UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE AMBIENTAL
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
BRUNO VIEIRA DE LACERDA
PROJETO DE CASA CONTÊINER UTILIZANDO CONCEITOS
AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEIS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
CAMPO MOURÃO
2016
1
BRUNO VIEIRA DE LACERDA
PROJETO DE CASA CONTÊINER UTILIZANDO CONCEITOS
AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEIS
Projeto de pesquisa apresentado à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso 2 (TCC 2), do curso de Engenharia Ambiental, do Departamento Acadêmico de Ambiental (DAAMB), do Câmpus Campo Mourão, da
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Ambiental. Orientador: Prof. Dr. José Hilton Bernardino de Araújo
CAMPO MOURÃO
2016
2
TERMO DE APROVAÇÃO
PROJETO DE CASA CONTÊINER UTILIZANDO CONCEITOS
AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEIS
por
BRUNO VIEIRA DE LACERDA
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi apresentado em 02 de dezembro de
2016 como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia
Ambiental. O candidato foi arguido pela Banca Examinadora composta pelos
professores abaixo assinados. Após deliberação, a banca examinadora
considerou o trabalho APROVADO.
__________________________________
Prof. Dr. José Hilton Bernardino de Araújo
__________________________________
Prof. Drª. Flávia Vieira da Silva Medeiros
__________________________________
Prof. Dr. Adalberto Luiz Rodrigues de Oliveira
"O Termo de Aprovação assinado encontra-se na Coordenação do Curso de Engenharia
Ambiental".
Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campus Campo Mourão Diretoria de Graduação e Educação Profissional
Departamento Acadêmico de Ambiental - DAAMB
Curso de Engenharia Ambiental
3
AGRADECIMENTOS
À Deus, por iluminar a minha vida e minhas escolhas, por sempre me
proteger e me guiar.
Aos meu pais, que sempre me apoiaram e me incentivaram a crescer e
amadurecer, sempre estiveram presentes durante minha formação e sem eles
nada disso seria possível.
Aos meus amigos de turma, sempre foram bons companheiros de bar e
melhores de aula, a melhor turma que eu poderia ter, uma amizade para vida toda.
Ao meu orientador, Professor Dr. José Hilton, que acreditou no meu
potencial e sempre teve disponibilidade para me auxiliar, com boas ideias nas
reuniões na universidade e também no italiano.
A minha companheira Paula que me pôs na linha durante o começo do
curso, me cobrava e me lembrava dos trabalhos e provas, sempre me ajudou a
estudar e sempre esteve ao meu lado, sendo estudando em um sábado à noite ou
saindo, por todo o amor, carinho e dedicação. Se hoje estou formando no período
certo, com certeza é devido a ela.
Ao Evandro que me recebeu em sua casa, e me ensinou como morar longe
da família, a cozinhar e limpar a casa, sempre foi um grande companheiro.
Ao Samuel que foi um irmão para mim, sempre companheiro de estudos e
de festas, que no fim morou comigo e nunca ganhou de mim no fifa.
À toda a Vila do Chaves que sempre estiveram presentes nos finais de tarde
tomando um tereré, são uma grande família que levarei comigo para a vida toda.
Ao meu tio Beto que me incentivou e ajudou no meu intercâmbio, sempre me
dando dicas sobre meu crescimento curricular.
A arquiteta Mariana Gomes pela ajuda com a parte arquitetônica da casa e
pela amizade dela e do seu marido Victor Rondi.
À Coordenação de Engenharia Ambiental da Universidade Tecnológica
Federal do Paraná (UTFPR) – Câmpus Campo Mourão, pela dedicação e empenho
para que este curso cresça cada vez mais.
À banca pela disponibilidade e pela atenção dada a este trabalho.
4
RESUMO
LACERDA, B. V. Projeto de casa contêiner utilizando conceitos ambientalmente sustentáveis, 2016. 47 f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Engenharia Ambiental), Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Campo Mourão, 2016.
O crescimento desenfreado dos campos industriais e da construção civil vem causando impactos ambientais severos, que podem ser reduzidos e remediados se realizado visando à conscientização ambiental. A construção civil tem impacto direto nos recursos naturais, portanto é um ponto a ser estudado para melhoria do bem-estar global. Os contêineres apresentam potencial para serem utilizados na construção civil, impedindo que, de utilizados para transporte marítimo e terrestre, não sejam apenas descartados. Sendo assim, esta pesquisa teve por objetivo propor técnicas e tecnologias para a aplicação de uma casa contêiner na cidade de Campo Mourão – PR, que seja ambientalmente sustentável. Com este intuito, foi realizado primeiramente uma revisão bibliográfica sobre conceitos e tecnologias que podem ser inseridas em uma casa sustentável e, a partir disso, foi realizado um orçamento em diversas empresas para avaliação do custo final do projeto. A instalação de um contêiner é realizada de forma rápida e prática, possuindo um conforto térmico e acústico devido ao isolamento feito previamente. Vinculando-se a outras tecnologias, é possível reduzir o gasto de água e energia, como a instalação de placas fotovoltaicas para a autonomia energética da casa, juntamente com o estudo de posicionamento da casa para melhor circulação de ar e incidência de luz solar, a reutilização da água da chuva para lavagem de carros, pisos, roupas e jardim, e equipamentos que podem reduzir o consumo energético e de água da residência. É de suma importância a conscientização ambiental dos moradores para que possam entender o funcionamento da casa e saber como poupar sem abrir mão do conforto. Segundo levantamentos de custos de todas as tecnologias empregadas, pode-se observar que o gasto ainda é alto para implantar todas as tecnologias já que ainda não se tem muitos investimentos nessa área no país, porém com um pouco a mais, pode-se ter conforto unido com a melhoria do meio ambiente no planeta Terra.
Palavras-chaves: Casa Contêiner, Placa Fotovoltaica, Reaproveitamento da Água,
Ambientalmente Sustentável.
5
ABSTRACT
LACERDA, B. V. Container house project using environmentally sustainable concepts, 2016. 47 f. Course completion work. Bachelor in Environmental
Engineering. Federal Technological University of Paraná. Campo Mourão, 2016
The rampant growth of industrial fields and construction is causing severe environmental impacts, which can be reduced and remediated if carried out to the environmental awareness. Civil construction has a direct impact on natural resources, so it is a point to be studied to improve global well-being. The containers have potential to be used in construction, preventing of used for sea and land transport, are not just discarded. Therefore, this research aimed to propose techniques and technologies for the application of a container house in the city of Campo Mourão - PR, which is environmentally sustainable. For this purpose, it was first conducted a literature review of concepts and technologies that can be inserted into a sustainable home, and from that, there was a budget for several companies to assess the final cost of the project. The installation of a container is performed quickly and practically, having a thermal and acoustic comfort due to the previously made insulation. Linking to other technologies, it is possible to reduce water and energy expenditure, such as the installation of photovoltaic panels for the energy autonomy of the house, together with the study of house positioning for better air circulation and sunlight incidence, the Reuse of rainwater to wash cars, floors, clothes and garden, and equipment that can reduce the energy and water consumption of the residence. It is extremely important the environmental awareness of the residents so they can understand the operation of the house and know how to save without giving up comfort. According to cost surveys of all the technologies employed, it can be observed that the spending is still high to implement all the technologies since there are still not many investments in this area in the country, but with a little more, one can have comfort Together with the improvement of the environment on planet Earth
Key-words: House Container, Photovoltaic Plate, Water Reuse, Environmentally Sustainable.
