A Arte da Pregação BíblicaProf. Weverton Gleison Mendes Costa
HOMILÉTICAHOMILÉTIC
A
É A ARTE DA PREGAÇÃO BÍBLICAÉ a “disciplina que aplica os princípios
hermenêuticos da interpretação , na explanação da Palavra de Deus visando uma comunicação da mensagem bíblica compreensível, aceitável e
proveitosa na evangelização em forma de discurso público”. (grifo meu)
Homilética é a ciência que se ocupa a pregação cristã, com a pregação proferida no culto, no seio da comunidade
reunida.
ETIMOLOGIA: Gr. OMILETIKÓS, “sociável”.OMILEEIN, verbo - estar em companhia de;OMILOS, subst. - assembleia.
Homilética trata da composição e entrega de sermões.
O QUE É HOMILÉTICA?
I – A ARTE DE FALAR BEM
O domínio da fala, que possibilitou ao homem primitivo seu desenvolvimento sócio-cultural-religioso, transformou-se, com o aparecimento
da filosofia grega, não só em arte como também em uma poderosa arma de dominação.
Os sofistas eram pessoas muito conceituadas na civilização grega, tinham status social e político, eram os mestres dos filhos dos
aristocratas.
UNIDADE I O DOMÍNIO DA EXPRESSÃO VERBAL
1.1. A RETÓRICA
“orador numa assembléia”. É a arte de falar bem. Muito utilizada por reis e líderes como forma de dominação. Ex: Alexandre, o Grande, cujo mentor
fora Aristóteles, um dos maiores gênios da humanidade. Com eloquência convencia seus
soldados a irem as batalhas em condições adversas.
ESTRUTURAÇÃO PRIMÁRIA DA RETÓRICA Proêmio – (Introdução) introdução do discurso Narrativa – (Conteúdo) conteúdo da mensagem Argumentação – (Tese) argumentos utilizados ara o
convencimento Observação – (Aplicação) o instante da reflexão do
ouvinte para uma tomada de decisão Sumário – (Conclusão ou Apelo) conclusão do
discurso
1.2 – A ORATÓRIA
Aperfeiçoamento da retórica.Os líderes romanos deram uma nova visão para a
retórica, que passou a ser vista como uma estratégia de conquista e dominação.
Por muito tempo a oratória sofreu preconceitos por parte dos primeiros cristãos que viam-na como uma ferramenta pagã sinônimo de submissão intelectual
política profana.
1.3 – A HOMILÉTICAA priori, a pregação, visava somente à conquista de adeptos, não tinha preocupação da crença religiosa.
O Evangelho era anunciado através do improviso. Aqui o que vigorava era o testemunho pessoal de vida e as experiências cristãs. Não havia a sistematização
do discurso bíblico.
Ex: o evangelista Filipe (AT 8.26-40), pregava a Palavra por onde passava, uma condição de vida que não
permitia maior organização para a pregação.
Agostinho, teólogo e filósofo, foi o primeiro a transpor a barreira do preconceito e a utilizar a oratória como
instrumento auxiliar para a comunicação do Evangelho. Seguiu-se após ele: Basílio, Crisóstomo e Ambrósio
Importante: o artista maior não é o pregador, mas o ESPÍRITO SANTO que o capacita e aprimora seus dons
naturais para transmitir, com maestria a Palavra de Deus.
1.3 – A DINÂMICA DA PREGAÇÃO CRISTÃ
Para surtir efeito no coração das pessoas deve ser Objetiva, Incisiva, Coerente, Atraente e Iluminada por
Deus.
Eficiência: requer conhecimento bíblico, unção de Deus, aprimoramento da eloquência e postura.
Eloquência: arte de convencer e persuadir por meio de palavras. Trabalhar o texto bíblico de modo a provar a tese defendida. Ex: Apolo, At.18.24-28
Postura: maneira de se apresentar perante o público. Reflete o caráter espiritual do indivíduo.
II – A ELOQUÊNCIA
Lat. “Eloquentia”, no âmbito da oratória, significa ato ou efeito de falar, de modo a dominar, por meio de palavras, o ânimo de quem ouve.
O orador deve ser entusiasta e sua fascinação deve ser nítida por aquilo que transmite, convencerá os outros se demonstrar que ele mesmo está convencido daquilo que crê.
