PROGRAMA .......................................................................................................................................... 3
Dia 1 | segunda-feira | 24 de junho ................................................................................................. 4
Dia 2 | terça-feira | 25 de junho ....................................................................................................... 4
Dia 3 | quarta-feira | 26 de junho .................................................................................................... 4
Dia 4 |quinta-feira | 27 de junho ..................................................................................................... 4
Dia 5 | sexta-feira | 28 de junho....................................................................................................... 5
Dia 6 | sábado | 29 de junho ............................................................................................................ 5
Dia 7 | domingo | 30 de junho ......................................................................................................... 5
Dia 8 | segunda-feira | 1 de julho ..................................................................................................... 6
Dia 9 | terça-feira | 2 de julho .......................................................................................................... 6
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ............................................................................................................... 7
Discussão e aprovação do acordo de convivência ............................................................................ 8
O que são e para que servem as Epistemologias do Sul?, com Boaventura de Sousa Santos .......... 8
Sarau Parada Poética, com Renan Inquérito .................................................................................... 8
As pedagogias das Epistemologias do Sul, com Boaventura de Sousa Santos ................................. 9
Oficina Dicionário do Esquecimento, com Renan Inquérito ............................................................. 9
Metodologias pós-abissais e pós-extrativistas, com Boaventura de Sousa Santos .......................... 9
Oficina Da violência à resistência, o direito ao prazer, com João Caçador e Tiago Lila (Fado Bicha)
........................................................................................................................................................ 10
Sabores, aromas e conhecimentos: desafios a uma epistemologia dominante, com Maria Paula
Meneses .......................................................................................................................................... 10
Da monocultura da saúde global às ecologias do cuidar: para uma conceção pós-abissal da
saúde, com João Arriscado Nunes .................................................................................................. 10
Oficina Poesia, Raça e Género: Da interseccionalidade à intraseccionalidade, com Raquel Lima . 11
Oficina Oralidade Slam, com Mick Mengucci ................................................................................. 11
Sarau de Poetry Slam, com Raquel Lima e Mick Mengucci ............................................................ 11
Espessura e dinamismo da linha abissal: reflexões a partir do património, com Cristiano Gianolla
........................................................................................................................................................ 11
Epistemologias do Sul, corpo, racismo e direitos humanos, com Bruno Sena Martins .................. 12
Oficina Ecologias de saberes e metodologias pós-abissais – Partilha de experiências e reflexão
coletiva, com Sara Araújo ............................................................................................................... 12
Artesanias do bem-viver: viagem às Capuchinhas do Campo Benfeito ......................................... 12
Epistemologias do Sul e as economias delas - A cooperativa das ‘Capuchinhas’ da Serra do
Montemuro, com Teresa Cunha ..................................................................................................... 13
Os desafios das Epistemologias do Sul aos estudos sociojurídicos. O pluralismo jurídico e a
sociologia jurídica das ausências e das emergências , com Sara Araújo ........................................ 13
Mercado Solidário Alice .................................................................................................................. 13
2
Avaliação da Escola de Verão.......................................................................................................... 14
BIOGRAFIAS DOS/AS COORDENADORES/AS DE SESSÕES ................................................................ 15
Boaventura de Sousa Santos .......................................................................................................... 16
Bruno Sena Martins ........................................................................................................................ 16
Cristiano Gianolla ............................................................................................................................ 16
Fado Bicha (Lila Fadista e João Caçador) ........................................................................................ 17
João Arriscado Nunes ...................................................................................................................... 17
Maria Paula Meneses ...................................................................................................................... 17
Mick Mengucci ................................................................................................................................ 18
Raquel Lima ..................................................................................................................................... 18
Renan Inquérito .............................................................................................................................. 19
Sara Araújo ...................................................................................................................................... 19
Teresa Cunha .................................................................................................................................. 19
Rita Kacia Oliveira ........................................................................................................................... 20
INFORMAÇÕES ÚTEIS ......................................................................................................................... 21
No Hotel .......................................................................................................................................... 22
Como Chegar ao Centro de Estudos Sociais (CES) .......................................................................... 22
Comboios (Trens) ............................................................................................................................ 23
Chamadas de emergência ............................................................................................................... 28
Custos de Vida ................................................................................................................................. 28
Eletricidade ..................................................................................................................................... 28
Horários de comércio e serviços ..................................................................................................... 28
Não esquecer .................................................................................................................................. 28
Moeda e cartões bancários ............................................................................................................. 29
Saúde .............................................................................................................................................. 29