6
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Localização do terreno para construção da casa contêiner .................. 17 Figura 2 - Exemplo da execução de um radier ................................................... 18 Figura 3 - Recebimento e encaixe de estruturas de contêiner realizado com auxílio de um guindaste .............................................................................................. 19 Figura 4 - Planta baixa do térreo do projeto de casa contêiner realizado neste projeto. ............................................................................................................ 20 Figura 5 - Planta baixa do primeiro andar do projeto de casa contêiner realizado neste projeto. ................................................................................................... 21 Figura 6 - Esquematização do piso inferior do projeto de casa contêiner realizado nesta pesquisa................................................................................................. 22 Figura 7 - Esquematização do piso superior do projeto de casa contêiner realizado nesta pesquisa................................................................................................. 22 Figura 8 - Esquematização da lateral esquerda do fundo do projeto de casa contêiner realizado nesta pesquisa, com visualização da cisterna de água .......... 23 Figura 9 - Esquematização da lateral esquerda frontal do projeto de casa contêiner realizado nesta pesquisa, com visualização da localização das placas fotovoltaicas. ....................................................................................................................... 23 Figura 10 - Esquematização da lateral direita do fundo do projeto de casa contêiner realizado nesta pesquisa. ................................................................................. 24 Figura 11 - Esquematização da lateral direita frontal do projeto de casa contêiner realizado nesta pesquisa, com visualização da posição das placas fotovoltaicas.. 24 Figura 12 - Esquematização da frente do projeto de casa contêiner realizado nesta pesquisa.......................................................................................................... 25 Figura 13 - Esquematização do fundo do projeto de casa contêiner realizado nesta pesquisa.......................................................................................................... 25 Figura 14 - Exemplo de instalação de uma placa fotovoltaica em contêiner ......... 26 Figura 15 - Casa contêiner com sistema de aquecimento solar ........................... 27 Figura 16 - Esquema de funcionamento de um sistema fotovoltaico .................... 28 Figura 17 - Posição do Sol em relação as diferentes estações do ano ................. 29 Figura 18 - Estimativa de produção do sistema .................................................. 30 Figura 19 - Esquema da captação da água da chuva para reaproveitamento ....... 31 Figura 20 - Filtro auto-limpante para água de chuva ........................................... 32 Figura 21 - Tecnologia básica de uma minicisterna ............................................ 33 Figura 22 - Porcentagem de consumo de água de acordo com sua distribição em uma residência tradicional ................................................................................ 35 Figura 23 - Quantidade de água gasto em relação ao funcionamento de uma torneira............................................................................................................ 36 Figura 24 - Exemplo de selo Procel ................................................................... 37 Figura 25 - Exemplificação do modo stand by em um equipamento ..................... 39
7
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Equipamentos necessários para a estrutura fotovoltaica. .................... 29
Tabela 2 - Estimativa de gasto anual do sistema fotovoltaico. ............................. 30
Tabela 3 - Cotação dos equipamentos e acessórios utilizados para construção de uma casa contêiner ambientalmente sustentável em dólar (U$). ......................... 40
8
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 9
2 OBJETIVOS ..................................................................................................11
2.1 OBJETIVO GERAL..................................................................................... 11
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................... 11
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................12
3.1 CONTÊINER .............................................................................................. 12
3.2 RESIDÊNCIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL..................................... 13
3.2.1 Dimensionamento e arranjos espaciais da arquitetura da edificação ........... 13
3.2.2 Equipamentos vinculados à eficiência energética....................................... 14
3.2.3 Telhado verde ......................................................................................... 14
3.2.4 Avaliação do sistema hidráulico ................................................................ 14
3.2.5 Avaliação do sistema elétrico ................................................................... 15
4 MATERIAL E MÉTODOS ...............................................................................16
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................17
5.1 CONTÊINER .............................................................................................. 17
5.2 PLACAS FOTOVOLTAICAS ....................................................................... 26
5.3 ARMAZENAMENTO ÁGUA DA CHUVA ...................................................... 31
5.4 TELHADO VERDE ..................................................................................... 34
5.5 TECNOLOGIAS PARA ECONOMIA DE ÁGUA E LUZ .................................. 34
5.5.1 Redutor de vazão .................................................................................... 35
5.5.2 Caixa sanitária acoplada .......................................................................... 36
5.5.3 Máquina de lavar ..................................................................................... 36
5.5.4 Economia de energia (Consciência ambiental) .......................................... 37
5.5.5 Chuveiro Elétrico ..................................................................................... 38
5.5.5 Geladeira ................................................................................................ 38
5.5.6 Lâmpadas ............................................................................................... 38
5.5.7 Ferro Elétrico........................................................................................... 39
5.5.8 Stand by ................................................................................................. 39
5.6 COTAÇÃO DE VALORES........................................................................... 40
6 CONCLUSÕES..............................................................................................42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................43
9
1 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, diversas pesquisas têm sido realizadas devido ao
futuro duvidoso do planeta Terra, pensando na natureza e na preocupação
ambiental como um importante assunto ao redor do mundo. O desenvolvimento
desenfreado nos campos: industriais, transporte, comunicação, construção
causaram mudanças ambientais radicais e, consequentemente, vem afetando os
componentes atmosféricos e a cobertura vegetal, que podem causar depreciação
de recursos naturais. Devido a isso, a arquitetura na construção civil, vem sendo
avaliada como um dos fatores que influenciam diretamente na crise ambiental visto
a quantidade de resíduos e emissões que produzem (AL-ZUBAIDI, 2007).
A construção sustentável tem sido foco de muitos estudos devido à
preocupação global atual em relação ao meio ambiente, visto o contínuo
crescimento de tecnologias, é de suma importância a tomada de consciência da
escassez dos combustíveis fósseis e o aumento do seu custo, portanto deve-se
atentar a utilização de sistemas alternativos para obtenção de energia, explorando
fontes renováveis disponíveis e técnicas construtivas (PEREIRA, 2009).
O conceito de construção sustentável defende um desenvolvimento
econômico, ambiental e social para o atendimento às necessidades da geração
atual, sem prejudicar as gerações futuras. O objetivo principal é a eficiência para a
construção visando poupar os recursos naturais como água e energia, sendo
utilizada de forma adequada, rentável e de curto prazo (PEREIRA, 2009).
Muitos contêineres são utilizados para outras finalidades que não de
transporte de materiais. Os contêineres oferecem baixo custo, durabilidade,
construção rápida, além disso, são portáteis e podem ser usados para diversas
aplicações, incluindo uma casa pós-desastre, operações militares e uma casa
convencional (GIRIUNAS, SEZEN, DUPAIX, 2012).
O uso de contêineres de carga é uma alternativa atualmente avaliada e
empregada como opção de arquitetura sustentável. São estruturas que apresentam
a possibilidade de serem recicláveis, porém a grande maioria permanece em
depósitos portuários embora já tenha se encerrado o tempo de vida útil, e mesmo
em perfeitas condições, são abandonados, pois o custo para enviá-los de volta ao
local de origem é mais elevado que a compra de um novo. Por serem formados por
10
estruturas metálicas, o que oferece resistência e durabilidade a estes materiais, os
contêineres vêm chamando grande atenção dos arquitetos (LEONE, CASTELNOU,
2014). O presente estudo tem por objetivo propor técnicas e tecnologias para a
aplicação de uma casa contêiner ambientalmente sustentável incentivando a sua
utilização no ramo da construção civil.
11
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo geral é projetar uma casa contêiner com conceitos
ambientalmente sustentáveis, utilizando placas fotovoltaicas, telhado verde, coleta
de água pluvial, projeto paisagístico e sistemas que maximizem a economia de
energia.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Como objetivos específicos esperam-se:
Estudar as melhores condições de instalação da casa contêiner;
Projetar o sistema de captação da água pluvial;
Realizar o levantamento da quantidade e tipo de painéis fotovoltaicos que serão
necessários para a autonomia elétrica da casa;
Estudar as possíveis ideias para a diminuição de gastos de energia e água da
casa;
Realizar um estudo de educação ambiental para a melhoria da eficiência
ambiental da casa;
Fazer um projeto paisagístico;
12
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Devido à escassez dos recursos naturais, e as atitudes pouco racionais dos
seres humanos, o futuro das próximas gerações pode estar ameaçado. Na
atualidade a velocidade de exploração e ao dano dos recursos naturais são
maiores que a capacidade de recomposição natural. Desta forma é preciso tomar
medidas para melhor condicionar a situação atual, como por exemplo, a construção
sustentável (SILVA, SILVA, 2011).
