Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Projeto: Monitoramento das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos (ELP)
Responsável: Prof. Dr. Luiz Felipe Cestari Dumont
Universidade Federal do Rio Grande - FURG
Instituto de Oceanografia - IO
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Contrato de Prestação de Serviço n°691/2014 – SUPRG/FURG
INTRODUÇÃO
O estabelecimento de espécies vindas de outros ecossistemas sejam eles
preservados ou antropizados, e seu posterior alastramento, alterando padrões de
diversidade biológica, é denominado invasão biológica (NISC, 2001). Atualmente, esta é
considerada a segunda maior causa de perda de diversidade biológica, podendo originar
mudanças na estrutura e na função dos ecossistemas, aumentando a homogeneização da
biota (USC 2001, Loweet al. 2004, Coradin& Tortato 2006). Segundo Souza et al.
(2008), a história das invasões biológicas tem relação direta com os avanços
tecnológicos. Em ambientes costeiros, sedimentos de lastro, água de porão e incrustações
no casco são os principais vetores para introdução de espécies exóticas invasoras
(Ferreira et al. 200; GISP, 2005). Adicionalmente, a navegação de recreio, as estruturas
flutuantes de plataformas, as boias de navegação, a aquicultura e a aquariofilia também
podem ser relacionadas às invasões biológicas (Ferreira et al. 2004, Neves 2006, Souza et
al. 2008).
Em um trabalho recente (Silva & Barros, 2011), foi verificado que em praticamente
todos os estados brasileiros há registros de invasões biológicas. Estes locais têm comum
as áreas portuárias que recebem diariamente um grande número de embarcações vindas
de todo o mundo (ANTAQ, 2007). A questão da água de lastro dos navios é uma grande
preocupação global, em virtude de ser o lastro transportador de espécies biologicamente
exóticas e outros contaminantes. Essas espécies exóticas podem ser infectantes, como o
vibrião do cólerae algas venenosas, ou invasoras, predadoras da fauna e flora aquática
(bentos, planctôn, nécton e vegetação de terras úmidas), em outras áreas portuárias em
que o navio descarregará o lastro, reduzindo a biodiversidade (Alfredine, 2014).
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Uma das mais expressivas ocorrências de bioinvasão no Brasil está relacionada ao
mexilhão dourado (Limnoperma fortunei), que suscitou discussões entre autoridades
governamentais e comunidade científica em relação aos problemas associados à água de
lastro (Collyer, 2007). Adicionalmente, o caranguejo invasor Rhithropanopeus harrisii
vem sendo apontado como bastante abundante no estuário da Lagoa dos Patos (ELP).
O caranguejo Rhithropanopeus harrisii (Gould, 1841), que se distribui do Noroeste
do oceano Atlântico, do Golfo de St. Lawrence (Canadá) a Veracruz (México) chegou à
Lagoa dos Patos na segunda metade do século XX e, apesar de ter um tamanho reduzido
em relação a espécimes em seu local de origem, hoje está bem estabelecido na região
(D’Incao & Martins, 1998; Tavares & Mendonça, 2004). A espécie é um caranguejo
pequeno e eurialino e está tipicamente associado com hábitats estuarinos abrigados
(Petersen, 2006). Não existem estudos quantificando o impacto de R. harrisii nas
comunidades onde foi introduzido, porém há evidências de que esta espécie pode alterar
as interações entre as espécies nativas e causar danos econômicos (Roche & Torchin,
2007). Na Europa e nos EUA, a espécie compete com caranguejos nativos (Jazdzewski &
Konopacka 1993; Cohen & Carlton, 1995) bem como com peixes bentófagos (Zaitsev &
Oztiirk 2001). Além disso, no Mar Cáspio, onde a densidade é bem elevada, este
caranguejo é responsável pelo incrustamento de tubulações e causa perdas econômicas
para pescadores, danificando os peixes nas redes de emalhe (Zaitsev & Oztiirk, 2001). No
Texas (EUA), R. harrisii também tem causado problemas de incrustação em tubulações,
afetando espécies nativas da região (Keith, 2007). Por fim, esta espécie pode ser
hospedeira do baculovírus da Mancha Branca, tornando-se um vetor potencial de doenças
em crustáceos (Shields & Behinger, 2004). Assim, a presença deste caranguejo pode
afetar negativamente as espécies nativas (Zaitsev & Oztiirk, 2001), por isso a importância
de uma análise biológica desta espécie em novos lugares.
Depois de introduzidas, apenas um pequeno número de espécies exóticas irá
sobreviver e se estabelecer no local, entretanto, a erradicação de espécies já estabelecidas
é muito difícil ou mesmo impossível (Bax et al. 2001; Dajoz, 2005, Towsend et al. 2006).
Nesse sentido, o monitoramento ambiental é uma importante ferramenta para avaliação
do impacto humano em ambientes naturais. É um processo de coleta de dados, estudo e
acompanhamento contínuo e sistemático das variáveis ambientais, que tem como objetivo
identificar e avaliar (qualitativa e quantitativamente) as condições dos recursos naturais
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
em um determinado momento, assim como as tendências ao longo do tempo. A finalidade
do monitoramento é verificar se determinados impactos ambientais estão ocorrendo,
podendo ser dimensionada sua magnitude e avaliada a eficiência de eventuais medidas
preventivas adotadas (Bitar & Ortega, 1998).
A principal função do monitoramento é controlar o desempenho ambiental de um
empreendimento, e para isso deve suscitar ações de controle. Caso o monitoramento
detecte algum problema, o empreendedor deverá ser capaz de adotar medidas corretivas
dentro de prazos razoáveis. Dentro do processo licenciatório do Porto Organizado do Rio
Grande, o monitoramento ambiental vem como uma exigência legal no cumprimento de
uma condicionante específica para a renovação da licença de operação.
Objetivo geral
Monitorar a ocorrência de espécies invasoras no ELP através de coletas de
zôoplâncton e monitorar a abundância do caranguejo invasor Rhithropanopeus harrisii
através de coletores fixos.
MATERIAIS E MÉTODOS
A variação diária da salinidade foi monitorada em cinco pontos dentro do estuário
através de coletas manuais e foi utilizada para comparações com cenários atuais e futuros
(Figura 1). Os demais dados ambientais, oriundos das estações meteorológicas possuem
um tempo de carência para ser liberados e, portanto, não foram incluídos no relatório.
Entretanto, uma análise prévia, indicou que a salinidade é o principal fator que explica a
abundância das espécies encontradas, especialmente a do caranguejo invasor R. harrisi.
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Figura 1 – Área de estudo, evidenciando os pontos de coleta diários de salinidade.
Amostragem com coletores fixos
As amostras objetivando os adultos e juvenis de Rhithropanopeus harrisii foram
obtidas mensalmente durante doze meses, entre dezembro de 2014 e dezembro de 2015,
distribuídos em três pontos dentro do Estuário da Lagoa dos Patos. Tais pontos foram
definidos como: Barra, Museu e Ilha (Bandeirinhas) (Figura 2).
Figura 2 – Área de estudo, evidenciando os pontos em que foram colocados os coletores de
Rhithropanopeus harrisii.
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Foram utilizados em cada ponto três coletores confeccionados para a captura da
espécie (Figura 3), os quais foram preenchidos com conchas, que servem de abrigo e
atraem os indivíduos. Os coletores ficaram submersos durante 15 dias e ao final do
período os caranguejos eram coletados e levados para laboratório onde foi realizada a
biometria dos mesmos.
Figura 3 – Coletores fixos utilizados para a captura do caranguejo R. harrisii no estuário da Lagoa
dos Patos.
Os indivíduos coletados foram conservados em álcool 70%. Durante a biometria
foi obtido o comprimento e largura da carapaça (mm), altura e comprimento das quelas
para machos (mm), largura do abdômen para fêmeas (mm) e peso total (g) (Figura 4). Os
indivíduos foram classificados em juvenis, adultos e fêmeas ovígeras.
Figura 4 – Indivíduos de R. harrisii, e equipamentos utilizados para sua biometria.
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Coletas com a LOc.Larus
Um total de 12 saídas de campo a bordo da LOc.Larus foram realizadas,
totalizando 60 estações de coleta, sendo duas na região marinha adjacente ao estuário da
Lagoa dos Patos, e três ao longo do canal de acesso ao Porto de Rio Grande (Figura 5).
Durante essas coletas foram obtidas amostras de zooplâncton utilizando uma rede
cilindro-cônica. Adicionalmente, foram realizados arrastos de fundo com portas para a
captura da fauna bentônica e demersal (Figura 6).
Figura 5 – Em amarelo as estações amostrais realizadas durante os embarques com a LOc. Larus.
Segundo a Autorização de Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico
(ACCTMB n°497/2014), para as coletas de plâncton com foco nas espécies exóticas
deveria ser utilizado arrastos oblíquos, com rede planctôn de malha de 200 μm e arrastos
de 5 minutos. Entretanto, para monitoramento futuro, sugere-se o uso de malha 300 μm,
uma vez que a malha adotada de 200 μm resulta em um excessivo acúmulo de material
em suspensão que muitas vezes inviabiliza ou prejudica o processamento da amostra.
Foram realizados arrastos com a rede de 300 μm sem que a composição das espécies
capturadas tenha sido alterada.
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Figura 6- LOc.Larus, e coletas de zooplâncton e fauna demersal e bentônica.
Dados Porto Sem Papel (PSP)
Devido a problemas para autorização no acesso ao concentrador de dados
portuários do programa “Porto Sem Papel” da Secretaria Especial de Portos (SEP/PR), o
início da coleta de dados teve início em Junho de 2015. As embarcações selecionadas
foram feitas de forma aleatória.Através do concentrador de dados portuários do programa
Porto Sem Papel da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República (SEP/PR)
foram selecionadas 65 embarcações (Tabela I) para análise. Destas embarcações apenas
cinco sinalizavam a realização de troca de água com descarga em no Porto de Rio
Grande. As embarcações foram a United Splendor, C. Iris, Flag Alexandros, Kind Seas
e United Liberty, seus portos de origem da água de lastro foram Porto de Mejillones
(Chile), Visakhapatnam (Índia), Santos (Brasil), Krishnapatnam (Índia) e Rizhao (China)
respectivamente.
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
RESULTADOS
Monitoramento da salinidade
Os dados do monitoramento diário da salinidade, indicam que o estuário apresentou
médias de salinidades inferiores nos últimos 5 anos, quando comparada com o início do
período, no ano de 2005. Com exceção do ano de 2012, a salinidade média anual esteve
sempre abaixo da média histórica para o período (Salinidade média 2005-2015=10,89)
(Figura 7). Sazonalmente, existe um padrão de maiores salinidades no verão, com uma
queda em direção à primavera e uma nova recuperação em dezembro. Entretanto, nota-se
uma importante modificação nos valores de salinidade do verão na segunda metade da
série temporal. Enquanto na primeira metade do período existe uma dominância de
anomalias positivas de salinidade (acima de 12 de salinidade - cor laranja), na segunda
metade pode-se verificar uma maior frequência de períodos neutros (entre 10 e 12 de
salinidade - cor branca), e anomalias negativas de salinidade (menos de 10 de salinidade -
cor azul) (Tabela I, Figura 7).