Serviços Postais ............................................................................................................................... 29
Telefone/GSM ................................................................................................................................. 29
Wi-Fi ................................................................................................................................................ 29
PARCERIAS .......................................................................................................................................... 31
4
Dia 1 | segunda-feira | 24 de junho
10h00-13h30: Receção dos/as participantes na sala 1 do CES (Universidade de Coimbra)
13h00-14h30: Almoço no Colégio de Jesus (Universidade de Coimbra)
15h00: Partida para a Curia
15h45: Check-in e distribuição das/os participantes por quartos
16h30-18h30: Descanso
18h00: Boas Vindas e apresentação da Escola
20h00: Jantar
Dia 2 | terça-feira | 25 de junho
10h00-13h00: Apresentação dos/as participantes e discussão e aprovação do acordo de convivência
13h00-15h00: Almoço e descanso
15h00-18h30: Sessão 1 - O que são e para que servem as Epistemologias do Sul?, com Boaventura de
Sousa Santos
18h30-20h00: Tempo Livre
20h00: Jantar
21h30: Sarau Parada Poética, com Renan Inquérito
Dia 3 | quarta-feira | 26 de junho
9h00-9h30: Parada poética, com Renan Inquérito
9h30-13h00: Sessão 2 - As pedagogias das Epistemologias do Sul, com Boaventura de Sousa Santos
13h00-15h00: Almoço e descanso
15h00-18h30: Oficina Dicionário do Esquecimento, com Renan Inquérito
18h30-20h00: Tempo livre
20h00: Jantar
Dia 4 |quinta-feira | 27 de junho
9h30-13h00: Sessão 3 - Metodologias pós-abissais e pós-extrativistas, com Boaventura de Sousa Santos
13h00-15h00: Almoço e descanso
15h30-17h30: Oficina Da violência à resistência, o direito ao prazer, com João Caçador e Tiago Lila (Fado Bicha)
18h30-20h00: Tempo livre
20h00: Jantar
21h30: Concerto, com Fado Bicha
5
Dia 5 | sexta-feira | 28 de junho
10h00-11h15: Sessão 4 - Sabores, aromas e conhecimentos: desafios a uma epistemologia dominante, com Maria Paula Meneses
11h45-13h00: Sessão 5 - Da monocultura da saúde global às ecologias do cuidar: para uma conceção pós-abissal da saúde, com João Arriscado Nunes
13h00-15h00: Almoço e descanso
15h00-18h30: Oficinas de poesia (oficinas paralelas) a) Poesia, Raça e Género: Da interseccionalidade à intraseccionalidade, com Raquel Lima b) Oralidade Slam, com Mick Mengucci
18h30-20h00: Descanso
20h00: Jantar
21h30: Sarau de Slam Poetry, com Raquel Lima e Mick Mengucci
Dia 6 | sábado | 29 de junho 10h00-11h15: Sessão 6 - Espessura e dinamismo da linha abissal: reflexões a partir do património, com Cristiano Gianolla
11h15-11h45: Pausa para café
11h45-13h00: Sessão 7 - Epistemologias do Sul, corpo, racismo e direitos humanos, com Bruno Sena Martins
13h00-15h00: Almoço e descanso
15h00-15h30: Parada Poética, com Renan Inquérito
15h30-18h30: Oficina Ecologias de saberes e metodologias pós-abissais – Partilha de experiências e reflexão coletiva, com Sara Araújo
18h30-20h00: Tempo Livre
20h00: Jantar
Dia 7 | domingo | 30 de junho
Artesanias do bem-viver: viagem às Capuchinhas do Campo Benfeito
8h30: Partida para Campo Benfeito
11h00: Chegada a Campo Benfeito e encontro com as Capuchinhas
12h00: Visita à aldeia e encontro com a Associação 'Montanhas de Saberes'
13h30: Almoço na piscina natural
16h00: Oficina da Lã
17h00: Merenda
18h00: Partida para a Curia
6
Dia 8 | segunda-feira | 1 de julho
10h00-11h15: Sessão 8 - Epistemologias do Sul e as economias delas - A cooperativa das ‘Capuchinhas’ da
Serra do Montemuro, com Teresa Cunha
11h15-11h45: Pausa para café
11h45-13h00: Sessão 9 - Os desafios das Epistemologias do Sul aos estudos sociojurídicos. O pluralismo
jurídico e a sociologia jurídica das ausências e das emergências, com Sara Araújo
13h00-15h00: Almoço e descanso
15h00-20h00: Tempo livre, mercado solidário, atividades e reuniões auto-organizadas
20h00: Jantar e festa de despedida no jardim do hotel
Dia 9 | terça-feira | 2 de julho
Até às 10h00: Check-out
10h00-13h00: Avaliação da Escola de Verão
13h00: Almoço
15h00: Regresso a Coimbra
8
Discussão e aprovação do acordo de convivência
Esta metodologia foi aprendida com as oficinas da Universidade Popular dos Movimentos Sociais.1
Na primeira manhã do curso, coletivamente, os/as participantes definirão as regras de
funcionamento e convivência da Escola. Entre outros princípios, aconselhamos que sejam
definidos os tempos de intervenção nos debates, fique claro o grau de exposição a fotos e
filmagens com que cada um/a se sente confortável e se estabeleçam formas de entendimento
entre participantes que não têm uma língua comum.
O que são e para que servem as Epistemologias do Sul?, com Boaventura de Sousa Santos
Inicialmente centrada na crítica do conhecimento científico, atualmente a epistemologia tem a
ver com a análise das condições de produção e identificação do conhecimento válido, bem como
da crença justificada. Possui, por conseguinte, uma dimensão normativa. Nesse sentido, as
epistemologias do Sul desafiam as epistemologias dominantes. Esta primeira sessão centra-se nas
principais premissas e questões e nos instrumentos conceptuais das Epistemologias do Sul: o que
é a linha abissal e o pensamento abissal e pós-abissal? O que é a sociologia das ausências e a
ecologia de saberes? O que é a sociologia das emergências? Quais são as principais questões
levantadas pelas Epistemologias do Sul (o problema do relativismo, o problema da objetividade,
o problema do papel da ciência, o problema da autoria, o problema da oralidade e da escrita, o
problema da luta, o problema da experiência, o problema da corporalidade do saber, o problema
do sofrimento injusto, o problema do aquecimento da razão, ou o corazonar, o problema de como
relacionar sentido e copresença)?
Sarau Parada Poética, com Renan Inquérito
A proposta do sarau é apresentar a literatura despida de qualquer conotação canónica ou
acadêmica. A palavra falada rompe o silêncio costumeiro das bibliotecas e livrarias. Existe apenas
uma regra: ouvidos inclinados à poesia. O encontro proporciona microfone aberto para partilhar
histórias e poemas como forma de celebrar a oralidade. É lugar para recitar textos, versos, frases
e revoltas. Palavras lidas, memorizadas, improvisadas, não importa a forma, não teremos forma.
Sem profissionais, apenas amadores, AMADORES da arte e da palavra! Vamos libertar a poesia
presa nos cativeiros das bibliotecas, deixar fluir as letras aprisionadas nos cadernos, trancadas nas
gavetas. Serviremos palavras cruas, para que cada um as prepare à sua maneira. Rimas refogadas,
sonetos assados, músicas à milanesa, poesias à bolonhesa, contos à carbonara e crônicas à dorê.
Uma porção de gente, servida de vontade. Vamos maltratar a gramática e jogar a culpa na licença
poética.
1 Ver Documento de Metodologia da UPMS-http://www.universidadepopular.org/site/media/Metodologia/Orientacoes_metodologicas_UPMS_-_PT_-_30-04-15.pdf
9
As pedagogias das Epistemologias do Sul, com Boaventura de Sousa Santos
Esta sessão pretende discutir as pedagogias pós-abissais que as epistemologias do Sul preconizam
e que proporcionam a conversão das mesmas num novo senso comum para novos públicos
subalternos e contra-hegemónicos mais amplos, empenhados em práticas transformadoras
progressistas. Serão abordadas as seguintes questões: Como articular e manter um diálogo entre
diferentes saberes que, em algumas situações, radicam em culturas diferentes (o problema da
tradução intercultural)? Como desenvolver, fazer proliferar e sustentar contextos conducentes à
autoaprendizagem colaborativa através da qual se pratiquem as ecologias de saberes à luz de
práticas transformadoras comummente acordadas (o problema da educação popular)? Como
refundar a universidade com base no primado do princípio da justiça cognitiva (o problema da
descolonização da universidade)? Como ligar a educação popular e a universidade através da
ecologia de saberes e da artesania das práticas? Como reconhecer conhecimentos que nasceram
ou estão presentes em lutas sociais enquanto essas lutas duram e, depois de terminadas, sejam
independentes dos respetivos resultados?