A construção sustentável é um método que promove melhoras ambientais
no entorno, satisfazendo os usos do homem moderno e as necessidades da
edificação, de forma que conserve o meio ambiente e os recursos naturais (IDHEA,
2016). É a construção de obras com o objetivo de aumento da qualidade de vida no
local construído e no ambiente, unindo as características da vida e do clima,
utilizando o menor consumo de energia junto ao conforto ambiental, garantindo
qualidade de vida para as gerações futuras (CORBERLA, YANNAS, 2003).
3.1 CONTÊINER
O transporte de cargas via marítima sempre foram realizados via
contêineres. Esses contêineres são compostos por estrutura de perfis de aço
laminado e portas laterais para fechamento de chapas onduladas soldadas.
Possuem alta resistência a corrosão, mudanças climáticas e uso constante. A
cobertura do contêiner é de chapa de aço estampada, e são forjadas as dobradiças
das portas e fechaduras. (MUSSNICH, 2015)
Padronizados internacionalmente, os contêineres possuem o formato
retangular, geralmente construído em aço, alumínio ou fibra. Apresentam diversas
funções na qual a mais relevante é o transporte, oferecendo segurança a carga,
fácil empilhamento, e baixos custos de armazenamento (LUDOVICO, 2007).
A utilização do contêiner para a moradia sustentável auxilia o meio
ambiental, dando a caixa metálica utilizada em transportes uma nova utilidade,
13
disponibilizando conforto, segurança e funcionalidade para o novo uso
(PRIMAPAGINA, 2012).
3.2 RESIDÊNCIA AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL
A arquitetura sustentável se preocupa tanto com o usuário da edificação,
quanto com os impactos que podem causar no meio ambiente. A casa sustentável
é baseada de forma que o modelo possa propor soluções aos problemas
ambientais atuais, utilizando tecnologias modernas que atendam às necessidades
dos usuários (IDHEA, 2006).
3.2.1 Dimensionamento e arranjos espaciais da arquitetura da edificação
A construção de uma casa ambientalmente sustentável deve ter como base
o aproveitamento dos recursos naturais, como Sol e vento, para a melhoria do
conforto térmico do ambiente. Dessa forma tem-se como princípio a diminuição da
utilização de energia elétrica para tais fins (FOSTER, 2008).
Na construção civil, o uso de água é extremamente necessário para a
confecção de concretos, argamassas, limpeza e cura do concreto. Um estudo
realizado mostra que é utilizado em média 221 litros de água por m3 de concreto
usinado e 201 litros de água por m3 de argamassa usinada (SILVA, 2013).
Para a maximização da utilização do Sol e vento no interior da casa, deve-se
levar em conta o posicionamento da casa em relação ao sol, distribuição dos
espaços internos, o tamanho e geometria do ambiente, entre outros fatores. Assim
é possível uma maior eficiência e desempenho energético do projeto (FOSTER,
2008).
14
3.2.2 Equipamentos vinculados à eficiência energética
A eficiência energética é de suma importância para um projeto
ambientalmente sustentável, a utilização de lâmpadas energeticamente eficientes
consomem apenas 20% a 25% da energia elétrica das lâmpadas convencionais,
além de possuir uma vida útil 10 vezes maior. A utilização de isolamento térmico e
acústico também reduz o consumo de energia em 60% no consumo de energia
para refrigeração (FOSTER, 2008).
3.2.3 Telhado verde
O telhado verde tem a função de melhorar o conforto térmico e acústico dos
ambientes internos do empreendimento. Consiste na instalação em lajes ou
telhados da cobertura vegetal com grama ou plantas (SILVA, 2011).
Segundo Schunk et al. (2003) a aplicação da técnica de telhado verde é
realizada principalmente em telhados planos, porém desde que as medidas
adequadas sejam tomadas, pode-se ser implantada em telhados inclinados
também. A inclinação do telhado e o clima local é o que indicam quais técnicas
serão realizadas, e quais medidas serão tomadas para que haja a total cobertura
do telhado.
3.2.4 Avaliação do sistema hidráulico
A água é essencial para a vida, desenvolvimento econômico e bem-estar do
planeta, com o desenvolvimento econômico e crescimento populacional, está cada
vez mais trabalhoso e custoso de obter água potável e, quando encontradas, estão
em menores quantidades e em elevadas altitudes (SETTI, 2000).
A armazenagem da água da chuva pode ser realizada para os seguintes
fins: lavagem de calçadas, roupas, automóveis, irrigação do jardim e até para
15
descarga do banheiro. Dessa maneira evita-se o desperdício de água tratada, já
que para essas finalidades não há tal necessidade (SENRA, 2006).
3.2.5 Avaliação do sistema elétrico
A energia é indispensável para o desenvolvimento econômico e social do
mundo atualmente, esta move indústrias, fornece conforto às residências e é
utilizada para obtenção de água potável, entre outros. Cerca de aproximadamente
80% da energia consumida é obtida por meio de combustíveis fósseis, que além de
ser uma ameaça para o meio ambiente como causador do efeito estufa, está sendo
conduzido de forma que causará o esgotamento (MONTENEGRO, 2000).
Portanto deve-se procurar outras alternativas de obtenção de energia, que
possam causar menos impacto e ser economicamente viável. A energia solar
fotovoltaica por exemplo, que transforma a energia solar em energia elétrica
através dos painéis fotovoltaicos.
A energia solar fotovoltaica é utilizada principalmente em regiões isoladas, e
tem como principal fundamento o não consumo de energia provinda de
combustíveis fósseis. Consiste na energia obtida através da transformação da luz
solar diretamente em eletricidade (NAGAHARA, 2009).
16
4 MATERIAL E MÉTODOS
Este trabalho de conclusão de curso foi realizado no segundo período de
2016, na cidade de Campo Mourão e conta com os seguintes passos:
1) IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA A SER IMPLANTADO O PROJETO
Foram realizadas visitas ao local (conjunto Isabela, na cidade de Campo
Mourão), onde se pretende instalar a casa para que seja possível entender o
tamanho, as limitações do projeto; e entender qual será o tipo de fundação
necessária para o terreno
2) PESQUISA SOBRE CUSTOS DE AQUISIÇÃO DO CONTÊINER
Esta etapa buscou realizar o levantamento em diversas empresas para que
seja identificado o material do contêiner, como será disponibilizado o contêiner,
transporte, instalação, se o contêiner já vem com a distribuição de cômodos,
recortes de portas e janelas, isolante térmico e acústico, e valores para apontar o
que melhor se enquadra no estudo;
3) LEVANTAMENTO DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS
Foi realizado o levantamento da quantidade, tipo e instalação de painéis
fotovoltaicos; as especificações e os custos envolvidos. Particularidades,
viabilidade e cuidados com o telhado verde, o tipo de vegetação que será
implantado. A implantação do sistema de coleta de água pluvial, as especificações
do projeto e os custos desses equipamentos E os aparelhos que podem ser
implantados para melhor eficiência energética e de água da casa.
4) PROJETO
Foi realizada a planta baixa e o sketch com todas as especificações das
tecnologias empregadas para o conforto ambiental, utilizando o software AutoCad e
também o Google Sketchup.
17
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1 CONTÊINER
A área onde será implantado o projeto da casa contêiner com conceitos
ambientalmente sustentáveis se encontra no município de Campo Mourão,
localizado à uma altitude de 630,0 metros, com Latitude 24º02’38” Sul, e Longitude
52º22’40” W-GR, próximo à Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
– Campus Campo Mourão, na rua Prefeito Doutor Milton Luiz Pereira, número 531
ilustrado na Figura 1 disponibilizada pelo software Google Earth. O terreno é
pertencente ao professor Dr. José Hilton Bernardino de Araújo, no qual
disponibilizou para este trabalho.
