada neste projeto, visto que o foco e o projeto para fabricacao delas.
Mas, para melhor compreensao, serao apresentados a seguir alguns tipos existentes
de bobinas.
Caracterısticas de Bobinas
Os principais tipos de bobinas existentes e utilizados, quando se trata de man-
cais magneticos, sao bobinas circulares e bobinas retangulares. Essa nomenclatura
denomina o tipo de geometria de sua construcao, conforme demonstrado nas figuras
2.5a e 2.5b. Alem de saber a geometria da bobina, devemos saber qual a finalidade
dela e em que tipo de equipamento ela sera utilizada.
O espacamento dos fios enrolados na espira tambem e uma caracterıstica muito
importante, em virtude das linhas de campo magnetico. Caso haja um espacamento
9
muito grande entre as espiras, as linhas de campo escapam por entre as espiras,
diminuindo, entao, a indutancia da bobina. Portanto, caso seja necessaria uma
bobina com maior indutancia, as espiras devem ser mais proximas umas das outras,
de forma que essas linhas mantenham-se no interior das espiras. Aliado a isso, o
diametro da bobina acaba tendo influencia nessas linhas de campo, de modo que
quanto maior o diametro, maior a indutancia.
Alem do numero de espiras, geometria e diametro, a utilizacao de nucleos com
materiais ferromagneticos contribuem na indutancia, dada sua propriedade de con-
centras as linhas de campo magnetico. Exemplos de materiais ferromagneticos sao
o ferrite e o ferro doce [17].
Para o projeto em estudo, serao utilizadas bobinas retangulares de dimensoes
entre 5x10 mm a 30x60mm, com fios de diametros entre 24 AWG a 20 AWG, cuja
finalidade e a aplicacao em mancais magneticos radiais e axiais.
Com relacao ao comprimento das bobinas, ha varios existentes. Devido a isso,
ao serem definidos os parametros de projeto, esse tamanho deve ser levado em conta
para possibilitar o dimensionamento dos esticadores e outras partes da maquina.
(a) Bobina Circular (b) Bobina Retangular
Figura 2.5: Tipos de Bobinas (esboco)
2.1.3 Mancais Mecanicos
Antes de estudar sobre mancais magneticos, deve-se conhecer e entender um
mancal mecanico e como ele funciona.
10
Mancais sao elementos de maquinas onde se aloja um eixo girante, deslizante ou
oscilante de uma maquina [7], formados por um anel externo, um anel interno, esferas
ou elementos rolantes e o separa, em resumo, por uma carcaca e um rolamento. Em
um projeto mecanico, ele deve conferir resistencia a cargas radiais, a cargas axiais,
ou uma combinacao desses dois tipos de cargas[4].
Existe uma grande variedade de tipos de mancal, sendo alguns deles os de rolos
retos, de rolos esferico-axiais, de rolos conico-axiais, de rolos de agulha, de rolos
conicos e de rolos conicos de angulacao ıngreme, representados na Figura 2.6 de A
a F, respectivamente [4].
Figura 2.6: Alguns tipos de mancal
Adaptado de [4]
Encontra-se uma ampla utilizacao de mancais que suportam cargas elevadas em
sistemas mecanicos, sendo muito utilizados, por exemplo, na industria automotiva.
Seu uso, embora de extrema importancia, possui limitacoes de ordem termica e
estrutural mecanica, gerando perdas por atrito, perdas em forma de calor, desgaste
etc. Por isso, o meio academico e as proprias industrias vem buscando solucoes que
permitam a fabricacao de um elemento de maquina que permita superar limites de
peso e de velocidade de rotacao atingidos por mancais de contato atualmente.
Dessa forma, vem avancando vertiginosamente o desenvolvimento dos mancais
magneticos, conforme sera abordado na proxima secao desse capıtulo.
11
2.1.4 Mancais Magneticos
Mancais Magneticos tem o mesmo tipo de aplicacao de mancais mecanicos, com a
grande diferenca que geram forcas atraves de campos magneticos controlados, permi-
tindo que o rotor trabalhe suspenso no ar. Esse e seu grande diferencial e vantagem,
visto que diminuem-se as perdas de energia por contato mecanico (principalmente
atrito), gracas a operacao sem lubrificacao e sem desgaste.
Dadas essas diferencas, aplicacoes especiais de sustentacao permitem novos pro-
jetos, como altas rotacoes com a possibilidade de controle de vibracoes ativo, alta
densidade de potencia, operacao sem desgaste mecanico, menor manutencao, tendo
assim, custos mais baixos.[14]
O principal agente para que esses mancais possam funcionar sem que haja con-
tato fısico entre o estator e o rotor (ou eixo), e o campo eletromagnetico gerado
por eles. Esse campo produzira forcas fazendo com que o rotor levite em sua cavi-
dade, ou mantenha-se centralizado, configurando os mancais de escora ou radiais,
respectivamente. Pode-se separa-los em quatro tipos [18]:
1. Mancais Magneticos Ativos:
Esse tipo de mancal gera a forca magnetica no rotor por meio da utilizacao de
bobinas, mantendo sua posicao conforme definida em projeto. Para o funcio-
namento desse tipo de mancal, e necessaria a instalacao de sensores, que ficam
localizados no estator, permitindo informar ao sistema sobre o posicionamento
do eixo. Em caso de deslocamento, esses sensores sao responsaveis por enviar
informacoes ao sistema que, por sua vez, calcula o valor da corrente que deve
ser aplicada as bobinas a fim de que o rotor retorne para a posicao de operacao.
Esses sensores sao de extrema importancia e devem ser de alta precisao, visto
que e um sistema muito instavel. Esse tipo de mancal apresenta vantagens,
como o conhecimento da tecnologia de implementacao e a possibilidade de
operar em altas velocidades sem que haja grandes perdas energeticas.
2. Mancais de Imas Permanentes:
Esse tipo baseia-se nas forcas de atracao ou repulsao existente nos imas per-
manentes. Dispensam qualquer tipo de controle, sendo assim considerandos
mancais passivos. Contudo, necessitam sempre de escoramento, visto que sao
12
sistemas altamente instaveis, por isso sao projetados ja prevendo a utilizacao
de algum tipo de mancal auxiliar.
3. Mancais Eletrodinamicos:
Sao tambem conhecidos como Mancais de Correntes Parasitas, tendo seu
princıpio de funcionamento baseado na inducao de correntes de Foucault, sur-
gidas a partir do movimento relativo entre o rotor e a parte fixa do mancal.
4. Mancais Supercondutores:
Esses operam baseados na interacao entre supercondutores e imas permanen-
tes. Possuem alta estabilidade mecanica, fazendo com que este seja um sistema
passivo que nao precisa de um sistema de controle ou sensoriamento.
O Laboratorio de Vibracoes Acusticas (LAVI), da UFRJ, atualmente, vem reali-
zando um trabalho de desenvolvimento de pesquisas sobre mancais magneticos, em
especial os do tipo Ativos, vistos nessa secao. Na Figura 2.7 pode-se ver uma das
aplicacoes desses mancais em uma configuracao onde um eixo mantem-se biapoiado
com o auxılio de dois mancais magneticos ativos, permitindo a rotacao dele sem o
contato fısico com os mancais.
(a) Eixo Biapoiado em Mancais Magneticos (b) Detalhe do Mancal Magnetico
Figura 2.7: Sistema com utilizacao de Mancais Magneticos no LAVI
13
2.2 Analise por Elementos Finitos
Dada a importancia da analise por elementos finitos para validacao de um projeto
mecanico, sera feita uma introducao a essa analise, visando a melhor compreensao
dos estudos apresentados ao longo do capıtulo Resultados e Discussoes.
Quanto um projeto mecanico trata somente de pecas com geometrias simples,
e plenamente viavel uma analise utilizando somento tecnicas classicas de solucao
analıtica, como as utilizadas neste projeto. Entretanto, a grande parte dos elemen-
tos de maquinas tem geometrias mais complexas, tornando inviavel a utilizacao de
tecnicas classicas para calculos de tensao e deflexao muito complicado, podendo ate
ser impossıvel [13].
De forma a facilitar a analise desse componente, dividimos o volume total da
peca em um conjunto finito de elementos discretos, resolvendo um grande conjunto
de equacoes para cada elemento e cada no que conecta esses elementos.
Para facilitar a analise pelo Metodo de Elementos Finitos (FEA), existem softwa-
res de analise que tem interface com software de modelagem CAD [4]. Assim, e
possıvel analisar uma peca de geometria completa com o auxılio desses softwares
obtendo as informacoes necessarias ao projetista, de forma a saber se a peca fun-
ciona ou se tera problemas. E ainda possıvel, muitas vezes, fazer otimizacoes na
geometria dela a partir dos resultados expostos pelo FEA.
14
Capıtulo 3
Metodologia do Projeto do
Produto
3.1 Processo de Desenvolvimento do Produto
O projeto do produto desejado para esse trabalho sera baseado na metodologia
de desenvolvimento de projetos estudada pelo professor Henrique Rozenfeld, que
pode ser representada pela Figura 3.1 adaptada de seu livro e no Guia PMBOK de
gerenciamento de projetos [11]. O foco, entretanto, nao e fazer a analise profunda
do Processo de Desenvolvimento de Produto (PDP) [15], mas utiliza-lo de maneira
a facilitar o desenvolvimento do projeto ao trazer para esse estudo sua metodologia.
O objetivo em fazer um estudo de PDP e otimizar a estrategia e o processo produ-
tivo do estudo, visando reduzir custos, melhorar a manufaturabilidade do produto,
sua qualidade e a rapidez do projeto [5].
Sabendo que o desenvolvimento de novos produtos baseia-se em macrofases - Pre-
Desenvolvimento, Desenvolvimento e Pos-Desenvolvimento - o projeto da maquina
em estudo sera desmembrado em diferentes sistemas de forma a simplifica-lo.
O PDP e um processo que engloba diversas atividades referentes as informacoes
tecnologicas e de mercado, transformando-as em produtos e/ou servicos que atendam
as estrategias da empresa ou do produto a ser lancado, acompanhando todas as
etapas de producao.