Oficina Dicionário do Esquecimento, com Renan Inquérito
Com base na proposta epistemológica da Ecologia de Saberes vamos criar um “novo dicionário”,
resignificando palavras cujos sentidos são muito duros ou distantes da linguagem do dia-dia,
incluindo palavras usadas estritamente em textos e teorias acadêmicas. Assim, cada um/a dos/as
participantes escolherá um conjunto de palavras e terá como missão dar-lhes um significado mais
afetivo, mais empírico do que teórico, de modo a aproximá-las do cotidiano e das vivências de
cada um. Após a escolha das palavras e suas novas definições, cada um confecionará seu próprio
dicionário manualmente, com uma folha de sulfite colorida e uma técnica de dobradura, e nascerá
o nosso livro miniatura, o pequeno dicionário do esquecimento.
Metodologias pós-abissais e pós-extrativistas, com Boaventura de Sousa Santos
As ciências sociais modernas abissais usam metodologias que extraem informação de objetos de
pesquisa e se assemelham à extração de minerais e petróleo da natureza pelas indústrias de
mineração. As epistemologias do Sul, pelo contrário, assentam no saber-com, por oposição ao
saber-sobre. Devem, por isso, fornecer diretrizes sobre metodologias de cocriação de
conhecimento entre sujeitos cognitivos. Esta sessão irá abordar as seguintes questões: Como
descolonizar o conhecimento, bem como as metodologias através das quais é produzido? Como
criar metodologias consonantes com as epistemologias do Sul, ou seja, metodologias não
extrativistas? Quais os contextos das combinações entre saberes científicos e artesanais nas
ecologias de saberes? Qual a relação entre a ciência e a arte? O que implica ser um/a
investigador/a pós-abissal? Como desmonumentalizar o conhecimento escrito e promover a
autoria?
10
Oficina Da violência à resistência, o direito ao prazer, com João Caçador e Tiago Lila (Fado
Bicha)
No nosso trabalho, enquanto projeto musical e ativista que utiliza como ferramenta um género
musical conservador muito ligado a uma identidade nacional fundada no patriarcado, na
cisheteronormatividade e na homogeneidade racial, desfiamos o caminho que vai da violência à
resistência. Usamos como matéria-prima a vergonha, a rejeição e o ridículo que as LGBTI integram
e reformulam ao longo das suas vidas e transformamo-las em emoções que carpem o passado ao
mesmo tempo que criam laços na comunidade e nos projetam num futuro mais poderoso e
resistente. É este o percurso que queremos fazer com os participantes, partindo das nossas letras
e das histórias das pessoas presentes, nos territórios que ocupam, socialmente, moralmente,
legislativamente. O mote que orienta o nosso trabalho é o direito ao prazer como ferramenta
central da resistência anti-homobitransfóbica e anticapitalista.
Sabores, aromas e conhecimentos: desafios a uma epistemologia dominante, com Maria Paula
Meneses
Como compreender as cozinhas como laboratórios de saberes e afetos? Como reconhecer as
sujeitas de saberes poderosos, em que assenta o refazer do tecido social? Neste encontro
procuraremos, em conjunto, por um lado, identificar as linhas abissais contemporâneas e as
relações de poder-saber-ser que as constituem, passo fundamental para ultrapassar a relação de
silenciamento e subalternização e permitir uma copresença radical entre os seres e os seus
saberes (Santos, 2007; 2018). Num segundo momento, a partir de uma compreensão dos saberes
contextuais, onde os aromas e os sabores são fundamentais, procuraremos explorar o papel de
diferentes conexões sensoriais e afetivas, ponte para uma ecologia de/com sabores. Esta ecologia
de sabores permite (re)conhecer pontes entre o conhecido e o silenciado, entre o familiar e o
estranho, garantido a (re)existência das mulheres nas lutas contra a opressão.
Da monocultura da saúde global às ecologias do cuidar: para uma conceção pós-abissal da
saúde, com João Arriscado Nunes
Uma parte significativa da população mundial vive hoje num estado de emergência permanente,
em que a precarização da vida e das condições de existência transforma o viver quotidiano num
processo de luta em que se tecem experiências de sofrimento e de enfrentamento de formas
diversas de violência e opressão. No âmago das experiências de crise e de exclusão abissal,
emergem e afirmam-se novas configurações de saberes e práticas do cuidar, forjadas nas lutas
pela vida e pela justiça. Nesses encontros, os dualismos próprios da monocultura da
(bio)medicina, ampliada sob o guarda-chuva da Saúde Global, deparam com os limites da
diferenciação corpo/alma, soma/psique ou organismo/ambiente, em que se apoia a relegação
das “outras” medicinas, terapias e formas de cura para o domínio dos distúrbios da mente ou da
“cultura”, da “influência” ou da “sugestão”, ou do limbo do “efeito placebo”. Procura-se, assim,
trazer à discussão exemplos de encontros entre a biomedicina/Saúde Global e os saberes e
11
práticas situadas do sofrimento e do cuidado, e examinar as condições que possibilitam a
emergência de ecologias do cuidado e de saberes e práticas da cura.
Oficina Poesia, Raça e Género: Da interseccionalidade à intraseccionalidade, com Raquel Lima
Esta oficina serve para questionar, a partir do corpo do(a) poeta contemporâneo(a), a imposição
hegemónica do cânone literário, tendencialmente masculino, branco e elitista. Proponho um
exercício que passa, por um lado, pela identificação de padrões que sustentam processos criativos
e identitários em constante reinvenção e reescrita numa procura de rutura com o estável, fixo e
inerte e, por outro lado, pela análise da forma como o(a) poeta interliga identidade, raça, sexo,
sexualidade e papéis de género. Os(as) participantes na oficina vão ser convidados(as) a participar
numa série de dinâmicas e exercícios individuais e coletivos, incluindo a escrita e leitura de
poemas originais que permitam encontrar sinais e camadas de repressão do discurso normativo.
Esta oficina surge na sequência da série de oficinas intituladas ‘Poesia e Género: para uma escrita
poética interseccional’, realizados em Tartu (2013), São Paulo (2017), Coimbra, Curia e Vigo
(2018).
Oficina Oralidade Slam, com Mick Mengucci
Esta oficina prática de poetry slam pretende encontrar a poesia de cada participante e apresentá-
la num jogo de grupo em que cada pessoa poderá declamar uma parte de si. A voz, o canto, a
dança, os olhos, as mãos, o silêncio servem para comunicar aos outros a nossa poesia: expressão
oral própria de ser humano. Procurar beleza a partir da consciência para ser eficaz a comunicar a
qualquer comunidade, genro, raça, sociedade, teatro. Se há uma coisa no mundo sobre a qual
temos completo poder de a mudar, é nós mesmo.