Figura 1 - Localização do terreno para construção da casa contêiner Fonte: Google Earth.
A partir de estudos realizados e cotações em várias empresas que prestam
serviço de venda de casa contêiner, foi indicado que a instalação da casa deve ser
realizada com radier (Figura 2), estrutura que consiste em uma fundação rasa de
concreto armado em contato direto com o terreno. O valor de um radier de
dimensões 6,0 x 10.0 x 0,20 m foi cotado com um engenheiro civil, obtendo-se um
valor de material e de instalação de U$ 2672,00 (cotado com valor do dólar em R$
3,38), em um prazo de 30 dias.
18
Figura 2 - Exemplo da execução de um radier Figura 2 - Fonte: MBM Engenharia (2015).
Uma das vantagens da construção de uma casa contêiner é o curto tempo
para construção, sendo em média 60 dias para que a casa seja entregue com os
isolamentos térmico e acústico, divisórias dos cômodos, portas, janelas, partes
hidráulica e elétrica finalizados.
A estrutura da casa contêiner é entregue no terreno de construção com
instalação elétrica, hidráulica, tratamento térmico e pré-acabamento e após ser
inserida na fundação, é finalizado o acabamento e providenciado a ligação de água
e energia da rua até a casa. A realização do encaixe das estruturas de contêiner
para elaboração de um ambiente pode ser visualizado na Figura 3. O isolamento
térmico do contêiner é composto não apenas pelas paredes da estrutura, este
também é acompanhado por paredes de gesso, além de um conjunto de fatores
combinados de janelas, portas e correntes de ar, para a maximização da ventilação
natural.
19
Figura 3 - Recebimento e encaixe de estruturas de contêiner realizado com auxílio de um guindaste Fonte: CG Architectes (2015)
Foi cotado o valor em uma construtora específica de casa contêiner,
chamado Costa Container Arquitetura, e cada casa tem um valor médio de U$
563,00/m2, porém, por ser um projeto personalizado os custos podem variar
bastante. A análise de custo é composta por três partes: (i) projeto; (ii) projetos
complementares e (iii) obra. O projeto arquitetônico é composto pela avaliação
preliminar do terreno, tipo de casa, costumes dos futuros moradores, o anteprojeto
executivo, projeto arquitetônico, perspectivas 3D, memorial descritivo e
orçamentos. Os projetos complementares são compostos pelos projetos elétrico e
hidrossanitário. E, por fim, para a execução da obra é considerado o tratamento
térmico e acabamentos.
O projeto apresentado nesse trabalho foi realizado externamente à
construtora, no software Autocad, pela arquiteta Mariana Gomes com auxílio do
autor deste trabalho, e apresenta uma casa contêiner de 44,62 m2 duplex,
composto de dois contêineres de 2,30 x 6,00 x 2,60 m cada, e conta com a
distribuição de sala e cozinha integradas, área de serviço, dois quartos e um
banheiro. Juntamente com a exemplificação das tecnologias propostas como
placas fotovoltaicas e cisterna de reaproveitamento da água da chuva. Com o valor
20
cotado na empresa, esse projeto apresentaria um valor estimado de U$ 25.080,00
para a implementação da estrutura, isolamento térmico, janelas, portas, instalação
elétrica e hidráulica.
Na Figura 4 esta representada a planta baixa do térreo da casa, no qual
ocupa uma área de 22,31 m2 e contém a sala de estar, sala de jantar, cozinha e
área de serviço e, ainda, representa a localização das cisternas de armazenamento
de água da chuva. Já o primeiro andar apresenta a disposição de dois quartos e
um banheiro, totalizando uma área com espaço bem aproveitado de 22,31 m2
(Figura 5).
Figura 4 - Planta baixa do térreo do projeto de casa contêiner realizado neste projeto.
21
Figura 5 - Planta baixa do primeiro andar do projeto de casa contêiner realizado neste projeto.
Juntamente com a planta baixa, foi realizado o desenvolvimento de imagens
para melhor visualização do projeto da casa após implantação por meio do
software Google SketchUp, como visto nas Figuras 6-13.
22
Figura 6 - Esquematização do piso inferior do projeto de casa contêiner realizado nesta pesquisa.
Figura 7 - Esquematização do piso superior do projeto de casa contêiner realizado nesta pesquisa
23
Figura 8 - Esquematização da lateral esquerda do fundo do projeto de casa contêiner realizado nesta pesquisa, com visualização da cisterna de água
Figura 9 - Esquematização da lateral esquerda frontal do projeto de casa contêiner realizado nesta pesquisa, com visualização da localização das placas fotovoltaicas.
24
Figura 10 - Esquematização da lateral direita do fundo do projeto de casa contêiner realizado nesta pesquisa.
Figura 11 - Esquematização da lateral direita frontal do projeto de casa contêiner realizado nesta pesquisa, com visualização da posição das placas fotovoltaicas.
25
Figura 12 - Esquematização da frente do projeto de casa contêiner realizado nesta pesquisa.
Figura 13 - Esquematização do fundo do projeto de casa contêiner realizado nesta pesquisa.
26
5.2 PLACAS FOTOVOLTAICAS
A instalação de placas fotovoltaicas é de suma importância para a
autonomia energética da casa, visto que a transformação da energia solar em
elétrica é provinda de forma limpa, sem gerar gases efeito estufa que impactam o
meio ambiente. Exemplo da estrutura de instalação de uma placa fotovoltaica
encontra-se na Figura 14.
Figura 14 - Exemplo de instalação de uma placa fotovoltaica em contêiner Fonte: Neosolar Energia (2016).
A energia solar fotovoltaica é composta por finos laminados que convertem a
luz solar em energia elétrica diretamente, sem necessidade de parte móvel ou de
calor, no qual apenas a luz solar é suficiente para deslocar os elétrons de suas
orbitas, produzindo corrente elétrica. A energia é obtida por um dispositivo
chamado de célula fotovoltaica, no qual apresenta um material semicondutor de
suma importância para o processo de conversão de energia através da luz solar. A
principal tecnologia que é utilizada para obtenção dessa energia, representa mais
de 85% do mercado e é dividida em duas cadeias produtivas, sendo elas o silício
monocristalino (m-Si) e o silício policristalino (p-Si). Estas são mais utilizadas pois
são consideradas tecnologias consolidadas e confiáveis, além de possuírem a
melhor eficiência comercialmente disponível (PINO, GALDINO, 2014).
27
Para que seja possível a instalação dos painéis fotovoltaicos na casa, deve-
se ter no mínimo 20 m2 de área no telhado, essa instalação é realizada de forma
simples, o telhado não poderá ser furado, portanto deve ser soldada a armação das
placas no mesmo, não danificando a estrutura do contêiner e nem comprometendo
a armação das placas. No projeto arquitetônico as placas estão distribuídas no
telhado mais alto da casa, que conta com uma área de 22,31 m2, que é suficiente
para implantação desse sistema.
A cidade de Campo Mourão – Paraná apresenta clima subtropical úmido
mesotérmico, com invernos sem geadas frequentes e verões quentes com
tendência de concentração das chuvas, sem estação seca definida. A utilização de
placas fotovoltaicas foi escolhida devido a essas características, tendo em vista
que o município está localizado em uma área onde a velocidade dos ventos não
seria suficiente para gerar uma quantidade satisfatória de energia elétrica.
A cotação de todos os aparelhos foi realizada por pesquisa de mercado e
consulta através da internet. Na Figura 15 pode-se observar uma casa contêiner
com placas fotovoltaicas instaladas.
Figura 15 - Casa contêiner com sistema de aquecimento solar Fonte: Hybrid Architecture (2015).