Esse processo visa atender todo o planejamento estrategico de forma que na fase
de pos-desenvolvimento de um produto, este atinja todos os seus propositos, ou
15
seja, producao eficiente, atendimento ao cliente, assistencia tecnica e programacao
de retirada do produto de mercado [15].
Figura 3.1: Processo de Desenvolvimento do Produto por Henrique Rozenfeld
(Adaptado de [15])
3.2 Macrofases do Desenvolvimento do Projeto
Pre-Desenvolvimento
Nessa fase, e importante o planejamento estrategico e o planejamento do projeto,
onde serao definidos o escopo do produto e do projeto, a viabilidade economica, os
recursos humanos, os prazos de realizacao, os custos previstos e os riscos envolvidos.
Uma etapa de grande importancia no pre-desenvolvimento e a coleta de in-
formacoes do mercado, de forma a ajudar na definicao do escopo do produto, o
planejamento desse projeto e sua viabilidade tanto tecnica, como comercial [15].
O processo de gerenciamento de escopo se divide entre produto e projeto. Com
relacao ao produto, deve-se, principalmente, coletar todas as informacoes impor-
tantes a ele, definir um escopo viavel e detalhado ao maximo descrevendo suas
caracterısticas e funcoes e fazer uma subdivisao de trabalho. Quanto ao projeto, um
importante ponto a ser levantado no escopo e a definicao de entregas do projeto de
forma que se possa monitora-las de uma maneira mais simplificada [11].
Desenvolvimento
Essa e a fase na qual se desenvolve o projeto propriamente dito. Esse, porem, e
subdividido entre as seguintes fases [5]:
16
1. Projeto informacional:
Utiliza as informacoes coletadas na fase de pre-desenvolvimento a fim de con-
cretizar as especificacoes esperadas para o produto, isto e, todas os parametros
tecnicos necessarios para atender a necessidade final do consumidor.
2. Projeto conceitual:
Nessa etapa busca-se fazer uma relacao entre a criacao e a representacao do
produto, tendo como ponto inicial os parametros do produto definidos no
Projeto Informacional, consistindo em benchmarking. Aqui as informacoes
conceituais tomam formas geometricas, definindo o conceito do produto.
3. Projeto detalhado:
Nessa fase sao obtidas as especificacoes completas e finais do produto, in-
cluindo selecao de pecas e materiais, desenhos tecnicos, processos de fabricacao
etc. Durante essa etapa e garantido o sucesso do produto, visto que todos os
parametros de desenvolvimento do prototipo sao definidos aqui.
4. Preparacao para producao:
Atendendo os requisitos definidos nas fases anteriores, e feita a producao de
um prototipo, especificando os processos de fabricacao e de manutencao, alem
de promover uma capacitacao do pessoal responsavel por essa area. Verifica
se o produto esta em conformidade com os requisitos de projeto e do cliente.
5. Lancamento do produto:
Insercao do produto no mercado, de forma a garantir todos os servicos de
atendimento ao cliente, assistencia tecnica e marketing.
Pos-Desenvolvimento
Nesse momento, a empresa responsavel pelo lancamento do produto busca al-
cancar sua meta de desempenho realizando o acompanhamento e o processo de
descontinuacao do produto. Este texto, entretanto, nao abordara essa fase, visto
que o objetivo do estudo e o projeto e fabricacao de uma maquina, nao visando a
comercializacao dela.
17
3.3 Conclusoes do Metodo
Feito todo o estudo de Processo de Desenvolvimento de produto, e possıvel definir
os parametros finais da maquina em estudo. Nessa secao sera apresentado o projeto
preliminar do estudo de projeto, de forma a facilitar na escolha das pecas que irao
compor a maquina e seus dimensionamentos.
Projeto Preliminar
A primeira etapa para comecar o projeto da maquina bobinadeira foi pesquisar
maquinas e equipamentos similares disponıveis na internet de forma a estuda-los
para entender como funcionam e, assim, definir a melhor maneira de compor a nova
maquina projetada nesse estudo.
A pesquisa indicou diversos tipos de bobinadeiras (frontais, lineares, de multiplas
bobinas etc) e finalidades (fabricacao de transformadores, bobinas circulares, toroi-
dais, transformadores de lamina etc), podendo ainda serem automaticas ou manuais.
Como o objetivo do estudo e o projeto e fabricacao de uma maquina bobinadeira
para bobinas retangulares (geometria parecida com a de transformadores), acele-
rando o processo de producao do Laboratorio de Acustica e Vibracoes da UFRJ e
garantindo uma boa qualidade das bobinas, as maquinas analisadas serao as que se
adequarem a esses requisitos de projeto. Sao elas:
Figura 3.2: Bobinadeiras da empresa Bobiline
V20-RX (esquerda) e C41 (direita)
Ao analisar todas as maquinas, percebe-se a existencia de tres pontos em comum:
um eixo principal em que as bobinas (e transformadores) sao enrolados, roldanas
18
Figura 3.3: Bobinadeiras da empresa Mega Bobinadeiras
MGB-TR100 (esquerda) e MGB-TR200 (direita)
para esticamento do fio e um sistema de espalhamento de fio para posicionamento na
bobina. Devido a isso, restringiu-se a pesquisa as maquinas mostradas nas Figuras
3.2 e 3.3. Descartou-se nessa pesquisa as maquinas manuais, visto que um dos
objetivos com o projeto e acelerar a fabricacao das bobinas. Assim, chegou-se aos
seguintes requisitos e restricoes do projeto:
Requisitos de Projeto
• Maquina automatica;
• Deve atender diversos tamanhos de bobina;
• Sistema de Espalhamento de fio;
• Sistema para Esticamento de fio;
• Pequenas dimensoes.
Restricoes de Projeto
• A maquina deve ter baixo custo de fabricacao;
• A maquina deve ser de facil fabricacao;
• Utilizacao de tecnologia de impressao 3D por metodo FDM para a fabricacao
de algumas pecas.
19
Capıtulo 4
Resultados e Discussao
4.1 A Maquina
Nesse capıtulo, serao abordados os resultados referentes a metodologia abordada
no Capıtulo 3, apresentando todo o processo de dimensionamento, de forma a escla-
recer a escolha das pecas finais da maquina.
Conforme descrito no capıtulo anterior, para que as pecas da maquina sejam
dimensionadas, e necessario determinar os dados de projeto e quais tamanhos e
tipos de bobinas serao fabricadas. Alem disso, o conhecimento das bitolas dos fios
de cobre a serem utilizados tambem e de suma importancia, visto que o fio de menor
bitola sera determinante para o torque maximo do equipamento.
Tendo em vista isso, os parametros a serem considerados sao:
1. Dimensoes das bobinas: 5x10 a 35x87 [mm];
2. Bitolas dos fios: 20 a 24 AWG;
3. Comprimento das bobinas: ate 100 mm;
4. Velocidade de rotacao estimada: ate 100 rpm.
Dados esse parametros iniciais de projeto, e possıvel realizar o dimensionamento
das pecas, sendo essa etapa dividida em quatro grandes areas:
1. Motor Eletrico;
2. Eixo de enrolamento;
20
3. Esticadores;
4. Espalhador de fios.
4.2 Motor Eletrico
A fim de selecionar o motor eletrico a ser utilizado no projeto da maquina, con-
sideracoes com relacao ao fio necessitam ser feitas. Tendo em vista que a resistencia
mecanica do fio de cobre e determinante no torque maximo do motor, calculos foram
feitos utilizando o criterio de Von Mises [3], obtendo a tensao maxima suportada, ate
a falha. Os dados de propriedades mecanicas do cobre foram retirados do Apendice
A do livro Advanced Mechanics of Material, citados na tabela abaixo, e utilizados
na seguinte equacao, a qual foi adicionado um coeficiente de seguranca (CS) igual a
2 de forma a garantir que o fio de cobre nao rompa:
σe
CS=
√
(σ21− σ1σ2 + σ2
2) (4.1)
Considerando a hipotese em que ha apenas esforcos axiais no fio, podemos des-
considerar a existencia do σ2, tendo em vista que esse seria um esforco radial. Assim,
nossa equacao passa a ser:
σe
CS=
√
σ21
(4.2)
σ1 =√2 · σe
CS(4.3)
Assim, calcula-se a forca (em N) maxima realizada pelo motor:
σ =F
A(4.4)
sendo A e a area da secao circular do fio.
Dadas as equacoes e os valores das propriedades mecanicas (apresentados na
Tabela 4.1), chega-se a um valor maximo de tensao na ordem de 43.84 MPa, o
21
Tabela 4.1: Free-Cutting Copper, Soft [3]
Sy 220 MPa
Se 62 MPa
E 117 GPa
υ 0.35
ρ 8.91·103kg/m3
que significa aproximadamento 8.94 N de forca axial. Com esses valores, e possıvel
calcular o torque maximo do motor eletrico a partir da relacao ”Torque = Forca x
Raio”, em que o raio de giro usado foi o da maior bobina possıvel de ser fabricada
pela maquina, ou seja, em torno de 50 mm. Sendo assim, chegou-se a um torque
maximo do motor na ordem de 0.45 N.m.
Sendo assim, pode-se selecionar um motor de corrente contınua de baixo torque,
de forma a atender as necessidades do projeto, isto e, com torque por volta de 0.45
N.m e ate 300 rpm.
Figura 4.1: Tabela Neoyama - Motor DC
Figura 4.2: Motor DC
Fonte: www.neomotion.com.br
Pela figura 4.1, percebe-se que a rotacao e mais lenta que o esperado para o
projeto, entretanto condiz com o valor determinado, visto que esta abaixo dos 300
22
rpm. Essa rotacao menor, no entanto, nao gera problemas para a maquina, visto
que ela sera de utilizacao exclusiva do Laboratorio de Acustica e Vibracoes (LAVI)
da UFRJ, portanto nao ha necessidade de altas velocidades de rotacao.