Sarau de Poetry Slam, com Raquel Lima e Mick Mengucci
O poetry slam é uma prática e um movimento de expressão poética que assenta na escrita de
palavras para serem ditas. Os saraus de poetry slam constituem momentos de partilha de
mensagens e ideias através da poesia falada. São lugares de troca, valorização da oralidade e
democratização da criação. No jardim da Curia, todos e todas são convidados/as a ler poesias de
autoria própria e/ou escutar. A variedade de estilos, temas, línguas e linguagem depende da
heterogeneidade, da criatividade e da vontade do grupo. Não é imposto um registo específico.
Existem contudo algumas regras: cada intervenção não pode ultrapassar os 3 minutos; o júri, que
avalia subjetivamente, desamarrado de critérios académicos, é escolhido entre os
participantes/as e formadores/as; os vencedores recebem um prémio simbólico.
Espessura e dinamismo da linha abissal: reflexões a partir do património, com Cristiano Gianolla
Enquanto o património europeu é caracterizado pela “glória” dos impérios, os discursos
insurgentes denunciam a face opressora e excludente do colonialismo. Os significados
transmitidos através do património legitimam a narrativa autorizada da “nossa” história e têm um
impacto na definição de como o “nós” é construído hoje e quem é excluído dele. De baixo para
12
cima, o património é um espaço disputado de luta contra a exclusão e opressão, é a linha abissal
em formação. Contribuindo para as epistemologias do Sul, o património fornece evidências para
refletir sobre a espessura e o dinamismo da linha abissal. Os dados de apoio são retirados de uma
etnografia em curso, realizada com movimentos afrodescendentes e acadêmicos engajados em
Lisboa, que promovem uma compreensão plural da herança portuguesa.
Epistemologias do Sul, corpo, racismo e direitos humanos, com Bruno Sena Martins
Partindo do trabalho de campo realizado na cidade de Bhopal, Índia, em 2014, no âmbito do
Projeto Alice, mergulhamos nas vívidas memórias dos sobreviventes do maior desastre industrial
da história. Esta abordagem pretende convocar leituras sobre o tempo, a violência e as
demarcações de humanidade que definem a memória social. Em particular, pretende-se
questionar os processos pelos quais algumas vidas são desproporcionadamente expostas à
violência e fracassam em receber justa compensação, bem como os itinerários pelos quais alguns
sofrimentos são tendencialmente elididos da memória social do Ocidente. Estamos perante
“exclusões abissais” engendradas por um nexo colonial-capitalista cujo poder, ligado às
hierarquias de religião e casta que desqualificam muçulmanos e Dalit, se revela na denegação do
valor da vida dos sobreviventes de Bhopal. Finalmente, analisa-se a forma como a vulnerabilidade
biográfica e corpórea, imposta pelo desastre, criou espaços de enunciação, narrativas de
resistência e de comunidades de “memória pós-abissal”.
Oficina Ecologias de saberes e metodologias pós-abissais – Partilha de experiências e reflexão
coletiva, com Sara Araújo
As Epistemologias do Sul foram testadas e experimentadas com o projeto Alice – Espelhos
Estranhos, Lições Imprevistas. Recorrendo à projeção de filmes do projeto e à partilha das
experiências vividas, iremos refletir sobre a concretização da ecologia de saberes e as
metodologias não extrativistas usadas pelo grupo das Epistemologias do Sul (oficinas da UPMS,
Conversas do Mundo, palcos de ecologia de saberes, ideias para a Europa, etc.). Serão lançadas
questões para discussão coletiva e espera-se que os/as participantes possam comentar
criticamente as experiências partilhadas, trazer outros exemplos de metodologias não
convencionais, levantar questões metodológicas relacionadas com temas de interesse e com o
trabalho desenvolvido no âmbito das suas pesquisas e/ou do ativismo político.
Artesanias do bem-viver: viagem às Capuchinhas do Campo Benfeito
Esta atividade será realizada na aldeia de Campo Benfeito, Serra de Montemuro, onde iremos
conhecer o trabalho das Capuchinhas, fazer um piquenique e visitar as piscinas naturais. As
Capuchinhas são uma cooperativa de mulheres, que faz vestuário artesanal em linho lã e burel
desde 1988. O burel - lã de ovelha prensada, muito quente e bastante impermeável - é o tecido
da capucha, capa tradicional que serve de agasalho a quem vive na serra. A arte de tecer é mantida
viva com peças originais, frequentemente inspiradas em desenhos tradicionais, a que se
acrescenta um toque moderno. Na tecelagem é usada sobretudo a técnica dos puxados e no burel
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são usados os bordados e os recortes. Para dar vida às coleções, a lã é tingida com plantas
naturais.
Epistemologias do Sul e as economias delas - A cooperativa das ‘Capuchinhas’ da Serra do
Montemuro, com Teresa Cunha
A cooperativa ‘Capuchinhas’, que iremos conhecer na véspera, é uma iniciativa de mulheres da
Serra do Montemuro, uma das regiões mais isoladas e empobrecidas do centro interior de
Portugal. Esta cooperativa foi pensada, desde o seu início, nos anos 80 do século passado, como
uma forma de resistência, mas também de criação de uma alternativa local ao desemprego e à
emancipação das mulheres. Esta cooperativa presta uma especial atenção aos problemas
concretos da sua região e da sua população, procura fazer face aos desequilíbrios territoriais e à
crescente mercantilização de todas as esferas da vida. Este trabalho tem dois objetivos principais.
O primeiro é a ampliação teórica e analítica do conceito de economia solidária e das sociabilidades
que lhe estão associadas. Em segundo lugar, através de uma etnografia densa apresento a
complexidade da criação e vida da cooperativa dando centralidade às próprias palavras e
narrativas das protagonistas que pensam sobre si e sobre o mundo onde atuam.
Os desafios das Epistemologias do Sul aos estudos sociojurídicos. O pluralismo jurídico e a
sociologia jurídica das ausências e das emergências , com Sara Araújo
As Epistemologias do Sul não proporcionam uma receita universal para descolonizar o saber e são
mais do que um corpo teórico passível de acrescentar a outras leituras. Convidam as ciências
sociais a reformularem velhas questões, lançarem novas perguntas, repensarem abordagens e
metodologias, ampliarem a realidade visível e expandirem a imaginação política. Desde logo,
propõem-nos um conjunto de ferramentas epistemológicas que nos desafiam a identificar as
ausências produzidas pelos conceitos científicos e a visibilizar o conhecimento nascido nas lutas
sociais. Neste momento, vamos discutir alguns dos desafios que as Epistemologias do Sul lançam
à sociologia do direito, em particular, ao conceito de pluralismo jurídico e aos estudos dos
caleidoscópios jurídicos que se multiplicam no mundo e assumem formatos muito diversificados.