FATORES IMPORTANTES PARA A ELOQUÊNCIA
O preparo da homilia: tempo, dedicação, paciência, conhecimento do público; domínio das técnicas; estudo da Palavra observando técnicas hermenêuticas; comunhão com Deus.
Domínio do assunto: Os ouvintes percebem a falta de preparo e domínio do assunto apresentado pelo orador.
Convicção: Certeza absoluta de que es está transmitindo a verdade. Crer no Evangelho de poder e vivê-lo. Não se pode pregar sobre o batismo no Espírito Santo sem ser batizado ainda.
Estilo próprio: o mensageiro deve procurar ser ele mesmo e não um eco.
Conhecimento das técnicas: a falta traz, geralmente, diversos prejuízos à eficácia da pregação bíblica
Iluminação divina: unção de Deus, graça de Deus. A mensagem não surte o efeito desejado sem esses ingredientes no orador.
III – O DISCURSO EM PÚBLICO
O exercício da leitura constante de qualquer tipo de texto é o primeiro passo para o
desenvolvimento da oratória.
A leitura em público não é tão simples assim, pois ler é viver a leitura e se permitir envolver por ela
Observar os seguintes cuidados:
Controle da voz: a modulação da voz. Falar de maneira firme e convincente não significa falar em alto tom de voz
Controle do ritmo: sem rapidez e nem lentamente, mas moderadamente
Controle emocional: deixar a timidez de lado, não ser exagerado emocionalmente também. Muitos na ânsia da animação chegam a quebrar os púlpitos com seus tapas e socos...
Controle das ações: o pregador deve usar uma postura moderada no púlpito; não ser uma estátua e nem se movimentar freneticamente diante da platéia. As expressões gestuais e faciais devem ser observadas
Segurança do discurso: enfoque nos seus objetivos e elabore estratégias para atingi-los. Isto é clareza no que será dito e domínio do assunto a ser transmitido.
A pregação bíblica se ocupa da transmissão da mensagem divina, daí a sua importância.“E conhecereis a verdade e a verdade vos
libertará” Jo 8.32
A MENSAGEM DE SALVAÇÃO
A palavra de Deus deve ser pregada em todo lugar e para todas as classes de pessoas, porque
ela é o único meio pelo qual se toma conhecimento da verdade que liberta e que salva.
Este ensino do Evangelho tem quatro objetivos: salvação, instrução, correção e doutrina. (II Tm
3.14 a 17)
UNIDADE IIA MENSAGEM BÍBLICA
SALVAÇÃO
• O homem busca salvação em caminhos errados. Há dificuldades em encontrá-la porque quer obtê-la da maneira errada.
• A paz começa de dentro para fora• Todos pecaram Rm 3.23 - Somente Jesus é a solução
para a paz interior e a Salvação, a qual deve ser anunciada a todos.
INSTRUÇÃO
• A palavra de Deus é proveitosa para instruir em justiça. Deve ser pregada aos homens para que haja mais justiça e paz na terra (II Tm 3.16)
CORREÇÃO
• A Bíblia não encobre os erros humanos, ela os expõe; tais erros servem de lição para aqueles que lerem a Palavra e não incorrerem nos mesmos ilícitos.
DOUTRINA
• A falta de um ensinamento verdadeiro conduz as pessoas a acreditarem em heresias extraídas de textos bíblicos fora de contexto.
• A doutrina de Deus nos ensina a viver de acordo com a vontade de Deus e torna-nos conhecedores de que há algo maior nos esperando na eternidade.
I – ELEMENTOS ESTRITAMENTE NATURAISCoragem – Jesus não temeu nem Pilatos, nem Herodes e, muito menos, o Sinédrio. Suas mensagens desafiavam os homens a um padrão elevado de vida e, mesmo sabendo que isso custaria sua própria vida, anunciou o reino dos céus com intrepidez, audácia e coragem. Ex2: João Batista
Diligencia – resume-se em cuidado ativo e zelo pela tarefa a ele confiada.
Pontualidade – chegar atrasado é falta de ética e reverência ao culto a Deus. O pregador não é a estrela da noite. Quem tem que brilhar é JESUS CRISTO
UNIDADE IIIELEMENTOS ESSENCIAIS AO BOM PREGADOR
Cultura – conhecimento intelectual, principalmente o conhecimento teológico. É inadmissível um pregador do evangelho não ter a mínima noção dos assuntos teológicos fundamentais para o exercício de sua missão.