4.3 Eixo de Enrolamento
O projeto do eixo de enrolamento da maquina bobinadeira deve levar em conta
o torque gerado pelo motor, suas dimensoes e as dimensoes das bobinas. Sabendo
que serao fabricadas bobinas com tamanhos em diferentes proporcoes, nao e possıvel
fabricar uma peca unica que se adeque a todas elas sem que essa seja muito com-
plexa. A complexidade do projeto e limitante, visto que se espera baixo custo e
funcionamento simples, afim de ser manuseada por qualquer pessoa. Sendo assim,
optou-se por utilizar uma peca rotativa simples e que se adeque a todas as bobi-
nas, com adicao de pecas que serao adjacentes a elas, de maneira a prende-las na
maquina.
A instalacao de um mandril - o mesmo utilizado em furadeiras - como peca
principal do sistema de enrolamento, portanto, e visto como uma alternativa cabıvel
ao projeto. Para o dimensionamento do eixo de enrolamento, sera feita uma analise
de fadiga por cargas alternadas (ou completamente reversıveis) [4], prevendo vida
infinita. Dessa forma, serao feitos os calculos necessarios para um tamanho de eixo
que esteja de acordo com o projeto.
A fim de realizarmos uma analise por fadiga, varios fatores do eixo devem ser
considerados como: se as cargas sao estaticas ou dinamicas; se esperamos vida finita
ou infinita a peca; os fatores modificadores do limite de resistencia a fadiga (Se); o
tipo de carregamento; e qual criterio sera usado para esse estudo.
4.3.1 Cargas Estaticas
Primeiramente, sera feito um estudo considerando cargas estaticas para avaliar
a resistencia a flexao do eixo, utilizando o Hipotese de Coulomb/Tresca (ou Teoria
das Maximas Tensoes Cisalhantes) [4]. Esse criterio estuda a tensao cisalhante como
sendo igual a tensao no limite de escoamento do material. Ao utilizar esse metodo,
consegue-se calcular diretamente qual seria o tamanho de eixo ideal para o projeto,
23
Figura 4.3: Sistema de Enrolamento - Vista Isometrica
Imagem produzida em Solidworks
lembrando que trata-se de cargas estaticas, o que nao e o caso real do projeto em
estudo. A formula para o calculo do diametro do eixo e:
d =
[
32 · CS
π · Sy
· (M2 + T 2)0.5]
1
3
(4.5)
Considerando um coeficiente de seguranca igual a 4 e sabendo que o material
do eixo retificado a ser comprado para o projeto e Aco Carbono 1020, temos alguns
dados necessarios ao projeto dados na Tabela 4.2.
Tabela 4.2: Aco Carbono 1020
Sy 350 MPa
Sut 420 MPa
E 186 GPa
υ 0.29
∆l% 15%
HB 121
24
A forca que causa momento fletor no eixo (M) e que sera utilizada para o calculo
do eixo, e aquela calculada no inıcio do capıtulo, quando foi escolhido o motor, de
forma a nao quebrar o fio de cobre de menor diametro durante o funcionamento da
maquina. Assim, para o calculo do eixo, usaremos a forca de 8.94N atuando em sua
extremidade. Alem disso, sabe-se que o eixo e biapoiado e com uma ponta livre,
onde e aplicada a forca, conforme mostrado na Figura 4.3.
Com esses dados, analisa-se o eixo como uma viga biapoiada, de forma a fazer
os calculos de esforco cortante e momento fletor. Esse valor do momento fletor
calculado e substituido na Equacao 4.5, obtendo o diametro mınimo do eixo para
cargas estaticas.
Figura 4.4: Representacao grafica do eixo de enrolamento
Seguem, abaixo, os calculos do eixo como viga, tendo como princıpio o equilıbrio
de forcas na vertical e o equilıbrio do momento no eixo, chegando aos valores de RA
e RB.
∑
Fy = 0 (4.6)
F −RA −RB = 0 (4.7)
RA +RB = 8.94N (4.8)
25
∑
M = 0 (4.9)
RB(xB − xA)− F (xF − xA) = 0 (4.10)
RA = 4.47N (4.11)
RB = −13.41N (4.12)
Os calculos do esforco cortante (V(x)) e do momento fletor (M(x)) sao feitos
dividindo o eixo em 3 secoes:
1. Secao 1: 0 ≤ x ≤ 25mm;
2. Secao 2: 25 ≤ x ≤ 65mm;
3. Secao 3: 65 ≤ x ≤ 85mm;
Para esforco cortante, deve-se fazer o calculo utilizando a Equacao 4.24, onde
V (x) e o cortante e, para o momento fletor, utiliza-se a Equacao 4.25, onde M(x) e
o momento. Dessa forma, acham-se seus valores e graficos, apresentados nas Figuras
4.5 e ??, respectivamente.
∑
Fy + V (x) = 0 (4.13)
∑
Fy(x− xcarga) +∑
M +∑
M(x) = 0 (4.14)
Feitos os calculos, verifica-se um momento fletor maximo no ponto de apoio mais
proximo da aplicacao da forca, com modulo igual a |Mmax|=447 N.m, conforme
verificado na Figura 4.4. Substituindo esse valor na equacao 4.5, foi obtido o valor
para o menor diametro do eixo de forma que nao haja falhas como sendo igual a
4.11mm.
4.3.2 Cargas Dinamicas
O eixo de enrolamento, entretanto, nao esta sujeito a cargas estaticas, mas sim
carregamentos dinamicos quando em caso de funcionamento normal da maquina.
26
Figura 4.5: Esforco Cortante no eixo de enrolamento
Figura 4.6: Momento Fletor no eixo de enrolamento
Portanto, sera realizado um calculo de resistencia por fadiga [4], considerando vida
infinita do eixo. Para tal, sera utilizada a equacao 4.6 de ensaio de fadiga descrita
por:
Se = ka · kb · kc · kd · ke · kf · ... · S′
e (4.15)
onde S′
e e dado pela equacao 4.7:
S′
e = 0.5 · Sut (4.16)
Essa equacao leva em consideracao o limite de resistencia a fadiga do corpo de
prova, em conjunto com fatores modificadores de S′
e, obtendo um valor final Se -
27
novo limite de resistencia a fadiga do elemento de maquina - que sera utilizado no
calculo.
Calculados todos os fatores modificadores e as relacao D/d e r/d, obtemos todos
os valores necessarios para obter o valor do novo limite de resistencia a fadiga (ou
limite de enduranca [4]). Aliado a esse novo valor, tem-se o valor do momento fletor
maximo no ponto analisado, dado pelos calculos de carga estatica no eixo. Precisa-
se, ainda, saber o valor do modulo da secao exatamente a esquerda do ponto de
maior tensao, dado pela equacao 4.8. Dessa forma, e possıvel analisar a tensao de
momento reverso, supondo vida infinita, conforme mostrado pela equacao 4.9.
I
c=
πd3
32(4.17)
σ = Kf
Mmax
I/c(4.18)
Pelas equacoes 4.8 e 4.9 verifica-se que temos σ = 28.38MPa, valor menor que
os de Se e Sy, concluindo que o eixo demonstrado pela Figura projetado possui vida
infinita.
Figura 4.7: Montagem do sistema de Enrolamento
4.4 Espalhador de Fio
E necessario a maquina possuir um espalhador de fio, visto que as bobinas a
serem fabricadas nela possuem geometrias diferentes (comprimento e secao lateral).
28
Devido a isso, os fios devem ser posicionados de maneira correta ao serem enrolados
por meio de um sistema que se mova lateralmente.
Para o espalhamento dos fios ao longo da bobina, foi definido um sistema cujo
principal elemento e uma barra roscada M6 com 1mm de passo, conforme as de-
finicoes de rosca metrica grossa. Esse fuso precisa ser projetado de forma que su-
porte uma roldana na ponta dele, que sofrera a forca de enrolamento do fio e devera
mexer-se lateralmente de forma a posiciona-lo corretamente na bobina. Assim, a
situacao mais crıtica para o eixo e quando o fio esta sendo enrolado na ponta mais
externa da bobina, de forma que haja um maior momento fletor atuando na barra
de aco (Figura 4.8).
Figura 4.8: Vista Lateral do sistema de espalhamento de fios na situacao crıtica de
funcionamento
O sistema foi projetado contemplando uma barra roscada e uma reducao por en-
grenagens de maneira que um motor de passo transmita esse movimento de maneira
precisa, de forma que os fios sejam posicionados corretamente na bobina fabricada.
4.4.1 Eixo
Para definir o diametro mınimo do eixo a ser utilizado, fez-se o calculo de cargas
estaticas atuando nele a partir do Criterio de Maximas Tensoes Cisalhantes (ou
Hipotese de Coulomb/Tresta), o mesmo utilizado para calcular o eixo de enrolamento
da secao anterior desse capıtulo, dado pela Equacao 4.5.
Foi feito, entao, um estudo de viga biapoiada com acao de uma forca em uma
de suas extremidades (Figura 4.9 a fim de conhecer o momento fletor maximo no
29
eixo, e a escolha de um motor de passo, cujo torque nao necessitar ser alto. Seguem
abaixo, os calculos da viga, tendo como inıcio o equilıbro de forcas na vertical e do
momento na viga, chegando ao valor de cada reacao (RA e RB).
Figura 4.9: Analise do Eixo do Espalhador como viga biapoiada
∑
Fy = 0 (4.19)
F −RA −RB = 0 (4.20)
RA +RB = 8.94N (4.21)
∑
M = 0 (4.22)
RB(xB − xA)− F (xF − xA) = 0 (4.23)
RA = −15.265N (4.24)
RB = 24.205N (4.25)
Dados esses valores, e possıvel chegar aos graficos de esforco cortante e de mo-
mento fletor, a partir das secoes da viga:
1. Secao 1: 0 ≤ x ≤ 5.25mm;
2. Secao 2: 5.25 ≤ x ≤ 105.25mm;
3. Secao 3: 105.25 ≤ x ≤ 276mm;
30
Para esforco cortante, deve-se fazer o calculo utilizando a Equacao 4.24, onde
V (x) e o cortante e, para o momento fletor, utiliza-se a Equacao 4.25, onde M(x) e
o momento. Dessa forma, acham-se seus valores e graficos, apresentados nas Figuras
4.10 e 4.11, respectivamente.
∑
Fy + V (x) = 0 (4.26)
∑
Fy(x− xcarga) +∑
M +∑
M(x) = 0 (4.27)
Figura 4.10: Esforco Cortante no eixo do Espalhador
Feitos os calculos, chegou-se ao valor de momento fletor igual a 1526.5 N.m.