A placa escolhida para ser implantada foi de tecnologia de silício
policristalino devido a sua produção a partir da fusão de silício puro nos moldes
especiais, solidificando e formando uma estrutura policristalina com superfície de
separação entre os cristais, diferenciando da placa que contém tecnologia de silício
monocristalino, no qual é obtida através de barras cilíndricas de silício
28
monocristalino sendo realizado em fornos especiais. Com relação à eficiência, a
placa com silício policristalino tem eficiência ligeiramente menor, porém apresenta
menor custo, além da facilidade em realizar a reciclagem do material (MONTEIRO,
2008).
A Figura 16 ilustra o funcionamento do sistema de uma placa fotovoltaica,
iniciado a partir da transformação de energia solar em elétrica até o uso final.
Figura 16 - Esquema de funcionamento de um sistema fotovoltaico Fonte: Fotovoltec (2016).
Uma das grandes preocupações em relação a eficiência das placas são os
efeitos de sombreamento, causado por acúmulo de poeira, por exemplo, o que
pode impedir a incidência solar em determinadas células. O acúmulo de poeira
pode praticamente zerar a produção de energia em toda a placa e para que isso
não aconteça, estas são posicionadas em uma inclinação mínima de 15° para que,
além de evitar o acúmulo de poeira, a água da chuva limpe resíduos acumulados
nas placas (SERRÃO, 2010).
O estudo de posicionamento do Sol durante o ano é fundamental para a
eficiência da placa. Como a produção de energia varia durante as épocas do ano
devido às condições meteorológicas e ao movimento da Terra ao redor do Sol, no
hemisfério sul é recomendado ter o posicionamento das placas para o norte visto
que há variações da posição do Sol em relação às estações do ano, como mostra a
Figura 17 (SERRÃO, 2010).
O terreno onde será implantado o projeto é de esquina e possui frente norte
ou leste, facilitando assim o posicionamento da casa e das placas para o melhor
aproveitamento da incidência de luz solar nas placas.
29
Figura 17 - Posição do Sol em relação as diferentes estações do ano Fonte: Serrão (2010).
O dimensionamento da estrutura fotovoltaica foi realizado na base de
consumo médio de uma casa de 3 pessoas, com consumo mensal de em média
240 kWh/mês. Retirando a taxa mínima do sistema bifásico da COPEL, o
dimensionamento foi realizado para 205,53 kWh/mês, sendo composto pelos
equipamentos que seguem na Tabela 1.
Tabela 1 - Equipamentos necessários para a estrutura fotovoltaica.
Quantidade Equipamento
6 Módulos Policristalino Canadian CS6P 265W 1 Inversor B&B Power Grid SF1600TL
1 String Box CC com DPS, Fusíveis e Seccionadora 1 Protection Box AC com DPS e Disjuntor AC 6 Estrutura Metálica em Alumínio e Aço Inox 1 Monitoramento Web
Fonte: Efficienza (2016)
O Módulo Policristalino Canadian CS6P 265W tem potência de 265 Wp, um
peso de 18 kg cada, e dimensões de 1638 x 982 x 40 mm, e inclinação de 22°,
possui 10 anos de garantia contra defeitos de fabricação e 25 anos de garantia
contra perda de 20% da produção de energia. Já o inversor B&B Power Grid
SF1600TL possui potência de 1600 W, um peso de 13,6 Kg e dimensões de 386 x
340 x 159 mm, conta com uma eficiência de 99,7%. A eficiência estimada do
sistema é de 85%, com uma produção média de 205,53 kWh/mês.
30
Segundo estudos realizados pela Efficienza (2016) a estimativa de gasto
anual do sistema está na Tabela 2 e a estimativa de produção do sistema é
mostrada no gráfico da Figura 18.
Tabela 2 - Estimativa de gasto anual do sistema fotovoltaico.
Mês
Radiação Global Solar
Horizontal (kWh/m²)
Radiação
Solar no
PL 22° (N)
(kWh/m²)
Produção Específica
(kWh/kWp) kWh
Produção do
Sistema (kWh)
Consumo
Estimado (kWh)
Consumo Atendido (%)
Janeiro 163,20 149,10 126,74 201,51 276,00 73,01%
Fevereiro 159,90 153,60 130,56 207,59 228,00 91,05%
Março 159,30 164,70 140,00 222,59 256,00 86,95%
Abril 137,40 156,30 132,86 211,24 321,00 65,81%
Maio 120,90 150,90 128,27 203,94 244,00 83,58%
Junho 103,20 133,80 113,73 180,83 193,00 93,69%
Julho 118,20 152,10 129,29 205,56 172,00 119,51%
Agosto 124,20 146,10 124,19 197,45 182,00 108,47%
Setembro 130,80 139,20 118,32 188,13 200,00 94,06%
Outubro 164,10 161,10 136,94 217,73 253,00 86,06%
Novembro 179,10 165,00 140,25 223,00 256,00 87,11%
Dezembro 170,10 153,00 130,05 206,78 310,00 66,70%
TOTAL 1730,40 1824,90 1511,17 2466,35 2891,00 85,31%
MENSAL 144,20 152,08 129,26 205,53 240,92 85,31%
Fonte: INPE e CRESESB (2015)
Figura 18 - Estimativa de produção do sistema Fonte: INPE e CRESESB (2015)
31
5.3 ARMAZENAMENTO ÁGUA DA CHUVA
O armazenamento da água da chuva visa o reaproveitamento da água para
funções que não necessitam o uso de água potável, como por exemplo: lavagem
de carro, limpeza da casa, limpeza das áreas, lavagem de roupas e para regar
jardins e plantações.
A coleta da água da chuva é realizada de forma simples, em um sistema
projetado para demanda da casa, no qual a água escorre pelo telhado, sendo
direcionada as calhas, onde arrasta muita sujeita, como mostra a Figura 19. Devido
a isso, como o primeiro passo é indicado remover as impurezas maiores por um
filtro simples que pode ser de telas de nylon ou de polipropileno. Após a passagem
da água pelo filtro a primeira água deve ser descartada, pois ainda há um grande
volume de sujeira, sendo recomendado descartar 1 mm de chuva para cada 1m2
de telhado.
Figura 19 - Esquema da captação da água da chuva para reaproveitamento Fonte: Elaborado pelo autor
O filtro autolimpante possui um sistema que permite a passagem da água
sem muitos resíduos de folhas e pequenos insetos, fezes de bichos, entre outros. A
montagem é realizada com dois tubos PVC encaixados um dentro do outro com
uma tela de mosquiteiro colocada em um ângulo de aproximadamente 45° e a
abertura lateral para o descarte da sujeira mais grossa como ilustra a Figura 20
(SEMPRE SUSTENTÁVEL, 2014).
32
Figura 20 - Filtro auto-limpante para água de chuva Fonte: Sempre Sustentável (2014).
O descarte pode ser realizado de várias formas, essa técnica consiste na
utilização de apenas um cano onde a água caia diretamente, assim que este
estiver cheio, a água é redirecionada automaticamente para a cisterna. O tamanho
e espessura do cano que servirá como um pequeno reservatório deve ser
dimensionado e deve ser adicionada uma torneira ou qualquer estrutura similar
para que seja possível retirar a água manualmente (SEMPRE SUSTENTÁVEL,
2014).
O dimensionamento da cisterna é realizado de acordo com o tamanho do
telhado e do índice de precipitação do local ou apenas pelo uso da família que
reside no local. Há um redutor de turbulência na chegada da água na cisterna para
que não haja muita turbulência, evitando a mistura dos sólidos depositados no
fundo desta. A cisterna deve permanecer tampada para que não ocorra o depósito
de sujeira e entrada de pequenos animais. A captação dessa água é realizada um
pouco acima do fundo para que não tenha contato com os sólidos decantados na
cisterna. Logo acima deve haver um ladrão para que não transborde quando a
água chegar no limite máximo da cisterna, e então a água já está pronto para o uso
não potável conforme ilustra a Figura 21 (SEMPRE SUSTENTÁVEL, 2014).