II – ELEMENTOS ESTRITAMENTE ESPIRITUAIS
Amor – Constitui em característica fundamental na vida do pregador do Evangelho, dando-lhe condições de ministrar eficazmente ao povo.Humildade – não a exterior, mas à capacidade de reconhecer seus limites e imperfeições.Fé – fé e amor estão diretamente no mesmo pé de igualdade em se tratando de elementos essenciais. (Rm 10.17)
Piedade – a vida de íntima comunhão com Deus no cultivo do amor a Jesus e às almas carentes de salvação.
Santidade – como pode uma pessoa pregar a santidade e levar outras pessoas a uma vida santa se ela própria não tem uma vida pura?
Paciência – “pregar não é dar show de uma hora, mas o fluir de uma vida. Leva vinte anos para se fazer um sermão, porque leva vinte anos para se fazer um homem.” (E. M. Bounds)
Ética – a sua postura pode ajudar ou atrapalhar a sua exposição. A fisionomia é muito importante pois transmite os nossos sentimentos: ficar em posição de nobre atitude; olhar para os ouvintes; não demonstrar rigidez e nervosismo; evitar exageros nos gestos; não demonstrar indisposição; evitar leituras prolongadas; assentar-se adequadamente.
Baseando-se em três passagens da vida de Pedro o pregador deve ser:
Aquele que esteve com Jesus – At 4.13Aquele que fala como Jesus – Mt. 26.73Aquele que fala de Jesus – At 40.10
A proclamação do Evangelho é trazer as Boas Novas da Salvação.
Apresentar ao público Jesus Cristo, seus ensinamentos e seu propósito, para isso, é preciso
que o mensageiro tenha uma identificação completa com Cristo.
Por isso não importa a temática sermonária, nem o tipo, o quer importa é que TODO SERMÃO DEVE SER
CRISTOCÊNTRICO.
III – CARACTERÍSTICAS DE UM PREGADOR
SOB O PONTO DE VISTA ESPIRITUAL
SOB O PONTO DE VISTA TÉCNICO
Chamado para a obra (ordenança) Mt. 28.19
Dom da Palavra – Rm 12.6-8
Conhecer a Deus – Atos 4.13
Conhecimento da Palavra – II Tm 2.15
Ter uma mensagem – Atos 5.20
Manejo da Palavra – II Tm 2.15
Unção – II Rs 2.9 Guardar a Palavra no coração – Sl 119
Autoridade/ousadia – Mc 1.21, Rm 1.16
Instrumento – II Tm 2.15
IV – O PREGADOR E O TEXTO
TEXTOS INSPIRADOS – não é aconselhável usarmos como texto base palavras proferidas por homens ímpios ou por Satanás (Ex: Gn 3.4-5; Is 14.13,14; Mt. 4.3,6,9)
TEXTO QUE ESCLAREÇA – escolha um texto que lance luz sobre o que você quer dizer, assim obterá êxito nos objetivos alcançados.
TEXTO CURTO – sermões baseados em capítulos inteiros da Bíblia tornam a leitura cansativa. Utilize esse tempo para expor as verdades na mensagem.
TEXTO NÃO-EXTRAVAGANTE – seja criterioso na escolha de textos para temas como moralidade, ética, sexualidade, etc. deve-se escolher textos que não despertem repugnância física ou moral, ou ainda que provoquem gracejos e hilaridade nos ouvintes.
TEXTO QUE COADUNE COM A REALIDADE DO PÚBLICO – texto que traga estímulo, lições e resoluções aos problemas espirituais dos ouvintes.
TEXTO QUE INDIQUE O SEU OBJETIVO – muitos pregadores utilizam textos que não têm nenhuma ligação com o objetivo de sua homilia. Ex: tema: O amor que vence o medo – texto: I Jo 4.18 “(...) o perfeito amor lança fora o medo”
V – O PREGADOR E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO
IDENTIFIQUE OS TERMOS DESCONHECIDOS - nomes de lugares, pessoas ou objetos desconhecidos. Utilize para isso dicionários da língua portuguesa e bíblico, chave linguística, chave bíblica, etc.