Pode-se, portanto, fazer o calculo de diametro do mınimo do eixo do sistema espa-
lhador de fios a partir da Equacao 4.5 que descreve o Criterio de Maximas Tensoes
Cisalhantes. Dessa maneira, o diametro mınimo deve ser de 4.86mm, considerando
um coeficiente de seguranca igual a 2.5.
Definido o diametro mınimo, foi definido para o projeto o fuso M6 com 1mm de
passo, o qual sera usinado e tera um diametro mınimo de 5mm em suas extremidades
(verificar desenho tecnico em anexo). Dado esse parametro de projeto, o proximo
passo sera calcular a reducao por engrenagens de maneira que o motor de passo
utilizado no sistema possa definir com certa precisao o posicionamento correto do
fio de cobre na bobina.
31
Figura 4.11: Momento Fletor no eixo do Espalhador
Diferente do eixo de enrolamento, esse eixo nao precisa ser estudado considerando
cargas dinamicas, visto que a rotacao do eixo sera muito pequena e a roldana em sua
ponta girara independente de sua propria rotacao. Sendo assim, e possıvel utilizar
apenas os calculos para cargas estaticas a fim de garantir o bom funcionamento do
sistema, sem que ele falhe.
4.4.2 Reducao por Engrenagens
Sabendo o passo do fuso a ser utilizado no projeto, e necessario saber tambem a
velocidade de avanco que o sistema de espalhamento deve ter de forma que os fios
sejam posicionados da maneira mais correta possıvel na bobina. Essa velocidade de
avanco do sistema depende do diametro do fio de cobre a ser enrolado e da rotacao
no eixo de enrolamento.
Para o projeto e desenho de uma engrenagem, alguns parametros necessitam ser
conhecidos. Pela Figura 4.12 pode-se ver esses parametros descritos por meio de
formulas para definicao de seus valores, de forma que permite entender a geometria
das engrenagens.
Sabe-se, ate aqui, que a rotacao de enrolamento da maquina e de 28 rpm e que
32
Figura 4.12: Formulas de Dimensionamento de Engrenagens
Fonte: [8]
os fios tem diametros que variam de 20 a 24 AWG, conforme mostrado na Tabela
4.3. Para calcular essa velocidade de avanco, precisa-se saber o percurso que o fio
deve andar em 1 segundo de forma a obter-se a velocidade em mm/s.
Tabela 4.3: Diametros dos Fios de Cobre
AWG Diametro
20 0.85 mm
21 0.77 mm
22 0.69 mm
23 0.61 mm
24 0.55 mm
Uma velocidade de rotacao de 28rpm implica que em 1 minuto (60 segundos) o
eixo completa 28 voltas, entao, para o eixo completar uma volta (uma rotacao), ele
precisa de 2.143 segundos. Em uma volta completa o sistema de espalhamento de
fios deve andar o equivalente ao diametro do fio de cobre que estiver sendo enrolado
,visto que os fios devem permanecer o mais proximos possıvel, ou seja, se o fio for de
20 AWG, o avanco por volta deve ser de 0,85mm, se o fio for de 21 AWG, o avanco
por volta deve ser de 0.77mm, e assim por diante.
33
Assim, em 2.143 segundos o sistema deve percorrer uma distancia ’d’ igual ao
diametro do fio. Portanto, aplicando um conta simples de regra de tres, a velocidade
linear do sistema de espalhador e dada pela Equacao 4.28:
Vespalhador = 0.47 · d mm/s (4.28)
Sabendo, ainda, que o passo do fuso M6 escolhido para o projeto e de 1mm e
definindo as velocidades de avanco para cada um dos diametros dos fios, substitiundo
cada diametro, um a um, na Equacao 4.19, resultando nos valores apresentados pela
Tabela 4.4, podemos chegar a reducao necessaria pelo sistema de engrenagens.
Tabela 4.4: Velocidade de Avanco para os diametros dos fios de cobre
AWG Diametro
20 0.397 mm/s
21 0.359 mm/s
22 0.322 mm/s
23 0.285 mm/s
24 0.257 mm/s
Lembrando que essa velocidade de avanco sera gerada a partir de uma reducao
por engrenagens, precisa-se calcular as engrenagens que vao transmitir o movimento
do motor de passo para o fuso. O primeiro passo sera a definicao de uma engrenagem
para o motor de passo, tambem chamada pinhao, para entao calcular a engrenagem
responsavel pelo movimento final do fuso, chamada coroa.
O motor de passo a ser utilizado no projeto sera fornecido pelo Laboratorio de
Acustica e Vibracoes da UFRJ (LAVI), mostrado na Figura 4.13. Ele e um modelo
NEMA 17 EM-154 2504 H395002 e ja possui acoplado em seu eixo uma engrenagem
de modulo 0.5 e 19 dentes (verificado por medicoes manuais).
Calcular engrenagens exige o conhecimento de varios parametros, como o
modulo, numero de dentes, diametro primitivo, angulo de pressao e os esforcos
atuantes [13]. O projeto em estudo visa trabalhar com engrenagens de dentes retos
e baixo modulo, visando transmitir o baixo torque fornecido pelo motor de passo. O
primeiro passo para dimensionar uma engrenagem e identificar o angulo de pressao e
34
Figura 4.13: Motor de Passo NEMA 17 EM-154 2504 H395002
a razao de transmissao. Sabendo que o pinhao possui 19 dentes e modulo igual a 0.5,
precisa-se saber a razao de transmissao (i) de forma a calcular o numero de dentes
(Zc) da coroa. Utilizando como parametro a velocidade de avanco do sistema de es-
palhamento para o fio de menor diametro (24 AWG, ou 0.55mm), igual a 0.257mm/s,
e possıvel calcular o Zc sabendo que 1 rotacao completa do fuso equivale a 1mm de
avanco. Quando duas engrenagens trabalham juntas, seus circulos primitivos rolam
um sobre o outro, sem haver escorregamento, de forma que as velocidades angulares
delas e dada pela equacao 4.29 descrita por:
ωpinhao
ωcorao
=dcoroadpinhao
(4.29)
Dessa maneira, a partir da relacao entre modulo da engrenagem (m), diametro
primitivo (dp) e numero de dentes (Z) descrita pela equacao 4.30, e possıvel definir
o numero de dentes da coroa.
m =dpZ
(4.30)
35
Substituindo a Equacao 4.30 na Equacao 4.29 obtem-se:
ωpinhao
ωcorao
=m · Zcoroa
m · Zpinhao
(4.31)
onde os modulos sao iguais, portanto:
ωpinhao
ωcorao
=Zcoroa
Zpinhao
(4.32)
Apos chegar na Equacao 4.32, e possıvel calcular o numero de dentes da coroa,
ou seja, a engrenagem que transmitira o movimento para o fuso M6. De acordo com
a figura 4.14 o Zcoroa e um valor nao inteiro, assim, foi feita uma aproximacao de
valores, chegando a uma engrenagem com 74 dentes e modulo 0.5.
Figura 4.14: Tabela feita em Excel para o calculo do Zcoroa
Devido a essa pequena aproximacao no valor do numero de dentes da coroa, o
novo valor para a velocidade de avanco do fuso sera de 0.25676mm/s, o que repre-
senta um erro na ordem de 0.1%. Sendo assim, nao se pode afirmar que havera falhas
no processo de enrolamento. Precisa-se definir como essas engrenagens estarao aco-
pladas e como a coroa transmitira o movimento para o fuso. A primeira etapa desse
projeto consiste em mover o fuso, portanto, foi dimensionada uma peca em que a
engrenagem estara ja acoplada nela, funcionando como uma porca, mostrada na
Figura 4.15.
A partir dessa peca, o movimento iniciado no motor de passo e transmitido por
engrenagens ate essa peca e passado para o fuso, fazendo com que ele se mova
lateralmente, conforme a montagem vista na Figura 4.16.
A montagem das engrenagens e feita a partir do chamado ”Trem de
Engrenagens”[4], em que duas ou mais engrenagens sao acopladas de forma a trans-
mitir o movimento. O parametro de maior importancia para esse engrenamento e
a razao de velocidades (mv), descrito pela Equacao 4.33, e que pode ser extendido
para mais de duas engrenagens, conforme a Equacao 4.34.
mv = ±Zint
Zext
(4.33)
36
Figura 4.15: Porca com Engrenagem acoplada
Figura 4.16: Sistema Espalhador de Fios
mv =
(
−Z1
Z2
)(
−Z2
Z3
)
= +Z1
Z3
(4.34)
Dadas essas equacoes, e possıvel garantir que nao haja alteracao na razao de
transmissao do pinhao para a coroa, passando por uma engrenagem intermediaria.
Esse estagio intermediario de transmissao foi necessario devido a geometria da peca
projetada.
37
4.5 Esticador de Fio
Posicionar o fio no local correto nas bobinas e imprescindıvel para o enrolamento,
mas e de extrema importancia que ele chegue o mais esticado possıvel nessas bobinas.
Sendo assim, e necessario introduzir um sistema que tensione o fio, de forma que ele
nao fique solto e gere problemas no enrolamento.
O fio vem de um carretel, que pode ser posicionado de varias maneiras, como por
exemplo, apoiado em uma mesa ou preso em um suporte que permite rotacao. Por
nao ser possıvel prever a posicao exata por onde o fio chega a maquina, deve-se pro-
jetar um sistema que seja independente dessa posicao e faca sempre o esticamento.
Dada essa necessidade, projeta-se duas roldanas presas proximas uma da outra,
de forma que o fio passe por elas fazendo um caminho em ’s’ garantindo que ele nao
saia de nenhuma delas. Logo apos a segunda roldana, introduz-se uma guia paralela
ao caminho do fio dessa anterior ate a roldana do esticador, onde sera posicionado
um peso que fara o tensionamento do fio, conforme verificado na Figura 4.17.