Mercado Solidário Alice
O mercado solidário é a experimentação de uma economia que tem no seu centro a
reciprocidade, e não a acumulação; os laços, e não a mais-valia; as trocas, e não a mercantilização
da vida ou dos afetos; a harmonia, e não a exploração; a solidariedade, e não o extrativismo. Além
de ser possível, para muitas pessoas no mundo, é uma maneira de pensar uma economia
substantiva, onde o valor prevalece e onde nem tudo pode ser comprado, nem vendido. No nosso
mercado solidário Alice vamos poder realizar trocas solidárias. Para isso, basta que cada uma e
cada um de nós contribua para esse mercado com objetos, serviços ou produtos
(preferencialmente de sua autoria, ou dos quais possa dispor). Por exemplo: fotos, desenhos,
poesias, livros, artesanato, vídeos, peças de roupa, discos, pinturas, bio-jóias, oficinas de leitura
de poesia ou de pintura sobre tecido..., enfim, tudo o que a vossa imaginação possa pensar. O
importante é que estejamos disponíveis para trocar, neste mercado solidário, coisas que são mais
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do que coisas, são objetos, produtos ou serviços que têm um forte significado para nós. Que a
troca seja um momento em que com as coisas, produtos e serviços, se criem laços, se fortaleçam
cumplicidades, se re-inventem as lutas coletivas pelo bem-viver. Só assim, a troca é solidária e, de
uma maneira ainda muito imperfeita, é certo, se experimenta a ética das mútuas obrigações da
filosofia do Ubuntu: eu sou, porque nós somos
Avaliação da Escola de Verão
No último dia, os/as participantes são convidados/as a devolver uma folha de avaliação da escola,
que lhes será entregue, por preencher, no primeiro dia. Será, ainda, feita uma roda em que cada
um/a pode expor a sua avaliação crítica da escola, mencionando o que foi melhor e o que foi pior.
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Boaventura de Sousa Santos
[email protected] Boaventura de Sousa Santos nasceu em Coimbra, a 15 de Novembro de 1940. É Doutorado em Sociologia do Direito pela Universidade de Yale (1973) e Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Distinguished Legal Scholar da Universidade de Wisconsin-Madison. Foi também Global Legal Scholar da Universidade de Warwick e Professor Visitante do Birkbeck College da Universidade de Londres. É Diretor Emérito do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa. De 2011 a 2016, dirigiu o projeto de investigação Alice - Espelhos estranhos, lições imprevistas: definindo para a Europa um novo modo de partilhar as experiências o mundo, um projeto financiado pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC), um dos mais prestigiados e competitivos financiamentos internacionais para a investigação científica de excelência em espaço europeu. Temas de pesquisa: Epistemologia, sociologia do direito, teoria pós-colonial, democracia, interculturalidade, globalização, movimentos sociais, direitos humanos. O seu trabalho tem sido publicado em português, inglês, italiano, espanhol, alemão, francês, chinês e romeno. Entre as suas publicações mais relevantes em português, destacamos: O fim do império cognitivo (Almedina, 2018), Se Deus fosse um ativista dos direitos humanos (Cortez Editora, 2013); Epistemologias do Sul, (Cortez, 2012); Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social (Boitempo, 2007); A gramática do tempo. Para uma nova cultura política (Afrontamento, Cortez, 2006); Fórum Social Mundial: Manual de Uso (Cortez, Afrontamento, 2005); A Crítica da Razão Indolente: Contra o Desperdício da Experiência (Afrontamento, Cortez, 2000).
Bruno Sena Martins
[email protected] Bruno Sena Martins é Investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES). Actualmente, desempenha no CES as funções de Vice-presidente Conselho Científico e de Co-coordenador no Programa de extensão académica "O Ces vai à Escola." É ainda Co-coordenador do Programa de Doutoramento "Human Rights in Contemporary Societies." É docente no Programa de Doutoramento "Pós-colonialismos e cidadania global." Entre 2013 e 2016, foi Co-coordenador do Núcleo "Democracia, Cidadania e Direito" (DECIDe). É Licenciado em antropologia e doutorado em sociologia. Os seus temas de interesse preferenciais são o corpo, a deficiência, os direitos humanos e o colonialismo. No âmbito da sua pesquisa realizou trabalho de campo em Portugal, na Índia e em Moçambique, mantendo ainda estreitas ligações com a academia Brasileira. Realizou dois filmes documentais de divulgação científica. Em 2006, foi galardoado com Prémio do Centro de Estudos Sociais para Jovens Cientistas Sociais de Língua Oficial Portuguesa. Em 2007, esteve como Research Fellow no Centre for Disability Studies (CDS), na School of Sociology and Social Policy da Universidade de Leeds.
Cristiano Gianolla
Cristiano Gianolla estudou informática, filosofia (BA), filosofia política (MA), direitos humanos e
democratização (E.MA), sociologia e Ciência Política (Ph.D.) em Itália, Alemanha e Portugal. As
suas áreas de especialização centram-se nas teorias democráticas e a sua relação com o Sul
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metafórico, diálogo intercultural, cosmopolitismo e pós-colonialismo. Trabalhou na área de
Tecnologia de Informação e Comunicação, assim como em Organizações não-Governamentais,
Instituições Internacionais e na Academia em diferentes países. Desde 2011 até 2017 foi
investigador júnior no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra onde integrou a
equipa do Projeto ALICE (ERC). Desde 2017 é investigador do mesmo centro e atualmente
integra a equipa do projeto ECHOES (Horizon 2020). É autor de dois livros e de vários artigos
científicos.
Fado Bicha (Lila Fadista e João Caçador)
O Fado Bicha é um projeto musical e ativista composto por Lila Fadista (voz) e João Caçador
(guitarra elétrica e outros instrumentos). O projeto, em todas as suas vertentes (temática, lírica,
visual, musical), assenta sobre uma premissa de subversão da regra heteronormativa. Mais
ainda quando a matriz de referência e a matéria sobre a qual trabalham é o fado, um estilo
musical conservador nutrido por um meio tradicionalista. Através da alteração de poemas já
cantados e da criação de novos, criam-se espaços para a experimentação de narrativas não
normativas no que toca ao género e à sexualidade. É fado até ao tutano, intenso e rasgado, e é
bicha porque usa a subversão como linguagem de identidades tão pouco representadas.