OBSERVE O TEXTO DENTRO DO SEU CONTEXTO – apela-se aqui a regra fundamental da hermenêutica, “A Bíblia interpreta a própria Bíblia”. Isolar um texto pode ocasionar interpolações
OBSERVE LOGICAMENTE O TEXTO – categoria gramatical das palavras que formam o texto, etimologia e definição léxica. Analise a relação entre o texto e as passagens imediatas, se possível todo o capítulo ou livro onde está inserido. Assim se chega ao assunto ou doutrina central do livro.
OBSERVE O TEXTO DENTRO DO SEU PANO DE FUNDO HISTÓRICO – existe uma vasta gama de textos que só podem ser interpretados fielmente à luz dos fatos, costumes, geografia e ética do seu momento histórico. Ex: o uso do véu na igreja de Corinto
SE NECESSÁRIO, OBSERVE O TEXTO FIGURADAMENTE – qual é a significação primária e literal do texto, para só então partir para o sentido
figurado.
EM CASOS ESPECIAIS, OBSERVE O TEXTO ALEGORICAMENTE – a alegoria é uma figura de linguagem que expressa uma idéia em forma de figura. Nem todas as passagens bíblicas possuem um sentido alegórico. E nem todas as personagens da história bíblica são tipos de Jesus, e nem Jesus pode ser tomado como antítipo de todos os acontecimentos e personagens da Bíblia.
VI – ASPECTOS ERRADOS A SEREM EVITADOS
Fazer uma segunda e auto-apresentação; Manter a mão no bolso ou na cintura o tempo todo; Molhar o dedo na língua para virar as páginas da
Bíblia; Limpar as narinas, exibir lenços sujos, arrumar o
cabelo ou a roupa; Usar roupas extravagantes; Apertar a mão de todos (basta um leve aceno); Fazer gestos impróprios; Usar esboços de outros pregadores, e sem fontes; Contar gracejos, anedotas ou usar vocabulário
vulgar; Evitar desculpas, você começa derrotado (diferente
de humildade); Chegar atrasado.
Quando convidado para pregar em outras igrejas, o pregador deve considerar as normas doutrinárias, litúrgicas e teológicas da igreja
em questão
Evite abordar questões teológicas muito complexas; Não peça que a congregação faça algo que não
esteja de acordo com os preceitos; Procure estar dentro dos padrões da denominação; Procure dar conotações evangelísticas à mensagem; Respeitem o horário (mesmo que seja pouco tempo); Converse sempre com o Pastor antes do início do
culto.
OBJETIVOS DO SERMÃO
1.1 – FINALIDADE DA PREGAÇÃO
A prédica pode ser: interpretativa, devocional, de eventos sociais, de assuntos de conduta moral e social, doutrinária, apologética ou
evangelística
Interpretativa – apresenta uma porção do texto sagrado, buscando o seu significado nos seus
pormenores: história, geografia, cultura, críticas de texto;
UNIDADE IVO SERMÃO BÍBLICO
Devocional – preparado para um grupo de pessoas que mantém um momento de reflexão bíblica diária;
Eventos sociais – para acontecimentos ou situações especiais, envolve um número maior de pessoas. Sermão cerimonial
Assuntos de conduta moral e social – relacionado à vida particular ou em sociedade: drogas, aborto, divórcio, política, etc.
Doutrinária – é o ensino sistemático da Palavra de Deus. Trata-se da exposição de um tema doutrinário religioso
Apologética – a finalidade é a defesa da fé cristã, pois desafia as heresias que se levantam e combate tudo aquilo que é contrário ao ensino bíblico
Evangelística – seu objetivo principal é alcançar o coração dos pecadores.
II – VARIEDADES DE SERMÕES
Congregacionais – para congressos e convenções
Nupciais – expõem princípios do evangelho sobre a vida conjugal a um público que, de outro modo, jamais ouviria o evangelho. Deve ser curto e objetivo
Infantil– vocabulário simples, ilustrações, brevidade na mensagem
Fúnebres – para um público heterogêneo. Atentar para a importância da solenidade.
Gratulatórios – Ações de Graça. Saber os pormenores da dádiva e utilizar textos adequados
Consagratórios – consagração de pastores, evangelistas, presbíteros, etc. enfatiza a vocação, chamada e responsabilidades ministeriais
Dedicatórios – ministrados durante a dedicação de templos, seminários, creches, orfanatos, lar de idosos, etc
Pastorais – ministrados especificamente a pastores e líderes religiosos (Timóteo e Tito)
III – A COMPOSIÇÃO DO SERMÃO
TÍTULO Revela a noção do conteúdo a ser exposto como também visa buscar o interesse do mesmo ao que será dito pelo orador.