33
Figura 21 - Tecnologia básica de uma minicisterna Fonte: Sempre Sustentável (2014).
Visto o funcionamento da cisterna, foram cotados os materiais necessários
para montar uma minicisterna básica composta por filtro de água autolimpante,
separador de água da chuva e reservatório. A montagem é feita de maneira
simples, sem necessidade de ajuda de um especialista e será feita com duas
cisternas de 200 litros cada, para que possa atender melhor a residência, essa
ligação entre as cisterna será realizada no alto, para que caso a primeira alcance o
limite, a água vá para a segunda cisterna.O sistema de ladrão será feito na
segunda cisterna da mesma forma, para caso as duas cheguem no limite, a água
transborde para fora sem comprometer a estrutura das cisterna. Os materiais
podem ser encontrados em qualquer loja de construção, e o esquema de
montagem segue a ilustração da Figura 21.
34
5.4 TELHADO VERDE
De acordo com o contato com as empresas que realização a confecção de
casas contêineres, a implantação de um telhado verde na casa pode comprometer
a estrutura, pois um ponto negativo do contêiner é a oxidação devido a umidade.
Mesmo com a impermeabilização do telhado para a implantação do dessa
tecnologia, ainda podem haver riscos de infiltração de água, e assim comprometer
a estrutura do telhado. Além disso, a implantação das placas fotovoltaicas
demanda uma área mínima de 20 m2 de telhado, onde limita bastante a
implantação de um telhado verde juntamente com as placas. Por esses motivos, o
telhado verde foi desconsiderado no projeto, mesmo o objetivo sendo o aumento
do conforto térmico, o contêiner possui isolamento térmico eficiente (COSTA
CONTAINER ARQUITETURA, 2016).
5.5 TECNOLOGIAS PARA ECONOMIA DE ÁGUA E LUZ
O maior consumo de água doméstico é no banheiro, onde em primeiro lugar
é o vaso sanitário e logo em seguida vem o chuveiro, como mostra a imagem a
seguir (Figura 22). O foco é a diminuição de gastos de água para que assim possa
ser o mais próximo de uma casa ambientalmente sustentável (PACHECO,
OLIVEIRA, BEZERRA, 2011).
35
Figura 22 - Porcentagem de consumo de água de acordo com sua distribição em uma residência tradicional Fonte: Pacheco, Oliveira e Bezerra (2011).
5.5.1 Redutor de vazão
Para o uso do chuveiro, onde há um dos maiores gastos de água, deve-se
instalar um chuveiro com redutor de vazão. O chuveiro elétrico gasta em média 45
litros de água em 15 minutos, isso pode representar em média 28% do consumo
total de água de uma casa. O redutor de vazão é uma peça instalada na entrada de
água do chuveiro que restringe o volume total, acarretando na redução de água
para o chuveiro, porém dando maior pressão no mesmo, o que para quem está no
banho não faça diferença perceptiva da quantidade de água. A peça é de fácil
instalação e pode ajudar a economizar em média de 50% de água por banho. A
mesma tecnologia pode ser instalada em torneiras da casa, assim podendo
aumentar ainda mais a economia de água da residência. O custo desses kits de
redutores é em média U$ 14,80 segundo um levantamento feito em grandes lojas
de matérias de construção (LEITE, 2014).
Como mostra a Figura 23, o cuidado com a torneira é essencial para a boa
economia de água da residência, deve-se estar sempre atento e fechar a torneira
sempre que não estiver sendo utilizada, visto que uma torneira gotejando pode
chegar a gastar em média 40 litros de água por dia, e aberta esse numero chega
em 34 mil litros de água por dia (CAGNO, 2013).
36
Figura 23 - Quantidade de água gasto em relação ao funcionamento de uma torneira Fonte: Cagno, 2013.
5.5.2 Caixa sanitária acoplada
O vaso sanitário convencional pode chegar a gastar cerca de 9 litros por
descarga, porém com novas tecnologias no mercado, é possível reduzir o gasto de
água e ainda melhorar e eficiência da descarga, uma dessas tecnologias é a bacia
sanitária com sistema de descarga dual flush, que consiste em uma descarga onde
há maior pressão na câmara onde a água entra, o sistema dual flush permite dois
tipos de acionamento, o de 3 litros, que equivale a meia descarga e é usado para
eliminação da urina que, o qual não demanda grandes quantidade de água e o de 6
litros, descarga completa, que é utilizado para fezes (GONÇALVES, 2011).
5.5.3 Máquina de lavar
A lavagem de roupas pode chegar a quase 10% do consumo total de água
na casa, portanto saber comprar uma máquina que gaste menos água e energia é
essencial. Segundo um levantamento do Inmetro (2016) que considerou o gasto de
energia e água de cada máquina de lavar, concluiu-se que a máquina Samsung
WD136UVHJWDF, sendo esta que lava e seca roupa, apresenta a melhor
eficiência do mercado. É uma máquina de 13 kg, o qual atende à demanda da
casa, possui abertura frontal e apresenta o consumo de energia de água fria por
37
ciclo de 0,27 kWh e um consumo de água de 7,1 L/kg de roupa. Sendo assim, esta
máquina gasta apenas U$ 0,87 com água e eletricidade enquanto os modelos
ineficientes poderiam chegar a U$ 4,15 mensais. Portanto, um valor um pouco
maior na máquina pode compensar na economia no uso. O preço dessa máquina é
em torno U$ 1095,00.
5.5.4 Economia de energia (Consciência ambiental)
A economia de energia se diz pela consciência de uso dos equipamentos,
aliados a equipamentos eficientes e projetos inteligentes, deve-se usar os
equipamentos elétricos de forma equilibrada, com a finalidade de reduzir o
consumo excessivo de energia. Na hora de comprar os equipamentos, sempre
verificar o selo Procel de economia de energia, ele indica quais são os aparelhos
mais eficientes, sendo em uma escala de “A” a “G”, o “A” mais eficiente, como
mostra a Figura 24.
Figura 24 - Exemplo de selo Procel Figura 24. Fonte: Procel Info (2016).
38
5.5.5 Chuveiro Elétrico
O chuveiro elétrico é o aparelho que mais consome energia elétrica em uma
residência, chegando a ser 33% o valor da conta, portanto saber administrar o uso
do chuveiro é muito importante para a economia de energia (CPFL, 2013).
Banhos demorados ocasionam maiores gastos, portanto deve-se ter
consciência de utilizar apenas o tempo necessário, pois além de gastar muita
energia, também gasta bastante água. Em dias quentes, colocar o chuveiro na
posição Verão pode diminuir o consumo de energia em cerca de 30% (CPFL,
2013).
5.5.5 Geladeira
O consumo energético da geladeira em uma residência é em média de 23%
o valor da conta. Um dos fatores que podem ajudar a reduzir esse consumo é o
local onde ela está instalada, no qual deve ser feita em locar ventilado, longe da
parede, do Sol e de outras fontes de calor como fogão, forno, entre outros. É
necessário estar sempre atento às borrachas de vedação da geladeira, pois elas
garantem que o calor não entre (CPFL, 2013).
5.5.6 Lâmpadas
A iluminação da casa representa em torno de 3% do valor de energia gasta,
as formas que podem melhorar esse consumo são: evitar ascender a lâmpadas
durante o dia, utilizar a iluminação natural, apagar as lâmpadas sempre antes de
sair do cômodo, e utilizar lâmpadas de LED com selo da Procel que possuem uma
eficiência energética muito maior que as comuns, cerca de 95% de economia, e
durabilidade por volta de 15 à 25 anos (CPFL, 2013).