Figura 7 –Valores médio da salinidade por ano entre 2005 e 2015.
Tabela I - Valores de salinidade por mês, em que cor a laranja representa anomalias positivas de salinidade
(> 12), a cor branca representa os períodos neutros (entre 10 e 12) e a cor azul representa as anomalias
negativas (< 10).
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
A precipitação média mensal acumulada média para a série histórica foi de 95
mm3. A salinidade no ELP se relacionou pobremente com a pluviosidade anotada para o
período. Apesar de existir uma correlação negativa entre o volume de chuvas obtido a
partir da estação meteorológica da FURG (Rio Grande) e a salinidade da Lagoa dos
Patos, a chuva explicou menos de 40% da variância na salinidade (Figura 8).
Provavelmente em função disso, a pluviosidade não ajudou a explicar a frequeência e
abundância do caranguejo invasor R. harrisi.
Figura 8. Regressão linear obtida a partir dos valores de pluviosidade acumulada
(mm3) e salinidade.
Abaixo tabela com os valores de pluviosidade obtidos a partir da Estação
Meteorológica da FURG.
Tabela II. Valores de precipatação acumulada por mês, em que cor a laranja representa
anomalias positivas de chuva (> 95 mm3) e a cor azul representa as anomalias negativas (< 95 mm
3)
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Coletas LOc. Larus
Foram realizadas saídas mensais, no Estuário da Lagoa dos Patos e região
adjacente, para coleta da material biológico e parâmetros ambientais. Uma vez que os
dados ambientais refletem uma condição pontual, que na maioria das vezes, não explica a
presença/abundância dos organismos em um dado instante, os dados utilizados para
interpretaçãoo dos resultados biológicos foram aqueles coletados de maneira contínua.
Um resumo com os dados obtidos pontualmente a bordo da LOc. Larus pode ser
encontrado na Tabela III.
Tabela III. Resumo dos dados abióticos obtidos pontualmente para cada coleta
utilizando a LOc. Larus. Algumas estações não foram realizadas em função do mau
tempo (_).
mês estação temp sup temp fun sal sup sal fundo
jan/15
#1 _ _ _ _
#2 _ _ _ _
#3 _ _ _ _
#4 _ _ _ _
#5 _ _ _ _
fev/15
#1 24,34 21,34 17,98 35,1
#2 21,49 20,63 31,73 35,2
#3 24,57 21,03 2,81 34,48
#4 24,41 21,31 2,27 29
#5 25,71 22,81 0,19 14,47
mar/15
#1 20,46 20,69 31,15 34,8
#2 _ _ _ _
#3 20,58 20,37 28,4 32,63
#4 21,15 20,76 12,92 28,9
#5 20,3 20,39 10,24 32,13
abr/15
#1 17,09 17,29 35,22 34,51
#2 17,03 17,04 34,62 34,63
#3 17,09 17,03 34,62 34,63
#4 16,56 17,25 34,91 34,36
#5 17,06 17,22 32,96 33,76
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
mai/15
#1 16,9 17,57 35,4 35,19
#2 18,3 17,6 34,6 35,29
#3 17,41 17,5 35,3 35,2
#4 17,27 17,54 35,44 35,33
#5 17,27 17,5 35,31 35,3
jun/15
#1 _ _ _ _
#2 12,5 12,5 24 31
#3 13 12,2 3,2 3,3
#4 12,3 12,3 3,41 3,52
#5 12,9 12,7 3,4 3,5
jul/15
#1 _ _ _ _
#2 _ _ _ _
#3 11,9 11,81 0,8 0,84
#4 13 12,34 0,91 1
#5 14,8 12,2 0,51 0,58
ago/15
#1 _ _ _ _
#2 _ _ _ _
#3 16,34 14,59 3,46 26,5
#4 15,5 14,8 3,83 25,89
#5 16,3 16 0,051 0,72
set/15
#1 16,5 13,4 12,76 29
#2 15,3 13,9 18,6 29,2
#3 15,63 16,2 0,1 0,09
#4 15,89 15,8 0,11 0,11
#5 17,03 15,95 0,06 0,07
out/15
#1 16,13 14,63 11,7 28,8
#2 16,37 15,62 14,7 23,5
#3 16,43 16,43 0,05 0,04
#4 15,9 15,65 0,06 0,06
#5 16,92 17,5 0,04 0,04
nov/15
#1 _ _ _ _
#2 _ _ _ _
#3 18,98 18,97 0,84 0,8
#4 19,16 18,97 0,07 0,13
#5 19,84 19,84 0,04 0,04
dez/15
#1 _ _ _ _
#2 21,1 19,2 26,6 29,49
#3 21,79 21,13 0,16 0,25
#4 21,48 21,3 0,06 0,6
#5 22,84 21,52 0,05 0,05
Um total de 23 espécies/gêneros foi coletado durante os arrastos de plâncton.
Ainda é necessária uma melhor revisão e identificação de algumas amostras com maior
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
dificuldade de resolução taxonômica, embora grande maioria tenha sido identificada ao
nível de espécie. Contudo, as larvas do caranguejo R. harrisi foram encontradas com
frequência no plâncton. Excluindo as larvas, foi coletado um total de 2.409 indivíduos de
R. harrisi, entre dezembro de 2014 e dezembro de 2015, dos quais 174 juvenis e 292
fêmeas ovígeras. Dois picos de fêmeas ovígeras foram observados, o primeiro em janeiro
e o segundo em abril (Figura 8).
O pico reprodutivo de janeiro resulta em um grande pico na abundância de larvas
no plâncton no mesmo mês. No mês seguinte (fevereiro), pode-se notar um aumento na
abundância de juvenis, afetando positivamente o tamanho da população. Os indivíduos da
população crescem durante os meses seguintes mantendo a população em níveis altos de
abundância. Um segundo pico de fêmeas ovígeras pode ser verificado em abril.
Entretanto, este segundo período reprodutivo não se reflete em um recrutamento tão
importante quanto o primeiro, uma vez que o número de larvas e de juvenis que seguem
esse período são claramente menores que os observados no primeiro período. Essa
diferença na intensidade do recrutamento está provavelmente associada com a diminuição
da temperatura que acontece nos meses seguintes. Embora o número total de caranguejos
capturados se mantenha relativamente estável entre agosto e outubro, percebe-se a
ausência de fêmeas ovígeras durante esse período. Com a chegada da primavera e o
aumento da temperatura, percebe-se novamente o aparecimento de fêmeas em estado
reprodutivo durante os meses entre outubro e dezembro. Chama à atenção a ausência de
larvas no plâncton entre outubro e dezembro, o que provavelmente é consequência da
elevada vazão da Lagoa dos Patos, que poderia estar transportando as larvas para a região
costeira, onde as condições ambientais não permitem a sobrevivência da espécie. De
qualquer modo, a espécie manteve níveis de abundância relativamente altos e estáveis ao
longo de todo o período (Figura 9).
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Figura 9- Abundância mensal de R. harrisii .
Dados Porto sem Papel
Através do concentrador de dados portuários do programa Porto Sem
Papel da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República (SEP/PR) foram
selecionadas 65 embarcações (Tabela IV) para análise. Destas 35 indicaram que foi
realizada a troca de água de lastro, mas apenas 14 apresentaram o histórico completo.
Destas embarcações apenas cinco sinalizavam a realização de troca de água com descarga
em no Porto de Rio Grande. As embarcações foram a United Splendor, C. Iris, Flag
Alexandros, Kind Seas e United Liberty, seus portos de origem da água de lastro foram
Porto de Mejillones (Chile), Visakhapatnam (Índia), Santos (Brasil), Krishnapatnam
(Índia) e Rizhao (China) respectivamente.
Tabela IV – Dados portuários do programa Porto Sem Papel da Secretaria Especial de Portos
(PSP)
Tabela III – Dados portuários do programa Porto Sem Papel da Secretaria Especial de Portos (PSP).
Embarcação Data atracação Troca de água de lastro Origem da água de lastro Descarga da água de lastro
GREAT AMITY 28/06/2015 Sim, sem histórico.
MAERSKI LAMANAI 02/07/2015 Não
SHAMROCK JUPITER 05/07/2015 Não
UNITED SPLENDOR 24/07/2015 Sim, com histórico. Chile; Porto de Mejillones Porto do Rio Grande
CAP SAN ANTONIO 26/07/2015 Sim, sem histórico.
SAPPHIRE 28/07/2015 Sim, com histórico. França; Porto FOS (Fos-sur-Mer) Porto de Ponta Madeira
MSC BARBARA 29/07/2015 Não
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
MAERSKI LINS 30/07/2015 Sim, sem histórico.
TIM-S 31/07/2015 Não
FREDERICO MADORIN 01/08/2015 Não
PETREL ARROW 05/08/2015 Não
C.IRIS 14/08/2015 Sim, com histórico. Índia; VISAKHAPATNAM Porto do Rio Grande
RAVEN ARROW 19/08/2015 Não
TERESA SHANDONG 22/08/2015 Sim, sem histórico.
FERNÃO MAGALHÃES 24/08/2015 Sim, sem histórico.
DENSA FALCON 25/08/2015 Não
SHAMROCK MERCURY 25/08/2015 Não
NORD BUTTERFLY 26/08/2015 Não
DE ZHOU 27/08/2015 Não
SITC HUANGSHAN 28/08/2015 Sim, com histórico. China; NANCHANG
MEDEA 29/08/2015 Não
FLAG ALEXANDROS 01/09/2015 Sim, com histórico. Santos Porto do Rio Grande
TABAGO BAY 02/09/2015 Não
VEJA BETA 02/09/2015 Sim, sem histórico.
CAP. SAN JUAN 03/09/2015 Sim, sem histórico.
DIAMOND SKY 03/09/2015 Não
NORD TOKYO 04/09/2015 Sim, sem histórico.
POLA ATLANTIC 08/09/2015 Não
CRYSTAL BAY 08/09/2015 Sim, sem histórico.
EAGLE ARROW 09/09/2015 Sim, sem histórico.
GAURAV PREM 15/09/2015 Sim, com histórico. Índia; PARADIP GARH Porto de Santos
FRISIA KIEL 01/10/2015 Não
NORASIA ALYA 02/10/2015 Sim, sem histórico.
TE HO 04/10/2015 Sim, com histórico. Bahrein, Ilhas Porto de São Francisco
STAR ISFJORD 04/10/2015 Não
TABEA 06/10/2015 Não
CAROLINA STAR 09/10/2015 Não
KIND SEAS 21/10/2015 Sim, com histórico. India; KRISHNAPATNAM Porto do Rio Grande
STOL OCELOT 22/10/2015 Sim, sem histórico.