João Arriscado Nunes
[email protected] João Arriscado Nunes é Professor Catedrático da Universidade de Coimbra, co-coordenador do Programa de Doutoramento "Governação, Conhecimento e Inovação" e Investigador do CES. Foi Pesquisador Visitante na Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), no Rio de Janeiro. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas dos estudos de ciência e de tecnologia (em particular, da investigação biomédica, ciências da vida e da saúde pública, da relação entre ciência e outros modos de conhecimento), da sociologia política (democracia, cidadania e participação pública, nomeadamente em domínios como ambiente e saúde) e teoria social e cultural (com ênfase no debate sobre as "duas culturas"). Mais recentemente, coordenou os projetos de investigação "Avaliação do estado do conhecimento público sobre saúde e informação médica em Portugal", no âmbito do Programa Harvard Medical School - Portugal e "BIOSENSE". Coordenou e participou em vários projetos nacionais e internacionais. Coorganizador dos livros Enteados de Galileu: A Semiperiferia no Sistema Mundial da Ciência (Porto: Afrontamento, 2001); Reinventing Democracy: Grassroots Movements in Portugal (London: Frank Cass, 2005) e Objectos Impuros: Experiências em Estudos Sobre a Ciência (Porto: Afrontamento, 2008) e autor de publicações diversas.
Maria Paula Meneses
[email protected] Maria Paula Meneses é investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. É também membro do Centro de Estudos Sociais Aquino de Bragança, em Moçambique. De entre os temas de investigação com que trabalha atualmente assumem destaque os debates
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pós-coloniais; o pluralismo jurídico com especial ênfase para as relações entre o Estado e as "autoridades tradicionais" no contexto africano; e o papel da história oficial, da memória e das "outras" histórias no resgate de um sentido mais amplo de pertença no campo dos processos identitários contemporâneos, especialmente no contexto geopolítico africano. Maria Paula Meneses tem lecionado em várias universidades, entre as quais estão a
Universidade de Sevilha (Espanha); a SOAS (Reino Unido); a Universidade de Bayreuth
(Alemanha); e a Universidade Federal Fluminense (Brasil).
Das suas obras publicadas destacam-se: O Direito por fora do Direito: as instâncias extra-judiciais
de resolução de conflitos em Luanda (Co-organizado com Júlio Lopes, Almedina, 2012);
Epistemologias do Sul (co-organizado com Boaventura de Sousa Santos, Cortez, 2012); Law and
Justice in a Multicultural Society: The Case of Mozambique (co-organizado com Boaventura de
Sousa Santos e João Carlos Trindade, CODESRIA, 2006).
Mick Mengucci
[email protected] Músico, performer e engenheiro de multimédia. Italiano a residir em Lisboa desde 1998, combina habilitações científicas e académicas com a música, a poesia e a arte. Trabalha como animador e cantor em várias bandas e coordena projetos artísticos que aliam a spokenword à interação multimédia. Com um doutoramento em processamento de imagem digital pelo IST, a sua investigação tem-se centrado na área da interação digital para o desenvolvimento de sistemas e instalações interativas para eventos, performances e dispositivos SSD (sensory substitution devices). Dinamiza oficinas em escolas em torno da poetry slam, das artes digitais e da musicalidade em colaboração com outros profissionais e artistas através do Lab.I.O. – Laboratório de Interação e Oralidade. Organiza eventos de Poetry Slam desde 2010. Slammer por paixão e declamador de textos, tem emprestado a voz para dobragens e ocasionalmente trabalha como ator. Tem colaborado com músicos de origens e influências diversas.
Raquel Lima
[email protected] Raquel Lima nasceu em 1983 (Lisboa). Licenciada em Estudos Artísticos pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, trabalha no Centro de Estudos Comparatistas da mesma faculdade. É atualmente aluna de Doutoramento do Programa Pós-Colonialismos e Cidadania Global (CES-FEUC) na Universidade de Coimbra. A sua investigação centra-se em literatura, tradição oral, subalternidades, diásporas e feminismos. Colaborou em diversas estruturas artísticas enquanto gestora cultural, na área da dança contemporânea, teatro, música, literatura, arquitetura, performance, cinema e artes visuais. Em 2011 fundou a Associação Cultural Pantalassa para a mobilidade artística no espaço lusófono. Escreve poesia para ser dita, tendo participado em vários eventos nacionais e internacionais dedicados à palavra e ao spokenword, em Itália, França, Polónia, Reino Unido, Bélgica, Brasil, Estónia, Espanha, Holanda, São Tomé e Príncipe, Suécia e Suíça. Publicou os seus poemas em fanzines, antologias poéticas e coletâneas de literatura experimental, como as Edições Côdeas, o 3,2,1,SLAM!, Fazedores de Letras, Poetas do Povo, a fanzine feminista PPKDanada e a antologia Crazy Tartu. Enquanto formadora de oficinas de Poesia destaca o Slam São Tomé, no âmbito da residência artística ‘Portugal Contemporâneo com São Tomé e Príncipe’, o projeto ‘Palavra Dita e Feita’ em Lisboa e no Porto, o 1º Poetry Slam Lusófono no âmbito da IV Bienal de Culturas Lusófonas e o Workshop ‘Poesia e Género’ em
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Tartu, Estónia (2015) e São Paulo, Brasil (2017). Entre 2012 e 2017 fez a Coordenação Geral do PortugalSLAM – Plataforma e Festival Internacional de Poesia e Performance.
Renan Inquérito
[email protected] Brasileiro, mestre em Geografia pela Unicamp e doutorado pela Unesp. Iniciou sua trajetória como docente em assentamentos rurais, depois deu aulas para o ensino fundamental, médio, cursinho e faculdade. Artisticamente atua no movimento hip-hop desde 1997, quando fundou o grupo de rap Inquérito, com o qual gravou 5 discos ao longo da carreira. Com três livros de poesias publicados, seu trabalho mistura arte e educação pelo viés do hip-
hop e da literatura. Na dissertação de mestrado “Cada Canto um Rap, Cada Rap um Canto”,
(Unicamp, 2012), contou a história das regionalidades brasileiras através do rap. Assinou o
roteiro da Ópera Rap Global em parceria com o sociólogo Boaventura de Sousa Santos, com
quem também realiza pesquisas e prepara um livro.