Hb 12.1 – Os Salvos estão preparados para vencer a maratona celestial
II Co 2.14 – Triunfando na Batalha pela fé em Jesus Cristo!
I Tm 2.5 – Jesus Cristo é Senhor, Salvador e único mediador entre Deus e os homens
II Pe 3.18 – O que fazer para obter o crescimento espiritual?
TEXTO
É a porção da Palavra de Deus, da qual será extraída a mensagem, que é a base do sermão.
Pode ser uma palavra, uma frase, uma oração, um versículo inteiro, uma passagem bíblica, ou mesmo um livro da Bíblia.
O texto é a chave para a fundamentação do discurso, a partir deste se formará a mensagem.
Ao ter o texto escolhido: leia-o várias vezes, ore, interprete-o, argumente-o e aplique-o para a realidade de vida presente.
TEMA“aquilo que está dentro”, “guardado” ou “depositado”Se encontra no assunto. É a base sólida do discurso. É a tese a ser defendida pelo mensageiro.
O título apresenta o que será falado de uma maneira geral, assim, é maior
O tema é a síntese do assunto, assim, é menor, mais direto
Evite temas frívolos; esdrúxulos Evite temas que não despertem o interesse do
público; Escolha temas que tenham simetria com a realidade
vivida pelos ouvintes; Escolha temas apropriados à ocasião
TEXTO TÍTULO TEMAII TM 1.6-14
Apóstolo Paulo; exemplo de fé e dedicação ao evangelho de Cristo
Palavras de fé de um homem de fé
Mt. 14.22-33
Com Jesus o crente vive a verdadeira paz em qualquer circunstância
Paz na tormenta
Hb 2.14,15
O império de Satanás e a morte foram derrotados por Jesus na cruz
Onde está oh morte, a tua vitória?
Dt 30.11-19
Na encruzilhada da vida qual caminho deve ser seguido
Escolhendo o caminho certo
Lc 18.35-43
Grandes desafios surgem pelo caminho quando buscamos nossa vitória
Vença os desafios!
II Rs 13.14-19
O Senhor coloca nas mãos do crente a flecha do livramento
Tomando posse da vitória
INTRODUÇÃOÉ a parte introdutória do conteúdo. É o momento crucial de cativar e prender a atenção dos ouvintes – através da curiosidade
Se não for bem trabalhado poderá por tudo a perder
Prelúdio ou exórdio é o início da introdução. É o primeiro momento do discurso, o terreno está sendo preparado
Parte Central é a base da introdução, o que dará sustentação, é a progressão
Intróito é a entrada, a parte final da introdução, ela esboça os pontos que serão trabalhados no decorrer do discurso.
TÍTULO: Em tempos difíceis, de guerras e de sofrimentos Deus sempre trouxe libertação para seu
povoTEXTO: ISAÍAS 51.14 TEMA: ELE VEIO PARA LIBERTAR OS CATIVOS
INTRODUÇÃO
1 - A história do povo Hebreu é uma história fascinante, em muitos de seus aspectos e pormenores; cheia de passagens bíblicas extraordinárias; cheia de altos e baixos.
2- O povo da bênção nasce de uma chamada especial no escuro. Uma cena que se descortina a partir de Genesis 12. Abrão recebe a promessa de ser grande nação, de receber grandes bênçãos, de ter um nome ilustríssimo na historia humana, e ele ser um personagem da bênção: Ser a causa da bênção ou maldição sobre quaisquer famílias da Terra.
3 - O povo hebreu nasce no deserto... Multiplica-se como a areia da terra... E por vontade explícita divina chega a fixar residência temporária no Egito por 430 anos. Era um período de aprendizagem, de esquecimento e de esperança
4 - Novamente, vivendo um novo pesadelo, o povo hebreu se acha agora, cativo nas terras da Babilônia e da Assíria, mas como outrora Deus tem uma mensagem de esperança, de livramento e de restauração para o seu povo. Vê-se aqui um Período de reflexão, período de dependência, período de sofrimento, período de arrependimento, período do de perseverança, período de esperança.