SPRUCE ARROW 23/10/2015 Não
NANDU ARROW 23/10/2015 Não, com histórico. Argentina; Puerto Madryn Barra do Riacho - PORTOCEL
SWIFT ARROW 24/10/2015 Sim, com histórico. Confuso
CONDOR ARROW 25/10/2015 Sim, com histórico. Bélgica; ANTUERPIA Uruguai - Punta Pereira
UNITED LIBERTY 25/10/2015 Sim, com histórico. China, Rizhao Porto do Rio Grande
GRIKOS 02/11/2015 Não
MUSKY 05/11/2015 Sim, sem histórico.
FRISIA WISMAR 05/11/2015 Sim, sem histórico.
STAR HERDLA 06/11/2015 Sim, com histórico. Barra do Riacho - PORTOCEL Porto de Itaqui
OSPREY ARROW 08/11/2015 Sim, sem histórico.
OCEAN RIDER 09/11/2015 Sim, sem histórico.
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
NORDIC VISBY 10/11/2015 Não
FINCH ARROW 11/11/2015 Sim, sem histórico.
SOCRATIS 12/11/2015 Não
NJORD ERIC 15/11/2015 Não
BABITONGA BAY 16/11/2015 Sim, sem histórico.
ZEUGMAN 16/11/2015 Sim, sem histórico.
LACONIC 19/11/2015 Não
FU KANG 20/11/2015 Não
AMERICO VESPUCIO 23/11/2015 Não
TS DESEJADO 24/11/2015 Sim, sem histórico.
ST JOHANNIS 30/11/2015 Não
AMETHYST 01/12/2015 Sim, com histórico. Costa do Marfim Sem descarga
MONTE ACONCAGUA 01/12/2015 Sim, sem histórico.
CAROLINA STAR 03/12/2015 Sim, sem histórico.
BASIC RAINBOW 08/12/2015 Sim, sem histórico.
Características ambientais dos portos de origem da água de lastro:
O porto de Visakhapatnam está localizado na costa leste da Índia. Este porto é composto por
dois portos, o porto interior e exterior. A principal característica é o canal longo e estreito que liga
o porto interno com o porto exterior. As marés são semi-diurnas com amplitude de 1,2 m.
Consideráveis influxos de água doce ocorrem principalmente durante o período de monção. A
salinidade da água do mar nas proximidades de Visakhapatnam varia de uma média de cerca de
25 em janeiro até 29 em outubro (http://www.vizagport.com/UsefulInformation/Weather.aspx)
O porto de Krishnapatnam está localizado na região da baía de Bengala, costa da Índia.
Variações sazonais na água do mar foram observadas com valores mínimos de 20,5 ºC e máximos
de 29,9ºC. A salinidade média foi de 33,9, com amplitude de 31,61 – 36,04 (Kankal & Warudkar,
2012)
O porto de Mejillones está localizado na baía de Mejillones, região costeira do Chile. Está sob
influência de um sistema muito ativo de ressurgência na porção sul da corrente de Humbolt. A
ressurgência é fortemente sazonal, com eventos mais intensos durante a primavera/verão. A
descarga de água doce é importante, e baixas salinidades (<33.8) podem se estender até distâncias
de 30 Km da costa. Altos valores de produtividade primária podem ser encontrados (> 10 g C m2
d -1
), sustentando grandes pescarias (Escribano et al., 2012).
Porto de Rizhao é um porto natural de água profunda, localizado na costa da cidade de
Rizhao- China, na boca do Mar Amarelo. O Mar Amarelo é um corpo semi-fechado de
água, com uma profundidade média de 44 m. As comunidades faunísticas são
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
compostas por de vários grupos taxonômicos de água fria e quente, bem como espécie
cosmopolita e amphi-pacíficas. No entanto, a diversidade e abundância da fauna são
comparativamente baixas. As comunidades bióticas mostram marcada variações sazonais,
em que a turbidez e sedimentologia parecem ser os principais parâmetros que a afetam a
distribuição de organismos planctônicos e bentônicos nas águas costeiras do Mar
Amarelo (Tang 1989, Zhang & Kim, 1999)
O porto de Santos está inserido na região metropolitana da Baixada Santista (região
sudeste) no estuário de Santos, que é formado pela baía de Santos e um complexo
emaranhado de rios (Piaçabuçu, Paranhos, Cubatão, Morrão, Perequê, Moji da Onça,
Quilombo, Jurubatuba, Diana, Santo Amaro, Bertioga, Casqueiro, Santana entre outros),
além de vários canais, como os de Bertioga, Barreiros, Piaçaguera, Mar Pequeno, e,
ainda, os lagos da Pompeba, Candinho, São Vicente e o de Santa Rita. Durante o verão, a
Baía de Santos apresenta temperatura média entre 21,58 ºC e 28,40 ºC e salinidade média
entre 29,09 e 35,08, ao longo da coluna d’água. Durante o inverno, os gradientes
diminuem, tornando a coluna mais homogênea, com valores de temperatura entre 17,56
ºC e 22,85 ºC, e salinidade entre 32,4 e 34,89. Ainda, destaca-se o efeito da maré como
principal forçante da circulação A vazão total dos rios que deságuam na região é de 54
m³/s em condições típicas de verão (QLP) e de 13 m³/s em condições de estiagem
(Q7,10) (Roversi, 2012)
Levantamento das principais espécies de plâncton que ocorrem nas
proximidades dos portos de origem da água de lastro.
A tabela V mostra o levantamento das principais espécies de plâncton (fito
e zôoplâncton) que ocorrem nas proximidades dos portos que foram origem da água de
lastro que foi descarregada em Rio Grande. Apenas para o porto e Rhizao não foi
possível realizar este levantamento, pois o acesso à bibliografia está restrito a
determinados usuários com senha.
Tabela V – Principais espécies de plâncton que ocorrem nas proximidades dos portos de origem
da água de lastro
País Porto Referência Nome científico
Chile Porto de Mejillones Iriarte & Gonzáles, 2004 Pseudonitzschia cf. delicatissima
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Chile Porto de Mejillones Iriarte & Gonzáles, 2004 Gymnodinium spp.
Chile Porto de Mejillones Iriarte & Gonzáles, 2004 Chaetoceros spp.
Chile Porto de Mejillones Iriarte & Gonzáles, 2004 Guinardia delicatula
Chile Porto de Mejillones Iriarte & Gonzáles, 2004 Rhisozolenia spp.
Chile Porto de Mejillones Iriarte & Gonzáles, 2004 Detonula pumila
Chile Porto de Mejillones Iriarte & Gonzáles, 2004 Eucampia cornuta
Chile Porto de Mejillones Escribano et al., 2012 Paracalanus cf. indicus
Chile Porto de Mejillones Escribano et al., 2012 Acartia tonsa
Chile Porto de Mejillones Escribano et al., 2012 Oithona similis
Chile Porto de Mejillones Escribano et al., 2012 Centropages brachiatus
Chile Porto de Mejillones Escribano et al., 2012 Oncaea spp.
Chile Porto de Mejillones Escribano et al., 2012 Calanus chilensis
Chile Porto de Mejillones Escribano et al., 2012 Corycaeus typicus
Chile Porto de Mejillones Escribano et al., 2012 Eucalanus inermis
Chile Porto de Mejillones Escribano et al., 2012 Rhincalanus nasutus
Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Paracalanus parvus
Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Oncaea conifera
Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Oithona similis
Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Calanus chilensis
Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Eucalanus hyalinus
Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Centropages brachiatus
Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Corycaeus typicus
Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Acartia tonsa
Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Neucalanus gracilis
Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Eucalanus attenuatus
Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Eucalanus inermis
Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Euaetideus bradyi
Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Euchaeta marina
Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Scolecithricella bradyi
Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Pleuromamma gracilis
Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Metridia sp.
Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Temora discaudata
Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Candacia bipinnata
Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Clytemnestra rostrata
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Paracalanus parvus
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Oithona similis
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Oncaea conifera
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Acartia tonsa
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Corycaeus typicus
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Microsetella norvegica
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Centropages brachiatus
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Calanus chilensis
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Eucalanus hyalinus
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Euaetideus bradyi
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Candacia bipinnata
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Clytemnestra rostrata
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Eucalanus subtenuis
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Euchaeta marina
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Heterorhabdus sp.
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Labidocera acutifrons
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Mecynocera clausi
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Metridia sp.
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Oithona plumifera
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Phaenna spinifera
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Pleuromamma gracilis
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Pontellina plumata
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Rhincalanus nasutus
Chile
Porto de
Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Sapphirina sp.
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Scolecithricella bradyi
Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Temora discaudata
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Astrococus palmella
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Coelastrum astroideum
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Closterium pronum
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Coenococcus planctonicus
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Cosmarium auriculatum
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Cosmarium botrystis
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Cosmarium dentiferum
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Casmarium formulosum
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Casmarium hammeri
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Casmarium holmiense
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Casmarium impressulum
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Casmarium polynicum
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Casmarium subcostatum
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Casmarium turpine
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Eudorina elegans
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Gloeocystis Gloeocystis
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Hydrodictyon reticulatum
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Micractinium pusillum
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Oedogonium capilliforme
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Pandorina morum
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Pediastrum angulosum
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Pediastrum boryanum
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Pediastrum duplex
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Pediastrum simplex
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Scenedesmus acuminatus
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Scenedesmus obliquus
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Scenedesmus quadricauda
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Scenedesmus quadricauda
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Spirogyra longata
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Staurostrum crenulatum
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Staurostrum manfelditii
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Tetraspora cylindrical
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Ulothrix zonata
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Volvox aureus
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Zygnema pectinatum
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Zygnema gangeticum
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Cyclotella meneghiniana
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Cymbella affinis
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Cymbella delicatula
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Fragilaria crotonensis
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Navicula subtilis
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Navicula pupula
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Navicula reinholdi
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Navicula viridula
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Nitzschia denticula
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Pinnularia viridis
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Pinnularia gibba
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Prorocentrum micans,
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Rhopalodia gibba
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Anabaena constica
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Aphaocapsa biformis
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Aphanotheca clathrata
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Chroococcus minor
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Chroococcus turgidus
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Eucapsis alpine
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Gloeotheca rupestris
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Gomphospheria apomia
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Lyngbya majuscule
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Nostoc commune
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Oscillatoria limosa
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Spirulina platensis
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Euglena acus
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 uglena. viridis
Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Phacus curvicauda
Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Ankistrodesmus sp
Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Cosmarium sp
Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Scenedesmus sp
Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Chlorococcum sp
Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Chlamydomonas sp
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Navicula sp
Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Nitzschia sp
Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Cymbella sp
Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Cyclotella sp
Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Synedra sp
Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Gyrosigma sp
Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Osillatoria sp
Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Brachionus sp
Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Keratella sp
Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Acanthocystis sp
Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Daphnia sp
Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Allonella sp
Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Moina sp
Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Cyclops sp
Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Nauplius larva
Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Acartia lilljeborgi
Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Acartia sp.
Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Calanopia sp.
Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Corycaeus giesbrechti
Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Corycaues sp
Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Euterpina acutifros
Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Hemicyclops sp
Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Hemicylops thalassius
Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Mesocyclops meridianus
Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Mesocyclops sp.
Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Oithona hebes
Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Oithona plumifera
Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Oithona sp
Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Oncaea sp.
Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Paracalamus crassirostris
Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Paracalanus quasimodo
Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Pseudodiaptomus richardi
Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Temora sp
Brasil Santos GIANESELLA-GALVÃO Et Al 1997 Penilia avirostris
Brasil Santos GIANESELLA-GALVÃO Et Al 1997 Temora turbinata
Brasil Santos GIANESELLA-GALVÃO Et Al 1997 Temora stylifera
Brasil Santos GIANESELLA-GALVÃO Et Al 1997 Oncaea venusta
Brasil Santos GIANESELLA-GALVÃO Et Al 1997 Clausocalanus furcatus
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Leprotintinnus nordquitti
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Tintinniduium incertum
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Tintinnopsis socatinensis
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Tintinnopsis beroidea
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Tintinnopsis mortensi
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Amphorellopsis acuta
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Favella ehranbergi
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Coxliella annulata
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Euritinnus lustus-undae
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Metacylis annulifera
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Podocoryne sp
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Obelia sp.
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Convoluta
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Spionidae
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Cirratulidae
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Nereidae
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Radiolaria
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Rotifera
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Gastropoda
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Bivalvia
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Ostrocoda
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Paracalanus crassirostris
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Paracalus quasimodo
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Temora stylifera
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Pseudodiaptomus richardi
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Labidocera fluviatilis
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Clausocalanus furcatus
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Centropages velificatus
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Eucalanus pileatus
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Acartia lilljeborgi
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Oithona hebes
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Oithona oswaldocruzi
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Oithona simplex
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Oithona nana
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Oithona plumifera
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Paraoithona flemingeri
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Oncae media
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Oncae subtilis
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Corycaeus amazonicus
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Saphirella sp
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Halicyclops cf. ovatus
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Halicyclops spinifer
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Halicyclops similis
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Halicyclops paradensulatus
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Halicyclops crassicornis
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Homocyclops ater
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Macrocyclops albidus
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Paracyclops cf fimbriatus
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Ectocyclops herbsti
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Tropocyclops prasinus
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Eucyclops serrulatus
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Eucyclops sp
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Mesocyclops longisetus
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Muscocyclops longisetus
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Muscocyclops aperculatus
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Apocyclops procerus
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Microcyclops diversus
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Microcyclops varicans
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Microcyclops ceibaensis
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Microcyclops alius
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Microcyclops sp.
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Metacyclops sp
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Cyclopoida de água doce
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Euterpina acutifrons
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Microsetella novegiga
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Macrosetella gracilis
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Tisbe sp.
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Ergrasilidae
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Harpactoicoida
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Penilia avirostrus
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Evadne tergestina
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Pleapsis schmackeri
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Chydoridae
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Cirripedia
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Bopyridae
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Sphaeromatidae
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Manna sp
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Bathyporeiapus ruffoi
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Hyporidae
Brasil Santos Tôha e Lima 1993
Metamysidopsis elongasa
atlantica
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 kallapseudes shubarti
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Brachyura
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Palamoneidae
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Thallassinidae
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Sergesteidae
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Lucifer sp
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Hydracarina
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Chironomidae
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Culicidae
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Ephemeroptera
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Echinodermata
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Sagitta friderici
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Oikopleura dioica
Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Pisces
Brasil Santos Pardo 1968 Sagitta enflata
Brasil Santos Pardo 1968 Sagitta triderici
Brasil Santos Pardo 1968 Sagitta hispida
Brasil Santos Pardo 1968 Sagitta minima
Brasil Santos Pardo 1968 Sagitta serratodentata
Brasil Santos Pardo 1968 Krohnitta pacifica
Brasil Santos Pardo 1968 Pterosagitta draco
Brasil Santos Villac et al 2008 Actinoptychus senarius
Brasil Santos Villac et al 2008 Bacteriastrum delicatulum
Brasil Santos Villac et al 2008 Cerataulina pelagica
Brasil Santos Villac et al 2008 Chaetoceros curvisetus
Brasil Santos Villac et al 2008 Chaetoceros laevis
Brasil Santos Villac et al 2008 Chaetoceros lorenzianus
Brasil Santos Villac et al 2008 Corethron pennatum
Brasil Santos Villac et al 2008 Coscinodiscus oculus-iridis
Brasil Santos Villac et al 2008 Cyclotella stylorum
Brasil Santos Villac et al 2008 Cylindrotheca closterium
Brasil Santos Villac et al 2008 Dactyliosolen fragilissimus
Brasil Santos Villac et al 2008 Ditylum brightwellii
Brasil Santos Villac et al 2008 Guinardia delicatula
Brasil Santos Villac et al 2008 Guinardia flaccid
Brasil Santos Villac et al 2008 Gyrosigma balticum
Brasil Santos Villac et al 2008 Hemiaulus sinensis
Brasil Santos Villac et al 2008 Odontella mobiliensis
Brasil Santos Villac et al 2008 Phaeodactylum tricornutum
Brasil Santos Villac et al 2008 Proboscia alata
Brasil Santos Villac et al 2008 Pseudo-nitzschia “seriata”
Brasil Santos Villac et al 2008 Rhizosolenia imbricata
Brasil Santos Villac et al 2008 Rhizosolenia setigera
Brasil Santos Villac et al 2008 Skeletonema costatum
Brasil Santos Villac et al 2008 Stephanopyxis turris
Brasil Santos Villac et al 2008 Asterionellopsis glacialis
Brasil Santos Villac et al 2008 Guinardia striata
Brasil Santos Villac et al 2008 Leptocylindrus danicus
Brasil Santos Villac et al 2008 Paralia sulcata
Brasil Santos Villac et al 2008 Thalassionema nitzschioides
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Nannocalanus minor
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Calanus propinquus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Calanoides carinatus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Calanoides sp
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Calanus sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Undinula vulgaris
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Eucalanus sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Eucalanus crassus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Eucalanus longiceps
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Eucalanus pileatus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Eucalanus pileatus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Rhincalanus sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Acrocalanus longicomis
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Paracalanus aculeatus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Paracalanuscampaneri
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Paracalanuscrassirostris
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Paracalanusnanus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Paracalanusparvus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Paracalanusquasímodo
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Delius sewelli
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Delíus sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Calocalanus sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Calocalanus contractus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Calocalanus styliremis
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Calocalanus pavo
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Calocalanus pavoninus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Dolichocera tenuis
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Mecynocera clausi
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Clausocalanus arcuicomis
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Clausocalanus furcatus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Clausocalanus laticeps
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Clausocalanus paululus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Ctenocalanus heronae
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Ctenocalanus vanus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Euaetideus giesbrechti (Oeve,
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Chiridius gracüis
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Gaidius tenuispinus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Euchaeta marina
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Euchaeta sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Scolecithricella bradyi
Brasil Santos Véga-Perez 1993 S. vittata
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Scolecithricella sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Temora stylifera
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Temeropia mayumbaensis
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Pleuromamma sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Pleuromamma gracilis
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Pleuromammapiseki
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Pleuromammaxiphias
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Pseudodiaptomus acutus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Centropages gracilis
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Centropages velificatus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Centropages violaceus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Centropages calaninus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Lucicutia clausi
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Lucicutia flavicomis
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Lucicutia gausse
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Heterorhabdus papilliger
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Heterorhabdus spinifrons
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Heterorhabdus austrinus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Heterorhabdus sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Augaptilus megalulUs
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Haloptilus longicomis
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Haloptilus acutifrons
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Haloptilus mucronatus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Haloptüus sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Candacia bipinnata
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Candacia cheirura
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Candacia curta
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Candacia longimana
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Candacia maxima
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Candacia pachydactyla
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Candacia sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Paracandacia simplex
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Calanopia americana
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Labidocera acutifrons
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Labidocera fLabidocera
uviatiLabidocera is
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Labidocera sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Pontellopsis brevis
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Pontellopsis regalis
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Pontellopsis villosa
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Pontellopsis sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Acartia danae
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Acartia lilljeborgi
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Acartia tonsAcartia
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oithona hebes
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oithona nana
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oithona plumifera
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oithona robusta
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oithona setigera
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oithona similis
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oithona simplex
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oithona oculata
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Ratania flava
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Conacea rapax
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Lubocckia aculeata
Brasil Santos Véga-Perez 1993 L. squillimana
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oncaea conifera
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oncae curta
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oncae curvata
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oncae media
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oncae mediterranea
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oncae obscura
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oncae subtilis
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oncaea sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Copilia mirabilis
Brasil Santos Véga-Perez 1993 C. vitrea
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Sapphirina angusta
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Sapphirina nigromaculata
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Sapphirina sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus africanus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus agilis
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus amazonicus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus clausi
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus flaccus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus furcifer
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus giesbrechti
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus lautus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus limbatus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus speciosus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus typicus
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Farranula gracilis
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Farranularostrata
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Microsetella norvegica
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Microsetella rosea
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Macrosetella gracilis
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Euterpina acutifrons
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Clytemnestra rostrata
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Clytemnestra scutellata
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Tisbe gracilis
Brasil Santos Véga-Perez 1993 TiSbe sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Penilia avirostris
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Evadne tergestina
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Evadne spinifera
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Evadne sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Podon polyphemoides
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Euconchoecia sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Malacostraca - larvas
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Squilla sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Euphausiacea
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Decapoda
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Penaeidae
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Luciferidae
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Lucifer foxoni
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Sergestidae
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Palaemonidae
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Callianassidae
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Callianassa sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Munida sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Emerita brosiliensis
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Libinia sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Brachyura - larvas
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Portunidae
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Dromidae
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Xanthidae
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Cumacea
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Mysidacea
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Tanaidacea
Brasil Santos Véga-Perez 1993 lsopoda
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Platyhelminlhes
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Cnidaria
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Lanice sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Thalia democratica
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Thalia sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Doliolum nationalis
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oikopleura dioica
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oikopleura sp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Fritillaria spp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Sagitta spp
Brasil Santos Véga-Perez 1993 Pterosagitta dmco
Levantamento espécies invasoras e origem dos navios
Em 31 de outubro de 2013 a Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Rio
Grande do Sul (Sema) publicou a Portaria nº 79/2013, que reconhece a lista das espécies
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
exóticas invasoras do estado. Para as áreas costeiras e do sistema laguna dos Patos estão
listadas 14 espécies: Acestrorhymchus pantaneiro; Hoplerythrinusunitaeniatus;
Hopliaslacerdae; Pachyurusbonariensis. Piaractusmesopotamicus; Corbiculafluminea;
Corbiculalargillieri; Limnoperna fortunei; Perna perna; Rhithropanopeus harrisi;
Megabalanuscoccopoma; Temoraturbinata; Alexandriumtamarense;
Coscinodiscuswailesii.