Figura 4.17: Sistema Esticador de Fio
38
Essa guia que fara o tensionamento do fio esta presa por um pino simples, de
forma que esse pivotamento permita o movimento somente em um plano, para cima
e para baixo. E ainda importante ressaltar que esse pivotamento livre garante um
tensao constante no fio, independente das possıveis vibracoes existentes no enrola-
mento. Assim, nao havera qualquer tensao maior gerada por impedir a vibracao do
fio, de forma que ele nao rompa nesse ponto. A peca e abaulada em seu interior
para nao haver cantos vivos que possam facilitar o rompimento do fio, ao gerar um
ponto de concentracao de tensao (Figura 4.18).
Figura 4.18: Vista em corte da Guia do Fio
De forma a gerar essa tensao necessaria no fio, sera feita uma peca em forma de
gancho na qual sera encaixado uma peca de aco circular equivalente a aproximada-
mente 20g, a fim de gerar uma pequena forca vertical para baixo no fio, esticando-o.
As figuras 4.19 e 4.20 mostram essas pecas.
39
Figura 4.19: Suporte de Peso
Figura 4.20: Peso
40
Capıtulo 5
Conclusao
Para concluir o presente estudo, apresenta-se, na Figura 5.1 o projeto completo
da maquina bobinadeira projetada dentro da metodologia de Processo de Desenvol-
vimento de Projeto apresentada no 3o capıtulo desse texto.
Figura 5.1: Projeto finalizado da Maquina Bobinadeira
Todo o conhecimento adquirido ao longo do curso de Engenharia Mecanica foi
de extrema importancia em todas as etapas do projeto da maquina, englobando
diferentes materias. Alem do conhecimento teorico, foi muito utilizado tambem
41
todo o conhecimento pratico (tecnico) adquirido por participacao em atividades
complementares dentro e fora da universidade.
O projeto dimensionado nesse estudo ultrapassou as expectativas, podendo ser
fabricado para utilizacao no Laboratorio de Acustica e Vibracoes. Quanto a parte
eletronica da maquina, um novo projeto precisa ser feito, visto que o objetivo prin-
cipal desse estudo e apresentar o projeto mecanico completo e explicado, sem haver
a necessidade de dimensionar esta parte eletronica.
Por fim, e possıvel utilizar esse projeto para trabalhos futuros com alunos e
trabalhos na faculdade, modificando os sistemas nele existentes, ou ate otimizando
o projeto com relacao a custo, funcionalidade e abrangencia de uso.
42
43
Referencias Bibliograficas
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introdução à eletrônica de potência. 6 ed., Porto Alegre, Bookman, Unkown.
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Mecatrônica sem Atrito. 1 ed., Rio de Janeiro, Editora Ciência Moderna Ltda., 2013.
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2016.
Apendice A
Catalogo de Rolamentos NSK -
pag.21
45
A-4
0A
-41
Rols. de Uma Carreira de Esferas 68 69 / 79 160 60 / 70
Rols. de Duas Carreiras de Esferas
Rols. de Rolos Cilíndricos N 28 NN38 NN48 N 19 N 29 NN 39 NN 49 N 10 N20 NN 30 NN40
Rols. de Rolos Agulha NA 48 NA 49 NA 59 NA 69
Rols. Autocomp. de Rolos 239 230 240
Nú
mer
o de
Fur
o
d
Série de Diâmetro 7 Série de Diâmetro 8 Série de Diâmetro 9 Série de Diâmetro 0
D
Séries de Dimensão
D
Séries de Dimensão Séries de Dimensão
D
Séries de Dimensão Séries de Dimensão
D
Séries de DimensãoSéries de Dimensão
17 27 37 17~37 08 18 28 38 48 58 68 8 18~68 9 19 29 39 49 59 69 9 19~39 49~69 00 10 20 30 40 50 60 00 10~60
B r (min) B r (min) B r (min) B r (min)- 0.6 2 0.8 - - 0.05 2.5 - 1 - 1.4 - - - - 0.05 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -1 1 2.5 1 - - 0.05 3 - 1 - 1.5 - - - - 0.05 4 - 1.6 - 2.3 - - - - 0.1 - - - - - - - - - - -- 1.5 3 1 - 1.8 0.05 4 - 1.2 - 2 - - - - 0.05 5 - 2 - 2.6 - - - - 0.15 - 6 - 2.5 - 3 - - - - 0.15
2 2 4 1.2 - 2 0.05 5 - 1.5 - 2.3 - - - - 0.08 6 - 2.3 - 3 - - - - 0.15 - 7 - 2.8 - 3.5 - - - - 0.15- 2.5 5 1.5 - 2.3 0.08 6 - 1.8 - 2.6 - - - - 0.08 7 - 2.5 - 3.5 - - - - 0.15 - 8 - 2.8 - 4 - - - - 0.153 3 6 2 2.5 3 0.08 7 - 2 - 3 - - - - 0.1 8 - 3 - 4 - - - - 0.15 - 9 - 3 - 5 - - - - 0.15
4 4 7 2 2.5 3 0.08 9 - 2.5 3.5 4 - - - - 0.1 11 - 4 - 5 - - - - 0.15 - 12 - 4 - 6 - - - - 0.25 5 8 2 2.5 3 0.08 11 - 3 4 5 - - - - 0.15 13 - 4 - 6 10 - - - 0.2 0.15 14 - 5 - 7 - - - - 0.26 6 10 2.5 3 3.5 0.1 13 - 3.5 5 6 - - - - 0.15 15 - 5 - 7 10 - - - 0.2 0.15 17 - 6 - 9 - - - - 0.3
7 7 11 2.5 3 3.5 0.1 14 - 3.5 5 6 - - - - 0.15 17 - 5 - 7 10 - - - 0.3 0.15 19 - 6 8 10 - - - - 0.38 8 12 2.5 - 3.5 0.1 16 - 4 5 6 8 - - - 0.2 19 - 6 - 9 11 - - - 0.3 0.2 22 - 7 9 11 14 19 25 - 0.39 9 14 3 - 4.5 0.1 17 - 4 5 6 8 - - - 0.2 20 - 6 - 9 11 - - - 0.3 0.3 24 - 7 10 12 15 20 27 - 0.3
00 10 15 3 - 4.5 0.1 19 - 5 6 7 9 - - - 0.3 22 - 6 8 10 13 16 22 - 0.3 0.3 26 - 8 10 12 16 21 29 - 0.301 12 18 4 - 5 0.2 21 - 5 6 7 9 - - - 0.3 24 - 6 8 10 13 16 22 - 0.3 0.3 28 7 8 10 12 16 21 29 0.3 0.302 15 21 4 - 5 0.2 24 - 5 6 7 9 - - - 0.3 28 - 7 8.5 10 13 18 23 - 0.3 0.3 32 8 9 11 13 17 23 30 0.3 0.3
03 17 23 4 - 5 0.2 26 - 5 6 7 9 - - 0.3 30 - 7 8.5 10 13 18 23 - 0.3 0.3 35 8 10 12 14 18 24 32 0.3 0.304 20 27 4 - 5 0.2 32 4 7 8 10 12 16 22 0.3 0.3 37 7 9 11 13 17 23 30 0.3 0.3 0.3 42 8 12 14 16 22 30 40 0.3 0.6/22 22 - - - - - 34 4 7 - 10 - 16 22 0.3 0.3 39 7 9 11 13 17 23 30 0.3 0.3 0.3 44 8 12 14 16 22 30 40 0.3 0.6
05 25 32 4 - 5 0.2 37 4 7 8 10 12 16 22 0.3 0.3 42 7 9 11 13 17 23 30 0.3 0.3 0.3 47 8 12 14 16 22 30 40 0.3 0.6/28 28 - - - - - 40 4 7 - 10 - 16 22 0.3 0.3 45 7 9 11 13 17 23 30 0.3 0.3 0.3 52 8 12 15 18 24 32 43 0.3 0.606 30 37 4 - 5 0.2 42 4 7 8 10 12 16 22 0.3 0.3 47 7 9 11 13 17 23 30 0.3 0.3 0.3 55 9 13 16 19 25 34 45 0.3 1
/32 32 - - - - - 44 4 7 - 10 - 16 22 0.3 0.3 52 7 10 13 15 20 27 36 0.3 0.6 0.6 58 9 13 16 20 26 35 47 0.3 107 35 - - - - - 47 4 7 8 10 12 16 22 0.3 0.3 55 7 10 13 15 20 27 36 0.3 0.6 0.6 62 9 14 17 20 27 36 48 0.3 108 40 - - - - - 52 4 7 8 10 12 16 22 0.3 0.3 62 8 12 14 16 22 30 40 0.3 0.6 0.6 68 9 15 18 21 28 38 50 0.3 1
09 45 - - - - - 58 4 7 8 10 13 18 23 0.3 0.3 68 8 12 14 16 22 30 40 0.3 0.6 0.6 75 10 16 19 23 30 40 54 0.6 110 50 - - - - - 65 5 7 10 12 15 20 27 0.3 0.3 72 8 12 14 16 22 30 40 0.3 0.6 0.6 80 10 16 19 23 30 40 54 0.6 111 55 - - - - - 72 7 9 11 13 17 23 30 0.3 0.3 80 9 13 16 19 25 34 45 0.3 1 1 90 11 18 22 26 35 46 63 0.6 1.1
12 60 - - - - - 78 7 10 12 14 18 24 32 0.3 0.3 85 9 13 16 19 25 34 45 0.3 1 1 95 11 18 22 26 35 46 63 0.6 1.113 65 - - - - - 85 7 10 13 15 20 27 36 0.3 0.6 90 9 13 16 19 25 34 45 0.3 1 1 100 11 18 22 26 35 46 63 0.6 1.114 70 - - - - - 90 8 10 13 15 20 27 36 0.3 0.6 100 10 16 19 23 30 40 54 0.6 1 1 110 13 20 24 30 40 54 71 0.6 1.1
15 75 - - - - - 95 8 10 13 15 20 27 36 0.3 0.6 105 10 16 19 23 30 40 54 0.6 1 1 115 13 20 24 30 40 54 71 0.6 1.116 80 - - - - - 100 8 10 13 15 20 27 36 0.3 0.6 110 10 16 19 23 30 40 54 0.6 1 1 125 14 22 27 34 45 60 80 0.6 1.117 85 - - - - - 110 9 13 16 19 25 34 45 0.3 1 120 11 18 22 26 35 46 63 0.6 1.1 1.1 130 14 22 27 34 45 60 80 0.6 1.1