Sara Araújo
[email protected] Sara Araújo doutorou-se em “Direito, Justiça e Cidadania no século XXI”, com uma tese sobre pluralismo jurídico e Epistemologias do Sul. Fez parte da equipa de coordenação do Projeto Alice – Espelhos Estranhos Lições Imprevistas (B. S. Santos ERC Advanced Grant), hoje transformado em Programa de Investigação em Epistemologias do Sul. Pertenceu ao Observatório Permanente da Justiça Portuguesa (2003-2005), mantendo ainda ligações de colaboração, nomeadamente no âmbito de atividades de investigação e formação (UNIFOJ). Integrou a equipa binacional para a reforma da justiça em Moçambique (2003-2004), foi membro da equipa de investigadores/as do Centro de Formação Jurídica e Judiciária de Moçambique (2005-2006) e investigadora associada do Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane (2008-2010). Participou recentemente na realização de um Estudo Diagnóstico da Justiça em Timor-Leste e é atualmente investigadora do projeto europeu ETHOS - Towards a European THeory Of juStice and fairnes. É cocoordenadora da Escola de Verão das Epistemologias do Sul, pertence ao coletivo que coordena a Universidade Popular dos Movimentos Sociais na Europa e é uma das dinamizadoras da Universidade Popular Empenho e Arte, um projeto de ecologia de saberes em gestação e uma das apostas estratégicas para o futuro do CES. Organizou um elevado número de eventos científicos e, enquanto parte dos desafios lançados pela proposta das Epistemologias do Sul, desenvolveu múltiplas atividades que combinam ciência, arte e conhecimentos nascido nas lutas sociais (concertos, conferências-concerto, palcos de ecologia de saberes, performances, exposições, oficinas da UPMS, fóruns, tendas Paulo Freire, entre outros).Os seus interesses de investigação incluem o pluralismo jurídico e o Estado, o acesso à justiça, as Epistemologias do Sul e as metodologias não extrativistas. Em 2008, recebeu o prémio Agostinho da Silva, atribuído pela Academia de Ciências de Lisboa.
Teresa Cunha
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Teresa Cunha nasceu no Huambo em Angola e vive em Coimbra, Portugal. Doutorada em Sociologia pela Universidade de Coimbra. Realiza um projeto pós-doutoral sob o título: Women InPower Women. Democracy, dignity and good-living in Mozambique, South Africa and Brazil. É investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. É Professora na Escola Superior de Educação de Coimbra, Formadora Sénior dos Centros Europeus de Juventude do Conselho da Europa e presidente da ONGD 'Acção para a Justiça e Paz'. Estudou teologia, filosofia, ciências da educação e sociologia. Os seus interesses de investigação são feminismos e pós-colonialismos no Índico; mulheres transição pós-bélica, seguranças e memórias; economias feministas; direitos humanos. Publicou os seguintes livros: Ensaios pela Democracia. Justiça, dignidade e bem-viver; Elas no Sul e no Norte; Vozes das Mulheres de Timor; Timor-Leste: Crónica da Observação da Coragem; Feto Timor Nain Hitu - Sete Mulheres de Timor; Andar Por Outros Caminhos; Raízes da ParticipAcção, para além de artigos em revistas científicas e capítulos de livros em vários países e línguas.
Rita Kacia Oliveira
(Assessora da Coordenação)
Rita Kacia Oliveira integra o Gabinete de Gestão de Projetos do Centro de Estudos Sociais da
Universidade de Coimbra. É licenciada em Sociologia pela Faculdade de Economia da
Universidade de Coimbra. Funcionária do CES desde 2008, fez parte do Gabinete de Eventos
Comunicação e Imagem, enquanto responsável pela gestão de eventos, até 2013, altura em que
passou a assumir funções de Secretária Executiva do projeto ALICE - Espelhos Estranhos, Lições
imprevistas, coordenado por Boaventura de Sousa Santos. Com larga experiência na produção
de eventos científicos e culturais, antes de fazer parte da equipa de funcionárixs do CES
colaborou na organização de exposições, palestras de âmbito cultural e concertos. Foi
mediadora cultural da Exposição Coimbra-Aix-en-Provence (Convento de São Francisco, 2007).
Fez parte da organização do I Prémio de Pintura da Galeria Santa Clara. Colaborou como
assistente de apoio à investigação do projeto Territórios Europeus numa perspectiva comparada.
No CES acumula funções de tradutora de português-inglês e em regime de freelancer traduziu
um considerável número de artigos e relatórios para instituições e investigadorxs nacionais e
internacionais. Faz parte do conselho editorial do ALICE News, sendo responsável pela gestão
da plataforma de informação e dos seus conteúdos.
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No Hotel
Dados de acesso Wi-Fi hotel: Rede: HOTELTERMAS ou HTGUEST Password: CURIAHOTEL
Dados de acesso Wi-Fi Escola de Verão:
Rede: HUAWEI-CES
Password: ces2016h
- A organização não se responsabiliza por despesas extra dos/as participantes. A estadia inclui o
alojamento e as refeições coletivas (pequenos almoços, almoços, jantares e coffee breaks). Não estão
incluídas despesas no bar do hotel ou no mini-bar dos quartos, room service, lavandaria, telefone ou
quaisquer outros gastos.
- Ao chegar ao hotel no dia 24, tenha o passaporte à mão para evitar demoras no check-in.
- O check-out no dia 2 tem de ser feito obrigatoriamente até às 10h00. Qualquer custo extra
relacionado com check-out tardio será da responsabilidade individual do/a participante.
Aconselhamos que o check-out seja feito até às 9h30 antes do início da sessão de Avaliação Coletiva
do Curso (às 10h00).
- Para usufruir da piscina durante os tempos de descanso, aconselhamos que tragam roupa de banho
e protetor solar.
- O Hotel dispõe de ginásio e percursos para caminhadas, corridas e passeios de bicicleta. Para usufruir
destes espaços aconselhamos que tragam roupa e calçado desportivo.
Como Chegar ao Centro de Estudos Sociais (CES)
De fora da cidade
- De carro
Tome a saída Coimbra-Sul da A1 e siga em direção a Coimbra. Depois de atravessar o Rio Mondego, saia na primeira saída para Coimbra Centro. 200 metros à frente encontra uma rotunda, na Av. Fernão de Magalhães, e vira à sua esquerda. Percorre mais 200 metros até aos semáforos. Aí vira imediatamente à sua direita. Encontra-se na Rua da Figueira da Foz. Percorre 200 metros e vira à esquerda na rua que sobe (Rua de Aveiro). Percorre 500 metros e, ao cimo da Rua de Aveiro, vira à direita para a Rua Infante D. Henrique. Percorre 300 metros e vira à direita, tomando a rua que desce (Rua de Saragoça). Desce a Rua de Saragoça (300 metros) e a Rua da Manutenção Militar (100 metros), sempre em frente, até encontrar uns semáforos. Aí vira à sua esquerda para a avenida que sobe (Av. Sá da Bandeira). Sobe a Avenida (500m) e, ao chegar à Praça da República (logo depois do Teatro Académico de Gil Vicente, à sua direita), vira à direita para a Rua de Oliveira Matos (200 metros). Segue em frente passando pela Rua Castro Matoso (200 metros) até chegar a uma rotunda (Praça João Paulo II, com a estátua do Papa). Vira à direita para a Calçada Martim de Freitas (fica com o Aqueduto de S. Sebastião à sua esquerda). Ao cimo da Calçada está na Praça D. Dinis, nas imediações do CES.