OS CATIVOS DE DEUS PRECISAM APRENDER O VALOR DA LIBERDADE; PRECISAM APRENDER O VALOR DO
PERDÃO; PRECISAM VIVER NA DEPENDÊNCIA DE DEUS
ILUSTRAÇÃOÉ a parte do sermão que lança luz sobre o
discurso.
É ferramenta tão poderosa que ficará guardada na memória das pessoas. O ouvinte pode esquecer-se da mensagem, mas jamais se
esquecerá da ilustração.
Sua posição no discurso é variável, contudo deve se encaixar bem na homilia.
É o chamariz, o ímã para atrair as pessoas à verdadeira mensagem bíblica
Tema: Os grandes toques de DeusIlustração: O leilão e o violino velho
CONTEÚDOÉ a principal parte do corpo do sermão, nele será feito a exposição da idéia do pregador
a) Desenvolvimento do Assunto – está baseado em um bloco escriturístico sagrado. Se busca a palavra-chave, os pontos altos, as idéias fortes do texto, o tema central. A tese deve estar munida de artigos convincentes que venham a persuadir a todos. Para tanto, usará provas e argumentos preparados para dar sustentação à sua tese.
b) Divisão do Conteúdo – divisão por tópicos, por ordem alfabética ou numérica. Com o sem subpontos.
c) A Composição dos Tópicos – deve ser bem organizado, para facilitar a compreensão por parte do ouvinte e minimizar o seu esforço em entender o que será ministrado
d) A Aplicação – é trazer para a atualidade as lições espirituais aprendidas em cada enunciado do sermão. Como os ensinamentos e as experiências do passado podem ajudar o crente da atualidade, na sua vida cristã prática. O ouvinte deve interpretar a mensagem e aplicá-la na sua vida diária
CONCLUSÃOÉ o momento de colher os frutos de todo um trabalho. É a hora do convite ao ouvinte para
aceitar a Cristo e mudar sua trajetória na vida.Para isso esteja atento para o tempo, para a síntese
geral e para a aplicação final.
IV – CLASSIFICAÇÃO DO SERMÃO
O SERMÃO TEMÁTICODenominado também de “sermão tópico”, por derivar
de um tópico tirado da Bíblia. A divisão do sermão temático é extraída do tema, independentemente do
texto. Trata-se de uma peregrinação bíblica
Vantagens: Maior flexibilidade e liberdade de assunto Maior lógica entre suas divisões Melhor unidade entre os subpontos Maior amplitude de desenvolvimento
Exigências: Maior imaginação e vigor intelectual
Maior conhecimento teológico e secular Maior controle do pregador
Maior atenção para não negligenciar textos bíblicos
TEXTO Lc 9.7-9TEMA QUEM É JESUS?
DIVISÕES
O cordeiro de Deus (Jo 1.29)A água da vida (Jo 4)O pão da vida (Jo 6)A videira verdadeira (Jo 15)O bom pastor (Jo 10)
O SERMÃO TEXTUAL
O sermão textual é aquele cujas divisões principais são derivadas de um texto constituído de um breve trecho da Bíblia. Cada uma dessas divisões é usada como linha de sugestão, e o texto fornece o tema do
sermão
Exige maior conhecimento da Palavra e capacidade de extrair do texto as divisões do sermão.
A mensagem do sermão textual é restrita ao texto escolhido; pode-se transitar por outros textos
bíblicos, desde que sirvam de base argumentativa para o texto principal
Qualidades: facilidade de elaboração; melhor captação; unidade textual; boa receptividade; maior aprendizagem
Desvantagens: poucos recursos; explosão de idéias; redundância; dificuldade de aplicação
TEMA O CEGO DE BETSAIDATEXTO Mc 8.22-26INTRODUÇÃO: O homem, criação de Deus, foi dotado de vontade livre. É imagem e semelhança do Altíssimo. O processo de redenção possui dois aspectos inseparáveis: 1 – A ação de Deus, salvando o homem, e 2 – A ação do homem, aceitando essa salvação
I A ATITUDE DO POVO
1.1 – Levaram o cego a Jesus (v.22)1.2 – Rogaram que o tocasse (v.22)
IIA ATITUDE DE JESUS
2.1 – Tomou o cego pela mão (v.23)2.2 – Levou-o para fora da aldeia (v.23)2.3 – Cuspiu-lhe nos olhos (v.23)2.4 – Impôs-lhe as mãos (v.23)2.5 – Lhe fez uma pergunta: Vês alguma coisa?2.6 – Impôs pela segunda vez as mãos2.7 – Fez-lhe um pedido (v.26)
IIIA ATITUDE DO CEGO
3.1 – Levantou os olhos (v.25)3.2 – A resposta do cego a Jesus3.3 – Olhou firmemente
O SERMÃO EXPOSITIVO
É o mais difícil de preparar, porque possui maior volume de conteúdo bíblico. Porém, o sermão expositivo é o método por excelência para a
comunicação da Palavra. Ele traz a luz o que já existe.