Acestrorhynchus pantaneiro
A distribuição de Acestrorhynchus pantaneiro restringe-se à bacia do rio Uruguai
(Menezes, 2003). A presença de Acestrorhynchus pantaneiro na laguna dos Patos a
caracteriza como uma espécie alóctone, isto é, espécie nativa de bacia hidrográfica
brasileira e registrada em bacia onde não ocorreria naturalmente. Acredita-se que a
presença de A. pantaneiro no sistema hidrográfico da laguna dos Patos pode estar
associada ao escape de cultivos em açudes, soltura por pessoas que se dedicam à
aquariofilia ou ainda por ação antrópica direta no meio ambiente, modificando os limites
hidrográficos de bacias em função socioeconômica, o que, neste caso poderia ter
facilitado a transposição da espécie entre as bacias hidrográficas (Saccol-Pereira et al.,
2006).
Hoplerythrinusunitaeniatus
A espécie Hoplerythrinusunitaeniatus é conhecida popularmente como jeju ou
aimara. Possui ampla distribuição geográfica ocorrendo em diversas bacias hidrográficas
da América Central e do Sul (Oyakawa, 2003). Em 2008 foram capturados dois
exemplars após uma grande inundação que atingiu áreas extensas da bacia do Rio do
Sinos, a origem mais provável de introdução do jeju é a piscicultura (Leal et al. 2010)
Hopliaslacerdae
É um peixe de água doce, que se distribuí nas regiões tropicais e subtropicais da
América do Sul (Paiva 1974). Apesar de oriunda de outras bacias brasileiras,
Hopliaslacerdaeé exótica para a Lagoa dos Patos, tendo sido registrada na Bacia do Rio
dos Sinos associada a escape de psciculturas (Leal et al., 2009) é predadora, o que pode
causar um efeito negativo sobre outras espécies nativas. Além disso, pode apresentar alta
probabilidade de sucesso de invasão devido à presença de uma espécie congênere nativa
na região (Troca & Vieira, 2012).
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Pachyurusbonariensis
Conhecidas popularmente como Maria-luiza, as espécies do gênero Pachyurussão
amplamente distribuídas em sistemas hidrográfios brasileiros, estando representado no
Rio Grande do Sul (RS) pela espécie P. bonariensis Steindachner 1879. Esta espécie
distribui-se pelos rios do sistema Paraná-Paraguai-Uruguai, à jusante do reservatório de
Itaipu, incluindo Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina (Casatti, 2001). Contudo, a
primeira ocorrência no sistema da laguna dos Patos, RS, foi registrada por Pinto et al.
(2001), sendo interpretada como resultado da construção de canais de irrigação para
cultivos de arroz ou em decorrência de sua introdução por pescadores e/ou piscicultores.
A espécie encontra-se muito bem distribuída e adaptada ao sistema da laguna dos Patos,
pois foi registrada sua atividade reprodutiva, sendo também considerada como espécie de
importância comercial em algumas regiões do Estado. Ainda não existe comprovação de
nenhum impacto concreto a respeito da presença de Pachyurusbonariensis na laguna dos
Patos (Dufech & Fialho, 2007).
Piaractusmesopotamicus
Originário da Bacia do Rio Prata e do Originário da Bacia do Rio Prata e
do Pantanal do Mato Grosso, é morador habitual das grandes coleções de água, como as
dos rios Paraná, Mogi-guaçu, Paraíba e baixo Tietê (Petreri Jr., 1989). Pantanal do Mato
Grosso é morador habitual das grandes coleções de água, como as dos rios Paraná, Mogi-
guaçu, Paraíba e baixo Tietê (Petreri Jr., 1989). Apesar de oriunda de outras bacias
brasileiras, Piaractusmesopotamicusé exótica para a Lagoa dos Patos, (Leal et al., 2009).
É uma espécie cultivada desde década de 80 (Kubitza et al., 2007), com algumas
ocorrências de introdução (Troca & Vieira, 2012).
Corbiculafluminea
Outro molusco exótico de água doce que apresenta ampla distribuição no Brasil é o
bivalve Corbiculafluminea. Originário da China foi introduzido na América do Norte por
volta de 1920 para servir como alimento (Surianiet et al., 2007). Seu primeiro registro na
América do Sul ocorreu nas décadas de 1960 e 1970 em águas do Rio da Prata
(Argentina). No Brasil, esta espécie foi registrada pela primeira vez no estado do Rio
Grande do Sul no fim da década de 1970 (Veitenheimer-Mendes, 1981). C. flumineaé
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
típica de ambientes dulcícolas (especialmente rios, mas suporta índices de salinidade até
15%) (Morton, 1982). Um dos grandes problemas envolvendo esta espécie é o
entupimento de tubos de condensadores, canos de água e sistemas de combate a incêndio
em rios, riachos e represas voltados ao abastecimento (Hakenkamp & Margaret, 1999).
Segundo Isom (1986), só existem dois meios responsáveis pela dispersão da espécie
asiática: a correnteza da água e o homem. Assim, acredita-se que o surgimento de
Corbiculana lagoa Mirim possa ter ocorrido de duas maneiras: levada pelas correntes dos
rios que nascem no Uruguai e que desembocam na Lagoa dos Patos, ou que tenham
penetrado pelo lado norte através do canal de São Gonçalo.
Corbiculalargillierti
Corbiculalargillierti é um bivalve de água doce de origem Asiática. Este molusco
é encontrado em várias bacias da América do Sul, com a primeira ocorrência descrita
para o Brasil no Pantanal (Callil & Mansur, 2002). No Rio Grande do Sul foi encontrado
na bacia do Rio dos Sinos (Mansur & Pereira, 2006). Os prováveis meios responsáveis
pela dispersão da espécie asiática devem ser a correnteza da água e o homem (Ison,
1986).
Limnoperna fortunei
Limnoperna fortunei é um bivalve de água doce, nativo de rios da China e sudeste
asiático. Os primeiros registros da espécie para a América do Sul ocorreram em 1991 no
litoral argentino próximo ao Rio da Prata (Pastorinoet al. 1993). Sua introdução na
América do Sul provavelmente ocorreu devido às descargas de água de lastro com altas
concentrações de larvas do bivalvo (Darrigran & Pastorino, 1995). A partir da
colonização dos rios da bacia do Prata, L. fortunei atingiu em 1998 o Pantanal Mato
Grossense (Darrigan & Pastorino, 2003). Sua primeira ocorrência no estado de Rio
Grande do Sul foi registrada na bacia do Guaíba em 1998 (Mansur et al..1999) e após
dois anos se estendeu pela Lagoa dos Patos (Mansur et al..2003). Esta espécie, por ser
epifaunal e possuir bisso para fixação em substratos duros, acarreta danos graves a
ecossistemas aquáticos e ao funcionamento de sistemas de captação de água, como o
observado recentemente na América do Norte (Ricciardi, 1998). Além disso, devem se
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
considerar os possíveis impactos ecológicos causados pela introdução desta espécie
exótica especialmente devido à provável competição com espécies nativas de bivalves
por espaço e alimento (Darrigran, 2000).
Perna perna
Esse animal é nativo da África do Sul (Bownes&McQuaid, 2009) com fortes
indícios de introdução via água de lastro na época do tráfico negreiro (Ferreira et al.,
2013). Pode ser facilmente encontrado nos costões rochosos brasileiros e em substratos
artificiais. O Perna perna compete com mexilhões nativos, além de apresentar impactos
econômicos já que é comumente encontrado incrustado em cascos de navios e
plataformas (Ferreira et al., 2009). Atualmente apresenta um grande valor econômico na
maricultura, pois é comercializado e seu cultivo é realizado em diversas partes do país
(Marenzi & Branco, 2005).
Rhithropanopeus harrisi
O caranguejo Rhithropanopeus harrisii é oriundo da Costa Oeste da América do
Norte, chegou à Lagoa dos Patos na segunda metade do século XX provavelmente devido
a água de lastro e, apesar de ter um tamanho reduzido, hoje está bem estabelecido na
região (D’Incao & Martins, 1998). A espécie é um caranguejo pequeno associado com
hábitat estuarino abrigado (Petersen, 2006). Há evidências de que esta espécie pode
alterar as interações entre as espécies nativas e causar danos econômicos como
incrustamento de tubulações e danificando os peixes nas redes de emalhe (Zaitsev &
Ozturk, 2001).
Megabalanuscoccopoma
Está espécie é originária da costa Pacífica da América Central (do México até o
Peru) (Celiset et al., 2007). Esta espécie teve seu primeiro registro no litoral brasileiro na
Baía de Guanabara (RJ), na década de 70 (Lacombe & Monteiro, 1974). Pode ser
encontrada desde a faixa inferior da zona entre-marés até o infralitoral em substratos
consolidados naturais e artificiais. É uma espécie oportunista, adaptada para recrutar e
sobreviver facilmente em ambientes estressantes (inclusive em áreas com grande
batimento de ondas) e em estruturas artificiais (Silveira, 2002). Esta espécie foi
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
introduzida, possivelmente, por incrustação e/ou água de lastro por plataformas de
petróleo, cascos de navios.
Temoraturbinata
Esta espécie tem registros de ocorrência no Índico, Pacífico Leste, Mar do Japão e
Nova Zelândia, sendo categorizada como invasora para a costa brasileira, na qual foi
citada pela primeira vez na década de 80 na região nordeste (Araújo & Mantu, 1993) e
em seguida sua ocorrência foi registrada no Sul do país (Muxagata & Gloeden, 1995). A
introdução ocorreu provavelmente por meio de deslastre de navios, porém não há
elementos que permitam traçar as características exatas do processo de introdução. Esta
espécie se adaptou bem a condição ambiental encontrada nas águas do Atlântico e
ampliou a sua distribuição na costa brasileira. Temoraturbinata compete com a espécie
nativa T. stylifera tanto na fase adulta quanto no estágio de náuplios. Este invasor é
menor que a espécie nativa, podendo então explorar recursos alimentares de tamanhos
diferentes apesar de serem do mesmo grupo taxonômico. A chegada do alienígena
reduziu a densidade da população da espécie nativa principalmente em regiões costeiras
(Cunha, 2008).
Alexandriumtamarense
Algumas décadas atrás, a ocorrência de dinoflagelados do gênero Alexandrium
estavam, em grande parte, restritas ao hemisfério Norte, principalmente na América do
Norte e Ásia (Taylor, 1985). O primeiro registro de Alexandriumtamarense para o Brasil,
na costa do Rio Grande do Sul, ocorreu em 1996 (Odebrecht et al., 1997). Análises
filogenéticas realizadas entre cistos coletados na Praia do Cassino, próxima ao porto de
Rio Grande (RS), com outros, da Argentina, Uruguai e Estados Unidos descartam que a
migração para o Brasil ocorreu por correntes marítimas, aumentando a possibilidade de o
processo de introdução ter ocorrido por meio da água de lastro de navios oriundos do
hemisfério norte. A sua presença na costa do Rio Grande do Sul representa um potencial
que pode promover na região impactos de ordem econômica e de saúde pública, uma vez
que toxina paralisante dos moluscos pode contaminar o marisco branco, que é explorado
de bancos naturais para o consumo humano (Persich, 2006). Embora não existam dados,
esse marisco e outros filtradores podem acumular, em seus tecidos, quantidades de
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
toxinas suficientes para intoxicar seres humanos ou causar danos a outros organismos
marinhos.