- De comboio (trem) Há duas estações ferroviárias em Coimbra; a Estação Nova-Coimbra A e a Estação Velha-Coimbra B. O local de chegada dos comboios é Coimbra B, de modo que poderá apanhar ligação para Coimbra A (o bilhete de comboio incluirá esta pequena viagem). Esta será a opção indicada se quiser passar pela baixa da cidade. Se pretende dirigir-se diretamente ao CES, pode apanhar um táxi.
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Por shutlle O serviço de transporte para o aeroporto de Coimbra proporciona um serviço de transporte porta-a-porta entre Coimbra e os aeroportos de Lisboa e Porto. O serviço de transporte para o aeroporto de Coimbra oferece numerosos serviços de transporte diários que vão para ou partem dos aeroportos. Os horários são regulares, confiáveis e adaptados de acordo com o cronograma dos vôos. Veja informações sobre reservas aqui: https://coimbra.airportshuttle.pt/ Dentro da cidade
- A partir da Estação B – Coimbra (estação ferroviária) Autocarro nº 5 (paragem Arcos do Jardim) Autocarro nº 29 (paragem Praça da República)
- A partir da Estação A – Coimbra (estação ferroviária)
Autocarro nº 5 (paragem Arcos do Jardim) Autocarro nº 29 (paragem Praça da República) Autocarro 103 (paragem Universidade)
- De táxi Se optar pelo táxi, deverá pedir ao motorista que siga para o Largo D. Dinis na Universidade. O CES encontra-se à direita do Largo, logo depois do arco com a cancela. Localização CES (Coimbra - Alta) LAT: 40.2084625 LNG: -8.422728399999983
Comboios (Trens) Existe uma estação de comboio na Curia, com ligações até Coimbra e Aveiro. A partir de Coimbra e
Aveiro pode apanhar outros comboios para o Porto ou Lisboa.
Nota: Os participantes que cumprirem o programa tal como indicado, não terão necessidade de usar
este comboio visto que a organização se responsabiliza pelo transporte entre Coimbra (Centro de
Estudos Sociais) e a Curia e o regresso a Coimbra
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Chamadas de emergência
- Chamadas de emergência - 112 - Bombeiros- 117 - Polícia - 112 - Ambulância - 112
Custos de Vida
- Leite (1lt): €0.80 - Pão (400gr): €1.50 - Garrafa de água (1.5 lt): €1.00 - Refrigerantes: €1.00 - Café (espresso): €0.65 - Cerveja (chope): €1.50 - Vinho (garrafa, gama média): €4.00 - Entrada numa discoteca: €5.00 - Cigarros: €5.00
Eletricidade
A corrente é de 220 volts CA, com pino redondo continental. Traga um adaptador se for necessário.
Horários de comércio e serviços
- Bancos - Estão abertos das 8.30 até às 15.30 de Segunda a Sexta, estando fechados nos feriados. - Lojas - Estão abertas das 9.00 até às 13.00 e das 15.00 até às 19.00. Aos Sábados a maioria das lojas
fecham às 13.00, embora algumas estão abertas à tarde. - Centros Comerciais - Estão abertos das 10.00 até às 23.00 ou meia-noite, todos os dias da
semana. - Museus - Abertos das 10.00 até às 12.30 e das 14.00 até às 17.00 e fecham às segundas.
Não esquecer
- Documentos de assistência médica - Cartão de identidade nacional (para cidadãos europeus) / Passaporte - Cartão de estudante internacional - Seguro de saúde/viagem (cidadãos europeus deverão usar o modelo E-111) - Calçado confortável para utilizar durante o passeio às Capuchinhas - Roupa de banho e desportiva e protetor solar para usufruir da piscina e dos espaços desportivos - Lembre-se que, apesar de os dias serem quentes, as noites podem ser frescas. Aconselhamos
que incluam um agasalho na bagagem.
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Moeda e cartões bancários
A unidade monetária é o Euro (€). Alguns bancos têm máquinas automáticas de troca cambial. Traveler cheques e Eurocheques são aceites por todos os bancos Portugueses e postos de câmbio. Visa, Amex, Eurocard, Diner Club e Master Card são os cartões de crédito mais úteis. Portugal tem uma das maiores densidades de ATM do mundo - não será difícil localizar um caixa eletrónico.
Saúde
- Instituições médicas - Assistência médica está disponível em hospitais que garantem um serviço de emergência 24 horas por dia. Existem também muitas clínicas abertas das 8.00 às 20.00. Em caso de emergência telefone para o 112. Em caso de acidente rodoviário use o telefone SOS mais perto (cor de laranja).
- Farmácias - Estão abertas das 9.00 às 13.00 e das 15.00 às 19.00 de segunda a sexta e aos sábados de manhã. Em todas as áreas, é sempre possível encontrar uma farmácia aberta toda a noite e aos domingos. Procure o sinal na porta (cruz verde sobre um fundo verde) para encontrar a farmácia mais perto.
Serviços Postais
Estações de correio estão abertas de Segunda a Sexta, das 8.30 às 18.00. Nas principais cidades existe uma estação de correio aberta aos Sábados. Os selos são vendidos nessas estações e também em lojas que ostentem o sinal de um cavalo vermelho.
Telefone/GSM
Existem telefones públicos por todo o país, onde cartões telefónicos podem ser usados. Estes podem ser comprados em estações de correio e agentes autorizados. Nas estações de correio, as chamadas podem ser efetuadas e pagas no final da chamada. Para telefonar para fora do País, marque 00 e o código do País e de seguida o número local. Antes de sair do seu País, verifique com o seu serviço GSM que o serviço de Roaming em Portugal se encontra disponível para si.
Wi-Fi
- WI-FI HOTEL Rede: HOTELTERMAS / HTGUEST Password: CURIAHOTEL
- WI-FI SALA DA ESCOLA DE VERÃO:
Rede: HUAWEI-CES Password: ces2016h
- WI-FI CES
Rede: CES-Seminarios-1 Password: CeSeminarios
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