39
5.5.7 Ferro Elétrico
A utilização correta do ferro elétrico de passar roupa é muito importante para
a economia energética da casa, visto que, representa algo próximo de 6% do valor
da conta de luz, portanto deve-se acumular o maior número de peças de roupar e
passá-las de uma vez, para que dessa maneira o ferro seja ligado o menor número
de vezes possível, caso seja preciso interromper o serviço, deve-se desligar o ferro
e ligá-lo quando voltar (CPFL, 2013).
5.5.8 Stand by
O modo stand by (Figura 25) dos equipamentos elétrico ainda gasta energia,
menos do que quando está ligado, porém há gasto e, como há muitos aparelhos
com essas funções, desligá-los da tomada pode fazer uma grande diferença no
gasto de energia da casa. Segundo Oliveira et al. (2015) evitar o uso do stand by
pode economizar até 73,59 kWh por mês de energia. O consumo do equipamento
em stand by representa 12% do consumo em funcionamento total (CEMIG, 2014).
Figura 25 - Exemplificação do modo stand by em um equipamento Fonte: Elaborada pelo autor.
40
5.6 COTAÇÃO DE VALORES
A Tabela 3 mostra os valores cotados para execução do projeto proposto no
trabalho, o tempo máximo de execução de todas as tecnologias será de 195 dias,
sendo que em 105 dias a casa já estará pronta, apenas faltando as tecnologias
ambientalmente sustentáveis. Os valores foram cotados em novembro de 2016
com o dólar no valor de R$ 3,38 nas empresas: Costa Container Arquitetura,
Mariana Gomes Arquitetura, Efficienza, Balaroti Materiais de Construção, Pontofrio
e Telhanorte.
Tabela 3 - Cotação dos equipamentos e acessórios utilizados para construção de uma casa contêiner ambientalmente sustentável em dólar (U$).
Equipamento Quantidade Tempo de Instalação
(Dias)
Valor Unitário
(U$)
Valor Total (U$)
ESTRUTURA
Casa Contêiner 1 60 25.080,00 25.080,00
Frete Contêiner 1 15 591,72 591,72
Radier 1 30 2672,00 2672,00
ELÉTRICA
Módulo Policristalino Canadian CS6P 265 W 6 90
4.244,00 4.244,00
Inversor B&B Power Grid SF1600TL 1 90
String Box CC DPS, Fusíveis, Seccionadora 1 90
Protection Box AC DPS e Disjuntor AC 1 90
Estrutura Metálica em Alumínio e Aço Inox 6 90
Monitoramento Web 1 90
TÉCNOLOGIAS DE REDUÇÃO
Redutor de Vazão 6 1 16,81 100,86
Caixa Sanitária Acoplada Dual Flush 2 2 275,12 275,12
Máquina Lavar Samsung WD136UVHJWDF 1 1 1.050,85 1.050,85
Lâmpada led 8 1 5,66 45,28
MATERIÁIS PARA CISTERNA
Filtro autolimpante 1 2 7,27 7,27
Bombona 200 litros 2 2 59,80 119,60
Adaptador válvula de tanque 1 1/4"x40mm 1 2 0,88 0,88
Adaptador soldável para caixa d'água 25mm 1 2 0,88 0,88
Anel de borracha de 75mm linha esgoto 3 2 0,44 1,32
Cap de 40mm 1 2 0,70 0,70
Cap de 75mm 1 2 1,90 1,90
Joelho 90º soldável rosca 25mm x 3/4" 2 2 0,27 0,54
Joelho de 45º de 75mm 2 2 2,05 4,1
Joelho de 90º de 75 mm 5 2 1,82 9,10
Plug de 50 mm 1 2 0,70 0,70
41
Equipamento Quantidade Tempo de Instalação
(Dias)
Valor Unitário
(U$)
Valor Total (U$)
Tê de 75 mm 3 2 4,45 13,35
Tubo de 25 mm 1 2 2,67 2,67
Tubo de 75 mm x 3 m 2 2 9,54 19,08
Bucha de redução rosqueável de 1.1/4" x 1" 2 2 2,95 5,90
DIVERSOS
Adesivo plástico para PVC 17gr 1 2 1,45 1,45
Base reforçada com +/- 42cm 2 2 7,47 14,94
Durepox Pulvipox 100gr 1 2 1,27 1,27
Fita veda rosca 18mm x 10m 1 2 2,07 2,07
Lixa 60 1 2 0,33 0,33
Lixa 120 1 2 0,20 0,20
Pasta lubrificante para PVC 1 2 6,24 6,24
Tela mosqueteiro com proteção UV. 1 2 1,37 1,37
Torneira para tanque 3/4" 2 2 11,97 23,94
FERRAMENTAS PARA CONSTRUÇÃO DA CISTERNA
Arco ou Mini arco de serra 1 2 7,43 7,43
Brocas de aço rápido: 2,5 mm 1 2 1,68 1,68
Brocas de aço rápido: 4 mm 1 2 0,86 0,86
Brocas de aço rápido: 6 mm 1 2 1,50 1,50
Grosa meia cana 1 2 5,94 5,94
Lima grossa redonda 1 2 4,09 4,09
Lima grossa meia cana 1 2 5,95 5,95
Serra copo de 38 mm 1 2 7,03 7,03
Serra copo de 50 mm 1 2 10,15 10,15
Jogo serra copo 1 2 20,90 20,90
TOTAL 195 34.365,16
42
6 CONCLUSÕES
Por meio do seguinte estudo, foi possível observar que a implementação do
contêiner para a construção civil é realizada de forma simples e rápida, possuindo
o mesmo conforto térmico e acústico que uma casa tradicional, além de apresentar
uma arquitetura arrojada e reduzir os impactos ambientais que a construção civil
demanda.
As placas fotovoltaicas possuem alto custo de implantação pelo fato de
serem importadas da Alemanha, pois ainda há falta de investimento nessa
tecnologia no Brasil.
O sistema de reaproveitamento da água da chuva pode ser feito de forma
simples e barata, além de economizar o custo mensal, ainda protege os
mananciais que estão cada vez mais escassos.
O valor do projeto mostrado é de U$ 33.807,25, aproximadamente R$
116.154,25, apresentando um alto custo quando avaliado apenas o valor de
implementação, porém ao considerar a economia de água e energia em paralelo a
não agressão ao meio ambiente, há um grande retorno sobre o investimento e,
além disso, devido ao apelo ambiental, pode haver incentivo governamental para
realização de projetos como esse, no qual possa diminuir o custo final.
A educação ambiental é de suma importância para a redução de recursos
naturais e, unido com uma casa com conceitos ambientalmente sustentáveis, há
uma redução nos impactos ambientais, pensando em grande escala, esse projeto
pode melhorar bastante o conforto ambiental do planeta. Recomenda-se a
continuidade desse trabalho com a implementação da casa para valores reais do
retorno de investimento.
43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AL-ZUBAIDI, M. S. S. The sustainability potencial of tradicional architecture in the Arab world. 2007. 357 f. Tese (Doutorado em Filosofia) – Escola de Arte,
Design e Arquitetura, Universidade de Huddersfield, Huddersfield, 2007. AUTOCAD UTILITY DESIGN. Server for Windows. Version 14. Autodesk, 2014. CAGNA, T. Redutor de vazão de água para torneiras. 2013. Disponível em:
http://ecohospedagem.com/redutor-de-vazao-para-torneiras/. Acesso em: 21 out. 2016. CEMIG. Guia do melhor consumo: dicas de economia de energia e segurança com a rede elétrica. 2014. Disonível em: https://www.cemig.com.br/pt-
br/A_Cemig_e_o_Futuro/sustentabilidade/nossos_programas/Eficiencia_Energetica/Documents/GUIA%20MELHOR%20CONSUMO_CARTILHA.pdf. Acesso em: 20 out. 2016. CG Architect. Shipping container concept. 2015. Disponível em:
http://www.cgarchitect.com/gallery. Acesso em: 09 out. 16. CPFL. Cartilha de utilização consciente da energia elétrica. 2013. Disponível
em: http://www.cpfl.com.br/energias-sustentaveis/eficiencia-energetica/uso-consciente/calculo-de-consumo/Documents/cartilha-da-utilizacao-consciente-de-energia-eletrica.pdf. Acesso em: 20 out. 2016. CORBELLA, O., YANNAS, S. Em busca de uma arquitetura sustentável para os trópicos: conforto ambiental. Rio de Janeiro: Revan, 2003.