Coscinodiscuswailesii
A espécie é originária da costa pacífica da América do Norte (até o sul da
Califórnia) e Japão. Somente nas décadas de 80 e 90 foram encontradas nas costas da
Europa e América do Sul. No Brasil, o registro publicado de sua primeira ocorrência é
para a costa do Estado do Paraná por Valente-Moreira (1987). É provável que a espécie
tenha sido transportada de outras latitudes por água de lastro de navios e/ou maricultura,
provavelmente facilitado devido à sua capacidade de formar células de resistência
(Fernades et al., 2001). Essa diatomácea pode esgotar os nutrientes da água causando o
aumento da turbidez. Na Baía de Paranaguá, PR, a floração dessa espécie resultou em
competição por nutrientes e exclusão temporária de demais espécies do fitoplâncton
(Fernandes et al., 2001).
Ações de Educação Ambiental
Como ação de Educação Ambiental, participamos do o III Workshop de SMS da
empresa SAGRES, operadore portuário atuante na área do Porto Novo, realizado no dia
30 de Novembro de 2015 para a comunidade portuária. A palestra abordou o tema de
água de lastro, no sentido de alertar o setor envolvido sobre a importância em se
desenvolver boas práticas para a troca de água de lastro. Adicionalmente, está sendo
elaborado um folder para informar comandantes e tripulações sobre a problemática das
invasões biológicas oriundas da água de lastro e outro alertando sobre as principais
espécies invasoras da região. Os materiais serão confeccionados em inglês e português.
DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
Bioinvasão pode ser definida como um fenômeno biológico com consequências
ecológicas e evolutivas para a biota local é a introdução e o estabelecimento de uma
espécie onde não ocorria anteriormente (Marques et al., 2013; Elton, 1958). As invasões
biológicas apresentam consequências negativas para biodiversidade, questões de saúde
pública, cultural e econômica para as regiões afetadas.
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Os navios são lastreados em diversas partes do planeta e na medida em que são
carregados com mercadorias em portos de todo o mundo os tanques são deslatreados,
com isto a navegação dissemina pelo globo terrestre espécies presentes nas águas e
sedimentos de lastro (Boldrini, 2009).
Uma forma de mitigar os impactos ambientais causados pela boinvasão de
espécies exóticas por água de lastro é a troca oceânica, medida proposta na Convenção
Internacional de Água de Lastro assinada pelo Brasil. A Convenção recomenda, mas não
obriga, a todos os comandantes de navios a realização da troca oceânica, registrando nos
formulário emitidos pela IMO as coordenadas e tanques em que a troca foi realizada,
além do volume existentes. No Brasil, a Marinha internalizou parte da Convenção sobre a
água de lastro promulgando a NORMAM 20, mas não desenvolveu procedimentos de
controle da troca oceânico por meio de fiscalização em todos os portos do Brasil
(Boldrini, 2009). Para o caso específico do caranguejo R. harrisi, recomenda-se
fortemente a troca de lastro em ambiente oceânico, uma vez que esta espécie possui ciclo
de vida estuarino e portanto, não teria invadido o estuário caso essa prática tivesse sido
adotado sistematicamente.
Através da implantação do sistema concentrador de dados portuários do programa
Porto Sem Papel da Secretaria Especial de Portos (SEP/PR), as informações acerca da
troca de água de lastro oceânica fazem parte do rol de dados a serem informados pelo
navio antes da atracação. Como podem ser observados nos dados obtidos através do, as
embarcações UNITED SPLENDOR, C. IRIS, FLAG ALEXANDROS, KIND SEAS,
UNITED LIBERTY seguiram as recomendações da IMO, apresentando os daos
completos de troca, descraga e origem da água de lastro. Mas podemos perceber que
muitas embarcações não apresentam todos os dados requisitados., o que resulta no
aumento de chances de colonização de novas espécies na região. A falta de uma
fiscalização eficaz, reforça a necessidade de um monitoramento e um conhecimento
adequado na fauna nativa, incluindo dados taxonômicos, biológicos e ecológicos
(Marques et al., 2013) propostos neste projeto.
O caranguejo Rhithropanopeus harrisii (Gould, 1841) é a única espécie do gênero
Rhithropanopeus Rathbun, 1898 pertencente à família Panopeidae (Ng et al., 2008).
Originalmente, habita as águas da Costa Atlântica da América do Norte, mas foi
introduzida em estuários da Europa e América do Sul via água de lastro (Wolff &Sandee,
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
1971; Mizzan & Zanella, 1996; Mathieson & Berry, 1997; D’Incao & Martins, 1998). No
último século, R. harrisii invadiu 20 países, dois oceanos, dez mares e dez reservas de
água doce em quatro continentes, cobrindo cerca de 45 graus de latitude, provavelmente
por intervenção humana (Roche &Torchin, 2007). A presença do caranguejo no estuário
da Lagoa dos Patos se deve, provavelmente, a introdução a partir de água de lastro dos
navios que utilizamo porto de Rio Grande (D’Incao & Martins, 1998). O transporte de
organismos por água de lastro é uma preocupação atual e pode ter consequências graves,
tanto ecológicas quanto econômicas, principalmente na questão de ocupação de nichos e
transmissão de doenças (Roche et al., 2009; Briski et al., 2012). No mar Báltico, R.
harrisii encontra-se já estabelecido e traz à tona a preocupação com a distribuição de
indivíduos por água de lastro (Zaitsev & Özturk, 2001; Hegele-Drywa & Normant, 2009).
Da mesma forma, podemos afirmar que Rithropanopaeus harrisii está estabelecida no
estuário da Lagoa dos Patos, apesar de não ter sido detectada sua presença em outros
estuários do Brasil (Tavares, 2011). O imenso tamanho da Lagoa dos Patos e a elevada
movimentação portuária, podem ter agido em conjunto para facilitar o estabelecimento
dessa espécie aqui na região. Entretanto, não se pode descartar que a ausência da espécie
em ouros portos pode apenas estar refletindo a falta de coletas sistemáticas, de
especialistas em identificação de crustáceos, ou simplesmente por utilizarem métodos de
coleta que não são ideias para a captura dessa espécie.
O caranguejo R. harrisii vive por até cinco anos, e pode chegar a fazer até oito
ecdises para atingir o estágio adulto (Turoboyski, 1973; Christiansen&Costlow, 1975). É
capaz de se instalar em uma grande variedade de novas áreas, se adaptando à condições
ambientais variadas e estressantes, uma das razões para seu sucesso e ampla distribuição
geográfica (Turoboyski 1973, Rodrigues & D´Incao, 2015). Considera-se que estuários
são ambientes de baixa riqueza de espécies, uma vez que apresenta elevadas variações
ambientais. Essa situação permite que apenas algumas espécies consigam lidar com essas
condições e aquelas que se adaptam acabam se tornando frequentes e abundantes.
Rhithropanopeus harrisii evita a competição com outras espécies e a predação, se
valendo dessa enorme plasticidade adaptativa, podendo ocupar substratos lamosos e
duros, além de ocorrer em águas com salinidades entre 1 e 35, apesar de se estabelecer
melhor em salinidades em torno de 10. Habitar ambientes com salinidades em torno de 10
parece ser uma estratégia para evitar parasitas contra como o rizocéfalo
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Loxotylacuspanopaei (Wolff & Sandee, 1971; Mizzan & Zanella, 1996; Forward Jr.,
2009). De acordo com o levantamento das espécies listadas como invasoras, apenas o
caranguejo R.harrisi foi identificado nas amostras até o momento. A abundância da
espécie foi maior durante os meses de verão, especialmente fevereiro e março,
confirmando a sua relação com a salinidade mais alta nesse período.
Os dois picos de fêmeas ovígeras foram observados em janeiro e abril. Entretanto,
o pico reprodutivo que acontece no verão parece ser o mais importante para a reposição
de biomassa da população no estuário da Lagoa dos Patos. O maior sucesso da
reprodução do verão possivelmente está associado às maiores salinidades observado no
período. Apesar disso, é uma estratégia da população, para lidar coma variabilidade
ambiental, manter diferentes períodos reprodutivos ao longo do ano. Acredita-se que isso
possa ser estratégia de espécies que se dispersam através de eventos únicos, como no caso
da água de lastro, e se aproveitam de “janelas de oportunidade”, onde maximizam seu
leque de estratégias reprodutivas, de modo a colonizar o ambiente com maior eficiência
(Carlton & Geller, 1993; Briski et al., 2012). Houve uma clara relação entre a abundância
dos caranguejos e a salinidade, também reportado por Costlow et al. (1966), que
trabalhando com megalopas de R. harrisii apontaram diminuição do tempo de
metamorfose das megalopas para juvenis com o aumento da salinidade, acelerando o seu
crescimento. Estes autores ainda descrevem que esta espécie requer um gradiente de
salinidade específico, com valores mais baixos sendo limites de distribuição mais
importantes que as altas. R. harrisii é eurihalino e, quando adulto, pode tolerar
salinidades de 0,5 em águas doces (Boyle et al., 2010) até 20,4 em baías estuarinas
(Ryan, 1956). Apesar disto, Christiansen & Costlow (1975) observaram que valores de
salinidade próximos de 35 causam anormalidades nas megalopas de R. harrisii, e que
valores abaixo de 5 podem atrasar a muda de megalopa para o primeiro estágio de
caranguejo. Rhithropanopeus harrisii necessita de um gradiente ótimo quando chega em
seu período reprodutivo, pela necessidade de salinidades em torno de 10 para os estágios
larvais (Costlow et al., 1966), valor que esteve relacionado aos períodos de maiores
capturas no estuário da Lagoa dos Patos. Estes resultados corroboram também
informações de Forward Jr. (2009), que afirma que as populações de R. harrisii na baía
de Chesapeake (E.U.A.) têm seu refúgio e prosperam nesta salinidade. Quando adultos, a
salinidade não é mais um fator limitante na distribuição, pelo fato de R. harrisii se manter
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
dentro dos estuários, mas ainda assim continua necessária para os processos reprodutivos,
visto que as larvas necessitam de gradientes específicos para seu desenvolvimento
(Turoboyski, 1973). Como conclusão, pode-se afirmar que a espécie está estabelecida e
bem adaptada ao estuário da Lagoa dos Patos e recomenda-se monitorar seus níveis de
abundância e suas relações tróficas a fim de entender o seu impacto no ecossistema local.
O controle dessa população é fundamental, pois em alguns locais no mundo existem
relatos de densidades extremamente elevadas, causando entupimento de tubulações e
gerando prejuízos econômicos importantes. Além disso, a espécie pode ser hospedeira do
vírus da mancha branca (WSV), que pode, por sua vez ser transmitido às espécies nativas
da região, especialmente outros crustáceos. Portanto, sugere-se fortemente a
implementação sistemática de troca de água de lastro em ambiente oceânico, evitando
que eventuais larvas ou adultos da espécie possam continuar colonizando o estuário da
Lagoa dos Patos.