18 90 - - - - - 115 9 13 16 19 25 34 45 0.3 1 125 11 18 22 26 35 46 63 0.6 1.1 1.1 140 16 24 30 37 50 67 90 1 1.519 95 - - - - - 120 9 13 16 19 25 34 45 0.3 1 130 11 18 22 26 35 46 63 0.6 1.1 1.1 145 16 24 30 37 50 67 90 1 1.520 100 - - - - - 125 9 13 16 19 25 34 45 0.3 1 140 13 20 24 30 40 54 71 0.6 1.1 1.1 150 16 24 30 37 50 67 90 1 1.5
21 105 - - - - - 130 9 13 16 19 25 34 45 0.3 1 145 13 20 24 30 40 54 71 0.6 1.1 1.1 160 18 26 33 41 56 75 100 1 222 110 - - - - - 140 10 16 19 23 30 40 54 0.6 1 150 13 20 24 30 40 54 71 0.6 1.1 1.1 170 19 28 36 45 60 80 109 1 224 120 - - - - - 150 10 16 19 23 30 40 54 0.6 1 165 14 22 27 34 45 60 80 0.6 1.1 1.1 180 19 28 36 46 60 80 109 1 226 130 - - - - - 165 11 18 22 26 35 46 63 0.6 1.1 180 16 24 30 37 50 67 90 1 1.5 1.5 200 22 33 42 52 69 95 125 1.1 228 140 - - - - - 175 11 18 22 26 35 46 63 0.6 1.1 190 16 24 30 37 50 67 90 1 1.5 1.5 210 22 33 42 53 69 95 125 1.1 230 150 - - - - - 190 13 20 24 30 40 54 71 0.6 1.1 210 19 28 36 45 60 80 109 1 2 2 225 24 35 45 56 75 100 136 1.1 2.1
32 160 - - - - - 200 13 20 24 30 40 54 71 0.6 1.1 220 19 28 36 45 60 80 109 1 2 2 240 25 38 48 60 80 109 145 1.5 2.134 170 - - - - - 215 14 22 27 34 45 60 80 0.6 1.1 230 19 28 36 45 60 80 109 1 2 2 260 28 42 54 67 90 122 160 1.5 2.136 180 - - - - - 225 14 22 27 34 45 60 80 0.6 1.1 250 22 33 42 52 69 95 125 1.1 2 2 280 31 46 60 74 100 136 180 2 2.1
38 190 - - - - - 240 16 24 30 37 50 67 90 1 1.5 260 22 33 42 52 69 95 125 1.1 2 2 290 31 46 60 75 100 136 180 2 2.140 200 - - - - - 250 16 24 30 37 50 67 90 1 1.5 280 25 38 48 60 80 109 145 1.5 2.1 2.1 310 34 51 66 82 109 150 200 2 2.144 220 - - - - - 270 16 24 30 37 50 67 90 1 1.5 300 25 38 48 60 80 109 145 1.5 2.1 2.1 340 37 56 72 90 118 160 218 2.1 3
48 240 - - - - - 300 19 28 36 45 60 80 109 1 2 320 25 38 48 60 80 109 145 1.5 2.1 2.1 360 37 56 72 92 118 160 218 2.1 352 260 - - - - - 320 19 28 36 45 60 80 109 1 2 360 31 46 60 75 100 136 180 2 2.1 2.1 400 44 65 82 104 140 190 250 3 456 280 - - - - - 350 22 33 42 52 69 95 125 1.1 2 380 31 46 60 75 100 136 180 2 2.1 2.1 420 44 65 82 106 140 190 250 3 4
60 300 - - - - - 380 25 38 48 60 80 109 145 1.5 2.1 420 37 56 72 90 118 160 218 2.1 3 3 460 50 74 95 118 160 218 290 4 464 320 - - - - - 400 25 38 48 60 80 109 145 1.5 2.1 440 37 56 72 90 118 160 218 2.1 3 3 480 50 74 95 121 160 218 290 4 468 340 - - - - - 420 25 38 48 60 80 109 145 1.5 2.1 460 37 56 72 90 118 160 218 2.1 3 3 520 57 82 106 133 180 243 325 4 5
72 360 - - - - - 440 25 38 48 60 80 109 145 1.5 2.1 480 37 56 72 90 118 160 218 2.1 3 3 540 57 82 106 134 180 243 325 4 576 380 - - - - - 480 31 46 60 75 100 136 180 2 2.1 520 44 65 82 106 140 190 250 3 4 4 560 57 82 106 135 180 243 325 4 580 400 - - - - - 500 31 46 60 75 100 136 180 2 2.1 540 44 65 82 106 140 190 250 3 4 4 600 63 90 118 148 200 272 355 5 5
84 420 - - - - - 520 31 46 60 75 100 136 180 2 2.1 560 44 65 82 106 140 190 250 3 4 4 620 63 90 118 150 200 272 355 5 588 440 - - - - - 540 31 46 60 75 100 136 180 2 2.1 600 50 74 95 118 160 218 290 4 4 4 650 67 94 122 157 212 280 375 5 692 460 - - - - - 580 37 56 72 90 118 160 218 2.1 3 620 50 74 95 118 160 218 290 4 4 4 680 71 100 128 163 218 300 400 5 6
96 480 - - - - - 600 37 56 72 90 118 160 218 2.1 3 650 54 78 100 128 170 230 308 4 5 5 700 71 100 128 165 218 300 400 5 6/500 500 - - - - - 620 37 56 72 90 118 160 218 2.1 3 670 54 78 100 128 170 230 308 4 5 5 720 71 100 128 167 218 300 400 5 6/530 530 - - - - - 650 37 56 72 90 118 160 218 2.1 3 710 57 82 106 136 180 243 325 4 5 5 780 80 112 145 185 250 335 450 6 6
/560 560 - - - - - 680 37 56 72 90 118 160 218 2.1 3 750 60 85 112 140 190 258 345 5 5 5 820 82 115 150 195 258 355 462 6 6/600 600 - - - - - 730 42 60 78 98 128 175 236 3 3 800 63 90 118 150 200 272 355 5 5 5 870 85 118 155 200 272 365 488 6 6/630 630 - - - - - 780 48 69 88 112 150 200 272 3 4 850 71 100 128 165 218 300 400 5 6 6 920 92 128 170 212 290 388 515 6 7.5
/670 670 - - - - - 820 48 69 88 112 150 200 272 3 4 900 73 103 136 170 230 308 412 5 6 6 980 100 136 180 230 308 425 560 6 7.5/710 710 - - - - - 870 50 74 95 118 160 218 290 4 4 950 78 106 140 180 243 325 438 5 6 6 1030 103 140 185 236 315 438 580 6 7.5/750 750 - - - - - 920 54 78 100 128 170 230 308 4 5 1000 80 112 145 185 250 335 450 6 6 6 1090 109 150 195 250 335 462 615 7.5 7.5
/800 800 - - - - - 980 57 82 106 136 180 243 325 4 5 1060 82 115 150 195 258 355 462 6 6 6 1150 112 155 200 258 345 475 630 7.5 7.5/850 850 - - - - - 1030 57 82 106 136 180 243 325 4 5 1120 85 118 155 200 272 365 488 6 6 6 1220 118 165 212 272 365 500 670 7.5 7.5/900 900 - - - - - 1090 60 85 112 140 190 258 345 5 5 1180 88 122 165 206 280 375 500 6 6 6 1280 122 170 218 280 375 515 690 7.5 7.5
/950 950 - - - - - 1150 63 90 118 150 200 272 355 5 5 1250 95 132 175 224 300 400 545 6 7.5 7.5 1360 132 180 236 300 412 560 730 7.5 7.5/1000 1000 - - - - - 1220 71 100 128 165 218 300 400 5 6 1320 103 140 185 236 315 438 580 6 7.5 7.5 1420 136 185 243 308 412 560 750 7.5 7.5/1060 1060 - - - - - 1280 71 100 128 165 218 300 400 5 6 1400 109 150 195 250 335 462 615 7.5 7.5 7.5 1500 140 195 250 325 438 600 800 9.5 9.5
/1120 1120 - - - - - 1360 78 106 140 180 243 325 438 5 6 1460 109 150 195 250 335 462 615 7.5 7.5 7.5 1580 145 200 265 345 462 615 825 9.5 9.5/1180 1180 - - - - - 1420 78 106 140 180 243 325 438 5 6 1540 115 160 206 272 355 488 650 7.5 7.5 7.5 1660 155 212 272 355 475 650 875 9.5 9.5/1250 1250 - - - - - 1500 80 112 145 185 250 335 450 6 6 1630 122 170 218 280 375 515 690 7.5 7.5 7.5 1750 - 218 290 375 500 - - - 9.5
/1320 1320 - - - - - 1600 88 122 165 206 280 375 500 6 6 1720 128 175 230 300 400 545 710 7.5 7.5 7.5 1850 - 230 300 400 530 - - - 12/1400 1400 - - - - - 1700 95 132 175 224 300 400 545 6 7.5 1820 - 185 243 315 425 - - - 9.5 9.5 1950 - 243 315 412 545 - - - 12/1500 1500 - - - - - 1820 - 140 185 243 315 - - - 7.5 1950 - 195 258 335 450 - - - 9.5 9.5 2120 - 272 355 462 615 - - - 12
/1600 1600 - - - - - 1950 - 155 200 265 345 - - - 7.5 2060 - 200 265 345 462 - - - 9.5 9.5 2240 - 280 365 475 630 - - - 12/1700 1700 - - - - - 2060 - 160 206 272 355 - - - 7.5 2180 - 212 280 355 475 - - - 9.5 9.5 2360 - 290 375 500 650 - - - 15/1800 1800 - - - - - 2180 - 165 218 290 375 - - - 9.5 2300 - 218 290 375 500 - - - 12 12 2500 - 308 400 530 690 - - - 15
/1900 1900 - - - - - 2300 - 175 230 300 400 - - - 9.5 2430 - 230 308 400 530 - - - 12 12 - - - - - - - - - -/2000 2000 - - - - - 2430 - 190 250 325 425 - - - 9.5 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Observação: As dimensões dos chanfros constantes nesta tabela, não se aplicam quase que sempre nos seguintes cantos:(a) No canto do lado da ranhura, nos anéis externos com ranhura para anel de retenção.(b) No canto do lado sem rebordo, nos anéis dos rolamentos de rolos cilíndricos com seção fi na.