COSTA CONTAINER ARQUITETURA. 2016. Disponível em: http://www.costacontainer.com.br/. Acesso em: 09 out. 2016. EFFICIENZA. 2016. Disponível em: http://efficienza.eng.br/. Acesso em: 10 out. 2016. FOSTER, N. Foster + Partners: catalogue. 1a Edição. Londres: Publisher Prestel,
2008.
44
FOTOVOLTEC. Energia fotovoltaica. 2016. Disponível em:
ttp://www.fotovoltec.com.br/front/tecnologia. Acesso em: 10 out. 2016. GIRIUNAS, K., SEZEN, H., DUPAIX, R. B. Evaluation, modeling and analysis of shipping container building structures. Engineering Structures, v. 43, p. 48-57,
2012. GOLÇALVES, O M. Manual de conservação de água: programa de conservação de águas. São Paulo: Gênesis, 2011.
GOOGLE EARTH – Maps. 2016. Disponível em: https://www.google.com.br/maps. Acesso em 02 out. 2016. GOOGLE SKETCHUP PRO 2014. Server for Windows. Version 14.1.1282. Google Corporation, 2014. HYBRID ARCHITECTURE. 2015. Disponível em: http://www.hybridarc.com/projects/. Acesso em 11 out. 2016. IDHEA - Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica. A moderna construção sustentável, 2016. Disponível em:
http://www.idhea.com.br/artigos1.asp. Acesso em: 20 abr. 2016. IDHEA – Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica. Nove passos para a obra sustentável. São Paulo, 2006. Apostila do curso Materiais Ecológicos
e Tecnologias Sustentáveis. São Paulo, 2006. INMETRO. Etiqueta nacional de conservação de energia: máquinas de lavar roupa automáticas - lava e seca. 2016. Disponível em:
http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/lavaseca.pdf. Acesso em 22 out. 2016. LEONE, J. T., CASTELNOU, A. M. N. Diretrizes de projeto para arquitetura em containers. Relatório final apresentado ao Grupo de Pesquisa em Teoria e História
do Ambiente Construído – THAC, Universidade Federal do Paraná, 2014. LEITE, I. Como economizar água instalando redutor de vazão no chuveiro.
Globo G1, São Paulo, 04 ago. 2014. Disponível em: http://g1.globo.com/sao-paulo/blog/como-economizar-agua/. Acesso em: 19 out. 2016.
45
LUDOVICO, N. Logística internacional: um enfoque em comércio exterior. São
Paulo: Saraiva, 2007. MBM Engenharia. Execução de fundação radier: passo-a-passo. 2015.
Disponível em: http://www.ideiasdeprojetos.com/single-post/2015/08/06/. Acesso em: 08 out. 2016. MONTEIRO, A. S. Energia solar fotovoltaica: guia prático. São Paulo: Solarterra – Soluções em Energia Alternativa, 2008. MONTENEGRO, A., REGUSE, W. Panorama atual de utilização da energia eólica: fontes não-convencionais de energia. Florianópolis: Labsolar, 2000.
MUSSNICH, L. B. Retrofit em containers marítimos para reuso na arquitetura e sua viabilidade. Revista Especialize, v. 1, n. 10, p. 1-22, 2015.
NAGAHARA, F. T. Aplicação da energia solar em domicílios distantes da rede elétrica. 2009. 37 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia
Elétrica) – Departamento de Engenharia Elétrica, Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2009. NEOSOLAR ENERGIA. Painel solar fotovoltaico. 2016. Disponível em:
http://www.neosolar.com.br/. Acesso em: 11 out. 2016. PACHECO, R. A., OLIVEIRA, A. J., BEZERRA, M. M. Água: consumo sustentável em edificações multifamiliares no Rio de Janeiro. In: XIX SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA PUC-RIO, 2011. Rio de Janeiro, RJ Anais eletrônicos. Disponível em: http://www.puc-
rio.br/pibic/relatorio_resumo2011/Relatorios/ CTCH/DAD/DAD-Roberta%20Pacheco.pdf. Acesso em: 17 out. 2016. PEREIRA, P. I. Construção sustentável: o desafio. 2009. 106 f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil) – Departamento de Engenharia Civil, Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2009. PINO, J. T., GALDINO, M. A. Manual de engenharia para sistemas fotovoltaicos. Rio de Janeiro: CEPEL - CRESESB, 2014
PRIMAPAGINA. Retrofit resgata estruturas deterioradas e valoriza imóveis –
Terra. Disponível em: http://vidaeestilo.terra.com.br/casa-e-decoracao/retrofit-
46
resgata-estruturasdeterioradas-e-valoriza-imoveis,92d3b1187c397310Vgn VCM20000099cceb0aRCRD.html. Acesso em: 02 mai. 2016. PROCEL. 2016. Disponível em: http://www.procelinfo.com.br/main.asp. Acesso em: 22 out. 2016. OLIVEIRA, M. L. F., COMMANDEUR, C. D., MAI, L. S., CAMPOS, M.. Análise do desperdício de energia elétrica residencial sob a ótica de equipamentos em modo standby. In: XXIII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 2015. Ijuí, RS. Anais eletrônicos. Disponível em: https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/ salaoconhecimento/article/viewFile/4961/4147. Acesso em: 22 out. 2016. SCHUNCK, E., OSTER, H. J., BARTHEL, R., KIESSL, K. Roof construction manual. 1a Edição. Basel: Birkhäuser Edition Detail, 2003.
SEMPRE SUSTENTÁVEL. Projeto experimental do filtro de água de chuva de baixo custo modelo auto-limpante. 2014. Disponível em: http://www.sempre
sustentavel.com.br/hidrica/minicisterna/filtro-de-agua-de-chuva.htm. Acesso em: 14 out. 2016. SENRA, J. B. Cuidando das águas por um Brasil melhor. Conselho Nacional de
Recursos Hídricos. 2006. Disponível em: http://webcache.googleusercontent.com/search? q=cache:QksxIIQUhVEJ:www.cnrh.gov.br/index.php%3Foption%3Dcom_docman%26task%3Ddoc_download%26gid%3D700%26Itemid%3D+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk& gl=br . Acesso em: 20 abr. 2016. SERRÃO, M. A. S. Dimensionamento de um sistema fotovoltaico para uma casa de varaneio em pouso da Cajaíba, Paraty. 2010. 89 f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Elétrica). Departamento de Engenharia Elétrica, Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010. SETTI, A. A. Gestão de recursos hídricos; aspectos legais, econômicos e sociais. In: Gestão de Recursos Hídricos. SILVA, D. D., PRUSKI, F. F. (Ed.). Brasília, DF:
Editora: UFV, 2000. SILVA, C. E. M., SILVA, D. F. T. Casas ecológicas. 2011. 64 f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil) – Departamento de Engenharia Civil, Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, 2011.
47
SILVA, N. C. Telhado verde: sistema construtivo de maior eficiência e menor impacto ambiental. 2011. 60 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de
Especialização em Construção Civil) – Departamento de Engenharia de Materiais de Construção, Escola de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais, 2011. SILVA, R R., VIOLIN, R. Y. T. Gestão da água em canteiros de obras de construção civil. In: VIII EPCC- ENCONTRO INTERNACIONAL DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA, 2013. Maringá, PR. Anais eletrônicos. Disponível em:
http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/epcc2013/oit_mostra/Robson_Rodrigo_da_Silva2.pdf. Acesso em: 23 out. 2016.
Top Related