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
REFERÊNCIAS
ALFREDINI, P. Engenharia portuária. São Paulo: Blucher. 1307pp.
ANTAQ - Agência Nacional de Transportes Aquaviários.2007. Sistema Desempenho
Portuário - Relatório Técnico
ARAÚJO, H.M.P. &MONTÚ. M. 1993. Novo registro de Temoraturbinata (Dana, 1849)
(Copepoda, Crustacea) para águas atlânticas. Nauplius, 1:89-90.
BAX, N.; CARLTON, J.T.; MATHEWS-AMOS, A.; HAEDRICH,R.L.; LOWARTH,
F.G.; PURCELL, J.E.; RIESE, A. & GRAY, A.2001. The control of biological
invasions in the world’s ocean.Conservation Biology, 15(5): 1234-1246.
BITAR, O. Y., & ORTEGA, R. D. 1998. Gestão ambiental. Geologia de Engenharia.
São Paulo: ABGE, cap, 32, 499-508.
BOLDRINI, E. B., 2009. Gestão Ambiental Portuária na Perspectiva da Totalidade
Terminais Portuários da Ponta do Félix, Porto de Antonina, um Estudo de Caso. In:
BOLDRINI, E.B. & VEDOR, E.P. (Eds). Gestão ambiental portuária: subsídios para
o licenciamento das dragagens portuárias. 1 ed. Antonina, PR: Associação de
Antonina; Faculdades Integradas Espírita; Secretaria de Ciência e Tecnologias para
inclusão social (MCT). 376p.
BOWNES, S.J.; MCQUAID, C.D. 2009. Mechanisms of habitat segregation between an
invasive and an indigenous mussel: settlement, post-settlement mortality and
recruitment. Marine Biology, 156: 991-1006.
BOYLE, T. JR; KEITH, D. &PFAU, R. 2010. Occurrence, reproduction, andpopulation
genetics of the estuarine mud crab, Rhithropanopeus
harrisii (Gould) (Decapoda, Panopeidae) in Texas freshwaterreservoirs.
Crustaceana, 83(4): 493-505.
BRISKI, E.; GHABOOLI, S.; BAILEY, S. A. &MACISAAC, H.J. 2012. Invasion risk
posedby macroinvertebrates transported in ships’ ballast tanks. BiologicalInvasions,
14: 1843-185
CALLIL, C.T. & MANSUR, M.C.D. 2002. Corbiculidae in the Pantanal: history of
invasion in souther and South America and biometrical data. Amazoniana
17(1):153-167.
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
CARLTON, J. T. & GELLER, J. 1993. Ecological roulette: the global transportand
invasion of nonindigenous marine organisms. Science, 261: 78-82.
CASATTI, L. 2001. Taxonomia do gênero PachyurusAgassiz, 1831 (Teleostei:
Perciformes: Sciaenidae) e descrição de duas novas espécies. Comum. Mus.
Ciênc.Tecnol. PUCRS, série Zoologia 14(2):99-207
CELIS, A.; RODRÍGUEZ-ALMARÁZ, G & ÁLVAREZ, F. 2007. Los cirripedios
torácicos (Crustacea) de aguas somerasdeTamaulipas, México. Revista Mexicana de
Biodiversidad, v. 78 p. 325- 337.
CHRISTIANSEN, M. E. &COSTLOW, J. D. 1975. Effect of salinity and
cyclictemperature on larval development of mud-crab Rhithropanopeusharrisii
(Brachyura, Xanthidae) reared in laboratory. Marine Biology,32(3): 215-221
COHEN AN AND CARLTON JT (1995) Nonindigenous aquatic species in a U.S.
estuary: a case study of the biological invasions of the San Francisco Bay and delta.
A Report for the US fish and wildlife service, Washington D.C.
COLLYER, W. 2007. Água de lastro, bioinvasão e respostainternacional. Revista
Jurídica, 9(84): 145-160
CORADIN, L. &TORTATO, D.T. 2006. Espécies Exóticas Invasoras: Situação
Brasileira. Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Biodiversidade e Florestas. -
Brasília: MMA. 24p.
COSTLOW, J. D.; BOOKHOUT, C. G. & MONROE, R. J. 1966. Studies on
larvaldevelopment of crab Rhithropanopeus harrisii (Gould). I. Effect ofsalinity and
temperature on larval development. Physiological Zoology,39(2): 81
CUNHA, D.R. 2008. Estudo comparativo das espécies de copépodesTemorastyliferae T.
turbinatana Plataforma Continental Sudeste do Brasil no verão e inverno de 2002.
Dissertação de Mestrado em Oceanografia Biológica, Universidade de São
Paulo.
D’INCAO, F, & MARTINS, STS. 1998. Occurrence of Rhithropanopeus harrisii (Gould,
1841) in the southern coast of Brazil (Decapoda, Xanthidae). Nauplius 6: 191-194.
DAJOZ, R. 2005. Princípios de Ecologia. 7ª ed. Porto Alegre:Editora Artmed. 520p.
DARRIGRAN, G, &PASTORINO, G. 1995. The recent introduction of Asiatic Bivalve,
Limnopernafortunei(Mytilidae) into South America. The Veliger38 (2); 183-187.
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
DARRIGRAN, G. 2000. Invasive freshwater bivalve of the Neotropical Region.
Dreissena. Sea Grant. New York: 11 (2) :7– 13.
DARRIGRAN, G &PASTORINO, G. 2003. The golden mussel
Limnopernafortunei(Dunker, 1857) (Bivalvia: Mytilidae) in the Neotropical region: a
10 years story of invasion. Tentacle11: 8-9.
DUFECH A. P. S &FIALHO C. B. 2007.Biologia populacional de
PachyurusbonariensisSteindachner, 1879 (Perciformes, Sciaenidae), uma espécie
alóctone no sistema hidrográfio da laguna dos patos, Brasil. Biota Neotropica, 7 (1):
105-110
ELTON, C.S. 1958. The ecology of invasions by animals and plants. Methuen, London,
181 pp.
ESCRIBANO, R., & HIDALGO, P. (2000). Spatial distribution of copepods in the north
of the Humboldt Current region off Chile during coastal upwelling.Journal of the
Marine Biological Association of the UK, 80(02), 283-290.
ESCRIBANO, R., HIDALGO, P., FUENTES, M., & DONOSO, K. (2012). Zooplankton
time series in the coastal zone off Chile: Variation in upwelling and responses of the
copepod community. Progress in Oceanography, 97, 174-186.
FERNANDES, L. F., ZEHNDER-ALVES, L. &BASSFELD, J. 2001. The recently
established diatom Coscinodiscus wailesii(Coscinodiscales, Bacillariophyta) in
Brazilian waters. I: remarks on morphology and distribution. Phycol. Res. 49:89-96.
FERREIRA, C.E.L., GONÇALVES, J.E.A. & COUTINHO R. 2004. Cascos de navios e
plataformas como vetores na introdução de espécies exóticas. Pp. 143-156. In: J.S.V.
Silva & R.C.C.L. Souza (orgs.). Água de lastro e bioinvasão, Interciência, Rio de
Janeiro. 224p.
FERREIRA, C.E.L., JUNQUEIRA, A.O.R., VILLAC, M.C., LOPES &R.M. 2009.
Marine bioinvasions in the Brazilian coast: brief report on history of events, vectors,
ecology, impacts and management of non-indigenous species. In: RILOV, G.;
CROOKS, J.A. (Eds.). Biological invasions in marine ecosystems: Ecological,
management, and geographic perspectives. Berlin, Heidelberg: Springer, 204:459-
477,
FORWARD JR., R. B. 2009. Larval biology of the crab Rhithropanopeus
harrisii(Gould): a synthesis. Biological Bulletin, 216: 243-256.]
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
GIANESELLA- GALVÃO, S. M. F., AIDAR, E., VEJA-PEREZ, L. A., &
SALDANHA-CORRÊA, F. M. P. (1997). Distribuição do plâncton na região costeira
de São Sebastião. Publção esp. Inst. oceanogr., S Paulo,(41), 5-14.
GISP - The Global Invasive Species Programme. 2005. South America invaded: the
growing danger of invasive alien species. Secretaria do GISP. 80p.
HAKENKAMP, C.C. &A.P. MARGARET. 1999. Introduced bivalves in freshwater
ecosystems: the impact of Corbicula on organic matter dynamics in a sandy
stream. Oecologia 119: 445-451.
HIDALGO, P., & ESCRIBANO, R. (2001). Succession of pelagic copepod species in
coastal waters off northern Chile: the influence of the 1997–98 El Niño.
Hydrobiologia, 453(1), 153-160.
IRIARTE, J. L., & GONZÁLEZ, H. E. (2004). Phytoplankton size structure during and
after the 1997/98 El Niño in a coastal upwelling area of the northern Humboldt
Current System. Marine ecology progress series, 269, 83-90.
ISOMB.G. 1986. Historical review of Asiatic clam (Corbicula) invasion and biofouling
of waters and industries in the Americas. In: JC Britton (ed.), Proceedings of the
Second International Corbicula Symposium, American Malacological Bulletin -
Special edition no. 2.
JAZDZEWSKI K AND KONOPACKA A (1993) Survey and distribution of Crustacea
Malacostraca in Poland. Crustaceana. 65: 176-191.
KANKAL, N. C., & WARUDKAR, S. (2012). Biodiversity of phytoplankton,
zooplankton and zoobenthos in east coast, bay of Bengal near Nellore, Andhra Pradesh
(India).
KAPARAPU, J., & GEDDADA, M. N. R. Seasonal dynamics of phytoplankton and its
relationship with the environmental factors in Meghadrigedda Reservoir of
Visakhapatnam, Andhra Pradesh, India
KEITH D.E. 2007. Occurrence of the estuarine mud crab, Rhithropanopeus harrisii, in
Texas reservoirs. http://www.tarleton.edu/~biology/MudCrab.html. Personal
communication. Citadoem 23 de abril de 2007.
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
KUBITZA, F.; ONO, E.A. & CAMPOS, J.L. 2007 Os caminhos da produção de peixes
nativos no Brasil: Uma análise da produção e obstáculos da piscicultura. Panorama
da Aquicultura, Rio de Janeiro, 102: 14-23.
LACOMBE, D. & MONTEIRO, W. 1974 Balanídeos como indicadores de poluição na
Baía de Guanabara. Revista Brasileira de Biologia, 34 (4): 633-644.
LANSAC-TÔHA, F. A., & LIMA, A. F. (1993). Ecologia do zooplâncton do estuário do
rio Una do Prelado (São Paulo, Brasil). Acta Limnologica Brasiliensia, 6(1), 82-96.
LEAL, M. E.; KLEIN, G. F.; SCHULZ U. H. &ALBORNOZ P. L. 2010. Primeiro
registro e aspectos escológicos de Hoplerythrinusunitaeniatus (Agassia, 1829)
(Characiformes, Erythrinidae) como espécie introduzida na Bacia do Rio dos Sinos,
RS, Brasil. Biota Neotropica., 10 (3)
LEAL, M.; BREMM, C. & SCHULZ, U.H. 2009 Lista da ictiocenose da Bacia do Rio
dos Sinos, sul do Brasil. Boletim do Instituto de Pesca, 35(2): 307-317.