(c) No canto do lado da face, nos anéis dos rolamentos de esferas de contato angular.(d) No canto do anel interno, nos rolamentos com furo cônico.
Tabela 7.1 Dimensões Principais dos Rolamentos Radiais (Exceto Rolamentos de Rolos Cônicos) – 1 – unidade: mm
Apendice B
Catalogo ANELBRAS Anel
Elastico
46
Seeger-Ringe für WellenSeeger-Rings for shafts
Segments extérieurs Seeger
22
10
Maßliste
Data chartTable
dimentionelle NennmaßNominal
dimensionDimention nominale
Toleranz Toleranz Gew.Tolerance Tolerance a b d 5 WeightTolérance Tolérance Masse
d1 S d3 max ≈ min kg/1000
BezeichnungDesignationDésignation
A 3 – A 56 / DIN 471
Ring, Ring, Anneau
UngespanntUnstressedA l’état libre
nach Wahl des Herstellers
to manufacturer’s choice
suivant les disponibilitésdu fabricant
A 3 3 0,40 –0,05 2,7 +0,04 –0,15 1,9 0,8 1,0 0,017A 4 4 0,40 –0,05 3,7 +0,04 –0,15 2,2 0,9 1,0 0,022A 5 5 0,60 –0,05 4,7 +0,04 –0,15 2,5 1,1 1,0 0,066A 6 6 0,70 –0,05 5,6 +0,04 –0,15 2,7 1,3 1,2 0,084A 7 7 0,80 –0,05 6,5 +0,06 –0,18 3,1 1,4 1,2 0,121
A 8 8 0,80 –0,05 7,4 +0,06 –0,18 3,2 1,5 1,2 0,158A 9 9 1,00 –0,06 8,4 +0,06 –0,18 3,3 1,7 1,2 0,300A 10 10 1,00 –0,06 9,3 +0,10 –0,36 3,3 1,8 1,5 0,340A 11 11 1,00 –0,06 10,2 +0,10 –0,36 3,3 1,8 1,5 0,410A 12 12 1,00 –0,06 11,0 +0,10 –0,36 3,3 1,8 1,7 0,500
A 13 13 1,00 –0,06 11,9 +0,10 –0,36 3,4 2,0 1,7 0,530A 14 14 1,00 –0,06 12,9 +0,10 –0,36 3,5 2,1 1,7 0,640A 15 15 1,00 –0,06 13,8 +0,10 –0,36 3,6 2,2 1,7 0,670A 16 16 1,00 –0,06 14,7 +0,10 –0,36 3,7 2,2 1,7 0,700A 17 17 1,00 –0,06 15,7 +0,10 –0,36 3,8 2,3 1,7 0,820
A 18 18 1,20 –0,06 16,5 +0,10 –0,36 3,9 2,4 2,0 1,110A 19 19 1,20 –0,06 17,5 +0,10 –0,36 3,9 2,5 2,0 1,220A 20 20 1,20 –0,06 18,5 +0,13 –0,42 4,0 2,6 2,0 1,300A 21 21 1,20 –0,06 19,5 +0,13 –0,42 4,1 2,7 2,0 1,420A 22 22 1,20 –0,06 20,5 +0,13 –0,42 4,2 2,8 2,0 1,500
A 23 23 1,20 –0,06 21,5 +0,13 –0,42 4,3 2,9 2,0 1,630A 24 24 1,20 –0,06 22,2 +0,21 –0,42 4,4 3,0 2,0 1,770A 25 25 1,20 –0,06 23,2 +0,21 –0,42 4,4 3,0 2,0 1,900A 26 26 1,20 –0,06 24,2 +0,21 –0,42 4,5 3,1 2,0 1,960A 27 27 1,20 –0,06 24,9 +0,21 –0,42 4,6 3,1 2,0 2,080
A 28 28 1,50 –0,06 25,9 +0,21 –0,42 4,7 3,2 2,0 2,920A 29 29 1,50 –0,06 26,9 +0,21 –0,42 4,8 3,4 2,0 3,200A 30 30 1,50 –0,06 27,9 +0,21 –0,42 5,0 3,5 2,0 3,320A 31 31 1,50 –0,06 28,6 +0,21 –0,42 5,1 3,5 2,5 3,450A 32 32 1,50 –0,06 29,6 +0,21 –0,42 5,2 3,6 2,5 3,540
A 33 33 1,50 –0,06 30,5 +0,25 –0,50 5,2 3,7 2,5 3,690A 34 34 1,50 –0,06 31,5 +0,25 –0,50 5,4 3,8 2,5 3,800A 35 35 1,50 –0,06 32,2 +0,25 –0,50 5,6 3,9 2,5 4,000A 36 36 1,75 –0,06 33,2 +0,25 –0,50 5,6 4,0 2,5 5,000A 37 37 1,75 –0,06 34,2 +0,25 –0,50 5,7 4,1 2,5 5,370
A 38 38 1,75 –0,06 35,2 +0,25 –0,50 5,8 4,2 2,5 5,620A 39 39 1,75 –0,06 36,0 +0,25 –0,50 5,9 4,3 2,5 5,850A 40 40 1,75 –0,06 36,5 +0,39 –0,90 6,0 4,4 2,5 6,030A 41 41 1,75 –0,06 37,5 +0,39 –0,90 6,2 4,5 2,5 6,215A 42 42 1,75 –0,06 38,5 +0,39 –0,90 6,5 4,5 2,5 6,500
A 44 44 1,75 –0,06 40,5 +0,39 –0,90 6,6 4,6 2,5 7,000A 45 45 1,75 –0,06 41,5 +0,39 –0,90 6,7 4,7 2,5 7,500A 46 46 1,75 –0,06 42,5 +0,39 –0,90 6,7 4,8 2,5 7,600A 47 47 1,75 –0,06 43,5 +0,39 –0,90 6,8 4,9 2,5 7,500A 48 48 1,75 –0,06 44,5 +0,39 –0,90 6,9 5,0 2,5 7,900
A 50 50 2,00 –0,07 45,8 +0,39 –0,90 6,9 5,1 2,5 10,200A 52 52 2,00 –0,07 47,8 +0,39 –0,90 7,0 5,2 2,5 11,100A 54 54 2,00 –0,07 49,8 +0,39 –0,90 7,1 5,3 2,5 11,300A 55 55 2,00 –0,07 50,8 +0,46 –1,10 7,2 5,4 2,5 11,400A 56 56 2,00 –0,07 51,8 +0,46 –1,10 7,3 5,5 2,5 11,800
Apendice C
Desenhos Tecnicos
47
6.00 3.00
9.00
10
.00
4.
00
Rafael Rodrigues Gonçalves
DEM 22/03/2019
Escala: 5:1 Folha 1Trabalho de Conclusão de Curso
Peça: Batente da Roldana doEsticador
A A
B B
C C
D D
E E
F F
4
4
3
3
2
2
1
1
65.
00
10.
00
10.
00
1.0
0
1.00 M8 x 1.25 x 10
8.00
6.00
1.00
1.0
0
R1.00
R1.00
85.
00
Rafael Rodrigues Gonçalves
DEM 22/03/2019
Escala: 2:1 Folha 1Trabalho de Conclusão de Curso
Peça: Eixo de EnrolamentoA A
B B
C C
D D
E E
F F
4
4
3
3
2
2
1
1
105
.00
163
.70
16.
30
5.00
5.00
M6 x 1.00 x 163.7
285
.00
A
B
C
D
1.0
0
1.00
DETALHE A
ESCALA 5 : 1
R0.50
DETALHE B
ESCALA 5 : 1
R0.50
DETALHE C
ESCALA 5 : 1 0
.30
0.7
0
4.80
DETALHE D
ESCALA 5 : 1
Rafael Rodrigues Gonçalves
DEM 22/03/2019
Escala: 1:1 Folha 1Trabalho de Conclusão de Curso
Peça: Eixo Roscado doEspalhador de Fios
A A
B B
C C
D D
E E
F F
4
4
3
3
2
2
1
1
10.
00
1.0
0
11.
00
10.
00
10.00
4.90
Rafael Rodrigues Gonçalves
DEM 22/03/2019
Escala: 5:1 Folha 1Trabalho de Conclusão de Curso
Peça: Encaixe da TerceiraEngrenagem do Espalhador
A A
B B
C C
D D
E E
F F
4
4
3
3
2
2
1
1
1 2 3 4 5 6 7
Sistema: Enrolador
Trabalho de Conclusão de Curso
Rafael Rodrigues Gonçalves
Escala: 1:4
DEM 22/03/2019
Folha 1
Item Quant. Descrição
7654321
1111111
Mandril 3/8"Eixo de Enrolamento
Luva de Eixo do EnroladorTampa da Luva de Eixo do Enrolador
Acoplamento Linear FlexívelSuporte Motor DC
Motor DC Neoyama c/ Redução
A A
B B
C C
D D
E E
F F
8
8
7
7
6
6
5
5
4
4
3
3
2
2
1
1
9
34
1
2
5
6 7
8
Sistema: Espalhador
Trabalho de Conclusão de Curso
Rafael Rodrigues Gonçalves
Escala: 1:1
DEM 22/03/2019
Folha 1
Item Quant. Descrição
7654321
1111111
Tampa da Luva de Eixo do EspalhadorLuva de Eixo do Espalhador
Engrenagem Dente Reto M=0.5 Z=19Engrenagem Dente Reto M=0.5 Z=74
Ressalto da Luva de Eixo do EspalhadorPino da Terceira Engrenagem
Engrenagem Dente Reto M=0.5 Z=40
8 1 Motor de Passo Nema 17 EM-154
A A
B B
C C
D D
E E
F F
8
8
7
7
6
6
5
5
4
4
3
3
2
2
1
1
1
2
5
4
3
4
3
Sistema: Esticador
Trabalho de Conclusão de Curso
Rafael Rodrigues Gonçalves
Escala: 1:1
DEM 22/03/2019
Folha 1
Item Quant. Descrição
54321
12211
Pino da Guia de FiosBatente Roldana
Roldana 1 polegadaSuporte da Esticador
Guia de Fios
A A
B B
C C
D D
E E
F F
8
8
7
7
6
6
5
5
4
4
3
3
2
2
1
1
210.00 100.00
65.