Exposição deriva do lat. expositio – divulgar, publicar ou tornar acessível
O sermão expositivo é fiel à passagem bíblica. Ele interpreta, explica e aplica o texto à vida cristã
Ele tem o poder de ampliar o conhecimento bíblico tanto do orador quanto do ouvinte, haja
vista que, toda estrutura e conteúdo serão extraídos diretamente do parágrafo a ser
pregado.
Este sermão exige análise histórica, geográfica, cultural, teológica e literária. Seu discurso
baseia-se na apresentação e sustentação no texto bíblico e no seu contexto. É Deus falando através
do homem
TEMA O GLORIOSO PROPÓSITO DA SALVAÇÃOTEXTO
EFÉSIOS 1.1-14
INTRODUÇÃO: • A carta aos Efésios é uma das mais ricas na
explanação sobre a doutrina da salvação. Envolve passado, presente e o futuro em Cristo. Trata de aspectos morais, sociais e espirituais da vida cotidiana
• Neste texto, Paulo apresenta nos três primeiros versículos: a) sua identificação pessoal e ministerial à igreja de Éfeso (vv.1,2); b) as bênçãos espirituais em Cristo (v.3)
1) A fonte das bênçãos: “O Deus bendito e Pai” (v.3)
2) Bênçãos Cristocêntricas: “com todas as bênçãos espirituais em Cristo (v.3)
3) A sublimidade das bênçãos espirituais: “nos lugares celestiais” (v.3)
4) “Lugares celestiais em Cristo” indica o nível mais elevado no qual o crente foi colocado (v.3)
DESENVOLVIMENTO:I – Escolhidos Pelo PAI (1.4-6)1.1 – O sentido das palavras eleger e escolher (v.4)1.2 – A questão do ato soberano de Deus (v.4)1.3 – O destino dos crentes decidido na eternidade (v.5)1.4 – Escolhidos para filhos de Deus (v.5)1.5 – Escolhidos por causa do Amado Filho (V.6)II – Remidos Pelo Filho (1.7-12)2.1 – Jesus efetuou a redenção (v.7)2.2 – O efeito da redenção – “Ele fez abundar as riquezas da graça”2.3 – A revelação do mistério da redenção (v.9)2.4 – A dispensação da obra redentora (v.10)2.5 – A plenitude dos tempos da redenção – “plenitude dos tempos” refere-se a complementação do tempo da graça (v.10)2.6 – A grande bênção da redenção – “nele fomos feito herança” (v.11)2.7 – A redenção resulta da soberania do conselho divino (vv.11,12)2.8 – A redenção é para os judeus e gentios, sem discriminação (v.12)
III – Selados Com o Espírito Santo (1.13,14)3.1 – O ministério do Espírito Santo na obra da redenção (v.13)
a) O Espírito Santo promove a fé em Cristo (Jo 16.8-10)
b) O Pai planejou-a, o Filho providenciou-a e o E. S. aplicou-a
3.2 – O Selo da redenção (v.13)c) Não é batismo no Espírito Santo (At 2.1-4)d) É um sinal ou marca da propriedade de Deus
3.3 – O Selo é o Espírito Santo como promessa na vida do remido (v.13)
e) O fruto do Espírito é o resultado vibrante e visível do selo do Espírito Santo no crente (Gl 5.22)
3.4 – O Penhor da redenção (v.14)f) “Penhor” indica alguma coisa de valor para
assegurar o direito de posse;g) A posse tem um sentido duplo: somos posse do
Senhor e o Espírito Santo é posse interior do crente ( I Co 1.30)
CONCLUSÃO: Neste estudo percebemos que os Conselhos Divinos constituídos pela Santíssima Trindade estabelecem o glorioso propósito da salvação. Cada qual teve a sua participação o processo da salvação.
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