LOWE, S.; BROWNE, M. &BOUDJELAS, S. 2004. 100 of the world’s worst invasive
alien species. A selection from the global invasive species database.
MANSUR, M. C. D.; PEREIRA, D. 2006. Bivalves límnicos da bacia do rio dos Sinos,
Rio Grande do Sul, Brasil (Bivalvia, Unionoida, Veneroida e Mytiloida). Revista
Brasileira de Zoologia, 23 (4): 1123–1147.
MANSUR, M.C.D, SANTOS, C.P, DARRIGRAN, G., HEYDRICH, I., CALLIL, C.T. &
CARDOSO, FR. 2003. Primeiros dados qualiquantitativos do mexilhão dourado,
Limnoperna fortunei (Dunker, 1857), no lago Guaíba, Bacia da Laguna dos Patos,
Rio Grande do Sul, Brasil e alguns aspectos de sua invasão no novo ambiente.
Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, 20 (1): 75-84.
MANSUR, MCD, RICHINITTI, LMZ& DOS SANTOS, CP. 1999. Limnoperna fortunei
(Dunker 1857), molusco bivalve invasor na bacia do Guaíba Rio Grande do Sul,
Brasil. Biociências, 69: 99-116.
MARENZI, A.W.C& BRANCO, J.O. 2005. The mussel Perna perna (Linnaeus)
(Bivalvia, Mytilidae) in cultureatthe Armação oftheItapocoroy, Santa Catarina,
Brazil. Revista Brasileira de Zoologia, 22 (2).
MARQUES, A.C., LOFUTO, L.V.C., PAIVA, P.C., CHAVES, P.T.C. & LEITÃO, S.N
(GuestEditors), 2013. Exotic benthic species in São Sebastião, Brazil - “Proceedings
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
of the 3rd Brazilian Congress of Marine Biology” .Lat. Am. J. Aquat. Res., 41(2):
265-285p.
MATHIESON, S. & BERRY, A. J. 1997. Spatial, temporal and tidal variation incrab
populations in the Forth estuary, Scotland. Journal of The MarineBiological
Association of The United Kingdom, 77: 163-183.
MENEZES. N. A. 2003. FamíliaAcestrorhynchidae In Checklist of the Freshwater
Fishes of South and Central America (R.E. Reis, S.O. Kullander&C.J. Ferraris,
Jr., eds.). Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil. 432-433.
MIZZAN, L. &ZANELLA L. 1996. First record ofRhithropanopeus harrisii
(Gould,1841) (Crustacea, Decapoda, Xanthidae) in the Italian Waters. BolletinoDel
MuseoCivico Di StoriaNaturale Di Venezia, 46: 109-122.
MORTON, B. 1991. Do the Bivalvia demonstrate environment-specific sexual strategies?
A Hong Kong model. Jour. Zoo., London, 223: 131-142.
MUXAGATA, E. &GLOEDEN, I.M 1995. Ocorrência de Temoraturbinata Dana, 1849
(Crustacea: Copepoda) no estuário da Lagoa dos Patos, RS, Brasil. Nauplius, 3:163-
164.
NEVES, C.S. 2006. Bioinvasão mediada por embarcações de recreio na Baía de
Paranaguá, PR e suas implicações para a conservação. Dissertação de Mestrado.
Programa de PósGraduação em Ecologia e Conservação, Universidade Federal do
Paraná. 71p.
NG, P. K. L., GUINOT D. & DAVIE, P. J. F., 2008. SystemaBrachyurorum. Part I. An
annotated checklist of extant brachyuran crabs of the world.
RafflesBulletinofZoology, 17: 1–286.
NISC - National Invasive Species Council. 2001. Meeting the Invasive Species
Challenge: National Invasive Species Management Plan. 90 pp.
ODEBRECHT, C., MENDE´Z, S. & GARCIA, V. M. T. 1997. Oceanographic processes
and HAB in the subtropical southwestern Atlantic (28–36 8 S).In: VIII
International Conference on Harmful Algae. Vigo (Spain) (Abstract)
OYAKAWA, O.T. 2003. Family Erythrinidae. In Check List of the Freshwater Fishes
of South and Central America (R. Reis, S. Kullander& C. Ferraris eds.).
EDIPUCRS, Porto Alegre, 238-240
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
PAIVA, M. P. 1974. Crescimento, alimentação e reprodução de traíra,
Hopliasmalabaricus(Bloch), no nordeste brasileiro, Fortaleza: Imprensa
Universitária da UFC, 32p.
PASTORINO, G, DARRIGRAN, G, MARTIN, S. &LUNASCHI, L. 1993. Limnoperna
fortunei (Dunker, 1857) (Mytilidae), nuevobivalvo em águas del Rio de La Plata.
Neotropica,39 :101- 102
PERSICH, G., KULIS, D., LILLY, E., ANDERSON, D. & GARCIA. V.M.T. 2006.
Probable origin and toxin profile of Alexandriumtamarense (Lebour) Balech from
southern Brazil Harmful Algae, 5:6–44
PETERSEN, C. 2006. Range expansion in the northeast Pacific by an estuary mud crab -
a molecular study. Biological Invasions 8: 565-576.
PETRERE JR., M. 1989 River fisheries in Brazil: a review. Regulated Rivers
Research& Management, 4:1-16.
PINTO, R.F., OLIVEIRA, C.L.C., COLOMBO, P., FIALHO, C.B. &MALABARBA,
L.R. 2001. Primeiro registro de Pachyurusbonariensis(Steindachner, 1879)
(Perciformes, Sciaenidae) para o sistema da Laguna dos Patos, Rio Grande do Sul,
Brasil. Resumo In: XIV Encontro Brasileiro de Ictiologia, Unisinos, São
Leopoldo.
RICCIARDI, A. 1998. Global range expansion of the asian mussel Limnopernafortunei
(Mytilidae): another fouling threat to freshwater systems. Biofouling, 13(2): 97-106.
ROCHE, D. G.; TORCHIN, M. E. 2007. Established populations of the NorthAmerican
Harris mud crab Rithropanopeus harrisii (Gould, 1841)(Crustacea: Brachyura:
Xanthidae) in the Panama Canal. AquaticInvasions, 2: 1055-161.
RODRIGUES, M. A., & D'INCAO, F. 2015. Abundância e relações biométricas de
Rhithropanopeus harrisii no estuário da Lagoa dos Patos, RS. Boletim do Museu de
Biologia Mello Leitão, 37(2).
RYAN, E. P. 1956. Observations on the life histories and the distribution of thexanthidae
(mud crabs) of Chesapeake Bay. American Midland Naturalist,Notre Dame,
56(1): 138-162
SACCOL-PEREIRA, A.; MILANI, P. C. C. & FIALHO, C. B. 2006. Primeiro registro de
Acestrorhynchuspantaneiro Menezes, 1992 (Characiformes, Acestrorhynchidae) no
sistema da laguna dos Patos , Rio Grande do Sul, Brasil. Biota Neotropica 6(3)
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
SHIELDS JD, BEHRINGER DC (2004) A new pathogenic virus in the Caribbean spiny
lobster Panulirusargus from Florida. Dis Aquat Org 59:109–118
SILVA, E. D., & BARROS, F. 2011. Macrofauna bentônica introduzida no Brasil: lista
de espécies marinhas e dulcícolas e distribuição atual.OecologiaAustralis, 15(2),
326-344.
SILVEIRA, N. G. 2002. A influência da atividade portuária na introdução de espécies
exóticas de cracas (Cirripedia: Balanidae) na Baía de Sepetiba - RJ. Rio de Janeiro,
42 f. Monografia em Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
SURIANI, A.L.; FRANÇA, R.S. & ROCHA, O. 2007. A malacofauna bentônica das
represas do médio Tietê e uma avaliação ecológica das espécies exóticas invasoras,
Melanoidestuberculatae Corbiculaflminea. RevistaBrasileira de Zoologia, 24(1):
21-32
TAVARES, M & MENDONÇA Jr. JB. 2004. Introdução de Crustáceos Exóticos no
Brasil: Uma Roleta Ecológica. Pp.59- 76. In: J.S.V. Silva & R.C.C.L. Souza (orgs.).
Água de lastro e bioinvasão. Interciência, Rio de Janeiro. 224p.
TAVARES, M. 2011. Alien decapod crustaceans in the Southwestern AtlanticOcean. In:
Galil BS, Clark PF, Carlton JT (eds.) In the wrong place—alien marine crustaceans:
distribution, biology and impacts. InvadingNature—Springer Series in Invasion
Ecology, 6:251-268
TAYLOR, F.J.R. 1985. The taxonomy and relationships of red tide flagellates. In:
Anderson, D. M., White, A. W., Baden, D. G. (Eds.), Toxic Dinoflagellates.
Elsevier, NY, 11–26
TOWNSEND, C.R.; BEGON, M. & HARPER, J.L. 2006.Fundamentos em Ecologia. 2ª
ed. Porto Alegre: Artmed. 592p.
TROCA, D. F. A. & VIEIRA, J. P. 2012. Potencial invasor dos peixes não nativos
cultivados na região costeira do Rio Grande do Sul, Brasil. Bol. Inst. Pesca, São
Paulo, 38(2): 109 – 120.
USC. 2001. The science of invasive species. http://www.ucsusa.org/global_environment/
invasive_species/index.cfm. (Acessoem 29/12/2008).
VALENTE-MOREIRA, I. M. 1987. The marine and estuarine diatom flora in the
balnearies of Canoas and Ipanema, Paraná State, Brazil. Estudos Biologia, 17: 26–
48.
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
VEITENHEIMER-MENDES, I. 1981. Corbiculamanilensis, (Philippi, 1844) molusco
asiático, na Bacia do Jacuí e do Guaíba, Rio Grande do Sul, Brasil (Bivalvia,
Corbiculidae). Iheringia, SérieZoologia, 60: 63-74.
VEGA-PÉREZ, L. A. (1993). Estudo do zooplâncton da região de Ubatuba, Estado de
São Paulo. Publicação Especial do Instituto Oceanográfico, 10, 65-84.
VILLAC, M. C., CABRAL-NORONHA, V. A. D. P., & PINTO, T. D. O. (2008). The
phytoplankton biodiversity of the coast of the state of São Paulo, Brazil.Biota
Neotropica, 8(3), 0-0.
WOLFF, W. J. &SANDEE, A. J. J. 1971. Distribution and ecology of the
DecapodaReptantia of the estuarine area of the rivers Rhine, Meuse, and
Scheldt.Netherlands Journal of Sea Research, 5(2): 197-226
ZAITSEV, Y & OZTIIRK B. 2001. Exotic species in the Aegean, Marmara, Black, Azov
and Caspian Seas. Turkish Marine Research Foundation. 160: 125-126.
EQUIPE
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia
Laboratório de Crustáceos Decápodes
Top Related