00
92.
00
310.00
14.50
25.50 25.50
48.
00
25.
50
6.00 x 6
8.00
13.
96
5.0
0 6.00
7.0
0
6.00
4.00
4.
00
16.
50
16.50
4.0
0 x 4 40.00
62.
00
5.0
0
6.00
4.00
16.36
100
.00
50.00
4.00 x 4
6.00
7.0
0
4.00
24.
74
39.
00
61.
00
240
.00
310.00
38.00
21.00
6.00 x 6
2.00
Peça: Face Inferior
Trabalho de Conclusão de Curso
Rafael Rodrigues Gonçalves
Escala: 1:2
DEM 22/03/2019
Folha 1
A A
B B
C C
D D
E E
F F
8
8
7
7
6
6
5
5
4
4
3
3
2
2
1
1
238
.00
310.00
10.00
F
90.
00
100.00
65.
00
210.00
155
.00
310.00
AB
155
.00
238.00
ED
238.00
155
.00
90.
00 C
5.0
0
4.00 4.00
5.0
0
4.00 4.00
DETALHE A
ESCALA 1 : 2 5
.00
6.00
4.00
4.00 5
.00
6.00
DETALHE B
ESCALA 1 : 2
18.00 6.0
0
4.00
DETALHE C
ESCALA 1 : 1
20.00
4.0
0
6.0
0
DETALHE E
ESCALA 1 : 1
2.00
DETALHE F
ESCALA 1 : 1
18.00
6.0
0 4.00
DETALHE D
ESCALA 1 : 1
Peça: Face Lateral
Trabalho de Conclusão de Curso
Rafael Rodrigues Gonçalves
Escala: 1:4
DEM 22/03/2019
Folha 1
A A
B B
C C
D D
E E
F F
8
8
7
7
6
6
5
5
4
4
3
3
2
2
1
1
2.0
0
310.00
314.00
65.
00
100.00 210.00 1
0.00
10.
00
240
.00
212.00 102.00
20.00
4.0
0
4.00 x 4
200.00
65.
00
4.0
0
20.00
20.00
4.0
0 20.00
4.0
0 Peça: Face Superior
Trabalho de Conclusão de Curso
Rafael Rodrigues Gonçalves
Escala: 1:2
DEM 22/03/2019
Folha 1
A A
B B
C C
D D
E E
F F
8
8
7
7
6
6
5
5
4
4
3
3
2
2
1
1
3.00 2.50 6
.00
4.0
0
8.
00 A
5.00 15.00
8.00
6.00
2.00
R2.00 R4.00
24.
00
4.20
30°
4.00
DETALHE A
ESCALA 4 : 1
Rafael Rodrigues Gonçalves
DEM 22/03/2019
Escala: 2:1 Folha 1Trabalho de Conclusão de Curso
Peça: Guia de FiosA A
B B
C C
D D
E E
F F
4
4
3
3
2
2
1
1
16.00
11
.00
6.00 x 6
48.
00
15.00
3.
00
4.90
R31.50
R14.00 x 2
23.
09
25.50 13.84
C
C
F
F
105.00 108.00
100.00 4.00
13
.00
31.
50
6.0
0 3
0.00
2
6.00
6
.00
93.
50
D
SEÇÃO C-C
0.20
DETALHE D
ESCALA 5 : 1 3
7.09
G
SEÇÃO F-F
10.
00
4.
90
1.00
0.20
DETALHE G
ESCALA 4 : 1
Folha 1
22/03/2019DEM
Escala: 1:1
Rafael Rodrigues Gonçalves
Trabalho de Conclusão de Curso
Peça: Luva de Eixo doEspalhador de Fios
A A
B B
C C
D D
E E
F F
8
8
7
7
6
6
5
5
4
4
3
3
2
2
1
1
47.00 41.00
7.00 5.68
3.00
6.00 7.00
19
.70
42
.00
17
.00
13
.70
4.00 x 4
16.
50
Rafael Rodrigues Gonçalves
DEM 22/03/2019
Escala: 1:1 Folha 1Trabalho de Conclusão de Curso
Peça: Luva do Eixo deEnrolamento
A A
B B
C C
D D
E E
F F
4
4
3
3
2
2
1
1
1
2
4
3
5
6
7
8
9
Máquina Bobinadeira
Trabalho de Conclusão de Curso
Rafael Rodrigues Gonçalves
Escala: 1:1
DEM 22/03/2019
Folha 1
Item Quant. Descrição
54321
11111
Sistema EsticadorFuso M6 Espalhador
Roldana 1 polegadaSistema EspalhadorSistema Enrolador
9876
1111
Suporte do Sistema de EsticadorFace Lateral
Face SuperiorFace Inferior
A A
B B
C C
D D
E E
F F
8
8
7
7
6
6
5
5
4
4
3
3
2
2
1
1
63.00
35.00
R14.00
R21.50
48.
00
R31.50
4.0
0
4.00 R12.00
R10.00
51.00
6.
00x6
14.
00
25.
50
R10.00
23.
96
13.
13
8.5
0
Nome: Rafael Gonçalves
DEM 15/05/2019
Escala: 1:1 Folha 1Trabalho de Conclusão de Curso
Peça: Ressalto da Luva de EixoA A
B B
C C
D D
E E
F F
4
4
3
3
2
2
1
1
0.80
12.00
15
.00
90°
25.40
5.20
Rafael Rodrigues Gonçalves
DEM 22/03/2019
Escala: 2:1 Folha 1Trabalho de Conclusão de Curso
Peça: Roldana 1 polegadaA A
B B
C C
D D
E E
F F
4
4
3
3
2
2
1
1
104
.00
18.
00
52.
00
16.
00
18.
00
3.75
10
.00
5.
00
13.00
10.50
R2.00
12.50
8.00
R2.00
29.
00
4.00
4.00
25.50
6.00 x 4 42.72 62.72
R5.00
22.72 7
.50
R5.00
R7.00
R9.00
10.00 6
2.00
22.
72
72.
00
104
.00
94.
00
10.00
6.0
0
Peça: Suporte dos Esticadores
Trabalho de Conclusão de Curso
Rafael Rodrigues Gonçalves
Escala: 1:1
DEM 22/03/2019
Folha 1
A A
B B
C C
D D
E E
F F
8
8
7
7
6
6
5
5
4
4
3
3
2
2
1
1
50.00
6.00 6.00
5.0
0
5.0
0
6.00 x 2
TRUE R2.00
3.0
0
50.00
20.00 14.60
9.5
0
R2.00
R2.00
19.
47
6.6
3
13.
65
13.
65
2.20 x 3
14.00
7.90 15.75
74.
88
43.0
0 3
1.88
37
.50
5.00 3.00
Rafael Rodrigues Gonçalves
DEM 22/03/2019
Escala: 1:1 Folha 1Trabalho de Conclusão de Curso
Peça: Suporte do Motor DCc/ Redução
A A
B B
C C
D D
E E
F F
4
4
3
3
2
2
1
1
114
.00
83.00
12.
00
2.00
10.00 50.00 10.00
5.0
0
5.0
0 5
.00
10.00 10.00 50.00
5.0
0
4.00 x 4
70.
00
83.00
70.00
11.
00
92.
00
11.
00
42.72 13.64 13.64
60.
00
43.
00
6.0
0 x 4
Peça: Suporte Polias doEsticador
Trabalho de Conclusão de Curso
Rafael Rodrigues Gonçalves
Escala: 1:1
DEM 22/03/2019
Folha 1
A A
B B
C C
D D
E E
F F
8
8
7
7
6
6
5
5
4
4
3
3
2
2
1
1
R21.00
13.70
4.00 x 4
33.00
R2.00 R24.00
R2.00 13.
27
R2.00
19.
47
50.00
3.0
0 20.00 14.60
R2.00
6.00
3.00
81.
00
16.
50
50.00
18.
00
6.
00 x
2 38.00 5
.00
10.
00
12.
00
TRUE R2.00
Rafael Rodrigues Gonçalves
DEM 22/03/2019
Escala: 1:1 Folha 1Trabalho de Conclusão de Curso
Peça: Tampa da Luva do Eixode Enrolamento
A A
B B
C C
D D
E E
F F
4
4
3
3
2
2
1
1
12.00
15.00
26.00
20.00
10.60
Nome: Rafael Rodrigues Gonçalves
DEM 22/03/2019
Escala: 2:1 Folha 1Trabalho de Conclusão de Curso
Peça: Tampa da Luva de Eixo do Espalhador de Fios
A A
B B
C C
D D
E E
F F
4
4
3
3
2
2
1
1
Apendice D
Mandril Leve 3/8”Vonder
48
14/03/2019 Mandril leve, 10,0 mm 3/8", rosca 3/8", - Vonder
www.vonder.com.br/produto/mandril_leve_100_mm__38_rosca_38_vonder/3975 1/1
DETALHES TÉCNICOS ACESSÓRIOS PRO
Capacidade máxima do mandril: 3/8" - 10 mm
Capacidade mínima do mandril: 1/16" - 1,5 mm
Tipo de encaixe do mandril: Rosca
Medida do cone/rosca do mandril: Rosca 3/8" x 24 fios UNF
Tamanho da chave do mandril: nº 2
Tipo de furo do mandril: Passante
Tipo de capa do mandril: Estampada
Comprimento do mandril fechado: 59,0 mm
Diâmetro do corpo do mandril: 34,0 mm
Garantia - E (CDC): Garantia legal: 90 dias
66.70.010.380
Mandril leve, rosca 3/8", VO
Conteúdo da Embal
1 Mandril. Acompanh
Indicado para furadeiuso não contínuo. Sea broca corretamentecastanhas.
Possui castanhas eme vida útil
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